Ensino Magazine nº 177

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novembro 2012 Diretor Fundador João Ruivo

Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XV K No177 Distribuição Gratuita

www.ensino.eu

vote até final do mês Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS

universidade

UBI foi a votos para o Conselho Geral C

Castelo Branco distingue os melhores C

conselhos de Reitores e dos politécnicos avisam

Cortes no Orçamento podem parar Universidades e Politécnicos C

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Politécnico

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politécnico

Leiria quer estudantes com mais segurança C

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universidade

Assinatura anual: 15 euros

P 4, 7, 9, 10, 14 e 24

d. januário torgal ferreira, bispo das forças armadas

“Foram os filhos da nação que deram cabo disto”

Imperador do Japão recebe Salamanca

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D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas

A austeridade descasca as pessoas 6 Livre, frontal e polémico, assim é D. Januário Torgal Ferreira, o bispo das Forças Armadas e o rosto mais desassombrado da Igreja Católica portuguesa. Tem 74 anos. Tem memória de uma crise com estas proporções? Francamente não tenho memória de uma situação pior do que esta, ainda para mais em plena democracia. Despertei muito cedo para as questões da justiça social, muito por «culpa» do seminário e do papel de D. António Ferreira Gomes, que foi Bispo de Portalegre. Repare que durante o longo período do Estado Novo foram afloradas muitas questões do âmbito da liberdade de opinião, reunião, direitos, liberdades e garantias, mas eram sempre as questões sociais que vinham à tona. Perguntas básicas, do tipo, como é que o sapateiro consegue viver? Como é que o padeiro e o professor ganham tão pouco? Eram sempre as problemáticas da justiça social que emergiam. Acha que falta coração e sensibilidade soPublicidade

cial aos políticos? Isso tem a ver com o carácter e a formação das pessoas. Dou-lhe o exemplo de Francisco Sá Carneiro, natural da minha cidade, o Porto, e que foi presidente do PSD e PrimeiroMinistro. Independentemente do partido a que pertencia, admirei-o sempre e recordo a sua sensibilidade imensa por questões de natureza social. Sá Carneiro, que era um defensor da liberdade e católico - tinha de ser - afirmou que se houvesse uma crise nunca deviam ser prejudicados nos seus direitos e garantias a classe trabalhadora e mais empobrecida. Isto quer dizer alguma coisa. Nunca imaginou que mais de três décadas depois do 25 de Abril estivéssemos a retroceder socialmente? Nunca imaginei. Com o 25 de Abril atingiu-se um patamar de conquistas sociais que estamos a perder, com reflexos no nível de vida. Faço-lhe um desafio. Se consultar o arquivo da revista «Visão», no dia 28 junho de 2001, na transição de Guterres para Barroso,

verá que foi publicado um dossier intitulado «A crise», numa altura em que já se registavam inúmeros cortes. Então, alertei as pessoas para o que estava a ser feito. Por exemplo, num sector que conheço bem, as forças armadas, é inadmissível que o governo queira participar numa missão internacional e depois não consiga mobilizar os meios necessários para executá-la. É um contra-senso. Bem sei que há muito preconceito em relação às forças armadas e até há quem ache que as mordomias são demais, o que é falso, mas as forças armadas estão submetidas ao poder civil. Recuou 12 anos no tempo, até 2001. Uma eternidade… Veja lá, até ao início deste século. Mas nessa mesma revista, que tenho bem presente, também podia citar um artigo de Sousa Franco, que foi ministro das Finanças, em que ele afirma que num momento de crise, duas classes não poderiam ser atingidas: a classe média e os pobres. Curiosamente outro profundo católico, formado pela Doutrina Social da Igreja. Poucos minutos antes de começarmos esta conversa, vi o senhor ministro das Finanças, entrar-me pela casa a dentro através do ecrã do televisor para anunciar-me que «vão ser necessárias décadas» para isto entrar nos eixos. Como é que os pobres reagirão? Tiraram-lhes tudo. Eles são defendidos por quem? Só se for por Cristo, porque são as figuras de primeiro plano do Evangelho. A Igreja, que por vezes é acusada de ostentar em demasia, tem moral para fazer este discurso? A Igreja é um garante de sensibilidade social, mas não tenho problema nenhum em reconhecer que a Igreja devia ser, em alguns aspectos, mais simples e humilde. Refiro-me a casas, automóveis, paramentos, etc. Isso pode ajudar a potenciar reacções menos racionais e mais emotivas da população? Relativamente à Igreja não, porque o povo sabe que a Igreja é o ultimo reduto da defesa dos pobres e dos mais carenciados. A missão da Igreja é muito importante para ajudar as pessoas em situação de desamparo. Agora é um facto que as pessoas estão agressivas, desiludidas e acham que foram enganadas pelo actual governo por não terem apresentado os problemas concretos com verdade. Foi-lhes prometido tudo e agora estão pior do que antes. Este governo é o único responsável? Eu não vou dizer que os que por lá passaram não tiveram culpa. O que eu defendo é justiça social e prioridade aos pobres. Devia existir uma equidade nos salários, nas pensões, etc. É imoral haver pensões de 70 mil euros. Como explica que os políticos sejam in-

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consequentes nas suas promessas eleitorais? O problema que existe em Portugal é que só se resolvem os problemas quando as medidas dão votos, só se publicam leis favoráveis quando as eleições se aproximam, os políticos aparecem, com ou sem boné, a dar beijinhos e abraços aos populares apenas quando estão em campanha eleitoral. Não existe proximidade com o povo. E mesmo que estes governantes quisessem cultivar essa proximidade seria difícil, até pelo momento de convulsão que atravessamos. Não posso admitir é que um povo seja deseducado e rude relativamente a um governo legal e democraticamente eleito. Mas o povo também é muito avisado nestas situações e costuma dizer na sua eterna sabedoria, «quem semeia ventos, colhe tempestades»… Disse numa entrevista recente que «a quebra da palavra dada é uma forma de corrupção». Significa isto que os políticos que mentem são corruptos? Não tenho dúvidas que há uma corrupção moral. A mentira é a corrupção da verdade. As pessoas ficaram muitas escandalizadas quando eu disse que estes são diabinhos e os outros anjos. Os outros não eram, de forma alguma, anjos. Eu disse com ironia, queria revelar que estes ainda são piores, porque prometeram reabilitar, pedindo tempo, e subitamente introduzem austeridade, mendicidade e empobrecimento. Há um aforismo clássico latino que diz assim: «A corrupção daquele que se julga óptimo, é péssima». Lembro-me bem que Passos Coelho, quando era líder da oposição, disse a Sócrates, a propósito do PEC IV: «Basta». E disse bem. E isso valeu-lhe muitos votos. Perante isto, porque é que o bom povo português terá de apoiar agora o que faz Passos Coelho? Assistimos à morte de uma organização e de uma estrutura, assente numa certeza, num propósito e numa promessa. Concorda com Medina Carreira quando este diz que os actos eleitorais são autênticas «burlas democráticas»? Perfeitamente. Como sou livre e frontal, recebi palmas e insultos por aquilo que disse na “TVI 24” sobre a corrupção deste Governo. Eu não quero nem uma coisa nem outra, eu quero simplesmente estar do lado da verdade O dr. Bagão Félix , como é uma pessoa educada e bem formada, não quis usar o termo «roubo», preferindo adoptar «confiscação», que é igualmente um vocábulo forte e que significa que pessoas que andaram tantos anos a descontar para o Estado sentem-se, de um dia para o outro, ludibriados. Perante isto, não nos podemos admirar se eclodirem situações descontroladas. Já em 2008 falei desta possibilidade, porque a situação já então era gravíssima. A última manifestação do 15 de Setembro foi uma eloquente demonstração de um comportamento sem mácula e uma cidadania exemplar. O 15 de setembro foi aquilo que eu considero um ;


verdadeiro plebiscito. E muitos não saíram à rua porque são amorfos e timoratos, mas no dia seguinte foram os primeiros a juntarse aos que participaram, como se tivessem ganho. A Igreja tem tido uma postura prudente em temos de comunicação. D. José Policarpo disse que a «rua não resolve nada». Subscreve? Muito estimo as palavras do Cardeal Patriarca, mas creio que a rua pode resolver, remotamente. Repare que as pessoas saem à rua em busca de uma certa eficácia fruto das suas acções. D. José Policarpo está a pensar em reformas e soluções, mas, no fundo, a multidão que sai à rua quer dizer ao governo que não está a ser ouvida. «Estamos a ser barbaramente penalizados», «tenham pena de nós», «ajudem-nos». É isto que se «diz» quando o povo vem para a rua. Se a estruturas democráticas estão atentas à realidade, pelos menos dizem que não são surdas nem mudas, então devem ouvir os gritos e responder aos clamores. Uma manifestação é uma voz, um texto, uma mensagem. Não se lembra da manifestação protagonizada por dezenas de milhares de professores vindos de todo o país que desceram juntos a Avenida da Liberdade contra as medidas do governo Sócrates? Não vi violência, nem desmandos. O papel da igreja é de crescente complementaridade a um Estado a esvaziar-se de funções? O papel da Igreja é, para começar, de grande sabedoria e de veicular uma atitude pedagógica para refrear comportamentos violentos. Deve actuar com a Doutrina Social da Igreja e não ter receio de defender os direitos. Mas não gostaria de ver a igreja a contra-vapor, quando o vapor é a luta pela justiça. A igreja deve ser uma locomotiva, abrir caminho. Referiu o termo pedagogia. Há um défice

de pedagogia nos mais variados quadrantes da sociedade em que nos inserimos? Falta muita pedagogia e muita lucidez. Veja que este governo não se preocupou em comunicar as medidas de austeridade de forma metódica, organizada e sequencial. O que vimos é um governo com uma crise de soluços e que insiste na teoria de atirar o barro à parede a ver se pega. A estratégia é apresentar de forma inicial um cenário apocalíptico, para depois ir recuando aos poucos. Pinguinha a pinguinha, de forma matreira, um típico tratamento de ingénuos. O povo ainda acredita neste governo? Faz-me lembrar o caso daquele elemento do casal que foi infiel e depois regressa, como se nada fosse. Pode haver perdão, mas a marca da desconfiança não desaparece. Uma parte significativa do povo português já não confia e antevê a cada minuto um novo “tsunami”. As pessoas andam desconfiadas e isto é terrível. O crescimento económico depende da confiança, mas para se registar crescimento cultural e psicológico é rigorosamente igual. Se numa sala de aula um aluno interioriza que o professor, tem qualquer coisa contra ele, este individuo é um vencido logo à partida. Também aqui mais vale franqueza em comunicar ideias. Os professores e os políticos deviam ser, pelo menos em tese, referências e formadores de consciências. Pensa que estão a cumprir essa função? A ministra da Justiça afirmou, durante a sua alocução nas jornadas parlamentares do PSD e do CDS, que devia haver uma exigência ética para os políticos e que «nós devemos ser um exemplo». Ela estava a “pregar” para os seus colegas, numa altura em que um certo tipo de fazer política está desacreditada. A política é o espelho da sociedade. Vivemos numa sociedade desvalorizada e de contra-

cultura, que resiste a reflectir, quando existe gente sábia e capaz no país para o fazer. É uma lástima termos uma geração fantástica do ponto de vista do desenvolvimento científico, do saber e da aprendizagem, mas que não é estimulada e apoiada como devia ser. Não posso compreender um país que está a atirar jovens para fora das suas fronteiras. O êxodo do capital humano angustia-o? É uma doença de personalidade deixar o pai, a mãe e a restante família na terra natal, abandonando os sonhos e as aspirações. Esta austeridade vai “descascando” as pessoas, abatendo empresas, cortando com vocações e tirando sonhos às pessoas na idade mais radiosa e mais fascinante. Com isto estamos a gerar um grupo de revoltados. Os reitores das universidades têm denunciado que os cortes previstos para 2013 podem paralisar os estabelecimentos de ensino. A universidade como centro de saber pode cair por terra? Sabe que a Universidade portuguesa é das instituições que mais me fascina e mais admiro no meu país. Chegámos a uma altura em que estamos à beira do impedimento do saber e da morte da aprendizagem. Temos centros investigação que são um exemplo, com os seus recursos, meios e trabalho. Há casos espantosos de estudo, publicações, convergência de grupos, invenções, etc. Dispensome apresentar nomes para não ser injusto. São pessoas que precisam de confiança e de co-responsabilidade, ouvir dizer «não desistam». Perante o corte brutal no investimento, é difícil escapar ao desânimo. Não quero cavar mais a falta de esperança, mas não posso deixar de dizer que as capacidades pensantes de um país estão hipotecadas.

Portugal é um país selvagem, um país subdesenvolvido, económico e cultural, mas continuo a acreditar que as causas civilizacionais são de índole ética. Vivemos num contexto em que a verdade e a mentira têm o mesmo peso. Ter carácter e palavra já não possui o peso de outros tempos. Isto é a falência ética e moral. Outrora a palavra de um homem valia mais do que um documento do notário. Isto é mais do que mera poesia. Disse recentemente que Portugal, como «país indefeso», precisa de «reconquistar a independência económica e financeira». A solução é interna ou europeia? A chave para o problema é uma solução europeia, mas a partir de Portugal. Temos de ser honestos para aqueles que estão a ser calcados. Eles não foram responsáveis pelo desaparecimento do dinheiro que agora estamos tentar pagar. Há «cérebros» responsáveis pelo delapidar do património. Esses «cérebros» têm identidade? Há muitos culpados e de há muito tempo a esta parte. Foram os filhos da nação que deram cabo disto. Eu não digo o nome deles, porque não tenho provas, senão ia à Procuradoria-Geral da República. O «desvio colossal» foi provocado, em primeiro lugar, por incompetência. Pensavam que o dinheiro dava para tudo: estádios, auto-estradas, etc. Esta crise vai educar alguns e deseducar irremediavelmente a maioria? Este dilúvio que se abateu sobre Portugal está a ser pago pelos mais simples e pelos mais humildes. A classe média está a desaparecer e os pobres são autênticos miseráveis.K Nuno Dias da Silva _H Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

Hipotecar as capacidades pensantes é colocar em xeque o futuro da nação?

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Em causa o Orçamento de Estado

Universidades podem avançar para greve 6 O reitor da Universidade Nova de Lisboa, António Rendas, admitiu a possibilidade de os responsáveis das instituições de Ensino Superior decidirem uma greve, caso seja aprovado o Orçamento do Estado para 2013 tal como está. Questionado pela agência Lusa sobre essa possibilidade, António Rendas - que preside ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) – respondeu: “Acho que temos de fazer as coisas passo a passo, vamos verificar o que vamos discutir, mas estamos disponíveis com certeza para analisar as propostas. Começaremos por informar a comunidade académica e depois informaremos a Comunicação Social”. Durante uma declaração pública na Universidade Nova de Lisboa, Rendas anunciou que os reitores vão reunir-se no dia 16, em Coimbra, e fazer depois uma comunicação ao país. “A absoluta necessidade de evitar a desintegração do sistema universitário português” faz com que os reitores se reúnam naquele dia, na Sala dos Capelos, da Universidade de Coimbra, para fazerem “uma declaração solene e conjunta ao país”, disse. Já no passado dia 9, os reitores leram em todas as universidades uma declaração sobre o que representam as instituições que dirigem no contexto nacional e internacional e o que se perderá se a proposta de lei do Orçamento

O Conselho de Reitores pondera apelar a uma greve no ensino superior

do Estado, já aprovada na generalidade, ficar como está, consubstanciando um corte orçamental de de 9,4 por cento. O reitor frisou que a proposta do Governo terá “consequências “nefastas e efeitos “imprevisíveis e irreversíveis” no funcionamento das universidades. Se o documento for aprovado como está, garantiu, o corte no financiamento das universidades, atingirá os 200 milhões de euros desde 2005. O responsável sublinhou que as universidades não têm dívidas e que por cada euro que recebem do Estado conseguem gerar dois ou três euros.

