Ensino Magazine

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Abril 2012 Director Fundador João Ruivo Director João Carrega Publicação Mensal Ano XV K No170 Distribuição Gratuita

Ensino Jovem Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS

DR H

Maria João Lopo de carvalho apresenta

www.ensino.eu Assinatura anual: 15 euros

entrevista

A Lusa na palavra de Camões

Afonso Camões foi eleito para mais um mandato como presidente do Conselho de Administração da Agência Lusa. Em entrevista ao Ensino Magazine mostra que caminhos C p 26 devem ser seguidos pela casa que mais conteúdos informativos produz em Portugal.

Os mistérios da «Marquesa de Alorna»

UBI apresenta plano estratégico

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Universal Music Portugal H

Universidade

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Politécnico

Carro do IPGuarda ganha em Espanha C

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Dossier

David Fonseca em entrevista

A primavera segundo David C

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David Fonseca, cantor

A primavera segundo David 6 Acumula 14 anos de carreira e é uma das vozes mais respeitadas do panorama musical nacional. David Fonseca faz da música um «hobby permanente» e o mais recente álbum é a primeira parte do seu diário musical, que no Outono terá continuidade. Em entrevista ao “Ensino Magazine”, o ex-vocalista dos “Silence 4” fala da violação dos direitos de autor, da nostalgia do viPublicidade

nil, do desemprego jovem e da escolaridade como arma política. “Seasons: Rising”, o seu quinto álbum de originais, foi editado no primeiro dia de Primavera e vai ter sequela no Outono, com “Falling”. Partilha da opinião da crítica que este é o seu trabalho de maior maturidade criativa e artística?

Por princípio não costumo ligar muito à crítica, mas para começar é algo perigoso empregar a expressão «maturidade», porque normalmente está associada ao fim da carreira de um músico (risos). Bem, falando mais a sério, a minha vontade principal é criar música, realizar-me pessoalmente em cada trabalho e no fim fazer um balanço positivo. Depois de um disco lançado não o consigo avaliar. Prefiro deixar isso ao critério do público. Está há 14 anos no activo, primeiro com os “Silence 4” e de há uns anos a esta parte numa carreira a solo. É mais difícil atingir o topo ou manter de forma regular um bom nível de empatia com o público? O caso dos “Silence 4” foi a todos os títulos inédito. Chegou-se ao topo logo na estreia, de forma inesperada. E toda a gente tem a noção que é impossível estar a um nível alto sistematicamente. Mas o que é mesmo difícil, sendo para mim a maior exigência, prende-se com a necessidade de manter a seriedade e a coerência artística ao longo do tempo. Isso são valores muito mais importantes do que o sucesso e a fama rápidos. Nunca pensei fazer da música a minha vida, mas agora ela é uma espécie de hobby permanente. Este disco é pouco convencional, em forma de diário, e muito electrónico e conceptual, recorrendo a sonoridades muito apelativas. Com que tons pintou a sua Primavera do ano passado? Este disco é o meu diário musical de 2011, tendo composto a maior parte das canções durante a digressão. Como começo o projecto pela Primavera é natural que este disco tenha uma dose de energia e motivação redobrada. As músicas de “Falling”, a editar no outono, já estão feitas, falta apenas gravar. Posso garantir, desde já, que é natural que seja um trabalho

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discográfico mais reflexivo, contemplativo, numa toada mais dura. O seu disco também foi editado em vinil. Pode-se falar que em plena idade digital, estamos a assistir a uma onda revivalista que conquista adeptos? Espero que seja uma tendência que volte a afirmar-se e a ser bem sucedida. Só compro vinil de há 3 anos a esta parte, mas desde então praticamente nunca mais adquiri CD’s. Nos últimos tempos assistiu-se, por assim dizer, à banalização do CD, que é tocado quase exclusivamente pelo MP3 ou pelo computador. As aparelhagens praticamente deixaram de tocar música. Penso que as pessoas se saturaram desta desmaterialização e querem tocar no disco. O vinil é visto como um objeto de culto, algo que diz muito aos verdadeiros amantes da música. E vejo com agrado que se regresse à afeição por ter um LP na estante do quarto ou da sala. É uma espécie de ideia nostálgica da música que triunfa. Nota-se que a produção deste disco nas mais diversas plataformas foi muito cuidada. Descobriu uma atleta de salto à vara na internet e convidou-a para entrar nas filmagens de “What life is for”. Qual foi a ideia que presidiu à concepção do vídeo que já tem mais de 100 mil visualizações só no You Tube? Não foi nada fácil conceber este vídeo. Pensei numa modalidade desportiva que significasse uma ideia de superação, ir mais longe, mais alto. No fundo, fazer algo de sobre humano. O salto à vara pareceu-me a escolha mais consentânea. A Marta Onofre é campeã de sub23 e vice-campeã nacional de seniores e personificou na perfeição o que se pretendia dela. É uma campeã que demonstrou a concentração que um desportista tem nos momentos de alta competição. ;


Este disco foi lançado em Espanha, a 27 de Março, à semelhança do que acontecera com os seus anteriores trabalhos, “Dreams in colour” e “Between waves”. Neste passo mais que dá rumo à internacionalização da sua carreira qual o motivo que esteve na aposta no país vizinho? Pela proximidade e por ser mais fácil fazer digressões e promoções. Sou um defensor da ideia ibérica, acho que o mercado dos países da península devia ser ibérico. Para já ainda não estão agendados concertos, mas está tudo em aberto. Já o criticam menos por só cantar em inglês? Isso nunca acalma, apesar de ter tido uma experiência em português com os «Humanos». Mas adorava gravar um disco integralmente na minha língua. É um desafio, até porque foi um “território” que ainda mal pisei. Tem participado activamente em representação da Associação Fonográfica Portuguesa em reuniões sobre questões relacionadas com os direitos de autor e a pirataria. O que é possível fazer para travar a multiplicação de ilegalidades e atropelos? Tem faltado, sobretudo, vontade política para atacar o problema. Estou frontalmente contra a ideia feita que a música não tem valor e não é preciso pagar para ouvir

canções. Não concordo com esta forma de consumir música, ainda para mais quando, para além dos cantores e compositores, há centenas de pessoas que dependem desta indústria, desde a área comercial, produção, etc. O Estado tem que intervir de forma determinada nesta matéria. A questão dos direitos de autor é inalienável e deve ser defendida cada vez com mais veemência. Eu sou autor, compositor e cantor e entendo que se não se recompensar os autores pelo seu trabalho, mais tarde ou mais

cedo eles vão desaparecer, mesmo que tenham a consolação que 10 milhões de pessoas conheçam as suas músicas. Só que não chega. Que apelo gostaria de deixar aos actores políticos? Que façam rapidamente uma lei que proteja os autores e a propriedade dos autores.

CARA DA NOTÍCIA 6 Fotografias, gatos e… talento musical David Fonseca é uma das mais carismáticas vozes do panorama musical português. Tem 5 álbuns editados e é presença assídua nas airplay das rádios sempre que lança algum trabalho. “Sing me something new” (2003), “Our hearts will beat as one” (2005), “Dreams in colour” (2007), ‘Between waves” (2009) e “Rising” (2012), são os seus cinco trabalhos individuais até à data. Nasceu em Leiria, a 14 de Junho de 1973. O grande público conheceu-o em 1998 quando foi o rosto do projecto “Silence Four”. Desde 2003 que enveredou por uma carreira a solo com inegável sucesso. Autor, compositor e intérprete, o gosto pela estética e pela fotografia transporta-o para os seus trabalhos, sendo o responsável pelo design gráfico das capas dos seus álbuns e a direcção de arte dos videoclips. Em 2004, David participa no projecto “Humanos”, dando voz a temas inéditos de António Variações ao lado de Manuela Azevedo e Camané. Foi nomeado por três vezes para os prémios MTV European Music Awards e em 2007 foi eleito artista do ano pelos leitores da revista «Blitz». Fã confesso de gatos e das novas tecnologias, concebeu o seu site pessoal (www.davidfonseca.com) de modo extremamente inovador e onde procura manter uma ligação estreita com os seus fãs, com ligação à sua página pessoal no Facebook – onde soma mais de 185 mil «like» - , informando-os sobre os seus compromissos profissionais e aparições nos media. «Um homem, centenas de instrumentos e uma máquina Polaroid», é a frase que o define no seu perfil no Facebook. No campo académico tem o bacharelato em cinema, variante de imagem, na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, tendo chegado a frequentar a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. K

Defende a criminalização exemplar? Não creio. Há actos que acontecem na sociedade que foram interiorizados que podem ser socialmente aceitáveis. Veja o que acontece e aconteceu na TV e no cinema. Mais um motivo para entender que a criminalização seria desajustada, mas é urgente legislação para que se perceba com clareza o que é a pirataria, como funciona, quem lucra e quem sai lesado. Sei que será uma luta longa, mas com força de vontade e pedagogia vamos lá chegar. A crise está ai e para durar. De que forma é que o meio artístico se ressente da austeridade? Ela é transversal e vai obrigar a uma grande ginástica por parte de todos os que vivem, directa ou indirectamente, deste sector. No meio artístico reflecte-se no número de concertos, no volume de discos vendidos, etc. A música, como não é um bem de primeira necessidade, é relegada para um plano secundário. Contudo, a crise ainda não condiciona a composição musical. Pelo contrário. A juventude tem estado na berlinda, a sofrer na pele uma tremenda taxa de desemprego. Pode dizer-se que esta é uma “geração traída” por ser das mais bem apetrechadas cultural e tecnicamente, mas que menos oportunidades tem tido? Não, essa é uma expressão demasiado forte. Antes de traída, esta geração deve ;

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sentir-se revoltada. Criou-se uma expectativa desmesurada de que a um curso superior correspondia uma saída profissional para todos. E não foi assim. Assumiu-se algo que não se podia prometer, foi um erro. Eu também estive num curso superior, em cinema, e já na altura a expectativa de ter um emprego estável não era completamente garantida. Os meus pais, ele bancário e ela professora primária, entretanto reformados, tiveram o mesmo emprego ao longo da vida. Isto hoje em dia não é possível.

cial e agora ampliada pelas redes sociais e pela própria internet. Há profissionais incríveis que todos os dias acrescentam valor à nobre missão de ensinar, e sei do que falo porque a minha mãe toda a sua vida foi professora primária. Estou em crer que a indisciplina sempre existiu, só que dantes não era um fenómeno muito badalado. E também é preciso ver que a escolaridade é hoje uma arma política. Mesmo com alguma instabilidade, a Escola consegue cumprir a missão de preparar os cidadãos para a vida?

Há esperança para um futuro pintado em tons de negro? Aos 17,18, 19 ou 20 anos o futuro pode ser qualquer coisa. O desemprego duradouro veio para ficar, mas os sonhos não podem morrer. Não há altura melhor do que a juventude para lutar contra a adversidade. E estou convicto que a força juvenil, através da participação cívica e social, vai gerar progressos relevantes. A “primavera juvenil” na Europa pode acontecer inspirando-se na “primavera árabe”? A “primavera juvenil” já acontece aqui e ali, só que através de actos isolados. Falta uma ideia e uma mobilização organizada. Tem, contudo, de partir primeiro do indivíduo após uma reflexão sobre o que pretende fazer para mudar o estado de coisas. Seja o que for. Lutar, ficando por cá, lutando e saindo do país em busca de outras Publicidade

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oportunidades. No actual contexto todas as situações devem estar em aberto. Veja que eu estudei cinema e acabei a fazer música, uma actividade que agarrei com toda a força. É o tal hobby a tempo inteiro como lhe falava no início da nossa conversa. O “Sexta-Feira» de Boss AC e “Parva que eu sou” dos Deolinda, são hinos desta geração. Acha que estamos perante músicas de intervenção social? Não considero que sejam músicas de intervenção. Foram bandeiras de descontentamento e hinos de manifestações concretas. São canções do universo pop musical

e em que as pessoas se revêm na carga de uma mensagem que penetra fortemente no espaço social e público. Dou-lhe um exemplo que retrata o que lhe acabo de dizer: há semanas estive num casamento e dançouse a música “Sexta-feira” do Boss AC, como se fosse música de discoteca… Tem passado a imagem que a Escola em sentido amplo está em crise. Resultados pobres, indisciplina dos alunos, professores desmotivados. Acha que este é um quadro fiel? Acho que há muito exagero na descrição que é feita pela comunicação so-

É nos bancos da escola que se aprendem as bases para uma interacção social capaz. Esta responsabilidade é fulcral, até porque sou da opinião que os jovens são moldados entre os 18 e os 20 anos, altura em que se define o carácter. Um dos erros do sistema é que se normalizou uma certa ideia de ensino. A escola não deve estagnar, não pode amarrar os miúdos a uma forma antiga de ensino e, acima de tudo, deve contribuir para exultar a individualidade e as potencialidades de cada jovem enquanto aluno. K Nuno Dias da Silva _ Universal Music Portugal H   

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Debate na UBI

Plano estratégico da UBI

Que jornalismo no futuro?

Consenso rumo ao futuro

6 Académicos, jornalistas e cidadãos reuniram-se na Universidade da Beira Interior com o objectivo de debater a carta de princípios, direitos e responsabilidades para o jornalismo do futuro. A iniciativa realizou-se a 15 de Março, no âmbito do Projecto Jornalismo e Sociedade, que está a percorrer oito universidades e escolas de ensino superior por todo o País. Inspirado no Pew Project for the Excellence in Journalism, o “projecto desenvolve a sua actuação na intersecção entre a Comunicação Social, a prática jornalística e a sociedade, visando contribuir para a compreensão da performance do jornalismo no contexto português, assim como qual o impacto da revolução digital em curso na transformação da prática informativa

6 O Conselho Geral da Universidade da Beira Interior acaba de votar, por unanimidade, o Plano Estratégico 2020, um documento elaborado pelo universo académico, com ideias, sugestões e opiniões das diferentes áreas em que a Universidade vai evoluir. A necessidade de criar este tipo de ferramenta surge num contexto social em mudança e “as universidades são, como todas as organizações, profundamente afectadas pelas mudanças sociais, económicas e culturais que ocorrem cada vez com mais rapidez e cada vez com maior alcance. Este plano apresenta-se como um instrumento estratégico, obviamente, mas gostaria que fosse mais do que isso. Sendo o resultado de vários momentos de reflexão e participação, de contribuições de todos os sectores da comunidade académica e dos seus stakeholders externos, tem todas as condições para ser um elemento determinante na cultura organizacional da UBI, com a permanência que os valores fundamentais necessitam, mas também com a flexibilidade que as especificidades de cada faculdade exigem” sublinha o reitor da UBI, João Queiroz. O Plano 2020 está baseado em quatro eixos estratégicos que pas-

Doutoramento na UBI

Signo e mediação 6 Catarina Moura, docente da Universidade da Beira Interior e investigadora do LabCom, defendeu, a 6 de Março, a tese de doutoramento intitulada Signo, desenho e desígnio. Para uma semiótica do design. A tese defende que o conhecimento do mundo é cada vez mais “um conhecimento mediado. O design o que faz é trabalhar as interfaces dos dispositivos técnicos, sejam eles o computador ou a televisão, até o cinema, qualquer mediador que faça sentir que a pessoa já não tem de ir ao sítio para o conhecer, que pode simplesmente ligar um botão e ter essa experiên-

cia. O que o design faz é desenhar essa mediação com a experiência”. Catarina Moura explica que este trabalho “está muito mais abrangido pela tradição filosófica e este design foi interpretado, não como uma prática aplicada, mas como filosofia”. O júri das provas foi constituído por Paulo Serra, presidente da Faculdade de Artes e Letras da UBI, António Fidalgo, professor catedrático da UBI, Maria Augusta Babo, professora associada da Universidade Nova de Lisboa (UNL), Teresa Cruz, professora associada da UNL, Anabela Gradim e Francisco Paiva, professores auxiliares da UBI. K

Aveiro descobre

Novo insecto 6 É o maior insecto subterrâneo terrestre da Europa, tem o nome científico de Squamatinia algharbica e foi descoberto nas grutas do Algarve pela investigadora Sofia Reboleira, bióloga da Universidade de Aveiro. O Squamatinia algharbica, recentemente descrito na revista cientifica da especialidade “Zootaxa”, é um novo género e uma nova espécie que vive apenas em grutas do Algarve e que, segundo a bióloga, “desenvolve todo o seu ciclo de vida no meio subterrâneo não sobrevivendo no exterior”. Esta descoberta ocorreu no âmbito do doutoramento da bióloga, orientado por Fernando

Gonçalves, do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, e Pedro Oromí, da Faculdade de Biologia da Universidade de La Laguna, Espanha e com o suporte financeiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia. K

sam pela ciência e educação, internacionalização, forte relação com a sociedade e aposta na qualidade. Durante a discussão no Conselho Geral foram apresentadas ideias para acrescentar ao documento, essencialmente com o intuito de aferir a aplicação das propostas do plano e linhas de actuação. Dois anos de trabalho serviram para fazer um balanço de toda a história da instituição de ensino superior, analisar os seus pontos fortes e fracos e pensar a melhor forma de crescimento e continuidade de afirmação, mas também de utilização dos recursos humanos e

materiais. Aprovado o plano, João Queiroz, diz que é tempo de ouvir a comunidade, acrescentar mais ideias e implementar as linhas mestras do diploma. Carlos Salema, presidente do Conselho Geral, considera que o plano estratégico apresenta-se “como uma interessante ferramenta que diz o caminho para onde a universidade quer ir”. Ou seja, uma série de linhas de acção onde são definidos os objectivos e o que a universidade quer ser e “depois são feitas linhas de acção para aferir como a universidade vai ser o que quer ser”. K Eduardo Alves _

UBI atribui

Honoris Causa a Eanes 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) vai atribuir, a 30 de Abril, o Doutoramento Honoris Causa ao primeiro Presidente da República eleito em Democracia, o General Ramalho Eanes. Com raízes na região da Beira Interior, António Ramalho Eanes destacou-se na defesa do regime democrático ao assumir a liderança das manobras militares de 25 de Novembro de 1975, que estabilizou o regime democrático e acabou com o processo revolucionário. Presidente da República entre 1976 e 1986 promove, também no plano político, a derrota do projecto revolucionário, e actua como o defensor do funcionamento das instituições democráticas e da estabilização das forças armadas, colocando-as como o garante das escolhas legítimas do povo Português, expressas em eleições livres. Como Presidente da Republica, reorienta a posição de Portugal no Mundo, estreitando as relações com os países da NATO, e re-activando, numa nova ordem, as relações do país com os países emergentes das

Homem-Cardoso H

consubstanciada na leitura digital”. A apresentação do projecto esteve a cargo de Adelino Gomes e José Barreiros (organização nacional), Paulo Serra (presidente da Faculdade de Artes e Letras da UBI), e João Canavilhas (professor da UBI e responsável pela organização local do evento). Para Adelino Gomes, jornalista e membro do projecto “encontrar o caminho para a reconversão do jornalismo” é uma das questões principais. Na sessão realizada na UBI foram abordados diversos temas nomeadamente os princípios e valores essenciais que devem ser preservados no next journalism, a participação dos cidadãos nos media, a função social do jornalismo, as novas tecnologias, a credibilidade, a proximidade, entre outros. K

independências das ex-colónias. A UBI decidiu assim atribuir o grau de doutor honoris causa ao General Ramalho Eanes, pelo seu contributo para a democratização do país e para a sua inserção entre

as Nações democráticas e desenvolvidas. O padrinho será o conhecido escritor Eduardo Lourenço, galardoado com o Prémio Fernando Pessoa 2011. K

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Hospital Faz de Conta

Crianças médicas na UBI

6 A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior volta a transformar-se num “hospital dos mais pequenos” entre 23 e 27 de Abril, na quinta edição do “Hospital Faz de Conta”, um evento que tem vindo a conquistar reconhecimento nas escolas do primeiro ciclo da região pela sua vertente pedagógica. Dirigida a crianças com idades compreendidas entre os cinco e os sete anos de idade, que frequentem infantários e escolas do 1º ciclo da região, a iniciativa pretende desmistificar algumas imagens menos positivas que os mais novos possam ter dos serviços hospitalares. O “Hospital Faz de Conta” é um “hospital em que as crianças são os ‘pais’ que levam os seus ‘filhos’, os bonecos, ao hospital”, explicam os responsáveis pelo Núcleo de Estudantes de Medicina (MedUBI). Neste “jogo de faz de conta” as crianças serão recebidas por estudantes dos cursos de Medicina, Ciências Farmacêuticas, Optometria, Psicologia e Ciências Biomédicas, que desempenharão o papel de profissionais da área da saúde “no intuito de investigar a doença do boneco”. As crianças passarão por um circuito pré-determinado que inclui diferentes “áreas hospitalares”, no-

meadamente o consultório médico, sala de tratamentos, sala de imagiologia, bloco operatório, internamento, bem como áreas não hospitalares como a farmácia. Em anos anteriores realizaramse outras edições do “Hospital Faz de Conta” que foram um grande sucesso, “sendo extremamente enriquecedor tanto para crianças como para todos os colaboradores e participantes neste projecto”, atestam os mesmos. A edição deste ano conta com algumas novidades que passam por uma Sala de Imagiologia com uma componente de investigação, “para dar a conhecer aos mais novos como se chegam às grandes conclusões da saúde”.

