Ensino Magazine nº 182

Page 1

abril 2013 Diretor Fundador João Ruivo

Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVI K No182 Distribuição Gratuita

ensino jovem

miguel beleza, ex-ministro das finanças

Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS

«Fora do euro seríamos a “Albânia” da Europa»

estudantes

Semanas Académicas com programa C

P 16

universidade

Paquete de Oliveira preside ao CG da UBI C

Portugal tem que continuar a honrar seus compromissos, sob pena de se ver obrigado a abandonar a união monetária. A opinião é do ex-ministro das Finanças, Miguel Beleza.

P4

politécnico

IPCB oferece curso de acesso ao Superior C

C

Alberto Frias / Expresso H

p2E3

António Manuel Ribeiro, vocalista dos UHF

P 10

Veterano da corrida

Politécnico

Portalegre aposta na valorização ambiental C

www.ensino.eu Assinatura anual: 15 euros

P9

escolas

Ministério troca matemática no básico C

António Manuel Ribeiro e os UHF estão de volta com um novo álbum de originais que sairá para o mercado no final do mês. Em entrevista fala das três décadas de carreira e da crise que o país atravessa.

P 15

Leiria

Ensino Magazine atribui bolsa de mérito C pub

P 12

C

Facebook oficial H

Coordenação Portugal

C

p 21

P 22 E 23 pub

ABRIL 2013 /// 01


Miguel Beleza, economista

«Fora do euro seríamos a “Albânia” da Europa» 6 Portugal tem que continuar a honrar seus compromissos, sob pena de se ver obrigado a abandonar a união monetária. A opinião é do ex-ministro das Finanças, Miguel Beleza, que entende que o chumbo do Tribunal Constitucional Publicidade

pode ser recuperado dispensando professores, que considera existirem em número excessivo. O Ecofin e o Eurogrupo alargaram por mais 7 anos o prazo dado a Portugal e à Irlanda para o pagamen-

to da dívida. Como vê esta notícia? Vejo naturalmente com bons olhos. O importante é procurar fazer o ajustamento, mesmo que isso demore mais algum tempo, e cumprir o estabelecido

em termos de metas do défice. O que não significa necessariamente com mais dinheiro. O fundamental é pagarmos o que devemos aos nossos credores. Algumas vozes, entre as quais a do ex-Presidente

da República, Mário Soares, aventaram a possibilidade de não se pagar a dívida… Isso é um disparate. Se não pagarmos, entramos em “default”, ficamos sem crédito e perdemos a credibilidade externa. Nesse cenário, a saída do euro seria inevitável? Saímos, com toda a certeza. Seria a pior solução. Um país pequeno e aberto como o nosso veria disparar as taxas de juro para níveis altíssimos e o desemprego ainda subiria mais. Seríamos uma espécie de “Albânia” da Europa. Como é que chegámos a este sufoco? Gastando mais do que podíamos. Mas o ponto de partida para o descalabro acontece em 1990, como sistema retributivo da função pública. Foi esse o despoletar do problema e a partir daí o défice começou a subir. Despedir funcionários públicos é uma das soluções? Já está a acontecer. Ao contrário do que alguns dizem, é possível despedir funcionários públicos. O que a Constituição diz é que só se pode despedir invocando justa causa. Aliás, a nossa Lei Fundamental tem muitas coisas que não se podem cumprir. Devia ser mais enxuta. Mas neste caso concreto não é entrave. Nos direitos sociais, por exemplo, permite tudo e mais algumas coisa. Quando está claro que o Estado Social com a dimensão atual é insustentável. O ímpeto reformador do governo está a ser o desejado para um executivo de maioria parlamentar? O governo está a reformar à velocidade possível. Aliás, considero que o governo não está em causa e tem todas as condições para continuar o seu trabalho nesta legislatura,

02 /// ABRIL 2013

assim como o ministro Vítor Gaspar. Há uma maioria política na Assembleia da República, logo não vejo onde está o problema. A remodelação foi feita sem problemas. O próprio Presidente da República já veio publicamente dizer que apoia o governo. O chumbo de algumas normas do Orçamento de Estado por parte do Tribunal Constitucional complicou a estratégia? É um facto que complicou, mas não há impossíveis. Quero salientar a forma como reagiram os mercados ao despacho de Vítor Gaspar e a moção de censura apresentada pelo PS de António José Seguro. A reação foi positiva à decisão do ministro e penalizaram Portugal com a iniciativa do secretáriogeral do PS. É de trabalho e crescimento que nós precisamos e não de instabilidade. Aliás, estou em crer que lá para o fim do ano vamos crescer em termos económicos. Concorda com a medida do ministro das Finanças de congelar as despesas na máquina do Estado? Foi a medida mais inteligente tomada no curto prazo. Penso que a situação política vai acalmar, depois de momentos conturbados e de grande tensão. A remodelação governamental foi limitada, mas não gerou polémica de maior. Ainda assim pensa que Portugal precisava, no atual contexto de emergência, de um governo de salvação nacional? Não costumo ser favorável a estas soluções, mas neste momento Portugal precisava de um pacto de regime. PSD, CDS e PS deviam entender-se e sou favorável a que se coligassem numa solução de governo pelo menos para os próximos 2 ou 3 anos. Acredita num entendimento entre Passos, ;


Expresso - João Carlos Santos H

Portas e Seguro, quando a troca de palavras está cada vez mais extremada? Os lideres têm que se entender, com o apoio do Presidente da República. O contexto sócio-político assim o exige. Teriamos um triunvirato em São Bento? Seria uma troika à portuguesa… Um eventual mau resultado nas autárquicas, previstas para o outono, pode fazer tremer o governo? O governo deve ter em atenção esse resultado, mas não se pode desviar do seu caminho. A atual geração de políticos está suficientemente à altura dos desafios? Há um hábito muito português de não gostar de políticos. Mas não fomos nós que os elegemos sucessivamente? E que autoridade têm para criticar os que não votam? Estes ainda têm menos legitimidade para se queixar. Concorda com os que dizem que tem havido mais finanças do que economia no desempenho governamental? Não creio que tenha havido mais pendor de uma parte. Finanças e economia não se distinguem. Os números do desemprego são dramáticos, mas se calhar é o preço ne-

cessário para dar a volta à situação complexa em que caímos. Patrões e sindicatos insistem em subir o salario mínimo, eu sou contra o salário mínimo e o IRC para empresas que dá pouco rendimento ao Estado. Aliás, penso mesmo que só cobramos IRC porque não sabemos cobrar impostos como deve ser. Os tempos que vivemos também convidam à fuga. Hoje o controlo de capitais num mundo globalizado e muito tecnológico é quase impossível. Com um «laptop» ou um telemóvel é possível movimentar muito dinheiro rapidamente para qualquer ponto do Planeta.

A educação vai ser um dos setores mais afetados pelo corte no Estado Social? Eu defendo há muito que temos professores a mais, da mesmo forma que entendo que temos juízes a mais e que as transferências para a Madeira e os Açores são muito elevadas. Estes são apenas alguns casos concretos onde há margem para cortar. Quanto ao setor da educação, acho que se deve fazer esta reforma, de preferência mantendo os melhores docentes. Admito que as turmas fiquem maiores, mas não

CARA DA NOTÍCIA 6 Colega de Bernanke, aluno de Samuelson Miguel Beleza nasceu em Coimbra, a 28 de abril, de 1950, em Coimbra. Licenciou-se pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (atual ISEG) da Universidade Técnica de Lisboa, em 1972. Aos 24 anos partiu para os Estados Unidos para fazer um doutoramento em economia, no Massachusetts Institute of Technology (MIT), que concluiu em 1979. Foi nesta condição que teve como colegas, grandes nomes da economia mundial, como Ben Bernanke, o atual presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos e Lucas Papademos, Vice-presidente do BCE. Paul Samuelson, Nobel da Economia em 1970, foi seu professor. De regresso a Portugal, Beleza chegou a catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, onde ainda leciona como professor associado convidado. Foi técnico assessor e consultor do Banco de Portugal, entre 1979 e 1987, responsável pelas relações de Portugal e Espanha no Fundo Monetário Internacional, entre 1984 e 1987. Os cargos mais relevantes que exerceu foram como ministro das Finanças (1990-91) do XI Governo constitucional, durante o segundo governo de Cavaco Silva e como governador do Banco de Portugal (1992-94), após ter sido administrador do banco central. Como titular das finanças impulsionou a criação da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários e colaborou no processo de adesão de Portugal à União Económica e Monetária. Conhecido pelas suas tiradas sarcásticas e pelo humor desarmante, Miguel Beleza é irmão de Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, e de Teresa Pizarro Beleza, magistrada. É uma figura assídua nas televisões para comentar a atualidade financeira e económica. K

me parece que seja dramático, até porque no meu tempo as turmas tinham 40 alunos e não havia problema de maior. Como é que vê a questão do êxodo de muitos dos nossos estudantes para o estrangeiro? Com toda a normalidade. Quando me formei fui trabalhar para os Estados Unidos e fiz o doutoramento no Massaschusetts Institute of Techonology (IMT). Acho que não deve ser visto como um estigma. Longe disso. Por algum motivo existe o Programa Erasmus, não acha? Os que são menos bons é que têm mais problemas, porque têm menos saídas profissionais. Acha que se dramatizou em excesso as palavras do Primeiro-Ministro sobre a emigração como uma oportunidade em pleno cenário de crise? Acho que sim. O meu filho está a trabalhar no México numa firma de auditoria. Está lá sozinho, a fazer currículo, a desenrascar-se e quando regressar tenho a certeza que irá para uma empresa de grande dimensão. Não sei se sabe, mas a crise e a oportunidade têm o mesmo símbolo em chinês. K Nuno Dias da Silva _ João Carlos Santos / Expresso H   



ABRIL 2013 /// 03


  

Calendário eleitoral votado na próxima reunião

Paquete preside na UBI 6 O Conselho Geral da Universidade da Beira Interior acaba de eleger o sociólogo Paquete de Oliveira para presidente daquele órgão. O docente universitário está já a conhecer melhor o funcionamento da academia beirã. A eleição constitui mais um passo num “acelerado processo que começou com o convite para integrar o corpo de personalidades cooptadas e agora a escolha para presidir aos trabalhos”, explica. José Manuel Paquete de Oliveira é professor associado do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa no Departamento de Sociologia, desde 1977. Licenciouse em Ciências Sociais pela Universita Gregoriana, em Itália, no ano de 1973 e doutorou-se na área da Sociologia, em 1989, no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. Foi também nesta instituição académica que desempenhou funções de vice-presidente entre 2000 a 2004. Atualmente é coordenador científico do mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologia da Informação. Foi também provedor do espectador da RTP. Um percurso realizado no seio das instituições de ensino superior que lhe permite saber

Caras.sapo.pt H

que “cada academia tem os seus próprios modos e caminhos”. Daí que, estes dias têm sido passados “a tomar maior contacto com a instituição beirã”, para que “possa responder da melhor forma aos desafios futuros, para os quais conto com a colaboração de todos os colegas que votaram expressivamente em mim”. O docente e investigador social tem já uma vasta experiência neste tipo de organismos. Foi um dos membros convidados pelo reitor da Universidade do Minho para integrar o conselho estratégico daquela instituição e tam-

bém fez parte do conselho geral da Universidade da Madeira, nos últimos quatro anos. No que diz respeito à UBI, o sociólogo confessa que conhece a academia “de uma forma genérica” admirando a instituição “pela sua capacidade de ter conseguido trilhar caminho por força própria ter um lugar próprio no panorama universitário nacional e também no plano internacional, estatutos conseguidos pela sua qualidade geral e isso é visto no último relatório da EUA com a qualidade dos recursos humanos a ser sublinhada”. Quanto aos trabalhos dos próximos tempos estes “devem incidir sobre o processo eleitoral”. Paquete de Oliveira esclarece que existe um conjunto de assuntos que merecem a atenção do conselho geral e que devem estar em cima da mesa na reunião de trabalho do final do mês. No próximo dia 29 decorre mais um encontro de trabalho “e deveremos aproveitar o momento para votar o regulamento eleitoral”. Para Paquete de Oliveira “todo o processo deve estar terminado antes do final do atual ano letivo”, atesta. K Eduardo Alves _

Doutoramento na UBI

A indústria da informação 6 “Esfera Pública e Escândalo: o secreto no âmbito público”, é o título da tese apresentada este mês na UBI por Hélder Prior, que “procurou analisar os pressupostos da indústria da informação na sua intersecção com a esfera política, pois só assim seria possível indagar os aspectos da comunicação mediatizada que convertem o escândalo num acontecimento selecionado, enquadrado e divulgado pelos media”. Segundo o autor deste trabalho “tratou-se de delinear o escândalo enquanto processo disruptivo mediante a observação das complexas intersecções que se erigem no espaço societal, suscitando questões relativas ao papel que desempenham os media na configuração e tematização do debate público, questões que, nesta análise, dizem respeito às pretensões objectivantes da linguagem jornalística”. Nesse sentido, Hélder Prior procurou estabelecer “um quadro de análise interpretando

