Relatorio 2011

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP Pró- Reitoria de Cultura e Extensão Universitária

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2011

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Universidade de São Paulo Reitor Prof. Dr. João Grandino Rodas Vice-Reitor Prof. Dr. Hélio Nogueira da Cruz Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária Profa. Dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda Diretora das Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos Profa. Dra. Vera Lúcia Amaral Ferlini Vice-Diretor das Ruínas São Jorge dos Erasmos Profª Drª Beatriz Pacheco Jordão Educadores Prof. André Muller de Mello Prof. Dr. Rodrigo Christofoletti Assuntos Administrativos Heloisa Stella Veiga Machado Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos Rua Alan Cíber Pinto, 96 Vila São Jorge – Santos – SP Tel. 13.3203-3901 Segunda à domingo Das 9 às 16h www.ruinasengenho.usp.br

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SUMÁRIO

I - APRESENTAÇÃO

II - METAS PARA A AÇÃO 2011

III - SÍNTESE DAS ATIVIDADES 2011

IV - AÇÕES IMPLEMENTADAS EM 2011 PARA CONSECUÇÃO DAS METAS

V - PLANO DE TRABALHO 2012

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I – APRESENTAÇÃO 5


O Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos constitui um órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo, situandose na divisa entre os municípios de Santos e São Vicente. Na atualidade, faz parte do território santista, embora até o século XIX o bem estivesse vinculado às terras vicentinas. Construído por iniciativa de Martim Afonso de Sousa, quando de sua estada em 1532, destinava-se ao beneficiamento de cana de açúcar. O remanescente do antigo engenho encontra-se nas primeiras elevações do maciço Santa Terezinha – Monte Serrat, possivelmente privilegiando-se uma visão estratégica para a costa. Estas foram muitas vezes arrasadas por piratas e outros, que efetuaram ataques na disputa por territórios, escravos, produtos, em especial o açúcar, o chamado ouro branco. Importante sublinhar que as Ruínas representam o conjunto arquitetônico mais antigo remanescente conhecido, na modalidade de engenho açucareiro, proveniente da ocupação territorial brasileira pelos europeus, ocorrida em grande escala no início do século XVI. As investigações histórica, ambiental, arquitetônica e arqueológica, a partir dos vestígios da cultura material ali presentes, permitiram até o momento obter informações sobre a história dos primeiros contatos entre europeus no Brasil e as relações mantidas com as comunidades indígenas e africanas, escravizadas e rebeladas. É por respeitar a história deste espaço como um lugar de resistência e de luta que apresentamos parte de nossas metas visando a ressignificação e a requalificação deste que é hoje, provavelmente, o bem cultural mais antigo em território nacional.

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As Ruínas Hoje: projetos interdisciplinares e parcerias O Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos encontra-se aberto, com projetos especiais voltados a públicos distintos. Tais são componentes acolhidos em um programa maior, uma “plataforma de saberes” – a Plataforma Sophia1, resultado das discussões entre os profissionais do ensino e a gestão técnica do bem cultural. Busca-se, desta forma, congregar diversos projetos educacionais tendo como locus de atuação este bem cultural e a confluência de suas transformações históricas, sociais e ambientais. Embora seja um conceito bastante decantado, mas pouco assimilado, a interdisciplinaridade vem sendo foco, cada vez mais, da atenção de programas educacionais. A interdisciplinaridade é uma categoria de ação. Trata-se de uma atitude, sem a qual o conhecimento perde sua relevância mais essencial: a de responder a questões do presente. A iniciativa baseada na interdisciplinaridade2 possibilita

assumir

o

uso

qualificado

deste

espaço,

conjugando

novos

conhecimentos em prol do benefício comum. Para além desta pretensão, a parceria de projetos com o foco interdisciplinar busca aproximar as diversas áreas do saber a partir da proposição de discussões que privilegiem os mapas afetivos e intuitivos dos que visitam as Ruínas. Assim, educadores, comunidade escolar e demais segmentos da comunidade vivenciam uma inter-relação promissora e saudável; permanências e transformações do ato conjunto de educar e preservar. Frente a esta premissa, a Universidade de São Paulo vive um momento especial quando passa a garantir ao Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos a prerrogativa de investigação e difusão de conhecimento, bem como a

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A Plataforma Sophia propõe abordagens interdisciplinares, congregando distintas áreas do conhecimento em busca de novos olhares e interpretações para o monumento nacional, evitando-se discursos cristalizados e dinamizando as ações educativas. 2 Até outubro de 2012 o setor educativo do Monumento Nacional RESJE implantou sete programas educacionais concomitantemente: VouVolto e I-Papo - Imaginário e praticas aproximativas do patrimônio (para o ensino fundamental); Laboratório de Memórias, Território e Transformações (para o público adulto) e Portas Abertas (para o público espontâneo). Também foram implantados o programa Engrenagens e o Eleja (em fase de aprimoramento) o primeiro para o público de escolas técnicas e o segundo para o de ensino de jovens e adultos. Neste relatório focaremos nossa atenção em dois projetos que mais colaboraram para o aumento de opúblico no bem: o VouVolto e o Portas Abertas.

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viabilidade da construção da Base Avançada de Cultura e Extensão Universitária, uma edificação com auditório, salas para mostras e aulas, enfim, um local apropriado ao desenvolvimento de vários planos educacionais.

Educação socioambiental e educação patrimonial para distintos públicos, respectivamente: ensino fundamental e história do local; oficina de fotografia no “Click Ruínas”(Programa Portas Abertas).

Os projetos em andamento, explicitados adiante, objetivam a união de esforços na condução de uma forma de produção de conhecimento em benefício da comunidade. Para alcançar tal propósito foram necessárias parcerias com outras entidades educacionais, preservadoras das identidades, como foi o caso das Secretarias de Educação dos municípios de Santos e São Vicente e da Universidade Católica de Santos. Tais parcerias viabilizaram um debate mais aprofundado e uma atualização constante no que diz respeito às discussões didático-pedagógicas e conceituais que balizam nossa atuação enquanto agentes sociais. O ganho substancial destas parcerias refletiu-se na dinamização e na percepção de quadros mais complexos com relação às plurais realidades educacionais que vivemos. Portanto, os esforços realizados ao longo dos anos de 2004 e 2005 foram marcos definidores do perfil de educação e preservação que queremos compartilhar com todos os visitantes das Ruínas. Entre a preservação e a extroversão Muito tem se discutido sobre a necessidade da preservação de um local como as Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos. Cabe ressaltar que a diretriz de uma ação preservacionista atuante e responsável, ou seja, da manutenção tal como nos foram

