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Domingo de Ramos da Paixão do Senhor

“...prostremo-nos aos pés de Cristo. Revestidos de sua graça, ou melhor, revestidos Dele próprio... prostremo-nos aos seus pés como ramos estendidos”

(Santo André de Creta, bispo)

Com o Domingo de Ramos celebramos o último domingo da Quaresma e iniciamos a Semana Santa. A Igreja nos concede quarenta dias de caminhada penitencial para tornarmos santo e agradável a Deus. Sacrifício único pelos pecados do povo para a salvação do mundo. Cristo, o único e verdadeiro sacerdote, fazendo-se vítima definitiva, levou à perfeição os que ele santifica (Hb 10,14). Por isso, somos tidos na perfeição em Deus por meio de Cristo, pois, Nele, somos chamados do pecado à perfeição dos santos: “Sede santos, porque eu sou santo” (Lv 11,44). Celebrar o Domingo de Ramos é contemplar a entrada de Jesus em Jerusalém, aclamado pelo povo, que impunha nas mãos ramos e estendem seus mantos para que o Mestre e Senhor passe triunfante. Uma cena feliz de um povo que espera a libertação de uma opressão legalista na esperança de tempos melhores. Porém, este mesmo povo que clama Hosana ao Filho de Davi levará Jesus ao julgamento de Pôncio Pilatos e à condenação da Cruz. Queridos casais, SCE e AE, com esta celebração somos convidados como Igreja e comunidade de batizados,

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a acompanhar Jesus. Nesta unidade eclesial, como Movimento, quero convidá-los a contemplar a cena do Domingo da Paixão. Estamos vendo Jesus. Estamos acompanhando a sua chegada montado no jumentinho. Jesus sorri, e neste sorriso acolhe você e todos nós que estamos com os ramos nas mãos. Jogamos os nossos ramos no chão, e enfeitamos esse caminho com coisas efêmeras. Diz Santo André de Creta, “que Ele quer somente que nos prostremos revestindo-nos Dele próprio”. É Jesus mesmo o ramo que devemos levar nas mãos, acenando para este mundo de desigualdade, a fim de que os olhos que o vejam contemplem o verde da esperança que não morre, a fim de obtermos, cada vez mais, a verdadeira fé que nos move para a caridade como cura e zelo aos irmãos, vivendo a “Laudato Si” que nos faz ter mais “Amoris Laetitia” e enfim, andarmos juntos e de mãos dadas como “Fratelli Tutti”. Deponhamos ao chão o manto do falso poder, que pode acompanhar a nós, Sacerdotes Conselheiros, impondo o jugo pesado sobre as costas daqueles que esperam alcançar a leveza do Esposo Jesus para com a sua Esposa Igreja. Naqueles que

esperam da instituição a vivência da “Evangelii Gaudium”. Da consagração à Vida Religiosa que não nos permite, tantas vezes, ser vinho novo em odres novos. Fujamos das tentações que o estado celibatário e conjugal nos pede, por meio dos sacramentos que realizamos para servir. Deixemos que o Senhor pise por cima da ornamentação fugaz, para não entregarmos Jesus à morte na semana seguinte, mas que a nossa oração pessoal e conjugal, seja a felicidade completa da certeza da Ressureição. Contemplemo-o cantando Hosana ao Filho de Davi, com a força do Espírito Santo, que recuperamos com o dever de sentar-se e a Regra de Vida, reconhecendo Jesus como Redentor da nossa história pessoal de salvação. Não sejamos eufóricos e tomados apenas pelo desejo de sermos libertos das opressões, mas com a profundidade do Retiro Espiritual, preparemo-nos discípulas(os) missionários, a sala que Jesus pediu para celebrar a Páscoa; e, montados no “jumentinho” da humildade, ousemos assumir o convite do Papa Francisco: Saiamos! Que a Igreja em saída nos faça entender e viver o nosso Tema e Lema para este ano: Matrimônio, sacramento de missão... e os enviou dois a dois à sua frente... Queiramos apenas o que Jesus pode dar, Ele mesmo, e permaneçamos com Ele, reforçando a nossa conjugalidade, enaltecendo o carisma das ENS e nos fazendo também vítimas agradáveis aos seus olhos, encontrando na Eucaristia o que o Domingo de Ramos iniciou. Que o Poderoso faça sempre em nós maravilhas!

Pe. Fábio José Costa SCEP Nordeste I

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