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Buscando o fundamental na vida comunitária para a salvação
Buscando o fundamental na vida comunitária
Metade desse ano já ficou para trás e o Movimento retomou suas atividades presenciais, as quais são fundamentais tanto para a vivência da fé cristã quanto para a concretização do seu carisma próprio como expressão dessa mesma vivência. Pois ser um casal santo é ser um casal cristão verdadeiramente, onde esposo e esposa vivem integralmente o seguimento de Cristo aderindo aos valores do Evangelho e colaborando na construção do reino de Deus sendo fermento na Igreja e na sociedade. Nosso carisma é a vivência da espiritualidade conjugal como caminho de santificação. Ora, sabemos que a salvação pessoal na perspectiva cristã acontece dentro da vida comunitária, no relacionamento com Deus e com o próximo. Por isso Cristo não evangelizou no isolamento, mas formou comunidade de discípulos, enviou dois a dois, criando uma Eclésia em torno de si e lhe concedeu uma missão de transformar o mundo a partir da transformação do ser humano. Vivemos um tempo em que certos espiritualismos tentam entrar e deturpar a espiritualidade própria dos cristãos, isolando-os pessoalmente ou em grupos afins e esquecendo que cada ser humano faz parte do Corpo Místico de Cristo que é a Igreja; d’Ele, que foi enviado ao mundo a fim de evangelizá-lo e transformá-lo ao modo do fermento na massa. E, sendo membros da Igreja, cada equipista deve estar em alerta e atento, como recorda o Apóstolo em 1 Cor. 10, 12: “Portanto, quem julga estar de pé, tome cuidado para não cair”. A salvação é um evento pessoal que envolve a vida comunitária. Devemos, pois, buscar o fundamental contato com as pessoas através das experiências de partilha e entreajuda, tanto material quanto espiritual; da participação em situações que envolvem a vida dos casais, provocando em si amadurecimento e crescimento espiritual, cotidianamente; da reflexão do grande tema - o sacramento do matrimônio e suas consequências; de outras questões que desafiam a Igreja e seus fiéis na construção do Reino de Deus, e que acabam afetando a vida dos casais e suas famílias em vários aspectos: lazer, trabalho, vivência da fé, caridade, ecologia, afetividade, sexualidade, respeito mútuo, paz e o desenvolvimento dos povos, etc. Vale ressaltar que, uma vez sendo posto por Deus no centro da criação, o ser humano possui responsabilidade sobre ela (CF. Gn. 1, 2630; 2, 15), isto é, tudo o que foi criado de alguma forma se refere a ele. O Movimento não é uma ilha dentro do mundo e nem dentro da Igreja. Pertence à Igreja assim como a ela pertencem todos os batizados. A Igreja não é uma ilha no mundo, mas foi feita para levar ao mundo a Boa Nova do Evangelho: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos”. Assim, é preciso que cada equipista tenha um sentimento de pertença e possa encontrar nas ENS os contributos necessários para o crescimento cristão de forma integral: espiritualmente, afetivamente e intelectualmente, para agir socialmente sendo sal e luz no mundo. Lembrem-se, todos esses elementos são relevantes para a reunião formal se constituir como espaço de encontro, de partilha, de oração, de reflexão, a fim de promover a desejada entreajuda na equipe e colaborarem na santificação uns dos outros.
D. Moacir Arantes SCE Super-Região