Ensino Magazine Edição nº 253

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ENSINO SUPERIOR PÚBLICO

POLITÉCNICO DE SETÚBAL Juntos fazemos o amanhã

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Cursos Técnicos Superiores Profissionais Licenciaturas Pós-Graduações Mestrados Estudios de Grado y Máster en Portugal março 2019 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XXII K No253 Assinatura anual: 15 euros

ensino jovem universidades

“Violência doméstica é um crime de poder”

Évora dá Honoris Causa P5e7

politécnicos

Leiria desafia empresários Setúbal assina com Japão IPGuarda e Altice juntos Adriano Moreira distinguido C

Distribuição Gratuita

Carlos Anjos, ex-inspetor da pj e presidente da comissão de proteção às Vitimas

UBI ganha prémio C

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P 15, 18, 17 e 19

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Tiago Miranda venceu o festival da canção

DIOGO PIÇARRA

EMBAIXADOR IPBEJA / 5 DE ABRIL / 14H SESSÃO DE AUTÓGRAFOS

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Conan Osíris da Esart para a Eurovisão

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Cedida pelo IPCB H


Carlos Anjos, presidente da Comissão de Proteção às Vítimas de Crimes

«Uma política de cidadania começa no jardim de infância» 6 A cada 20 minutos há uma queixa de violência doméstica em Portugal. Para mudar o paradigma, Carlos Anjos defende penas mais duras para os agressores e um forte inPublicidade

vestimento numa educação para a cidadania. Preside, desde 2011, à comissão de proteção às vítimas de crimes e violência doméstica. Quais são as

atribuições deste organismo? Esta comissão existe em todos os países da União Europeia, por ter sido idealizada pelo Conselho da Europa. Os leito-

res já ouviram, certamente falar, aquando da leitura de um acórdão em que o condenado é obrigado a pagar uma indemnização de determinado montante à vítima. Acontece que na

esmagadora maioria dos casos o criminoso, por não ter dinheiro para pagar, as indemnizações ficam por liquidar. É aqui que entra a comissão. Que apoio é dado, por exemplo, a uma vítima de violência doméstica? A comissão foi originalmente criada para dar resposta às vítimas de crimes. Posteriormente, surgiu um outro diploma que deu competências a esta comissão para apoiar as vítimas de violência doméstica que queriam sair de casa e não tinham capacidade económica para tal. O apoio pode ser mensal – por um período até seis meses – que pode ir até ao salário mínimo nacional, prorrogado por mais seis meses. Na prática, o Estado paga às vítimas de violência doméstica que não tenham rendimentos um salário mínimo nacional para que elas se consigam reorganizar, reinserir-se no mercado de trabalho e, de alguma forma, conseguir ter uma capacidade vivencial e social maior. Que casos mais dramáticos chegam até à comissão? Chegam as vítimas mais fragilizadas da violência doméstica, nomeadamente as institucionalizadas em casas-abrigo ou que não têm qualquer capacidade económico-financeira, etc. No que diz respeito aos crimes violentos somos confrontados com situações em que as vítimas não encontraram reparação económica da parte dos agressores. Nós temos um particular cuidado com os chamados «filhos da violência doméstica», em que a mãe ou o pai morre e o outro vai para a cadeia. Nesse dia a criança fica órfã de pai e mãe. O caso do filho de Luís e Rosa Grilo é um exemplo… Não completamente, porque o jovem tem família e vai herdar cerca

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de meio milhão de euros. Mas a esmagadora maioria dos casos em Portugal não é assim. Os miúdos ficam numa completa desproteção e os casos mais graves, quando os tutores acolhem as crianças, recebem uma compensação financeira por parte da comissão para suprir as dificuldades. O tema da violência doméstica está na ordem do dia. Só nos primeiros dois meses do ano foram assassinadas 10 mulheres. O que está na base deste flagelo? A violência doméstica é um crime de poder. As relações entre pessoas são sempre de poder, em que um dos membros do casal tenta ser o líder. Ter ascendente sobre o outro. Mas é preciso afirmar que este não é um problema só português, ele existe à escala mundial. A estatística sobre os dados de violência doméstica nos países do norte da Europa são ainda mais dramáticas do que em Portugal. Nos países nórdicos regista-se uma supremacia dos casos de violência psicológica sobre os casos de violência física. No sul da Europa, pela forma de estar que carateriza os latinos, a violência tende a ser mais física. A que se deve essa manifestação distinta de violência? Creio que tem a ver com a educação, ou melhor dizendo, a má educação que tivemos. Eu costumo dizer que é um problema da moral judaico-cristã, porque o género não era paritário. Os homens e as mulheres tinham direitos diferentes, pelo menos na prática. E isso transportouse para a vida comum. Mas devo confessar que não estou nada otimista com os números divulgados. A estatística de violência no namoro já supera os registos nas relações entre adultos. Um inquérito recente da Universidade do Minho, feito a jovens universitários, dizia que 70 por ;


; cento dos jovens considerava normal a agressão entre si. É uma conclusão que não augura nada de bom. Defende uma legislação mais dura? Vamos a casos práticos usando o Direito Penal. Se eu assaltar um supermercado, roubar uns chocolates, apontar uma pistola à funcionária da caixa e tirar-lhe 15 ou 20 euros, eu cometo um crime de roubo. Em tese posso ser punido até 16 anos de prisão. Mas se eu violar uma mulher sou punido, no máximo, até 10 anos. Tirando o homicídio, que tem a pena máxima de 25 anos, nos outros crimes - todos contra as pessoas - as penas são relativamente baixas. Após a revolução de abril, o legislador deu uma importância acrescida aos crimes contra o património superior aos crimes cometidos contra as pessoas, seja os abusos sexuais de menores, a violação, etc. A moldura penal para a violência doméstica segue o mesmo padrão… Se um individuo cometer o crime de violência doméstica, a pena máxima é de cinco anos – sabendo nós que no sistema judicial português as penas até esse número são tendencialmente suspensas. Aqueles que ouvimos dizer que estão presos por violência doméstica, encontram-se nessa situação por terem cometido homicídio ou homicídio na forma tentada, num contexto de violência doméstica. Das cerca de 28 mil queixas registadas por ano, exis-

tem cerca de 1400 condenações e serão, porventura, cerca de 20 indivíduos que recebem ordem de pena efetiva, já que os restantes levam pena suspensa. Pagam uma multa simbólica e o crime até acaba por compensar. Para além das leis, como é que se muda este panorama? Primeiro, é preciso ter uma política de cidadania nas escolas que, infelizmente, não temos. Temos de começar no jardim de infância a desenvolver uma forte política de investimento na cidadania. E não podemos estar à espera dos pais que, na minha perspetiva, nunca educaram bem os filhos. Se o tivessem feito não estávamos no ponto em que estamos. E não me venham dizer que a educação tem falhado apenas nos mais pobres, porque o crime de violência doméstica é transversal a toda a sociedade, incluindo as classes mais altas. O caso de Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães é paradigmático… Exatamente. Ou seja, há vários casos de figuras públicas envolvidas, algumas delas chegaram – inclusive – a protagonizar campanhas contra a violência doméstica. Quero lembrar que Manuel Maria Carrilho foi ministro da Cultura, e sendo também filósofo de formação, deveria simbolizar o espetro máximo dos bons costumes. Isto quer dizer que falhámos. Mas sendo uma

questão de natureza estrutural, só iremos ver resultados dentro de duas ou três gerações. Para além da questão dos valores, para mudar o paradigma, a justiça terá de ser muito mais brutal, no sentido de não ter contemplações com quem pisar o risco. Quem prevaricar, irá para a cadeia. Defende alterações ao Código Penal? Acho que há dois caminhos: alterar o Código Penal em que de facto os crimes contra as pessoas – onde se incluem a violência doméstica – vejam as molduras penais mais reforçadas. Por outro lado, aceitar ou acatar a recomendação do Conselho da Europa e colocar na lei que os crimes de violência domestica, abuso sexual contra mulheres, menores e idosos, independentemente da quantificação da pena, deveriam ser punidos com prisão efetiva. O valor simbólico, até para a sociedade, de um individuo que cometa um crime desta natureza e receba dois anos de prisão efetiva é completamente diferente de um individuo que seja condenado a dois anos de prisão suspensa. Estou convicto que se cumprir a pena na cadeia dificilmente o irá repetir. Recentemente foi a vez dos acórdãos do juiz desembargador Neto de Moura suscitarem grande celeuma. São decisões como as que vieram a lume que fazem passar a mensagem que até o tribunal é tolerante com certos crimes?

Os juízes não vieram de Marte, nem aterraram ontem em Portugal. São uma classe formada por homens e mulheres que receberam os mesmos valores e ensinamentos que nós, com a diferença de eles terem ido para magistrados. E têm na sua génese os mesmos défices culturais. Eles são parte da sociedade. E segundo a imprensa relatou também já foram agressores e vítimas nos casos de violência doméstica. Desenganemse os cidadãos que pensam que é por frequentarem o Centro de Estudos Judiciários que se tornam seres humanos virtuosos. Mas é preciso sublinhar que a violência doméstica entrou no nosso ordenamento jurídico em 2007. Temos já bons exemplos de jovens juízes na primeira instância e que já frequentam cursos sobre as matérias do género e outras associadas, mas para os magistrados mais velhos, que agora estão nos tribunais superiores, há não muito tempo a violência doméstica era considerada coação ou maus tratos. Não é, por isso, de estranhar que muitos destes magistrados olhem a violência doméstica com um certo paternalismo, invocando o velho ditado popular: «entre marido e mulher, não metas a colher». E com a particularidade de estes juízes, ate pelo estatuto alcançado, não serem muito dados a formação continua. Isto que acabei de descrever, apesar de chocar, até ajuda a compreender alguns acórdãos e, no caso particular do juiz Neto de Moura, o inaceitável e incompreensível argumentativo que utiliza. ;

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; Como é que se controlam dezenas ou centenas de potenciais agressores, sinalizados ou não, para evitar desfechos dramáticos? Não é possível. Para ter uma noção, a cada 20 minutos há uma queixa formalizada de violência doméstica. As cifras negras serão, certamente, maiores – estou a falar de quem não apresenta queixa. A polícia e as restantes autoridades fazem uma avaliação de risco quando as vítimas apresentam queixa o que vai determinar, caso o risco seja elevado, medidas especiais. Quero recordar que temos, nos últimos anos, uma média de cinco mil casos de risco elevado em Portugal, o que é quase metade da nossa população prisional. Não é possível, nem razoável prender todos estes indivíduos, por isso é que as autoridades recorrem com frequência a mecanismos como a pulseira eletrónica, mas nem assim é o remédio para evitar que as agressões ou os crimes se verifiquem. Veja o caso de Manuel Palito, que tinha pulseira e, ainda assim, matou. Podem chamar-me securitário, mas creio que a única medida de coação que impede a morte da vítima é a prisão preventiva. É preciso endurecer as medidas decretadas pelos juízes, até como fator de disuassão para outros. Urge ser mais proativos e mais duros com os agressores. Foi agente da PJ durante 30 anos e passaram-lhe pelas mãos centenas de crimes. O caso da morte do triatleta Luis Grilo é, pelos ingredientes envolvidos, um dos mais mediáticos dos últimos tempos. Caso o corpo não tivesse sido encontrado, podíamos estar perante o crime perfeito? Havia um professor meu na polícia que dizia: «não há crimes perfeitos, o que há são investigações imperfeitas». Atualmente a polícia dispõe de meios tecnológicos que não existiam há uns anos atrás, mas é preciso saber que estes meios também estão ao serviço dos criminosos. É um jogo de gato e do rato, em que por norma quem vai à frente é o criminoso, que tem o domínio da ação, porque é ele que decide o momento do crime. Mas em resposta à sua pergunta dou-lhe para já um exemplo: o caso do corpo do empresário dissolvido pela Máfia de Braga. Aparentemente era um crime preparado com extrema minúcia, mas a compra de tanto ácido sulfúrico, associada a outros meios de prova, permitiu desmontar o crime e os criminosos. No que diz respeito ao caso do triatleta, tudo aquilo foi montado para ser um desaparecimento. Se o cadáver não tivesse aparecido, acredito que as hipóteses estariam todas em cima da mesa. Os portugueses são grandes treinadores de bancada, não apenas no futebol, mas também para comentar o mundo do crime. E importa lembrar que até ao aparecimento Publicidade

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co) e as viaturas de trabalho têm quase todas mais de 300 mil quilómetros. Estou em crer que a chegada da troika a Portugal representou uma paralisação na admissão de recursos humanos e até na renovação dos recursos técnicos e estamos a pagar esses anos de marasmo. Atualmente temos necessidade de substituir a frota automóvel toda, os computadores todos e renovar os recursos humanos que se vão reformando e isso custa dinheiro que o país não tem. Isto já para não falar dos salários que também registaram um recuo. É natural que, à semelhança dos professores, dos enfermeiros e de outras classes, os profissionais da PJ também queiram ver as suas condições de trabalho melhoradas.

do corpo do Luís Grilo, o amante de Rosa, o António Joaquim, pura e simplesmente não existia na investigação. Aparentemente estávamos perante um casamento feliz, segundo as palavras da própria Rosa. Mas a descoberta do cadáver veio levar a linha de investigação para outra direção e surgiu o caso extraconjugal com o António Joaquim. Nas horas e dias que se seguem a um crime ou a um desaparecimento, os polícias reparam muito se existe um comportamento frio e um discurso estruturado dos envolvidos. A postura de Rosa Grilo levantou-lhe suspeitas? Isso são apenas indícios, não são provas. É um feeling ou uma base de trabalho. Aconteceu o mesmo com aquela rapariga do Montijo que matou a mãe, com a ajuda do marido. O que une estes três crimes que esta-

mos a falar, o do Montijo, o de Luis Grilo e o da Máfia de Braga, é que foram todos altamente planeados e não aconteceram por acaso. Em todos aconteceu um facto que os autores não esperavam e que lhes descontrolou a história, mas tal deve-se aos méritos da investigação. É referido com frequência que a PJ é das melhores polícias do mundo. A polícia de investigação tem estado em greve, exigindo mais meios humanos. A quem interessa uma polícia por arames? Quero acreditar que não interessa a ninguém. Portugal é um país com uma falta de meios crónica, em diversas áreas. E a área da segurança, e mais concretamente a PJ, também sofre com isso e o problema não é de hoje. A polícia tem hoje, no país inteiro, cerca de mil homens (o que é manifestamente pou-

CARA DA NOTÍCIA Polícia durante 30 anos 6 Carlos Anjos é desde 2011 presidente da Comissão de Proteção às Vítimas de Crimes (CPVC), tornando-se o primeiro não magistrado a exercer o cargo. É um órgão administrativo independente responsável, por si ou através dos seus membros, pela concessão de adiantamentos de indemnização por parte do Estado às vítimas de crimes violentos e de violência doméstica, que funciona junto do Ministério da Justiça. Foi durante 30 anos quadro da Polícia Judiciária, onde chegou a inspetor-chefe. Presidiu à Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da PJ. Atualmente é comentador residente no canal CM TV e articulista no jornal «Correio da Manhã», onde aborda e comenta matérias relacionadas com o crime. Sportinguista dos quatro costados, acredita que o clube «não vai morrer» e superará as dificuldades financeiras e o legado do «desgoverno» de Bruno de Carvalho.

Um estudo da Comissão Europeia estima que os custos da corrupção em Portugal ascendam a 18, 2 mil milhões de euros por ano, o equivalente ao orçamento do Ministério da Saúde. A corrupção continua a minar a sociedade, sem que se faça nada para a deter? Para mim, a corrupção é o problema mais preocupante da sociedade portuguesa. Temos dado mais atenção à violência doméstica porque são vidas que se perdem, mas enquanto país a corrupção tem infligido danos incalculáveis em termos económicos e de desenvolvimento de Portugal. Estou em crer que um país economicamente mais próspero também teria menos casos de violência. Se o Estado não tivesse financiando as gestões ruinosas no Banif, no BPN, no BPP, no BES e na própria CGD, provavelmente o país teria capacidade financeira para resolver as reivindicações de todos os grupos profissionais que estão a protestar, baixar os impostos e apresentar uma economia mais competitiva. Não podemos fazer nada disso enquanto vemos nos jornais pessoas que há 20 anos não possuíam qualquer património e hoje são das mais ricas do país. E fico surpreendido por nenhum governo ter atacado de frente este problema, não mobilizando um investimento para a PJ e o Ministério Público combaterem a sério este flagelo. O problema é só de meios ou também de leis? Também é de legislação. Repare: fizemos leis para punir o bandido que assalta o banco, mas o Código Penal não prevê que se prenda o individuo que rouba o banco por dentro e que sendo administrador dá cabo da entidade. Não é compreensível que se faça tudo, e mais um par de botas, nos bancos portugueses e não tenhamos ninguém preso ou pelo menos responsabilizado. Como é possível? K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H saber mais em:

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Inscrições abertas na UBI

Universidade de Inverno para os mais novos 6 A Universidade da Beira Interior tem abertas, até 29 de março, as inscrições para a 2ª edição da Universidade de Inverno, destinada a 40 alunos dos 7.º, 8.º e 9.º anos de todo o país, que são a convidados conhecer, entre 8 e 10 de abril, a Academia e a região, bem como o que implica cada área do saber, no sentido de melhor poderem decidir que área de estudo mais os motiva. Além das propostas científicas, a Universidade de Inverno inclui um programa lúdico que inclui passagens pelo que de melhor existe para conhecer na cidade da Covilhã e na Serra da Estrela. O alojamento será na Pousada de Juventude, nas Penhas da Saúde. A UBI reforça assim a sua liga-

ção à comunidade e abre as portas a estudantes de níveis pré-universitários. Esta estratégia de proximidade com os mais jovens está este ano implementada em pleno, com atividades para o pré-escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico “Dias da UBI Júnior”, que também tem inscrições abertas nesta altura, e a Universidade de Verão, para estudantes do Ensino Secundário, que vai decorrer no mês de julho. Ao longo do ano, desenvolve a Academia Júnior de Ciências, para os melhores alunos do 12.º ano, de escolas da região. A Universidade de Inverno é coordenada pelo docente da Faculdade de Ciências da Saúde José Eduardo Cavaco e tem o apoio do Santander Universidades. K

Alunos ganham

Prémio Roca para a UBI 6 Os estudantes de Arquitetura da Universidade da Beira Interior (UBI) Janine Ayoub e Mantas Sevelkovas saíram vencedores da One Day Design Challenger, competição internacional promovida pela Roca. A dupla de alunos foi a melhor do “Prémio We Are Water”, por valorizar as questões ambientais. O título da ideia apresentada é “2WC - 2Ways Sustainability”. “Esta proposta considera a relevância do mundo em mudança e onde cada vez mais se percebe a importância de agir de modo sustentável”, segundo os seus autores. A ideia é mostrar a possibilidade de se aplicar estas preocupações na arquitetura, independentemente

da dimensão do projeto. A proposta escolhe não optar pela utilização da água da chuva ou da luz solar, fazendo antes uso de ambas. “Uma das casas de banho recebe a água da chuva, filtrando-a através da cobertura verde e reservando-a no subsolo. A outra capta a luz do sol através de um painel fotovoltaico, alimentando o conjunto energicamente durante a noite”, acrescentam os elementos da equipa. Com este projeto, saíram vencedores da terceira edição do concurso que desafiou os 320 participantes – cerca de meia centena da UBI –, provenientes de todo o país, a projetar produtos inovadores para o espaço

da casa de banho, em apenas 9 horas. O objetivo desta iniciativa, que em Portugal teve lugar no último sábado, 16 de março, é promover e proporcionar visibilidade ao talento jovens nacionais em arquitetura e design, originalidade, criatividade e praticidade. Do júri do concurso fez parte Patrícia Santos Pedrosa, docente do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura, da Faculdade de Engenharia. Os vencedores do primeiro prémio de todas as edições estão convidados a participar numa grande final que terá lugar em Barcelona em janeiro de 2020. K