A ideia original deste projecto nasce com a European Medical Students Association (EMSA), que representa mais de 200 associações de estudantes de escolas de medicina por toda a Europa e desenvolve vários projectos originais, entre os quais o “Teddy Bear Hospital”. Em Portugal, diversas associações e núcleos de estudantes de medicina têm vindo a implementar este projeto na sua comunidade, por conseguinte, “o MedUBI não poderia deixar de responder ao desafio de desenvolver uma atividade semelhante dirigida às crianças do interior do País”. K Eduardo Alves _

mas também para a comunidade em geral. O evento, organizado pelo Núcleo de Estudantes de Ciência Política e Relações Internacionais (NECPRI) da UBI em parceria com as direcções de curso do 1º Ciclo em Ciência Política e Relações Internacionais e 2º Ciclo em Relações Internacionais, tem como objetivos analisar a posição geoeconómica do Brasil e discutir algumas das potencialidades deste país no sistema internacional. A entrada é livre. K

Na UBI

Materiais em análise 6 O Departamento de Informática da Universidade da Beira Interior, em conjunto com o programa ERASMUS, realizou uma palestra sobre novos materiais que trouxe até à UBI o professor polaco Romuald Kotowski, presidente do Department of Applied Informatics, Polish-Japanese Institute of Information Technology, onde proferiu uma palestra sobre os vários tipos de materiais que

podem ser trabalhados e as suas diferenças. Entre eles estavam os materiais tradicionais, os inteligentes, e os meta-materiais. Paul Crocker, coordenador do programa ERASMUS no Departamento de Informática da Universidade da Beira Interior explica que esta palestra “pretende trazer conhecimento na área, e contribuir para se criarem contactos para projetos futuros”. K

Investigação na Covilhã

Melhorar as ementas

Palavra da Ordem

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Globalização em debate 6 O Brasil na Era da Globalização é o título da palestra que Mário Vilalva, embaixador do Brasil em Portugal, profere na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior, a 27 de Abril, a partir das 11 noras, no anfiteatro 7.21. Dada a importância política e económica do Brasil no sistema internacional, a palestra de Mário Vilalva revela-se de grande interesse para os estudantes de Ciência Política e Relações Internacionais,

Construir novas engenhariasa

6 Apostar na formação com qualidade é o futuro dos cursos de Engenharia Civil. Esta é uma das principais conclusões do ciclo de conferências promovidas pelo Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura e Núcleo de Alunos de Engenharia Civil da Universidade da Beira Interior, que decorreu em Março, tendo como objectivos analisar o estado do ensino, das saídas profissionais e da investigação em Portugal, neste domínio. João Lanzinha, vice-presidente da Faculdade de Engenharia e um dos responsáveis pelo curso de Civil, lembra toda a história desta formação, “que passou já por uma forte consolidação, quer ao nível do número de vagas quer na relação com os parceiros”. O Curso de Civil está implementado no contexto nacional. Contudo existe um conjunto de instituições que “cresceram de forma desregulada e que não vão ser sustentáveis, daí que o reordenamento da rede e o repensar das vagas a nível nacional sejam temas sobre os quais se deveria debater”. O curso de Engenharia Civil da UBI, um dos mais antigos e emble-

Embaixador do Brasil na UBI

6 A Universidade da Beira Interior (UBI) está a analisar as ementas de escolas secundárias da região para as tornar mais saudáveis e mudar os hábitos alimentares dos alunos. A medida é uma das primeiras no plano de acção da ‘Rede de Alimentação Saudável na UBI e nas Escolas’ e envolve dois mil alunos de duas escolas secundárias da Covilhã e da Escola Profissional do Fundão.

O objectivo é que a rede possa crescer, além de abranger toda a comunidade académica da UBI, com cerca de oito mil pessoas e cujos refeitórios e bares beneficiam já de mudanças efectuadas no âmbito do projecto. Até Junho, os resultados serão debatidos com professores e cozinheiros dos estabelecimentos de ensino e serão definidas as fichas técnicas a seguir na elaboração das refeições. K

Eduardo Oliveira é máticos da instituição, “está hoje plenamente reconhecido por todos”. Tal acaba por resultar “de um trabalho contínuo onde a aposta na qualidade e na exigência se têm revelado como fatores essenciais para alcançar este mesmo reconhecimento. A título de exemplo vejase o caso dos alunos que temos entre nós num momento em que, na área, tanto se fala em internacionalização. Há muito que temos aqui alunos vindos dos mais diversos pontos do mundo, como Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique e Ucrânia, entre outros. Quanto aos

engenheiros que conseguem aqui a sua formação, estão espalhados por todo o mundo, desde Inglaterra a Angola, passando por Argélia e Brasil, entre outros”. Quem parece seguir neste sentido é Carlos Matias Ramos, bastonário da Ordem dos Engenheiros, que sublinhou o papel relevante que a academia tem desenvolvido para promover um dos melhores cursos de Engenharia Civil do País. A aposta na qualidade “é a solução para alguns males do ensino”, referiu. K Eduardo Alves _

Doutor por currículo 6 O investigador Eduardo Pires de Oliveira, da Biblioteca Pública de Braga/Universidade do Minho, é o primeiro doutorado em História da Arte por currículo relevante em Portugal, ou seja, sem licenciatura prévia. O historiador defendeu na Universidade do Porto uma tese sobre o artista André Soares e o rococó do Minho (1720-69), que considera “o expoente do rococó nacional” e que “merece visibilidade mundial”, afirmando assim o turismo

cultural e a arte portuguesa no mundo. Eduardo Pires de Oliveira já escreveu mais de 150 livros e artigos científicos sobre património. Esteve nas origens da Universidade do Minho, integrado na Unidade de Arqueologia, passando desde 1994 para a Biblioteca Pública de Braga. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian cinco vezes, deu aulas e interveio em eventos em vários países. K


Universidade Portucalense

Minho na revolução das espécies T O Consórcio para o Código de Barras da Vida, o maior projeto de biodiversidade de sempre, com mais de 200 instituições de 50 países e está a criar um sistema revolucionário de identificação de espécies celulares com base no exame de uma pequena porção do DNA dos organismos. O seu principal programa é o International Barcode of Life, no qual Portugal é representado pela Universidade do Minho. As metas são criar a biblioteca mundial de códigos de barras de DNA das espécies, agilizando o conhecimento taxonómico dos organismos e, desse modo, auxiliando o controlo da autenticidade de alimentos, a deteção facilitada de pragas agrícolas, o controlo rápido de produtos na chegada às alfândegas, a bioprospecção e a conservação e monitorização da biodiversidade. “Conhecemos dois milhões de espécies, mas estima-se que haja cinco vezes mais; há um trabalho titânico por fazer”, diz o professor Filipe Costa, do Departamento de Biologia da Escola de Ciências da Universidade do Minho. K

Pneus novos são bons T Quase metade dos restos de pneus (“crocodilos”) nas autoestradas portuguesas provém de pneus novos, refere um estudo recente do Departamento de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho e da Associação Nacional dos Industriais de Recauchutagem de Pneus (ANIRP). O trabalho realça que as principais causas de falha de um pneu são a manutenção deficiente do utilizador, bem como o impacto e a pressão desadequada dos pneus, não sendo estas imputáveis a métodos de fabrico, quer em novos quer em recauchutados. A investigação teve apoio da Valorpneu e a colaboração da Aenor, Auto-Estradas do Atlântico, Brisa, Scutvias e Galpgest. K

Repositório do Minho com 5000 downloads T O Repositório da Universidade do Minho já registou mais de seis

milhões de downloads desde 2006. A partir dos dados contabilizados em 2011 é possível concluir que os acessos de utilizadores dos mais de 200 países conferem ao RepositóriUM uma média de 5000 downloads por dia. As estatísticas revelam que cerca de 47 por cento dos seus acessos são de origem portuguesa e apenas 3 por cento a partir da Universidade do Minho. Este indicador revela que metade dos acessos são feitos fora do país. Dos números, infere-se também que o repositório é uma ferramenta importante para utilizadores do Brasil, que representam 22 por cento dos downloads dos últimos anos, seguindo-se dos EUA (7 por cento), de outros países da União Europeia (6 por cento), da Índia e da China (ambos com 2 por cento). K

Prémio Lighter para Óbidos T O Projeto Lighter, Integrated, Friendly and Eco-Efficient Aircraft Cabin (Life) com design da Almadesign, empresa do Parque Tecnológico de Óbidos, venceu o prémio internacional Crystal Cabin Award, na categoria “Visionary Concepts”. O Crystal Cabin Award é o único prémio internacional para a excelência em inovação de interiores aeronáuticos, considerado o óscar dos Interiores Aeronáuticos e é dinamizado pelo Senado da Cidade de Hamburgo, contando com um extenso júri de representantes de grandes construtores, engenheiros especialistas, académicos e jornalistas de renome mundial no setor aeronáutico. K

Técnico cria jogo de negócios T O Instituto Superior Técnico já testou o jogo INNOV8 da IBM numa aula da disciplina Organização e Gestão da Função Informática, para ensinar processos de negócio aos alunos finalistas do Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores. A experiência surge da iniciativa do grupo de investigação em Interfaces Multimodais Inteligentes do INESC-ID, especialista em jogos sérios para educação. Caso a experiência seja um sucesso, no próximo ano letivo pretende-se alargar a utilização de jogos sérios para mais aulas e outras disciplinas”. K

Curso de Cinema avança 6 A Universidade Portucalense, através da Cátedra Manoel de Oliveira, vai arrancar, já este mês, com a primeira edição de um curso na área da História e Estética do Cinema, que terá como principal tema de reflexão a relação da 7ª arte com as cidades contemporâneas. Designada Histórias urbanas: o cinema e a cidade, a formação terá como principal objetivo proporcionar a aquisição de conhecimentos sobre conceitos essenciais da linguagem cinematográfica. “Queremos sensibilizar os estudantes para a compreensão e utilização crítica de conceitos-chave da linguagem cinematográfica e iniciá-

los no trabalho de programação e análise fílmica, tendo como pano de fundo uma análise aprofundada sobre o papel do cinema no mundo atual, sobretudo na sua relação com as cidades, a sua organização política, social e económica, as suas práticas culturais e artísticas, as suas alegrias e os seus dramas”, explica o coordenador da formação, Abílio Hernandez. O mesmo responsável considera que, dada a temática abrangente e a transversalidade que caracteriza o domínio dos estudos fílmicos e das artes, o curso destina-se a públicos diversos. “Os conteúdos programáticos se-

rão particularmente interessantes para agentes culturais, em especial das áreas do jornalismo, da comunicação e das artes, mas também para um público mais vasto, que partilhe o interesse na atualização de conhecimentos e na valorização pessoal”, acrescenta. Recorde-se que, para a UPT, o lançamento desta formação representa a materialização da aposta na fileira da cultura e criatividade, iniciada em Novembro do último ano com a criação da Cátedra Manoel de Oliveira de Cultura e Criatividade, aquando da atribuição do doutoramento Honoris Causa ao centenário realizador português. K

Universidade Técnica de Lisboa

500 alunos de visita

6 Mais de 500 alunos do ensino secundário participaram na 2ª edição dos Caminhos da Ciência, Tecnologia e Sociedade, promovida pela Universidade Técnica de Lisboa (UTL), em Março. A iniciativa, que decorreu nas 7 escolas da instituição, teve como objectivo colocar os jovens pré-universitários em contacto com a Ciência e Tecnologia que se desenvolve e aplica na Universidade, ajudando-os a escolherem o seu percurso profissional. Os alunos da área da grande Lisboa estiveram nas escolas da UTL em contactos com professores e investigadores das escolas da instituição tiveram a oportunidade de conhecer e experimentar a ciência que se desenvolve na universidade, explorando aquela que consideram ser a sua vocação académica e profissional de futuro.

O programa foi composto por 7 Caminhos, orientados por alguns dos melhores investigadores e docentes da instituição, que guiaram os alunos pelas 7 escolas da UTL – Faculdade de Medicina Veterinária, Faculdade

de Arquitectura, Instituto Superior de Agronomia, Instituto Superior de Economia e Gestão, Faculdade de Motricidade Humana, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e Instituto Superior Técnico. K

Ganhar só um dólar é vaidade

Loureiro premiado no Minho

6 Gilberto Loureiro, professor da Escola de Economia e Gestão (EEG) da Universidade do Minho, acaba de concluir uma investigação cujos resultados mostram que a política remuneratória de alguns grandes gestores, que auferem um salário de apenas um dólar, surge mais como uma forma de promoção pessoal. Neste caso estão diretores executivos de grandes empresas americanas que ganham um salário mensal de 1 dólar… Esta situação é partilhada por Roger Enrico, ex-presidente da PepsiCo, William Ford Jr., presidente da Ford, e Kosta Kartsotis, presidente da Fossil, entre outros.

Em Portugal, o método não se aplica porque ainda não existem líderes “comparáveis a estes”. Mes-

mo assim, aquela não seria a solução adequada para aumentar a eficiência e a competitividade das empresas portuguesas, garante o especialista, distinguido com o Prémio de Investigação da EEG 2012. O objetivo do estudo era perceber o que motivaria alguns destes líderes a adotarem uma política semelhante. Das três hipóteses delineadas, a mais recorrente é a “estratégia de camuflagem”. Nesta situacção, os diretores usam o salário de 1 dólar como promoção pessoal: “Os responsáveis adotam estes esquemas remuneratórios para esconder outras formas de rendimentos menos visíveis e baseadas em ações”, explica o professor. K

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Investigação

Estetoscópio ganha nova vida

6 Com já quase 200 anos de idade, o velhinho estetoscópio clínico, talvez o mais reconhecido ícone da medicina, pode estar prestes a ganhar nova vida com o projeto em desenvolvimento na Universidade de Aveiro, com o patrocínio da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Trata-se de aplicar instrumentação eletrónica e técnicas de processamento de sinal para obter um método de auscultação de sons respiratórios assistido por computador, com o objetivo de minimizar a subjetividade da auscultação convencional. Um microfone inserido num estetoscópio aparentemente normal permite ligá-lo, através de uma placa de som, ao computador pessoal do clínico. Assim, enquanto ausculta pode também gravar os sons pulmonares. O projeto está a desenvolver um software específico para estes sons serem processados e interpretados automaticamente, proporcionando ao profissional de saúde dados claros e objetivos relativos à avaliação pulmonar dos doentes.

“O projeto, ainda em curso, procurará, através da análise dos sons pulmonares, excluir ou identificar uma infeção respiratória e o seu tipo”, diz a investigadora Alda Marques, responsável pelo projeto. O ponto fulcral desta inovação reside no software em desenvolvimento pelas investigadoras Alda Marques e Ana Luísa Oliveira, da Escola Superior de Saúde, e pelo investigador Guilherme Campos, do Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro. Com este novo instrumento,

que se prevê que esteja concretizado em 2013, a dificuldade causada pelas diferentes interpretações dadas por diferentes profissionais de saúde à auscultação do mesmo doente – devidas às diferentes capacidades auditivas individuais, variadas formações de base e até às propriedades acústicas dos vários modelos de estetoscópio – poderá ser ultrapassada, facilitando a exata identificação do seu estado de saúde. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Empregabilidade

Portucalense forma empresários 6 A Universidade Portucalense (UPT) acaba de iniciar a segunda edição de um MBA especificamente direccionado para os gestores das PME do distrito da Guarda, com o objectivo de actualizar os conhecimentos e reforçar as competências dos empresários daquela região na área da Gestão. Atenta ao facto de aquele distrito registar uma grande concentração de PME, a UPT pretende assegurar aos empresários da região uma preparação sólida e actual, adaptada à realidade e aos desafios que o

tecido empresarial local representa. “Dada a grande receptividade e reconhecida utilidade da 1ª edição, voltamos a apostar numa forte componente prática orientada para quem já está inserido no mercado de trabalho, através de um enfoque constante nos casos particulares que representam a realidade e o dia-a-dia das PME da região”, afirma Cláudia Carvalho, coordenadora do MBA. Contudo, acrescenta a mesma responsável, esta formação não está limitada aos gestores de PME,

assumindo-se mesmo como uma ferramenta de elevado potencial para todos aqueles que procuram iniciar o desempenho de uma actividade empresarial. “O curso está também vocacionado para todos os profissionais com a mais diversa formação, que possuam espírito empreendedor e queiram alargar a sua rede de contactos, bem como desenvolver o seu espírito crítico, garantindo-lhes assim, pelo aumento de competências, uma maior empregabilidade”, afirma Cláudia Carvalho. K

Estágios no estrangeiro

Minho lidera Inov Contacto 6 A Universidade do Minho é a instituição de ensino superior nacional com mais estagiários selecionados para o programa Inov Contacto, gerido pela AICEP Portugal Global. Dos 250 jovens diplomados escolhidos, 32 são provenientes dos vários cursos da universidade e vão ser integrados em 200 entidades de 51 países. O objetivo é proporcionar aos participantes uma experiência profissional no exterior, bem como disponibilizar ferramentas úteis para futuros empregos internacionais.

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Metade dos recém-licenciados são convidados a ficar na empresa no final do estágio de seis meses. Este ano inscreveram-se quase cinco mil jovens, mais do dobro da última edição. O crescimento do desemprego

nos jovens licenciados, que atinge já perto de 35 por cento, e a consciência de que uma experiência internacional é cada vez mais importante no currículo são duas das razões que explicam esta adesão. K

Semana de Engenharia no Algarve T Aproximar os alunos da Universidade do Algarve da realidade empresarial foi o objectivo da Best Engineering Week (BEW), organizada pela Best Faro Algarve e que decorreu, de 27 a 30 de Março, no Campus da Penha. Os participantes puderam assistir a palestras de empreendedorismo, workshops de planeamento de carreira, competições de engenharia e desafios teóricos. Vocacionado para as áreas de tecnologia, o evento pretendeu por à prova os conhecimentos dos estudantes e a interacção entre Empresas e Universidade. Um dos desafios da BEW foi uma Competição de Engenharia, cujos vencedores terão acesso direto à eliminatória nacional. Daqui serão, posteriormente, apurados os representantes portugueses que participarão na prova a nível europeu. K

Ciências Biomédicas em jornadas T As III Jornadas Nacionais de Ciências Biomédicas realizaram-se no Grande Auditório da Universidade do Algarve, no Campus de Gambelas, de 15 a 17 de Março. Organizado pelo Núcleo de Estudantes Publicidade

de Ciências Biomédicas, o evento contou com a participação de cerca de 300 participantes vindos de várias universidades portuguesas e de palestrantes reconhecidos a nível internacional. No último dia, o programa incluiu ainda um Peddy Paper na Cidade Velha, em Faro, visitas ao Museu e à Sé de Faro e um passeio de barco na Ria Formosa. K

IV Encontro de Saúde T O IV Encontro de Saúde - Na Vanguarda da Ciência decorreu em Março, no auditório da Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve. O evento foi realizado por uma comissão de alunos, com o apoio de alguns docentes, que constituíram a comissão científica. Teve como objectivo primordial dar a conhecer a todos a importância de se estar atento aos novos conhecimentos científicos. A comissão organizadora considera que “o IV Encontro de Saúde foi um enorme sucesso, já que os alunos participaram em massa, tendo esgotado rapidamente as inscrições. Mostraram ainda que estão dispostos a investir na sua formação, a fazer a diferença no mercado de trabalho e, sem dúvida alguma, a estar sempre na Vanguarda da Ciência”. K


Administração de Publicidade e Marketing

Portalegre aprovado

IPT

Tomar debate gestão 6 O Politécnico de Tomar organizou a VII Semana da Gestão de 17 a 19 de Abril, sob a temática Caminhos para o Futuro. Promovida pela Escola Superior de Gestão de Tomar, a iniciativa decorreu no Auditório Doutor José Bayolo Pacheco de Amorim, no campus do IPT. A iniciativa contou com es-

pecialistas de renome em termos nacionais e internacionais. O último dia foi dedicado aos antigos alunos, que foram convidados a marcar presença. Decorreu, ainda a entrega dos Diplomas de Mérito aos melhores alunos e a Entrega de Prémios da 8.ª edição do Poliempreende. K

6 O curso de Administração de Publicidade e Marketing da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre acaba de ser acreditado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), pelo prazo máximo (5 anos), o que atesta a qualidade do curso ministrado, a adequação do corpo docente, a implantação do curso e a sua relação com o meio envolvente empresarial e institucional da região. Este é o primeiro curso do Politécnico de Portalegre a obter o reconhecimento da sua qualidade após avaliação daquela Agência. O curso de Administração de Publicidade e Marketing foi um dos primeiros a ser chamado para avaliação, tendo começado pelo processo de autoavaliação em Fevereiro de 2011, seguindose um processo de avaliação externa, em Julho 2011, com a visita de verificação local realizada por um grupo de professores de reconhecido mérito da especialidade científica do curso, oriundos de outras institui-

ções de ensino superior, portuguesas e estrangeiras. Fizeram também parte deste processo de avaliação, por resposta ao convite lançado pelo Politécnico e pela escola, além dos actuais alunos, docentes e pessoal não docente, também representantes internos dos vários órgãos de governo, alunos diplomados, e represen-

tantes de diversas empresas e Instituições empregadoras de diplomados do curso e de relevância regional, como a Caixa Geral de Depósitos, Grupo Nabeiro e Delta Cafés, Câmara Municipal de Portalegre, Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo, Núcleo Empresarial de Portalegre e o Grupo Jorge Isidro. K

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Telemóveis e saúde pública

Protótipo do IPG obteve

Primeiro lugar em Espanha 6 O protótipo do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), que participou na Madrid Ecocity, venceu esta prova internacional destinada aos veículos “Urban Concept” eléctricos, tanto na categoria “Plug in”, como a na classificação geral dos “Urban concept” eléctricos. O Egiurban, assim se denomina o veículo do IPG, fez um consumo de 48,41 km/kWh. De referir que este consumo, tendo como base os preços da energia eléctrica, corresponde a cerca de 30 cêntimos para cada 100 quilómetros. “Se trabalharmos com o horário de vazio da EDP podemos gastar 17 cêntimos para 100 quilómetros”, disse Jorge Gregório um dos responsáveis pela equipa do Egiurban. “Esta marca foi conseguida em condições muito adversas, devido à natureza do próprio circuito com declives muito acentuados, e piso em muito mau estado e curvas muito apertadas no fundo de descidas, às quais se juntaram as condições atmosféricas com muito

períodos de pluviosidade que obrigavam ao encerramento da pista e das sessões de testes”, acrescentou ainda aquele docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG. Perante este cenário, “valeu a experiência de toda a equipa EGITEAM e os testes realizados no IPG que permitiram encontrar a solução para ultrapassar todas estas adversidades e superar muito mais bem equipadas em termos tecnológicos”.

