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Compromisso de entreajuda e hospitalidade nas dificuldades
Queridos equipistas, amadas e amados de Deus, saúde e paz! Estamos atravessando esta pandemia como quem caminha dentro do mar, não caminhamos com liberdade e leveza devido à água que chega na altura de nosso peito ou de nossa cintura; devido a ondas inesperadas que vêm e nos atingem tentando desequilibrar-nos. Mas uma coisa é certa, nós caminhamos! Prosseguimos, procurando juntos, através dos meios ao nosso alcance. Vamos lentamente e com mais esforço, mas não deixamos de seguir vivendo nossa vocação e nossa missão. Os equipistas sabem que, mesmo diante das impossibilidades dos encontros físicos, permanece seu compromisso de entreajuda e de hospitalidade diante das necessidades dos irmãos da equipe, do Movimento e da própria comunidade de fé (paróquia, diocese). Buscamos meios de “sair” em direção a quem nos aguarda e “hospedar” os que vêm em nossa direção. Quantos belos exemplos e testemunhos nos chegam das diversas províncias. Os equipistas têm na Bem-aventurada Virgem Maria não somente uma padroeira e intercessora de suas equipes, mas sobretudo um belo testemunho e insubstituível exemplo para seguirem. O mesmo anjo que anunciou a Maria a encarnação do Verbo em si, é o anjo que anunciou a José sua participação nesta missão de Maria. Ou seja, a missão dada a Maria é compartilhada por José em proporções diversas. É a missão de um casal. A escolhas de Nossa Senhora afetam a vida de José e são por ele acolhidas, por isso entendo que a Festa da Visitação de Nossa Senhora acontece dentro desta perspectiva. Maria não vai ao encontro apenas de Isabel, mas do casal – Isabel e Zacarias. E vai de acordo com seu esposo José. A obra de Deus que acontece nestas mulheres envolve seus matrimônios. Consciente das maravilhas que Deus realizou nela, Nossa Senhora não se acomodou, mas saiu para ver as maravilhas que Deus realizou em outro casal. Maria tem a capacidade de hospedar em si também as necessidades dos outros; a disponibilidade para se fazer presente diante da realidade de outros casais e ver a obra de Deus neles, colaborando para que esta obra se aprofunde ainda mais. Casais equipistas quando se dirigem ao lar uns dos outros vivem esta experiência da visitação e da hospedagem. Visitam-se e se ajudam! Hospedam-se uns aos outros, acolhendo também o dom de Deus que entra em suas casas através dos casais hospedados. O Movimento das ENS é, sobretudo, lugar de buscar juntos a santidade conjugal; sua dinâmica exige que cada um acolha e hospede definitivamente o cônjuge em sua vida, e, na sua conjugalidade sacramental, acolham outros casais na vida de equipe, do Movimento, e como discípulos-missionários na vida de toda a Igreja e a sociedade. Em tempos de isolamento e fechamento, abramos as mentes e o coração para vermos o que Deus espera de nós e nos propõe através da realidade que vivemos. Vamos juntos! Deus é Bom sempre!
D. Moacir Arantes SCE Super-Região