Internacionalização de empresas

UBI e AICEP criam curso

Atenção às cópias

UBI disponibiliza programa contra plágio 6 Os docentes da Universidade da Beira Interior (UBI) têm ao dispor o software Urkund, uma ferramenta para deteção de plágio usada por instituições de Ensino Superior de todo o mundo e que foi o tema da última sessão do Programa de Formações de 2018, realizada a 14 de março. O Urkund proporciona economia de tempo para os professores. Antes mesmo de chegar ao docente, o documento enviado pelo aluno é verificado em três fontes de origem mapeadas pelo Urkund. É então apresentada a informação que o professor necessita para determinar se o texto contém ou não plágio. A decisão de disponibilizar este instrumento insere-se no

plano global de elevar os padrões de integridade académica, aumentando a qualidade e o rigor de ensino, investigação e avaliação dos alunos, uma meta constante da UBI. A implementação do Urkund corporiza um instrumento prático desta estratégia, na qual se insere a existência da Comissão de Ética, órgão consultivo que tem como objetivo zelar pelos padrões de ética no âmbito das atividades desenvolvidas pela UBI, e a disponibilização do Código de Integridade que estabelece os princípios, valores e deveres práticos regentes das atitudes e conduta de seus docentes, investigadores, pessoal não docente e estudantes. K

6 A Universidade da Beira Interior (UBI) e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), acabam de criar o ‘Export Advance Covilhã’, um curso não conferente de grau académico, iniciado em março e que constitui a primeira formação desta índole que a AICEP desenvolve fora de Lisboa e do Porto. Trata-se de uma oferta formativa que tem como público-alvo o tecido empresarial, juntando as componentes académica e prática, com o objetivo de fornecer às empresas um conjunto de ferramentas que ajudem à internacionalização e contribuir para colmatar as maiores dificuldades sentidas nesse processo, através da capacitação de recursos humanos. Fazem parte dos conteúdos programáticos módulos sobre a inovação empresarial, o marketing e as formas de entrada em mercados externos, a logística e distribuição internacional, bem como a viabili-

dade económico-financeira para as empresas. A assinatura do protocolo entre a UBI e a AICEP, que teve lugar a 21 de fevereiro, foi apadrinhada pelo secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, que destacou a importância da qualificação dos recursos humanos: “É um dos aspetos centrais para que Portugal possa dar o salto no domínio da internacionalização da economia”. O Reitor da UBI, António Fidalgo, destacou o papel que a instituição tem como parceira interventiva na

economia regional e destacou que esta formação se enquadra numa estratégia de “criar uma oferta específica para as necessidades do quadro empresarial da região”. João Dias, administrador da AICEP, destacou o facto de a formação estar a ser promovida pela primeira vez no Interior do país e mostrou-se confiante na sua mais-valia. “Empresas que fazem este tipo de preparação reduzem substancialmente o risco e o custo no seu processo de internacionalização e evitam mais facilmente alguns desaires que custam muito caro”, salientou. K

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UNIVERSIDADE

ENSINO MAGAZINE

Na UBI

Escola para executivos 6 A escola de formação avançada UBIExecutive será inaugurada esta quarta-feira, dia 20 de fevereiro, pelas 12h15. Instalada em edifício frontal à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior, a UBIExecutive nasceu da parceria estabelecida entre a academia e um conjunto de empresas portuguesas e estrangeiras e tem como objetivo desenvolver cursos para profissionais, criados em estreita colaboração com as empresas e adaptados às necessidades concretas das mesmas. Resulta da colaboração da UBI com entidades de vários domínios, como associações empresariais (Associação Empresarial da Beira Baixa, Núcleo Empresarial da Região da Guarda e Associação Nacional dos Industriais dos Lanifícios) e com empresas, multinacionais e das mais importantes sedia-

Alumni da UBI juntos em encontro

das na região: Altran, Bial, Coficab, Fitecom, Grupo Paulo de Oliveira, Mazars, Natura IMB Hotels e PricewaterhouseCoopers (PwC). A UBIExecutive, que tem como diretora a professora catedrática do Departamento de Gestão e Economia da UBI Zélia Serrasqueiro e como diretor

executivo Jorge Rodrigues, terá ao dispor uma oferta formativa constituída por MBA, Open Executive Programmes, cursos não conferentes de grau e formação à medida das necessidades que venham a ser identificadas, que podem ir das ciências empresariais, às engenharias ou ciências da saúde. K

José Martinez de Oliveira fez a sua última lição

Divagando sobre vidas 6 José Martinez de Oliveira, professor catedrático da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (UBI), proferiu a sua Lição de Jubilação, a 20 de fevereiro, a qual assinalou a despedida oficial da carreira. A ocasião constituiu uma oportunidade de ouvir e homenagear um docente e investigador que dedicou 15 anos ao ensino da Medicina na UBI e aos cuidados de saúde no Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira. Na Lição, intitulada ‘Divagando sobre… Vidas’, José Martinez de Oliveira viajou por temas como a vida, os seus valores, a felicidade, a tecnologia e muitos outros assuntos, com reflexões fundamentadas na rica experiência de vida académica e clínica de várias décadas. “A medicina não é uma mera prática, nem uma única profissão, mas uma forma de estar na vida. É a obrigação de promover a vida, de a tentar aperfeiçoar, sem a ofender, de a preservar, de a defender; de com ela conviver sabendo que qualquer que seja o nosso potencial de luta acabaremos mais cedo ou mais tarde de ser dela afastados”, afirmou. Tratou-se da primeira Lição de Jubilação de um docente da

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FCS, neste particular de um elemento que, como descreveu António Fidalgo, é “uma referência incontornável para a comunidade Ubiana, que honrou a Universidade com a forma exemplar como exerceu as suas funções. De facto, nos tempos que correm, é exemplo do verdadeiro Mestre, do Humanista e Homem da Cultura, que encara o ensino da Medicina nos âmbitos da cultura científica, da modernidade da ação clínica, do compromisso com o conhecimento, assente na objetividade, no exercício crítico permanente e, sobretudo, no respeito pelos valores da Ética e do Profissionalismo”. António Fidalgo destacou o papel fundamental de José Martinez de Oliveira na criação e implementação da Comissão de

Ética, à qual preside, órgão que zela pelos padrões de ética no âmbito das atividades desenvolvidas pela UBI, competindo-lhe proteger e garantir a dignidade e a integridade da pessoa humana nas atividades de investigação. José Martinez de Oliveira iniciou as suas funções na FCS em outubro de 2004, como Professor Associado com Agregação, nos primórdios do curso de Medicina da UBI. Já então trazia uma longa experiência como docente e investigador, obtida na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto desde 1977. Em 31 de agosto de 2006 alcança a nomeação definitiva como professor catedrático da UBI. No campo da investigação, integra o Centro de Investigação em Ciências da Saúde. K

T No âmbito dos 40 anos de ensino universitário, decorreu no dia 16 de fevereiro de 2019, mais um Encontro de Antigos Alunos da UBI denominado “Quarenta anos depois”. O encontro serviu para recordar o que foi o ambiente vivido no então Instituto Politécnico da Covilhã, que deu origem ao Instituto Universitário da Beira Interior e, posteriormente, à Universidade da Beira Interior. Os participantes tiveram oportunidade de conhecer a Faculdade de Ciências, passaram pelo Museu de Lanifícios e estiveram no almoço e lanche convívio que tiveram lugar na Faculdade de Engenharia. K

Investigadoras da UBI reconhecidas T Dina Miragaia, docente do Departamento de Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior e investigadora do Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais e Sofia Gomes, licenciada em Medicina pela UBI, acabam de ser reconhecidas nos Prémios Ciências do Desporto 2018, uma iniciativa do Comité Olímpico de Portugal e da Fundação Millennium BCP. O trabalho de investigação, que obteve Menção Honrosa no âmbito da categoria ‘Economia, Direito e Gestão do Desporto’, foi um dos 32 recebidos no âmbito dos Prémios em apreço e decorre da dissertação de Sofia Gomes, orientada pela docente Dina Miragaia. Em 2019, as categorias a concur-

so aos Prémios COP/Fundação Millenium BCP - Ciências do Desporto são Treino Desportivo, Psicologia e Pedagogia do Desporto e Medicina do Desporto. As candidaturas podem ser submetidas até 30 de setembro. K

UBI participa em estudo internacional T A Universidade da Beira Interior é parceira no Projeto Spring, um estudo internacional centrado nas empresas familiares desenvolvido por um consórcio que integra 11 entidades de nove países europeus, financiado, em cerca de um milhão de euros, pelo ERASMUS + Knowledge Alliances. A finalidade do Spring, que vai decorrer até 2021, é estudar toda a problemática do planeamento da sucessão nas empresas familiares, ajudando na definição da estratégia de sucessão e na formação da nova geração para assumir o negócio familiar. A UBI é a única entidade portuguesa que faz parte do projeto, que integra ainda entidades de Itália, Chipre, França, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Malta e Bélgica. A equipa da UBI é constituída por cinco docentes e investigadores do Departamento de Gestão e Economia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. São eles Mário Raposo, Helena Alves, João Ferreira, Arminda do Paço e Cristina Fernandes. O início dos trabalhos teve lugar em janeiro, durante o Kick off Meeting que se realizou na cidade italiana de Palermo, Itália. K


A Alexandre Quintanilha e Pat Sandra

Universidade de Évora atribui Honoris Causa 6 A Universidade de Évora (UÉ) decidiu atribuir o grau de Doutor Honoris Causa aos cientistas Alexandre Quintanilha e Pat Sandra. A cerimónia decorre na Sala dos Actos da UÉ no dia 25 de março. Em nota enviada ao Ensino Magazine, a instituição explica que “segundo o Conselho Científico da UÉ “a Universidade de Évora entendeu oportuno homenagear o Professor Alexandre Quintanilha não só pelo seu extraordinário percurso científico como também pelo importante contributo que deu à ciência, em Portugal, transmitindo o conhe-

cimento, desenvolvendo a investigação científica, formando gerações de cientistas e promovendo militantemente a ciência na educação.” O Patrono é o Professor Doutor Manuel Sobrinho Simões. Como refere a nota de propositura do Conselho Científico da UÉ “a atribuição do grau de Doutor Honoris Causa ao Professor Pat Sandra não é mais do que o reconhecimento pelo seu inestimável contributo para a ciência, em sentido lato, e para a química analítica e a ciência separativa em particular, o seu apoio ao desenvolvimento da

ciência cromatográfica em Portugal e muito especialmente o seu apoio inestimável ao desenvolvimento e crescimento das técnicas analíticas de separação, na Universidade de Évora, principalmente, através do seu contínuo apoio pessoal como cientista e investigador sem esquecer o seu desinteressado apoio material ao longo de mais de dez anos de colaboração.” O patrono é o Alexandre Quintanilha, professor catedrático jubilado da Universidade do Porto, que com ele partilhou o lugar de conselheiro do presidente da Comissão Europeia. K

Prémio Virgílio Ferreira

Nélida Piñon premiada em Évora 6 A escritora brasileira Nélida Piñon recebeu, no passado dia 1 de março, o Prémio Literário Virgílio Ferreira, atribuído pela Universidade de Évora, e entregue pela reitora da instituição, Ana Costa Freitas. No momento de receber o prémio, Nélida Piñon referiu que “aprendi desde cedo que a arte literária é exigente”; para sobreviver aos desafios da escrita “há que trilhar sendas inovadoras e saber que ao dar início à jornada da escrita duvida-se onde ancorar”. Em nota de imprensa enviada ao Ensino Magazine pela Universidade de Évora, a vencedora do Prémio, nascida no Rio de Janeiro no ano de 1937, revela que continua a escrever “furiosamente”. Estreou na literatura com o romance “Guiamapa de Gabriel Arcanjo”, publicado em 1961, e considera que a “arte de narrar é tirana, ela cobra o espesso sangue da memória para existir”; “cobrese de pecado”, e “induz-me a crer que a arte, não tendo piedade, é feita de destroços culturais, propensa a semear a discórdia”. A autora de “A república dos sonhos” diz-se “aprendiz” na prática do seu ofício; “agradeço aos Deuses o dom da escrita assoberbada por falhas e temores”, defendendo que “a angústia estética é recomendá-

vel”, esta exige que “ascendamos a um patamar acima”, mas “não nos iludamos com a falsa noção de perfeição”. Brasileira, com origem galega, enalteceu a língua portuguesa, “instrumento” da sua criação literária, que pese embora “doa na alma com seus dilemas e fraquezas” está disposta a “morrer nessa escalada” por acreditar “no arrobo amoroso” que tem pela língua de camões. A admiração da escrito-

ra por Vergílio Ferreira “vem de longe”, surpreendendo-a a “criação pejada de grandeza revestida de saberes e de reflecções filosóficas a indicarem uma rara fala civilizatória que deitava raízes nas geografias, onde a tribo humana estivera no afã de marcar a sua presença”. Dono de uma “linguagem inventiva”, Vergílio Ferreira denota desde as primeiras obras “uma narrativa de refinada linguagem”, situando-se o autor

de Aparição, no lote dos escritores que “contam a história da humanidade”. Em nota enviada à UÉ pela Ministra da Cultura, Graça Fonseca, deixou uma palavra “especial e de enorme reconhecimento à grande mulher e artífice maior da língua portuguesa,” agradecendo a sua “irredutível defesa da língua portuguesa enquanto património de construção comum dos povos que nela se expressam”.

Para a Ministra da Cultura, “através da língua portuguesa criamos uma ponte que atravessa os séculos que, ao invés de separar, unem D. Dinis a Vergílio Ferreira e, claro, a Nélida Piñon, uma ponte que une povos, culturas, géneros e geografias”. “Delicada e luminosa” foram os adjetivos empregues por Antonio Saez Delado, Presidente do júri do Prémio, à escritora homenageada. “Neste tempo de verdades obscuras e de mentiras claras, torna-se necessário regressar à cultura e à «épica do coração». Aí é imprescindível uma voz como a de Nélida Piñon. O professor do Departamento de Linguística e Literaturas sublinhou ainda o facto de ser esta a primeira vez que é distinguido um autor da cultura brasileira, passando a escritora Nélida Piñon, “a ser voz dessa cultura, num diálogo transatlântico, também com raízes na Península Ibérica”. Recorde-se que o prémio Vergílio Ferreira foi atribuído pela primeira vez a Maria Velho da Costa, a que se seguiram, entre outros, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Agustina Bessa Luís, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Luísa Dacosta, José Gil, Hélia Correia, Lídia Jorge e João de Melo, tendo sido o galardoado da edição de 2018 o escritor Gonçalo M. Tavares. K

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UNIVERSIDADE

ENSINO MAGAZINE

Boas práticas para o setor leiteiro

UTAD em projeto europeu 6 Encontrar o equilíbrio entre rentabilidade, uso eficiente dos recursos e mitigação de efeitos ambientais é a meta do Dairy4Future, um projeto em que a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro é parceira e que é desenvolvido em 12 das principais regiões produtoras de leite da União Europeia, envolvendo toda a fileira e, diretamente, mais de uma centena de explorações. “O Dairy4Future quer identificar boas práticas de gestão e maneio ao nível das explorações leiteiras, combiná-las com conhecimento e tecnologias emergentes para, depois, disseminar essa informação e esses bons exemplos junto dos produtores portugueses. Pretende-se orientar as explorações leiteiras para, num futuro próximo, integrarem sistemas produtivos inovadores, de elevada resiliência económica, eficientes no uso de recursos, no bem-estar dos animais e ambientalmente aceitáveis, respondendo simultaneamente às principais preocupações atuais de produtores e da sociedade”, esclarece Henrique Trindade, coordenador do Dairy4Future na região Norte/ Centro e investigador da Univer-

Ex-alunos da Universidade do Minho

Sapatos vegan em Braga sidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). As questões ambientais e a diminuição das emissões de C02 estão na agenda do Dairy4Future. “A determinação da pegada de carbono é um indicador que os produtores poderão usar para melhorar o seu desempenho, mas também como ferramenta de marketing, uma vez que as boas práticas devem ser amplamente comunicadas”, explica David Fangueiro, coordenador na região Sul/Açores e investigador do Instituto Superior de Agronomia, segundo o qual “o projeto Dai-

ry4Future vai dar oportunidade aos produtores portugueses de contactarem com colegas de outros países e situarem o seu desempenho na esfera europeia”. O projeto teve início em janeiro de 2018 e prolonga-se até dezembro de 2021, reunindo um consórcio de 11 parceiros de cinco países da Região Atlântica - Irlanda, Reino Unido, França, Espanha e Portugal. Com um financiamento de 3,8 milhões de euros do programa INTERREG-UE, tem a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Instituto Superior Técnico como parceiros técnicos em Portugal. K

Universidade de Coimbra

30 Anos de Arquitetura 6 O Departamento de Arquitetura (DARQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a comemorar os seus 30 anos de existência. Até 28 de março, várias iniciativas vão assinalar a efeméride, sendo o ponto alto das comemorações o dia 26 de março, com a realização do encontro “30 Anos em Coimbra”. Ao longo do dia, vários especialistas vão debater a evolução do ensino e investigação no DARQ e qual o futuro da Arquitetura na Universidade de Coimbra. Assistir-se-á, simultaneamente, ao lançamento oficial da rede alumni “[r]egressos” que convoca o regresso dos mais de mil arquitetos formados no DARQ. Será a primeira ação de diversas iniciativas com os seus contributos, nomeadamente ciclos temáticos de conversas e exposições experimentais, no ano letivo 2019-2020. O encontro, que tem início às 9h15m, no Auditório da Reitoria, inclui o lançamento do livro (pe-

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las 17h45) “Centralidade do Real: onze arquitetos, onze textos, onze projetos improváveis”, de Alexandre Alves Costa. José António Bandeirinha, Luís Miguel Correia e Armando Rabaça, responsáveis pelo programa das comemorações, afirmam que o caminho percorrido ao longo de três décadas “são 30 Anos vividos no Claustro do Colégio das Artes que conduziram muitos estudantes, professores e outros funcioná-

rios a distintas encruzilhadas, onde foi preciso tomar decisões para seguir caminho, às vezes às escuras, outras vezes às claras. Pretendemos assim, durante este mês, sublinhar tal encruzilhada, ainda que, a par, queiramos reconhecer em que medida esta circunstância própria de quem quer sempre aprender oferece(u) a Coimbra, e não só, continuadamente um outro olhar, afinal motivado pelos problemas do real”. K

6 Cinco ex-alunos da Universidade do Minho estão a dinamizar um projeto de sapatos vegan, ou seja, que não usa materiais de origem animal e que promove a sustentabilidade, os quais são destinados a quem consome “de modo consciente”, diz o cofundador Cristóvão Soares. Os modelos são aprovados pela associação Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA) e respeitam as normas ambientais da União Europeia. O projeto destaca-se ainda ao incorporar materiais inovadores, nomeadamente solas em borracha de origem reciclada, tecidos produ-

zidos a partir de garrafas plásticas recicladas e, também, componentes com base em produtos naturais como cereais, bambu ou coco. Os modelos da marca têm nomes femininos e produção nacional, em Guimarães, Felgueiras e São João da Madeira, mundialmente reconhecidas na indústria do calçado. O projeto surge sob a marca ‘Verney’ e está sediado na Póvoa de Lanhoso, no distrito de Braga. Deve a fundação aos atuais diretores-gerais, Cristóvão Soares e Dani Barreiro, que foram colegas no mestrado em Economia Industrial da Empresa. K

Rumo a uma Universidade Europeia

Aveiro no consórcio 6 Dar primazia à resolução dos desafios levantados pela indústria e pela sociedade é um dos principais objetivos da Universidade Europeia, cuja criação foi proposta, a 28 de fevereiro, pelo Consórcio Europeu de Universidades Inovadoras (ECIU), sendo a Universidade de Aveiro a única signatária portuguesa do projeto apresentado à União Europeia, com o objetivo de mudar o paradigma do ensino superior. “A candidatura da Universidade ECIU constitui uma proposta de uma Universidade Europeia com conceito disruptivo em termos de modelo

educacional. Neste conceito de universidade dar-se-ão respostas aos desafios da sociedade e da indústria”, explica Artur Silva, vice-reitor da UA. O responsável pela área da investigação da Academia de Aveiro, uma das 13 universidades do ECIU que inclui ainda alguns gigantes da indústria aeronáutica, farmacêutica e de computação, garante que, sendo a proposta de financiamento aprovada pela UE, os parceiros do Consórcio “estarão prontos para fornecer soluções para os referidos desafios e novos conhecimentos a estudantes de toda a Europa”. K

Internacionalização

Algarve em Moçambique 6 Uma comitiva da Universidade do Algarve (UAlg) visitou Moçambique, de 17 a 25 de fevereiro, com o objetivo de promover a investigação e o ensino de pósgraduação da UAlg naquele país. A visita serviu ainda como ponto de partida para o lançamento do projeto BioFish, coorde-

nado pelo Centro de Ciências do Mar e financiado pela Aga Khan Development Network e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). O projeto visa a melhoria da qualidade de vida das comunidades de pescadores situadas no Estuário de Bons Sinais, em Zambézia. K


Pedidos de patentes nacionais

Évora no top 5

Raças de suínos em livro T O estudo técnico e científico sobre características de 20 raças suínas autóctones da Europa, incluindo duas nacionais (Alentejana e Bísara), está agora disponível no livro “European Local Pig Breeds – Diversity and Performance (A study of project TREASURE)”, com participação da Universidade de Évora (UÉ). Os investigadores do projeto TREASURE: “Diversidade de raças suínas locais e seus sistemas de produção para a obtenção de produtos tradicionais de alta qualidade e fileiras suínas sustentáveis”, apresentam também dados sobre raças de Espanha, da Eslovénia, Alemanha, Sérvia, Croácia, França, Itália e Lituânia. O capítulo dedicado ao estudo do porco Alentejano foi elaborado pelos investigadores do Instituto de Ciência Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM) da UÉ, Rui Charneca, José Martins, Amadeu Freitas, José Neves e José Nunes, do Instituto de Agricultura da Eslovénia, Nina Batorek-Lukač e pelos técnicos da Associação Nacional dos Criadores do Porco Alentejano (ANCPA), Hugo Paixim e Pedro Bento. K

Diamantes com Estórias na UTAD T O Museu de Geologia Fernando Real, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, tem patente, até 30 de junho, a exposição ‘Diamantes com Estórias’,

que apresenta réplicas de alguns dos mais importantes diamantes do mundo, estórias e curiosidades, “atinge agora uma dimensão itinerante, fruto do sucesso e impacto obtidos com esta mostra”. Ao todo serão 30 diamantes disponíveis para conhecer, alguns com estórias muito interessantes como são exemplo o ‘Hope’, o diamante colorido mais famoso do mundo pela associação à ideia de maldição; ou o ‘Orlov’, descoberto no séc. II, na India e que mantém a lapidação original até aos dias de hoje; ou o ‘Tiffany’, diamante amarelo, conhecido pela sua cor e lapidação, descoberto na Africa do Sul, entre outros. A entrada é livre.