Além de terem pedido para se reunirem com o Governo na tentativa de tentar encontrar uma solução, os reitores pediram também um encontro com o Presidente da República. Depois de sucessivos alertas ao longo dos últimos dois anos, os reitores avisaram esta semana que a meio do ano poderão ficar sem capacidade para pagar salários. No texto comum que leram nas suas universidades, os reitores chamaram a atenção para o trabalho que as Universidades Públicas fazem por Portugal e o que Portugal perderá se asfixiar as suas Universidades. As universidades são “o local de excelência para a formação de recursos humanos

altamente qualificados”, “as instituições responsáveis pela formação e qualificação dos futuros profissionais com intervenção nas áreas técnicas, científicas, artísticas e culturais, essenciais ao desenvolvimento do país” e constituem “a única base sólida em que assenta o sistema científico e tecnológico nacional, sendo decisivas para o seu rejuvenescimento e sustentabilidade, incluindo a financeira”, pode ler-se no texto conjunto. Os reitores recordaram ainda que as universidades “possibilitam a articulação entre a criação do conhecimento e as suas concretizações, desde a tecnologia à cultura, desde as ciências às artes”, “são exemplo de uma gestão rigorosa e eficiente sem qualquer responsabilidade no aumento do défice público” e que “geram receitas em paridade com o financiamento estatal”. “A eventual aprovação da proposta do OE 2013, ao reduzir, num valor médio de 9,4%, as dotações a atribuir às universidades, em comparação com o ano corrente, terá efeitos imprevisíveis e irreversíveis em todo o sistema universitário, inviabilizando o desenvolvimento de atividades essenciais para o seu funcionamento”, lembraram os reitores, realçando: “Recorde-se que o financiamento público das universidades já foi reduzido em 144 milhões entre 2005 e 2012, valor que atingirá os 200 milhões se a atual proposta de OE 2013 vier a ser aprovada”. K

Ccisp

Politécnicos criticam cortes 6 O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos portugueses acusou o Governo de ter “adulterado” os orçamentos destas instituições ao efetuar “desvios” de verbas que, somados a outras reduções, correspondem a cortes quase quatro vezes superiores aos inicialmente previstos. Sobrinho Teixeira, considera que a redução de oito por cento no orçamento do Ensino Superior, de que se fala nos últimos dias, é um número inferior à verdadeira quebra nas transferências do Estado e é “pior” que um corte porque resulta de mexidas feita pelo Governo aos orçamentos que as instituições já tinham elaborado e estão a executar, sem conhecimento das mesmas. O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) garante que o corte médio supera os 11 por cento, quase quatro vezes mais dos cerca de 3,2 por cento com que começaram a preparar o atual ano letivo, em junho, e que implica uma redução de 25 milhões de euros para as instituições politécnicas. O dirigente questiona a legalidade das alterações nos orçamentas individuais considerando que toca com a autonomia destas instituições, e admite que o caso possa ser dirimido nos tribunais, embora tenha “ainda esperança de que a Assembleia da República possa proceder a alterações ao Orçamento do

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O Conselho Coordenador dos Politécnicos acusa o Governo de ter adulterado os orçamentos dos institutos

Estado. Sobrinho Teixeira explicou que as instituições prepararam, em junho, os respetivos orçamentos com base no anunciado corte médio de 3,2 por cento. “Foram-nos adulterados os orçamentos para, através de uma redução de despesa que é impossível de concretizar podermos transferir para o próprio Estado mais cinco por cento do nosso orçamento, portanto não é uma redução do que estava atribuído é uma obrigatoriedade de aumentar as transferência para o Estado em função dos funcionários e

docentes que cada instituição tem”, afirmou. Estas alterações, adiantou, foram realizadas “de um momento para o outro, pela Direção Geral do Orçamento, sem aviso” e consistiram na redução dos valores que tinham (os politécnicos) alocado a determinadas rubricas para compensar o aumento de cinco por cento que o Governo determinou para a Caixa Geral de Aposentações (CGA)”. Com estas mexidas, “aconteceram coisas anacrónicas”, afirmou o presidente do CCISP, apontando o exemplo do Politécnico de Bragança, a que preside, que tinha planeado 240

mil euros para aquecimento e foram reduzidos, de um dia para o outro, para 40 mil”. “Posso tentar rezar para que o inverno venha quente, mas não sei se isso será solução, não sei se os alunos podem suportar um frio gélido como há aqui em Bragança”, ironizou, referindo ainda outro exemplo, do politécnico de Viseu, em que “deixaram a rubrica da limpeza praticamente a zero, mas o contrato com a empresa está assumido”. Globalmente, os politécnicos, viram os seus orçamentos reduzidos em 3,2 por cento, com o corte de junho, mais cinco por cento com as transferências para a CGA, e 3,5 por cento com a reposição do subsídio de Natal, com o Governo a transferir, na generalidade dos casos, um valor inferior ao que as instituições terão de pagar. De acordo com as contas do presidente do CCISP, tudo somado equivale a um corte global médio superior a 11 por cento. O problema agora, segundo disse, não é político, mas técnico, porque mesmo que, “em teoria, mandasse fechar os institutos, pouco mais poupava do que água, luz e reagentes, porque a despesas estão todas assumidas, globalmente são as despesas com pessoal e contratos com empresas como segurança e limpeza, os contratos têm que ser cumpridos ou tem que haver uma indemnização a essas empresas”. K


Eleições muito concorridas

Conselho Geral da UBI com C de vitória Contenção de custos

UBI fecha nas férias

6 A Universidade da Beira Interior (UBI) vai encerrar entre o Natal e o Ano Novo, tal como aconteceu durante duas semanas em agosto, para poupar dinheiro em custos de funcionamento disse à agência Lusa fonte da instituição. A decisão faz parte de um conjunto de medidas que incluem “uma gestão mais eficiente que reduziu substancialmente os custos em energia, telecomunicações e segurança” ao longo dos últimos anos, sublinha o reitor UBI, João Queiroz. A UBI “tem vindo a reduzir custos de funcionamento”, mas chegou a uma fase “em que já não é possível reduzir mais”, acrescentou Assim, na iminência de novos cortes orçamentais em 2013, “o que vai ser sacrificado é o funcionamento”, ou seja, despesas como aquecimento e eletricidade, o que poderá condicionar aulas práticas ou serviços de apoio, como bares ou cantinas, entre outros. A UBI mantém o número de cursos e a composição de turmas e João Queiroz rejeita qualquer possibilidade de dispensar professores ou funcionários do quadro - pretendendo manter também quem está contratado a prazo, apesar de ser “um número residual”, quando comparado com o resto do pessoal. Tudo porque “nos últimos cinco anos” a universidade aumentou “o número de alunos e atividades”, de tal forma que o reitor diz precisar de mais professores e pessoal auxiliar para melhorar a qualidade, em vez de pensar em dispensas. Na UBI, a propina máxima é de 1037,20 euros e o custo por aluno de cada curso na universidade já não poderá sofrer mais ajustamentos, sublinha. A Universidade da Beira Interior tem 7110 alunos nos diferentes ciclos de estudos do ensino superior, 31 cursos de primeiro ciclo (licenciatura), 693 docentes (452 a tempo integral) e 362 funcionários. K

6 A Universidade da Beira Interior foi chamada a votos e escolheu os novos membros do Conselho Geral. Numa das eleições mais concorridas da história da Universidade da Beira Interior, as listas “C” acabaram por ser as vencedoras para docentes, alunos e funcionários. Segue-se agora a constituição do novo órgão e a cooptação de membros externos à academia. No ato eleitoral, que decorreu no passado dia 6 de novembro, a letra “C” parece ter sido significado de vitória. Um escrutínio que serviu para escolher os novos membros do corpo de docentes, dos estudantes e dos funcionários. No caso dos docentes, a equipa vencedora foi a “Lista C – Mais Academia”, que apoia António Fidalgo para candidato a reitor. Encabeçada por Joaquim Viana, a Lista C conseguiu 113 dos 308 votos dos docentes. A segunda equipa mais votada foi a “Lista B – Pessoas pela UBI”, encabeçada pelo antigo reitor Manuel José dos Santos Silva. Esta lista recolheu 99 votos ficando assim

João Queiroz, Santos Silva e António Fidalgo

em segundo lugar. Por fim, a “Lista A – Juntos pela UBI”, liderada por Paulo Oliveira e de apoio ao atual reitor, João Queiroz, recebeu 96 votos. Estas três formações concorriam aos 15 lugares disponíveis para docentes, pelo que, cada uma das formações elege cinco representantes. No caso dos alunos, apenas duas das cinco listas vão estar representadas no próximo Conselho Geral da UBI. A grande vencedora desta eleição foi a equipa da AAUBI, Lista C - liderada por Pedro Bernardo, atual presente da associação académica. Num total de 960 estudantes, 605 votaram

na Lista C. Em segundo lugar, a Lista E, que conseguiu 171 votos. Segundo o que apurou o Urbi, tais resultados atribuem à lista de Bernardo quatro dos cinco lugares do Conselho Geral, destacados para os estudantes, o outro deve ser ocupado por Noel Vieira, promotor da Lista E. Quanto à Lista A, esta foi a terceira mais votada, com um total de 112 votos, seguindo-se a Lista D, com 74 votos e por último, a Lista B, com 47 votos. O último lugar em eleição diz respeito ao representante dos funcionários. A concurso estiveram cinco listas acabando por

vencer, por maioria a Lista C. Paulo Roque obteve 152 votos e conseguiu, logo nesta fase, a maioria dos votos dos funcionários. Como se trata da eleição de um único representante, o mesmo deve obrigatoriamente ser eleito com a maioria dos votos. Segue-se agora a tomada de posse dos novos eleitos. Estes membros devem posteriormente eleger os membros cooptados e entre estes, o presidente do Conselho Geral. Este órgão, entre outras funções, irá escolher o novo reitor para os próximos quatro anos. K Eduardo Alves _

fere “o apoio dos laboratórios e oficinas do departamento têxtil, técnicos e docentes que foram muito importantes para a concretização deste projeto”. “Posso

dizer que estou muito satisfeita de ter saído do Brasil e aproveitar estas oportunidades que quer Portugal quer a UBI me estão a dar”, acrescenta a aluna. K

Portugal Fashion

UBI ganha na moda

6 Portugal Fashion News, um dos mais importantes concursos de moda foi ganho por uma aluna do mestrado de Design de Moda. Priscila Franco destacou-se neste evento, entre um grupo de 15 finalistas de todo o País, através de um conjunto de trabalhos elaborados na instituição covilhanense. Muitas das disciplinas desta formação promovem a realização de trabalhos práticos e a participação, com os mesmos, em vários concursos. A academia tem conseguido, por diversas vezes, ter uma representação através dos seus estudantes. Este ano um dos trabalhos “Made in UBI” foi o mais votado. Com a vigésima edição do Modtíssimo foi lançado o concurso Portugal Fashion News a todas as escolas e universidades do País. O desafio aos jovens designers de moda consiste em criar e convencionar trabalhos originais, com tecidos das empresas têxteis nacionais. Este ano a UBI participou com dois candidatos e a aluna do mestrado em Design de Moda, Priscila Franco arrecadou o primeiro prémio.

Esta distinção engloba uma parte financeira e a participação na próxima edição do Portugal Fashion, junto de outros designers conceituados. A aluna re-

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Prémio jovem investigador

Docente da UBI vence

6 Bruno Travassos, professor do Departamento de Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior, conquistou o prémio de Jovem Investigador António Paula Brito 2012, da Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto. O prémio foi atribuído no âmbito da comunicação “A importância da conceção de tarefas representativas e análise da fidelidade de ação para a investigação e treino da tomada de decisão no desporto”, realizada nas XIII Jornadas da Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto,

nos dias 26 e 27 de Outubro em Lisboa. A comunicação realizada apresentou evidências de como a manipulação de fatores percetivos e motores poderá ter conse-

quências na representatividade das tarefas utilizadas, e consequentemente na fiabilidade dos resultados obtidos. Tendo por base estes resultados foi ainda proposta uma nova metodologia para o teste da representatividade das tarefas experimentais tendo por base o conceito de fidelidade de ação. O prémio foi entregue pelo próprio Professor António Paula Brito, professor catedrático aposentado da Faculdade de Motricidade Humana e pioneiro no desenvolvimento e aplicação da psicologia do desporto em Portugal. K

Cinema

Alunos do Minho em alta 6 O filme “A Escolha”, criado por alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, venceu três prémios no Festival Internacional Ver e Fazer Filmes, em Guimarães, e será exibido em breve no Brasil. O festival estreou em Portugal no âmbito da Capital Europeia da Cultura e teve ainda a concurso os filmes “Até amanhã”, da Escola de Artes da Universidade Católica do Porto, e “Mi(n)to”, do Instituto Fábrica do Futuro/Cia. Ormeo Dança e Teatro, Brasil. Os participantes tiveram nove dias para criar uma curta-metragem original, até 20 minutos, sobre mitos e lendas de Guimarães. Os nove alunos de licenciatura e mestrado da Universidade do Minho dividiram-se pelas funções de realizador, guionista, produtor, técnico de som/luz e operador câmara, entre outras. O júri consagrou “A Escolha” com a melhor realização (João Vilares), melhor argumento (Sara Ferraz, Sofia Rodrigues, Rita Pereira, Joana Gonçalves) e melhor atriz (Diana Coelho). A organização convidou inclu-

sive os futuros profissionais de audiovisual e multimédia a levarem em maio a obra ao 6º Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa, em João Pessoa, no Brasil. Foi um trabalho muito estimulante e intenso, houve dias em que mal dormimos, e os prémios foram a ‘cereja em cima do bolo’. Estes eventos são muito positivos, contribuem para a nossa aprendizagem e promovem o contacto com profissionais da área”, dis-

se o aluno João Vilares. O projeto teve o acompanhamento e a supervisão de docentes da especialidade de Audiovisual e Multimédia do Departamento de Ciências da Comunicação. Martin Dale, Alberto Sá, Branco da Cunha e Ângelo Peres realçaram que a curta-metragem distinguida demonstra a qualidade da formação e dos alunos desta academia. A equipa teve ainda como consultor especial o realizador brasileiro Guilherme Fiúza Zenha. K

Portugal Capital Ventures

Évora é parceira 6 A Universidade de Évora é parceira da Portugal Capital Ventures, uma sociedade de capital de risco do Estado que lançou o Call for Entrepreneurship, que procura projetos inovadores, assentes em conhecimento específico e orientados para o mercado global, promovendo a valorização económica da ciência e da tecnologia nacional. As candidaturas estão abertas até 15 de novembro em www.portugalventures.pt. O objetivo da parceria é a promoção, através da implementação de um programa de ignição, dando acesso a projetos de base tecnológica na sua fase embrionária a investimento de capital

de risco, agilizando e sistematizando os processos. “Colaboramos com a Portugal Capital Venture neste concurso apoiando os investigadores da UE na elaboração dos dossiers de candidatura”, afirma Manuel Cancela d’Abreu, vice-reitor da Universidade para a ciência e cooperação. Enquadráveis neste programa poderão apresentar-se projectos nas áreas das tecnologias da informação, comunicação e eletrónica, tecnologias e conceitos para social web, life sciences, nanotecnologia e materiais, recursos naturais bem como outros projetos inovadores e de elevado potencial global. K

Turismo e agricultura

Seminário na Utad 6 É necessário desenvolver uma agricultura com turismo e um turismo com agricultura, mas não um turismo sem agricultura. Esta foi a ideia força defendida por Xiana Rodil Fernández, da Universidade de Santiago de Compostela, no seminário orientado aos alunos da licenciatura em turismo do Polo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Chaves. Durante a sua intervenção e diálogo com alunos e docentes, a especialista em turismo partilhou a sua experiência no Plano de Excelência turística da cidade de Lugo - iniciativa pública de 2004 a 2008 -, a Rota do Vinho do Ribeiro - rede de iniciativa privada -, o papel do agroturismo na Galiza - tema da sua tese doutoral em turismo - e o aproveitamento dos produtos alimentares de qualidade pelo turismo rural. A investigadora mostrou como é necessário desenvol-

ver um turismo rural com base agrária suficiente, uma interrelação entre turismo e agricultura que permita criar melhores fileiras para dar melhores benefícios e experiências aos produtores e consumidores. Um ponto chave da sua análise sobre o turismo rural na Galiza foi o antagonismo entre o Turismo em Espaço Rural (TER) e os produtos alimentares locais de qualidade, já que os produtos agrários de qualidade são percebidos pelos empresários do TER como forâneos e não como algo próprio, ou seja, eles preferem utilizar os produtos que cultivam e criam nos seus próprios terrenos em vez de apostar em produtos certificados de outras entidades da mesma região, entre outros, por acreditar na qualidade dos seus próprios produtos, e porque lhes custa menos pô-los na mesa. K

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UAb, UTAD, TÉCNICO e INESC

Local Chapter da Slactions 2012 6 A Universidade Aberta (UAb) vai ser pólo nacional da Slactions, uma conferência internacional que decorre simultaneamente no mundo virtual Second Life e presencialmente, nos local chapters dos vários países. A iniciativa vai realizar-se de 15 a 17 de novembro de 2012, na sede da Aberta, em Lisboa, com orga-

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nização do Laboratório de Educação a Distância & eLearning da Aberta, do Grupo de Agentes Inteligentes e Personagens Sintéticas, do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Instituto Superior Técnico (IST), e com o Gabinete de e-learning da Universidade de Trás-Montes e Alto-Douro (UTAD).