Desenvolvido por professores e alunos, este projecto tem por objectivo conceber e implementar, com tecnologia própria, veículos mais eficientes do ponto de vista ambiental, minimizando o consumo e o grau de poluição. O Egiurban é o mais recente veículo concebido no IPG, com capacidade para operar em ambientes urbanos e registando consumos dez vezes inferiores aos normais. K

Viana do Castelo

Produtos em congresso

6 O I Congresso Internacional de Valorização de Produtos Tradicionais vai decorrer, de 3 a 5 de Maio, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, em Refóios, Ponte de Lima. O certame tem como principal objectivo analisar os diversos contributos de investigadores, técnicos e agentes de desenvolvimento rural que apostaram na valorização e na inovação associada aos produtos tradicionais. 010 /// ABRIL 2012

O Programa de actividades conta com oradores de diversos países, nomeadamente Portugal, Brasil, Reino Unido, Bélgica, Itália, Espanha e Polónia, que partilharão as suas experiências e a forma como a valorização e a inovação destes produtos, bem como a sua associação ao turismo, tem contribuído para o desenvolvimento local.

Ana Paula Vale, docente da Agrária de Viana e Membro da Comissão Organizadora do Congresso, regista ainda que na página oficial do Congresso na web é possível aceder à informação detalhada acerca dos oradores, “nomeadamente o tema e resumo da comunicação a ser apresentada neste evento, bem como a nota biográfica destes profissionais”. K

Estudo em Setúbal 6 A instalação de equipamentos de monotorização contínua em três edifícios do Instituto Politécnico de Setúbal vai permitir que, daqui a três meses, seja possível efectuar uma avaliação detalhada dos níveis de radiação eletromagnética, proveniente das redes de comunicações móveis em diversos locais da instituição. O estudo está a ser desenvolvido numa colaboração entre o Instituto Politécnico de Setúbal e o projeto monIT do Instituto de Telecomunicações. Trata-se de um estudo realizado no âmbito do Projeto monIT – desenvolvido por uma equipa do Instituto de Telecomunicações, pólo de Lisboa – que tem como principal objectivo avaliar os riscos associados à exposição à radiação eletromagnética emitida pelas antenas de sistemas de comunicações móveis. Uma das atividades deste projecto consiste na realização de campanhas de medida dos níveis de radiação eletromagnética em locais públicos junto de antenas de comunicações móveis, que são posteriormente comparadas com os limites de referência aceites internacionalmente. É neste contexto que, Filipe Cardoso, professor da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do Instituto Politécnico de Setúbal, atento à problemática da exposição à radiaPublicidade

ção eletromagnética em comunicações móveis e das suas implicações na saúde pública, promoveu a instalação de equipamento de monitorização contínua em três edifícios deste Instituto, nomeadamente nos Serviços da Presidência, na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro e na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, permitindo desta forma efectuar uma avaliação detalhada dos níveis de radiação em diversos locais do universo desta instituição. Após realização desta campanha de medidas será efetuada uma sessão pública de esclarecimento e apresentação dos resultados a toda a comunidade local e demais interessados. As medidas são geralmente realizadas em ambiente exterior, em espaços com grande concentração de pessoas, como centros comerciais, recintos de espetáculo e aeroportos. É também privilegiada a realização de medidas em locais denominados sensíveis, como escolas e hospitais, sendo habitualmente realizadas medidas em colaboração com os Ministérios da Educação e Saúde, respectivamente. De destacar que, até ao momento, todos os locais analisados estão conforme os limites de segurança, não havendo motivos para preocupação por parte da população. K


Ministério da Economia e POVT dão parecer positivo

Esart avança de vez!

6 A construção da nova Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, no Campus da Talagueira, vai mesmo avançar, depois de no passado dia 13 de abril, o secretário de Estado da Economia ter manifestado ao presidente do Instituto Politécnico o carater de exceção da obra e dos gestores do Programa Operacional de Valorização do Território (POVT) terem dado parecer positivo à sua execução. Carlos Maia mostra-se “esperançado que a obra avance de vez”. Com estas duas decisões fica ultrapassado o obstáculo criado pela resolução do Conselho de Ministros que determina, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) “a rescisão das decisões relativas à aprovação de operações, há mais de seis meses, sem execução física e financeira, e a reavaliação imediata dos programas orientando a sua reprogramação para o crescimento, a competitividade e o emprego”. O presidente do IPCB revela que “depois de apresentarmos todo o processo ao Ministério da Economia, o secretário de Estado entendeu a que a execução da obra está dentro do regime de exceção que a própria resolução do Conselho de Ministros prevê”. Após a reunião que manteve com aquele membro do Governo Carlos Maia ficou a aguardar pelo parecer positivo dos gestora do POVT, que é responsável pelo financiamento dos fundos comunitários. Algo que aconteceu na tarde desse

Carlos Maia garantiu a construção da Obra. (esq.) | Joaquim Morão assegura a componente nacional. (dta.) mesmo dia. “Desta forma estão criadas as condições para que o ministério ou o Conselho de Ministros autorize a construção da Esart”. Carlos Maia recorda que o “concurso público para a execução da obra está a decorrer, estando neste momento inscritos cerca de 40 empresas”. Reconquista apurou que entre eles estão as maiores construtoras do país. Como o Ensino Magazine anunciou, a construção da Escola Superior de Artes Aplicadas (Esart) chegou a estar em risco. Depois da componente

nacional estar garantida pela câmara albicastrense, dos fundos comunitários assegurados e do Ministério da Educação ter dado ordem para o lançamento do concurso público, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução contrária. O problema resumia-se ao facto da construção da Esart ainda não ter qualquer execução física, já que só há cerca de um mês o Ministério da Educação e Ciência deu luz verde para que o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) pudesse lançar a obra a concurso, o que já aconteceu.

Aquela situação obrigou o presidente do IPCB a novas diligências e levou mesmo a deputada socialista Hortense Martins, eleita por Castelo Branco, a questionar os ministérios da Economia e da Educação sobre este assunto. A resposta à deputada socialista indicava que o POVT daria um parecer na passada sexta-feira, o que aconteceu. O caricato de toda esta situação, é que a obra já tinha o seu financiamento assegurado, quer pelos fundos comunitários (através do POVT – e eram esses que agora o Governo

colocava em risco), quer pela componente nacional (através da Câmara de Castelo Branco, que se substituiu ao próprio Governo, garantindo as restantes verbas para a obra). O custo da nova Esart é de cerca de cinco milhões de euros e tem o financiamento comunitário de 70%, sendo o restante pago pela autarquia, o que faz com que o Orçamento de Estado não tenha qualquer custo. Recorde-se que o processo para a construção de instalações definitivas para a Esart data de 2000, estando aprovado pelo Ministério da Educação e Ciência. De referir que a Esart foi criada em 1997 e ocupa instalações provisórias na Escola Superior Agrária de Castelo Branco, tendo neste momento 744 alunos em sete cursos de licenciatura e cinco de mestrado. Para Carlos Maia, “a construção da escola será uma obra emblemática para a cidade e para a região. O novo bloco pedagógico vai garantir melhores condições de ensino e mais prestação de serviços à comunidade a uma escola que apesar da sua idade tem um grande prestígio a nível nacional e internacional e que tem ganho diversos prémios não só em Portugal como no estrangeiro”, disse. A própria Assembleia Municipal de Castelo Branco aprovou por unanimidade o protocolo entre a autarquia e o Instituto Politécnico, no sentido de ser a Câmara a assumir a componente nacional da obra. K

IPCB

Robô vence festival nacional

6 O robô da Beira Interior (ROBI), desenvolvido por alunos e docentes do Instituto Politécnico de Castelo Branco, venceu o Festival Nacional de Robótica. O ROBI venceu a prova de condução autónoma Rookie, durante o evento que decorreu em Guimarães de 12 a 15 de abril. O robô foi construído no âmbito do Curso de Especialização Tecnológica em Automação e Manutenção Industrial,

que é ministrado pela Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco. Para além daquela vitória, a equipa albicastrense obteve a quarta posição na prova de condução autónoma Challenge. As duas equipas do IPCB que participaram no Festival Nacional de Robótica são formadas pelos docentes Paulo Gonçalves, Pedro Torres e José Sequeira e pelos alunos Paulo Lopes, Luís Espírito Santo e Dinis Brás. K

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Castelo Branco

Na ESG

IPCB prepara maiores de 23 6 O Politécnico de Castelo Branco realiza, entre 16 de Abril e 15 de Junho de 2012, Cursos Preparatórios de Acesso ao Ensino Superior, destinados aos cidadãos maiores de 23 anos que estejam interessados em candidatar-se aos cursos de licenciatura do IPCB. O presidente do Instituto, Carlos Maia, justifica esta formação com o objectivo de “preparar os candidatos para as provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência dos cursos superiores e serão leccionados exclusivamente pelos docentes da Instituição”. Aquele responsável adianta que “os alunos que obtenham aproveitamento no Curso Preparatório de Acesso ao Ensino Superior ficam dispensados, caso o requeiram, de realizar a prova escrita de conhecimentos, uma das três que integra o conjunto das provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do ensino superior, para além da entrevista e da apreciação escolar e profissional”. O plano de estudos destes cursos é composto por dois módulos: um de Formação Geral e outro de Formação Específica, que de-

pende do curso a que o aluno se quer candidatar, e as matérias incidirão sobre os temas a abordar nas provas. O IPCB pretende, com esta iniciativa, reforçar a promoção de uma política de igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior, ao oferecer cursos orientados para públicos não tradicionais, com percursos académicos diferentes do habitual, e que tem vindo a aumentar grandemente nos últimos anos. Em 2005 o número de adultos

inscritos pela 1ª vez no ensino superior foi de 900 enquanto em 2009 esse número foi de dez mil. Os cursos funcionarão na Escola Superior de Educação entre 16 de Abril e 15 de Junho de 2012, devendo os interessados proceder à inscrição nos Serviços Centrais e da Presidência. De referir que as candidaturas para o concurso Maiores de 23 já se encontram abertas nas escolas do IPCB. K

Politécnico forma para exames na OTOC 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), através da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova, realiza entre os dias 27 de Abril e 26 de Maio, um Curso Breve de Preparação para o Exame de Admissão à Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC). O curso visa actualizar os conhecimentos dos formandos adquiridos ao longo do seu percurso académico e profissional, nas áreas da Contabilidade e Relato Financeiro, da Contabilidade Analítica e de Gestão, da Fiscalidade e da Ética e Deontologia. A formação destina-se a licenciados em áreas elegíveis para a admissão à profissão pela OTOC, alunos em fase de conclusão do respectivo curso e outros profissionais interessados em actualizar conhecimentos. K

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Castelo Branco

Edutopia faz curso de Internet 6 A Edutopia realiza, de 8 a 23 de Maio, um curso de Internet Sénior. A iniciativa tem as inscrições abertas até ao próximo dia 4 de Maio na RVJ - Editores, através do telefone 272324645. O curso tem a duração de 16 horas e decorrerá nas instalações da Associação Nacional de Professores, em Castelo Branco. Neste curso haverá duas classes: a inicial, para quem nunca teve contacto com um computador; e a avançada para quem já tem alguns conhecimentos. João Ruivo, director da Edutopia, destaca a importância desta formação: “há uma geração que se sente menorizada porque não teve oportunidade de aprender a lidar com os computadores e as novas tecnologias da comunicação”. No entender daquele responsável, nunca é tarde para se iniciar essa aprendizagem. “Primeiro porque é fácil, depois porque o computador é hoje o mais poderoso instrumento de comunicação. Facilita a vida e põe-nos em contacto com o mundo, com os amigos e com

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a família, sem sair de casa e sem qualquer custo adicional. Mesmo quem já tem algum conhecimento nunca é demais o que acrescenta ao seu saber, porque o que juntamos ao nosso conhecimento é o maior tesouro que podemos amealhar”. João Ruivo explica que com este curso estáse “a ajudar a formar uma fasquia da população que, nos últimos anos, e devido a uma acelerada evolução das tecnologias, se sente permanentemente desactualizada. Trata-se de pessoas que, apesar de serem escolarizadas, sofrem com a sua iliteracia em relação às novas tecnologias. Vivem rodeadas de aparelhos e de jovens, filhos, netos ou alunos, que têm computadores, que vão à internet, que recebem e enviam emails, que falam uns com os outros através de vários programas informáticos. Mas os seniores não os dominam e, por isso, sentem-se incapacitados. Com esta formação, pretendemos proporcionar a essa população sénior um contacto amigável com o computador para que não se sinta info-excluída”. K


Comunicação simbólica SPSS em Barcelos T A Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, em Barcelos, está a promover uma série de cursos de curta duração sobre análise de dados com a utilização do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). De 26 de Maio a 23 de Junho, aos sábados, entre as 14 e as 18 horas, decorrerá a primeira edição do Curso de Análise Inferencial Avançado com SPSS, cujo período de inscrições termina no dia 18 de maio. As formações têm como público-alvo os investigadores e estudantes universitários dos vários ciclos de ensino. É, também, dirigido a profissionais das áreas das ciências sociais, da saúde, da informação e das ciências empresariais, entre outras. K

Aprender matemática T O Subgrupo de Matemática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo organiza, de 30 de Abril a 18 de Maio, uma nova edição do curso de Fundamentos da Matemática, não só destinado a alunos daquela unidade de ensino, mas também a todos os que desejam ingressar em cursos do Ensino Superior, e ainda aos candidatos Maiores de 23 Anos, necessitando para tal, aprender temas basilares nunca anteriormente abordados ou reavivar outros já há muito trabalhados. O programa desta nova edição contempla a resolução de equações e de inequações, a geometria no plano e no espaço, o estudo de funções, sucessões, trigonometria, probabilidades e estatística, entre outros conteúdos essenciais. O horário de funcionamento será pós-laboral, com um total de 32 horas de formação. K

Viana na Eslovénia T O Instituto Politécnico de Viana do Castelo está a lançar a oportunidade a todos os seus alunos de turismo para participarem na Universidade de Verão, a decorrer em Portoroz, na Eslovénia, entre 22 de Julho e 3 de Agosto. Segundo Rafael Machado, docente responsável por esta iniciativa, “a acção é organizada pela Faculdade de Estudos Turísticos da Universidade de Primorska, sendo que o curso terá como tema de trabalho Turismo Voluntário, seguindo o tema de 2012 - ano europeu do voluntariado”. Esta atividade conta com a comparticipação de 75 por cen-

to em termos de financiamento pela União Europeia. Entre as diversas sessões de trabalho programadas, “incluem-se quatro workshops, onde os participantes irão trabalhar sobre Turismo Voluntário e realizar visitas a Itália e à Croácia” informa Carlos Fernandes, Coordenador do Curso de Turismo do Politécnico de Viana. K

Viana ganha no desporto T Após a conquista do lugar de vice-campeã na prova de Corta Mato do Campeonato Nacional Universitário, que decorreu em Braga, a aluna Bárbara Ferreira, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, foi agora apurada e convocada para integrar a selecção nacional universitária para o Mundial de Corta Mato. A jovem, de apenas 21 anos, frequenta a Licenciatura em Educação Básica da Escola Superior de Educação. K

debate em Torres Novas T A Escola Superior de Educação de Torres Novas organiza, a 10 de Maio, a conferência denominada Por detrás da coisa – Para além dos comportamentos: os fundamentos, que será ministrada por Adelino de Jesus Antunes, mestre em Sociologia do Crime e da Violência, doutor em Sociologia e investigador da Cesnova. A iniciativa decorre no Anfiteatro da Escola Superior de Educação de Torres Novas, a partir das 21 horas. A entrada é livre, porém com inscrição obrigatória (espaço limitado a 140 lugares). K

Tunas em Santarém

Leiria em actividade 6 O Instituto Politécnico de Leiria e a Direção Regional de Educação do Centro apresentaram, a 2 de abril, na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, um projeto de divulgação da Comunicação Aumentativa, um tipo de linguagem simbólica que é utilizada por pessoas impossibilitadas de usar a fala como meio preferencial para comunicar, como pessoas com paralisia cerebral, autismo ou com multideficiência. No dia em que se assinalou o Dia Mundial para a Consciencialização do Autismo, e a par da apresentação formal do projeto, e lançamento de uma brochura informativa, foram desenvolvidas várias acções pró-inclusão no LeiriaShopping, como a animação de um espaço de actividades voltado para a participação dos visitantes do centro comercial e promoção da Comunicação Aumentativa, com atividades com símbolos. Ainda no sentido de promover

uma convivência alargada dos visitantes com este tipo de comunicação, serão distribuídos flyers com uma lista de compras traduzida para linguagem simbólica. A brochura Comunicação Aumentativa, única a nível nacional, visa dar a conhecer às escolas, instituições, associações e público em geral este tipo de linguagem usada por pessoas que assim expressam a sua capacidade e necessidade de comunicação, idênticas às das pessoas que usam a fala.

Este é um projecto coordenado pelo Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Politécnico de Leiria e pela sua coordenadora, Célia Sousa, especialista nesta área. O CRID, dotado de recursos tecnológicos e dinamizado por técnicos qualificados, procura promover a habilitação e certificação de cidadãos com necessidades especiais na sociedade de informação, perspetivando-se o alargamento desta intervenção ao seio familiar destes destinatários. K

Dias abertos

1700 alunos no IPV 6 A grande aventura começou a 11 de Abril e prolongou-se pelos dias 12 e 13, quando o Politécnico de Viseu recebeu mais de 1.700 visitantes provenientes de 29 Escolas Secundárias, Profissionais e Básicas dos distritos de Coimbra, Guarda e Viseu. Dias em cheio no Politécnico de Viseu, com um programa que incluiu a recepção nos Serviços Centrais do Instituto, a distribuição de material divulgativo da Instituição elaborado para o evento e um kit lanche, a actuação da Tunadão, a apresentação do programa por parte dos Guias (alunos do IPV), as visitas guiadas à Aula Magna e a todas as instalações do instituto, des-

de a área de acção social, à de investigação e às salas de aula. Ainda neste espírito de abertura à comunidade, e indo ao encontro da agenda das escolas que nos visitam, o Politécnico

de Viseu recebeu em Março a Escola Profissional Eptoliva e a Escola Secundária de Emídio Navarro. K Joaquim Amaral _

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T A Tuna do Instituto Politécnico de Santarém (Scalabituna) organizou, a 21 de Abril a sétima edução do Festival de Tunas do Instituto Politécnico de Santarém. A iniciativa contou com a presença da Estudantina Universitária de Lisboa, Tuna de Medicina da Universidade de Coimbra, Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico e da Tuna Académica da Universidade do Algarve. K

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Sobrinho Teixeira, presidente do CCISP, apresenta IV Congresso nacional

“Politécnicos são fundamentais para o país” 6 «Os politécnicos desempenham um papel fundamental no desenvolvimento das regiões e do País», salienta Sobrinho Teixeira, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), apresentando assim o IV Congresso nacional do Conselho, que decorre nos próximos dias 26 e 27 de Abril, no Porto, com o alto patrocínio do Presidente da República. «O IV Congresso do CCISP dedicará a sua atenção ao trabalho desenvolvido pelos institutos politécnicos que representa e que, pela sua qualidade, como dinamizador das regiões e pela sua capacidade de internacionalização, têm sido um motor de desenvolvimento e crescimento das regiões onde se localizam e, consequentemente, do País», sublinha o presidente do Conselho Coordenador. Sobrinho Teixeira realça a dimensão do ensino politécnico em Portugal, tendo em conta que «dois em cada cinco estudantes do ensino superior estão nos politécnicos», e a grande integração com as comunidades locais e regionais. «Cada um dos politécnicos é um Publicidade

polo de formação para as pessoas das regiões onde estão inseridos, disponibilizando uma oferta de cursos de caráter mais ou menos profissionalizante, entre licenciaturas, pós-graduações

e mestrados, cursos de especialização tecnológica, entre outros, e contribuindo de forma decisiva para a crescente qualificação dos profissionais e das empresas», explica o presidente do CCISP. O evento receberá dezenas de oradores e participantes ligados ao ensino superior, às empresas, à administração local, entre outros setores, que falarão do contributo destas instituições para o desenvolvimento local e nacional. A Cerimónia de Abertura contará com a presença do secretário de Estado do Ensino Superior, João Filipe Queiró. Com início pelas 11h00, e logo após a Cerimónia de Abertura, o tema em debate será, neste âmbito, o painel sobre a “Articulação com a Comunidade e Desenvolvimento Regional”, a que se seguirá a apresentação de um estudo acerca da “Influência das Instituições de Ensino Superior Politécnico no Desenvolvimento Regional”. O referido estudo, da autoria de Joana Fernandes, docente e investigadora do Politécnico de Bragança, avalia o impacto desta instituição nos municípios de Bragança e Mirandela, estimando, tomando como base os graduados de 2007, o retorno de 61 milhões de euros, 9,7% do PIB destes municípios e 2,7% do PIB da região do Alto Douro e Trás-os-Montes. Ainda neste painel, será apresentada Publicidade

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a comunicação “O Ensino Superior Politécnico como Instrumento de Correção de Assimetrias Regionais”. “O Impacto dos Institutos Superior Politécnicos nas regiões” será tema do debate moderado por Isabel Damasceno, vogal executiva do Programa Regional Operacional do Centro (Mais Centro). A partir das 15h00 o tema em debate será a “Reorganização do Ensino Superior”, com moderação de Carlos Magno, presidente do Conselho regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, e que abordará questões como a racionalidade da oferta no ensino superior, e a reorganização como forma de qualidade e desenvolvimento. As intervenções serão, entre outros, do secretário de Estado do Ensino Superior. No segundo dia do Congresso, os trabalhos têm início pelas 09h30, com o painel “Investigação, Desenvolvimento e Transferência de Conhecimento”, que dará destaque à relação com as empresas com o testemunho de docentes, investigadores, empresários, etc., com tempo ainda para a discussão da questão da “Inovação e Criação de Empresas”, num debate moderado por Francisco Maria Balsemão, e em que participará o secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Nuno Oliveira. A internacionalização será o último tema do Congresso, encerrando assim com uma vertente que é diferenciadora e fundamental na estratégia dos institutos superiores politécnicos. Neste âmbito, estarão em debate a Rede Europeia das Universidades de Ciências Aplicadas, e a Cooperação Internacional, nomeadamente com os países e regiões de expressão portuguesa. Este painel contará com a participação internacional do Instituto Politécnico de Macau, do Conselho das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, do Brasil, e do Instituto Politécnico do Quanza Sul. João Sobrinho Teixeira e Nuno Crato, ministro da Educação, encerrarão os trabalhos do IV Congresso do CCISP, no dia 27, no Porto. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _


Reunida em Assembleia Geral

Pais reprovam aumento do número de alunos em sala de aula 6 A Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP) acaba de reprovar a medida do Governo de aumentar o número de alunos por turma entre o 5.º e o 12.º anos, dos atuais 28 para 30 estudantes. Reunida em Assembleiageral, realizada em Vila Real, no passado dia 15, a Confap aprovou um documento que será remetido ao Presidente da República, ao primeiroministro e ministros da Educação e da Solidariedade e Segurança Social. No final do encontro, o presidente da Confederação, Albino Almeida, disse à Agência Lusa que os pais desaprovam a medida anunciada pelo Governo. Um despacho governamental publicado no Portal das Escolas determina, entre os 5º e 12º anos de escolaridade, o aumento do número máximo de estudantes por turma, dos 28 atuais para os 30 e o número mínimo dos 24 para os 26. O responsável lamentou a forma como a alteração foi anunciada e sem as associações de pais terem sido ouvidas ou envolvidas no processo. Referiu ainda não entender esta imposição às escolas, numa altura em que se fala precisamente de lhes dar mais autonomia. Por princípio, a CONFAP “não associa o número de

alunos por turma ao sucesso escolar”, mas considera que a “organização das turmas nas escolas é o segredo de encontrar vias de qualificação do ensino e da aprendizagem”. “Dificilmente os portugueses entenderão que nas cidades em que temos muitos jovens multiculturais, com dialetos e linguagens diferentes, seja possível garantir sucesso educativo com 30 alunos numa turma”, salientou. A confederação reagiu com preocupação ao facto de nada se ter dito sobre as turmas com alunos com necessidades educativas especiais e que, segundo Albino Almeida, no passado, “levavam à redução de dois alunos por turma e a um máximo de alunos por turma inferior ao valor até agora estabelecido”. Outra preocupação dos pais é a dificuldade de se “encontrar no interior do país 30 alunos para organizar a oferta do ensino recorrente”. “Na prática isto é impedir muitos alunos de estudar à noite”, frisou Albino Almeida. Outra alteração anunciada pelo Governo é a possibilidade dos pais escolherem a escola que os filhos vão frequentar no ensino préescolar e no básico (até ao 9.º ano).