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legadas pela ação do tempo e a ação depredatória humana, só é possível mostrando o produto desta relação de uso e de interferência. A preservação de um sítio como este sinaliza a necessidade do destaque do remanescente único em território brasileiro, dentro de sua historicidade e das relações humanas e servis das quais foi palco privilegiado. Trata-se, pois, de um lugar de resistência, que a despeito da atual bucólica e pacata atmosfera, representou por séculos a essência de uma colonização forjada no aço das correntes dos escravizados e da aculturação dos nativos. Portanto, a preservação e manutenção deste bem, tal como a intervenção humano/temporal nos legou, é antes uma bandeira de luta para que não se perca nos emaranhados de lembrança ou de esquecimentos a sua distinta posição num determinado momento histórico brasileiro. O Engenho São Jorge dos Erasmos foi o palco em que se congregaram (compulsoriamente ou não) todas as etnias que construíram esta nação. Se no litoral baiano o europeu vislumbrou a nova terra, foi no litoral paulista que este se misturou ao estranho, ao diferente, ao novo. O programa de preservação concretizado a partir do foco educacional possibilita a todos perceberem que os atores em questão não são apenas os construtores da dinâmica histórica deste período (escravizados e mandatários) mas, principalmente, o local onde todas estas relações sociais aconteceram. O Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos preservou parte desta história e mantém viva a necessidade da preservação por meio da educação, como base para uma sociedade menos destrutiva e menos esquecida. Por isso, entende-se o preservar como um verbo/ação imprescindíveis. Projeto VouVolto A qualificação do uso do bem cultural visa incentivar a investigação histórica e a compreensão dos condicionantes ambientais em que o Engenho se insere propondo programas de educação para os mais diversos públicos. Nesse sentido, faz-se necessário entender o Engenho São Jorge dos Erasmos a partir de três pontos: a) sua inserção na sociedade quinhentista brasileira; b) mediante a evolução da tecnologia do fabrico do açúcar, do qual é exemplo significativo; c) diante do processo de ocupação do espaço de produção e das relações sociais nele contidas. 9


Como afirma Fernanda Maria Felipe dos Anjos: “(...) Essas questões, que envolvem os aspectos sociais e econômicos da vida em um engenho entre os séculos XVI e XIX, passam pelo projeto português de dominação e exploração das áreas coloniais e se concretizam na materialização das ações (na cultura material) e nas transformações que os homens operaram no meio ambiente em que viveram (como ocuparam e organizaram a sua sobrevivência nesse mesmo espaço)” (DOS ANJOS, 2003).

Mediante a apreensão dos aspectos a equipe de gestão e os educadores vêm realizando um projeto pedagógico que viabiliza a compreensão não só da história do Engenho dos Erasmos (hoje em ruínas) e da constituição ambiental na qual ele se insere, mas também de como tal engenho testemunhou profundas transformações no modo de ver e viver da sociedade brasileira, ao longo dos séculos. Para tanto, como recomenda o geógrafo Azis Ab´Sáber, tal projeto desenvolve atividades pedagógicas que congregam preocupações interdisciplinares e envolvem, principalmente, variadas interpretações sobre o Engenho, buscando uma ampla compreensão

dos

elementos

referentes

ao

complexo

histórico/ambiental/arquitetônico lá existente. É o caso da proposta do Projeto VouVolto, direcionado ao público das escolas municipais e estaduais do ensino fundamental. Uma das vantagens de trabalhar com estudantes é que eles são um grande grupo organizado e podem servir como instrumento para alcançar outros segmentos da comunidade (Bekmuller, 1984). Como uma ilha no meio da aglomeração urbana da zona noroeste santista, as Ruínas sofrem pressões de toda ordem (econômicas, sociais, culturais e políticas). O Projeto parte do pressuposto que a educação é o instrumento fundamental para minimizar tais pressões, requalificando o discurso de apropriação do bem público. O roteiro de visita estabelece o contato entre o visitante e os diversos significados e conteúdos das Ruínas, tanto por meio de exposições quanto através de jogos, dinâmicas e atividades. Um dos mais relevantes aspectos do Programa quanto ao seu grau de inovação é a inclusão de uma etapa específica que antecede a visita às Ruínas do engenho pelos alunos. O professor realiza uma visita prévia e encontra subsídio 10


técnico para elaborar o seu próprio Plano de Estudo. Em contato com o monumento, com os educadores do Programa e com material de apoio, o profissional do ensino tem condições de conciliar os potenciais educacionais das Ruínas com as metas que constam do Plano de Curso da escola. Sendo o planejamento das atividades de aprendizagem um elemento chave do ensino, ao elaborar seu Plano de Estudo o professor pode antecipar as decisões pedagógicas a respeito do que ensinar, como ensinar e como avaliar o que ensinou à sua turma. O resultado é um roteiro de visita elaborado para dosar estrutura e espontaneidade, indicando que as atividades serão executadas de forma consciente, particularmente no que se refere ao uso do tempo, servindo tanto aos objetivos afetivos de ensino quanto aos objetivos cognitivos (que têm significativa relevância no Plano de Curso em andamento naquele ano letivo). Faz parte, portanto, da premissa do Programa de Uso Público tornar a experiência das visitas escolares tão significativa que cada aluno, a seu tempo, volte com seus familiares assumindo uma participação ativa da reapropriação dos significados das Ruínas.

Escolas da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e da Rede Municipal de Santos, além de instituições particulares de ensino, durante visitas monitoradas: são discutidos, de forma lúdica e interdisciplinar, aspectos sócio-históricos e ambientais do sítio arqueológico.

No quadro das preocupações mais legítimas deste projeto insere-se a necessidade de se compreender a relação entre o patrimônio natural e histórico numa dupla abrangência: local/global (correlação fundamental para se apreender os elementos de identificação do processo de gestão ambiental), cultural e histórica das ruínas. O Projeto VouVolto busca, através da interdisciplinaridade e baseado em técnicas de educação ambiental formal e informal, influenciar o domínio afetivo dos visitantes, seus valores e interesses, tendo como meta final a mudança de atitudes destas pessoas com relação ao uso do bem cultural. 11


Implementado desde Setembro de 2004 e com visitas sistemáticas durante o período letivo, o Projeto VouVolto é o resultado da interação entre educadores dos dois municípios conveniados (Santos e São Vicente), através de suas respectivas Secretarias de Educação, além dos educadores da USP. Desde então mais de 10 mil alunos e professores visitaram o Monumento Nacional com suas escolas, para depois retornarem ao local em visitas feitas com suas famílias.

Primeira equipe de estagiários RESJE, integrantes do Programa Educativo e de Uso Público do monumento nacional, além de alguns visitantes do bem cultural, durante o Click Ruínas, oficina de fotografia (especialista convidado, Prof. Dr. Ronaldo Francine). 12


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II - SÍNTESE DAS ATIVIDADES 2011

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Quadro-síntese das atividades desenvolvidas em 2011

Janeiro - Retomada a operação da linha turística “Conheça Santos: Zona Noroeste”, operada pela Secretaria de Turismo de Santos.