A Slactions 2012, que será a quarta edição da Conferência, vai ter como foco a investigação acerca dos mundos virtuais, contribuindo para a redefinição atual do modo como criamos e pensamos sobre novas formas e abordagens às conferências académicas (online e presencial). K

Valdemar Rua ADVOGADO

Av. Gen. Humberto Delgado, 70 - 1º Telefone: 272321782 - 6000 CASTELO BRANCO


Algarve

Com cortes UAlg não funciona 6 O reitor da Universidade do Algarve (UAlg) reiterou que a instituição “não pode funcionar” com os cortes previstos no Orçamento do Estado (OE) e afirmou que já foi feito “tudo o que era possível” para reduzir custos. Em causa está a proposta de um corte médio na transferência de verbas do OE para as universidades na ordem dos 10 por cento e que, no caso da UAlg, ronda os 12,5 por cento, disse João Guerreiro aos jornalistas. Sublinhando que não existe em curso um plano para enfrentar a previsível redução de verbas porque a universidade “não pode funcionar com aqueles cortes”, o reitor da UAlg atribui a resolução do problema à Assembleia da República (AR). “A UALg não tem plano nenhum porque não pode funcionar com aqueles cortes. A AR tem que resolver esse problema de

forma satisfatória à universidade”, sublinhou. As propinas para o ano letivo 2012/2013 já foram fixadas pelo Conselho Geral da Universidade e não podem ser alteradas, mas mesmo que fosse estabelecida a propina máxima a receita seria muito pequena comparavelmente aos cortes previstos, referiu. Por outro lado, não é possível fazer despedimentos porque os docentes têm um contrato com a Administração Pública e a universidade “não tem mecanismos para fazer cessar os contratos”, acrescentou. João Guerreiro manifestou-se, contudo, confiante de que o Governo irá recuar na proposta apresentada, frisando que não vê outra alternativa para que a universidade possa funcionar. O orçamento total da UALg para 2013 ultrapassa os 40 milhões de euros e os cortes previstos são na ordem dos 4 milhões de euros. K

Universidade

Madeira com corte de 10% 6 A Universidade da Madeira (UMa) deverá sofrer um corte de dez por cento no seu funcionamento em 2013 em consequência das determinações da Lei do Orçamento de Estado para esse ano, diz o reitor Castanheira da Costa. “Julgo que a Universidade tem de ter consciência de que existem estes problemas e que o próximo ano não terá certamente um funcionamento tão tranquilo e tão estável como teve este ano”, afirma o reitor. Castanheira da Costa realça que, segundo as regras consignadas na Lei de Orçamento de Estado para 2013, “será praticamente impossível Publicidade

a Universidade da Madeira manter um certo equilíbrio orçamental como tem vindo a manter até agora”. Por essa razão declara que a instituição “não deverá excluir nenhuma possibilidade” no que diz respeito à redução de custos de funcionamento. “O que nós temos procurado fazer, aqui, na Universidade, é garantir alguma estabilidade”, afirma, indicando, a propósito, que a UMa “há uns meses atrás passou a ter um funcionamento noturno reduzido mas que ainda não foi necessário encerrar completamente”. K

Orçamento de Estado

Coimbra espera bom senso 6 O reitor da Universidade de Coimbra (UC), João Gabriel Silva, espera que “o bom senso prevaleça” e que os anunciados cortes orçamentais nas universidades para o próximo ano não se concretizem. “Vamos intensificar todos os esforços para explicar ao Governo” que o caminho que está a seguir “é uma via insustentável para o ensino superior” e que os cortes para 2013 deixarão “todas as universidades portuguesas abaixo da linha de água”, afirma João Gabriel Silva em declarações à agência Lusa. As universidades “já deram uma contribuição desproporcionada para a consolidação orçamental do país”, sublinha o reitor da UC, sustentando que “isto não pode continuar, isto tem de parar”. O Orçamento de Estado para 2013, prevê “um corte adicional da ordem dos dez por cento” na dotação para as universidades, que significa “uma redução global de cerca de 40%” em três anos. “É uma barbaridade”, salienta o reitor da UC, concluindo que “este Governo não quer universidades”. Se “todos os setores da despesa pública tivessem um corte de 30%, já tínhamos despedido a ‘troika’”, afirma o reitor, explicitando: “basicamente, quero dizer que para o ensino superior acabou, chega de cortes, já demos

uma contribuição desproporcionada”, basta de “confundir esforço, empenho e boa gestão com gorduras”. O Governo, perante “a atitude construtiva” e “o imenso esforço” das universidades para “manterem tudo a funcionar e sem perdas relevantes”, entende que se elas “aguentaram os cortes anteriores, podem aguentar mais cortes”, mas, adverte João Gabriel Silva, nesta lógica, “o caminho que resta é o da degradação”. Os cortes já efetuados não prejudicaram de modo muito relevante o funcionamento da UC, mas “as soluções encontradas são de curto prazo”, pois “os investimentos pararam” e “não houve substituição de pessoas” que saíram, “essencialmente, para a aposentação”, exemplifica. Além da redução do corpo docente e quadro de outros funcionários, sobretudo provocada

por aquele tipo de saídas, a UC também baixou a despesa com serviços, como os de limpeza e vigilância, que vinham sendo prestados por empresas contratadas para o efeito, e são, agora, desempenhados por funcionários de outros setores da instituição. “A boa gestão faz-se nos detalhes, poupamos um bocadinho aqui, outro acolá, encontramos uma receita adicional além”, sintetiza João Gabriel Silva, salientando que a UC “tem tido bastante sucesso na atração de estudantes estrangeiros”. A UC, que em dezembro de 2011 era frequentada por cerca de 3.700 alunos estrangeiros, “é a universidade que, fora do Brasil, mais estudantes brasileiros bolseiros possui – há perto de mil bolseiros, pagos pelo governo do Brasil, a estudar em Coimbra”, que representam uma receita, em propinas, da ordem de um milhão de euros, por ano. K

Universidade Aveiro

Sobreviver sem dinheiro 6 O reitor da Universidade de Aveiro (UA), Manuel Assunção, alertou que os cortes orçamentais previstos para o Ensino Superior em 2013 vão colocar em causa a qualidade do ensino e da investigação. “Havendo uma rarefação de dinheiro, vamos ter enormes problemas para conseguir executar projetos de investigação e cumprir os compromissos assumidos com os nossos parceiros”, disse Manuel Assunção. “Em 2012, cortaram-nos 8,5 por cento e, em 2013, vão cortar, em cima disto, mais dez por cento. Uma coisa é sobreviver, outra coisa é continuar a cumprir a nossa missão, nomeadamente em termos de projetos de investigação, ao nível do que se espera de uma universidade de qualidade, e continuar a prestar

colaboração às empresas e a outras entidades”, referiu Manuel Assunção. Por tudo isto, o reitor acredita que o Governo irá rever a parcela do Orçamento de Estado dedicada às universidades, sob pena de

recuarmos décadas “num processo que demorou tanto tempo a construir e que colocou um número substancial de universidades públicas portuguesas num pelotão de qualidade muitíssimo bom”. K

NOVEMBRO 2012 /// 07


IPL

Animação Turística em Peniche 6 A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), em Peniche, organizou, de 7 a 9 de novembro a II Conferência Internacional em Animação Turística, que visou fornecer uma perspetiva atualizada sobre a evolução da animação turística, além de promover a partilha de boas práticas e de experiências de sucesso entre os diversos

Leiria

IP Leiria e PSP

Estudar em segurança 6 O Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) deixaram alguns conselhos de segurança aos estudantes, numa sessão de esclarecimento e sensibilização, realizada no seguimento da ocorrência registada junto às residências no dia 7 de outubro, que envolveu uma estudante do Instituto, e do clima de instabilidade que se gerou. A sessão foi conduzida por Nuno Mangas, presidente do IP Leiria, Miguel Jerónimo, administrador dos Serviços de Ação Social do IP Leiria, e Abel Batalha e Renato Neto, ambos subcomissários da PSP. Nuno Mangas agradeceu a disponibilidade que a PSP tem sempre mostrado, e destacou a «enorme experiência dos responsáveis das forças policiais que se disponibilizaram a vir aqui hoje, dar alguns conselhos, sugestões e cuidados que todos vocês poderão e deverão ter no dia-a-dia». Miguel Jerónimo acrescentou ainda que esta sessão «serve-nos a todos, como cidadãos, é-nos importante sempre, apesar de vivermos numa cidade tranquila». Também Abel Batalha destacou este facto, de Leiria ser uma cidade tranquila, mas mostrou-se, no entanto, preocupado com a ocorrência recente e também com os rumores e notícias que têm surgido sobre o assunto, que apenas empolam uma situação que é «pontual, caso único». «Estas situações fizeram os estudantes, as suas famílias, e mesmo a população de Leiria em geral criar a imagem de que a cidade não é segura, o que não se verifica». E alertou ainda que «o facto de não haver polícia fardada não quer dizer que não ande cá a polícia. A segurança não está em causa», reforçou. Renato Neto deu a conhecer as situações de insegurança mais comuns em Leiria, que «é uma cidade tranquila, quase um oásis, que não se compara em nada com outras

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agentes do setor. Contando com o Alto Patrocínio do Presidente da República, o encontro reuniu cerca de 50 especialistas, portugueses e estrangeiros, tendo sido debatido o turismo desportivo e de cruzeiros, a animação turística em parques temáticos, hotéis e resorts, a arte e a cultura na animação turística e as indústrias criativas. K

cidades do país», afiançou. Na generalidade, as ocorrências mais comuns em Leiria passam pelo furto em carros e a pessoas, que são «crimes de oportunidade: deixar uma mala aberta, longe do nosso campo de visão, arrumar objetos de valor, como computadores portáteis, na bagageira do carro, quando chegamos ao destino e à vista de todos, esquecer o telemóvel em cima do balcão enquanto pagamos o café, etc.». São na generalidade situações resultantes de um descuido ou distração. Para evitar o roubo – que implica algum grau de violência – e/ou minorar as suas consequências, o subcomissário deixou várias recomendações: circular acompanhado, especialmente se for tarde, em locais movimentados e iluminados, com os objetos de valor junto ao corpo (por exemplo malas, que andando penduradas ao ombro podem propiciar um roubo por esticão, que pode deixar mazelas graves na vítima), e manter uma atitude vigilante, por exemplo nos multibancos. «No caso de se verem envolvidos numa situação de roubo, se forem abordados, devem cooperar, ter as mãos sempre visíveis, para não provocar uma reação inesperada por parte do indivíduo que vos aborda, obedecer, manter a calma, evitar contacto visual direto prolongado, não atacar nem defender, e memorizar algumas características, elementos essenciais de informação, como o sotaque, fisionomia, cicatrizes, tatuagens, estatura, indumentária, tipo de arma, direção que tomam, se vão a pé ou de carro, etc.», e, acima de tudo, alertar o mais rápido possível a PSP, através do número 244 859 859, ou o 112. O tempo aqui também é importante, uma vez que são acionados desde logo uma série de procedimentos, para, não só, chegar à vítima, encaminhá-la ou acompanhá-la

e recolher o seu testemunho, como para capturar o suspeito: «aquilo que vocês vêm é um carro e dois agentes, mas está, se for preciso, todo o distrito em alerta para chegar à pessoa em questão». «80% das vezes em que se sentem inseguros, com desconfiança ou desconforto, têm razão, e quando assim é mais vale não arriscar e alertar logo», em situações como julgar estar a ser seguido, por exemplo, «pequenos pormenores»: o mais importante, sempre, é informar a polícia. No que toca à ação preventiva da PSP, Renato Neto afiançou também aos estudantes e funcionários do IP Leiria presentes, que existem equipas de agentes nos locais frequentados por estudantes, ou à civil ou fardados, «estamos presentes», assegurou. Neto alertou ainda que o uso de álcool ou drogas pode também propiciar situações de insegurança, seja pela vítima, que fica mais vulnerável, seja pelo próprio agressor, que sob o efeito destas substâncias, ou na sua privação, pode ficar mais agressivo e reagir negativamente a qualquer gesto da vítima. Nuno Mangas e Abel Batalha destacaram a importância do “passa a palavra” entre estudantes, sendo que ficaram desde logo a contar com a colaboração da Associação de Estudantes da ESECS para que os conselhos de segurança fossem divulgados entre os pares. Abel Batalha reiterou a necessidade de se falar com a polícia e se reportar eventuais situações de perigo, uma vez que «rumores não chegam à polícia. As preocupações dos estudantes e funcionários devem-nos chegar». O responsável denotou ainda a importância de existir um forte espírito colaborativo entre todas as entidades, PSP, IP Leiria, Câmara Municipal e os próprios cidadãos, para que seja criado um «espírito de segurança». K

Comunicação e Média com mestrado

6 O Instituto Politécnico de Leiria acaba de abrir a segunda fase de candidaturas para o curso de mestrado em Comunicação e Media, a qual decorre até 4 de janeiro. Paralelamente à exploração de linhas investigação, o Mestrado em Comunicação e Media visa promover o aprofundamento de um conjunto integrado de competências ajustadas às atividades de Comunicação e Media em diferentes ambientes profissionais Publicidade

que exigem, cada vez mais, uma atuação fundada em critérios de eficiência e de produtividade. O curso pretende aprofundar a compreensão do papel dos Media na sociedade e na comunicação corporativa e comercial e o desenvolvimento de aptidões de planeamento e implementação de ações de comunicação em contextos diversos. O curso tem uma duração de 4 semestres, funcionando em regime pós-laboral. K


ipcb

Prémios e distinções 6 O aniversário do Instituto Politécnico de Castelo Branco integrou ainda uma homenagem aos colaboradores da instituição com 25 anos de serviço, e a entrega de vários prémios de mérito aos melhores alunos, a saber: Prémios Ensino Magazine (Francisco Gomes, Esart; e Maria Helena Vinagre, melhor trabalhadorestudante), Câmara de Castelo Branco (Florência Frango, ESE), Junta de Freguesia de C. Branco (Ana Gaspar, ESALD), Banco Espírito Santo (Hugo Saturnino – ESACB; Kátia Marçal – ESALD; e Susana Fernandes – ESG), Delphi (David Cardoso – EST), e do Politécnico de Castelo Branco (Patrícia Henriques – ESA;

Gisela Santos – ESART; Natércia Valentim – ESE; Mónica Martins - ESLAD; Elsa Domingos – ESG; e Tiago Gonçalves – EST). Na sessão foi ainda atribuído o prémio ao docente investigador que contribuiu com mais artigos para o repositório online do IPCB (Ernesto Candeias Martins) e aos vencedores regionais do Poliempreende: Carolina Gama e Carlos Marques (Boiões de comida para idosos – Prémio BES); Nuno Dias (“SmartCovers4u”,capas para telemóveis que mantêm a bateria carregada – Prémio BES) e Paulo Lopes, Paulo Gonçalves e Pedro Torres (“ROBIHO – Robots for Intelligent Homes” – Prémio Pedro Agapito Seguros). K

Aniversário do IPCB

Politécnico contra cortes! 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco acaba de assinalar 32 anos. Com as contas equilibradas e com os olhos postos no futuro, o IPCB mostra-se preocupado com os cortes anunciados pelo Governo para as instituições de ensino superior pública, os quais podem chegar aos 8%. O presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco mostrou-se bastante crítico no que respeita aos anunciados cortes orçamentais para o ensino superior por parte do Governo. Carlos Maia falava durante a sessão solene do 32º aniversário da instituição, alertando para o facto dos cortes “para o IPCB se puderem traduzir em 8%, quando foi assumido (pelo Ministério da Educação) que os cortes médios não ultrapassariam os 3,2%”. Carlos Maia considera que o

“IPCB é solidário com o esforço de contenção orçamental, apesar de não termos contribuído para a situação que lhe deu origem”. O presidente do Politécnico recorda que o “ensino superior é o único setor que não é mencionado no memorando da troika como constituindo um problema para Portugal”. O presidente do IPCB acrescenta: “não é razoável que à revelia das instituições estejam a ser alterados os orçamentos que tinham sido elaborados com base nos plafonds que nos tinham sido comunicados pela tutela em julho último, assim como não é aceitável que se esteja a aumentar brutalmente a despesa das instituições, sem a devida compensação”. No entender de Carlos Maia, não se pode correr o risco “de,

em nome da contenção orçamental, serem implementadas medidas que poderão responder ao objetivo imediato da redução da despesa, mas não acautelem um dos bens mais preciosos de que dispomos: o acesso dos cidadãos a qualificação superior. O défice de qualificação dos cidadãos será sempre mais lesivo e penalizador para qualquer país do que qualquer défice orçamental”. De resto esta matéria foi também sublinhada pelo presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, Sobrinho Teixeira, para quem estes cortes “não se fazem nem se podem pedir”. Sobrinho Teixeira referiu que, assim, já não ser possível pagar os compromissos assumidos e alertou para os custos com a eventual rescisão de contratos. K

32º aniversário IPCB

Autarquia mostra força O diretor do Ensino Magazine entregou um dos prémios de mérito Publicidade

6 Numa cerimónia que encheu por completo o auditório da Escola Superior de Tecnologia, Carlos Maia destacou o facto de Castelo Branco ter sido o politécnico do interior do país com mais taxa de procura pelos candidatos ao ensino superior, com 96% das vagas preenchidas, o que se traduz em mais 948 novos alunos. No seu discurso, criticou ainda o facto de 53 por cento do total das vagas colocadas no concurso nacional de acesso ao ensino superior se localizarem em Lisboa, Porto e Coimbra. A sessão ficou ainda marcada pela intervenção do presidente da Câmara de Castelo Branco, o qual sublinhou o papel da instituição. “O Politécnico soube fazer o trabalho de casa, conseguindo ocupar a

quase totalidade das vagas postas a concurso”, disse. Joaquim Morão lembrou ainda que a autarquia sempre foi um parceiro ativo do

Politécnico e que sempre esteve disponível para, em conjunto, encontrar soluções para as adversidades. K

NOVEMBRO 2012 /// 09


Guarda

IPG reduz despesa

6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) planeia enfrentar os cortes orçamentais previstos para 2013 reduzindo as despesas correntes, fechando escolas em determinados períodos e dispensando funcionários com contratos a termo certo, admitiu o seu presidente. Segundo Constantino Rei, a manter-se o corte adicional de 8,5 por cento no orçamento para 2013, previsto no Orçamento do Estado (OE), a instituição vai ter que “poupar ainda mais” e “cortar naquilo que ainda é possível cortar, que já é muito pouco”. No próximo ano também está previsto o aumento da despesa com descontos para a Caixa Geral de Aposentações, de 15 para 20 por cento, que no caso do IPG “representa mais de 500 mil euros”. O responsável disse que este cenário obrigará a direção a ser mais criteriosa, “a suspender algum tipo de atividades” e a “utilizar ainda melhor” os recursos disponíveis. Uma das medidas para redução de despesas correntes passa por fechar as quatro escolas do Politécnico nas férias escolares. Lembrou que no mês de agosto as escolas estiveram encerradas durante duas semanas e essa medida deverá continuar a ser aplicada em outros períodos: “Já provavelmente no Natal iremos encerrar todas as escolas durante, provavelmente, uma semana”, admitiu. Numa zona do país onde os custos com eletricidade e Publicidade

IPS

Setúbal ensina a falar

aquecimento são elevados, o presidente do IPG afirma que o fecho das escolas nas férias do Natal permitirá poupar “alguns recursos” financeiros. O IPG tem as escolas superiores de Gestão e Tecnologia; de Educação, Comunicação e Desporto; de Saúde; e de Hotelaria e Turismo (Seia). Devido à atual crise, o Politécnico da cidade mais alta do país não prevê dispensar professores, por ter apostado no recurso a colaboradores a tempo parcial, mas o seu presidente admite cortar nos funcionários. “Se se mantiver aquilo que consta na proposta de Lei do OE para 2013, provavelmente seremos obrigados a dispensar algumas pessoas que têm contratos a termo certo”, disse, esclarecendo que o estabelecimento de ensino tem “pouco mais de uma dezena” de funcionários contratados.

