junho 2017 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XX K No232 Assinatura anual: 15 euros
Ensino Jovem universidade
Distribuição Gratuita
carlos moedas, comissário europeu para a investigação, ciência e inovação
UBI em programa da ONU C
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universidade
Évora investiga Alzheimer
www.ensino.eu
politécnico de castelo branco
Carlos do Carmo distinguido C
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“Já há poucos cursos de lápis e papel”
economia azul
Leiria inova no Reino Unido C
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portalegre
Albano Silva eleito presidente C
Carlos Moedas é o comissário europeu que tutela o maior programa-quadro de sempre de investigação e inovação da União Europeia. Em entrevista ao Ensino Magazine elogia o programa Erasmus e diz que já há poucos cursos de lápis e papel.
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guarda
IPG debate saúde
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portugal e espanha
Reitores Ibéricos em Cimeira C
Alexandre Farto “vhils”, artista urbano
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castelo branco
Moda 2017 elogia bordado
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“A arte é uma arma de intervenção social” C
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Carlos Moedas, comissário europeu para a investigação, Ciência e Inovação
«Já há poucos cursos de lápis e papel» 6 É português o comissário europeu que tutela o maior programa-quadro de sempre de investigação e inovação da União Europeia. Em entrevista exclusiva,
Carlos Moedas debruça-se sobre um mundo em acelerada transformação, com impactos no sistema educativo e laboral.
Tem dito repetidamente que a experiência no Programa Erasmus foi decisiva para a sua vida. Este foi um dos ingredientes para chegar onde chegou?
Foi, sem dúvida, a grande mudança na minha vida e que me abriu as portas ao mundo, permitindo-me, nomeadamente, contactar com outras culturas e falar outras
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línguas. Eu tinha nascido em Beja, uma cidade de província, pertencia a uma família sem grandes recursos, e se ir estudar para Lisboa já era um grande esforço, então estudar no estrangeiro era quase um sonho que eu julgava impossível de se realizar. O Erasmus abriu-me as portas ao sonho de ter uma experiência no estrangeiro, sem nunca ter viajado. Com 22 anos, eu saí de Portugal para França, quando até então a única localidade que conhecia fora das nossas fronteiras era Rosal de la Frontera. Se eu tivesse nascido numa geração em que não existia o Erasmus, como a geração dos meus pais ou da minha irmã, dificilmente teria o percurso que tive e nunca teria ido estudar para o estrangeiro. Tem três filhos, que estudam em Bruxelas. Apesar de os tempos serem outros, aconselhava-os a seguirem o seu exemplo? Sim, penso que é muito importante para os jovens terem uma experiência de Erasmus. Não é a parte académica que os vai diferenciar dos demais, mas a grande mais valia deste programa é mesmo as suas experiências, nomeadamente estudar numa universidade de um país diferente e contactar com professores de outros países, etc. Cria-se uma espécie de carapaça que nos ajuda a ser resilientes e a adquirir um espírito de sobrevivência, dotando a pessoa de instrumentos para lutar e combater perante as adversidades que surjam. Nas múltiplas viagens
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que tem feito, na sua condição de comissário europeu, destaca uma visita a uma escola de Yerevan, na Arménia, em que encontrou um casal americano, de origem arménia, que reconstruiu uma escola, em que privilegiou a inovação, a interceção de disciplinas e onde as crianças seguem as suas paixões. É esta a definição da escola ideal? A pessoa entra naquela escola, que dá pelo nome de «Tumo», e, de alguma forma, fica com o sentimento que está a entrar na escola ideal. Obviamente, que o diabo está nos detalhes, e como só estive umas horas lá, não sei como é que a escola funciona no dia a dia. Contudo, a ideia de ser um complemento à escola do ensino normal para ajudar a potenciar as paixões e desenvolver os projetos dos alunos, faz com que a formação das crianças seja distinta. Quem sai daquela escola sai com trabalho feito. E há outra curiosidade: os responsáveis pela escola não dão diplomas, mas sim um portfólio com aquilo que a pessoa sabe fazer. Basicamente, o que me atraiu nesta escola foi o facto de eu acreditar que o ensino tem de caminhar na direção das paixões, da interdisciplinaridade, da interseção entre disciplinas, etc. Para além disso, a localização da escola, na longínqua Arménia, também foi surpreendente, porque temos muitas vezes a ideia que os casos de sucesso existem apenas nas grandes cidades ou nos grandes países. Nada mais errado. A excelência pode ser encontrada em todo o mundo,;
mesmo nos países mais improváveis. As profissões vão acabar e as competências pessoais serão mais importantes do que as competências técnicas, li recentemente num artigo. Como é que os sistemas ensino se devem adaptar a esta mutação? Tudo na vida vem em acumulação, tanto as competências técnicas como as pessoais. E vivemos num contexto em que o mundo é cada vez mais complexo e competitivo, o que leva a que só as competências técnicas sejam insuficientes. É preciso privilegiar a vertente da interdisciplinaridade e conseguir encontrar a inovação e a excelência nas áreas que, à primeira vista, parecem exteriores ao nosso saber. Mas o atual contexto vai no sentido de muitas profissões serem extintas? Eu penso é que vão existir profissões que nunca imaginaríamos que pudessem aparecer. Dou-lhe este exemplo: a pessoa termina o curso de engenheiro civil, mas as profissões do futuro são tantas que esse diplomado pode ir desempenhar uma função sem ter muito a ver com a engenharia civil, mas cuja base da engenharia civil lhe serve e o qualifica para ser profissional. O paradigma digital mudou tudo? O mundo do emprego nas plataformas digitais foi alvo de uma tremenda revolução, nomeadamente na área da engenharia. No meu tempo não havia Facebook, Twitter, nem qualquer “social media”, em geral. A profis-
são de médico está a mudar completamente com o “big data”. Todas as profissões estão, de certa forma, a mudar com o mundo digital e novas profissões estão a ser criadas. O sistema educativo terá de se adaptar a estas transformações… Quando se fala disto, emerge o exemplo da Finlândia que mudou o sistema de ensino. Eles, que já são muito bons e competentes, decidiram que numa parte do ensino secundário seria implementada uma lógica interdisciplinar e fomentado o trabalho em conjunto. Isto é fundamental numa etapa inicial do sistema de ensino, porque o que se nota é que os investigadores são resistentes a trabalhar em conjunto. Por exemplo, um
físico vai resistir a trabalhar diretamente com um sociólogo.
o digital. Todos os cursos e todas as profissões estão a mudar.
Os cursos de base tecnológica irão progressivamente substituir os chamados cursos de lápis e papel? Francamente, acho que já há muito poucos cursos de lápis e papel. O digital está em todo o lado e os cursos de humanidades não se podem excluir. O historiador do futuro terá como base o lápis e papel, mas ele terá que fazer “text and data mining”, tem que saber tratar dados, fazer estatísticas, etc. Vemos hoje nas engenharias e na medicina que o cruzamento com o mundo digital é cada vez mais forte. No futuro, todos os cursos resultarão da interceção entre o lápis e o papel e
Tutela o Horizonte 2020, com um orçamento de aproximadamente 77 mil milhões de euros. Qual a importância deste programa para Portugal? Os resultados para Portugal têm vindo a ser cada vez melhores. No último programaquadro, a que chamávamos o FP7, que foi até 2013, Portugal conseguiu 500 milhões. E neste momento, no Horizonte 2020, já estamos na barreira dos 400 milhões. Se a meio do programa já se atingiu este valor, penso que podemos ambicionar em chegar aos mil milhões no fim deste programa. Isto é de crucial importância para as universidades, também para as empresas portuguesas, e é, no fundo, um selo de excelência. Também já ultrapassámos os 50 bolseiros portugueses no European Research Council, homens e mulheres que podem trabalhar em qualquer local do mundo.
CARA DA NOTÍCIA 6 O ministro da Europa Carlos Moedas nasceu em Beja, a 10 de agosto de 1970. Engenheiro civil, economista e político, foi secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho no XIX Governo Constitucional, entre 2011 e 2014. Foi eleito deputado à Assembleia da República, por Beja, nas legislativas de junho de 2011. Representou o governo no âmbito da negociação e coordenação do programa de ajustamento económico e financeiro. A 1 de agosto de 2014 foi nomeado representante do país na Comissão Europeia. Três meses depois tomou posse na Comissão Juncker como comissário da União Europeia para a Investigação, Ciência e Inovação, tutelando o maior programa-quadro de sempre de investigação e inovação da UE, o Horizonte 2020. Licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, fez o programa Erasmus na École Nationale des Ponts et Chaussées, em Paris, e realizou um MBA na Harvard Business School. Trabalhou no banco de investimento Goldman Sachs e no Deutsche Bank. K
De que forma uma criação ou um avanço científico num laboratório ou numa investigação pode contribuir para mudar as nossas vidas, nomeadamente na saúde? O caso da saúde é de facto muito interessante. O Andre Geim, que inventou o grafeno e que foi prémio Nobel e nosso bolseiro, diz sempre que a relação entre o que se cria na ciência e os produtos é de tal ordem longa, que as pessoas não sentem isso. O cidadão comum provavelmente não tem a noção ao olhar para um telefone inteligente ou ;
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Finalmente, vamos falar da Europa, que completou recentemente 60 anos. O projeto europeu ou muda ou morre? Morrer não morre, mas se não mudar, fragiliza-se. É importante que seja mais claro para as pessoas quem faz o quê, o que é que a Europa é e não é. Acho que muitos europeus não sabem o que faz a Comissão Europeia, qual o papel, quais os poderes, etc. Muitas vezes somos responsabilizados por aquilo que não está nas nossas mãos. Temos de ter a capacidade de no futuro nos reinventarmos. A relação entre a UE e os estados é muito difícil, com a primeira a ser culpada pelo que faz e pelo que não faz. O ponto de partida para a discussão terá de ser o Livro Branco do presidente Juncker, sobre a definição com os chefes de Estado se queremos mais ou menos Europa, quais as suas tarefas, etc. Penso que o “brexit” e a discussão sobre o futuro da Europa serão etapas decisivas nos anos mais próximos.
quando está a ser tratado no hospital que foi a investigação de muita gente que contribuiu para aquele momento. Na saúde, o Einstein chegou à conclusão que havia algo a que se chamava a anti-matéria. Hoje em dia quando a pessoa é diagnosticada com cancro e faz um “PET Scan”, que é um positrão - a definição da anti-matéria -, que Einstein descobriu e que hoje nos permite detetar onde está o tumor, se se está a desenvolver, se tem metástases, etc. E, por este exemplo concreto, creio que é fundamental que todos os que se interessam por estas matérias, incluindo os jornalistas, divulgarem a ligação entre a investigação científica e a vida quotidiana, nomeadamente as vidas que se salvam. Apresentou com Carlos Coelho um estudo denominado “Antecipar o futuro – 10 tecnologias que podem mudar as nossas vidas”. Consegue eleger uma? É difícil, porque todas elas são tecnologias que vão mudar o futuro e o nosso mundo. Mas há uma em particular que está a mudar de forma radical e talvez me possa focar nessa, que é a impressão 3D. Quais são as principais vantagens? Permite relocalizar a perda de emprego que tivemos durante a globalização. A impressão 3D permite uma impressão customizada, ou seja, feita à medida. Portanto, podemos trazer emprego para a Europa, em que uma indústria já não produz em grande quantidade, mas é definida a quantidade para um determinado cliente. A mudança nos custos é outro aspeto extraordinário. Em África, conseguimos imprimir uma casa por 35 euros. Imagine o impacto que isto pode ter em continentes, como o africano, por exemplo. A impressão 3D está a redefinir a indústria. Mas há mais exemplos, agora na área da saúde. Recentemente, em Nova Iorque, durante a operação a um bebé de três meses, fez-se a impressão 3D do coração para os médicos poderem treinar a operação antes de iniciar a cirurgia. Reclama mais investimento em ciência por parte dos governos de forma a criar mais empregos no futuro. Os estados europeus estão mais sensíveis a este setor? Acho que sim. Mas o que me dá ainda uma certa tristeza é que o líder mundial que mais fala de ciência e inovação seja o presidente chinês, Xi Jinping. Os líderes europeus deviam olhar para esse fenómeno que é a ambição chinesa neste domínio. Mas sejamos francos: a Europa ainda é o centro da ciência fundamental no mundo. Mas gostava de ver nas lideranças
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europeias um acentuar da ciência e na inovação. Talvez isso não se concretize porque no dia a dia estas temáticas, por norma, não se traduzem em votos nas urnas. Mas dado o impacto na vida dos cidadãos, admite que a mensagem sobre os seus benefícios não tenha sido passada? Acho que é uma realidade. Não temos sabido transmitir às pessoas a importância e a ligação direta da ciência e da inovação para criar emprego e empresas. E, deste modo, eu acho que investir em ciência até devia ser traduzido em votos. A comunidade científica, onde começa o processo, está mais próxima dos decisores, ou seja, dos políticos? Há maior articulação? Hoje em dia, penso que sim. Tem existido essa evolução e, na sequência disso, escolhemos sete consultores científicos para assessorar os políticos, onde se inclui a professora Elvira Fortunato. O objetivo é que os cientistas estejam próximo da legislação e que possam dar “input” científico para que os políticos tomem as decisões certas baseados em factos científicos. Já agora, permita-me uma palavra para o professor Alexandre Quintanilha, um cientista, que decidiu participar na vida política, no cargo de deputado. Penso que deviam existir mais cientistas com esta coragem para enfrentar um mundo que é muito distinto do mundo da ciência. É importante existir a ponte entre os gabinetes dos políticos e os laboratórios dos cientistas. Sobre o potencial científico de Portugal, um estudo recente indica
que subimos para o 11.º posto na produção científica. Como avalia este resultado? É muito bom. Se há uma história interessante e de sucesso a contar sobre o país é que aquilo que foi o desenvolvimento de Portugal na área científica, da inovação e das empresas. Isto já para não falar na indústria têxtil e na indústria agroalimentar, em que conseguimos progredir muito através da inovação.
benkian. Não queria deixar de referir o grande apoio da ministra, Maria Manuel Leitão Marques, que é uma “expert” e uma das pessoas que mais sabe sobre este assunto, nomeadamente como promover uma administração pública mais eficiente e mais próxima da população. A inovação social é uma aposta estratégica deste país e creio que terá de ser para continuar, nomeadamente ao nível da simplificação do Estado.
Portugal organizou a web summit em 2016 e vai acolher uma grande conferência no final do ano no domínio da inovação social, onde diz, Portugal lidera. Pode trocar por miúdos e explicar ao nosso leitor no que consiste a inovação social? É pertinente esse esclarecimento, até porque há várias confusões em que as pessoas incorrem. Primeiro entre inovação e invenção. Uma invenção não é uma inovação, pode vir a ser ou não. A inovação social é aquela inovação que melhora a relação com o cidadão e cria essas pontes entre uma inovação tecnológica para uma inovação de processo. Nesse sentido, a inovação social leva-nos para uma melhoria daquilo que é a nossa vida e cruza o sistema hoje que temos que é o melhor do mundo na Europa, em termos sociais. E para desenvolver o Estado Social é preciso a participação dos cidadãos.
Como é que os portugueses e Portugal são vistos na Europa e no mundo? Portugal tem uma grande vantagem: somos vistos sempre como um país muito neutral – aquilo a que eu chamo de neutralidade positiva – em que as pessoas não têm um “a priori” negativo. Isso permite-nos ter uma boa relação com a maior parte dos países do mundo e ser uma peça da negociação da política internacional muito importante. Estou a pensar na figura do secretário-geral da ONU, António Guterres, que personifica os valores que acabei de referir e que define na perfeição a maneira como o mundo vê Portugal e os portugueses.
Em que moldes vai ser organizada esta iniciativa, prevista para Lisboa? Será uma iniciativa conjunta do Governo português, da Comissão Europeia e da Fundação Gul-
Ainda existe a fama de latinos do sul que têm fama e proveito de indisciplinados? Acho que essa imagem já é quase um mito. Eu saí de Portugal em 1992/93, passei 15 anos fora do país, e notei que nesse período esse rótulo foi desaparecendo. Penso que somos um povo muito respeitado e que já não olham para nós como um povo que trabalha pouco e que vive à custa dos outros. Isso já não existe.
