dezembro 2012 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XV K No178 Distribuição Gratuita
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helena sacadura cabral
“Partidarite é uma doença complicada”
lusofonia
Ensino Magazine faz acordos em Moçambique C
Helena Sacadura Cabral admite não ter pachorra para a política e afirma que a partidarite é uma doença complicada. De permeio fala do seu último livro e da irreparável perda do seu filho, Miguel.
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Helena Sacadura Cabral
Partidarite é uma doença complicada 6 Sempre rejeitou incursões na política, mas durante toda a sua vida viveu rodeada por familiares que nela se aventuraram. Em discurso direto, Helena Sacadura Cabral admite não ter pachorra para a política e afirma que a partidarite é uma doença complicada. De permeio fala do seu último livro e da irreparável perda do seu filho, Miguel.
particular confesso que me apaixonei por um monarca: D. Dinis. Nós pensamos sempre neste monarca pelo prisma de «povoador» e das lendas da D. Isabel, do pão e das rosas, mas acabei por «descobrir» nele um rei que impôs o português como língua (fosse em tratados, contratos, etc, onde se usava o latim), que mandou compilar legislação que estava dispersa e definiu administrativamente o país. Pensar com esta amplitude naquela época era de todo improvável e surpreendente. Fundou, através de diploma régio a Universidade de Coimbra e desenvolveu o ramo do Direito, para que pudéssemos contar com os nossos próprios especialistas.
No seu último livro, «Os nove magníficos» (Edição Esfera dos Livros) conta o lado masculino do poder exercido, após já ter escrito «As nove magníficas», em que se debruçou sobre como o lado feminino influencia o exercício do poder. Qual foi o critério usado para escolher estas nove personalidades?
Os portugueses conhecem de modo suficiente a sua história e os seus heróis?
Foi uma escolha muito pessoal e subjetiva. O meu critério de magnificência não será o mesmo de outras pessoas, mas fiquei satisfeita quando o Dr. Bagão Félix, que apresentou o meu livro, me confidenciou que se fosse ele a escolher, os nomes não seriam muito diferentes. Uns foram escolhidos pela forma esplendida como exerceram o seu cargo, enquanto outros foram forçados a aceitar um cargo para o qual não contavam. Creio que uma das boas maneiras de se ensinar história é falar das «estórias» da história e, no meu caso, Publicidade
que sou economista, fiz uma história divulgativa. Trata-se de uma ferramenta extraordinária de enquadramento para os movimentos económicos que nascem dos comportamentos da sociedade e das formas de pensar. Há algum traço em comum aos nove reis que analisou? Imensos. Sabe, depois de me ter debruçado, primeiro sobre as mulheres e depois sobre os homens, fiquei a perceber o que é que se diz do ADN português. Nestes séculos de história temos características surpreendentemente comuns: somos donos de uma grandeza e simultaneamente de um grande orgulho, mas com uma auto-estima mínima. Parece que há ciclos na história de Portugal em que passamos do grande ao pequeno, sem se saber bem como. Não é por acaso que o português é profundamente marcado por uma canção como o fado. Isto de ser português não é fácil. Mas eu tenho uma teoria: Talvez por nos querermos sentir mais europeus do que portugueses é que às vezes nos esquecemos dos nossos heróis. Todas os que retratou foram, à sua maneira, bons governantes? Nem todos. Isso varia de época para época. Uns foram mais combativos, outros menos. Uns pensaram Portugal virado para o mundo, como o foi o caso da saga dos “Descobrimentos”, enquanto outros pensaram o país territorialmente, outros definiram Portugal como pensamento e como história, etc. Veja o caso particular de D. José, que se escudava na personagem marcante do Marquês de Pombal, que executava a vontade do rei. No meu caso
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Conhecem mal, facto que é comprovado pela crise que vivemos. O momento que atravessamos não é nada de novo na história de Portugal. Já passámos por diversas crises de dívida pública. Para além disso, perdeu-se o orgulho pelos nossos heróis, e foram bastantes. Estou muito à vontade, porque sou sobrinha de um herói nacional, o aviador Sacadura Cabral, do qual já quase não se fala. Se perguntar na televisão a qualquer criatura saída da universidade quem é este homem, são capaz de lhe dizer que foi um Presidente da República ou um ministro. Sente alguma mágoa pessoal por esse facto? Claro. Veja que até o feriado do 1.º de dezembro foi nesta onda de crescente esquecimento. Constato que a nossa vizinha Espanha tem um orgulho nos seus e uma raça que eu gostava que nos contagiasse – Eu que até acho que a Ibéria podia ser um projeto a equacionar. O que acontece na Europa é que são os maiores a comerem os mais pequenos. Há muita memória curta no velho continente. A Alemanha não seria o que é hoje se não tivesse sido ajudada por alguns países. Pensa que os egoísmos nacionais estão a inviabilizar a construção europeia? Sempre fui eurocética. Sempre duvidei que fosse possível fazer uma Europa com os grandes e os pequenos, com uma moeda única e mais nenhuma identidade em comum. Acredito que só será possível conciliar interesses se avançarmos num projeto federal. Os fenómenos separatistas em Espanha, na Bélgica e na Escócia devem ser encarados com grande preocupação. A Europa nasceu torta e dificilmente se endireita? É preciso lembrar que o projeto europeu nasce, não para criarmos uma Europa do futuro, mas para que no futuro não se repetissem as guerras do passado. Torna-se, por isso, impossível construir um futuro assim. No mundo globalizado em que vivemos o ;
pois, casar com um homem que entendesse que as mulheres têm direito a exercer uma profissão. Devo muito à minha mãe. O meu pai acabou, mais tarde, por ter orgulho no desempenho académico da filha, que creio, acabou por suplantar o seu desidério de me ver bem casada.
efeito dominó pode mudar tudo, de um momento para o outro. Podemos ser vítima de tsunamis financeiros ou económicos ou sofrer o efeito dominó de escândalos como foi o que aconteceu com Madoff, nos Estados Unidos. Perante este mundo de tremenda contingência, era muito bom que tivéssemos um tecido nacional à prova de bala. A começar pelo sentimento de gostar de ser português. Eu intitulo-me como uma mulher do século XXI que ama apaixonadamente o país onde nasceu. Posso discordar das decisões de algumas pessoas que nos comandam, mas que remédio eu tenho, se lhes deram o poder de forma legítima e democrática? Com ditaduras é que não vamos lá…
O facto de ser oriunda de uma família tradicionalista pesou na educação recebida?
Voltando aos nossos heróis. Desconhecer a nossa história é ignorar o presente? Vamos por mau caminho se não transmitirmos o orgulho de termos tido uma determinada história e persistirmos em limpar certas passagens que, por algum motivo, não agradam. Os próprios programas de ensino têm vindo a sofrer com isso. Quando é que se falará nestes país, em termos normais, do período do Estado Novo? Vejo que 40 anos passados, ainda se fala dos bons e dos maus. Em termos políticos considero que as democracias quando não são personalizadas tornam vagas as culpas, tornam dispersos os orgulhos. Fica tudo muito diluído. As democracias diretas são melhores nesse aspeto, porque há alguém a quem pedir contas. No regime que temos são os partidos o rosto da responsabilidade. Sabemos o nome do primeiro da lista, mas daí para trás não fazemos ideia. Este livro que agora lançou foi escrito durante a doença do seu filho, que acabou por falecer em abril. Este é um tributo a Miguel Portas? A morte de um filho é a dor maior a que um ser humano pode ser submetido. Este livro é-lhe inteiramente dedicado e teria dado muito prazer ao meu filho. A escrita ajudoume a colocar a cabeça em ordem. Durante o período da doença do Miguel, tive dias de trabalhar 12 horas a fio. Talvez por isso editei 5 livros em apenas 2 anos e meio. A morte do Miguel teve um lado de exposição pública tão grande que eu não pude chorar o meu filho nos dias que se seguiram ao falecimento. Para além disso fiquei imensamente grata e comovida com as múltiplas manifestações de solidariedade que me chegaram. O Miguel faleceu a 24 de abril e no dia 1 de maio eu estava na Feira do Livro a dar autógrafos. A melhor homenagem que lhe podia fazer era dar seguimento ao seu pedido para que a minha vida continuasse no dia em que ele partisse. Li que quer fazer um dos próximos livros de divulgação histórica sobre líderes políticos carismáticos. O que nos pode revelar? Há algum português? Estrangeiros gostaria de abordar Churchill, Mitterrand e De Gaule, por exemplo. Um político português seria Mário Soares. É um homem indubitavelmente corajoso e Portugal deve-lhe muito. Toda a história pós-revolucionária poderia ter sido diferente se ele não tivesse intervindo. O problema é que eu não gosto de biografias de vivos, logo agora que há muito esse hábito. Já temos Sampaio, te-
mos Marcelo, etc… A política é fascinante enquanto objeto de estudo e os políticos são pessoas muito curiosas para se biografar. As duas dimensões, enquanto atores da cena politica, e o seu lado mais pessoal, com os medos, as vidas familiares, os dramas, etc. A análise do exercício do poder é algo que a atrai fortemente? Odeio o poder, porque leva ao de cima tudo o que os seres humanos têm de menos bom, mas gostaria de me colocar na posição de um homem de poder. A autoridade nunca é um exercício agradável, nem mesmo para quem a exerce. Quem toma medidas, sabe que vai sempre causar desagrado e desconforto a alguém. É muito mais fácil ser mandado, do que mandar. Quem é mandado, obedece e lava sempre as suas mãos porque a responsabilidade é sempre de cima. Recordo-me o quão diabólico é um ato de mandar, porque quando eu estava no Banco de Portugal (BP), um dos momentos que me tirava o sono era quando se aproximava a avaliação dos meus colaboradores. Há tanta coisa que dita comportamentos pessoais, como um filho doente, pode explicar uma menor atenção ou uma dificuldade de concentração por parte do trabalhador. Já cheguei a interrogar-me, como é que eu reagiria se tivesse acontecido uma fatalidade a algum dos meus filhos quando eu estava no auge das minhas responsabilidades profissionais, como economista do BP? Foi a primeira mulher a entrar nos quadros técnicos do BP, em 1973, para além de ter ocupado outros lugares de chefia na administração pública. De alguma forma sente-se pioneira? Não. Tenho o lugar pelo qual lutei. Mas, no meu tempo, paguei um preço altíssimo por defender o que defendi e por ter sido a primeira. Atrás de mim vieram outras economistas, como a Teodora Cardoso, Irene Gonçalves, etc. Mas não foi fácil. Atravessei fases de profundo machismo em Portugal. Só para lhe dar um exemplo, em 1957, eu tinha que ter autorização do marido para trabalhar. De lá para cá, progrediu-se, nesse campo, como do dia para a noite?
Apesar de existirem muitas mulheres no mercado de trabalho, as empresas de grande dimensão têm, excecionalmente, uma ou duas mulheres em lugares de chefia. É certo que se progrediu fortemente, até porque lembro-me bem que, no meu tempo, uma mulher não podia ser juiz, não se podia sair do país sem autorização do marido, etc. Na política as mulheres começam a fazer o seu caminho. Também aqui o preconceito foi mitigado? No Parlamento, ainda há poucas mulheres em comparação com os homens. Inventarem a lei da quotas que é mais ou menos o mesmo que obrigar um homem a casar com uma mulher feia…(risos). Mas eu tenho uma dúvida: Nós somos maioritárias em termos populacionais, qual a razão porque somos menos na quota? Tivemos uma primeiro-ministra 90 dias, que foi Maria de Lurdes Pintassilgo, e pouco mais. Mas na Alemanha, Angela Merkel é dona e senhora da nação mais poderosa do velho continente. Qual é a sua explicação? Sabe porquê? Porque veio da Alemanha de Leste. Aprecio, por exemplo, Dilma Roussef, no Brasil, que está a fazer uma limpeza sem piedade do pior que ficou do tempo de Lula da Silva. É certo que também tivemos mulheres marcantes na Índia, no Paquistão, com Benazir Bhutto, e em Israel com Golda Meir, só para citar alguns exemplos, mas penso que nos casos que referi estamos na presença de casos especiais. Contam-se pelos dedos das duas mãos as mulheres que exerceram o poder deixando um legado. Contra a vontade do seu pai e fazendo valer o seu lado «pespineta», iniciou os estudos universitários e em boa hora o fez porque foi a melhor do seu curso. Como foi essa aventura? O meu pai desejava, como qualquer progenitor que se prezasse naquele tempo, que a sua filha casasse bem, soubesse línguas e tocasse piano. A minha mãe, bem mais nova do que ele, sempre me disse: «Nunca dependas de um homem, faz tudo aquilo que eu não tive oportunidade de fazer». Isso era, tirar um curso, ganhar a independência e, só de-
Tive uma educação conservadora, mas sempre com a liberdade que me dava a responsabilidade. O que prevalecia era a regra de confiança mútua. Hoje temos muitas famílias reconstruídas nas sociedades modernas, mas não lhes dou menos valor ou importância. Pode-se viver um ambiente igualmente saudável, mas é preciso gerir vidas distintas. Dar sentido à família nuclear continua a ser possível, mesmo na atual conjuntura, em que as famílias ou são monoparentais ou pluriparentais, mas reconstruídas. A família é mais do que o sangue, são as pessoas que se entreajudam, é o espírito de unidade. A sua prioridade de vida é acompanhar o crescimento dos seus netos, o André e o Frederico, com 19 e 16 anos, respetivamente, especialmente agora, depois do falecimento do pai… Eles são como eram os meus dois filhos, Paulo e Miguel, bastantes diferentes. Nutrem uma amizade muito funda. O mais velho é muito autosuficiente, vive na sua casa com uns amigos, estuda e trabalha, tem paradigmas muito definidos. O mais novo é mais disperso, é mais parecido com o pai. Com a particularidade de ter sempre algo de inesperado a acompanhá-lo. Augara-lhes um futuro na política, seguindo as pisadas do pai e do tio? O meu neto mais velho estava a interessar-se, mas creio que eles ficaram vacinados, com o exemplo do pai, do tempo que a política rouba à família. Aliás, eu tenho uma espécie de perseguição familiar com a política. Os meus filhos continuaram as pisadas do pai (o arquiteto e antigo secretário de Estado da Habitação, Miguel Portas) e seguiram o meio da política. Teme que os seus netos sejam arrastados pela geração que está a fazer as malas e a procurar emprego no estrangeiro? Tenho a plena noção que isso pode acontecer. E ninguém me garante que se o meu filho Paulo sair da política – o que seria um autêntico milagre de Fátima – ele não vá trabalhar para o estrangeiro. É preocupante que um país que investe nos seus jovens veja esta geração fazer num país estrangeiro o que podiam fazer no seu país de origem: contribuir para rejuvenescer a pirâmide etária, colaborar na segurança social dos outros e, finalmente, o investimento que o país fez neles será rentabilizado noutro território. Depois de se estabelecerem no estrangeiro, é lá que constituem família e que produzem com base numa educação cujos fundos saíram dos cofres do Estado português. Há meia dúzia de anos falava-se da geração «mileurista», agora é a geração ;
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«nem-nem» que emerge. A geração que não estuda, nem trabalha e que regressa à casa dos pais veio para ficar?
Como estaríamos liderados por uma monarquia?
Infelizmente, temo que sim. As dificuldades são muitas e transversais. Há uma geração que é a minha, e até um pouco mais nova, para quem a reforma não chega para o casal e para os filhos que já deviam ser independentes e ter casa própria. E também há os que se divorciam e não têm remédio senão regressar a casa dos pais. A incerteza das prestações sociais, nomeadamente com as reformas, aumenta o cenário de um futuro negro? Eu tenho uma reforma do Banco de Portugal, mas estou consciente de que há uma geração que não vai ter reforma. Quem não se acautelar estará completamente desprotegido. E mesmo que subscrevam PPR podem não estar a salvo devido à volatilidade do nosso sistema de segurança social e à alteração da taxa de rentabilidade desses planos poupança. Hoje em dia, no nosso país, não temos a certeza de nada. Repare no meu caso particular, numas contas grosseiras que fiz, cheguei à conclusão que quase não vale a pena trabalhar no próximo ano. Se eu produzir, nomeadamente editar um livro ou fazer um programa de televisão, arrisco a que 3/4 vão direitinhos para o Estado e o restante para mim. Que alterações provocou a crise nos seus hábitos quotidianos? Não me queixo, porque ainda tenho trabalho, mas posso revelar que reduzi em muito o meu nível de vida, para além de fazer economias sérias. Tenho uma empregada doméstica apenas em caso de necessidade, quem cozinha, faz os aproveitamentos e vai às compras sou eu. Sou eu que passo a roupa, a máquina de louça acabou. Eu passei pela guerra, por isso nada disto me causa choque. Como economista de formação que é, o que correu mal para chegarmos a um estado de pré-bancarrota? O descontrolo começou há muito tempo. Tudo começou com os fundos comunitários. A partir daqui começámos a fazer estradas e estádios que nem uns doidos, e convencemo-nos de que éramos ricos. Foram tomadas decisões gravíssimas. Houve fundos que entraram em Portugal para se abandonar a agricultura, quando agora se fala no regresso à terra. Abateu-se a frota pesqueira e hoje defende-se o regresso ao mar. Nós temos uma Zona Económica Exclusiva imensa, que pode conferir ao nosso país uma outra dimensão. É claro que se tivéssemos petróleo debaixo do Mosteiro da Batalha, não era nada mau… Foi bastante crítica deste governo quando foi anunciada, em setembro a TSU, depois retirada. Então, afirmou: «Governar é atenuar dificuldades, abrir oportunidades e evitar injustiças». Este governo está a cumprir algumas dessas premissas? Quem não for capaz de cumprir, é melhor que não esteja lá. Se for necessário criticar o governo, critico, tenho muita pena de o meu filho o integrar, mas paciência. Angustia-me
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imenso esta política dos partidos, sejam de direita ou esquerda. Nunca sei onde é que começa o interesse partidário e começa o interesse do país, isto para não falar do interesse pessoal. A receita da austeridade tem margem para continuar? O que temos constatado é que por aqui não vamos no caminho certo, também acho que não, e há um (o ministro) que diz que é por aqui e temos todos de ir atrás. Temos de acreditar e pagar. E estamos todos no mesmo barco. E não dependemos de nós. É bom que tenhamos consciência, que se a França não se aguentar, isto vai ser um «petisco». Diz que os «intocáveis» são o outro lado dos partidos políticos. As forças partidárias são a causa do mal de que enferma a democracia? A partidarite é uma doença complicada. Os partidos políticos aguentam-se através de bases de apoio, que, por sua vez, têm de ser alimentadas com retribuições para compen-
sar a chegada ao poder. E nós não saímos deste ciclo vicioso! Deixo um caso para reflexão. Na banca, nos governos PS e PSD, os seus apaniguados vão-se transferindo entre bancos ao sabor dos ciclos políticos. Nos últimos 20 anos verá que não há grandes diferenças. Por isso é que o mais importante não é ser ministro, mas sim ter sido. Defendo a existência de uma lei que proibisse que quem ocupou determinados lugares públicos transitasse para entidades privadas relacionadas com o setor em que desempenhou esse cargo público. Acredita que algo pode mudar verdadeiramente num futuro próximo? Acho que esse dia vai chegar, mas vai demorar tempo. Aliás, porque eu acho que o preço da democracia é este. Não há democracias sem grandes interesses. Não nos podemos iludir: A base de apoio deste sistema tem que ter contrapartidas. É uma utopia pensar o contrário. Churchill dizia, e bem, que «a democracia é a pior forma de governo, com a exceção de todas as outras». Tem-se liberdade, correto, mas a liberdade não dá de comer.