No ano letivo de 2012/2013 o IPG, que ministra cerca de 20 cursos de licenciatura, igual número de mestrados e 22 cursos de especialização tecnológica (CET), irá ter cerca de 3.100 alunos, o mesmo número do ano transato, embora não tenha admitido novos estudantes nos cursos de Contabilidade e Gestão de Recursos Humanos, que funcionavam em regime pós-laboral. “Este ano não admitimos novos alunos por via da crise e da falta de alunos que sustentem estas turmas”, justificou. O IPG também diminuiu o número de turmas “juntando algumas disciplinas que são comuns a vários cursos”, indicou o presidente. A instituição não subiu a propina das licenciaturas, no valor de 900 euros, tendo apenas procedido a um “pequeno ajustamento” nos CET. K

6 A maior organização mundial no desenvolvimento de competências nas áreas da comunicação e liderança chega a Setúbal e, em parceria com o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), realizou, a 8 de novembro, uma sessão de demonstração gratuita para dar a conhecer o modelo das

reuniões Toastmasters e a sua metodologia de ensino. A sessão decorreu nas instalações da Escola Superior de Ciências Empresariais do Politécnico de Setúbal e esteve aberta a todas as pessoas interessadas em desenvolver as suas capacidades na arte de falar em público. K

IPC

Enoturismo em Coimbra

6 As II Jornadas de Enoturismo - Centro de Portugal como destino de Enoturismo, que decorrem a 15 e 16 de novembro, em Viseu e Coimbra, acabam de ser apresentadas e têm como objetivo debater o papel do Enoturismo no desenvolvimento dos destinos turísticos, analisar as potencialidades deste produto no Centro de Portugal. A apresentação decorreu a 7 de Novembro, nas ins-

talações da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, tendo estado presentes membros das sete entidades organizadoras, casos da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Turismo Centro de Portugal, Comissões Vitivinícolas Regionais do Dão, Bairrada e Beira Interior e a Associação da Rota da Bairrada. K

Com APPDA

Viseu solidário

6 A APPDA–Viseu promove mais uma Gala Solidária que decorrerá no dia 30 de Novembro, pelas 21h, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu. Este ano novos artistas se juntaram à causa, nomeadamente Ricardo Azevedo, cantor que aceitou apadrinhar a causa do Autismo. O bilhete mantém-se nos 7,5 euros e,

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para além do espectáculo musical ainda propicia a participação num sorteio, bem como o acesso a um beberete com petiscos e um caldo verde confecionado pelo Regimento de Infantaria de Viseu. Os bilhetes podem ser adquiridos na sede da Appda Viseu, na Junta de Freguesia de Abraveses e na Loja Marilú Viseu. K


Isto não é (só) Matemática

Novo livro em Viseu

Em 2012 e 2013

Santarém debate segurança e trabalho 6 A Escola Superior Agrária (ESAS) do Instituto Politécnico de Santarém vai promover um ciclo de encontros dedicado ao tema “Iniciativa Segurança e Prevenção no Trabalho”. A iniciativa decorrerá ao longo de 2012 e 2013, na ESAS. Cada encontro será dedicado a um tema específico no âmbito deste ciclo, será proferido por um ou mais conferencistas convidados e por sessões de deba-

6 Isto não é (só) Matemática, uma edição em coautoria, com assinatura de Alexandre Aibéo, docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, e Pedro Aibéo, arquiteto, foi apresentado a 3 de novembro, na Livraria Bertrand do Palácio do Gelo, em Viseu. A apresentação da obra, editada pela Quid Novi e prefaciada por Nuno Markl, esteve a cargo de Graça Martins. “Isto não é (só) Matemática” é uma obra singular. Este caráter é de imediato revelado pelo título, que apresenta um duplo sentido de modo a reforçar dois pontos essenciais: por um lado apresentar a obra não como um livro de matemática formal,

mas sim como um livro de divulgação, e por outro transmitir

a ideia que apesar de ser, de facto, um livro sobre matemática, a sua abordagem é feita no contexto das ciências naturais e não só. O texto apresenta-se como uma série de episódios, pequenos contos, alguns de drama intenso, outros de ação, outros de comédia quotidiana. No conjunto, relatam uma das aventuras mais extraordinárias na evolução humana, quer intelectual, quer social, quer tecnológica. É uma viagem que tem a pretensão de conseguir mudar a forma como o leitor vê o Mundo, ou pelo menos parte substancial dele. K Alexandre Aibéo _ Joaquim Amaral _

te abertas aos participantes. Será assim dado a conhecer o papel da ESAS na Segurança e Prevenção no Trabalho e as suas relações com a comunidade, pretendendo-se que os interessados na temática se inteirem do estado atual da arte, de realidades nas indústrias agrícola, pecuária e agroalimentar, e que partilhem e discutam os seus conhecimentos e problemas. K

Formação profissional

IPLeiria defende Formação profissional

6 A formação profissional pós-secundária forma mais de 2,5 milhões de pessoas em toda a Europa, salientou José Manuel Silva, vice-presidente do Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria), investigador e um dos responsáveis do Centro de Investigação em Políticas e Sistemas Educativos (CIPSE), defendendo que este é um sistema necessário para formar um grande número de estudantes, que são, também eles, essenciais para o mercado. José Manuel Silva falou na conferência “Formações Profissionais e Inserção no Mercado de Trabalho”, coorganizado pelo CIPSE, pelo Centro de Formação para Cursos de Especialização Tecnológica (FOR.CET), ambos do IP Leiria, e pelas escolas secundárias Afonso Lopes Vieira, Domingos Sequeira e Rodrigues Lobo. A conferência, que decorreu, em outubro, na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais,

ficou marcada pela presença de muitas dezenas de jovens estudantes do ensino profissional secundário e terciário (ou póssecundário), nomeadamente dos Cursos de Especialização Tecnológica. Nuno Mangas, presidente do IP Leiria, salientou a importância do ensino profissionalizante em relação às outras formas de ensino, dada a pertinência e adequação desta formação às necessidades do mercado de trabalho, e à sua capacidade de atribuir, de forma eficaz e concreta, competências e conhecimentos técnicos aos estudantes. Nuno Mangas falou também na necessidade de ter o inglês como segunda língua, já que, alertou, «o mercado de trabalho é todo o mundo, não apenas a região e o País». «Acima de tudo sejam exigentes convosco próprios porque, se o fizerem, tenho a certeza que serão bemsucedidos na vossa vida profissional». K

Acordo de cooperação

Beja e Totta juntos 6 O Banco Santander Totta e o Instituto Politécnico de Beja (I.P. Beja) assinaram um acordo, que vai permitir o lançamento de um programa de apoio para estudantes carenciados e a atribuição de prémios de mérito para os melhores alunos do Instituto. Estas são algumas das vantagens que o colectivo do I.P. Beja – cerca de 3.800 pessoas, entre estudantes e docentes – passa desde já a beneficiar. O acordo é válido por três anos e permitirá ao Banco apoiar vários projectos do Instituto, contribuir para o sucesso da investigação e participar na internacionalização dos estudantes, que terão acesso aos vários programas de mobilidade que o Banco proporciona. O apoio à Internacionalização

é um ponto muito importante no apoio do Santander Totta ao Ensino Superior. O facto de estar integrado numa Divisão Global permite ao Banco a criação de condições favoráveis ao intercâmbio de estudantes, possibilitando assim aos mesmos ter uma experiência no estrangeiro, que enriqueça o seu percurso académico e profissional. Os estudantes e docentes passam também a usufruir do Cartão Universitário Inteligente, que apresenta funcionalidades inovadoras no mercado, devido às suas características tecnológicas únicas. Com este Cartão, poderão, por exemplo, aceder a bibliotecas, usufruir de computadores, de serviços de cópias e impressões e efectuar pagamentos dentro da Universidade. Uma das inovações deste Cartão é

a tecnologia paypass que permite, nos locais preparados para o efeito, o pagamento de operações de baixo valor, por proximidade, sem necessidade de pin. A relação com o Ensino Superior continua a ser a grande prioridade da política de Responsabilidade Social Corporativa do Santander Totta, que tem vindo a estreitar a sua relação com as Universidades portuguesas, com as quais têm actualmente 44 convénios. No ano de 2011, o Banco investiu um total de 6,6 milhões de euros em acções de responsabilidade social corporativa. Deste investimento, 80% destinou-se ao Ensino Superior, através do apoio ao conhecimento, à Mobilidade Internacional e da concessão de Bolsas de Mérito e Prémios Científicos. K

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Nutrition Awards 2012

Portalegre premiado

Congresso internacional em Castelo Branco

Envelhecer positivamente 6 Entender o envelhecimento como um processo multidimensional foi o ponto de partida para o VIII Congresso Internacional Luso-espanhol sobre “Envelhecimento positivo e solidariedade intergeracional”, que se realizou em Castelo Branco de 18 a 20 de outubro. A iniciativa juntou mais de 250 participantes e foi organizada pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (Escola Superior de Educação e Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias) e pelo Departamento de Psicologia e Antropologia da Universidade da Extremadura (Espanha). Ao longo dos três dias do congresso, os cerca de 250 participantes tiveram oportunidade de assistir a conferências, mesas redondas, e comunicações livres/posters onde marcaram presença especialistas de diferentes formações, tanto portugueses como espanhóis.

Na nota enviada à imprensa, o Instituto Politécnico refere que “no ano em que se celebra o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações não podia deixar de promover um fórum onde se discutissem todas as transformações estruturais associadas aos ciclos de vida e, mais particularmente, às que interferem com velhice e com o envelhecimento”. O IPCB justifica a pertinência do evento com o Mestrado em Gerontologia Social, o qual funciona há dois anos (ESE/ESALD). “Com esta iniciativa pretende-se que as questões relacionadas com o envelhecimento sejam tanto discutidas por académicos, como por profissionais numa inter-relação de conhecimentos e partindo de uma perspetiva biopsicossocial deste processo”, diz a nota de imprensa.

As mesas redondas tiveram como temas: os aspetos psicossociais do envelhecimento: qualidade de vida e envelhecimento saudável e ativo; visão, conceções e perceções dos idosos; dependência e estilos de vida; aspetos biossanitários: memória e emoções; Alzheimer, demências e outras patologias e educação de adultos como envelhecimento ativo. Nas comunicações livres foram apresentados 20 trabalhos (que foram selecionados de entre mais de 40 propostas) de investigadores provenientes de instituições portuguesas, espanholas e brasileiras, tanto de investigações em curso como de trabalhos já concluídos. Também os posters, mais de 30, apresentaram investigações tanto de alunos, como de professores ou profissionais. K

Mário Soares encerrou encontros

Portalegre debate democracia 6 O antigo presidente da República, Mário Soares, encerrou com chave de ouro os IV encontros de Portalegre, os quais tiveram como tema “Democracia promessas, utopias e (des) ilusões: dilemas e disputas nas arenas públicas”. O evento, organizado pelo CESNOVA (Centro de Estudos da Universidade Nova de Lisboa) e pela Escola Superior de Educação, com o apoio do C3i e do Instituto Politécnico de Portalegre, contou com a participação de investigadores portugueses e estrangeiros, cujos objetos de pesquisa cruzam diferentes problemáticas, desde a saúde à educação, passando pela solidariedade social e o território. Mário Soares começou por falar da ditadura, da revolução e da entrada na União Europeia,

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até aos dias de hoje, analisando a atual situação política e social. A sessão terminou com os discursos de Catarina Delaunay, presidente da comissão organizadora, Luís Cardoso, diretor da ESEP, Joaquim Mourato, presidente do IPP, e ainda Adelaide Teixeira, presidente da Câmara Municipal de Portalegre. O diretor da ESEP defendeu que “O Ensino Superior Politéc-

nico já demonstrou plenamente, que é uma força dinamizadora das regiões e do País e merece um investimento da parte da tutela que assegure que os Politécnicos e as suas Escolas continuem a promover um Ensino, uma investigação e uma ligação à comunidade de grande qualidade, porque uma democracia plena, com cidadãos plenos exige um Ensino Superior pleno.” K

6 O “Projecto Alimentação Saudável nas Escolas do Concelho de Portalegre”, orientado pelo Instituto Politécnico de Portalegre e promovido pelo Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação (C3i), foi premiado na categoria de Iniciativa de Mobilização pela Nutrition Awards 2012 com a 2ª Menção Honrosa do concurso Nutricion Awards 2012. A inicitiva pretendeu eleger os melhores projetos pela Inovação

no sector Agro-Alimentar Português, assim como pelo mérito científico, na área da Nutrição e do Bem-Estar. O Nutrition Awards 2012 teve como objetivos reconhecer e premiar boas práticas, projectos sociais e investigação em diferentes áreas da nutrição, nomeadamente: saúde pública, nutrição clínica, inovação, qualidade e segurança alimentar e investigação em ciências da nutrição. K

Eduardo Alves H

Portalegre

Nova doutora no IPP 6 “O rol de quantas máscaras usei...”: a Referenciação Identificativa da Personagem na Narrativa Ficcional de José Régio foi o tema da tese de doutoramento defendida por Maria José Marcelino Madeira D’Ascensão, docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre, a 19 de Outubro, na sala de atos da reitoria da Universidade da Beira Interior, na Covilhã. Segundo a autora, este estudo certifica “o uso da máscara regiana consubstanciado na vertente particular das personagens que José Régio construiu na narrativa ficcional e que, de forma engenhosa, peculiar e vária referencializou (ou designou)”. Deste modo, na referida tese, estabeleceu uma análise da referencialização identificativa, segundo grupos de designadores específicos, de carácter nominal ou morfossintático que referencializam as personagens e estigmatizam as temáticas regianas da genuinidade vs falsidade, Publicidade

da originalidade vs vulgaridade, da individualidade vs colectividade e da criatividade vs falsa intelectualidade. Numa final e sucinta conjuntura da referida tese, focou a referencialização que respeita o criador literário, no contorno ficcional de personagens escritores que se presentificam na narrativa ficional e no âmbito real de José Régio, o quase pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira. O Júri aprovou a candidata por unanimidade, “considerando a qualidade do trabalho desenvolvido, a forma clara como foi apresentado e ainda as respostas às questões que lhe foram colocadas” e deliberou atribuir, face aos regulamentos da Universidade da Beira Interior, a qualificação final de “Muito Bom”. Ainda segundo os membros do júri, este trabalho constitui uma “importante ferramenta de trabalho na compreensão da obra de um dos mais importantes escritores nacionais”. K


escola secundária de loulé

“Declaração do Milénio” 6 A Escola Secundária de Loulé (ESL) integra, desde 19 de Julho de 2012, a Rede do Sistema de Escolas Associadas da UNESCO. Na base desta candidatura, esteve, entre outros, um projeto Comenius – parcerias de Escolas, no âmbito do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida, entre a nossa instituição e quatro escolas europeias, IES Blas Infante de Córdoba, Espanha, Liceo Rosina Salvo de Tapani, Itália, LO Drª Tytusa Chalubinskiego w Radomiu de Radom, na Polónia e Lycée Chateaubriand de Rennes, França, que desenvolvem trabalho colaborativo sobre o tema Culturas Diferentes, Objetivos Humanos Comuns. Os nossos adolescentes crescem num mundo globalizado e tecnologicamente desenvolvido onde tudo acontece no imediato, parando poucas vezes para refletir sobre as transformações económicas, sociais, culturais, educativas etc., e respetivas consequências nas populações e nas suas próprias vidas. Este projeto, coordenado pela docente Ermelinda Travia, baseia-se na Declaração do Milénio das Nações Unidas, mais precisamente nos Direitos Humanos e Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), junta professores e alunos que, no âmbito dos curricula, desenvolvem pesquisas, trabalhos, divulgam e partilham resultados, co-

memoram dias temáticos, sensibilizam a comunidade sobre questões e problemas que poderão inviabilizar a concretização das metas estabelecidas para 2015, pelas Nações Unidas. Até ao momento, foram realizados três encontros internacionais que proporcionaram maior conhecimento histórico-cultural,

linguístico, económico, educacional sobre a realidade dos parceiros, mas sobretudo permitiram o debate sobre estado de cada região no que concerne os ODM e os Direitos Humanos. No último encontro, na Polónia, os jovens encerraram os trabalhos concluindo que, nos seus países, os ODM não serão totalmente atingidos nos prazos fixados, e

que, ao contrário do que fora planeado em 2000, haverá um agravamento global da situação, provocada pela atual « crise económica », tendo esta consequências nefastas nas condições de sobrevivência das populações, nomeadamente nas chamadas zonas periféricas dos países desenvolvidos, como é o caso do Algarve, Andaluzia, Sicília, Bretanha e Mazóvia. Este ano letivo, entre outras atividades, coube à ESL desenvolver um dossiê sobre a realidade económico-social e realização dos ODM em 5 países africanos, para apresentar resultados numa cimeira que terá lugar Córdoba, em maio de 2013, e para a qual foi convidada a Associação das Nações Unidas, Espanha e o Sr. Federico Mayor Zaragoza, antigo diretor-geral da UNESCO. Estas iniciativas, enquadradas no nosso Projeto Educativo, são a afirmação da nossa comunidade educativa para facultar aprendizagens de sucesso pelo trabalho colaborativo, e apoiar os jovens na aquisição de aptidões e competências básicas de vida necessárias ao seu desenvolvimento pessoal, à sua futura vida profissional e a uma cidadania ativa no respeito pela diversidade e valores humanos. K Alexandre Costa _ Coordenador SEA UNESCO, Escola Secundária de Loulé