«99 por cento dos orçamentos para resolver o problema do desemprego juvenil estão na mãos dos estados, não estão na mão da Comissão. Se não estamos unidos, não iremos muito longe», disse depois da publicação do Livro Branco sobre o futuro da UE. As suas palavras são um urgente toque a reunir? O presidente Juncker dizia que temos muitos europeus em parttime, só são europeus para receber, para ser solidários já não são. Penso que é preciso definir, com clareza, quem quer ficar num grupo de países que tem em comum um projeto partilhado. Quem não quiser estar, não está. Refugiados, “brexit” e o terrorismo. Na sua opinião, há algum tema que classificaria de mais urgente? Esses temas que referiu são todos prioritários. Esta Comissão Europeia teve de lidar com o maior número de crises desde a Segunda Guerra Mundial, as chamadas policrises. Temos de continuar a lutar porque acreditamos na Europa e acreditamos que hoje em dia a solução que temos para os grandes problemas, como a desigualdade criada pela globalização, as questões ambientais, só poderá ser tomada ao nível da UE. A loucura do populismo, de querer confinar as pessoas nas suas fronteiras, não vai resolver os problemas dos europeus. Pelo contrário, só vai agravá-los. É preciso passar e explicar essa mensagem. Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H
Engenharia Aeronáutica
Doutoramento da UBI no topo 6 O Doutoramento em Engenharia Aeronáutica da Universidade da Beira Interior acaba de receber acreditação pelo período máximo (seis anos) pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Depois de observados os objetivos gerais do ciclo de estudos, organização interna e mecanismos de garantia da qualidade, recursos materiais e parcerias, pessoal docente e não docente, estudantes e ambientes de ensino/aprendizagem, processos e, ainda, resulta-
dos, a avaliação final foi positiva. No relatório está escrito que “foi observado que existe uma grande proximidade entre os docentes e os estudantes, resultando num excelente ambiente de trabalho, o que é fundamental para a conclusão com sucesso do ciclo de estudos”. Há ainda referência aos laboratórios “muito bem equipados” e à “atividade científica relevante” dos docentes, sendo feitas ainda algumas sugestões para o aumento da qualidade do Ciclo de Estudos. K
Investigação científica
UBI em programa da ONU 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) acaba de ser aceite na United Nations Academic Impact (UNAI), programa que reúne cerca de mil academias e instituições de todo o mundo, ligadas à investigação, e que se comprometem a promover os propósitos da ONU, através de atividades de educação e investigação. Na prática, a UBI vai passar a organizar anualmente pelo menos uma atividade centrada nos dez desígnios que vinculam os membros da UNAI, como o compromisso de incentivar através da educação os princípios da Carta das Nações Unidas, a cidadania, a promoção da paz e resolução de conflitos, o diálogo, a compreensão intercultural e a sustentabilidade. O respeito pelos direitos humanos também faz parte dessa lista, bem como objetivos centrados na atividade específica
dos associados da UNAI: criação de oportunidades de formação académica das pessoas, independentemente do género, raça, religião ou etnia, garantia de oportunidades de formação superior a todos os indivíduos e melhoria dos sistemas de ensino superior em todo o mundo. O objetivo deste programa é associar as instituições de Ensino Superior aos objetivos das
Nações Unidas, através de atividades educativas e investigação, numa cultura partilhada de responsabilidade social e intelectual. Em Portugal, apenas quatro universidades fazem parte deste organismo das Nações Unidas, fundado em 2010, pelo antecessor de António Guterres no cargo de secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. K Rafael Mangana _
Academia Europeia de Optometria e Ótica João Pedro Silva H
Desporto sem Bullying
Docente da UBI embaixadora 6 Dulce Esteves, docente e investigadora do Departamento de Ciências do Desporto (DCD) da Universidade da Beira Interior, é a nova embaixadora do “Desporto sem Bullying”, um projeto de investigação promovido pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa e financiado pelo Instituto Português do Desporto e Juventude. A investigadora junta-se a figuras como Armando Leandro, presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Publicidade
Proteção das Crianças e Jovens, Diogo Infante, ator, Joana Pratas, velejadora olímpica e Luís Represas, músico, entre muitos outros, como embaixadores deste projeto. O projeto Desporto sem Bullying está disponível na Internet, local onde atletas, pais, professores e dirigentes podem encontrar ajuda para identificar e lidar com o problema. Para breve está uma linha SOS, em parceria com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), entidade parceira. K
Docente da UBI preside 6 Eduardo Teixeira, docente da Universidade da Beira Interior (UBI), é o novo presidente da Academia Europeia de Optometria e Ótica (AEOO), tendo iniciado o seu mandato de dois anos no decorrer da 9.ª Conferência do organismo, que se realizou entre os dias 11 e 14 de maio, em Barcelona. Natural da Covilhã e licenciado pela UBI em Optometria e Optotecnia (Física Aplicada), Eduardo Teixeira fez mestrado na Universidade do Minho, está ligado à sociedade científica desde a sua criação, em 2009. Foi membro fundador e diretor inaugural, daí que considere o novo cargo o “corolário lógico e consequente desse envolvimento”, que lhe possibilita dar continuidade ao trabalho realizado em “prol dos valores em que a Academia está empenhada”. Para os próximos dois anos, o docente da UBI tem como grandes objetivos a consolidação da orga-
nização e o aumento do número de associados, com a adesão de mais associações profissionais, universidades e grupos de investigação, entre outros. “Pretendo dar seguimento ao trabalho que os colegas têm vindo a desenvolver no âmbito dos objetivos estratégicos no domínio da optometria e ótica: desenvolvimento do conhecimento científico, promoção da educação, avanço da investigação, promoção da ciência
prática, das competências profissionais e a conduta dos Membros da academia em prol do benefício público”, explica Eduardo Teixeira. A AEOO está sedeada em Londres e congrega 600 cientistas, profissionais e instituições. Apesar de ter uma base europeia, é uma organização que vai mais além das fronteiras do continente, com membros do Canadá, Líbano, Emirados Árabes Unidos, EUA Irão e Israel. K
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Rita Ruivo Psicóloga Clínica (Novas Terapias)
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Endocrinologia
Motricidade
Projetos da UBI apoiados
Ciências do Desporto em revista
6 Três projetos na área da endocrinologia que estão a ser desenvolvidos pelo Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) da UBI acabam de ser reconhecidos com a concessão de 22.500 euros em apoios financeiros atribuídos por duas multinacionais do sector farmacêutico e pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo. “Estes apoios são de alguma forma um reconhecimento pelo trabalho realizado nestas áreas, até porque alguns destes financiamentos são apenas atribuídos a quem já fez alguma coisa na área”, salienta Manuel Lemos, docente da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) e o investigador do CICS que coordena os projetos. “Growth Hormone Receptor Gene Polymorphism and the Responsiveness to Recombinant Growth Hormone Therapy in the Portuguese Population” (financiado pela Pfizer Biofarmacêutica), “Análise de mutações germinativas dos genes AIP e MEN1
Manuel Lemos (à direita) é o investigador do CICS que coordena os projetos Endocrinologia
num grupo de doentes jovens com macroadenomas hipofisários isolados”(financiado pela Novartis Oncology), e “Diabetes mellitus tipo 1 e vitamina D: um estudo de associação genética” (financiado pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo) são os projetos contemplados, todos desenvolvidos por investigadores do CICS, em parceria com hospitais nacionais.
O primeiro estuda as causas da falta da hormona de crescimento. O segundo analisa as causas genéticas do aparecimento de tumores na hipófise, uma glândula responsável pela produção de hormonas que regulam processos importantes. O terceiro tem como objetivo identificar a contribuição dos fatores genéticos para a suscetibilidade de desenvolver esta doença, que obriga crianças e jovens ao uso de insulina. K
UBI
Finalistas abençoados 6 Cerca de 800 finalistas da Universidade da Beira Interior benzeram as suas pastas a 20 de maio, numa tradição que assinala o fim do ciclo de estudos para muitos estudantes e que encheu as instalações do Complexo Desportivo da Covilhã, com as cores dos 29 cursos da UBI. A tradição cumpriu-se: celebrou-se a tradicional missa comemorativa do final do ciclo de estudos e as pastas foram benzidas. “A longa marcha que agora se inicia pode ser mais árdua para uns do que para outros, mas cada um deve fazer o melhor uso das competências que aqui adquiriu e das suas próprias capacidades para pôr os conhecimentos ao serviço da sociedade”, sublinhou o reitor da UBI. António Fidalgo expressou votos de que “o saber
adquirido durante o vosso percurso académico seja o alicerce sólido de um futuro profissional pleno de sucesso”. À tarde, no anfiteatro das
Sessões Solenes da UBI, foram distribuídos os diplomas e certificados de mérito aos melhores alunos do ano letivo de 2015/2016. K
www.ensino.eu 06 /// JUNHO 2017
6 A revista científica “Motricidade” dedica o editorial do seu último número ao Departamento de Ciências do Desporto (DCD) da Universidade da Beira Interior, apresentando a sua evolução recente, com enfoque no trabalho de investigação. Da autoria do docente Mário Marques, o artigo apresenta as mudanças introduzidas a vários níveis e que tiveram como um dos corolários do sucesso o reconhecimento do Ranking de Shangai, obtido no final de 2016 e reconhecendo a UBI como uma das 80 melhores escolas da área de ciências do desporto de todo o mundo. Mário Marques destaca a importância da internacionalização do DCD, com destaque para as
redes de cooperação, corporizadas em protocolos com a Universidade de Pitesti (Roménia), Universidade Pública de Navarra (Espanha), Universidade Pablo de Olavide (Espanha) e Universidade de Barry (EUA). As perspetivas futuras deixam antever a continuidade deste crescimento: “As redes de investigação desenvolvidas nos últimos cinco anos e o financiamento dos projetos de I&D internacionais previstos para os próximos anos permitirão, não só a renovação de equipamentos e software, mas também a possibilidade de contratar recursos humanos altamente qualificados, garantindo condições importantes para continuar na linha de investigação de mérito internacional”, conclui. K
UBI distingue os melhores
ência/projetos, numa altura em que o país está a procurar dar um novo impulso à investigação científica. Os conteúdos da formação visam sensibilizar os estudantes para a importância da comunicação de ciência através dos media, junto do público em geral, fornecendo um conjunto de ferramentas que permitam prosseguir profissionalmente essa atividade. Visam ainda preparar para a gestão e desenvolvimento de projetos científicos e de I&D corporativa. K
T A Universidade da Beira Interior (UBI) distinguiu cerca de 200 estudantes de 1.º Ciclo/ Licenciatura e Mestrado Integrado que obtiveram um aproveitamento escolar excecional no ano letivo 2015/2016. Foram abrangidos todos os inscritos que tiveram aprovação em todas as unidades curriculares do ano que frequentaram, tendo obtido uma classificação média igual ou superior a 16 valores. O melhor estudante de cada curso que cumpra essas condições recebe um Diploma de Bolsa de Estudos por Mérito e a propina do ano letivo 2017/2018, no valor de 1037.20 euros. Os restantes recebem um Certificado por Mérito. A cerimónia decorreu a 20 de maio, no Anfiteatro das Sessões Solenes. K
Comunicação e Gestão de Ciência T A Universidade da Beira Interior (UBI) vai desenvolver a Pós-Graduação em Comunicação e Gestão de Ciência, cujas candidaturas estão abertas até 15 de julho e podem ser feitas online. O curso tem como objetivo preparar profissionais nas áreas de comunicação e gestão de ci-
Mestrados da UBI aumentam procura T Os cursos de Mestrado da Universidade da Beira Interior (UBI) aumentaram significativamente o número de colocados, na primeira fase de candidaturas, que encerrou no final de maio. Nesta altura estão já colocados 278 estudantes, mais 89 que em 2016. Isto significa que 29% das vagas estão já preenchidas, havendo ainda mais três fases de candidatura, nos próximos meses, até outubro. Para os alunos colocados nesta fase, o período de inscrição decorre entre os dias 12 a 16 de junho. A próxima fase de candidaturas decorre entre os dias 3 de julho e 24 de agosto. K
Equipa produz inibidor
Évora investiga Alzheimer 6 Uma equipa de investigação internacional, liderada por Anthony Burke do Centro de Química de Évora da Universidade de Évora (CQE-UÉ), produziu com sucesso um novo inibidor da enzima Colinesterase, fundamental para assegurar a comunicação entre neurónios em doentes com a doença de Alzheimer. Inovadora, esta molécula é quiral, apresentando apenas na sua composição o ingrediente ativo benéfico. É, por isso, “mais segura para o organismo humano”, como afirma o investigador, sendo atualmente a produção da forma quiral ativa um grande desafio para a indústria farmacêutica a nível mundial. A doença de Alzheimer é uma doença neurológica crónica que provoca uma deterioração progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas, pro-
gressivamente a realização das atividades quotidianas. Este facto deve-se aos baixos níveis da acetilcolina (ACh), um neurotransmissor essencial para manter as funções normais do cérebro. Se a ação das enzimas Colinesterases (ChEs), que destroem a acetilcolina, for inibida, asseguramse os níveis daquele neurotransmissor. Por isso, os inibidores da ChEs funcionam como fármacos. Recorrendo a tecnologias de ponta e em colaboração com Instituto Max Planck da Potsdam, Alemanha, esta equipa multidisciplinar constituída por especialistas em química sintética, medicinal, computacional, bioquímica, farmacêutica e tecnologia de química de fluxo contínuo, produziram com sucesso novos inibidores de ChEs, com moléculas quirais.
As moléculas desenvolvidas demonstraram bons níveis de inibição de butirilcolinesterase (um tipo de ChE responsável pela destruição de ACh em doentes com a doença mais avançada), quer in vitro , (em frascos pequenos específicos chamados poços para de-
terminar a interação entre o inibidor e a enzima) quer in vivo (através da administração direta em ratinhos). Estas moléculas foram também desenvolvidas com recurso a um catalisador “verde” (organocatalisador) igualmente desenvolvido na UÉ, que permite produzir
fármacos isentos de metais prejudiciais ao doente, revelando-se “uma mais-valia” para as empresas, mas principalmente para os doentes, mostrando-se “mais seguro para o organismo humano”. Estes organoatalisadores “têm a função de ‘acelerar’ o processo de produ-
ção de fármacos”, tornando o processo em geral “mais barato, mais rentável, mais sustentável”. Está em curso o processo de patenteamento desta tecnologia ao nível internacional, nomeadamente na Europa e dos Estados Unidos da América. K
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Turismo
Observatório criado 6 O Alentejo vai ser a primeira região do país a ter um Observatório de Turismo Sustentável para monitorizar a atividade turística e o impacto social e ambiental do setor. O memorando de entendimento para a concretização do projeto foi assinado este mês em Évora, no Hotel M’ar de Ar Muralhas, entre os cinco parceiros deste Observatório, onde se incluí a Universidade de Évora, e os institutos politécnicos de Portalegre e de Santarém, no âmbito da Conferência Green Project Awards, dedicada ao Turismo Sustentável. Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, salienta que o observatório
permite o “estudo” desta atividade, “de forma pluridisciplinar, por cientistas capacitados para o efeito”, entre a “Universidade de Évora e os Institutos Politécnicos envolvidos”, que ao reunir “massa crítica de enorme qualidade e com trabalho demonstrado”, constitui “um verdadeiro exercício de transferência de Conhecimento”. A mesma ideia é defendida por Ana Mendes Godinho. A Secretária de Estado do Turismo considera-o “fundamental”, ao permitir agregar os “conhecimentos da Universidade e Politécnicos, em benefício da atividade turística”. K
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Na UTAD
Reitores ibéricos em cimeira 6 Reitores de Portugal e Espanha aprovaram a primeira Agenda Ibérica do Conhecimento e do Ensino Superior que será também apresentada aos governos dos dois países, durante a Cimeira Ibérica de que decorreu em Vila Real, no final de maio, e que juntou os primeiros ministros de ambos os países. O encontro de reitores decorreu na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e a agenda pretende ser um passo para a “modulação das agendas de ciência, inovação e ensino superior exige hoje respostas marcadamente transnacionais e inclusivas”, referiu um comunicado conjunto emitido pelos responsáveis das duas entidades. “Ao convergirem num espaço geográfico comum, Portugal e Espanha são, assim, convidados a coordenar-se e a afirmar a sua presença num espetro alargado de intervenção que tem no enquadramento europeu o seu principal desafio e a sua principal fronteira”, afirmam os reitores portugueses e espanhóis “. Os reitores acrescentam: “tal significa que a marcação dos seus roteiros de desenvolvimento está dominada e sujeita a dinâmicas de excelência e competitividade onde a formação, a qualificação e a capacitação das futuras gerações assumem desafios de primeira grandeza que apenas os sistemas de ensino superior, de ciência e de inovação conseguem superar”. Através da agenda comum, pretende-se “potenciar a presen-
Estudo da universidade de Coimbra
É preciso agir já junto dos mais idosos!
ça ibérica na Europa e, ao mesmo tempo, convergir em geografias de intervenção mais alargada, em África e na América Latina, onde os dois países já desenvolvem individualmente a sua presença em todos os domínios específicos cobertos por esta nova agenda comum”. António Fontainhas Fernandes alega que é preciso “reforçar a cooperação a nível do sul da Europa” e “dinamizar uma estratégia comum de alargamento quer ao Norte de África, quer ainda aos países lusófonos e da América Latina”.
