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Por que não a nós?
Foi um ano difícil, mas foi um ano que aprendemos a valorizar a vida, aproveitar os momentos com as pessoas que amamos e sentir que precisamos de Deus. Passamos por situações de angústia e tristeza, perdemos para a Covid-19 parentes, irmãos equipistas, funcionários e em especial nossos tios Amazonilda e João Gama, cuja vida foi uma linda história de amor em busca da santidade conjugal, que partiram para o céu juntos – nem a morte foi capaz de os separar. Foi com eles que aprendemos a amar as ENS, ter consciência de que a Oração Conjugal e a Meditação são dos mais difíceis Pontos Concretos de Esforço, mas também dos mais importantes. Esse tempo de pandemia nos fez parar e repensar a nossa vida: o que realmente importa? É um sinal de Deus dizendo que nos ama e quer ver em nós mudanças... Vi meu marido perder suas forças e seu ar e perguntei a Deus, em oração, que não sabia por que é que aquilo estava acontecendo... Naquele momento, André disse uma frase que ficou no meu coração: “Seu tio João nos ensinou: Por que não a nós?” Chorei, mas a partir disso nos sentimos nos braços de Deus! O André chegou a ter 75% do pulmão comprometido, porém não perdemos a esperança, fizemos o caminho que só é possível com a força de Deus. Nos acompanharam os PCEs Meditação e Oração Conjugal, mesmo com o André não tendo forças para pronunciar uma palavra. Aprendemos a rezar como nunca pensamos que fosse possível. “Fomos experimentados por Deus”. Invocando Nossa Senhora, encontramos refúgio na oração diária do terço e, confiando no poder dele, esse foi o momento da mudança! A partir de então, André começou a melhorar. A oração do Terço e a Meditação eram momentos de entrega. Os médicos não tinham explicação para a súbita recuperação dele. Nós não sabíamos o que era entregar as nossas vidas a Deus e dizemos que toda esta experiência de dor e sofrimento era “a peça do puzzle que faltava” em nossas vidas. Vamos olhar para o Filho de Maria e ser gratos. Obrigada meus tios, por nos ensinar a amar a Deus e Maria e hoje testemunharmos uma experiência de vida e de fé que deixa para nós uma simples interrogação: “Por que não a nós?”. Como diz o Papa Francisco, deixemo-nos abrir às “surpresas de Deus”. Sem oração, nenhum de nós fica de pé e ninguém consegue fazer a vontade de Deus. A razão é muito clara: “porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 4). Que nós, equipistas, possamos buscar diariamente os PCEs como meio de perseverar na busca da santidade. Que Deus nos ilumine! Amém!
Fabrícia e André CRS C - Manaus-AM