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Orçamento de Estado na Educação

Nuno Crato rejeita utopia de falsa abundância 6 O ministro da Educação e Ciência caracterizou o Orçamento do Estado para 2013 como “exigente e rigoroso” para o setor, rejeitando que se baseie numa “utopia de falsa abundância”. “Não é por termos um orçamento mais exigente que deixamos de acreditar que a qualificação é o futuro do país, ou que ignoramos as necessidades de alunos, pais e escolas”, disse Nuno Crato aos deputados da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura. O ministro garantiu que os números do orçamento para a educação garantem o “respeito pelos contribuintes e o cumprimento do programa do governo”, numa distribuição de recursos em que “cada euro aplicado é um euro bem gasto”. Pela oposição, o deputado socialista Rui Santos criticou a “germanofilia” de Nuno Crato, referindo-se ao memorando de entendimento e intercâmbio entre Portugal e Alemanha assinados esta semana pelo ministro, que pretende caminhar para um sistema dual de educação teórica

e profissional como existe na Alemanha. Nuno Crato negou esta alegada “germanização” do sistema educativo português, afirmando que os dois países têm realidades distintas, e afirmou-se “surpreendido” por o PS o criticar por “estar interessado em conhecer o sistema educativo da economia mais rica da Europa”. K

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Editorial

Isto não vai durar para sempre! 7 Não sei quantos o sabem, por isso me atrevo a relembrá-lo, que Tomás Morus no seu livro que intitulou de “Utopia”, e que viu a luz do dia pelo já ido e longínquo ano de 1516, nos revela uma extraordinária personagem, de seu nome Rafael Hitlodeu, nascido e criado em Portugal, mas que cedo abandonou família, fortuna e a própria pátria para percorrer as sete partidas do mundo. E é este português que, num casual encontro com Tomás Morus, em Antuérpia, nos inícios do século XVI, lhe revela factos e relatos de usos e costumes de povos desconhecidos do antropocentrismo europeu de seiscentos. Factos e relatos que levaram Tomás Morus a dedicar a segunda parte da sua obra à descrição pormenorizada de uma ilha imaginária, a que deu o nome de Utopia (a tal “parte nenhuma”), ilha essa em que a organização social e a relação do Homem com o Homem eram de tal modo tão perfeitas, de tal modo tão “ideais”, que deveriam ser prosseguidas por todos os governos que quisessem estar ao serviço dos seus povos. Deixem-me hoje então falar sobre a utopia, esse “sonho que

comanda a vida”, essa utopia que é a escola que ainda não temos, mas que desejamos a todo o custo, apesar dos inqualificáveis ataques ao ensino público, aliados ao notório desprezo pela actividade docente, a que a nossa tutela recorrentemente se socorre para nos denegrir. Por isso, hoje, o que deveria ser a realidade renovadora da escola portuguesa, se constitui como uma mera utopia para as jovens gerações de professores, que são obrigados ao desemprego, ou seja, à estagnação dos seus pressupostos, hábitos e procedimentos formativos. Que desperdício num país que, em vez de produzir riqueza, apenas sabe produzir ricos! Sabíamos e estávamos preparados para a globalização e para as suas consequências mais visíveis, tais como as que obrigariam os docentes a mudar de saberes; a mudar de modos de actuação; a mudar de áreas disciplinares; a mudar de ciclos de ensino; a mudar de posturas quanto aos modos de eles próprios aprenderem; a mudar, em consequência, aspectos da sua profissionalidade. O que não imaginávamos é que tudo isso poderia ser sacrificado,

em escassos meses, no altar dos “mercados”, à luz de pseudo teorias das economias de escala, em que os que produzem são vítimas dos que usufruem da produção. Hoje, infelizmente, temos que reconhecer que quanto à actividade dos docentes, a expectativa da incerteza é maior do que o conjunto de certezas discursivamente assumidas pelos rasgos neoliberais dos nossos governantes. Mas que, inversamente, é a crença na mudança que poderá vir a dar de novo sentido às incertezas que acompanham os processos de sobrevivência profissional. Incertezas que acompanham esse conceito, ainda fluido, da aprendizagem permanente, da reconstrução e da reestruturação dos saberes. E, sobretudo, a forte crença de que os responsáveis das políticas educativas mudam, mas a escola e os seus professores permanecem na história como sendo uma das pedras basilares da construção dos estados democráticos. Se reconhecermos que a educação é, simultaneamente, um projecto de cultura, de humanização, e de solidariedade, temos que manter essa atitude positiva de grande abertura aos novos ho-

rizontes, às novas solicitações, às novas oportunidades que o futuro ainda nos virá oferecer, logo que passe este “tsunami” ultra conservador e aniquilador da escola que a nossa constituição define como sendo “de todos e para todos”. É por isso que hoje. mais que nunca, para os professores a utopia deve ser uma das formas de dar sentido à realidade do que fazem, clarificando a dimensão social e ética das suas práticas. Ao longo dos tempos o professor aprendeu a manter expectativas ajustadas às suas possibilidades. Apesar dos êxitos e dos fracassos se alternarem na sua actividade, ele sabe como manter as expectativas positivas e o entusiasmo. Aprendeu a manter a força das ilusões, apesar dos fracassos circunstanciais. Quando foi preciso soube ser céptico, mas sem ser dogmático, soube ser moderado, mas sem ser fraco e, sobretudo, nunca recusar a luta pela mudança. Alterar as causas geradoras desta deplorável conjuntura é um desafio, mas também faz parte da utopia que nos alimenta e nos motiva a estar presentes sempre que uma voz nos desafia: na es-

cola, em casa ou na rua. Prosseguir os caminhos da utopia, é dar um chuto, valente e certeiro, na solidão profissional que acompanha o desenrolar dos dias de muitos professores e educadores que hoje se sentem desiludidos e inúteis. Agarrar utopia, é romper com a certeza das incertezas, na certeza da busca da incerteza maior, que é aquela que sempre acompanha o renascer do novo e a construção da infinita mudança. Abraçar a utopia, é aprender a dar, rasgando do dicionário as páginas que nos explicam como se lida com a dúvida que acompanha a falta de reconhecimento, o egoísmo e a injustiça social. Sejamos utópicos, apenas por acreditar em que acreditamos. Apenas porque abrimos as portas, de par em par, ao impossível e ao inimaginável. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

primeira coluna

Cheque mate ao superior? 7 As instituições de ensino superior públicas portuguesas estão a sofrer um dos maiores ataques de que há memória ao seu funcionamento e, por conseguinte, à sua missão. Depois de no início do verão o Governo ter alertado as instituições para cortes no seu orçamento na ordem dos 3,5 por cento, a realidade é que esses cortes podem ultrapassar a barreira dos oito por cento. O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, Sobrinho Teixeira, fala num corte médio de 11 por cento. O Conselho de Reitores, pela voz do seu presidente, António Rendas, fala numa redução de 9,4 por cento. A situação é de ruptura. Tanto universidades como politécnicos já sublinharam que vai chegar uma altura em que

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não haverá dinheiro para pagar vencimentos. As instituições já demonstraram estar solidárias com a situação que o país atravessa, mas também recordam que a grande maioria apresenta gestões positivas. Universidades e politécnicos rejeitam, por isso, qualquer responsabilidade no aumento do défice público. A redução dos orçamentos das instituições acontece há vários anos (entre 2005 e 2012 reduziu-se em 144 milhões e, caso se mantenha a vontade do Governo, em 2013 atingirá os 200 milhões – refere o Conselho de Reitores). Na sua história recente, universidades e institutos politécnicos têm sabido gerar receitas próprias. Não só através das propinas pagas pelos alunos (no último ano houve um aumento significativo de estudantes que

deixaram de ter possibilidades de as pagar, por falta de dinheiro das famílias), mas também por trabalhos efectuados à comunidade e por projectos de investigação. Acontece que a comunidade está, também ela, sem dinheiro, e em muitos projectos de investigação ou de investimento, o Estado português nem sempre está disponível para assegurar a componente nacional. O dramatismo deste cenário levou já o Conselho de Reitores a ameaçar com uma greve. Universidades e Politécnicos estão juntos naquilo que consideram ser um violento ataque ao ensino superior público português. Em tempos de crise há sempre a tentação de dizer que há instituições a mais, que há ofertas formativas a mais e, mais grave do que isso (como li re-

centemente no facebook), promove-se a ideia que nem todos podemos ser doutores ou engenheiros. Se calhar não, mas todos os cidadãos devem ter essa oportunidade. O acesso ao ensino e a uma qualificação, neste caso superior ou tecnológica, é um direito que assiste a todos os portugueses. Portugal continua muito atrás nos principais rankings internacionais no que respeita à qualificação superior da sua população. Não, não temos licenciados a mais. Não, não temos mestres a mais, nem doutorados a mais. A educação e a formação são e serão sempre mais valias, não só no capítulo profissional, mas também no pessoal e na identidade de uma nação. Estaria bem melhor o país se tivesse mais gente qualificada superiormente.

Os anunciados cortes no orçamento das instituições de ensino superior públicas portuguesas podem constitui um duro golpe na qualificação do país. Espera-se por isso que haja bom senso por parte do Ministério da Educação e Ciência, de forma a que o nosso país possa continuar a garantir a formação superior dos seus filhos. Se assim não for, talvez daqui a alguns anos estejamos a falar das repercussões que esta decisão política provocou no futuro do país… qual cheque mate educativo. K João Carrega _ carrega@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _


crónica salamanca Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Eugénia Sousa Francisco Carrega Rogério Ribeiro Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco

Fetichismos en la Universidad 6 Los objetos de culto en muchas sociedades primitivas, los ídolos de las sociedades precientíficas, los rituales y mitos de todas las culturas han adoptado diferentes denominaciones para identificar un concepto o asunto casi inexplicable, y que genera miedo o respeto. Una de las expresiones más universales es la del fetiche, objeto, persona o idea merecedora de respeto, miedo y adoración a veces. Cuando es un fenómeno más generalizado tiende a hablarse de fetichismo. Sigmund Freud contribuyó de forma especial, hace ahora un siglo, a difundir la importancia del impacto que los fetiches generan en nuestra personalidad, en el subconsciente principalmente. El psicoanálisis tuvo su época de gloria, pero más tarde muchas de sus aportaciones, y ésta no es menor, continúan siendo útiles para la explicación de muchas conductas de individuos, instituciones y sociedades, en suma para la psicología de nuestro tiempo. Aunque pudiera parecer contradictorio, dentro de los espacios de la razón y la ciencia, como son los centros de educación superior por antonomasia, existen en la actual cultura académica universitaria algunos fetiches que a muchos les parecen incuestionables. De tanto tenerlos encima, y a cada instante, tales ideas, representaciones, métodos de trabajo o instrumentos didácticos, se convierten en algo casi “natural” e intocable de

la tarea universitaria, cuando en realidad son una imposición histórica externa, una creación interesada, propia de una cultura tecnológica más que discutible, y de un formato competitivo que lo es aún mucho más, pero que se ha ido colando en nuestras vidas cotidianas de la educación superior. Son los nuevos códigos de conducta a los que todo profesor universitario, y a continuación los alumnos, debemos servir pleitesía, al parecer. Pongamos algunos ejemplos concretos, para de esa forma reflexionar constructivamente. Las TICS, o tecnologías de la información y la comunicación social, con preferencia el uso de Internet y elementos complementarios, parecen haberse constituido para algunos en el único y excluyente nuevo dios de las formas de enseñanza en la universidad. Y no es ni debe ser así. Nadie va a negar ahora la importancia y el interés pedagógico que encierran, y la conveniencia de su utilización, cuando corresponda, y seguramente con mucha frecuencia. Pero de ahí a pensar en una especie de monoteísmo excluyente, es decir, en que es la única vía, hay un enorme trecho. En las formas de transmitir el conocimiento, y en los procesos de formación de estudiantes de educación superior no debe excluirse nada, ni tampoco aceptar algo de forma dogmática y excluyente. No queremos fetichismos de Power Point, por ejemplo, que lo único que hacen en ocasio-

nes es ocultar la debilidad de las formas de expresión y comunicación de quien interviene en público. O pensar que una determinada plataforma (moodle, por ejemplo) es el único camino a utilizar. No queremos, ni deseamos, ni recomendamos nuevos fetiches tecnológicos, aunque aceptamos con gusto todos los nuevos elementos, las innovaciones tecnológicas que se adapten a nuestra formar de concebir la docencia universitaria. Las competencias. He ahí la palabra mágica que parece tapar la boca a quien no maneje esa jerga y no utilice la mecánica taylorista del trabajo docente, siguiendo las pautas de la mecánica industrial, de sus tiempos y exigencias productivas. Esa parece resultar ser la gran innovación del llamado plan Bolonia, si entendiéramos por el mismo su reducción a este tipo de prácticas aberrantes, desde luego desde el punto de vista pedagógico más profundo y radical. Los fieles defensores de tales competencias en la adquisición de aprendizajes (al parecer, ahora el aprendizaje del alumnos no se comprueba que es real, que sabe , si no se traduce en competencias cuantificables, mensurables). ¡Solemne tontería! ¡Y creíamos que habíamos abandonado hace años las fantasiosas taxonomías de Bloom! La necedad intelectual no tiene límites, y parece que todos debemos pasar en nuestra docencia por el cedazo de las competencias. Esperemos

que la fiebre dure una gripe, y cuanto más corta mejor. Otra cosa diferente es que algunos docentes deban bajarse de los cielos teóricos, y con frecuencia desordenados, y no sean capaces de traducir de manera más concreta qué es lo que un estudiante debe aprender para saber, y sobre todo para formarse mejor. Porque el reduccionismo formalista al cumplimiento de algunas exigencias visibles, evidenciables, a veces nada tiene que ver con el aprendizaje logrado por un alumno. Pero, al contrario, las exigencias generalistas, vacías e inconcretas de algunos docentes pueden conducir a la arbitrariedad en la valoración del aprendizaje, y a veces al incumplimiento de los mínimos de orden que requiere un proceso de enseñanza y aprendizaje. Hay otros muchos asuntos fetichistas, por ejemplo, la acreditación y lo que genera. Pero de ello hablaremos en otra ocasión. ¡Sobran muchos y nuevos fetichismos docentes en la universidad! Y se precisan criterios y racionalidad en la tarea del profesor, que sigue siendo la clave del éxito en una institución de educación superior. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

De la Universidad de Salamanca

Emperadores de Japón reciben al rector 6 Los emperadores de Japón, Akihito y Michiko, han recibido en audiencia privada al rector de la Universidad de Salamanca, Daniel Hernández Ruipérez, acompañado por la vicerrectora de Relaciones Internacionales e Institucionales, Noemí Domínguez García, y el director del Centro Cultural Hispano Japonés, Ovidi Carbonell. Durante el encuentro, los emperadores se interesaron por la actividad académica desarrollada por la institución salmantina y por el Centro Cultural Hispano Japonés, y recordaron con afecto sus visitas a la Universidad. Esta audiencia, celebrada el pa-

sado día 1 de noviembre, ha constituido uno de los momentos más relevantes del programa de trabajo llevado a cabo por la delegación de la Universidad de Salamanca en Japón, que concluyó ayer con la visita que el director del Centro Cultural Hispano Japonés realizó a la Universidad de Estudios Extranjeros de Kobe. Durante su reciente viaje a Japón, la representación de la Universidad de Salamanca ha visitado un total de diez universidades niponas con las que se han ratificado los convenios de colaboración ya existentes para la movilidad de estudiantes e investigadores además

de iniciar posibles programas de colaboración futuros. Los centros visitados han sido la Universidad de Tokio Gaidai, la de Takushoku, la de Nanzan, la de Keio, Tokai, Kanagawa, Waseda, la de Kyoto Gaidai y la Universidad Kansai Gaidai, así como el mencionado centro de Kobe. Hernández Ruipérez tuvo ocasión además de visitar la muestra itinerante “Premio Reina Sofía de Poesía Iberoamericana. Veinte años después (1992 – 2011)”, organizada por la Oficina del VIII Centenario de la Universidad de Salamanca y ubicada actualmente en este centro hasta el próximo 13 de noviembre.

