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Corpus Christi: sacramento da unidade e da missão

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Regra de Vida

Regra de Vida

A Festa do Corpo e Sangue de Cristo nos convida a renovar nossa fé na presença real de Jesus na Eucaristia, mas também nosso compromisso com a unidade e nossa missão de ser presença de Deus, como agente renovador na família e no mundo. Fazer a experiência da Eucaristia como fonte e ápice da vida cristã é essencial, pois, como afirmou Papa Francisco, “a Eucaristia é o coração palpitante da Igreja, é a única matéria nesta terra que tem verdadeiramente sabor de eternidade”. Jesus, na Última Ceia, disse: “Este é o meu Corpo... Isto é o meu Sangue... fazei isto em memória de mim” (Mt 26,26). “Para que a imensidade deste amor ficasse mais profundamente gravada nos corações dos fiéis, Cristo instituiu este sacramento durante a Última Ceia quando, ao celebrar a Páscoa com seus discípulos, estava prestes a passar deste mundo para o do Pai. A Eucaristia é o memorial perene de sua Paixão, o cumprimento perfeito das figuras da Antiga Aliança e o maior de todos os milagres que Cristo realizou. É ainda singular conforto que ele deixou para os que se entristecem com sua ausência” (Santo Tomás de Aquino). Com este mandato dado pelo próprio Cristo, a Igreja cumpre esta missão para perpetuar a presença salvadora de Jesus na história. A Eucaristia também é Sacramento da Missão, pois o próprio Jesus pede que nos doemos aos outros, que deixemos de viver para nós mesmos, mas vivamos um para o outro. Este convite está ligado às orientações do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, que nos encoraja a sair em missão, procurando concretizar a nossa condição de discípulos missionários de Jesus Cristo. A Eucaristia traduz-se, na vida, à medida que testemunhamos, na família e na sociedade, os valores cristãos. O Papa João Paulo II, na sua encíclica Ecclesia de Eucharistia, afirma que “Magnificat está presente na tensão escatológica da Eucaristia. Cada vez que o Filho de Deus se torna presente entre nós na ‘pobreza’ dos sinais sacramentais, pão e vinho, é lançado no mundo o germe daquela história nova, que verá os poderosos ‘derrubados dos seus tronos’ e ‘exaltados os humildes’ (cf. Lc 1, 52). Maria canta aquele ‘novo céu’ e aquela ‘nova terra’, cuja antecipação e ‘síntese’ programática se encontram na Eucaristia. Se o Magnificat exprime a espiritualidade de Maria, nada melhor do que esta espiritualidade nos pode ajudar a viver o mistério eucarístico. Recebemos o dom da Eucaristia para que a nossa vida, à semelhança da vida de Maria, seja toda ela um verdadeiro Magnificat” (EE 58). Portando, que a Festa de Corpus Christi fortaleça nossa unidade e reaviva nosso compromisso missionário a fim de colaborarmos na renovação da família e da sociedade.

Pe. Daniel Santini Rodrigues SCEP Leste II

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