Março 2012 Director Fundador João Ruivo Director João Carrega Publicação Mensal Ano XV K No169 Distribuição Gratuita
Geopark Naturtejo Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS
João Carlos / Expresso H
Fernando Pinto do Amaral entrevistado
Plano Nacional de Leitura quer conquistar os adolescentes
www.ensino.eu Assinatura anual: 15 euros
entrevista
O emprego bom de Boss AC
Fernando Pinto do Amaral, Comissário do Plano Nacional de Leitura, diz que importa conquistar o interesse dos alunos do 3º ciclo e do ensino secundário pela leitura. C
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Ensino Superior
Bolonha em debate nacional no IPCB C
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UBI junta mil alunos em dias abertos C
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aniversário
Magazine lança livro e faz conferência C
Nas músicas, que o país inteiro canta, está lá tudo. As pessoas ouvem, gostam e identificam-se. Boss AC e a música «Sexta-feira» são já um ícone contra a indignação. A entrevista nas páginas 3 e 4.
Universal Music H
Universidade
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Boss AC, rapper
O emprego «bom» de Boss AC 6 Nas músicas, que o país inteiro canta, está lá tudo. As pessoas ouvem, gostam e identificam-se. Como diz na letra é um «gajo normal», um «tuga do Mindelo», mas foi «Sexta-Feira» que o projectou como um dos maiores fenómenos de popularidade do presente ano. Quando fosse grande gostaria de ter sido inventor, mas acabou como rapper. E de sucesso. Senhoras e senhores, «Boss AC» ou simplesmente AC, para os amigos… Em que medida é que as raízes cabo-verdianas condicionaram a sua carreira musical? Tive uma influência indirecta dos meus pais, mas as coisas aconteceram espontaneamente. O meu pai, Toi Firmino, formou-se para ser professor, mas a vocação acabou por desviá-lo para a pintura. A minha mãe, Ana Firmino, é uma cantora e actriz de Cabo Verde. Admito que este convívio desde tenra idade com o universo musical tenha facilitado a minha incursão no meio artístico. Apesar da sua mãe interpretar as mornas e você o rap, pensa que podem coincidir numa música?
A minha mãe já participou num dueto comigo, no primeiro álbum, mas tenho esperança que possamos repetir a experiência, desta feita num disco da autoria dela. Sempre teve ouvido e queda para a música? Quando eu andava na escola gostava de ser inventor ou cientista. Nunca quis ser artista nem nada que se parecesse. De qualquer forma, enquanto rapper, indirectamente também estou a inventar, enquanto criador musical. Por isso, constato que não estou assim tão longe do meu sonho de criança. Diz em várias entrevistas que enquanto criança fazia questão de se sentar na primeira fila. Era bom aluno? Eu gostava muito da escola. Na escola primária, as minhas disciplinas preferidas eram o Português, a Matemática, as Ciências e a Biologia. Já na altura, as composições e os ditados saíam em rima. Escreveu no seu Facebook : «Já levo uns aninhos de estrada mas com este álbum tem-
me acontecido uma coisa inédita: é a primeira vez que os meus amigos compram o disco». É um sinal de maturidade na sua carreira? É um sinal de reconhecimento. Sempre tive o apoio incondicional dos amigos em todos os meus lançamentos anteriores, solicitando os discos, autógrafos com dedicatória, etc. Mas admito que este, tanto pela reacção dos meus mais íntimos, como para o público em geral, ultrapassou todas as expectativas e tem um simbolismo especial. Como encara o fenómeno descontrolado da pirataria em paralelo com a internet, em que os discos vão parar integralmente ao público ainda antes do seu lançamento? É preciso muita calma e evitar extremismos quando se fala deste tema. No meio está a virtude. A música não vai deixar de existir, mas o negócio tem claramente de ser repensado. Evidentemente que prejudica a indústria e quem nela trabalha. Os custos são muito elevados para as editoras e dói imenso perder dinheiro. A partir daí começa o ciclo vicioso. As editoras não investem, os artistas não gravam, etc.
Mas a internet tem o lado virtuoso de promover músicas e trabalhos que sem ela estariam condenados ao anonimato… Esse é o lado positivo que importa não negligenciar: sem esta globalização não seria possível chegar a determinados recantos que jamais pensariam que me ouviriam. Recebo emails de imensos lusófonos espalhados pelas diferentes partes do mundo, mas também de estrangeiros, por exemplo, da Polónia, Austrália, etc. No final do mês de Fevereiro, a música «Sexta-Feira, emprego bom já», contabilizava 1,5 milhões de visualizações no YouTube e continua a crescer a um ritmo galopante. Não me importava nada que me pagassem um cêntimo por cada visualização (risos)… Na música «Sexta-feira, emprego bom já» tece uma crítica social e creio que também visa uma certa juventude que quer ter tudo sem esforço. Admite que é uma crítica de duplo sentido? Eu procurei uma fazer uma caricatura adequada à situação actual. As pessoas vão interpretar a música como quiserem, por mais
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explícito que eu queira ter sido em termos de letra. Como assinala, e bem, a minha visão aponta culpas às políticas dos governos, mas esta geração não está isenta de responsabilidades por cair num certo conformismo. Não é inocente eu dizer «alguém me arranje um emprego já». Dizer emprego ou trabalho é uma diferença subtil, mas importante, que muda tudo.
O pior é que o sentimento de desilusão generalizada não se aplica apenas aos jovens. As perspectivas futuras são cada vez mais sombrias. Estamos todos na corda bamba sem saber o que vai acontecer amanhã. Até os empregados com contratos efectivos não sabem os que lhes espera. As leis laborais foram suavizadas para facilitar os despedimentos. Nada é seguro. Tenho casos de familiares e amigos próximos que estavam em empresas que aparentemente vendiam saúde e que, subitamente, foram despedidos. Vivemos num grande ponto de interrogação.
Alguma juventude peca por excesso de preguiça? No trabalho há os que não conseguem e há os que não querem. Mas às vezes temos de nos sujeitar, mesmo que não gostemos.
O futuro do país é uma incógnita e a juventude está no meio do turbilhão. Que papel têm desempenhado os movimentos dos indignados e outros congéneres para mudar o actual estado de coisas?
Considera-se um músico de intervenção? Fujo sempre do rótulo de música de intervenção. Antes de ser músico, sou um cidadão. Sou um cidadão activo e quero ter voz activa. Contesto os que protestam por tudo e por nada e depois no dia das eleições, vão para a praia. Quando o barco bate na rocha já sabemos todos o que aconteceu. Todos temos convicções, mas abdicamos de expressá-las. Muitos esquecem que o voto em branco é válido.
Eu creio que a mobilização é sempre positiva. Com uma cidadania activa, juntos podemos mudar as coisas. Mas não chega. Creio que há muita inconsequência no passar das ideias à prática. Não se sabe muito bem contra quê está o movimento dos indignados, por exemplo. Do mesmo modo que continuar a apelidar de «geração à rasca» uma determinada geração é um mero truque de linguística, sem consequências práticas.
Fale-nos um pouco do que esteve na base da concepção do vídeo «Sexta-feira». Muitos dizem que é inspirado nos bonecos da Playmobil, outros dizem que são Legos. Afinal do que se trata?
O almirante Pinheiro de Azevedo dizia que o «povo é sereno». Os brandos costumes vão fazer com que os confrontos não passem das palavras?
Garanto que a Lego não pagou nada (risos). São bonecos articulados concebidos por uma animação a cargo de um produtor e um designer em 3D. Apresentaram-me a maquete e eu disse «é isto mesmo». Quisemos transportar o espírito bem-disposto de toda a banda, através de um vídeo fresco, inovador e diferente de tudo. A crise também já se faz sentir na frequência do ensino superior. Segundo dados recentes, 3300 estudantes cancelaram a inscrição na faculdade desde o início do ano lectivo, por incapacidade financeira. Não considera frustrante? Faltam condições económicas, há muito desmotivação e poucos incentivos. Perante este contexto, o caminho rumo à desilusão é curto. Muitos estudantes formam-se em pura teoria para ter um emprego melhor e acabam na caixa de um supermercado. Isto é o exemplo acabado de que possuir formação superior não é garantia de nada. Diz na sua música «Sexta-feira» que «não tirou o curso superior de otário». É uma mensagem para muitos jovens que formam-se direitinhos para os centros de emprego? Estou consciente que não vou mudar o mundo com uma música, mas com tantas discussões que se continuam a gerar, tenho a sensação que já fiz a minha parte. A exposição da sua música pode convertêla num hino de uma geração? Não sei. Gosto da identificação e do retrato, encaixam bem no momento delicado, mas só o tempo dirá se será hino. Uma vitória, por mais pequena que seja, já foi conseguida, es-
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Os confrontos não resolvem nada. Veja que na Grécia e em Espanha só agravaram a situação. Mas o aperto económico e financeiro vai em crescendo. Não estou a dizer que devemos pegar em «cocktails molotov» e em paus e pedras e começar uma guerra, mas como eu digo na minha música, qualquer dia «a bolha rebenta» tou satisfeito. Mas como tudo indica que a situação vai piorar, provavelmente em 2013 ou 2014 vão surgir outras músicas, na senda desta. Como comenta o convite à emigração feito por dois governantes deste executivo? Considero ridículo e inédito. Em vez de incentivar a nova geração e os novos quadros, de promover a investigação e o desenvolvimento, dizem «tás mal, muda-te». Trata-se de mais um sintoma do claro divórcio entre o povo e os políticos. O que mais o preocupa no desemprego jo-
vem: a emigração de portugueses qualificados ou a clara sensação de que o país não tem um projecto para os jovens? Os organismos oficiais são os últimos que podem fomentar este tipo de discurso. Têm é de tudo fazer para arranjar soluções. Esta debandada dos jovens licenciados vai deixar marcas. Faz o lembrar o sentimento com que se fica quando um pai deixa o próprio filho na rua. Para já ainda temos profissionais suficientes e capazes, mas se os realmente bons emigrarem em massa significa que ficaremos entregue aos medíocres?
CARA DA NOTÍCIA 6 O «Boss» português Normalmente quando o apresentam, dizem: «este aqui é o Boss». E ao que ele responde, célere: «Boss não, o AC». E acrescenta: «AC para os amigos». Foi daqui que nasceu o título do seu último trabalho. Pode não parecer, mas Ângelo César Firmino, ou «AC» para os amigos, está perto de completar duas décadas de carreira. Nasceu em Lisboa a 14 de Outubro de 1975. É filho de pais cabo-verdianos e é considerado o pai do hip hop português. Cresceu no bairro da Bica, na capital, «a olhar o Tejo e os eléctricos, entre o fado e a morna, alfacinha de gema com sangue de Cabo Verde», como se define. No seu quinto álbum, «AC para os amigos», aborda um registo que versa sobre os tempos de crise e aprofunda as influências lusófonas de rapper, tendo Gabriel, «o pensador» e Rui Veloso como convidados de luxo. «Sexta feira, emprego bom já» é uma sátira à crise e um êxito nas rádios e nas redes sociais. Em Abril e Maio estará em digressão nacional para apresentar o disco de que todos falam. K
Dentro ou fora da Europa, com ou sem euro, este país tem futuro? Quero acreditar que sim. O governo e a oposição têm que acabar com as guerrinhas de comadres. Trabalhar em prol do bem comum e fazer prevalecer o bom senso. Sente-se um privilegiado no actual contexto? Quem assim pensa esquece-se que eu próprio tenho uma profissão bastante volátil. Cíclica, tem momentos bons e outros menos bons. Já me perguntaram; «que autoridade tens para falar em emprego bom se tens um super emprego?». Esta análise é fruto do mediatismo que me rodeia, só que ser figura pública ainda não paga contas. Tenho de pagar a renda como todos, abastecer o carro como todos, ir ao supermercado como todos. Com a agravante de não haver «fim do mês». Isto aplica-se a qualquer profissão liberal na área do entretenimento. Está longe de ser um mar de rosas. K Nuno Dias da Silva _ Fotos / Universal Music H
UBI
Dias da UBI
Brincar à Física na universidade 6 Despertar o interesse dos jovens para a Física foi o objectivo da Masterclasse 2012, que levou mais de uma centena de jovens de escolas da região à Universidade da Beira Interior. Diversas provas e experiências marcaram o dia de actividade que reuniu na Covilhã estudantes do básico e secundário vindos de Pinhel, Fornos de Algodres, Fundão, Castelo Branco, Covilhã, entre outras localidades. Sandra Soares, docente do Departamento de Física da Universidade da Beira Interior e organizadora local desta jornada científica explica que, “os desafios lançados aos alunos são semelhantes aos do ano passado, mas a parte final da avaliação é algo diferente porque eles têm um concurso final género “quem quer ser milionário”.
Este tipo de aulas colectivas acaba por mostrar “que a física também se aprende de forma divertida e que a sua aplicação é multifacetada”, diz a docente. Sandra Soares acrescenta, neste âmbito, que um dos grandes problemas, neste momento, “está do lado da academia”. “Veja-se o caso da UBI que não tem nenhuma licenciatura nesta área, mas tem todo um Departamento de Física e os recursos humanos qualificados, entre outros aspectos, mas não há um aluno”. Alterar este cenário é um dos focos principais da acção destes professores que têm conhecimento de alunos que querem seguir física e têm de o fazer noutras universidades, porque aqui não existem cursos nessas áreas. K
Covilhã
Academia “dá cartas” no desporto 6 O administrador da UBI e dos Serviços de Acção Social, João Leitão, é um dos membros que integram o grupo de trabalho nomeado pelo ministro que tutela o desporto para elaborar a nova carta desportiva de Portugal. O grupo de trabalho, o que vai fazer é desenvolver uma metodologia que sirva de base à nova carta desportiva nacional. João Leitão junta-se a José Vicente Moura, do Comité Olímpico, João Paulo Bessa, do Instituto de Desporto de Portugal e Fernando Seara, em representação dos municípios portugueses, entre outros. Para além do administrador da UBI, as instituições de ensino superior estão também representadas por Luís da Cunha, professor da Faculdade de Motricidade Humana. As primeiras reuniões de trabalho decorreram já nas últimas três semanas na capital e o grupo tem agora 45 dias para apresentar um documento final. “Até ao momento temos desenvolvido trabalhos na
Secretaria de Estado do Desporto. Agora vão ser auscultadas outras entidades que directa ou indirectamente vão estar ligadas à aplicação da nova carta. Estamos a apontar para um cuidado relevante na questão da certificação dos equipamentos e das tipologias das infra-estruturas desportivas”, afirma. O está a ser feito é um trabalho técnico de proposta de metodologia, não se trata, por isso, “de definir investimentos”. Numa das grandes linhas de aplicação desta nova carta estará a relação entre a prática desportiva e as academias. “Diversificar as modalidades e alargar a prática desportiva, em diferentes localizações são objectivos deste plano. É também importante reavivar o desporto escolar e fazer a ligação com o desporto universitário. Dar continuidade ao trabalho que é feito no ensino preparatório, na universidade, e criar uma “espinha dorsal” comum”, atesta João Leitão. K Eduardo Alves _
Mil alunos na Universidade 6 Mais de mil alunos do ensino Básico e Secundário, bem como muitas pessoas da população em geral, visitaram a Universidade da Beira Interior entre os dias 7 e 8 de Março, na 15ª edição de Os Dias da UBI, uma iniciativa que pretende abrir a academia à comunidade educativa. Este ano a iniciativa abrangeu apenas dois dias, mas os departamentos pretenderam focar-se mais nas actividades oferecidas. Tiago Sequeira, PróReitor e responsável pelo evento, referiu que “pela primeira vez tivemos um dia inteiramente dedicado a estudantes do Ensino Secundário, que dentro de algum tempo poderão ser nossos alunos, mostrando-lhes experiências laboratoriais, aulas abertas, simulações e situações já próximas do que poderão encontrar na universidade”. Para os alunos do secundário é importante esta iniciativa porque se trata “do primeiro contacto com o ensino superior” e de uma forma de “ficarem a conhecer uma universidade, que pode ser uma hipótese a considerar na altura das candidaturas”. Também as crianças do Primeiro Ciclo tiveram a oportunidades de visitar a universidade. Os alunos da escola São Silvestre concordam: “Gostámos muito de ver coisas novas e da experiência
de estar num estúdio de televisão”. Sara Campos, tal como Igor Rocha, apesar da tenra idade, oito e dez anos respectivamente, já sabem em que se querem formar. Ela quer ser médica, e ele jornalista. Igor disse ter gostado do estúdio de rádio e de televisão. “Quero aparecer na televisão e entrevistar os políticos e as pessoas importantes”, afirma Igor Quanto aos professores, aplaudem a iniciativa da universidade, que dá a oportunidade de conhecer de perto o seu trabalho e o modo como os futuros profissionais se formam. José Pinto, professor da escola São Silvestre, acredita que “é importante os mais pequenos come-
çarem desde cedo a ter contacto com a vida académica, porque lhes pode aguçar o interesse desde já.” Ao longo dos dois dias estiveram presentes 18 escolas, maioritariamente dos distritos de Castelo Branco e Guarda, mas também escolas dos distritos de Viseu, Portalegre, Setúbal, e um centro de formação profissional. Durante a manhã de dia 8, os visitantes e estudantes ubianos puderam apreciar o espectáculo proporcionado pela Desertuna, Tuna Académica da Universidade da Beira Interior, que actuou no bar da Faculdade de Artes e Letras, para cerca de uma centena de pessoas. K Elisabete Festas _
na UBI
Betão com nova patente 6 Criar um betão refractário sem cimento é o intuito da autora deste trabalho, desafio de Deesy Gomes Pinto, que acaba de defender, na Universidade da Beira Interior, a sua tese de doutoramento em Engenharia Mecânica intitulada Comportamento termodinâmico de um betão refractário de 100% alumina para aplicações monolíticas. O betão refractário “é um recurso que suporta elevadas temperaturas e poderá ser aplicado, futuramente, a nível industrial
em áreas que consumam muitos destes materiais, nomeadamente a indústria siderúrgica e as incineradoras”, refere a autora. Ao longo do estudo foram analisados os comportamentos mecânicos e dando-se ênfase a esse comportamento em altas temperaturas, como os 1500 graus centígrados. O betão tem “grande potencial para ser implementado na indústria”, daí que vão surgir novas patentes, além da que já registou. K
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PT recruta na academia da UBI T A Portugal Telecom esteve na Universidade da Beira Interior, nos dias 21 e 22 de Março, com o objectivo de divulgar um programa de estágios na empresa, que visa atrair, captar e reter jovens com elevado potencial para as empresas do grupo. A proposta foi dirigida a estudantes essencialmente das áreas da Engenharia Electromecânica, Informática, Electrotécnica e de Computadores, entre outras similares. Para além destas áreas existe também uma forte componente da Gestão e Economia, Marketing, Ciências Sociais e Humanas e Matemática. K
Nova base científica na mira da UBI
Identificados pela íris
6 A identificação de seres humanos através da íris ou das suas linhas faciais é cada vez mais utilizada. Na Universidade da Beira Interior está em curso o projecto Mais Iris, desenvolvido com o apoio do Instituto de Telecomunicações, que consiste numa base de dados composta por diversos vídeos e imagens que resultam de diferentes expressões dos rostos humanos. É a partir dessas informações que Elisa Barroso, uma das bolseiras envolvidas na investigação, espera conseguir construir uma forma de identificar as pessoas “com mais fiabilidade que apenas o método
da íris”. Para tal, a investigação tem em conta, não apenas os olhos das pessoas, mas toda a região peri ocular. “Um dos limites do reconhecimento, através da técnica da íris ou outra semelhante, está no facto de no dia-a-dia as pessoas alterarem a sua expressão; ou estão alegres, ou estão a sorrir, ou encontram-se tristes, ou pensativas, etc. Isso muitas vezes limita o reconhecimento facial”, explica. O objectivo passa por criar uma base de dados que será depois validada cientificamente e onde as pessoas ensaiam seis expressões básicas. Pretendese que o sistema seja capaz de