Esta exposición, cuyo transporte está patrocinado por la empresa salmantina Feltrero, es fruto del acuerdo alcanzado entre el Estudio salmantino y el Instituto Cervantes, fraguado durante la pasada Reunión de Directores del Instituto Cervantes, que tuvo lugar el pasado mes de julio en la Universidad de Salamanca. El objetivo de este viaje a Japón era impulsar las relaciones académicas de la Universidad de Salamanca con el país asiático, así como el fomento del papel relevante del Estudio salmantino como centro de enseñanza de español para extranjeros. K

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Bocas do Galinheiro

E Bond, James Bond, voltou 7 James Bond, ou melhor, 007 está de volta. Quatro anos depois, o maior agente secreto de todos os tempos vive em “Skyfall”, a sua 23ª aventura. Desta vez a lealdade de Bond a M é posta em causa, quando esta é assombrada pelo seu passado, o MI6 é atacado e 007 tem de encontrar e destruir a ameaça, a qualquer custo. Depois de uma operação em Istambul acabar desastrosamente, James Bond desaparece e as identidades de todos os agentes do MI6 são reveladas na Internet, enquanto M (Judi Dench) torna-se o alvo de uma investigação governamental. Quando a própria agência MI6 é atacada, o regresso de Bond dá a M uma oportunidade de apanhar Raoul Silva, o vilão distintamente encarnado por Javier Bardem, um homem perigoso que afirma ter uma ligação pessoal com os dois. Coisas do passado. Produzido pelos estúdios MGM, Columbia Pictures e Sony Pictures Entertainment, esta nova saga tem realização de Sam Mendes e argumento original de John Logan, Neal Purvis e Robert Wade.Não há aqui já nada da pena de Ian Fleming. A estreia internacional, a 26 de Outubro, coincide com o 50.º aniversário da série, que teve início em 1962, com “007 – Agente Secreto”, de Terence Young. Daniel Craig está de volta como James Bond e, diga-se, foi este a maior interregno entre dois filmes da série com o mesmo actor. Em 1962, um quase desconhecido Sean Connery dava corpo a um agente secreto, com licença para matar, em “Dr. No”, por cá “007 – Agente Secreto”, com realização de Terence Young, e dava assim início a esta saga que perdura há 50 anos. Além da licença para matar, “ao serviço de Sua Majestade”, o agente que Ian Fleming descreveu como tendo “about six feet tal and somewhere im his middle thirties. He has dark, rather cruel, good looks, and very clear blue-grey eyes”, tinha também carta-branca para engatar todas as miúdas que entrassem no seu raio de acção. Nes-

te filme começou até muito bem, Ursula Andress, será a primeira de uma longa e distinta lista de “Bond Girls”, desde logo por causa daquela sua aparição, a sair da água num bikini tão branco quanto invulgar ver-se nas telas por aqueles tempos, o resto já se sabe como sempre acaba, ou quase sempre. Connery voltaria ao papel em “From Russia With Love” (1963), novamente com realização de Young, uma história, mais uma, no auge da Guerra Fria em que o nosso agente vai ajudar uma agente soviética a sair do seu país e ao mesmo tempo apanhar uma máquina de descodificação de códigos. O óbvio. A linda soviética é Daniela Bianchi e na agente má está a grande Lotta Lenya. Segue-se-lhe “Goldfin-

ger” (1964), um dos melhores filmes da série, com o nosso homem a interpor-se num plano diabólico de roubar a reserva de ouro americana. É neste filme que aparece pela primeira vez o icónico Aston Martin DB 5, pleno de truques, carro que reaparece “Thunderball” (1965), para além de outros, mas que vimos agora em “Skyfall”, não por acaso, mas porque nesta última entrega há um misto de homenagem e de revisão de alguma matéria dada em fitas anteriores. Mas, voltando ao escocês, reaparecerá então em “Thunderball”, “You Only Live Twice” (1967), de Lewis Gilbert, onde marca novo encontro com a Spectre, “Diamonds Are forever” (1971), de Guy Hamilton e num filme não oficial, “Never

Fado é Património Mundial e Imaterial da Cultura

Argentina Santos – Uma castiça que vem de longe 6 Nasceu em Lisboa, na Mouraria, em 1926 e ainda canta. O seu respeito e admiração é uma constante entre quase todos os que acompanham o mundo do fado e o fado castiço em particular. Começou a trabalhar tarde, já com 24 anos, na Parreirinha de Alfama, onde começou a trabalhar como cozinheira. O seu primeiro marido não gostava que ela cantasse e, por isso, ficava-se pela cozinha. O marido morre e Argentina começa a cantar; dois anos depois volta a casar-se e a história repete-se: “proibida de cantar”. É com a morte do segundo marido que inicia verdadeiramente a sua carreira musical.

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Tem um estilo castiço, forte e muito pessoal. Atrás de si um público fiel que apenas a abandona quando deixa de existir, enquanto ela resiste… e canta, canta sempre! Entre os seus maiores êxitos destacam-se Duas Santas (letra de Augusto Martins e música do Fado Franklin) e Juras (letra de Alberto Rodrigues e música de Joaquim Campos). O Fado tirou-a da Mouraria e com ele viajou pelo mundo e passou, entre outros, pela Venezuela, Grécia, Países Baixos, Brasil, Itália, França e Escócia. Cantou em salas como o Queen Elisabeth Hall, em Londres, La Cité de la Musique, em Paris, o Grande Auditório do

CCB e o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e a Catedral de Marselha. Hoje passa a maior parte do seu tempo entre a sua casa de fados A Parreirinha de Alfama e o Museu do Fado, quase em frente. Para os apreciadores do Fado Castiço, ou simplesmente interessados em saber e ouvir mais sobre este nosso património imaterial da cultura, vale a pena uma visita. K J. Vasco _ Fotos tiradas na Festa do Fado, durante as Festas da Cidade de Lisboa H Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Say Nener Again” (1983), de Irvin Kershner, com, entre outros, Kim Basinger. “Ao Serviço de Sua Magestade” (1969), de Peter Hunt, marca a única passagem de George Lazenby pela pele do afamado agente. O filme foi parcialmente realizado em Portugal onde 007, pasme-se, casa, mas, para alívio da série e do personagem, fica ainda viúvo nos 140 minutos de duração do filme. É evidente que com um tal azar Lazenby seria substituído por Roger Moore, actor já conhecido da série televisiva “O Santo”, o que foi meio caminho andado para que recuperasse a sendo de êxito que os 007 granjearam. A sua estreia acontece com “Live and Let Die” (1973), de Guy Hamilton, a que se segue “The Man With The Golden Gun”, (1974), de Guy Hamilton, onde enfrenta o até então famoso pelos recentes papéis de Drácula, Christopher Lee, a que se seguirão entre outros, “Moonraker” (1979), de Lewis Gilbert, “Octopussy “(1983), de John Glen e “A View to a Kill” (1985), ainda de Glen, de que se recorda a luta com Grace Jones na Torre Eiffel. Também ele será substituído, no caso por Timothy Dalton que fará dois filmes “The Living Daylights” (1987) e “Licence to Kill” (1989), ambos de Glen, numa tentativa de regresso ao Bond clássico, diga-se, a Connery. Depois de seis anos sem Bond, outros heróis por ai andaram, a saga regressa com Pierce e mais quatro filmes ao bom estilo a que nos habituou este agente secreto. De “Goldeneye) (1995), de Martin Campbell a “Die Another Day” (2002) de Lee Tamahori, o grande sedutor voltou. Em 2006 há novo Bond, Daniel Craig, em Cassino Royale, que repete em 2008 em “Quantum of Solace”, para regressar agora, quando já não se estava a contar com ele, mas os Brocolli, querem manter a chama viva. Vamos ver até quando. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _


em portugal

Sistema dual no ensino básico? 6 Não sabemos se é verdade ou não. Estas coisas começam com um boato, por uma notícia avulsa e acabam num decreto-lei e depois… bom… “agora é tarde” e temos que esperar que a medida seja posta em prática, depois pela avaliação da sua aplicação (que quase nunca existe) e (quem sabe…) pela sua discussão (idem idem, aspas, aspas…) A notícia é a que vem publicada no Diário de Notícias de 3 de Novembro de 2012 dizendo que segundo fonte oficial “Portugal aposta no sistema dual de aprendizagem, à semelhança daquele que vigora na Alemanha (A Alemanha tem 4 vias neste sistema dual: Hauptschule, Realschule, Gymnasium e Comprehensive). É uma questão tida como “muito importante” e que será abordada também durante a visita oficial que a chanceler alemã Angela Merkel realiza, a 12 de Novembro”. Em duas palavras o “sistema dual de aprendizagem” consiste na obrigatoriedade das crianças optarem por uma de entre possíveis carreiras intermédias, numa fase muito precoce (começa no final do primeiro ciclo – 12 anos), e que raramente lhes permite sair e ingressar noutro sistema quando mudam de ideias. Esta situação já começou a ser ensaiada em Portugal no 9º ano de escolaridade com projetos – piloto de ensino vocacional e, a acreditar no tal boato, mesmo sem se saber se a experiência funcionou – um

karma bem nacional – tratar-se-ia agora de instituir esta medida falsamente testada em situações concretas. Portugal tem mantido um sistema unificado de ensino básico até ao nono ano de escolaridade. Esta “via comum” é, sem dúvida” uma prova do equilíbrio e do bom senso de um sistema educativo. Acabar com esta via comum é uma insensatez por três motivos: 1. Antes de mais porque, ao contrário do que apregoa a propaganda sobre o assunto, a mobilidade entre os sistemas é reduzidíssima. Dizer que um aluno depois de ser colocado numa via, poderá migrar para outra, é conversa para “alemão ver”. No “Handbook of Research of Teaching” (1999) ao se estudar o “trecking” nos Estados Unidos conclui-se que só 3% (três por cento) dos alunos usufruem realmente da oportunidade de migrar para outras vias de escolarização. 2. Traçar o futuro escolar (e certamente o profissional e social) de alunos com 12 anos é uma imprudência no ponto de vista social, psicológico e educacional. É como se alguém (quem?) tivesse acesso a instrumentos fiáveis que pudessem ser preditivos e quase infalíveis sobre percurso futuro do aluno. Ora, sabemos hoje ( e cada vez o desenvolvimento pessoal é mais demorado nas nossas sociedade progressivamente mais exigentes) que o comportamento e a aprendizagem de uma criança

de 12 anos não é uma amostra fiável do que ela será no futuro. Traçar-lhe o futuro escolar (e consequentemente profissional e social) aos 12 anos é uma flagrante injustiça social. E quem não souber isto, que estude. (E pergunto aos leitores: que seria de cada um de nós se nos tivessem traçado o percurso escolar aos 12 anos?) 3. O mito dos sistemas duais é que a separação dos alunos é feita em benefício da homogeneidade e do aproveitamento de todos. Trata-se de mais uma falácia fácil de contrapor. Por um lado a homogeneidade é uma ideologia propagada por quem nunca deu aulas – ou delas já se esqueceu. Quem conhece o ensino e a aprendizagem sabe que não existem turmas nem de perto nem de longe homogéneas e esta ausência é certamente uma das riquezas da pedagogia ao lidar com seres diferentes e singulares. Quanto ao aproveitamento o conhecimento sobre aprendizagem confirma que a estratégia mais eficaz de consolidação da aprendizagem consiste em “ensinar os outros”. O aproveitamento não é incompatível com a heterogeneidade dos grupos de aprendizagem como se pensava na velha e ultrapassada pedagogia. (Muitas) mais razões haveria para discutir sobre esta notícia… O certo é que o facto da Alemanha usar este sistema lhe dá uma aura de credibilidade e um inevitável desejo de fazer “copy paste”: (“Será que com um sistema dual de educação

atingiremos o desenvolvimento económico da Alemanha?”) A quem estuda estas matérias deveria e a quem pensa que o assunto da educação se resolve pela separação, pelas vias paralelas e duais, recomendaria mais estudo aprofundado sobre relatórios internacionais da OCDE, da UNESCO e do Banco Mundial. Nestes relatórios fica claro que os sistemas duais põem fortemente em causa a equidade educativa e contribuem para edificar uma escola que, longe de ser uma superação das dificuldades dos alunos, legitima estas dificuldades e se torna num instrumento de desigualdade e de injustiça social. K David Rodrigues _ Professor Universitário/Presidente da Associação Nacional de Docentes de Educação Especial

CRÓNICA

Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: La consecuencia inmediata del quinto principio de la Evaluación para el Aprendizaje se desprende de una manera casi automática, tal como te comentaba en mi carta anterior. El sexto principio dice así: La Evaluación para el Aprendizaje debería tener en cuenta la importancia de la motivación del aprendiz. No cabe duda que nuestro ejercicio profesional, como profesores, está vinculado a nuestra motivación para la educación de nuestros alumnos. Yo creo que nadie resistiría la dura tarea de educar, a diario, a un conjunto de alumnos tal como lo hacemos nosotros porque tenemos “vocación” para ello. Frente a esta realidad encontramos la “otra realidad”, es decir, el conjunto de alumnos que, en cierta parte, carecen de motivación. Una de las virtudes, precisamente, de la Evaluación para el Aprendizaje consiste en su capacidad para fomentar la motivación de los alumnos, al enfatizar los avances y los logros en lugar del fracaso. Pero la realidad del sistema educativo actual es que fomenta más el fracaso que el logro de

los estudiantes, simplemente por el hecho de establecer comparaciones entre ellos. La comparación social, sobre todo cuando se hace pública y “oficial” (en definitiva, sancionadora), es uno de los grandes obstáculos para el progreso de los alumnos desde el punto de vista de su desarrollo tanto personal como académico. Si los educadores cambiamos de perspectiva y, en consecuencia, procedemos a no comparar unos alumnos con otros y a establecer únicamente un camino de progreso para cada estudiante, entraremos en el camino correcto. En este caso, la comparación no se hace con otros (norma de grupo) sino con el propio alumno en función de su progreso, es decir, de lo que ha conseguido en un momento determinado y de lo que le falta por conseguir en el futuro. Sólo así conseguiremos evitar que los alumnos entren en la “sensación de derrota” ante tanta comparación negativa. La derrota y la frustración continuadas conducen a la indefensión aprendida, es decir, a la aceptación de la incapacidad para seguir aprendiendo, con lo que se corta, de golpe, toda posibilidad de mejora y progreso en el futuro. La consecuencia inmediata es

la contribución al desarrollo de una persona totalmente desmotivada y deseosa de salir, cuanto antes, de la “cárcel” de la escuela en la que se siente incómoda y, a veces, angustiada. Otro de los aspectos positivos de la Evaluación para el Aprendizaje, aparte de su capacidad de fomentar el progreso, en lugar del fracaso, es que está diseñada y se desarrolla en función del respeto y promoción de la autonomía de los estudiantes. Con esto, al promover la Evaluación del Aprendizaje, los educadores contribuyen de manera decisiva a la formación de los alumnos como futuros profesionales, abiertos a la resolución, por su propia cuenta, de cualquier tipo de problemas, sin experimentar la inseguridad, e incluso la ansiedad, que genera el hecho de depender de los profesores para poder proceder a la ejecución de tareas o a la resolución de problemas careciendo de la habilidad necesaria para el manejo de la incertidumbre que encierra cualquier tarea o cualquier situación problemática. Te confieso que siempre me ha preocupado esto: conseguir que mis alumnos se independicen (en la medida de su madu-

rez evolutiva) de la “necesaria” guía del docente, asumiendo su propia responsabilidad y llegando, a la larga, a constituirse en auténticos “autodidactas”. Te recuerdo que, en alguna ocasión pasada, yo te expresaba mi opinión de que los profesores no debemos “arrastrar el carro”, sino “acompañar a los alumnos” cuando ellos arrastren el carro con todas sus fuerzas y su ilusión. Si conseguimos esto, no tengo la menor duda de que seremos felices, tanto ellos como nosotros, y, en consecuencia, nos encontraremos cada vez más satisfechos, tanto ellos como nosotros, con la labor realizada. Como verás, sigo defendiendo que es preferible la auto-motivación que la hetero-motivación de los alumnos. Hasta la próxima, como siempre, salud y felicidad. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

NOVEMBRO 2012 /// 017


Deana Barroqueiro em entrevista

À Descoberta de Fernão Mendes Pinto 6 Deana Barroqueiro, nome incontornável do romance histórico português, é autora de um novo romance, O Corsário dos Sete Mares (Casa das Letras). Fernão Mendes Pinto, autor da peregrinação é o corsário de todos os mares, na sua odisseia de vinte e um anos, pelo Oriente desconhecido, no século XVI. Apaixonada pela saga dos descobrimentos portugueses, a escritora dedicou três anos a este livro, com um trabalho de pesquisa que parecia não ter fim. Por email, conta a aventura de uma vida a escrever sobre os protagonistas da nossa História.

que Fernão Mendes Pinto não parava num dado sítio, antes percorria os mares em constantes viagens, revisitando as mesmas paragens em épocas diferentes, ou tocando vários lugares (reinos) numa mesma viagem. Como escreveu as suas memórias vinte anos depois de as ter vivido, muitas das datas que evoca estão erradas, por comparação com as crónicas dos reinos onde presenciou esses factos, engano que eu procurei corrigir, reorganizando o seu percurso, o que levava a novas dificuldades. O Corsário dos Sete Mares tem rigor histórico, riqueza de pormenores, e uma linguagem da época. Em que se baseia a credibilidade de um romance histórico?