O diploma salvaguarda, contudo, que caso o estabelecimento escolhido não seja na área de residência, as despesas que essa opção possa significar ficam por conta do encarregado de educação ou do aluno, desde que a escola da zona onde reside tenha o percurso formativo desejado.

A CONFAP “lamenta que a liberdade de escolha da escola dependa da capacidade dos pais para pagarem o transporte”. Esta semana, em resposta à oposição sobre a paragem de investimento nas escolas, o ministro Nuno Crato assegurou que as

obras não foram congeladas e que apenas foi decidida a suspensão parcelar de algumas intervenções este ano (26), com retoma em 2013, estando em curso a recalendarização de outras. A confederação congratulou-se por esta retoma anunciada dos trabalhos e

considerou ainda que é necessário que o Governo valorize a oferta educativa de desporto escolar. Criada há 37 anos, a CONFAP conta atualmente com 1895 associações de pais de todo o país. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

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DR H

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Afonso Camões, presidente do Conselho de Administração da Agência Lusa

A Lusa na palavra de Camões 6 Afonso Camões foi eleito para mais um mandato enquanto presidente do Conselho de Administração da Agência Lusa. Com resultados económicos positivos nos últimos anos, a agência de informação mostra-se preparada para o futuro, o qual poderá passar pela sua recomposição acionista. Mas passa também pelos novos serviços que a Lusa já disponibiliza aos seus clientes (e por outros que possam surgir), pela sua internacionalização e pelo desenvolvimento de projectos de expansão assentes na língua portuguesa. Em entrevista ao Ensino Magazine, aquele responsável mostra que caminhos devem ser seguidos pela casa que mais conteúdos informativos produz em Portugal. Foi reeleito para mais um mandato como presidente do Conselho de Administração e administrador delegado da Agência Lusa. Quais as prioridades para este mandato? Duas prioridades: assegurar a sustentabilidade da Agência, e garantir a sua internacionalização. A Lusa, na sua atual configuração, está a completar 25 anos de Serviço Público. Depois de um longo período de défices crónicos, e apesar da conjuntura de crise e das adversidades do mercado, a Agência apresenta resultados positivos há vários anos consecutivos, reduziu fortemente o endividamento, adquiriu e valorizou património, distribuiu dividendos nos dois últimos anos, e fechou o exercício de 2011 com resultados muito positivos. Dir-se-ia, portanto, que não há problemas de sustentabilidade… Mas os riscos existem e podem ser graves. Tal como outros sectores da economia, a indústria da comunicação social portuguesa vive uma crise sem precedentes, com enormes quebras de receitas, sobretudo na publicidade, que terão caído, em geral, mais de 40% nos últimos anos. Ora, os clientes da Lusa são os meios de comunicação. A Agência está a montante desses meios, é um grossista de informação multimédia, que recolhe, produz e distribui diariamente mais de um milhar de conteúdos noticiosos, nacionais e internacionais (são conteúdos em forma de texto, fotografia, áudio, vídeo e infografia). A Lusa é, em especial, um distribuidor que serve prioritariamente muitas centenas de meios de comunicação, em território nacional e na diáspora, junto das comunidades portuguesas, mas também para instituições públicas e privadas e para diferentes plataformas: jornais, revistas, rádios, televisões, sítios na internet e, mais recentemente, também para tablets e telemóveis. Ora, se há problemas de sustentabilidade com os clientes da Lusa – e há, infelizmente – esses problemas re-

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percutem-se na Agência, porque os clientes compram menos e há, também, menos clientes (jornais e rádios que fecharam, por exemplo)... Nos últimos três anos resolvemos a quebra de receitas nos mercados tradicionais criando novos produtos e apostando em novos mercados. E é particularmente nesse caminho que se coloca a segunda das nossas prioridades… cia?

… a internacionalização da Agên-

A internacionalização da Lusa é condição essencial para a sua sustentabilidade, no médio e longo prazos. Vejamos: de entre as diferentes valências da Agência, avulta a sua rede de delegações e correspondentes – em mais de meia centena de localidades em território nacional e, muito em especial, em 25 países nos diferentes continentes – é uma malha capilar, rica pela cobertura de proximidade e em extensão. Se o traço distintivo de uma agência noticiosa está na sua rede, nos casos da Lusa e da grande maioria das suas congéneres europeias, a rede de delegações e correspondentes depende, quase em exclusivo, do financiamento público, através de um contrato de serviços com o Estado. Sem tal financiamento (independentemente da sua dimensão) não haveria rede; e sem rede, a Lusa deixaria de ser atrativa para o mercado dos media. (Estudos recentes revelam que mais de 70 por cento

do noticiário de “País” ou “Internacional” publicado nos media tem origem nas agências). Acresce que, quanto mais se acentua a crise dos media nacionais, com o generalizado e progressivo corte de custos nas redações, maior a sua dependência relativamente ao noticiário das agências. Daí, que a Rede-Lusa e o Contrato de Serviço Público sejam, pois, os pilares estruturantes da Agência. Com o mercado nacional em queda, e com o Estado a querer reduzir o financiamento, eu tenho vindo a defender que ou crescemos na internacionalização ou definhamos. No caso da Lusa, o nosso mercado natural é o da Língua, é o mercado que corresponde à geografia da Língua Portuguesa – e esse é um mercado global, em cinco continentes, de Macau e Timor a Moçambique e Angola,… e, claro, ao Brasil. É para aí que temos de orientar o nosso esforço comercial, tirando partido da nossa rede de delegações e correspondentes em 25 países do Mundo. A Lusa é, de facto, a única agência global em Língua Portuguesa. E, não por acaso, temos aumentado as nossas vendas para o Oriente e, agora também, para África, um espaço que durante anos significou apenas custos no orçamento da cooperação. Referiu que a Lusa se deve assumir como um instrumento global de comunicação. O que isso significa? Significa que o facto de sermos pobres não nos obriga pensar pe-

quenino. A nossa Língua é uma das cinco mais faladas no mundo, à frente do francês e do alemão, por exemplo. Ora, quando falo na ambição de criarmos um instrumento global de comunicação – como outros têm a BBC ou a Al Jazeera, por exemplo – não estou a efabular uma megalomania; o que defendo é que podemos crescer em parceria, juntamente com outros parceiros na geografia da Língua Portuguesa. Operar com sucesso nos mercados da lusofonia só é possível (e é também desejável) se o fizermos com bases autonomizadas ou em parceria com meios ou agências desses países. Defendo que devemos apostar juntos na expansão da Língua. E acredito que, com os parceiros certos, podemos projetar as bases de uma agência global multimédia, ancorada na Língua Portuguesa. Essa globalização passa também pela procura de novos mercados? Claramente! Essa parceria-pátria, uma agência global multimédia, ancorada na Língua Portuguesa, deve orientar-se prioritariamente para a procura de novos mercados e a emitir noutras línguas, especialmente as dominantes no mercado global – o inglês e o castelhano - mas, então sim, num esforço partilhado e não cada um por si, como acontece ainda agora, quando cada uma das nossas agências lusófonas paga sozinha as edições/traduções noutras

línguas. O exemplo da Al Jazeera é paradigmático: a língua âncora da estação é o árabe, mas o que torna aquela rede famosa e lhe dá projeção mundial é a sua emissão em inglês. Não é por acaso que a China está entre os bons clientes da Lusa. E compram-nos o serviço em português… É que a Agência Nova China emite em quase duas dezenas de línguas, a CCTV (estação central de TV) e a Rádio China Internacional já têm emissões em português, e aquele pequenino território que é Macau, no sul da China, adotou o português como uma das suas línguas oficiais, e sobrevivem ali, ainda, três jornais, para além das emissões de TV e de rádio (da TDM) em Língua Portuguesa. Ancorada na Língua Portuguesa, a agência global multimédia que defendo deveria emitir em inglês, claro, mas também em castelhano, por razões óbvias de vizinhança – nossas e também do Brasil, em virtude da projeção dos seus interesses no espaço geográfico do Mercosul. Recentemente anunciou cinco novos serviços. Que tipo de serviços são esses e para quando a sua entrada em funcionamento? Já estão operacionais!, ainda que o grande público não se aperceba, porque os nossos clientes não são o consumidor direto, mas sim os retalhistas da comunicação. Para além das aplicações disponíveis para servir smarphones e tablets, ;


cima da mesa, esta pode bem ser a oportunidade de garantirmos “o dois em um”, ou seja, abrirmos a empresa a capitais privados que nos ajudem a consolidar o passo da internacionalização. E, nesta perspetiva, o ideal seria, também neste caso, encontrarmos esses acionistas-parceiros na geografia da Língua Portuguesa. Essa é, porém, uma decisão que compete exclusivamente aos acionistas. Aos administradores cabe, em particular, interpretar o sentido do interesse da empresa e dos seus acionistas, e trilhar esse caminho…

são cinco novos serviços: a Televisão Corporativa, um Serviço de Infografia, o Serviço Última Hora, o LusaTV Regional, e o Lusa Rádio. No caso da Televisão Corporativa, trata-se de um serviço noticioso de TV, digamos de linha branca, apto a adotar a marca do cliente, destinado a grandes espaços públicos, como sejam estações de metro, hospitais, centros comerciais, transportes públicos, universidades, etc, com a enorme vantagem de serem emissões em tempo real, com toda a atualidade, 24 horas/dia, 365 dias por ano e com as marcas de rigor e fiabilidade da Lusa. O serviço Última Hora inclui, como o nome indica, as notícias mais importantes e urgentes. É um serviço de tráfego variável, em função da atualidade, e destina-se a publicações on-line, a quadros e/ou gabinetes de comunicação de empresas e instituições. Os clientes recebem este serviço na plataforma que acharem mais conveniente, seja no telemóvel ou por correio eletrónico… O LusaTV Regional destina-se aos serviços noticiosos de TV de fim de semana. Para além das cerca de 40 peças vídeo que já distribui diariamente a sites e aos operadores de televisão, a Lusa passou a disponibilizar semanalmente features a partir da sua rede regional, com estórias, vozes e casos do país profundo. Este novo serviço, com qualidade técnica broadcast e HD, e com a marca e o rigor do jornalismo da Lusa, garante a produção de peças televisivas com temas e tendências que aproximam os espetadores da realidade das regiões. O Lusa Rádio é um serviço de noticiários radiofónicos (completos e “chave-na-mão”, com a duração de 3 a 5 minutos), destinado a rádios locais e regionais, e também às rádios portuguesas espalhadas pelo mundo, com distribuição diária entre as 17h30 e as 17h45. Preside a uma Agência de informação que o Governo já disse querer privatizar. Essa privatização pode colocar em causa o serviço público? A Lusa já é, há muito, uma empresa de capitais mistos. O atual quadro acionista da Lusa conforma e acomoda duas fortes componentes de interesses nem sempre concordantes: uma institucional, por via do Contrato de Serviço Púbico e porque o Estado é maior acionista (50,14%); e outra empresarial, porque a Agência é uma empresa e porque os acionistas privados anseiam legitimamente por resultados e acesso ao dividendo. O histórico da Agência demonstra que esta parceria empresarial tem resultados e é positiva. Acontece, porém, que pela primeira vez na história da Agência alguns acionistas (em particular o Estado, vidé o programa do Governo) admitem alienar, em parte ou no todo, as suas participações de capital na empresa. Está pois colocada a hipótese de uma recomposição acionista. Este é um cenário que a Administração da Lusa deve encarar como provável, sem preconceitos nem tabus, procurando sempre interpretar o sentido do superior interesse da empresa. Ora, se for salvaguardada a existência de um Contrato-Programa de Prestação de Serviços Noticiosos de Interesse Público com o Estado, a estrutura e composição do capital social da Lusa não é determinante para a manutenção e desenvolvimento da atual operação da Agência. O Estado deve ter o papel de agente regulador… Ao Estado compete garantir a prestação de um serviço noticioso atento às comunidades portuguesas, em território nacional e no estrangeiro, bem como à prossecução

Referiu recentemente que hoje as delegações da Lusa são os próprios jornalistas e os meios informáticos com que trabalham. Isto significa o fim das delegações físicas no conceito tradicional?

dos interesses nacionais no mundo, em particular no espaço geográfico da lusofonia. Ao Estado cabe também a função de regulador, e assumir que se concretizam as liberdades, direitos e garantias constitucionais; mas não tem que estar diretamente presente no mercado editorial. Ora, por Estatuto e vocação, a Lusa produz esse serviço público, de forma plural, com eficiência e, sobretudo, com credibilidade. Por outro lado, a Agência tem demons-

trado que, sem pedir esforço financeiro adicional aos seus acionistas, está a requalificar recursos e aumentar a produção multimédia, a distribuir para todas as plataformas e, em especial, está madura para os desafios de um novo modelo de negócio e para crescer: Crescer na geografia e mercados de língua portuguesa, crescer em dinâmica comercial e crescer em capacidade tecnológica. Ao mesmo tempo, e porque a hipótese de uma recomposição acionista está em

CARA DA NOTÍCIA 6 Afonso Camões, 55 anos, diplomado em jornalismo pelo CFPJ, Paris e com pós-graduação em Jornalismo pela UML, acaba de ser eleito para mais um mandato como presidente do Conselho de Administração e Administrador Delegado da Lusa, cargo que exercia desde Março de 2009. Foi ainda administrador não-executivo da Agência desde 2005, em representação da Controlinveste. Do seu currículo destacam-se os cargos de administrador da Controlinveste Media, SGPS, com a responsabilidade editorial de todos os meios do grupo empresarial que detém, entre outros, o Diário de Notícias, a TSF, o Jornal de Notícias, a Sport Tv, o Jornal do Fundão, o Diário de Notícias da Madeira e o Açoriano Oriental - no período compreendido entre Agosto de 2005 e Abril de 2009. É membro do Conselho Geral da Associação Portuguesa de Radiodifusão e foi vice-presidente da Associação portuguesa de Imprensa, entre 2005 e 2009. Enquanto jornalista começou por colaborar no Jornal do Fundão e no Reconquista, e foi fundador da revista “Praxis, da Faculdade de Economia do Porto (1976). Obteve o título profissional de jornalista em O Primeiro de Janeiro (1979) e colaborou depois em O Jornal e no Expresso, de que foi editor, responsável pelo lançamento da Rede Expresso. Para além de colaborações dispersas por revistas como Espaço T Magazine, Mais e Espaço T Portugal (1981/82), foi membro da equipa fundadora do Semanário, chefe da delegação do Porto e Redactor Principal do Semanário. Foi também administrador da Informarte, Informação Regional, SA, fundador e director da Gazeta do Interior e consultor da Sojormedia (Grupo Lena). Em Macau, entre 1991 e 1999, foi Director de Comunicação Social e administrador da Teledifusão de Macau, SA (TDM), integrou o Grupo de Trabalho para a TV por Cabo e foi director da revista Macau. Em Singapura fez o curso de “Crisis Managment”. Distinguido com o Prémio Internacional de Jornalismo-Revelação, atribuído pelo Governo e pela Associação de Imprensa mexicanos (1982), Afonso Camões obteve também um Louvor por Dedicação, publicado em Boletim Oficial (Macau,1992), a Medalha de Prata da Cidade de Castelo Branco (1994) e uma Medalha de Mérito Profissional, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas (Macau, 1999). K

Sim e não… Uma agência noticiosa não é uma repartição, nem, muito menos, uma agência imobiliária! Os escritórios são uma questão meramente instrumental. Temos escritórios e vamos continuar a tê-los onde considerarmos que a existência desse espaço físico é importante para a nossa operação. E o principal da nossa operação é recolher, tratar e difundir informação. Faz sentido ter escritórios de porta aberta nas áreas em que temos uma relação comercial mais intensa com os nossos clientes, mas não para o essencial que é a atividade jornalística. Na Lusa não gostamos de rabinho sentado, à espera que a notícia chegue. Na Lusa cultivamos a produção noticiosa, gostamos da proximidade às fontes de informação (económicas, culturais, políticas, desportivas, … enfim), na Lusa gostamos que os nossos jornalistas estejam onde estão as notícias. Para que isso aconteça, temos vindo a incentivar o teletrabalho. Nesse sentido, os nossos jornalistas estão hoje cada vez mais habilitados a produzir conteúdos noticiosos multimédia, para multiplataformas, e estão melhor equipados: o escritório dos nossos jornalistas é, cada vez mais, o seu próprio computador portátil, com placa 3-G de telecomunicações, o gravador de áudio e a câmara de vídeo digitais. Esta opção não tem nada de economicista, porque não se trata aqui de estarmos a poupar nas rendas dos escritórios. O que estamos a fazer vai no sentido de aumentar a nossa produtividade noticiosa – para bem dos nossos clientes e do serviço público que prestamos - e favorece, também, a qualidade de vida dos nossos jornalistas: desde logo, porque ganham o tempo que perdiam nos fluxos pendulares entre casa e os escritórios da Agência. E ganham, também, porque passam a beneficiar de um subsídio de adaptabilidade que lhes aumenta o ordenado em 20%, de um subsídio de instalação que ajuda nas despesas de água, luz e gás e da assumpção, por parte da empresa, da instalação em suas casas de uma ligação à Internet em fibra ótica. Bem sei que há para aí um ruídozito de campanário à volta dos escritórios da Lusa. Mas a verdade é esta: a Lusa tem o maior efetivo de sempre espalhado no país, produz mais notícias regionais que nunca e vai continuar a investir nesse capítulo: mais jornalistas, mais fotógrafos, mais tecnologia. E, com mais notícias, prestamos mais e melhores serviços, somos mais Agência e temos mais País. Mudando de assunto. O Afonso Camões conhece como ninguém o panorama da ;

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comunicação social portuguesa. Como é que os órgãos de informação podem resistir à crise? Não tenho uma receita... Tenho algumas ideias, mas sei qual é o diagnóstico. O que sei, diria, o que todos sabemos, é que os meios de comunicação tradicionais, conforme os conhecemos há anos, estão hoje em franco declínio. Basta olhar para a forma como os nossos filhos consomem informação. Por todo o lado, no mundo ocidental, têm fechado grandes jornais, rádios e até estações de televisão,… e outros estão à beira da falência. Costumamos dizer “grande nau, grande tormenta” – e, neste particular, a minha sensibilidade diz-me que se safará melhor a boa imprensa regional, porque é produzida por equipas mais pequenas e flexíveis, e sabe o que é fazer jornalismo de proximidade. Vão sobreviver e ter sucesso aqueles que revelarem melhor capacidade e flexibilidade para se adaptarem às novas tecnologias e a distribuir os seus conteúdos em (e para) diferentes plataformas, para públicos cada vez mais segmentados. Se o modelo tradicional de negócio (assente nas receitas de venda de espaços publicitários) está em crise, é porque, para lá da crise mais geral da economia, as novas tecnologias vieram permitir aos anunciantes identificar cada vez melhor os públicos a que se querem dirigir. Essa maior segmentação dos mercados obriga as empresas de media a segmentar e especializar também os seus produtos de comunicação (jornais, rádios, sítios internet, telemóveis, tablets, etc). Quem não tiver essa sensibilidade e essa flexibilidade para alguma especialização, está condenado! Isso afecta também as agências? Acontece o mesmo com as agências de notícias. O modelo de negócio fundador da Lusa, assente na produção de serviços tradicionais (exclusivamente de fotografia e texto), e destinado, por via de assinatura, aos mercados retalhistas de media (jornais, rádios e televisões), tem vindo a definhar e tende para o esgotamento – acompanhando, aliás, ainda que a ritmo menos gravoso, a mesma tendência da maioria das agências europeias, cercadas pela concorrência desleal dos motores de busca e agregadores de notícias e pela progressiva penetração de conteúdos noticiosos gratuitos