detectar uma pessoa independentemente da sua expressão facial. As principais aplicações “estão ao nível da segurança, essencialmente, e do controlo de acesso a instalações. Pode conseguir-se para as empresas, sistemas que substituam os tradicionais métodos de registo de entrada e saída dos funcionários”, dizem os membros da equipa. Para tal, basta ter na zona de acesso às instalações uma câmara de recolha de dados, e os funcionários dessa entidade, ao passar nessa porta, automaticamente são registados pelo sistema, através da sua identificação facial. K Eduardo Alves _
Nova arquitetura de redes
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T Emanuel Gonçalves, professor do ISPA, acaba de tomar posse como conselheiro do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS) pelo período de três anos. O CNADS é um órgão nacional independente com funções consultivas, que proporciona a participação de sensibilidades das várias forças sociais, culturais e económicas na procura de consensos alargados relativamente às políticas de ambiente e de desenvolvimento sustentável. K
SPSS na Católica em Braga
Criada na UBI
6 Avaliação do Desempenho de Redes Veiculares com Ligações Intermitentes é o título traduzido da tese de doutoramento em Engenharia Informática que Vasco Jesus Soares acaba de defender na Universidade da Beira Interior, sob orientação do Joel José Puga Coelho Rodrigues. A tese insere-se numa linha de investigação desenvolvida na Universidade da Beira Interior, na área de uma nova arquitectura para redes veiculares, ditas redes veiculares com ligações intermitentes (VDTN). Ao longo do estudo foi avaliado o desempenho desta arquitectura de rede e respectivos protocolos e serviços, analisando-se a sua aplicação em diferentes
Docente do Ispa nomeado
cenários. A inovação deste trabalho é atestada pelo registo de uma patente por mais de 20 artigos científicos. As conclusões apontam “para uma tecnologia com grande potencial para ser utilizada pelos fabricantes automóveis. As VDTN oferecem uma ampla gama de aplicações com impacto na vida quotidiana, das quais se destacam, entre muitas outras, a melhoria da segurança rodoviária e da eficiência dos sistemas de transporte, recolha e transmissão de dados recolhidos por redes de sensores sem fios, por exemplo, referentes a condições climatéricas ou medições de poluição”, atestam os mentores deste estudo. “As VDTN reve-
lam-se muito úteis em cenários de catástrofe, quando as infraestruturas de rede tradicionais são destruídas ou largamente afectadas, permitindo apoiar a comunicação entre equipas de resgate e outros serviços de emergência”. Destaca-se entretanto a estreita colaboração entre o grupo de investigação Next Generation Networks and Applications Group (NetGNA) do qual fazem parte o autor e o orientador deste estudo, e o construtor automóvel Fiat, no Brasil, na construção de um protótipo real que tem por base a proposta apresentada neste estudo. K Eduardo Alves _
T Estão abertas as inscrições, até dia 29 de Março, para cursos de extensão universitária na Universidade Católica – Braga, na área da análise de dados quantitativos e qualitativos, com recurso a softwares informáticos adequados. Uma formação de destaque consiste no Curso de Introdução à Análise de Equações Estruturais com o SPSS-AMOS, leccionado por João Marôco, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (Lisboa). Outra formação possível neste contexto é do Curso completo de NVivo 8: Perspectiva deta-
lhada de um software conceituado em análise qualitativa de dados. Para inscrições ou mais informações contactar a Secretaria da Faculdade de Filosofia através de secretaria.facfil@ braga.ucp.pt. K
Aveiro com ciência na RTP2 T A nova série A Química das Coisas vai desmascarar a química escondida no dia a dia e mostrar como os desenvolvimentos recentes desta ciência contribuem para bem-estar comum. Com estreia agendada para o dia 16 de Março, às 13h55, na RTP2, o novo programa televisivo tem autoria do Departamento de Química da Universidade de Aveiro (DQ), produção da Science Office e Duvideo e apresentação de Cláudia Semedo. Os episódios, de cerca de três minutos cada, foram produzidos a pensar no grande público, com uma linguagem acessível e explicações visuais apelativas. K
Ovos moles a congelar T Uma investigação da Universidade de Aveiro comprovou que os ovos-moles podem ser congelados sem o risco de perderem as características que fazem deste doce regional o ex-líbris da doçaria aveirense. A constatação de um grupo de investigadores do Departamento de Química, coordenados pelo docente Manuel Coimbra, abre assim as portas a que os ovos-moles possam ser comercializados no mercado externo, um negócio até agora proibido face aos actuais 15 dias de validade do produto. A conclusão do estudo, encomendado pela Associação de Produtores de Ovos Moles de Aveiro (APOMA) com o objectivo de internacionalizar o produto, revela que o doce conventual quando ultracongelado a 40 graus negativos mantém o sabor inicial e não é nocivo para a saúde durante cerca de quatro meses. K
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Artes, Ciência e Economia
Prémios I@UTL entregues Sub-atómica
Coimbra identifica nova partícula 6 A busca incessante pela descoberta de misteriosas partículas escondidas no universo levou o físico teórico Eef van Beveren, da Universidade de Coimbra (UC), à identificação do bosão mais leve de sempre, uma partícula sub-atómica que resulta das interacções nucleares. Utilizando os resultados de experiências realizadas nos aceleradores de partículas de Bona (Alemanha) e do CERN (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear), Suíça, o físico de Coimbra, através de um Modelo (desenvolvido em conjunto com o cientista George Rupp, dos Instituto Superior Técnico, Lisboa), que permite prever um infinito de ressonâncias de combinações quarkantiquark (mesões), “varreu” todos os eventos registados nas experiências, mesmo os considerados irrelevantes, e num determinado espaço, um ínfimo espaço, registou uma quantidade de 45 mil eventos com 13 sigma significância (o que é con-
siderado mais que suficiente para a existência de uma partícula), ou seja, a evidência clara de um novo bosão. Denominada pelo investigador como E(38), esta nova partícula que pode ser descrita como uma “bolha de sabão”, é 25 vezes mais leve do que um protão e, apesar de ainda serem necessários muitos estudos para avaliar as suas propriedades e o seu armazenamento, “as implicações desta descoberta são de longo alcance, não apenas para física hadrónica (física das partículas que estuda as interacções fortes), mas também para física das altas energias e cosmologia. Até poderá ser utilizada como uma fonte de energia nuclear mais limpa, dado que não há resíduos. Mas, isto apenas num futuro bastante afastado, porque, para já, além da sua existência, não sabemos quase nada sobre esta partícula” antevê Eef van Beveren. K
Concurso de Ideias Trans EBT
Algarve com 23 candidaturas 6 A Universidade do Algarve, através da Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia (CRIA), realizou a 10 de Março, na Sala de Seminários da Reitoria, no Campus de Gambelas, um seminário de empreendedorismo, integrado no programa do CITrans EBT - concurso de ideias transfronteiriço para a criação de empresas. O evento marcou o final da fase de candidaturas, que contou com 23 participações. O seminário contou com a presença de João Guerreiro, reitor da Universidade do Algarve, e de Macário Correia, presidente da Câmara Municipal de Faro. Já o painel de oradores foi constituído por empreendedores, empresá-
rios e agentes ligados à criação de empresas, que transmitiram aos empreendedores conteúdos relacionados com a Cultura Transnacional, a Criação de Empresas, a Propriedade Industrial, o Marketing e a Imagem. As próximas etapas são caracterizadas pela fase de avaliação e selecção das candidaturas. Os promotores dos 15 projectos de negócio selecionados terão a oportunidade de trabalhar com uma equipa de consultores no desenvolvimento da sua ideia, através da criação de um pré-plano de negócios. A apresentação final dos projectos terá lugar no Parque Científico e Tecnológico de Huelva (PCTH). K
6 A Oficina de Transferência de Tecnologia e Conhecimento (Otic) da Universidade Técnica de Lisboa acaba de proceder à entrega dos Prémios I@UTL, distinguindo as ideias de negócio inovadoras apresentadas por alunos e investigadores da instituição. No total foram premiados três projectos e outros dois agraciados com menções honrosas. Das quatro categorias a concurso, o júri considerou que os projectos apresentados na categoria Humanidades, não apresentavam um estado de maturidade para entrada no mercado, pelo que optou por não atribuir prémio nessa categoria. Nas restantes categorias sagraram-se vencedores Gonçalo Marques Mendes e Vasco Borges Moreira, alunos de Mestrado do Instituto Superior Técnico (Categoria Ciência), David Correia da Fonseca, Joana Godinho dos Santos e Patrícia Santos de Oliveira, alunos de pós-graduação do Instituto Superior de Economia e Gestão (Categoria Economia), Célia Quintas, aluna de mestrado do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa (Categoria Artes). A primeira menção honrosa foi atribuída a Ana Margarida Sousa Dias Martins, professora auxiliar com agregação e investi-
gadora do Centro de Química Estrutural, e Luís Rodrigues Alves, aluno de doutoramento, ambos do Instituto Superior Técnico. Também foi distinguido com
uma menção honrosa o projecto de José Pinto Ferreira, aluno de mestrado do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa. K
Descoberta mundial no Minho
Proteína previne cancro
6 Investigadores do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho descobriram que a lactoferrina, uma proteína do leite, é decisiva no tratamento e prevenção do cancro da mama. No seu estudo recém-publicado no Journal of Dairy Science, concluíram que o tratamento de células cancerosas com lactoferrina reduziu a sua viabilidade para metade e a sua proliferação em quase dois terços. A equipa de Lígia Rodrigues defende que produtos de leite e derivados possam ser enriquecidos com lactoferrina como forma natural de não contrair cancro da mama ou prevenir a evolução da doença. “Esta investigação é de particular relevância para a indústria alimentar. O consumo de leite e derivados, ou mesmo produtos enriquecidos com lactoferrina, pode no futuro constituir uma forma natural de prevenir o cancro de mama ou de melhorar o tratamento dos
pacientes”, realça Lígia Rodrigues. A professora do Departamento de Engenharia Biológica, da Escola de Engenharia, sublinha que esta proteína é reportada como um importante agente em vários tipos de cancro e vai agora fazer estudos complementares para clarificar o seu papel potencial, designadamente os mecanismos de ac-
ção dessas substâncias activas e que quantidades devem ser incluídas na dieta humana para produzir benefícios. Neste estudo particular, Lígia Rodrigues avaliou os efeitos da lactoferrina do leite bovino em duas linhas celulares de cancro de mama (HS578T e T47D), uma delas sem receptor de estrogéneo. As células sem este receptor correspondem em geral a tipos de tumores mais agressivos, cuja terapêutica existente não é muito eficiente. “Caso a lactoferrina se revelasse efectiva neste tipo de células, seria um relevante avanço científico, podendo vir a ser combinada com o estrogéneo em novas soluções terapêuticas”, refere a cientista, que contou na equipa com o professor catedrático José António Couto Teixeira, a mestranda Cristina Duarte e o doutorando Yunlei Zhang, todos do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho. K
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Prémio Vergílio Ferreira 2012
José Gil é o vencedor
6 O filósofo, professor e ensaísta José Gil foi acaba de ser distinguido com o prémio Vergílio Ferreira. O vencedor sentiu-se honrado pela distinção de “prestígio” outorgada pela Universidade de Évora, instituição pela qual nutre “particular afeição”, e por se tratar de uma homenagem à filosofia, uma ciência “ameaçada” e um elemento essencial na obra de Vergílio Ferreira. Reconhecido nacional e internacionalmente, José Gil alia a produção filosófica e ensaística a uma personalidade e visão polémicas. É um “vulto da cultura portuguesa”, considerado pelo Nouvel Observateur como um dos 25 grandes pensadores do Mundo e foi distinguido pelo júri pelo “contributo singular para uma reflexão profunda sobre a identidade do Portugal contemporâneo”. Atribuído pela primeira vez a um “praticante de filosofia”, como José Gil se considera, o prémio é para si uma homenagem à filosofia. “Sinto-me particularmente contente porque não é todos dias que a filosofia, ameaçada como está, ou cujo ensino é ameaçado desde há muitos anos, é posta em destaque e se eu contribui para
isso sinto-me muito contente” afirma. Para José Gil, o prestígio do prémio, que “celebra a memória de um dos grandes escritores do século XX”, que “gostava tanto de filosofia, um elemento essencial na sua obra”, aliado à relação de afeição que tem com a Universidade de Évora, que conhece há muito tempo e que acha “esteticamente à parte das outras” e onde conhece muitos dos professores que aqui leccionaram, são aspectos que levam o homenageado a sentir-se grato e reconhecido. Instituído em 1997, o Prémio
Vergílio Ferreira foi criado com o objectivo de homenagear o escritor Vergílio Ferreira e premiar o conjunto da obra de escritores portugueses relevantes no âmbito da narrativa e do ensaio. José Gil junta-se a uma galeria que já conta com nomes como Maria Velho da Costa, Maria Judite de Carvalho, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Óscar Lopes, Vítor Aguiar e Silva, Agustina Bessa-Luís, Manuel Gusmão, Fernando Guimarães, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Mário de Carvalho, Luísa Dacosta e Maria Alzira Seixo, distinguida o ano passado. K
Novo livro de Alexandre Parafita
Antropologia da Comunicação 6 As formas de comunicação usadas pelas sociedades tradicionais, onde se incluem os rituais, as lendas, os mitos ou os romanceiros, estão agora no livro Antropologia da Comunicação – ritos, mitos, mitologias, de Alexandre Parafita, lançado este mês pela Âncora Editora. A sessão de lançamento teve lugar a 24 de Março, no auditório da Biblioteca Municipal de Vila Real, com apresentação de Carlos Nogueira, investigador do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Universidade Nova de Lisboa. Reconhecendo que o homem, desde há milénios, sempre buscou formas eficazes de comunicação, seja com os seus pares, seja com as entidades que interpela nas mega dimensões do sobrenatural, esta obra apresenta abordagens pluridisciplinares que abrangem, para além da realidade complexa dos mass media, os mitos e seus ritos,
os mistérios do mundo lendário, os rituais de iniciação e passagem, as crenças e superstições, as festas, as iconologias e as expressões da literatura oral tradicional. Como fonte de pesquisa, é dada relevância ao património imaterial transmontano, através do seu teatro popular, ritos cristãos e pagãos, folclore obsceno, mitologia popular, simbologia sexual e diabólica em monumentos religiosos, lendas de mouros, lobisomens, trasgos e olharapos, entre outras manifestações. Alexandre Parafita, doutor em Cultura Portuguesa e especialista em Património Cultural Imaterial, é professor no Departamento de Letras, Artes e Comunicação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e autor de várias dezenas de obras de investigação e de literatura infantil, muitas das quais integram o Plano Nacional de Leitura. K
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Tráfego, consumo e poluição nas rotundas
Universidade de Aveiro estuda 6 O do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro está a desenvolver um estudo pioneiro em Portugal que pretende interligar comportamentos de condutores, consumos de combustível e emissões de poluentes do tráfego automóvel nas rotundas. O projecto tem por objectivo encontrar modelos para rotundas onde o consumo e a poluição sejam mínimos. E para ajudar à missão, a UA tem a circular nas principais rotundas da cidade de Aveiro, durante esta semana, um carro teste equipado com medidores experimentais para registar as múltiplas dinâmicas dos veículos automóveis em andamento. Para isso, o automóvel está equipado com câmaras de filmar e com um GPS que, ligado a um armazenador de dados, grava segundo a segundo velocidades, acelerações, desacelerações, posições do veículo e inclinações do terreno. Finalmente, o veículo circula com um “car-chip” acoplado à ficha OBD (“On-board Diagnosis”), o qual permite monitorizar todo o historial do desempenho do veículo (incluindo o consumo de combustível segundo
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a segundo). Ao mesmo tempo, nas rotundas analisadas fazem-se filmagens do tráfego e utiliza-se um radar de velocidades para registar as velocidades a que se deslocam os veículos. Conduzido por uma investigadora, o laboratório ambulante vai circular ao longo de vários períodos do dia para registar diferentes características de tráfego e vai efectuar vários tipos de condução. “Queremos perceber, nesta primeira fase do estudo, e com a ajuda do nosso carro teste, de que forma os veículos se comportam nas rotundas, quer em termos de tráfego, quer em termos de consumo e de emissão de poluentes para a atmosfera”, diz a investigadora Margarida Coelho. Posteriormente, e após a análise dos dados, explica
a responsável, “serão construídos modelos de rotundas que melhor convêm para melhorar a fluidez do tráfego, poupar combustível e diminuir a poluição”. Nesta parceria, para além do Departamento de Engenharia Mecânica da UA, participa o Institute for Transportation Research and Education da North Carolina State University. A campanha de medições experimentais conta, ainda, com o apoio da Toyota Caetano Portugal. Posteriormente, alguns dos dados recolhidos serão utilizados num projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, em que a UA participa em parceria com o Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. K
www.ensino.eu
Dia 28 de Março em castelo branco
Bolonha em encontro nacional
ESGIN reúne gestores T A Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova acolheu, este mês, o X Encontro de Futuros Gestores de Recursos Humanos. A iniciativa foi realizada em conjunto com a Associação Portuguesa dos Gestores e Técnicos de Recursos Humanos. O programa encontra-se dividido em três painéis. O primeiro, subordinado ao tema “Mundo das Organizações”, teve como oradores André Escório Soares (Professor do IPT e Fundador da Pegada Positiva) e Sérgio Santos (Coordenador do Projecto Business Care da Chamartin, SGPS). O segundo, denominado “Mundo das Pessoas”, contou com a presença de Sofia Calheiros (Conceito 02) e Tiago Forjaz (Fundador do MighTWorld). Finalmente, no último painel “O Teu Mundo” participaram Carlos Silva (Fundador da Seedrs) e Ana Rita Seirôco (Raise It Now). O encontro contemplou, ainda, um conjunto de workshops a cargo de várias organizações, nomeadamente, Talent City, INTEC, ATEC, Grupo Português e Coaching e Life Training. K
Master Classe em tomar T No âmbito da Master Classe organizada pelo Centro de Estudos Superiores de Música e das Artes do Espetáculo, o Convento de Cristo recebe um concerto de Trompete, no dia 31 de Março, a partir das 21 horas, com o trompetista Christian Léger e, no dia 1 de Abril, um concerto de Tuba com Stéphane Labeyrie. A Master Classe dirige-se a trompetistas e tubistas e tem como professores convidados os músicos Christian Léger e Stéphane Labeyrie. K
6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco promove, no próximo dia 28 de Março, o encontro nacional sobre “A Concretização do Processo de Bolonha em Portugal”. A iniciativa contará com a presença do secretário de Estado do Ensino Superior, João Queiró (no encerramento da jornada às 18H00), do ex-ministro da Educação, Eduardo Marçal Grilo (17H00), e do ex-secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Lourtie (10H00). O encontro, tem início às 9H30 e só terminará depois das 17H00. No total estão previstas mais de 20 intervenções de responsáveis das universidades e institutos
politécnicos portugueses. No entender da organização, a iniciativa tem como principal objectivo efectuar uma avaliação das reformas implementadas e dos progressos ve-
rificados. O Encontro Nacional permitirá avaliar as mudanças verificadas, tendo em conta a mobilização e o desempenho das Instituições de Ensino Superior, em Portugal.