Fevereiro - RESJE sedia o “III Encontro Regional de Capoeiristas”, celebração das academias da Baixada Santista, com ênfase nas academias localizadas na Zona Noroeste de Santos. - RESJE publica o primeiro edital de contratação de estagiários, fruto de convênio com a Universidade Católica de Santos – UNISANTOS. - Oficio enviado à Superintendência Paulista do IPHAN requerendo informações sobre as peças arqueológicas deste sítio, anteriormente tuteladas ao hoje extinto Iparq (Instituto de pesquisas arqueológicas da Unisantos) e, atualmente, sob a responsabilidade do Nupec (Núcleo de Pesquisas Científicas da Baixada Santista). - RESJE é objeto de estudos para Trabalho de Conclusão de Curso de grupo de graduação do curso de Relações Públicas da UNISANTOS.

Março -RESJE visita a Reitoria da Universidade Católica de Santos – UNISANTOS, para verificação da guarda do material arqueológico das Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos, que encontrava-se sob a salvaguarda do extinto Instituto de Arqueologia da Unisantos. - Reunião pedagógica com a equipe da Secretaria da Educação de Santos: planejamento das atividades 2011 e avaliação das ações 2010. - RESJE recebe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santos, para apreciação, primeira minuta de decreto de criação do Parque Natural Municipal Engenho São Jorge dos Erasmos. O documento é encaminhado à Procuradoria Geral da USP.

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- Reunião do Conselho Deliberativo das RESJE

Abril - A Direção do órgão avalia proposta elaborada pelo documentarista Silvio Cordeiro, para o projeto de Video Mapping (espetáculo de luz e som) nas Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos. - Equipe RESJE visita a Fazenda Quatinga, na área continental de Santos, atendendo convite da Secretaria de Turismo de Santos, para reconhecimento de área com potencial arqueológico.

Maio - RESJE integra o calendário oficial de eventos comemorativos da Semana do Meio Ambiente de Santos, oferecendo atividades especiais. Como fruto desta atividade foi possível estabelecer contatos com a SEMAN - Licenciamentos ambientais e SEPROAM - visando integração com seus Programas a Ambientais e Educacionais. - Pesquisa sobre a origem da toponímia da região, começando pelas origens da rua Alan Ciber Pinto (Rua onde se localizam as Ruínas Engenho). Foram realizadas consultas em diversos órgãos (prefeitura, escola Gracinda Maria Ferreira, CONAC local responsável pelos emplacamentos de ruas em Santos, Fundação Arquivo e Memória de Santos e Hemeroteca da cidade). - Educadores RESJE e equipe de estagiários iniciam ciclo de estudos com as referências sobre engenho, preservação e patrimônio. Primeira leitura: Carta de Atenas (1931). - Implantação do projeto: “Se Essa Rua Fosse Minha...” - Inicio das exibições do Ciclo Cinema no Engenho – exibições comentadas de filmes e documentários, nacionais e internacionais: Hans Staden, Deus é Brasileiro, A Era da Estupidez, As Aventuras de Azur e Asmar e O Príncipe e a Princesa. - Projetos RESJE são apresentados em stand próprio durante o evento “Ação & Serviço Vl. São Jorge”, promovido pela Prefeitura Municipal de Santos. - Criação de uma agenda google docs para utilização dos estagiários das Ruínas. A partir de então, este banco de dados e acervo de informações passou a ser alimentado diariamente. Hoje, representa importante acervo da memória das atividades deste bem.

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- Base Avançada RESJE sedia atividade do Projeto “Nossa História”, promovido pela Comissão de Cultura e Extensão da Faculdade de Economia e Administração da USP. A atividade, cujo público-alvo é composto por alunos do Ensino Fundamental de escolas públicas estaduais, inclui palestras, visita monitorada e material audiovisual. -Inicio da pesquisa e levantamento de dados e fotos do projeto Iconografia dos engenhos do Brasil Colonial. - Reunião do Conselho Deliberativo das RESJE - Catalogação e seleção dos livros recebidos como doação. (Cerca de 400 livros de natureza variada). Posterior seleção dos livros considerados raros e seleção para higienização e catalogação da obras raras. Seleção das obras que foram para encadernação. Compra de novos títulos. - RESJE participa do Seminário “Educação e Diversidade Cultural” na FEA - USP - presença do educador André Muller de Mello.

Junho - Veiculação do programa “Caminhos...” da TV USP. Neste episódio a cidade de Santos é o foco. Há no programa um bloco dedicado exclusivamente ao trabalho educacional das Ruínas Engenho. (www.youtube.com/watch?v=fFJJLlmlEEk) - Reunião com a comissão organizadora do projeto Historiando a Zona Noroeste, do qual o educativo das Ruínas é parceiro há cinco anos. - RESJE reedita e sedia a exposição fotográfica “Ruínas Plurais”, integrando a Mostra Cultural do Historiando a Zona Noroeste. As fotografias tratam das relações entre paisagem, natureza e patrimônio histórico-arquitetônico, incluindo momentos marcantes do Programa de Uso Público do bem cultural. - RESJE encaminha à Secretaria Municipal de Meio Ambiente ofício com questionamentos referentes à minuta de decreto de criação do Parque Natural Municipal Engenho São Jorge dos Erasmos.

Julho - Planejamento e publicação do calendário oficial do novo Programa Portas Abertas, que deixa de ocorrer apenas durante as férias, desta vez com eventos também programados para os finais de semana do período letivo.

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- Evento do Programa Portas Abertas: Oficina de Arqueologia para Crianças , com as convidadas Adriana Negreiro Campos e Cristiane Amarante. - Evento do Programa Portas Abertas: Oficina Click Ruínas, com o convidado Prof. Dr. Ronaldo Bastos Francine. - Reuniões com o Projeto Historiando a Zona Noroeste – 2 visitas para discutir os procedimentos da Exposição Fotográfica Ruínas Plurais. - Evento do Programa Portas Abertas: Jornada Anti-Stress - Evento do Programa Portas Abertas: Oficina de Papel Artesanal, feito com o bagaço de cana de açúcar (com o convidado papeleiro Luiz Ramos)

Agosto - Evento do Programa Portas Abertas: Roda de Leituras em Família - Evento do Programa Portas Abertas: Grupo Cultural Afro-Ketu, em comemoração ao Ano Internacional dos Afrodescendentes. - RESJE sedia o III Encontro da Rede de Educação Ambiental de Santos. - RESJE participa da I Semana do Patrimônio de São Vicente - mesa redonda com Marcio Braga, Manoel Gozales e Rodrigo Christofoletti. - Reunião de Conselho Deliberativo das RESJE - RESJE recebe, para apreciação, devolutiva dos questionamentos feitos pela Procuradoria Geral da USP a respeito do parque Natural Municipal Engenho São Jorge dos Erasmos.