04 /// ABRIL 2013

o escândalo como arte políticomediática tendo em conta as características específicas do campo político e as características próprias do campo dos media”. Ao longo da tese, o autor do estudo desenvolveu ainda uma espécie de desconstrução do escândalo “Face Oculta” e “foi visível como os media reconfiguram o escândalo em narrativa, numa narrativa mediática que tem personagens, processos de encenação, fases específicas de exposição, enredos, recursos estilísticos e, também, marcas

de construção social, marcas de artefactualidade, de esquemas comunicacionais que selecionam, enquadram, moldam e, em alguns casos, deformam a realidade”, sublinha. Este trabalho é o primeiro doutoramento europeu a ser atribuído pela Universidade da Beira Interior e foi desenvolvido entre a UBI e a Universidade Autónoma de Barcelona e teve como orientador António Bento, docente da Faculdade de Artes e Letras da UBI. K Eduardo Alves _

Sociologia

Novo livro na UBI 6 Teresa Cierco, docente do Departamento de Sociologia da Universidade da Beira Interior e diretora do 1º Ciclo em Ciência Política e Relações Internacionais e 2º Ciclo em Relações Internacionais, acaba de ver publicado, pela editora Ashgate, o livro “The European Union Neighbourhood. Challenges and Opportunities”. A publicação é resultado das comunicações apresentadas na conferência internacional “European Union and its immediate neighbourhood: ten years into the new Millenium”, organizada pela docente na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas em 17 de maio

de 2011, no âmbito do 2º Ciclo em Relações Internacionais. K

Tratamento de águas residuais

UBI com nova tecnologia 6 Um novo material que deve ter utilização em sistemas de tratamento de águas residuais acaba de ser desenvolvido na Universidade da Beira Interior, no âmbito de uma tese de doutoramento na área da Engenharia Civil da autoria de Isabel Castanheira e Silva, intitulada “Desenvolvimento de Agregados Artificiais por Ativação Alcalina de Lamas Residuais para Utilização no Tratamento de Águas Residuais”. O objetivo do trabalho “consistiu em desenvolver um agregado artificial geopolimérico (AGA), produzido por ativação alcalina de lamas residuais das minas da Panasqueira, para aplicação em sistemas de tratamento de águas residuais por filtração, nomeadamente leitos percoladores, biofiltros, leitos filtrantes, biodiscos e leitos de macrófitas”, explica a autora. O trabalho foi desenvolvido no Centro de Investigação C-MADE do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura, com orientação de António Albuquerque e João Castro Gomes. As políticas internacionais Publicidade

em matéria de proteção do ambiente “centram-se na busca de soluções que sejam eficientes e duráveis e que envolvam a minimização do impacte ambiental, diminuição do consumo de energia, redução da emissão de gases com efeito de estufa e proteção da saúde pública. No que respeita à prevenção da poluição da água e do solo, pretendem-se soluções que envolvam o tratamento e reutilização de águas residuais e o tratamento e reutilização de resíduos, minimizando a sua descarga no ambiente, de preferência utilizando soluções sustentáveis e de baixo custo”, acrescenta. O material agora desenvolvido mostrou ter propriedades adequadas para ser utilizado como meio de enchimento de sistemas de tratamento por filtração, tendo sido obtidas eficiências de remoção de poluentes superiores às observadas em sistemas com enchimento à base de outros agregados, apresentando-se assim como uma solução viável para competir com os materiais tradicionalmente utilizados. K


Prémio Jovem Investigador

Pedro Areias vence

Estudo da Universidade de Aveiro

Queimas domésticas poluem a atmosfera 6 A queima de madeira em equipamentos caseiros representa uma fonte considerável de emissão de poluentes para a atmosfera com consequente agravamento da qualidade do ar. Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) estima que cerca de trinta por cento das emissões de partículas em Portugal tem origem na queima de madeira a nível doméstico. A percentagem tem em conta os dois milhões de toneladas de lenha que os portugueses queimaram em 2010 em lareiras e recuperadores de calor. E a tendência, garantem os autores do estudo agora concluído, é que, face à crise económica e ao aumento dos preços da eletricida-

de e dos derivados do petróleo, as quantidades de madeira queimada em casa e, naturalmente, do volume de poluição que daí advêm, tenham aumentado de lá para cá. As conclusões da investigação do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar alertam para o perigo que a percentagem tendencialmente crescente constitui para a saúde pública. É que entre as partículas emitidas pela queima doméstica de madeira, e inaláveis pela população, os investigadores encontraram “números alarmantes” de compostos cancerígenos e elementos com capacidade de modificarem os genes e de provocarem problemas respiratórios. K

Instituto de Educação

José Pacheco preside a Instituto de Educação 6 José Augusto Pacheco é o novo presidente do Instituto de Educação (IE) da Universidade do Minho, tendo como vice-presidentes Leonor Torres e Ana Maria Serrano. O novo presidente doutorou-se na Universidade do Minho em Educação - especialização em Desenvolvimento Curricular, em 1993, e é professor do Departamento de Estudos Curriculares e Tecnologia Educativa e investigador do Centro de Estudos em Educação nesta academia. Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação, membro do Conselho Nacional de Educação e editor da “Revista de Estudos Curriculares”. Publicou cerca de uma centena de artigos científicos, vinte livros e venceu alguns prémios, como o

6 O docente da Universidade de Évora Pedro Areias venceu o Prémio Jovem Investigador “João Martins”, promovido pela Associação Portuguesa de Mecânica Teórica, Aplicada e Computacional (APMTAC). A distinção com entrega de diploma decorrerá durante o jantar do Congresso da APMTAC em junho de 2013, em cerimónia pública em Bilbao, Espanha. O Prémio pretende homena-

gear investigadores com idade inferior a 40 anos que se tenham distinguido em qualquer área da Mecânica Aplicada e Computacional, não só pelo número mas também pelo impacto dos trabalhos publicados em revistas científicas de circulação internacional, ou que tenham contribuído de forma significativa para o avanço da área, em termos pedagógicos e na ligação à indústria e serviços. K

Aluno estagia no Vietname

Prémio para Coimbra 6 Submeter um projeto científico que visasse simultaneamente a redução de custos e aumento de produção, mitigando o impacto ambiental em aquacultura, de modo a que esta se torne mais sustentável, foi o desafio lançado pela World Aquaculture Society, em parceria com a NOVUS, uma das maiores empresas mundiais de produção e investigação em aquacultura (EUA) a alunos de Mestrado e Doutoramento de todo o globo. João Rito, aluno de doutoramento em Biociências na Universidade de Coimbra (UC), concorreu com o seu projeto de investigação, intitulado “Glycerol as a novel feedstock supplement for sparing of dietary protein catabolism and thus reducing feed cost”, que “visa testar a inclusão de um subproduto da produção de biodiesel, o glicerol, nas dietas para peixes”. A dieta experimental proposta pelo jovem investigador de Coim-

bra dá resposta aos requisitos do concurso porque, explica João Rito, “a dieta alimentar tradicional dos peixes de aquacultura é feita à base de muita proteína, o que apresenta dois grandes problemas para os produtores: é muito dispendiosa e liberta, por via de dejetos, compostos azotados muito poluentes que são libertados para o ambiente (rios e estuários), causando impac-

to negativo no ecossistema”. João Rito confessa que, quando concorreu, a esperança de ser selecionado “era praticamente nula e vencer nunca achei que fosse possível”. Mas venceu. E, em junho próximo, parte para o Vietname, onde vai estagiar um mês, no Centro de Investigação da NOVUS - Novus Aqua Research Center, na Cidade de Ho Chi Minh. K

Business and Economics

Dia de Itália 6 Com o objetivo de celebrar a diversidade de culturas, idiomas e nacionalidades que a Nova School of Business and Economics (Nova SBE) integra, entre cerca de 2000 estudantes e 100 Professores de 30 nacionalidades diferentes, a Faculdade dedicou o dia 9 de abril a Itália, o segundo país estrangeiro mais representado na Nova SBE, a seguir à Alemanha.

As comemorações contaram com a presença do Embaixador Italiano em Portugal, Renato Varriale e tiveram um programa variado e enriquecedor que incluiu a apresentação e discussão da atualidade económica italiana, workshops de italiano e português para principiantes e ainda seminários sobre a Arte e o Cinema italiano.

A celebração do ‘Dia de Itália’ esteve inserida na estratégia internacional da Faculdade que se posiciona entre as melhores Escolas de Gestão da Europa e do Mundo, como comprovam os rankings Financial Times e Eduniversal e a experiência de professores e alunos das mais variadas áreas da Gestão, Economia e Finanças. K

Publicidade

Rui Grácio. Coordenou vários projetos de investigação nacionais e internacionais, e orientou diversas teses de mestrado e doutoramento. Preside à Assembleia Municipal de Paredes de Coura, donde é natural. K

ABRIL 2013 /// 05




 

Style Master of the year

Aluna da UBI vence 6 Jeanete de Novais, antiga aluna de Cinema na Universidade da Beira Interior, venceu a edição portuguesa do “Style Master of the Year”, com a criação de um salão de cabeleireiro associado a um espaço de arte. Junto com o seu companheiro, Mário Silva, aderiu a alguns apoios por parte do Instituto de Emprego, e criou o seu próprio posto de trabalho. “Foi um desafio complicado”, confessa Jeanete. Depois de verificar que poderia também dar forma a algumas criações, alternativas às que existiam, acabou por abraçar o projeto. O sucesso parece ter sido tal que há dois anos consecutivos conseguem vencer o

“Style Master of the Year”. Este desafio, lançado por uma marca de produtos internacionais para esta área, coloca em competição profissionais de todo o País. Um desafio que tem como base o trabalho de caracterização, baseado essencialmente no penteado e no make-up apresentado. O vencedor vai depois integrar o conjunto de equipas que dão forma à competição internacional, num evento que premeia o valor e a capacidade artística dos intervenientes. No próximo dia 29 de abril, a equipa portuguesa vai representar as cores nacionais no desafio internacional. Este ano, a prova terá lugar na capital

espanhola e esperam-se cerca de 30 participantes. O primeiro lugar no “Style Master of the Year 2013 - Internacional Styling Creativity Contest”, objetivo da equipa portuguesa, representaria a consagração “de um trabalho singular e personalizado que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos últimos tempos, para além de um primeiro prémio de dez mil euros”. A par deste desafio, está ainda a possibilidade de contactar com diferentes profissionais da área, “com outras visões deste tipo de trabalhos e conhecer novas abordagens e formas de criação”, salienta a vencedora do concurso nacional. K

Aniversário

O Dia da Utad 6 As celebrações do Dia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), assinalando a passagem do seu 27º aniversário, decorreram este mês tendo estado presente o Secretário de Estado do Ensino Superior, João Filipe Queiró, entre outras autoridades académicas e autoridades políticas, religiosas e militares, para além do corpo docente, alunos e funcionários da Instituição. O Reitor Carlos Alberto Sequeira, na sua intervenção, traçou o rumo da Universidade e os desafios que tem pela frente num período de grandes dificuldades

06 /// ABRIL 2013

financeiras, anunciando a atribuição dos nomes dos professores Lima Pereira e Torres de Castro, respetivamente, ao Hospital Veterinário e ao Jardim Botânico da UTAD. Aproveitou também para anunciar a atribuição, para breve, do doutoramento Honoris Causa ao professor Valente de Oliveira. Na mesma sessão intervieram igualmente o presidente da Associação Académica, o presidente do Conselho Geral e o Secretário de Estado do Ensino Superior, cabendo a habitual oração de sapiência ao Prof. Dinis Duarte Ferreira Pestana, da Faculdade de

Ciências da Universidade de Lisboa, que dissertou sobre “Grandezas e Misérias da Estatística”. De destacar foi ainda a atribuição do Prémio de Investigação da UTAD à professora Verónica Cortés de Zea Bermudez, catedrática do Departamento de Química, uma distinção que realça o contributo científico desta docente aquém e além-fronteiras no domínio da Química dos Materiais. No decorrer da sessão, foi ainda distribuída a Revista da UTAD 2012 e o Relatório Anual de Atividades de 2012 da instituição. K

Protocolo em Évora T A Universidade de Évora, através da Universidade Popular Túlio Espanca assinou a 4 de abril um protocolo de colaboração com a Junta de Freguesia de Canaviais. A cerimónia contou com a presença de Carlos Braumann, Reitor da Universidade de Évora e de Silvino Costa, presidente da Junta de Freguesia dos Canaviais, e decorreu na Biblioteca do Centro Escolar dos Canaviais. O protocolo visa estreitar as relações de cooperação e intercâmbio entre as duas instituições, de modo a que haja cooperação no sentido de se concretizarem atividades acordadas e desenvolvidas pela – Universidade Popular Túlio Espanca da Universidade de Évora. K

ferramenta de compreensão e intervenção dos mecanismos psicoemocionais e sociais que antecederam a morte de um/a determinado/a indivíduo/a. K