CARA DA NOTÍCIA 6 Helena com H grande Acaba de completar 78 anos e para muitos portugueses é a mãe dos irmãos Portas. Mas ela é muito mais do que isso. Definese como «economista, jornalista, escrevinhadora, politicamente centrada e consciente dos seus deveres cívicos». Chama-se Helena Sacadura Cabral, nasceu em Lisboa, a 7 de dezembro, o mesmo dia de anos do ex-presidente, Mário Soares, e considera-se «profundamente portuguesa». Licenciada em Economia pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, foi a primeira mulher a ser admitida no Banco de Portugal. Chegou mesmo a lecionar na universidade. Colaborou na televisão, na rádio e nos jornais, mas é no campo da literatura que mais tem trabalhado nos últimos anos. Publicou os livros «Coisas que sei... ou julgo saber», em 2010, «As nove magníficas», em 2008, «Porque é que as mulheres gostam dos homens», em 2007, «Bocados de nós», em 2006, e «Um certo sorriso», em 2005. O seu último trabalho chama-se «Os nove magníficos» e tem a chancela da Esfera dos Livros. Já teve página pessoal no Facebook, mas entretanto, optou pelo seu encerramento. Alimenta quatro blogs simultaneamente, sendo o «Fio de Prumo», o mais ativo. Várias vezes cativada para a política, nos tempos da universidade, a todos disse que não: «Nunca me interessou». Mas, quis o destino, que «de dentro de mim tivessem saído dois políticos», Miguel e Paulo. O resto da história já todos sabem. K
Eu não sou monárquica, mas as monarquias constitucionais não me inquietam nada. Isto se não forem mais dispendiosas do que a República. Haver um Presidente ou um Rei é indiferente, porque são meras figuras decorativas, desde que haja uma Constituição que garanta os direitos essenciais dos indivíduos e líderes do governo escolhidos de acordo com os votos populares. Por exemplo, não me importava nada que o Dr. Mário Soares tivesse sido rei, como o D. Juan Carlos de Espanha, e creio que ao próprio também não devia afligir muito… Penso que os nossos Presidentes da República também não exercem todos os poderes que têm. O Dr. Jorge Sampaio, se fosse atualmente Presidente da República, estou em crer que desfazia o Parlamento neste momento, como o fez durante o executivo do Dr. Santana Lopes. Estranho que nenhum jornalista lhe tenha feito essa pergunta recentemente… O destino dos países depende de muitos fatores. Há pessoas que estão certas no lugar errado e outras que estão erradas no tempo certo. Refere-se a alguns dos ex-presidentes? Nem todos. O general Ramalho Eanes tem tido uma postura impecável. De recato, honestidade e que não vem para a praça pública dar bitaites. Há cargos que uma vez exercidos obrigam a uma enorme contenção. O problema é que temos demasiados presidentes de bancada, ministros de bancada e ministros sombra. Somos um povo de «achadistas», todos acham qualquer coisa. Não tenho a mínima pachorra para a política. A carga fiscal progride a níveis nunca vistos por cá. A fraude e a evasão são o caminho que muitos vão preferir? O peso dos impostos atingiu o nível do insuportável. O problema é que a carga fiscal gera uma cadeia de acontecimentos: Senão veja: aumenta o IVA, as pessoas compram menos, ao comprarem menos há menos receita de IVA. E há outro perigo: O nível de esbulho fiscal é tão grande que as pessoas vão refugiar-se nas profissões da economia paralela. Se eu der explicações, ninguém sabe quanto é que eu ganho. Se eu escrever um livro, e como declaro tudo às Finanças, a maior parte do que me pagam vai para o Estado. Estou convencida que a economia não declarada já anda nos 30 por cento. Por outro lado, estou convicta que esta economia funciona como uma válvula de segurança para atenuar os 16 por cento de desemprego, na medida em que alguns desses oficialmente desempregados estarão nessa espécie de subemprego. Estáse a criar um «monstrozinho» paralelo que um dia, quando se despertar para o problema, já não será possível controlar. Como é que se resolve isto? Só o Dr. Vítor Gaspar é que sabe… K Nuno Dias da Silva _ H
Com a Universidade Eduardo Mondlane
Ensino Magazine faz acordo em Maputo 6 O Ensino Magazine assinou um protocolo de cooperação com a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior instituição de ensino superior público moçambicana, a qual tem mais de 30 mil alunos. O acordo rubricado pelo reitor da UEM, Orlando Quilambo, e pelo diretor da publicação, João Carrega, foi um dos momentos altos da missão empresarial efetuada pela Associação Comercial, Industrial e Serviços de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão (ACICB), a qual decorreu de 15 a 24 de novembro. A assinatura deste acordo representa para o Ensino Magazine uma “aposta clara nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, onde o jornal já está a ser distribuído”, diz João Carrega. Aquele responsável recordou que este acordo surge na mesma lógica de outros já assinados pelo Ensino Magazine, como acontece com a UNESCO, em que a publicação portuguesa é parceira da rede de escolas associadas daquela organização das Nações Unidas. “Isto demonstra que a educação não tem fronteiras e que através de parcerias todos podemos ficar mais fortes”, adianta João Carrega.
O Reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) ma-
nifestou em Maputo toda a sua satisfação pela concretização do
protocolo e pela mesma ter ocorrido numa missão empresarial a Moçambique. “Deviam ser mais os empresários a interessaremse pela educação e pelas universidades, como acontece neste caso”, referiu Orlando António Quilambo momentos depois da assinatura, em que participaram os vice-reitores e os diretores das diferentes faculdades, bem como toda a comitiva de empresários portugueses, os autarcas Joaquim Morão e Jorge Neves e os dirigentes da ACICB. Nas instalações da nova reitoria da UEM, em obras finais e ainda por inaugurar oficialmente, Orlando Quilambo quis que este momento ficasse intimamente ligado à nova fase que a universidade que dirige se prepara para enfrentar e fez questão de sublinhar que “esta assinatura decorre neste local simbolizando uma pré-inauguração do mesmo porque esta é, sem dúvida, uma parceria inteligente”. “Como instituição de ensino superior temos de ser mais internacionais, não chega efetuarmos intercâmbios de estudantes e de docentes, precisamos apostar também na troca de informação e na divulgação das nossas atividades pelo que esta parceria nos abre portas importantes nessa área”, declarou o
reitor da UEM. Orlando Quilambo entende que “a presença da universidade no mundo lusófono da comunicação é uma honra, na medida em que temos um longo caminho a fazer nesta área, sobretudo numa altura em que já percorremos cinco décadas de ensino superior”. Adelino Minhós, presidente da ACICB, e Joaquim Morão, presidente da Câmara de Castelo Branco, também intervieram nesta sessão protocolar, o primeiro lembrando que as instituições a que presidem dão uma atenção muito especial aos setores da educação e da formação das pessoas. “Não é por acaso que aqui viemos”, disse Adelino Minhós, enquanto Joaquim Morão aproveitou para lembrar a importância “de uma comunidade científica e de homens do conhecimento no desenvolvimento das sociedades em que vivemos”. Através deste protocolo será criada uma secção no Ensino Magazine dedicada às atividades da Universidade, ficando também definidas vantagens comerciais para aquela instituição no que respeita à divulgação dos seus cursos. Por seu lado, o Ensino Magazine torna-se parceiro das atividades desenvolvidas pela universidade. K
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projeto científico mais inovador
Leonor Parreira na UBI
Ciência é aposta
wi-GO ganha prémio 6 A Fundação Altran para a Inovação acaba de distinguiuir o projeto wi-GO como o mais inovador no concurso nacional de 2012, pelo que os jovens empreendedores da Universidade da Beira Interior ganharam seis meses de apoio tecnológico e científico e vão uma vez mais representar Portugal internacionalmente. “Tecnologia e Inovação ao serviço da Inclusão Social” era o tema da competição que pela primeira vez se realizou a nível nacional e que a jovem equipa, liderada por Luís de Matos, conquistou com o seu carro de compras, que permite acompanhar pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. O júri, composto por especialistas nacionais e internacionais de diversas áreas, não teve dúvidas em considerar que o projeto era o que melhor utilizava a tecnologia para combater a exclusão social. Com esta distinção, para além de visibilidade e reconhecimento, os jovens que trabalham no wi-GO ganharam uma importante ajuda. Durante os próximos seis meses o projeto vai contar com o apoio tecnológico e científico de uma equipa de engenheiros da Altran. Especializados em diferentes áreas, estes profissionais terão como objetivo
ajudar a desenvolver mais rapidamente e de forma fiável o projeto. Luís de Matos salienta a importância deste apoio e aponta uma área para a aplicação. “Em conjunto com a equipa e com a Altran vamos averiguar as nossas necessidades e então decidir em que área vamos atuar. Mas seguramente que irá incidir na temática da industrialização”. Para além desta importante recompensa a jovem equipa têm ainda a oportunidade de participar na final internacional e representar uma vez mais Portugal, desta vez em Paris, no mês de Janeiro. A lista de prémios já é longa, mas a verdade é que o produto con-
tinua sem chegar ao mercado, cenário que Luís espera que mude já em 2013. O jovem engenheiro salienta que o maior problema tem sido o financiamento. “Neste momento precisamos de financiamento para executar os fundos europeus que temos aprovados e deste modo finalizar o wi-GO para o colocar no mercado”. As expectativas em relação aos próximos meses são por isso altas e se tudo correr como esperado Luís de Matos admite que é uma questão de meses até o wiGO estar disponível em superfícies comerciais. K Ricardo Morais _
Conselho Geral da UBI
Alunos não tomam posse 6 Os cinco representantes dos estudantes eleitos para o novo Conselho Geral da Universidade da Beira Interior, não tomaram posse. No dia em que os 21 novos membros se preparavam para tomar posse, Carlos Salema, presidente do órgão até eleição de novo responsável, anunciou que um dos estudantes eleitos não reunia as condições legais para tomar posse. Em solidariedade, os restantes quatro estudantes não quiseram ocupar os seus lugares. Pedro Bernardo, presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (Aaubi), encabeçou a Lista C na eleição dos alunos para o Conselho Geral. Contudo, segundo os estatutos da Universidade da Beira Interior e dos seus órgãos, existe uma incompatibilidade de funções. O presidente da Aaubi tem presença no Senado, por inerência, e os estatutos do Conselho Geral da UBI referem que nenhum membro do Senado pode desempenhar funções no Conselho Geral.
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Mediante esta situação, Salema explicou que está a aguardar mais alguns pareceres jurídicos para tomar uma posição final. O presidente deste órgão deu posse aos membros eleitos pelos professores e também pelos funcionários. No caso dos estudantes nenhum dos cinco eleitos se mostrou disponível para ocupar os seus lugares enquanto não existir uma posição definitiva sobre este caso. Nestas condições, Salema adiantou ainda que o CG não vai avançar para a fase seguinte, a de proposta e eleição de oito membros cooptados da sociedade civil, externos à Uni-
versidade da Beira Interior. Pedro Bernardo acabou também por deixar as suas impressões sobre este assunto. No entender do aluno de Engenharia Civil, qualquer aluno da universidade deve estar apto a ter lugar no Conselho Geral caso seja eleito para tal. “Tínhamos conhecimento destes problemas, mesmo até durante a entrega das listas. Se a Lista C foi aceite e esteve nas eleições não sei porque é que os seus membros eleitos não podem tomar posse. É com alguma surpresa que encaro esta decisão”, aponta. K Eduardo Alves _
6 A secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira, esteve este mês na Universidade da Beira Interior entregar os prémios de mérito da instituição, tendo-se manifestado surpreendida com o crescimento da Universidade onde realizou o seu estágio de medicina. “Há um par de décadas a ciência era algo muito difícil de se conseguir. Hoje, apesar das contingências orçamentais, os jovens têm uma sorte enorme”, confessa a responsável. Para dar provas disso mesmo recorreu à Faculdade de Ciências da Saúde onde constatou, na visita a esta estrutura “um conjunto significativo de trabalhos científicos desenvolvidos por jovens investigadores”. Na Covilhã, a secretária de Es-
tado deu como certo o corte de 4,4 por cento nos orçamentos para as universidades e para a ciência. Uma redução que vai “levar a apostar mais na qualidade. Em tempos de enorme dificuldade, o dinheiro tem de ser bem utilizado, pelo que prometemos uma aposta na qualidade e nos jovens, para que os melhores fiquem por cá”, atestou. Em relação aos prémios de mérito, no valor de cinco mil euros cada, foram quatro os docentes agraciados: Fernanda Domingues (Faculdade de Ciências), António João Carvalho de Albuquerque (Faculdade de Engenharia), Maria de Fátima de Jesus Simões (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas) e Ilídio Joaquim Sobreira Correia (Faculdade de Ciências da Saúde). K
Portugal Fashion News
Aluna da UBI ganha 6 Priscila Franco, aluna do Mestrado em Design de Moda da Universidade da Beira Interior, venceu o primeiro prémio do concurso Portugal Fashion News, tendo sido distinguida entre 15 finalistas. O prémio engloba uma parte financeira e a participação na próxima edição do Portugal Fashion, junto de outros designers conceituados. A aluna refere que “o apoio dos laboratórios e oficinas do departaPublicidade
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mento têxtil, técnicos e docentes foi muito importante para a concretização deste projeto, e posso dizer que estou muito satisfeita de ter saído do Brasil e aproveitar estas oportunidades que, quer Portugal quer a UBI, me estão a dar”. Para a diretora do curso, Madalena Pereira, “é muito importante que os alunos tenham esta experiência e possam participar com uma coleção no Portugal Fashion, há cerca de 10 anos”. K
Transformar resíduos agrícolas em Energia
Projeto de biogás no Minho
6 O Centro para a Valorização de Resíduos da Universidade do Minho participa num projeto europeu que quer promover a valorização de alguns dos resíduos dos sectores agrícola, pecuário e agroindustrial, através da produção local de biogás. O objetivo é reduzir o impacte ambiental destes sectores, especialmente nas zonas rurais, diminuindo a sua dependência energética. “No sudoeste europeu há um enorme potencial dos resíduos da agricultura, agroindústria e pecuária, que podem converter-se em biocombustível para as indústrias ou em adubo para as terras, por exemplo. Este
projeto pode ser determinante para o crescimento, o emprego e o desenvolvimento sustentável dos territórios rurais”, diz a investigadora Bruna Fonseca. O incremento da procura mundial por alimentos de origem animal leva a uma intensificação das explorações, daí ser cada vez mais importante o tratamento eficiente dos resíduos. O projeto Agrogas vai ser desenvolvido até junho de 2014 e visa atingir cerca de cem explorações espanholas, francesas e portuguesas. O consórcio é financiado em cerca de 740 mil euros pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, ao abrigo
Ciência cresce na UBI
sobretudo Redes Elétricas Inteligentes (Smart Grid), são as principais áreas de investigação do docente da UBI, que lidera desde junho o projeto europeu “Smart and Sustainable Insular Electricity Grids Under Large-Scale Renewable Integration”, no valor de 5 milhões de euros e no qual estão presentes mais cinco universidades e 11 empresas. K
T Mesmo ainda sem o UBIMedical, estrutura multidisciplinar que representa uma aposta de mais de cinco milhões de euros, a produção científica da Universidade da Beira Interior cresceu muito nos últimos três anos.”A participação em projetos internacionais, na academia, aumentou mais de cinco vezes, desde 2009”, enquanto, entre 2005 e 2011, o número de publicações cresceu 200 por cento, “um sinal muito claro do reconhecimento de todos da importância da investigação e das publicações”. Os dados foram apresentados por Ana Paula Duarte, vicereitora para a investigação, que falava na cerimónia de entrega dos prémios de mérito da UBI. K
Santander com UBI T João Catalão, docente do departamento de Engenharia Eletromecânica da Universidade da Beira Interior, venceu o prémio Universidade Técnica de Lisboa – Santander, na categoria das Ciências da Computação e Engenharia Eletrotécnica, Informática e Aeroespacial (Aviónica), pelo trabalho desenvolvido nos últimos cinco anos como investigador no CIE3 – Centro para Inovação em Engenharia Eletrotécnica e Energia. Sistemas de Energia, recursos Energéticos e
do programa Interreg. Foi eleito em condições muito competitivas, entre 319 candidaturas, sendo o único da primeira fase da terceira convocatória aprovado no tema Ambiente. O Agrogas, junta ainda a Agencia Extremeña de la
Energía, a Fundación General de la Universidad de Salamanca, a Fundaçión Fundagro (todas da Espanha), o Institut National Polytechnique de Toulouse e a École Supérieure des Technologies Industrielles Avancées (ambos da França). K
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Aaubi vai a votos T A Associação Académica da UBI vai a votos dia 17 de Dezembro. A data foi marcada no dia 14, durante a Assembleia Geral de Alunos. Questionado sobre eventual recandidatura, o atual presidente da Aaubi garante responder dentro de poucos dias em comunicado. Até lá, Pedro Bernardo diz-se em “período de balanço e reflexão” para perceber até que ponto pode dar mais aos estudantes da UBI. K
Crescimento em debate T Emanuel Augusto dos Santos, antigo secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, entre 2005 e 2011, profere, no dia 12 de dezembro, pelas 14h30, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, a conferência “Haverá consolidação orçamental sem crescimento económico?”. A entrada é livre. K
DEZEMBRO 2012 /// 07
Universidade de Coimbra
YoubeQ conquista mundo
6 A plataforma youbeQ, desenvolvida pela iNovmapping, empresa em incubação no Instituto Pedro Nunes (IPN), foi selecionada pela Google e pela Mozilla Firefox como “aplicação de referência mundial”, anunciou a Universidade de Coimbra (UC). A Google e a Mozilla Firefox “já estabeleceram parcerias” com a iNovmapping, para inserirem a “plataforma nas respetivas lojas de aplicações web”, adianta uma nota da UC, salientando que a empresa (sua ‘startup’) “volta a estar em destaque pela inovação”. As parcerias “coincidem com os lançamentos da nova versão e da versão mobile para Android” da youbeQ, disse, à agência Lusa, Rogério Coelho, sócio-gerente e um dos fundadores, em 2009, da iNovmapping.