O Corsário dos Sete Mares, o seu mais recente romance, relata as aventuras de Fernão Mendes Pinto, pelos mares do Oriente, no séc. XVI. Quais as razões de ter escolhido para protagonista o autor da Peregrinação? Na década de 90, portanto ainda no século passado, eu acalentava o projecto de escrever uma saga dos Descobrimentos Portugueses, que concretizei em parte com a colecção juvenil de viagens e aventuras Cruzeiro do Sul, nos moldes da obra de Emilio Salgari. Regressei a esse projecto com os romances históricos O Navegador da Passagem e O Espião de D. João II, evocando personagens injustamente esquecidas ou ignoradas, apesar do seu extraordinário contributo para o engrandecimento deste país – como Diogo Cão, Bartolomeu Dias e outros, no primeiro livro, com o descobrimento da costa ocidental de África, do Brasil e da passagem para a Índia, ou Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva, na segunda obra, com a descoberta da rota das especiarias e o reino do Preste João. E, para dar a conhecer a saga dos portugueses no Oriente longínquo, quem melhor poderia servir de guia do que Fernão Mendes Pinto, com os seus vinte e um anos de peregrinação por esses mares e terras onde nasce o sol, sendo até em muitos casos o primeiro ocidental a visitá-las? Hesitei bastante, por saber que iria defrontar-me com uma tarefa desmedida, se não impossível, contudo, quanto mais difícil é o desafio, maior é acicate à minha imaginação e o desejo de o vencer. Através dos Sete Mares, dedicou-se Fernão Mendes Pinto a outros tantos ofícios: embaixador, mercador, médico, mercenário, marinheiro, descobridor e corsário. Foi a demanda da mítica Ilha do Ouro e o enriquecimento fácil que levaram Fernão Mendes Pinto à aventura, ou poderia existir um propósito mais nobre? Sem dúvida que foi o desejo de enriquecer ou, pelo menos, de fugir à miséria e melhorar de vida que o levou à Índia, e não a busca de glória militar ou de fama, ele próprio o confessa por mais

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de uma vez na sua Peregrinação. Tal como fizeram inúmeros portugueses no século passado e fazem agora os nossos jovens, por não conseguirem trabalho ou uma vida decente em Portugal. Assim, é esta característica de homem comum, empreendedor, curioso de novidades e fura-vidas, capaz de se adaptar a todas as circunstâncias, que torna Fernão Mendes Pinto tão real e próximo de nós e a sua obra tão moderna, apesar de passados quase quatrocentos anos sobre a sua publicação. Precisou de três anos para escrever uma história notável. Como foi “embarcar” nesta aventura? Foi ainda mais difícil do que imaginei no início. Pouco mais se conhece da vida de Fernão Mendes Pinto, além da espantosa odisseia (recheada de aventuras que davam e sobejavam para sete vidas) narrada minuciosamente por ele no seu livro de memórias. Ora o que, à partida, parecia facilitar o trabalho de pesquisa, era afinal um obstáculo muito difícil de ultrapassar. Embora desejasse dar a conhecer aos meus leitores a sua obra, como poderia eu fazer reviver Fernão sem me colar à Peregrinação, parafraseando-a ou plagiando-a, e também sem lhe inventar uma outra vida, diferente da que ele contara? Além disso, eu não queria limitar a minha narrativa às deambulações de Fernão pelo Oriente,

ele era o pretexto e o meio para relatar os episódios mais importantes da expansão dos portugueses do Oceano Índico ao Pacífico. Conciliar tantos e tão variados tempos e espaços era, pois, outra dificuldade maior. E, não contente com estes desafios, ainda quis dar a provar aos meus leitores um gostinho dos textos coevos de Fernão Mendes Pinto, não só portugueses como de todos os lugares visitados, começando cada capítulo por um provérbio seguido de um poema, carta, excerto de crónica, decreto ou manual, com relevância para o assunto do capítulo. Não imagina a quantidade de livros que li, portugueses, espanhóis, franceses, italianos e ingleses, assim como traduções de inúmeros autores orientais, como japoneses e chineses; cheguei a ler obras de mais de 500 páginas, para extrair um pequeno excerto. Portanto, para ligar todas estas componentes, três anos não foram demais. Mar Roxo; Mar da Arábia e Malabar; Mar Austral; Mar da China; Mar do Japão; Mar de Java; e Mar de Andaman. Dividiu o romance pelos sete mares em que Fernão Mendes Pinto navegou. A ideia de arrumar assim o romance surgiu como? Foi a melhor estrutura que encontrei para manipular todas as componentes que mencionei na resposta anterior, privilegiando o Lugar face ao Tempo, por-

Embora haja várias concepções de romance histórico, para mim, a credibilidade deste género literário tem de assentar num sólido conhecimento dos factos e da época tratada, no rigor com que são recriados, com base em muito estudo, muito trabalho de pesquisa, comparando obras antigas e modernas, analisando artefactos, pinturas e outras formas de arte desse tempo. Para que o leitor possa sentir o ambiente em que se vivia num determinado período. Levo, como é óbvio, muito mais tempo a investigar do que a escrever. Por isso, se considera o histórico como o tipo de romance mais difícil de criar, quando sério, bem entendido, pois há muita obra publicada sob essa designação, sem o ser. Nem só de homens valentes é feita a história dos descobrimentos portugueses, as mulheres também deram o seu contributo. O seu livro fala da misteriosa Marquesa e Iria Pereira, a primeira mulher portuguesa na Índia. Quem foram estas mulheres? Para se saber quem foram essas mulheres, terão de ler o meu livro. Não o vou desvendar aqui. Em todas as épocas, num mundo de dominação masculina, o papel das mulheres tem sido sistematicamente ignorado, como se os homens nascessem por geração espontânea e tivessem filhos sem o concurso das mulheres. Nas crónicas dos Descobrimentos são raramente mencionadas. No entanto, elas estiveram sempre presentes, não só as de boas estirpe, mas, sobretudo, as de condição baixa, viajando escondidas nas naus, disfarçadas com trajos masculinos, para acompanharem os seus homens, sofrendo tanto ou mais do que eles as horríveis agruras da viagem para a Índia ou as condições insalubres dos lugares estranhos onde ficavam a viver, muitas delas assumindo papéis importantes na defesa das fortalezas em tempo de guerra. Iria Pereira ficou conhecida, apenas por ter tido um filho famoso. Da Marquesa nunca se soube o nome, apenas foi registada na História devido ;


à sua vida aventurosa. Todavia, no meu livro existem, a par das portuguesas, as mulheres de outras nações, escravizadas ou amadas como deusas. A Peregrinação de Fernão Mendes Pinto é uma obra devidamente valorizada? Foi muito valorizada no Século XVII – logo após a sua publicação em 1614, trinta e um anos após a morte do seu autor –, contando com sete traduções em língua espanhola, três em inglês, três em francês, duas em holandês, duas em alemão e duas em português, o que fez o seu autor rivalizar em importância com Cervantes. Posteriormente, nos Séculos XIX e XX, as opiniões dos críticos dividiram-se sobre a importância e o valor do autor e da sua obra e os portugueses, segundo o seu costume, mesmo sem terem lido a Peregrinação, encarniçaram-se contra a sua “inveracidade”, desprezando a obra e o autor. Nos nossos dias, graças a muitos estudiosos portugueses e estrangeiros, inclusive orientais, estamos a assistir à sua reabilitação, quer como obra literária única, sem comparação na Europa do seu tempo, quer como testemunho realista da vivência dos portugueses no Oriente, desvendando mundos até então ignorados pelo Ocidente. Afinal Fernão Mendes Pinto não mentiu, permitiu-se apenas a colorir um pouco a realidade com a liberdade própria de qualquer escritor, que se proponha escrever as suas memórias. É autora de outros romances históricos, nomeadamente O Navegador da Passagem; O Espião de D. João II; e D. Sebastião e o Vidente. Quando decidiu que eram romances históricos que queria escrever? Durante anos, quando ainda ninguém falava de escrita criativa, fazia-a eu nas minhas aulas de Português, ensinando os meus alunos a escreverem contos e obras dramáticas, a partir dos conteúdos programáticos do ensino secundário que, então, lhes permitiam conhecer o que de melhor havia na nossa Literatura, uma preciosa herança cultural que actualmente a maioria dos estudantes desconhece. Quando os programas começaram a ser esvaziados das obras clássicas, eu senti necessidade de continuar esse trabalho de divulgação fora do âmbito da escola e dei início à minha colecção juvenil de aventuras, Cruzeiro do Sul, sobre os

Descobrimentos. O Romance Histórico foi o desafio seguinte. O período dos descobrimentos portugueses pode dar-nos alguma lição para a crise económica que o país atravessa? Dar-nos-ia imensas lições, se a memória colectiva não fosse tão curta e a cultura dos nossos governantes tão medíocre! Nos meus romances, veiculo muitas vezes as queixas e as críticas que as minhas personagens fizeram nas suas obras, enquanto autores de livros, cartas, tratados, pondo em paralelo situações do passado e do presente em que a história parece repetir-se. O desgoverno dos governantes, a corrupção, o jogo de influências, o nepotismo e o compadrio, a exploração dos pobres para mais enriquecer os poderosos, a injustiça social, tudo isto foi denunciado em épocas sucessivas, mas, como podemos verificar, os avisos não serviram de nada. No final da introdução de O Corsário dos Sete Mares escreveu «Se o leitor chegar ao fim do romance com desejos de saber mais destas gentes e da sua saga no Oriente, será a minha maior recompensa pelos três anos de trabalho que me levou a fazê-lo. Oxalá…» É a sua vivência enquanto professora que quer levar o leitor a interessarse sempre mais pela História de Portugal? Em parte, creio que sim, sinto uma necessidade visceral de partilhar com outras pessoas aquilo que descubro e um impulso irresistível para contar histórias da nossa História, que é um autêntico manancial de personagens excepcionais e sucessos extraordinários. A dificuldade reside na escolha. Olhando para todos os anos que já dedicou à escrita. Neste momento, qual é o balanço que faz da sua vida enquanto escritora? Lamento não ter começado a escrever os romances mais cedo, pois levo pelo menos dois anos com cada livro e o breve resto da minha vida não me vai permitir contar a maior parte das histórias que existem armazenadas no meu cérebro, como uma grande biblioteca virtual, desejosas de verem a luz e ganharem corpo no papel. K Eugénia Sousa _ Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _   

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gente e livros

Julie Orringer 7 «Tudo o que tinha era a sua mala de cartão e a sua sacola de couro. Não era bagagem suficiente para que precisasse de chamar um táxi. Em vez de o fazerem, ele e Tibor caminharam até à estação, tal como haviam feito quando Andras deixara Budapeste, dois anos antes. Quando atravessaram a Pont au Change, ele pôs a hipótese de virar mais uma vez para casa de Klara, mas não havia tempo; o comboio partiria dentro de uma hora. Parou apenas numa padaria para comprar pão para a viagem. Nas montras da tabacaria ao lado, os jornais anunciavam que o conde Csaky, o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, tinha ido, numa missão diplomática secreta, a Roma; tinha sido enviado pelo governo alemão, e saíra directamente do aeroporto para uma reunião com Mussolini. O governo húngaro tinha recusado comentar o objectivo da visita, afirmando apenas que a Hungria se sentia satisfeita por facilitar a comunicação entre os seus aliados.» In A Ponte Invísivel Escritora norte-americana, Julie Orringer nasceu a 12 de Junho de 1973, em Miami. É autora da colectânea de contos How To Breathe Underwater

(2003), considerado um livro notável pelo The New York Times. Com este livro venceu o Prémio revelação do The Paris Review. Foram-lhe atribuídas bolsas da National Endowment for the Arts, da Universidade de Stanford, e do Dorothy and Lewis B. Cullman Center for Scholars and Writers, da New York Public Library. O seu primeiro romance, A Ponte Invisível (2010) foi traduzido em vários países da Europa. Em Portugal, está editado pela Civilização. A Ponte Invisível conta a história de Andras Lévi, um jovem judeu húngaro, estudante de arquitectura em Paris, durante a II Guerra Mundial. A Ponte Invisível foi finalista do Prémio Orange 2011. A escritora encontra-se a trabalhar num romance sobre a vida do jornalista norte-americano, Varian Fry. No Verão de 1940, Varian Fry or-

ganizou uma rede clandestina em Marselha, ajudando milhares de judeus a fugir ao nazismo. Pintores (Chagall, Marcel Duchamp), o Prémio Nobel da Química Otto Meyehoff, escritores (André Breton, Max Ernst, Hannah Arendt), operários e sindicalistas foram salvos graças à acção de Fry. O seu heroísmo não é reconhecido nos Estados Unidos, e vê o seu nome desacreditado. Em 1945, Fry publica Surrender on Demand, onde conta a sua missão em Marselha. Julie Orringer vive actualmente, em Brooklyn com o marido, o escritor Ryan Harty. A Ponte Invisível. Decorre o ano de 1937. Andras Lévi deixa os pais e os dois irmãos e parte de Budapeste para Paris, com uma bolsa para estudar arquitectura e uma carta misteriosa que prometeu entregar à jovem viúva, Klara Morgenstern. Em Klara, Andras haveria de descobrir a mulher da sua vida, nos encontros de Paris, as amizades mais belas e marcantes. Mas, a guerra e o nazismo projectavam as suas sombras negras sobre a Europa e para o jovem Andras, como para tantos milhares de judeus, começava uma terrível luta pela sobrevivência. K Página coordenada por Eugénia Sousa _

edições

Novidades Literárias mil anos de cultura ocidental, sem separar a filosofia da literatura, que se oculta por detrás do pensamento. No Prefácio da obra, Steiner diz «Todos os actos filosóficos, todo o esforço que visa pensar o pensamento, com a possível excepção da lógica formal (matemática) e simbólica, são irremediavelmente linguísticos.»

7 CASA DAS LETRAS. O Bairro da Estrela Polar, de Francisco Moita Flores. Diana nasceu no bairro da Estrela Polar, em Lisboa. Conhecida por “Robin dos Bosques”, lidera uma quadrilha. Tosta Mista, Zé Cigano, Francisquinho, Batman, Clara, Manuela e Paulo monopolizam o tráfico de droga no bairro e desorientam a polícia. Diana não é violenta, mas guarda na arma uma bala para os que destruíram a vida do pai.

QUETZAL. A Máscara de África, de V.S. Naipaul. O autor observa os efeitos da crença na civilização Africana: os animismos indígenas; as religiões Cristã e Muçulmana; o culto dos líderes; os mitos da História; e a magia. Uma viagem que começa no Uganda, passa pelo Gana, Nigéria, Costa do Marfim, e vai até à África do Sul. V. S. Naipaul foi Prémio Nobel da Literatura, em 2001

RELÓGIO D’ÁGUA. A Poesia do Pensamento - Do Helenismo a Celan, de George Steiner. Uma análise erudita entre a filosofia ocidental e a linguagem. Mais de dois

Civilização. Wolf Hall, de Hilary Mantel. Henrique VIII ocupa o trono de Inglaterra. Wolsey, cardeal e conselheiro do rei, tenta conseguir o divórcio que o Papa

não quer conceder ao soberano. É neste contexto que surge Thomas Cromwell. Filho de um ferreiro, de origem humilde, Cromwell é um arrivista capaz de alcançar os seus intentos na corte. Com esta obra, Hilary Mantel venceu o Man Booker Prize em 2009. A escritora volta a conquistar o Man Booker Prize este ano, com a sequela de Wolf Hall, Bring up the Bodies.

PRESENÇA. Os Anos Devastadores do Eduquês - Contributos para a História da Educação Depois do 25 de Abril, de Guilherme Valente. A propósito desta obra, afirma Carlos Fiolhais, Professor da Universidade de Coimbra «um dos maiores problemas que Portugal enfrenta é o da qualidade do seu sistema de ensino. Instalou-se nesta área um pensamento único, pretensamente igualitarista, baseado em ideias românticas sobre a educação, cujas consequências têm sido devastadoras, principalmente para os mais desfavorecidos. (...)». K

NOVEMBRO 2012 /// 019


pela objectiva de j. vasco

rvj editores

Outonos

O Folclore da Beira Baixa em Livro

3 Estamos em novembro de dois mil e doze, em pleno outono, quando sai esta edição do Ensino Magazine. Em novembro de dois mil e doze a maioria da população portuguesa sente que passou o outono da sua vida de esperança e que não mais viverão como já viveram, têm medo. Nesta mesma altura, em muitas escolas portuguesas sente-se o outono, os alunos não acreditam que estão ali a construir um futuro, os pais limitam-se a agradecer que lhes tomem conta dos filhos, os professores há muito que não falam de como ensinar, aprender, comunidade educativa, metodologias… limitam-se a dar aulas e, no intervalo do dia, a comer das lancheiras que trouxeram de casa. Estamos nos outonos. Será que depois do inverno vem a primavera? Chegará a tempo de lhe sentirmos o cheiro? K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

3 A RVJ Editores publicou Dança , Canto e Trajos no Concelho de Castelo Branco, da autoria de Adelino Carrilho e Mónica Carrilho. O livro quer dar a conhecer o folclore da Beira Baixa, e de acordo com as palavras dos autores, na Introdução, este trabalho não tem como objectivo «fazer um estudo exaustivo do mesmo tema, mas sim alertar e sensibilizar todas as pessoas para a grande riqueza do lirismo português, que encontramos nas danças e cantares populares, e beleza dos nossos trajos populares.» O livro explica quais as raízes da dança e os elementos que a compõem. A canção popular, bem como as danças bailadas e cantadas do concelho de Castelo Branco e faz um levantamento dos seus trajos mais representativos. Para conhecer o folclore de um povo é necessário conhecer a sua história e o espaço geográfico onde este se insere, sendo estes também temas importantes na obra. Adelino Carrilho é um dos fundadores do Cancioneiro de Castelo Branco (Associação Cultural e Recreativa que difunde e preserva o Folclore e a etnografia das 25 freguesias do concelho de Castelo Branco); Mónica Carrilho, é vice-presidente do Cancioneiro de Castelo Branco. O livro, propriedade do Grupo Típico O Cancioneiro de Castelo Branco, contou com o apoio deste Grupo, da Câmara Municipal de Castelo Branco, Junta de Freguesia de Castelo Branco, Câmara Municipal de Malpica do Tejo, Adraces, Proder, Leader, Ministério da Agricultura do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e União Europeia. A apresentação de Dança, Canto e Trajos no concelho de Castelo Branco está agendada para o dia 24 de Novembro, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco. K

Prazeres da boa mesa

Piquillos Recheados com Novilho, Molho de Tomate e Bica de Azeite 3Ingredientes p/ o Recheio (5 pax): 300 g de Novilho 1 Cebola picada 5 Dentes de alho 1 dl de azeite 2 dl de vinho branco 1 Cenoura 2 Tomates picados ou 1 dl de polpa de tomate Q.B. de sal e pimenta Q.B. de noz-moscada 2 Folhas de louro Preparação do Recheio: Refogar o alho picado, no azeite, juntar a cebola picada e o louro. Quando refogado adicionar a cenoura cortada em pequenos cubos. Juntar a carne picada, mexer bem para que a carne fique solta. Adicionar o vinho branco, o tomate e os temperos. Deixar cozer lentamente mexendo regularmente para não pegar no fundo. Juntar o