Data Center da PT T Um grupo de engenheiros da empresa Consulgal - Construtores de Engenharia e Gestão, SA, esteve na Universidade da Beira Interior, a 8 de abril, a convite da Faculdade de Engenharia, para falar dos vários aspectos técnicos a ter em conta na construção de um edifício. A explicação passou pela gestão financeira, ambiental e de materiais no que diz respeito aos procedimentos de segurança na construção civil. Como exemplo foi a obra das futuras instalações do Data Center da PT. K

Psicologia da UBI

Notícias e Mobilidade

TO Núcleo de Estudantes de Psicologia da Universidade da Beira Interior organiza o 3º Simpósio de Psicologia da UBI, no dia 10 de maio, no Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde. Com coordenação científica de Luís Maia, docente do Departamento de Psicologia e Educação da instituição, o evento tem como tema aglutinador a intervenção social em situações de crise, risco e perigo psicossocial, prevenção e compreensão dos fenómenos relacionados com a psicologia social, psicologia forense, psiquiatria, medicina, sociologia e outras áreas afins. As temáticas abordadas permitirão compreender o funcionamento das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJ), os programas de intervenção em casos concretos de violência doméstica e crimes sexuais, a avaliação do dano psíquico em âmbito forense e, por fim, a autópsia psicológica como

T Notícias e Mobilidade é um conjunto de trabalhos que reflete uma abordagem multidisciplinar onde participam especialistas nacionais e internacionais em jornalismo e mobilidade. A obra, que vem alargar a coleção Jornalismo, reúne os trabalhos apresentados no I Congresso Internacional de Jornalismo e Dispositivos Móveis e está organizada em quatro capítulos. Os primeiros são dedicados aos temas “Um ecossistema em mudança” e “Do papel ao ecrã táctil”. Os dois últimos temas são, respetivamente, “Televisão e mobilidade” e “Design, interfaces, géneros e audiências”. Com organização de João Canavilhas, docente do Departamento de Comunicação e Artes da Universidade da Beira Interior, o livro é o contributo do LABCOM para a discussão de uma nova área no campo do jornalismo e encontrase disponível para download, a título gratuito. K


Investigação no Minho revela

Disfunção sexual cresce 6 Sete em cada dez mulheres sofrem de disfunção sexual feminina, decorrente principalmente de problemas associados ao orgasmo, conclui um estudo da Escola de Ciências da Saúde Universidade do Minho. Mais de metade das mulheres avaliadas dizem não conseguir atingir o orgasmo devido ao stress (30,7%), bem como a dores durante o ato sexual, ao vaginismo e a experiências sexuais indesejadas. O estudo, intitulado “Disfunção Sexual Feminina em idade reprodutiva – prevalência a fatores associados”, é um dos primeiros a ser desenvolvido a nível nacional para esta faixa etária. O trabalho pretendeu determinar a prevalência global daquela disfunção e dos seus subtipos em mulheres com idades compreendidas entre os 18 e 57 anos, bem como analisar se existe uma associação com fatores sociodemográficos, método contracetivo ou pré-existência de experiências sexuais negativas. “Esta disfunção traduz-se por uma alteração em qualquer uma das fases do ciclo de resposta sexual (desejo, excitação e orgasmo) ou ainda por perturba-

ções dolorosas associadas ao ato sexual”, contextualiza a autora Bárbara Ribeiro, alertando para o facto de apenas metade destas mulheres encararem a disfunção como um “problema”. “As restantes tendem a desvalorizar os sintomas. Muitas delas ainda não encaram uma vida sexual plena como parte integrante da sua satisfação pessoal, atribuindo mais valor a outros fatores, nomeadamente a vida familiar e a relação com o parceiro”, explica a licenciada em Medicina pela Universidade do Minho. K

Diabetes tipo 2 pode desencadear Alzheimer

Investigação em Coimbra

6 A diabetes tipo 2 (a forma mais comum, especialmente nos países desenvolvidos) constitui um elevado fator de risco para o aparecimento da doença de Alzheimer, conclui um estudo pioneiro, desenvolvido por uma equipa de nove investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Partindo do pressuposto de alguns estudos, indicando que os diabéticos têm mais probabilidades de desenvolver demências (nomeadamente demência vascular e doença de Alzheimer), os investigadores estudaram ao longo dos últimos três anos, em modelos animais, a relação direta entre a diabetes tipo 2 e a doença de Alzheimer, nomeadamente ao nível da mitocôndria. Usando ratinhos diabéticos (diabetes induzida por ingestão de sacarose) e triplo-transgénicos para a doença de Alzheimer

(manipulados geneticamente para desenvolver esta doença), os investigadores observaram que “as mitocôndrias (fábricas de energia do organismo) do cérebro destes animais apresentavam uma alteração drástica da sua função, provocando um défice energético e um aumento do stresse oxidativo”, afirma Paula Moreira, coordenadora do estudo e investigadora no grupo Mecanismos Moleculares da Doença do CNC. A equipa examinou igualmente o comportamento dos animais diabéticos e dos que padeciam de Alzheimer e, dos vários testes comportamentais e cognitivos (avaliação da memória e aprendizagem) realizados, «o perfil apresentado é idêntico. Ambos apresentaram níveis elevados de ansiedade e medo e revelaram dificuldades de aprendizagem e memória (características da doença de Alzheimer)», observa Paula Moreira. K

Publicidade

ABRIL 2013 /// 07


Castelo Branco

Agro Agrária mostra-se

6 A III Agro-Agrária, Feira de Agricultura e das Atividades Agrícolas da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, decorreu entre os dias 13 e 16. Para além da exposição de produtores, de animais e de máquinas agrícolas patente ao público, a iniciativa contou com diversas iniciativas paralelas que preencheram o programa nos diferentes dias. No ato inaugural, o presidente do Instituto Politécnico albicastrense salientou a “obrigatoriedade do país de voltar para o mundo agrícola”. Carlos Maia, depois de percorrer a feira na companhia da representante da Câmara Municipal e da Diretora Regional de Agricultura e Pescas, elogiou a organização do evento, destacando também que “esta feira tem um impacto muito positivo nesta região, quer junto do público quer dos produtores e dos agentes económicos deste setor”.

Na Agrária e ESART

Música brasileira em exposição Celestino Almeida, diretor da Superior Agrária, seguiu na mesma linha, tendo avaliado a experiência anterior “como positiva de forma a podermos melhorar o certame nomeadamente ao nível do espaço disponível para os expositores”. Uma sessão de lançamento de livros técnicos sobre a Churra do Campo e a Charnequeira e o Merino da Beira Baixa marcaram

também o dia inaugural, tendo decorrido nos restantes diversas outras atividades, desde passeios equestres a jornadas técnicas sobre bovinos e exibições caninas (busca e salvamento e condução de rebanhos). Uma prova de corrida de orientação teve lugar no último dia do certame, encerrando a parte do programa aberto à comunidade. K

Paulo Silveira conclui doutoramento em Espanha

A inteligência emocional 6 O docente da Escola Superior de Educação, Paulo Silveira concluiu, no dia 21 de março, na Universidade de Salamanca, o doutoramento com a apresentação da tese “Análise multivariante da relação entre Estilos/Estratégias de Aprendizagem e Inteligência Emocional em alunos do Ensino Superior”. Para Paulo Silveira, que estudou 1785 alunos, no ano letivo de 2009/10, “este trabalho surgiu num período em que estávamos imersos no processo de mudança em direção a Bolonha, e que visa colocar o aluno no centro do processo de ensino-aprendizagem, focalizando os estudos nas competências que devem ter os recémlicenciados, potenciando o saber fazer do estudante, a iniciativa e a aprendizagem autónoma”. Neste novo contexto, “em que a palavra ensino dá lugar à palavra aprendizagem, e em que as instituições europeias de ensino superior estão envolvidas num processo de transformação, com o objetivo de criar um marco comum que permita a mobilidade e crie uma sociedade competitiva baseada no conhecimento”, o investigador concluiu que “existem diferenças significativas nos Estilos e nas Estratégias de Aprendizagem utilizados pelos alunos, quer ao nível do género quer

08 /// ABRIL 2013

ao nível dos vários tipos de curso que frequentam (análise Multivariante HJ-BIPLOT)”. Este estudo foi desenhado para avaliar e analisar os estilos de aprendizagem, as estratégias de aprendizagem e a Inteligência Emocional dos alunos das seis escolas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, utilizando métodos estatísticos multivariados tradicionalmente utilizados em contextos diferentes e que, agora, pela primeira vez, foram utilizados em Psicologia. Na sua tese, Paulo Silveira apresenta, igualmente, “sugestões de

simplificação dos quatro questionários utilizados (TMMS e CASVI para avaliar Inteligência Emocional, CHAEA para avaliar Estilos de Aprendizagem e ACRA para avaliar Estratégias de Aprendizagem) por eliminação de questões e/ou categorias de resposta que não aportam informação significativa, o que facilita utilizações futuras e abre novas oportunidades de aplicação dos mesmos”. O investigador refere mesmo que “um dos questionários está a ser estudado para ser utilizado como prova rápida a aplicar a passageiros de voos comerciais para uma possível deteção de atentados terroristas”. K

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco, através das suas escolas superiores de Artes Aplicadas e Agrária, tem patente até ao próximo dia 30 de abril, a exposição “Tocadores: homem, terra, música e cordas na escola”. A mostra é organizada em conjunto com o docente do IPCB/Escola Superior de Artes Aplicadas, Miguel Carvalhinho, e é constituída por um conjunto de 32 pósteres que dão a conhecer a vida e a arte dos artistas populares de duas regiões do Brasil: Litoral Sul (Paraná, Santa Catarina e São Paulo) e Brasil Central (Minas Publicidade

Gerais, Goiás e Entorno do Distrito Federal). As fotos apresentadas são da autoria de Zig Koch e os textos são de Lia Marchi. A exposição integrou o projeto Tocadores cuja informação está disponível em www.olariacultural.com.br. Com esta iniciativa a Biblioteca da ESACB/ESART pretende, não só proporcionar mais um evento de natureza cultural aos seus utilizadores, mas também estreitar os laços com a comunidade em que se insere, numa perspetiva a um tempo lúdica e pedagógica. K


Politécnico de Portalegre projeta região inovadora

Magazine no ENOVE+

Tecnologias de Valorização Ambiental

Mestre em Portalegre 6 Em Portugal, a opção de promover a utilização de fontes de energia renovável arrasta consigo benefícios não apenas em termos da prevenção da diminuição dos recursos fósseis e redução da dependência energética, mas também ao nível do desenvolvimento estratégico das economias regionais. A valorização energética dos resíduos orgânicos associados à biomassa é, deste modo, um assunto de grande relevância nos dias de hoje, em especial nas comunidades ditas rurais. Esse é o tema da primeira tese de mestrado apresentada no curso

de Tecnologias de Valorização Ambiental e Produção de Energia, sendo que o trabalho faz uma avaliação do potencial de produção de resíduos biomássicos de origem agro-florestal no Alto Alentejo, numa perspetiva de valorização energética da biomassa por processos de conversão termoquímicos. Neste trabalho de mestrado realizou-se uma análise primária à viabilidade da localização e das características de uma central termoelétrica a biomassa na região. Soluções alternativas e espécies mais representativas em termos de exploração são também discutidas. K

6 O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) e a Associação de Desenvolvimento Regional (ADR) do IPP realizaram, entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março, em Campo Maior, a quinta edição da ENOVE+ - Feira de Emprego e Empreendedorismo, um certame onde se trocam ideias, se constroem oportunidades, nascem e crescem projetos. É um espaço de partilha de experiências e conhecimento, entre empresas e instituições, públicas e privadas, muitas delas ligadas ao ensino e à formação profissional. Joaquim Mourato, presidente do Politécnico de Portalegre, considera que “esta edição superou todas as anteriores, estando prevista a visita de mais de 500 alunos de escolas secundárias”. O Ensino Magazine marcou presença no evento, como é habitual. Na sessão de abertura destaque para a mensagem de esperança e de rigor deixada por Rui Nabeiro, em representação da Delta. Depois das edições realiza-

das em Portalegre, Elvas e Sousel, e continuando a percorrer o Alto Alentejo, em 2013 a ENOVE+ contou com o apoio do município local e da Delta Cafés. Esta proximidade com o território es-

panhol permitiu receber novos públicos e diferentes perspetivas sobre as amplas possibilidades de uma colaboração simbiótica entre as duas regiões de fronteira. K

Publicidade

ABRIL 2013 /// 09


Acesso ao Ensino Superior

IPCB oferece Cursos 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) realiza, pelo segundo ano consecutivo Cursos Preparatórios de Acesso ao Ensino Superior (CPAES). A formação destina-se a maiores de 23 anos que estejam interessados em candidatar-se aos cursos de licenciatura do IPCB. Os cursos têm por objetivo

“preparar os candidatos para as provas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência dos cursos superiores e serão lecionados exclusivamente pelos docentes da instituição”. A formação é composta por dois módulos: Formação Geral e Formação Específica. Com esta iniciativa o Politécni-

co pretende reforçar a promoção de uma política de igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior. Os cursos serão lecionados na Escola Superior de Educação do IPCB entre 22 de abril e 21 de junho de 2013, devendo os interessados proceder à inscrição nos Serviços Centrais e da Presidência. K

Jovens intérpretes

Aluno da Esart na Orquestra Mundial 6 O aluno de mestrado da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (ESART), Vasken Fermanian, foi selecionado para a “World Youth Orchestra” (Orquestra de Jovens Mundial). A prova de seleção realizouse através do envio de um vídeo com obras impostas pela organização que, no caso concreto, exigia um concerto de Mozart e excertos orquestrais de Rossini e Brahms.

alunos da EST de Castelo Branco

Vasken Fermanian, aluno da classe de Augusto Trindade, natural do Brasil, tem no seu currículo uma participação na Orquestra Sinfónica do YouTube 2011 e um prémio no Concurso para Violino “Paços Premium”, nesse mesmo ano. Com a sua participação na Orquestra de Jovens Mundial, Vasken Fermanian terá a possibilidade de realizar estágios e concertos na próxima temporada, estando programada uma tournée à China. K

Emprego garantido 6 A taxa de empregabilidade dos alunos da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco (ESTCB) é bastante elevada. A garantia foi dada pelo diretor daquele estabelecimento durante a apresentação da VI edição do Infotec, o Fórum de Informática e Novas Tecnologias de Castelo Branco. A iniciativa que decorreu de 9 a 11 de abril naquela escola, e cotou com a presença das principais empresas internacionais do setor, casos da Microsoft, Outsystems, Safira ou Nova Base.

