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Tema do ano: Capítulo II

O Livro do Gênesis nos apresenta o homem e a mulher criados à imagem e semelhança de Deus, que se reconhecem feitos um para o outro (cf. Gn 1, 24-31; 2, 4b-25). Através desta união, o homem e a mulher são tornados colaboradores de Deus no acolhimento e transmissão da vida. Partindo deste pressuposto a sua responsabilidade estende-se mais que somente à preservação da criação e ao crescimento da família humana. Jesus escolheu revelar-se nascendo em uma família humana e, ao assumir o amor humano, também o aperfeiçoou (cf. GS 49), entregando ao homem e à mulher um modo novo de se amar, que tem o seu fundamento na fidelidade irrevogável de Deus. O amor entre o homem e a mulher torna-se no casamento “uma só carne” (Gn 2, 24), isto é, uma comunhão de amor que gera vida nova. Este vínculo sacramental indissolúvel torna possível esta paternidade e maternidade que faz participar o casal na obra criadora de Deus. E participar na obra criadora de Deus significa colocar a mão na massa, ser fermento renovador no mundo, inicialmente por sua ação direta no meio em que vive (ambiente escolar, trabalho, família, comunidade paroquial, etc.), sendo testemunhas vivas, defensores dos valores cristãos, e também exercendo sua missão profética de ser humano: presidir, cultivar, cuidar e proteger. Assim o matrimônio como comunidade de vida e de amor (cf. GS 48) transcende a família para estar presente na cultura contemporânea, como uma igreja doméstica, a fazer a diferença na sociedade, que produz frutos do bem, não só ao próximo, mas também ao meio em que vive. Bento XVI, em certa homilia, concluiu suas reflexões afirmando que “um dos maiores serviços que nós cristãos podemos prestar a nossos semelhantes é o testemunho sereno e firme da família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, salvaguardando-a e promovendo-a, pois ela é de suma importância para o presente e o futuro da humanidade. Com efeito, a família é a melhor escola para se aprender a viver aqueles valores que dignificam a pessoa e tornam grandes os povos”. Aqui, vislumbramos o verdadeiro significado da educação cristã como sendo o resultado de uma colaboração próxima entre os educadores e Deus. A família cristã está ciente de que os filhos são um dom e um plano de Deus. Portanto, não podem considerá-los como propriedade sua, mas, servindo aos planos de Deus, é chamada para educá-los na maior liberdade, que é aquela de dizer “sim” a Deus para fazer Sua vontade. Esse “sim” à Virgem Maria é o exemplo perfeito e nós, equipistas, sabemos muito bem disso. A Ela confiamos todas as famílias, rezando especialmente pela sua valiosa missão educativa...

Tema do ano: Capítulo II A família no desígnio de Deus

Meire e Gilson CRP Centro-Oeste

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