A realização do encontro surge depois de terminado o período de transição, e após o último relatório de concretização do Processo de Bolonha (2010/11). Recorde-se que a implementação do Processo de Bolonha resultou da necessidade de implementar uma política educacional, de nível superior, comum aos estados membros da União Europeia, através da harmonização dos graus, do reforço da mobilidade dos estudantes e do aumento da empregabilidade dos diplomados, visando aumentar a eficácia e a competitividade do Espaço Europeu de Ensino Superior. K
Construção da Esart
Ministério diz sim, ministros nim
6 A construção da Escola Superior de Artes Aplicadas (Esart) poderá estar em risco. Depois da componente nacional estar garantida pela câmara albicastrense, dos fundos comunitários assegurados e do Ministério da Educação ter dado ordem para o lançamento do concurso público, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução contrária. A resolução aprovada no início de Março em Conselho de Ministros determina, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) “a rescisão das decisões relativas à aprovação de operações, há mais de seis meses, sem execução física e financeira, e a reavaliação imediata dos programas orientando a sua reprogramação para o crescimento, a competitividade e o emprego”. Acontece que a construção da Esart ainda não tem qualquer execução física, já que só há cerca de um mês o Ministério da Educação e Ciência deu luz verde para que o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) pudesse lançar a obra a concurso, o que já aconteceu. Até à hora de fecho da nossa edição a situação mantinha-se indefinida, apesar dos esforços do presidente do IPCB, Carlos Maia, em a tentar desbloquear. Esta situação levou a deputada socialista Hortense Martins, eleita por Castelo Branco, a questionar os ministérios da Economia e da Educação sobre este assunto. Na questão en-
viada, na passada terça-feira à Assembleia da República, a deputada questiona: “tendo em conta que está assegurado todo o financiamento através do POVT (fundos comunitários) e da Câmara de Castelo Branco e que já foi lançado o concurso da obra, vai o Governo retirar do QREN o financiamento que estava programado e aprovado, quando o atraso da não execução até ao momento, não cabe ao IPCB mas ao próprio Governo?”. Na carta enviada aos dois ministérios, Hortense Martins considera a decisão “incompreensível e inaceitável”, já que “não é da responsabilidade do IPCB o atraso no lançamento do concurso, pois este só podia ser feito depois da aprovação por parte do Ministério da Edu-
cação e Ciência, o que só aconteceu em Fevereiro de 2012”. A deputada revela que “o IPCB ainda ultrapassou a falta de financiamento nacional através de um protocolo com a Câmara de Castelo Branco”. Hortense Martins adianta que “está completamente assegurado o financiamento para o projecto ESART, tanto através de fundos europeus como da participação da própria autarquia, não resultando qualquer encargo para o Orçamento de Estado”. Para a deputada o impedimento da realização da obra por parte do Governo só “pode ser entendido como uma má vontade de discriminação negativa injustificada para com Castelo Branco, para com o Interior e para com o ensino su-
perior politécnico”. Hortense Martins recorda também que o projecto de instalações definitivas para a Esart data de 2000, estando aprovado pelo Ministério da Educação e Ciência. De referir que a Esart foi criada em 1997 e ocupa instalações provisórias na Escola Superior Agrária de Castelo Branco, tendo neste momento 744 alunos em quatro cursos de licenciatura e cinco de mestrado. Carlos Maia, presidente do IPCB, já referiu ao Reconquista, a importância das novas instalações, lembrando que este é um processo que já se arrasta há muito tempo. “A construção da escola será uma obra emblemática para a cidade e para a região. O novo bloco pedagógico vai garantir melhores condições de ensino e mais prestação de serviços à comunidade a uma escola que apesar da sua idade tem um grande prestígio a nível nacional e internacional e que tem ganho diversos prémios não só em Portugal como no estrangeiro”, disse. A própria Assembleia Municipal de Castelo Branco aprovou por unanimidade o protocolo entre a autarquia e o Instituto Politécnico, no sentido de ser a Câmara a assumir a componente nacional da obra. O custo da nova Esart é de cerca de cinco milhões de euros e tem o financiamento comunitário de 70%, sendo o restante pago pela autarquia, o que faz com que o Orçamento de Estado não tenha qualquer custo. K
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Projecto premiado na Dinamarca
Robô de companhia para idosos criado na EST 6 A Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco (ESTCB) acaba de criar um robô de companhia para idosos, o qual para além de monitorizar os comportamentos das pessoas menos jovens no seu quotidiano, executa diferentes funções de apoio. O projecto foi distinguido na Dinamarca com o terceiro prémio no Workshop de Empreendedorismo do Fórum Europeu de Robótica, realizado em Odense, no início deste mês. Paulo Gonçalves, professor e investigador na escola, lidera a equipa de investigação (composta ainda pelo docente Pedro Torres e pelo aluno Paulo Lopes). Desenvolvido nos laboratórios da EST, no âmbito dos cursos de engenharia industrial e de engenharia Tecnologias dos Equipamentos de Saúde) o projecto tem como “objectivo colocar na casa das pessoas idosas um robô que lhes faça companhia e que permita a familiares e amigos, entre outros, saber o que se passa com a pessoa idosa”, explica aquele responsável. O objectivo final deste projecto passa por comercializar um “robô que se movimente livremente nas casas das pessoas, permitindo entre outras funcionalidades a comunicação com o exterior, com familiares e amigos, e ao mesmo tempo monitorizar de uma forma inteligente as pessoas idosas”, adianta Paulo Gonçalves. O robô de companhia é um equipamento inteligente que assegura muitas tarefas. “Nesta fase, não podemos adiantar muito ao público sobre as suas funcionalidades. Será, certamente, um robô de telepresença que permite ao idoso de forma simples realizar videoconferência com familiares e amigos, e poder ser controlado por estes”, diz. Aquela é apenas uma das muitas funcionalidades do robô de companhia, o qual já existe fisicamente e que Paulo Gonçalves garante poder ser mostrado a outros investigadores. “Este é um projecto que continua em constante desenvolvimento”. O próximo passo será desenvolver um projecto-piloto. “Gostaríamos que fosse feito em Castelo Branco”, frisa. Com a mudança dos hábitos de vida e a falta de tempo para os idosos, a robótica pode ser uma das soluções para combater a solidão. Paulo Gonçalves não tem dúvidas que isso possa acontecer. “Um
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Castelo Branco
Esald comemora 10 anos de fisioterapia
robô é uma máquina e como tal pode ser projectada para desempenhar as mais variadas tarefas, assim a imaginação das pessoas e o desenvolvimento tecnológico o permitam”. Ainda assim o investigador da EST considera que “a máquina não substituirá, nunca os familiares e amigos das pessoas idosas, mas pode ajudar para diminuir a tendência actual para o distanciamento entre gerações”. No entender daquele responsável, o robô e a ideia de negócio que lhes está subjacente serão comercializáveis, assim haja investidores interessados. “Não tenho dúvidas que num futuro próximo será comercializada esta ou outra ideia parecida. É um produto que se pode adaptar a vários segmentos de mercado. Nesta fase faltam os investidores para o projecto-piloto, esperamos que apareçam”. Paulo Gonçalves recorda que a ideia do projecto resultou de muitas, conversas que frequentemente temos no laboratório de robótica e equipamentos inteligentes e pelo facto do tema solidão, infelizmente, estar em crescimento na sociedade actual”. O prémio obtido na Dinamarca foi conquistado entre muitos projectos europeus desenvolvidos para a indústria farmacêutica, indústria metalomecânica pesada, área da logística, agricultura e área da saúde. “Depois de enviarmos o projecto, e
quando recebemos o convite, da rede europeia de robótica, para ir apresentar a ideia de negócio, na semana anterior ao evento, ficámos com a sensação de já ter ganho o nosso prémio: estar entre os seis finalistas”, recorda Paulo Gonçalves. O projecto da EST foi apresentado e discutido “com peritos nas áreas de empreendedorismo tecnológico. Curiosamente vieram do Reino Unido e França as maiores atenções sobre o projecto. Acabámos por ficar em terceiro lugar”, conta. À semelhança de outros projectos inovadores desenvolvidos na EST, este voltou a envolver os alunos. Um facto que Paulo Gonçalves considera fundamental “os alunos têm imensas ideias e é o nosso papel disponibilizar todo o nosso conhecimento para lhes abrir portas para o futuro que os espera”. O investigador acrescenta: “é importante que eles se proponham fazer aquilo que têm capacidade para fazer e não aquilo que pensam saber fazer. Penso ser interessante para o aluno ter tido a oportunidade de se deslocar a um fórum em que estavam lado a lado todos os fabricantes de robôs, institutos de investigação, politécnicos e universidades da Europa. Para além do conhecimento técnico-científico e estas oportunidades, pouco mais lhes podemos oferecer. Ficamos contentes quando as agarram para construir o futuro”. K
6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD) acaba de assinalar, o 10º aniversário do curso de Fisioterapia. A ocasião foi aproveitada pela instituição, para reunir antigos e actuais alunos do curso, professores e colaboradores de diversas instituições prestadoras de saúde que, durante dois dias, reflectiram, principalmente, sobre o futuro da fisioterapia. Ana Paula Sapeta, directora da escola, salientou a dinâmica do curso de Fisioterapia e a alta empregabilidade dos fisioterapeutas formados na ESALD, a qual atinge valores próximos dos 95%. O programa do primeiro dia integrou diversas conferências, as quais contaram com a participação dos docentes João Neves Gil, Nuno Cordeiro e Abel Rodrigues, debateram as perspectivas futuras da profissão e desta área científica da escola. No segundo dia, realizou-se um encontro em que participaram
diversos coordenadores dos serviços de fisioterapia de hospitais que recebem alunos da escola. Um encontro que permitiu analisar a parceria entre as várias instituições e a forma de melhorar a formação dos alunos do curso de fisioterapia e de todos os profissionais. A presença de antigos alunos diplomados pela escola foi outro dos momentos importantes das comemorações. Os já profissionais de saúde apresentaram os seus percursos profissionais, revelando que a escola tem conseguido formar fisioterapeutas capazes de integrar os mais diversos campos de actuação da profissão, em Portugal e no estrangeiro. No final dos trabalhos foi eleito como melhor poster, o trabalho apresentado pela docente Rute Crisóstomo e pelas fisioterapeutas Ana Ribeiro e Catarina Martins, que terminaram o curso na ESALD em 2011. K
Na ESG
Gestão hoteleira: da formação à prática 6 A Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco realizou, no passado dia 27 de Fevereiro, um debate subordinado ao tema “Gestão Hoteleira, da formação à prática”. A iniciativa foi organizada pela secção júnior da Associação dos Directores de Hotéis de Portugal (ADHP), e foi a primeira de um ciclo de encontros cujo objectivo é aproximar os estudantes de Gestão Hoteleira e Gestão Turística da realidade Hoteleira. Para Ricardo Ambrósio, presidente da secção júnior da ADHP “não há tempo para retóricas: É
preciso empreender, responsabilizar e promover dinâmicas que permitam alavancar o estatuto do estudante-estagiário, tornálo responsável pelos seus actos, mostrando-lhe que a sua intervenção positiva e espírito de vencer será o goodwill na estrutura hoteleira onde tem oportunidade de participar”. Na acção participaram Carlos Ermida, director de Hotel, Pedro Prospero, director Termal, Luís Ferreira, director de Hotel e Delegado da Região Centro ADHP e Ricardo Ambrósio, presidente da Secção Júnior da ADHP. K
Projecto inovador
Cadeira de rodas comandada por voz 6 O Departamento de Engenharia Informática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria acaba de apresentar o protótipo da Cadeira Móvel Autónoma. Trata-se de um projecto desenvolvido pelo curso de Informática para a Saúde, que consiste num módulo low cost adaptável a uma cadeira de rodas convencional, ligado a um computador portátil, que permite o seu controlo por voz e pelo movimento dos olhos. O protótipo concilia uma solução de reconhecimento de comandos activados por voz e uma aplicação que determina o desejo de movimentação do utilizador através do movimento dos olhos, captado por uma webcam. As indicações de voz e movimento dos
olhos são processadas simultaneamente para reforçar a fiabilidade dos comandos transmitidos à Cadeira móvel Autónoma. O Curso de Informática para a Saúde do Politécnico de Leiria é o único a funcionar actualmente no País, e tem por objectivo fornecer aos estudantes conhecimentos e competências de base relacionados com a saúde, estabelecendo a ligação entre o mundo das tecnologias e a sua aplicação nos cuidados de saúde (médico-hospitalar, desportiva, estética, entre outras). Este curso tem grande procura por parte dos estudantes, e suscita grande interesse por parte das entidades empregadoras, que procuram regularmente estagiários nesta área. K
Oeste Activo com Leiria
tes. No Youtube, e até à data, a ESTG-TV teve cerca de 3500 visualizações. Os conteúdos podem ser acedidos através do site da ESTG-TV ou via iTunes U, YouTube e Facebook. K
T O Instituto Politécnico de Leiria e a Associação Industrial do Oeste apresentaram, no final de Fevereiro, o projecto Oeste Activo, que tem como objectivo promover a criação de oportunidades económicas para a região, através da partilha de ideias e conhecimentos em prol da regeneração do seu tecido empresarial. A apresentação decorreu na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, em Peniche. O projecto resulta de uma iniciativa conjunta do Grupo de Investigação em Turismo da ESTM e da AIRO, e tem como objectivo criar sinergias que garantam a dinâmica necessária para que empresas e pessoas colaborem de forma activa na criação de competitividade para a região. K
TV na Estg de Leiria T A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria lançou a 8 de Março, o primeiro programa da ESTG-TV, uma iniciativa para a criação de um canal experimental de televisão interna, elaborando pequenos programas televisivos sobre a vida na ESTG, nomeadamente, os eventos, o dia-a-dia, os órgãos de gestão, as pessoas que estudam e trabalham na ESTG, docentes, funcionários não-docentes e estudan-
Deforma apresentada T O terceiro número da revista Deforma, ex-Grafema, fundada pelo docente do IPCB Tiago Navarro Marques, foi apresentado no início de Março, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco. A iniciativa esteve inserida na programação do Fórum ESART 2012. Esta edição conta com artigos de: José Ramón Alcalá, Juan Martín Prada, Lev Manovich, Bo Bergström, Francisco Felip, Emanuel Barbosa, Vicente Guallart y Francisco Berenguer, Antonio García, Marcelo Leslabay, Tiago Navarro Marques e Salif Silva. Autores que “avaliam a situação da nossa realidade cultural, técnica, de produção, comunicação, difusão e circulação, perante uma sociedade com dificuldades, afectada pela crise”. K
Mais-valia e oportunidade
Leiria forma em Mandarim 6 O Instituto Politécnico de Leiria vai proporcionar formação em Mandarim para os diplomados da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (Estg), nas áreas das engenharias, tecnologias e gestão. Trata-se de uma iniciativa conjunta de duas escolas do Politécnico de Leiria, da ESTG e da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (Esecs), onde já é ministrada a licenciatura de Tradução e Interpretação PortuguêsChinês e Chinês-Português e outras iniciativas ligadas a esta língua. Para Luís Barbeiro, director da ESECS, “a aprendizagem da língua chinesa, uma das línguas mais faladas na actualidade, representa uma mais-valia e uma oportunidade, enquanto instrumento de trabalho para um número cada vez mais elevado de profissionais e de empresas nacionais nomeadamente do sector energético. Será, seguramente, uma vantagem competitiva no mercado de trabalho actual, no que diz respeito ao desenvolvimento de competências de comunicação, dando resposta ao desenvolvimento crescente das relações económicas entre a Europa, designadamente Por-
tugal, e a China”, salienta. Já Luís Távora, director da ESTG, explica que “a iniciativa surge enquadrada na estratégia desta escola superior, onde se procura que a oferta formativa esteja alinhada com as necessidades das entidades empregadoras, em particular nas áreas económica e das engenharias e tecnologias, face à sua elevada selectividade e grande dinamismo. Com esta orientação e postura tem sido possível assegurar uma adequada integração dos nossos diplomados no mercado de trabalho,
com elevadas taxas de empregabilidade, refere. No que respeita à Licenciatura em Tradução e Interpretação Português-Chinês e Chinês-Português, o director da Esecs refere que este curso tem “características únicas a nível nacional, possibilitando, em regime de reciprocidade, o intercâmbio de estudantes portugueses e chineses, possibilitado pela cooperação entre as três instituições: o IPL, o Instituto Politécnico de Macau e a Beijing Languages and Cultures University”. K
Caldas da Rainha
OLI colabora com Artes 6 A empresa OLI assinou um protocolo de colaboração com a Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha com vista à apresentação de propostas para uma placa de comando para autoclismos interiores, através de um concurso dirigido aos alunos da licenciatura em Design Industrial. António Oliveira, CEO da OLI, enquadra esta parceria no âmbito da cultura de Investigação e Desenvolvimento da empresa, cuja relação estreita com as universidades portuguesas tem permitido desenvolver soluções inovadoras através da enorme ambição e o forte espírito criativo de estudantes portugueses. O júri do concurso contou com a participação de duas referências nacionais da arquitectura e design, Francisco Aires Mateus e Fernando Brízio, que avaliaram mais de 50 projectos e seleccionaram nove para a fase final. Na final vencerão três propostas. Para Aires Mateus, “os trabalhos apresentados revelam um sólido corpo projectual, revelando o enorme potencial de esperança na qualidade do design de produto feito em Portugal. É fundamental estabele-
cer, cada vez mais, elos entre o tecido empresarial e os jovens criadores, designadamente no âmbito das escolas universitárias”. No entender do arquitecto, “à energia e capacidade de
inovação, características inatas à juventude, soma-se, cada vez mais, uma responsabilidade ética e estética que se materializa em projectos de grande qualidade e ambição”. K
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MagicTracking: novo produto desenvolvido no IPG
GPS para Alzheimer 6 No Instituto Politécnico da Guarda, e no âmbito da spin off MagicKey, foi desenvolvido um sistema de localização de pessoas ou bens em tempo real, com custos anuais inferiores à média da mensalidade de sistemas alternativos. Este sistema usa um recetor de GPS e um cartão de dados GSM que permite a transmissão das coordenadas para o servidor do Magic Key. De referir que o utilizador poderá visualizar facilmente a localização da pessoa ou dos bens protegidos, num ambiente WEB, através do Google Earth. De acordo com responsável pelo projeto, Luis Figueiredo, “o MagicTracking tem particular importância para pessoas portadoras de demências, como o caso de pessoas com Alzheimer, que assim podem ser facilmente localizadas pelos seus familiares ou cuidadores.” Para estes casos, como refere, “o recetor GPS indicado está integrado num relógio de pulso”. O MagicTracking pode ser igualmente aplicado na localização de veículos; neste caso o recetor a usar integra diversas potencialidades extras, de inegável utilidade. “Sendo nossa preocupação a disponibilização de serviços de qualidade a preços muito acessíveis, todos os nossos equipamentos podem ser adquiridos a um preço de 100€ a 150€, sem qualquer período de fidelização, e a mensalidade do serviço pode ser de 0€ se o cartão GSM for do utilizador final, ou de 0,50€ (50 cêntimos) se o cartão GSM pertencer à MAGICKEY”, esclarece Luis Figueiredo. De salientar que para além dos equipamentos fornecidos pela Magic Key, este sistema poderá funcionar num equipamento Android, com GPS. A empresa spin-off MagicKey, sedeada no Politécnico da Guarda, foi criada a partir do projeto com o mesmo nome, iniciado em 2005 na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG, como resposta a um desafio concreto de encontrar uma forma eficiente de interação com o computador para pessoas que não poderiam utilizar os membros superiores. Nesse mesmo ano foi produzida a primeira aplicação, designada por MagicKey, a qual deu nome a todo o Projeto. 012 /// MARÇO 2012
Seminário sobre Física Aplicada T A Unidade Técnico Científica (UTC) de Ciências Exactas e Experimentais, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão/Instituto Politécnico da Guarda, vai organizar no próximo dia 23 de Abril, o I Ciclo de Seminários de Física Aplicada. Este ciclo de Seminários tem por objectivo divulgar e publicar os trabalhos da comunidade académica do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), na área da Física Aplicada. A UTC decidiu iniciar este ciclo de seminários por considerar que possibilitam a criação de sinergias entre a comunidade académica da área Os interessados podem obter mais informações em: https://sites.google.com/site/ipgfisica/. K
Jornadas de Desporto na Guarda
Esta aplicação foi galardoada com o Prémio Eng. Jaime Filipe 2006, instituído pelo Instituto de Segurança Social, o que veio contribuir para o reconhecimento do trabalho desenvolvido bem como facilitar a sua divulgação, aumentando assim a responsabilidade do trabalho que se estava a iniciar; nos anos seguintes muitas outras aplicações foram desenvolvidas, nomeadamente a MagicEye, distinguida, também, com o prémio Eng. Jaime Filipe em 2008. Atualmente estão disponíveis as aplicações MagicEye, MagicKeyBoard, MagicKey, MagicSwitch, MagicWatch, MagicWheelChair, MagicJoystick, MagicPhone e, agora, o MagicTracking. Esta empresa spin-off tem como sócios o responsável pelo projeto e o IPG, estando vocacionada para a conceção e desenvolvimentos de programas informáticos, planeamento e conceção de sistemas que integram equipamento, programas informáticos e tecnologias de comunicação para satisfação de necessidades de clientes específicos. Considerando que constitui missão e objetivo do Instituto Politécnico da Guarda a valorização das atividades de investigação e desenvolvimento, que se podem alcançar através do
impulso e apoio a empresas que visem valorizar os resultados da investigação, o Presidente do IPG considera que a constituição desta empresa “permite dar mais visibilidade ao projeto”, com reconhecido potencial gerador de desenvolvimento económico e social. Por outro lado, Constantino Rei sublinha que através desta solução é possível “aceder a fundos e programas de incentivo à inovação que o IPG só por si não podia fazer, porque não era elegível”. Acresce, ainda, a criação de emprego, tendo sido já contratadas duas pessoas. Esta spin-off tem a sua sede no Politécnico, trabalhando “em articulação e cooperação com o IPG”. O termo inglês spin-off é utilizado para descrever uma nova empresa criada com o objetivo, normalmente, de explorar novos produtos ou serviços de bases tecnológica ou inovadora, surgida a partir de ideias ou processos gerados numa outra organização já existente; esta pode ser uma outra empresa, um centro de investigação (público ou privado) ou uma instituição de ensino superior que acolhe a apoia a nova empresa no seu desenvolvimento. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _
T No Instituto Politécnico da Guarda vão realizar-se, dia 25 de Abril de 2012, as IV Jornadas de Desporto/ Desportos de Academia. Estas jornadas são organizadas pela Unidade Técnico-Científica de Des-
porto e Expressões da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto/IPG e Gabinete de Formação, Cultura e Desporto do Instituto Politécnico da Guarda. Os trabalhos vão decorrer, a partir das 9 horas, na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto. Os interessados podem obter mais informações em: www.ipg.pt/gfcd, através do e-mail gfcd@ipg.pt ou pelo telefone 271 220 100. K
Maiores de 23 é no IPG T No Instituto Politécnico da Guarda está aberto, até ao próximo dia 20 de Abril, o prazo de inscrição para a frequência dos cursos superiores, leccionados nas Escolas que integram o IPG, por parte dos candidatos maiores de 23 anos. Os interessados devem preencher um formulário que deverá ser entregue, até à data atrás indicada, nos Serviços Académicos do IPG. A realização das entrevistas decorrerá de 7 a 19 de Maio, na Escola do IPG em que o candidato pretenda ingressa, estando agendadas as provas teóricas e/ou práticas para o período de 26 de Maio a 2 de Junho. K
Protótipo do IPG
EcoCity em Madrid 6 O Instituto Politécnico da Guarda vai participar, de 13 a 15 de Abril, na Madrid EcoCity – Primeira Competição Internacional Urbana, a realizar na capital de Espanha. Esta participação é feita através do protótipo EgiUrban, construído pela Egiteam da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, no âmbito do projecto EgiEcoCar. Desenvolvido por professores e alunos, este projecto tem por objectivo conceber e implementar, com tecnologia própria, veículos mais eficientes do ponto de vista ambiental, minimizando o consumo e o grau de poluição. O Egiurban é o mais recente veículo concebido naquela Escola do IPG, com capa-
cidade para operar em ambientes urbanos e registando consumos dez vezes inferiores aos normais. A Madrid EcoCity é a primeira iniciativa internacional realizada em Espanha, assumindo-se como uma competição de eficiência energética onde o veículo vencedor será aquele que conseguir percorrer uma maior distância apenas com um litro de combustível. A prova vai contar com a participação, entre outras, de equipas do Politécnico da Guarda, Universidade da Beira Interior, Instituto Leonardo da Vinci/Capri (Itália), Universidade de Cartagena e Politécnico de Milão (Itália), num total de vinte e duas. K
Em Elvas
Ouguela em workshop 6 A Escola Superior Agrária de Elvas (ESAE) do Instituto Politécnico de Portalegre, organizou no início de Março o workshop/seminário intitulado Ouguela assessing the past, envisioning the future. Neste workshop particiopou uma comitiva de 32 alunos e docentes provenientes de duas Universidades Norte Americanas (North Dakota State University e Michigan State University), os alunos finalistas do curso de Agronomia – ramo espaços verdes da ESAE - IPP, 22 alunos do curso de Design de Comunicação da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, e ainda seis alunos e dois professores da Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro. Este workshop decorreu no âmbito de um projecto que incide sobre Ouguela, freguesia de Campo Maior, em que se pretende criar propostas de valorização do território, replicando o modelo previamente aplicado na aldeia de Querença sob a coordenação do professor António Covas da Universidade do Algarve. Neste projecto estão envolvidos, o Instituto Politécnico de Portalegre, sob a coordenação do professor Luís Loures, da ESAE, o Grupo Nabeiro através do Coração Delta e a Câmara Municipal de Campo Maior. K Publicidade
IPCB
Agrária “inventa” biscoitos para cães 6 Os biscoitos biológicos para cães e as misturas para aves e lagomorfos formulados no IPCB/Escola Superior Agrária de Castelo Branco e produzidos pela empresa Meskliflower, na sua fábrica do Ladoeiro, Idanha-a-Nova, já estão a ser comercializados no mercado nacional em Pet Shop, clínicas veterinárias e hospitais veterinários. Na sequência da colaboração entre o IPCB/ESA e a Meskliflower, que já decorre desde 2010, realizou-se na ESA, no passado dia 9 Março, uma acção de formação para colaboradores e responsáveis da produtora e da empresa que está a colocar no mercado nacional aqueles produtos, a Bio2 - Representação e Comércio de Produtos Agropecuários Lda. A acção de formação sobre particularidades na alimentação de lagomorfos, roedores e aves de companhia foi leccionada pelos docentes António Moitinho Rodrigues e Edgar Vaz, a pedido da empresa Meskliflower. Na formação, que incluiu uma visita aos Laboratórios de Microbiologia e de Nutrição e Alimentação Animal da ESA, estiveram presentes os responsáveis das empresas Meskliflower e Bio2 e mais 13 colaboradores,
entre engenheiros zootécnicos, médicos veterinários e engenheiros técnicos agrários. No final da sessão, foi referida a grande utilidade que a mesma teve para os colaboradores da Bio2 já que ao adquirirem conhecimentos adicio-
nais sobre a nutrição e a alimentação dos novos animais de companhia estarão a contribuir para um melhor esclarecimento dos proprietários desses animais, contribuindo também para aumentar o bem-estar e a longevidade dos animais de companhia. K
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MARÇO 2012 /// 013
De 11 a 13 de Abril em viseu
Dias Abertos vêm aí 6 O Politécnico de Viseu organiza os seus Dias Abertos de 11 a 13 de abril com o objetivo de abrir as suas portas às escolas da região de Viseu e de todo o país. A jornada pretende proporcionar aos convidados um conhecimento mais aprofundado e abrangente do quotidiano do ensino superior através de uma visita guiada ao Campus Politécnico e às Escolas Superiores do Instituto. Durante três dias, mais de um milhar de visitantes esperados são acolhidos pelos seus guias ao ritmo da sonoridade da Tunadão 1998. Depois da sessão de boas-vindas e da distribuição de material informativo, os guias dão início ao périplo da jornada apresentando o programa, a instituição e o campus politécnico.