O diretor da ESTCB, José Carlos Metrôlho, destacou a elevada taxa de empregabilidade dos diplomados pela escola, e sublinha o facto de “muitos deles ficarem a trabalhar na região. Há aqui empresas de topo que exigem diplomados de qualidade. Todos os anos tentamos perceber quais as necessidades das empresas, e temos tido a capacidade de lhes dar resposta”. Durante a apresentação do Infotec, José Carlos Metrôlho, classificou o evento como “uma oportunidade para os alunos contatarem

com as empresas do setor e para estas poderem fazer o recrutamento dos nossos futuros diplomados. Este tipo de iniciativas permite às empresas referenciarem os nossos estudantes”. José Carlos Gonçalves, vice-presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, destacou a capacidade e dinâmica da EST, no sentido de dar a conhecer aquilo que se faz na escola e nas empresas. “É com estas iniciativas que se transmite e divulga o conhecimento”, disse. K

ESACB

Ruminantes com livro 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco acaba de editar três publicações técnicas sobre as três raças de pequenos ruminantes com solar de origem na Beira Baixa - Raça Caprina Charnequeira - Ecotipo Beiroa, Raça Ovina Merino da Beira Baixa e Raça Ovina Churra do Campo. As publicações, da autoria do docente da Escola Superior Agrária, Carlos Rebello de Andrade, foram lançadas na sessão de inauguração da III Agro-

010 /// ABRIL 2013

Carlos Andrade, autor do estudo

Agrária, que se realizou de 13 a 16 de abril. Para o autor, o estudo efetuado sobre as caraterísticas das raças tem como um dos objetivos preservar o património genético das três raças de pequenos ruminantes com solar de origem na Beira Baixa. Carlos Rebello de Andrade é engenheiro Zootécnico e tem desenvolvido a sua atividade principal na área dos pequenos ruminantes. K

ESART

Aluno do Politécnico Lança “Fado Metal” 6 O aluno da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (ESART), Ricardo Gordo, lançou o seu primeiro trabalho discográfico comercial. O CD “Fado Metal” contém cinco temas, dos quais três irão fazer parte do seu LP que ainda está em desenvolvimento. Neste seu trabalho, o aluno do 3º ano da licenciatura em Guitarra

Portuguesa apresenta uma mistura entre o fado e o metal, e no qual a guitarra portuguesa assume uma sonoridade mais urbana e erudita. O aluno tenciona “continuar a utilizar a guitarra portuguesa numa vertente musical mais urbana, sem retirar a sonoridade do fado, nem prejudicando a sua identidade portuguesa”. K


Chamadas de Estado

Beja garante segurança 6 O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) criou um sistema “inovador” que permite chamadas e troca de mensagens escritas (SMS) entre telemóveis de forma segura e que se destina a ser usado por “altas chefias do Estado” português. O “CryptoChannel”, um “produto inovador e totalmente português”, permite “comunicações de voz e SMS cifradas e seguras entre telemóveis correntes e inteligentes” (“smartphones”) em que for instalado, explicou à agência Lusa Rui Silva, do Laboratório UbiNET Segurança Informática e Cibercrime do IPBeja. Segundo Rui Silva, o “CryptoChannel” é consequência de um sistema criado pelo UbiNET a partir de um “desafio” lançado pelo Gabinete Nacional de Segurança (GNS) e que resultou num contrato entre as duas instituições para a criação do produto. Para “garantir a idoneidade e a isenção” do sistema, o “CryptoChannel” foi criado em parceria com o GNS e por investigadores do IPBeja credenciados por aquele serviço do Estado, responsável pela segurança da informação classificada a nível nacional, explicou. A versão do sistema contratualizada com o GNS será entregue em abril e destina-se a garantir a segurança de comunicações de voz e SMS entre telemóveis usados por “altas chefias do Estado” português, disse.

GCI/IPBeja H

A segurança das comunicações é assegurada por duas cifras recomendadas internacionalmente, ou seja, RSA, com chaves de 3.072 bits, e AES, com chaves de 256 bits, que são “extremamente seguras”. Devido às potencialidades do sistema, que “tem qualidade e pode ser útil a muitas organizações”, os investigadores criaram uma empresa para desenvolver o “CryptoChannel” e “agilizar” a comercialização no mercado, explicou. A empresa UbiXploit, da qual o IPBeja é sócio e que tem cinco funcionários, registou a marca “CryptoChannel”, que corresponde a um sistema comercial, além do contratualizado com o GNS. A alternativa seria, através de transferên-

cia de conhecimento, ceder o sistema a uma empresa para o comercializar, mas, “tendo em conta a necessidade de financiamento do IPBeja e que os investigadores querem determinar o destino do seu trabalho”, a equipa decidiu criar a UbiXploit. Através da empresa, os investigadores, com base em eventuais necessidades de potenciais clientes, estão a introduzir novas funcionalidades no sistema, como a partilha cifrada e segura de fotografias ou outros documentos entre telemóveis. O “botão de pânico”, que permite enviar uma mensagem escrita numa situação de emergência, e as hipóteses de apagar ou recuperar de forma remota todos os dados de um telemóvel em caso de extravio, perda ou

roubo são outras das novas funcionalidades do sistema. O sistema funciona em “smartphones” de marcas que usem o sistema operativo “Android” e a empresa está a desenvolver uma versão para a marca iPhone, que usa o sistema operativo “iOS”. O “CryptoChannel” é “inovador” e “diferencia-se” de sistemas concorrentes, porque será comercializado em duas modalidades no que respeita à localização do servidor de comunicações. Numa das modalidades, o servidor é adquirido pelo cliente e funciona nas suas instalações e, na outra, a única permitida pelos outros sistemas concorrentes, é alugado e fica nas instalações da empresa, explicou Rui Silva. Para comercializar o “CryptoChannel”, a UbiXploit, que “não tem, nem quer ter competências comerciais”, recorreu a um parceiro comercial, o qual, “mantendo a identidade do IPBeja e dos criadores do sistema”, está em conversações com distribuidores deste tipo de produtos em vários países, como África do Sul, Brasil, China e Espanha. Por outro lado, o IPBeja quer manter associado ao produto, que deverá ser comercializado, o nome do GNS, o qual lançou o desafio que permitiu criar o sistema. K

Publicidade

Castelo Branco

Jornadas de Secretariado 6 Os alunos da Licenciatura em Secretariado da Escola Superior de Educação de Castelo Branco organizam as I Jornadas de Secretariado, no próximo dia 15 de maio. O principal objetivo do evento é informar sobre as diversas áreas de atuação do secretariado e da assessoria e, também, sobre as vantagens que esta “profissão de futuro” apresenta. “Estudar Secretariado na ESECB” e “A importância das línguas na profissão de Secretariado” são alguns dos temas abordados ao longo do evento.

A sessão contará com a presença de Carlos Maia, presidente do IPCB, e de Eduarda Santos, professora coordenadora da Licenciatura em Secretariado, bem como de membros da Associação Portuguesa de Profissionais de Secretariado e Assessoria e da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo. Para terminar o dia em boa disposição haverá uma peça de teatro, “Isto é uma secretária?!”, e a atuação da Tuna Feminina Albicastrense. K Inês Dias _

Exposição no Brasil

Docente de Tomar presente 6 Fernando Sanchez Salvador, docente da unidade departamental de Arqueologia, Conservação e Restauro e Património do Instituto Politécnico de Tomar, encontra-se entre os selecionados para uma Exposição em São Paulo, para a qual foram analisadas 550 obras e, somente 100 foram escolhidas. Para esta exposição, o docente Fernando Sanchez Salvador apresentou trabalhos de recuperação e conservação de espaços do Palácio da Pena, zona de público, restaurante e cafetaria.

Resultante de uma parceria da empresa Estratégia Urbana, da Direção Geral das Artes e da Ordem dos Arquitetos, esta mostra reúne projetos representativos de vinte anos de produção de arquitetura em Portugal, no âmbito do ano de Portugal no Brasil 2013. Esta mostra, cuja inauguração se encontra prevista para junho de 2013, irá decorrer num pavilhão provisório montado em São Paulo e desenhado pelos arquitetos Álvaro Siza Vieira e Eduardo de Souto Moura. K

ABRIL 2013 /// 011


Politécnico de Leiria debate

Ser psicólogo na escola 6 O Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) juntou, no passado dia 12 de abril, psicólogos e profissionais da educação no Encontro “Ser Psicólogo em Contexto Escolar”, o qual pretendeu colmatar uma lacuna sentida pelos profissionais, de existir uma plataforma de partilha que permita identificar e promover as boas práticas, contribuindo para o sucesso dos estudantes. O Encontro teve ainda como objetivos promover a partilha de experiências de intervenção dos psicólogos neste contexto específico, além de promover a inovação e qualidade na educação, orientando a intervenção do psicólogo cada vez mais para uma visão integrada do indivíduo. Entre os vários temas em destaque, desde a orientação vocacional, a avaliação neuropsicológica, e a promoção de competências emocionais, as dificuldades de aprendizagem específicas, como a dislexia. O interesse pela temática da dislexia deve-se ao facto da leitura desempenhar um papel crucial em diversas vivências e saberes da pessoa, revestindo-se de particular importância no bem-estar pessoal e no sucesso académico e profissional. A iniciativa contou com as intervenções de Nuno Mangas, presidente do IPL, José Alberto Duarte (diretor geral dos Estabelecimentos Escolares), Telmo Batista (bastonário da Ordem dos Psicólogos), José Silva (U. Coimbra), Mário Simões (U.

Politécnico de Leiria

Magazine dá bolsa 6 O Ensino Magazine, seguindo a sua política social, atribuiu, no passado dia 12 de abril, um bolsa de mérito a um dos melhores alunos do Instituto Politécnico de Leiria. A entrega do prémio ao aluno Pedro Nuno, foi feita durante

Festival de curtas-metragens aberto

Realizar em 24 horas Coimbra), Raquel Raimundo (Universidade de Lisboa), Luis Simões, António Pereira e Vando Martins (Escolas da Batalha), Vitor Coelho (Académico de Torres Vedras), Adélia Lopes (Agr. Escolas Rainha Santa Isabel), e Marcelino Pereira (Univer-

sidade de Coimbra). A sessão de encerramento teve a participação de José Carlos Gomes (diretor da Escola Superior de Saúde de Leiria), Graça Seco (coordenadora do SAPE) e João Carrega (diretor do jornal Ensino Magazine). K

Politécnico de Leiria

ESAD na Polónia 6 A Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha é a única escola portuguesa a integrar o International Good Project Festival Wroclove Design, festival internacional de arte de design, que acontece na Polónia, na cidade Wroclaw, entre 9 e 12 de maio. A escola será representada por um grupo de seis estudantes de Design, das licenciaturas em Design Industrial, Design Gráfico e Multimédia, e Design de Cerâmica e Vidro, coordenados por Sérgio Gonçalves, docente do departamento de Design Industrial. A mostra conta com outras quatro escolas superiores, de Itália, Polónia, Bósnia e Roménia e decorre naquela que será a Capital Europeia da Cultura em

012 /// ABRIL 2013

o Encontro “Ser Psicólogo em Contexto Escolar”, que se realizou na Escola Superior de Saúde de Leiria. João Carrega, diretor do jornal, sublinhou que a entrega deste tipo de prémios é uma homenagem ao esforço de todos os estudantes. K

2016. Susana Rodrigues, directora da escola, destaca “a satisfação do convite endereçado, que atesta o reconhecimento do trabalho da ESAD.CR, da qualidade do seu ensino e dos seus docentes, e também do potencial