6 As Universidades de Évora e do Porto foram as duas Instituições de Ensino Superior (IES) nacionais que apresentaram maior número de patentes, com seis pedidos cada, junto do Instituto Europeu de Patentes. Em nota de imprensa, a Universidade de Évora explica que em Portugal, os pedidos de patentes apresentados por empresas e instituições portuguesas ao Instituto Europeu de Patentes (IEP) dispararam quase 50% em 2018, o terceiro maior crescimento no número de pedidos entre 38 países. Para Soumodip Sarkar, vice-reitor da Universidade de Évora, para a Inovação, Cooperação e Empreendedorismo, “a transferência de conhecimento e, especificamente, o incremento não apenas do volume de registos, como da qualidade das patentes, são uma aposta da Universidade de Évora, com estratégias claramente definidas que assegurem, a médio prazo, indica-

dores crescentemente favoráveis a este nível, com repercussões esperadas em termos de aplicação/ comercialização efetiva das mesmas”. António Campinos, presidente do IEP, sublinhou em comunicado que este aumento “é um sinal da crescente força de Portugal na inovação, investigação e desenvolvimento. As patentes são essenciais para fortalecer a competitividade do país e das suas

empresas e um pré-requisito para o crescimento e a criação de empregos”, acrescentando que “o contributo das instituições de investigação e universidades portuguesas no aumento dos pedidos de patentes é particularmente notável”. Ao nível global, a empresa que mais registos apresentou foi a Siemens, com 2.493 pedidos de patentes, seguindo-se a chinesa Huawei. K

Évora com melhor tese T Maria Teresa Oliveira, professora do Departamento de Medicina Veterinária da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora (UÉ), acaba de ganhar uma menção honrosa atribuída pela Sociedade Portuguesa de Biomecânica (SPB), para melhor Tese de Doutoramento no biénio 2017/2018. Este prémio pretende “reconhecer o conhecimento e a investigação recentes na biomecânica, em particular, os trabalhos que pela sua originalidade, pertinência e rigor científico, representem avanços significativos nesta área”. A entrega da distinção decorreu no âmbito do 8º Congresso da Sociedade Portuguesa de Biomecânica, no passado dia 16 de fevereiro, em Unhais da Serra. K

Energias renováveis

Évora apoia Líbia 6 O projeto “Building capacity in Renewable and sustAINable ENErgy for Libya” (ENBRAIN) com participação da Universidade de Évora (UÉ), pretende capacitar universidades líbias na área das energias renováveis e sustentabilidade, informlou a UÉ em comunicado. Pierluigi Leone, coordenador do projeto, salientou durante a reunião do projeto que decorreu nos dias 26 e 27 de fevereiro na Universidade de Évora, que o continente africano “é crucial para enfrentar o desafio energético mundial, uma vez que os

principais objetivos globais de energia, clima e sustentabilidade dependem fortemente do futuro dessa região”, concretamente a Líbia, tem “enorme potencial para energia renovável”, principalmente a energia solar, registando este país, uma média de 2200 kWh/m2 e 3500 horas de luz solar por ano. Os investigadores pretendem desta forma capacitar as universidades líbias com instrumentos para a formação avançada na área das Renováveis, considerando que o mundo ainda está

relutante em tomar ações mais concretas e empenhadas, nomeadamente na formação superior em áreas relacionadas com as energias renováveis e sustentabilidade, discutindo nesta reunião os cursos relacionados com energias renováveis já presentes nas universidades da Líbia; as áreas focais para o Ensino Superior em Energias Renováveis; Elaboração de uma lista provisória de novos cursos a serem desenvolvidos dentro do projeto, elaborando uma lista de tópicos MOOC (Massive Open Online Courses). K

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escola albicastrense com quatro ex-alunos no festival

Conan Osíris da Esart para o Festival da Eurovisão 6 Conan Osíris, o nome artístico com que Tiago Miranda (30 anos) se apresenta e que venceu o Festival da Canção deste ano, foi aluno da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco. O intérprete da canção “Telemóveis” frequentou a licenciatura em Design de Comunicação e Produção Audiovisual há alguns anos. O seu percurso na Esart e as amizades que granjeou acabaram por envolver um outro ex-aluno da escola neste projeto do Festival da Canção. Tiago Miranda acabou por não concluir o curso. Não era a cena dele. A música era de facto o que desejava e já nesse período criava o seu estilo. Acabou por ficar na escola por causa dos “amigos e porque curtia o sítio”, como explicou numa entrevista concedida à revista Sábado em agosto do ano passado. Uma das muitas amizades

Foto cedida pelo IPCB H que permaneceram dos tempos que passou em Castelo Branco foi com Rúben Osório, na altura estudante de Design de Moda e Têx-

til. Licenciado pela Esart naquele curso, Rúben Osório surge ao lado de Tiago Miranda no Festival da Canção, como seu estilista. É o

segundo de quatro ex-alunos do IPCB a marcar presença na edição da prova. A canção interpretada por Tiago Miranda (que escolheu o nome artístico Conan Osíris com uma mistura entre “Conan, o Rapaz do Futuro”, e o deus egípcio Osíris), é tida pela imprensa internacional como uma das favoritas à vitória no Festival da Eurovisão que este ano se realiza em Israel. Resta saber se os telemóveis vão ou não tocar a contento. Jorge Mangorrinha, autor de vários estudos sobre a Eurovisão, diz que há fortes possibilidades de ganhar o Festival da Eurovisão. O “acolhimento do ponto de vista mediático e artístico que o concorrente português tem granjeado faz dele um potencial ganhador”, referiu aquele responsável à Lusa, citado na imprensa nacional. No entender daquele especialista, Tiago Miranda, que chegou

a trabalhar numa Sex Shop, tem um estatuto “e visibilidade para protagonizar um apelo de paz”. Jorge Mangorrinha vai mais longe e diz que a sua canção “é um mix de fado, gipsy, arábico, dança, bem como uma história com grande simplicidade de meios, mas eficaz” Mas, a presença de antigos alunos da Esart na edição deste ano do Festival da Canção não se fica por aqui. O Politécnico de Castelo Branco explica que Ângela Pereira, “licenciada em Música - Variante de Instrumento - opção Violino, violinista e professora na Casa Pia de Lisboa, esteve presente como violinista na canção «Perfeito» interpretada por Matay”. Também na mesma canção finalista, Bárbara Duarte, “licenciada em Música - Variante de Instrumento - opção Violoncelo, esteve presente como violoncelista”. K

Francisco Rodrigues tomou posse

Novo diretor quer ESALD como marca de confiança 6 O novo diretor da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco (Esald), Francisco Rodrigues, tomou posse no passado dia 1 de março. Na sua primeira intervenção, aquele responsável sublinhou a ideia de que a escola “deve estar ao serviço de todos”, e que deve ser “uma marca de confiança na saúde”. Francisco Rodrigues diz apostar no crescimento “sustentado da escola”, prometendo trabalhar afincadamente para alcançar os objetivos. “Vou ouvir todos e propor caminhos em que todos nós consigamos colaborar”, afirmou. Para esta missão diretiva, terá ao seu lado Patrícia Coelho, enquanto subdiretora. Os desafios da escola, uma das mais procuradas do Politécnico de Castelo Branco, são vastos. O presidente do Politécnico, considera que a “Esald tem uma atividade notável”. António Fernandes aproveitou a tomada de posse para falar da necessidade da “consolidação do

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corpo docente do Politécnico. Pedi aos diretores das escolas uma lista de prioridades para se avançar para o concurso”, disse. António Fernandes recordou que o Politécnico teve “este ano 1619 novos alunos”. Adiantou ainda que “a instituição tem 230 alunos internacionais inscritos e que nesta primeira fase de candidatura já se registaram mais de 400 alunos”.

António Fernandes agradeceu o trabalho realizado pelos anteriores diretores da escola, em especial a Paula Sapeta, a diretora que nos últimos nove anos liderou a escola. José Augusto Alves, vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, também sublinhou a ideia de que a “Esald deve ser uma marca da nossa região”. O autarca mostrou disponibilidade do município em

colaborar com a escola, lembrando que “se estivermos unidos é mais fácil superar os objetivos”. Ana Maria Vaz, que já exerceu as funções de diretora daquela escola e também de presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, recordou que a escola foi integrada, em 2001, no Instituto Politécnico de Castelo Branco. A então Escola de Enfermagem ganhou novas ofertas formativas e foi transformada em Escola Superior de Saúde”, disse, recordando também o papel que o então presidente do IPCB, Valter Lemos, teve nesse processo. No entender de Ana Maria Vaz que interveio na qualidade de presidente da Conselho de Representantes da Escola, “desde sempre foi importante para a Esald a sua formação e os seus valores humanísticos”. Falou ainda da necessidade de “rejuvenescer os nossos recursos humanos”, desafiando a escola a participar em projetos de investigação nacionais e internacionais. K

ESALD

Qualidade de vida em congresso 6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESALD) realiza nos dias 4 e 5 de abril o V Congresso Cuidar e Qualidade de Vida, informou a instituição em comunicado enviado ao nosso jornal. A iniciativa tem como tema “O idoso: Cuidados multifocais em tempo de senescer” e é organizada no âmbito da área científica de Enfermagem e vocacionado para estudantes e profissionais de saúde e educação com interesse técnico e científico no tema. Na mesma nota de imprensa, o Politécnico esclarece que o “congresso tem por objetivo a partilha de conhecimento e experiências relacionadas com a antecipação como estratégia de cuidar da pessoa à medida que envelhece”. K


Instituto politecnico de castelo branco

Talagueira vai ter campus melhorado 6 Os arranjos exteriores do Campus da Talagueira do Instituto Politécnico de Castelo Branco, onde estão instaladas as escolas superiores de Tecnologia (EST), Saúde (ESALD) e de Artes Aplicadas (Esart), vão ser uma realidade. António Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, diz que há abertura da autarquia albicastrense para que essa intervenção, que afeta uma área de cinco hectares, possa vir a ser concretizada. A requalificação daquele espaço poderá passar pela instalação de um auditório ao ar livre, junto à Esart, zonas de sombras, passadeiras, uma ciclovia, um novo parque de estacionamento, espaços de convívio e um mural no edifício do bloco central (que nunca foi concluído). Esta novidade foi adiantada pelo presidente do IPCB na tomada de posse do novo diretor da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, que se realizou recentemente. “O presidente da Câmara, Luís Correia, pediu-nos para apresentarmos ideias para essa intervenção. Foram desenvolvidas por alunos e docen-

tes da Escola Superior de Artes Aplicadas três ideias, as quais já foram apresentadas ao presidente do município”, disse António Fernandes. O projeto que irá ser desenvolvido pretende uma ligação de continuidade entre as escolas e a cidade. A área de intervenção será em cerca de cinco hectares em torno das escolas de Saúde e de Artes Aplicadas, não sendo também descurada uma abertura à Escola Superior de Tecnologia. “Pretendemos que este

espaço seja um prolongamento da cidade. O objetivo é que a cidade sinta que o Politécnico faz parte de si, pelo que este espaço é para ser utilizado por toda a comunidade, por qualquer munícipe. Queremos que este seja um espaço onde as pessoas se sintam bem”, explicou ao Reconquista António Fernandes. O presidente do Politécnico de Castelo Branco considera as “ideias apresentadas interessantes”. É partir dessas três propostas que agora

será desenvolvido um projeto final. De acordo com António Fernandes a área a intervencionar é grande, pelo que a intervenção deverá ser feita de forma faseada. O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, diz “estar a conversar de forma permanente com o Instituto Politécnico de Castelo Branco. Esta é uma das questões que já abordámos. Estamos a procurar soluções e estamos com vontade de apoiar o IPCB nesta ma-

téria. Certamente iremos encontrar a melhor solução”. Esta intervenção é tida pela comunidade académica como muito importante. Recorde-se que o projeto inicial da construção do Campus da Talagueira pressupunha a construção de um edifício comum que pudesse dar apoio às três escolas. As fundações desse edifício foram feitas, mas o projeto acabou por ter alterações, e o edifício nunca foi concluído, avançando-se depois com a construção das duas escolas (Saúde e Esart – esta última com a Câmara de Castelo Branco a assumir o financiamento nacional da obra). O que agora se pretende concretizar serão os arranjos exteriores entre estas duas escolas e uma maior aproximação à EST. De referir que o Campus da Talagueira fica situado numa das zonas mais nobres da cidade, pois está localizado junto à zona de lazer, onde entre outros equipamentos se encontram as piscinas cobertas, a piscina praia, o lago, espaço de merendas, a pista de tartan e os campos de futebol em relva sintética, para além do skate park. K

Castelo Branco e Idanha

Reforço de residências para estudantes 6 As câmaras de Castelo Branco e de Idanha-a-Nova vão recuperar quatro imóveis, cada uma, para os transformar em residências para estudantes do Instituto Politécnico de Castelo Branco ou de outras instituições. Esta requalificação surge no âmbito do Plano Nacional de Alojamento Estudantil, lançado pelo Governo, e que desburocratiza os procedimentos de contratualização das obras. O Decreto-Lei que define este Plano foi publicado dia 26 de fevereiro, onde estão definidas as regras e os objetivos desta aposta que pretende criar mais alojamento para os alunos de ensino superior. Em Castelo Branco a Câmara vai recuperar um edifício de quatro pisos na Rua de S. Sebastião, dois edifícios de dois pisos (nas ruas de Santa Maria e dos Paleteiros) e um edifício de três pisos, localizado na Rua Mouzinho Magro. Em Idanha-a-Nova, a autarquia vai requalificar o antigo edifício da Caixa de Crédito Agrícola, o imóvel do antigo quartel dos Bombeiros, uma habitação situada na Rua do Pombal e uma casa em ruína ao lado do Espaço Cidadão.

António Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, considera esta medida como importante e mostra-se satisfeito por esta aposta das autarquias, pois vai permitir aumentar a oferta de alojamento para os alunos

do Instituto Politécnico. Esta aposta vai criar também soluções para o alojamento de estudantes internacionais, uma área em que o IPCB tem sido muito procurado, sendo que a primeira fase de candidatura para o próximo ano está a terminar

e as candidaturas são de algumas centenas de alunos. Para além disso, o aumento do número de camas vem permitir que em sede de protocolos com outras instituições internacionais a questão do alojamento seja mais facilmente ultrapassada. Para já ainda não está definido o número de camas previsto, mas poderá ser, no seu conjunto, de mais de 60. Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, confirma que “a autarquia vai disponibilizar esses imóveis no sentido de os transformar em residências de estudantes. Este Plano representa uma facilidade em termos de procedimentos, mas isto demonstra que estamos a trabalhar com o IPCB no sentido de disponibilizarmos o mais rapidamente possível mais residências para estudantes”. O autarca explica que “os projetos vão ser elaborados e depois serão feitas as obras. Estamos a falar de quatro imóveis, propriedade da Câmara, que se localizam na zona antiga da cidade, pelo que também iremos, deste modo, dinamizar a zona histórica, como temos vindo

a fazer. Recentemente abrimos concurso para a requalificação de um outro imóvel nessa zona da cidade, e agora vamos avançar com estes projetos”. Em Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, presidente da Câmara, refere que a autarquia está apostada “em criar condições para receber mais alunos para o ensino superior, mas também para o profissional e para a área da música”. O presidente fala mesmo na possibilidade de ali se realizarem residências artísticas. A captação de mais alunos para aquele concelho é outra prioridade. “Estamos apostados numa estratégia de diferenciação e de captar alunos nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa para Idanhaa-Nova. Vamos continuar a fazer parcerias com esses países. Neste momento estudam no nosso concelho mais de 100 alunos desses países”, explica. Daí que a questão do alojamento seja importante. Armindo Jacinto fala também da requalificação da zona antiga de Idanha-a-Nova, já que todos os edifícios a recuperar se localizam aí. K

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João Ruivo, Helena Mesquita e Paulo Afonso

Manual internacional editado 6 Os investigadores e docentes ligados ao Instituto Politécnico de Castelo Branco, João Ruivo, Helena Mesquita e Paulo Afonso, são três dos autores da edição trienal do manual internacional sobre a formação de professores em todo o mundo (International Handbook of Teacher Education Worldwide), dado à estampa em Nicosia pela editora HM, Studies & Publishing. Este manual, de cerca de três mil páginas, dividido em três volumes, abrange a quase totalidade dos sistemas educativos mundiais, tendo cabido aos investigadores de Castelo Branco a redação do capítulo referente a Portugal (Teacher Education in Portugal). Esta obra retrata a situação atual da formação docente em todo o mundo e pretende ser uma im-

portante contribuição para a bibliografia internacional em Ciências da Educação, designadamente na área da formação profissional de docentes, dado que se trata de uma edição considerada pelos especialistas como indispensável aos investigadores, aos centros e unidades de investigação e às instituições de formação de professores e de educadores que se queiram projetar no século XXI. Nesta extensa obra, foi intenção dos editores estudar e atualizar uma área que constitui a maior importância no diálogo moderno em educação e na formação da profissionalidade dos docentes que trabalham em sistemas de ensino obrigatório. A análise das comparações, semelhanças e diferenças, dá a opor-

tunidade de fazer emergir as “boas práticas”, e também abrir novas problemáticas e interpretações, em termos de discussão académica e proposições de mudanças, nesta área de investigação constituída pela formação e reconversão permanente dos docentes, face à globalização da escola e das economias e à proximidade gerada pelas tecnologias da informação e da comunicação. O International Handbook of Teacher Education é prefaciado pelo prestigiado professor Michael Happle, da Universidade de Wisconsin (USA), e tem como editores os professores Kostas Karras, da Universidade de Creta, na Grécia, e professor Charl Wolhuter, da Universidadede North-West, da África do Sul. K

IPCB

Curso breve para executivos 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco está a realizar desde o passado dia 25 de fevereiro a primeira edição dos cursos de formação para executivos, informou a instituição em comunicado. Esta oferta resulta de uma parceria estabelecida com a AEBB – Associação Empresarial da Beira Baixa. Para já, estão a ser ministrados cursos nas áreas de Finanças para não Financeiros e Gestão Administrativa de Recursos Humanos e Direito do Trabalho, com as aulas a funcionarem em horário pós-laboral nas instalações da Escola Superior de Educação do IPCB. Os cursos têm uma duração de 25 horas/cada e são assegurados por docentes da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova do IPCB, sendo o grupo de formandos constituído por empresários, dirigentes e outros quadros e/ou colaboradores de Pequenas e Médias Empresas. Em nota de imprensa, o presidente do IPCB, António Fernandes,