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na internet. É neste quadro - de constrangimentos mas também de oportunidades - que a gestão da Agência tem procurado antecipar os caminhos que, na qualidade de grossista (na produção e distribuição de conteúdos editoriais) prenunciam a sua renovação e o papel de liderança que cabe à Lusa, a montante dos media em geral. Na parte que nos cabe, o desenvolvimento de um protótipo e a instalação da tecnologia afecta a um novíssimo sistema editorial, baptizado internacionalmente de Luna (Lusa News Asset), entretanto clonado por outras agências, permitiu-nos acelerar a transição para o multimédia, enquanto a introdução de metadados em todos os conteúdos editados permitiu, na área comercial, a criação novos produtos e canais para lançar no mercado. Daí, o reconhecimento generalizado das 27 agências que integram a Aliança das Agências Europeias (EANA), que atribuíram à Lusa o Prémio 2010 de Inovação e Excelência. Esses desenvolvimentos resultaram já, diretamente, numa enorme redução de custos técnicos, permitindo que a nossa equipa de TIC (tecnologias de informação) esteja mais focada na criação de novos produtos/oportunidades/negócio, e também, numa pequenina coisa que foi, por exemplo, a redução de 70% de todo o consumo de papel na empresa… Isto, à parte o rejuvenescimento e maior qualificação dos efetivos da Agência cuja média de idades na redação tem vindo a baixar.

produzidos e dirigidos por jornalistas, está e estará sempre na credibilidade da informação que difundem. Saber-se que por detrás daquela informação está um jornalista ou uma redação, sujeita a regras de ética e deontologia profissionais, é sempre um selo de confiança, isento, plural e credível. Porque os consumidores e, em especial, as marcas anunciantes, hão-de preferir sempre a informação profissional, de confiança e com selo de rigor. De regresso à Lusa. Enquanto presidente do Conselho de Administração, desafiou, em 2010, os paíPublicidade

E as redes sociais são uma oportunidade para a comunicação social ou uma ameaça? São uma ameaça e são uma oportunidade. São uma ameaça para quem ignorar a necessidade de uma presença efetiva nas redes sociais e, pior, ignorar o efeito de exponencial de estilhaço e de rapidez na propagação que essas redes têm na difusão de informação, com muito maior “poder de fogo” que os meios de comunicação tradicionais. Mas é também uma oportunidade, se os meios convencionais souberem afinar as suas ferramentas noticiosas em articulação com as redes sociais, utilizando-as como isco na atração de tráfego para as suas edições eletrónicas, onde se pode continuar a vender publicidade de forma direta… A vantagem dos meios convencionais,

ses da CLPLP a criarem uma agência lusófona global, por meio de uma parceria entre os media de expressão portuguesa para fortalecer a difusão mundial da língua portuguesa. Esse desafio teve consequências? Ando há vários anos nessa cruzada! Mas estes processos são lentos, porque envolvem também uma componente política e, por vezes, alguma desconfiança relativamente à forma como se pode construir uma casa comum. A verdade, também, é que estamos a falar de parcerias entre meios de comunicação de países que estão em estádios de desenvolvimento diferen-

tes. E há, também, constrangimentos técnicos para vencer. Um exemplo pequenino: hoje em dia, a distribuição da generalidade dos nossos conteúdos noticiosos reclama banda-larga nas telecomunicações. Ora, a banda-larga ainda não chegou de forma harmoniosa a alguns países com quem queremos trabalhar mais. Nalguns casos, até, há problemas com a estabilidade de serviços elétricos!... O importante é que estamos a consensualizar a necessidade de, na geografia da Língua Portuguesa, trabalharmos mais em conjunto. Criámos já uma Aliança das Agências de Língua Portuguesa, atualmente coordenada por Angola, e cuja assembleia geral se vai reunir em setembro, em Lisboa. Do lado da Lusa, a recente criação de uma nova linha de negócio (lusa@fonia), exclusivamente dedicada aos mercados externos, permite admitir que, por si só, esse novo serviço pode cumprir, a médio prazo, as expectativas orçamentais assumidas para todo o mercado de Língua Portuguesa. Trata-se, por enquanto, de uma área de potencial onde a Agência já obtém receitas quando o histórico era só de custos. A lusofonia é o espaço natural de expansão da Lusa, mas em parceria; a Lusa deve ser um espaço de excelência no jornalismo, apostando na formação de profissionais nessa geografia, exportando know-how e tecnologia. Pela sua experiência internacional de 25 anos, e pela sua credibilidade e influência junto dos media em diferentes geografias, a Lusa tem

condições (pode, deve e sabe como) para liderar o lançamento (em plataforma net) de uma agência global multimédia, ancorada na Língua Portuguesa e em conjunto com parceiros locais especialmente na China, em Angola e no Brasil. E, porque apostamos na expansão e internacionalização da Língua, essa parceria-pátria terá de emitir, também, nos idiomas dominantes no mercado global: em inglês e em espanhol. Essa é a nossa ambição. Hoje uma grande parte da imprensa portuguesa escreve segundo o novo acordo ortográfico. Mas foi a Lusa quem deu o pontapé de saída. Este novo acordo defende a língua portuguesa? Não gastamos tempo com essa discussão. Isso é matéria para as Academias. Os nossos clientes são os meios de comunicação e nunca recebemos uma queixa relacionada com esse tema. A propriedade da língua não é exclusivo nosso. Felizmente, a Língua Portuguesa é hoje património comum de oito nações soberanas e de mais um território no sul da China. E é para todo esse espaço que comunicamos. Ora, se esses estados soberanos acordaram formalmente numa ortografia comum, o nosso dever enquanto agência noticiosa foi dar cumprimento a esse acordo, afinando o nosso trabalho pelos mais diversos cantos e acentos da lusofonia. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _   

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visita de estudo

Afonso de Paiva em França 6 Um grupo de 49 alunos e cinco professores do 3º ciclo do agrupamento de escolas Afonso de Paiva de Castelo Branco participou numa visita de estudo a França, tendo esta aventura por terras gaulesas, decorrido na semana de 13 a 23 de Março. Esta visita foi organizada pelos grupos disciplinares de História e de Francês, com a colaboração da associação portuguesa de professores de português e francês. O grupo visitou a cidade de Chartres e, já em Paris, a Torre

Eiffel, as ruelas de Montmarte, a Basílica do Sacré Coeur, os museus de História Natural e do Louvre. Caminharam ao longo das margens do rio Sena, atravessando a famosa Ponte das Artes, a Catedral de Notre Dame, o Hôtel-de-ville e o Centro de Arte contemporânea Georges Pompidou. No segundo dia estiveram na Disneyland Paris, onde puderam desfrutar das inúmeras atraccões em torno do universo feérico deste parque temático. K

Grupo Rumos

Escola Digital abre inscrições 6 A Escola Digital, uma instituição do Grupo Rumos, já abriu as inscrições para o próximo Ano Lectivo 2012/2013. A oferta curricular da Escola Digital, abrange a área da Informática e Audiovisuais e pretende formar os seus alunos em jovens Profissionais com competências culturais, científicas e técnicas que lhes permitam iniciar uma carreira profissio-

nal adequada às necessidades do mercado de trabalho, ou se preferirem, optar pelo ensino universitário. No âmbito do Ensino Profissional a Escola Digital apresenta cinco Cursos para alunos que finalizam agora o 9º Ano de escolaridade. Estes Cursos têm duração de 3 anos e dão equivalência ao 12º ano, com um Certificado Profissional da União Europeia - Nível IV. K

Olimpíadas decorreram na UBI

Reis da Química 6 O Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco venceu, no passado dia 14, a fase regional das Olimpíadas da Química Júnior. No evento que decorreu na Universidade da Beira Interior (UBI), a Escola Cidade de Castelo Branco colocou uma equipa na primeira posição e outra na terceira. Com este resultado, a escola garantiu um lugar na fase final que se realiza no Instituto Superior Técnico de Lisboa, a 5 de Maio. Nas Olimpíadas Regionais participaram 28 equipas de 14 escolas dos distritos de Caste-

lo Branco, Portalegre, Guarda e Viseu. A equipa vencedora foi composta por Beatriz Coelho, Madalena Antunes e Ricardo Manso, enquanto que a formação que se qualificou na terceira posição integrou os alunos Mariana David, Renato Matos e Bruno Ribeiro. A prova foi organizada pela Sociedade Portuguesa de Química em colaboração com a UBI, tendo o Externato de S. Romão (Seia) conquistado a segunda posição, e por conseguinte o outro lugar para a fase nacional. Castelo Branco esteve ain-

da em destaque, através do Agrupamento de Escolas João Roiz, que conquistou uma menção honrosa. As docentes do Agrupamento Cidade de Castelo Branco, Florinda Baptista e Rosa Maria sublinham o facto desta “ser a quarta vez que a escola sai vencedora da fase regional, tendo também já participado por quatro vezes na fase nacional (a qual apenas se realiza há cinco anos)”. No entender das docentes, “qualquer uma das equipas da escola poderia ter ganho, já que os alunos estavam bem preparados e bastante motivados”. K

Bayer e Unesco juntos

Concurso junta 900 alunos 6 O concurso escolar A Química entre Nós, uma iniciativa da Bayer Portugal e da Comissão Nacional da Unesco, recebeu candidaturas de mais de 900 alunos, oriundos de 12 escolas do 1º ciclo e de 20 escolas do 2º e 3º ciclos do Ensino Público do Concelho de Lisboa que aceitaram o desafio de recriar, até ao dia 27 de Abril, um último capitulo para os livros de Maria Helena Henriques e de Maria José Moreno, Terra Vita Sadia, versão Infantil e Terra Vita Sadia, versão Juvenil, respectivamente.

Lançado no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Química, e integrado nos objectivos das Décadas das Nações Unidades da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, da Biodiversidade e do Ano Internacional das Florestas, o concurso escolar A Química Entre Nós incentiva crianças e jovens a associarem a sua imaginação à criatividade de uma ciência como a Química, convidando-os a reflectir sobre a sua utilidade, tendo por base as pistas fornecidas pelos li-

vros “Terra Vita Sadia”, obras que foram igualmente editadas em versão Braille. Em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, Lisboa E-Nova – Agência Municipal de Energia – Ambiente, a iniciativa, que conta ainda com o apoio da Sociedade Portuguesa de Química, irá aceitar trabalhos individuais e colectivos (máximo de 30 alunos) sendo o nome dos vencedores divulgado no final de Maio e a entrega de prémios encontra-se prevista para o início de Junho. K

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

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Escola Evaristo Nogueira – S. Romão

Ambiente e Solidariedade 6 A Escola Evaristo Nogueira tem desenvolvido, de uma forma continuada, ações e atividades no âmbito da solidariedade, da defesa do ambiente, celebração de efemérides, campanhas de preservação do património, atividades a favor da Tolerância e da Paz e campos de férias/atividades de tempos livres. Todas estas ações vão ao encontro de alguns dos principais objetivos da UNESCO, nomeadamente: - a educação para a paz, os direitos humanos, a democracia e a tolerância; - a proteção e a preservação do ambiente natural e do

Património Mundial; No decorrer do presente ano letivo, e para além de outras atividades, a escola tem estado bastante ativa na valorização da fauna e flora da Serra da Estrela, promovendo o gosto pela natureza, sensibilizando toda uma comunidade para a sua preservação.

Desde o início do ano os alunos e docentes recolheram sementes de espécies autóctones, principalmente carvalho e castanheiro, que já semearam e plantaram, contribuindo para a reflorestação de novas áreas ou áreas ardidas da região. Outro projeto em curso é o “Atenção! Répteis e Anfíbios”

riscos. No decurso do terceiro período os alunos irão participar numa saída de campo para conhecerem répteis e anfíbios no seu habitat natural. Ainda dentro do espírito solidário e de “Estar Com”, os alunos de EMRC da Escola, em colaboração com o Clube de Música, estão a visitar todos os Lares de Idosos e Centros de Dia da sua área de influência pedagógica, procurando aprender com eles através de um verdadeiro diálogo entre gerações. K

em parceria com o Centro de Interpretação Serra da Estrela (CISE), e destinado a sensibilizar os jovens para a importância destas espécies no equilíbrio dos ecossistemas, assim como para os perigos a que estes animais estão sujeitos ao atravessar estradas e para o modo de minimizar estes

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

dades, a palavra crise é a palavra mais citada na comunicação social. Em chinês é escrita com dois ideogramas: um que simboliza perigo e outro que representa oportunidade. Mais que uma simples simbologia, essa forma de ver as ameaças tem levado os jovens a acreditarem no seu potencial e a investirem na sua formação, bem como a agarrarem as oportunidades que surgem com grande entusiasmo”.

Por isso, afirmam, “hoje um curso não é sinónimo de emprego, mas não temos dúvidas de que investir na formação e na educação continuam a ser a chave para o sucesso. Os jovens têm consciência de que é complicada a sua integração no mercado de trabalho, mas sem formação não conseguem de todo, o que leva a que cada vez mais os jovens valorizem o saber e apostem no conhecimento como principal factor distintivo e de criação de valor”. A organização da feira são muitas as vantagens para os alunos e para as suas famílias. “Num só local, estudantes e famílias encontram resposta ao nível da formação, educação e emprego”, sublinham. Na Qualific@ vão estar presentes diferentes sectores de actividade, a saber: Ensino: com as diversas escolas, centros de formação profissional, este ano pela primeira vez vamos ter a presença da reitoria da universidade do Porto, com as suas 13 faculdades, e mantemos a presença habitual da universidade de Aveiro, Lusíada, Fundação Fernando Pessoa, Portucalense, Lusófona, Católica do Porto e de Braga, Minho Beira Interior; Emprego: empresas de franchising, apresentação do Programa Estimulo promovido pelo IEFP e promoção da procura activa de emprego; Área de Qualificação: ensino para adultos, ensino pósgraduado, coaching etc; e Mobiliário e material didáctico. K

Miguel Ângelo Gonçalves _ (Coordenador SEA)

Certame na Exponor

Nós vamos Qualific@r! 6 O Ensino Magazine volta a marcar presença na Qualific@, um certame dedicado à educação e juventude, que reúne anualmente cerca de 40 mil visitantes. O nosso jornal vai sortear fins-de-semana no Geopark Naturtejo, para além de ser distribuído gratuitamente a todos os visitantes. De acordo com a organização do evento, este ano o âmbito da feira foi alargado, através da apresentação de uma oferta educativa mais diversificada e da exploração de novas áreas dirigidas ao emprego. “Das novidades que estamos a preparar, em conjunto com um número alargado de entidades públicas e privadas parceiras (ANJE, IEFP, INCUBIT,B.TRUST, POWER COACHING, Grupo ONEBIZ e Clínica da Educação) gostaríamos de evidenciar o painel de conferências, os workshops e as demonstrações, que visam dar uma resposta mais orientada, completa, cumprindo as expectativas de quem visita a QUALIFIC@. As profissões com mais saída profissional; como procurar emprego nos países do espaço económico europeu; a revelação de alguns truques e dicas para se preparar para entrevistas; como conseguir um emprego em tempo de crise, entre outros, são os temas em debate”, revela o organização. Segundo a Qualific@, “este ano, é dada ainda uma atenção especial às visitas de estudo. Os estudantes terão ao seu dispor um serviço de acompanhamento

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para orientação vocacional, numa iniciativa do serviço da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. No espaço “Apoio à escolha vocacional” estará disponível uma equipa de psicólogos (as) que prestará atendimento aos visitantes que queiram orientação escolar e profissional”. De destacar ainda que a QUALIFIC@2012 integra-se num

grande evento que é a Newcomers Week - Semana da Juventude, evento direccionado para a juventude. Um evento que se constituirá como uma mistura de mais-valia, valores e sinergias, reunindo marcas prestigiadas e jovens valores num conjunto alargado de iniciativas. No entender dos responsáveis pelo evento, está-se a atravessar “um momento de grandes dificul-


Na Covilhã

UBI cria gabinete de apoio 6 Os alunos da Universidade da Beira Interior contam com um novo serviço por parte da Associação Académica da Universidade da Beira Interior, o Gabinete de Apoio ao Estudante, que irá funcionar na sede da AAUBI todas as quartas-feiras das 16 às 19 horas. O novo gabinete está aberto a todos os alunos e procurará encontrar solução para os diferentes problemas, sejam sociais, académicos ou outros. Os responsáveis pela Associação adiantam que se vão pronunciar “sobre os problemas sociais com que os alunos se debatem e trabalhar em conjunto com a reitoria e com todos os ubianos que precisem ou queiram colaborar de alguma forma”.

Para tal, os membros da associação esperam que os alunos apresentem as suas dúvidas ou problemas aos membros do gabinete que começou a funcionar a 11 de Abril. Os dirigentes académicos falam em mais “uma estrutura arquitetada no trabalho contínuo em prol dos estudantes que vai ajudar a AAUBI a chegar aos alunos e ajudá-los de forma responsável e sustentável. Para além do horário proposto para todas as quartas-feiras, a associação disponibiliza também uma conta de email aos alunos que queiram apresentar as suas dúvidas e problemas fora destes dias de funcionamento. Para tal basta contactar o novo gabinete através do endereço: s.pedagogica.aaubi@ gmail.com. K

Coimbra

Reitor condena praxes 6 O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, considerou “completamente inaceitável qualquer tipo de violência” na praxe académica, com os docentes a defenderem a criação de um gabinete de apoio aos alunos visados. “Os relatos que tenho visto são no sentido de ter havido atos de violência”, lamentou o reitor, numa alusão a queixas de alunos, que levaram o Conselho de Veteranos a abrir um inquérito e a suspender, “por tempo indeterminado”, a chamada Praxe de Gozo e de Mobilização”, ou seja, a interação dos “doutores” com os caloiros.

Há cerca de três semanas, João Luís, o “dux veteranorum”, responsável pelo Conselho de Veteranos, disse à Lusa que “foram apresentadas algumas queixas de alunos de várias faculdades, de que poderá ter havido atropelos”, o que motivou abaixo-assinados entre os docentes, promovidos nas Faculdades de Letras e de Economia. “Foi feita a identificação correta de toda a gente [envolvida nos casos], esta semana e na próxima vamos ouvir todos, para depois elaborar um relatório”, disse agora João Luís à Lusa. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

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Semana Académica de Castelo Branco

Klepht e Blasted a abrir 6 Os Blasted Mechanism, a 21 de Abril, os Diabo na Cruz, a 23, e os Klepht, a 24 de Abril, são os cabeças de cartaz da Semana Académica de Castelo Branco, que decorre de 20 a 25 de Abril, no Campus da Talagueira, e conta com bilhetes de semana a preços convidativos: 30 euros para os estudantes e 35 euros para não estudantes, com mais cinco euros de penalização a quem os adquirir depois das 19 horas. De acordo com o programa a que o Ensino Magazine teve

acesso, as actividades começam no dia 20, com a actuação de Bezegol e Jimmy P, com banda (bilhetes do dia a seis euros para estudantes e oito para não estudantes). A 21, as entradas para os Blasted Mechanism custam 13 e a 15 euros (não estudantes). A 22 é a vez de um regresso saudado a Castelo Branco: Quim Barreiros (oito e 10 euros). Os Diabo na Cruz actuam a 23, véspera do primeiro de dois feriados seguidos em Castelo

Branco. Os bilhetes variam entre 12 e 14 euros. A 24, véspera do segundo feriado, sobem ao palco os Klepht (10 e 12 euros). A semana termina com o tradicional Arraial Académico, que conta com o acordeonista Miguel Agostinho (bilhetes a 15 e 20 euros). A organização refere que quer “valorizar a presença dos Estudantes, daí o diferencial de preço e na compra de um bilhete diário” e “está a ponderar a possibilidade de oferecer

Campeonatos Nacionais Universitários

Atletas de Leiria brilham 6 Os atletas masculinos do Instituto Politécnico de Leiria conquistaram recentemente, em Guimarães, o primeiro lugar na classificação por equipas do Campeonato Nacional Universitário de Corta-Mato, graças às boas prestações individuais, com destaque para o quinto lugar de Tiago Marques, na classificação geral individual. Também em provas do calendário oficial da Federação Académica do Desporto Universitário, realizadas recentemente em Leiria, as equipas de andebol feminino e masculino do Politécnico de Leiria asseguraram a passagem às respectivas fases finais do Campeonato Nacional Universitário, com a vitória do II Torneio de Apuramento, organizado pelos Serviços de Ação

Social do Instituto. Após a vitória no I Torneio de Apuramento de Andebol, a equipa feminina de Andebol do Politécnico, apresentou-se como a grande favorita à conquista do II Torneio de Apuramento, que contou com a participação das equipas das associações académicas da Universidade de Aveiro e da Universidade de Coimbra. Apesar do empate a 14 golos frente à formação aveirense, a equipa de Leiria acabaria por triunfar no Torneio com a vitória sobre a equipa de Coimbra, assegurando a passagem à fase final por diferença de golos marcados face às aveirenses. Já o II Torneio de Apuramento de Andebol Masculino contou com sete equipas em competição que disputaram os três

lugares de acesso à fase final do Campeonato Nacional Universitário. Tendo perdido com a equipa da Associação Académica da Guarda por 12-11, logo na primeira jornada, a equipa do IP Leiria viria a mudar o rumo dos acontecimentos com a vitória frente à equipa do Instituto Politécnico de Viseu, que a colocaria nas meias-finais da prova, para defrontar a Associação Académica da Universidade de Aveiro, com quem empatou a 12 golos, mas acabou por vencer, 3.2, nas grandes penalidades de desempate. No confronto final do II Torneio de Apuramento de Andebol Masculino, que garantiu a passagem à fase final do Campeonato, a equipa de Leiria derrotou a da Associação Académica de Coimbra por 15-14. K

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Editorial

Querem desmantelar escola pública? 7 As mais recentes medidas da tutela que visam o regresso a uma concepção conservadora do papel da escola e da função dos docentes (aumento do número de alunos por turma, segregação por níveis de aprendizagem, entre outros) colocam na ordem do dia, e uma vez mais, a defesa da escola pública. Não estranha, que nesta escusada conjuntura de desalento e de fortes emoções, os profissionais do ensino com mais consciência social e cultural vejam os perigos que espreitam a escola democrática, erguida sobre a estrutura de ensino elitista que o Portugal do após Abril herdara da ditadura. Convenhamos que o então ainda sonho de pensar uma escola que promovesse a igualdade de oportunidades e atenuasse as desigualdades sociais se viria a revelar como um dos grandes mitos educativos das últimas décadas do século XX. Porém, tal não invalida que,

mesmo os mais cépticos, não reconheçam que as democracias europeias estão longe de poder inventar uma outra instituição capaz de corresponder, com tanta eficácia, às demandas sociais, quanto o faz ainda hoje a escola pública de massas. Mesmo sabendo que fenómenos mais ou menos recentes, como o são o abandono e o insucesso escolar, a reprodução das desigualdades dentro da comunidade educativa, a incapacidade de manter currículos que valorizem para a vida, a erosão das competências profissionais dos docentes, acompanhada pela perda de estatuto remuneratório e social, são problemáticas que colocam em causa os pressupostos dessa mesma escola pública. Hoje, a vida nas escolas é muito menos atraente para quem nelas estuda e trabalha e a desmotivação dos professores e dos educadores acentua-se com a degradação das suas condições de trabalho.