6 A Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha lançou o desafio de realizar uma curta-metragem em 24 horas no InFrame Short Film Fest. O InFrame é um festival de curtas-metragens organizado por um grupo de alunos e desafia os concorrentes, que podem ser estudantes, profissionais ou amadores, a realizar um filme de até três minutos, respeitando o tema e o adereço atribuídos no início do Festival. “Partindo de um tema e de um adereço, coube às equipas

concorrentes escrever, filmar e editar o tralhado, em formato digital, até ao dia seguinte”, explica Susana Rodrigues, diretora da ESAD.CR, salientando que “além de original, é um desafio que, tenho a certeza, mostrará o melhor dos nossos participantes, ótimas ideias e projetos surpreendentes”. O primeiro InFrame Short Film Fest decorreu a 12 e 13 de abril, no auditório principal da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. K

Economia

que os nossos estudantes têm”. Explica ainda que “a edição de 2013 do Festival desenvolve o conceito de Design and Art Laboratory, e procura apresentar-se como uma análise crítica e criativa do design polaco e europeu, e é para nós uma honra representar o design português além-fronteiras, junto a outras instituições de destaque na Europa”. Os estudantes da ESAD.CR exporão os seus trabalhos e projectos desenvolvidos no âmbito dos cursos, e participarão nas diversas actividades do Festival – que convida ao diálogo, à multidisciplinaridade e interacção entre todos os participantes - como workshops, painéis de debates, concursos e instalações em espaços públicos. K

Protocolo em Leiria 6 A Associação Empresarial Penedo do Granada e Médio Zêzere assinou um protocolo com a D. Dinis Business School (através da NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria), escola de negócios que tem por objetivo promover a aquisição de conhecimentos e competências dos empresários e executivos das empresas, o estudo científico, e o desenvolvimento da criatividade e das suas múltiplas aplicações. Assinado a 10 de abril, o protocolo visa promover o desenvolvimento das atividades económicas, nos domínios técnico, económico, comercial, associativo e, em especial, assegurar aos seus associados uma crescente

participação nas decisões e nos programas que com essas atividades se relacionem, bem como o acesso a formações qualificantes e promotoras do desenvolvimento empresarial. K


IPG

Aprender com Super Heróis na Guarda 6 “Aprender com Super Heróis” foi o tema da palestra proferida por Miguel Gonçalves, no Instituto Politécnico da Guarda (IPG), dia 11 de abril, pelas 11 horas. Esta iniciativa integra-se no programa da 10ª Edição do Concurso Poliempreende do IPG e contou com a colaboração

Miguel Gonçalves ficou bastante conhecido pela sua participação no programa televisivo da RTP, “Pós e Contras”, cujo vídeo se transformou num fenómeno viral na internet. De momento, para além da sua atividade empresarial, leciona a unidade curricular de “Lideran-

do empreendedor Miguel Gonçalves, psicólogo e criativo; recorde-se que fundou a empresa de criatividade, Spark Agency, especializada em design thinking e ecossistemas de aceleração, onde desenvolve e redesenha novas formas de interface entre as pessoas e empresas, em Portugal.

Em Lisboa

ça” no MBA Executivo da Universidade Católica do Porto e “Inovação e Empreendedorismo” no Master Executivo da Universidade Católica de Braga. Está, ainda a desenvolver uma nova unidade curricular em “Competências Transversais com a Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho. K

Publicidade

Santarém na FIL 6 A Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS) participou, mais uma vez na Alimentaria & Horexpo, que se realizou em Lisboa. No âmbito dessa feira dedicada ao agro-alimentar, foram submetidas várias tecnologias inovadoras tendo o projeto Tecnologia Vinagreira: vinagrete de la-

ranja e pickles de pera-abacaxi agridoce sido escolhido para a mostra tecnológica FOOD I&DT a concurso. A ESAS tem ainda em exposição no FOOD I&DT mais dois projetos: Tecnologia vinagreira: vinagre com adições e Caracterização física e reológica de acessos do tomateiro. K

A 3 de maio

Guarda com saúde 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai promover, no dia 3 de Maio, naquela cidade, as VI Jornadas Nacionais sobre Tecnologia e Saúde. À semelhança das edições anteriores, estas jornadas pretendem divulgar os mais recentes projetos na área da tecnologia aplicada à saúde e aprofundar o diálogo entre investigadores e profissionais/estruturas de

saúde (médicos, enfermeiros, técnicos, profissionais e estudantes das áreas da saúde e da tecnologia). Incrementar a interação entre ensino superior e as empresas vocacionadas para as áreas subjacentes a este evento é outro dos objetivos das Jornadas, no decorrer das quais vão ser atribuídos os prémios “Melhor Comunicação” e “Melhor Poster”. K

Até 3 de maio

Exposição no IPG 6 Na Biblioteca Geral do Instituto Politécnico da Guarda vai estar patente, até 3 de maio, a exposição “O espírito dos lugares – cenários para um Património Imaterial”. Esta exposição foi concebida pelo Museu da Guarda para assinalar o Dia Internacional dos Museus. A exposição é composta por 34 painéis com reproduções de fotografias que integram o acervo do Museu da

Guarda, nomeadamente dos registos do fotógrafo António Correia, ligados à vida de comunidades rurais e urbanas do distrito nos anos 30 e 40 do séc. XX, que constituíram o ponto de partida para o estudo, a investigação, a recolha e a apresentação, sob a forma de textos e imagens, de sistemas económicos tradicionais, estilos de vida, linguarejares, parlengas, canções, ritos, mitos, folclore e canções. K

ABRIL 2013 /// 013




 

Em Setúbal

Secundário com projetos 6 124 jovens do ensino secundário dos distritos de Setúbal, Aveiro e Lisboa apresentaram ideias de negócio para dinamizar as regiões e disputaram o primeiro lugar do Concurso IPS Junior Challenge 2013, promovido pelo Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), com o patrocínio do Banco Santander Totta, Immochan, Jumbo de Setúbal, CASES e Forum Estudante. O concurso teve como objetivo selecionar ideias inovadoras que contribuam para o desenvolvimento sustentável das cidades e a melhoria de vida dos cidadãos. O Instituto Politécnico de Setúbal pretende, também, que o IPS Junior Challenge contribua para en-

Cooperação Internacional

Viseu com projetos curtar as distâncias entre o ensino secundário e o ensino superior, confrontando os alunos com a realidade empresarial e promovendo o espírito empreendedor dos jovens. Das 49 equipas inicialmente a concurso, 35 chegaram à fase final

e apresentaram projetos para dinamização do turismo local, aproveitamento da energia renovável, apoio a cidadãos socialmente desfavorecidos, novas tecnologias de mobilidade, requalificação urbana e natural, novos serviços de saúde, entre outros. K

Politécnico de Viseu

Conselho Geral completo 6 O novo Conselho Geral do Instituto Politécnico de Viseu está agora completo com a tomada de posse dos membros cooptados, que ocorreu a 3 de abril. Nesta fase tomaram posse João Cotta (presidente da Associação Empresarial de Viseu), Gualter Mirandês (presidente da Associação Comercial de Viseu), Francisco Lopes (presidente da Câmara de Lamego), Francisco Correia (Direção Regional da Agricultura e Pescas do Centro), Arlindo Cunha (presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão), José Neves (diretor do Agrupamento dos Centros de Saúde de Dão Lafões), Fernando Bexiga (Agrupamento de Escolas da Zona Urbana de Viseu), Marta Rodrigues (diretora do Centro de Em-

prego e Formação Profissional de Viseu) e Carlos Oliveira (diretor da Escola Secundária de Viriato). Eleitos foram também, na altura, a personalidade que passa a presidir ao órgão, cuja escolha recaiu em João Fernando Marques

Rebelo Cotta, da Associação Empresarial da Região de Viseu, bem como o secretário, que passa a ser Pedro Rodrigues, docente da Escola Superior Agrária e vice-presidente do Instituto Politécnico de Viseu. K Ester Araújo _

Semana da Comunicação Social

Conferências em Setúbal 6 O curso de Comunicação Social da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE/IPS) organizou a Semana da Comunicação Social, de 15 e 19 de abril, um ciclo de conferências que visou estreitar os laços com o território, proporcionar aos estudantes o conhecimento da realidade e estabelecer contactos com profissionais do jornalismo e da comunicação cultural, investigadores e representantes da atividade económica, política e cultura. Ao longo da semana estiveram presentes diversas personalidades de relevo, como Diana Andringa, Paquete de Oliveira, António Pedro

014 /// ABRIL 2013

Vasconcelos, Nuno Simas, Carlos Andrade, Paulo Ferreira entre muitos outros jornalistas e investigadores, presidente de câmara, fotógrafos e sociólogos, que irão refletir sobre temáticas como políticas de desenvolvimento e emprego, educação para os media, serviço público e democracia, cidadania regional, jornalismo e desporto, turismo, escritas, leituras e culturas. Para Orlando César, presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, docente da Escola e membro da comissão organizadora deste ciclo, a iniciativa visou “promover uma reflexão sobre os media e o futuro da comunica-

6 O Instituto Politécnico de Viseu, com a cooperação dos docentes de todas as suas escolas superiores, tem vindo, nos últimos anos, a fazer um esforço de diversificação das atividades de cooperação internacional que desenvolve no âmbito do programa comunitário “Aprendizagem ao Longo da Vida” (2007/2013), programa este que não se esgota nas clássicas atividades de mobilidade de estudantes, docentes e não docentes. Assim, têm sido submetidas várias candidaturas ao longo destes anos a projetos de transferência de inovação e parcerias, desenvolvidos no âmbito do sub-programa Leonardo da Vinci; bem como redes temáticas multilaterais e programas intensivos, desenvolvidos no âmbito do sub-programa Erasmus. No que diz respeito aos projetos de transferência de inovação desenvolvidos no âmbito do Programa Leonardo da Vinci, o seu objetivo fundamental, tal como descrito pela Comissão Europeia, é o de “melhorar a qualidade e as características atrativas do sistema de Educação e Formação Profissional europeu através da adaptação e da integração de conteúdos inovadores ou de resultados de anteriores Projetos Leonardo da Vinci, ou de outros projetos inovadores, a sistemas de formação profissional públicos e/ Publicidade

ção social e proporcionar aos estudantes o contacto com profissionais prestigiados de diferentes áreas dos media e de órgãos de expansão regional e nacional”. K

ou privados e a empresas a nível nacional, local, regional ou sectorial”. Já o objetivo dos projetos de parcerias é permitir, numa escala mais reduzida, a cooperação entre instituições de ensino e formação profissional em temáticas que se revelem úteis para todos os parceiros envolvidos, podendo estes projetos estimular a participação ativa de formandos, professores, formadores e profissionais, sendo que o setor laboral, nomeadamente as empresas, deverão ter uma participação muito ativa. A participação do Instituto Politécnico de Viseu em Programas Intensivos Erasmus tem sido também muito enriquecedora. Um programa intensivo é, fundamentalmente, o desenvolvimento de um programa de estudos de curta duração em que são envolvidos os docentes de todas as instituições parceiras, que será posteriormente lecionado (por um período mínimo de 10 dias consecutivos) em contexto de “sala de aula internacional”, onde estarão reunidos estudantes e docentes de todas as instituições. Estes projetos são particularmente importantes para o desenvolvimento de novas abordagens no sistema de ensino/aprendizagem e para a integração da dimensão internacional nos currículos. K Joaquim Amaral _


Em maio

Aftebi faz congresso 6 A Associação para a Formação Tecnológica da Beira Interior (Aftebi) Autoridade para as Condições do Trabalho – ACT e Universidade da Beira Interior (UBI) promovem nos próximos dias 8 e 9 de maio o “Internacional Congress on Safety and Labour Market 2013”. Esta iniciativa pretende ser um espaço de debate de um vasto conjunto de preocupações sentidas por empresários, trabalhadores, parceiros sociais, membros das administrações públicas, central e local, Governo, Parlamento, Presidên-

cia da República, para além de organizações internacionais e pelos mass media. Durante este evento serão debatidos entre outros temas a prevenção de riscos e doenças profissionais, a sinistralidade laboral e a segurança em contexto de trabalho, os riscos profissionais emergentes e ainda, práticas bem-sucedidas em termos de educação, formação, prevenção, segurança e emprego, emprego e desemprego, incluindo o desemprego jovem, a qualidade do emprego, a formação ao longo da vida e a qualificação inicial. K

Contra mega agrupamento

Escola suspende festa 6 O Agrupamento Cidade de Castelo Branco, de acordo com a tomada de posição do Conselho Pedagógico em reunião realizada em 10 de fevereiro, em que deliberou poder vir a suspender, caso a caso, as atividades relevantes programadas para o ano letivo de 2012/2013, sem nunca pôr em causa os interesses e as Publicidade

aprendizagens dos alunos, decidiu suspender a Festa do Teatro e da Música, prevista para o dia 12 de abril, no Cine-Teatro Avenida, como forma de manifestar o seu descontentamento relativamente à agregação de escolas, que prevê a integração do agrupamento no designado Agrupamento de Escolas Nun’Álvares. K