O responsável adianta que “esta agenda comum constitui já as bases para preparar o próximo quadro comunitário”. O CRUP é uma entidade de coordenação do ensino universitário em Portugal e integra como membros efetivos o conjunto das universidades públicas e a Universidade Católica Portuguesa, num total de 15 instituições. O CRUE reúne um total de 76 universidades espanholas, sendo 50 delas públicas e as restantes 26 instituições de ensino privadas. K
Química de Aveiro
Alunos produzem nova Sidra 6 Cidermace é o nome da bebida desenvolvida por um grupo de estudantes do Departamento de Química da Universidade de Aveiro, que tem nos ingredientes o aproveitamento das matérias-primas descartadas e destinadas ao lixo pelas indústrias de sumos concentrados e um processo produtivo que simplifica os vários passos da receita tradicional. A primeira sidra eco-inovadora é ecológica, simples, barata de produzir e até já tem uma em-
presa interessada em colocá-la no mercado. “A principal matéria-prima deste produto eco-inovador, uma característica que o diferencia de todos os outros existentes no mercado, é o bagaço de maçã, um subproduto da indústria de concentrado de sumo de maçã que nos foi fornecido pela Indumape”, desvenda a equipa. A este ingrediente, “complementa-se a utilização do concentrado de sumo de maçã, fornecido pela mesma empresa, e leveduras cedidas pela Microcerve-
jeira Vadia” que já demonstrou interesse em adaptar à sua produção a sidra desenvolvida. João Santos, estudante do Mestrado em Biotecnologia, e Eduardo Coimbra e Margarida Afonso, do Mestrado Integrado em Engenharia Química, são os estudantes que estão por de trás do desenvolvimento desta sidra eco-inovadora. O grupo teve como mentores o estudante de doutoramento Pedro Fernandes e os investigadores Elisabete Coelho e Manuel A. Coimbra. K
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6 Apesar de ser um grave problema nos idosos, Portugal não tem qualquer política para lidar com a polimedicação (polifarmácia, uso de múltiplos medicamentos) inadequada, pelo que é urgente criar e implementar um Plano Nacional de Revisão da Polimedicação na população mais velha, conclui o estudo europeu SIMPATHY, que envolveu uma equipa de investigadores das Faculdades de Farmácia e Medicina da Universidade de Coimbra e do consórcio Ageing@Coimbra - Região Europeia de Referência para o Envelhecimento Ativo e Saudável. A equipa, constituída por cerca de meia centena de especialistas e investigadores, efetuou o levantamento do “estado de arte” do problema e realizou vários estudos de caso nos países parceiros do projeto, concluindo que a situação é urgente, uma vez que, em 2060 Portugal será o país da União Europeia com o maior decréscimo de natalidade e maior aumento no número de idosos com doenças crónicas, alerta João Malva, coordenador da equipa portuguesa. O investigador nota que “cerca de 40% das pessoas que toma 5 ou
mais medicamentos, não o faz de forma apropriada, e cerca de 50% das hospitalizações que acontecem devido a medicação excessiva seriam evitáveis se existisse um plano de revisão da polifarmácia”. Questionado sobre a existência de boas práticas no espaço europeu em relação a esta matéria, João Malva afirma que o “Reino Unido, em especial a Escócia e Irlanda do Norte, e a Suécia” são exemplos a seguir. Desenvolvido, ao longo dos últimos dois anos, por uma equipa multidisciplinar de 10 instituições da Alemanha, Espanha, Grécia, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido e Suécia, o SIMPATHY (Stimulating Innovation Management of Polypharmacy and Adherence in The Elderly) foi coordenado pelo Governo da Escócia e obteve um financiamento de um milhão de euros da União Europeia (UE) através do 3º Programa Europeu de Saúde. O estudo, que contou ainda com a colaboração da Universidade de Lisboa (UL), teve como objetivo estudar o impacto da polimedicação e da adesão à terapêutica na saúde da população mais idosa. K
Universidade
Lisboa no Ranking de Leiden 6 A Universidade de Lisboa é a universidade melhor classificada da Península Ibérica no Ranking de Leiden 2017, que abrange o período 2012-2015 e avalia a prestação científica de 902 universidades em 54 países. Em termos globais a Universidade de Lisboa continua a subir neste ranking, encontrando-se agora na 117ª posição a nível
mundial e na 31º posição a nível europeu. Ocupa uma posição de destaque em várias áreas científicas: 5º lugar na área da Matemática, 10º lugar na área das Ciências da Vida e da Terra e 12º lugar na área das Ciências da Engenharia e da Física. O ranking de Leiden utiliza a base de dados científicos da Web of Science da Thomson Reuters. K
ESAD
Leiria com dois finalistas 6 Ana Battaglia Abreu e Tiago Orfeu, estudantes do mestrado em Artes Plásticas da Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha do Politécnico de Leiria, acabam de ser selecionados, entre 134 participantes, para o Prémio Nacional Arte Jovem 2017, concurso promovido pelo Carpe Diem Arte e Pesquisa, destinado a estudantes dos cursos de artes visu-
ais, finalistas em 2017 ou que tenham terminado os cursos em 2016 ou 2015. O concurso tem como objetivos dar a conhecer as mais recentes propostas dos artistas que acabam de entrar no mundo da arte, dando assim uma visão mais alargada da produção artística nacional, e criar a oportunidade aos jovens de realizar a primeira exposição de apresentação de tra-
balho, com acompanhamento curatorial, vendas e catálogo, entre outros. Ana Battaglia Abreu e Tiago Orfeu integram a curta lista de sete artistas selecionados para o Prémio Nacional Arte Jovem 2017. Os finalistas serão os protagonistas de uma
exposição que tem inauguração marcada para o dia 1 de julho, no CDAP, no Bairro Alto, em Lisboa. O vencedor do Prémio será anunciado nesse dia e o prémio final, financiado pela Fundação Millennium, é uma viagem a uma capital Europeia. K
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Soc. Port. de Mat. & Mat-Oeste 2017
Escola de Verão em julho 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) de Leiria vai receber a Escola de Verão da Sociedade Portuguesa de Matemática & Mat-Oeste 2017, de 13 a 15 de julho, uma organização conjunta entre o Departamento de Matemática da escola e a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM). A iniciativa tem por objetivo divulgar novos meios de descoberta da cultura e do conhecimento matemáticos, assim como dar formação específica em certas áreas da Matemática. Decorre em simultâneo a 10ª edição do Mat-Oeste no dia 13 de julho sob o tema ‘Matemática do Mar’, que pretende ser um encontro de divulgação, discussão, partilha de experiências e competências, nas mais diferentes vertentes da Matemática, procurando promovê-la na região oeste.
Os eventos destinamse a professores do 1º ciclo do ensino básico, a professores de Matemática do 2º e 3º ciclos do ensino básico e do secundário, professores universitários, estudantes e ao público interessado, o qual poderá participar em conferências plenárias, cursos de formação, minicursos, mesa redondas, workshops e exposições de livros. Existem ainda vários cursos de formação, acreditados pelo Conselho CientíficoPedagógico da Formação Contínua. As inscrições deverão ser realizadas até 2 de julho na página web do evento em http://evspm2017.ipleiria.pt. Os participantes terão ainda a oportunidade de assistir à entrega dos prémios do concurso nacional Prémio Pedro Matos 2017, destinado a alunos do ensino secundário. K
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Conselho Nacional de Saúde
Carlos Maia toma posse
6 O presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), Carlos Maia, tomou posse no passado dia 24 de maio como membro do primeiro Conselho Nacional de Saúde (CNS), informou a instituição em comunicado. Em declarações ao Ensino Magazine, o presidente do IPCB, revela ter aceite integrar o Conselho Nacional de Saúde “com enorme satisfação e entusiasmo”. Carlos Maia acrescenta que são vários os motivos que o levaram a aceitar integrar o CNS: “Pela responsabilidade e pelos desafios que foram lançados a este órgão, pelas várias competências que lhe estão acometidas, pelo facto de ser a primeira vez que o órgão vai funcionar apesar de estar previsto na Lei de Bases da Saúde há mais de 25 anos e por ser seguramente mais uma experiência de aprendizagem tendo em conta as diversas personalidades da área da saúde que o compõem”. Carlos Maia, licenciado e mestre em ciências de enfermagem e doutorado em gerontologia social, é professor coordenador da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, sendo desde 2009 presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco.
O presidente do Politécnico revela que “na reunião da tomada de posse esteve presente o Ministro da Saúde que, na sua intervenção, enfatizou a importância da criação do CNS para o desenvolvimento das políticas de saúde em Portugal e deixou várias palavras de incentivo para os conselheiros. É um órgão constituído por
membros provenientes de diversos setores o que garante um olhar abrangente e múltiplo sobre o SNS”. Na nota enviada à imprensa, o IPCB explica que o Conselho Nacional de Saúde é um órgão consultivo independente, de consulta do Governo na definição de políticas de saúde, que é presidido por Jorge
Simões, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, e conta com várias personalidades, de entre as quais o presidente da Comissão Nacional de Ética para as Ciência da Vida, Jorge Soares, e os bastonários das várias ordens profissionais. No mesmo documento é referido que aquele órgão tem como principais competências apreciar e emitir parecer e recomendações sobre questões relativas a temas relacionados com a política de saúde, tais como a execução do programa do Governo e modelo de governação da saúde, o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde, a investigação e inovação nas áreas da saúde. É ainda competência do CNS apresentar anualmente ao membro do Governo responsável pela área da saúde e à Assembleia da República um relatório sobre a situação da saúde em Portugal, formulando as recomendações que tenha por convenientes. Previsto há mais de 25 anos na Lei de Bases da Saúde, e ao longo das várias leis orgânicas do Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Saúde nunca tinha sido criado anteriormente. K
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Escola Superior de Tecnologia
Verão 2017 é na EST 6 A Escola Superior de Tecnologia do IPCB realiza de 10 a 14 de julho mais uma edição da iniciativa Verão 2017 @ESTCB, informou o Instituto Politécnico em comunicado. A iniciativa pretende ser um canal privilegiado de contacto e mostra dos laboratórios e projetos da escola, onde os participantes interessados em desenvolver competências nestas áreas serão imersos num ambiente dinâmico e divertido de aprendizagem. Na mesma nota é informado que a escola “tem abertas inscrições para 15
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atividades, destinadas a alunos do ensino secundário, em todas as áreas lecionadas na Escola: Hacker School, Desenvolvimento de Aplicações Móveis para Android, Programação de Microcontroladores, Programação de Sistemas Robóticos, Space Invaders on Java Script, Base de Dados, Apresentação, Cinema 4D, Have Fun Programming, Onde Está a Moeda? Modelação 3D/ CAD, Água na Engenharia, Vamos Fazer Betão Colorido, Caracterização de Solos e Construção de uma Treliça”. K
IPB
Beja aposta em indústrias criativas 6 Design e Tecnologias da Criatividade estiveram em discussão no 3.º Seminário das Indústrias Culturais e Criativas, que decorreu a 6 e 7 de junho na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Beja. A iniciativa visou analisar as oportunidades de desenvolvimento do setor no território Alentejo, identifi-
car os desafios tecnológicos e as boas práticas baseadas na tecnologia, bem como as necessidades de formação para potenciar o desenvolvimento do setor no território. A organização foi do Laboratório de Arte e Comunicação Multimédia do Sub-departamento de Artes, do Departamento de Artes, Humanidades e Desporto. K
Na ESART
Carlos do Carmo distinguido 6 A Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco homenageou, no passado dia 31 de maio, Carlos do Carmo. Considerado um dos grandes nomes da música portuguesa, Carlos do Carmo mostrou-se honrado com a homenagem e destacou a existência da licenciatura de guitarra portuguesa. “Sou lisboeta e uma das coisas que me entristece em Lisboa é que as pessoas não param para pensar sobre o que é o interior. E cada vez
que aqui se chega verificamos que estão a acontecer coisas no interior do país que não acontecem em Lisboa. E um bocadinho de humildade não fazia mal a Lisboa, pois uma licenciatura de guitarra portuguesa é algo de muito importante”, disse Carlos do Carmo, durante a cerimónia, em que uma pequena orquestra e coro de alunos da Esart interpretaram uma das canções mais conhecidas do artista português. Durante a homenagem, Carlos Maia, presidente do Institu-
to Politécnico de Castelo Branco, e José Filomeno Raimundo, diretor da escola, destacaram o percurso daquele que será o maior embaixador do fado, num momento que ficou registado na escola com uma placa da autoria do artista e docente da Esart, José Simão. No entender de Carlos Maia, “esta foi uma homenagem simples, mas muito sentida, que representa também um momento alto na vida da Esart”. K
Aniversário
Saúde faz 69 anos Campus da Talagueira
F16 na rotunda da Esart 6 A Câmara de Castelo Branco e a Força Aérea Portuguesa vão instalar, na rotunda junto à Escola Superior de Artes Aplicadas, no Campus da Talagueira, uma estrutura composta por duas asas de um avião F16. Luís Correia, presidente da autarquia, refere que esta intervenção pretende assinalar o 65º aniversário da Força Aérea Portuguesa que se comemora em Castelo Branco, com um conjunto de atividades que já se iniciaram e que terão o seu momento mais importante a 1 de julho. O projeto para a instalação das duas asas, oferecidas pela Força Aérea Portuguesa, está ser feito em conjunto com a autar-
quia albicastrense, a qual assumirá os custos da sua colocação. A rotunda localizada em frente à Escola Superior de Artes Aplicadas insere-se numa zona nova da cidade, que se espera que com esta estrutura seja mais apreciada. O dia principal das comemorações será a 1 de julho. Mas as atividades já estão no terreno e prolongam-se até ao dia 9 de julho. Haverá exposições, festivais aéreos, batismos de voo, concertos, uma eucaristia na Sé com os Bispos das Forças Armadas e da Diocese de Portalegre e Castelo Branco (com transmissão na TVI), uma parada militar no campo da feira, palestras no IPCB e um concurso junto das escolas. K
6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco (Esald) acaba de assinalar os seus 69 anos de vida. A iniciativa foi assinalada com a atividade “Castelo Branco, Cidade saudável – Esald na transferência do conhecimento”, a qual decorreu a 6 e 7 de junho. No dia 6 de junho, a Escola Superior de Saúde prestou serviços de saúde gratuitos a grupos profissionais específicos, nomeadamente Bombeiros, GNR e PSP, foram realizadas colheitas de sangue nos Laboratórios de CBL, para avaliação das funções Renal e Hepática e ainda atividades da área da Fisioterapia como uma sessão de “Higiene Postural” para promover a melhoria da saúde e bem-estar aos profissionais que se deslocaram à ESALD. Realizaram-se ainda atividades no âmbito do Projeto Hospital Bem Crescer para crianças em idade pré-escolar, neste caso do Jardim de Infância Alfredo da Mota. Em nota de imprensa, o IPCB explica que no dia 7 de junho,
decorreram atividades do Projeto Hospital Bem Crescer para crianças em idade pré-escolar d o Centro Social Padres Redentoristas - Jardim de Infância Raposinho. Pelas 11:00 horas, e aberta a toda a comunidade escolar, decorreu uma “Aula Magistral de Anatomia: Do corpo virtual ao corpo real” (blended webinar). A Cerimónia Comemorativa do 69º Aniversário da ESALD contou com as presença do presidente do IPCB, Carlos Maia, do vicepresidente Arnaldo Braz em representação da Câmara Municipal de Castelo Branco, da diretora da ESALD, Paula Sapeta e dos presi-
dentes dos vários órgãos da Escola e ainda do Presidente da Associação de Estudantes da ESALD, João Artur, tendo em seguida sido feita a Entrega de Prémios de Mérito e Louvor a docentes e funcionários da ESALD. O aniversário incluiu ainda uma mesa redonda: “ESALD na Transferência do Conhecimento”, moderada pelo Coordenador do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional (CEDER) do IPCB, Domingos Santos, na qual foram apresentados Projetos atualmente em curso na ESALD, desenvolvidos por professores e estudantes. K
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Castelo Branco Moda 2017
Esart vence concurso 6 Mariana Santos, Valentina Filipe e a dupla Mafalda Fialho e Mariana Cardoso, todas alunas da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, foram as vencedoras da primeira edição do concurso nacional O Bordado de Castelo Branco e a Moda, cujos resultados foram apresentados sábado, dia 3 de junho, na segunda edição do Castelo Branco Moda 17, evento onde também foram entregues os respetivos prémios. Foi ainda atribuída uma menção honrosa a Ana Filipa Miranda. A esta competição nacional apresentaram-se 39 coordenados, da autoria de estudantes ou recém licenciados em Design de Moda. Os trabalhos vão ficar expostos no futuro Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco, em fase de instalação na antiga biblioteca municipal, na praça Camões. Este evento serviu também para revelar os vencedores do projeto Portuguese Fashion News (PFN) - concurso de novos criadores, organizado pela Seletiva Moda, tendo ficado em primeiro lugar Joana Braga, da Escola Superior de Artes e Design (ESAD),
seguida de Rita Sá, da mesma escola, e em terceiro ex aequo ficaram Ana Sousa, também da ESAD e Diana Azevedo da Gudi. Estes trabalhos foram selecionados entre os finalistas, 18 jovens criadores de cursos de Design de Moda de sete escolas (Modatex, Universidade da Beiro Interior, Soares dos Reis, Cenatex, Escola de Moda do Porto, Gudi e ESAD). Mas o júri destacou ainda os trabalhos de Filipe Cerejo e Inês Leão Costa, ambos da Escola de Moda do Porto, Joana Queirós, Joana Jordão e Ana Raquel Contreiras, todas da Modatex. Já na organização desta segunda edição do Castelo Branco Moda 17, a Câmara Municipal de Castelo Branco também pretendeu inovar, tendo escolhido como palco
para esta realização o parque de estacionamento subterrâneo da rua José Bento espaço que além do público, recebeu a apresentação dos 29 coordenados de 31 finalistas de Design de Moda da ESART e dos finalistas do PFN, mas também as coleções da Dielmar e dos estilistas Storytailors e Katty Xiomara. Os estilistas convidados trouxeram, à semelhança do que aconteceu na primeira edição com Luís Buchinho e Alexandra Moura, cada um, uma criação com aplicações do Bordados de Castelo Branco, que se vão juntar ao espólio do município. O presidente da Câmara, Luís Correia, não escondeu a satisfação pela forma como esta organização se concretizou, fazendo da mesma um balanço
muito positivo. “Desde logo há que destacar a inovação ao nível do espaço, do profissionalismo que conseguimos aportar a esta realização e a promoção dada ao Bordado de Castelo Branco, bem como a qualidade apresentada pelos alunos da ESART”, revela afirmando que “este foi mais um passo na estratégia que o município quer implementar a este nível, pelo que foi muito importante conseguir envolver nesta organização o Portugal Fashion ou a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) e ainda a empresa Dielmar, uma conjugação de entidades que são igualmente importantes para ajudar os alunos, agora na fase de formação, a fazer pontes para o mercado de trabalho”. Nesse sentido, destaca ainda que “estes alunos podem, no futuro, vir a instalar-se na Fábrica da Criatividade, podendo continuar ali os seus projetos a nível profissional, apostando na inovação e mostrando assim o seu empreendedorismo. A Fábrica da Criatividade funcionará também como nicho de empresas na área criativa, incentivando ao empreendedorismo”. K
Leiria no Reino Unido a inovar na economia azul
Europa destaca AMALIA 6 O Projeto europeu Amalia (Algae-to-MArket Lab IdeAs), liderado pelo Politécnico de Leiria, foi selecionado pela Comissão Europeia para representar o mecanismo Blue Labs - Innovative solutions for maritime challenges no Dia Marítimo Europeu, numa sessão sobre Crescimento Azul, que decorreu dias 18 e 19 de maio, em Poole, no Reino Unido. Marco Lemos, investigador e coordenador do MARE-IPLeiria, esteve presente na sessão, tendo apresentado o projeto que pretende transformar as algas invasoras, uma atual ameaça dos oceanos, numa oportunidade. Além do AMALIA, em representação dos projetos Blue Labs da Comissão Europeia, na sessão que assinalou o Dia Marítimo Europeu estiveram ainda em destaque um projeto Blue Careers e um Blue Technology. O objetivo da sessão organizada pela Comissão Europeia foi demonstrar como ideias originais podem estimular a inovação na economia azul, ultrapassando as limitações apon-
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tadas em 2014 pela Comissão, no documento “Innovation in the Blue Economy”, por se focarem em três áreas chave: competências, criatividade e tecnologia.