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refere que estes “cursos permitem desenvolver uma cultura de formação ao longo da vida e inserem-se na estratégia definida para a instituição de realizar formações orientadas para a vertente profissional, permitindo responder às necessidades específicas das empresas da região. Trata-se de um projeto que deverá ter continuidade, alargando as formações a outras áreas com conhecimento onde o IPCB tem capacidade instalada. Em breve serão apresentadas formações de outras

áreas de conhecimentos, envolvendo docentes de outras Escolas do IPCB”. Já o presidente da AEBB, José Gameiro, realçou a importância desta iniciativa que demonstra uma aproximação cada vez maior entre a academia e o tecido empresarial regional. Sublinhou ainda a disponibilidade da AEBB em continuar a colaborar com o IPCB, no sentido de estabelecer pontes e facilitar a interação entre as empresas e o meio académico. K

ESGIN foi à BTL T A Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova do IPCB esteve presente na edição 2019 da Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL que decorreu entre os dias 13 a 17 de março na Fil, em lisboa. A presença da ESGIN-IPCB foi assegurada através da RIPTUR Rede de Instituições Públicas do Ensino Superior Politécnico com Cursos de Turismo, uma rede criada em 2016, por 17 Instituições de Ensino Superior, com o objetivo de dinamizar, desenvolver e difundir a investigação em turismo, contribuindo para a aproximação e colaboração das estruturas de investigação especializadas nesta área. Durante o evento a RIPTUR apresentou alguns dos seus projetos em curso. K

Liderança na escola T Alunos finalistas da ESGIN-IPCB realizaram uma atividade de “Chefia e Liderança”, orientada pelo Comando Territorial de Castelo Branco da GNR e pelo Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) – Especialidade de Busca e Resgate em Montanha (BRM). A iniciativa, organizada no âmbito da unidade curricular de Liderança e Gestão de Equipas, decorreu no Centro de Atividades Escutistas, no Monte do Trigo, em Idanhaa-Nova e envolveu alunos das licenciaturas em Gestão Comercial, Gestão Hoteleira, Gestão Turística e Contabilidade e Gestão Financeira. Tratou-se de um exercício prático, com o objetivo de desen-

volver competências sociais e emocionais, associadas a gestão do stress, gestão de conflitos, coordenação de equipas, inteligência emocional, autocontrolo, capacidade de motivação, influência e persuasão, comunicação assertiva, planeamento, estratégia e tomada de decisão. Uma ação que permitiu exercitar os conteúdos teóricos apreendidos em contexto de sala de aula. K

Feira de emprego T A Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova do Instituto Politécnico de Castelo Branco, encontra-se a organizar a 6ª edição da Feira do Emprego e do Empreendedorismo, a decorrer no próximo dia 26 de março. A Feira do Emprego e do Empreendedorismo é uma iniciativa dirigida essencialmente aos estudantes das formações da ESGIN-IPCB, em particular aos finalistas que em breve entrarão no mercado de trabalho. Do programa consta uma mesa redonda constituída por Instituições da região que irão procurar responder à questão colocada pelos jovens quando terminam a sua formação: “Sou finalista! E agora? Oportunidades e Desafios”. Participarão nesta mesa redonda, o Instituto do Emprego e Formação Profissional – IEFP, o Banco Montepio, Dielmar, Twintex, Sementes Vivas e Bioexplant. O programa termina com a palestra de Peter Giacomini, um experiente consultor na área da gestão, que fará uma sessão de motivação para os participantes. K


ctesp e licEnciaturas cursos técnicos supEriorEs profissionais (ctesp) Escola supErior aGrária

Escola supErior dE Educação

Análises Químicas e Biológicas Cuidados Veterinários Produção Agrícola Proteção Civil Recursos Florestais

Assessoria e Comunicação Empresarial Desporto Recreação Educativa para Crianças

Escola supErior dE artEs aplicadas

Gestão Empresarial Organização e Gestão de Eventos

Comunicação Audiovisual

Escola supErior dE tEcnoloGia

Automação e Gestão Industrial Comunicações Móveis (em parceria com a Altran – Fundão) Desenvolvimento de Produtos Multimédia Fabrico e Manutenção de Drones Instalações Elétricas e Telecomunicações Reabilitação do Edificado Redes e Sistemas Informáticos Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação

Escola supErior dE GEstão

licEnciaturas Escola supErior aGrária

Agronomia Biotecnologia Alimentar Enfermagem Veterinária Engenharia de Protecção Civil

Escola supErior dE artEs aplicadas

Design de Comunicação e Audiovisual Design de Interiores e Equipamento Design de Moda e Têxtil Música variante de: Canto / Formação Musical / Instrumento / Música Electrónica e Produção Musical

Escola supErior dE Educação

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Desporto e Actividade Física Educação Básica Secretariado Serviço Social

Ciências Biomédicas Laboratoriais Enfermagem Fisiologia Clínica Fisioterapia Imagem Médica e Radioterapia

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Gestão (ramo de Contabilidade ou ramo de Recursos Humanos) Gestão Comercial Gestão Hoteleira Gestão Turística Solicitadoria

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Escola supErior dE tEcnoloGia

Engenharia Civil Engenharia das Energias Renováveis Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações Engenharia Industrial Engenharia Informática Tecnologias da Informação e Multimédia

www.ipcb.pt MARCO , 2019 /// 013


Cooperação

Cetemares

Angola e Leiria juntos 6 O Centro de Investigação e Desenvolvimento, Formação e Divulgação do Conhecimento Marítimo (CETEMARES), em Peniche, recebeu, no passado dia 19, a visita de uma comitiva angolana, liderada pela ministra angolana do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo, que se fez acompanhar por investigadores e representantes de instituições de ensino superior e de centros de investigação angolanos. Em Leiria, marcou também presença o Secretário de Estado do Ensino Superior, Sobrinho Teixeira. Esta comitiva percorreu o nosso país, no âmbito da “Semana de Ciência Portugal-Angola”. O

grupo teve oportunidade de conhecer de perto o trabalho do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (Mare-IPLeiria) e visitar os laboratórios, que diariamente procuram criar conhecimento e soluções para a sociedade no domínio dos ambientes e recursos marinhos. A “Semana de Ciência Portugal-Angola” terminou no dia 20 de março, visou o diálogo e o reforço da cooperação entre Portugal e Angola nas áreas da oceanografia e interações atlânticas, biomedicina, acreditação no ensino superior, financiamento e gestão de ciência e tecnologia. O MARE é uma unidade de I&D classificada como excelen-

te, na área das Ciências do Mar, pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. Esta unidade centra a sua investigação nas áreas da Biotecnologia Marinha, Biologia Marinha e Sustentabilidade e Recursos Alimentares Marinhos. Alguns exemplos do trabalho desenvolvido são o Bubble Net, uma rede de bolhas que permite capturar pescado; desenvolvimento de cultivo sustentável de pepino do mar; desenvolvimento de revestimentos comestíveis com extratos de origem marinha; sabonetes com algas marinhas; hamburger de pescado; o Pão D’algas; azeite enriquecido com algas; gelado de algas e kefir, entre muitos outros. K

Embaixadora de Cuba visitou IPLeiria 6 Mercedes Martínez Valdés, a nova Embaixadora de Cuba em Portugal, realizou uma visita institucional ao Politécnico de Leiria para conhecer melhor a experiência desta instituição ao nível da cooperação com os países da América Latina. Durante o encon-

tro foram discutidas as possibilidades de cooperação, nomeadamente ao nível do estreitamente de relações com universidades cubanas, tendo em vista a concretização de intercâmbio de docentes, estudantes e investigadores em áreas de interesse comum. K

Estudo nacional revela

Politécnicos fixam os seus diplomados Simpósio em Leiria

Segurança em debate 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão acolheu, entre os dias 6 e 8 de março, o “II Simpósio Ibérico de Segurança Rodoviária (SIRS)”, dando palco ao debate de questões transversais que fazem parte da agenda internacional e das preocupações gerais dos cidadãos. Além das Jornadas de Protecção Civil dos Bombeiros Municipais de Leiria, o programa desenvolveuse em três tópicos principais relacionados com a Segurança

014 /// MARCO , 2019

Rodoviária: Situação Atual da Sinistralidade, Prevenção e o Futuro. Durante a sessão de abertura, Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria, recordou o papel determinante da instituição em matérias de segurança rodoviária, nomeadamente ao nível da educação, infraestruturas, mobilidade, investigação e desenvolvimento automóvel. A organização desta iniciativa conjunta envolveu entidades

portuguesas e espanholas: Politécnico de Leiria, Associação Vertentes e Desafios da Segurança (ASVDS), Município de Leiria (Bombeiros Municipais), Universidad de Extremadura, Guardia Civil e Asociación de Prevención Extremeña (APREVEX). O projeto teve início em Espanha (Cáceres), em abril de 2018, tendo como horizonte a promoção anual do evento, a decorrer alternadamente em Portugal e Espanha. K

6 Cerca de 1/3 dos estudantes dos institutos politécnicos portugueses tem origem na região onde estão implantados e 55% dos alunos diplomados ficam na região logo após a conclusão dos seus cursos. Este é um dos resultados preliminares do estudo que está a ser feito através de uma colaboração com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) e o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa (IGOT-UL). Os dados preliminares, cujos resultados finais deverão ser apresentados a curto prazo, revelam ainda que o ensino politécnico contribui para a “democratização do acesso ao ensino superior, dado o efeito de proximidade às populações de territórios mais afastados dos grandes centros”, tem ainda um papel fundamental na “quali-

ficação da população e valorização profissional ao longo da vida” e na “transferência de tecnologia (com a ligação às empresas), na colaboração com a Administração Pública e com o 3º setor, bem como na dinamização de atividades culturais (que dificilmente ocorreriam sem a intervenção dos agentes do Ensino Superior)”. O estudo está a ser efetuado em diferentes zonas do país, a saber: Região Norte: Bragança; Cávado e Ave; Viana do Castelo; Região Centro: Castelo Branco; Coimbra; Guarda; e Leiria; Tomar; e Viseu; Região Alentejo: Beja; Portalegre e Santarém; e Região AML: Setúbal. Estes dados foram adiantados pelo Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), no final de uma reunião, realizada a 8 de março, para avaliar os impactos das atividades dos Institutos Politécnicos. K


Através da matemática

Politécnico de Leiria desafia empresários 6 O Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentável do Produto (CDRSP) e o departamento de Matemática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria, organizam o próximo o European Study Group with Industry (ESGI) de 1 a 5 de julho de 2019, informou a instituição, em nota de imprensa enviada ao Ensino Magazine. Neste evento os empresários podem identificar e os seus problemas industriais que a matemática pode resolver. Paula Faria, investigadora do CDRSP-IPLeiria e docente do Departamento de Matemática da ESTG do Politécnico de Leiria e chair deste evento internacional, refere que a aposta passa por “desafiar os empresários da indústria a virem ter connosco, apresentarem-nos os seus problemas e ajudá-los a formularem os seus problemas. Quase todos os problemas industriais têm questões matemáticas intrínsecas, nem sempre visíveis ao princípio”. Dois eventos precedem o ESGI 2019. O 1º, FromAcademy, decorreu a 28 de novembro. Neste evento a academia apresentou alguns dos problemas discutidos em ESGI anteriores. Na plateia estiveram alguns dos empresários da nossa região em conjunto com restantes colegas matemáticos, o presidente do Consórcio Português, Ma-

nuel Cruz (PT-MATHS-IN) e do Consórcio Europeu da Matemática para a Indústria e Inovação (ECMI), Adérito Araújo. O 2º, o Workshop internacional FromIndustry, irá decorrer no dia 3 de abril, entre as 17h00 e as 19h00 no CDRSP, na Marinha Grande. O programa inclui a intervenção de Paula Faria, bem como as apresentações de empresários, que submetam os seus problemas até ao dia 27 de março, através do endereço de e-mail: esgi@ipleiria.pt. «Os problemas propostos serão selecionados para serem trabalhados. A solução ótima pretende ser encontrada pelo grupo de matemáticos que estará durante 1 semana focado na resolução do problema da empresa, cuja solução trará mais valias evidentes para as empresas participantes», indica Paula Faria. O CDRSP, em parceria com o departamento de Matemática da ESTG, organiza a 155ª edição do ESGI, que se realiza entre os dias 1 e 5 de julho, no Politécnico de Leiria. «O principal objetivo desta iniciativa é promover uma troca dinâmica de ideias entre o meio académico e o empresarial, através da partilha de experiências de outros encontros ESGI, e desafiar as empresas a apresentar problemas diferentes onde a matemática possa desempenhar um papel relevante

para chegar a uma solução», revela a organização europeia. Os European Study Group with Industry (ESGI) são eventos dinamizados pelo European Consortium for Mathematics in Industry (ECMI), e são internacionalmente reconhecidos como um excelente método de transferência de tecnologia entre

a Matemática e a Indústria. Nestes eventos, investigadores industriais e matemáticos trabalham em conjunto problemas concretos de importância para a indústria e para os serviços. Esta edição portuguesa é realizada em colaboração com a Portuguese Network for Mathematics in Industry and Innovation (PT-MATHS-IN). K

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Politécnico de Leiria

Dia aberto na ESTG e ESSLei 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTGLeiria) e a Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria (ESSLei) dinamizam o “Dia Aberto 2019”, que se realiza entre os dias 28 e 30 deste mês. Já na 21.ª edição, este evento abre as portas a todos aqueles que pretendam conhecer de perto a oferta formativa, os projetos e as dinâmicas destas escolas do Politécnico de Leiria. Os dias 28 e 29 de março são especialmente dirigidos a grupos de estudantes e pro-

fessores. Através de uma visita guiada, os participantes são convidados a descobrir e explorar o campus através da diversão: experiências laboratoriais, jogos e exposições. No sábado à tarde (14h17h), dia 30 de março, as atividades destinam-se a toda comunidade: jovens, encarregados de educação e famílias que queiram, através de visitas livres ou guiadas (inscrição prévia), contactar de forma personalizada com as diferentes áreas da Saúde, Ciência e Tecnologia disponibilizadas pela ESTG e ESSLei. K

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,

POLITECNICO

ENSINO MAGAZINE

Alojamento no Superior

Sobrinho Teixeira, secretário de Estado do Superior

Politécnico de Setúbal é um exemplo nacional 6 O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, considera o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) e o seu trabalho de promoção da empregabilidade como um bom exemplo do percurso de sucesso que o ensino superior politécnico tem vindo a fazer em Portugal, desde há 40 anos. “A grande missão do ensino politécnico é este envolvimento com a atividade social, económica e cultural de uma região, é promover o desenvolvimento das regiões e a

coesão territorial”, disse, por ocasião da abertura oficial da Feira de Emprego, a 14 de março, no âmbito da 5ª Semana da Empregabilidade, que felicitou pelo “número expressivo de empresas presentes”. Naquele que é já o maior evento de emprego do ensino superior, o secretário de Estado aproveitou igualmente para apelar àquilo que considera ser um desígnio nacional. “Continuar a aumentar a percentagem de jovens com qualificação superior é um desafio para todos os portugueses, e não

só para o Governo”, sublinhou, apontando como objetivo “chegar a 2030 com 60 por cento da nossa juventude qualificada”. Pedro Dominguinhos, presidente do IPS, destacou a Semana da Empregabilidade como uma das “atividades fundamentais” promovidas anualmente para “potenciar a inserção dos nossos estudantes no mercado de trabalho”, cujos resultados estão à vista. “Somos o segundo politécnico com a mais elevada taxa de empregabilidade”. K

Recursos, logística e formação

Coimbra e Hospital da Luz parceiros na formação 6 O Politécnico de Coimbra e o Hospital da Luz acabam de assinar um acordo de colaboração que visa cooperar com vista ao melhor aproveitamento das potencialidades humanas e logísticas, implementar ações destinadas à melhor convergência entre o ensino e as necessidades de desenvolvimento de sectores e/ou à preparação de quadros e ainda promover a formação profissional e pedagógica, de cada uma das partes. Assinado a 19 de fevereiro, o acordo prevê, ainda, facultar aos alunos do IPC a realização de estágios curriculares e/ ou colaborar na orientação de estudos ou trabalhos académicos, bem como a realização conjunta

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de cursos, seminários ou conferências. O protocolo foi assinado por Jorge Conde, presidente

do Politécnico de Coimbra e por Pedro Beja Afonso, administrador do Hospital da Luz. K

Residências para Viseu 6 O Politécnico de Viseu (IPV) sinalizou três edifícios em Viseu e dois em Lamego para serem recuperados e adaptados no âmbito do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES), o que permitirá a disponibilização de 200 novas camas em Viseu e 80 em Lamego. No âmbito do PNAES, que visa a reabilitação de imóveis para acolher estudantes do ensino superior, poderão ser recuperados em Viseu uma exresidência de estudantes na Quinta da Carreira e dois projetos conjuntos em colaboração com o Município, além de dois outros edifícios em Lamego. Nestas novas unidades preten-

de-se adotar um novo modelo de residências, centrado em pequenos apartamentos, abandonando o conceito convencional, centrado em quartos, já muito pouco atrativo para os estudantes. O IPV disponibiliza atualmente 320 camas, em três Residências de Estudantes, situadas no Campus Politécnico, destinando-se, preferencialmente, a alunos bolseiros: 132 quartos duplos, 50 individuais e 6 preparados para estudantes com necessidades especiais, todos elas dotadas de excelentes condições. A taxa de ocupação costuma ser na plenitude, estando atualmente ocupadas 280 camas. K

Internacionalização

Viseu alarga parcerias 6 O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) definiu como um dos pilares da sua estratégia de internacionalização a ampliação da rede geográfica das parcerias, visando aumentar os índices de mobilidade, criar um campus internacional e estabelecer uma rede de parceiros estável que desenvolva projetos conjuntos no futuro. Com um total de 150 acordos de cooperação internacional, ao abrigo do programa Erasmus+, acordos amplos de cooperação e memorandos de entendimento, será possível concretizar, no final do corrente ano letivo, mais de 610 ações de mobilidade em dois anos académicos. A amplitude geográfica deste mapa de cooperação é muito extensa, desde países do espaço europeu, até à Bielorrússia,

Bósnia e Herzegovina, Brasil, China, Rússia, Sérvia e Ucrânia. No que respeita à mobilidade de estudantes, 152 alunos estão a realizar um período de mobilidade no espaço europeu, enquanto o Politécnico de Viseu foi a escolha de138 estudantes europeus, provenientes da Alemanha, Bélgica, Croácia, Espanha, Finlândia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Noruega, Polónia, República Checa e Turquia. Os professores das instituições europeias congéneres também escolhem o IPV para realizarem as suas atividades Erasmus+. Serão previsivelmente 19 os docentes estrangeiros que estarão no Politécnico de Viseu. K Sandra Familiar e Joaquim Amaral _


Espetáculo

Politécnico de Beja em modo de Jazz 6 O Instituto Politécnico de Beja realiza, no dia 27 de março, pelas 21H30 o espetáculo Quórum Ballet “Em modo Jazz”. A iniciativa decorre no auditório dos serviços comuns do Instituto Politécnico Comuns. O Quorum Ballet é uma companhia de dança contemporânea de repertório que apresenta um elevado nível de exigência, rigor e qualidade nos seus espectáculos. Foi fundada em 2005 pelo seu director artístico, coreógrafo e bailarino Daniel Cardoso e Theresa da Silva C. Já actuou em diversas salas como o Teatro Camões, CCB, Teatro Tivoli, Teatro Municipal de Faro, Teatro TEMPO, Casa da Música do Porto, Santa Maria da Feira, entre muitas outras. A nível internacional, a companhia apresentou as suas peças na Dinamarca, EUA (N.York), Polónia, Singapura, Macau, China, Chipre, Sérvia, Equador, Holanda, Tailândia, Argélia, Espanha, Alemanha, Suíça, Roménia e Finlândia. K