Aquelas versões permitem obter uma realidade híbrida, ou seja, “aliar o mundo real ao mundo virtual”, afirmou aquele responsável, sublinhando que “isso não é conseguido por nenhuma outra rede social”. Uma das “maiores inovações destas novas versões” reside na “georreferenciação de tudo o que se faz no youbeQ”, o que permite obter “um precioso conjunto de informações”, salientou Rogério Coelho, referindo que, para validar essa informação, a sua empresa desenvolveu “um algoritmo que estabelece um ranking da qualidade da informação georreferenciada”. Outra das potencialidades da youbeQ permite ao utilizador ‘teleportar-se’ para qualquer ponto do planeta ou convidar um amigo, em
qualquer parte do mundo, “a ‘teleportarem-se’ para uma determinada cidade e efetuarem uma visita em conjunto, trocando impressões sobre os locais visitados. Concebida há um ano, “a youbeQ é a primeira rede social a três dimensões, a ‘correr’ em Google Earth” e representa a realidade como nenhuma outra plataforma: “os utilizadores são representados por avatares e a abordagem é feita de forma inovadora e intuitiva, estabelecendo uma relação das pessoas com os locais e permitindo conhecer o mundo através de viagens virtuais”. Desenvolvida de raiz pela iNovmapping, a plataforma youbeQ (www.youbeq.com) tem um ano de existência, 70 mil utilizadores registados e mais de um milhão de visitantes. K
Estudo do cancro da mama
Investigadores distinguidos
6 Dois grupos de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Utad) acabam de ser homenageados pela Sociedade Portuguesa de Senologia, no âmbito do estudo do cancro da mama. A homenagem decorreu no Porto, a 17 de Novembro, durante o Congresso Nacional de Senologia, onde estiveram presentes alguns dos nomes mais marcantes da atualidade na investigação em cancro da mama, nacionais e internacionais. Um dos grupos é liderado por Felisbina Queiroga (que inclui Isabel Pires e Justina Prada e os alunos de doutoramento Teresa Raposo, Hugo Gregório e Maria Isabel Carvalho). Este grupo está integrado no Centro de Ciência Animal e Veterinária da Utad e tem desenvolvido a sua investigação em estudos clínicos e de prognóstico em tumores espontâneos de mama de cadela, dando especial ênfase à pesquisa de novos alvos terapêuticos. O outro grupo desenvolve a sua
Aveiro ajuda Timor 6 A Universidade de Aveiro recebeu o novo ministro da Educação de Timor-Leste, Bendito dos Santos Freitas, numa das paragens do seu périplo por três universidades portuguesas envolvidas em projetos de cooperação em educação com aquele jovem Estado do Sudeste Asiático. Em Aveiro ficou a conhecer ponto da situação do projeto, que inclui a elaboração de programas de 14 disciplinas do 10º, 11º e 12º anos de escolaridade, respetivos manuais para alunos e guias de professor. Pôde ainda apreciar versões impres-
sas dos 28 manuais para alunos, para 10.º e 11.º anos. Ao longo de cerca de três anos e até março de 2013, o projeto “Falar Português –Reestruturação Curricular do Ensino Secundário Geral em Timor-Leste” produzirá 84 volumes contextualizados e preparados especificamente para a realidade timorense, um trabalho desenvolvido por uma equipa multidisciplinar de 62 pessoas, professores e investigadores da Universidade de Aveiro e de outras Universidades e, também, professores experientes do ensino secundário. K
Universidade de évora
Novo Conselho Geral 6 Os membros eleitos do Conselho Geral da Universidade de Évora tomaram posse, no passado dia 7 de Dezembro. A cerimónia foi presidida por Maria do Céu Machado, presidente cessante do primeiro Conselho Geral. Maria do Céu Machado alertou os novos membros para o papel relevante que eles deverão desempenhar no referido órgão. Sublinhou que o Conselho Geral deve ser reativo onde deverá discutir e aprovar as propostas da equipa reitoral, mas também pró-ativo nas ações em prol do bom funcionamento da
Universidade de Évora. Refira-se que o Conselho Geral é composto por 13 docentes, três alunos, dois funcionários e por sete membros externos à academia. Saliente-se que no dia 28 de novembro, o Conselho Geral cessante reuniu e aprovou a revisão/alteração dos Estatutos da Universidade de Évora. Uma das alterações relevantes nos Estatutos é que os professores auxiliares podem ser eleitos para o Conselho Científico das referidas Escolas que compõem a referida instituição. K Noémi Marujo _
Universidade da Madeira
Química com curso atividade de investigação no Laboratório Associado Instituto de Biotecnologia e Bioengenharia, Centro de Genómica e Biotecnologia da UTAD (cujo diretor na UTAD é Henrique Guedes-Pinto) e é liderado por Raquel Chaves (que inclui Filomena Adega, e os alunos de doutoramento Ana Luisa Borges, Cláudia Baptista, Daniela Perneta, Sandra Louzada, Sara Santos e Susana Meles). Este grupo tem desenvolvido
estudos de genética usando tumores espontâneos de mama de gata e linhas celulares de cancro de mama de gata e rato. Nas palavras do presidente da Sociedade, Carlos da Silva Lopes, não se tratou de premiar um investigador individual por um trabalho publicado, mas sim de homenagear grupos de investigação constituídos, sólidos, que evidenciem ter projetos sustentáveis e duráveis nesta área. K
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08 /// DEZEMBRO 2012
Manuais do Secundário
6 O Centro de Química da Madeira (CQM) vai organizar a segunda edição do Curso sobre Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear, nos dias 13 e 14 de dezembro, das 09h30 às 17h30, no Campus da Penteada. A formação é dirigida aos investigadores do CQM, alunos do 2º ciclo em Bioquímica Aplicada e em Nanoquímica e Nanomateriais, do 1º ciclo em
Bioquímica da Universidade da Madeira, e ainda a técnicos de laboratórios públicos e privados. O curso tem por objetivo dotar os participantes de conhecimentos básicos de RMN de 1D e 2D, bem como a formação em aspetos práticos através da utilização do equipamento disponível nesta unidade de investigação (Bruker Avance 400+). K
Eleições no Instituto Politécnico de Castelo Branco
Carlos Maia é candidato 6 Carlos Maia é, de novo, candidato ao cargo de presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB). A garantia foi dada pelo próprio ao Ensino Magazine depois do atual presidente da instituição ter comunicado a sua decisão aos diretores das escolas. Carlos Maia revela que a decisão foi “ponderada, até porque os tempos são muito difíceis. Mas esse foi um fator que tive em conta na decisão de me recandidatar, pois não poderia voltar as costas à instituição”. O atual presidente do IPCB acrescenta que o “compromisso assumido com a instituição há quatro anos atrás não se esgota neste primeiro mandato”. As eleições para a presidência do Instituto deverão acontecer no primeiro semestre de 2013, mas já em janeiro inicia-se o processo para a eleição do Conselho Geral, órgão que posteriormente elegerá o presidente do IPCB. “Independentemente da sua constituição, fiz questão de informar os diretores das escolas de que irei apresentar a minha recandidatura ao cargo que agora desempenho para o próximo quadriénio”. Carlos Maia recorda que os últimos anos no IPCB foram marcados “por algumas conquistas e pela reorganização do Politécnico, pois foi publicada muita legislação nova, como o estatuto da carreira docente, ou as alterações legislativas face ao pessoal não docente, etc. Para além disso acompanhámos atentamente a questão orçamental da instituição, pois tem-se verificado uma asfixia gradual.
Apesar dessas dificuldades, Carlos Maia mostra-se satisfeito com o desempenho da equipa que lidera. “Temos motivos para estar satisfeitos. Obviamente que a avaliação do nosso trabalho caberá à região (sobre o papel que o IPCB desempenha) e à academia”. O presidente do IPCB dá alguns exemplos que considera importantes: “conseguimos construir um centro de investigação em zoonoses, temos mais docentes inseridos em centros de investigação de universidades (no IPCB mantém-se o desafio de se criarem novos centros de investigação, agora com uma nova estratégia que passará pela
criação de centros de estudos), e foi desbloqueada a situação da Escola Superior de Artes Aplicadas numa batalha terrível [onde a Câmara de Castelo Branco assumiu a componente nacional do investimento]. Tendo em conta a conjuntura orçamental, os desafios do IPCB mantém-se e são ainda profundos”. Carlos Maia recorda as avaliações e as acreditações obtidas pela instituição. “Em dezembro de 2010, foi atribuída pela APCER (Associação Portuguesa de Certificação) a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade do IPCB; em 2011 submetemo-nos a uma avaliação internacional pela EUA com resul-
tados bastante favoráveis como é do conhecimento de todos e a A3ES tem avaliado de forma positiva e acreditado os nossos cursos de licenciatura e de mestrado, numa altura em que dos 420 cursos avaliados 107 foram encerrados”, diz. O presidente do IPCB considera “grande parte dos desafios de há quatro anos atrás mantêm-se atuais, com a particularidade de termos de lhe dar resposta com recursos financeiros muito mais diminutos, uma vez que os cortes orçamentais têm sido muito acentuados, como é do conhecimento público. Em 3 anos, de 2010 para 2013, o IPCB sofreu cortes na ordem dos 34,9%”. Em termos de oferta formativa, Carlos Maia considera que “há um esforço contínuo no sentido de adequar às necessidades identificadas, tanto em termos de licenciatura como de mestrados. Também a qualificação dos recursos humanos continuará a constituir uma prioridade, com metas claramente definidas, uma das quais passa por em 2014 o IPCB ter cerca de 60% do seu corpo docente com o grau de doutor”. A investigação é uma área que é necessário alavancar e reorganizar. “Foi feito algum trabalho, no sentido da própria instituição e dos seus docentes terem um conhecimento mais aprofundado das capacidades instaladas e dos projetos em curso, mas é necessário agora dar um incremento maior, envolvendo mais as empresas da região nesta vertente da missão do IPCB”, diz. O presidente do IPCB adianta que a “internacionalização será sempre transversal ao desen-
volvimento estratégico da instituição e apesar de nestes anos termos aumentado o número de países parceiros e o número de fluxos de mobilidade internacional, há projetos de parceria com outras instituições que poderão ser estratégicos para o IPCB e que poderão ser uma realidade muito em breve”. Carlos Maia aborda também a questão da modernização administrativa. “Essa aposta vai continuar, no sentido de nos tornarmos mais eficazes e mais eficientes, nomeadamente através de uma forte aposta na desmaterialização dos processos e de agilizarmos o contacto com a instituição. Há um desafio fundamental num futuro próximo não só para o IPCB como para todo o ensino superior em Portugal, que é a reorganização da rede. O IPCB está preparado, não só para participar em todas as discussões sérias sobre o assunto mas também para liderar projetos”. Carlos Maia considera que estão criadas condições para que “durante o primeiro semestre de 2013 o processo eleitoral para a presidência da instituição esteja concluído. O Conselho Geral ficará constituído em janeiro e ficam criadas as condições para que esses prazos se cumpram. Isso será vantajoso para que o presidente eleito possa ter condições para preparar o novo ano letivo”. O Instituto Politécnico de Castelo Branco foi o mais procurado pelos candidatos ao ensino superior no interior do país, ministrando cursos de licenciatura, mestrado, pós graduações e de especialização tecnológica. K
Para esta atividade, que tem a duração de 6 semanas, estão disponíveis 40 vagas. Já o programa de “promoção de saúde na população idosa” será realizado em terra e destinase a pessoas sem problemas específicos de saúde, com idade superior a 60 anos. Esta atividade, com 20 vagas disponíveis, tem a duração de 4 semanas e realizarse-á três vezes por semana. Para as pessoas com diagnóstico de “insuficiência venosa crónica”, confirmado por Ecodoppler, exame que poderá ser realizado na ESALD, o programa
de intervenção em grupo será realizado em meio aquático ou em terra. Estas atividades destinam-se a pessoas com idade inferior a 65 anos e têm a duração de 8 semanas. Para este programa estão disponíveis 20 vagas. A participação nestes programas está condicionada a uma consulta de fisioterapia na ESALD para avaliação da capacidade em integrar as atividades. Durante o mês dezembro estão abertas pré-inscrições para os referidos programas que decorrerão ao longo do 1º semestre do próximo ano civil. K
De Janeiro a julho
Fisioterapia na Esald
6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias vai disponibilizar, de janeiro a julho de 2013, três programas de fisioterapia para pessoas com dor lombar crónica, insuficiência venosa crónica e promoção de saúde na população idosa. As atividades estarão inseridas em projetos de investigação científica e decorrerão em grupo. O programa de intervenção em grupo “dor lombar crónica” será realizado em meio aquático e é destinado a pessoas com dor lombar há mais de 3 meses e com idades inferiores a 65 anos.
DEZEMBRO 2012 /// 09
Ex-diretor da ESECB
Luís Costa apresenta livro
ESACB celebra 29 anos
O futuro passa por aqui 6 O 29º aniversário da Escola Superior Agrária de Castelo Branco foi aproveitado pelo seu diretor apresentar seis aspetos que considera fundamentais para o futuro da instituição. Celestino Almeida destacou o “o reforço colaboração com a EST (dando corpo à estratégia do IPCB) tendo como resultado a aprovação de novos cursos conjuntos: CET e licenciatura em Sistemas de informação Geográfica e pós-graduação em Proteção Civil”. O diretor da ESACB focou também as “parcerias estabelecidas e outras que estão em discussão com instituições de ensino superior, no sentido de ministrar cursos de mestrado em conjunto, contando já com a oferta de quatro cursos”. Celestino Almeida destacou também o facto da escola ter retomado “a formação em Ciências Agrárias. Deste modo contamos com a fileira de formação completa
neste domínio com vários CETs, a licenciatura e vários mestrados associados”. Outro dos aspetos focados por Celestino Almeida foi a conclusão da construção e equipamento do Centro de Investigação de Zoonoses. “Esta infraestrutura vem disponibilizar aos alunos de ciências veterinárias (licenciaturas e mestrados) excecionais condições técnicas e laboratoriais para as aulas práticas, e para desenvolver atividades de experimentação e investigação”. A visita de responsáveis de universidades brasileiras à escola também foi sublinhada. Celestino Almeida lembrou que essas entidades manifestaram “o seu reconhecimento sobre a qualidade e diversidade dos laboratórios, das áreas produtivas e instalações pecuárias da Quinta srª de Mércules, as quais todos consideraram excecionais para
se poder ministrar um ensino prático de qualidade nos diversos graus de ensino”. A ligação à comunidade foi outra das notas que o diretor da ESACB fez questão de evidenciar. “Tanto individualmente, como em parceria com as demais escolas do IPCB tem dado resposta às solicitações da comunidade. Entre os estudos, ensaios, projetos realizados, e as parcerias estabelecidas com diversas entidades regionais e nacionais, podemos destacar:o projeto de incubadora de empresas de base rural em Idanha-a-Nova; a realização de planos estratégicos para dois municípios, a colaboração com o Centro de Ciência Viva de Proença-a-Nova; colaboração com o CATAA; participação na Comissão Regional de Combate à Desertificação; colaboração com a ANPC; e a prestação de serviço na área da formação”. K
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010 /// DEZEMBRO 2012
6 O investigador Luís Costa apresenta, no dia 17 de dezembro, pelas 18h00, no Auditório da Escola Superior de Educação de Castelo Branco o seu novo livro “Debita Nostra – O espírito protestante e a ética do capitalismo”. A obra desenvolve o tema da sua última lição, lição pública a que deu o título “As ideias que nunca vos direi”, proferida na Escola Superior de Educação, em 25 de novembro de 2011. Tratando-se de uma apreciação pessoal do momento crítico por que passam as sociedades portuguesa e europeia, o livro convoca toda uma série de informação que vai das ciências sociais (história, sociologia, antropologia) ao jornalismo, à política, à teologia e doutrina social da Igreja, propondo-se, como lição, facultá-la para o seu uso na formação de outras e melhores apreciações. Nos três primeiros capítulos: “Comerás o pão com o suor do teu rosto”; “Perdoai-nos as nossas dívidas, como nós perdoamos aos nossos devedores” e “O espírito protestante e a ética do capitalis-
mo” o autor aborda a questão da relação entre religião e economia (dívidas, juros, capitalismo), tantas vezes desconsiderada, na sua opinião, a partir de leituras mais ligeiras da consagrada obra do sociólogo alemão Max Weber, “A Ética Protestante e o espírito do Capitalismo” (1905). Nos dois capítulos seguintes: “Outro Estado, melhor Estado” e “Ainda é cedo para saber…” o autor volta-se para a atualidade e para a, pelo menos aparente, contradição entre a dimensão global dos seus problemas e muitas das respostas que se lhes oferecem, tantas vezes decalcadas das diferentes posições políticas perante a “Questão Social”, enquanto fenómeno histórico do séc. XIX, sugerindo, no último capítulo, “Mudem-se os tempos, mudem-se as vontades”, a reiterada capacidade da humanidade para enfrentar e resolver a presente crise. K
Da terra a Marte
Viagem a Cabeço de Vide 6 O Departamento de Tecnologia e Design da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre (ESTG-IPP) organizou, no âmbito das actividades da Semana da Ciência e Tecnologia 2012, um evento intitulado “Da Terra a Marte: uma viagem por Cabeço de Vide?”. O evento, que teve lugar nas instalações da ESTG-IPP no passado dia 21 de Novembro, contou com a presença de mais de uma centena de participan-
tes, entre estudantes e professores do ensino secundário, do ensino superior e público em geral. O objectivo do evento foi o do esclarecimento de questões suscitadas por reportagens televisivas recentes onde eram noticiados os trabalhos de investigação que decorrem já há alguns anos nas termas da Sulfúrea - Cabeço de Vide e a relação recente entre esses trabalhos de investigação e as missões da NASA ao planeta Marte. K
IPG em aniversário
Politécnico da Guarda mostra o seu valor 6 O Instituto Politécnico da Guarda tem um impacto significativo na região em que está inserido, o qual no ano de 2011, é de 24 milhões 648 mil 508,01 euros. Os números foram apresentados pelo presidente da instituição durante mais um aniversário do IPG, o qual se realizou no passado dia 3 de Dezembro. Constantino Rei, num discurso abrangente, demonstrou a importância do IPG no desenvolvimento da região em que está inserido. Os números resultam de um estudo efetuado pelo próprio instituto. “Este valor corresponde a 1,6% do PIB de toda a região da Guarda (SE+BIN). Salienta-se assim que cada euro gasto pelo Estado português no financiamento do IPG produz um efeito multiplicador, e gera 2,01 euros de atividade económica na região. Em 2011, estima-se que o número de indivíduos com atividade profissional atribuída à presença do IPG situava-se entre 7,3% e 10,9% da população ativa do distrito da Guarda”, disse. O presidente do IPG lembra que o estudo, cujos resultados finais serão apresentados a curto prazo, “visou também tirar conclusões sobre a valorização do capital humano. Assim, concluiu-se que, em valor total, os graduados pelo IPG, vão contribuir durante a sua vida ativa para os rendimentos do Estado na forma de impostos, com um total de 8 milhões 267 mil 368,89 euros. De acordo com os dados apresentados, o estado receberá aproximadamente sete milhões de euros provenientes do concelho da Guarda e 1,3 milhões de euros do concelho de Seia, devido exclusivamente aos graduados do IPG que permaneçam nas duas regiões. Se para além desta região considerarmos ainda a região Centro como contributiva e que retém 34% dos graduados pelo IPG, o impacto é ainda mais marcante”. Constantino Rei salientou ainda que “estes valores têm apenas em consideração os alunos que permanecem na região e que responderam ao inquérito. Se tivermos em atenção ainda os alunos que se graduarão nos anos posteriores a 2011, os impostos totais a receber pelo Estado serão bastante superiores”. O presidente do IPG explica que com este estudo pretende-se, sem demagogia, “mas com rigor e objetividade, sensibilizar e tentar convencer aqueles que ainda pensam que temos ensino superior a mais e pouco IPG.
Temos consciência que muito há ainda para fazer, mas não podemos menosprezar o que já fizemos”. No seu discurso, Constantino Rei disse existir a convicção, “sobretudo entre os responsáveis políticos com poder de decisão e também nos meios institucionais mais informados, uma perceção clara que qualquer reforma ou reorganização do ensino superior em Portugal não pode ser feita com base no encerramento de instituições de ensino superior e muito menos visando as instituições de ensino superior do interior do país”. O presidente do IPG relembrou que “as instituições de ensino superior do interior do
país são absolutamente vitais para manter alguma coesão das regiões e não aprofundar ainda mais o fosso litoral-interior. Não são os poucos milhões que o Estado aqui gasta que resolverão os problemas de défice do país, nem estas instituições são geradoras de défices, antes pelo contrário: são instituições dinâmicas capazes de gerar riqueza e puxarem pelo país. É verdade que existem problemas, mas eles são transversais a toda a sociedade e a todos os setores. Não podemos contudo acordar dia após dia nesta esquizofrenia coletiva de que tudo está mal, que vamos morrer ou que alguém nos vai liquidar e por isso não vale a pena esforçarmo-nos. Mais
Magazine atribuiu prémio 6 A sessão solene do aniversário do IPG ficou marcada pela distinção dos docentes que terminaram o seu doutoramento e pela entrega dos prémios aos melhores alunos da instituição, os quais foram entregues pelo BES e pelo Ensino Magazine. O nosso jornal atribuiu uma bolsa de mérito ao aluno Hugo Esteves, do curso de Comunicação e Relações Públicas, com média de 15 valores. A atribuição deste prémio Ensino Magazine surge no âmbito da política social do nosso jornal, a qual passa pelo apoio aos melhores alunos das instituições parceiras do Ensino Magazine. Este ano foram já entregues os prémios a alunos da Universidade da Beira Interior, Instituto Politécnico de Castelo Branco, Instituto Politécnico de Portalegre e Instituto Politécnico da Guarda, estando ainda prevista a atribuição do prémio a um aluno do Instituto Politécnico de Leiria. K
do que discutirmos os mais tenebrosos cenários, procuremos antes as soluções, sejamos imaginativos e criativos, fortes e ousados, humildes e trabalhadores”. Sobre o número de candidatos ao ensino superior, Constantino Rei diz estar-se perante um novo desafio e um novo público alvo. “Há cada vez mais jovens a concluírem o ensino secundário através de cursos profissionais e cada vez menos jovens que concluem o ensino secundário regular. O desafio que se nos coloca é pois o seguinte: se há um desvio do ensino regular para o ensino profissional e um crescente aumento deste, se é intenção do governo promover ainda mais o aumento desta via de ensino, não estaremos aqui perante um novo público alvo para o ensino superior, em especial para o ensino politécnico que melhor e mais naturalmente se poderá afirmar na fileira deste tipo de ensino? Não devemos pensar em novas formas de acesso para estes jovens que, seja por força de um sistema chamado “provas de ingresso”, seja por abandono, acabam, muitos deles, por não prosseguir estudos?”. Constantino Rei, esclareceu que a ideia não é “de os Institutos Politécnicos ministrarem os atuais cursos profissionais de ensino secundário, mas antes de explorarmos esta fileira como uma oportunidade para o ensino superior politécnico captar mais jovens”. K
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DEZEMBRO 2012 /// 011
João Queiró no aniversário do IP Portalegre
“Politécnicos podem chegar a mais público” 6 O Secretário de Estado do Ensino Superior, João Queiró, considera que os ensino superior politécnico pode “chegar a mais público, através do ensino pós-secundário”. O governante falava durante as comemorações do Dia do Instituto Politécnico de Portalegre, as quais decorreram no final de novembro. João Queiró referiu ainda que para o “desenvolvimento integrado do país e para o equilíbrio do território as instituições de ensino superior são fundamentais”. Sobre o Politécnico de Portalegre, o secretário de Estado referiu que a instituição enfrenta um problema comum a outras instituições, que é demográfico. “Esta é uma questão séria”, disse. Para aquele responsável, há fatores que devem ser tidos em conta, como a qualidade, a concentração do IPP em áreas que seja forte e a articulação com outras instituições de ensino. João Queiró falou à comunidade académica depois de ter ouvido Joaquim Mourato. O presidente do IPP aproveitou a ocasião para recordar o trabalho efetuado pelo instituto. “No corrente ano, fruto do trabalho de toda a comunidade académica e de todos aqueles que com ela se relacionam, têm sido muitas as metas alcançadas, em alinhamento com o Programa de Desenvolvimento, aprovado para o período 2009-2012”.
