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Visitação de Nossa Senhora
A festa litúrgica da Visitação de Nossa Senhora à sua prima Isabel é celebrada no último dia de maio. O ícone da Visitação, descrito em Lucas (1,39-56), recorda-nos, ao menos, três aspectos que, certamente, podemos incorporá-los em nossas ações cotidianas, se é que ainda não os incorporamos. Afinal, de Nossa Senhora vem a nomenclatura do nosso Movimento – “Equipes de Nossa Senhora”. O primeiro aspecto é o “caminhar apressado” (Lc 1,39). Faz lembrar que a caridade nem sempre pode esperar, o serviço ao mais necessitado é urgente. Ter essa sensibilidade e disposição nem sempre é fácil, pensando nos nossos ritmos de vida, marcados pelos tantos compromissos já assumidos, profissionais, do lar, na Igreja. Aprendemos com a parábola do bom samaritano como podemos nos fazer próximos ao outro, como podemos amar o próximo na prática (cf. Lc 10,25-37). Somos capazes de deixar tudo e, apressadamente, ajudar alguém? O segundo aspecto, ligado ao primeiro, é o próprio gesto de caridade. Após chegar ou se colocar à disposição, vem o serviço. Maria ficou com Isabel “mais ou menos três meses” (Lc 1,56). Um tempo suficiente para ajudar a prima anciã. Quanto tempo devo permanecer ajudando alguém? O tempo que for necessário, responderia nossa Mãe. São tantas as pessoas que tiveram de mudar completamente suas rotinas para cuidar de alguém... Rezemos por elas! O terceiro aspecto é o anúncio do projeto de Deus. Sim, Maria é considerada também a “arca da nova aliança”, a portadora de Deus – “teófora”. Em seu anúncio, designado no ícone da Visitação como “Magnificat” (Lc 1,46-55), ela deixa bem claro quem é Deus e qual seu projeto: “Senhor, Salvador, Poderoso, Santo, Misericordioso, Forte, Justo”. Somos chamados a anunciar também esse Deus comunhão e amor em nosso dia a dia. A pressa da jovem mãe Maria em visitar a anciã Isabel tem, também, um significado messiânico. A prima Isabel é símbolo de todo o povo de Israel que estava esperando pelo Salvador. O encontro coloca um fim na espera. E João Batista, no ventre de Isabel, já inicia ali sua missão de precursor. A aparente simples visita proporciona uma alegria messiânica da salvação. E isso é maravilhoso, exultante! Cada vez que recitamos o Magnificat renovamos a certeza de que Deus é nosso Salvador e nos ensina a valorizar a relação humana, os encontros, onde doamos parte de nossa vida ao próximo. A Festa da Visitação de Nossa Senhora é também considerada a “Festa do Magnificat”. Que Deus nos ajude a nos tornarmos dóceis ao Espírito Santo para cantarmos, com Maria, os louvores ao Senhor, Salvador, Poderoso, Santo, Misericordioso, Forte, Justo. Assim seja!
Pe. Juarez Albino Destro SCE Região Brasília III Prov. Centro-Oeste