Matemática no ensino básico

MEC troca programa 6 O Ministério da Educação e Ciência (MEC) revogou por despacho publicado em Diário da República, o programa de matemática em vigor para o ensino básico, substituindo-o progressivamente por um documento que entra em discussão pública. De acordo com a informação disponibilizada hoje pelo MEC, “o novo programa substituirá progressivamente o antigo programa de matemática”, e a sua implementação acompanhará o calendário estabelecido para as metas curriculares. As metas curriculares identificam os conhecimentos a adquirir e as capacidades que se querem ver desenvolvidas em cada área disciplinar e ano de escolaridade e ganham um caráter obrigatório no próximo ano letivo. “O antigo programa continuará a servir como documento de apoio nos anos para os quais as metas não são ainda obrigatórias”, esclareceu o Ministério. O mesmo grupo que coordena a definição das metas curriculares “está a estudar a necessidade de adoção de novos programas”, sendo nesse âmbito que o novo programa de matemática para o ensino básico, a entrar em vigor no ano letivo de 2013/2014, vai ser colocado em discussão pública na próxima semana. O novo programa, que “complemente as metas curriculares de forma a criar um documento orien-

tador único”, pretende “dar maior liberdade pedagógica aos professores”, sendo um objetivo declarado do Ministério permitir aos docentes total liberdade com base na sua experiência para definir a metodologia a utilizar, adequando-a de acordo com as turmas. No texto do despacho assinado pelo ministro da Educação, Nuno Crato, considera-se o programa de matemática a ser substituído “demasiado rígido nas indicações metodológicas que prescreve para os professores”, que resultam “frequentemente de fundamentação puramente ideológica” e que “retiram liberdade aos professores”. O programa que vai ser substituído foi criado em 2007, quando a pasta da Educação era tutelada por Maria de Lurdes Rodrigues, no primeiro Governo socialista de José Sócrates. “O Programa de Matemática para o Ensino Básico de 2007, que

de acordo com a sua própria introdução, constituía ainda «um reajustamento do Programa de Matemática para o ensino básico datado do início dos anos noventa», fica revogado a partir do ano letivo de 2013/2014, passando a constituir-se como documento de referência auxiliar, de acordo com normas de transição a serem concretizadas”, lê-se no despacho. Sobre as metas curriculares de matemática, que o novo programa para o ensino básico deve vir complementar, o MEC sublinha no despacho que, antes de terem sido homologadas, foram colocadas à discussão pública, que foi “amplamente participada”. O MEC acrescenta que ao longo do corrente ano letivo as metas foram aplicadas nas escolas com caráter não vinculativo, com “resultados muito positivos”, de acordo com “consultas efetuadas junto das escolas”. No entanto, no final de março a Associação de Professores de Matemática ameaçou recorrer aos tribunais para travar a implementação destas metas, que consideraram “um retrocesso no ensino”. De acordo com a presidente da APM, Lurdes Figueiral, as metas curriculares introduzem tópicos matemáticos “inapropriados, abordagens de ensino que há muito têm vindo a ser postas em causa e alteram a sequenciação de outros, sem justificação”. K

ETPZP

Dia da restauração 6 A Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal (ETPZP), em Pedrógão Grande, organizou recentemente o Dia da Restauração, dedicado aos alunos do curso de restauração. Estiveram na escola alguns especialistas na área dos vinhos e da gastronomia. Este dia foi pensado numa lógica de “atração turística”, revelou o professor coordenador deste curso, Paulo Bessa, e foi por esse motivo que se juntaram os dois elementos atrás referidos. “Tentamos trazer empresas nacionais para transmitir o potencial que existe por detrás dos recursos vínicos e gastronómicos”, explicou. A organização de um jantar para diversos convidados ficou a cargo dos jovens do curso e deixou claro que “sabem a importância que este tipo de eventos tem para a sua formação e vida profissional.

Há um grande empenho”, atestou o coordenador, acrescentando que “apesar do contexto económico atual, podemo-nos gabar de termos taxas de empregabilidade de alunos finalistas próximas dos 100 por cento”. Os pedidos chegam de hotéis e de restaurantes tanto para profissionais de cozinha e empregados de mesa e de bar. Para este professor, o maior

desafio que se coloca aos formadores é “garantirmos um curso de qualidade, estarmos atualizados e em contacto com o que as empresas para saber o que elas necessitam”, finalizou justificando assim os números positivos de colocação destes alunos no mercado de trabalho. K Rádio Condestável _

ABRIL 2013 /// 015


Semanas Académicas a abrir

Azeitonas em Portalegre 6 As Associações de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão e da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Portalegre vão realizar a Semana Académica de Portalegre entre 27 de abril e 3 de maio. No dia 27 de abril será realizada a Queima das Fitas pelas 15 horas no Espaço Robinson. Nessa noite, haverá festa na Discoteca Crisfal, o Arraial da Cerveja, que terá início às 24h. No dia 28 de abril será realizada uma noite de Tunas, que contará com a presença da T.A.P, Enftuna, Tuninfas e Tunapapasmisto e terá início às 22 horas no Espaço Robinson. No dia 29 de abril será realizado o Enterro do Caloiro, pelas 22 horas, na Praça da República, contando com a tradicional queima do boneco e, depois, a Monumental Serenata Académica no largo da Sé, seguindo-se de uma festa na Discoteca Crisfal. A 30 de abril actua a Banda Pessoas, pelas 22 horas no Espaço Robinson e, em seguida,

Vencedora de Vários prémios Tiago Alves H

será o concerto dos Azeitonas, que terá início às 24 horas, e, para terminar, actuará o Dj Sistema & MC dos Mundo Secreto. Este dia é direccionado, não só para os Estudantes, mas também para toda a comunidade. Pelo que contamos com a presença de toda a comunidade. A 1 de maio haverá uma Garraiada Académica na Praça de Touros às 15 horas. Mais tarde, pelas 22 horas, no Espaço Robinson, actuam Zé Mendes e Quim Barreiros, seguindo a noite com o Dj Kristoff. No dia 2 de maio chegam os Chapa Duxseguidos dos Bezegol e, por fim, d o Dj Sunlize. No último dia decorre o Baile de Finalistas, na Crisfal, que contará com a presença de Zé Águas. K

Barreiros em Castelo Branco 6 A Semana Académica de Castelo Branco 2013 decorrerá entre os dias 26 e 30 de abril de 2013 no Pavilhão da NERCAB. Para sextafeira está agendado o enterro do caloiro, a serenata e as atuações de Quim Barreiros, do duo Artur e Márcia, e do DJ Foksen. No sábado atuam a Adufotuna, Carpe Tuna, XP Covers, Richie Campbell e DJ Pip. Para domingo está previsto o arraial Super Bock Super Rock e da Banda Giga. No dia 29, atuarão a banda Estilus, Capitão Fausto e DJ Angelita. Finalmente no dia 30 sobem ao palco os Tara Perdida, os Ninja Kore e o Le Grand Bombard. K

Facebook Oficial H

Gap e o DJ Ride. Finalmente , a 3 de maio, atuam Nuno Teixeira & Friends, Richie Campbell, e o DJ Overule. K

Peniche com Dixie Boys 6 A Semana Académica de Peniche realiza-se de 29 de abril e 4 de maio no Recinto dos Bombeiros. Dia 29 atuam os grupos Traçar de Capa,- A Martuna,- MGM, JFTI, Damnit, Ruben Vieira e 2Many Beatchees. No dia 30 o programa inclui os espetáculos de Indignu, The Dixie Boys, Farra Fanfarra e No DJ’s. No dia 1 de maio realiza-se uma garraiada e atuam João Maria Bello, Cru, Katharsis,

016 /// ABRIL 2013

6 A Real Tuna Académica da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (TUSALD) venceu os prémios “Tuna Mais Tuna”, “Melhor Solista”, “Melhor Porta-Estandarte” e “Melhor Serenata” nos últimos dois festivais de Tunas Académicas onde marcou presença. No “XI Olé Tunas”, festival organizado pela Tuna Académica da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo, realizado entre os dias 14 e 16 fevereiro, a TUSALD destacouse com os troféus “Tuna Mais Tuna” e “Melhor Solista”. Já na 3ª edição d’ “A Fragata”, festival organizado pela EstBarTuna - Tuna da Escola Superior de Tecnologia da Cidade do Barreiro, realizado no passado dia 23 de março, a TUSALD conquistou mais dois prémios, desta vez os de “Melhor Porta-Estandarte” e “Melhor SerPublicidade

Deolinda em Leiria 6 A Semana Académica de Leiria decorrerá entre os dias 28 de abril e 3 de maio no Recinto Auto Leiria. No domingo sobem ao palco os The Peorth, mas antes haverá uma garraiada e uma serenata. A segunda feira será dedicada às tunas, enquanto que para dia 30 de abril, estão agendados vários concertos, de onde se destacam os Deolinda, Team Maria, Mastiksoul e Nuno Fernandes. No dia do trabalhador, Fernando Alvim, Snowfield e os Hi-fi fazem as honras da casa. A 2 de maio atua os Red House View, Mind da

Tuna da Saúde ganha que se farta

League e Drop Top. Na quinta-feira será feito um desfile e atuam os Soul Brothers Empire, Rockluso, Fita Cola e Heartbreakerz, para na sexta-feira se realizar o rali das tascas e atuarem os Caelum’s Edge, Mind da Gap, Noidz, Migdrum, e D-Maniac. Finalmente no sábado, atuam os CUBS, The Discotexas Band, - Nubai Soundsystem, One Love Family, Moullinux & Xinob, DJ Swami. K

enata”. No “XI Olé Tunas” participaram ainda a concurso as Tunas TEL (Tuna de Enfermagem de Lisboa), TASMUA (Tuna Académica Sons do Mar da Universidade do Açores), TAEB (una Académica de Enfermagem da Escola Superior de Saúde do IPBeja) e N.E.P.T.U.N.A. (Nobre Enfermagem Poderosa Tuna Universitária dos Açores). No festival “A Fragata” participaram a Tuna ISCALINA (Tuna do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa); TAEB (Tuna Académica de Enfermagem da Escola Superior Saúde do IPBeja); ISECOTUNA (Tuna Mista do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra); e a ESTuna (Tuna de Engenharia da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal), como tuna convidada. K


Editorial

A Escola e as Tic 7 Como podem as escolas e os professores enfrentar com êxito o desafio de incorporar na escola e na sala de aula as Tic, enquanto meios auxiliares do ensino e da aprendizagem? Como devem reagir a resultados tão opostos, quando estudados os efeitos da utilização das Tic na promoção do sucesso escolar e educativo dos nossos alunos? Como evitar este jogo da cabra cega com que, volta e não volta, nos encontramos cercados? Iniciada a segunda década do século XXI, temos já a bater-nos à porta uma terceira vaga dessa revolução digital. E ela aí está, mais enérgica que qualquer das outras, a deixarnos cada vez mais interdependentes, a mudar tudo à nossa volta, a mergulhar-nos num mundo de ficção, de perplexidade e de imaginário. A primeira vaga foi sustentada pela popularização e democratização dos computadores pessoais e dos telemóveis; a segunda, pela massificação do acesso à Internet e da oferta low cost da banda larga; a terceira está a ser protagonizada pela redução de todas as fontes da cultura, do saber e do lazer ao formato digital, acompanhada pela vulgarização do comércio electrónico de bens e serviços, também eles em formato digital. A tendência é apetecível, as novas gerações de consumidores já lhe deram o seu consentimento, logo, o caminho anuncia-se irreversível. Sem ilusões: nada mais vai ser como dantes… Metaforicamente, poderíamos afirmar que, no futuro próximo, as grandes “fontes de poder” vão estar ancoradas nas “fontes de água” e nas “fontes de saber”. As primeiras vão rarear, as segundas, pelo

contrário, irão proliferar. O que resultar desta antinomia, deste confronto dialéctico entre o “saber” da natureza e o “saber” do Homem, converter-se-á no futuro, futuro esse onde iremos passar o resto das nossas vidas. Mais depressa, e de forma mais eficaz e definitiva, do que os CDs substituíram os discos de vinil, a música em formato digital fará desaparecer, num curtíssimo espaço de tempo, o suporte musical em formato de CD. Hoje, quem entrar num quarto de um adolescente já não vê caixas de CDs, nem livros espalhados por todo o lado. A música e os textos circulam em suportes digitais, configurados em leitores Mp3, em Pen Flash Drives, discos rígidos externos, em smartphones ou em leitores tipo Kindle. E os filmes também. Não se vai à loja, à discoteca ou à livraria formais. Vai-se à Net e faz-se um download, legal ou ilegal, tanto faz, desde que cumprido o objectivo. Permutam-se discos, filmes e textos à velocidade de um clic, toma lá, dá cá. Uma parte das revistas e livros em suporte de papel têm os dias contados. As bases de dados digitais constituirão uma fonte inesgotável de conhecimento ao alcance dos dedos de uma das mãos. Devido a isso, o crescimento do conhecimento vai evoluir de uma forma exponencial. A humanidade poderá combater melhor as desigualdades, as doenças, a fome, a miséria, o nepotismo e todas as formas de degradação do Homem. A humanidade poderá, ainda, ser una e mais solidária, face ao desenvolvimento social e ao progresso científico proporcionado por esta revolução digital. A Amazon divulgou que mais de cinquenta por cento dos