Marco Lemos explica que “o projeto Amalia destaca o modo como se pode transformar as ameaças das algas invasoras em novas oportunidades de negócio, em es-
tímulo para a economia e emprego, num ecossistema de partilha entre instituições de investigação, empresas e sociedade, onde o envolvimento de estudantes num regime de aprendizagem com base em prática promove competências nestes futuros profissionais, aproximando-os das empresas e de uma economia marítima com base no conhecimento”. O projeto envolve instituições de Portugal, Espanha, Áustria e Holanda, pretende valorizar as algas invasoras do noroeste da Península Ibérica, uma atual ameaça dos oceanos, em oportunidades. Produtos alimentares inovadores, rações com potencial para estimular o sistema imunitário de peixes e camarões em aquacultura, extratos para a indústria cosmética e novos medicamentos (com ação antitumoral, por exemplo), são alguns exemplos de produtos a desenvolver com recurso a estas algas. AMALIA é um dos quatro projetos financiados pela Comissão Europeia no âmbito do mecanismo Blue Labs. K
Engenharia
Setúbal mais internacional 6 Mais de 80 docentes, estudantes e profissionais da área de engenharia provenientes de Portugal, Brasil, Argentina, Colômbia, França, Holanda, Irlanda, Chile, Equador, Uruguai e Espanha participaram, de 31 de maio a 2 de junho, no Encontro Internacional de Ensino de Engenharia da ASIBEI (Asociación Iberoamericana de Instituciones de Enseñanza de la Ingeniería), promovido pelo Instituto Politécnico de Setúbal (IPS). Em debate estiveram diferentes temáticas de grande relevância para o ensino da engenharia, com destaque para a ‘Garantia da Qualidade nas Formações de Engenharia’ e a ‘Aprendizagem Ativa na Educação em Engenharia’. De acordo com o presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, existem vários desafios, em especial na conjugação do rigor científico com métodos de ensino que promovam o sucesso académico, pelo que “este encontro foi crucial porque reuniu diferentes perspetivas de âmbito internacional e também porque a engenharia no nosso contexto representa cerca de 45% dos estudantes e são um ativo fundamental até pela região em que nos inserimos, extremamente industrial”. O programa contou com visitas aos laboratórios das Escolas Superiores de Tecnologia do IPS e várias sessões de trabalho e de networking, com vista à melhoria contínua da qualidade e estrutura das formações e dos métodos de ensino/aprendizagem, para que sejam mais dinâmicos, interativos e reforcem a ligação ao tecido empresarial. Destas atividades resultou a apresentação de “diferentes perspetivas sobre a problemática da qualidade nas formações de engenharia e de experiências diferenciadas no que diz respeito à aprendizagem ativa, o que suscitou elevado interesse por parte dos participantes”, realça Armando Pires, docente do IPS e representante do Instituto na ASIBEI. K
portalegre
Albano Silva é o novo presidente do Politécnico Portalegre
Fotografia nos Serviços 6 Olhares sobre a diferença é o tema da exposição de fotografia de Liliana Gonçalves, que está patente nos Serviços Centrais do Politécnico de Portale-
gre. A exposição foi inaugurada a 8 de junho e decorre até 27 de julho, podendo ser visitada entre as 9 e as 17h30, de segunda a sexta-feira. K
Em Badajoz
Elvas em Espanha 6 A Escola Superior Agrária de Elvas, do Instituto Politécnico de Portalegre, esteve mais uma vez presente na IX ECUEXTRE - Feria del Caballo/Feria del Toro, que decorreu nos dias 8 a 11 de junho, na Institución Ferial de Badajoz (IFEBA). Esta presença teve como objetivos divulgar e promover a prática e a cultu-
ra equestres no Alentejo, com a presença em stand e participação em algumas provas por parte de alunos do curso de Equinicultura da ESAE/IPP. Foram ainda dinamizados contactos com entidades e empresas do setor, visando o estabelecimento de parcerias no âmbito do ensino, formação profissional e I&DT. K
6 Albano Silva, que nos últimos oito anos desempenhou as funções de vice-presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, venceu as eleições para o cargo de presidente da instituição. O ato eleitoral realizado no seio do Conselho Geral da instituição decorreu no passado dia 12 de junho. De acordo com o portal do Instituto Politécnico de Portalegre, Albano Silva obteve 14 votos favoráveis, enquanto que Luís Cardoso, teve oito votos. Albano Silva substituirá no cargo Joaquim Mourato, que presidiu a instituição durante os dois mandatos permitidos pela legislação em vigor. O novo presidente da instituição tem larga experiência em cargos diretivos, pois além de ter exercido a vice-presidência do IPPortalegre, foi durante vários anos diretor da Escola Superior de Educação de Portalegre.
A eleição realizou-se após a audição dos candidatos, em sessão pública do Conselho Geral, que teve lugar no auditório dos Serviços Centrais, onde os candidatos apresentaram os respetivos planos de ação e motivações, sendo posteriormente interpelados por membros do Conselho Geral. A tomada de posse do presidente eleito acontecerá após a
homologação dos resultados da votação, por parte do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Albano Silva é professor adjunto da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (Departamento de Educação e Formação) e, desde março de 2010, é vice-presidente do Instituto Politécnico de Portalegre. K
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Novos roteiros turísticos em Viseu
ESTG Viseu ajuda visitantes Em setembro
Viseu recebe M-Sphere 6 O Instituto Politécnico de Viseu foi o local escolhido para a realização da sexta edição da conferência da Associação para a Promoção da Multidisciplinaridade em Ciência e Negócios (MSPHERE), que decorre de 19 a 22 de setembro, sendo a primeira vez que tem lugar fora da Croácia. A M-Sphere é um centro de investigação que tem com principal objetivo acolher projetos de investigação que fomentem uma
perspetiva de multidisciplinaridade na gestão nos vários setores de atividade. Nesse sentido, o Politécnico de Viseu convida a comunidade académica a submeter trabalhos nas várias áreas do congresso até ao dia 30 de junho. A conferência internacional proporcionará um espaço de encontro e debate multidisciplinares para investigadores, académicos e profissionais de vários setores de atividade, ao mesmo
tempo que proporciona contacto com os casos de maior sucesso empresarial e institucional nos vários setores de atividade presentes na região de Viseu. Os melhores trabalhos apresentados são premiados com Best Paper Awards nas mais diversas áreas. Os vencedores dos prémios de Best Paper Award, para além de um certificado, serão reembolsados na totalidade no custo da inscrição no congresso. K
6 Um grupo de alunos do curso de Turismo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu está a desenvolver um conjunto de novos itinerários turísticos com o objetivo de mostrar Viseu como um destino turístico de excelência no ‘Ano Oficial para Visitar Viseu’, os quais foram pensados para residentes e turistas e serão testados já a partir do final de maio com público real. Numa vertente cultural, são propostos três roteiros, centradas no património judaico, nos azulejos e nas casas brasonadas. Com objetivos pedagógicos existem vários itinerários para o público mais jovem, sendo um deles um jogo de pista que permitirá aos jovens aprender mais sobre a história da cidade, os seus monumentos e locais turísticos. Já especialmente pensados para as crianças, existem quatro roteiros centrados nas histórias e tradições associadas à água, arte urbana, natureza e espaços verdes. Para o público sénior, são propostos os itinerários ‘Ruas com História’ e ‘Viseu D´Avós”, sendo
que este último convida o público sénior a partilhar as brincadeiras e modos de vida das suas infâncias com os mais novos. O projeto surge no âmbito das unidades curriculares de Geografia e Itinerários Turísticos, História de Arte e Cultura e Comunicação e Promoção Turística, lecionadas aos alunos da licenciatura em Turismo. Ao mesmo tempo que divulga a cidade como um destino turístico diversificado, cria uma relação de maior proximidade do Instituto Politécnico de Viseu com as entidades públicas e privadas da região, beneficiando os alunos com uma experiência real no terreno. A iniciativa conta com a colaboração da Câmara Municipal de Viseu. K Cláudia Seabra _
ESCE de Setúbal
International Reggae Poster Contest
Alunos de Viseu vencem 6 Agostino De Giorgio e Catarina Duarte, alunos do 3º ano do curso de Artes Plásticas e Multimédia da Escola Superior de Educação de Viseu, foram dois dos vencedores do concurso International Reggae Poster Contest (IRPC), um concurso internacional que visava celebrar a cultura positiva do “Reggae Internacional”, destacando a globalização do Reggae e o impacto que a sua mensagem possui. Neste momento, os seus trabalhos podem ser visualizados no website oficial do evento (http://www.reggaepostercontest.
