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Nas situações difíceis sempre devemos ter o olhar da fé, da esperança e do amor
Gostaríamos de contemplar e refletir apenas as belas coisas que elevam nosso pensamento a Deus. Porém, vivemos nossa fé com os pés fincados no chão - com flores e espinhos - que pisamos. Precisamos entender que os momentos desafiadores, as desolações que experimentamos também podem, e devem, se tornar uma via de elevação a Nosso Senhor, de contemplação da sua bondade e de resposta ao seu chamado que pede algo de cada um de nós e de nossas equipes. Não há como ignorarmos o tema da pandemia envolvendo omissões e empenhos, bem como suas consequências: nossos lutos e angústias; nossos medos e ansiedades. Mas os discípulos e discípulas missionários de Jesus Cristo, e de forma especial aqueles que são equipistas, devem sempre olhar para as situações sombrias e difíceis com os olhos da fé, da esperança e do amor. A fé nos faz enxergar para além do que temos diante de nós, e perceber, mesmo nestas tragédias, a ação de Deus inspirando, atraindo, convertendo, reconciliando e salvando muitas pessoas. A esperança nos faz desejar sempre mais e o melhor, não nos permitindo desanimar perante as dificuldades e nem ficarmos paralisados pelo medo. São inspiradoras as palavras do Papa Francisco: “Não tenham medo do compromisso, do sacrifício e não olhem com medo para o futuro; mantenham viva a esperança, sempre existe uma luz no horizonte”. O amor nos faz vencer as fraquezas e nos encoraja para encontrarmos algo que possamos realizar – materialmente ou espiritualmente – em favor de um mundo melhor e do bem das pessoas que conseguimos alcançar com nossas mãos, corações e pensamento. Lembremos que o discípulo amado correu mais rápido na força de sua fé, sua esperança e seu amor que suspeitavam a verdade sobre o túmulo vazio (cf. Jo. 20,4). Que estas três virtudes sejam três luzes a nos iluminar e mostrar o caminho. Que sob estas luzes enxerguemos e reconheçamos na convivência mais próxima e mais intensa, dentro dos lares, a oportunidade de construir
uma intimidade e proximidade maior através da oração conjugal e familiar, da partilha e conhecimento oriundos do dever de sentar-se; nos desafios cotidianos de viver o projeto de santidade matrimonial vejamos as conversões pequenas e diárias propostas pelas regras de vida como auxílios necessários. Construamos uma intimidade maior com Deus através do diálogo pessoal na escuta diária da Palavra, na oração e meditações diárias. E não cessemos de desejar, de aspirar e buscar a realização daqueles projetos - mutirões e retiros - que, protelados devido à pandemia, não podem ser cancelados. É tempo de sacrífico, pois tudo na pandemia parece exigir de nós um esforço maior. Lembra-nos Santa Teresa de Calcutá: “Um sacrifício, para ser real, deve custar, deve doer, deve esvaziar-nos”. Com a certeza de que Deus nos conduz e nos encaminha para dias melhores continuemos sempre em frente. Vamos juntos! Deus é Bom sempre!
D. Moacir Arantes SCE Super-Região