Setembro - Evento do Programa Portas Abertas: Narrativas de África e Além, com a antropóloga e autora Heloísa Pires Lima. - Evento do Programa Portas Abertas: Imaginautas da Memória - RESJE expõe ações educativas e socioambientais na V Feira USP e as Profissões, evento da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, em São Paulo. - Contato inicial do educativo RESJE com a Rede Estadual de Patrimônios, organizada pela professora de geografia da USP, Simone Scifone.

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- RESJE oferece a II Edição do curso de difusão cultural “Memórias do Açúcar: histórias, vivências e receitas”, com a Profª. Dra. Vera Lúcia Amaral Ferlini e Profa. Ms. Joana Monteleone. - Evento do Programa Portas Abertas: Dança Indígena com o grupo Tupi Kangwaá, de Peruíbe. - Elaboração de novos jogos educativos para o Programa de Uso Público RESJE (dominó, memória, kit de mapas afetivos, etc.) - Reunião com o Instituto Elos (http://institutoelos.org/) sobre tecnologias sociais para o Projeto “Se Essa Rua Fosse Minha...”, visando a revitalização da Rua Alan Cíber Pinto. - Proposição de material impresso (folderes) para compor um Guia da Visitas Avulsas. - Evento em comemoração à chegada da primavera, em parceria com a EEEFM Gracinda Maria Ferreira e o Jardim Botânico de Santos: plantio de mudas no canteiro frontal do monumento nacional. Evento ligado ao Projeto “Se Essa Rua Fosse Minha...”. - Registro fotográfico de alunos da Escola Gracinda Maria Ferreira sobre o projeto "Se Essa Rua Fosse Minha...". - Contato com a COEPIR - Comunidade negra de Santos. - Princípio da pesquisa sobre a evangelização dos jesuítas no Brasil.

Outubro - RESJE oferece o curso de difusão cultural “Biodiversidade: o que é?”, com a Profª. Dra. Vera Lúcia Amaral Ferlini, o educador socioambiental André Müller de Mello e com a participação de pesquisadores do Núcleo de Pesquisas em Biodiversidade do Jardim Botânico de Santos. - RESJE sedia aula especial sobre modelos volumétricos, para alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UNISANTOS, com o professor Dr. Paulo Sampaio. - Evento do Programa Portas Abertas: Festival de Cultura Portuguesa, com o Rancho Folclórico Típico Madeirense do Morro de São Bento. - RESJE sedia o lançamento do livro “Casa da Frontaria Azulejada”, de Nelson Santos Dias.

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- RESJE integra a IX Semana da Arquitetura da FAU UNISANTOS, com atividades de campo e mesa-redonda. - Evento do Programa Portas Abertas: Sarau e Caminhada Poética, com a Casa do Poeta Brasileiro de Praia Grande e o Sarau das Ostras.

Novembro - RESJE oferece o curso de difusão cultural "Incursões e Discussões sobre Patrimônio", com a Profª. Dra. Vera Lúcia Amaral Ferlini e o Prof. Dr. Rodrigo Christofoeltti. - Evento do Programa Portas Abertas: Oficina de Teatro. - RESJE sedia atividades do VII Seminário Internacional sobre a E(I)migração Portuguesa: De colonos a imigrantes. - Evento do Programa Portas Abertas: Viola Caipira no Engenho, com o Grupo Viola Arranjada (Anderson Baptista, Ighor Aguila, Thiago Rossi e Vinicius Muniz). - Evento do Programa Portas Abertas em comemoração ao Dia da Consciência Negra - “A Temática Africana e a Lei 10.639: o Brasil abrindo as cortinas do passado”, com o Prof. Ms. Paulo Campbell (UNISANTOS). - Evento do Programa Portas Abertas: Garapa Filosófica: Renascimento e Modernidade, com o Prof. Dr. Cesar Agenor (UNISANTOS).

Dezembro - RESJE sedia a exposição temporária “Moluscos: Jóias da Natureza”, com acervo do Museu de Zoologia da USP e da Associação Conquiliologistas do Brasil. - O Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos é retratado pela artista plástica Sueli Santos Teles Café da Silva, em obra finalista da campanha Santos Nossa Luz – desenvolvida pela Prefeitura Municipal de Santos por meio do Fundo Social de Solidariedade e que visa a venda de cartões de natal com renda totalmente revertida para as instituições assistenciais.

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Quadro de visitação - relatório quantitativo 2011 TOTAL VISITAS ESCOLAS PÚBLICAS DA BAIXADA (Especialmente Santos) - Programa VouVolto Número de escolas atendidas Número de visitas (turmas/classe) Número de visitantes VISITAS ESCOLAS PARTICULARES (BAIXADA E CAPITAL) Número de escolas atendidas Número de visitas (turmas/classe) Número de visitantes VISITAS INSTITUIÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DA BAIXADA SANTISTA Número de visitas (turmas/classe) Número de visitantes VISITAS DE UNIVERSIDADES PÚBLICAS Número de visitas (turmas/classe) Número de visitantes VISITAS DE UNIVERSIDADES PARTICULARES Número de visitas (turmas/classe) Número de visitantes VISITAS NÃO AGENDADAS (Público em geral, geralmente aos finais de semana) Número de visitantes EVENTOS ACADÊMICOS Visita Técnica FEA-USP II Reunião da Rede de Educação Ambiental de Santos Workshop projeto Temático VII Seminário Internacional sobre (E)Imigração Portuguesa para o Brasil CURSOS DE DIFUSÃO/DIFUSÃO CULTURAL Memórias do Açúcar: histórias, vivências e receitas Biodiversidade: o que é? Incursões e Discussões sobre Patrimônio CIRCUITO TURÍSTICO – Programa Conheça Santos, Zona Noroeste (6 visitas) PROGRAMA PORTAS ABERTAS TOTAL DE VISITAS EM 2011 (Até 06 de Dezembro)

30 107 3211

3211

24 47 1600

1600

15 746

746

05 298

298

13 512

512

840

840

115 44 17 51

22 42 25

115 44 17 51

22 42 25

350

350

448

448 8321 23


Programa Portas Abertas - Relatório circunstanciado do programa A Exposição “Ruínas Plurais” terá sua segunda edição, revisada e atualizada, integrando a Mostra Cultural do Historiando a Zona Noroeste. As fotografias do Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos tratam as relações entre paisagem,

natureza

e

patrimônio

histórico-arquitetônico,

incluindo momentos marcantes do Programa de Uso Público do bem cultural e de alguns dos projetos educacionais em andamento.