Nas Escolas Superiores do Instituto, professores e alunos do Instituto conduzem os nossos visitantes a uma jornada na qual assistem a aulas e palestras sobre os cursos, realizam experiências em laboratórios, participam em inúmeras atividades lúdico-pedagógicas di-
versas e percorrem espaços de interatividade, exposições, centros de informática, de documentação e de informação, pavilhões oficinais e diversas outras valências. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _
Sistema Via Verde
Engenheiros elogiam parceria 6 O Colégio de Engenharia Informática da Ordem dos Engenheiros acaba de atribuir o troféu de Obra da Engenharia Informática ao resultado de uma parceria de I&D entre o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa/Instituto Politécnico de Lisboa e a Brisa Inovação e Tecnologia. O prémio de mérito foi entregue na Gala comemorativa dos 75 anos da Ordem dos Engenheiros, realizada a 16 de Março no Convento do Beato, em Lisboa. De acordo com o presidente da Região Sul da Ordem dos Engenheiros, Carlos Mineiro Aires, “o Colégio de Informática, decidiu, nesta especialidade, atribuir a distinção ao “Sistema Via Verde” por razões que, na altura, (Gala dos 75 anos) serão anunciadas mas que certamente estarão ligadas à originalidade, inovação tecnológica e capacidade de criar uma solução tão amiga do utilizador”. Sobre o ISEL referiu ser “uma escola de engenharia cuja qualidade de ensino é inquestionável” que “ao ser distinguida com este merecido destaque, será reconhecida Publicidade
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Tomar: Tecnologias de Ancoragem T O Instituto Politécnico de Tomar organiza, a 30 de Março, pelas 18.00h, no anfiteatro Q102, uma sessão técnica subordinada à temática das Tecnologias de Ancoragem, no âmbito do Mestrado em Reabilitação Urbana, dinamizada por Eduardo Teixeira, da HILTI Portugal. Do programa constam temas como: materiais base para ancoragens; princípios de transferência de cargas; ancoragens Hilti; resistência ao fogo; famílias de ancoragens; método de cálculo – legislação europeia; resistência à corrosão e software Hilti Profis Anchor 2.2. Esta sessão técnica destina-se, essencialmente, aos estudantes do mestrado em Reabilitação Urbana e dos cursos de Engenharia Civil e Arquitectura, engenheiros civis, engenheiros técnicos, arquitectos e outros intervenientes na indústria da construção. K
Tomar e a Ordem do Templo T Investigadores, estudiosos de ordens militares e pessoas interessadas na História dos Templários reuniram a 22 Março,
no Convento de Cristo, sede da Ordem do Templo em Portugal, num colóquio dedicado a esta ordem religiosa militar, aproveitando que se cumprem neste dia 700 anos da extinção da Ordem do Templo, decretada pelo Papa Clemente V. O colóquio foi organizado pelo Instituto Politécnico de Tomar e pela Associação Portuguesa de Cister, em parceria com o Convento de Cristo. Na ocasião foram apresentadas as Actas do I Colóquio Internacional “Cister, os Templários e a Ordem de Cristo”, celebrado no Convento de Cristo em Setembro/Outubro de 2011. K
Jornadas do Direito do Trabalho T As II Jornadas do Direito do Trabalho decorrem nos próximos dias 28 e 29 de Março, a partir das 14.30, no auditório Doutor José Bayolo Pacheco de Amorim, no campus do Instituto Politécnico de Tomar. As jornadas contam com a presença de José João Abrantes, da Universidade Nova de Lisboa, Amaro Jorge, Júlio Gomes, da Universidade Católica Portuguesa, Joaquim Dionísio, da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses e de Gregório Rocha Novo, da Confederação da Indústria Portuguesa. K
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Valdemar Rua pela capacidade de investigar e inovar”. O desenvolvimento de competências nacionais sobre o Sistema de Via Verde traduz-se num importante contributo para o desenvolvimento de uma indústria de sistemas de informação. A parceria teve origem a 15 de Setembro de 2002, aquando da assinatura do primeiro protocolo entre o recém-criado Departamento de Inovação da Brisa e o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, do qual resultou o projeto de in-
vestigação e desenvolvimento (I&D) designado por “Brisa-Park”. As competências entretanto desenvolvidas, no contexto da parceria de I&D entre a Brisa e o ISEL/IPL, numa colaboração estreita com outras entidades do sistema científico e tecnológico, como a Universidade e o Instituto de Telecomunicações de Aveiro, permitiu que uma das Ex-SCUT disponha hoje de pórticos de produção nacional. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _
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Av. Gen. Humberto Delgado, 70 - 1º Telefone: 272321782 - 6000 CASTELO BRANCO
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Viana do Castelo
Aluno é o primeiro no Mundial do Google
6 Adriano Ribeiro Gonçalves, estudante de Design de Ambientes do Politécnico de Viana do Castelo, foi o vencedor do concurso internacional lançado pela Google-Sketchup, que contou com mais de 2500 concorrentes. Para a final foram seleccionadas 30 propostas que constituíram o universo de candidatos ao prémio vencedor. O aluno de Viana venceu com o seu projecto de modelação criativa de uma galeria de arte, em contexto projectual de design de interiores, para uma área da conhecida Torre do Liceu, em Viana do Castelo. A proposta, de acordo com o regulamento, foi elaborada com recurso a dois softwares. O Render[in] é um programa completamente integrado para o software 3D comercializado pela Google-Sketchup, que permite ter uma pré-visualização do render/imagem (fotorealista) antes deste ser feito. Por sua vez, o Sketchup é um programa de modelação 3D bastante intuitivo, que nos permite resultados surpreendentes e de qualidade fantástica em pouco tempo, comparado com outros softwares actualmente disponíveis. K
Cientista por um dia
Masterclasses em Beja 6 O Auditório I do Instituto Politécnico de Beja foi o palco escolhido para a realização do evento Hans on particle Physics – International Masterclasses, uma iniciativa que decorreu a 17 de Março e na qual cada participante teve a oportunidade de ser cientista por um dia. Em termos globais, a iniciativa reúne mais de 9000 alunos e professores em 31 países de todo o mundo que se deslocam a uma de 120 universidades ou institutos de investigação para descobrir os segredos escondidos da física de partículas. Os participantes tiveram oportunidade de trabalhar com cientistas e analisar dados de colisões de protões obtidas no maior acelerador de partículas do mundo, o LHC da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear em Genebra, Suíça. Pela terceira vez consecutiva, o maior número de participantes nesta actividade ocorreu em Portugal, com um total de mais de 2100 participantes. O International Masterclasses on Particle Physics é um programa anual organizado pelo International Particle Physics Outreach Group, que este ano assinalou a sua 8ª edição, de 28 de Fe-
vereiro a 24 de Março. Em Portugal esta actividade é organizada pelo Laboratório de Instrumentação e Física Experi-
mental de Partículas e pelas Universidades e Institutos anfitriões, com o apoio financeiro da Agência Ciência Viva. K
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Politécnico de Tomar
Reconhecimento internacional 6 A directora executiva da OTIC.IPT, Clara Amaro, acaba de ser reconhecida Alliance of technology transfer professionals (Attp) como profissional de Transferência de Tecnologia, sendo a primeira, e até à data, a única portuguesa a adquirir o título. A Alliance of technology transfer professionals é uma organização internacional para os profissionais na área da Transferência de Tecnologia, resultante de uma aliança entre associações dos EUA, Europa, Ásia e Australia. A transferência de tecnologia e conhecimento desenvolvida em laboratórios de investigação académicos é
reconhecida globalmente como um parâmetro para a construção e sustentabilidade de uma economia mundial robusta e inovadora. A Attp foi criada para reconhecer e promover os profissionais com estas competências específicas e para atribuir as competências necessárias aos que desejem adquirir estas habilitações e tornar-se profissionais registados de Registered Transfer Technology Professionals. O Instituto Politécnico de Tomar pode agora garantir mais uma valência, caminhando no sentido da internacionalização e destacando-se a nível Nacional e Europeu. K
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Evento visitado por mais de 50 mil pessoas
Ensino Magazine promove debate e apresenta livro na Futurália 6 O Ensino Magazine esteve em destaque naquele que é considerado maior certame de educação, juventude e formação do país (Futurália – Lisboa), por onde passaram mais de 50 mil visitantes. A publicação, que entrou no seu 15º ano, promoveu diversas iniciativas no evento, das quais se destacam a apresentação do livro “O Desencanto dos Professores”, da autoria de João Ruivo (editado pela RVJ – Editores) e a conferência sobre internacionalização e mobilidade no ensino superior, proferida pela docente Luzia Lima-Rodrigues. As duas actividades decorreram no auditório da Futurália, na FIL, Parque das Nações. O livro foi apresentado pelo docente Paulo Guinote (autor do blog «A educação do meu umbigo») e reúne um conjunto de editoriais publicados no Ensino Magazine e escritos por João Ruivo. Para o autor e investigador “os artigos de opinião que constam deste livro foram escritos numa conjuntura hostil para os profissionais da educação em Portugal”. Na perspectiva de João Ruivo “a comunidade educativa assistiu, nos últimos anos, ao maior ataque aos professores, aos educadores e à escola pública, de que há memória, desde a revolução dos cravos de Abril de 1974”. O autor revela que “hoje, com um olhar mais distanciado, e apesar da adversa conjuntura, estamos em crer que se alguém quis quebrar a espinha dorsal aos docentes não o conseguiu. E, em boa verdade, também não houve uma quebra significativa da confiança que a sociedade deposita nos professores e na instituição escolar. Diríamos mesmo que a escola continua a ser a única organização pública onde as famílias entregam, diariamente, os seus filhos e partem tranquilas para o trabalho, sabendo que crianças e jovens ficam seguros e bem entregues”. Conferência internacional A conferência sobre internacionalização e mobilidade no ensino superior foi outra das actividades promovidas pelo Ensino Magazine. Luzia Lima-Rodrigues, docente universitária no Instituto Piaget, abordou o tema sobre a perspectiva dos estudantes. A investigadora falou das dificuldades e das oportunidades que a mobilidade de alunos pode trazer, através de uma comunicação explicativa e objectiva, à qual assistiram muitos alunos. Para o director do Ensino Magazine, João Carrega, as duas iniciativas vêm ao encontro da filosofia da própria publicação, assente na
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ideia de que a educação não tem fronteiras. “O facto de hoje distribuirmos a nossa edição impressa na generalidade das instituições de ensino portuguesas, em Espanha e também nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa é uma consequência dessa visão. Uma visão que é ainda reforçada com o portal www.ensino.eu, o qual é visitado por leitores de todo o mundo”, disse. O director do Ensino Magazine adiantou ainda que “é essa globalidade que potencia a informação noticiosa ou publicitária. É o rigor com que o Ensino Magazine emprega na produção de conteúdos que tornam essa mesma informação como uma fonte de conhecimento isenta e esclarecedora para toda a comunidade”. A terminar, João Carrega destacou o facto do Ensino Magazine ser parceiro da Futurália já há vários anos. K
J. Vasco H
Em Abril
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Ensino Magazine na Qualific@ 6 O Ensino Magazine marca presença na próxima edição da Qualific@ - Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego, a qual se realiza de 26 a 29 de Abril, na Exponor, Porto. O Ensino Magazine é media partner do evento e irá promover diversas actividades e sortear um fim de semana no Geopark Naturtejo. Para este ano, a organização escolheu como mensagem “Acredita em ti, no teu futuro e na tua vocação”. O evento, que decorre de 26 a 29 de Abril na Exponor (Porto), e surge este ano integrada na Newcomers Week (semana da juventude), um projecto concebido a pensar na juventude. A Exponor acolherá assim a semana da juventude (de 25 de 29 de Abril), numa iniciativa que apresenta características inovadoras. Uma grande variedade de eventos e actividades paralelas, que servirão de referência, inspiração e motivação aos jovens
visitantes da Qualific@. A Agência Nacional para a Qualificação (ANQ), o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Direcção Geral da Educação e a Secretaria de Estado da Juventude e Desporto já confirmaram a presença. À semelhança de outras edições, a feira da Exponor contará com a prestigiada presença e cooperação das diversas instituições e organismos públicos, ligados às áreas da Educação, Formação, Juventude e Emprego. O evento continuará ainda a ser um ponto forte e de referência do sector, onde as entidades que representam as várias áreas que a caracterizam terão um espaço à sua disposição, para apresentar as suas novidades, propostas e soluções junto do seu público-alvo. A Qualific@ apresenta vários sectores em exposição, a saber: educação, ensino superior, formação, formação avançada, ensino extra-curricular, juventude e emprego. K
Ensino Magazine marca presença
Enove + internacionaliza-se
6 A última edição da Enove +, feira de emprego e empreendedorismo, promovida pela Associação de Desenvolvimento do Instituto Politécnico de Portalegre, ultrapassou as expectativas. A iniciativa que decorreu em Sousel, no início de Março, foi visitada por milhares de pessoas, tendo contado com a presença do Ensino Magazine. Joaquim Mourato, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, classificou o evento como “um projecto regional com ambição nacional e internacional”, acrescentando que para o ano o evento terá lugar em Campo Maior, com o objectivo de se internacionalizar. O presidente do IPP sublinhou a importância do evento, lembrando que se trata “de um ponto de encontro com o empreendedorismo”. Joaquim Mourato destacou também a associação entre a inovação e a criatividade presentes no vento. “Importa ampliar a rede de parcerias. Com este evento procuramos também sentir o pulsar da região”, disse.
António Pedro, responsável pelo evento, também partilhou as ideias de Joaquim Mourato, lembrando que “este projecto pretende ligar o Instituto Politécnico à região, promovendo o empreendedorismo”. Por sua vez, o presidente da Câmara de Sousel e também presidente da comunidade intermunicipal, destacou o papel do IPP no desenvolvimento do distrito. “O melhor braço científico da região é o Politécnico de Portalegre”, disse. K
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Fernando Pinto do Amaral, comissário do Plano Nacional de Leitura
O Plano à conquista dos adolescentes 7 Fernando Pinto do Amaral, comissário do Plano Nacional de Leitura (PNL), faz um balanço positivo da primeira fase do Plano, que terminou em 2011. Em entrevista ao Ensino Magazine, aquele responsável explica que “a avaliação independente feita pelo ISCTE revelou que o interesse dos jovens portugueses pela leitura subiu para cerca de 50% nos últimos cinco anos”. O comissário adianta que a segunda fase do PNL, já no terreno, pretende consolidar resultados e conquistar o interesse dos alunos do terceiro ciclo e secundário para a literatura. O desafio passa por atrair o interesse dos adolescentes para a leitura e colocar a literatura ao nível de artes, como a música ou o cinema. Fernando Pinto do Amaral destaca ainda o esforço dos professores na implementação do Plano. Quais são as conclusões que se podem tirar da primeira fase do Plano Nacional de Leitura (PNL), que terminou em 2011? Sem dúvida ter havido um maior interesse dos jovens pela leitura. Foi feita uma avaliação pelo ISCTE, através de uma comissão de avaliação externa, presidida pelo professor António Firmino da Costa. Nessa avaliação é claramente estabelecido que o interesse dos jovens pela leitura subiu, cerca de 32%, para valores na ordem dos 50%, nos últimos cinco Publicidade
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avançados. A adolescência é uma idade de transição, uma fase fundamental, e no PNL consideramos que pode ser um período decisivo. O que é que distrai os jovens da leitura?
João Carlos / Expresso H
anos, ou seja, desde o início da primeira fase do PNL, em 2006, até ao seu fim, em 2011. Agora estamos a iniciar a segunda fase, que vai de 2012 e terminará em 2016. Como será implementada a segunda fase do PNL, ao nível das escolas? Na segunda fase vamos tentar consolidar os resultados alcançados na primeira.
A prioridade que foi dada ao primeiro ciclo, ao segundo ciclo e ao pré-escolar deve ser consolidada, não vamos abandonar esses segmentos. Mas, vamos tentar que nas escolas exista progressivamente um alargamento das actividades do PNL (como a semana da leitura, concursos ou clubes de leitura, por exemplo) ao terceiro ciclo e secundário. Ou seja, numa segunda fase, o Plano deve abrir-se mais aos alunos desses ciclos mais
Há uma diminuição dos índices de leitura na fase de transição entre os 14 e os 16 anos. Isto porque os jovens têm mais solicitações. Não considero nenhum mal, eles estarem “distraídos”. Fernando Pessoa tem uma frase que diz :“Sentir é estar distraído”. O dar maior atenção a outras coisas do mundo, a dispersão, a variedade de interesses, e de solicitações, e a curiosidade que o adolescente tem, é positiva. Isso opõe-se muito àquele adolescente, de que todos nós conhecemos a figura, - e peço desculpa por qualificá-lo assim, - o chamado “marrão”, que está obcecado com as notas, os outros vão sair, ele fica em casa a estudar. Não é esse o nosso modelo do leitor, as distracções são perfeitamente naturais na adolescência. A leitura pode ser ( juntamente com as outras artes: o teatro, o cinema, a música) encarada também nesse sentido lúdico e de aprofundamento espiritual, psicológico, afectivo das outras formas de arte. Não há razão para que um jovem não leia, como não há razão para que não oiça uma obra musical, não vá ao cinema. Temos de criar a ideia que
esperar desta edição?
a leitura é algo que pode estar a esse nível. Muitas vezes, o jovem encara a leitura como uma obrigação imposta pela escola. Na adolescência esse conflito é importante, há sempre uma certa tensão entre aquilo que é tradicionalmente o prazer e o dever.
Podemos esperar muitas actividades, muito variadas, nas escolas. Queria salientar que há um concurso de textos, cartazes, ilustrações a nível nacional, mas evidentemente, mais uma vez, dependerá da acção das Escolas, ninguém é obrigado a participar neste género de iniciativas. Os professores aderem de acordo com aquilo que é o seu projecto educativo e o plano de actividades de cada agrupamento de escolas. A semana da leitura já está muito interiorizada nas actividades e nos planos do ano lectivo para todas as escolas. Normalmente decorre com muito dinamismo, acaba por ter muita adesão que se traduz na prática em sessões de leitura, maratonas, feiras do livro, encontros com escritores, pequenas actividades e concursos à volta da escrita e da leitura e o tal concurso que tem haver com o conto. Chama Eu Conto, contos escritos pelos próprios jovens. Concurso esse que depois terá um júri e prémios.