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com/2016-winners/), juntamente com os restantes vencedores originais de outros países, como Brasil, China, México, Indonésia, Canadá, entre outros. Em Portugal destacaram-se quatro projetos, sendo dois deles dos alunos de Viseu, que foram entretanto contactados pela organização para que voltassem a enviar os seus projetos com o intuito de os expor numa galeria. Os trabalhos de Agostino De Giorgio e Catarina Duarte, intitulados, respetivamente, “Rastafari Lion” e “Our songs are our Souls”, foram desenvolvidos no âmbito da
Unidade Curricular Design de Comunicação II do primeiro semestre do ano letivo em curso, sendo a submissão do projeto uma das etapas de avaliação. A produção dos seus pósteres passou pela inspiração nas cores da bandeira da Jamaica, pelo estilo Rastafari e pelo leão, que é o símbolo deste país. Para a docente da disciplina de Design, professora Paula Rodrigues, “participar nestes certames tem sido simultaneamente uma opção estratégica que envolve bastante trabalho de preparação, um desafio e uma experiência gratificante”. K
Diretora toma posse 6 Boguslawa Sardinha tomou posse como Diretora da Escola Superior de Ciências Empresariais de Setúbal (ESCE/IPS), a 30 de maio, tendo como objetivos consolidar e estabilizar a oferta formativa da ESCE/IPS, promover a internacionalização, o desenvolvimento de projetos e de investigação, bem como reforçar a ligação com os parceiros da região e envolver, ainda mais, toda a comunidade no desenvolvimento da Escola Na entrada para este seu novo mandato, que se prolonga até 2021, a diretora reeleita recordou alguns dos trabalhos e progressos da Escola nos últimos quatro anos, referindo que foi possível “concretizar
objetivos, desenvolver projetos e concluir o trabalho” para melhor gerir a Escola. Na sessão tomaram também posse Pedro Pardal e João Nabais, subdiretores da instituição. Pedro Dominguinhos, presidente do IPS, congratulou a nova direção e anunciou as medidas que estão a ser tomadas para aumentar o número de docentes e não docentes em todas as Escolas do IPS, salientando também a aposta na investigação “com a aprovação de cinco centros de investigação e para breve de um sexto na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro e a atribuição de bolsas sabáticas”, entre outras medidas que criem condições para investigar. K
Politécnico do Porto
Dois milhões a investir Setúbal parceiro da SIC Esperança
5500 formados em Scratch 6 As escolas portuguesas com 2º Ciclo já podem candidatar-se ao projeto GEN10S Portugal, que prevê a formação em linguagem de programação Scratch a 5000 alunos do 5.º e 6.º ano e 500 professores, procurando promover a igualdade de oportunidades na área digital. Promovido pela SIC Esperança, em parceria com a associação espanhola Ayuda en Acción e a Google. org, o projeto GEN10S Portugal foi apresentado a 5 de junho, em Lisboa, com a presença do primeiroministro, António Costa, do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, da presidente da SIC Esperança, Mercedes Balsemão, da diretora de Políticas Públicas e Relações Governamentais da Google Europa, Annette Kroeber-Riel, do responsável das Políticas Públicas da Google Portugal, Marcel Leonardi, e do representante da Ayuda en Acción, Rafael Mazarredo. O reforço das competências digitais foi destacado por todos os
intervenientes, sendo que este tipo de iniciativas, de acordo com o primeiro ministro António Costa, “são da maior importância para combater a exclusão e as desigualdades sociais” devendo ser alargado ao conjunto da sociedade. Para o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, é absolutamente fundamental “destruir o fosso de todos aqueles que estão longe das competências digitais” como forma de reforçar a competitividade do país, referiu durante a sua intervenção. O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) é a entidade responsável pela organização e implementação da formação, a nível nacional, das crianças e professores abrangidos pelo GEN10S Portugal, através do Centro de Competências TIC da Escola Superior de Educação. O projeto será desenvolvido a partir de setembro 2017 e ao longo de todo o ano letivo 2017/2018, após um estudo piloto realizado em 4 escolas do distrito de Setúbal e de Lisboa durante este ano letivo. K
6 O Politécnico do Porto acaba de anunciar o arranque de um investimento de dois milhões de euros em infraestruturas e tecnologia de ponta na Escola Superior de Media Artes e Design (ESMAD) e na Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHT), situadas no Campus 2 da Póvoa de Varzim/ Vila do Conde. Para além da ampliação e requalificação das instalações, este investimento vai dotar as duas escolas do melhor que há a nível internacional, com estúdios de televisão, de fotografia, black box de ponta e laboratórios de investigação (ESMAD) e com um restaurante de aplicação e cozinhas individuais (ESHT). A Escola Superior de Media Artes e Design centra-se na formação de profissionais competitivos, criativos e inovadores nos domínios do Design, Cinema, Fotografia, Multimédia e Web. Enquanto projeto
transversal de áreas ligadas à Media Artes e Design, procura a formação de profissionais altamente qualificados, o desenvolvimento de competências sistemáticas e uma consciencialização artística nos seguintes domínios: audiovisual, fotografia, cinema, design gráfico, design industrial, multimédia e tecnologias web. A Escola Superior de Hotelaria e Turismo é um centro de excelência no ensino e investigação, posiciona-se no “top of mind” do mercado, constituindo
um modelo de formação sustentado e inovador. Desenvolve estratégias preferenciais, não só para o ensino e investigação mas também para a prestação de serviços e uma forte relação com a comunidade, a internacionalização e o estabelecimento de redes e parcerias. O complexo edificado, que constitui o campus 2 do Politécnico do Porto, em Vila do Conde, foi concluído há cerca de 16 anos, tendo sido projetado para o ensino da Área de Administração e Gestão. K
Tomar
Semana Internacional no Politécnico
Aliança ODS Portugal
6 A 2ª Semana Internacional – Staff Week subordinada ao tema Building Higher Education without Walls decorreu de 12 a 16 de junho, no auditório Doutor José Bayolo Pacheco de Amorim, no campus do Instituto Politécnico de Tomar (IPT). A iniciativa teve como principal objetivo promover a troca de boas práticas sobre o recrutamento de alunos estrangeiros com vista ao aumento do número de alunos Internacionais, além de eu-
6 Carlos Mata, docente da Escola Superior de Ciências Empresariais de Setúbal, acaba de ser nomeado Embaixador da Aliança ODS Portugal, pelo período de três anos, com responsabilidade na promoção do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4, Educação de Qualidade, da Agenda 2030 da ONU, na área geográfica de Setúbal. Esta aliança foi criada pela rede portuguesa United Nations Global Compact Network Portu-
car para a Interculturalidade, para a Cidadania e para a Inclusão. Esta tarefa deve ser também uma missão da Escola, contribuindo deste modo para a reflexão individual numa altura em que assistimos a tomadas de posição opostas e controversas sobre estes assuntos. Pretendeu-se assim, através de palestras, abordar questões da diversidade cultural, das relações interculturais e da gestão da Interculturalidade. K
Docente é embaixador gal com o apoio da sede do United Nations Global Compact, em Nova Iorque, para organizar o contributo do setor empresarial na realização dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e das 169 metas definidas pela Agenda 2030 da ONU, cujos objetivos passam por acabar com a pobreza extrema, combater a desigualdade e a injustiça e proteger o planeta. O cumprimento destes objetivos pressupõe um grande
envolvimento das pessoas, das organizações e das autoridades centrais e locais. Foi neste âmbito e considerando o trabalho desenvolvido nas Comissões Técnicas da Associação Portuguesa de Ética Empresarial e a investigação realizada na área da Responsabilidade Social, que Carlos Mata foi convidado para integrar a Aliança ODS Portugal, que agrega diferentes organizações e personalidades da sociedade portuguesa. K
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Submissão de comunicações até 31 de Julho
Guarda
Fórum sobre Toponímia
Robô bombeiro em julho
6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai promover, no próximo dia 27 de outubro, mais um Fórum sobre Toponímia. Considerando que a toponímia se assume como referência dos valores históricos, culturais de cada lugar e memória coletiva de factos, personalidades, tradições ou legados identitários, a organização deste Fórum pretende incrementar o estudo/divulgação através de diversificadas e distintas perspetivas que, globalmente, propiciem uma “Guarda da memória”. “Se a toponímia tem uma importância inquestionável na delimitação de espaços, permite, por outro lado, apreender a matriz de um povo, a organização sócio geográfica, o desenho da malha urbana de épocas passadas, o conhecimento e investigação de sítios históricos ou arqueológicos, o papel do povo na salvaguarda da atribuição de nomes que a tradição consolidou. O estudo e valorização da toponímia permitem um melhor conhecimen-
6 Na Guarda vai realizar-se, a 8 de julho, a XV edição do concurso Robô Bombeiro, organizado anualmente, desde 2003, pelo Instituto Politécnico. Este concurso põe à prova pequenos robôs móveis e autónomos
com a missão de encontrar e apagar um incêndio, simulado por uma vela, num modelo de uma casa formado por corredores e quartos. Os interessados podem obter mais informações em http://robobombeiro.ipg.pt/ K
Na Enfermagem de Coimbra
Erasmus em alta
to de cada aldeia, cada vila e cada cidade”, é referido a propósito desta iniciativa. De acordo com a informação divulgada pelo Politécnico da Guarda, decorre até ao próximo dia 31 de julho o prazo
para a submissão de comunicações, através do sítio do evento na internet (https://www.ipg.pt/ toponimia). Os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição (gratuita mas obrigatória) até 16 de outubro de 2017. K
6 A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) é exemplo de boa prática a nível nacional no que toca à execução de projetos de mobilidade individual para fins de aprendizagem suportados pela União Europeia. A garantia é da Agência Nacional Erasmus + Educação e Formação (ANE+EF), tendo por base a avaliação feita aos projetos de mobilidade da ESEnfC no período compreendido entre junho de 2015 e setembro de 2016, em que tiveram experiências de trabalho noutras instituições europeias 89 estudantes, 35 docentes e 5 não docentes. O projeto da ESEnfC apresenta uma excelente execução a nível do financiamento e das mobilidades promovidas – 118 executadas com financiamento comunitário e 11 a expensas da instituição –, o que resulta numa “gestão bastante positiva”, refere o relatório da ANEEF, que foi aprovado com uma
classificação de 90 (em 100 pontos). Para Fernando Amaral, coordenador do Gabinete de Relações Nacionais e Internacionais (GRNI) da ESEnfC, “esta avaliação está em linha com o esforço que a Escola tem desenvolvido para incentivar a mobilidade internacional dos seus estudantes e com a estratégia que a equipa do GRNI tem desenvolvido no sentido de divulgar e promover as vantagens da internacionalização”. O responsável pelas Relações Internacionais, que esteve no início deste mês a apresentar a experiência da escola numa reunião de monitorização geral organizada em Lisboa, ressalta “a forma como a equipa do GRNI funciona, a relação que estabelece com os estudantes, o modo como se divulgam as atividades Erasmus, nomeadamente na semana internacional, e ainda a garantia de creditação da formação desenvolvida no exterior”. K
Programa nacional
Tecnologia no Ciência Viva
Seminário Internacional
Guarda debate saúde 6 No Instituto Politécnico da Guarda vai realizar-se, de 10 a 12 de julho de 2017, a décima terceira edição do Seminário Internacional de Educação Física, Saúde e Lazer (SIEFLAS). O tema central deste seminário, “Desafios interdisciplinares na promoção da Atividade Física”, será abordado em conferências, mesas de debate temático e pósteres por reconhecidos investigadores nacionais e internacionais. De referir que este Seminário teve o seu berço no Instituto de
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Estudos da Criança, da Universidade do Minho, em 2005, prosseguindo, nos anos seguintes, em diversas Instituições do ensino superior em Portugal, bem como na Alemanha e Brasil. Para a organização, deste ano, do SIEFLAS este evento “constituí um momento marcante da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do IPG, instituição que há 30 anos proporciona uma formação na área do Desporto”. Este Seminário é entendido como um momento de reflexão
e troca de conhecimento entre investigadores de vários países, em torno de um tema de importância crescente na sociedade atual”; por outro lado é referido que a direção Geral de Saúde criou em 2016, pela primeira vez em Portugal, um programa prioritário de promoção da atividade física que visa, além da promoção de estilos de vida saudáveis e a avaliação dos seus benefícios, formar profissionais para aconselharem e mudarem os comportamentos dos utentes. K
6 A Escola Superior de Tecnologia do IPCB será uma das entidades participantes no Programa Ciência Viva no Laboratório - Ocupação Científica de Jovens nas Férias, promovido pela Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica. Destinados a alunos do ensino secundário (10.º ao 12.º ano), a ESTCB irá realizar os
estágios “Construção e Controlo de Drones”, “Os micro computadores no nosso dia a dia: implementação de órgão eletrónico.”, “F1 Racing Project”, “Construir Robôs Móveis Inteligentes I” e “Construir Robôs Móveis Inteligentes II”. A participação nos estágios é gratuita, estando as inscrições a decorrer na página da Ciência Viva no Laboratório. K
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Eco Escolas
Moçambique
Tampinhas para a Cáritas
Brinquedos científicos premiados na EPM 6 Brinquedos científicos fabricados por alunos do terceiro ciclo foram expostos no átrio central da Escola Portuguesa de Moçambique e estiveram em competição na sua apresentação à comunidade educativa, no Auditório Carlos Paredes, no passado dia 1 de junho, Dia da Criança. Bruna Chaves (9.º E), Kevin Paresh (8.º B) e Mateus Spencer (9.º C) foram os alunos vencedores do concurso para o qual foram selecionados 20 trabalhos. Entre os critérios de avaliação dos brinquedos concebidos e produzidos pelos alunos constaram os da construção do brinquedo, os espíritos científico e
investigativo, a criatividade e o funcionamento. “Um bom trabalho não envolve, obrigatoriamente, complexidade”, referiu Sónia Pereira, professora coordenadora do projeto «Mãos na Ciência», promotor do evento em parceria com o grupo disciplinar de Físico-Química. “Tivemos, também, a colaboração dos professores de Português na componente oral para avaliarmos igualmente a capacidade de explicação científica de cada aluno”, esclareceu Sónia Pereira. K EPM _ CELP H
6 O projeto Eco Escolas, da Escola Cidade de Castelo Branco (Agrupamento Nuno Álvares) entregou, este mês, milhares de tampinhas à Cáritas Diocesana de Castelo Branco. A iniciativa coincidiu com o Dia Eco Escolas e contou com a presença do diretor do Agrupamento, António Carvalho, do vice-presidente da Câmara, Arnaldo Brás, da responsável da Cáritas, Fátima Santos, do presidente da Associação da Carapalha,
José Perquilhas, e do representante da comunicação social, João Carrega. António Carvalho e Arnaldo Brás destacaram a importância do projeto e o envolvimento dos alunos e dos pais em todo este processo que além de contribuir para a preservação do ambiente, também tem um cariz social. O projeto foi coordenado pelas docentes Manuela Costa e Gorete Melo,
envolvendo alunos, pais, docentes e representantes da comunidade. As tampinhas serão agora entregues à Cáritas, e o seu valor permitirá a aquisição de equipamentos e até óculos para pessoas carenciadas. No final da entrega, realizou-se um lanche ecológico e europeu, que contou com a contribuição da escola, dos docentes e dos pais dos alunos. K
Portugal e Espanha
Escolas em intercâmbio 6 A Escola Básica Nossa Senhora da Piedade, em Castelo Branco, recebeu , no passado dia 16 de maio, um grupo do Colégio Público Virgen de la Veja de Moraleja (Espanha) composto de 29 alunos do 4º ano, três professores e uma professora de Língua e Cultura Portuguesa. A iniciativa realizou-se no âmbito de um intercâmbio escolar entre os dois estabelecimentos de ensino. No período da manhã os alunos foram recebidos pela direção do Agrupamento, pelo presidente da Câmara, Luís Correia, e pelos alunos do 4.º ano da Escola da Senhora da Piedade, com a par-
ticularidade dos alunos do 4.º C terem feito a receção nas duas línguas. Durante a iniciativa real-
izaram-se visitas ao Centro de Interpretação Ambiental, Museu Cargaleiro, Museu Francisco Tavares Proença Júnior e
Macau
Joaquim Furtado à conversa na escola
Edição RVJ
6 O jornalista português, Joaquim Furtado, um dos mais experientes profissionais de comunicação, participou, no passado dia 10 de junho, num debate com alunos da Escola Portuguesa de Macau. A iniciativa contou também
6 O Agrupamento de Escolas de Tondela Tomaz Ribeiro acaba de lançar mais um número do seu jornal. Com edição da RVJ Editores, a publicação reúne textos de alunos e docentes e tem como manchete o Prémio
com a presença do diretor estabelecimento de ensino, Manuel Machado. No evento participaram os alunos do 10º, que tiveram oportunidade de trocar ideias e de ouvir algumas das histórias contadas por Joaquim Furtado. K
Tondela faz jornal Ciência na Escola que o Agrupamento conquistou no concurso nacional promovido pela Fundação Ilídio Pinho. Outra das notícias em destaque diz respeito ao projeto da escola desenvolvido no Erasmus +. K
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Rui Soares H
Alexandre Farto (“Vhils”), artista urbano
A arte é uma arma de intervenção social 6 Da margem sul para as ruas do mundo, “Vhils” faz arte pública e para o público a nível global, em paredes e murais, recorrendo a uma linguagem visual inconfundível. A partir de que idade ou de que obra é que teve consciência artística da dimensão do seu trabalho? Não consigo apontar uma obra específica, mas coincidiu com o meu próprio amadurecimento por volta dos 16, 17 anos, quando comecei a questionar o que eu estava a fazer na altura e aquilo que eu queria fazer no futuro. Desde os 13 anos que eu andava a pintar “graffiti” ilegal, que funciona numa lógica de círculo fechado. Simplesmente comecei a sentir necessidade de criar trabalho que comunicasse com um público mais vasto. Os anos de “graffiti” já me tinham feito entender o potencial de usar o espaço público para comunicar e interagir diretamente com as pessoas, e foi movido por esse interesse que comecei a explorar outras técnicas e suportes como o “stencil”, que me per-
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mitiram desenvolver um tipo de trabalho mais artístico e mais acessível.
próprio conceito de arte, de esbater as fronteiras entre um e o outro.
Começou com uma lata de “spray” na mão a grafitar os comboios e muros do Seixal, concelho onde nasceu, período que considera uma espécie de «escola ilegal». O que é que ficou desses tempos em termos de conceitos e técnicas? Muita coisa. As mais importantes foram o conceito de vandalismo estético e o uso de técnicas destrutivas para criar. O “graffiti” é visto essencialmente como uma atividade destrutiva, vandalística, e eu sempre achei interessante o modo como um ato criativo podia ser visto como algo belo por aqueles que o faziam mas ao mesmo tempo ser visto pelo resto da sociedade como algo destrutivo. Quando comecei explorar outras linhas de trabalho quis manter algo dessas práticas destrutivas do “graffiti” – como as ferramentas usadas para rasurar, cortar, desfigurar, gravar, e marcar superfícies urbanas – para o campo da arte. Este uso vem da vontade em querer subverter tanto o conceito de vandalismo, como o
Circulam várias petições que pedem regras mais apertadas contra as pichagens e os “graffiti”. Utilizada em locais impróprios este tipo de forma de expressão pode ser considerada vandalismo? O “graffiti” vive da impropriedade, e nesse sentido é fundamentalmente vandalismo. Pode ser mais ou menos belo, pode ser mais ou menos estético, pode ser mais ou menos artístico, mas a sua essência é precisamente essa: ilegal e vandalística. O resto, as intervenções autorizadas, os murais, a arte urbana, já não são “graffiti”. Coisa bem diferente é a arte urbana ou “urban art”. Em pouco tempo, a capital portuguesa pode rivalizar com outras cidades como, por exemplo, Berlim, entrando estas obras nos roteiros turísticos da nossa capital? Não tenho dúvidas que neste momento Lisboa já é mais procurada devido à sua oferta de arte pública do que Berlim.
