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Palavra do Papa

Palavra do Papa Nossa Missão

Na homilia de 13 de maio de 2014, em Santa Marta, o Papa Francisco falou sobre a “missão”, assim expressando-se: “O Senhor, quando quer dar-nos uma missão, quer dar-nos um trabalho, nos prepara. Prepara-nos para fazê-la bem, como preparou Elias. E o mais importante disso não é que ele tenha encontrado o Senhor: não, não, está bem. O importante é todo o percurso para chegar à missão que o Senhor confia. E essa é a diferença entre a missão apostólica que o Senhor nos dá e uma tarefa... Quando o Senhor dá uma missão, sempre nos faz entrar num processo, um processo de purificação, um processo de discernimento, um processo de obediência, um processo de oração”. As Equipes de Nossa Senhora, apesar de não serem um Movimento de ação, isto é, não se comprometerem numa ação conjunta e determinada, são um Movimento de gente ativa; cada casal deve descobrir o chamado para a missão de que o Senhor precisa (cf. Guia das ENS, 2018, pág.104). Como Igreja doméstica, como lar apostólico, os casais equipistas respondem ao chamado, conforme o Santo Padre, de viver em profundidade a espiritualidade conjugal; mas ele igualmente nos lembra que “esta espiritualidade, se não for missionária, permanece no meio do caminho”. O discurso de nosso Papa, hoje, sobre a missão dos casais, não é diferente do que expressou o Papa Paulo VI, no encontro de 1970, em Roma, num discurso eminentemente pastoral, em que reafirma a grandeza do casamento cristão, como caminho para Deus. O Pe. Caffarel, por sua vez, durante o encontro, convida os casais presentes – e através deles todos os casais do Movimento – a abrirem seu coração e a se conscientizarem de forma mais aguda de sua missão num mundo conquistado pelo ateísmo (A Missão do Casal Cristão, de Pe. Caffarel). O Sacramento do Matrimônio não é uma convenção social, um rito vazio ou o mero sinal externo de um compromisso. Além de ser um dom para a santificação e a salvação dos esposos, é uma vocação, sendo uma resposta à chamada específica para viver o amor conjugal como sinal imperfeito do amor entre Cristo e a Igreja. Por isso, a decisão de se casar e formar uma família deve ser fruto de um discernimento vocacional (AL 72). O amor autêntico, que ajuda a crescer, e as formas mais nobres de amizade habitam em corações que se deixam completar. O vínculo de casal e de amizade está orientado para abrir o coração ao redor, para nos tornar capazes de sair de nós mesmos até acolher a todos (Fratelli Tutti 89). A Palavra de Cristo no Evangelho faz do casal uma comunidade de amor. E Ele nos chama a viver este grande amor: no lar, transmitindo aos filhos a fé, no sentido de facilitar a sua expressão e crescimento, permite que a família se torne evangelizadora e, espontaneamente, comece a transmiti-la a todos os que se aproximam dela e mesmo fora do próprio ambiente familiar (cf. AL 289); entre amigos, vizinhos... testemunhando a presença desse amor e seduzindo os outros para este amor. “Mesmo nos terrenos mais áridos, com Deus há sempre esperança” (Ângelus, 13/06/2021).

Bete e Carlos A. Dantas Eq. N.Sra. Rainha da Paz Setor B – Minas II Prov. Leste II

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