A literatura está a ser vista como um dever pelos adolescentes? Um dever que é imposto pela sociedade, pela escola, as regras de convivência social e depois o prazer que, em princípio, estaria oposto a isso, e que está naquele famoso poema de Fernando Pessoa, - estou outra vez a citar Pessoa “Ai que prazer não cumprir um dever”. Na adolescência nota-se muito esse conflito interior, um conflito vivido, às vezes, com algum dramatismo, outras vezes com uma grande descontracção. Também não é um conflito muito grave. A literatura e a leitura têm de fazer parte do mundo e o ideal é que se integrem na vida do adolescente, como o cinema, a saída com os amigos, o estudo. Há uma associação excessiva da leitura à ideia do estudo e da escola, que a partir da adolescência pode ser negativa para a leitura. A leitura pode ser feita sem qualquer objectivo de avaliação. O que fazemos e ainda hoje nos dá mais prazer no mundo é gratuito. Mal seria que fosse sujeito a avaliação. Qual é a avaliação que faz do desempenho dos professores na aplicação dos objectivos do PNL? Os professores são os nossos grandes aliados. São uma classe profissional que tem dado imenso de si própria, do seu tempo, da sua disponibilidade, às vezes com muito sacrifício da vida pessoal a favor do trabalho feito com os seus alunos. Nunca é de mais salientar e sublinhar todo o esforço, toda a dedicação, todo o empenhamento que os professores têm tido para tentar melhorar os resultados dos seus alunos, ao nível do aproveitamento, que é importantíssimo, mas, também, ao nível da literacia. O trabalho dos professores é absolutamente fundamental. A equipa do PNL, aqui em Lisboa, é muito pequena, meia dúzia de pessoas, aqueles que de facto aplicam na prática as orientações do Plano são os professores, os bibliotecários, e em particular os professores bibliotecários. É importante sublinhar a nossa ligação à rede das bibliotecas escolares. Sem biblioteca a escola estaria amputada, sem a mesma capacidade de intervenção. O que nós fazemos são orientações que depois se destinam à leitura. Mas, sempre em grande conjugação com o espaço físico da biblioteca escolar, que veio dar um grande dinamismo à escola. Os principais aliados, nesta causa são realmente os professores bibliotecários. Estão mais ligados ao que se faz na biblioteca, acções de leitura, feiras do livro, encontro com escritores, práticas de escrita e de leitura com os alunos. Uma série de actividades que podem promover hábitos de leitura. Temos razões para estar muito reconhecidos ao trabalho dos professores. Num contexto de crise nacional a leitura pode ter um papel de resgate? A leitura tem várias vantagens. É relativamente barata, o preço dos livros comparado com outros bens culturais não subiu, mantém o IVA reduzido dos 6%. Comparado com um jogo de futebol ou com alguns bilhetes de certos espectáculos, que esgotam com muita antecedência e que custam 50 ou 60 euros, os livros não estão caros. Além disso existem as bibliotecas, não só as escolares, que já falei, mas as bibliotecas municipais
espalhadas por todo o país. Existe uma rede de leitura pública que é dependente das Câmaras Municipais. Podemos entrar numa dessas bibliotecas públicas, que muitas vezes têm bons acervos, ler, requisitar e levar para casa os livros que entendermos e a seguir devolvemo-los, tudo a custo zero. Por um lado a leitura não é cara, por outro lado, é uma maneira de respondermos à crise de variados modos. Há quem veja a leitura na sua dimensão terapêutica, e não estou a falar de livros de auto-ajuda, porque normalmente são livros de má qualidade, não é a esses livros que me refiro. Mas uma obra literária pode abrir-nos outras perspectivas outros horizontes para a nossa vida. Muitas vezes, é uma obra que muda a vida das pessoas e muda para melhor. A literatura tem muito poder. A literatura tem poder… Também houve na história grandes obras literárias com implicações que não foram tão positivas. O Goethe, o grande escritor alemão, na juventude esteve muito apaixonado por uma certa senhora. Depois, escreveu uma pequena novela, de cerca de 100 páginas, muito conhecida, chamada Werther. No livro, Werther, o jovem personagem que ele criou, apaixonou-se por uma senhora casada. Esse amor é um amor infeliz e no final ele comete suicídio. O Goethe contava que escreveu aquele livro para se libertar daquela paixão, depois disso continuou a viver a sua vida, como os escritores normalmente fazem. Mas, muitos jovens dessa idade que leram o livro acabaram por se suicidar. O livro provocou uma onda de suicídios de jovens do sexo masculino, pela Europa fora. Estávamos no auge do romantismo e eles consideravam que era um acto romântico suicidar-se, porque o seu amor era funesto, não correspondido, etc. Isto para dar o exemplo do poder que a literatura tem, ao longo dos séculos. Da leitura das grandes obras literárias as pessoas, normalmente, não saem incólumes. Ficam a pensar nas coisas de outra maneira e isso é que é importante. Evoluirmos, crescermos para dentro, isso é educação no sentido mais profundo e mais nobre da palavra. Não é memorizar meia dúzia de coisas para despejar num teste, fazer o exame, ter uma boa nota, e passar de uma semana, ou duas, perguntar e os alunos já não se lembram de nada. Educação é viver as coisas, interiorizá-las e passarem a fazer parte da nossa vida, dos nossos valores. É muito difícil mas é entusiasmante. A próxima edição da semana da leitura decorre este mês de Março. O que podemos
A Cultura fica bem entregue com uma secretaria de Estado? Claro que simbolicamente seria mais importante ter um Ministério, isso é inegável. Mas está muito bem entregue ao Francisco José Viegas. O Francisco é um homem dos livros. Enquanto Comissário do PNL, e enquanto escritor, está, ou não, de “acordo” com o novo Acordo Ortográfico? Não estou. Julgo que poderia ter sido mais pensado, foi aprovado muito à pressa. Do meu ponto de vista é negativo, mas obviamente os documentos oficiais estão a ser escritos segundo as regras do Novo Acordo. Como Comissário do PNL, pertenço à estrutura do Estado e o Acordo está a ser aplicado pelo Governo. Mas do ponto de vista pessoal, como escritor, a minha opinião é fortemente reticente contra o Acordo. O Acordo não unifica, cria imensas duplas grafias, a ideia que vai dar às pessoas é que a ortografia, no fundo, é uma coisa facultativa. Há muitas palavras facultativas, umas vão ter a consoante no Brasil, outras não têm cá, e vice-versa, é conforme se pronuncia, é muito ambíguo. Há partes do Acordo que falam de uma norma culta em Portugal e no Brasil. E saber exactamente o que é a norma culta? Várias pessoas podem ser cultas e uma diz de uma maneira, outra diz de outra, e portanto cada uma escreve à sua maneira. Tem um aspecto positivo interessante do ponto de vista da própria noção de ortografia. Obriga as pessoas a pensar na ortografia e a ter a noção de que é uma convenção, não é uma verdade científica imutável. Não é uma convenção arbitrária, tem uma base real, a forma como nos pronunciamos as palavras, mas depois é convencionado. É um bocadinho como os fusos horários, também são uma convenção que não é arbitrária, é baseada no movimento do sol. Aqui será sempre mais cedo do que na França, ou que na Rússia, entre Elvas e Badajoz, são cinco ou seis quilómetros, não passa uma hora, em termos de horas solares, seriam dois ou três minutos, nem tanto. Mas, muda uma hora porque há ali uma convenção política. É nesse sentido que eu digo a ortografia é uma convenção e as pessoas percebem que a médio prazo implica a noção de uma facultatividade e de certa maneira quase o fim da ortografia. Não é o fim da ortografia porque hoje em dia as questões são outras, há programas informáticos que corrigem automaticamente os textos. Embora pessoalmente possa ser contra,
do ponto de vista da literatura, de quem gosta de ler e escrever não é nada que me tire o sono. Até ao século XIX não tínhamos ortografia, os nossos grandes escritores o Camões, o Padre António Vieira, mesmo do século XIX, o Garrett, etc cada um escrevia como lhe apetecia e no entanto as obras literárias eram excelentes e continuarão a ser. O que interessa para a literatura não é propriamente a ortografia, a literatura quando é boa sobrevive até sem ortografia. Ai de nós que não fosse assim. É um escritor versátil com obras publicadas na área da poesia, literatura infantil e romance e é também tradutor. Podemos esperar um novo livro para breve? Vai haver uma pequena recolha de poemas numa editora muito pequenina. Para já não queria estar a avançar muito sobre isso. Mas deve sair até ao Verão. As editoras em Portugal estão a fazer boas apostas? As editoras têm evoluído muito. O nosso panorama editorial é muito positivo, as nossas editoras estão com grande dinamismo. A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) organizou um grande Congresso, a que chamou o Congresso do livro, que decorreu nos Açores, na Praia da Vitória, em Outubro de 2011, para o qual nos fomos convidados. A minha impressão foi francamente positiva. As editoras estão a fazer um grande esforço no sentido de continuar a fomentar os hábitos de Leitura dos portugueses. Qual é a história que está por detrás da História do seu último romance, O Segredo de Leonardo Volpi? É uma história de amor muito ligada à sociedade contemporânea. Põe questões que têm haver com a própria morte, mas também com as relações sociais. É a história de um músico que vive dividido entre Portugal e o Brasil. Permite um olhar sobre uma geração que não é a minha, é uma geração um pouco mais velha. Eu tinha um irmão que faleceu, há muitos anos, mais velho do que eu e fiquei com uma certa dívida para com essa geração, que anda agora pela casa dos sessenta, eu estou na casa dos cinquenta. É um retrato de algumas experiências que passam muito por essa geração, pelas suas ilusões, mas também pelos seus desencantos e amarguras. Hoje em dia, serão mais amarguras do que alegrias. O Comissário tem um Plano Individual de Leitura? Vou lendo um bocadinho ao sabor da corrente, conforme os livros vão saindo. Gosto de estar a par das coisas, de ir indo acompanhando o movimento editorial. Mas, também é verdade que às vezes pego em livros que tenho para ler, em casa, há muito tempo e estão na lista dos atrasados. Quando tenho um pouco de tempo, pego num livro que estou para ler, há semanas, ou meses, às vezes, anos. Todos nós podemos ter algum daqueles livros que seriam clássicos, ou quase obrigatórios, mas que, por algum motivo, não lemos. A todo o momento podemos recuperar essa leitura. K Eugénia Sousa _ Pat H João Carlos / Expresso H
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Ferreiras e a Unesco
Relação com frutos a nível mundial 6 Esta é uma história com três anos, em que um até então discreto agrupamento do centro do Algarve, fruto das orientações de uma nova direção, começou a constituir uma referência, sobretudo no campo ambiental, e granjeou o reconhecimento internacional. Logo no nosso primeiro ano de gestão, no âmbito de uma parceria com o então recém-criado ICCE (Centro Internacional de Eco-Hidrologia Costeira da UNESCO), em Faro, surgiu a ideia de integramos a rede de Escolas Associadas da UNESCO, formalizada em meados do ano letivo transato. Já como Escola Associada da UNESCO e parceiros pelo terceiro ano consecutivo do Departamento Educacional do ICCE, foi-nos proposto sermos pioneiros numa nova forma de cooperação educativa, que envolvia a participação num projeto relacionado com a divulgação e sensibilização em meio escolar para a necessidade de preservação do Património Cultural Subaquático. Assim, para além de termos sido eleitos escola piloto para testar
a implementação do kit pedagógico sobre a Proteção do Património Cultural Subaquático (PCS), foi lançado também o desafio aos nossos alunos para criarem um conjunto de materiais de divulgação (para as sessões de divulgação do kit), assim como uma série de jogos pedagógicos para integrar o kit. O teste do kit pedagógico sobre a Proteção do Património Cultural Subaquático (PCS) foi concretizado em três estádios diferentes. Numa primeira fase foram realizadas duas sessões para os nossos alunos, uma primeira de apresentação, esclarecimento e divulgação do projeto, da responsabilidade do ICCE-UNESCO, e uma segunda sessão/colóquio sobre a importância do nosso património cultural subaquático, organizada conjuntamente com o Centro de História de Além-Mar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade dos Açores e a Comissão Nacional da UNESCO. Numa segunda fase foi lançado o desafio aos nossos alunos para
criarem um conjunto de posters (para as sessões de divulgação do kit), assim como uma série de três jogos pedagógicos para acompanhar o kit, permitindo aos alunos das várias Escolas Associadas da rede mundial da Unesco testar e sedimentar os conhecimentos adquiridos durante a aplicação do projeto PCS. E para terminar, numa terceira fase procedeu-se ao teste preliminar dos materiais criados e sua reformulação até estarem preparados para integrar o kit pedagógico, que será disponibilizado a todas as escolas associadas. No que se prende, mais especificamente, com a criação dos jogos pedagógicos que integram o kit, depois de uma fase onde os alunos apresentaram várias propostas optámos por selecionar três destas. A primeira foi a da criação de um conjunto de “Quantos-Queres” (jogo infantil tradicional), composto por três versões vocacionadas para três grupos etários distintos (entre os 6 e os 9 anos, entre 10 e os 12 anos, e finalmente entre 13 e os 16 anos).
Lixa vai a Bruxelas
final do concurso, que mobilizou mais de 500 jovens de todo o país, participaram ainda as escolas de Arouca, Marinha Grande, Portimão, a St. Peter´s School de Palmela e a Escola Profissional Atlântico da Madeira. A escola da Lixa ganhou assim uma viagem a Bruxelas para a equipa e o professor supervisor e um ano de propinas para os alunos que optarem por ingressar na Universidade de Aveiro. Foram ainda premiadas a Secundária de Arouca, Secundária Engº Acácio Calazans Duarte, da Marinha Grande, e a docente Cristina Farinha, da St. Peter´s School, de Palmela. K
guesa que integra o Concurso Internacional de Desenho realizado anualmente pela Bayer e a UNEP - United Nations Environment Programme. O desenho de Isabel Portugal de 10 anos, que frequenta a Escola Oficinas de São José em Lisboa, destacou-se entre as centenas de candidaturas que foram apresentadas. O planeta terra em formato de coração agarrado contra o peito de uma criança que sorri com os cabelos ao vento, revela o carinho e dedicação da criança na preservação da natureza. O desenho que se destingiu pela simplicidade da mensagem colorida e alegre, desafia pequenos e grandes a cuidarem do nosso planeta, e sugere que este gesto está nas mãos de todos. K
T A Escola Secundária da Lixa foi a grande vencedora da competição Nos@Europe, organizada pela Universidade de Aveiro, a 9 de Março, na qual os alunos do Secundário eram convidados a apresentar soluções para a crise. O projecto da escola consistiu na construção de um modelo de cooperação entre o calçado e o design, ou seja, uma montra virtual para a venda de calçado personalizado. Na grande
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Prémio Bayer T Isabel Portugal é a grande vencedora da competição portu-
Os alunos envolvidos propuseram para além de um conteúdo e nível de dificuldade das perguntas adequado a cada uma destas faixas etárias, um grafismo também mais vocacionado aos interesses de cada um deles. A segunda proposta de jogo a integrar o kit pedagógico foi a criação de um projeto de um Jogo da Glória gigante, que facilmente pudesse ser pintado no chão das várias escolas associadas. Para além do projeto pronto a ser ampliado, foi também desenvolvido um conjunto de cartas de pergunta/resposta para utilizar durante o jogo e um conjunto de regras e instruções para garantir uma melhor jogabilidade. A terceira ideia que surgiu foi a de criamos um Jogo de Tabuleiro. Neste jogo estão assinalados num mapa vários locais de relevância para o Património Cultural Subaquático, assim como alguns “barcos piratas” e “barcos de pesquisa”. Existem duas versões deste jogo, numa o tabuleiro toma a forma de uma mapa de Portugal e noutra de um mapa do Mundo. Para acom-
panhar os tabuleiros de jogo foi ainda criado um conjunto de cartas com perguntas de resposta múltipla e uma folha de regras. Com a finalização deste projeto de cooperação com a UNESCO, que permitiu que os nossos jogos fizessem parte do Kit Educativo sobre a Preservação do Património Cultural Subaquático, a disseminar um pouco por todo o planeta; com a sedimentação de uma prática de Gestão Ambiental e Intercultural do nosso agrupamento e com o lançamento efetivo, no decurso deste ano letivo, do nosso projeto de Agenda 21 Escolar de Agrupamento, podemos afirmar que este é um conjunto de escolas que se prepara para efetivamente enfrentar os desafios do novo milénio e estar à altura do mote que inicialmente lançámos, quase em tom de brincadeira, para o nosso projecto educativo, intitulando-nos “A Melhor Escola do Mundo”!. K João Pontes Vieira Branco _ (Coordenadora SEA / Agrupamento de Escolas de Ferreiras)
Gym for Life Nacional
Prata para a Cidade 6 A classe de ginástica de manutenção do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco foi distinguida com a menção Prata no 4º Gym For Life Nacional realizado no pavilhão da Associação Académica da Amadora. O evento promovido pela Federação de Ginástica de Portugal teve a participação de 70 grupos, num total de 1530 ginastas de 41 clubes, dos quais se destacavam grupos do SLB- Sport Lisboa e Benfica, SCP
– Sporting Clube de Portugal e GCP – Ginásio Clube de Portugal. A classe de ginástica de manutenção do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco, constituída por pais, professores e funcionários que se têm distinguido com exibições meritórias em vários eventos gímnicos, tem convites para participar, entre outros, na Gymnastrada 2012 em Cáceres, Festivais de Ginástica de Vale Figueira, Barreiro e Castelo Branco. K
Latada para que vos quero 6 Em Castelo Branco, a latada chegou com um semestre de atraso. Nada que fizesse esmorecer caloiros e veteranos, numa festa bem divertida. Com os caloiros apresentados à cidade, a FACAB - Federação Académica de Castelo Branco, prepara já o enterro dos ditos, numa festa a promover pela academia, no dia 18 de Abril. Este ano participaram na latada milhares de estudantes do Instituto Politécnico de Castelo Branco e de outras instituições de ensino superior do país. Hip hip urra!!! K
Campeonato universitário
Jovens do IPCB campeões nacionais 6 Uma medalha de ouro, uma de prata e dois quintos lugares é o resultado da participação dos quatro alunos do Instituto Politécnico de Castelo Branco no Campeonato Nacional Universitário de Judo, que decorreu nos dias 10 e 11 de Março, no Pavilhão Prof. Dr. Aristides Hall em Aveiro. Ricardo Louro, medalha de bronze na edição 2011, sagrouse campeão nacional universitário na categoria +90 kg ao vencer
o seu único adversário da Escola Naval, pela pontuação máxima. Em grande destaque esteve também Bruna Borges ao sagrar-se vice-campeã nacional universitária na categoria -70 kg. Nuno Rosa nos -66kg e João Dias nos -81kg ainda venceram um combate na poule, resultado que não foi suficiente para passarem às meias-finais. Ambos conquistaram o 5º lugar, somando também pontos para a classificação por equipas. K
Associação Académica
Alunos de Coimbra com passadeira vermelha
6 Os estudantes de Coimbra colocaram no passado dia 21, uma carpete vermelha nas Escadas Monumentais, num protesto ao que consideram a “elitização do ensino superior” em Portugal, que “é já só para quem pode”. “Estudar é cada vez menos para quem quer, é já só para quem pode”, denunciou, aos jornalistas, o presidente da Associação Académica (AAC), Ricardo Morgado, enquanto os colegas tentavam estender a passadeira pelos 125 degraus, tarefa que cedo se revelou árdua e demorada, sem que hora e meia após o
início estivesse concluída. Palco da contestação estudantil durante a Crise Académica de 1969 e da repressão e carga policial exercida pela ditadura do Estado Novo, as Monumentais retratam agora outras inquietações dos estudantes, um “retrato preocupante do futuro do país”, como pretende a AAC. Para retratar a actual situação dos jovens portugueses, a passadeira vermelha foi complementada com “dados estatísticos no que toca ao desemprego, ensino superior, financiamento da acção social escolar”. K
De 16 a 21 de Abril
Semana Académica na UBI 6 Áurea e Quim Barreiros são os cabeças de cartaz da Semana Académica da Universidade da Beira Interior, que decorre de 16 a 21 de Abril, no Pavilhão da Anil. As principais novidades deste ano parecem mesmo ser o aval da reitoria, que vai no sentido de não
serem realizadas provas de avaliação no decorrer da festa dos estudantes. Como manda a tradição, a Serenata, na noite de 16 de Abril, no Largo do Calvário, marca o início da semana. No dia 17, já no Pavilhão da ANIL, sobe ao palco Jaimão. A
18, o espaço cultural vai ser ocupado pelas diversas tunas da academia. Doismileoito e SuperNada preenchem os eventos de dia 19. Quim Barreiros vem mais uma vez à festa dos estudantes, a 20 de Abril. A semana encerra com a actuação de Aurea, dia 21. K
Fórum Académico assinala 11 anos
Bolonha para a agenda 6 A mobilidade dos estudantes, os “rankings” ou o sistema de acumulação e transferência de créditos são alguns dos pontos que o Fórum Académico para a Informação e Representação Externa quer ver discutidos no âmbito do Processo de Bolonha. O Fórum Académico para a Informação e Representação Externa (FAIRe), órgão que congrega 29 associações de estudantes universitários, fez onze anos mo passado dia 21 e, para assinalar a data, redigiu um documento a relembrar os onze pressupostos do Processo de Bolonha que entendem mais atuais e que entregaram ao secretário de Estado do Ensino Superior.