Oficina de Leituras em Família. Um dia dedicado a dinâmicas para a formação de leitores jovens e adultos, enfatizando o papel da família nos processos de fortalecimento das identidades, papel tão importante quanto o da escola. Haverá rodas de leituras, contação de histórias, exibição comentada de filmes e acesso à bibliotecas e acervos online. Neste dia o bem cultural também irá oficializar-se como ponto permanente de BookCrossing, um movimento internacional de leitores que “libertam” livros em locais públicos, para que outras pessoas os possam ler.

Apresentação do Grupo Cultural Afroketu, com ritmos africanos do espetáculo “Minha Dança, Tua Raiz”. Grupo de resgate da cultura africana e afro-brasileira, apresenta, através da dança e do teatro, interpretações e reflexões sobre a história do povo negro e afro-brasileiro. Samba de roda e outros ritmos africanos, com 17 participantes, em 20 minutos de espetáculo.

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03 – Narrativas de África e de Além, com a antropóloga e escritora Heloísa Pires Lima. Como parte das ações culturais comemorativas do Ano Internacional dos Afrodescendentes, a autora dos livros “A Semente que veio da África”, “Histórias da Preta” e “O Espelho Dourado” conversará com o público sobre um de seus mais recentes lançamentos: “Toques do Griô - Memórias sobre Contadores de Histórias Africanas”.

Oficina Imaginautas da Memória – Jogos, dinâmicas e atividades para a família, apresentando a história das ruínas, do bairro e da cidade com oficinas de mapas afetivos, Role Playing Game, quebracabeças, jogo da memória e brincadeiras, entre outras atrações para todas as idades.

Curso “Memórias do Açúcar: histórias, vivencias e receitas”. A segunda edição do curso de difusão cultural contará novamente com as presenças da Profª. Dra. Vera Lúcia Amaral Ferlini (doutora em História Econômica e Titular em História Ibérica, Presidente da Comissão Gestora da Cátedra Jaime Cortesão FFLCH/USP/Instituto Camões) e da Profa. Ms. Joana Monteleone (doutoranda

do

Programa

de

História

Econômica

do

Departamento de História da USP, mestre pelo mesmo programa com o título de "Sabores urbanos: alimentação, sociabilidade e consumo - 1828-1910).

Dança Indígena - apresentação de dança e a interpretação das músicas que compõe o CD da tribo Tupi Guarani Kangwaá de Peruíbe encantou a todos os visitantes e nos ensinou um pouco mais sobre esta etnia. Com letras que evocam a cultura tupiguarani, bem como seu sistema de crenças e suas tradições, o grupo Kangwaá apresentou seus instrumentos confeccionados com elementos retirados das florestas tropicais: verdadeiros lutiês da floresta. Deles tiraram sons que imitavam perfeitamente

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pássaros e mamíferos o que até confundiu grande parte dos expectadores, tamanha foi a semelhança nos sons. Após a apresentação, que durou cerca de 50 minutos, a professora, letrista e coordenadora do grupo, Senhora Catarina proferiu uma pequena palestra sobre as histórias que fizeram com que ela compusesse as letras das músicas e como a tribo era vista pela comunidade na sua cidade de origem, bem como o conjunto dos traços distintivos espirituais, materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam este grupo social: suas artes, modos de vida, sistemas de valores, tradições e crenças.

Curso de difusão cultural “Biodiversidade: o que é?” O Prof. André Muller e convidados discutem a importância da biodiversidade para a qualidade de vida e alternativas de participação

das

comunidades

nas

políticas

públicas

socioambientais.

Festival de Cultura Portuguesa, com o Rancho Folclórico Madeirense do Morro de São Bento. Divulga o folclore e a etnografia da Região Autônoma da Madeira, apresentando danças, cantares e trajes característicos daquela região de Portugal.

Sarau e Caminhada Poética, conduzido pelos poetas da Casa do Poeta de Praia Grande e Sarau das Ostras. Uma tarde para prosa, recital de poesias, doces reflexões e rimas improváveis.

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Curso de difusão cultural “Incursões e Discussões sobre Patrimônio”. Na última década tem crescido a sensibilização sobre a necessidade da preservação do chamado patrimônio histórico/cultural/ natural, devido às novas demandas de uma sociedade cada vez mais preocupada com a manutenção de suas memórias. Neste sentido, torna-se importante a capacitação de profissionais que possam propor soluções acerca dos problemas de ordem patrimonial, bem como sugestões de novas técnicas de preservação, gestão e qualificação de tais patrimônios. O curso objetiva dar visibilidade a estes debates focando a educação patrimonial como sensibilizador da preservação.

Oficina de Teatro, com dinâmicas de grupo trazendo exercícios e atividades teatrais que estimulam o trabalho em equipe e a comunicação. Criatividade e desenvoltura em um secular cenário naturalmente inspirador.

Viola Caipira no Engenho, com apresentação do Grupo Viola Arranjada. Nascido da reunião de quatro amigos violeiros, o quarteto busca explorar novas sonoridades na viola e levar o instrumento a outros universos musicais. Com Anderson Baptista, Ighor Aguila, Thiago Rossi e Vinicius Muniz.

Histórias e Africanidades – Palestra “A temática africana e a lei 10.639: o Brasil abrindo as cortinas do passado”, com o Prof. Paulo Campbell, da UNISANTOS. Parte integrante das comemorações do Ano Internacional dos Afrodescendentes.

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Garapa Filosófica – Proposta originalmente francesa inspirada nos famosos cafés filosóficos que remontam tradição desde meados dos anos 90. Um encontro informal para discutir questões ligadas à memória, às identidades e à manifestações culturais, com intensa participação dos convidados. A primeira rodada da garapa filosófica buscará refletir com o público sobre as consequências e impactos do avanço do pensamento moderno, muito presente no processo de colonização.

VERIFICAR DATA NO ARQUIVO TRIBUNA PARA A LEGENDA

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IV - AÇÕES IMPLEMENTADAS EM 2011 PARA CONSECUÇÃO DAS METAS 29


1. METAS ADMINISTRATIVAS

1.1 Ampliar o quadro de vigilantes: O quadro de vigilantes foi ampliado tal como previsto. As Ruínas passam a ser vigiadas 24 horas por dias, por duas duplas de vigilantes, tanto no período diurno quanto no noturno. 1.2 Incrementar o sistema de segurança do prédio da Base Avançada de Cultura e Extensão, com novos processos de aquisição de equipamentos eletrônicos e sistemas informatizados (como, por exemplo, sistema integrado de tv, alarmes ou outras soluções prediais em segurança, acessórios como sensores de movimento, jogo de espelhos, etc.); (Elaboração de Projeto de Segurança) Foi solicitado para seção de Compras em 12/04/2012, nº 12.1.7742.1.4, com entrada no dia 18/04) 1.3 Construir área de depósito de materiais: Projeto Concluído. Foi construído internamente, ao lado da reserva técnica. 1.4 Instalar aparelhagem de ar condicionado, na sala de exposições e na sala de aula; Foi realizado projeto de instalação na seção dos estagiários e na sala de aula. 1.5 Adquirir estantes de aço, para material arqueológico e mobiliário para o laboratório; Reserva técnica pronta para receber parte do acervo e ser utilizada pelos pesquisadores. 1.6 Adquirir mobiliário para os estagiários. Já foram adquiridos e instalados 1.7 Contratar dez estagiários, das áreas de História, Biologia, Comunicação, Filosofia, Arquitetura e Engenharia Ambiental.