Joaquim Mourato recordou que “a aposta na qualificação do corpo docente já começa a ter resultados. Desde o início do programa já triplicámos o número de doutorados e temos mais de 70 docentes em programas de doutoramento, o que permite, em 2014, ultrapassar a barreira dos 50% do corpo docente com doutoramento. Este é um esforço enorme dos nossos professores que quero aqui realçar, porque o fazem garantindo, em simultâneo, a sua atividade normal de docência e de investigação”. A área da investigação também foi focada por Joaquim Mourato: “foram submetidas di-
versas candidaturas a projetos de I&DT, mais que duplicando o número de candidaturas apresentadas no ano anterior, destacando-se a apresentação de oito projetos à FCT. Além disso, foram submetidas e já aprovadas as candidaturas no âmbito do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia. O projeto da Bioenergia, com o valor global de 4,6 milhões de euros, foi aprovado parcialmente, tendo sido contratado um investimento elegível de 1,775 milhões de euros, cerca de 40% do valor global da candidatura. Também foi assinado o contrato de financiamento para a aquisição de equipamentos para o Centro de Atendimento
Veterinário, no valor de cerca de 50 mil euros. Esperamos que ainda neste Quadro Comunitário ou no próximo tenhamos o restante financiamento”. Joaquim Mourato destacou “ainda o facto do IPP, no ranking ibero-americano SIR 2012, apresentar-se numa posição de destaque ao nível das Instituições Politécnicas, relativamente ao indicador Colaboração Internacional, com mais de metade das publicações do IPP a terem autores de vários países, o que torna muito significativa a internacionalização da investigação do IPP. Na área da divulgação e do empreendedorismo, Joaquim Mourato destacou a ENOVE+, Feira do Emprego e do Empreendedorismo, “ponto de encontro entre os estudantes e as empresas, evento que aconteceu este ano em Sousel e no próximo ano realizar-se-á em Campo Maior”. O Centro de Línguas e Cultura do IPP também mereceu referência com os seus 122 estudantes inscritos. A cerimónia integrou ainda a divulgação dos resultados do programa IPP Saudável e a oração de sapiência, a cargo de Domingos Bucho, sobre “Elvas, património Mundial da Unesco: o significado da classificação”. O coordenador do dossier de candidatura abordou, de forma objetiva, a importância daquela classificação. K
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Os prémios foram entregues por diferentes entidades
Ensino Magazine atribuiu bolsa de mérito
Prémios aos melhores 6 A entrega de prémios aos melhores diplomados da instituição constituiu outro dos momentos altos da cerimónia. O Ensino Magazine, seguindo a sua política de premiar os melhores alunos, atribuiu um prémio monetário a Olímpia Nabo, a melhor diplomada do IPP com o grau de mestre. A mesma aluna recebeu também o prémio da Câmara de Portalegre. Miguel Dias recebeu o Prémio Delta Cafés, Hermenegildo Castanho o da Cidade de Elvas, Joana Nobre o prémio Lusodata, e Nuno Leão o prémio Dr. Francisco Tomatas. A Caixa Geral de Depósitos atribuiu prémios aos melhores alunos de primeiro, a
012 /// DEZEMBRO 2012
saber: Cláudia Dias, Pedro Livramento, Diana Sousa, Lorena Sousa e Joana Reis No âmbito do prémio Boas Práticas no IPP, foram distinguidos com menção honrosa os seguintes projetos: iM – Portal dos Alunos (apresentado por Ana José, Carolina Santos, Naíde Neves, Paulo Canário e Pedro Rainho), Levantamento de Dados de Saúde no Concelho de Portalegre (Olga Louro, Sofia Roque e Andreia Silva), e Centro de Línguas e Culturas (Lucilia Candeias, Fátima Miranda, Joaquim Marchão, Aida Cordas, Júlia Ladeira, Margarida Dias, Maria do Carmo Maridalho, Susana Dias, Amélia Canhoto, Teresa Coelho e Margarida Coelho). K
Escola Superior de Tecnologia do Mar
Assunção Cristas visita Exploração do potencial marítimo
Leiria junta-se à Galiza 6 O Instituto Politécnico de Leiria acaba de se associar ao Campus do Mar, um projeto que pretende explorar o potencial marítimo e otimizar os recursos existentes na Euroregião Galiza-Norte de Portugal. O acordo de colaboração, assinado a 7 de novembro, pretende contribuir para criar a maior concentração de talento em investigação marinha na Europa, além de impulsionar a colaboração entre as instituições envolvidas e desenvolver novos projetos dentro do Campus do Mar – International Campus of Excellence. A colaboração decorre da tentativa conjunta de dar força a este setor económico, de vital importância para a Euroregião, em termos de docência, investigação, inovação, tecnologia e transferência de conhecimento. João Paulo Marques, vice-presidente do Politécnico de Leiria, representou a Instituição na assinatura do protocolo, e refere: “temos muitas coisas em comum com Espanha e com a região da Galiza, uma delas é o mar. Para nós representa um potencial enorme, do ponto de vista económico, estratégico e científico, e esta parceria vem demonstrar também a reputação e reconhecimento que a nossa Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, e o Grupo de Investigação em Recursos Marinhos, que agora passa a representar Portugal neste
projeto, têm vindo a granjear em Portugal e no estrangeiro”. O acordo, que tem como objetivo final criar na Galiza um centro científico-tecnológico capaz de se transformar numa forte referência a nível internacional, permitirá a incorporação dos investigadores do Politécnico de Leiria nos clusters de I+D do Campus do Mar, e a cooperação em atividades docentes e em programas de doutoramento DO*MAR ou mestrado do International Campus of Excellence. Os investigadores podem ainda participar por tempo indefinido na criação e desenvolvimento de programas, e na execução de projetos e contratos de investigação e desenvolvimento de projetos de divulgação científica. O acordo tem uma duração de quatro anos, podendo ser renovável. O Campus do Mar – International Campus of Excellence é um projeto encabeçado pela Universidade de Vigo e promovido por três universidades galegas, quatro universidades do norte/centro de Portugal, do Conselho Superior de Investigações Científicas de Espanha (CSIC) e pelo Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO), juntando os agentes socioeconómicos e os investigadores marinhos da Euroregião Galiza-Norte de Portugal, para explorar o potencial desta região e otimizar os recursos disponíveis. K
Educação
Leiria debate tecnologias 6 O Instituto Politécnico de Leiria recebeu, a 4 de dezembro, uma reflexão sobre o papel das novas tecnologias da informação e comunicação (TIC) na educação e aprendizagem, uma conferência organizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, no âmbito do ciclo de conferências “Questões chaves da educação”, e que visita também as cidades de Lisboa e Porto. A organização explica a pertinência do encontro pelo papel que as TIC têm tido desde que “entraram” nas escolas, e traz a Leiria três especialistas que analisarão se
estaremos de facto a utilizar bem as TIC em prol da aprendizagem. Jeroen Van Merriënboer, docente na Universidade de Maastricht, discutiu o modo de conceber e utilizar recursos tecnológicos para promover a aprendizagem, enquanto Secundino Correia, diretor pedagógico da Cnotinfor, e João Paiva, docente na Universidade do Porto, abordaram as mais-valias das novas tecnologias para a aprendizagem, tanto por alunos com necessidades especiais, como por alunos do ensino básico e secundário na área das ciências. K
6 A Escola Superior de Turismo e Tecnologias do Mar alia os recursos da região à ambição da formação e investigação de excelência, realçou Assunção Cristas, ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, durante a visita que realizou no passado dia 30 de novembro, àquela escola do Instituto Politécnico de Leiria, no âmbito do Grupo de Ação Costeira do Oeste. “É necessário criar âncoras sólidas para o desenvolvimento do mar enquanto recurso, e isto é possível, com base no dinamismo ao nível da investigação, por exemplo como a que vemos nesta excelente escola”, afirmou Assunção Cristas, exemplificando com o projeto Bubblenet (utilização de um “cerco” de bolhas para concentrar o pescado), desenvolvido naquela escola. Nuno Mangas, presidente do Politécnico de Leiria, referiu que a instituição é “uma Escola de excelência, de facto, com um corpo docente muito jovem e qualificado, e perfeitamente integrado no objetivo de dinamizar os recursos
marinhos e o turismo”, salientou, aproveitando ainda para, no encerramento da sessão, apresentar a Assunção Cristas a recente certificação de qualidade de todas as licenciaturas da área do Turismo da ESTM pela Organização Mundial de Turismo. Apelando à riqueza da região, António José Correia, presidente da Câmara Municipal de Peniche (CMP), afirmou que Peniche bem podia ser a sede do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, já que tem todos os recursos, a agri-
cultura, o mar, as florestas, e o Turismo, exemplificando com o projeto de energia das ondas, desenvolvido neste município. O Grupo de Ação Costeira do Oeste está integrado no Eixo 4 do Programa Operacional das Pescas integrado no Fundo Europeu das Pescas. Na sua visita, a ministra da Agricultura teve a oportunidade de conhecer, entre outros, os projetos de I&D do Grupo de Investigação em Recursos Marinhos e do Grupo de Investigação em Turismo, sediados na escola e financiados pelo GAC Oeste, do Governo Português. K
Qualidade científica e ligação às empresas
Autoeuropa com IP Leiria 6 O diretor-geral da Volkswagen Autoeuropa, António de Melo Pires, quer reforçar a parceria entre a empresa e o Instituto Politécnico de Leiria, tendo-o afirmado durante a sua visita ao Laboratório de Engenharia Automóvel da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, a 27 de novembro. Salientando a grande qualidade científica e a forte ligação ao mercado de trabalho e às empresas, afirmou que esta parceria é do maior interesse para a Autoeuropa, e tem sido muito proveitosa, principalmente tendo em conta a sua ligação à região de Leiria, onde se localiza uma grande parte dos fornecedores da empresa. A visita esteve integrada numa iniciativa dinamizada pela Associação Empresarial da Região de Leiria e pela D. Dinis Business School, e levou o diretor-geral da Volkswagen Autoeuropa a conhecer pessoalmente o Laboratório de Engenharia Automóvel, onde foi recebido por diretores, docentes e estudantes de licenciatura, mestrado e CET nesta área. A apresentação do Instituto esteve a cargo do seu presidente, Nuno Mangas, que destacou a dimensão e abrangência do Politécnico de Lei-
ria, as suas áreas de formação e caraterísticas ao nível científico e de ligação às empresas. Nuno Martinho, coordenador da Licenciatura em Engenharia Automóvel, apresentou os vários graus de formação nesta área: a licenciatura que tem atualmente cerca de 200 estudantes, o mestrado, com 40 estudantes, e o Curso de Especialização Tecnológica (de nível V, com duração de dois anos), com cerca de 50 estudantes. O coordenador da licenciatura em Engenharia Automóvel
apresentou igualmente os diversos projetos desenvolvidos e em desenvolvimento no Laboratório, alguns deles, inclusivamente, usando tecnologia oferecida pela Volkswagen Autoeuropa. Referiu o estudo de eficiência de catalisadores, estudos de aerodinâmica interior e exterior de veículos, efeitos da utilização de biodiesel em veículos, desenvolvimento de sistemas de admissão, crash tests e reconstituição científica de acidentes de viação, e ainda a atuação e instrumentação de um veículo automóvel para condução autónoma, projeto particularmente destacado por António de Melo Pires. Relativamente às parcerias da Engenharia Automóvel do IP Leiria, Nuno Martinho referiu diversas escolas e empresas portuguesas e estrangeiras, no âmbito das quais se desenvolve formação, trabalhos em ambiente empresarial, projetos de investigação, desenvolvimento de veículos de competição, e outro tipo de prestação de serviços a empresas. A empregabilidade de praticamente 100% do curso foi também salientada, apresentando casos de diplomados colocados em empresas de todo o mundo. K
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Dia da gestão da construção
Engenharia Civil em Viseu
Gerir é no Barreiro 6 A Escola Superior de Tecnologia do Barreiro promove, no dia 14 de dezembro, o Dia da Gestão da Construção, que surge associado à Licenciatura em Gestão da Construção, que é única no país e em todo o espaço de Língua Portuguesa, e pouco usual na Europa, sendo coordenada por Susana Lucas e Boguslawa Sardinha. O evento pretende ser “uma plataforma de interação entre os diferentes agentes que atuam na área da Construção, nomeadamente entre potenciais estudantes, empresas ou instituições do sector da construção”, explica a organização. A manhã é dedicada a atividades no âmbito da Rede de Gestão, que consiste num jogo em que equipas de estudantes, potenciais estudantes e antigos alunos atuarão em duas áreas intituladas Gestão de Risco e Gestor de Projetos.
À tarde são analisados os resultados, num painel intitulado Rede de Conhecimento, que envolve profissionais da área que vão, por outro lado, apresentar as suas experiências profissionais. Diversas entidades já confirmaram presença, tais como a Associação Portuguesa de Gestão de Projetos, a EDP e o Grupo Lena, empresa portuguesa de âmbi-
20 anos de vida
to internacional que atua nas áreas Construção, Turismo, Automóveis e Inovação. O dia termina com a Cerimónia de Entrega do Certificado à Escola Superior de Tecnologia do Barreiro como entidade formadora em Gestão de Projetos pelo representante do International Project Management Association. K
6 O Departamento de Engenharia Civil da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu comemora este ano letivo, 2012/2013, o seu vigésimo aniversário, tendo organizado várias iniciativas de caráter técnico-científico, como conferências, seminários e exposições no domínio da Engenharia Civil. A iniciar o ciclo comemorativo, leva a efeito, no próximo dia 5 de dezembro, a partir das 14h00, o Seminário Novos desenvolvimentos na reabilitação e construção sustentável. Os temas a tratar pretendem realçar a necessidade de incrementar
o setor da reabilitação de edifícios apontando metas e caminhos a percorrer, bem como o recurso a soluções tecnológicas que possam aliar a eficiência energética à sustentabilidade dos materiais. A parte final do seminário está reservada para as conclusões sobre as matérias abordadas. O evento é aberto a toda a comunidade, i.e., alunos e exalunos da ESTGV, técnicos e profissionais do setor da construção. K Joaquim Amaral _
Politécnico de Portalegre
Projetos financiados
6 Os projetos Bioenergia e Centro de Atendimento Veterinário Escolar/ Análises Clínicas Veterinárias, liderados pelo Instituto Politécnico de Portalegre, têm luz verde para avançar após a assinatura dos contratos de financiamento, no âmbito do Programa Operacional do Alentejo (2007-2013), que decorreu a 12 de novembro, em Évora. A criação dos projetos esteve integrada no quadro do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia e do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo que, pela primeira vez, juntou todas as instituições de ensino superior da região, bem como um conjunto alarPublicidade
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gado de empresas e instituições de desenvolvimento regional, com projetos complementares e articulados. O projeto Bioenergia, com um montante global da ordem dos cinco milhões de euros, foi financiado em 1,5 milhões. Entre os seus objetivos visa desenvolver e implementar, em termos industriais, tecnologias economicamente viáveis, que permitam uma conversão eficiente de biomassa em combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos, energia elétrica e térmica. O Politécnico de Portalegre espera que, ainda no atual Quadro Comunitário de Apoio ou no próximo, possa ter lugar uma
nova fase de financiamento, para a concretização total do projeto. O Centro de Atendimento Veterinário Escolar/Análises Clínicas Veterinárias prevê um investimento de 50 mil euros e foi financiado em mais de 42 mil. Visa reequipar o Centro de Atendimento Veterinário Escolar e remodelar o Laboratório de Análises Clínicas, ambos sedeados na Escola Superior Agrária de Elvas. Um dos objetivos passa por realizar e promover o desenvolvimento de atividades de investigação e desenvolvimento, bem como a prestação de serviços na área das Ciências Veterinárias e Produção Animal. K
Politécnico de Portalegre
Cães de busca em Elvas 6 A Escola Superior Agrária de Elvas está a organizar o Seminário “Cães de Busca e Salvamento”, que irá decorrer a 13 de dezembro. Da responsabilidade da Coordenação da licenciatura de Enfermagem Veterinária, o evento conta com o apoio da Unidade Cinotéc-
nica de Resgate do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa e da Equipa Canina de Resgate do Algarve. O seminário é gratuito e aberto à comunidade, sendo no entanto indispensável a inscrição uma vez que o número de lugares é limitado. K
Presidente do IPP eleito na Guarda
Mourato preside ao Ccisp Inclusão em Leiria T O Instituto Politécnico de Leiria e a Câmara Municipal de Leiria vão celebrar a solidariedade com a realização da III Gala da Inclusão, a 8 de dezembro, pelas 21h30, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, onde será feita a oferta formal dos brinquedos que foram recolhidos e adaptados para crianças com necessidades especiais no âmbito da campanha “Mil brinquedos, mil sorrisos”. Este evento conta com Alto Patrocínio da Primeira Dama, Maria Cavaco Silva, e, nesta edição, os brinquedos revertem para Equipas locais de Intervenção Precoce da Zona Norte, e serão entregues simbolicamente à Subcomissão Regional Norte de Intervenção Precoce. A III Gala da Inclusão pretende comemorar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, e distinguir boas práticas na área. K
6 O presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, Joaquim Mourato, foi eleito, no passado dia 5, por maioria, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP). Joaquim Mourato foi eleito na reunião do CCISP que decorreu no Instituto Politécnico da Guarda, com nove votos a favor, dos 16 elementos que compõem o colégio eleitoral, indicou o presidente cessante Sobrinho Teixeira, presidente do Politécnico de Bragança. Segundo o responsável, no ato eleitoral foram ainda apurados quatro votos no nome do presidente do politécnico de Lisboa, Vicente Ferreira, um no dirigente do politécnico de Santarém, Jorge Justin0, um branco e outro nulo, Em declarações aos jornalistas, o presidente eleito do CCISP disse que irá procurar dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo seu antecessor. Joaquim Mourato referiu que Sobrinho Teixeira “deu tudo o que podia ao sistema” e que nos próximos dois anos irá procurar “ter
toda a disponibilidade solicitada e necessária para ajudar a dar continuidade” ao trabalho realizado. Numa altura em que o país atravessa uma crise económica, o novo presidente do CCISP acredita no futuro dos Institutos Politécnicos: “São instituições que estão mais fortes do que nunca e, por isso, o futuro só pode ser melhor”. Apesar “dos tempos difíceis” promete trabalhar para que as instituições de ensino superior que representa sejam “melhores ama-
nhã”. Observou que o sistema de ensino superior “não é causa da dívida pública”, justificando que “cumpre com os seus orçamentos” e “não cria” défice. “Os males deste país não residem no ensino superior. Se o ensino superior está devidamente estruturado para as necessidades do país, é um esforço contínuo que temos feito” nesse sentido, disse. Quanto ao futuro, Joaquim Mourato garante estar preparado
para discutir uma eventual reestruturação da rede do ensino superior. “Estamos muito interessados em encontrar a melhor solução para o país. Se passa por transformações na rede, cá estaremos”, declarou. Sobrinho Teixeira, presidente cessante do órgão que reúne os presidentes dos politécnicos do país, fez na ocasião um breve balanço positivo do trabalho desenvolvido durante os seus mandatos. “Dei o melhor que soube e pude para fortalecimento do ensino superior politécnico e das regiões”, afirmou. Joaquim Mourato tem 47 anos e é casado. Doutorado em Ciências Económicas e Empresariais pela Universidade da Extremadura (Espanha) e pós-graduado em Gestão Estratégica de Instituições de Ensino Superior, pela Universidade Politécnica da Catalunha (Barcelona - Espanha), é, desde 2009, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre e, desde 2000 a essa data, administrador do mesmo instituto. K
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Aniversário do IPBeja
Moedas inaugura ESTIG 6 O Secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro, Carlos Moedas, inaugurou, no último mês, as novas instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja. A cerimónia esteve integrada nas comemorações de mais um aniversário do Instituto Politécnico de Beja, onde o seu presidente sublinhou a importância que a instituição tem na região. Vito Carioca aproveitou a inauguração da escola, para lembrar que a ESTIG tem 1200 alunos, os quais estão distribuídos pelas licenciaturas, mestrados e cursos de especialização tecnológica. Já o Secretário de Estado destacou o contributo que o ensino superior politécnico pode dar a Portugal, para que este saia da crise. No entender daquele membro do Governo, os politécnicos “por
IPV
Viseu com aviação 6 O curso de Turismo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu organizou uma palestra sobre Aviação Comercial a 30 de novembro. A palestra esteve inserida nas Jornadas de Turismo, uma organização deste curso da
Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, que vai decorrer ao longo de todo o ano letivo. Já a 12 de novembro realizou-se a primeira iniciativa no âmbito destas jornadas, alusiva à temática Vertentes da Animação Turística. K
Rede Portuguesa do Território
Beja já é membro terem base regional e vocação pedagógica, conseguem responder de forma mais direta, rápida e eficaz às necessidades das comunidades e empresas, «têm um lugar central na criação de uma economia mais equilibrada e mais amiga das empresas que geram crescimento e emprego”. Carlos Moedas abordou tam-
bém a questão da crise económica que o país atravessa, deixando a ideia de que “os institutos politécnicos, pelos serviços que prestam, serão sempre parte da solução e não do problema, contribuindo para que Portugal saia da crise de forma rápida e com melhores capacidades para competir”. K
Leonardo da Vinci
6 O Instituto Politécnico de Beja formalizou, a 26 de Novembro, a sua adesão à Rede Portuguesa para o Desenvolvimento do Território – Instituto do Território, na sequência de um convite que lhe foi endereçado em Abril. A presidência do Politécnico considera que os objectivos do Instituto do Território se enquadram na sua missão institucional, e a adesão a esta Rede irá permitir estabelecer um conjunto de parcerias estratégicas com as instituições que a integram, potenciando as capacidades científicas e tecnológicas instaladas,
em prol do desenvolvimento do território nacional, em particular do território de baixa densidade onde se insere. A adesão a esta Rede será mais um instrumento através do qual o Politécnico pretende colocar ao serviço da região as capacidades técnico-científicas da sua comunidade académica, e a investigação que esta tem desenvolvido, através de um processo de transferência de conhecimento, que se poderá constituir como uma mais-valia para a administração do território e fomento. K
Beja ganha sete estágios 6 O Politécnico de Beja acaba de ver aprovada a sua candidatura ao Programa Leonardo da Vinci, o que lhe garante a realização de sete estágios, de seis meses cada, num financiamento total da ordem dos 38 mil euros. Os diplomados do Politécnico de Beja que estejam interessados em apresentar a sua candidatura na primeira fazem, devem fazê-lo até 31 de Janeiro, prevendo-se que os estágios tenham início em Abril próximo. Os selecionados poderão beneficiar de uma experiência profissional de qualidade em contexto internacional, favorecendo o desenvolvimento de competências profissionais e pessoais, a mobilidade e a sua integração no mercado de trabalho europeu. Para além dos benefícios direPublicidade
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Castelo Branco
Talentos na ESE tos para os estagiários, em termos pessoais e profissionais, este projeto terá um impacto ao nível do desenvolvimento da região, na medida em que favorece a integração de técnicos qualificados no mercado de trabalho europeu, potenciando o desenvolvimento de parcerias e sinergias internacionais bem como uma cultura de qualidade e a interculturalidade Para o Instituto Politécnico de
Beja, a possibilidade de colocar os seus diplomados em estágios profissionais internacionais e de desenvolver uma plataforma web de comunicação e acompanhamento, significa aprofundar a internacionalização dos curricula, inovar as práticas e metodologias utilizadas, desenvolver parcerias assentes nas TIC e estimular o empreendedorismo e a dinâmica internacional dos cursos, alunos e docentes. K
6 Os alunos do 2.º ano do curso de Desporto e Atividade Física promoveram, no dia 24 de novembro, no auditório do IPCB/Escola Superior de Educação a ação de formação “Scouting – Observação de Equipas e Jovens Talentos”. Perante uma plateia de cerca de uma centena de participantes, João Sá Pinho, Pedro Malta e Vasco Guerra, que desenvolvem um trabalho de prospeção de talentos e de análise de jogo para clubes nacionais e internacionais de nomeada, foram os
especialistas que apresentaram comunicações. Esta iniciativa foi a primeira de um ciclo de Formações que engloba ainda as ações “Treino Funcional na Prevenção de Lesões”, que irá decorrer no dia 8 de dezembro, e “Treino de Guarda-redes”, a 15 de dezembro. Estas ações estão inseridas no âmbito da unidade curricular de Projetos e Eventos Desportivos e contam com o apoio dos professores da área científica de Desporto e Bem estar. K
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Festival em Castelo Branco
Pagamento coercivO
Católica vence no Cine 6 A Tuna da Universidade Católica Portuguesa, do Porto, venceu o Festival Internacional de Tunas Universitárias da Cidade de Castelo Branco, que subiu ao palco do Cine Teatro Avenida em novembro. A organização da Estudantina Académica de Castelo Branco vai no sexto ano e juntou cinco tunas a concurso. A Católica do Porto ficou com o maior prémio da noite e ainda o de melhor pandeireta. Mas o maior número de prémios foi para a Luz&Tuna, da Universidade Lusíada de Lisboa. Ao todo foram quatro: segunda melhor tuna, instrumental, porta-estandarte e tema original. A ESTuna, Tuna de Engenharia da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, alcançou o prémio de tuna mais tuna e a Estudantina Académica da Madeira o de me-
lhor serenata, que decorreu na noite anterior na igreja de Santa Maria, no Castelo. Para os espanhóis da Tuna de Derecho de Valladolid foi o prémio de melhor solista. A noite abriu ao som da Tuna da Universidade Sénior Albicastrense e pelo cine teatro passou ainda a Tuna de Veteranos de La
Coruña, da Galiza. Um dos momentos da noite ficou reservado para a atuação da Estudantina Académica de Castelo Branco, que parou a meio para um pedido de casamento em palco. Um pedido que apanhou de surpresa um dos elementos da tuna, que disse sim. K
Beja solidária nis“ – Tuna Académica da Escola Superior de Educação de Beja, “Ma’Estig’ama Tuna” – Tuna Académica Masculina da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja, “Semper Tesus” – Tuna Académica da Escola Superior Agrária de Beja, “TAEB” – Tuna Académica de Enfermagem de
6 A Associação Académica de Coimbra (AAC) repudiou a cobrança coerciva de propinas, anunciada pela Autoridade Tributária e Aduaneira, considerando que o Estado não tem “autoridade moral” para agir dessa forma, sobre quem tem menos recursos. Em comunicado, a direção da AAC, liderada por Ricardo Morgado, refere que a decisão da autoridade fiscal merece “o total repúdio”. “Numa altura em que as dificuldades financeiras dos alunos e das suas famílias se tornam cada vez maiores, torna-se incompreensível este tipo de ações por parte das autoridades nacionais, e reforça-se a incompreensão dos estudantes pelas medidas tomadas”, lê-se no documento.
A maior estrutura académica do país considera que “o Estado português não tem autoridade moral para agir de forma coerciva sobre aqueles que têm menores recursos, principalmente quando é o primeiro a falhar e a desresponsabilizar-se das suas funções constitucionalmente previstas”. “Se um estudante não cumpre no pagamento da sua propina ou abandona a sua instituição por carência financeira, vai o Estado agir sobre alguém que não tem condições, por falta de resposta do próprio Estado para aceder a um direito básico como a educação? Ou vai atuar sobre o seu agregado que não tem também condições para custear a sua frequência?”, questionou a AAC. K
UBI
Desertuna faz 10 anos
I Encontro de Tunas 6 Tuna Feminina Universitária de Beja, em parceria com o Instituto Politécnico de Beja, promoveu, a 27 de Novembro, o I Encontro de Tunas - Solidário, no Auditório I do Instituto Politécnico de Beja. Estiveram presentes neste evento as tunas da Cidade de Beja, a “ESE’s Tu-
Coimbra contra cobrança
Beja, “TUB” – Tuna Universitária de Beja e “TFUB” - Tuna Feminina Universitária de Beja. Salienta-se ainda, que este evento conta também com a especial participação do grupo musical Adiafa. Com este evento foram angariados bens alimentares e artigos de higiene pessoal. K
6 A Desertuna – Tuna Académica da Universidade de Beira Interior completou dez anos no passado 20 de novembro. Ao completar uma década de sucessos, de muitos prémios ganhos e de muito reconhecimento, Simão “Ranger do Texas” Lopes, atual ensaiador da Desertuna, mostra-se satisfeito por ser o responsável pela parte musical nesta data tão importante para a Tuna. A Desertuna é uma “família de ami-
gos” muito reconhecida pela Universidade da Beira Interior, sendo uma das tunas mais acarinhadas. O ensaiador refere ainda que os fundadores da Desertuna tiveram um trabalho muito importante e notório ao “mostrar sempre a solidez e os princípios da tuna”, fazendo com que ao longo dos anos essa tradição nunca se tenha perdido.K Lara Silva _
Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _ Publicidade
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Pensar, criar, agir…. Em defesa de uma herança cultural da humanidade
Património Cultural Subaquático
6 Entre 28 de julho de 1914 e 11 de novembro de 1918, milhares de embarcações foram afundadas no decorrer da 1ª Grande Guerra e milhões de pessoas perderam as suas vidas durante este conflito. As ilhas Atlânticas assumiam-se então como importantes pontos estratégicos no domínio das comunicações. Desde então, um considerável conjunto de testemunhos e de sítios históricos permanecem submergidos. Este património cultural subaquático é uma valiosa herança cultural da humanidade, no entanto, apenas passou a usufruir de um instrumento internacional de proteção a partir da adoção pela UNESCO, em 2001, da Convenção sobre a Proteção do Património Cultural Subaquático. O 100º Aniversário da Primeira Grande Guerra é, por isso, uma oportunidade para desenvolver ações que permitam contribuir para preparar melhor os jovens para enfrentarem os desafios de um mundo cada vez mais global e complexo. Designadamente, torna-se fundamental consciencializar para os aspetos humanitários resultantes deste conflito e para o património cultural subaquático em sítios submersos.
Os desafios colocados por uma sociedade diversificada, caracterizada por complexas interações, com problemas sociais múltiplos, associados a conflitos difíceis, exigem uma cidadania cada vez mais ativa. O património (em particular o património cultural) deve ser considerado como um meio para alcançar o desenvolvimento humano, promover a diversidade cultural e
estimular o diálogo intercultural, constituindo assim parte integrante do modelo de desenvolvimento económico baseado nos princípios da utilização sustentável dos recursos (Conselho da Europa 2005). À escola assiste o dever de procurar respostas flexíveis e adaptadas a este mundo em mudança. A era da comunicação e da informação exige que a escola recrie um
ambiente de aprendizagem, rico em recursos, onde haja acesso às novas tecnologias de comunicação, caracterizada pela interatividade. No Colégio Valsassina prosseguimos um ideal educativo que procura compatibilizar com a vida em sociedade e, por isso, promovemos uma educação para a diferença, uma educação para a mudança, uma educação globalizante. A par-
ticipação na rede internacional SEAUNESCO permite às escolas partilharem informações e experiências ente si. Neste contexto, pretendemos elaborar um blogue para publicação de trabalhos relacionados com o património cultural subaquático em sítios submersos resultantes da 1ª Grande Guerra. Este blogue deverá assumir-se como o elemento central do trabalho realizado pelo Colégio Valsassina e escolas parceiras de Cabo Verde. O recurso às Tecnologias de Informação e de Comunicação facilita o acesso a diferentes fontes de conhecimento, potencia a interdisciplinaridade, promove o pensamento sobre si mesmo (metacognição), motiva os alunos, reduz “distâncias” entre alunos de diferentes escolas e países e facilita a transmissão de informação. Está aberto assim um caminho para Pensar, Criar, Agir… de forma a contribuir para a formação de jovens com pensamento crítico, inquietos, curiosos e interventivos no contexto de uma educação para a cidadania, para a paz e a preservação do património cultural subaquático. K João Gomes _ (Coordenador SEA UNESCO/Colégio Valsassina)
Pontes de Esparguete
Novo concurso na UBI
6 A 11ª edição do concurso Pontes de Esparguete Humberto Santos, promovido pelo Departamento de Engenharia Eletromecânica da Universidade da Beira Interior, juntou este ano 46 pontes a concurso. O primeiro classificado atingiu o valor de 76 quilos e 900 gramas, peso suportado pela ponte vencedora na categoria de resistência. O concurso realizou-se no dia 29 de novembro, na Faculdade de Engenharias da Universidade da Beira Interior. Marco Canário, antigo aluno de Engenharias Electromecânica, foi o vencedor, pela sexta vez, ao apresentar uma Publicidade
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ponte construída com 300 gramas de esparguete e que suportou 76 quilos e 400 gramas. O ex-aluno, que dedicou 30 horas à construção da sua ponte, confessa que “a participação em edições anteriores ajuda a construir uma ponte melhor nos anos seguintes, através da análise das fragilidades do trabalho realizado”. Para si, o segredo da vitória está “na construção de uma ponte simétrica e na colocação de mais massa para construir uma ponte estável”, pois a maior dificuldade é a compressão do esparguete. Marco Canário é também o atual detentor do recorde de 108 quilos,
obtido há dois anos. “A atual ponte não atingiu os mesmos valores por se tratar de uma ponte diferente, com um desenho diferente e que está pela primeira vez em experimentação”, explicou o vencedor. Marco Canário será pelo segundo ano consecutivo o representante de Portugal no concurso internacional de Pontes de Esparguete “RECCS 2013 - World Championship in Spaghetti Bridge”. O professor mostra-se confiante com a representação e acredita que com “os conhecimentos adquiridos ao longo destas edições é possível fazer uma boa figura a representar Portugal no estrangeiro”.
Quem também já não é uma estreia nas vitórias é Igor Costa, aluno de Arquitetura que, à semelhança do ano passado venceu as Pontes de Esparguete na categoria de Estética. Na edição deste ano o vencedor utilizou massa de três cores (branco, laranja e verde). Pedro Gaspar Dinis, um dos responsáveis da organização, fala de “um entusiasmo crescente de ano para ano”. Considera este evento é “uma prática motivadora para os alunos, que podem executar alguns conhecimentos que adquirem nas disciplinas”. K Eugénia Inácio _
Setúbal
Luís Souta lança livro de poesia 6 O docente do Politécnico de Setúbal e colaborador do Ensino Magazine, Luís Souta, acaba de editar o seu livro de poesia (des)AMARRA, numa edição da Bubok. O livro pode ser adquirido, na versão papel ou em e-book, no site http://www.bubo.pt. K
Editorial
O país do faz de conta 7 Faz de conta que somos um país. O Ministro da Educação não dispensou (despediu?) cerca de 30 mil professores (colaboradores?), num só mês. Que se tratava de gente qualificada, experiente, e de dádiva diária. Faz de conta que tudo isto não se passou no grupo socioprofissional europeu em que há mais casais no exercício da mesma profissão. Faz de conta que qualquer notícia de um despedimento de tal monta, em qualquer empresa mundial, mesmo a ser aplicada apenas para próximos dois ou três anos, não seria notícia de abertura de todos os telejornais do mundo, dito, ocidental… Por aqui, faz de conta que foi considerada uma mera medida de ajuste do sistema educativo. Faz de conta que essa medida foi sustentada em qualquer relatório de uma qualquer comissão de avaliação externa, independente e credível… Faz de conta que a OCDE não disse, nesse mesmo dia, que o número de alunos no básico e secundário tinham aumentado em Portugal em 70 mil. Faz de conta que, no mesmo dia, o Ministro da Educação não disse que os estudantes tinham diminuído em 200 mil.
Faz de conta que a EU não nos obriga a aumentar para 40% o número de diplomados no ensino superior, entre os 30 e os 34 anos, até 2020. Por isso mesmo, faz de conta que não vivemos num país em que inúmeros pais dos nossos alunos ainda têm menos habilitações académicas do que os seus filhos. Faz de conta, ainda, que já não há alunos com avós analfabetos. Faz de conta que não se reduziram as actividades, os currículos e horas curriculares nas escolas, para provocar fictícios excedentes de professores e de educadores. Faz de conta que, actualmente, os professores não fazem um pouco de tudo, menos o que deveriam (e sabem) fazer: isto é, ensinar, educar, orientar e promover o desenvolvimento dos seus alunos. Faz de conta que não há escolas onde se morre de frio. Assim como não há escolas com novíssimo aquecimento central e ar condicionado topo de gama, mas que ambos estão desligados… por falta de verbas orçamentais para pagar as contas à EDP/GALP. Faz de conta que não há estudantes com fome nas aulas, e que o ensino já é tão gratuito que ainda querem que ainda seja mais bem pago. Faz de conta que os professores podem (devem?)
ficar em casa, desocupados, num país onde ainda falta muita escola, cultura, aprendizagem da cidadania e, sobretudo, apoio a alunos com necessidades educativas especiais e a grupos socioculturais altamente carenciados e diferenciados. Faz de conta que o ministro não tem os corredores do seu ministério apinhados de assessores de duvidosa proveniência e que não é imune aos grupos de pressão, sobretudo os que tentam repartir o bolo entre o público e o privado. Faz de conta que os rankings das escolas traduzem a real e verdadeira situação dessas organizações educativas, na sua globalidade. Faz de conta que não temos uma das redes europeias mais pequenas de ensino superior público e que os ditos mega agrupamentos não se baseiam em medidas de caracter exclusivamente orçamental. Faz de conta que os professores não têm que fazer centenas de horas extraordinárias não remuneradas, e adicionalmente, tenham que pagar os transportes públicos para se deslocarem, diariamente, para o seu local de trabalho, ao contrário de outros grupos socioprofissionais do Estado. Faz de conta que os docentes nunca souberam
o que significava a expressão mobilidade geográfica e profissional e que Portugal não está a custear a formação dos seus jovens para que outros países os acolham, já formados, e sem qualquer custo adicional. Faz de conta que os melhores e mais capazes, regressam logo que podem, em reconhecimento do esforço que a pátria por eles fez. Faz de conta que não temos ministros e secretários de estado que não fazem a mínima ideia do que é estudar e obter um diploma a sério (com trabalho, sacrifício, suor e, quantas vezes, até lágrimas…). Faz de conta que o país não exige demais, sobretudo às franjas sociais mais fragilizadas. Aliás, sabe-se, que a primeira coisa que um governante faz quando tem um familiar doente é correr para as urgências do hospital público mais próximo, ou integrar a fila das 8 da manhã do centro de saúde do seu local de residência. Faz de conta que os governantes se fazem deslocar em veículos que estariam ao alcance do seu orçamento familiar, se fossem comuns cidadãos. Faz de conta que os professores e a educação não são considerados em todos os relatórios internacionais como o melhor
bem de cada país e apontados como O recurso indispensável ao progresso dos povos. Faz de conta que não somos um país nas mãos dos “Jotas”, formados no espírito corporativo da fidelidade cega ao chefe e da ascensão fácil, quantas vezes por desmérito. Por tudo isto, o nosso ministro vai dando uma no crato, quando diz que os professores (ainda) são necessários ao desenvolvimento, e outra na ferradura, quando quer ostentar publicamente o preço por aluno, sem base em critério universalmente aceite e estabelecido por entidade idónea. Somos o país do vai andando, o país do outro lado do espelho. Mas também somos o povo do faz de conta onde, um dia, se acorda e se percebe que, afinal, já toda a gente percebia o que todos nós também já tínhamos percebido, e que eles teimavam em querer que a gente fingisse que ainda não percebera. Perceberam?! K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
primeira coluna
Os Passos da educação…
7 As declarações do Primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho, de que a Constituição da República Portuguesa permite mais alterações às funções do Estado no sector da educação do que no da saúde, deixando no ar uma hipótese (que viria a desmentir quatro dias depois em Cabo Verde?!) de que há “margem de liberdade, na área da educação, para poder ter um sistema de financiamento mais repartido entre os cidadãos e a parte fiscal directa que é assegurada pelo Estado”, colocaram o ensino obrigatório na mira do mediatismo. Portugal vive uma das piores crises económicas (e prepara-se para enfrentar uma das maiores crises sociais dos últimos 30 anos) e, por vezes, quem manda esquece-se que de que é preciso saber ouvir
o povo. É certo que em épocas de crise todas as medidas anunciadas no sentido de cortar isto e aquilo (desde que não nos toque a nós) são sempre bem vistas. Mas o ensino obrigatório toca-nos a todos e dificilmente o futuro de Portugal aguentaria algum tipo de propina encapotada no ensino obrigatório. Digo Portugal, porque é do futuro do país que se está a falar. Um país sem qualificação é um país condenado ao fracasso e repartir (ainda mais, pois a educação também já, nesses níveis, é suportada pelos contribuintes) por quem tem filhos em idade escolar obrigatória, é assinar uma guia de marcha rumo à desqualificação e ao abandono escolar (o qual mesmo sem as ditas medidas continua em níveis muito elevados).