“Esta ação simbólica, no âmbito das comemorações, visa sobretudo colocar o processo de Bolonha novamente na agenda do ensino superior português, porque nos parece que esta dimensão do ensino superior tem vindo a ser descuidada”, explicou à Lusa a presidente da comissão executiva do FAIRe. De acordo com Ana Abreu, este descuido tem sido visível tanto a nível nacional, “com a ausência de um grupo de peritos de Bolonha”, como a nível internacional, com uma representação portuguesa “muitíssimo reduzida”. Relativamente aos onze pontos do documento, Ana Abreu salientou que, em relação à taxa de mobili-
dade, é importante que se consiga atingir os 20 por cento até 2020, e apostar na portabilidade do estudo. “Termos bolsas de estudo oferecidas pelo país de destino e não pelo país de origem, de forma a contornarmos os diferentes poderes de compra nos diferentes países da Europa”, defendeu. Por outro lado, em relação ao sistema europeu de acumulação e transferência de créditos (ECTS, na sigla inglês), a representante do FAIRe defendeu que é importante que seja aferida a forma como estes créditos têm sido atribuídos às diferentes disciplinas, nos diferentes ciclos de estudo. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _
Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _
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Editorial
Arranja-me um emprego… 7 No seio da maioria das famílias portuguesas e na generalidade das instituições escolares os jovens são educados para desenvolverem uma cultura de procura de um emprego. Raramente os filhos e os alunos são incentivados à criação do seu próprio trabalho. Esta aparentemente pequena distinção de cultura organizacional e de posicionamento perante a vida revela-nos, todavia, a grande diferença entre os que se situam num modelo social dos primórdios do século XX e os que se integram na economia de mercado globalizante da sociedade da informação e do conhecimento que caracteriza o século XXI. Em Portugal, se as escolas e os educadores não cultivarem uma cultura de empreendedorismo, estarão a contribuir significativamente para que os nossos jovens engrossem as fileiras dos inaptos e dos que nem podem ser considerados desempregados, dado que nunca chegaram a ter qualquer actividade produtiva. Revelase, pois, necessário perceber
a grande mudança introduzida na economia pelo avanço das novas tecnologias, pelo desenvolvimento dos mercados virtuais e pela permanente deslocalização das empresas: os jovens terão que ser preparados para identificarem as oportunidades que se lhes deparem, transformando-as em actividades económicas sustentáveis. No entanto, e com poucas e recentes excepções, o estudo das oportunidades não faz parte dos currículos escolares. E essa lacuna não é só da escola. Também os currículos de aprendizagem na família, na rua e nos grupos de pares (os currículos informais e ocultos) raramente abordam este tema. Por isso, nunca é demais sublinhar que preparar os jovens para o emprego, hoje, é deseducar. É não desenvolver neles o protagonismo, a iniciativa, inibindo a sua capacidade de inserção autónoma na sociedade. Salientemos que nada disto tem a ver com a defesa de uma sociedade ultra liberal, individualista e concorrencial que,
infelizmente emerge das políticas dos nossos governantes e que traduzem uma vontade incompreensível de destruição do Estado social que serviu de base a todas as democracias ocidentais. Reclamar é uma compreensão de que o mundo é feito de mudança e que a produção de bens e serviços e a inserção profissional dos agentes económicos já nada tem a var com os modelos industriais do pós-guerra. É então importante a introdução nos planos de estudos das nossas escolas conteúdos e actividades que capacitem os estudantes a desenvolver competências que os conduzam à livre iniciativa, com conhecimento dos meios e dos recursos que a sociedade lhes disponibiliza em apoio aos jovens que quiserem ser empreendedores. No contexto das exigências da sociedade do conhecimento e da tendência para a globalização dos mercados, essa formação profissionalizante dos estudantes e a construção de uma cultura centrada no em-
preendedorismo revela-se fundamental para as instituições de ensino que, também elas, queiram ser competitivas nas apertadas teias dos sistemas educativos europeus. Se a globalização está associada a uma aceleração do tempo e a uma progressiva integração do espaço, então importa que estejamos abertos às exigências dos processos irreversíveis que contaminam os agentes económicos. Aprender a viver com isso é preocupação que deve nortear as decisões estratégicas, das instituições de ensino, já que a questão que se lhes coloca é a de saberem identificar e aproveitar as oportunidades que emergem de uma economia internacional sem fronteiras. A contemporaneidade exige que os futuros profissionais possuam e demonstrem competências em diversas áreas do saber e do saber fazer, muitas delas pouco tradicionais e geralmente expurgadas dos templos de ciência estática em que se transformaram as nossas escolas. Mudemos então essas
escolas para que possam voltar a desempenhar um papel fundamental em todo o processo de formação destes cidadãos que se querem aptos a viverem na sociedade da informação, sabendo assumir-se como líderes audazes das próprias carreiras. Sabemos que estes novos desafios obrigam a mudanças radicais nas rotinas organizacionais das instituições. Mas sem mudança não há futuro que valha a pena ser vivido. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt
primeira coluna
Desemprego nos professores sobe 120% 7 De 2010 para 2011 o número de professores do ensino secundário, superior e profissões similares inscrito em centros de emprego subiu 120% (de 3608 passou para 7945). Uma percentagem que aumenta para os 225% se se tiver em conta o ano de 2009 como referência (estavam inscritos 2442). Os dados do Relatório Anual do Instituto de Emprego e Formação Profissional demonstram ainda que se registou um aumento do desemprego junto dos docentes de ensino básico, pré-escolar e dos educadores de infância, na ordem de 40,2% (de 2010 para 2011) e que entre os especialistas em
ciências físicas, matemática e engenharia esse aumento é de 21,4%. Significa isto, e segundo os dados daquele documento, que o desemprego entre a classe docente, em particular, e as pessoas com formação superior, tem vindo a aumentar. Com a diminuição do número de docentes contratados, as organizações sindicais temem que a percentagem de professores sem emprego aumente. A qualificação da população é uma das maiores riquezas que um país pode ter. Só assim se ganha competitividade e é importante que não se olhem para estes números com o argumento fácil de que se
há tantos docentes ou quadros superiores no desemprego que a formação deve ser reduzida. Se assim acontecer, no futuro, poderemos estar a escrever os números ao contrário. Todavia importa fazer uma avaliação a médio e longo prazo sobre as necessidades do país. De igual modo, há que criar mecanismos que permitam que a massa crítica que se encontra no desemprego possa contribuir para o desenvolvimento de Portugal. O ónus da questão não deve ser colocado apenas no Estado (o qual deve assumir as suas responsabilidades, através das políticas governamentais), mas também em cada um de nós. O
empreendedorismo é uma arma importante que nem sempre é utilizada por quem se encontra numa situação menos positiva. Nenhum país se pode dar ao luxo de desperdiçar as potencialidades dos seus activos, em quem também investiu na sua formação. Independentemente dessas pessoas com formação superior terem ou não desempenhado a profissão para a qual estudaram - em quantas empresas de topo não há excelentes gestores, licenciados ou pós-graduados noutra área que não a gestão?! – há que ter a ousadia de procurar novos caminhos. E esses podem encontrar-se de várias formas, mas as vias da lamen-
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tação e da culpabilidade, e do aconselhamento à emigração não serão certamente as mais acertadas...K João Carrega _ carrega@rvj.pt
Bocas do Galinheiro
A magia do cinema 7 Julgava eu que não voltava a cair na armadilha dos Oscar. Mas não vou repetir a velha história da “indústria” e das suas escolhas. Se volto ao tema é porque os nomeados e os vencedores deste ano tinham muito em comum: a homenagem ao cinema. Tanto “A Invenção de Hugo”, de Martin Scorsese como “O Artista”, de Michel Hazanavicius evocam os primórdios e a magia da sétima arte. Há quem diga que aí radica a escolha da Academia: os seus milhares de membros, alguns de provecta idade, não resistiram à temática que muito lhes diz e, porque não, situa-se no mundo em que melhor se movimentam o que, conclui-se, seriam as escolhas óbvias. Começando pelo filme de Scorsese, Hugo, o protagonista guarda do pai, morto num incêndio no museu onde trabalha, um autómato, que salvou do lixo e que ambos tentavam reconstruir. O pequeno, que vive na estação de caminho de ferro onde mantém os relógios a trabalhar, tem como sonho arranjar o boneco mas faltam-lhe algumas peças e a chave do mecanismo. Para tal vai furtando algumas da loja de brinquedos situada na gare. É então que a sua vida se cruza com a do criador do autómato,
nada mais menos que George Méliès, pioneiro do cinema de ficção científica, muito por causa dos engenhos que construía para as suas fitas, a mais célebre das quais “Viagem à Lua”, inspirada em Jules Verne e H.G. Welles. Méliès, já o escrevemos aqui antes, foi um criador incontestado do espectáculo cinematográfico, carregado de precisão mecânica e de imaginação sem limites. Vencido pelos magnates da indústria de filmes, encontra-se entre 1925 e 1938 a vender brinquedos num modesto quiosque. Ora é precisamente esta situação que Scorsese, ou melhor o argumentista Brian Selznick recria a colocar Méliès na tal loja da estação onde Hugo ía procurar as peças de que necessitava para o seu autómato que havia sido construído justamente pelo velho realizador. Com a recriação do estúdio de vidro idealizado por Mélies e da rodagem de algumas cenas dos seus filmes, é o cinema dentro do cinema, e mais uma prova do amor e do respeito que Scorsese lhe devota. Como se esperava os galardões máximos foram para o filme de Hazanavicius, a preto e branco, como no mudo, também ele quase mudo, apesar do empate a cinco.
Curiosamente outros dos filmes com nomeações, neste caso para melhor actriz, Michelle Williams em “A Minha Semana com Marylin”, de Simon Curtis, é também sobre cinema: as filmagens de “O Príncipe e a Corista”, de Laurence Olivier, de 1957, e o relacionamento, mau, entre as duas estrelas do filme, Olivier e Marylin Monroe. A história do cinema está repleta de filmes sobre filmes. Um de que gosto muito, dum realizador que me foi muito caro nos primeiros tempos da minha cinefilia, François Truffaut, “A Noite Americana”, de 1973, o realizador fazendo de realizador, naquele que será o filme em que o antigo crítico celebra o cinema. Não só o seu. Uma reflecção sobre os relacionamentos, efémeros, no plateau e fora dele, ou, afinal, como tudo no cinema é ilusório, mas mágico. Curiosamente arrebatou o Oscar de melhor filme em língua estrangeira. Truffaut viria a repetir papel de realizador em “Encontros Imediatos do 3º Grau”, de Steven Spielberg. De outro dos meus realizadores preferidos sai uma bela homenagem ao cinema quando o actor principal sai da tela e se apaixona por uma espectadora, Jeff Daniels e Mia Farrow, em “A Rosa Púrpura do Cairo”, de
1985. Afinal vale a pena ir ao cinema porque, quem sabe, um dia o nosso sonho torna-se realidade. Sobre filmes e sobre cinema é também a obra de Billy Wilder “O Crepúsculo dos Deuses” (Sunset Boulevard). Também ela recorda os tempos áureos do mudo, alguns dos seus dignos representantes passam pelo filme, Buster Keaton, Gloria Swanson, Eric Von Stroheim ou Cecil B. DeMille, de onde muitos não conseguiram sair. Porque queria trazer Norma Desmond (Swanson) de volta, William Holden acabou a boiar na piscina, trespassado por três balas e a contar-nos porque acabou em tão incómoda situação. Bem, seria enfadonho falar aqui de todos os filmes sobre cinema, a começar por “The Cameraman”, realizado em 1928 por Buster Keaton, ou pelos mais recentes “Cinema Paradiso”, de Giuseppe Tornatore (1988), uma viagem à nossa infância e aos filmes projectados nas paredes ou no lençol branco, guiada por Salvatore Cascio através do projecionista da pequena vila
Philippe Noiret que com um entusiasmo contagiante lhe e nos transmite toda a magia duma sessão de cinema, mesmo quando os beijos nos são roubados, diga-se censurados. E disso tivemos longa experiência de quase quarenta anos em Portugal. Em 1997 Paul Thomas Anderson guiou-nos até ao mundo dos filmes porno em “Boogie Nights” sob a direcção de Burt Reynolds e com as portentosas capacidades de Mark Wahlberg e Julianne Moore, filme muitos pontos acima de “Inserts”, de John Byrum, que em 1975, nos relatou a reconversão de um grande realizador que não se conseguiu converter ao sonoro e se dedicou aos filmes hardcore. Mais recentemente dois filmes que tendo em comum a sátira, acabam também por nos levar ao mundo do cinema e de como se faz, ou não, um filme: “A Cock and Bull Story, de Michael Winterbottom e “Tempestade Tropical”, de Ben Stiller. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _
(en definitiva, en qué medida son competentes). Si les entrenamos en este reconocimiento, estaremos potenciando en nuestros alumnos (estaremos promoviendo su competencia), desde muy jóvenes, las tres dimensiones que Bloom estableció como pertenecientes al sistema cognitivo de alto nivel (o pensamiento de alto nivel), como son el análisis, la síntesis y la evaluación. Si les entrenamos en este reconocimiento, estamos promoviendo en nuestros alumnos, desde muy jóvenes, la toma de conciencia de sus posibilidades y de los recursos que pueden/deben utilizar. Si les entrenamos en este reconocimiento, estamos desarrollando, con nuestros alumnos, desde muy jóvenes, su capacidad para dirigir su propio aprendizaje, es decir, estamos promoviendo, en ellos, lo que se entiende como aprendizaje activo (o sea, la base
fundamental de la competencia “aprender a aprender”), que es justamente lo contrario de lo que sucede, con demasiada frecuencia actualmente, en el aula, en la que la/el profesora/or “explica” o “expone” algo que supone que los alumnos “entienden”, y después dispone una prueba o examen para “verificar” que los alumnos han entendido y aprendido lo explicado/expuesto. En mi próxima comunicación volveré a incidir sobre este tema de la EpA, que considero enormemente apasionante porque puede provocar un cambio en la perspectiva y las actitudes de los profesores en relación tanto con la evaluación como con el aprendizaje. Hasta entonces, como siempre, salud y felicidad. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com
CRÓNICA
Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: Sigo con mis reflexiones de la carta anterior acerca de lo que se plantea en el libro “Fish”, que ya has leído, según me has comunicado. Lo importante, ahora, es tomar esos cuatro pilares básicos del cambio para el rendimiento y pasarlos a la práctica educativa. Es importante, pero también retador, e implica cierta dosis de creatividad. Aparte del cambio de actitud (que ya comenté hace tiempo) y de la necesidad de introducir una dinámica lúdica, como te indicaba en mi carta del mes anterior, hay dos aspectos que implican a la/al profesora/or de una manera decisiva, ya que los alumnos no tienen capacidad para tomar las iniciativas oportunas en ambos sentidos: son el aspecto de “estar presente” y de “alegrar el día”. Recuerdo que, en alguna carta anterior, algo te comenté sobre la necesidad de hacer que nuestros
alumnos “estén presentes”, es decir, incrementen su grado de conciencia durante su permanencia en el aula, sea cual fuere la actividad o tarea que se está realizando o desarrollando. Hay una línea de trabajo educativo en el aula que tiene como finalidad última potenciar la actuación consciente de los alumnos en el aula: es la Evaluación para el Aprendizaje (EpA). Algún día te comentaré mi experiencia con el ejercicio que se titula “la reflexión del último minuto”, de una manera más concreta. Este tipo de ejercicios es un instrumento más de las técnicas que se utilizan en la Epa, de la que voy a hablarte en esta ocasión. En el año 2001, el Assessment Reform Group (Grupo para la Reforma de la Evaluación) de Estados Unidos de América estableció que la EpA es un proceso de búsqueda e interpretación de la evidencia, tanto para los alumnos como para los profesores,
en orden a decidir 1) dónde se encuentran los alumnos en su proceso de aprendizaje, 2) dónde necesitan llegar, y 3) cómo llegar de la mejor manera posible. Fíjate que se trata de un proceso de búsqueda e interpretación de la evidencia. Esto quiere decir que los profesores han de conseguir que sus alumnos sean capaces de reflexionar acerca de su proceso de aprendizaje para darse cuenta de su situación actual de aprendizaje e interpretarla en términos de instrumentalidad. De esa interpretación nacen las 3 decisiones que te he dicho anteriormente. La primera de esas decisiones, en base a la evidencia, tiene que poner a los alumnos en el “lugar” en que se encuentran actualmente en su proceso de aprendizaje. Esto implica que sepan reconocer qué es lo que saben en relación con la(s) tarea(s) que deben afrontar, y con qué instrumentos, recursos y estrategias cuentan
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crónica salamanca
Rebeldia de los universitarios 6 Un punto de contestación y rebeldía ha estado siempre presente entre estudiantes y profesores de las universidades occidentales desde su mismo origen. Protestas del cuerpo escolar en las universidades medievales de Paris, Bolonia o Salamanca están documentadas y son bien conocidas. Mucho más aún en la Europa renacentista, y en la etapa de la Ilustración. Y desde luego en nuestro caso de la universidad española en la etapa contemporánea, desde aquella famosa noche de San Daniel en 1865, noche de cuchillos largos, o las manifestaciones de profesores y estudiantes contra la política universitaria de la dictadura de Primo de Rivera en 1928, o las de la etapa republicana, por otros motivos. Ya avanzado el periplo de la dictadura de Franco se producen los conocidos acontecimientos de 1956, que comenzaron a empujar con creciente fuerza una crítica generalizada hacia el régimen franquista desde casi todos los sectores de la universidad española. Y desde luego, el papel activador hacia la democracia que desempeña el mundo universitario en la transición política en los años setenta del siglo XX no es discutido por nadie. De todo ello habla con autoridad, documentación y buen criterio historiográfico un libro escrito por Eduardo González Calleja con el titulo de “Rebelión en las aulas. Movilización y protesta estudiantil en la España contemporánea, 18652008”, y publicado en el año 2009 . Nos parece de recomendable lectura, y sistematiza y mejora otros trabajos diseminados y parciales que abor-
dan cuestiones puntuales del movimiento estudiantil, de las protestas y propuestas de los jóvenes universitarios. Porque en este asunto son centenares las historias que se cuentan, y muchos de nosotros podemos difundir la nuestra con más o menos documentación, memoria personal o creación literaria, cuando no fantasía. Y desde luego, reconociendo como autores de cabecera a Marcuse y a Michel Foucault, en buena medida inspiradores ideológicos de los procesos y masivas manifestaciones del llamado “mayo francés de 1968”, que la mayoría solo conocen de oidas. Parece que los últimos 30 años de la universidad española, salvo hechos puntuales (Universidad de Sevilla, lo del cojo Mantecas en el Madrid de 1987 y algún otro episodio más reseñable), había vivido una etapa de bastante tranquilidad, bonanza, asentamiento democrático, llegada generosa y progresiva de recursos para docencia e investigación, ampliación de instalaciones, facultades y campus. Pero en 2012 nos encontramos en otra tesitura universitaria distinta, en la que las vacas no son gordas, sino flacas.Y no nos sirve de consuelo pensar que los paises europeos de nuestro entorno lo están pasando igual de mal que nosotros, también en materia universitaria. Entre otras razones, porque no se puede aplicar un análisis lineal ni homogéneo a todos, puesto que los modelos universitarios y las inversiones recibidas todavía son muy diferentes en muchos aspectos. Es indudable que nos encontramos ante un profundo cambio de paradigma universi-
tario, del que el llamado plan Bolonia nos parece solamente la punta del iceberg. No solamente asistimos al desprecio y deterioro de las humanidades y las ciencias sociales dentro de las políticas universitarias, a favor de la tecnología, las ciencias experimentales y biomédicas. Estamos asistiendo a la deconstrucción de un concepto de universidad pública como proyecto social y democrático, suplantado por otro de corte decididamente neocon y reaccionario. Por ello se facilitan las cosas a las universidades privadas, y se establecen límites insostenibles y topes a las públicas (escasez de profesores, deterioro de instalaciones, aminoración de proyectos de investigación en humanidades y ciencias sociales al no ser considerado como sector estratégico y prioritario). Esta es la perspectiva nebulosa de los próximos años para nuestras universidades, ante la que cabe resignarse o rebelarse. Y no vale afirmar de forma simplona que los jóvenes se levantan ante el sistema por el hecho de ser estudiantes. Es que cualquier persona sensible ante la educación pública , considerada como servicio y no sólo como inversión rentable a corto plazo, comienza a advertir que se cierran y disminuyen los horarios de las bibliotecas, que el ahorro de calefacción obliga a disminuir drásticamente o cerrar servicios universitarios durante largos periodos de vacaciones, que las dotaciones de profesores y sustituciones por jubilación o enfermedad no existen o se conceden de forma pírrica, por citar solo algunos hechos. Eso es lo que denuncian con masivas manifestaciones
Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt
los estudiantes de Valencia (declarados “el enemigo” por altos responsables de la policía), los de Barcelona encerrados en su paraninfo, y todos los que vengan en los próximos meses a protestar para defender un proyecto público de universidad. No estaría mal que otros sectores de la comunidad universitaria (profesores por ejemplo), y otras asociaciones y organizaciones ciudadanas, sindicales y empresariales tomaran buena cuenta de los indicadores que señalan estas emergentes protestas estudiantiles. los estudiantes universitarios no siempre son jaraneros y practicantes de botellones, sin negar que algunos puedan actuar de esa manera en su libre toma de decisiones. Crece una conciencia crítica, de preocupación y angustia incluso, en que jóvenes universitarios cada vez más exigidos, y mejor formados, no encuentran camino y luz a su proyecto profesional y de vida, y comprueban el deterioro creciente a que se quiere conducir la universidad pública. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Universidad de Salamanca
Estudiante elegida secretaria
6 La Asamblea General de la Asociación Estatal de Alumnos y Exalumnos de Relaciones Laborales, RR.HH y Graduado Social (AERELABO) eligió a principios de marzo una nueva Junta Directiva, en la que la alumna de la Universidad de Salamanca Patricia Herrero ocupará el puesto de secretaria. La asamblea de AERELABO se celebró con motivo del XLVII Congreso Estatal de alumnos y 024 /// MARÇO 2012
exalumnos de Relaciones Laborales, RR.HH y Graduado Social, que tuvo lugar en Córdoba. La alumna de la Usal Patricia Herrero, perteneciente al centro adscrito Escuela Universitaria de Relaciones Laborales de Zamora, que se estrena en la Junta Directiva como secretaria de la misma, asegura “sentirse orgullosa de formar parte de esta Asociación, junto al gran equipo que forman el resto de
sus compañeros, y poder representar a alumnos de esta maravillosa carrera, como son las Relaciones Laborales”. La Asociación Estatal de Alumnos y Exalumnos de Relaciones Laborales, RR.HH y Graduado Social, nacida en su día para defender la creación de un segundo ciclo en la materia, persigue defender los intereses de los estudiantes y expertos en Relaciones Laborales.
