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Imaculada Conceição

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Escuta da Palavra

Escuta da Palavra

Em 1830, a Virgem Santíssima apareceu em Paris, berço da Revolução Francesa, e ensinou Santa Catarina Labouré a rezar através da jaculatória: “Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. Um quarto de século depois, em 1854, Deus permite que o bem-aventurado Papa Pio IX proclame o dogma da Imaculada Conceição. Celebrar a Imaculada Conceição é crer no imenso amor que Deus derramou sobre a Virgem Maria, desde o primeiro instante em que ela foi concebida, e confiar que ela é aquela que irá nos guiar na grande tribulação, a fim de participarmos da vitória de Deus sobre a maldade. Sob o refúgio da Imaculada, nós estamos plenamente protegidos. De Maria nunquam satis, dela nunca se conseguirá dizer o suficiente, jamais chegaremos a expressar a magnitude desse mistério de amor. No entanto, sabemos que esse amor nos foi dado, aos pés da cruz; só precisamos nos entregar a ela a ponto de dizer: “Maria é minha, e eu sou de Maria”. Em seus braços somos conduzidos, ao longo da grande batalha, na qual a mulher humilde e obediente, que foi preservada do pecado original, esmagará a cabeça da serpente soberba e rebelde, que pecou e levou a humanidade a pecar. Que a Virgem Santíssima manifeste a sua vitória o quanto antes, para que, ao final de tudo, triunfe o seu Imaculado Coração. Dizer que a Virgem Maria é Imaculada, ou seja, que foi preservada do pecado original, consiste na forma negativa de expressar a realidade positiva de que Ela é cheia de graça, nela habitam em plenitude o amor e a graça de Deus. Assim, a ausência de pecado e a plenitude de graça, na Virgem Santíssima, são realidades complementares. Quando o Arcanjo Gabriel saudou Maria dizendo “Ave, cheia de graça”, ele estava reconhecendo que, mesmo antes de conceber o menino Jesus, Maria já possuía a plenitude de graça (κεχαριτωμένη), uma vez que, desde o primeiro instante de sua concepção, já havia sido preservada da culpa original, tendo em vista os méritos de Jesus. O amor que Deus derramou sobre Maria é algo abundante e inefável. A língua humana não é capaz de explicar esse mistério, por isso precisamos do auxílio dos anjos, dos santos, e do próprio Espírito Santo, a fim de que consigamos celebrar este mistério de plenitude de graça. A Virgem Maria é um prodígio espiritual superior a todos os anjos e santos juntos. E essa plenitude de graça, Deus concedeu a ela por nós e para a nossa salvação. Devemos compreender que Ele a privilegiou para nos beneficiar. Mas só é possível entender isso se abandonarmos nosso olhar invejoso. Lúcifer, na sua soberba e inveja, não foi capaz de aceitar que, quando Deus privilegia e dispõe mais graça a alguém, Ele o faz em nosso favor. Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!

Pe. Fábio Dungue SCEP Sul II

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