livros vendidos o foram já em formato digital (e-books). Ao preço de um telemóvel podese comprar um gadget (Kindle, Kobo…) armazenador e leitor de revistas e livros com capacidade para guardar uma biblioteca de mais de quatro mil volumes. Estes livros e revistas podem ser adquiridos online, por wireless, ou através de uma ligação 3G a preços populares, devido à óbvia diminuição de custos, em livrarias virtuais. Pouco faltará para que se possa trazer no bolso a biblioteca de Oxford, com possibilidade de aceder aos textos através de um motor de busca à base de palavras-chave. Mais de cinquenta mil filmes são alugados ou comprados no iTunes todos os dias. A publicidade na Net já alcançou mais de metade do valor investido nos meios tradicionais de comunicação social… Aviso: não se trata do fim dos livros, jornais e revistas em suporte de papel. Como não o foi o anunciado fim dos discos de vinil. Mas é um novo renascer dos modelos de divulgação da cultura, da informação e da ciência, só comparável ao renascimento proporcionado, nos finais da época de quatrocentos, pela prensa de Gutenberg. Um novo renascimento que possibilitará crescimentos culturais e científicos em ordem geométrica, dada a possibilidade de divulgação da informação de forma generalizada e em poucos segundos. E a escola? E os professores e educadores? Já o afirmámos variadíssimas vezes: vivemos um tempo que pretende reconfigurar a sociedade e a escola, atribuindo-lhe um novo formato, centrado em renovadas formas de receber e transmitir a informação. Isto implica uma

busca permanente do conhecimento disponível e das suas fontes de informação. Para alcançar tal objectivo, imputa-se à escola mais uma responsabilidade: a de contribuir significativamente para que se atinja o que se convencionou designar por analfabetismo digital zero. Para tal, a educação para a utilização das novas tecnologias digitais precisa ser planeada, com base no conhecimento pedagógico, desde o jardim-de-infância. Sem preconceitos ou desnecessárias coacções, sem substituir atabalhoadamente o analógico pelo digital, mas sim reforçando a capacidade cognitiva dos alunos e guiando a descoberta de novos horizontes. Formando os professores e equipando as escolas. Este movimento deve ser capaz de preparar os jovens para serem leitores críticos e escritores aptos a desenvolver essas competências em qualquer dos meios suportados pelas diferentes tecnologias. É que nem tudo parece ser um mar de rosas… Por exemplo, as escolas que viram a sua média descer ou subir menos do que a média global nos exames do 9.º ano de escolaridade, são as que mais usaram a Internet”, como referiu Rodrigo Belo, co-autor do estudo “The Effects of Broadband in Schools: Evidence from Portugal”, realizado em parceria com Pedro Ferreira e Rahul Telang. Estes investigadores do Instituto Superior Técnico, Universidade Católica e Carnegie Mellon University, sublinham que o estudo não mede os eventuais impactos positivos do acesso generalizado aos computadores e à Internet na vida futura dos alunos e apenas alerta para o facto de o acesso às novas tecnologias não garantir, por si

só, uma melhoria dos desempenhos. Os professores da designada geração digital também já estão a chegar às escolas. E, com eles, as mudanças pedagógicas vão ser mais rápidas, porque baseadas no domínio de novas competências, na experiência e na forte motivação para o uso das novas tecnologias. A escola tradicional vai mudar. Desde logo necessitará de menos espaços físicos. Através da comunicação on-line, o contacto com o mundo exterior e com as outras escolas da aldeia global será permanente. Desta “conexão” de escolas globais – as connecting classrooms - resultarão aprendizagens, também elas globais, e em simultâneo, proporcionadas pelos vários docentes globalizantes, porque globalizadores do conhecimento e da tutoria dos aprendentes. O que vamos fazer do “pátio dos recreios” quando, nos intervalos, os jovens já só se confinarem à manipulação dos smartphones ou das tablets? A resposta depende de acreditarmos, ou não, de que a escola nunca deixará de ser a Escola e de que nós nunca deixaremos de ser Professores. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

Publicidade

ABRIL 2013 /// 017


crónica salamanca

Valores en la Universidad, o “el algodón no engaña” 6 Hace unas semanas mantuve una entrevista con Virginia Carrera, antigua alumna y líder estudiantil durante años en la Facultad de Educación de la Universidad de Salamanca, cuando yo era decano, y también ella era figura destacada de asociaciones de estudiantes de carácter crítico y de izquierda explícita. Mantuvimos siempre buenas relaciones. Ahora, previo tanteo de citas por vía electrónica, se acercaba como investigadora social; lo hacía en su condición de parte de un equipo de investigación que trae entre manos un asunto ciertamente profundo y de calado para la universidad de nuestro tiempo, como es el de los valores que se transmiten en la universidad, y en concreto el punto de vista de los profesores que lo son del establecimiento de educación superior. Ellos me habían elegido como muestra de la investigación, y sus razones tendrían. El cuestionario, abierto, construído en 20 items, me obligaba a reflexionar más allá de lo inmediato, sobre lo que está detrás del quehacer docente cotidiano. La entrevista fue muy fácil y agradable, pero dejó en mí varias inquietudes, que también dejé traslucir en las respuestas que ella grabó y escribió. La principal inquietud vino después de finalizar la entrevista, fue el interrogante personal que me

suscitaba a mí mismo, al revisar qué venía haciendo con mis estudiantes durante muchos años, no tanto en la transmisión de contenidos científicos del ámbito pedagógico, como en lo que es más profundo, y en apariencia menos visible. Al fin, lo que no es otra cosa que eso que llamamos técnicamente el “currículo oculto”, que viene a ser el espejo de la desnudez de cada profesor universitario sobre lo que es, lo que transmite, y la forma de hacerlo. No es indiferente el cómo, la manera de ofrecer a los estudiantes, en grupo o en privado, en mi caso un concepto científico de cuestiones pedagógicas. Las formas, el estilo de ser profesor, delatan, exhiben todos los días a la persona, al profesor, lo desnudan. Eso se traduce en el modelo docente que practica el profesor (que practicamos, que practico), la univocidad de actuación magistral o la combinatoria de acciones pedagógicas, el uso del trabajo en equipo, el fomento de la investigación incipiente, la exigencia de lecturas y su comprensión, la utilización de la voz y también de otros instrumentos tecnológicos de apoyo (medios audiovisuales, internet, por ejemplo), y en último término la correcta preparación de las clases, de la programación de actividades del aula y de la tutoría.

Pero, más allá aún de la tarea técnica del buen docente, este tiene, todos tenemos, un trasfondo axiológico, unos valores que practicamos, transmitimos, explicamos, defendemos siendo profesores, y siendo ciudadanos y personas, pues de ello no podemos desprendernos nunca. Desde luego que tales valores de conducta y de ciudadanía dejan su rastro en el modelo docente utilizado que , como el algodón del anuncio, no engaña. Es decir, lo que perciben nuestros estudiantes es en realidad lo que somos, la forma de enseñar y de evaluar, la seriedad de lo que científicamente se transmite. Este es el gran interrogante que todo docente universitario debe formularse a diario, el sí o el no a trasladar a sus neófitos de un campo científico no solamente saberes, sino seres y estilos de ser y actuar, o sea valores que están funcionando en la cabeza y en el estilo del profesor. Hay que hablar, por tanto, de varias posibles antinomias, entre las que hay que elegir todos los días desde la posición de profesor, de autoridad y libertad, de democracia y jerarquía, de cooperación e individualismo, al fin del tipo de ciudadano que somos y del que deseamos ser. De forma muy particular esto es digno de ser reflexionado, sobre todo en centros de educación

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt

superior orientados a la formación de maestros, profesores y educadores, quienes han de ser en un plazo corto los responsables directos de la transmisión de determinados valores en la escuela infantil, primaria, secundaria, superior, o en un centro educativo diferente a los del sistema escolar reglado. Quienes arbitrariamente opinan que a la universidad sólo se viene, o se , a aprender conocimientos de nivel superior en un campo científico, y que lo demás está fuera de lugar, conviene refrescarles la memoria de los fines de las actividades de la vida, y en especial de las instituciones educadoras. La universidad es y debe ser educadora, y debe aprender a lograr por la actuación de sus profesores, y de otros miembros de la comunidad universitaria, que los estudiantes que han tenido la oportunidad del beneficio de la educación superior aprendan a poner al servicio de la sociedad sus conocimientos profesionales y científicos adquiridos. Giner de los Ríos, por ejemplo, sigue estando de mucha actualidad en este asunto. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Universidad de Salamanca y la Universidad James Madison

25 años de colaboración mutua

6 La Universidad de Salamanca y la Universidad James Madison de EE.UU. han conmemorado los 25 años de la puesta en marcha del Programa James Madison University en la Universidad de Salamanca, en el que han participado más de 2.000 estudiantes estadounidenses. La vicerrectora de Relaciones Internacionales e Institucionales, Noemí Domínguez, el vicerrector académico de la James Madison University (JMU), Jerry Benson, y la directora de la Oficina Internacional de Programas de esta insPublicidade

018 /// ABRIL 2013

titución, Lee Sternberg, ofrecieron una rueda de prensa en la que se anunciaron nuevos proyectos impulsados por ambas instituciones académicas. Noemí Domínguez señaló la importancia de que hace 25 años “la Universidad James Madison confió en la Universidad de Salamanca y trajo a estudiantes de licenciatura, lo cual es un motivo de alegría para esta institución”. A lo largo de estos años más de 2.000 estudiantes han pasado por las aulas de la Universidad de Salamanca y “han tenido la opor-

tunidad de conocer el idioma y la cultura española, además de la experiencia de la vida en España”, en palabras de Jerry Benson, quien dio las gracias a la Universidad de Salamanca por contribuir a aumentar el conocimiento y la experiencia de los estudiantes, dado que uno de los objetivos fundamentales de la institución de Virginia es la de preparar a ciudadanos para llevar a cabo una vida significativamente productiva. Benson también señaló que “cualquier relación que dure 25 años exige mucho trabajo, dedica-

ción y cariño” y quiso agradecer la labor de los profesores de la Universidad de Salamanca que han facilitado esta colaboración, así como el esfuerzo de la vicerrectora de Relaciones Internacionales, quien aprovechó la ocasión para comentar uno de los planes de futuro dentro de este programa internacional: la creación de “una doble titulación de máster, de Educación en la Universidad James Madison y de Lengua y Cultura Española en la Universidad de Salamanca, que permita obtener a los estudiantes un título doble en dos años”. K

Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Eugénia Sousa Francisco Carrega Rogério Ribeiro Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


primeira coluna

Falar de barriga cheia 7 Embora à hora do fecho da nossa edição ainda não fossem conhecidos os cortes específicos a cada ministério, é certo que a intenção do Governo passa por aplicar um corte nas dotações dos Ministérios de forma transversal, o qual afeta as rubricas das despesas com pessoal, com bens e serviços e outras despesas correntes. Cortes que deverão garantir uma poupança ao Estado de 0,5% do PIB, ou seja cerca de 820 milhões de euros. Todos sabemos a crise que o país atravessa, mas o anúncio de mais cortes, sobretudo no setor educativo, o qual tem sido penalizado, ao longo dos últimos anos, de forma austera, seja no ensino obrigatório, seja no ensino superior público, volta a colocar a escola, as universidades e os politécnicos numa

posição débil. Já aqui o referi e volto a fazê-lo, em épocas de crise tudo aquilo que é anunciado como cortes nas despesas do Estado é bem aceite pelas pessoas, desde que esses cortes não os afetem a elas próprias, ou a algum familiar. Sinceramente começo a ficar farto de ouvir aqueles comentadores que, de barriga cheia, apregoam a bandeira da austeridade, com o argumento de que os portugueses são mandriões e que gastaram aquilo que não tinham, pelo que devem ser punidos por tal pecado. Esquecem-se é de contar o resto da história. A educação e qualificação de um povo é o melhor instrumento que um país terá para sair da crise e enfrentar os desafios do futuro. Os cortes e as restrições

que vierem a ser aplicados no Ministério da Educação devem ter em atenção isso mesmo. Devem ter em atenção que a competitividade de um país se ganha com a qualificação dos seus ativos, e que se só consegue atingir essa qualificação se as instituições de ensino tiverem condições para o fazer. É fácil dizer que há professores a mais, que há funcionários a mais nas escolas, que o número de alunos por turma deveria ser aumentado (com o argumento de que no meu tempo até havia mais...), ou que reunindo as escolas em grandes organismos (os mega agrupamentos, alguns ultrapassam os três mil alunos) tudo se resolve. Até há quem defenda que há disciplinas que devem deixar de ser obrigatórias, qual história de um país de faz de conta.