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98
En este sentido, entre los objetivos del programa presentado por la nueva directiva se encuentra el de dar “la máxima participación y representación de los estudiantes” para “llevar a la asociación a todos los rincones de España con el fin de tener la capacidad de estar a la altura organizativa propia de una época de cambios” esbozó la nueva presidenta, Tamara Argüelles, ante la Asamblea. K
Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Eugénia Sousa Francisco Carrega Rogério Ribeiro Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
Em Castelo Branco
Viagem virtual ao Tejo Internacional 6 O Centro de Interpretação Ambiental de Castelo Branco (CIA) constitui uma boa oportunidade para se fazer uma viagem virtual à área do Tejo Internacional. O centro, equipado com tecnologia de ponta tem sido muito procurado pelas escolas. As entradas são grátis. Inaugurado pelo ministro do Ambiente, Nunes Correia, o Centro de Interpretação da Natureza de Castelo Branco, desenvolvido pela Câmara de Castelo Branco, e situado no centro da cidade, é um espaço interactivo, onde o visitante tem 12 equipamentos com os quais pode interagir e desenvolver actividades. É através desses equipamentos que são apresentadas as espécie piscícolas do Rio Tejo e de flora da região, a paisagem e a geologia, os meios aquáticos e vales fluviais, e as rotas, entre outras áreas. Um dos espaços mais procurados pelos visitantes leva-nos a uma viagem virtual, de canoa pelo Rio Tejo. “É importante que o CIA seja útil para a sociedade e sirva para formar os jovens e os menos jovens”, explica Paula Teixeira, coordenadora do CIA. A aproximação às escolas está a dar bons resultados. “Nós também estamos aqui para ir ao encontro das necessidades do meio escolar, pelo que estamos disponíveis para aceitar temas que aqui possam ser tratados”. A coordenadora do CIA adianta que “o Centro pode ser utilizado pelas escolas para aqui darem uma aula diferente”.
Fundação apoia
Estudar nos EUA 6 A Fundação Luso-Americana lança o programa inter-universitário que visa apoiar as universidades norte-americanas e portuguesas na criação e desenvolvimento de programas de Study Abroad em Portugal. Esta iniciativa contribuirá para aumentar o número de estudantes americanos nas universidades portuguesas. Através deste programa, as universidades portuguesas e norte-americanas propõem-se apresentar projectos de Study Abroad e programas de verão (Summer Programs), que integrem uma componente lectiva, na qual colaborem estudantes e/ou professores da universidade portuguesa envolvida. A contribuição da Flad consiste na atribuição de um valor monetário que pode ascender aos 15 mil euros por projecto, destinados essencialmente para custos administrativos e logísticos, fundamentais na criação e estruturação deste tipo de programas de carácter internacional. As candidaturas ao programa são feitas com periodicidade semestral, sendo que para o segundo semestre deste ano as candidaturas decorrem até 30 de Abril. K
Mas se os mais novos têm efectuado muitas visitas àquele espaço, também o público mais velho o tem feito. Os alunos da Universidade Sénior já visitaram o espaço e “muitos voltaram cá de novo, mas na companhia dos netos”. Para além do rigor científico que o CIA apresenta e da componente tecnológica que lhe está associada, o Centro não cobra qualquer valor de entrada aos visitantes. “Os grupos só têm que nos contactar para agendarmos as visitas, já quem quiser visitar o espaço individualmente pode fazê-lo nos dias úteis, entre as 9 e as 12H30, e entre as 14H00 e as 17H30”, diz. A componente pedagógica também é tida em conta pelo Centro, o qual está a desenvolver um projecto educativo que irá apresentar às escolas da região e que funcionará no próximo ano lectivo. Paula Teixeira refere que “o documento está a ser ultimado e irá ter um tema transversal a todas as idades, sendo as actividades ajustadas aos níveis de ensino”. Aquela é uma das iniciativas que o CIA, pretende implementar. Enquanto isso não sucede são muitas as visitas de estudo, ou individuais, que têm sido feitas àquele espaço. “De Dezembro até ao final Fevereiro visitaram o espaço cerca de 800 pessoas”, refere Paula Teixeira, para depois explicar: “as visitas de grupo serão sempre guiadas, enquanto as visitas individuais poderão ser auto guiadas”. K
Fado é Património Mundial e Imaterial da Cultura
Rosa Negra – O Fado Mutante 6 Mais de cinco anos depois de apresentarem “Fado Ladino”, no dia 2 de Março, no auditório do Museu do Oriente, os Rosa Negra voltaram a mostrar, com uma simpatia contagiante, o seu trabalho. Ao longo de 16 temas, a sala bem composta, encantou-se com a musicalidade do grupo. Não se trata de Fado em forma clássica, nem sequer do fado canção que estamos habituados a escutar; aqui, o Fado é apenas a âncora, o ponto de partida para todos os que estão recetivos a arriscar. O Fado ganha com isso. Os Rosa Negra trouxeram desta vez uma nova proposta: Fado Mutante que “ (…) sugere uma linguagem mais intemporal mas formalmente mais contemporânea, perspetivando o fado como um ser vivo que, pela sua condição, sempre há-de estar em permanente mudança. O resultado final é subtil e arrebatador, cool e apaixonado, ressonância duma diáspora passada e futura. A banda dirigida pelo músico e compositor Rui Filipe, transformou-se num coletivo entusiasmante, cujos principais protagonistas são a voz de Jonas, que tanto é íntima como desgarrada; o
violoncelo e o clarinete de Sandra e o violino de Cindy, que interagem entre si numa serpenteante desgarrada melódica; o acordeão, os teclados e as guitarras de Rui Filipe, alicerces dos temas, muitos dos quais compostas pelo próprio (…) Ao todo, são duas mãos cheias de canções originais, sugestões de fados que hãode-ser, ora sombrios ora luminosos, mas
sempre com luz própria.” (nota de imprensa). Foram muitos os pontos altos do espetáculo e destacamos aqui, entre outros, os temas “Curral da Mouraria” e “À luz de uma vela”. K J. Vasco _H Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _
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Madalena Alberto, umA portuguesa em terras de sua majestade
A voz que vem de Londres
7 Madalena Alberto é mais uma portuguesa que tenta a sua sorte em terras de Sua Majestade. O seu maior desempenho até agora foi interpretar uma das personagens principais na produção comemorativa dos 25 Anos do musical, baseado na obra de Victor Hugo, Les Miserables (Os Miseráveis). Além disso, Madalena já lançou um álbum de temas originais, Foreign Sketches, e tem dado vários concertos em Londres e mesmo em Portugal. A entrevista aqui fica. Para além de cantora e actriz podemos dizer que também é poetisa? Poetisa não posso dizer que sou… bem, talvez tanto como música, porque tudo o que escrevo seja verso ou musical é instintivo e não fruto de anos de estudo… Qual é a sensação de ter sido a escolhida para a Fantine no Les Miserables? Foi incrível. Eu no início do processo de audição não estava muito interessada… (risos) porque achava o espectáculo muito velho, mas quando percebi que ia ser um take novo da produção e que eles estavam com grande interesse em mim
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e nas facetas novas que podia trazer à personagem, fiquei desejosa de o fazer. Foi um processo muito rápido. Viram-me uma semana, ofereceram-me na mesma e comecei ensaios na seguinte! A sua participação no Les Miserables deu-lhe a oportunidade de contactar com profissionais experientes do meio, como foi conhecelos? Antes dos Miseráveis já tinha tido a oportunidade de trabalhar com grandes profissionais. No meu primeiro trabalho partilhei o palco com o Sir Ian Mackellen! Já tinha feito espectáculos como o Fame, o Chicago e o Zorro. Mas de facto nos Miseráveis senti-me rodeada de um talento extremo! E aprendi tanto, especialmente com o protagonista John Owen-Jones que é uma máquina! Muita gente não sabe, mas a Madalena participou também no concerto comemorativo, como foi estar num dos maiores palcos de Londres (O2) ao lado de pessoas com mais experiencia de Teatro musical? A experiência no O2 foi interessante, mas foi durante a nossa úl-
tima semana no Barbican, por isso foi loucura e não deu para a saborear tanto como queria. Lembro-me de no ensaio ouvir o quarteto do Bring Him Home pela primeira vez com o Colm Wilkinson, e de chorar compulsivamente. No segundo concerto, senti mesmo, e decerto que as outras 300 pessoas em palco, de que estávamos a fazer parte de um momento histórico muito especial. Para além do Les Miserables qual seria o musical em que gostaria de participar? Assim de repente não sei bem. Eu adoro musicais e compositores como Stephen Sondheim, Jason Robert Brown e Andrew Lippa, mas infelizmente não há muito a ser produzido deles, e dos que estão em cena de momento há poucos com que me identifico realmente. Vai ser difícil superar a qualidade da produção dos Miseráveis. Como surgiu o álbum Foreign Sketches? Foreign Sketches é uma compilação de canções que tenho escrito nos tempos livres. É uma edição de autor. Quando vim de uma viagem à Índia decidi que devia investir
mais nas minhas composições e o álbum foi um primeiro passo, como que a dizer “oiçam aí...”. A Madalena também dá concertos por vários locais de Londres, quais são as impressões do público londrino em relação a esses concertos? Os concertos em Londres são sempre um desafio. É uma cidade grande com muitos sítios para tocar, mas, como há tanta oferta, é difícil aliciar o público. Eu tenho tido sorte, com o meu sabor mais mediterrâneo, tenho algo que me diferencia. Recentemente realizou dois concertos em Portugal qual é o balanço dessa experiência? Cá em Portugal tem sido incrível! Fiquei mesmo com o bichinho de fazer mais concertos. Adoro o público português e de poder mostrar o que tenho feito há dez anos lá fora. Tive a sorte de encontrar dos melhores músicos portugueses - Nuno Feist ao piano, João André no baixo, e Mário Leite na guitarra. Após se ter mudado para
Londres do que sentiu mais falta? No início não me custava muito… Agora que estou mais velha custa mais. Sinto que preciso mais da minha família e eles de mim, dos amigos e do sol! Quando vem a Portugal sente que as pessoas reconhecem o seu trabalho lá fora? Eu nunca fui de publicitar a minha carreira. Percebo que quando as pessoas me vêm ver em espectáculos é que se apercebem do meu trabalho e isso chega-me. O que podemos esperar no futuro? Do futuro não sei…, de mim podem esperar que vou continuar a trabalhar por fazer as coisas que gosto, seja em musicais, concertos, cinema... Não podemos controlar o futuro, mas podemos ir plantando as sementes e estar preparados para o que der e vier. Bring it on! K Entrevista: Jaime Lourenço _ Fotos: Direitos Reservados H
gente e livros
David Lodge Leopoldo Guimarães lança Falcões Urbanos 7 Leopoldo Guimarães é autor do livro Falcões Urbanos, doze Talentos, - Chiado Editora. Falcões Urbanos é uma obra sobre o livre arbítrio, a fidelidade que devemos a nós mesmos e a necessidade de fugir a destinos paralelos, que não conduzem ao que um dia quisemos ser. K
7 «Este estilo de vida não era de adaptação fácil, pois ofendia os seus mais enraizados instintos e princípios. Todo o sistema de regras e contenções de prudência, tão penosamente adquirido na escola da escassez de tudo poupar, guardar as coisas para as ocasiões especiais, adiar o prazer ou saboreá-lo a conta-gotas, viver na expectativa ou na recordação, nunca ceder as impulsos – todo este sistema caía pela base num ambiente de excesso. O que ganhava ele em guardar metade da tablete de chocolate de segundafeira, se a Kate lhe dava uma nova, e inteira, na terça? Para que servia restringir-se a uma Coca-Cola, quando tinha no bolso dinheiro suficiente para duas? O que adiantava viver na expectativa das coisas boas da semana seguinte, se o dia de hoje era capaz de lhe trazer algo muito mais excitante? Só este dia já lhe tinha proporcionado novidades e extravagâncias suficientes para satisfazer um ano inteiro de ex-
pectativas em casa, e ainda não tinha terminado.» In Longe do Abrigo David Lodge nasceu em Londres, a 28 de Janeiro, de 1935. A II Guerra Mundial marcou a sua infância. O pai era músico da força aérea e o bombardeamento alemão sobre Londres (Blitz), obrigam-no a passar a maior parte da guerra, com a mãe, no campo. Cresceu no sudeste de Londres, no limiar de New Cross e Brockeley e frequenta um liceu católico, com a ajuda de uma bolsa de estudo. Aos dezasseis anos faz
a sua primeira grande viagem ao estrangeiro. A convite de uma tia que trabalhava para o exército americano, viaja para Heidelberg, na Alemanha Ocidental. Nessa viagem o jovem David Lodge contacta com o ambiente de festa em que viviam os americanos, depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Essas férias inspiraram a sua obra mais autobiográfica Longe do Abrigo (1970), o quarto romance que publicou. De regresso a Inglaterra estudou literatura na University College London, tendo-se doutorado na University of Birmingham, onde leccionou até
1987, no Departamento de Inglês. Foi professor honorário da Universidade de Birmingham e professor convidado da Universidade da Califórnia, em Berkeley. O romance de estreia tem o título The Picturegoers. Esteve nomeado duas vezes para o Man Booker com O Mundo é Pequeno (1984) e com Bom Trabalho (1988). É autor de séries de televisão, entre as quais da adaptação de Um Almoço Nunca é de Graça, que ganhou o Prémio para a melhor série de televisão de 1989, da Royal Television Society. Em Portugal tem romances publicados pelas Editoras Asa e Gradiva. Os romances Terapia (1997); Papéis Invertidos (1998); e O Museu Britânico Ainda Vem Abaixo (1965) são três dos seus romances com grande sucesso por cá. Actualmente, David Lodge dedica-se em exclusivo à escrita e os seus romances estão publicados em cerca de 25 línguas. K Página coordenada por Eugénia Sousa _
edições
Novidades Literárias 7 Longe do Abrigo. Fim da Segunda Guerra Mundial, Londres recupera do Blitz. Timothy Young tem dezasseis anos e vive com os pais em Londres. Quando Kate, a irmã mais velha, a trabalhar com o exército americano na Alemanha Ocidental, o convida a passar as férias escolares com ela, começa a grande aventura. Para Timothy será a primeira grande viagem, longe da família, da casa e do país. No ambiente de festa em que os americanos vivem na Alemanha, Timothy terá a sua primeira experiência amorosa, conhecerá os excêntricos amigos da irmã e viverá uma espiral de acontecimentos inesquecíveis.
Bizâncio. O Que o Dia Deve à Noite, de Yasmina Khadra. «O meu tio dizia-me: “Se uma mulher te amar, e se tiveres a presença de espírito para avaliar a extensão desse privilégio, nenhuma divindade te chegará aos calcanhares.” O Que o Dia Deve à Noite é um romance extraordinário sobre a Argélia Colonial, sobre as relações humanas e a separação cruel de duas comunidades ligadas por um mesmo país.
D. Quixote. A Zona de Desconforto, de Jonathan Franzen. A Zona de Desconforto revela, sem pudores, o perfil de um rapaz tímido, que tinha medo de raparigas populares, bailes de liceu e da morte social que se abateria sobre ele se fosse visto como um “tóto”, pelos seus pares. Depois dos romances Liberdade e Correcções, que conseguiram a proeza de consagrar o autor como um autêntico fenómeno literário, a autobiografia de Jonathan Franzen, escrita entre a ironia e a ternura, traz as inquietações e os seus sonhos da juventude.
Casa das Letras. 1Q84 2, de Haruki Murakami. O primeiro volume de 1Q84 revelou a existência de um novo mundo, que escapa aos contornos da realidade e de um novo tempo, em que o ano de 1984 deu lugar ao ano de 1Q84. Neste segundo volume da trilogia regressamos a um cenário marcado pela violência e a desilusão
onde se desenham os contornos de um amor sempre adiado, entre a bela Aomame e Tengo.
Sextante Editora. A Cidade dos Prodígios, de Eduardo Mendoza. Onofre Bouvila, rapaz pobre do campo, chega a Barcelona, em 1887. O seu primeiro trabalho na cidade será como distribuidor de panfletos anarquistas, entre os operários que trabalham na construção da Exposição Universal. Mas Bouvila está disposto a conseguir muito mais, mesmo que para tal tenha de recorrer à corrupção.De menino pobre a homem mais rico do país esta é a história de Bouvila. Oficina do Livro. Marquesa de Alorna, - Do cativeiro de Chelas à corte de Viena - de Maria João Lopo de Carvalho. A Marquesa de Alorna é uma personagem única da História de Portugal. Mulher de letras, mãe de oito filhos, inteligente, polémica, sedutora, amada por uns e odiada por outros, passou 18 anos atrás das grades de um convento, por ordem do Marquês de Pombal. «A história de uma mulher apaixonada, rebelde, determinada, e sonhadora que nunca desistiu de tentar ganhar asas em céus improváveis, como a estrela que, em pequena, via cruzar a noite.»
Presença. O Romancista Ingénuo e o Sentimental, de Orhan Pamuk. Em 2009, o prémio Nobel da Literatura Orhan Pamuk, deu uma série de seis conferências na Universidade de Harvard, partindo do ensaio de Schiller, Sobre a Poesia Ingénua e a Sentimental. O equilíbrio entre os conceitos de “ingénuo” e “sentimental” são defendidos pelo autor como necessárias no acto de escrever e também de ler. Porque afinal “O que se passa na nossa cabeça quando lemos Romances?”
Civilização. Civilização - O Ocidente e os Outros, de Nial Ferguson. O que caracterizava a civilização da Europa Ocidental e consitiu num trunfo em relação aos impérios do Orien-
te? Segundo o autor, a resposta desenvolveu-se em seis “aplicações-chave: “competição, ciência, democracia, medicina, consumismo e ética do trabalho”. A nova questão que se impõe é: o Ocidente ainda mantém essa ascensão?.
Esfera dos Livros. Isabel I - de Inglaterra e seu Médico Português - de Isabel Machado. Após a ascensão de Isabel I ao trono de Inglaterra, o médico português Rodrigo Lopes chega a Inglaterra. Longe de imaginar que o seu destino se cruzaria com o da poderosa filha de Henrique VIII, e da sua prima Ana Bolena, o médico judeu começa a traçar o seu percurso na nova pátria. Mas a cumplicidade com a jovem rainha vai revelar-se fatal para o português. K MARÇO 2012 /// 027
Para residentes em países sob assistência externa
Boom Festival dá descontos 3 As entradas no Boom Festival, evento dedicado à música electrónica em Idanha-a-Nova, vão ter este ano descontos para os residentes em países sob assistência financeira externa, como Portugal, Irlanda e Grécia, anunciou a organização. Espanha vai também “ser incluída neste pacote exclusivo”, dado “o difícil período que atravessa”, acrescenta, em comunicado. A ideia é justificada com a necessidade de “minimizar o recente aumento do IVA em produtos culturais” em Portugal e facilitar o acesso ao festival aos habitantes de “ países mais afectados pela crise”. A nona edição do festival vai decorrer de 28 de Julho a 04 de Agosto, junto à Barragem de Idanha-a-Nova. Os descontos são aplicados a estudantes portugueses ou a quem comprove residir num país sob assistência externa. Nestes casos, as entradas para os oitos dias do evento estão a ser vendidas a partir de 100 euros, aumentando o preço gradualmente à medida que se aproxima a data do evento, até 180 euros. O Boom mantém ainda o des-
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
Des(a)fiar a História conto já aplicado em edições anteriores para residentes em países em desenvolvimento: até 3 de Julho poderão adquirir a entrada, junto de um dos embaixadores representantes do festival, por 120 euros. Por outro lado, México e Guatemala serão os países convidados deste ano, cujos residentes “têm direito a um bilhete gratuito”. O Boom tem ainda abertas candidaturas a “bilhetes participativos”, para desempregados ou trabalhadores com o ordenado mínimo, que poderão receber uma
entrada em troca da prestação de um serviço, “como a elaboração de uma peça de arte”. Em 2008 e 2010, o Boom foi galardoado com o prémio Greener Festival Award - Outstanding. Em 2010 foi também vencedor do galardão Green’n’Clean Festival of the Year, nos prémios European Festival Award, passando a integrar um grupo de trabalho das Nações Unidas dedicada à organização de eventos. Todas as informações sobre o festival estão disponíveis na Internet em www.boomfestival.org. K
3 “Des(a)fiar a História” foi o tema principal do VII Encontro Nacional de Estudantes de História que se realizou, entre os dias 15 e 18 de Março, na Universidade de Évora. Organizado em parceria pelo Núcleo de Estudantes de História e o Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora (CIDEHUS/ UÉ), o encontro teve como principal objectivo fomentar um espaço de diálogo entre os estudantes das várias áreas que, em conjunto e de forma indissociável, contribuem para a construção do saber histórico em diversas áreas:
História, Arqueologia, Património e Museologia. A iniciativa contou ainda com a atribuição do prémio “Apenas Livros 2012”, cujo objectivo consiste no reconhecimento do mérito dos estudantes e investigadores nas diversas áreas ligadas ao mundo da História. O prémio baseia-se na publicação de um trabalho inédito e original de licenciatura ou pós-graduação nomeadamente nas áreas da História, Arqueologia, Património e Museologia através da Editora Apenas Livros. K Noémi Marujo _
Prazeres da boa mesa
Linguiça Frita com Cogumelos 3Ingredientes:
As espécies de Agaricus apresentam geralmente frutificações carnosas, maioritariamente de tamanho médio a grande; o chapéu é hemisférico inicialmente, depois convexo e finalmente mais ou menos aplanado ou ligeiramente deprimido, de cor embranquecida ou parda. O pé é cilíndrico e tanto regular como engrossado ou atenuado para a base; sempre porta um anel, mais ou menos desenvolvido, que pode ser persistente ou caduco e se separa com facilidade da carne do chapéu. K
200gr Agaricus bisporus laminados 1/2uni Broa de Milho 3uni Dentes de Alho 300gr Linguiça cortada às Rodedas 1/2dl Azeite q.b. Sal e Pimenta de Moinho Preparação: Numa frigideira com o azeite quente, juntar a linguiça em rodelas. Quanto estiver frita, adicionar o alho e deixar alourar ligeiramente. Juntar os cogumelos e só depois de bem salteado se rectifica os temperos e consequentemente o sal. Servir sobre uma fatia de broa de milho. Dica: O sal se adicionado precocemente aos cogumelos irá
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precipitar a saída dos sucos. + informação: Agaricus é um grande e importante género de cogumelos, contendo tanto espécies comestíveis como venenosas,
possivelmente com mais de 300 membros em todo o mundo. O género inclui o comum (“botão”) cogumelo (Agaricus bisporus) e o cogumelo do campo (Agaricus campetris), que é o cultivo dominante de cogumelos no Ocidente.