O caso de Lisboa tem merecido um destaque contínuo por parte dos “media” e estudiosos internacionais, e tem gerado um interesse enorme. No entanto, é importante não esquecer que a raiz desta nova forma de arte pública é precisamente ilegal, e essa dinâmica continua a ser importante para a criação livre. O que tem acontecido é que ao longo dos últimos anos este novo ramo foi evoluindo e ganhando reconhecimento devido àquilo que consegue trazer de positivo para a cidade: a maneira como consegue contribuir para regenerar e ativar espaços degradados, a maneira como consegue fazer-nos olhar para a arte e consumi-la de outra maneira, num espaço aberto, de forma livre e direta, sem intermediários, ou a maneira como tem contribuído para gerar uma nova dinâmica e uma nova oferta cultural que tem impacto social e até retorno económico. Num mundo agitado e convulso, as suas obras são convites à contemplação e à reflexão. Considera que faz arte em estado puro? ;
Há uma procura por um certo grau de pureza nos conceitos e nos materiais, mas a intenção é desenvolver uma arte mais orgânica, mais próxima da nossa experiência da transitoriedade que nos rodeia. Não tem propriamente a ver com a procura de uma arte em estado puro. Quatro colaboradores da plataforma Underdogs, dirigida por si, responderam ao convite da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e desenharam no muro da universidade o rosto de Salgueiro Maia, um dos ícones da revolução de 25 de abril, a partir de uma foto de Alfredo Cunha. Entretanto, já esculpiu o rosto de Zeca Afonso numa escola do Seixal. Imortalizar o passado e deixar mensagens para as gerações futuras foi o objetivo? Sim, é importante reflectir sobre o passado e estabelecer ligações com o presente, mas é igualmente importante fazê-lo de forma não dogmática. Como disse o pensador espanhol Jorge Santayana, «Aqueles que esquecem o passado, estão condenados a repeti-lo.» Foi o autor de uma escultura alusiva ao 25 de abril, inaugurada no último aniversário da revolução nos jardins do palácio de S. Bento. Apesar de só ter nascido em 1987, a sua geração sofreu o impacto do 25 de abril. Que valores procurou plasmar na sua escultura? A ideia foi de criar uma peça capaz de expressar os ideais da revolução: democracia, liberdade, paz e justiça social, trabalhando com alguns dos seus símbolos mais emblemáticos. O cravo foi o elemento que me pareceu ser mais consensual, no sentido de representar o fundamento de um evento que, apesar de ter sido uma revolução política e social com algumas convulsões, foi essencialmente pacífico. Retrata também um rosto que faz referência à República e os valores da mesma, que olha simbolicamente para o futuro sem esquecer a herança do passado. A peça tenta sublinhar a importância desta estrutura que assenta na liberdade e nos ideais da revolução e a ideia que devem continuar a fazer parte da estrutura do olhar que temos para o futuro. A música foi, noutros tempos, considerada uma arma. A arte pode ser uma forma de ser iconoclasta e de intervir socialmente? Assume-se como um antisistema? Acho que tanto a música continua a ser uma arma de intervenção social, como a arte também o tem sido ao longo dos tempos. Depende tudo da intenção de quem a faz e do contexto. O meu trabalho tem por base uma reflexão com uma intenção artística, mas também social e interventiva. Desenvolve uma reflexão de natureza crítica, mas não é antisistema. Atua dentro do sistema com o interesse em convidar a uma reflexão sobre os aspectos mais negativos do mesmo, mas procura fazê-lo com base naquilo que já cá está. Procura regenerar mais do que destruir apenas por destruir. Depois dos descobridores portugueses, que deram mundos ao mundo, “Vhils” já deixou a sua marca em dezenas de locais em todo do mundo, desde a Espanha, Rússia, Hong Kong, Macau e Colômbia, só
Vhils H
para citar alguns. Sente-se um privilegiado divulgador da marca e do lastro da portugalidade? Sinto muito orgulho nas minhas raízes, mas não gosto de me rever na condição de “embaixador” da cultura portuguesa, como já vi ser referido. O meu trabalho nasceu nas ruas da margem sul e de Lisboa e tem em si uma certa portugalidade que por vezes não é aparente, mas que está lá de forma natural. Mais do que através da minha pessoa, o que levo daqui é essa dimensão presente nas ideias, no entendimento do mundo, nos conceitos que dão forma à obra. Diz-se que Portugal está na moda, não apenas no setor do turismo. O Presidente da República afirma que «quando somos muito bons, somos os melhores dos mundos». Se existe qualidade e valor, o que falta para manter constante no tempo um país confiante e sem cíclicos estados de alma? A estranha atração pelo abismo está nos nossos genes? Há certamente uma dimensão fatalista no carácter português, como nos atesta o fado, mas creio que a realidade é muito mais complexa do aquilo que consigo sintetizar numa simples resposta aqui!
Estudou em Londres por não ter conseguido entrar em Belas Artes, em Lisboa, mas regressou ao nosso país, onde se fixou, quando muitos faziam as malas e partiam. Hoje gere uma estrutura comercial (um ateliê e uma galeria) que dá sustento a 15 famílias. Sente-se realizado na perspetiva social e comunitária? Em certa medida sim, mas há ainda muito mais para fazer. O meu regresso a Portugal deveu-se ao entendimento de que já tinha ganho uma certa dimensão que me permitia fazer aquilo que faço fosse de onde fosse. Quis demonstrar que era possível fazer trabalho para um público global a partir de um país tido como periférico, uma distinção que hoje em dia já não faz sentido com as condições tecnológicas e logísticas a que temos acesso. Isso e porque sou português e, sem presunção nenhuma, quero dar algum retorno ao país que me permitiu nascer num hospital público com condições, estudar numa escola pública com condições, e tudo o mais que fez de mim aquilo que sou hoje. Que conselhos dá aos jovens que querem dar os primeiros passos nesta arte?
A CARA DA NOTÍCIA 6 Da margem sul para as ruas do mundo Alexandre Farto, conhecido urbi et orbi como “Vhils”, é um dos melhores do mundo na sua profissão com trabalhos de arte urbana, escultura e obras de intervenção desde Nova Iorque, Macau, Bogotá, Los Angeles, passando por vários países europeus. Em Portugal existem obras suas em ruas de diversas cidades, principalmente em Lisboa. A técnica que notabilizou “Vhils” consiste em criar imagens, em paredes ou murais, através da remoção de camadas de materiais de construção, criando uma imagem em negativo. Além das paredes, já aplicou a mesma técnica em madeira, metal e papel, nomeadamente em cartazes que se vão acumulando nos muros das cidades. Nasceu há 30 anos (15 de fevereiro de 1987) no Seixal, onde deu os primeiros passos “graffitando” muros de ruas e composições de comboios. Foi estudar para Londres e regressou à margem sul, onde se instalou no complexo da Quimigal, no Barreiro. Em 2015, recebeu o prémio «Personalidade do ano» atribuído pela Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal. No mesmo ano foi feito Cavaleiro da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. Em 2015, o trabalho de “Vhils” também chegou ao espaço, à Estação Espacial Internacional (EEI), no âmbito do filme “O sentido da vida”, do realizador Miguel Gonçalves Mendes. K
Não creio que haja uma fórmula mágica. Tal como em qualquer outra área, passa muito pela capacidade de promoção do trabalho, desenvolvimento de contactos, aproveitamento de oportunidades sem ter medo de avanços e recuos, estar disposto a investir, correr riscos. Acreditar naquilo que se faz, sobretudo, e ser-se honesto consigo mesmo e com o seu trabalho. Arte, cultura e educação são vértices de um triângulo que devidamente articulado é a razão de sucesso de muitas sociedades Apesar dos portugueses estarem mais recetivos e mobilizados para novas formas de comunicação e expressão, admite que o consumo e os padrões culturais são ainda muito incipientes fruto de lacunas estruturais ao nível da formação? Creio que os programas educativos e culturais não deviam estar sujeitos às flutuações do ciclo eleitoral e das intenções ideológicas de quem governa. Devia haver um consenso geral que zelasse pelo investimento contínuo nestas áreas, ao contrário dos avanços e recuos que temos observado ao longo dos últimos 40 anos. O investimento na educação e na cultura traz um enorme retorno. As indústrias culturais têm um impacto económico significativo. Mas não podemos valorizar e investir apenas na alta cultura, é preciso saber também incluir as outras, sejam culturas menores, populares, marginais, subculturas... Diz que pretende tornar visível, o invisível. Também saltou para o primeiro plano quando realizou o vídeo “Raised by wolves” dos U2 e a revista “Forbes” o considerou um dos 30 mais influentes do mundo na sua faixa etária. Aos 30 anos, tem alguma ambição secreta que possa partilhar? Se partilhar, deixa de ser secreta!
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Associação das Universidades Africanas
Orlando Quilambo eleito 6 O reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Orlando Quilambo, foi eleito, no passado dia 8 de junho, para o cargo de presidente do Conselho de Direção da Associação das Universidades Africanas (AAU), organização com mais de 350 membros. A eleição aconteceu no término da 14ª Assembleia Geral da Associação, que decorreu em Acra, capital da República do Gana. O Conselho Directivo deste órgão tem a responsabilidade de traçar estratégias que respondam aos desafios das universidades africanas, assim como discutir seus problemas. Até á data, Orlando Quilambo ocupava o cargo de vice-presidente da mesma organização. Esta é a terceira vez que a Universidade Eduardo Mondlane entra na direção da Associação das Universidades Africanas, depois de, na década de 90 , Narciso Matos ter ocupado o cargo de Secretário-Geral do órgão. Orlando António Quilambo possui experiência de gestão académica, que começa em 1988, como chefe de Departamento de Biologia e Química na Faculdade de Educação, passando mais tarde para directoradjunto da mesma Faculdade. Foi igualmente director-adjunto da ex-Faculdade de Biologia e em 1992 foi nomeado 1º Director da Faculdade de Ciências,
Moçambique
Embaixador do Brasil visita UniLurio 6 O embaixador do Brasil em Moçambique, Rodrigo Baena Soares, orientou uma palestra, no dia 29 de maio, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas na Ilha de Moçambique subordinada ao tema Brasil – Mocambique: Potencialidades de cooperação no sector turístico. A palestra foi organizada no âmbito das festividades do décimo aniversário da Universidade Lúrio, e durante a sua intervenção o diplomata recomendou a aposta no turismo cultural através da promoção de eventos que estimulem as pessoas a visitar a Ilha de Moçambique e
no atual figurino. Atualmente exerce as funções de reitor da Universidade Eduardo Mondlane, depois de ter sido vice-reitor Académico e director Cientifico da mesma. É membro de várias organizações nacionais e internacionais, investigador
e coordenador de projetos de investigação. Desde março de 2009, é Presidente da Academia de Ciências de Moçambique, a primeira academia deste género em Moçambique, tendo sido um dos impulsionadores da sua criação e instala-
UniLurio
Com Escola Superior do Bengo
Investigar na Tanzânia
UBI faz parceria 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) e a Escola Superior Pedagógica do Bengo (ESPB), de Angola, acabam de assinar um protocolo de cooperação que estabelece o início de um trabalho conjunto nos campos académico, científico e cultural. O acordo, assinado a 26 de maio, em Angola, destaca as afinidades e potencialidades de cooperação entre Angola e Portugal, uma ideia que tem sido defendida na UBI e servido de ponto de partida para as relações estabelecidas com instituições e organismos angolanos, bem como de outras nações da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa. Rubricado em Angola pelo reitor da UBI, António Fidalgo, e o diretor geral da ESPB, João Boaventura Ima Panzo, o acordo
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estabelece como principais áreas de cooperação a realização de estudos e projetos de investigação, organização conjunta de eventos científicos (seminários, conferências, colóquios e aulas abertas), bem como a disponibilização de especialistas para a realização destes ou de outro tipo de atividades. Está ainda previsto o apro-
voltarem sempre que se pensar num destino de férias. O embaixador recordou a ligação histórica e os laços profundos da relação entre estes países que assentam no investimento, na cultura e na cooperação e realçou a importância de se criar pacotes turísticos atraentes e organizados em sinergia com as diferentes instituições para devolver a importância daquele que é patrimônio mundial da humanidade. Ainda no âmbito da visita, o embaixador disponibilizou a UniLúrio algum acervo bibliográfico e filmes para os estudantes. K
veitamento de sinergias, através do intercâmbio de informações estatísticas e de outra natureza. A visita realizada por António Fidalgo a Angola incluiu encontros com o ISTM - Instituto Superior Técnico Militar, e uma visita à VI região académica, organizada pelo ISCED-Huíla e pela Universidade Mandume ya Ndemufayo. K
6 Gelica Inteca, investigadora da Faculdade de Ciências Naturais (FCN) da Universidade Lúrio, afecta ao Departamento de Ecologia Marinha, participou numa formação sobre “Bait Remote Underwater Video Survey (BRUVs)”, na cidade de Tanga, Tanzânia. A formação teve como objetivo capacitar os participantes na utilização da tecnologia de BRUVs, que consiste em estimar as populações de peixes gigantes, especialmente os tubarões. BRUVs é uma técnica usada para quantificar o tamanho, distribuição, identificação das populações de peixes, principalmente aquelas que não estão acessíveis em mergulho scuba.
Por ser importante na monitorização de peixes, esta tecnologia será de mais-valia para trabalhos futuros na FCN, no âmbito de criação de uma base de dados de distribuição, abundância de peixes ao nível da Província de Cabo Delgado. Esta formação está alinhada ao projeto Global Finprint coordenado pela CORDIO EAST AFRICA, cuja FCN faz também parte. A pesquisa centra-se em estudos de peixes de recifes de corais. Na perspectiva da investigadora, esta formação irá contribuir para o desenvolvimento de trabalhos similares em Moçambique, para além dos previstos neste projecto. K
Editorial
A Net e a educação para os valores 7 Nenhum sistema educativo, nenhuma escola, nenhum educador se pode alimentar do fracasso, pese embora grande parte das “modas” pedagógicas da última metade do século passado terem perpassado as escolas, todas elas deixando marcas e resultados nem sempre em conformidade com os esperados pelos que profissionalmente se envolveram nesses movimentos que se reclamavam da inovação e da renovação pedagógica. Referimos, por exemplo, o trabalho de projecto, os centros de interesse, o trabalho de grupo, a planificação por objectivos, a investigação-acção, as práticas reflexivas… Neste arranque do século XXI, arriscávamos a dizer que podemos detectar um novo modismo que apaixona escolas e educadores e a que os governos se colam por modernidade irrecusável: apontamos, concretamente, para o movimento de implementação das tecnologias da informação e da comunicação nos currículos escolares. No final do século passado, os educadores debateram, detalha-
damente, o papel educativo da TV na escola e junto das crianças. Após largos anos de expectativas positivas, o desencanto instalouse e os menos cépticos não têm qualquer receio de afirmar que a televisão é, hoje, apenas um transmissor de lixo mediático que nos entra pela casa dentro. Porém, as centenas de horas que os nossos jovens despendem em frente de um computador, ora para partilhar jogos, ora para navegar na Net, ora para comunicar através das redes sociais, podem também resultar num lamentável desperdício, se não forem aproveitadas como aprendizagens significativas, desde logo dentro da escola e dirigidas pelos educadores. Para que isso ocorra é necessário que os nossos professores manipulem as TIC como qualquer outro instrumento de apoio pedagógico e as escolas estejam equipadas para responder a mais este desafio da sociedade da informação e da comunicação. Porém, muitos dos nossos educadores não têm formação específica para dominar estas
novas tecnologias e, muitos outros, fizeram aprendizagens autodidactas. A generalidade dos pais permite o acesso indiscriminado à Net (curiosamente, já não tanto à TV) porque não sabem, nem imaginam o lixo que por lá circula. Inúmeros empresários e gestores da administração pública reconhecem que a introdução descontrolada das TIC levou a uma inicial quebra de produtividade nas empresas e na administração pública, dado que alguns trabalhadores desperdiçavam um significativo número de horas no Messenger, nos Blogues e nos Emails, no Facebook, no Twitter e derivados. Em muitos destes organismos, públicos e privados, a situação só foi superada após a introdução de mecanismos de controlo, restrição de muitos endereços nos servidores e aturada supervisão no local de trabalho. E o que se passa na escola e em casa? O que aprendem os jovens quando estão a navegar entre o net-lixo e o web-desperdício? Reconhecemos que as TIC
encurtam o mundo. Mas se a globalização for apenas este lixo e este desperdício, então vale a pena reler os argumentos daqueles que preferem a localização. Não vale é a pena continuar a iludir ou a ignorar estas questões. O educador não pode, nem deve ser castrador e impedir o acesso ao saber rápido e quase infinito, proporcionado pelas novas tecnologias. As TIC e a informação global por elas proporcionada são os principais argumentos de defesa da aprendizagem permanente e da formação ao longo da vida. As TIC podem, ainda, prolongar e projectar a escola para comunidades virtuais, ligando um sem número de pessoas num pensar colectivo e flexível, melhorando e aumentando o saber individual e universal. Chegará mesmo o dia em que, tal como se lançam empresas em mercados virtuais, será possível que se criem escolas virtuais, com campos digitais e o aprender ao alcance do bolso. Mas é necessário que toda esta evolução seja acompanhada de um saber pedagógico, para que não nos defrontemos com
mais uma oportunidade perdida. É necessário o permanente recurso a uma educação com e para os valores. Uma educação em que a aprendizagem de critérios de escolha anteceda a utilização indiscriminada da informação. Também, nesta matéria, o conteúdo da mensagem é bem mais importante que o canal de comunicação utilizado. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
primeira coluna
Para que lado sopra o vento 7 Portugal está a participar ativamente na elaboração do Novo Atlas Europeu do Vento, num projeto de investigação internacional que envolve outros países como a Dinamarca, Bélgica, Suécia, Espanha, Alemanha, Letónia, Turquia, Estados Unidos da América e Portugal. A Serra do Perdigão e das Talhadas, no concelho de Vila Velha de Ródão, acolhe alguns dos 300 investigadores que na Europa estudam os ventos. Manuel Heitor, Ministro da Ciência e do Ensino Superior, já classificou este projeto “único, pelas suas várias dimensões”. É este estudo que permitirá criar e melhorar modelos de circulação dos ventos, úteis para fazer face a diferentes situações como o combate a incêndios florestais,
a produção de energia eólica ou para os serviços de aviação. Em 2019 deverão conhecer-se os resultados e o Atlas Europeu do Vento será conhecido. Este é um bom exemplo de como a investigação académica pode envolver a comunidade, as autarquias (o Município de Vila Velha de Ródão disponibilizou os meios logísticos à sua concretização), os proprietários dos terrenos que os cederam para o estudo, e a indústria nas suas diferentes formas. A transferência recíproca de conhecimento determina o sucesso ou o insucesso de um projeto com esta envergadura. Por isso, a população também foi ouvida e esclarecida numa reunião com os cientistas que ali investigam.
