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Lendo e relendo Pe. Caffarel

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Escuta da Palavra

Escuta da Palavra

Como bem disse o Pe. Paul-Dominique Marcovits, atual Relator da Causa de Canonização, num recente editorial do informativo Newsletter: “Quando leio os escritos do Pe. Caffarel, sinto-me tocado, estou na presença de Deus”. Na verdade, o nosso fundador ilumina através dos seus escritos e falas a nossa capacidade de amar e nos ensina a fazer os devidos discernimentos, escolhas e a assumir a nossa missão. A sua mensagem é para todos, independentemente da idade e do local. E a sua convocação sempre será a mesma: “vamos procurar juntos, vamos caminhar juntos...”. É nesta caminhada que entrarão em cena os vários componentes que uma atenta leitura dos seus escritos nos apresenta. Vejamos alguns: 1. A irradiação do amor. “O amor não conhece fronteiras. Gostaria de gritar a sua alegria a todo o Universo, partilhá-la com todas as almas vivas. O amor conjugal irradia para os filhos, partindo da família, aquece quem dela se aproxima; do coração dos que trabalham passa invisivelmente para a obra que criam e para os companheiros que eles encontram. Eis concretamente o apostolado daqueles cujo amor é habitado pelo amor de Deus: o amor irradia...”. 2. A prática da oração. “A única coisa que nos permitirá adquirir uma vitalidade espirtual e, portanto, o meio de resistir às ameaças externas e internas (como covardia, orgulho, impureza...) é a oração!”. “Quem não ora, definhará”. Pe. Caffarel sempre foi muito claro em colocar a oração como uma das grandes necessidades vitais, além da Eucaristia e da Escuta da Palavra. Toda sua vida pode ser resumida nesta singela palavra: “oração”.

“A única coisa que nos permitirá adquirir uma vitalidade espirtual e, portanto, o meio de resistir às ameaças externas e internas (como covardia, orgulho, impureza...) é a oração!”. “Quem não ora, definhará”. Pe. Caffarel

3. A necessidade de estarmos atentos e exigentes. “Não cochilem!”. Nas suas falas, ele sempre foi muito direto, não deixando dúvidas e não deixando espaço para sentimentos de um autocontentamento que pudesse levar a uma percepção de missão cumprida e encerrada ou de apatia. Dizia: “A partir do momento em que um responsável está contente consigo mesmo, ele não dá mais vida aos seus equipistas (...). É preciso que sempre estejamos com o sentimento de que não foi feita muita coisa, de que ainda há muito por fazer”. Para Pe. Caffarel não bastava estar sempre atento e vigilante. Era preciso insuflar mais vida nas equipes. Ou como ele disse diante do Movimento que estava em plena expansão: “Neste corpo que cresce, é preciso insuflar sem cessar uma alma”. Toda esta riqueza de pensamentos e ensinamentos está diante dos nossos olhos nos muitos escritos e hoje também nos vários vídeos e áudios que o Movimentos coloca à nossa disposição. Um acesso inédito às próprias falas dele nos foi disponibilizado recentemente, durante comemoração dos 25 anos de seu falecimento (09/2021). De fato, lendo, relendo, vendo ou ouvindo Pe. Caffarel, sinto-me tocado, estou na presença de Deus e sou chamado a viver a vocação do amor. Mas lembre-se, este amor é exigente!

Afra e Beto CR Causa de Canonização do Pe. Caffarel no Brasil

Fontes Consultadas: 1 Henri Caffarel, Um homem arrebatado por Deus, de Jean Allemand. 2 Newsletter, n.3, janeiro de 2020, Associação Os Amigos do Padre. 3 Newsletter, n.2, julho de 2019, Associação Os Amigos do Padre Caffarel.

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