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Finados
O Dia de Finados (2 de novembro) teve início no século XI, sendo o dia designado pela Igreja Católica como data em que a Igreja Militante (os vivos católicos) se lembra, comemora, as almas dos fiéis falecidos e se apieda da Igreja Penitente (as almas que estão no purgatório). Finados, ou comemoração dos fiéis defuntos, é o dia de celebrar a vida e não a morte, pois a morte não é o fim de tudo, mas o começo de uma nova vida em Cristo, vida sem tristeza e sofrimento. A Igreja nos convida a comemorar, com nosso sufrágio as almas dos fiéis defuntos. Pedimos em oração que Deus conceda aos falecidos o perdão dos pecados para que tenham por nossas preces a misericórdia que sempre desejaram. Em 2Mc 12,45 encontramos: “...era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis por que mandou fazer o sacrifício expiatório pelos falecidos, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado”. Rezemos por aqueles que faleceram. São Paulo em 1Ts 4,13-14 diz: “Irmãos, não queremos deixar-vos na ignorância quanto aos que adormeceram, para que não têm esperança. Com efeito, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos igualmente que Deus, por meio de Jesus, reunirá consigo os que adormeceram”. Essa exortação nos conscientiza que o dia dos finados não é dia de tristezas, mas é dia de saudosa recordação, confortada pela fé, que nosso relacionamento com as almas dos que faleceram é vivo e atuante pela oração do sufrágio. Somos convidados a professar a nossa fé na ressurreição, na imortalidade da alma, na vida eterna como nos apresenta o prefácio do Missal Romano, pág. 462: “Em Cristo brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição. E aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Senhor, para os que creem em vós a vida não é tirada, mas transformada. E desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”. Como diz Santa Terezinha: “Não morro, entro na vida”. A morte é apenas um fim para este mundo passageiro; é também e principalmente um começo para a vida eterna. Pela solidariedade espiritual que existe entre nós batizados, pela nossa inserção no Corpo Místico de Cristo, oferecemos preces e sacrifícios em sufrágios das almas que ficam assim beneficiadas em suas penas. Pedimos a Deus que venha enxugar as lágrimas daqueles que choram e sofrem a perda (para este mundo, não a perda eterna) dos seus entes queridos, tão forte nessa pandemia. Os que partiram deste mundo não estão mortos eternamente, pois, além de estarem vivos na lembrança e no coração de cada um de nós, também estão vivos na eternidade.
Padre Vadson Monteiro SCE da Região SE Província Nordeste II