Manuel Heitor considera aquela serra portuguesa como “um verdadeiro laboratório vivo”. Um laboratório onde a componente teórica se aplica à prática, à análise de resultados e dos dados que ali são recolhidos, cruzando-os com a história. E é assim que também se faz ciência, numa clara comunhão entre as instituições académicas e a comunidade, desmistificando a ideia de que essa coisa da investigação é lá para os cientistas. Mais do que saber para que lado sopra o vento, importa saber qual o seu modelo de comportamento no tempo, com a certeza de que o vento soprará sempre com muita ou pouca força, para Norte ou para Sul, para Este ou Oeste. Mas soprará.
E as instituições de ensino e de investigação devem ter a abertura de se juntar à comunidade, de a envolver. E a comunidade deve também ter a capacidade de perceber a sua importância. Felizmente, os exemplos desta ligação começam a aparecer mais frequentemente. Não só no vento, mas também nas pedras, como o comprova Idanha-aVelha, uma aldeia histórica que foi uma das cidades do império romano mais importantes, e que está a juntar num mesmo projeto de investigação em arqueologia a Universidade de Coimbra e a Universidade Nova de Lisboa, numa iniciativa que tem como madrinha a cantora brasileira Adriana Calcanhoto. Poderia ainda falar de outros projetos, na área dos moldes, da comunica-
ção, da neurociência que estão a envolver as comunidades e as empresas. Exemplos que demonstram que afinal a ciência é divertida, e mais divertida se torna quando os ventos, os ventos da investigação e da colaboração, sopram de feição… K João Carrega _ carrega@rvj.pt
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CRÓNICA SALAMANCA
El Espiritu de Córdoba en tiempos de selectividad 7 En el capítulo cuarto del libro de la historiadora de la educación, Adriana Puiggrós, titulado “La educación popular en América Latina”, hoy ya un libro clásico de más de treinta años de vida, que en 2016 va por la cuarta edición actualizada, se habla de “La reforma universitaria de 1918 en Córdoba (Argentina) como el primer discurso pedagógico popular latinoamericano”. Aquella reforma universitaria de hace justamente un siglo ha definido buena parte de las políticas públicas en las universidades de los paises latinoamericanos, en todo el siglo XX y en lo que va del que vivimos. Una de sus claves y elementos definitorios de aquel mítico programa universitario es el acceso libre y gratuito a la universidad, sin restricciones académicas, de todos los estudiantes que finalizan la educación secundaria, y aun sin haberla finalizado en plenitud en muchos casos. Lo cual significa que no existen pruebas de selectividad o acceso académico a las universidades públicas, ni tampoco a sus facultades. Y por otra parte, esa universidad pública es completamente gratuita para el estudiante. Un peso o un euro simbólico sería todo lo que debe aportar un alumno. Es en realidad todo lo que “paga” en su matrícula al comienzo de cada curso. Esa práctica está generalizada hoy en la mayoría de las universidades públicas de América Latina, en base al intocable principio aprobado en Córdoba (Argentina)
en 1918 después de la actuación firme de un movimiento estudiantil muy reivindicativo, en total rebeldía frente al modelo de la universidad elitista, al servicio de las minorías, que había prevalecido en todo el mapa universitario americano posterior a la emancipación de la colonia española desde las primeras décadas del siglo XIX hasta aquella fecha de inicios del siglo XX. Alguna de las consecuencias que ese acceso libre del estudiante genera es que los primeros cursos de las universidades públicas latinoamericanas aparecen completamente masificados y saturados (también porque no se invierte en mayor número de profesores, y organizando varios grupos de alumnos), la enseñanza forzosamente es de baja calidad, y los indicadores de fracaso durante el primer año de carrera son muy elevados entre los estudiantes. Aunque el principio de referencia de 1918 no suele cuestionarse, sí es cierto que se elevan voces de muchos profesores sobre el sin sentido de tal forma de hacer universidad, y lo urgente que es encontrar otras salidas, otras soluciones. Muchos hablan de implantar algún tipo de selección académica, nunca económica, de los jóvenes que finalizan la educación secundaria. Habría que primar en la selección los méritos académicos de los estudiantes, y no penalizar las situaciones económicas de sus familias. En todo caso, establecer correctas políticas de atención social y becas de ayuda al estudio.
Este es un asunto sin duda llamativo entre nosotros, para padres y adolescentes, en días en que precisamente se llevan a cabo entre nosotros los procesos de selectividad, de las pruebas de acceso a la universidad, que algunos quieren eliminar desde actitudes claramente populistas, o curiosamente desde el mercantilismo voraz de algunas universidades privadas, pero que entre los responsables universitarios de las universidades públicas no encuentran eco. Las pruebas de acceso a las universidades nunca deben concebirse como una barrera establecida, como un obstáculo arbitrario o interesado para impedir que la mayoría de los estudiantes pueda acceder a los estudios superiores. Así venía a ser el viejo modelo del curso preuniversitario, anterior entre nosotros a la LGE de 1970, más la prueba, ciertamente rigurosa. Pero la lógica de establecer un control académico razonable para comprobar los mínimos exigibles para el acceso a una carrera universitaria encuentra defensores en la mayoría de profesores y responsables de la gestión académica. Va en ello el éxito posterior de los estudiantes, y la mejora indudable de la calidad de la docencia impartida en una determinada titulación universitaria. Ahí también conviene escuchar a los profesores que imparten docencia en los primeros cursos de carrera, con experiencia suficiente para encontrar fórmulas honestas y razonables de atención docente
Apresentação do livro
“ESCOLA: UMA TRIBO GLOBAL” da autoria do Professor Doutor João Ruivo
Apresentação a cargo do presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos Professor Doutor Nuno Mangas
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt
adecuada a sus estudiantes. Otro tema técnico diferente es encontrar el sistema y el tipo de pruebas concretas de selectividad para que no primen los memorismos, y para que se contemple la evaluación de conjunto del estudiante con las calificaciones obtenidas en la educción secundaria. Pero aquí se impone la voz de la experiencia, pues es un tema hoy técnicamente bien resuelto por las universidades. En consecuencia, aquel viejo espíritu de la Córdoba argentina de hace un siglo, generalizado a toda América Latina, tal vez debiera encontrar algunas vías de mejora para que, sin perder la esencia de lo que representó un indudable triunfo social para todos los sectores populares en su acceso a la universidad, pudiera mejorar de forma real la calidad de la oferta de estudios en los primeros cursos universitarios. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias
Dia 29 de Junho 17H30 Foyer do Cine Teatro Avenida Castelo Branco
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Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
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Apoio a atletas retirados
FMH lança projeto Champ4Life 6 A Faculdade de Motricidade Humana lançou a 7 de junho o projeto Champ4Life, direcionado a atletas retirados da carreira desportiva, que atualmente se encontrem inativos e com excesso de peso ou obesidade. O programa envolve apoio nutricional e de atividade física e a frequência de 12 sessões educacionais (uma sessão por semana, em período pós-laboral, durante três meses) sobre tópicos no âmbito da gestão e controlo do peso. Estas sessões são relevantes para que sejam realizadas alterações sustentáveis no estilo de vida, nomeadamente no que respeita ao comportamento alimentar e ao aumento da atividade física. Analiza Silva, responsável pelo projeto Champ4Life, refere que “vão ser disponibilizadas várias ferramentas para auxiliar os atletas na fase pós-carreira, de forma a incluírem mais atividade física e exercício, reduzirem o comportamento sedentário e a adotarem escolhas alimentares saudáveis no estilo de vida. Desta forma, Publicidade
o projeto, para além de incluir uma componente de investigação marcada, pretende constituir-se como um projeto comunitário de apoio à pós-carreira”. O ex-futebolista internacional Jorge Andrade e o medalhado olímpico Nuno Delgado são os embaixadores do projeto Champ4Life, que conta já com o apoio e parceria do Comité Olímpico de Portugal, do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, do Instituto Português do Desporto e da Juventude, da Associação de Atletas Olímpicos de Portugal, da Federação Portuguesa de Natação, da Federação Portuguesa de Judo e de outras entidades intervenientes e com papel de destaque no sector desportivo. K
Colaboração a nível académico e científico
Universidade Aberta assina com Timor-Leste 6 A Universidade Aberta (UAb) acaba de assinar um protocolo de cooperação com o Ministério da Educação da República Democrática de Timor-Leste, que visa contribuir para o aumento do acesso a formação de nível superior no território insular e consequente qualificação do capital humano timorense. O acordo, assinado a 30 de maio, visa o estreitamento das relações de cooperação e intercâmbio entre as entidades, de modo a que ambas possam beneficiar de ações de colaboração nos domínios de atividade a que se dedicam, nomeadamente o desenvolvimento da modalidade de ensino à distância em Timor-Leste. Paulo Dias, reitor da Universidade Aberta, refere que “a assinatura deste acordo demonstra a importância da UAb na sua interação com países de língua
oficial portuguesa e é o espelho de que a educação poderá ser flexível e democrática, por desfazer distâncias e criar novas proximidades”. Este acordo procura ainda desenvolver ações de colaboração que promovam políticas e projetos específicos nos domínios das metodologias de ensino à distância e e-learning, permitindo o acesso do Ministério da Educação de Timor-Leste e das instituições educativas sediadas na região a programas formativos e académicos da UAb. Abel Ximenes, vice-presidente do Ministério da Educação de Timor-Leste sublinha que “este é um passo bastante positivo no investimento dos recursos humanos do país e que esta parceria de excelência reforça a Língua Portuguesa como língua de ensino em Timor-Leste”. K
IPAM analisa compra de produtos para bebés
Qualidade à frente do preço 6 Um estudo do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM) que analisou os hábitos de consumo da população relativamente a roupa/calçado para bebés e biberons concluiu que a maioria dos portugueses valoriza a qualidade (73,81%) na compra de um produto para bebé (entre os 0 meses e os três anos), em detrimento do preço (11,90%), da durabilidade (7,14%) e do design (4,29%). Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de descobrir se na compra de produtos para bebé a qualidade constitui um fator decisivo, sobretudo em contextos socioeconómicos menos favoráveis, relacionados com a diminuição do orçamento familiar. Os dados apurados pelo IPAM permitem confirmar a importância da qualidade e ainda aferir, no que diz respeito ao valor da despesa, que a maioria dos
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portugueses gasta o máximo de 10 e 30 euros mensais no consumo de roupa, calçado ou biberons. Apenas cerca de 15% dos consumidores destes artigos despende um valor mensal superior a 60 euros. Entre roupa, calçado e biberons para bebés, os portugueses compram com maior frequência a roupa (40,13%), seguindo-se o calçado (24,56%) e, por último, os biberons (14,04%). Para a professora do IPAM e coordenadora deste projeto, Marta Bicho, “o desenvolvimento deste estudo foi importante para caracterizar o consumidor português em relação a produtos infantis e realçar que, apesar da adaptação do seu comportamento a situações de crise, as exigências de atributos como a qualidade e o conforto continuam a ser valorizados por esta população em detrimento de fatores económicos”. K
Situado na Aldeia Histórica de Monsanto, o GeoHotel Escola é um hotel contemporâneo e inserido numa paisagem natural única, rodeado de património geomorfológico que conta uma história com mais de 600 milhões de anos.
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Câmara Municipal de Idanha-a-Nova www.cm-idanhanova.pt Instituto Politécnico de Castelo Branco www.ipcb.pt
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Apresentação dia 29
Escola: uma tribo global 6 O livro Escola: Uma Tribo Global, da autoria de João Ruivo, diretor fundador do Ensino Magazine, vai ser apresentado em Castelo Branco, no próximo dia 29 de junho, pelas 17H30, no Foyer do Cine Teatro Avenida. O livro vai ser apresentado pelo presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Nuno Mangas. Esta nova obra de João Ruivo inclui um conjunto de artigos e
reflexões de um dos mais prestigiados investigadores de educação em Portugal. A cerimónia tem entrada livre. A edição é da RVJ Editores. K
dias 29 e 30 de junho
Feira Social In com inovação 6 Associação Amato Lusitano, em parceria com a Câmara de Castelo Branco, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Instituto Politécnico de Castelo Branco, Centro de Empresas Inovadoras, Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa (ACICB), Segurança Social, e Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), promovem nos dias 29 e 30 de junho, a segunda edição da Feira Social IN. O certame de economia social
da região de Castelo Branco vai ser inaugurado pelo Ministro da Segurança Social, Vieira da Silva. A feira integra uma mostra de instituições que têm envolvimento social, seminários, o Concurso de Ideias Social IN, além de uma apresentação das instituições de âmbito social. A apresentação do evento foi feita em conferência de imprensa, onde o autarca Luís Correia sublinhou a importância do mesmo, destacando o “caminho que está
a ser feito entre a Câmara e as instituições do concelho. Com elas podemos fazer um apoio permanente a quem mais precisa”. O concurso de ideias Social In é um dos momentos altos da iniciativa, como referiu Christelle Domingos, da Amato Lusitano. Os dois principais classificados receberão um prémio do Centro de Empresas Inovadoras, enquanto o terceiro receberá, por parte da ACICB. apoio na constituição da empresa ou do estabelecimento. K
Literatura
Biblioteca de Ródão na feira de Madrid
Edição RVJ Editores
Voo das Pedras 6 “O Incorruptível voo das pedras” é o novo livro do poeta albicastrense, João de Sousa Teixeira. A obra reúne um conjunto de poemas do autor e foi apresentada recentemente em Castelo Branco, numa cerimónia em que além de João de Sousa Teixeira, participa-
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ram o presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, Jorge Neves, a docente Ana Maria Leitão, que apresentou a obra, o editor, João Carrega, e muitos amigos. Com a chancela da RVJ Editores, a obra teve o alto patrocínio da Freguesia de Castelo Branco. K
6 A Biblioteca Municipal José Baptista Martins participou, no dia 2 de junho, na Feira do Livro de Madrid, sendo a única biblioteca portuguesa a marcar presença no evento, informou o Município em nota enviada à imprensa. No mesmo comunicado é referido que “a participação da Biblioteca de Vila Velha de Ródão naquela que é uma das maiores iniciativas literárias realizadas em Espanha, resulta do convite da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas”. A Biblioteca esteve representada, através da sua bibliotecária, Graça Batista, que participou numa mesa redonda sobre projetos de promoção da leitura em
Portugal e em Espanha ocorrida no pavilhão de Portugal, País convidado desta edição da Feira do Livro de Madrid. Durante o debate, Graça Batista teve ocasião de apresentar o encontro literário “Poesia, Um Dia”, que este ano decorrerá de 16 a 23 de setembro. O dinamismo da Biblioteca foi também evidenciado através da apresentação dos seus clubes de leitura. De salientar que a Biblioteca Municipal de Ródão foi a única biblioteca portuguesa a marcar presença no vasto programa do pavilhão de Portugal, que incluiu cerca de uma centena de iniciativas organizadas pela embaixada do nosso País em Espanha. K
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gente e livros
Fernando Namora 7 Fernando Gonçalves Namora (1919 - 1989) foi um reconhecido escritor português, natural de Condeixa-a-Nova. É um dos autores do país mais traduzidos em todo o mundo. Nasceu em Condeixa a 15 de abril de 1919, filho de António Mendes Namora e de Albertina Augusta Gonçalves Namora, ambos oriundos de famílias de camponeses da aldeia de Vale Florido, do concelho de Ansião. Posteriormente, os pais abandonaram a agricultura e abriram um comércio em Condeixa. Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra, Fernando Namora exerceu na sua terra natal e nas regiões da Beira Baixa e Alentejo, em locais como Monsanto, Tinalhas e Pavia, até se instalar em Lisboa. O seu volume de estreia foi «Relevos» (1938), livro de poesia onde se notam as influências do grupo da Presença. No mesmo ano, publicou o romance «As Sete Partidas do Mundo», com o qual vence o Prémio Almeida Garrett.