Felizmente todos percebemos mal as palavras do Primeiro Ministro. Há noites assim. Os jogos de palavras levam a que isso aconteça, mas Pedro Passos Coelho já afastou a ideia de que não haverá esse acréscimo de custos. Então, perguntam-nos, não há problema no sector educativo? A resposta é clara. No sector educativo há sempre problemas e quem sofre somos todos enquanto sociedade. As regras de avaliação dos alunos são mudadas a meio do jogo pela tutela, a questão dos mega agrupamentos continua na ordem do dia com reuniões entre escolas e nas direcções regionais de educação, para ver quem fica com o melhor casamento. Como se por trás da criação dessas mega estruturas houvesse outra intenção que não fosse cortar
na despesa e reduzir postos de trabalho. Como se despedir ou colocar em listas de futuros despedimentos (juridicamente a palavra não será essa, mas na prática é quase a mesma coisa) pessoas fosse bom para alguém. Como se colocar mais alunos por turma melhorasse o ensino (há sempre rankings internacionais que nos dizem que no país A até há mais alunos que cá e que os resultados são bons, mas esquecem-se de fazer o real diagnóstico desse mesmo país). O silêncio, por parte de quem por menos juntou centenas de milhares de docentes em Lisboa, é aterrador, quase tanto como o medo que uma grande parte dos professores vive na escola, com receio do amanhã. Já nem o Natal é como era. Agora ninguém fala no
Menino Jesus. O Pai Natal é que é bom. Mas também ele já conheceu melhores dias, não há dinheiro para as prendas e, a pouco e pouco, começa a pensar-se noutro tipo de ofertas que consigam melhorar a auto-estima de quem ensina e de quem aprende. Se calhar isso já nem o Menino Jesus, nem o Pai Natal conseguirão fazer. Mas o mais certo é terem percebido mal as minhas palavras… Um bom Natal para todos. K João Carrega _ carrega@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
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crónica salamanca
Universidad y estado del Bienestar en la Europa del Sur 6 Un ciudadano de a pie de la Europa del Sur en los últimos cinco años viene percibiendo y sufriendo en carne propia la disminución de su salario, los efectos de la terrible plaga del paro que le afecta de lleno o le rodea, la sensación generalizada de parón social, de riesgo de pérdida de servicios públicos básicos (o severa disminución de su oferta y calidad), como la atención social, las pensiones, la educación pública, la universidad pública, la sanidad para todos de carácter público. Es decir, los llamados pilares principales del Estado del Bienestar, que representan una de las señas de identidad de la Unión Europea, si se compara con otros continentes y modelos sociales, comienzan a resentirse, a aparecer en peligro, a dudarse de su continuidad. En concreto, la universidad pública, que es el modelo de educación superior de mayor tradición, peso y representatividad en la Europa del Sur (principalmente Grecia, Italia, Francia, España y Portugal) está sufriendo un ataque frontal por parte de los gobiernos conservadores que gestionan la crisis financiera iniciada en Estados Unidos desde 2007 (así ocurre con los actuales de Italia, España, Portugal, Grecia). Nuestras universidades públicas están siendo sometidas cada día de los últimos años al bloqueo y a un bombardeo de actuaciones dirigidas a desestabilizar su funcionamiento y modelo: bloqueo total de las plazas de funcionario que han de salir a concurso, cierre total a la posibilidad de contratar nuevos profesores, fomento de las jubilaciones de funcionarios de más nivel y larga trayectoria, disminución de salarios
y de poder adquisitivo superior al doce por ciento en tres años, eliminación de la paga extraordinaria, supresión o drástica disminución de los programas sociales de fomento de la igualdad en el seno de las universidades, frontal ataque a la investigación (sobre todo en ciencias sociales y y humanidades) disminuyendo los capítulos de proyectos de investigación y de partidas asignadas para nuevos y jóvenes investigadores, paralización total de los capítulos de inversiones para nuevos edificios o su rehabilitación, suspensión plena de los puestos y contratos de personal no docente, disminución de las becas para estudiantes (las de protección, movilidad interna, Erasmus), incremento de tasas y de coste de matrícula, supresión de programas de mejora de instrumentos de investigación como laboratorios, bibliotecas y prácticas, proyectos en firme para degradar la enseñanza universitaria, para reorganizar campus, facultades, departamentos, grupos de investigación. En fin, el listado de barbaridades y afrentas cometidas ( y las que parecen estar a punto de llegar) contra las universidades públicas es de tal calibre que puede considerarse como la más brutal agresión contra la educación superior de los países europeos antes citados, y en especial España, en toda su historia contemporánea. Mientras tanto, todo son felicitaciones y apoyos a las universidades-empresa, a las universidades confesionales, a las privadas, que se van frotando las manos todos los días, a costa ciertamente de los derechos incumplidos y fracasados de miles de ciudadanos que van a ver incumplidas sus
expectativas de promoción social a través de la universidad pública. Lo que ocurre con estas políticas de dura y brutal reconversión capitalista de nuestra universidad es una parte no pequeña de ese proceso de desmantelamiento del modelo social representado en Europa por el modelo del estado del bienestar que ha garantizado en Europa democracia y paz social después de la segunda guerra mundial, y en España y Portugal inmediatamente después de las largas dictaduras fascistas que finalizan en los años setenta del siglo XX. Ahora, como vamos sintiendo y lamentando todos los días, comienzan a crecer los estados permanentes de pobreza entre millones de ciudadanos, pero dentro de muy poco tiempo, si no es ya, crecen los grados de dependencia científica e intelectual del exterior de Europa, decae el nivel cultural medio de la sociedad, se incrementan las respuestas sociales de desafecto a la democracia y el culto a los líderes cargados de elementos soteriológicos. Es un panorama desolador, ciertamente. Pero ello no debe evitar que postulemos una defensa numantina de nuestros logros y derechos adquiridos dentro de las universidades, y sobre todo para el conjunto de la sociedad, en particular los derechos más perentorios y básicos. El mundo social que hemos construido y disfrutado no representa el paraíso, pero sí niveles elevados de dignidad humana y democracia, donde los derechos quedan salvaguardados. De ahí emerge la necesidad de su defensa. Hace unos días la Universi-
Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt
dad de Salamanca, en su sesión de claustro general, aprobó por unanimidad una declaración institucional en defensa precisamente del Estado del Bienestar, al tiempo que de todos los proyectos propios imprescindibles para su avance docente, científico, investigador, social, y al fin democrático. Es una llamada de atención y una denuncia explícita frente a tanta agresión que campea impunemente desde los cuadros de una política de profesionales parlamentarios y gobernantes completamente desautorizados por la incompetencia y la corrupción de muchos de ellos. Desde las aulas y laboratorios, desde las bibliotecas y las palestras, en seminarios y conferencias, desde la calle cuando sea preciso, no podemos renunciar a la denuncia, a la defensa pacífica de un modelo de universidad pública y democrática, para todos, de todos los sectores sociales, géneros, etnias, idearios y confesiones políticas y religiosas. O sea, la universidad pública. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Proyecto señala la dificultad para emprender
022 /// DEZEMBRO 2012
versidad de Leeds. Los resultados del estudio desarrollado por los estudiantes de ambas universidades sugieren una serie de diferencias existentes entre los países del estudio, que han sido recopilados para proporcionar sugerencias y recomendaciones sobre cómo cada país puede beneficiarse de sus diferentes experiencias. En cuanto a las empresas familiares, los resultados de la investigación ofrecen una imagen similar entre el Reino
Unido y España. Así, las dificultades de financiación son similares en ambos países, existe reticencia a la hora de vender participaciones en las empresas familiares, las decisiones empresariales se toman de forma informal, aunque esto sucede más en España que en el Reino Unido y en ambos países, aunque las empresas señalan que la flexibilidad va a ser la clave para continuar en el futuro, los empresarios parecen centrarse únicamente en la calidad de producto en el día a
Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt
Universidad de Salamanca
6 Un estudio llevado a cabo entre los estudiantes de la Universidad de Salamanca Jorge Velerdas y Leyre Zaldívar y Kier Ferris y Fincham Michael, por parte de la Universidad de Leeds, establece las diferencias entre el modelo de negocio familiar y la actividad emprendedora entre España y Reino Unido. Este proyecto ha contado con la colaboración de Banco Santander, la Cátedra de Empresa Familiar de la Universidad de Salamanca y el “Leeds Entreprise Centre” de la Uni-
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98
día de su negocio. Sin embargo, la primogenitura parece más común en España que en el Reino Unido. Además, en España existe un mayor esfuerzo en la internacionalización y la mayoría de empresas españolas, al contrario que las inglesas, coinciden en los problemas que surgen a la hora de trabajar con el Estado. De hecho, todas las empresas españolas consultadas que han trabajado con el Estado han manifestado tener problemas. K
Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Eugénia Sousa Francisco Carrega Rogério Ribeiro Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
Escola Portuguesa de Moçambique
Ensino Magazine faz acordo em Maputo 7 O Ensino Magazine assinou, no passado dia 22 de novembro, em Maputo, um protocolo de colaboração com a Escola Portuguesa de Maputo. O acordo foi rubricado no âmbito de uma missão empresarial realizada pela ACICB, onde participaram empresários e autarcas portugueses. Para o diretor do Ensino Magazine, João Carrega, o acordo “vem reforçar a promoção do ensino e da educação à escala global, numa lógica de que a educação não tem fronteiras e de que a multiculturalidade enriquece a educação e o conhecimento. A Escola Portuguesa em Maputo é uma das mais prestigiadas instituições de ensino, e nós enquanto publicação referência na área educativa, defendemos este tipo de parcerias, ligando a escola à comunidade”. João Carrega frisou ainda que “para além da secção que irá ser criada na edição em papel, também o portal www.ensino.eu inte-
grará as notícias daquela escola, através de atualizações frequentes”. Do pré-escolar ao 12º ano de escolaridade frequentam-na 1700 alunos de 19 diferentes nacionalidades. “Ficamos muito contentes por esta escola ficar ligada à vossa missão empresarial com a parce-
ria que efetivamos na assinatura deste protocolo”, referiu a diretora da instituição, acrescentando que “esta é uma casa aberta, multicultural e funcional, é um bocadinho do mundo que temos aqui dentro e isso a todos nos enriquece”. “O respeito e o conhecimento pelo outro é uma das nossas
mais-valias, ajudamos a fazer formação de professores moçambicanos, editamos publicações e temos parcerias locais que agora estendemos a esta publicação especializada portuguesa, com a qual nos iremos empenhar para fazer esta ideia frutificar”, sublinhou a mesma responsável. K
Marcelo Rebelo de Sousa destaca
O valor da línguas portuguesa 7 A língua portuguesa tem um “valor incomensurável” para a afirmação de Portugal na lusofonia e no mundo, disse Marcelo Rebelo de Sousa, na apresentação do livro Potencial Económico da Língua Portuguesa, que decorreu em Lisboa. “Não se trata de uma obra académica. É o começo de um processo. É preciso ouvir o que o Brasil pensa deste tema e também é preciso uma obra semelhante nos países irmãos da lusofonia”, referiu Rebelo de Sousa, em jeito de desafio perante uma assembleia que encheu o salão nobre do palacete Seixas, a sede do Camões – Instituto da cooperação e da Língua. O trabalho de investigação, efetuado por uma equipa liderada por Luís Reto, reitor do ISCTE-IUL, e constituída pelos investigadores José Paulo Esperança, Mohamed Azzim Gulamhussen, Fernando Luís Ma-
chado e António Firmino da Costa, é composto por duas partes. Na primeira parte são apresentados estudos ligados às relações entre variáveis económicas/sociais e a língua e na segunda parte são analisados os resultados de um inquérito sobre “usos e perceção dos utilizadores da língua”, realizado junto de cerca de 2.500 estudantes de português nas universidades e escolas do mundo em que existem centros de língua e leitorados apoiados pelo instituto Camões. “É preciso olhar para o setor privado e social, que devem dar a sua perspetiva”, insistiu Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado na mesa por Luís Reto e pela presidente do Camões, Ana Paula Laborinho, perante uma plateia que incluiu embaixadores e representantes de países lusófonos, incluindo o secretário-executivo da CPLP, Murade
TVI H
Murargy. “Levar o livro às escolas, ao básico e secundário, para que se perceba o que está a ser tratado” ou “sensibilizar os decisores políticos e económicos” foram outras sugestões do académico e comentador político, que também fez um apelo “aos órgãos de comunicação social para que não se esqueçam do livro”.
Converter a “sensibilidade do livro em ação” para que este tema “possa ser cimeiro em 2013” foi o último repto lançado por Marcelo Rebelo de Sousa, que mereceu a anuência da generalidade dos presentes. Luís Reto disse à Lusa à margem da sessão que foram analisadas “quatro variáveis, o investimento direto estrangeiro, turismo, fluxos migratórios e comércio externo, e esta vantagem comparativa no caso português é notória particularmente no investimento estrangeiro, e começa a ser ainda no turismo e na emigração”. “Quanto mais a economia do Brasil, Angola ou Moçambique se desenvolverem, na nossa opinião maior será a potencialidade de pertencer a esta comunidade”, sublinhou. Para o reitor do ISCTE-IUL, “per-
tencer a uma comunidade em crescendo económico e demográfico, com 250 milhões de falantes, significa um potencial económico grande, uma vantagem comparativa face a outro país que não pertença a uma comunidade linguística com esta dimensão”. O coordenador de Potencial Económico da Língua Portuguesa destacou ainda “duas asserções” na área económica, que considera essenciais. “Quando se muda de língua e tem de se comerciar com outro país a língua funciona como uma barreira à entrada, como se fosse mais um imposto. Mas se estivermos na mesma comunidade linguística, o que designamos por proximidade linguística e cultural, está barreira é fraca ou desaparece. Assim, há mais facilidade em negociar na mesma comunidade”. K
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CRÓNICA
Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: Hoy me vas a permitir que rompa la continuidad de mi reflexión acerca de la Evaluación para el Aprendizaje. Volveremos sobre ello, porque creo que es un tema crucial. La razón de esta interrupción es que hace unos días, leí en una noticia de prensa una referencia a la conferencia que pronunció la finlandesa Elise Tarvainen en Doha, en el transcurso del WISE 2012, World Innovation Summit for Education (cumbre mundial de la innovación para la Educación), sobre «El profesor, el catalizador más importante para el éxito y la innovación en la Educación». En realidad, esta intervención hubiese pasado desapercibida, para mí, si no hubiese expuesto los aspectos fundamentales sobre los que gira, a su juicio, la educación en su país. Aquí te los expongo: El objetivo fundamental que
un profesor se ha de proponer en su aula, afirma, es «excitar el deseo de aprender» y «mejorar el flujo del aprendizaje». Esto segundo se traduce en no permitir que nadie quede parado en el aula, tímido, inactivo, apático. Para ello, para conseguir ese objetivo fundamental, el docente necesita cinco resortes más: -Evaluar de un modo constructivo, dando apoyo. -Llevar la clase de una forma cohesiva, como lo haría un buen dirigente de empresa. -Tener una concepción integradora, conjunta, de la enseñanza y del aprendizaje. -Emplear métodos de trabajo flexibles y variables. -Crear entornos de aprendizaje que inspiren. Esto me ha llamado la atención por una razón muy sencilla: es algo que los profesores conocemos y que hemos desarrollado a lo largo de multitud de cursos
de formación del profesorado (lamentablemente ya extinguidos), y que tú y yo hemos reflexionado a lo largo de varios años ya (¡cómo pasa el tiempo!). Son temas o aspectos recurrentes sobre los que pivota la educación actual, no cabe duda. Ahora bien, la pregunta es ¿por qué en Finlandia esto funciona y en nuestros países –en el resto o casi en todos los restantes países– no funciona? Me gustaría conocer tu respuesta a esta pregunta. Pero, mientras me la envías, yo te apuntaré algunas ideas que componen mi opinión. En primer lugar, si el ambiente socio-económico no aporta el apoyo necesario a los profesores, ya tenemos un primer obstáculo que impedirá que pongamos en marcha nuestras ideas y convicciones. En segundo lugar, si los profesores no creemos en nosotros mismos, es decir, en nuestra ca-
pacidad para llevar a cabo una práctica educativa realmente eficaz, basada en la creatividad, la promoción de las competencias personales, el respeto de las opiniones y los procedimientos de cada uno de nuestros alumnos, la estimación de su manera de proceder (en otras palabras, de su “tempo” psicológico), la valoración de sus limitaciones puntuales en determinados momentos, etc., entonces, nos encontramos ante un segundo obstáculo difícilmente superable. Pero, además, si no cambiamos nuestra actitud frente a las instituciones (sé que esto suena a revolución socio-educativa, pero parece que hoy no existe otro camino) y frente a nosotros mismos (esto suena a otra revolución personal-educativa), difícilmente conseguiremos lo que, desde siempre y desde el fondo de nuestro corazón, hemos anhelado y anhelamos:
una educación realmente eficaz que promueva el desarrollo armónico de todas las personas implicadas en ella. Tal vez esta “inercia psicológica” que nos lleva a mantenernos en actitudes pasivas, conservadoras y peligrosamente complacientes sea el más grande de los obstáculos que habremos de superar. La pena es que todo esto tengamos que llevarlo a cabo “en solitario”, ya que no se nos ofrecen las posibilidades de antaño para reunirnos en grupo y mantener y profundizar en nuestra educación como profesionales con alta vocación educativa. Hasta la próxima, como siempre, salud y felicidad. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com
Fado é Património Mundial e Imaterial da Cultura
Camané – O príncipe do Fado
Com José Manuel Neto na guitarra portuguesa 7 Carlos Manuel Moutinho Paiva dos Santos nasceu em Oeiras a 22 de dezembro de 1967. Este jovem, mais conhecido por Camané, é uma das grandes vozes da nova geração fadista. Começa como quase todos por ganhar a Grande Noite do Fado que, quer queiramos quer não, é o grande trampolim para a maior parte dos fadistas e não só. Depois de alguns anos de interregno começou a atuar em diversas casa de fado. Integrou também o elenco de algumas produções de Filipe La Féria como a Grande Noite, Maldita Cocaína e Cabaret onde se evidenciou. Em janeiro de 1995 grava o disco Uma Noite de Fados com a colaboração de José Mário Branco. Acerca deste trabalho José Mário Branco afirmou: “ ... A experiência acabou, creio, por não ser difícil, e por
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ser acústica e artisticamente compensadora. Sobretudo porque se pôde contar com um intérprete excecional, excelentes músicos, ótimas condições e apoio logístico da editora e, repito, uma grade mestria de captação. Só uma palavra sobre os ‘arranjos’: a nossa opção em relação aos fados ditos ‘clássicos’ ou tradicionais foi, como se po-
derá constatar, a de lhes ‘mexer com pinças’. Quero dizer: tomamos como referência segura e historicamente estratificada o imenso repositório de estilos, versões e interpretações que a tradição oral do Fado trouxe até nós, mas ao mesmo tempo não nos coibimos de procurar toques de modernidade ou apuramento de gosto. Como se se
tratasse, afinal, de um diálogo harmónico melódico entre culturas e épocas diferentes, mas totalmente cúmplices na busca da autenticidade e da comunicação intangível, dos sentimentos profundos, que são, a meu ver, a própria matriz da arte fadista.” Vários trabalhos se lhe seguiram: Na Linha da Vida; Pelo Dia dentro; Como sempre... Como dantes. Camané esteve envolvido no projeto Humanos ao lado de Manuela Azevedo e David Fonseca bem como dos músicos Nuno Rafael, João Cardoso e Hélder Gonçalves, do qual resultaram dois álbuns Humanos e Humanos ao Vivo e um DVD, relativo aos concertos nos Coliseus de Lisboa e do Porto, onde Camané mostrou a sua versatilidade de interpretação. Em 2006 é lançado o DVD Ao vivo no São Luíz.
