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Palavra do Papa
PALAVRA DO PAPA “A santidade é um dom”
Nas audiências dos dias 29/04 e 27/05/2015, o Papa Francisco nos fala: “O matrimônio consagrado por Deus protege o vínculo entre homem e mulher que Deus abençoou desde a criação do mundo, e é fonte de paz e de bem para a inteira vida conjugal”. A aliança de amor entre o homem e a mulher, a aliança para a vida, não se improvisa, não se faz de um dia para o outro. Não há o matrimônio “express”: é preciso trabalhar sobre o amor, é preciso caminhar. A aliança de amor do homem e da mulher aprende-se, afina-se. Permito-me dizer que é uma aliança artesanal. Fazer de duas vidas uma única vida é também um milagre, um milagre da liberdade e do coração, confiado à fé. (cf. Papa Francisco) O Cristão é homem e mulher com uma história, porque não pertence a si próprio, está inserido num povo que caminha. Não há o cristão perfeito, um homem, uma mulher espiritual de laboratório, mas sempre um homem e uma mulher espirituais inseridos num povo, que tem uma história longa e contínua a caminhar até a volta do Senhor (Meditação matutina na Capela Santa Marta, 30/4/2015). No dia 1º/11/2019, o Papa Francisco rezou a oração mariana do Ângelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. O Pontífice destacou que a santidade é uma meta que não pode ser alcançada somente com as forças humanas, mas é fruto da graça de Deus e da livre resposta que o homem dá a ela, ou seja: a santidade é dom e chamado. A ENS nos convidam a viver um caminho de santidade, tomando Jesus como companheiro de caminho, nos oferecendo os meios, fazendo florir as graças do matrimônio. Pe. Caffarel, no livro O Amor e a Graça, nos ensina que “a verdadeira santidade é algo mais que essa tensão de espírito e de nervos que mata a espontaneidade. A santidade do amor é o amor mesmo: para cooperar com as graças conjugais, basta que os esposos se amem sempre mais e melhor. Assim, procurar maior intimidade dos corações é cooperar; entregar-se corporalmente no respeito e no amor, é cooperar; desenvolver a vida espiritual do cônjuge, (...) é cooperar com a graça sacramental do matrimônio”. Afinal, o Senhor nos escolheu “para sermos santos e íntegros diante dele, no amor” (Ef1,4). Concluímos com uma fórmula luminosa do Pe. Caffarel: amar é dar-se um ao outro para darem-se juntos. E acrescenta: “Se nos limitamos ao dom de um ao outro, os dois riachos formarão uma lagoa; numa lagoa, bem depressa a água estagna; mas, se além de nos darmos um ao outro, damo-nos juntos, forma-se então um rio de água corrente”.
Bete e Carlos A. Dantas Eq. N. S. Rainha da Paz Setor Minas II - Província Leste II