Observatório da Língua Portuguesa H
De acordo com o portal Vidas Lusófona, “em 1941, juntamente com outros com-
panheiros, Fernando Namora concretiza a ideia do «Novo Cancioneiro», que assinala o
advento do neo-realismo, demarcando uma viragem na literatura portuguesa. É um livro seu, «Terra», que dá início a essa nova coleção poética”. A sua obra desenvolve-se ao longo de cinco décadas, marcada pelo amadurecimento estético do neo-realismo, uma linguagem de grande carga poética e por aspetos de picaresco, observações naturalistas e algum existencialismo. Entre os títulos que publicou encontram-se livros de prosa como «Retalhos da Vida de um Médico» (1949 e 1963), «O Trigo e o Joio» (1954), «Domingo à Tarde» (1961, Prémio José Lins do Rego), poesia (reunida na antologia «As Frias Madrugadas», 1959), e ainda volumes de memórias como «Diálogo em Setembro» (1966) e «A Nave de Pedra» (1975). Os romances «Domingo à Tarde» e «O Trigo e o Joio» foram adaptados ao cinema. O livro «Retalhos da Vida de um Médico» foi adaptado ao cinema e à televisão. Tiago Carvalho _
Novidades literárias 7 D.QUIXOTE. Debaixo da Pele, de David Machado. Autor de «Índice Médio de Felicidade”, que conquistou o Prémio da União Europeia para a Literatura, o português David Machado regressa com «Debaixo da Pele». É um romance fascinante e profundamente atual, que acompanha os momentos cruciais das vidas de Júlia e Catarina. As protagonistas conhecem-se enquanto vizinhas nos anos noventa, com 19 anos e 4 ou 5 anos, respetivamente, quando Júlia decide salvar a criança das discussões violentas dos pais. Ao longo de mais de
trinta anos, as suas histórias ora se entretecem, ora se afastam.
FCA. Internet das Coisas - Introdução Prática, de Pedro Coelho. Desde há muitos anos que se imaginam e implementam soluções baseadas na ligação de dispositivos à Internet, muito para além dos tradicionais computadores. O que antes era apenas um conceito hoje é uma realidade em concretização, com muitos meios, pessoas e ideias envolvidos: a Internet das Coisas (IoT) chegou e veio para tomar conta do nosso dia-a-dia.
GUERRA & PAZ. Irmãos Sem Ciúmes, de Adele Faber e Elaine Mazlish. Com base nas experiências familiares e nas centenas de workshops que organizaram, as autoras bestseller Adele Faber e Elaine Mazlish desenvolveram ferramentas simples mas surpreendentemente eficazes para reduzir os conflitos e incentivar a cooperação entre irmãos. Através de diálogos expressivos e deliciosas tiras de banda desenhada de apoio, mostram como lidar com diferentes situações, desde ajudar as crianças a exprimirem os seus sentimentos a diminuir as disputas e motivar os irmãos conflituosos para que
trabalhem nas suas próprias soluções.
CASA DAS LETRAS. Seja Feita a Tua Vontade, de Paulo M. Morais. Um médico octogenário, cansado de lutar contra os bichos que imagina devorarem-lhe o corpo, decide que não quer continuar a viver. Metódico e informado, prepara a sua morte: ocupa um quarto da casa, comunica à família as suas intenções e deixa, pura e simplesmente, de se alimentar. Mas eis que, numa reviravolta completamente inesperada, o médico acorda um dia com uma súbita vontade de viver. K
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pela objetiva de j. vasco
press das coisas Drone DJI Spark 3 A DJI acaba de apresentar um novo drone que é o mais pequeno e leve produzido pela marca chinesa. A curiosidade é ser possível controlar o Spark através de gestos feitos com as suas próprias mãos. Assim, pode lançá-lo automaticamente a partir da palma da mão e controlá-lo em função de gestos predefinidos – há um para captar selfies automaticamente, por exemplo. Preço: 599,99 euros. K
JOÃO GIL «João Gil Por ...»
Soy Loco por Ti, America 3 No ano em que Lisboa é a Capital Ibero-americana de Cultura, as festas da cidade convidaram para o festival ‘Soy Loco por Ti, America’ que decorreu nos Jardins do Palácio Pimenta do Museu de Lisboa, literatura, gastronomia e música do Perú, Cuba, Argentina e Brasil. No primeiro dia cantou e encantou Susa Baca, do Peru, uma diva da música Latino-Americana. Susana Bacaé, ex-Ministra da Cultura do Perú e vencedora de 2 Grammys K
3 Ana Bacalhau, Carlão, Carlos do Carmo, Carminho, Jorge Palma, Márcia, Luísa Sobral, Miguel Araújo, Tiago Bettencourt, Pedro Abrunhosa, Raquel Tavares e Rui Veloso, são alguns dos nomes que João Gil convidou para interpretar 28 temas da sua autoria – entre inéditos e canções que fazem parte do imaginário musical de todos os portugueses. «Saudade», «125 Azul», «Loucos de Lisboa», «Timor», «Postal dos Correios», «Solta-se o beijo» ou «Perdidamente», ganham uma outra vida na voz dos convidados com novos e surpreendentes arranjos pela mão do seu compositor, João Gil. K
Prazeres da boa mesa
Bolo Rico e Húmido de Queijo, Crocante de Salsifis e Sorbet de Framboesa 3Ingredientes p/ o Bolo Rico (25 pax): - 21 Claras - 21 Gemas - 450g de Açúcar - 1,5Kg de Fromage Blanc - 150g de Manteiga Derretida - 3 C. S de Amido de Milho - 3 C. S. de Farinha Preparação do Bolo Rico: Juntar as gemas com o açúcar. Misturar o fromage blanc e as farinhas. Bater as claras em castelo e envolver no aparelho anterior. Por fim adicionar a manteiga. Levar ao forno a cozer a 180ºC, até ficar dourado. Ingredientes p/ o C. de Salsifis (25 pax): - 1 Salsifis - Q.B. Óleo para fritar Preparação do Crocante de Salsifis: Laminar o salsifis com a pele
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- 50g de Manteiga - 1 Laranja - 750 ml de Vinho Monte Mayor Preparação Coulis de N. de Baco: Reduzir o Monte Mayor com a manteiga, adicionar o sumo da laranja. Juntar o açúcar, o Grand Marnier e a pimenta preta esmagada e peneirada. Reduzir até atingir a consistência desejada. Empratamento: Cortar o bolo em fatia e dispor no centro do prato. Fazer um cordão de coulis de vinho tinto em redor, colocar uma bola de bem lavada. Fritar até ficar dourado. Ingred. Coulis de N. de Baco (25 pax): - 1 Dl de Grand Marnier - 1 C. Chá de Pimenta Preta em Grão - 100g Açúcar
sorbet de framboesa (HäagenDazs), espetar os crocantes de salsifis e guarnecer com mirtilos, framboesas e groselhas. K Mário Rui Ramos _ (Chef Executivo )
Bocas do Galinheiro
Mulher(es) maravilha
www.imdb.com/title/tt0451279/mediaviewer/rm336073984 H
a William Moulton Marston, psicólogo e guionista, os desenhos originais são de Harry G. Peter, cuja interpretação ficou a cargo da israelita Gal Gadot, bailarina, modelo e actriz, a
quem não faltam atributos para estar à altura do modelo criado por Peter e encarnado por Lynda Carter (já dissemos que a versão de Cathy Lee Crosby foi para esquecer), nesta super
heroína que mais não seria que a versão feminina de Superman, nesta primeira versão para o grande écran realizada por Patty Jenkins, directora que lembramos de Monster (2003), filme protagonizado por Charlize Theron, Oscar na altura, e que até a este Wonder Woman se dedicou à televisão em séries como Entourage ou The Killing. Ambientado agora na Primeira Guerra Mundial, este Mulher Maravilha tem em Chris Pine o intérprete do aviador Steve Trevor, neste filme essencialmente de aventura e de acção. A vida das super heroínas não tem sido fácil quer no cinema, quer na televisão. Para além da primeira tentativa de Wonder Woman, de 1974, em 2001 a DC Entertainement e a Warner Bros. Television avançaram com um piloto protagonizado por Adrianne Palicki, realizado por Jeffrey Reiner, para uma nova série televisiva. Não passou daí. Talvez Palicki, que se pode ver em filmes como Legião (2010), Amanhecer Violento (2012) ou G.I. Joe: Retaliação (2013),fosse uma Diana à altura, mas nunca o saberemos. Mas quem não recorda a “Catwoman”, de Halle Berry (muito mau) ou MicheL Pfeiiffer? Ou, noutro patamar, as diversas mutantes da saga “X-Men”, desde a Storm de Halle Berry, à Rogue de Anna Paquin e a Mística, interpretada por Rebecca Romijn, todas elas com papéis poderosos. Ou, aquela que poderá ser a concorrente número um da Wonder Woman, a Supergirl, a prima do Super-Homem, nem mais, interpretada por Helen Slater no filme de qualidade duvidosa realizado por Jeannot Szwarc, no ano de 1984, que passou a série em 2015 com Melissa Benoist no papel de Kara, a prima do Super Homem. Podiamos ir para o universo Marvel onde há mais uma mão cheia de heroínas, como a Black Widow de Scarlett Johanson em Capitão América, ou a Jessica Jones, de Krysten Ritter na série homónima, a Scarlet Witch de Elizabeth Olsen dos Vingadores: A Era de Ultrón, de 2015, dirigido por Joss Whedon, ou a Gamora de Zoe Saldana dos Guardiães da Galáxia, já em terceira entrega. Queríamos mas não podemos voltar a cada uma delas. Fica o apontamento. Até à próxima e bons filmes! K
Luís Dinis da Rosa _ Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _
7 A DC Comics volta ao ataque. A icónica editora americana, responsável por títulos que arrasaram no cinema, como Super-Homem e Batman, e não era preciso escrever mais nada para ficarmos cientes da grandeza deste universo, traz-nos agora uma nova versão, se é que assim podemos dizer, e já explicamos porquê, de “Wonder Woman”, ou Mulher-Maravilha. Baseado num comic de William Moulton Marston, de 1941, Wonder Woman teve uma primeira adaptação para televisão em 1974 protagonizada por Cathy Lee Crosby. Dirigida por Vinvent McEveety, um realizador quase totalmente virado para a televisão, tanto em séries como em telefilmes, tem uma mão cheia de longas-metragens no currículo, a maioria westerns e dois da série Herbie, o célebre carocha que encantou gerações nos anos setenta, esta adaptação não foi bem sucedida, não só porque se afastava da matriz da banda desenhada, mas essencialmente porque a protagonista não convenceu. O mesmo não se passou com a séria televisiva estreada em 1975 e que, como se diz hoje, rapidamente se tornou viral e um marco nas séries da altura, durou até 1979, Portugal incluído. Protagonizada por Linda Carter a série, inicia-se quando o avião pilotado pelo major Steve Trevor, em plena II Guerra Mundial, se despenha perto da Paradise Island, uma ilha perdida e sem contactos com o mundo exterior, onde vivem as eternamente jovens Amazonas, onde é salvo pela princesa Diana que vai usar os seus poderes contra os nazis. Acabada a guerra, trinta anos depois encontra o filho do major e resolve voltar para continuar a ajudar a humanidade na luta contra o mal. Very typical. Na versão agora estreada, apresentada como “antes de ser a Mulher-Maravilha, era Diana, a princesa das Amazonas, criada numa ilha paradisíaca e protegida do mundo exterior, treinada para ser uma guerreira invencível. Quando um piloto americano se despenha ao largo da ilha e fala do enorme conflito que assola o mundo, Diana decide deixar a sua casa, convencida de que pode parar essa ameaça. A combater ao lado dos homens numa guerra para acabar com todas as guerras, Diana irá descobrir a capacidade máxima dos seus poderes e o seu verdadeiro destino”, em que as suas pulseiras que repelem todas as ameaças e o seu laço da verdade, arma inspirada no detector de mentiras cuja invenção se atribui
JUNHO 2017 /// 029
Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal
“Dever de Memória: Património e Turismo Sustentável” 7 O projeto UNESCO do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal, deste ano letivo, traçou, mais uma vez, vários objetivos, com destaque para a sensibilização da comunidade em relação à acessibilidade universal do turismo para todos, para o respeito e dignidade das pessoas com depressão e outras doenças do foro mental, assim como o desenvolvimento de hábitos/rotinas de respeito pelo Património Edificado e pela Natureza, sem se desviar do fio condutor traçado – o holocausto, os direitos humanos e o reconhecimento do ato heróico de Aristides de Sousa Mendes no âmbito do projeto mais amplo, planeado para o biénio 2015/17, “Refugiados e heróis do passado e do presente”. Desde o início, temos vindo a mobilizar a comunidade educativa, envolvendo as várias áreas disciplinares, os vários níveis de ensino, as famílias dos alunos, sempre numa perspetiva de Escola como pólo cultural. A equipa dinamizadora decidiu, por isso, (re)centrar o desenvolvimento das atividades no e para o concelho. Assim, a Caminhada pelo Circuito Pré-histórico Fiais Azenha, promovida interdisciplinarmente, e em que participaram os alunos do Secundário, a evocar o Dia Mundial da Saúde Mental, o workshop subordinado ao tema “Museu Aristides de Sousa Mendes – perspetivas de animação educativa”, a I Edição da Feira “RecriAr-te – do Pobre se faz Nobre”, no sentido de promover a sustentabilidade financeira, entre outras, visavam esse propósito. O trabalho em sala de aula continuou a reger-se no pressuposto de boas práticas educativas, numa linha de cooperação entre estruturas internas, como diferentes grupos disciplinares, biblioteca escolar, direção, e da visibilidade do trabalho realizado pelos alunos, no contexto das efemérides a assinalar e dos grandes pilares do projeto – o holocausto, os direitos humanos e a reabilitação de Aristides
de Sousa Mendes – culminando em exposições de trabalhos, sobretudo de expressão artística, visionamento de vídeos e debates, além da dinâmica de grupos e de interação entre alunos dos diferentes níveis de ensino. O alargamento do trabalho de parceria, com entidades externas à Escola, tem sido outra das prioridades do projeto. Este ano alargámos a rede de parcerias ao Núcleo Concelhio da Liga Portuguesa Contra o Cancro, à Fundação Aristides de Sousa Mendes e à congénere norte-americana SMF, à Contracanto Associação Cultural, à Empresa Amor Luso, que desenvolve um trabalho de valorização do património natural em ligação com a cultura e tradições
UMA IMAGEM POR MÊS
Fomos às Festas 3 No mês de junho, a cidade de Lisboa transforma-se numa grande festa para celebrar o santo favorito de todos os lisboetas Santo António. As festas são os momentos mais esperados pelos lisboetas, aonde se celebra as músicas e as marchas populares de todos os bairros de Lisboa. Lisboa é, em 2017, a Capital Ibero-americana da Cultura e, por essa razão, este ano o desafio passa por procurar “potenciar cruzamentos e descobertas mútuas, cujos efeitos sejam visíveis para lá do período delimitado no calendário”. Na abertura a Orquestra Geração, apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa, com a participação da fadista Joana Amendoeira. K
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portuguesas, além do reforço da parceria com o Museu Manuel Soares de Albergaria e a Câmara Municipal. Levámos mais longe o nome do Agrupamento como Escola UNESCO, acolhemos um grupo de escuteiros judeus franceses (ECLAIREUSES ECLAIREURS ISRAÉLITES DE FRANCE), que se deslocaram a Cabanas de Viriato para homenagear Sousa Mendes, atividade que se traduziu na satisfação do grupo, pois considerou muito caloroso o acolhimento, como é apanágio das gentes da Beira, e numa vivência memorável para todos os envolvidos, principalmente os estudantes. A condecoração, a título póstumo, de Aristides de Sousa Mendes, com a Grã-
Cruz da Ordem da Liberdade, pelo Senhor Presidente da República, junto da Casa do Passal, residência deste humanista, em Cabanas de Viriato, foi um momento que nos encheu de orgulho, galvanizando a colaboração da Escola neste nobre evento. A “Associação Ar Evento”, do Porto e colegas de Lisboa, ligadas à causa, solicitaram o nosso apoio para se associarem, com elementos ilustrativos dos valores defendidos pelo cônsul (como papagaios de papel e o livro da liberdade), que materializámos com a presença de alunos da Escola Básica Aristides de Sousa Mendes, da qual aquela figura é patrono, e através da decoração do espaço do almoço, o Centro Social Professora Elisa de Barros, naquela vila. Aproveitámos para divulgar o projeto, agraciando o Senhor Presidente da República com ofertas emblemáticas do projeto e um quadro de Aristides de Sousa Mendes, denominado “A VIDA na tua MÃO”, da artista, e membro da equipa UNESCO, Josefa Reis. Honrosa foi, igualmente, a colaboração com a Contracanto Associação Cultural, que levou à cena “Aristides – O Musical” com um excelente elenco e qualidade que muito dignamente contribuiu para o objetivo que perseguimos. Esta colaboração foi concretizada na edição dos passaportes, que os figurantes (refugiados) detinham na sua mão, na peça, ao rogarem o visto ao Cônsul Sousa Mendes, em Bordéus, e da folha de sala, também com o formato de passaporte, ambos da autoria de Josefa Reis, elemento que já se tornou emblemático, como certificado de presença do projeto no acolhimento de grupos visitantes à Casa do Passal, futuro Museu da Consciência. Mais informação: Blog: http://deverdememoria.blogspot.pt/; página do facebook: DEVER de MEMÓRIA-Projeto UNESCO AECS. K Fátima Claudino _ Comissão Nacional da UNESCO
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