Protocolo assinado

IPGuarda e Altice juntos 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) assinou com o grupo Altice um protocolo de colaboração, que tem por objetivo a colaboração de especialistas do centro de inovação Altice Labs em cursos lecionados no IPG. Em nota de imprensa divulgada na página oficial de facebook da instituição da Guarda, o IPG refere que a implementação de ações de colaboração “científico-tecnológica no domínio das especialidades” do IPG e da Altice Labs “tem em vista o desenvolvimento de atividades voltadas para a formação de recursos humanos e difusão de conhecimentos”. O presidente do IPG, Joaquim Brigas, que adiantou serem as áreas de engenharia informática, redes, “cloud”, “datacenter”, testes de software e cibersegurança as abrangidas por esta parceria. Neste contexto, estão previstos “projetos conjunto de formação pós-graduada, de cursos Técnicos Superiores Profissionais (de dois anos), estágios em projetos de Investigação & Desenvolvimento e intercâmbio de especialistas entre as duas instituições”. Na mesma nota, o presidente do Instituto Politécnico da Guarda considera que através desta colaboração com “uma das mais inovadoras unidades empresariais portuguesas” o IPG garantirá “novas dinâmicas

Instituto Miguel Torga

Daniel Raposo fala no Instituto Miguel Torga 6 Daniel Raposo, designer de comunicação e docente do Instituto Politécnico de castelo Branco, com trabalho relevante na área da identidade visual corporativa, vai ser o orador da conferência Aulas Abertas 2019, promovida pelo Instituto Superior Miguel Torga (ISMT). Nesta iniciativa, que decorre a 25 de março no âmbito do Curso de Design de Comunicação do ISMT, Daniel Raposo abordará aspetos como normalização gráfica, design de identidade, identidade visual, imagem corporativa, branding, signos e símbolos. Autor de diversos artigos científicos e de opinião, Daniel Raposo é igualmente co-autor do livro “Ver, oír y sentir letras”, publicado em Bilbao (Espanha), de “Design de Identidade e Imagem Corpora-

tice Labs, dos projetos de dissertação dos mestrados lecionados no IPG, sobretudo nas áreas de especialização em Engenharia Informática; o documento, assinado na passada quinta-feira, contempla a colaboração de especialistas da Altice Labs e de docentes do Politécnico da Guarda em atividades docentes ao nível de cursos específicos de pós-graduação que resultem de propostas formuladas pelas duas instituições. K

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C A N D I D AT U R A S 2 0 1 9 / 2 0 2 0 CIÊNCIAS EMPRESARIAIS CIÊNCIAS SOCIAIS E DO COMPORTAMENTO DESIGN / MULTIMÉDIA INFORMÁTICA JORNALISMO

ANO ZERO

Inclui apoio de preparação para os exames do 12.º ano Possibilidade de prosseguimento de estudos nos cursos de licenciatura do ISMT

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL DESIGN DE COMUNICAÇÃO GESTÃO GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

LICENCIATURAS

INFORMÁTICA

(duas áreas de especialização) * Sistemas de Informação Empresariais * Desenvolvimento de Software

JORNALISMO MULTIMÉDIA PSICOLOGIA SERVIÇO SOCIAL

tiva” das Edições IPCB, e co-autor, com Joan Costa, do livro “A rebelião dos signos”. K

Exposição

Perfume em Beja 6 O Museu Botânico do Instituto Politécnico de Beja tem patente a exposição Perfume - Uma Viagem Sensorial, até 6 de maio. A exposição apresenta matérias-

de transformação digital, aproximando o sistema académico e científico português do melhor tecido produtivo nacional”. Para Joaquim Brigas esta é uma forma de ser melhorada a interação com a sociedade e o território, “estimulando, em conjunto com a Altice Labs, atividades de criação e de promoção de emprego qualificado” no nosso país, Com a assinatura do referido protocolo, será viabilizada a divulgação, junto da Al-

primas, de origem vegetal, que a contemporânea arte da perfumaria utiliza nas suas criações. Pode ser visitada entre as 9 e as 18 horas, de segunda a sexta-feira. K

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

MESTRADOS

PSICOLOGIA CLÍNICA SERVIÇO SOCIAL

CIÊNCIAS EMPRESARIAIS

PÓS-GRADUAÇÕES

CIÊNCIAS SOCIAIS E DO COMPORTAMENTO consultar

http://www.ismt.pt/pg

Protocolos com instituições

Descontos no valor das propinas para associados, cônjuges e filhos

Parcerias para realização de estágios curriculares e extra-curriculares

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Ciências experimentais nas escolas

Com a Japan University of Economics

IPSetúbal assina protocolo 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) acaba de estabelecer um acordo de parceria com a Japan University of Economics (JUE), centrado nas Ciências Empresariais e na área do Marketing, estabelecendo, em traços gerais, o intercâmbio entre ambas as instituições no que respeita a docentes e investigadores, pessoal não docente e estudantes, a troca de informação e materiais académicos, bem como a colaboração em projetos de investigação e a organização conjunta de conferências.

O acordo, assinado a 27 de fevereiro, pelo presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, e pela presidente da JUE, Asuka Tsuzuki, seguindo-se à submissão de uma candidatura ao programa Erasmus+, através da sua ação-chave 1 - Internacional Credit Mobility (ICM), que promove o intercâmbio com instituições localizadas fora do espaço europeu, para financiamento da mobilidade de docentes, não docentes e estudantes de Ciências Empresariais, com

especial enfoque na área do Marketing. A reunião de trabalho com a comitiva japonesa, que integrou igualmente Bruno Kurt Christiaens, diretor do Departamento de Global Business da JUE, decorreu na Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE/IPS), seguindo-se uma visita ao laboratório de Contabilidade e Finanças, onde os novos parceiros do IPS tiveram oportunidade de conhecer a dinâmica de uma aula de Simulação Empresarial. K

Em Setúbal

Curso de língua Chinesa 6 Os estudantes de Acupuntura e de Engenharia de Automação, Controlo e Instrumentação do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) já têm acesso a aulas de Língua Chinesa (mandarim), graças a uma parceria com o Instituto Confúcio da Universidade de Lisboa (ICUL). O novo curso é uma forma de “reforçar a cooperação com as universidades chinesas com quem temos parcerias nestas áreas do conhecimento”, referiu o presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, na cerimónia que antecedeu a aula inaugural, no campus de Setúbal. O Curso de Língua Chinesa, que arrancou a 6 de março, surge na sequência de dois importantes projetos que resultam de parcerias estabelecidas recentemente entre o IPS e instituições de ensino superior chinesas. Nomeadamente a Oficina Lu Ban Portuguesa, inaugurada em dezembro último, em parceria com a Escola Vocacional de Mecânica e Eletricidade de Tianjin, e a dupla titulação da licenciatura em Acu-

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puntura, assinada em julho, com a Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Tianjin. “A língua é uma das peças fundamentais da cultura chinesa e esta é uma estratégia muito clara para reforçar as competências dos estudantes do IPS, no quadro destas relações que temos com universidades chinesas, e também de afirmar a credibilidade do IPS no ensino da Acupuntura, cooperando com os melhores”,

adiantou o presidente do IPS. Pedro Dominguinhos informou ainda que, a partir do próximo mês de setembro, está previsto alargar o ensino da língua chinesa também à restante comunidade académica do IPS, bem como à comunidade externa, com destaque para os empresários da região. “Sabemos que hoje em dia as relações económicas entre Portugal e a China são cada vez mais relevantes”, sublinhou. K

EST de Setúbal foi ao Barreiro 6 A Ciência está de visita às escolas do concelho do Barreiro, pelas mãos de docentes da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, no âmbito de um projeto da Câmara Municipal do Barreiro que visa promover o sucesso escolar e o interesse pela ciência e tecnologia. A primeira ação da parceria, a 6 de fevereiro, decorreu na Escola Básica Cidade Sol, conduzida pela docente Natália Osório, que ensinou aos alunos dos 3.º e 4.º anos como se faz a manteiga, apenas com recurso a natas pasteurizadas, gelo e sal fino. Uma experiência simples, ao alcance de todos, mas que serviu para aprender de onde vem o

leite e quais os seus constituintes, para além de todo o processo de produção, em trabalho de equipa, com um resultado que eles próprios tiveram oportunidade de provar. Paralelamente, está também a decorrer o conjunto de ações ‘A Escola é feita de Ciência’, destinadas aos alunos do 3.º ciclo e ensino secundário. A primeira das sete atividades previstas para o presente ano letivo decorreu na Escola Alfredo da Silva, no passado 13 de fevereiro, e debruçouse sobre o cultivo e as aplicações das microalgas, dinamizada pela docente de Biotecnologia, Carla Santos. K

Estudante Internacional

Setúbal abre portas a não-Europeus 6 O Instituto Politécnico de Setúbal tem abertas as candidaturas, até 31 de março, para a primeira fase do concurso especial para Estudantes Internacionais, abrangendo os estudantes que não têm nacionalidade portuguesa nem são oriundos de um estado membro da União Europeia. Com 40 anos de percurso, o IPS é hoje uma instituição de ensino superior com um marcado ambiente internacional, fruto da crescente procura de jovens estrangeiros em busca de uma experiência académica e cultural enriquecedora.

Mais de 800 estudantes de intercâmbio passaram pelas suas cinco escolas superiores, ao longo dos últimos cinco anos, e são atualmente 80 os jovens que se encontram no IPS ao abrigo do estatuto de Estudante Internacional, oriundos sobretudo de Angola, mas também do Brasil e de Cabo Verde. O concurso especial para Estudantes Internacionais conta ainda com mais duas fases de candidaturas, entre 10 de maio e 16 de junho (segunda fase), e de 30 de setembro a 3 de novembro (terceira fase). K

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Instituto Politécnico de portalegre atribui distinção

Adriano Moreira é professor Honoris Causa 7 Adriano Moreira foi distinguido pelo Instituto Politécnico de Portalegre com o título de Professor Honoris Causa. A entrega deste título, o mais importante atribuído por aquela instituição de ensino, decorreu no passado dia 22 de março, durante a primeira sessão do ciclo de Conferências Politécnico da Primavera. A ocasião foi aproveitada pelo antigo ministro e deputado, para referir que “tem estado atento ao que os institutos politécnicos têm andado a fazer. Ainda não se lhes fez justiça pelo trabalho que têm feito”, disse o homem que entre 1998 e 2007 liderou a Comissão de Avaliação do Ensino Superior, e que no século passado foi responsável pela implementação do ensino superior em Angola e Moçambique. Adriano Moreira é um dos estadistas portugueses mais respeitados. Advogado, foi ministro do Ultramar, no Estado Novo, tendo implementado medidas concretas que não agradaram a Oliveira Salazar, foi deputado na Assembleia

da República, vice-presidente da Assembleia da República, e presidente do CDS. Tem das mais altas condecorações nacionais e internacionais, mas em Portalegre ficou emocionado com o título que lhe foi atribuído. “Este é um dos atos que mais me comove e mais me recompensa”, disse, para depois mostrar preocupação “com a desordem em que se encontra o mundo. A esperança é a reação

dos jovens e das crianças perante os mais velhos, mostrando-lhes o legado que lhes estão a deixar”. Aos 97 anos, Adriano Moreira, dava assim o mote para uma conferência sobre o tema “Conciliar o Mundo”, numa sessão em que marcaram presença o Secretário de Estado de Valorização do Interior, João Paulo Catarino, a presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira, e a comunidade

académica de várias instituições de ensino portuguesas que se quis associar à iniciativa. “Adriano Moreira é um pensador à frente do seu tempo”, recordou Albano Silva, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, para depois acrescentar que “o professor é, hoje, uma referência indiscutível do Portugal contemporâneo”. A atribuição do título de professor honoris causa

mereceu unanimidade na academia de Portalegre. Com esta iniciativa o ciclo de Conferências Politécnico da Primavera começou da melhor maneira. “É uma atividade que se enquadra na missão, visão e valores do Politécnico de Portalegre e que reúne vários parceiros. Fica claro a enorme vontade de unir e incluir para fazer acontecer”, explicou Albano Silva. Também Adelaide Teixeira, presidente da Câmara de Portalegre, destacou o ciclo de conferências, na qual a autarquia a que preside também está associada, aproveitando a sua intervenção para elogiar o homenageado: “Adriano Moreira é um dos homens mais relevantes da história do nosso país”. O ciclo de Conferências Politécnico da Primavera é realizado em parceria entre o Instituto Politécnico de Portalegre, Câmara de Portalegre, Junta de Freguesia da Sé e São Lourenço, e Instituto para o Desenvolvimento, Cultura e Ciência. K

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On Strategy 2019

Santander, é a melhor marca

Candidaturas abertas

Santander e Yale levam alunos ao Estados Unidos 7 A Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e o Santander, através do Santander Universidades, tem abertas as inscrições para um programa que permitirá aos estudantes do ensino superior estudarem na Universidade de Yale, durante cinco semanas, no verão. O Santander-Yale International Summer

Experience Program decorrerá entre 30 de junho e 3 de agosto. As inscrições estão abertas na plataforma do programa, através do link: http://bit.ly/2EjGLgi. Podem concorrer a este programa todos os estudantes, com idades entre os 19 e os 24 anos, que estudem numa instrução de ensino superior que integra a rede Santan-

der Universidades e que sejam elegíveis para obter o visto válido nos Estados Unidos. Beatriz Santos, aluna bolseira da Nova FCSH, participou nesta experiência. “Foi uma experiência incrível, em termos pessoas e académicos”, referiu à reportagem do Santander Universidades. Em Yale, a aluna concluiu dois módulos formativos. K

O primeiro em Portugal

Santander abre primeiro Work Café 7 O Santander inaugurou , dia 12 de março, o primeiro Work Café em Portugal, um novo modelo de balcão, que é simultaneamente uma cafetaria, informou a instituição bancária em comunicado. Com um layout moderno e sofisticado, o Work Café possui um espaço de co-working onde Clientes e não Clientes podem trabalhar, beber um café, estudar ou promover uma reunião. O Santander estabeleceu uma parceria com o Grupo Delta, o maior produtor de café do país e com qualidade reconhecida, e privilegia produtos alimentares também de elevada qualidade, numa ótica saudável e “gourmet”. O novo espaço, localizado na zona das Amoreiras, em Lisboa, representa uma inovação em termos de relação bancária, ao criar uma nova experiência no público em geral, com espaços acessíveis a todos. Em modo “open space”, o Work Café privilegia locais amplos e abertos, para permitir a sua utilização em pleno por parte da comunidade. A inauguração contou com a presença do presidente do Conselho de Administração do Banco Santander em Portugal, António Vieira Monteiro, do presidente executivo, Pedro

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Castro e Almeida, do administrador cxecutivo, Miguel Belo de Carvalho, e do CEO da Delta Cafés, Rui Miguel Nabeiro. A zona de co-working do Work Café pode ser utilizada por qualquer pessoa, seja num âmbito profissional, de estudo ou numa perspetiva de lazer. Para Clientes que queiram reunir em locais mais reservados, estão tam-

6 O Santander é a marca com a melhor reputação da banca em Portugal, segundo o estudo da Global RepScore Pulse, desenvolvido pela On Strategy 2019. É a terceira vez consecutiva que o Santander ocupa esta posição, liderando nos vários atributos analisados, entre eles: liderança, inovação, performance, responsabilidade social corporativa, governance, cidadania e local de trabalho. Tanto na reputação emocional como na racional, o Santander apresenta uma pontuação mais alta que os seus concorrentes, tendo reforçado os seus indicadores, com um crescimento em quase todas as dimensões. O Global RepScore Pulse é um estudo anual da ON STRATEGY em parceria com o CORPORATE EXCELLENCE FOUNDATION que avalia os níveis emocional e racional de reputação das organizações e das marcas junto de vários stakeholders (público em geral, empresários e diretores de empresas, jornalistas, líderes de opinião, professores universitários e analistas de mercado). De uma amostra de 43 mil pessoas em Portugal, cada marca é classificada no mínimo por 1.000 inquiridos. A marca Santander tem sido por várias vezes reconhecida em Portugal. Este ano, o Banco recebeu o Prémio Cinco Estrelas na categoria de grandes bancos, numa avaliação que teve em consideração variáveis como a satisfação, a recomendação, a confiança na marca e a inovação. K

Santander simplifica

Spreads para habitação mais baixos

bém disponíveis gabinetes. Este conceito chega a Portugal, depois do Santander tem inaugurado semelhantes espaços na Argentina, Brasil, Chile e Espanha. Em 2019, está prevista a abertura de mais Work Cafés noutros pontos do país. As próximas cidades serão Coimbra, Espinho e Porto. K

6 O Santander reduziu e simplificou a grelha dos spreads de crédito à habitação em vários segmentos. Os clientes Select passam a ter um spread único de 1,10% (1,15% antes) para qualquer montante de empréstimo. Em relação aos clientes Mass Market o spread mínimo passa para 1,20% (antes 1,25%), para financiamentos acima de 150 mil euros. Também o spread base regista uma descida para 1,9% (antes 2,5%). Os clientes do Crédito Habitação do Mundo 123 terão acesso a uma taxa promocional fixa de 1,10% (antes 1,23%), nos primeiros 6 meses do financiamento. Após este período, aplica-se a grelha de spreads em vigor para cada segmento. O Santander, em Portugal, tem uma quota de produção acumulada de crédito à habitação superior a 20%. Esta alteração vem consolidar a aposta do Banco nesta área, sendo que a mesma se enquadra nos valores de apoio às famílias portuguesas. K


Editorial

Sobre a qualidade na educação 7 Por toda a Europa se manifestam evoluções significativas quanto ao conteúdo a dar ao termo “qualidade em educação”. Todos os sistemas educativos tentam desenvolver procedimentos de qualidade, promover a qualidade de formação do seu corpo docente, fazer com que a educação e a formação sejam contínuas, isto é, ao longo da vida, bem como requalificar os gastos públicos com a educação, através de uma relação mais positiva entre custos e eficácia. Os diferentes relatórios sobre a educação e a formação, publicados pela União Europeia, têm vindo, cada vez mais, a colocar no centro do debate educativo todas estas matérias, que emergem com a necessidade de promover, definir, avaliar e manter a qualidade

dos sistemas educativos e a qualificação dos jovens, para que enfrentem com sucesso os desafios da globalização. A procura dessa qualidade tem sido vista, nos primeiros anos da educação básica, como a tentativa de imprimir um novo destaque à aquisição e controlo de competências básicas, em particular referentes a três matérias fundamentais: a leitura, a escrita e o cálculo. Por outro lado, tenta-se, nesse nível, generalizar a aprendizagem de uma língua estrangeira e incentivar a iniciação às tecnologias da informação. Neste espírito, dentro e fora do sistema educativo institucional, professores e formadores desenvolvem experiências muito inovadoras e que podem resultar em saltos qualitativos significativos na educação

formal. Sobretudo as que vão mais além, com o desenvolvimento de projectos educativos integradores e com um forte realce na educação social, para e pelos valores. Também no que respeita aos adultos se desenvolvem acções inovadoras, como as realizadas pelas Universidades Populares, da Terceira Idade, Séniores, ou mesmo as Outdoor Education, desenvolvidas entre os Britânicos, nas últimas décadas do passado século. No essencial todas estas inovações propõem exercícios, ou práticas, que transformam os procedimentos e conteúdos da formação contínua tradicional, buscando a adaptação e reformulação de comportamentos num mundo em mudança exponencial, muito mais do que a aquisição de conhecimentos abstractos e

desligados do quotidiano em que têm que aprender a viver esses jovens e esses adultos. Todas estas experiências põem em evidência que, no seio dos velhos sistemas educativos europeus, ainda existe uma capacidade criativa real entre os professores e os educadores, os quais só esperam condições de tranquilidade profissional para os generalizar às suas práticas educativas. Há entre professores e educadores mais forças de mudança do que de imobilismo e de estagnação. As primeiras são incomensuravelmente mais fortes, e delas depende o futuro educativo dos nossos jovens. Mas não é criando artificiais quadros de inesgotável polémica, em que, convenhamos, os responsáveis são múltiplos e com diferentes responsabilidades, que

se podem envolver neste esforço todas as forças e capacidades do profissionalismo dos docentes. Até porque, sabemos bem, não nos ocorre que se possam traçar cenários de futuro sem o voluntarismo dos principais protagonistas desta viagem. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