Todos sabemos, ou julgamos saber, como deve ser e o que deve ter uma escola pública que promova a aprendizagem efectiva dos seus aprendentes e o bem-estar e a profissionalidade dos seus formadores. Todavia, há uma questão que introduz toda a entropia nestas instituições, e esta surge quando os governos se deitam a fazer contas sobre quanto custa garantir esses direitos. Sobretudo, quando os políticos sabem que todo o investimento em educação só produz efeitos a longo prazo. Não queremos uma escola pública que seja de baixa qualidade. Por isso estamos com todos aqueles que afirmam ser urgente relançar a escola pública pela igualdade e pela democracia. Uma escola que seja exigente na valorização do conhecimento, e promotora da autonomia pessoal. Uma escola pública, laica e gratuita, que não desista de uma forte cultura de motivação e de real-

ização de todos os membros da comunidade escolar. Uma escola pública que reconheça que os seus alunos são também o seu primeiro compromisso, que seja lugar de democracia, dentro e fora da sala de aula, que se revele enquanto espaço de aprendizagem, e que se envolva no debate, para reflectir e participar no mundo de hoje. Formar a geração de amanhã não é tarefa fácil. Mas será certamente inconclusiva se escrutinarmos a escola e o trabalho dos professores apenas segundo critérios meramente economicistas, baseados numa filosofia de desenvolvimento empresarial. A escola é muito mais que isso: é filha de um outro espaço social e de um outro tempo matricial. Logo, se o quisermos, neste assunto nada se deveria confundir, quando claramente estabelecidas as fronteiras sociais do quadro de competências e dos objectivos de missão de cada uma daquelas instituições.

Defender a escola pública, nesta conjuntura de inexplicável desvario, é muito urgente. Para tal, revela-se necessário que voltemos a exigir políticas públicas fortes, capazes de criar as condições para que a escolaridade obrigatória seja, de facto, universal e gratuita e se assuma, sem tibiezas, que o direito ao sucesso de todos é um direito fundador da democracia e do Estado português. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt

primeira coluna

No agrupar é que está o ganho? 7 O Ministério da Educação, nos seus mais diversos períodos da sua existência, já habituou as escolas portuguesas a terem que decidir, ou implementar medidas, em cima do joelho, como se amanhã não houvesse mundo. Sempre que muda um ministro alteram-se as políticas educativas, de acordo com o sentir de quem desempenha o cargo. O problema é que muitas vezes essas mudanças não estão assentes em estudos validados, mas em pressupostos de que se se fizer isto assim, o resultado pode vir a ser benéfico para os alunos e para a comunidade, garantindo igualdade de acesso à educação a todos os portugueses. Uma das questões que está a mexer, agora menos silenciosamente que no passado, com a comunidade escolar é a criação dos chamados mega agrupamentos

de escolas. Estruturas, que assegura a tutela, pretendem garantir a sequencialidade do ensino, do pré-escolar ao 12º ano (esta será a tendência para a escolaridade mínima). A questão dos mega agrupamentos não é nova. Vem do Governo anterior, mas o Ministério da Educação quer ver o processo concluído até ao final de Maio, para que sejam nomeadas as comissões instaladoras e por aí fora. O que está a acontecer nas escolas e nos agrupamentos de escolas de todo o país é um corrupio de contactos e influências para ver quem pode casar com quem (de preferência com os melhores). Encontramos os estabelecimentos de ensino a lidarem com um nervoso, não miudinho, mas preocupante, que tendo em conta o argumento de dar sequen-

cialidade escolar aos alunos, não entendem muito bem a questão dos mega agrupamentos. O processo está longe de ser consensual e a diminuição de cargos dirigentes no sector educativo é cada vez mais apontada como a principal razão de toda esta caminhada que promete envolver também as autarquias. Mas a medida, aliada ao aumento do número de alunos por turma (30?!) vai levar a que muitos professores deixem de o ser, pelo simples facto de não haver horários disponíveis (nalguns casos até mesmo para quem se encontro no quadro). O Conselho de Escolas (que reúne escolas e agrupamentos de todo o país) aprovou uma moção, na sua última reunião, onde critica o modo como o processo está a decorrer. Aquele organismo dá como exemplo “o não respeito

pela garantia da sequencialidade dos ciclos de escolaridade; o não respeito pelas distâncias geográficas e por outras características locais; e o número exagerado de alunos por agregação”. No entender daquela entidade, “a ausência destas condições compromete o exercício de uma gestão de proximidade, essencial à eficácia das novas unidades de gestão”. Refere ainda a tomada de posição, que “a audição prévia dos parceiros educativos prevista legalmente, tem sido subvertida, na maioria das situações, através de um processo de pré-decisão apresentado pelas Direcções Regionais de Educação”. A situação é por isso complexa e exigiria mais tempo para uma real avaliação do que pode ou não ser mega agrupado. Isto se o objectivo é, de facto, en-

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contrar consensos através do diálogo. Caso contrário, a tutela que decida e assuma os custos políticos do processo, sem que a bíblia da Troika seja apresentada como o factor decisivo. Como verificamos, este processo não é de fácil resolução. Resta saber se é nos mega agrupamentos que está o ganho… K João Carrega _ carrega@rvj.pt


Memórias ficcionadas

Rebeldia Estudantil «Canta, poeta, canta! Violenta o silêncio conformado. Cega com outra luz a luz do dia. Desassossega o mundo sossegado. Ensina a cada alma a sua rebeldia.» (Miguel Torga, “Voz Activa” in Diário XIII, 1983: 461)

«não se ensina a rebeldia (…) mas é preciso ensinar a disciplina.» (entrevista de António Barreto à revista Cx, nº 3, 2011, p. 58)

7 Naquele seu primeiro ano de universidade, as aulas no ISCSPU iniciaram-se na segunda semana de Novembro (só com cadeiras anuais); em fins de Maio começaram os exames que, como habitualmente, se prolongaram, por dois meses, numa «sucessão, sucessiva, sem cessar» de provas escritas e orais. Que diferença do calendário bolonhês das 15 semanas/semestre, com arranque lectivo já em Setembro (ainda com cheiro a verão e praia), um fugaz período de exames, por onde só passam alguns, e de onde as orais foram banidas! Entre as disciplinas com o complemento “do Ultramar Português”, a Etnografia, uma das nucleares, acabou por os lançar para o campo da crítica pedagógica e, consequentemente, para a rebeldia estudantil

que, naqueles tempos, desembocava, inevitavelmente, no antro do associativismo. E tudo porque o Prof. JPNetus, recém-doutorado com “bola preta” (o que não o impediu de singrar na Academia e no Partido), provocou um “tsunami” na época normal de exames: chumbos em barda e notas humilhantes para, os poucos, sobreviventes. Arcílio, apesar de ter deixado o “cadeirão” para 2ª época pois tinha-se baldado à maioria das aulas, ficou tão indignado quanto os colegas. Por solidariedade, juntou-se ao movimento de contestação que rapidamente emergiu, no troca palavra dos corredores. Sentiram que a “ligeireza” das aulas não tivera correspondência na exigência excessiva do exame. Nessas aulas de Etnografia, JPNetus falava de tudo um pouco, acabando sempre por se repetir, quando batia na tecla “da curiosa constatação social do número de lamborghinis na região do Porto”; no seu discurso, ao sabor da corrente e do improviso, não se vislumbrava leitmotiv temático, sequência articulada de conteúdos, clarificação de conceitos, ou definição de objectivos, em suma, qualquer estruturação didáctica das matérias. Mas não tinha a graça e a sabedoria de um Vitorino N., de

Letras. Foi de tudo isso que resolveram dar conta num documento de desagravo. Até os colegas mais velhos, funcionários da administração colonial, como o assíduo-e-pontual Firmino, se juntaram às “reuniões conspirativas”, na sala verde do 1º andar, num exercício de autoreflexão que conseguiu reconstituir, com “detalhe etnográfico”, o quotidiano lectivo daquelas lições mal preparadas e mal d[espeja]das. Deram por concluído o documento – longo, minucioso, fundamentado – antes de irem para férias, adjectivadas, e bem, de grandes. – Está entregue! – disse, entre aliviado e orgulhoso, Jonas Guevara que havia liderado o processo, com mestria, sem extremismos de linguagem, conseguindo, desse modo, agregar as “vítimas” daquele razia académica, em torno de um texto consensual que, todavia, não abdicava da acutilância e do rigor. No mês de Outubro, a um sábado de manhã, poucos arriscaram ir ao exame de 2ª época. Arcílio foi, como programado. O exame constava apenas de uma pergunta de desenvolvimento: «a economia das populações menos ocidentalizadas no contacto de culturas». Dias volvidos, quando afixaram a

pauta, ficou estupefacto. O professor acabara de aplicar a velha máxima dos docentes “acossados”: põe-se fim à “rebelião” dos estudantes com uma pauta sem reprovações, muita “água benta” e inflação de notas. Arcílio saiu com 15! Ao verem as classificações, os que acharam que não valia a pena correr o risco de nova dose, torceram a orelha. Arrependeramse da falta de persistência e do não acreditar nos efeitos práticos daquela “justa luta”, como lhe chamavam os dirigentes da associação de estudantes. Nunca pensaram que o Prof. cedesse tão facilmente! E foi em torno deste “incidente crítico” que Arcílio, Jonas Guevara, Jota C, Morenus e Ver(d/m) elho do Pico deram os seus primeiros passos na tomada de “consciência pedagógica”. Numa época em que os estudantes não eram incentivados no trabalho de grupo, onde o “colectivo” era depreciado, e a contestação (ao que quer que fosse) logo entendida como acto de subversão, aquela fora uma experiência onde adquiriram, na linguagem do eduquês, as “competências” sociais e cívicas. Consolidaram a sua amizade,

Este texto não está redigido segundo o novo, discutível e muito contestado Acordo Ortográfico _

rior?). Esto sólo se consigue cuando los profesores asuman su papel de “coach” y no de “sabio gurú” que tiene soluciones para todo, porque “sabe todo de todo” (supongo que recordarás que algo comentamos en este sentido en las cartas en las que te hablaba de nuestra comunidad de aprendizaje). No sé si recordarás que hace ya más de un año (en concreto, en mi carta número 27), te conté la historia de “La mariposa azul”. La enseñanza de esa historia es que, si los profesores deseamos ser auténticamente sabios, nuestra respuesta más contundente a los retos de nuestros alumnos es: “depende de ti”, porque tu futuro y la construcción de tu conocimiento como alumno “está en tus manos”. Es una pena que aún haya muchos profesores (por no decir la mayoría) que no son capaces de caer en la cuenta de esta realidad. Si consiguiesen caer en la cuenta, poco a poco irían cambiando su actitud y ajustarían su actuación en el

aula a las condiciones del siglo XXI en el que estamos viviendo, abandonando prácticas ancestrales que no llevan a conseguir los resultados que cada uno de los alumnos se merece. Ahora bien, no olvides que, para conseguir esto, es necesario hacerse un poco más “aventurero” y aceptar los riesgos que entraña la renuncia a la seguridad tan fuerte que estamos buscando actualmente y, en consecuencia, la aceptación de la incertidumbre; sólo así podremos desarrollar la creatividad y el emprendizaje, y conectarnos a las exigencias de futuro que vivirán nuestros alumnos. No tengo ya más espacio. Continuaremos el próximo mes. Hasta entonces, como siempre, salud y felicidad. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

ganharam espírito reivindicativo e não mais pararam naquelas lides. Da pedagogia à política, foi um pulo. Com “os da Associação” a acompanharem de perto todo o processo, e a valorizarem o movimento contestatário (importa recordar que se estava num período de refluxo de combates académicos onde a crise de 69 tinha deixado marcas e medos), o “prémio”, por aquela atitude de rebeldia, chegou com o convite formulado, pelo sempre optimista e divertido Antonino, da Direcção, para integrarem os corpos sociais da Associação Académica no ano lectivo seguinte. E assim entraram no “clube dos associativos”… até que o fim da licenciatura separou os compagnons de route. K Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt

CRÓNICA

Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: Hoy continúo con mis reflexiones sobre la Evaluación para el Aprendizaje (EpA), tal como te indicaba en mi carta anterior. En ella te hablé sobre la primera decisión (dónde se encuentran los alumnos en su proceso de aprendizaje); hoy me permitiré compartir contigo algunas ideas sobre la segunda de las decisiones, es decir, “dónde necesitan llegar” los alumnos en su proceso de aprendizaje bajo la atenta mirada de los profesores (la tercera decisión, o sea, “cómo llegar de la mejor manera posible”, la dejamos para nuestra próxima comunicación). Esta segunda decisión se centra, como puedes fácilmente suponer, en los objetivos y la planificación de las acciones para la consecución de esos objetivos en función de los recursos disponibles. No es difícil adivinar que en esta segunda decisión se encuentran los principios y las bases de la tercera decisión, acerca del “cómo”.

Centrémonos, ahora, en la fijación de los objetivos y la planificación. Hace ya cuatro meses, introducía yo en mi carta el término “coach”, como sinónimo o término similar al de “tutor”, “catalizador”, etc. Hoy es el momento de volver sobre ese término de una manera más rotunda. Como sabes, el coach es el guía, el entrenador, que, junto con su pupilo, trata de fijar los objetivos que llevarán al éxito en el empeño fijado. Este término proviene del ámbito deportivo, y se refiere a la persona que guía tanto a los deportistas, de manera individualizada, como al conjunto del equipo deportivo, de manera colectiva, hacia unos objetivos. Esos objetivos se negocian, se dialogan, se consensuan entre todos, de manera que todos queden implicados en el proceso que conduce al éxito. El coach es el experto que rige, o dirige, la fijación de los objetivos adecuados en función de la situación actual.

La función del coach es, por tanto, dirigir, orientar, alertar sobre los posibles obstáculos, más que fijar él mismo los objetivos. Los objetivos quedan fijados por las propias personas interesadas. El coach sólo puede ayudar a que cada persona o equipo fije sus objetivos. Sería muy interesante que esto se realizase en el ámbito educativo. Ahora bien, fijar objetivos es el primer paso de la planificación. En este sentido, nuestro sistema educativo tiene que cambiar de “dirección”, es decir, los profesores tienen que conseguir pasar de “dirigir” y planificar todas las actividades de los alumnos en las aulas, a hacer que sean los alumnos quienes dirijan y planifiquen todo lo necesario para conseguir el aprendizaje, proceso que se convertirá, de esta manera (y no de ninguna otra manera diferente) en un auténtico autoaprendizaje y sentará las bases del auténtico emprendizaje (¿recuerdas que ya comentamos algo sobre el emprendizaje en alguna carta ante-

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crónica salamanca

Universidad sin horizonte 6 Un humorista gráfico español muy reconocido, profundo y ácido en sus críticas sobre todo lo que planea en la vida pública, “El Roto”, hace unos días publicaba un chiste gráfico en “El Pais”, de 31 de marzo pasado. Aparecen en el malecón de una ciudad de costa un padre, la madre y un chaval de unos nueve años, todos ellos mirando al horizonte que siempre traza la lejanía divisoria del mar, y que a todos nos suscita interrogantes y un imaginario posible, más allá de esa línea cenital. Ese horizonte aparece dibujado en el gráfico muy negro y parece que cargado de turbulencias. Se oye preguntar al padre, interpelando a su mujer e hijo, conversando, “¿Os acordáis cuando había horizonte?”. A lo que responde de inmediato el muchacho lleno de curiosidad infantil, “¿Cómo era, papi?”. El humorista, al referirse al negro y preocupante futuro que vive, y nos acecha aun más, nuestro modelo de sociedad, nos traslada su enojosa preocupación porque ha desaparecido cualquier horizonte de referencia, y desde luego de esperanza de un mundo armónico, equilibrado y justo. Hasta hace no mucho parece que existía un modelo europeo para organizar razonablemente la sociedad, asentado en los derechos sociales y ciudadanos, con programas de protección, y con frecuencia de cooperación y solidaridad, entre otras muchas propuestas y esperanzas. Era el gran logro europeo después de 1945. La misma idea de Unión Europea hace dos décadas caminaba con firmeza por un camino que parecía bien trazado.

Hoy parece que tal modelo se derrumba y desdibuja, que dicho horizonte desaparece. Aquel ideal de humanidad, como diría Krause, que orientaba nuestros pasos, y que concedía a la educación y a la ciencia una posición destacada e influyente de ese proyecto social armónico y regenerador, hoy apenas se percibe. Mejor aun, ha sido corroído y calcinado por los intereses de la competencia, el dinero, el mercado, la explotación, la ganancia, el sentimiento colectivo y particular de superioridad y dominio sobre los demás. Por supuesto que todo ello afecta frontalmente a los modelos de universidad que ha venido proponiendo y practicando Europa desde la creación de las viejas universidades medievales, con las consiguientes adaptaciones, y que también hoy se vienen abajo, se descomponen y son laminados y engullidos por otro tipo de orden externo, aunque se llame “Bolonia”, y responda sin más adjetivos a los intereses de una tecnocracia mundial que carece de fronteras, y casi siempre de apellidos. Nuestras universidades se ven descapitalizadas de sus valores históricos , de su fondo humanista, en favor del utilitarismo mas descarado, siempre asentado en el valor económico, y en la diosa tecnología del genérico de los ingenieros, donde el hombre como individuo y como concepto de referencia queda relegado, al margen. El horizonte universitario de siempre, con más o menos matices, queda desdibujado y desaparecido en este desigual combate. Da la impresión que los nuevos modelos emergentes

son las implacables pautas universitarias coreanas, indias, chinas o de Singapur, que reinan en el mundo presente como modélicas, o al menos eso se nos dice. Los modelos clásicos de universidad, que han mantenido vigencia en Occidente hasta el siglo XX, pierden peso e influencia entre los nuevos baremos y perfiles de la universidad ideal para el siglo XXI, la de los rankings de Shanghai, la de la prevalencia de las ingenierías que comenta y parece ansiar Andrés Oppenheimer. Como en el nuevo orden social los poderes fácticos no creen en el Estado, y lo combaten a muerte, cada vez tiene menos peso la tarea de las universidades como formadora de funcionarios y buenos administradores públicos. Como las elites intelectuales no son hoy quienes investigan las técnicas y artificios que precisa la industria y el mercado, sino que lo hacen las más punteras corporaciones tecnológicas, para los dirigentes del mercado del mundo carecen de valor la mayor parte de las investigaciones en ciencia básica, en humanidades y ciencias sociales que venían realizando las universidades que seguían el modelo humboldtiano asentado en el protagonismo de la investigación y el libre ejercicio del saber y de la ciencia. Como el viejo modelo inglés de formación humana, por ejemplo el que defendían y practicaban los seguidores de Newman, hoy ha sido sustituido por el salvaje slogan capitalista “sálvese quien pueda”, y “vale el que más tiene, no el que más es”, hoy carecen de valor e interés las letras (salvo las de cambio), y prima la cuenta corriente bien surtida y la cultura epifánica, mediática y episódica.

Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt

Finalmente, como la universidad democrática es un atavismo, y un error histórico (según algunos muy interesados en ser “modernos”), caminamos hacia modelos explícitos de gestión empresarial , y a la creciente pérdida de protagonismo de la democracia real de las universidades. No es que la universidad en los inicios del siglo XX carezca de horizonte. Lo que ha ocurrido es que ala universidad le han robado y cambiado los papeles propios y genuinos, y le van atribuyendo otro horizonte muy distinto, en el que muchos no nos reconocemos. Se impone una nueva lectura del papel que han de desempeñar nuestras universidades en este siglo XXI, ya en su segunda década. Pero hay que abrir la lata del debate, formular nuevas preguntas, sensibilizar a los miembros de la comunidad universitaria. Aunque solamente sea para evitar el sometimiento acrítico, por salud mental y democrática, por estricta racionalidad universitaria y libre. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Universidad de Salamanca

Intervención museística

6 El rector, Daniel Hernández Ruipérez, acompañado por la secretaria general, Ana Cuevas, presentó el pasado marzo el proyecto de intervención museística de las Escuelas Mayores de la Universidad de Salamanca, con el que se ha pretendido poner en valor un edificio con gran valor histórico y patrimonial. La intervención museística permite una visita ilustrada por este edificio del siglo XV, joya del plateresco, gracias a los diferentes paneles informativos y 024 /// ABRIL 2012

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98

audiovisuales situados por sus dos plantas. Además, el visitante dispondrá de audioguías, en español, inglés, francés, alemán, japonés y chino, con las que podrá conseguir un nivel superior de información, complementario al que se aporta en los distintos puntos informativos. Asimismo, en las diferentes cartelas se pueden encontrar códigos QR, con los que a través de dispositivos móviles se podrán obtener datos adicionales. K

Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Eugénia Sousa Francisco Carrega Rogério Ribeiro Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


Bocas do Galinheiro

Branca(s) de Neve 7 De uma assentada vêm aí dois filmes (modernaços, a concluir pelas amostras, como soía dizer-se) sobre a Branca de Neve e os Sete Anões, adaptações do conto celebrizado pelos Irmãos Grimm já lá vão 200 anos. “Mirror, Mirror”, de Tarsem Singh (Os Imortais, de 2011 e A Cela, de 2006), com o inqualificável título português “Espelho Meu, Espelho Meu! Há Alguém Mais Gira do Que Eu?”, estreou a semana passada no nosso país e, pelo que se ouve e lê, não é uma aposta bem-sucedida. Pelos vistos nem a presença de Julia Roberts, no papel da Rainha Má salva a fita, tanto mais que Lilly Collins (filha do músico Phil Collins) como Branca de Neve, também estará longe do que se exigiria para a personagem que há dois séculos povoa o imaginário infantil. Parece que o guarda-roupa é deslumbrante. Fraca consolação, digo eu. Noutro registo, mais perto da tendência actual dos filmes de acção está “Branca de Neve e o Caçador” (Snow White and the Huntsman), de Rupert Sanders, com Kristen Stewart no papel da bela protagonista e Chris Hemsworth no caçador que, contratado para matar Branca de Neve passa a protege-la da rainha (bruxa?) Ravenna, protagonizada por Charlize Theron. Uma versão sombria e gótica, muito ao gosto do produtor Joe Roth, ou não tivesse ele colaborado com Tim Burton. Uma Branca de Neve guerreira, talvez muito longe da tradição das histórias que os Grimm recolheram. Porém, quando se fala em adaptações desta recolha da tradição oral feita pelos Irmãos Grimm, vem-nos imediatamente à me-

mória a incontornável longa-metragem de animação de Walt Disney, a primeira dos estúdios deste mestre do cinema de animação, “Branca de Neve e os Sete Anões”, de 1937. O filme foi extraordinário êxito de bilheteira e não só, artisticamente ainda hoje é um filme que resiste ao passar dos anos, valendo aos estúdios a nomeação para o Oscar de melhor música e dois anos depois valeu a Walt Disney o reconhecimento da Academia pela inovação cinematográfica, sendo galardoado com oito óscares, um real e sete miniaturas! Um dos muitos contos recolhidos pelos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm entre 1808 e

1819, e compilados no seu primeiro livro “Contos da Infância e do Lar” publicado em 1812, Branca de Neve e os Sete Anões, tal como os restantes contos recolhidos pelos dois irmãos resulta da tradição oral alemã, entre os quais se contam Cinderela, A Bela Adormecida, Rapunzel ou o Capuchinho Vermelho, muitos deles também adaptados para o cinema em diferentes épocas, uma esmagadora maioria em animação, não cabendo neste apontamento referência aos muitos títulos disponíveis. A primeira adaptação do conto data de 1902, com o título “Snow White”, sendo que ainda no mudo ainda há conta de uma rea-

lização de Charles Weston com o mesmo título, sendo que também aparece como “The Grimm Brothers Snow White”. Para além de várias adaptações de animação, então já na linha destas fitas mais recentes, em 1997 Michael Cohn dirige Sigourney Weaver e Sam Neil, entre outros, em “Snow White: A Tale of Terror”, uma versão muito livre com Monica Keen como Lilli, havendo ainda também para televisão uma versão com Miranda Rchardson e Kristin Krenk. Noutro registo, mas a provar que o conta não deixa ninguém indiferente “Branca de Neve e os Três Estarolas” (Snow White and The Three Stooges), 1961, de Walter Lang, uma sátira aos filmes sobre o tema que conta, claro, com os três estarolas, Joe DeRita, Larry Fine e Moe Howard, com vários filmes cómicos nos anos sessenta do século passado, contando com Carol Heiss como Branca de Neve. Por fim uma referência à, na altura, bastante polémica incursão de João César Monteiro no universo Branca de Neve com a adaptação da peça de Robert Walser, “Schneewittchen” que recupera o conto dos Grimm. Durante os 75 minutos que dura a projecção o écran está quase sempre negro, tirando uma ou outra imagem, com os actores a lerem o texto e a contarem a história, numa sala escura. A controvérsia esmoreceu e o filme, se outro mérito não teve, constará da galeria das obras com um cunho de originalidade que não deixa(ou) ninguém indiferente. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _

Em Castelo Branco

Escuteiros com 50 anos 6 O Agrupamento 160 do Corpo Nacional de Escutas, de Castelo Branco, comemora nos anos de 2012/2013 os seus 50 anos de existência. A história do escutismo em Castelo Branco começa em 1929/30, tendo sido criado o Grupo nº 62 do Santo Contestabre e a Alcateia nº 30 de Santo António, do Corpo Nacional de Scouts. São Dirigentes Fundadores: Joaquim Rodrigues Russinho, João Freire de Novais, Sargento António Camilo, José Barata, Tenente António Pires Antunes, Manuel Rodrigues, Padre Manuel Ribeiro da Silva, Mons. Dr. Abílio Esteves de Carvalho (este mais tarde). Por vicissitudes da vida dos dirigentes e também pelo aparecimento da Mocidade Portuguesa o escutismo católico em Castelo Branco como que hibernou até 1960, altura em que o Padre José Dias da Costa, então na Paróquia de Castelo Branco, conjuntamente com João Henriques Ribeiro, escuteiro, e Luís Moreira Bernardo fizeram uma primeira tentativa de organização para o reaparecimento do Escutismo Católico em Castelo Branco. Já em 1961 e 1962 o Padre Manuel Nunes da Paróquia de Castelo Branco dinamizou e entusiasmou de novo os jovens da cidade de C. Branco, com vista a criar um Agrupamento do CNE, na cidade.

Tendo vindo para a Paróquia outro entusiasta do Escutismo, Padre Manuel Carrilho Bugalho continuou o trabalho já desenvolvido, com o mesmo entusiasmo do seu antecessor. A semente germina, finalmente, com duas reuniões para raparigas e rapazes, no Salão de Festas da Igreja do Cansado e na Casa de Santa Maria, a 4 de Fevereiro de 2012. São formados os primeiros dirigentes - fundadores do Agrupamento 160 CNE de Castelo Branco, nomeados em O.S.N.º 222 19/02/1963, Acácio da Silva Meira Rosado (falecido), Arnaldo Vieira (falecido), Maria Teresa Cardoso

Salema, Mila Rosado, Joaquim de Sousa Castanheira, Padre João de Deus e Maria Graciette Santos Quintas. O Agrupamento 160 CNE de Castelo Branco nasceu assim, em 1962, com a homologação da Junta Central do CNE, oficialmente a 19 de Fevereiro de 1963, tendo como Patrono S. Miguel, Padroeiro da cidade e paróquia de Castelo Branco, e as Promessas a 17 de Março de 1963, na igreja de Santa Maria do Castelo. Muitos foram os Dirigentes e jovens da cidade de Castelo Branco, que desde então passaram por esta escola – O Escutismo – os

dirigentes entregando sempre o melhor de si e os jovens procurando, na sua caminhada do dia a dia do seu viver, servir o próximo. O Agrupamento guarda de todos, dirigentes e jovens as melhores recordações. O programa das comemorações teve início em Fevereiro e prolonga-se durante um ano. Aqui ficam as principais datas: 04 e 05 de Maio – 2012 – PROMESSAS - 04 Maio – 21:00 h - Velada de Armas |05 Maio – 11:00 h - Promessas Escutas – N. Senhora de Mércules |Almoço de escuteiros, Entidades, pais e madrinhas e antigos escuteiros | Tarde de Convívio; Dias 04 a 10 de Agosto – 2012 - Participação no XXII ACANAC – Verão de 2012 – Idanhaa-Nova Dia 15 – 20 – Outubro – 2012 - Sábado Semana Escuta do Cne - Jota – Joti 2012 Centro Cívico – Aberto à Comunidade Dia 19 – Novembro – 2012 – Sábado - Actividade com a Comunidade – Centro da cidade - Actividade de Ambiente ou outra área … Dia 17 – Março – 2013 - Sábado - Sessão Solene de Encerramento: Lançamento de Livro sobre Agrupamento 160 Cne C.Branco e Porto de Honra para convidados e escuteiros e antigos escuteiros. K José Aleixo Ferreira _ (CNE – Castelo Branco)

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Maria João Lopo de Carvalho

Antes marquesa do que rainha

7 Maria João Lopo de Carvalho tem cerca de 40 títulos publicados, muitos dos quais dedicados à literatura infantojuvenil. É autora da série juvenil 7 Irmãos, colecção recomendada pelo Plano Nacional de Leitura. Escrever para a infância é a sua “zona de conforto”, a literatura para um público adulto é encarada como um desafio. Marquesa de Alorna (Oficina do Livro) é o seu primeiro romance histórico e um propósito que vem da adolescência, escrever sobre esta personagem da cultura portuguesa do século XVIII, que esteve ligada à criação das Escolas Femininas em Portugal. No seu estilo desarmante e bem-humorado a autora afirma não estar mais na disposição de escrever “romancezinhos de cordel” e ter definitivamente enverdado pela linha do romance histórico.O próximo romance será também sobre uma personagem histórica feminina portuguesa, por revelar, com data de publicação para o próximo ano. A convite da Escola EB João Roiz em Castelo Branco a escritora deslocou-se à Escola, onde apresentou Marquesa de Alorna e falou com o Ensino Magazine.

Eles têm diversão muito facilitada com imagens, com a televisão, os computadores, os telefones. Eles vivem num mundo de imagens. E para lhes dar um mundo de letras que não tem imagens, só podemos ir por um lado, que é a parte lúdica. Estar bem escrito, passar valores, mas sobretudo ser um livro divertido, porque senão não vão pegar naquilo. Ter livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura aumenta a responsabilidade na hora de escrever? Quando ainda não entramos no Plano só temos uma ideia, entrar no Plano; quando estamos no Plano, não podemos conceber fazer um livro que não entre para o Plano.Claro que é uma responsabilidade, mas uma responsabilidade partilhada. Nós escrevemos, temos as ideias, mas temos um Editor, temos um recuo, que nos vai chamar à razão. Já aconteceu várias vezes irmos por temas fracturantes, nos livros dos 7 Irmãos, e a editora não achou que era aconselhável para miúdos tão pequenos falarmos daqueles temas e termos de reescrever metade do livro. Temos sempre uma rede, que nos ajuda e nos aconselha e por isso estamos confiantes. Se algo não estiver bem, ou adequado, para a faixa etária que é, obriga-nos a reescrever. Mas claro que é uma responsabilidade.

Escreveu um livro de cerca de 700 páginas sobre a Marquesa de Alorna. Como é que surgiu o interesse por esta personagem Histórica? Não são 700 páginas, são para aí 600, porque o resto é bibliografia. Mas enfim, um livro grande, um livro de um quilo, sobre a Marquesa de Alorna. Porque sempre vivi a minha adolescência, em idade adulta, mesmo em criança, as férias grandes, os fins-de-semana maiores, as férias da Páscoa, Natal, na casa que foi da Marquesa de Alorna. O meu bisavô comprou uma propriedade aos decendentes da Marquesa de Alorna, e como só teve uma filha, que era a minha avô, obviamente em linha directa passou para os netos todos, que são 15 accionistas neste momento. Já há cinco gerações. A casa onde ela morou é agora a casa onde nós passámos grande parte do nosso tempo, por isso é óbvio que há uma influência directa da Marquesa, na nossa família. Não só em mim, mas em todos os que dormimos lá. Sou talvez a única que seguiu um curso de letras, tenho livros publicados, e portanto era natural que fizesse um livro sobre a Marquesa. Sempre o disse, mesmo quando tinha 15 anos. A Marquesa de Alorna podia ser uma mulher deste século? A Marquesa de Alorna é uma mulher deste século. É uma mulher intemporal, de todos os séculos. O que ela não era, era do século XVIII. O único século de onde não poderia ser, foi o século onde teve o infortúnio de nascer. Ela tinha uma determinação e uma tenacidade absolutamente invulgares de mudar o estado de coisas. Percebeu que ia romper com muitas das tradições e com muito do que estava estabelecido. A força que ela teve a mudar o Ensino em Portugal, a criar as Escolas Femininas, a romper com o estabelecido nos canônes da poesia; em política, a tentar salvar o Portugal, as suas convicções e as

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Obedece a uma rotina de escrita? suas tradições, e ao mesmo tempo dar-lhe um ar de liberdade e de novidade, com os ideais da revolução francesa. Eu acho que ela pertencia ao nosso tempo, e não ao século XVIII. A História de Portugal têm mais personagens que a fascinem a ponto de voltar a escrever outro romance histórico? Farei tudo menos rainhas, como eu digo. As rainhas são-no porque nasceram rainhas, não por mérito próprio.As mulheres tão importantes que fui descobrindo, quando fiz a pesquisa, são todas biografáveis, por exemplo: a Maria Amália Vaz de Carvalho, a Luísa Todi, a Luísa Sigeia, a Josefa de Óbitos. Mas a próxima, que não vou dizer publicamente qual é, todas as mulheres portuguesas se identificam. Vai ser, no Natal de 2013. Literatura juvenil ou literatura para um público adulto, em qual dos dois registos se sente mais confortável? É a mesma coisa que perguntar se gosto mais da mãe ou do pai (Risos). Não sei. A minha praia é a literatura infanto-juvenil, porque faço com muita facilidade, sinto-me muito confortável a fazer, não exige esforço e como ando numa vida tão atarefada, em escolas, em visitas de autor, em todos os trabalhos que tenho de encomenda, a literatura infanto-juvenil é uma distracção para mim.É tão divertido para eles ler, como para mim escrever. Claro que tem essa função lúdica mas tenho sobretudo a convicção que com a

minha escrita consigo pô-los a ler e a gostar de ler. Não faço um esforço, estou muito dentro do que eles gostam, tenho muito convívio com eles, como professora também. A literatura para adultos é um desafio e por isso é tão redentor fazer para crianças como para adultos, no sentido em que é difícil, exige esforço. Não vou fazer mais romancezinhos de cordel, optei por seguir esta linha mais histórica, até porque eu também aprendo. É um desafio ensinar e eu própria aprender com isso. Fazer com que o público goste e se interesse e sobretudo melhorar e crescer na parte literária.

Completamente. Não há cá inspiração, há transpiração. Essa é a desculpa dos preguiçosos, desculpas para quem não quer trabalhar. Ao princípio comecei por encarar a escrita como hobby, agora com a fasquia mais alta e com estes prémios - o ano passado, Os 7 Irmãos, como o melhor livro infantil da Sociedade Portuguesa de Autores, e este livro da Marquesa, como personalidade literária do ano - fizeram com que pensasse no que poderia fazer em termos futuros. A parte escrita para mim, hoje em dia, é um trabalho como dar aulas, ou outra coisa qualquer.

A experiência enquanto professora ajudou-a a escrever a colecção 7 Irmãos?

As redes socias estão a roubar tempo ao livro? Andamos mais ocupados a escrever do que a ler?

Imenso. A experiência enquanto professora, enquanto chefe dos escuteiros, mãe, tia, enquanto organizadora de festas de aniversário, que era o que fazia em miúda, tudo isso me ajudou e me ajuda todos os dias. Tenho um bocadinho aquele complexo de Peter Pan, nunca cresci o suficiente e portanto estou muito dentro do que eles acham divertido. A parte iconoclasta, contrariar os canonês todos, fazer as partidas que os miúdos adoram, fugir da Escola à noite, desobedecer, e por outro lado depois sofrer as consequências disso. No fundo é isso que retrata os 7 Irmãos, é a rotina quotidiana dos miúdos. O que é que pode cativar os jovens para as histórias dos livros? Divertirem-se, só. Acho que não há mais nada que os cative senão a diversão.

Andamos mais ocupados na solidão, do que na companhia. As Redes Socias são um embuste para mim, e perde-se um tempo infinito, sim. Roubam muito tempo aos livros, muito tempo à leitura e são muito viciantes. Queremos estar com pessoas, virtualmente, porque a vida atarefada não dá para estar todos os dias e acabamos por estar sozinhos em frente a um computador a partilhar as vidas, a solidão. Então, solidão por solidão, antes a solidão acompanhada de um livro, que não é solidão nenhuma. K Entrevista: Eugénia Sousa _ Fotos: Direitos Reservados H   

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gente e livros

Yasmina Khadra 25 de Abril T O livro A Hora da Liberdade, da autoria de Joana Pontes, Rodrigo de Sousa e Aniceto Afonso foi lançado no dia 19 de Abril, na Associação 25 de Abril. A Hora da Liberdade (Editora Bizâncio) reúne testemunhos dos protagonistas da Revolução e é mais um contributo importante para compreender o momento histórico que conduziu o país à liberdade. K

Ciclo de Escritores T A última sessão do ciclo de debate Grandes Escritores- Prémios Cervantes e Camões decorreu este mês de Abril, à semelhança dos outros encontros, na Livraria Bulhosa, de Entrecampos, em Lisboa. A sexta sessão do ciclo de debate Grandes Escritores foi dedicada ao escritor brasileiro Jorge Amado.A iniciativa é da Casa da América Latina, em colaboração com a Instituto de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos (Faculdade de Ciências Sociais e humanas, Universidade Nova Lisboa) e do Centro de Estudos Comparativista (Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa). A sessão foi orientada pela docente e investigadora Sara Rodrigues de Sousa. K

Fotojornalismo T O Prémio de Fotojornalismo 2012: Estação Imagem/Mora foi atribuído a António Pedrosa por uma reportagem sobre uma comunidade cigana do Bairro do Iraque, vila transmontana de Ansiães. O júri internacional que analisou 452 trabalhos a concurso defendeu a escolha pela voz do seu presidente, Emílio Morenatti, que afirmou “era a melhor história, muito fácil de contar e entender e contada com forte dramatismo.”.O Prémio é promovido pela associação Estação Imagem em Mora. K

7 «Vivíamos reclusos no nosso pedaço de terra, semelhantes a espectros entregues a si próprios, no silêncio sideral dos que não têm grande coisa a dizer uns aos outros: a minha mãe à sombra do seu casebre, curvada sobre o seu caldeirão, remexendo maquinalmente um caldo à base de tubérculos de sabores dicutíveis; a minha irmã Zahra, mais nova do que eu três anos, esquecida num canto, tão discreta que muitas vezes não nos dávamos conta da sua presença; e eu, rapazinho enfezado e solitário, qual flor acabada de brotar e já murcha, carregando os meus dez anos como outros tantos fardos. Não era vida; existíamos apenas. Acordarmos de manhã era milagre e, de noite, quando nos preparávamos para dormir, interrogávamo-nos se não seria sensato fechar os olhos de uma vez por todas, convictos de termos pesado todas as coisas e concluído que

não mereciam que gastássemos tempo com elas. (...)». In O Que o Dia Deve à Noite O escritor Yasmina Khadra, pseudónimo de Mohamed Moulessehoul, nasceu a 10 de Janeiro de 1955, em Kenadsa (Sahara Argelino). O pseudónimo serviu para passar à clandestinidade, e a escolha de um nome literário feminino Yasmina Khadra (em árabe, Jasmim Verde) foi a sua homenagem à coragem da mulher argelina que “mantém uma chama num país desesperado”.

Aos nove anos de idade, o pai de Mohamed Moulessehoul matriculou-o na Escola Militar (Escola Nacional de Cadetes da Revolução) para se tornar oficial. Começa a escrever quando ainda se encontra no exército. Termina a primeira colectânea de contos Houria (1973) que só serão publicados 11 anos mais tarde. Integra a Academia Militar Inter-Armas de Cherchell, que deixa, em 1988, com a patente de segundo tenente. Une-se à unidade de combate na Frente Ocidental. Em Setembro de 2000, após 36 anos de vida militar, deixa o exército para se consagrar em definitivo à literatura. Em 2001, após uma curta estada no México, com a mulher e os três filhos, instala-se em Aix-en-Provence, França. É em França que vive na actualidade. Reconhecido internacionalmente como uma das vozes mais significativas da literatura árabe, Yasmina Khadra está traduzido em quase 40 línguas.

Da sua bibliografia fazem parte, entre outros, os romances: Morituri (1997); Com que Sonham os Lobos (1999); O Escritor (2001); As Andorinhas de Cabul (2002); Amen (1984); O Que o Dia Deve à Noite (2008); As Sirenes de Bagdade (2006); e O Atentado (2005). Em Portugal os seus livros estão publicados pela Editora Bizâncio. O Que o Dia Deve à Noite. Anos trinta, Argélia Colonial. O pequeno Younes vive no campo com os pais, e a irmã mais nova, Zahra. São agricultores, mas um incêndio destrói a colheita da qual depende a sobrevivência da família. Sem meios de subsistência, rumam à cidade de Orão, onde ficam a morar no bairro miserável de Jenano Jato. Aqui, outros golpes do destino ditam a sorte de Younes. Sem possibilidades económicas, o pai entrega-o aos cuidados do irmão. À guarda do tio, um novo mundo abre-se para ele. K Página coordenada por Eugénia Sousa _

edições

Novidades Literárias ra, Martha. Aqui, Lynnie dá à luz uma menina, que deixa à guarda de Martha, antes de ser novamente reconduzida para a Instituição. Homan consegue escapar e a família fica separada. Esta é a história de um esforço extraordinário para um reencontro.

7 D. Quixote. O Teu Rosto Será o Último, de João Ricardo Pedro. A Revolução de 1974 é o ponto de partida para uma história onde se cruzam várias vidas. A do homem misterioso que sai de casa armado, numa madrugada fria; a de Augusto Mendes, o médico que o tratou, quarenta anos atrás, quando o levaram bastante ferido ao seu consultório; e do seu filho António, com duas comissões cumpridas em África. Todos eles sofreram com a ditadura, a repressão política e a guerra colonial. Anos volvidos sobre o 25 de Abril, a esperança da família voltam-se para Duarte, o pianista de talento. O Teu Rosto Será o Último foi Prémio Leya em 2011 e é já um sucesso editorial.

Bertrand. A História da Rapariga Bonita, de Rachel Simon. Lynnie, uma jovem branca com problemas de aprendizagem e Homan, um afroamericano surdo, vivem fechados e esquecidos numa Instituição. Apaixonados um pelo outro, decidem fugir daquele lugar, refugiado-se na quinta de uma antiga professo-

Porto Editora. O Exótico Hotel Marigold, de Deborah Moggach. O Dr. Ravi Kapoor está no limite das forças e num beco sem saída: trabalha de mais; o hospital na zona sul de Londres onde exerce está sem dinheiro; e os jornalistas perseguemno, devido a um caso de alegada negligência médica. É neste cenário de caos que o seu primo Sonny tem a ideia revolucionária de converter uma estalagem em Bangalore, na Índia, num lar tipicamente inglês, para idosos. Gradiva. Novas Conversas de Escritores, de José Rodrigues dos Santos. Depois do sucesso de Conversas de Escritores, o jornalista e escritor regressa às entrevistas com Novas Conversas de Escritores. Uma

série de entrevistas a escritores internacionais como Ken Follett, Umberto Eco, Arturo Pérez-Reverte ou Paul Auster. Reflexões sobre o mundo e a escrita de grandes nomes da literatura mundial e as histórias de bastidores desses encontros.