De regresso aos estúdios, Camané brinda o seu público com o trabalho Sempre de Mim. Em 2010 lança o álbum Do Amor e dos Dias. Este trabalho acrescenta à sua carreira o comentário a um poema de Alexandre O’Neill, O amor é o amor. Em 2011 regressa ao Teatro Municipal de São Luíz para mais uma noite de Fados onde a mistura de um cenário metodicamente pensado, contrasta com a explosão lírico poética do fadista. A penumbra, o silêncio, o declamar, as pausas, a respiração fazem de Camané um dos vultos do Fado da contemporaneidade. K J. Vasco _H Imagem de João Vasco, texto de Rui Manuel Ferreira, extraído do livro Fadistas do Séc. XXI, com apresentação prevista para 13 deste mês, no Museu do Fado, em Lisboa
Antônio Grassi, comissário-geral do Ano do Brasil em Portugal
Mais que o fado e que o samba 6 Portugal e o Brasil estão a promover desde 7 de setembro, até ao próximo dia 10 de junho de 2013, o evento Ano de Portugal no Brasil - Brasil em Portugal. A iniciativa tem como comissário-geral o ator brasileiro, António Grassi, e decorre em simultâneo, por iniciativa conjunta dos dois países. Da programação constam espetáculos e concertos, exposições de arte e design, um festival literário, gastronomia e um seminário de economia criativa. O Ensino Magazine tem estado a acompanhar o evento. Antônio Grassi, em discurso direto, a partir do Brasil (por e-mail) explica quais os objetivos da iniciativa e fala das relações entre os dois países. É o comissário do Ano do Brasil em Portugal, que começou no dia 7 de Setembro, termina no dia 10 de Junho de 2013, e, decorre em simultâneo com o Ano de Portugal no Brasil. Quais são os objetivos do Ano do Brasil em Portugal? O principal objetivo do Ano do Brasil em Portugal, e do Ano de Portugal no Brasil, é aproximar e aprofundar as relações entre os dois países em diversas áreas, possibilitando assim que nos conheçamos mais e melhor. Como vai ser o programa do Ano do Brasil em Portugal? O programa do Ano do Brasil em Portugal, iniciado em setembro de 2012 e que vai até junho de 2013, inclui várias ações mostrando um Brasil moderno e contemporâneo, através da diversidade da nossa produção cultural. É composto por atividades nas diversas áreas e inclui o Espaço Brasil, um espaço de animação e cultural situado na Lx Factory, em Lisboa, especialmente construído para essa comemo-
presidência da Funarte (Fundação Nacional da Arte) e o Comissariado do Ano do Brasil em Portugal deixam-lhe tempo para o trabalho de Actor? Tem sido muito difícil conciliar as tarefas. No momento tenho-me dedicado exclusivamente ao comissariado e a Funarte - que ocupam boa parte do meu dia. Começou a fazer teatro nos anos 70, nos anos da ditadura no Brasil. Ser artista nesse tempo era uma profissão arriscada? Era uma profissão com enormes desafios, além dos habituais. A arte era uma ferramenta muito importante na luta contra a ditadura e a ela nos dedicámos.
ração e que se pretende que seja um legado do Ano do Brasil em Portugal.
além do samba, ou seja, os países para além das ideias pré-concebidas de parte a parte.
As relações comerciais e empresariais entre Portugal e o Brasil saem reforçadas com estas iniciativas conjuntas?
O Brasil continua a ser um dos destinos turísticos mais procurado pelos portugueses. O turismo cultural será o grande vencedor do Ano do Brasil em Portugal?
Seguramente nossas relações saem reforçadas. Além das comerciais e empresariais ganham nossas relações na área do conhecimento, da tecnologia, das relações culturais e turísticas. O Ano do Brasil em Portugal e o Ano de Portugal no Brasil podem alterar a imagem que o Brasil tem de Portugal e vice-versa? O objetivo é possibilitar um maior conhecimento. Um Portugal além do fado e um Brasil
O turismo cultural será, seguramente, um grande ponto nesse Ano. Acredito que muitos dos brasileiros que até agora têm utilizado o aeroporto de Lisboa apenas para conexões europeias, vão passar a ter curiosidade por este maravilhoso país e vão querer explorá-lo. É conhecido em Portugal pelos papéis que tem interpretado para a televisão, nomeadamente nas novelas Chocolate com Pimenta; Ribeirão do Tempo; ou Como uma Onda. A
É filiado no PT (Partido dos Trabalhadores) e já desempenhou vários cargos políticos. A sua consciência política começou a despertar quando? No colégio secundarista. Os jovens estudantes brasileiros, naqueles tempos sombrios, eram impulsionados a estudar mais e a se interessar pela política e as ciências sociais Este é também o ano em que os portugueses vivem uma grave crise económica,há casos de pobreza a surgir diariamente no país e duras medidas de austeridade. Quer deixarnos um conselho para estes tempos difíceis? Não me sinto gabaritado a aconselhar uma nação tão importante como Portugal. Mas tenho certeza que o povo português saberá ultrapassar esse momento difícil. Foi com otimismo e alegria que os brasileiros venceram várias dificuldades ao longo da história. K
J.Vasco H
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Jorge Fernando em entrevista
“Chamam-lhe um Fado” 7 Jorge Fernando tem uma carreira de quase quatro décadas dedicadas à música, especialmente ao fado. Acompanhou Amália, à viola, hoje, compõe canções que Mariza e Ana Moura interpretam. A 27 de Novembro de 2012, um ano depois de o fado ter sido considerado Património Imaterial da Humanidade, a Câmara Municipal de Lisboa atribuiu-lhe a medalha de mérito pelos serviços prestados ao Fado. “Chamam-lhe Fado” é o seu mais recente trabalho em disco. Neste trabalho surge um interessante naipe de músicos, da nova geração da música portuguesa. Algum tempo atrás, seriam “convidados improváveis” de um disco seu. Como é que surgiu a oportunidade de trabalhar com estes músicos? Ouvir determinadas bandas modernas, de uma geração fantástica que está em Portugal, cria entusiasmo. Tal como no último disco, quando me cruzei com o Sam Kid, Expensive Soul, New Soul Family, que são rapazes de um talento enorme. O fado fica beneficiado, quando trago para o seu seio gente com esta capacidade de fazer coisas bonitas. E a música tem o factor importantíssimo de, para além de nos unir musicalmente, ficarmos profundamente amigos. É assim que tem acontecido, sempre. Daí, contar com a participação deles nos Coliseus que vou fazendo. Para um compositor tão credenciado, com quase quatro décadas de carreira, é especial trabalhar com as novas gerações? Sim. Já ouvi entrevistas de músicos, com quem trabalhei, que dizem ter aprendido comigo. Mas, na verdade, sou eu quem aprende. As novas gerações estão sempre à frente das mais antigas. Normalmente, há um conflito geracional, porque os mais antigos acham que são melhores que os mais novos. Essa não é a minha opinião. Os mais novos estão sempre à frente, já colheram o que está feito e evoluem a partir daí. Em boa verdade, sou eu que tenho aprendido com eles. A edição deste disco é muito recente. Em termos de feed-back, por parte da crítica musical, está satisfeito com os comentários recebidos? Estou bastante satisfeito. Penso que há muita gente atenta ao que faço e a percebê-lo, pois é preciso perceber as coisas para se falar delas. Mas, é muito recente este trabalho e ainda estou à espera que o “bloco pesado” das críticas aí venha. Sou muito atento às críticas, principalmente por parte de quem as sabe fazer, e sabe o que está a dizer. Contudo, o que me move, acima de tudo, é a minha paixão pela música, mesmo enfrentado a crítica. A minha carreira tem sido sem-
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pre à beira-risco, a inovar e a fazer coisas que para algumas pessoas seriam impensáveis, no fado. Mas, acredito que vale a pena fazê-las. Vários temas da música portuguesa, vou dar o exemplo da “Chuva”, conhecido na voz da Mariza, - são da sua autoria. Mas, muitas pessoas desconhecem esse aspecto… É uma questão cultural, em Portugal, liga-se pouco a quem faz estas coisas. Por exemplo aos arranjos, à produção, que são coisas importantíssimas na exponenciação do fado. O fado, que se tornou património mundial, deve-se muito a toda esta nova corrente. Mas, em Portugal não temos a curiosidade de saber quem fez os poemas, a música. No entanto, o importante é que a música passe, se torne um aconchego para as pessoas, independentemente de quem a faz. Claro, seria muito melhor se soubessem quem a faz. O fado ser património imaterial da Humanidade é uma merecida prenda? Sim. O fado é uma música que tem resistido com o esforço de muitos fadistas, que têm vivido na pobreza, que o têm carregado aos ombros, até ele chegar ao que é hoje. Por outro lado, também me parece uma bofetada de “luva branca” a uma classe mediática, pseudo-intelectual, sobretudo urbana, que sempre achou que o fado era algo menor. Agora, está provado que não.
Uma das grandes referências do fado será sempre a voz de Amália. Escreveu letras para ela, tocou ao lado dela e guarda com certeza óptimas recordações da Amália… Sim, guardo. O mais profundo que guardo dela é perceber que se não tivesse passado os anos que passei ao lado dela, a tocar, hoje, não seria a mesma pessoa. Os ensinamentos que colhi foram por demais preciosos, não só no campo musical, como social. Tornaram-me um homem diferente. O fado tem evoluído ao longo dos anos. Alguns artistas tentaram fazer a fusão do fado com outros estilos musicais, por exemplo o colectivo Amália Hoje. Na sua opinião isso é benéfico para o fado? É muito benéfico. Gosto muito do projecto Amália Hoje. É um trabalho que, para além de estar muito bem feito, tira aquele ar redutor do fado, transforma-o numa coisa mais abrangente. Em 1996, lanço o primeiro disco de fado com bateria, percussão e piano, com os elementos da Brigada Victor Jara e dá-me um prazer enorme ver que, passados 16 anos, ainda se faz o que tenho feito neste tempo todo. Foi bom tê-lo feito, mesmo enfrentando as críticas às quais fui sujeito. Consegue imaginar como será a o fado daqui a uma década? Não sei. Como tudo isto é cíclico, da-
qui a cinquenta anos, talvez o fado volte à sua forma original. O regresso ao princípio do fado, mas numa espiral superior, com a modernidade da época. Tendo em conta as novas gerações, os novos talentos vocais e na componente da escrita, o futuro do fado está bem assegurado? O futuro do fado sempre esteve assegurado e a prova é que ele existe. Hoje, diz-se que as novas gerações estão no fado. Mas, se as novas gerações não estivessem estado há 20, 30 anos atrás, ele não existia. O que há é o aparecimento de grandes talentos e o lado mediático mais atento ao que se faz no fado. Numa entrevista que deu à televisão, há já alguns anos atrás, dizia que por norma compunha as suas músicas à noite, a melhor altura para trabalhar. Isso continua? Sim. De noite o astral está baixo, há menos ondas de pensamento no ar e aí consigo absorver melhor o que está pronto a ser-me dado, para por cá fora. Um pouco estranha a minha resposta, mas é isso que sinto. Durante a década de oitenta, participou algumas vezes no Festival da Canção. Portugal nunca conseguiu vencer o Festival da Eurovisão. Tem sido falta de sorte na recta final? Não. O que fala mais alto é a componente comercial. Somos um país de
; dez milhões de habitantes com pouco poder de compra, que se manifesta na venda dos discos. Vencer o Festival da Canção também é um negócio. Países com 50 ou 60 sessenta milhões dão um ar comercial muito mais abrangente. Países pequenos ganharam o festival, quando cantavam em inglês. No caso dos ABBA, por exemplo, são suecos mas ganharam o Festival a cantar o Waterloo, em inglês. Um tema cantado em inglês tem um mercado enorme na Europa e fora da Europa. Apesar do momento de crise que o país vive nesta altura, a música portuguesa atravessa um bom momento, em relação a novas vozes? A música portuguesa atravessa um grande momento, não só no fado, mas no aparecimento de músicos jovens de um talento enorme, descomplexados, sem medo de fazer as coisas. O que não atravessa um bom momento é o estado das coisas em Portugal. O povo português entre um quilo de bifes e um CD, com certeza vai comprar um quilo de bifes. Isso torna muito mais difícil o trabalho dos músicos em Portugal. Estou bastante apreensivo. Pessoas que trabalharam uma vida inteira, hoje vêem-se num estado miserável e os jovens que querem iniciar uma vida, não têm como.
gente e livros
Paul Torday 7 «8 de Junho Tivemos hoje uma reunião no departamento para avaliar o texto final da minha comunicação «Efeitos da crescente acidez da água na larva da mosca-de-água». Todos elogiaram muito, principalmente o David Sugden. Será uma proposta de paz? Não voltou a pressionar-me com o projecto do salmão do Iémen e eu, é claro, nada fiz. Tenho tentado passar despercebido e aguardo que toda esta história passe. Ainda assim, o louvor público do director ao trabalho sobre as moscas-de água foi um elogio para a minha equipa. De facto, o David foi ao ponto de dizer que, depois da publicação do meu artigo, provavelmente não valia a pena dizer mais nada sobre a mosca-de-água. Foi efectivamente um elogio. Nestes momentos sei que, no fundo, o dinheiro não interessa. A Mary, às vezes, queixa-se de que não me pagam o suficiente, mas na vida há coisas muito mais importan-
Entrevista: Hugo Rafael _ Texto: Eugénia Sousa _ Foto: João Vasco H
In A Pesca do Salmão no Iémen Paul Torday nasceu na Inglaterra, em 1946. Estudou Literatura Inglesa em Oxford mas, os
Da bibliografia de Paul Torday fazem também parte, os romances: The Irresistible Inheritance of Wilberforce (2008); The Girl on The Landing (2009); The Hopeless Life of Charlie Summers (2010); More Than you Can Say (2011); e The Legacy of Hartlepoll Hall (2012). A Pesca do Salmão no Iémen. É ao serviço do Centro Nacional de Excelência das Pescas, em Londres, que o Dr. Alfred Jones recebe uma proposta tão absurda como megalómana: a de criar um rio com salmões no Iémen, que permita a pesca à linha. O sonho é do Xeque Muhammad, que vê a pesca como um factor de união entre os homens e um “acto de fé”. Para o governo inglês um rio com salmões no Iémen é uma manobra de distração para as más notícias que chegam do Medio Oriente. K Página coordenada por Eugénia Sousa _
edições
Novidades Literárias
Sopram maus ventos na Europa? Continuo a achar que está tudo errado. Esta política de austeridade só traz mais austeridade. Mesmo o governo que falhou, como falhou, e nos submeteu a este estado, não entende que este não é o caminho. A austeridade faz com que o dinheiro não gire e não se recupere economicamente um país. Na Europa, chegaram aos postos de governo os tecnocratas que não vêem mais o que a ponta da caneta, ou do próprio nariz. O que fazem é pôr em prática o que está nos livros e muitas vezes as soluções económicas dos povos não passam por aquilo que está escrito. O papel aceita tudo aquilo que lá quiseres pôr. Não acredito que esses tecnocratas estejam a resolver o problema da Europa. K
tes do que o salário. Fiz avançar as fronteiras do conhecimento humanos sobre um pequeno insecto castanho, que conquanto insignificante, é um indicador vital da saúde dos nossos rios.»
anos seguintes foram dedicados ao mundo dos negócios. Aos 59 anos, cumpre o sonho antigo de escrever e publica o primeiro romance, A Pesca do Salmão no Iémen. Inspirado na paixão pela pesca à linha e no seu fascínio pelo Médio Oriente, Torday cria uma sátira em torno do poder político, do ideal absurdo e grandioso de um Xeque que sonha pescar salmões no Iémen e do académico a quem cabe concretizar esse projecto. A Pesca do Salmão no Iémen depressa se torna um bestseler em vários países da Europa. Em Portugal está editado pela ASA. O romance venceu o Prémio Bollinger Everyman Wodehouse, para o melhor romance cómico de 2007. A Pesca do Salmão no Iémen foi adaptado ao cinema pelo realizador Lasse Hallström e conta nos papéis principais com os actores Ewan McGregor e Emily Blunt.
7 Bizâncio. O Perfeito Cavalheiro, de Imran Ahmad. Divertida autobiografia de um rapaz muçulmano, a crescer dividido entre a identidade islâmica e o desejo de integração na sociedade inglesa. Entre Maomé, Jesus Cristo e James Bond ele deseja ser o perfeito cavalheiro inglês, com um carro de sonho e uma namorada deslumbrante. É com humor que são abordados temas tão sérios como o encontro de civilizações e a xenofobia ocidental.
Casa das Letras. D. Maria I - A Vida Notável de uma Rainha Louca, de Jenifer Roberts. Conhecida pela sua fragilidade mental, a primeira rainha portuguesa viveu no meio de um fogo cruzado entre a Igreja e o Estado, a Religião e a ditadura do Marques de Pombal. Ela interiorizou as contradições desse tempo, mas soube compreender o Ilumisnismo, e os ideais humanistas que despontavam.
Alfaguara. Os Chouriços são Todos para Assar, de Ricardo Adolfo. «Desde que fiquei maluco que me sinto muito melhor. A vida corre-me bem. Não vejo problemas e percebo que todos os dias têm um fim.» A afirmação é de Fernando. Depois, temos Natália, a carpideira que deseja morrer; Nela, que sonha ser hospedeira; Joel Maria, que foi atacado por um talibã disfarçado de javali; Valentim, à espera que a mulher se torne respeitável para se tornar pastor. São personagens originais, em situações delirantes.
Sextante. A Lebre dos Olhos Cor de Âmbar, de Edmund de Waal. Quando Edmund de Waal, um reputado oleiro inglês, recebe de herança uma colecção de 264 “netsuke”, - pequenas esculturas japonesas, em madeira e marfim decide escrever a historia da família que as coleccionou e de como elas atravessaram os séculos. O livro venceu o Prémio de Biografia
Costa Book Award 2010 e o Prémio Ondaatje Award 2011.
Gradiva.Mel, de Ian McEwan. Grã-Bretanha, anos setenta. A Guerra Fria entre o Ocidente e Leste não apresenta sinais de abrandar. A frequentar o último ano de Cambridge, Serena Frome é recrutada pelos Serviços Secretos do seu país. A primeira missão leva-a ao mundo do escritor Tom Haley. Não confiar em ninguém é a primeira regra de um espião mas Serena arrisca falhar como agente secreta. Ian McEwan é autor de outros sucessos literários como Expiação, Sábado e Amesterdão. Relógio de Água. Um Apartamento em Atenas, de Glenway Wescott. Os Helianos, casal grego a residir em Atenas, assiste à ocupação do seu país pelos Nazis. A ocupação estende-se à sua própria casa, ao serem obrigados a divir o modesto apartamento onde vivem com um oficial alemão. Os efeitos da guerra na vida quotidiana são magistralmente retratados neste romance. GlenWay Wescott é também autor da novela O Falcão Peregrino. Objectiva. Anti-Freud, de Michel Onfray. O autor defende que a psicanálise é uma espécie de alucinação colectiva, sem fundamento científico, de um homem incapaz
de lidar com as suas necessidades e frustrações. O freudianismo seria o produto do pensamento de um homem reaccionário, que admirava Mussolini e que odiava as mulheres. O autor é um filósofo popular e controverso no seu país, a França.
Editorial Estampa. Rómulo de Carvalho/António Gedeão, de Cristina Carvalho. António Gedeão foi o pseudónimo escolhido pelo poeta Rómulo de Carvalho para se esconder atrás da sua obra. E é da sua obra que este livro trata. «Esse nome, António Gedeão, simultaneamente vulgar e também, de certo modo, estranho, aconteceu surgiulhe no pensamento quando, em 1956, com cinquenta anos, se dispôs a revelar o seu primeiro livro, Movimento Perpétuo (...). » afirma Cristina Carvalho. Guerra&Paz. A Dona de Casa Perfeita, de Mónica Duarte. Tudo começou por um site onde a autora dava soluções de limpeza, organização e poupança. Agora é um livro prático que quer facilitar a vida às donas de casa. Orçamentos domésticos, propostas de arrumação, truques de limpeza, reciclagem de objectos, e poupança nas despesas diárias são algumas dicas que Mónica Duarte propõe ensinar. K
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Colaborador do Ensino lança
pela objectiva de j. vasco
Fado revisitado
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6 O colaborador do Ensino Magazine, João Vasco, e o escritor Rui Ferreira, apresentam no próximo dia 18 de dezembro, o Museu do fado, em Lisboa, o livro “O Fado revisitado em biografias várias”. A obra apresenta os principais intérpretes do fado em Portugal numa viagem pelo tempo. A obra, que tem referências ao Ensino Magazine, é apresentada às 18H30. K
Novo livro de José Teodoro
O concelho de S. Vicente
3 Tenho medo!!! Talvez esta imagem sintetize o ano de 2012 e o futuro próximo tal como se vive no meio académico. Esta fotografia é o registo de uma performance da autoria de uma escola superior de teatro, tirada em Lisboa, durante a manifestação de artistas no passado dia 13 de outubro, na Praça de Espanha, iniciativa da plataforma “Que se lixe a Troika! Queremos as nossas vidas”. Os Estudantes de Teatro estiveram presentes e, como muitos milhares de outros, manifestaram o enorme medo sobre o seu futuro e o deste país. Este é um sentimento transversal a grande parte da sociedade portuguesa nos dias de hoje. K
6 O investigador e professor José Teodoro Prata apresenta, no próximo dia 14 de dezembro, o seu último livro “O concelho de S. Vicente da Beira nos finais do Antigo Regime”. A iniciativa decorrerá às 18 horas no Auditório da Biblioteca Municipal de Castelo Branco e a apresentação estará a cargo de Adelaide Salvado e Pedro Salvado. A obra remete-nos para o final do Antigo Regime, há cerca de 250 anos atrás e retrata o modo como viviam os habitantes do extinto concelho de S. Vicente da Beira, nos aspetos socioeconómico, político e religioso.
