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Caminho de conversão
Em junho de 2019 escrevemos um artigo para a Carta Mensal cujo título era “Conversão, coragem e ter ajuda”. Partilhávamos, naquele ano, uma mudança de vida, discernida a partir de um Dever de Sentar-se realizado em 2017, e como fruto desse momento escolhemos como Regra de Vida dedicar alguns anos à formação permanente dos nossos filhos, e dessa forma Ingrhid deixaria o seu trabalho para fazer este acompanhamento. Essa Regra de Vida foi, para nós, um caminho de conversão que nos levou a redescobrir a essência do ser família e encontrar nosso equilíbrio como casal. Fomos abastecidos por um Amor envolvente, intenso, que nos impulsiona a seguir, mesmo quando sentimos o peso das tempestades. E esse é o Amor de Deus. Quando estávamos nos acostumando com a nova rotina, sentimos um novo chamado, como esposos cristãos. Em 2019 tínhamos dois filhos, Miguel com 8 e Bárbara com 6 anos, e não pensávamos em crescer em família, porém nos deixamos envolver pela vontade de Deus, que abria nossos corações para essa realidade. Nos anos de 2020 e 2021 fomos agraciados com duas lindas crianças: Gabriela e Pedro. Um tempo atípico para “abertura à vida”. Ouvíamos muito, quando Ingrhid estava grávida, que em plena pandemia não era prudente arriscar a vida dela e dos bebês. Colocávamos tudo em oração, e decidimos mais uma vez nos entregar à vontade do Pai, que conhece todas as coisas. Hoje, passados alguns anos dessa mudança de vida, sempre lembramos daquele Dever de Sentar-se, dos questionamentos de Ingrhid em “abandonar” uma carreira para ficar em casa, “dependendo” de um marido e cuidando dos afazeres domésticos. E podemos testemunhar que Deus faz sim Maravilhas na vida de cada pessoa, que de fato deixa-se conduzir por Ele. De uma casa onde estávamos apenas de passagem no final da noite, depois que pegávamos as crianças na escola (muitas vezes já chegavam dormindo), hoje vivemos em um lar. O pai e a mãe sabem exatamente quais são seus papéis, e assim se equilibra toda a vida que ali é gerada. A quantidade de filhos, se vamos conseguir dar conta, se o dinheiro vai dar no final do mês, já não é o foco da nossa jornada. Ver as crianças se espalhando pelos cômodos da casa e criando identidade, inseridas na realidade da família, vibrando juntos com cada pequena conquista, é algo que verdadeiramente dá sentido a nossa existência e nos faz seguir nesse caminho. Para os casais que nos perguntam como percebemos os sinais para nos abrirmos à mudança, confiando ser vontade de Deus, nossa resposta é sempre a mesma: Sendo humilde, paciente, reconhecendo nossas fragilidades e confiando que tem alguém muito maior acima de nós, que nos ama e sabe o que é melhor para nossa vida. Coragem! Não tenham medo de acolher Nosso Senhor nas suas vidas!!! Ele fará Maravilhas!!!
Ingrhid e Adriano Eq. 13 D - N. S. da Paciência Natal-RN Prov. Nordeste I