Mário Rui Ramos _ Executive Chef Ô Hotels and Resorts Monfortinho
música Boss Ac - AC para os amigos 3 Boss Ac está de volta com um novo álbum que recebeu o título de “AC para os amigos”, trata-se do quinto longa duração do rapper Português. O primeiro avanço deste registo foi o single “Sexta-feira (Emprego bom já) que continua a ser um dos temas mais rodados da actualidade nas nossas rádios.A boa prestação de air play no panorama radiofónico ajudou para que o álbum tenha atingido o primeiro lugar do top de vendas em Portugal. O rapper convidou um interessante naipe de vozes para colaborações no novo disco, que deram a voz para as novas músicas, Raul Reyes, Deborah Gonçalves, Shout, Rui Veloso e o Brasileiro Gabriel o Pensador. Neste novo cd, Boss AC apresenta a sua visão do momento de crise que o nosso país atravessa, com a habitual crítica à sociedade, com destaque para os problemas do desemprego e as suas consequências. Em relação à sonoridade das novas composições, o hip hop continua bem presente, com rimas bem construídas, à mistura com batidas suaves e dançantes. Outra vertente interessante do álbum é a componente acústica que surge por exemplo no tema “Deixou-me” em que Boss AC aparece ao lado de Rui Veloso, mostrando outra face do Rapper. No que toca a destaques, o tema forte é “Sexta-feira (Emprego bom já), um verdadeiro hino da crise, e as faixas “Tu és mais forte”, “Um brinde à amizade” e “Laia”. K
pela objectiva de j. vasco
A morte de Danton
Lana del Rey - Born to die 3 Lana del Rey é apontada pela imprensa especializada como uma das revelações de 2012 com o seu álbum de estreia “Born to die” já disponível no mercado Português. Elizabeth Woolride Grant, mais conhecida por Lana del Rey, nasceu em Nova Iorque em 1986, e em 2011 a sua vida deu uma volta de 360 graus com a gravação e divulgação dos seus primeiros temas. Antes da edição do trabalho, foram editados 3 singles,”Blue Jeans”,”Video Game” e Born to die” que deu nome ao trabalho. Os primeiros temas da cantora foram muito bem recebidos pelo público em geral, e conseguiram conquistar vários top´s de singles na Holanda,Inglaterra, França e Austrália. Outra ferramenta, importante, utilizada para divulgar os temas de Lana Del Rey foi a internet. Através da plataforma de videos, Youtube e as redes socias é impressionante o número de visualizações dos vídeos dos 3 singles. A sonoridade do trabalho é na linha pop suave com alguma melancolia e interessantes melodias, sempre numa toada calma. Destaque para os singles,”Blue Jeans”,”Video Game” e Born to die” e o tema “Dark paradise”. Este novo trabalho está também disponível numa ver deluxe que inclui mais 3 temas e algum material promocional da cantora. Recentemente Lana Del Rey afirmou numa entrevista que não voltará a gravar nenhum álbum. Será que vai mudar de ideias?! K
Os LMFAO -Party Rock Anthem 3 Os LMFAO são um verdadeiro fenómeno de popularidade, a dupla é oriunda de Los Angeles e conquistou o mundo da dance music com o seu segundo trabalho, “Party Rock Anthem”. SkyBlu e RedFoo são uma das duplas de maior sucesso da atualidade nas pistas de dança, rádios e internet. A dupla utilizou nos vídeos um visual cómico, meio rebelde, sempre rodeado de grandes festas com muita loucura à mistura, que conquistaram em massa o público mais jovem. Este registo e os 4 singles já ultrapassaram a barreira de 10 milhões de unidadesvendidas. O primeiro single “Party rock anthem” atingiu a liderança do top de singles em 19 países, e os vídeos já foram visualizados por mais de 326 milhões de utilizadores do youtube. Os novos temas têm várias colaborações especiais, participam no disco, Lauren Bennett & GooRock, Natalia Kills, Busta Rhymes, GooRock, Calvin Harris entre outros. A sonoridade é totalmente eletrónica, com uma mistura de rap com dance music repleta de letras provocantes e melodias dançáveis. Na internet é possível encontrar um enorme leque de versões dos singles dos LMFAO com diferentes leituras para as pistas de dança. Em relação aos destaques deste registo, vão para os singles, “Party rock anthem”,”Champagne showers”, “Sexy and i know it” e o novo “Sorry for party rocking”. Trata-se de mais um álbum para ouvir com o volume bem alto que vai aquecer ainda mais esta Primavera de 2012!. K Hugo Rafael _
3 A 21 de Março comemora-se o Dia Mundial do Teatro. O Ensino Magazine sempre tem dado o destaque possível a esta forma de expressão cultural e, por isso, aqui fica a sugestão: vão ao Teatro. Para quem mora na região de Lisboa propomos A morte de Danton, de Georg Büchner, encenado por Jorge Silva Melo. Trata-se de uma coprodução Teatro Nacional D. Maria II / Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura / Artistas Unidos a decorrer em Lisboa até ao próximo dia 22 de Abril no palco do Teatro Nacional D. Maria II. K
press das coisas IPad 3 da Apple 3 O novo iPad 3 da Apple chegou a Portugal este mês Março. As novidades do novo tablet passam por quatro núcleos A5*, um ecrã com maior resolução e um leque de novas funcionalidades de conectividade. Das suas características destaque também para o ecrã táctil de 9,7” Retina Display, com quatro vezes mais pixéis que no iPad 2; a câmara traseira com sensor de 5 Megapixéis, resolução Full HD (1080p) para a gravação de vídeo. A conectividade da Apple estreia o suporte a redes 4G. Numa das versões o iPad 3 estará disponível em versões com ou sem 4G e memória interna de 16GB, 32GB e 64GB. K
Samsung Galaxy Y Duos 3 A novidade da Samsung no mercado português, o Galaxy Y Duos é o primeiro smartphone da marca com capacidade para suportar a utilização de dois cartões SIM em simultâneo. O novo smartphone Dual SIM tem processador de 832MHz e sistema Android 2.3 Gingerbread. Com um corpo em metal polido, integra uma câmara com sensor de 3MP e ecrã tátil com 3,14” (320 x 240 pixéis). De acordo com a Samsung, este smartphone é vocacionado para uma utilização profissional/social, incluindo funcionalidades de comunicações escritas online, como o serviço multiplataforma ChatON, ou do Social Hub, a partir do qual é possível juntar numa única caixa de entrada, mails, SMS e mensagens das redes sociais. K
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Quatro rodas
Onde começou a Formula 1 c Bombardeados que somos nos “media” com coisas do futebol, não é raro ouvir, referências às origens deste desporto que domina a europa. Claro que se fala da Inglaterra, civilização ainda hoje um pouco diferente, com usos e costumes nunca vistos nos outros países europeus e que segundo rezam as crónicas foi o berço do futebol. Mas vamos lá falar de automóveis, e ver como a crónica de hoje, liga com a Inglaterra, apesar de que nas principais “milestones” do início da história do automóvel não encontrarmos grandes referências a este país. Algo estranho para aquele que foi o grande motor da revolução industrial. Senão vejamos alguns exemplos: O primeiro veículo considerado como sendo um automóvel foi do francês Nicolas-Joseph Cugnot, a primeira patente automóvel foi o Benz Motorwagen do alemão Karl Benz, mais tarde, é atribuída ao americano Henry Ford a primeira linha de montagem automóvel.
Temos mesmo de voltar ao desporto para que a Inglaterra entre de novo em jogo na história do automóvel. Vamos por isso diretos ao dia 13 de Maio de 1950, para o circuito de Silverstone, uma pequena aldeia a poucos quilómetros da cidade de Milton Keynes. Foi nesse sábado que ali se disputou a primeira corrida de Formula A. Não é engano não, o primeiro nome
do mais famoso campeonato de velocidade foi mesmo este, mas por pouco tempo. A agora conhecida Fórmula 1 teve a sua estreia nas terras de sua majestade, o Rei George VI, que marcou presença acompanhado da consorte Rainha Elizabeth, a princesa Margareth, e mais de 100.000 súbditos, que proporcionaram a moldura ideal para este grande acontecimento.
Peugeot apresenta novo 208
Lançamento mundial em Lisboa 6 Portugal foi o país escolhido para receber a apresentação mundial do novo Peugeot 208, um evento que irá trazer até 20 de Abril cerca de 1.200 jornalistas, provenientes de 30 países, anunciou a marca. A operação, que decorrerá nas zonas da grande Lisboa e região Oeste, terá três percursos de ensaio que totalizam 242 quilómetros, repartidos por diferentes tipos de situações de condução, urbana, semi-urbana, em estradas nacionais e auto-estradas, de forma a cobrir todas as situações de tráfego em que o 208 irá evoluir. Os mais de mil jornalistas terão oportunidade de experimentar não só o modelo em causa, mas também a hotelaria e gastronomia da região, promovendo em todo o mundo Lisboa, Sintra e Cascais como destinos turísticos, refere a marca. Para experimentar o novo modelo da Peugeot, os jornalistas contarão com uma gama de seis motorizações a gasolina e diesel, distribuídas entre as duas ofertas distintas do 208, de 3 e de 5 portas. Segundo um comunicado enviado pela Peugeot Portugal, o novo 208 chegará ao mercado
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Mas, se a organização foi britânica a festa final foi inteiramente italiana, com a vitória de Giusepe Farina (na foto) pilotando um Alfa Romeo 158. Nessa altura, a europa estava a reerguer-se após o massacre que foi a II Guerra, por isso eram usados os veiculos da pré guerra. A Fórmula 1 foi então criada pela FIA (Federation Internationale de l’Automobile) para harmonizar regras que pudessem colocar os competidores em maior igualdade. Este primeiro campeonato foi composto por mais 5 grandes prémios, todos eles na europa, a saber: Mónaco, Suíça, Bélgica, França e Itália. O facto de todos estes grandes prémios serem na europa tornava o primeiro campeonato de Fórmula 1, num campeonato europeu e não um campeonato mundial, como desejava a FIA. Encontrou-se então uma solução, permitir que as pontuações de uma corrida fora da europa contassem, de modo a tornar o campeonato mundial, escolhendo-se então a mais conhecida prova americana, as 500 Milhas de Indianápolis.
Esta escolha tinha, no entanto, um contra, a regulamentação técnica americana era diferente da de Fórmula 1, assim os pilotos que quisessem pontuar na américa, tinham que correr em carros americanos, bem diferentes dos europeus. Vejam só, criou-se a Fórmula 1 para harmonizar as regras, e depois “mete-se” uma prova no campeonato com regras completamente diferentes... não vos parece um “déjà vu”, esta história de “martelar” as regras a meio do campeonato? Será que nessa altura já havia influência do futebol? Fica-nos a dúvida… K Paulo Almeida _ Direitos Reservados H
sector automóvel Audi A4, nova carrinha 3 A Audi prepara a nova carrinha A4, a qual pretende competir com o futuro BMW Série 3 GT. A carrinha será maior que A4 Avant (na foto), que terá um tejadilho elevado, bem como maior distância entre eixos, logo com um interior mais espaçoso. O modelo está a ser desenvolvido pela Italdesign, em Turim, deverá incluir como opções de motor um 2,0 litros a gasolina de quatro cilindros com 255 cv e um TDI de 2.0 litros que debita 197 cv e 400 Nm de binário. Deverá incluir ainda uma versão híbrida equipada com um motor 2.0 TFSI de 200 cv e também com um elétrico de 26 cv, que seria acoplado diretamente à transmissão. K
português na segunda quinzena de Abril, sendo “o lançamento mais importante da marca”, já que “tem a ambição de liderar o maior segmento do mercado nacional”. O 208, segundo a marca francesa, é “um modelo fundamental na estratégia da Peugeot e que tem a ambição de ser o automóvel mais vendido da marca”. O novo Peugeot 208 vem substituir o 207 que, segundo Jorge Magalhães, da Peugeot Portugal, “representa 38 por cento das vendas em Portugal” e que, desde o seu lançamento em 2006, “já chegou a representar 50 por cento das vendas” da marca francesa. O responsável da Peugeot adianta que, com o 208, “ambi-
cionamos voltar à liderança no segmento B e, sendo o que mais vende em Portugal, é representativo para os objetivos de qualquer marca”. Em tempos de retração no consumo, a intenção da Peugeot é colocar o 208 num patamar de “preços mais competitivos” devido à introdução de novos motores a gasolina de 1000 e 1200 de cilindrada. ‘Irmão’ do Citroen C3, uma vez que divide a plataforma de fabrico, o novo Peugeot 208 ainda não tem preço, mas Gilles Vidal, diretor de ‘design’ da marca francesa adianta que “a força do 208 reside no seu estilo” porque “tem potencial para agradar a toda a gente, sem ser um compromisso brando”. K
Carro eléctrico, Twizy da Renault 3 É pequeno, eléctrico e estará no mercado por preços que variam entre os 7690 e os 8490 euros. O Renault Twizy começa na versão 45, com motor de cinco cavalos, que não precisa de carta de condução (podendo ser conduzido por jovens de 16 anos sem carta) e tem circulação limitada aos espaços urbanos, onde não é permitido exceder os 45 km/h. O Twinzy 85, de 17 cv, pode circular sem restrições, atingindo uma velocidade máxima de 84 km/h. Ao preço dos veículos acresce o aluguer das baterias, a partir de 68 euros/mês. K
27 de Abril
Tecnologia e Saúde na Guarda 6 Na Guarda vão realizar-se no próximo dia 27 de Abril as V Jornadas Nacionais sobre Tecnologia e Saúde, promovidas pelo Instituto Politécnico daquela cidade. “Desenvolvimento e validação clínica de um dispositivo vibratório inteligente de uso ambulatório na reabilitação de doentes com AVC”, “Adaptação de Cor de conteúdos Web para Daltónicos”, “Resistência à
implementação de projectos tecnológicos na área da saúde”, “Rastreio do cancro de Pele com Smartphone”, “e-Saúde: Apenas uma conjugação entre Tecnologia & Saúde?! O caso das pessoas mais idosas” e “Impacto das Tecnologias de Apoio em pessoas com AR” são alguns dos temas a apresentar no decorrer destas Jornadas. À semelhança das edições anteriores, o IPG pretende divulgar os mais re-
Universidade de Lisboa 2012
centes projectos na área da tecnologia aplicada à saúde e aprofundar o diálogo entre investigadores e profissionais/estruturas de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos, profissionais e estudantes das áreas da saúde e da tecnologia). Incrementar a interacção entre ensino superior e as empresas vocacionadas para as áreas subjacentes a este evento é outro dos objectivos das Jornadas. K
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Eduardo Lourenço vence prémio 6 O ensaísta e filósofo Eduardo Lourenço é o vencedor do Prémio Universidade de Lisboa 2012 que reconhece anualmente uma individualidade que se tenha destacado nas áreas da Ciência e da Cultura. Eduardo Lourenço é autor de “uma obra vasta e rica, capaz de inspirar os caminhos do futuro na hora difícil que o país atravessa”. É desta forma que o júri do Prémio se refere ao pensador, justificando esta distinção pela sua “originalidade e profunda reflexão sobre o significado da cultura e das constantes históricas de Portugal, na sua inserção nos espaços mais amplos da Europa e da lusofonia”.
O Prémio Universidade de Lisboa tem um valor pecuniário de 25 mil euros e é atribuído ao abrigo do acordo de colaboração entre a Universidade e o Banco Santander Totta, para distinguir uma individualidade portuguesa ou estrangeira pelos trabalhos de reconhecido mérito científico e/ou cultural, que tenham contribuído de uma forma notável para o progresso da Ciência e da Cultura, e para a projecção internacional do pais. Esta é a 6ª edição do Prémio, que tem vindo a distinguir importantes personalidades, como Maria Odette Santos Ferreira, António Coutinho, Filipe Duarte Santos, Jorge Miranda e, agora, Eduardo Lourenço. K
UTAD campeã
Branco, tiveram uma aula diferente no final de Fevereiro. Com o objectivo de promover o contacto e o diálogo com as autoridades locais, a Guarda Nacional Republicana deslocou-se ao auditório da Escola onde foi apresentada uma conferência sobre Drogas lícitas e drogas ilícitas. Esta palestra teve como objectivo sensibilizar os alunos para esta temática, no sentido de promover hábitos de vida saudável. Durante cerca de duas horas a plateia atenta, percebeu os efeitos nefastos destas drogas bem como as implicações das mesmas no decurso da vida dos cidadãos. K
T A jovem Ana Sofia Madureira, aluna do curso de Educação Física e Desporto da Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro e atleta do Ginásio Clube de Vila Real, sagrou-se campeã nacional de Karaté Universitário, nas provas realizadas, no pavilhão da Universidade de Aveiro. K
Inetese na GNR T Os alunos da Escola Profissional Inetese, em Castelo
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Ensino superior e secundário
Portugal presente no Shell Eco-marathon 6 Oito equipas portuguesas foram seleccionadas este ano para participar na Shell Eco-marathon Europe 2012, que se realiza na cidade portuária holandesa de Roterdão, onde vão procurar disputar lugares no pódio dos protótipos e dos urbanconcept movidos a gasolina, entre 17 e 19 de Maio. Após o sucesso na edição de 2011, realizada na
Alemanha, da equipa portuguesa da Universidade Coimbra (3ª classificada, na foto), que estabeleceu novo recorde ibérico de distância com um único litro de gasolina, este ano os estudantes portugueses procuram alcançar novos resultados positivos nos protótipos e nos urbanconcept movidos a gasolina. A mudança para um circuito de rua, o que aconte-
Património geológico
Portugal inventariado 6 A inventariação geológica completa do território português, tida como de importância científica e estratégica fundamental, foi concluída recentemente sob coordenação do Departamento de Ciências da Terra da Escola de Ciências da Universidade do Minho. “Havia já um levantamento feito ao nível da fauna e da flora, mas era fundamental classificar locais de valor abiótico, com interesse científico, revelando a importância de ser gerido e preservado pelas autoridades nacionais que tratam da conservação da natureza”, explica José Brilha, coordenador do projecto que envolveu mais de 70 cientistas de universidades e associações e teve apoio da
Fundação para a Ciência e Tecnologia. A inventariação localizou 326 sítios com interesse científico fundamental para o conhecimento geológico do país. O levantamento teve em conta, não só o valor científico dos locais, mas também a vulnerabilidade deste património. Alguns dos geosítios apresentam risco de destruição devido à ausência de políticas adequadas de gestão. A lista geral inclui, por exemplo, o granito de Lavadores (Gaia), o fojo das Pompas (Valongo), os blocos erráticos de Valdevez (Gerês), as minas da Borralha (Montalegre), os fósseis da Pereira do Valério (Arouca) e o inselberg de Monsanto (Idanha-aNova). K
Cursos no porto
Tecnologia de Castelo Branco tem a decorrer o período de pré-inscrições para a formação Cisco CCNA Exploration, módulo Network Fundamentals. O curriculum Cisco CCNA Exploration é uma formação técnica especializada que procura fornecer uma visão global sobre redes de comunicação de dados, desde os seus fundamentos até tópicos avançados. Neste curriculum os estudantes aprendem os fundamentos em routing, switching e de várias tecnologias de redes avançadas, preparando-os para a certificação CCNA internacionalmente reconhecida e muito valorizada no mercado de trabalho. K
T O Departamento de Direito da Universidade Portucalense, no Porto, acaba de anunciar o lançamento de dois novos cursos de formação contínua, designadamente o de Registos e Notariado e o de Insolvência e Recuperação de Empresas. A formação em Registos e Notariado pretende proporcionar o acesso a matérias que não são leccionadas na maior parte dos cursos de Direito e que, pela sua utilidade e aplicação prática, exigem uma actualização permanente. K
Academia Cisco T A Academia Cisco do IPCB/Escola Superior de
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ce pela primeira na história da Shell Eco-marathon Europe, irá colocar novos desafios às 227 equipas concorrentes, provenientes de 24 países. Na cidade de Roterdão, a Shell encontrou um parceiro perfeito. A cidade tem uma vasta experiência como sede de eventos e festivais em grande escala e pretende ser a Capital Verde Europeia em 2014. Publicidade
As equipas portuguesas representam a Universidade de Coimbra (Eco Veiculo), a Secundária Alcaides de Faria, de Barcelos (Prototype Gasoline), o Politécnico de Viseu (Orion), Politécnico de Setúbal (ShellEcoEST), a Universidade do Minho (BebUMlitro), a Escola Profissional de Trancoso (Mecauto), a Universidade do Porto (EcoInegi) e a Universidade da Beira Interior (Ubicar). K