Relógio D`Água. Água Viva, de Clarice Lispector. Num estilo único, livre de um enredo ou da obrigação de ter de contar uma história, Clarice Lispector escreve como pensa, sente ou vive. Para falar da sua obra a escritora afirma:“sei o que estou fazendo aqui: estou improvisando. Mas que mal tem isso? Improviso como no jazz improvisam muita música, jazz em fúria, improviso diante da plateia”. Mas talvez a melhor explicação para a sua escrita esteja na declaração “Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida.” Asa. As Serviçais, de Kathryn Stockett. Sul dos EUA, anos sessenta. A jovem Skeeter terminou a Universidade e está de regresso a casa no Mississipi. Ela quer escrever um livro sobre as amas negras, que criam as crianças brancas daquela terra. Para tal, precisa do testemunho dessas mulheres e da ajuda imprescindível de Aibileen, a empregada negra que criou 17 crianças brancas e da irreverente Minny. Numa América marcada pela segregação racial, estas mulheres abraçam um projecto tão perigoso como nobre.

Europa-América. Nasci para Nascer, de Pablo Neruda. A obra completa o retrato de Neruda, iniciado com o livro de memórias, Confesso que Vivi. Diversos cadernos agrupados por estilos que variam entre a carta, a palestra, o poema, a narrativa de viagem; com temas que vão desde a divagação poética, viagem interior, ou discurso sobre o papel social do poeta, sem esquecer a situação política do Chile. Um abrir de alma genuíno e poderoso.

Presença. Evocação - A Minha Vida com Che, de Aleida March. Em 1958, num encontro na Serra Escambray, Aleida March conhece Che Guevara. Mais de quarenta anos depois da morte de Che, Aleida dá-nos uma visão única da vida ao lado de uma dos maiores revolucionários do século XX. Retrato que traz a público documentos inéditos: cartas, fotografias e poemas, Evocação – A Minha vida com Che é a história de um mito e de um amor. K

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Fado é Património Mundial e Imaterial da Cultura

Ana Moura 6 Natural de Coruche, embora tenha nascido na maternidade do hospital de Santarém, esta fascinante cantora de voz quente quase rouca, é uma referência incontornável das novas fadistas do século XXI. Ana Moura chegou ao fado pela mão da consagrada Maria da Fé que a levou a animar as noites da casa de fados Sr. Vinho, em Lisboa. Em 2003 edita o seu primeiro trabalho, Guarda-me a vida na mão e, nesta altura começa a deslocarse ao estrangeiro, começando pelos Estados Unidos, seguindo-se depois, ao longo dos anos, numerosos palcos dos mais diversos países como Holanda, França, China, Alemanha, Espanha, México, Itália, Japão e República Checa. Em 2005 grava Aconteceu nomeado para um dos mais prestigiados prémios da World Music – os Edison Awards. “É por esta altura que surge o convite de Tim Ries (saxofonista dos Rolling Stones e que ficou encantado com a voz de Ana Moura através de um disco que encontrou no Japão) para participar no 2º volume da coletânea “The Rolling Stones Project”, um trabalho por ele dinamizado. Assim, aproveitando o concerto dos

Rolling Stones no Porto, Ana Moura grava dois temas adaptados para fado por Jorge Fernando e Custódio Castelo. Mais tarde, Ana Moura viria a ser surpreendida com um convite dos Stones para subir ao palco do Estádio Alvalade XXI, em Junho deste ano e, perante mais de 30 mil pessoas, cantar com Mick

Jagger a sua versão de “No Expectations”. Segue-se Para além da saudade, o seu terceiro trabalho de originais, que sai já em 2007. Aqui a fadista, mantendo a ligação ao autor, compositor e fadista Jorge Fernando, continua a arriscar no seu reportório e canta poemas de Fausto, Nas-

cidos do mar, Amélia Muge, O Fado da Procura e Nuno Guedes, Mapa do Coração. Estava na altura voltar à estrada e percorrer o país para encantar o público das principais salas de Portugal; Ana Moura acabará a cantar na Casa da Música, no Porto, no Centro Cultural de Belém e no Castelo S. Jorge, em Lisboa, onde

participou nas grandes noites de fado, integradas nas Festas da Cidade de Lisboa. Em Maio de 2007 recebe o Prémio Amália, atribuído pela Fundação Amália que premiou a melhor cantora de fado naquele ano. Edita ainda, mais tarde, Para além de Saudade e Leva-me aos fados. Já em 2011 sai Ana Moura (Box), caixa com os quatro CD da fadista mais um DVD a acompanhar. Referência também para o ano 2008, altura em que Ana Moura pisou os palcos dos míticos coliseus de Lisboa e Porto na companhia de Maria da Fé, Beatriz da Conceição e de Jorge Fernando, seu produtor musical, acompanhada ainda pela reconhecida orquestra alemã Frankfurt Radio Bigband. No próximo dia 25 de Abril a fadista atuará em Frankfurt, Alemanha. Segue-se a 26 de Maio um espetáculo em Vila do Bispo, dia 20 de Junho em Bilbao e a 22 deste mês nos Teatros del Canal, Madrid. Finalmente, para já, a sua agenda vai até à Turquia onde, no dia 26 de Junho, atuará em Istambul. K J. Vasco _H Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Prazeres da boa mesa

Crumble de Maçã Bravo Esmolfe

3 Ingredientes para a Massa Doce (20 pax): 500g de Farinha s/ Fermento 2 Ovos 250g de Açúcar 250g de Margarina

3 Gemas 50g Açúcar 1/2 Vagem de Baunilha Preparação para o Creme Inglês: Levar o leite ao lume a ferver com a vagem cortada ao meio. À parte misturar o açúcar com as gemas. Adicionar cuidadosamente o leite quente às gemas. Levar ao lume a engrossar, sem deixar ferver.

Preparação para a Massa Doce: Misturar o açúcar com a margarina amolecida. Juntar os ovos um a um mexendo bem. Juntar a farinha sem amassar muito.

Finalização: Levar a tarte a aquecer, depois de quente, dispor uma bola de gelado e a telha crocante. Guarnecer com frutinhas dos bosques. K

Ingredientes p/ o Crumble (20 pax): 200g de Manteiga 200g de Açúcar 200g de Amêndoa em Pó 200g de Farinha s/ Fermento 15g de Sal Fino Preparação para o Crumble: Misturar tudo na máquina com a raquete. Espalhar num tabuleiro e levar ao forno, a seco, a 180ºC até ficar dourado. Deixar arrefecer e soltar (ficando grosseiro).

Preparação para a Telha: Misturar tudo na máquina com a raquete. Depois moldar a forma pretendida e cozer no forno, a seco, a 180ºC até ficar dourado.

Ingredientes para a Telha (20 pax): 95g de Farinha s/ Fermento 155g de Açúcar em Pó 100g de Claras 75g de Margarina

Ingredientes para a Maçã (20 pax): 150g de Maçã Bravo Esmolfe em Cubos 1 Laranja em Sumo e Zeste 50g de Açúcar

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Publicidade

1 Pitada de Canela 10g de Gengibre Ralado Preparação para a Maçã: Misturar tudo e deixar a marinar de um dia para outro. Saltear um pouco. Deixar arrefecer. Rechear a forma de massa doce com o preparado e cobrir com o crumble. Ingredientes p/ Creme Inglês (20 pax): 250g de Leite

Mário Rui Ramos _ Executive Chef Ô Hotels and Resorts Monfortinho


música One Direction - Up all night 3 Os One Direction são mais um projecto de laboratório. O colectivo juntou-se no programa televisivo X Factor no ano de 2010. O grupo é formado pelos jovens, Liam Tomlinson, Zayn Malik, Harry Styles, Louis Payne e Liam Payne. O primeiro tema “What makes you beautiful” foi conhecido em Setembro de 2011, tendo conseguido atingir o primeiro lugar do top de singles em Inglaterra, a sua terra Natal. A segunda amostra do novo trabalho foi o single “Gotta be you”, que chegou aos top´s no final do ano passado. Os One Direction aproveitaram a visibilidade do programa em que participaram e conseguiram divulgar bem o seu trabalho, o que lhes permitiu vencer vários prémios. Este projecto é claramente influenciado pelos Backstreet Boys. A fórmula utilizada é uma cópia do colectivo Americano, desde a imagem à sonoridade da sua música. O som dos One Direction é na linha pop, com composições bem construídas, onde surge algum romantismo, com letras direccionadas para o público mais novo. Trata-se de mais uma boys band que tenta a sua sorte no mundo da música, tentado copiar projectos que no passado recente conseguiram triunfar. Em relação aos destaques de “Up all night”, os temas fortes são os singles”What makes you beautiful”, “Gotta be you” e os temas “More than this” e “Tell me a lie”. Este álbum chegou recentemente ao nosso mercado, tendo conseguido entrar no top dos trinta mais vendido. Será interessante observar a performance do registo em Portugal. Será que eles vão conseguir ter muita popularidade por cá? K

pela objectiva de j. vasco

Dia Mundial dos ciganos

Madonna - MDNA 3 A diva Norte Americana está de volta com o seu décimo segundo registo de estúdio. O primeiro avanço foi o single “Give me all you luvin” que foi editado no início do passado mês de Fevereiro. O tema conta com as colaborações de MIA ,Nicki Minaj e Martin Solveig. A segunda amostra foi o tema”Girl gone wild” que foi dado a conhecer poucos dias antes da edição do álbum no mercado. Os dois singles foram bem recebidos pelos media, tendo conseguido ter grande visibilidade em artigos, nas publicações especializadas e muito air play nas rádios. Na produção do novo “MDNA”, colaboraram vários nomes credenciados como William Orbit, Benny Bennassi, Michael Malih, Alle Benassi, Indiigo Muanza e The Demolition Crew. Madonna volta a acompanhar a evolução na música, tentando manter o seu som na linha da frente, com composições que mostram as actuais tendências do mercado. O disco apresenta sonoridades pop dançáveis e muita electrónica na vertente comercial e mais alternativa, sendo interessante destacar que a cantora já faz parte da classe dos cinquenta, mas apresenta uma energia incrível! Continua a contagem decrescente para o regresso de Madonna a Portugal, dia 24 de Junho. O Estádio Municipal de Coimbra recebe um dos espectáculos da tour de promoção do novo trabalho.Os temas fortes do novo registo, são os singles “Give me all you luvin”,”Girl gone wild” e os temas “Superstar” e “Beautiful killer”. K

Snow Patrol - Fallen empires 3 Os Snow Patrol acabam de editar o sexto álbum do seu currículo, chama-se “Fallen empires”. A banda Britânica ficou globalmente conhecida devido ao sucesso dos singles “Just say yes”, “Signal Fire”,”Chasing cars” e “Run”. O colectivo liderado por Gary Lightbody gravou o novo trabalho na Califórnia durante o ano de 2011. As misturas foram efectuadas no estúdio de Jacknife, e as gravações dos coros foram feitas pelo La Inner City Mass Gospel Choir. Para promoção do álbum já foram editados vários singles, o primeiro foi “Called out in the dark, o segundo “This isn´t everything you are” e terceiro é muito recente chama-se “In the end”. Em alguns mercados mais fortes foi editado um quarto single, no final de 2011, a escolha recaiu para “New York”. A sonoridade das novas músicas continua no rock electrónico com fortes refrões, constituindo uma agradável mistura de ritmos, numa atmosfera sonora capaz de agradar às novas gerações e conquistar a velha guarda do rock. Em relação a destaques do alinhamento deste álbum, os melhores temas são os singles “Called out in the dark”, “This isn´t everything you are”,”In the end” e a faixa “The weight of love”. “Fallen empires” é mais um passo certo para consolidar a carreira dos Snow Patrol, que até em Portugal têm um considerável numero de seguidores, devido à grande presença dos seus singles nas nossas rádios. K Hugo Rafael _

3 No passado dia 8 de Abril celebrou-se o Dia Internacional do Cigano. Passamos a transcrever parte de uma resolução do Parlamento Europeu sobre a escolaridade das crianças ciganas: “O Parlamento Europeu adotou uma resolução sobre o abandono escolar precoce no qual se dedica particular atenção aos jovens imigrantes e das comunidades ciganas (…), o Parlamento Europeu refere, igualmente, que o abandono escolar está relacionado com situações de pobreza e de exclusão social. Neste sentido, importa referir que 20 % das crianças ciganas não estão escolarizadas e 30 % abandonam precocemente a escola. De acordo com a resolução, o abandono escolar precoce é mais frequente entre as meninas (por volta dos 12/13 anos) em comparação com os meninos (por volta dos 14/15 anos). Refere, igualmente, que no caso das comunidades ciganas são necessárias medidas específicas para combater estas situações, nomeadamente um acompanhamento personalizado e individualizado, uma responsabilidade partilhada entre os diversos atores, o estabelecimento de diversos mecanismos de aprendizagem e o reforço dos vínculos/parcerias entre o sistema educativo e o mercado de trabalho.” K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

press das coisas Acer HN274H B 3 A Acer anunciou o lançamento de uma nova versão do monitor 3D de 27 polegadas, com a resolução 3 D HDMI e DVI (dual link). A novidade reside numa imagem melhorada e uma renovada tecnologia NVIDIA para reprodução de conteúdos 3D. O HN274H B pode ser ligado a fontes de sinal 3d como câmaras de vídeo, leitores Blu-ray, consolas de jogos, leitores Blu-Ray com suporte a emissões 3D. O monitor vem equipado com a mais recente versão da tecnologia NVIDIA 3D Lighboost, a que se juntam os óculos NVIDIA 3DVision 2. O design é esguio com cantos arredondados, tem botões de controlo sensíveis ao toque e um sistema de ventilação “sofisticado”. K

Sony Xperia Sola 3 Com data de lançamento marcada a partir de Abril, o novo smartphone Xperia Sola da Sony tem como grande atracção o ecrã com “toque flutuante”. A tecnologia Reality Display e Floating Touch promovem o novo terminal, que permite ao utilizador navegar entre secções e conteúdos, sem necessitar de deslizar o dedo pelo ecrã, apenas com o toque. Das suas características fazem parte o ecrã com 3,7, processador Dual Core a 1 GHz e motor gráfico Mobile Bravia, e tecnologia de som xLoud e Surround 3D. O novo smartphone tem de origem o sistema operativo Android 2.3, com possibilidade posterior de actualização para a versão 4.0. Está vocacionado para a interacção em redes sociais e acesso a serviços de conteúdos multimédia Sony. Os acabamentos podem ser em preto, branco e vermelho. K

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Quatro rodas

Tecnologia Trabant c Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é burro ou não tem arte. Foi o que aconteceu no final da segunda guerra mundial quando os Soviéticos chegaram primeiro a Berlim. A capital alemã então foi dividida em quatro sectores ficando os soviéticos com a parte monumental e industrial que mais tarde deu origem à Republica Democrática Alemã (RDA). De pouco lhes valeu. Dos monumentos pouco restou, estando os principais como o palácio imperial, ainda hoje a aguardar restauro. Quanto à zona industrial também não houve grande aproveitamento. Para o provar temos o protagonista da nossa crónica de hoje, que embora não fosse fabricado na capital alemã, demonstra o que acabei de referir. Vamos “falar” do Trabant, também conhecido por Trabi. O Trabant nasceu para ser o carro do regime da antiga RDA, espelhando o que do outro lado do muro se passava com o famoso carocha, que ia cumprindo o seu desígnio de “carro do povo”.

Foi em 1957 que saiu da fábrica da empresa Sachsenring em Zwickau o primeiro modelo, o P50, com motor de 500 c.c. que funcionava “a mistura” e tinha uma carroçaria de plástico. Num país onde não havia importações, este carro teve muita procura mas era rateado pelas regras que imperavam na RDA. Produzido num país de economia planificada, o Trabant chegou a ter uma lista de espera de 15 anos. Esta situação provocava uma inversão dos valores do mercado fazendo com que os veículos em segunda mão tivessem o dobro do valor relativa-

mente aos que acabavam de sair da fábrica. Muitas pessoas, aproveitando esta situação, encomendavam dois veículos à fábrica e quando os recebiam vendiam um deles, recebendo dessa venda, dinheiro suficiente para pagar os dois novos. Outra curiosidade tem a ver com o tipo de plástico que foi usado na carroçaria, muito difícil de reciclar. Foi mesmo necessário desenvolver um fungo para resolver esse problema. Continuando a história do nosso Trabi, este sofreu a sua primeira grande evolução em 1962 com o

P60 e dois anos depois o P601. Do motor “a mistura” ainda se evoluiu para motores Fiat e VW, mas a queda do muro cilindrou as eventuais pretensões de sobrevivência deste Automóvel. Depois da reunificação os alemães de leste puderam comparar a sua vida com a dos seus concidadãos ocidentais e no que respeita aos automóveis, ficaram envergonhados com o carro que tinham. Por essa razão, quase todos, foram literalmente abandonados nas ruas pelos seus proprietários.

Assim a produção deste automóvel foi encerrada em Abril de 1991 depois de produzidos mais de 3 milhões de unidades, algumas delas exportadas para a Holanda e Bélgica. A empresa Sachsenring substituiu depois de reconvertida. Hoje, os Trabant são uma atracção e passeiam pelas ruas de Berlim os turistas que os fotografam cheios de curiosidade. O valor destes automóveis começa também a ter alguma importância no mundo do coleccionismo. Para recordação fica a gravação de alguns vídeos no YouTube, sobre a forma expedita como os mecânicos tratavam os carros na linha de montagem. Pode espreitar em http://www.youtube.com/ watch?v=tRX7E0yZxh0. K Paulo Almeida _

Rali de Portugal em imagens 6 O rali de Portugal voltou a superar as expectativas. O Ensino Magazi-

ne apresenta-lhe a foto-reportagem de um evento que viu a dupla Mikko Hirvonen e Jarmo Lehtinen (vencedora da prova) ser desclassificada pelos Comissários Desportivos surgiu na sequência de situações não conformes com a ficha de homologação do Citroen DS 3 WRC. Mads Ostberg e Jonas Andersson foram os vencedores de uma competição que animou Portugal no final de Março e início de Abril. K

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Legenda: 1 - José Grosso (vencedor da categoria Clássicos); 2 - ; 3 - D Sordo; 4 - P Solberg (vencedor do rali em Lisboa); 5 - S Loeb; 6 - Armindo Araújo; 7 - M Édestberg; 8 - M Hirvonen

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No Conselho Geral da universidade técnica

Fusão entre Clássica e Técnica aprovada 6 O Conselho Geral da Universidade Técnica de Lisboa aprovou, no passado dia 16, por unanimidade a fusão com a Universidade de Lisboa, possibilitando o início de negociações com o Governo, disse à Agência Lusa o reitor da instituição. António Cruz Serra afirmou que a decisão do Conselho Geral foi um “passo fundamental” para a fusão, mas que o processo está

“muito dependente do êxito das negociações com o Governo”, nas quais a Técnica e a Clássica procurarão um “estatuto de autonomia reforçado” para a nova universidade resultante da fusão. Esse estatuto será “imprescindível para uma universidade desta dimensão e com este projeto por trás de si ser bem-sucedida”, salientou. Cruz Serra defendeu que

Pacheco Pereira defende Educação para os media

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para o processo ser bemsucedido é preciso que o Governo “esteja disponível Publicidade

Em Coimbra

6 O historiador José Pacheco Pereira defendeu, no passado dia 16, em Coimbra, que a escola não deve apenas ensinar as crianças a ler, escrever e contar, mas também educá-las para os media, desde a preprimária. Ao participar, na Universidade de Coimbra, num seminário de doutoramento com a comunicação “Educação para os Media”, o orador realçou que, quando as crianças ingressam no ensino pré-primário, “já têm milhares de horas de televisão”, e que é preciso dar atenção a este fenómeno ainda relativamente recente. “A socialização das crianças é hoje feita muito fora da escola e fora da família”, frisou Pacheco Pereira, acrescentando que a televisão e os jogos de vídeo vêm assumindo muito dessa importante função. No entendimento de Pacheco Pereira, “a sua (das crianças) perceção do tempo e do espaço é moldada pelos media modernos”. Salientou que, na escola, também a criança “é cada vez mais atirada para a internet”, para recolher informação, sem ser ensinada sobre a forma como o deve fazer. Na perspetiva do orador, deve ser ensinado às crianças o modo de ver televisão, alertando que esta não é a realidade, mas “uma construção narrativa”, e de

relevância e complexidade de gestão, merece um estatuto de autonomia reforçado”. Em simultâneo com as negociações com o Governo, há vários grupos de estudo das duas universidades a trabalhar sobre reorganização de cursos e o aumento de estudantes que a fusão implicará, indicou Cruz Serra.

que, na internet, “há lixo e não lixo”, e que é preciso saber navegar com proveito. A não ser assim, criase “uma camada de gente analfabeta dos media, mesmo quando os utiliza extensivamente”, acentuou Pacheco Pereira. O orador acrescentou que, sem essa educação para os media, haverá “uma maior institucionalização da ignorância, uma enorme dificuldade entre o saber e o palpite, uma perda muito significativa do papel da individualidade e da privacidade”. Haverá também - prosseguiu - “uma tendência para um relativismo cultural, em que tudo é igual, tem o mesmo valor”, seja uma canção da moda ou uma música clássica, um vídeo no “youtube” ou um filme de referência. “Tudo isto é o resultado de uma crise das mediações, que é um dos aspetos mais perniciosos do mundo contemporâneo. Ela manifesta-se com a crise da família, enquanto entidade mediadora da transmissão de conhecimentos e de socialização, da crise da escola, na crise das atividades profissionais que também deveriam ter esse papel de mediação, como o próprio jornalismo”, acentuou. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

para perceber que as limitações ao exercício da autonomia [das universidades]

neste momento são muitas” e que um projeto como o da fusão, “com esta dimensão,

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _


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