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Adorar o verdadeiro Rei e tomar um novo caminho
A Festa de Reis, lembrada no Tempo do Natal, especificamente na Solenidade da Epifania do Senhor, é uma festa muito conhecida, pelo menos, pela maioria de nós. Já ouvimos, certamente, falar das Folias de Reis, as quais têm seu início logo após as celebrações do Natal e encerram suas visitas em 6 de janeiro, data fixa para esta celebração. Na Liturgia, contudo, considerando sua importância, será sempre localizada no Domingo entre a celebração de “Maria, Mãe de Deus” e a “Festa do Batismo do Senhor”. Ao falar sobre o assunto, optamos, contudo, por uma abordagem mais litúrgica. Partindo desta opção, tentaremos considerar dois pontos: o convite à adoração ao Rei-menino que se manifesta ao mundo e a necessidade de mudança de caminhos, tal como fazem os Magos que vieram do Oriente. No nascimento de Jesus, fica claro que Ele veio para os pequenos e simples, visto que os pastores são os primeiros convidados pelos anjos a verificarem com os próprios olhos o quanto Deus lhes concedia uma grande alegria (Cf. Lc 2,8-20). Mas a visita dos Reis Magos nos ajuda a entender o quanto esta alegria é universal, pois todas as nações da Terra são convidadas a adorar o recém-nascido Rei dos Judeus. Havia uma mentalidade de que o Messias viria somente para resgatar os da casa de Israel e toda a Liturgia do Tempo do Natal nos convida a perceber que não! A salvação é oferecida a todos! Os Magos vindos do Oriente estariam, assim, fora do círculo que delimita “aqueles que seriam salvos”. Mas, mesmo assim, atendem o chamado, seguem sua estrela e O encontram para poder ofertar seus presentes e prestar-Lhe homenagem. Como lemos ao final do relato bíblico, “avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram para sua terra por outro caminho” (Mt 2,12). Tal versículo mostra uma mudança de rota por um aviso, pois Herodes não queria informações para adorar o Menino, mas para matá-lo. Contudo, tal mensagem pode fazer-nos outro convite, ou seja, de que busquemos mudar os nossos caminhos depois de fazermos o nosso encontro com a salvação que Deus nos oferece na encarnação do Verbo. Estejamos, pois, sempre atentos a mudar o caminho para que não coloquemos em risco a nossa própria salvação. Olhando o exemplo dos Reis Magos, aprendamos a acolher a Salvação que Deus nos oferece e saibamos refazer nossos caminhos, tendo em vista o nosso encontro com este Rei-Menino que ao mundo todo se manifesta!
Pe. Marcos Ribeiro Silvestre SCE Rio II Província Leste I