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50 g de Bacon em cubos 80g de Cebola 50g de Manteiga 50g de Cenoura 3 Dentes de Alho Q.B. Sal grosso Q.B. de Açúcar ou Mel 1 Pé de Tomilho Q.B de Pimenta preta

pão ralado até engrossar um pouco. No final rectificar os temperos e deixa-se arrefecer. Ingredientes p/ o Molho de Tomate (5 pax): 400 g Tomate fresco

Preparação: Puxar o bacon e a manteiga, cortar os legumes em pedaços e juntar ao puxado. Adicionar os dentes de alho esmagados. Refrescar com água e temperar. Deixar ferver e mexendo de vez em quando durante 25 minutos. Triturar e passar pelo chinês fino. Rectificar os temperos Outros Ingredientes: 50g de Alho francês em Juliana fina 50g de Cenoura em Juliana fina

Q.B. de Azeite para fritar 1/2 Bica de Azeite Q.B. de Maisena 15 Pimentos de Piquillo em conserva Preparação: Rechear os piquillos com a carne. Levar ao forno. Cortar a bica e fritar em azeite. Passar as julianas pela maisena e levar a fritar. K Publicidade

Mário Rui Ramos _

Executive Chef Ô Hotels and Resorts Monfortinho


Dot.com

Saiba como estimar o seu computador portátil 6 O computador portátil está massificado e, na generalidade, a prática diária obriga ao seu transporte, utilização em diferentes locais, arrumar e desarrumar várias vezes ao dia e muitas outras acções. Tudo isto encaixa nos procedimentos normais nos quais um computador portátil foi desenhado para suportar, no entanto há que ter alguns cuidados. A par disso, trata-se de um grande investimento monetário que merece o maior dos cuidados. Deixo 5 dicas de cuidados e manutenção que deve considerar para o seu computador portátil. 1. Colocar sempre o computador numa superfície lisa e rígida Qualquer superfície que não seja lisa e rígida pode (mesmo não parecendo) bloquear ou interferir na circulação de ar no interior do computador, tornando assim o arrefecimento deficiente. Portanto, o computador não deve ser colocado sobre almofadas, colo ou cobertor. 2. Desligar, hibernar ou suspender o computador antes de o colocar na mala Esta será certamente uma prática

pouco comum, no entanto uma arrumação apressada por vezes não dá tempo suficiente para que o computador suspenda o seu funcionamento… pior ainda se por alguma razão ocorre uma falha ou é colocada uma questão ao utilizador e faça com que o computador fique ligado até esgotar a bateria, sobreaquecendo nesse período. 3. Não deixar o computador sempre

ligado à corrente eléctrica Manter a bateria em elevados níveis de capacidade durante muitos dias pode danificá-la e diminuir a sua autonomia. Se usar o computador portátil como um computador de secretária, certifique-se que dá uso à bateria pelo menos 2 a 3 vezes por semana. Isso fará com que a bateria seja “exercitada” e não perca desempenho. 4. Limpar o computador pelo menos uma vez por ano Sujidade excessiva, nomeadamente junto às janelas de circulação de ar, é o factor mais comum na quebra de desempenho do computador, por sobreaquecimento. Utilize ar comprimido – de uma lata tipo “spray” ou compressores, mas tenha cuidado pois geralmente os compressores debitam ar com muita humidade -, aspirador e cotonetes para limpar todos os locais sujos. Também é recomendável, se possível, desmontar para limpar o seu interior e mudar pastas térmicas. Um trabalho bem feito pode-se traduzir numa temperatura interna 20ºC inferior. 5. Preparar para perdas ou roubos e

fazer cópias de segurança A perda ou roubo de um computador portátil é algo catastrófico nos dias de hoje. A quantidade de informação pessoal e crítica é imensa e é necessário que os cuidados sejam redobrados. A melhor solução é precaver a segurança dos dados mais sensíveis e encriptá-los, sendo necessário uma palavra-passe ou um “keyfile” para aceder a tal informação. Pode ser utilizado, por exemplo, software de código aberto como o TrueCrypt (ou ferramentas do sistema) e dessa forma a informação crítica nunca poderá ser acedida pelo “larápio”. Mas de nada vale ter dados encriptados pois, uma vez o computador roubado, tudo fica perdido. Dado isso é essencial utilizar um sistema de cópia de segurança, quer o do sistema operativo ou de terceiros, para manter salvaguardada e actualizada toda a informação crítica em mais que um local. Resumindo, quer faça os backups num disco físico externo, num servidor NAS ou na Cloud, deve também encriptar a informação que julgue ser demasiado privada. K

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press das coisas Samsung Galaxy S III Mini 3 O Samsung Galaxy III já tem uma versão mini. Disponível na Alemanha, fala-se de um próximo lançamento para outros mercados europeus. O smartphone apresenta ecrã AMOLED com 4” de diagonal; ecrã de 800x480 pixéis de resolução; câmara traseira com sensor de 5MP e frontal apenas VGA; processador de dois núcleos a 1GHz, capacidades de armazenamento disponíveis em versões de 8GB e 16GB. A ligações NFC mantem-se do Galaxy S III original, bem como o sistema de deteção do olhar do utilizador para ativação do ecrã. Tem sistema operativo Android Jelly Bean (4.1). Mais informações: Samsung. K

Canon Power Shot S110 3 A nova câmara digital compacta da Canon promete bons desempenhos para um fotógrafo em movimento. A objetiva luminosa f/2 permite fotografar em condições de menor luminosidade. Tem sensor CMOS da Canon de alta sensibilidade Wi-Fi. Dispõe de sistema de disparos de alta velocidade HQ; CMOS de 12,1 MP; HS System com DIGIC 5; Objetiva de 24 mm, f/2,0, zoom de 5x; Intelligent IS de 4 pontos; Wi-Fi e GPS através de dispositivo móvel; Anel de controlo da objetiva, modo Manual Total e RAW ; Ecrã tátil de 7,5 cm (3,0”); e Filmes Full HD, HDMI-CEC. O estojo à prova de água é opcional. K

NOVEMBRO 2012 /// 021


Quatro rodas

Tirar a Carta c Propus-me hoje escrever sobre, o ensino da condução. Como não conheço muito sobre o assunto corro, no entanto, o risco que deixar aqui uma crónica cheia de banalidades. Como o processo para tirar a carta já não é certamente o que era, vou antes contar como a coisa funcionava há muitos anos atrás. Cresci mesmo ao lado de uma escola de condução e como desde sempre tive o bichinho do automóvel, esperava com ansiedade o momento em que poderia começar a ter as minhas aulas para ter o tal documento cor-de-rosa, que me habilitava a “cravar” o carro ao meu pai, numa verdadeira manifestação de liberdade e presunção. Lá comecei com as minhas aulas teóricas para, como se dizia na altura, fazer o código. A escola tinha uma sala de aula onde eram distribuídos questionários semelhantes aos dos exames. Nas aulas cada aluno preenchia um questionário

ao qual tentava responder com o maior número de respostas certas, depois a segunda parte da aula era preenchida com a correção dos testes. Lembro-me que as perguntas eram divididas em código e sinais, e não podíamos falhar mais que duas no código e uma nos sinais. Bem ou mal era a forma de nos preparamos para passar no exame, que era levado a cabo no salão dos bombeiros. Aqui, no exame, a sala tinha mais de 100 pessoas, que ficavam nervosamente sentadas, após o final do teste, aguardando o resultado. Primeiro, os “engenheiros” começavam por chamar os que tinham falhado mais do que o permitido e envergonhadamente estas pessoas iam saindo da sala sabendo que teriam de voltar a tentar. Felizmente passei à primeira! Claro que fiquei muito contente porque finalmente ia passar à fase que me interessava, ou seja, conduzir um carro legalmente pela rua, ainda que com o instrutor ao lado. Era, no entanto,

um grande passo para a emancipação. Os carros da instrução, eram Datsun 1600, mas com motores diesel dos Austin Cambridge. Tinham dois volantes ligados por uma corrente de bicicleta, os pedais estavam replicados no lugar do instrutor e em vez do conhecido “L”, tinha uma chapa junto à matrícula a dizer INSTRUÇÃO. Lá fui aperfeiçoando os pontos de embraiagem, os estacionamentos, as inversões de marcha etc, etc. Algumas aulas depois, chegava o grande momento. De novo nos bombeiros, mas agora no estacionamento, partíamos para um percurso onde tínhamos que mostrar de novo ao “engenheiro” que estávamos aptos para conduzir sozinhos e palmilhar estradas. A coisa correu-me bem. De complicado apenas tive de decidir se ultrapassava ou não uma carroça, numa rua movimentada. Enchime de coragem, e com as devidas precauções, lá ultrapassei o veículo.

Como o “engenheiro” não reagiu, fiquei cheio de confiança para o resto do percurso. Foi um dia em cheio. Assinada a guia, fui logo comprar o famoso “ovo estrelado” para colocar na traseira do carro do meu pai. Para quem não sabe, tratava-se de um autocolante redondo, de cor amarela com o número 90 inscrito a preto, que era de uso obrigatório para o primeiro ano de encartado. Depois de todo este processo, comecei a conduzir regularmente, mas…faltava-me qualquer coisa. Não estava confortável na condução em situações limites, como estrada molhada, nevoeiros, avarias repentinas de órgãos de segurança etc. Resolvi o “problema” com uns amigos praticando estas situações num percurso privado, com aconselhamento sénior, ficando bastante mais preparado. Não sei bem como se processa o ensino nos dias de hoje, mas tenho acompanhado as declarações do

presidente do ACP (que tem escolas de referência), o qual deixa passar críticas a um processo, que se está a tornar excessivamente comercial. Sei também de escolas que podem complementar o ensino normal com treino para reagir em situações limite. É certamente um investimento, pode custar um pouco mais, mas se for encarado como isso mesmo, um investimento, vai valer a pena. Por obrigação legal relacionada com a minha idade, tive recentemente que “renovar” o documento que me habilita a conduzir. A ocasião proporcionou-me uma reflexão onde revi os meus mais de 30 anos de carta e certamente mais de 1 milhão de quilómetros percorridos, sem acidentes e conclui que fiz um bom investimento. K Paulo Almeida _

sector automóvel Seat lança SUV 3 O grupo Volkswagen vai passar a produzir um SUV para a Seat. O modelo será inspirado no IBX concept, numa versão Seat do Volkswagen Tiguan, servirá sobretudo para competir com o Nissan Qashqai. Com produção anual de 100.000 unidades, o SUV da Seat deverá ser feito em Martorell, Espanha. K

Nova Renault Espace

Astra Sedan 3 A Opel acaba de alargar a sua gama do Astra, com o lançamento do novo modelo de três volumes e quatro portas. Deste modo, a marca alemã pretende rivalizar com outras marcas no segmento acima dos familiares médios. Com o novo modelo, a família Astra fica completa. Para este modelo estão disponíveis três motorizações: gasolina 1.4 Turbo (140 cv) e dois turbodiesel 1.3 CDTI (95 cv) e 1.7 CDTI (130 cv), todos dotados de tecnologia Start/Stop. K

3 A nova Renault Espace já se encontra disponível no mercado nacional, a partir dos 40 mil e 700 euros. Com exterior mais inovador, com destaque para uma nova grelha e o revisto logótipo, maior e colocado sobre uma faixa negra. Entre o equipamento, destaque para a câmara de marcha-atrás, sistema de navegação, cartão mãos-livres, travão de estacionamento automático e entradas Bluetooth, AUX e USB. A nova Espace surge disponível com as motorizações 2.0 dCi de 150 cv, a que se junta uma caixa manual de seis velocidades, e de 175 cv. K

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

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Valter Lemos, ex-secretário de Estado da Educação

Uma década ganha na educação 6O ex-secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, refutou a ideia de que a última década foi uma década perdida no que respeita à educação em Portugal. O docente e investigador falava durante o Colóquio “Defender o Interior, Consolidar Castelo Branco”, que decorreu em Castelo Branco. A iniciativa reuniu um painel de especialistas na área da educação, o qual contou com a presença de Luís Capucha (um dos responsáveis pelo Programa Novas Oportunidades) e Domingos Santos (sub-diretor da Escola Superior de Educação de Castelo Branco). Valter Lemos procurou demonstrar através de dados oficiais e internacionais, a evolução que a educação teve no nosso país, entre 2005 e 2010. O ex-secretário de Estado falou das metas de escolarização alcançadas. “Em 2005 a taxa de escolarização no ensino secundário era de 54,2%, e em 2010 foi de 71,4%. No 3º ciclo em 2005 era de 83,5% e em 2010 de 89,5%”, disse, referindo-se a dados do Conselho Nacional de Educação. Valter Lemos falou ainda da diminuição das taxas de retenção. “Em 2000 40% dos jovens que chegavam

ao ensino secundário reprovavam. No final da década essa percentagem era de 20%”, acrescentou. Por isso, e porque a política desenvolvida “foi a de equidade e oportunidades para todos os portugueses”, a década não foi perdida em matéria de educação, ao contrário “do que alguns responsáveis governativos querem fazer querer”. Valter Lemos deu ainda o exemplo de Castelo Branco. “O caso deste concelho pode ser apresentado como exemplo de que a década que passou não foi perdida mas sim ganha. Construíram-se e ampliaram-se escolas, equiparam-se tecnologicamente as

escolas e agrupamentos, implementaramse as atividades extra curriculares não só no ensino público como no privado (fruto de uma forte intervenção da Câmara), foram garantidas refeições ao 1º ciclo, avançaram-se com cursos profissionais, criaram-se unidades de apoio ao ensino especial, etc”, justificou. Joaquim Morão, presidente da Câmara de Castelo Branco, acrescentou ainda que “a autarquia fez o seu trabalho. Ficámos sem a requalificação da Secundária Nuno Álvares porque nos puseram (o atual Governo) obstáculos. Fizemos obras em tempo recorde e esta foi uma

década de ouro para o país e para Castelo Branco”. Também Luís Correia, vice-presidente da Câmara de Castelo Branco lembrou o investimento feito. Luís Capucha, ex-diretor geral da Inovação curricular e um dos dinamizadores do Programa Novas Oportunidades, lembrou que “o Governo PS preocupouse não só com os que estavam dentro do sistema (escola) como aqueles que estavam fora, rompendo com o ensino recorrente e garantindo respostas próximas das pessoas. Dois milhões de pessoas inscreveram-se nas novas oportunidades, e 700 mil concluíram os seus estudos. Para além disso, mais de quatro mil empresas assinaram protocolos no âmbito das novas oportunidades”. Finalmente, Domingos Santos, destacou a importância das instituições de ensino superior, sobretudo no interior. “Não consigo imaginar capitais de distrito sem ensino superior”, para depois criticar o silêncio que impera nos decisores no que respeita à reorganização da rede de ensino”. K

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NOVEMBRO 2012 /// 023


Contra os cortes no Orçamento para 2013

Leiria suspende cerimónia de abertura

6O Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria) não realiza este ano a tradicional cerimónia de abertura solene do ano letivo, devido aos cortes orçamentais que o Governo está a tentar impor à instituição, informou em comunicado a instituição. No caso do IP Leiria trata-se de um corte de 1,8 milhões de euros, ou seja, as verbas previstas para 2013 oriundas do Orçamento do Estado passam de 20,9 milhões de euros para 19,1 milhões de euros. A abertura solene do ano letivo é uma cerimó-

nia já com grande tradição no IP Leiria, que se realiza desde o ano 2000, habitualmente em meados de novembro, e que tem contado com a presença de personalidades reputadas da sociedade portuguesa, de que são exemplo Mário Soares, António Câmara, Sérgio Machado dos Santos, Daniel Proença de Carvalho, Jorge Sampaio, António Sousa Franco, Manuel Antunes, Pedro Lourtie e Adriano Moreira. Nuno Mangas, presidente do IP Leiria, considera que é absolutamente

Em aniversário

Beja inaugura ESTG 6 O Instituto Politécnico de Beja inaugurou, no passado dia 9, as novas instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, numa cerimónia integrada no aniversário do Politécnico e que contou com a presença

do secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro, Carlos Moedas. O aniversário do IP Beja decorreu durante o fecho da nossa edição e integrou uma sessão solene, e uma exposição de pintura. K

portalegre

Dia do Politécnico 6 O Instituto Politécnico de Portalegre assinala, no próximo dia 26, o seu dia. A iniciativa tem lugar no auditório dos serviços centrais e para além da intervenção do presidente da instituição, Joaquim Mourato, terá uma oração de sapiência proferida por Domingos Bucho, sobre o tema “Elvas, património mundial da Unesco: o significado da classificação”. Como é tradição serão também entregues prémios de mérito aos melhores alunos, sendo

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que um desses prémios é atribuído pelo Ensino magazine. Serão ainda entregues os prémios da Delta cafés, Câmara de Portalegre, Cidade de Elvas, Lusodidacta, e Francisco Tomatas. A sessão conta também com a apresentação preliminar dos resultados do projeto IPP saudável, e com a distinção aos trabalhadores aposentados em 2012, aos colaboradores com 15 anos de serviço e aos vencedores do 5º prémio de Boas Práticas no IPP. K

necessário fazer sentir ao Governo, e neste momento em particular ao Parlamento (onde se discute o Orçamento na especialidade) e ao Ministério das Finanças, «a violência e a insustentabilidade destes cortes, que

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tornam o orçamento do IP Leiria, tal como os das outras instituições do ensino superior, absolutamente inexecutáveis e fortemente ameaçadores da viabilidade do IP Leiria e da generalidade do sistema».

Nuno Mangas salienta que “o IP Leiria e as suas escolas adotaram ao longo dos últimos dois anos um elevado número de medidas de racionalização e corte na despesa, e por esta razão, a margem para novas

medidas é já muito reduzida”, adiantando que, “caso esta situação não se altere, o normal funcionamento da instituição estará em causa, pelo que acredito que será encontrada uma solução, em sede própria”. K


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