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Processo finalizado: foram contratados 10 (dez) estagiários: dois alunos da própria USP que dão suporte ao administrativo do Engenho em São Paulo e oito alunos da Universidade Católica de Santos que prestam serviços na base do Engenho. Foram contratados alunos dos cursos de: História, Biologia, Filosofia, Engenharia Ambiental, Arquitetura e Jornalismo.

1.8 Contratar 2 funcionários administrativos e dois educadores. A solicitação foi realizada. No momento aguardamos trâmite do processo.

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2. METAS EDUCATIVAS 2.1 Preparar material expositivo, para ampliar as visitas, tais como totens interativos, maquetes, exibições de vídeos, etc. Os projetos de maquetes e totens interativos já estão em andamento. Dois totens interativos já foram instalados.

2.2 Implantar novo cronograma de visitas ao bem cultural, após incorporação dos oito novos estagiários, incrementando em 35% o número anual total de visitas

monitoradas

(diversos

públicos) Novo cronograma foi implantado, com visitas

diárias

e

uma

maior

dinamicidade das mesmas.

2.3 Adequar e criar novos materiais instrucionais para distintos públicos, utilizando recursos editoriais para documentos impressos (folders, cartazes e banners)

e

ferramentas

multimídia

(roteiros

de

áudio

e

vídeo),

disponibilizando tal material didático para apoio às visitas monitoras que atendam pelo menos 50% do público total anual; Novos infográficos e banners estão sendo produzidos.

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2.4 Desenvolver e implantar pelo menos duas novas práticas ambientais na Base Avançada de Cultura e Extensão, como por exemplo projeto de redução de emissão de carbono ou de resíduos sólidos. A

equipe

RESJE

utiliza,

desde

fevereiro de 2011 a ecofont para aproximadamente documentos utilizar

40%

impressos,

exclusivamente

dos

além

de

papéis

reciclados para 100% dos impressos distribuídos ao público (material de divulgação dos eventos educativos e culturais que a Base Avançada de Cultura e Extensão sedia). Em relação à gestão de resíduos sólidos, a Base Avançada destina aproximadamente 75% do seu material impresso (excedente, quando ocorre) à Cooperativas da região, habilitadas a emitir certificado de destinação adequada. Durante o ano de 2011, tais cooperativas também retiraram do bem cultural cerca de 25 kg de resíduos sólidos compostos por material plástico, metal e lixo eletrônico não patrimoniado, para reaproveitamento e reutilização. 2.5 Disponibilizar recursos humanos e tempo para o desenvolvimento de pelo menos um programa que permita ao Órgão o atendimento de público com Necessidades Educativas Especiais (NEE), de acordo com orientações gerais da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), orientações específicas da Secretaria de Educação Especial do MEC e demais documentos relacionados às políticas nacionais de educação inclusiva. O projeto “Engenho Livre”, elaborado pelo estudante de arquitetura Gabriel Curti, evidencia as intervenções mais importantes para conferir à Base Avançada de Cultura e Extensão maior acessibilidade (pisos táteis de alerta e direcional, além do acesso para cadeirante no auditório). A adequação do espaço da Base de Cultura e Extensão Universitária da USP, seguindo a NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

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Além disso, está em curso um projeto financiado pelo BNDES que sinaliza a preocupação das Ruínas Engenho para com a acessibilidade de todos os visitantes. Trata-se de um projeto de rampas e passarelas de acessibilidade que darão maior mobilidade aos portadores de necessidades especiais. Projeção de prazo: segundo semestre de 2013. 2.6 Desenvolver um novo sistema de coleta e análise de indicadores e feedback do público visitante, para subsídio de um Programa de Avaliação e Monitoramento dos projetos educacionais em andamento. Está em curso a elaboração de uma ficha de avaliação de visitantes (tanto visitas espontâneas quanto de estudantes). 2.7 Desenvolvimento de um projeto para futura implantação de ambiente virtual institucional, visando subsídio às práticas de Educação à Distância (como por exemplo versões EaD para cursos de extensão e Difusão oferecidos pelo Órgão); Ao longo de 2011, o órgão formalizou solicitação de equipamento para vídeo conferencia; solicitação de troca de equipamentos de informática para outros mais 36


adequados com configurações mais robustas; solicitação de aumento da banda larga disponível para, no mínimo, 10 gigabytes.

3. CULTURAIS 3.1 Adquirir 500 novos títulos para a Biblioteca do Engenho e, incorporando também aqueles que já estão no Órgão, iniciar processo de implantação do Sistema de Inventário Automatizado - SAI - para o Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo - SIBi/USP. Foi realizada consulta em sebos e editoras, bem como a compra de títulos. Também recebemos doações da Biblioteca da Fundação Joaquim Nabuco de Recife. No momento estamos estudando a viabilidade de implantação do sistema de software gratuito da Biblioteca Nacional. Também pretende-se, para o biênio 2012/2013, a inauguração da Biblioteca RESJE, com respectivo projeto de divulgação desta nova utilidade pública da Base Avançada de Cultura e Extensão. No momento, sua utilização é parcial, e há uma adequação às rodas de leituras do programa Portas Abertas, o que significa que a biblioteca é um manancial fundamental para o desenvolvimento deste projeto. 3.2 Realizar pelo menos quatro reuniões anuais com entidades congêneres e lideranças regionais, dentro do Programa de Gestão das Partes Interessadas (stakeholders), incrementando o número de parcerias institucionais, formais e não formais, para o desenvolvimento de projetos de cultura e extensão. A partir de 2011, o Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos integra a Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista (REABS) e faz parte da Rede de Educação Ambiental de Santos (REAS) que, juntas, reúnem diversos órgãos públicos, instituições de ensino, equipamentos turísticos, bens culturais e organizações da sociedade civil. Através dos encontros semestrais de ambas as redes, pudemos participar de eventos coletivos como o calendário de eventos das semana do meio ambiente, da biodiversidade, da educação, além de oferecermos atividades e eventos também durante a Virada Cultural Paulista, juntamente com várias entidades congêneres na Baixada Santista. 37