Durante a iniciativa haverá uma prova e venda de produtos regionais. K
Prazeres da boa mesa
Crème Brulèe com Pimenta Longa (8 pax) longa raspada. Dispor em taças e levar ao forno a cozer de 80ºC a 90ºC, durante 1:30 a 2:00 horas. Deixar arrefecer completamente depois de cozido. Empratamento: Aplicar uma camada fina de açúcar demerara e queimar de seguida com um maçarico. Decorar um physalis ou outra fruta a gosto. Servir de imediato. K
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3Ingredientes p/ crème brulèe: 120 gr gemas 110 gr açúcar 1/2 un vagem de baunilha 215 gr leite 650 gr natas 2 gr pimenta longa
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Ingredientes p/ finalizar: 30 gr açúcar demerara qb physalis Preparação: Levar o leite ao lume a aquecer com a baunilha cortada ao
meio no sentido longitudinal. À parte juntar as gemas e o açúcar. Adicionar o leite quente e mexer bem sem bater para não ganhar espuma. Juntar as natas a pimenta
Mário Rui Ramos _
Executive Chef Ô Hotels and Resorts Monfortinho
bocas
Natal é quando… 7 Já aqui escrevemos sobre os filmes sobre ou em que o Natal é tema. E este ano não resistimos a voltar ao tema. Estamos, apesar da malfadada crise, em plena época natalícia. E se não fosse caso disso, a exibição de “O Amor Acontece” (Love Actually, 2003), de Richard Curtis, já o referi, uma fabulosa comédia, aí está mais uma vez para não esquecermos a quadra. Aliás os filmes à volta do Natal são um filão, nem sempre bem aproveitado, é claro, mas do qual podemos extrair um bem nutrido lote de boas películas. Podemos começar por versões do intemporal “Conto de Natal” de Charles Dickens, do fiel “Scrooge”, de Henry Edwards, de 1935, com Sir Seymour Hicks como Scrooge, à também britânica de Ronald Neame, de 1972, em que o velho avarento é Albert Finney, acolitado por um fantasmagórico Sir Alec Guiness, passando pela notável “The Muppet Christmas Carol”, de 1992, com um muito humano Michael Caine como Scrooge. Se a história de Dickens é um hino ao espírito natalício, que dizer do filme de Frank Capra, “Do Céu Caiu Uma Estrela” (It’s a Wonderful Life, 1946), seguramente o filme mais passado no Natal pela televisões, apesar de ultimamente ter perdido para o de Curtis. “De Ilusão Também Se Vive” (Miracle on
34th Street, 1947), de George Seaton, é outro dos grandes clássicos dos contos da Natal, quando Maureen O’Hara e a sua filha, uma pequena Natalie Wood, num dos seus primeiros filmes, recebem a visita de um velhote que diz ser o Pai Natal, papel que valeu a Edmund Gwenn o Oscar de Melhor Actor Secundário. Podemos ainda enumerar um sem número de filmes em que o tema é recorrente. Um deles é “How The Grinch Stole Christmas”,2000, de Ron Howard, sobre a popular personagem criado por Dr. Seuss, o monstro verde, personificado por Jim Carrey, a quem a alegria dos habitantes da cidade pelo Natal o intrigava e que ao chegar a Whoville para dar a sua visão pessoal do Natal, conhece a pequena Cindy Lou Who, com
algumas dúvidas sobre o acontecimento; noutro registo “Santa Claus: The Movie”, 1985, de Jeannot Szwarc, com Dudley Moore, um dos muitos Santa Claus movies, alguns tão estapafúrdios como “Santa Claus Conquers the Martians”, 1964, de Nicholas Webster, e “Sozinho em Casa”, de Chris Columbus, 1990, ou como uma família que vai passar o Natal a Paris se pode esquecer de um filho em casa, o puto gostou da aventura e quis repetir noutro Natal, fita exaustivamente repetida nos nossos pequenos écrans. Natal diferente é também o de Jack no “O Estranho Mundo de Jack”, um filme de animação realizado por Tim Burton em 1993, em que rapta o Pai Natal e transforma os brinquedos em pequenos monstros. Um verda-
deiro pesadelo antes do Natal. Pesadelo é também o que passa Arnold Schwarzenneger em “Jingle All The Way”, 1996, de Brian Levant, à procura dum há muito esgotado boneco Turbo Man, na véspera de Natal, que havia prometido ao filho. Um dos filmes para a época, mas com pouca graça. Claro que as séries de televisão não poderiam deixar de assinalar a data. Só para referir algumas, em “The Office”, todas as épocas há uma festa de Natal na empresa. “ Christmas Party”, em 2005, com Michael a quebrar uma regra do escritório e, para animar o pessoal, compra umas garrafas de vodka; ou em 2006 “A Benihana Christmas”, com duas festas de Natal em competição e Michael a não querer que haja festa porque rompeu com a namorada. Por seu lado também os “Ficheiros Secretos” assinalaram a data com “How The Ghosts Stole Christmas”, de 1998. “Mad Man”, em 2010, com “Christmas Comes But Once a Year”, perante mais um aperto de tesouraria, para impressionarem um cliente de peso, a Lucky Strike, no tempo em que se fumava à grande nos filmes, e não só, avançam para uma festa em grande. Podíamos percorrer aqui quase todas as séries de que nos lembramos pois em todas elas
há um episódio dedicado ou especial para o Natal. De “Friends”, a “O Meu Nome é Earl”, de “Os Sopranos” a “Sobrenatural”, passando por “Alf” ou pelas séries de animação como “Os Simpsons” ou “Charlie Brown” que já em 1965, desgostoso com o consumismo da quadra, Charlie Brown que conhecer verdadeiramente o significado do Natal”! Sendo caso disso, bons filmes, e Feliz Natal e Bom Ano Novo! PS: Morreu no passado dia 5 um grande nome do Jazz: Dave Brubeck. Posso dizer que sem “Take Five”, a minha iniciação no género teria sido seguramente mais tardia. Pianista, compositor, com o seu Dave Brubeck Quartet, principalmente com a formação mais sólida, com Paul Desmond, no sax alto, Eugene Wright, no contrabaixo e Joe Morello na bateria, além de outros, deu-nos esse álbum icónico, “Time Out”, onde consta aquele tema, que para além de outros como “Blue Rondo a la Turk”, “IRremembre You” ou “Three To Get Ready”, abrilhantaram as bandas sonoras de dezenas de filmes, de” Paragem no Bairro Boémio” (Next Stop, Greenwich Village), de Paul Mazursky, a “Ana e as suas Irmãs”, de Woody Allen, ou, para citar só esta, da série “Sete Palmos de Terra”. K Luís Dinis da Rosa _
música
press das coisas
Robbie Williams – Candy
Sony HRD-AS 15
3 Depois da participação no mais recente disco dos Take That, Robbie Willians está de volta com o seu nono álbum de estúdio. A primeira amostra deste registo foi o single “Candy”, que colheu boas críticas, contrariando o pessimismo de uma parte dos média devido à má prestação do álbum “Reality killed the video star”, de 2009. O novo “Take the crow” apresenta um conjunto de canções na linha de anteriores álbuns, numa mistura de pop com a mais recente eletrónica que tira partido das novas tecnologias de estúdio. Apesar desta tentativa de regresso ao passado, Robbie Wiliams continua a anos luz de temas como “She´s the one” ou “Angels” que o notabilizaram à escala global. Destaque para o single “Candy” e os temas “Be a boy”, Hunting for you” e “Into the silence”. K
3 A nova Action Cam da Sony foi concebida a pensar no espírito de aventura. Com cinco modos de gravação em Full HD, tem Wi-Fi integrado para partilhar vídeos instantaneamente. O sistema SteadyShot põe fim às imagens tremidas. Equipada com uma potente lente Carl Zeiss e sensor CMOS, possibita filmar em condições de pouca luz, mantendo as imagens suaves, mesmo quando o movimento aumenta. O Kit mãos-livres permite filmar em todas as condições, mesmo debaixo de água, com a caixa estanque pode mergulhar até os 60 metros de profundidade. K
Christina Aguilera – Lotus
Lumix DMC-TZ 30
O preço aproximado é de 399 Euros. K
3 A nova câmara fotográfica digital da Panasonic DMC-TZ 30 vem equipada com uma potente lente leica DC com zoo óptico de 20* e sensor MOS de alta sensibilidade com 14.1 megapixéis. Permite gravação de vídeo Full HD e dispõe de sistema avançado de GPS, com World Map Information. Com gravação Full e Light Speed Power OIS (Optical Image Stabilizer) com Active Mode impede as distorções.
3 Com o aproximar da época Natalícia multiplicam-se as edições de discos, uma das muitas novidades deste mês de Novembro é o novo longa duração de Cristina Aguilera. O primeiro avanço deste novo “Lotus” foi o single “Your body” que roda nas rádios desde o passado mês de Setembro. As novas composições deste quinto trabalho de estúdio da cantora norte-americana, continuam na linha r&b com a eletrónica à mistura e uma pequena incursão no dub step. Depois de ouvir o alinhamento deste trabalho é fácil perceber que não existe nenhum tema com grande potencial de single de sucesso, que tenha a capacidade de atingir o topo das tabelas de singles. Mesmo assim é um álbum equilibrado, sem altos e baixos, com baladas e ritmo à mistura, sendo elevado o risco de mais um flop comercial! K Hugo Rafael _
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A História das Redes Sociais 7 “Muitas das grandes descobertas estão mesmo debaixo do nosso nariz”, explica Bill Buxton, guru do design na Microsoft Research. “Muitas das coisas que emergem como novas têm as suas raízes em acontecimentos do passado - e em alguns casos, num passado muito Publicidade
distante”. Antes de olharmos para o futuro dos teclados, vamos olhar para a sua evolução. Olhando para o passado Uma das maiores influências no teclado moderno foi a máquina de escrever Selectric da IBM. A empresa lançou
o primeiro modelo da sua máquina de escrever electromecânica em 1961, numa altura em que a capacidade de escrever rápido e com precisão era um requisito muito procurado. Um dos primeiros teclados de computador do princípio dos anos 70 incorporava reed switches, que funcionam com um íman e dois filamentos de metal. Quando o campo magnético está suficientemente perto, empurra simultaneamente os dois filamentos e completa o circuito - ou, neste caso, um caracter. Entretanto a Key Tronic desenvolveu um switch capacitivo, que colocava um pouco de alumínio por baixo do cimo da tecla. Quando a tecla era premida, a dobra alterava a capacidade eléctrica do circuito e o micro-processador registava a tecla. Os diferentes switches Em 1978, a IBM patenteou o mecanismo de tecla “buckling Spring” (mola). Esta encolhia quando premida mas “prendia”, criando um “clique”, activava o circuito e gerava um caracter. Cúpulas de borracha, que funcionam com o mesmo princípio de “clique” como um desentupidor, e scissor switches (mecanismo de tesoura), tornaram-se populares no fim dos anos 80 e princípio dos anos 90. Actualmente, as teclas scissor switch são usadas em portáteis e teclados finos, incluindo aqueles em “chiclete” dos portáteis da Apple. A cúpula de borracha mais alta é tipicamente encontrada em teclados comuns de desktop e usam uma Publicidade
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estrutura em “chaminé” para estabilizar a tecla. O futuro dos teclados Os designers têm em conta uma estrondosa quantidade de matemática e análise de hábitos até chegar a distâncias e posições muito precisas entre as teclas, sendo exactamente aquelas que o nosso cérebro espera. As teclas côncavas guiam os dedos para o seu centro, mas esta forma torna mais difícil fabricar portáteis finos. Uma empresa chamada Pacinia espera apresentar protótipos comerciais em meados de 2013. Agora chamada tecnologia Synaptics’ ThinTouch, conseguirá metade da distância de viagem das teclas de um MacBook Air. A Apple não tem estado a dormir neste campo: em Fevereiro deste ano patenteou o seu próprio teclado super fino. Outros fabricantes de hardware estão entretanto a trabalhar nos teclados touchscreen que a Apple ajudou a popularizar. O fãs de teclados touch queixamse da falta de feedback físico e então, empresas como a Immersion, estão a incorporar mecanismos vibratórios de feedback. Uma tecnologia chamada Tactus usa “botões” de micro-fluidos - pequenas bolsas de líquido na superfície do ecrã, estando cheias apenas quando é necessário escrever. O problema é que, tal como Buxton da Microsoft aponta, quando é implementado um novo teclado, o utilizador tem de aprender a teclar de novo. Mas pode valer a pena. [Adaptação]. K Ana Narciso _ Pplware.com
Direitos Reservados H
Quatro rodas
Atacar a mediocridade c Todos os anos, por esta altura, o foco do desporto automovel nacional, passa das pistas para os gabinetes. Estamos pois na época da definição dos calendérios para o novo ano. A elaboraçao dos calendários tem sido um jogo de forças, em que cada clube organizador tenta execer o seu poder lobista junto da federação para tentar organizar as suas provas, nos melhores campeonatos e conseguir as melhores datas. Situação inteiramente legítima. Para tentar regular estes interesses, a entidade federativa chegou a estabelercer regras para entrada e saída de clubes, na organização de provas para determinados campeonatos, baseadas nos relatórios dos observadores que envia a cada organizaçao. Assim, um clube que tivesse organizado uma prova de um campeonato regional, com boa prestação, poderia aspirar a entrar para um campeonato nacional e vice versa. Sabendose das ligações dos observadores a alguns clubes e da capacidade lobista (dos clubes estabelecidos) junto dos orgãos diretivos, constatamos que desde há anos, nos principais campeonatos, temos quase sempre os Publicidade
mesmos clubes organizadores. Poderei por ventura estar a ser injusto nesta análise e os clubes que sempre estiveram nos campeonatos de topo serem efetivamente os melhor preparados para organizar essas provas, o certo é que, por vezes, saltam para a comunicação social erros graves de organizadores, que impavidamente continuam com lugar cativo nos principais campeonatos. Concluo pois que esta “fórmula” não tem funcionado, para o bem do desporto automóvel. Aparece agora um novo ator, neste ambiente em que cada clube se tenta colocar
na melhor posição para defender os seus “territórios”. Mais propriamente, no campo dos ralis surge uma associação de organizadores com seis membros, com intenções comunicadas. Trata-se da ACOR, Associação de Clubes Organizadores de Ralis. Espero pois que a ACOR não seja apenas uma associacção criada para “defender o flanco” dos 6 clubes que a criaram, mas que possa evoluir para algo mais executivo e pedir à federação que nela delegue a organização dos campeonatos. Não estamos pois numa fase de defender o que quer que seja, mas sim de atacar. Sim atacar. Atacar
a mediocridade em que caiu o campeonato português de ralis, onde nas últimas provas houve menos de 10 inscritos. Meus senhores, é preciso trabalhar para se construir uma estrutura profissional que consiga gerir e evoluir o campeonato. Para isso, em vez de ter um presidente que perceba muito de ralis, temos que colocar na ACOR um dirigente executivo com provas dadas no marketing desportivo. A ser assim, será esta uma excelente notícia o aparecimento da ACOR. Desejo pois uma longa e promissora vida à nova ACOR, a bem do desporto automóvel. Vou estar atento. K Paulo Almeida _
sector automóvel Porsche 919 3 A marca germânica Porsche acaba de registar a patente para a designação 919. Com esta decisão nenhuma outra marca pode utilizar a designação e fica em aberto que o 919 seja um dos modelos que a marca lançará em 2018. O novo modelo situa-se entre o 911 e o 918 Spyder (na imagem). K
Mazda CX-3 3 A Mazda deverá apresentar, em breve, um novo mini SUV para o CX-5, o qual deverá ser feito tendo em conta a plataforma do próximo Mazda2. Com a designação de CX-3, o novo modelo, potencial rival do Ford EcoSport e do Nissan Juke, promete ser mais pequeno e mais leve que o CX-5. K
VW crossover 3 A VW está a desenvolver uma nova versão do Up, denominado Cross Up. Um crossover cuja versão de produção deverá ser apresentada no Salão de Genebra, em março de 2013.O novo modelo surge com alargamentos em plástico negro nos guarda-lamas, para-choques com desenho específico, barras no tejadilho e uma suspensão ligeiramente mais alta que a das versões convencionais. K
DEZEMBRO 2012 /// 031
Recuperação de alunos com fracos resultados
Ministério da Educação acaba com planos 6 O Ministério da Educação decidiu acabar com os planos de recuperação de alunos com fracos resultados escolares, deixando às escolas a escolha de outras medidas que entenderem mais adequadas à avaliação e promoção do sucesso escolar. O despacho, anunciado e já enviado para publicação em Diário da República, “elimina os até aqui chamados planos de recuperação, de acompanhamento e de desenvolvimento, previstos na legislação”. Em comunicado, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) afirma que termina assim “a elevada carga burocrática” provocada nas escolas em determinados momentos do ano letivo, retirando tempo aos professores para se dedicarem ao trabalho efetivo com os alunos”. O MEC defende que o diploma vem na sequência da pretendida autonomia das escolas na tomada de decisões, de forma a garantir uma avaliação “cada vez mais rigorosa e exigente e um acompanhamento mais eficaz”. No final de maio, o Governo havia já aprovado em Conselho Publicidade
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Ensino Magazine | Arquivo H
de Ministros o fim do Plano Individual de Trabalho (PIT), obrigatório para os alunos com excesso de faltas, no âmbito do novo Estatuto do Aluno. O ministro da Educação, Nuno Crato, explicou na altura
que ficariam igualmente ao critério das escolas as medidas a aplicar em cada situação. De acordo com o texto divulgado pelo MEC, incentiva-se agora as escolas a que, após detetadas as primeiras dificuldades, de
imediato se implantem um conjunto de atividades pedagógicas contempladas na legislação em vigor. O despacho normativo agora em causa regulamenta a avaliação e certificação de conhecimentos no ensino básico, bem como as medidas de promoção do sucesso escolar que podem ser adotadas pelas escolas no acompanhamento aos alunos. São também definidas as condições para a frequência do período de acompanhamento extraordinário aos alunos do 4.º e 6.º anos, depois da primeira fase de provas finais e das reuniões de avaliação, que podem usufruir de um prolongamento da duração do ano letivo. A segunda fase destas provas é obrigatória para os alunos que obtenham negativa a Português ou a Matemática. A medida, conforme havia já anunciado o ministro, visa dar “uma segunda oportunidade” àqueles alunos, procurando “consolidar os conhecimentos e capacidades nas duas áreas estruturantes do currículo”, numa fase fundamental de transição
entre ciclos. Estão dispensados da realização das provas finais dos 2.º e 3.º ciclos os alunos inseridos em percursos curriculares alternativos e no ensino vocacional, bem como em programas de educação e formação ou que não tenham o português como língua materna. Por outro lado, é introduzida a realização de provas de equivalência à frequência no final do 2.º Ciclo do Ensino Básico em disciplinas não sujeitas a prova final, “dando aos alunos mais uma oportunidade de progressão para os ciclos seguintes, depois de um acompanhamento adaptado às dificuldades verificadas”. As provas de equivalência à frequência incidem sobre os conteúdos dos programas, têm como referência as metas curriculares estabelecidas para os três ciclos e contemplam uma prova oral, no caso de Português, Português Língua Não Materna e línguas estrangeiras. Realizam-se em duas fases em todos os ciclos e destinamse aos alunos auto-propostos. K