Primeira coluna

A insustentável leveza do ser 7 Vivemos numa sociedade em que a escola é constantemente posta à prova, onde os valores, a ética e a tolerância assumem interpretações diferentes, levadas ao extremo por aqueles que se acham representantes da razão, onde tudo pode ser utilizado para criticar e para apontar o dedo acusatório. No último mês ficámos a saber que nas escolas não se deve brincar ao carnaval. Quer-se dizer, pode-se brincar, mas sem colocar as coisas a preto e branco, pois há sempre o risco de acusarem o estabelecimento de ensino de ser racista e de o mesmo estar a levar as crianças e os jovens a cometerem atos racistas. Isto é, mesmo fazendo uma brincadeira, porque o Carnaval é isso mesmo, sobre as culturas e costumes de vários povos, alunos e professores foram rapidamente acusados de

estarem a ser racistas, porque alguns dos intervenientes nesse carnaval se disfarçaram de africanos e de gente de outras latitudes. Tenho um amigo que se disfarçou de mexicano, e já o avisei, eu que sou africano de nascimento e que tenho muito orgulho no continente que me viu nascer, que deveria ter cuidado com os seguidores do presidente do Estados Unidos da América, Donald Trump. Certamente que para o ano, ou não, vamos ter carnaval nas escolas. Mas quem arriscar terá que o fazer a cores, para evitar questões xenófobas ou de igualdade de género. E assim, não deverá haver problema. Fora do período carnavalesco também deve haver cuidado. Recentemente fui confrontado com um relato de que no âmbito da educação para a cidadania, uma determinada associação fez um

jogo na escola, em sala de aula, para promover a igualdade, a tolerância ou a solidariedade. O jogo, simples, fez com que num ápice, alunos, de 13 e 14 anos, tivessem que encarnar personagens de toxicodependentes, prostitutas, homossexuais, ciganos, ou refugiados, entre outras. Não entendi e voltei a perguntar. Que sim, que foi assim. Continuo com dificuldade em perceber a atividade. Cada um é como é, devemos respeitar-nos uns aos outros e apoiar aqueles que precisam, de facto, de ajuda. A isso se chama viver em sociedade e em democracia, com direitos e deveres. Não é com fundamentalismos que se faz o caminho e muito menos com imposições desta ou daquela doutrina, desta ou daquela orientação. Em nenhuma circunstância poderemos admitir que a escola

pública possa ser instrumentalizada. É o local onde os nossos filhos passam mais tempo, durante o dia, que estamos a falar. É lá que os pais sentem confiança e segurança. É lá que os alunos devem aprender as diferentes matérias. É lá que criam as suas relações interpessoais, entre pares, que também crescem. Assusta-me a ideia da escola poder ser instrumentalizada em valores como a ética, a religião, a xenofobia, a igualdade de género. A escola não é isso. Não pode ser isso. Não queremos que o seja. Não queremos que a escola seja utilizada como argumento para aproveitamentos extremistas. Porque é disso que estamos a falar. Sempre defendi que o ensino não tem fronteiras, e não ter fronteiras significa ter-se a capacidade de eliminar barreiras, de integrar, de incluir, de partilhar saberes,

de produzir conhecimento e ciência, independentemente da raça, do credo, ou da orientação de cada um. E para que isso se faça, não precisamos que brinquem com a escola (ou a coloquem em causa) por esta, uma vez por ano, brincar ao carnaval, e por no resto do calendário ser desafiada por outros que querem brincar… K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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CRÓnica

Profesores fecundos y personajes parásitos 7 Pensemos desde la universidad pública el asunto de la fecundidad académica, o acaso, al contrario, haya que hablar de la esterilidad y el parasitismo de uno de los grupos integrantes, y más importantes, de este organismo social como sucede con el de los profesores. Porque aquí hemos de partir de la universidad como servicio público. En las universidades privadas prevalece el mercado y por ello el profesor es una parte cuantificable del negocio. Esto es así de contundente, con independencia de que un profesor de una universidad privada lleve a cabo acciones personales que sintonicen, o no, con el ideario o los intereses del empresario (sea individual o corporativo), incluso puedan trascenderlos. Al fin y al cabo son los profesores quienes hacen buena y de calidad a una universidad, o, a la inversa, quienes la dejan sin vida y aliento, desde su compromiso docente, investigador, con la gestión y con la proyección externa sobre la sociedad (ahora esta última función es llamada “transferencia” por algunos influenciados de anglicismos). No se trata de esclarecer en la universidad una historia maniquea de buenos y malos, en la que unos profesores son siempre los dignos de ser imitados y otros profesores pueden ser señalados como los ruines con facilidad en las conductas que muestra su actividad habitual. Hablamos de tendencias y conductas mayoritarias que se observan en una Facultad, un Instituto de Investigación, un Departamento de cualquiera de nuestras universidades. Existen profesores que son buenos o muy buenos docentes, que preparan sus clases, respetan horarios de tutorías, dirigen con agrado trabajos fin de grado, son elegidos por los estudiantes para que les dirijan los trabajos fin de máster, dirigen con éxito excelentes tesis doctorales, y gozan de autoridad moral e inPublicidade

telectual entre compañeros y estudiantes. Al paso de los años, dentro de la Facultad/Instituto/ Departamento, es “vox populi”, se sabe quién es quién como profesor, y es frecuente coincidir en la apreciación personal y colectiva, además de los resultados más o menos aproximados que arrojen las encuestas de evaluación de la actividad docente que cumplimentan los estudiantes de cada nuevo curso académico. En la cafetería, en los pasillos, en la puerta de entrada, o en otros espacios de sociabilidad universitaria se habla de unos y otros docentes. Este tipo de profesor suele ser de trato social amable, procura estar al día en sus lecturas relacionadas con la docencia de las disciplinas que tiene asignadas, empatiza con estudiantes y compañeros, está dispuesto a trabajar y colaborar en equipo en diferentes tareas docentes, mantiene criterios armónicos en sus evaluaciones y respeta las reglas explicadas y pactadas (a veces) con los alumnos, cumple con honestidad los horarios de clase y el calendario académico que ha aprobado y publicado su universidad, suele mostrar un rostro afable cuando le corresponde intervenir como profesor, y en definitiva considera que su actividad con los estudiantes no es “carga docente”, sino que es la principal responsabilidad que debe desempeñar en la universidad. Este tipo de profesores deja “sello”, marcan, a veces hacen escuela y siempre son y serán respetados por la historia, aunque sea frecuente verlos padecer ignominias y ostracismos por quiénes desde el reino de la mediocridad, y a veces “controlando los votos” manejan los hilos del poder. Es frecuente encontrar, además, excelentes profesores que desempeñan en algún momento tareas de gestión, y que suelen ser investigadores dedicados y reconocidos en su especialidad. De ello hablaremos en otra ocasión.

Al mismo tiempo, en espacios físicos próximos dentro de la misma Facultad/Instituto de Investigación /Departamento, coexisten parásitos de la institución universitaria que tienen asignado el nombre de profesores, y que con frecuencia son ya funcionarios estables. Hay personajes casi prototípicos que son fáciles de identificar. Es el tipo individualista (a veces huraño) “que va a lo suyo”, es decir, a aprovecharse todo lo que puede de la universidad pública para medrar en lo económico, lo académico y hasta lo social y externo a la institución de educación superior. Puede ser inteligente, o no, trabajador o no, pero siempre funcionalista y utilitario, pragmático absoluto, que no pierde un minuto en los demás, y mucho menos en los alumnos (salvo que le interesen para utilizarlos a su exclusivo servicio). Es individualista total, salvo cuando “hace equipo”, es decir, concitar aliados, para dominar los espacios académicos en disputa, y no tiene inconveniente en cambiar de bando y equipo cuando el viento académico vaya en la dirección que a él le interese. Advirtamos, para evitar equívocos, que puede ser hombre o mujer, claro. Es el personaje tipo que no prepara clases ni respeta programaciones,, que no hace ni dedica tiempo a tutorías ni tampoco respeta sus horarios con los alumnos, aunque pueda ejercer de demagogo pleno siempre que pueda y le sea posible, con aprobados fáciles, y en ocasiones colectivos, y buscando con los jóvenes el estilo y el lenguaje coloquial y cervecero de un bar, aunque utilizándolo en público. Apenas dirige tesis doctorales, y cuando lo hace es para buscar fidelidad en su alumno, o quien le pueda proporcionar algún beneficio ulterior en forma de viaje al extranjero, invitaciones bien pagadas. Para él es también ocasión, rara es cierto porque apenas dirige tesis, de invitar a

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Telef./Fax: 272324645 6000-079 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt

colegas de su estilo a tribunales, propicios para trazar estrategias y “cortar trajes” a quienes consideran sus enemigos. Es un tipo sectario y excluyente hacia quienes él considera que pueden “hacerle sombra”, cuestionar sus corruptas formas de actuar, y exigirle transparencia. Con frecuencia estamos ante un tipo opaco y mediocre, que suele carecer de vida pública exterior a la universidad, pero que en ocasiones se refugia en puestos de gestión apoyándose en corruptelas, votos cautivos y mediocridades próximas cargadas de intereses. Por ello, siempre que puede, se aproxima de forma miserable a quien detenta el poder y la influencia. Lo peor de la política, y de la política académica en concreto, claro está. Este personaje hace daño a la universidad, siempre, incluso dejando mala semilla familiar, colocando hijos, amigos o próximos. El consuelo es que cuando desaparece por jubilación, enfermedad o traslado resulta un desahogo, un alivio y ganancia para todos, porque desaparece un parásito, alguien que se aprovecha de lo público en la universidad en beneficio personal exclusivo. Hablaremos en otra ocasión de su perfil “investigador”, cuando proceda, si lo tiene. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Agostinho Dias, Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Reis, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Artur Jorge, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Ribeiro, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Mota Saraiva, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Hugo Rafael, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Carlos Moura, José Carlos Reis, José Furtado, José Felgueiras, José Júlio Cruz, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Lídia Barata, Luís Biscaia, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Estatuto editorial em www.ensino.eu Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco

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APRENDER Y ENSEÑAR EN LA ERA DIGITAL

Evaluar en la nueva era 7 En la serie de colaboraciones que venimos realizando para esta publicación centramos nuestro interés en la temática del binomio aprender y enseñar. Pero dentro de esa indisoluble dualidad se esconde la tarea que mejor definen las teorías y las prácticas pedagógicas de todo docente: el talante con el que hace frente a la evaluación de los aprendizajes de sus alumnos. Por ello, nuestra última publicación dedicada a los procesos de enseñar y aprender en esta época se ha titulado “La Evaluación en la era digital” (Ed. Síntesis, Madrid). Y ello es porque si dentro de la cultura escolar -que intentamos remo-

ver- existe una dimensión que revela mejor la existencia de creencias, mitos, ritos y costumbres que se resisten al cambio, esa dimensión es la evaluación. Aunque la evaluación de la enseñanza y el aprendizaje de los alumnos se ha estudiado siempre, lo cierto es que han variado mucho a lo largo del tiempo los criterios, las estrategias, los estilos de los profesores y hasta el propio ámbito de la evaluación. En estos momentos, por ejemplo, no podemos circunscribir la evaluación a los alumnos, puesto que en el trabajo de los alumnos influyen muchos factores ajenos a su capacidad, a su esfuerzo y a su actitud.

La evaluación ha de estar referida a todos los elementos que intervienen en la acción educativa. Pero uno de los cambios más significativos experimentado por la evaluación en los últimos tiempos se refiere principalmente a la distribución de responsabilidades relativas a la elaboración y selección de criterios y procedimientos y a la toma de decisiones subsiguientes a la misma y, muy especialmente, que deje de ser un instrumento coactivo en manos del profesor y se convierta en un recurso para mejorar los aprendizajes. Desafortunadamente ciertas concepciones y prácticas que caracterizaron a la escuela del siglo XX

aún continúan vigentes, reforzando una cultura escolar que parece impermeable a las nuevas propuestas evaluadoras desde un enfoque constructivista, con lo cual la evaluación se convierte en una especie de dique que impide la mejora de la escuela. Es decir, la evaluación tiene que pasar de ser un requisito burocrático de control a un diálogo para el conocimiento de la realidad, para que pase a ser uno de los mejores instrumentos de aprendizaje. Existe cierta unanimidad respecto de que la evaluación convencional permite conocer pocas cosas de cómo se produce el aprendizaje. Y

escasas veces sirve para mejorar las formas en que se produce. Frente a ella, el tipo de evaluación que vamos a proponer en sucesivas entregas debería servir para conocer los distintos talentos de los alumnos individuales y los efectos de las prácticas escolares que permitan su desarrollo del mejor modo posible. K Florentino Blázquez Entonado _ Catedrático de Didáctica Emérito Universidad de Extremadura

investigação

Animação Terapêutica uma área para o futuro 7 Aceder ao mundo através de um clique é uma ideia fascinante que deu às tecnologias uma preponderância e um domínio sobre o nosso quotidiano, criando um sedentarismo ao nível físico e mental. Tendo os meios que nos possibilitam as informações que carecemos na ponta dos dedos, tornamonos passivos e dependentes de dispositivos que pensam por nós e que podem construir e desconstruir positivamente, ou negativamente a nossa vida. Não necessitando o ser humano de se lembrar, de usar as suas memórias, pode acabar por perder as

suas recordações, comprometendo aquilo que o torna um ser humanos mais sociável, mais criativo, mais extraordinário, a própria essência do ser humano. A privação da nossa capacidade de estimular o cérebro pode causar problemas degenerativos, até mesmo demências precoces. A preponderância da tecnologia contribui também para problemas de comunicação e de socialização, tornando o ser humano mais egocêntrico e isolado. Estas questões podem levar a dificuldades linguísticas, auditivas, a uma maior dependência de an-

siolíticos, isto é, a longo prazo os problemas para o nosso Serviço Nacional de Saúde irão ser cada vez mais elevados, com a previsão de um aumento de pacientes. Acautelar, trabalhar e desenvolver, é necessário efetuar as devidas prevenções. É com esta consciência, de que é fundamental prevenir para acautelar demências no futuro, que a Animação Sociocultural, na sua vertente terapêutica, tem ganho relevância. A Animação Terapêutica desenvolve e estimula as vertentes sensoriais e cognitivas do cérebro,

contribuindo, assim, como um “medicamento” para a prevenção de doenças neurológicas. A implementação da Animação Sociocultural, nos serviços de apoio à comunidade, na sua vertente Animação Terapêutica, é essencial, pois só trabalhando a prevenção se podem melhorar os

cuidados de saúde. Cérebro “animado”, prevenido! K

cérebro

Bruno Trindade _

Phd Student Doutoramento btrindade30@hotmail.com

Ricardo Pocinho _

Prof. Investigador pocinho@hotmail.com

Docente da universidade Coimbra foi palestrante

CIMBB debate território educativo 7 A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) realizou, no passado dia 21 de março, uma conferência sobre “Territórios Educadores e (In)Sucesso Escolar: Examinando as permissas, desafios, agentes e ações”. O evento, que decorreu no salão nobre da CIMBB, teve como oradora a professora da Universidade de Coimbra, Sónia Ferreira. Nesta iniciativa, que foi a primeira do ciclo “Conversas na CIMBB”, participaram cerca de

40 pessoas, entre docentes, investigadores e técnicos afetos ao Plano de Combate ao Insucesso Escolar, tendo sido abordados conceitos de insucesso, território educador e cidadania. Sónia Ferreira falou destas temáticas numa abordagem comparada decorrente da experiência do cargo que possui no âmbito da ajuda humanitária em situação de crise. O encontro permitiu ainda debater assuntos relacionados com as diversas realidades educativas municipais. K

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UniLúrio recebe governante portuguesa

Ilha de Moçambique é uma oportunidade 6 A Secretária do Turismo do Governo Português, Ana Mendes Godinho, visitou, este mês, a Universidade de Lúrio (UniLúrio), em Moçambique. A visita inseriu-se no âmbito das atividades viradas para a internacionalização e promoção do turismo na Ilha de Moçambique. “Estou aqui precisamente para ver como podemos cada vez mais trabalhar em conjunto, nomeadamente na parte do turismo e desenvolver projetos em comum, com objetivo de desenvolver a Ilha de Moçambique”, disse Ana Mendes Godinho. O reitor da UniLúrio, Francisco Noa, fez uma breve apre-

sentação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), explicando que “o facto de estarmos na Ilha (nosso património histórico, um património cultural e arquitectónico) é porque como faculdade procuramos concorrer não só para a preservação da Ilha, mas também fazer da Ilha um polo de desenvolvimento”. “Ao abrirmos a nossa FCSH, pensamos na ideia de não só resgatarmos toda história, toda a cultura, todas as publicações que são feitas, todo o conhecimento em relação à Ilha de Moçambique, mas também de toda a região”, acrescentou o reitor. K

Moçambique e China

Macau e Mondlane cooperam no ensino

Alunos e Docentes da Escola Portuguesa

Solidariedade com Moçambique 6 Dezenas de adolescentes e jovens, entre eles muitos alunos da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) acompanhados por alguns professores, participaram, no Porto de Maputo, no descarregamento, separação e acondicionamento de donativos destinados a apoiar a população fustigada pelo ciclone Idai nas províncias de Sofala e Manica, com maior incidência na cidade da Beira e distrito de Búzi. No Porto de Maputo as palavras sensibilidade e solidariedade ganharam significado que transpareceu na força de vontade de-

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monstrada pelos envolvidos. Dados preliminares indicavam que no terceiro dia da operação “Unidos pela Beira, os voluntários já haviam conseguido encher mais de 30 contentores com produtos de primeira necessidade, faltando poucos para a meta dos 40 previstos. De acordo com Ana Besteiro, coordenadora do ensino secundário, a EPM-CELP teve uma representação envolvente e voluntariosa no terreno de ação, onde desenvolveu os trabalhos necessários com uma atitude zelosa que não passou despercebida a alguns presentes. “Um senhor chegou perto de nós e simplesmente disse: isto é que é ensi-

nar, é assim que também se aprende”, revelou Ana Besteiro, para quem a intervenção dos nossos alunos no movimento de solidariedade foi “uma aula prática de cidadania”. Participaram cerca de 60 alunos da Escola no conjunto das duas ações de voluntariado em que se envolveram noutros tantos dias. Para além da EMP-CELP, participam na iniciativa “Unidos pela Beira” dezenas de empresas e centenas de pessoas singulares que, além de doarem produtos, participaram na sua organização logística. K EPM-CELP _

6 A Universidade Eduardo Mondlane e Universidade de Macau manifestaram o desejo de continuarem a cooperar nos mais diversos domínios do âmbito académico. As duas delegações estiveram reunidas no passado dia 7 de março, em Maputo, para analisar o acordo académico e o programa de mobilidade em vigor, bem como procurar outras formas de cooperação. Além do sector das tecnologias de informação e comunicação, a Universidade de Macau possui experiências notáveis na formação em hotelaria e turismo. Nesse sentido, a UEM quer aproveitar a cooperação para potenciar a Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Inhambane. Segundo a vice-reitora Académica, Amália Uamusse, a

UEM quer continuar a alargar os programas de Mestrado e Doutoramento, este último com 12 programas. Entretanto, o reitor da Universidade de Macau, Yonghua Song, garantiu que a sua instituição está disponível para colaborar com a UEM na elaboração conjunta de trabalhos de pesquisa e outros projectos. Manifestou o interesse em colaborar em programas de mobilidade de estudantes e investigação, particularmente, nas áreas de Engenharias, Medicina, Direito e Tecnologias de Informação e Comunicação. A UEM e a Universidade de Macau tem programa de cooperação, desde 1993, que já resultou na formação de diversos quadros nacionais nos níveis de mestrado e doutoramento. K


Ensino sénior

Quando as universidades são o melhor comprimido para a vida 6 As universidades seniores são “melhores que um comprimido”. A expressão é de Luís Jacob, presidente da Rede que Une as Universidades Seniores (Rutis), e foi proferida durante o IV Congresso das Universidades Seniores que decorreu no auditório da Escola Superior de Tecnologia, em Castelo Branco. Luís Jacob baseia a sua afirmação no estudo realizado pela rede a que preside e onde foram inquiridos 1016 alunos. “A maior parte das pessoas que consumiam antidepressivos ou anti ansiolíticos, deixou de os consumir após a entrada na sua universidade sénior”, disse. Mas os dados não se ficam por aqui: “87% dos inquiridos considera a frequência da universidade como bom para a saúde física, enquanto que 82% afirmam ser bom para a saúde mental”, diz Luís Jacob, que destaca ainda o facto de uma larga maioria dos inquiridos considerar importante a rede de amigos criada na sua universidade e que esta contribui para o aumento da autoestima. Para além disso, entre os inquiridos ninguém disse que a universidade piorou a sua vida”. Os números do estudo demonstram que, no escalão acima dos 75 anos, verifica-se uma melhoria do estado de saúde nas pessoas que passaram a frequentar as universidades seniores. As atividades são muitas, e vão desde a cultura, às artes ao desporto. A Rede, em parceria com a Fundação Benfica, organiza o Campeonato Nacional de Walking Football, com equipas mistas, e que tem sido um sucesso, envolvendo aqueles que se assumem como jogadores, e os que ficam de fora das quatro linhas a apoiar a sua equipa. No estudo, realizado em todo o país, “verifica-se que 70 por cento dos alunos são mulheres, e que em média os estudantes passam três dias nas suas universidades”. Luís Jacob explicou ainda que “em média