Importante também registrar que ao longo de 2011 estreitamos laços com entidades parceiras das secretarias municipais de Educação, de Turismo e de Meio Ambiente, respectivamente com os projetos VouVolto (Ensino Fundamental), Conheça Santos – Zona Noroeste e participando de reuniões junto ao CONDEMA e ao Departamento de Gestão de Áreas Verdes de Santos, objetivando a criação do Parque Natural Municipal Engenho dos Erasmos. Todos estes projetos conjuntos envolvem etapas de planejamento e avaliação, seguindo cronogramas específicos de cada uma das equipes. Além disso, o bem cultural mais uma vez ofereceu atividades especiais para integrar as ações culturais e educativas do Programa Historiando a Zona Noroeste, mantido pela Fundação Arquivo e Memória de Santos 3. Em 2011 a Zona Noroeste de Santos completou 35 anos e as comemorações convergiram para a 1ª Mostra Cultural da Zona Noroeste, com ações deste bem cultural (Exposição Fotográfica Ruínas Plurais), do Projeto Arte no Dique, Programa de Flautistas da Secretaria de Educação, além de apresentação de representantes do Centro da Juventude e do Centro de Convivência da Terceira Idade da Zona Noroeste. Outras atividades conjuntas e parcerias envolvem a Universidade Católica de Santos (novo convênio firmado e 4 eventos do Programa Portas Abertas recebendo convidados especialistas de diversos cursos de graduação e pós-graduação da UNISANTOS); Secretaria de Educação de Santos (manutenção do convênio e parceria nos projetos educacionais); Jardim Botânico de Santos (Comemorações da chegada da primavera, entre outros); Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista e Rede de Educação Ambiental de Santos (participação dos encontros regionais e de formação); Secretaria de Meio Ambiente de Santos (Semana do Meio Ambiente e tratativas referentes à Unidade de Conservação); Instituto Elos (Projeto Se Essa Rua Fosse Minha: reunião para sensibilização da equipe de educadores e estagiários, sobre tecnologias sociais disponíveis); Secretaria de Assistência Social de Santos (evento “Ação & Serviço - Vl. São Jorge”); Secretaria de Turismo de Santos (Linha Conheça Santos e visita à Fazenda Quatinga); Movimento BookCrossing

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O Historiando a Zona Noroeste é uma iniciativa que integra a comunidade e entidades da bairro, instituições diversas e órgãos das Administrações Municipais de Santos e de São Vicente. 38


Brasil (RESJE é o único ponto oficial da Baixada Santista); Comissão de Cultura e Extensão da Faculdade de Economia e Administração da USP (projeto “Nossa História”); Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (doação de livros para a biblioteca); Projeto Historiando a Zona Noroeste (projetos elaborados em parceria e participação em eventos); Rede Estadual de Patrimônios (proposição de Termo de Cooperação Técnica); Fundação Joaquim Nabuco (manutenção das ações para cooperação técnica);

Casa do Poeta Brasileiro de Praia Grande (Sarau e

Caminhada Poética); Museu de Zoologia da USP (adaptação coletiva do projeto expográfico original da exposição “Moluscos: Jóias da Natureza” e intermédio das tratativas para a exposição “Darwin” na Casa de Frontaria Azulejada); Cátedra Jaime Cortesão (VII Seminário Internacional sobre a E(I)migração Portuguesa: De colonos a imigrantes).

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4. ATIVIDADES DE EXTENSÃO 4.1 Organizar um evento sobre a imigração europeia; Na ocasião do VII Seminário Internacional sobre a E(I)migração Portuguesa: De colonos a imigrantes, aconteceu um workshop sobre projeto temático "imigrações". 4.2 Organizar, pelo menos, 3 cursos de extensão universitária; Foram realizados três cursos (descritos anteriormente): a) Biodiversidade – o que é? b) Incursões e Discussões sobre o Patrimônio. c) Memórias do Açúcar: histórias, vivências e receitas.

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4.3 Emitir, em 2011, pelo menos 50 certificados de cursos de extensão e/ou difusão cultural: Foram emitidos 66 certificados neste período.

4.4 Emitir, em 2011, pelo menos 35 certificados de atualização técnica e pedagógica para profissionais do ensino ligados à Secretaria de Educação de Santos e/ou à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Meta não alcançada.

5. PESQUISA

5.1 Realizar pelo menos, dois workshops de pesquisas. Em 2011, o Órgão sediou atividades do VII Seminário Internacional sobre a E(I)migração Portuguesa: De colonos a imigrantes 5.2 Reativar as investigações arqueológicas Meta não alcançada.

5.3 - Publicação de textos científicos: CHRISTOFOLETTI, Rodrigo ; MELLO, André Müller de. Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos - entre a teoria e a prática preservacionista. Histórica (São Paulo. Online), v. 47, p. 65-80, 2011. CHRISTOFOLETTI, Rodrigo . Discussões sobre o patrimônio: a educação patrimonial realizada nas Ruínas Engenho S. Jorge dos Erasmos. 2011. Unisantos.

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CHRISTOFOLETTI, Rodrigo . Ruínas Engenho dos Erasmos - arqueologia, história e patrimônio. 2011. (Curso de curta duração ministrado/Outra). Unisantos.

5.4 - Participação em congressos e eventos: a) Apresentação do Prof. Dr. Rodrigo Christofoletti no I Semana do Patrimônio de São Vicente - Mesa Redonda - O Engenho e suas potencialidades patrimoniais. 16/08/2011. b) Apresentação do prof. André Muller de Mello sobre os programas educativos desenvolvidos na RESJE, na aula de graduação da professora, Doris Acioli Faculdade de Educação da USP.13/09/2011. c) Apresentação do prof. André Muller de Mello, no evento da Faculdade de Educação - Seminário Educação e Multiculturalidade, organizado pela profª Drª Marcia Gobbi da FEUSP. 06/05/2011.

5.5 Reaver e realocar os bens arqueológicos, de posse do NUPEC e do MAE: Foi encaminhado solicitação junto ao IPHAN. Até o momento estamos aguardando contato do Instituto. Oficio enviado ao IPHAN requerendo informações sobre as peças arqueológicas das Ruínas, que após o fechamento do Iparq (Instituto de pesquisas arqueológicas da Unisantos ter sido extinto, foi tutelado pelo Nupec Núcleo de pesquisas científicas da Baixada Santista, coordenada pelo arqueólogo Manoel Gonzalez. O ofício foi enviado o enviado à superintendência paulista.

5.4 Iniciar o levantamento documental sobre a História do Engenho Foi iniciado levantamento da documentação e sistematização dos mesmos junto aos arquivos da RESJE Santos. Previsão para termino: 2º semestre de 2014.

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5.5 Iniciar, com os estagiários, o Projeto sobre técnicas (provisoriamente chamado Engrenagens) Meta não alcançada.

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Perspectivas para 2012 De maneira bastante abrangente os resultados alcançados ao longo de 2011 reproduziram a união de forças em prol de uma meta bastante significativa: tornar as Ruínas um local público de fruição, aprendizado e preservação, respeitando suas capacidades e colaborando para que os esquecimentos do passado não reproduzam mais a negligência, o abandono e a perda de identidade. Ressalta-se terem sido possíveis as realizações de grande parte destas atividades aqui relatadas graças ao apoio e ao esforço incansáveis da logística proporcionada pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão. Todas as perspectivas para 2012 estão balizadas nas mesmas premissas desenvolvidas nos anos anteriores. As informações aqui registradas atestam a multiplicidade de atividades executadas ao longo do primeiro quinquênio dos projetos educativos da RESJ. Para o próximo ano esperamos manter as mesmas interlocuções, bem como ampliarmos nossas redes de parcerias no sentido de continuarmos alimentando cada vez mais e melhor a qualidade de ensino e preservação deste bem.

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IV - METAS PARA A AÇÃO 2012

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OBJETIVO Consolidação do Monumento Nacional Ruínas do Engenho São Jorge dos Erasmos como Base Avançada de Cultura, Extensão e Pesquisa da Universidade de São Paulo, através de: 

Ações administrativas

Ações educativas

Atividades de extensão

Atividades culturais

Pesquisas científicas

Essas ações firmam-se dentro de uma base conceitual, a Plataforma Sofia, implantada como eixo do órgão, desde 2005.

Ações administrativas Dando prosseguimento à implantação da Base Avançada, buscar-se-á aprimorar o sistema de vigilância, adequar o edifício e as instalações para suas atividades, ampliar o quadro funcional, equipar as salas de trabalho (estagiários, biblioteca, laboratório de arqueologia), instalar sistema de ar condicionado.

METAS - Elaboração de projeto de adequação do espaço das Ruínas, para preservação do sítio e retomada das pesquisas arqueológicas; - Incrementar o sistema de segurança do prédio da Base Avançada de Cultura e Extensão, com novos processos de aquisição de equipamentos eletrônicos e sistemas informatizados (como por exemplo sistema integrado de tv, alarmes ou outras soluções prediais em segurança, acessórios como sensores de movimento, jogo de espelhos, etc.); - Construir área de depósito de materiais; - Adequação de recursos audiovisuais no anfiteatro; - Instalar aparelhagem de ar condicionado, na sala de exposições e na sala de aula;

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-Adquirir estantes de aço, para material arqueológico e mobiliário para o laboratório; Manter dez estagiários, das áreas de História, Biologia, Comunicação, Filosofia, Arquitetura e Engenharia Ambiental; - Contratar 2 funcionários administrativos e dois educadores.

Ações educativas As ações educativas do Monumento Nacional Ruínas do Engenho São Jorge dos Erasmos, focam, no próximo ano, os seguintes públicos: 

ensino público fundamental e médio, ampliando o atendimento, hoje consolidado com as Escolas Municipais de Santos e São Vicente, para as Escolas Estaduais da Diretoria, dentro do Programa Lugares de Aprender, com base nos Projetos Vou Volto e I Papo

ensino privado fundamental e médio

comunidade da Baixada, em especial as de Santos e São Vicente, através de: 

Cursos de Difusão Cultural

Atividades do Programa POrtas Abertas

Programas Turísticos como o Conheça a Zona Noroeste, já em vigor com a Secretaria de Turismo de Santos

Programa História Viva, atividade mensal, voltada aos moradores da Zona Noroeste.

METAS - Preparar material expositivo, para ampliar as visitas, tais como totens interativos, maquetes, exibições de vídeos, etc.; - Implantar novo cronograma de visitas ao bem cultural, após incorporação dos oito novos estagiários, incrementando em 35% o número anual total de visitas monitoradas (diversos públicos); - Adequar e criar novos materiais instrucionais para distintos públicos, utilizando recursos editoriais para documentos impressos (folders, cartazes e banners) e ferramentas multimídia (roteiros de áudio e vídeo), disponibilizando tal material didático para apoio às visitas monitoradas que atendam pelo menos 50% do público total anual;

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- Desenvolver e implantar pelo menos duas novas práticas ambientais na Base Avançada de Cultura e Extensão, como a criação de um borboletário, controle de ofídios e a adequação da rua Alan Ciber Pinto, com calçadas e sistema de coleta de lixo; - Disponibilizar recursos humanos e tempo para o desenvolvimento de pelo menos um programa que permita ao Órgão o atendimento de público com Necessidades Educativas Especiais (NEE), de acordo com orientações gerais da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), orientações específicas da Secretaria de Educação Especial do MEC e demais documentos relacionados às políticas nacionais de educação inclusiva; Implantação de novo sistema de coleta e análise de indicadores e feedback do público visitante, para subsídio de um Programa de Avaliação e Monitoramento dos projetos educacionais em andamento; - Desenvolvimento de projeto para futura implantação de ambiente virtual institucional, visando subsídio às práticas de Educação à Distância (como, por exemplo, versões EaD para cursos de extensão e Difusão oferecidos pelo Órgão);

3. CULTURAIS -Desenvolvimento e implantação de sistema de catalogação e cadastro do acervo da Biblioteca; - Realizar pelo menos quatro reuniões anuais com entidades congêneres e lideranças regionais, dentro do Programa de Gestão das Partes Interessadas (stakeholders), incrementando o número de parcerias institucionais, formais e não formais, para o desenvolvimento de projetos de cultura e extensão.

4. ATIVIDADES DE EXTENSÃO

- Organizar 2 cursos de extensão universitária; - Incrementar, em pelo menos 30%, a emissão de certificados de cursos de difusão cultural;

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- Emitir, em 2011, pelo menos 50 certificados de atualização técnica e pedagógica para profissionais do ensino ligados à Secretaria de Educação de Santos e/ou à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. 5. PESQUISA - Realizar pelo menos, dois workshops de pesquisas. - Elaboração de Projeto de Pesquisa sobre Patrimônio Histórico, Arqueológico e Arquitetônico Colonial da Baixada Santista; - Reativar as investigações arqueológicas - Publicação de textos científicos: - Participação em congressos e eventos: - Reaver e realocar os bens arqueológicos, de posse do NUPEC e do MAE: - Iniciar o levantamento documental sobre a História do Engenho - Iniciar, com os estagiários, o Projeto sobre técnicas (provisoriamente chamado Engrenagens)

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