O Walking Football é uma das atividades promovidas pelas universidades seniores, que envolve centenas de praticantes e adeptos

cada aluno frequenta quatro disciplinas”. Em Portugal há 336 universidades seniores. “Somos a maior rede de universidades seniores no mundo, tendo em conta a população”, referiu. O presidente da Rutis apresentou números concretos: “somos 48 mil 570 alunos e 5890 professores”. Manuel Miguéns, secretário do Conselho Nacional de Educação, fala das universidades seniores “como um programa de educação de adultos que em todo o mundo envolve milhões de alunos”. Na sua perspetiva,

“as academias e universidades seniores terão um papel cada vez mais relevante na sociedade portuguesa”. Aquele investigador foi um dos oradores do congresso, deixando a esperança de dentro em breve “termos encontros entre as universidades seniores e as instituições de ensino superior”. Estes dados foram apresentados num congresso em que a Universidade Sénior Albicastrense (Usalbi) foi anfitriã, tendo sido destacado o seu dinamismo que no próximo ano letivo será reforçada com a abertura

de polos em todas as freguesias do concelho de Castelo Branco, como anunciou Arnaldo Brás, presidente da Associação Amato Lusitano que tutela a universidade. Com 14 anos, a Usalbi “construiu um espaço de vivências” que hoje é já frequentado por 1200 pessoas (600 na cidade e 600 nas freguesias). Arnaldo Brás classifica-a “como um dos projetos mais importantes de Castelo Branco e com o qual mais me revejo. Hoje somos uma comunidade que aprendeu a aprender”. O presidente da Amato Lusitano destacou o papel da autarquia na criação e no desenvolvimento da Usalbi: “Uma universidade que tem dados respostas sociais para quem quer por à prova as suas capacidades”. Esta relação também é bem vista por Luís Pinto de Andrade, vice-presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco. “A nossa instituição tem vindo a desempenhar a sua terceira missão que passa pelo seu envolvimento com a comunidade. Muitos dos nossos docentes colaboram de forma voluntária com a Usalbi”. Para o docente de ensino superior, “a aprendizagem ao longo da vida é um projeto relevante”. José Augusto Alves, vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, falou da importância da qualidade de vida como indicador fundamental. “É importante criarem-se oportunidades para os mais velhos (…). Cabe-nos olhar para as nossas gentes e por isso dinamizamos a Usalbi na cidade e nas freguesias e apoiamos a Rede que Une as Universidades Seniores”, frisou. K

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Na AULA

Magazine em Madrid 6 O Ensino Magazine é a publicação portuguesa que vai estar presente na maior feira de educação, juventude e acesso ao ensino superior da Península Ibérica. A AULA decorre de 27 a 31 de março na capital espanhola e é visitada anualmente por cerca de 160 mil pessoas. A presença do Ensino Magazine naquele evento internacional é feita com um stand próprio, onde irá promover diversas atividades e a distribuição gratuita de exemplares da publicação portuguesa. João Carrega, diretor da publicação, explica que o Ensino Magazine é parceiro do IFEMA - Institución Ferial de Madrid na organização deste certame, o qual reúne as principais instituições de ensino superior internacionais. “Sempre defendemos a ideia de que a educação não tem fronteiras. E o Ensino Magazine tem demonstrado isso através da sua internacionalização. A AULA é a maior feira do género na Península Ibérica e uma das maiores da Europa. O Ensino Magazine é a principal publicação portuguesa nesta área, pelo que faz todo o sentido estar com a IFEMA e participar, pela quinta vez consecutiva, neste evento, para o qual produzimos três edições especiais da nossa publicação que ali irão ser distribuídas gratuitamente”, refere. Aquele responsável revela que

Em Castelo Branco

Marcelo no Fórum de Turismo Interno no domínio da internacionalização, o Ensino Magazine tem dado passos importantes, que tornam a publicação portuguesa, parceira da Rede de Escolas Unesco, como cosmopolita, com a capacidade de unir comunidades internacionais. “A participação na AULA, em Madrid, faz parte dessa estratégia. Em Espanha somos também parceiros da SIMO Educación, que decorre na capital espanhola em outubro e que apresenta soluções tecnológicas aplicadas à educação e onde estão as principais marcas mundiais, como a Microsoft, Google, Epson etc”, esclarece. João Carrega recorda que o Ensino Magazine “participou também

na Feira Internacional de Educação de Moçambique, em Maputo. Esta dinâmica é reforçada através de acordos com assinados com universidades e escolas internacionais, onde é garantida a distribuição da nossa publicação, como por exemplo com as universidades Eduardo Mondlane e Lurio, de Moçambique, ou as escolas portuguesas de Moçambique e de Macau”. Além da AULA, o Ensino Magazine volta a marcar presença nas outras grandes feiras ibéricas. Este mês esteve na Qualifica, na Exponor, no Porto, e no início de abril volta a marcar presença na Futurália, na Fil, Parque das Nações. K

International Educational media

Santarém recebe congresso 6 O Instituto Politécnico de Santarém vai acolher, em 2020, a Conferência Internacional do ICEM em setembro de 2020, na sua 70.ª edição, com a temática “Opportunities and Creativity in Learning Environments”. Um evento que este ano se realiza em Memphis, nos Estados Unidos da América. Este mês o Comité Executivo do International Council for Educational Media (ICEM) esteve reunido na

Escola Superior de Educação, para uma reunião preliminar de trabalho. O ICEM foi fundado em 1950 com o objetivo de promover e desenvolver os media educativos e a sua utilização no ensino e na aprendizagem. O ICEM pretende, assim, contribuir para o avanço tanto pedagógico como tecnológico dos media educativos - desde os filmes de 16mm do passado aos conteúdo digitais e interativos dos dias de hoje. K

6 O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai encerrar o Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”, que se realiza em Castelo Branco nos dias 21 e 22 de maio, no Cine Teatro Avenida. O Fórum é promovido pelo Turismo Centro de Portugal em parceria com a Câmara de Castelo Branco. Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal, acredita que o evento deverá ultrapassar os 500 participantes registados no ano passado. O responsável destacou os assuntos a abordar. O programa está dividido em sete painéis, a saber: Turismo Cinematográfico; Turismo 4.0; Proveres – estratégias de valorização e promoção; ADN de projetos vencedores – diferenciar para ganhar; Turismo no Interior do País; Turismo na Orla Costeira; e Promoção Turística Nacional – que modelo. Este já é o sexto Fórum Vê Portugal. Pedro Machado considera que o evento realça a importância do turismo interno. “É um mercado que está cá o ano inteiro, o que permite combater a sazonalidade e a litoralidade da atividade turística, contribuindo assim para esbater os problemas estruturais do país”, referiu. A realização deste evento em Castelo Branco surge numa “altura em que estamos a promover Castelo Branco”, come-

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Rita Ruivo

Psicóloga Clínica (Novas Terapias)

Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 | E-Mail: psicologia@rvj.pt

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çou por referir Luís Correia, presidente da Câmara. “Há uns anos realizámos uma avaliação daquilo que precisávamos de fazer neste setor, pois nunca tínhamos feito parte de nenhuma região de turismo. Sabíamos que tínhamos que apostar neste setor que é importante para a nossa economia. Definimos um caminho, o qual está assente em três áreas: natureza, cultura (onde foi criada uma rede de museus e espaços expositivos) e gastronomia, e sempre com a perspetiva de ligação com a Turismo Centro de Portugal”, explicou. Também Luís Pinto de Andrade, vice-presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, destacou a importância do Fórum, destacando a articulação que os cursos ministrados nas escolas do IPCB têm para com o setor do turismo. Aquele responsável considera que o “turismo é um setor que poderá fixar recursos humanos qualificados na região”. O fórum inclui um jantar no dia 21 onde irão ser atribuídos os prémios para trabalhos de investigação (doutoramentos ou mestrados) e de reconhecimento. O evento começará no dia 21, pelas 9H30, com a sessão de abertura, onde marcarão presença Luís Correia e Pedro Machado, e para a qual foi convidado o Ministro da Economia Pedro Siza Vieira. K


edições

Novidades literárias 7 D.QUIXOTE. História de uma Família Decente, de Rosa Ventrella. Uma saga familiar de rara beleza pela escritora que todos associam a Elena Ferrante. Sul de Itália, anos 80. Os verões em Bari velha são passados entre os becos de lajes brancas, onde as crianças se perseguem pelas curvas de um labirinto de ruelas, no meio dos aromas dos lençóis estendidos em arames e dos molhos saborosos. Maria, de doze anos, cresce aqui com os dois irmãos mais velhos. Vive numa terra sem tempo, num bairro onde os abusos são sofridos e infligidos, e de onde é muito difícil escapar. No entanto, Marì não está disposta a submeter-se a normas que não respeita. O seu único apoio é Michele, o filho mais novo do clã Senzasagne, a gente mais decadente de Bari velha. Apesar da hostilidade entre as suas famílias, entre ambos surge uma amizade delicada, quase fraternal, que o tempo converte em amor.

gente e livros

Djaimilia Pereira de Almeida 7 Djaimilia Pereira de Almeida, filha de mãe angolana e pai português, nasceu em Luanda, em 1982, e cresceu na periferia de Lisboa. Com o seu segundo romance “Luanda, Lisboa, Paraíso” (2018), que sucedeu a “Esse cabelo” (2015) consagrou-se como uma das mais talentosas jovens vozes da literatura em língua portuguesa. Licenciada em Estudos Portugueses na Universidade Nova de Lisboa, Djaimilia Pereira de Almeida doutorou-se em Teoria da Literatura, na Universidade de Lisboa, em 2012. Em 2013, foi uma das vencedoras do Prêmio de Ensaísmo serrote, atribuído pela Revista serrote (Instituto Moreira Salles, Brasil); em 2016, venceu o Prémio Novos 2016 - categoria Literatura, por “Esse cabelo” e esteve entre os finalistas do 8º ciclo da Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative. Entretanto, Djaimilia Pereira de Almeida publicou em revistas literárias, portuguesas e estrangeiras, tais como Common Knowledge, Granta.com, Granta Portugal, Ler, Revista Pessoa, Quatro Cinco Um, Revista ser-

Comunidade Cultura e Arte H

rote, Words Without Borders, Revista Zum, entre outras. “Luanda, Lisboa, Paraíso” foi recebido com entusiasmo pela crítica e pelos leitores, tendo conquistado o Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2018 e confirmado a autora enquanto “narradora atenta e sin-

gular, com um ponto de vista único”, nas palavras do júri. “Luanda, Lisboa, Paraíso” conta a história de Cartola de Sousa, parteiro num hospital em Luanda, e Aquiles, seu filho de 14 anos, nascido com um calcanhar defeituoso, que viajam para Lisboa, nos anos 1980, para que o rapaz possa ser submetido às operações e tratamentos médicos que resolveriam o seu problema no pé. Para trás deixam Glória, mãe de Aquiles, doente e imobilizada na cama, entregue aos cuidados da filha, Justina, irmã de Aquiles. O título do livro traça precisamente o percurso feito por pai e filho, nessa viagem que começa cheia de sonhos, esperança e ilusões, de uma Lisboa mágica que os receberia como portugueses, mas que acaba por ser uma viagem sem regresso, pelos caminhos que conduzem à miséria humana. De Luanda, viajam para Lisboa, onde vivem numa pensão durante os tratamentos ao pé de Aquiles, e, finalmente, acabam a viver no Paraíso, um bairro da lata na margem sul do Tejo. K Tiago Carvalho _

PACTOR. Gestão de Conflitos na Escola, de Pedro Cunha e Ana Paula Monteiro. A escola partilha um conjunto de características que acarretam tensões e conflitos. O desafio atual passa por desenvolver uma educação para a convivência. Pretendendo contribuir para a construção de uma cultura de paz nas escolas, o presente livro adota uma abordagem teórica e prática, tratando diferentes temas referentes à gestão construtiva de conflitos em contextos de educação, enriquecida com 22 atividades de implementação. Constitui-se como um instrumento útil para pprofessores, educadores, psicólogos, assistentes sociais, entre outros profissionais e estudantes. FCA. Criatividade em Sistemas de Informação, de Vitor Santos. Um livro que surge para mostrar como é importante a aposta na inovação e na criatividade e de que forma as áreas de Sistemas de Informação/Tecnologias de Informação podem recorrer a processos criativos para estimular a produção de ideias, a obtenção de respostas inesperadas, originais e úteis. Esta obra é destinada a estudantes e a profissionais de SI/TI, bem como a gestores de empresas, que encontrarão aqui formas e métodos concretos para introduzir técnicas de criatividade nos processos de gestão, planeamento, desenvolvimento e exploração dos sistemas de informação. K

Novo livro de Antonieta Garcia

Ana dos Rios e a inquisição 7 O Livro “Ana dos Rios na Inquisição - Um livro e a fogueira”, da autoria da professora doutora Antonieta Garcia, com a chancela da RVJ Editores, foi apresentado no passado dia 23 de março, na Biblioteca Eugénio de Andrade, no Fundão, cujo auditório foi pequeno para acolher o muito público que quis participar na iniciativa. O livro relata o processo de inquisição de que Ana dos Rios, uma cristã nova, foi alvo,

o modo como o processo foi inquisitório foi conduzido, os testemunhos, mas também a cultura e a educação de que Ana dos Rios era possuidora. O livro conta-nos também o modo como o marido a entregou à inquisição, e a sua condenação final à fogueira. Como referiu a autora, esta obra apresenta ainda uma réplica do caderno original do livro que Ana dos Rios possuía e pelo qual praticava sua religião. Afinal seria esse

livro a razão de todo o processo inquisitório, sendo o fio condutor de toda esta obra que nos vicia na leitura. A cerimónia contou também com as presenças presidente do Município do Fundão, Paulo Fernandes, tendo ainda estado presente a vereadora da cultura da autarquia, Maria Alcina Cerdeira, e o editor da obra, João Carrega. Na cerimónia foram lidos textos por André Costa e Adelino Pereira. K

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press das coisas

pela objetiva de j. vasco

Carteira All In 1 Purse Touch 3 A carteira All in 1 Purse Touch destaca-se por ter um compartimento para transportar o smartphone, com bolso tátil transparente, para que o possa ver e usar em qualquer altura. Inclui ainda outros compartimentos internos para os óculos de sol, documentos, cartões, dinheiro, mapas, auriculares, canetas, etc. Prática e com estilo, esta carteira é ideal para levar em viagem. Preço. 9,90€. K

Salvador Sobral «Paris, Lisboa»

A Aranha Mamá 3 Hoje, com um pouco de vaidade, trago a Aranha Mamá, foto distinguida como finalista na 12ª Edição do Concurso da Revista Cais, sob o tema Arte Urbana. A foto foi conseguida aquando da minha passagem pelo museu Guggenheim Bilbau onde me cruzei, à porta do museu, com este “bicharoco” de quase nove metros de altura. A peça é uma das várias Mamá que Louise Bourgeois criou e que andam a percorrer mundo de exposição em exposição. Mamá porque é uma homenagem do artista à sua mãe que era tecedeira. K

3 Uma viagem que procura a ligação eterna entre Paris e Lisboa, com a capa e o título do disco a remeterem para o clássico de Wim Wenders, “Paris, Texas”. O álbum é produzido por Joel Silva e conta com 7 canções em português, das quais resultam dois duetos com convidados de luxo: António Zambujo numa nova versão de “Mano a Mano” e Luísa Sobral com uma canção de autoria da própria, intitulada “Prometo Não Prometer”. K

Prazeres da boa mesa

Arrozada IGP de Tortulhos e de Perdiz com Alecrim 3Receita para 4 pessoas Ingredientes para: 200g de Arroz Carolino Lezírias Ribatejanas IGP 200g de Cogumelos Tortulhos (Amanitas ponderosas) 2 Perdizes Ibéricas de Pata Vermelha 2 Gotas de Óleo Essencial de Alecrim AROMAS DO VALADO 75g de Cebola (1 cebola média) 1 Folha de Louro 10g de Alho seco (2 dentes de alho) 1 C. de Sopa de Pimentão Fumado 2 C. de Sopa de Azeite Virgem 60 g de Queijo Velho de Idanhaa-Nova 500 mg de Açafrão em Rama (20 estigmas) Q.b. de Sal Q.b. de Pimenta Preta de Moinho 1 Cubo de Caldo de Legumes Preparação: Limpar e temperar as perdizes com metade da cebola e alho, a totalidade do pimentão e os restantes condimentos. Deixar marinar de um dia para o outro. Corar as perdizes e estufar de seguida aproveitando os elementos aromáticos do tempero.

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Apoio Alunos das aulas práticas de cozinha (IPCB/ESGIN) Sérgio Rodrigues e alunos de fotografia (IPCB/ESART) Helena Vinagre (Aromas do Valado).

Chef Mário Rui Ramos _ Chef Executivo

Depois de estufadas, desfiar as perdizes e reservar. Limpar os tortulhos. Cozinhar o arroz carolino num refogado com o restante alho e cebola, com o caldo de legumes, os tortulhos e o óleo essencial de alecrim. Adicionar as perdizes desfiadas. Quando o arroz estiver no ponto, aveludar com um fio de azeite e o queijo velho de Idanha-a-Nova ralado. Corrigir os temperos e servir de imediato. K

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BOCAS do galinheiro

A star is born 7 Quando estreia uma nova versão de um filme conhecido, a comparação com o anteriores, ou anteriores, é inevitável. É o que nos trás aqui hoje, passada a ressaca de “A Star Is Born”, realizado e interpretado por Bradley Cooper e Lady Gaga, a cantora que de quando em vez faz uma perninha no cinema (“Machete Mata”, “Sin City”, entre outros). Uma fita que recria uma história que conheceu a sua primeira versão em 1937, pela mão de William Wellman. Ou talvez não. Porque o argumento terá ido buscar inspiração a “What Price Hollywood” (Hollywood, a que preço), filme realizado em 1932 por George Cukor e onde é mostrado a outra Hollywood, já não a da fábrica de sonhos, mas a da decadência, e do caminho curto que vai da glória à queda, muitas vezes dolorosa. Aqui é uma criada que é descoberta por um realizador e se torna uma estrela de primeira grandeza, enquanto ele entra em decadência. É, inspirado, ou a partir desta história que William Hellman dirige a primeira versão, com argumento seu e de Robert Carson, levaram nesse ano o Oscar para o argumento original, onde colaboraram ainda Dorothy Parker e Alan Campbell na adaptação, naquele que seria um dos seus filmes mais famosos e uma referência no uso da cor, pela utilização da evolução do Technicolor, já experimentado por outros, sem o domínio que lhe imprimiu Wellman. Nos principais papéis Janet Gaynor, curiosamente a primeira actriz a receber o Oscar pela sua interpretação em “A Hora Suprema”, de Frank Borzage (curiosamente, o Oscar que ela recebe no filme, é o que ganhou em 1929). Por seu lado o Oscar para o melhor filme coube a “Wings”, de William Wellman. Já agora, o melhor realizador foi Frank Borzage por “A Hora Suprema”. Foi numa cerimónia que teve lugar a 19 de Maio de 1929 e premiou os filmes estreados em Los Angeles entre 1 de Agosto de 1927 e 31 de Julho de 1928. Foi o relançamento da carreira da actriz. Aqui ela é Esther Blodgett, que adoptará o nome artístico de Vicky Lester, depois de conhecer Norman Maine, um actor em decadência, alcoólico, interpretado por Fredric March, que depois de a conhecer numa recepção, apaixona-se por ela e lança-a no mundo do

Cosmopolitan H cinema, o tal onde ele já não tinha lugar. O resto é sabido, a ascensão e o êxito dela, precipitam a queda dele que culmina com a cena final quando se lança ao mar, um dos momentos icónicos do filme, acentuado pelo dramatismo do diálogo precedente entre Vicki e Oliver Niles. É o preço da fama. Uma nova versão dirigida por George Cukor em 1954, dando corpo ao lugarcomum de que era “realizador de mulheres”, relançou a carreira de Judy Garland, ela que atravessava uma das suas fases de internamentos e desintoxicações, tem aqui um êxito memorável no papel de Vicky Lester, cantora e actriz, cuja carreira é apoiada por Norman Maine, aqui interpretado por James Mason. A história, com argumento de Moss Hart, que tal como a versão de Hellman, foi beber a” What Price

Hollywood?”, realizado por Cukor, seguiu praticamente a adaptação anterior. Apesar do êxito, foi célebre a querela de Cukor com o estúdio, a Warner, por causa da versão estreada, cortaram cerca de 30 minutos, contra a vontade do realizador, e por aí andou até que nos anos 80 do século passado se descobriram fragmentos de película e se reconstituiu o filme, agora com 176 minutos. A estreia do filme foi um acontecimento verdadeiramente à Hollywood, com transmissão direta pela televisão e com milhares de fãs a acorrerem ao local da projecção. As reações da crítica foram a condizer. James Mason e Judy Garland ganharam os Globos de Ouro, mas perderam nos Oscar. Apesar deste renascer, Judy Garland voltou a cair noutro processo de instabilidade e retirou-se, mais uma vez. Voltou a actuar

em “O Julgamento de Nuremberga”(1961), de Stanley Cramer, ainda faz mais dois filmes, o último dos quais em 1963, “Triunfo Amargo”, de Ronald Neame, com Dirk Bogarde, vindo a falecer em 1969 com 47 anos. Em 1976 aparece a terceira versão de “A Star is Born”, com realização de Frank Pierson, com Barbra Streisand e Kris Kristofferson, agora com um rumo diferente, o mundo é o da música: ele é um cantor em declínio que vê na jovem e talentosa Esther Hoffman um futuro glorioso na música, apostando na promoção da carreira dela, ao mesmo que a sua se afunda cada vez mais. Apaixonam-se, está bom de ver, a coisa piora. Aliás, esta versão é em si decepcionante, talvez reflexo do mau ambiente da rodagem: pouca empatia entre os actores e a realizador. Frank Pierson chegou mesmo a publicitar a relação conflituosa com Barbra Streisand, o mesmo terá dito Kristofferson. A cantora e actriz que se destacara em “Funny Girl” (1968), de William Wyler, Oscar de melhor actriz, ao lado de Omar Sharifg e “Hello, Dolly!”(1969), de Gene Kelly, acabou por receber um Oscar para a canção “Evergreen”, com letra de Paul Williams. Uma versão que não deixa saudades. Coube agora a Bradley Copper realizar e interpretar o músico Jackson Maine que se apaixona por uma jovem cantora, Ally, interpretada por Lady Gaga, e a incentiva a fazer carreira na música. Uma história que não difere das anteriores, aliás mais perto da versão de Frank Pierson, pois o universo é o mesmo. Uma estreia competente de Bradley na realização e um grande salto de Gaga como actriz, depois de passagens mais fugazes em filmes anteriores. Para muitos o filme do ano, fraquejou onde são mais visíveis e recompensados os prémios, no Óscar, ficou com o da canção para “Shallow”, apesar das nomeações para melhor filme e melhor actor e actriz. Para estreia, nada mal. “A Star is Born”? A escolher seria entre os de William Wellman e George Cukor. Escolha salomónica, não. Fico-me pelos dois. Até à próxima e bons filmes! K Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico

Luís Dinis da Rosa _

O Carnaval e as Escolas 6 Em fevereiro houve Carnaval. Período sempre aproveitado pelas escolinhas dos mais jovens para saírem à rua, em festa e em contacto com a comunidade escolar. K Curso Profissional de fotografia da Escola Sec. Matias Aires

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unesco

O Mundo inteiro na escola 6 A Coordenação Nacional da rede das escolas associadas da UNESCO tem dinamizado, desde 2017, os Encontros Regionais Intercalares da rede das escolas associadas da UNESCO. Este ano letivo os encontros regionais tiveram lugar na Escola Secundária de Loulé, dia 16 de novembro, Dia Internacional da Tolerância e da UNESCO, no Agrupamento de Escolas do Cerco, no Porto, dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, na Escola Básica e Integrada Francisco Ferreira Drummond, na Terceira, Açores, dia 30 de janeiro, Dia Escolar da Paz e da Nãoviolência, e, a finalizar este ano letivo, o último encontro regional teve lugar no Centro Cultural Casapiano, em Lisboa, através do CED N. Srª da Conceição, no dia 21 de fevereiro, Dia Internacional da Língua Materna. Espaços de partilha e de reflexão, em torno de projetos dinamizados no âmbito da Agenda 2030, divulgação dos programas da UNESCO, bem como a informação sobre as mais recentes orientações para novas propostas de candidatura a escola associada da UNESCO e os novos critérios de permanência das escolas na Rede. Encontram-se a ser prepara-

Centro Cultural Casapiano, Lisboa Agrupamento de Escolas do Cerco, Porto

Escola Secundária de Loulé

dos os próximos encontros regionais intercalares que terão

lugar no início do próximo ano letivo. K

Escola Secundária Francisco Ferreira Drummond, Terceira, Açores

As ESCOLHAs DE VALTER LEMOS

Keeway K-Light – Leveza e elegância

3 A Keeway é uma das marcas de motos mais vendida em Portugal no segmento de 125 cc, que lidera há seis anos com o modelo Superlitgth 125, atualmente uma das motos mais vistas nas ruas das nossas cidades. De origem chinesa a marca Keeway foi criada em 1999 pelo grupo Qianjiang para ir ao encontro da cultura e do espírito europeu, tendo iniciado as suas atividades, neste espaço, em 2004. A sua expansão foi rapidíssima e três anos depois já estava presente em 37 países europeus e as sua vendas tinham crescido 16 vezes! Atualmente a Keeway já está presente em todos os continentes. Em 2005 a marca tinha já criado em Pesaro, na Itália, um centro de design e inovação responsável pelo desenvolvimento de novos produtos. Em 2018 a Keeway apresentou mais uma nova moto, a K-Ligth 125

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tal e minimalista num contraste de imagem entre clássico e moderno que se verifica noutros pormenores como o suporte suspenso para a chapa de matrícula e o arranque de pedal para além do elétrico. O preço da K-Light é de 2480 euros o que se pode considerar bastante satisfatório para o que é oferecido.

C3 – O mais jovem que já está à venda em Portugal. Trata-se de uma moto elegante com excelente design, ao estilo bobber, com depósito em lágrima e farol redondo, na linha revivalista que quase todas as marcas têm perseguido. O resultado é uma bela máquina de linhas equilibradas, com um assento baixo (71,5 cm), que facilita a utilização por condutores de qualquer estatura e associada à leveza do conjunto permite uma excelente

maneabilidade. O motor que é também utilizado noutros modelos da marca é monocilíndrico com refrigeração a ar e injeção eletrónica com uma potência de 10,5 cv mas que são suficientes para uma aceleração interessante. Os travões são servidos por um disco dianteiro de 280 mm e outro traseiro de 240 mm, que garantem uma travagem eficiente. O painel de instrumentos é digi-

A Citroen tem sido uma marca revolucionária ao longo da história do automóvel. A inovação esteve sempre presente ao longo do tempo quer em aspetos mecânicos, como as suspensões pneumáticas ou a tração à frente, ou no design, como o famoso “Boca de Sapo”, entre diversas outras. Recentemente a marca resolveu revolucionar novamente a sua

gama, introduzindo novas linhas de rotura no design e criando uma gama que veio a autonomizar-se como marca própria, a DS. No novo estilo Citroen iniciado com o disruptivo C4 Cactus, destaca-se em equilíbrio de linhas o C3, com frente alta, carroçaria bicolor e grande jovialidade. O interior é moderno, dispondo de um ecrã tátil de 7 polegadas, e razoavelmente espaçoso e o conforto é assinalável como é típico na Citroen. A mala de 300 litros está na média da classe. Existem várias versões com motorização a gasolina e a diesel, sendo possível adquirir a mais barata das primeiras por cerca de 14 mil euros. K


STAI.Bin - Sistema Tecnológico de Apoio à Promoção e Avaliação do Impacto Social, Económico e Ambiental do Circuito Curto Smartfarmer.pt na Beira Interior | Centro-01-0145-FEDER-023825 IPCB - STAI.Bin - CENTRO-01-145-FEDER-023825 Refª FCT: SAICT-POL/23825/2016 Data de Início: 29-09-2017 | Data de Fim: 30-03-2019 Investigador Responsável: Sandra Regina Alexandre Ferreira Vieira

APRESENTAÇÃO O projeto de investigação STAI.Bin - SISTEMA TECNOLÓGICO DE APOIO À PROMOÇÃO E AVALIAÇÃO DO IMPACTO SOCIAL, ECONÓMICO E AMBIENTAL DO CIRCUITO CURTO SMARTFARMER.PT NA BEIRA INTERIOR, nº 238 desenvolve-se desde setembro de 2016 no âmbito do SISTEMA DE APOIO À INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA 02/SAICT/2016, aprovado pela Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional do Centro e financiado pelos Fundos Europeus Estruturais (FEEI) no âmbito do COMPETE2020 e pela Fundação de Ciência e da Tecnologia, I.P. O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) é a entidade promotora, contando com seis investigadores de 4 das suas Escolas Superiores: Escola Superior Agrária, Escola Superior de Educação, Escola Superior de Tecnologia e Escola Superior de Gestão. Conta como entidades parceiras o Instituto Politécnico da Guarda e a Associação EcoGerminar e a EAPN Portugal. Em desenvolvimento desde 29 de setembro de 2017, este projeto de IC&DT pretende promover e avaliar o impacto social, económico e ambiental dos circuitos curtos agroalimentares (CCA), tendo por base a experiência do mercado eletrónico Smartfarmer da Beira Interior. O SmartFarmer é uma ferramenta eletrónica promovida pela OIKOS – Cooperação e Desenvolvimento, uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) portuguesa. o portal engloba vários Mercados Eletrónicos de Proximidade, regionais, organizados numa lógica de “Circuitos Curtos de Proximidade”, contando o SmartFarmer da Beira Interior com a gestão partilhada das entidades ADES - Associação Empresarial do Sabugal e AAPIM - Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha.

METODOLOGIA Na prossecução dos seus objetivos principais, nomeadamente de criação de uma matriz de análise e monotorização tecnológica dos impactos económicos, sociais e ambientais dos CCA, destacam-se, nesta altura, duas abordagens metodológicas concretizadas pela equipa multidisciplinar de investigadores STAI.bin com vista à elaboração diagnóstica das relações de produção e consumo (coletivo) de produtos agroalimentares nos distritos de Castelo Branco e Guarda e a sensibilização aos CCA através do exemplo da plataforma SmartFarmer.pt da Beira Interior, a saber: a) Inquérito por questionário, a 144 IPSS (de um universo de 402 identificadas), com serviço de restauração próprio, do distrito da Guarda e Castelo Branco, realizado entre novembro de 2017 e janeiro de 2018; b) Seis sessões de sensibilização aos CCA e de treino de adesão ao SmartFarmer Beira Interior, para produtores e consumidores, entre abril e junho de 2018, realizadas nos seguintes territórios: Quadro 1 – Sessões de sensibilização aos CCA e promoção da SmartFarmer Beira Interior promovidas pelo STAI.Bin Concelhos

Data 2018

Locais

Nº de participantes

Covilhã Sabugal Guarda Fundão Castelo Branco Pinhel

12Abr 10Mai 30Mai 23Mai 7Jun 14Jun

Biblioteca Municipal Auditório Municipal Instituto Politécnico da Guarda A Moagem Inst. Politécnico de Castelo Branco Auditório Municipal TOTAL

28 50 51 29 25 53 223

Para as 6 sessões, foram selecionados os concelhos onde o setor da produção alimentar assume maior preponderância e também aqueles onde os membros e parceiros do STAI.bin detinham maior alcance de articulação e mobilização dos atores locais, destacando-se a colaboração da Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha (AAPIM) e a Associação Empresarial do Sabugal (ADES), nomeadamente na mobilização com produtores, assim como com a OIKOS, EAPN de Castelo Branco e Guarda e a Associação Ecogerminar na mobilização de consumidores coletivos e outros actores como associações de desenvolvimento local, outras associações de produtores e organizações sociais, assim como representantes de Poder Local e da DRAPC - Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro. De destacar o apoio prestado pela maioria das autarquias nas quais decorrem os encontros, com a disponibilização de espaços e apoio logístico sobretudo para convites-divulgação. A publicitação das sessões foi individualizada sobretudo destacando a promoção da imagem dos principais produtos agroalimentares de cada região.

RESULTADOS PRELIMINARES • As 144 IPSS, são responsáveis pela confeção diária de 17.807 refeições, sendo maioritariamente em respostas sociais respostas sociais de Serviço de Apoio Domiciliário, Centros de Dia e ERPI, dirigidas sobretudo à população sénior, refletindo o envelhecimento demográfico da região da Beira Interior. 25% a do total das instituições inquiridas confecionam di-

ariamente entre 151 e +300 refeições. Utilizam sobretudo legumes/hortícolas, seguindo-se de frutícolas e tubérculos, expressando um elevado potencial de consumo de produtos que podem ser produzidos localmente, dinamizador da produção agrícola e promotora de uma melhor qualidade alimentar para os consumidores da região do interior do país; No entanto, a maioria das IPSS (56,9%) recorre a grossistas/armazenistas para na aquisição dos produtos com destaque para as IPSS do distrito de Castelo Branco. 33,3% indica que recorre quer a grossistas, quer de produtores locais, destacando-se sobretudo as IPSS do distrito da Guarda. Apenas 4,2% das instituições inquiridas refere que recorre apenas a produtores locais. A maioria das IPSS consultadas (52,1%) indica não ter conhecimento sobre o que são CCA - Circuitos Curtos Agroalimentares e 45,8% referiram que, apesar de conhecerem oe conceito, não o utilizam. Apenas 10,4% das IPSS referiram que utilizam ou já utilizaram CCA na aquisição de produtos agroalimentares. Das sessões presenciais em seis concelhos da Guarda e Castelo Branco, 95% dos consumidores participantes pondera vir aderir aos circuitos curtos, nomeadamente à SmartFarmer Beira Interior, sendo os fatores que mais pesam na ponderação a qualidade dos alimentos, o preço, o apoio prestado aos agricultores locais, a facilidade no acesso/entrega e o cumprimento de normas sobre os alimentos; 73% dos produtores pondera aderir ao mercado eletrónico SmartFarmer Beira Interior, tendo como principais fatores de ponderação: a possibilidade de facilitar ou aumentar o escoamento dos produtos e a inexistência de intermediários, seguido da indicação da possibilidade de preço mais justos, mais elevados ou mais equilibrados, na ótica do produto e o acesso a mais ou novos clientes e uma maior facilidade de divulgação dos produtos. Apenas uma minoria quer dos produtores (12,3%) e dos consumidores participantes (4,7%) responderam não pretender aderir ao SmartFarmer da Beira interior justificando pela existência e adesão outros meios de comercialização com os quais estão satisfeitos, seguida pela percentagem cobrada na transação no portal.

RECOMENDAÇÕES Considerando os resultados preliminares sobre trabalho desenvolvido até ao momento e que inclui ainda: 8 entrevistas a profissionais responsáveis das IPSS dos territórios com os resultados em fase de tratamento de dados; recolha e análise de ementas das IPSS entrevistadas e listas de compras; análise de dados à plataforma SmartFarmer acedida a 31 de julho de 2018; análise de dados (em tratamento) face à caracterização dos produtores disponibilizada pela AAPIM - Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha e ADES- Associação Empresarial do Sabugal; elaboração de um inquérito sobre sistema alimentar dos consumidores coletivos a realizar a 36 IPSS do Fundão, no âmbito do mestrado em Gerontologia Social da Escola Superior de Educação e a participação dos investigadores do STAI.bin em seminários, congressos e outros encontros nacionais e internacionais, é já possível já possível cumprir outro dos objetivos do projeto, apresentando em síntese algumas recomendações: • ECOSSISTEMAS DE DESENVOLVIMENTO DOS CIRCUITOS CURTOS – Recomenda-se junto do Poder Local e Comunidades Intermunicipais, a construção de consórcios com o setor social e empresarial,; • O impacto dos CC enquanto meta para os ODS – OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL; • BONIFICAÇÃO DAS VERBAS DOS ACORDOS DE COOPERAÇÃO para as IPSSs que promovam os circuitos curtos agroalimentares; • Recomenda-se a ADEQUAÇÃO DAS EMENTAS À DIETA MEDITERRÂNICA; • INCENTIVOS FISCAIS PELA REDUÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS; • PARCERIAS PUBLICO-SOCIAIS, contribuindo assim para a criação de emprego e retenção de pessoas nos territórios despovoados; • PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO DOS SEUS PRODUTOS SIMPLIFICADO face à emissão de faturas e outros requisitos fundamentais; • São necessárias campanhas de MARKETING SOCIAL SOBRE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E COMBATE AO DESPERDÍCIO ALIMENTAR; • SIMPLICIDADE DA COMUNICAÇÃO associada aos mecanismos de circuitos curtos, face à linguagem técnica e “estrangeirismos utilizados”; • PLANOS MUNICIPAIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DO IMPACTO DOS CIRCUITOS CURTOS AGROALIMENTARES e promoção de concursos públicos que incluam o critério da produção local nos cadernos de encargos viabilizando acesso de pequenos produtores. • PROGRAMAS MUNICIPAIS PARA UMA ALIMENTAÇÃO MEDITERRÂNICA junto das cantinas escolares; • Recomendam-se POLÍTICAS EDUCATIVAS LOCAIS promotoras da produção e alimentação local, com a criação de hortas nas escolas Para novas informações e acompanhamento da evolução da investigação e resultados, consultar SITE: http://staibin.ipcb.pt/

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Universidade de Évora

Miguel Araújo no Conselho de Ambiente 6 Miguel Araújo nomeado para o Conselho Nacional de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CNADS). O anúncio foi feito dia 21 de março, em comunicado do Conselho de Ministros. A nomeação para este órgão consultivo foi feita sob proposta do Conselho de Ministros do Governo de Portugal.

Miguel Araújo, investigador coordenador convidado da Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva da Universidade de Évora, é doutorada em Geografia pela University College, em Londres. É investigador-coordenador no Museu Nacional de Ciências Naturais (parte do Conse-

lho Superior de Investigação Científica em Madrid, Espanha), e professor catedrático convidado na Universidade de Copenhaga e no Imperial College de Londres. O investigador, Prémio Pessoa 2018, tem visto o seu mérito científico recoPublicidade

Acordo com imobiliárias

IPGuarda aposta no alojamento 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) está a implementar um processo de contratualização com algumas imobiliárias no sentido de ser garantida e ampliada a oferta de alojamento para estudantes deste estabelecimento de ensino superior. Para o presidente do Instituto Politécnico, Joaquim Brigas, “nunca são demais os esforços feitos para dar resposta às necessidades que se colocam aos estudantes que escolhem o IPG”. Daí

que, como referiu, “se trabalhe com múltiplas opções, sempre a pensar em alojamento adequado, funcional e de qualidade, com valores compatíveis”. O alojamento inclui várias tipologias de apartamentos que permitirão a disponibilidade de mais de uma centena de lugares. Esta disponibilização de novos alojamentos ocorrerá a partir do próximo mês de setembro, como adiantou o presidente do IPG. K

Projeto sabores

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Estudos de filosofia e de cultura contemporânea

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Guarda planta olival 6 No âmbito do Projeto Sabores e Tradições do Vale da Teixeira foi, no passado dia 21 de março, plantado na Benespera um olival. O objetivo desta ação foi criar um olival apadrinhado pelas crianças participantes e dar a conhecer a importância da oliveira, na produção da azeitona e consequentemente do azeite. Foram apadrinhadas cerca de 60 oliveiras por cada um dos participantes, nomeadamente pelo vice-

artes plásticas e multimédia

presidente do IPG, Carlos Rodrigues e pelo diretor da ESECD, Rui Formoso, bem como pelas alunas do curso de Animação Sociocultural do Instituto Politécnico da Guarda. O Projeto Sabores e Tradições do Vale da Teixeira – Azeite surgiu da concertação de sinergias entre o Instituto Politécnico da Guarda (IPG), a Câmara Municipal da Guarda e um conjunto de coletivas públicas, privadas e de âmbito social. K

nhecido através diversos prémios internacionais, onde se destaca o Ebbe Nielsen Prize (2013), O Wolfson Research Merit Award (2014), o King James I Award (2016) e o Ernst Haeckel Prize (2019), atribuído pela Federação Europeia de Ecologia. K


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