Há ainda a outra face da medalha, a do ensino superior, onde mentes que se auto intitulam de brilhantes e de donas da razão, defendem a extinção de instituições públicas de ensino superior (e aqui até há quem «cuspa» na sopa em que come). A rede de ensino superior pública portuguesa é um dos melhores instrumentos de coesão territorial (e de qualificação – é para isso que serve no essencial) do país. Só o facto de alguém poder pensar que é bom fecharem-se instituições, com o argumento da poupança, é algo que nos deve revoltar a todos. Volto a frisar, as instituições de ensino superior público portuguesas são imprescindíveis ao desenvolvimento do país e das regiões em que estão inseridas. Em Portugal, a culpa sempre morreu solteira. O ato de gover-

nar não é fácil e mais difícil é decidir. Mas nunca, em circunstância alguma, se deve prejudicar o país com a aplicação de medidas que não defendem Portugal e as suas gentes. Caso contrário poderemos correr o mesmo risco do macaco Jacó, que tanto se aprumou que até a dita cortou... K João Carrega _ carrega@rvj.pt

CRÓNICA

Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: Llega el momento de cerrar, al menos por ahora, el conjunto de reflexiones sobre la Evaluación para el Aprendizaje (EpA). Hoy nos toca compartir unas ideas sobre el décimo principio de la EpA, que dice así: La Evaluación para el Aprendizaje debería reconocer el rango completo de rendimiento de todos los alumnos. El cumplimiento de este principio supone, ante todo, que los profesores conozcan a fondo a cada uno de sus alumnos como entidades bio-psicosociales. En primer lugar, esto significa que los profesores deberían ser capaces de entender y comprender la dinámica de los cambios biológicos en sus alumnos. Esto no es trivial. Todos sabemos que cuando los niños son pequeños, los años y los meses “producen” en ellos cambios evolutivos que mediatizan sus disposiciones físicas para el rendimiento escolar. Pero también, sabemos que cuando llegan a la preadolescencia y a la adolescen-

cia, los cambios biológicos son una fuente de incomodidades (aparte de preocupaciones) para los alumnos de ambos sexos. Estas incomodidades mediatizan, sin duda, el rendimiento académico. Sólo hace falta que echemos una mirada a nuestro pasado y recordemos lo que nos sucedía, sobre todo, en aquellos años de la preadolescencia y la adolescencia en que sentíamos que nuestro cuerpo “se hacía presente” (en los años pre-adolescentes no sentíamos apenas nuestro cuerpo, porque pasábamos por un período de cierta estabilidad biológica, a pesar del crecimiento más o menos acentuado que nos afectaba). Tengo la impresión de que los profesores no damos importancia a este aspecto. Pero, para nuestros alumnos, su devenir biológico se convierte, en demasiadas ocasiones, en un problema que, también en demasiadas ocasiones, no somos capaces de comprender porque no nos acercamos a la realidad concreta de cada alumno. A esto hay que añadir, en

segundo lugar, la dimensión psicológica del funcionamiento de nuestros alumnos. Para empezar, ¿qué profesores disponen de un informe psicológico detallado y adecuado de cada uno de sus alumnos? Supongo que compartirás mi idea de que muy pocos profesores conocen a fondo la psicología de sus alumnos. Este desconocimiento arranca de uno de los males de la formación profesional de los educadores: la falta de conocimiento y estudio de la psicología del desarrollo del ser humano. Todos sabemos y asumimos que nuestros alumnos entienden, comprenden y aprenden de maneras diferentes. Pero si hiciésemos una investigación acerca de la medida en que los profesores conocen lo que son y cómo funcionan los estilos de aprendizaje, las estrategias de aprendizaje y los procedimientos de enseñanza/aprendizaje más adecuados (por decir sólo algunos de los puntos nucleares sobre los que se asienta la intervención educativa), con toda seguridad encontraríamos un gran vacío de conocimiento

en todos estos aspectos. Creo el panorama se volvería más sombrío si investigásemos la realidad del conocimiento y tratamiento de los problemas emocionales y sus repercusiones en la educación, en general, y en el rendimiento académico, en particular. Por último, no resulta menos importante el conocimiento del “statu-quo” de cada uno de nuestros alumnos en lo que se refiere al ámbito de sus relaciones sociales, comenzando por la familia, y siguiendo por las vinculaciones con sus amigos y compañeros. Creo que nadie duda de la influencia que tiene la familia en el rendimiento académico de nuestros alumnos y en su educación bio-psicosocial. Desde los aspectos más elementales de atención a la evolución escolar de los hijos por parte de sus padres, hasta los más complicados y complejos como los problemas vinculados al “bullying” que sufren muchos de nuestros alumnos sin que conozcamos su realidad y su alcance, se extiende un amplio espectro de circuns-

tancias y preocupaciones que pueden minar la moral personal (afectiva, cognitiva y comportamental) y académica de nuestros alumnos. Todos esos aspectos deberían ser conocidos oportunamente y considerados de manera puntual e individual para mejorar la situación educativa de todos nuestros alumnos. En definitiva, si la utilizásemos, la Evaluación para el Aprendizaje debería utilizarse para mejorar las oportunidades de todos los alumnos, en su completa dimensionalidad bio-psico-social, para aprender en todos los ámbitos de la actividad educativa, y debería permitir, asimismo, que todos los estudiantes lograsen lo mejor y tuviesen reconocidos sus esfuerzos. Hasta la próxima, como siempre, salud y felicidad. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

www.ensino.eu ABRIL 2013 /// 019


Big Brother Angola

Aluno do Minho apresenta 7 Jorge Antunes, licenciado e doutorando em Ciências da Comunicação na Universidade do Minho, é uma estrela da TV angolana. Um dos seus próximos objetivos é participar no lançamento e apresentar o concurso “Big Brother Angola”, após tê-lo feito com sucesso em “Quem Quer Ser Milionário”. “Sei que pode ser um modelo esgotado em alguns países da Europa, mas ainda não tivemos esta experiência em Angola e gostaria de estar ligado a ela. Ver como as audiências reagiriam e ver como o angolano, que viveu a maior parte da vida numa pressão diária por causa da guerra, reagiria a uma pressão deste tipo. Era interessante ver e acompanhar de perto”, jus-

tifica. “Pode parecer contraditório com a imagem que apresento ou o que represento, mas em termos televisivos gostaria desse desafio”, acrescenta. Jorge Antunes, conhecido como “Bebucho”, nasceu em Luanda há 41 anos e é apresentador de programas radiofónicos e televisivos, professor universitário, produtor, realizador, empresário e consultor. Começou a trabalhar aos 8 anos na Rádio Nacional com a mãe Gabriela Antunes, escritora já falecida e “a contadora de histórias das crianças angolanas”. A partir daí não mais parou. Recordista nacional de natação, participou nos Jogos Olímpicos em Seul com 16 anos. Na rádio e TV, o seu “Estrelas ao Palco” trouxe

70% dos novos músicos do país. É hoje responsável por programas de entretenimento em horário nobre, como “O Show de Domingo”, na Zimbo, a única televisão privada do país. “Gosto do contacto com o público, de ser útil, de partilhar conhecimento”, assume. Recebeu duas vezes o prémio de melhor apresentador de entretenimento em Angola e esteve outras cinco vezes entre os melhores. K

Ensino a distância

Aberta apoia Cabo Verde 7 A Universidade Aberta de Portugal (UAb) vai apoiar os projetos de formação universitária em Cabo Verde através do ensino à distância, indo ao encontro das necessidades cabo-verdianas, disse à agência Lusa a vice-reitora da instituição. Carla Oliveira falava no final de uma reunião de trabalho

com o ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação cabo-verdiano, António Correia e Silva, em que manifestou a disponibilidade da UAb em continuar a cooperação com Cabo Verde, iniciada em 2000, sobretudo na formação de recursos humanos. Indicando que a instituição já formou mais de 400 qua-

dros superiores cabo-verdianos ao longo de 13 anos, entre formação de professores, matemática, ciências do ambiente, informática e também mestrados, Carla Oliveira referiu que, atualmente, a UAb está a formar cerca de nove dezenas de estudantes universitários caboverdianos. K

Maputo

Cesário visita escola 7 José de Almeida Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas do Governo de Portugal, visitou, no passado dia 20 de março, a EPM-CELP, percorrendo, as instalações e informando-se das diversas valências, serviços e atividades da nossa Escola. O governante português,

acompanhado pelo cônsul geral de Portugal em Maputo, Gonçalo Teles Gomes, e por representantes da Embaixada de Portugal em Moçambique, foi recebido por Alice Feliciano, sudiretora da EPM-CELP, com quem manteve conversações no final da visita. K

Universidade E. Mondlane

Rádios são decisivas 7 O Primeiro-Ministro moçambicano, Alberto Vaquina, defendeu a sustentabilidade das rádios comunitárias como elemento fundamental para que o país disponha de uma comunicação social robusta e capaz prestar um melhor contributo ao desenvolvimento integrado. Na visita que efetuou ao Centro de Apoio à Informação e Comunicação Comunitária (CAICC), uma unidade adstrita à Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Alberto Vaquina reconheceu legitimidade das preocupações que têm

sido suscitadas em torno desta matéria, tendo assegurado que o seu governo tudo fará para apoiar as rádios em coordenação com as entidades por detrás da sua criação e operação. O Reitor da UEM, Orlando Quilambo, presente na ocasião, garantiu que a nível da sua instituição, unidades como o CAICC, vão continuar a disseminar mensagens tendentes a facilitar o acesso, de forma simples e prática, a informações sobre os trabalhos de investigação feitos a vários níveis. K

Brasil em Portugal

As mil faces do Brasil 7 No Ano do Brasil em Portugal o Espaço Brasil é uma verdadeira caixa de boas surpresas. Para além de trazer ao nosso país artistas já consagrados e conheciPublicidade

020 /// ABRIL 2013

dos do grande público, conseguimos também ali assistir a uma segunda linha de intérpretes, menos famosos e menos comerciais mas de extrema qualidade. Na foto

Dona Glorinha do Côco, mulher fundamental no carnaval de Olinda, com 78 anos de idade e que acaba de gravar o seu primeiro disco, Passoca, nascido em San-

tos, no ano 49, já com seis discos editados e Dona Onete, antiga professora de história, simpática cantora do Paraná, hoje com 73 anos. Vale a pena pesquisar no YouTube

e ver e ouvir alguns dos temas destes cantores que representam as outras faces da música brasileira, menos mercantilizada. K J. Vasco _


Escolas associadas da Unesco

Exposição na Madeira 6 Nos dias 14 de março a 2 de abril, esteve patente no MadeiraShopping do Funchal uma exposição dedicada ao Dia Mundial da Árvore e da Floresta e ao Dia Mundial da Água. Esta exposição foi o resultado de um desafio lançado pelo Serviço do Parque Natural da Madeira, em parceria com o MadeiraShopping, às escolas associadas da UNESCO da Região Autónoma da Madeira, nomeadamente à Escola Básica do 1º Ciclo com Pré-Escolar Ribeiro Domingos Dias e à Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniço. Os trabalhos apresentados demonstraram diferentes abordagens e explorações feitas aos temas da árvore, floresta e a água, consoante o nível de escolaridade dos alunos envolvidos, atendendo a dois aspetos importantes e fortemente interligados: a floresta nativa da Madeira, a Laurissilva, remanescente de um coberto florestal primitivo que resistiu a cinco séculos de humanização e constitui o Patrimó-

Coordenação Portugal

nio Mundial Natural da UNESCO desde 1999 e o facto de 2013 ter sido designado pela referida organização mundial como o “Ano Internacional para a Cooperação pela Água”. Os visitantes puderam apreciar a árvore, a floresta e a água vistas pelos olhos de alunos que se distribuem por vários níveis de escolaridade. A Escola Ribeiro Domingos Dias apresentou trabalhos de alunos do Pré-escolar e 1º Ciclo, enquanto que a Escola do Caniço participou com trabalhos de alunos dos 2º e 3º Ciclos e alunos que frequentam cursos de Educação e Formação para Adultos.

Foram explorados diferentes materiais e utilizadas variadas técnicas, cruzando interpretações, olhares e sensibilidades em torno de um tema comum, apelando à necessidade de conservação e valorização destes recursos naturais. Esta iniciativa, considerada um sucesso por todos os intervenientes, só foi possível devido à estreita colaboração entre as entidades organizadoras e ao grande envolvimento das comunidades educativas das escolas participantes. K Joel Dimitri e Cristina Freire _ (Os Coordenadores SEA das Escolas EB 1/PE Ribeiro Domingos Dias e EB 2/3 do Caniço)

Provas de aptidão profissional

ETEPA debate ensino profissional 6 O ensino praticado nas escolas profissionais tem elevada qualidade e deverá continuar a aumentar gradualmente o número de alunos, pois o Ministério da Educação quer que 60 por cento da oferta formativa em termos de Secundário esteja associada ao profissional, mas neste momento é de cerca de 30 por cento. Esta é uma das conclusões do debate sobre ensino profissional recentemente organizado pela Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense (Etepa), na Biblioteca Municipal de Castelo Branco. O evento resultou da prova de aptidão profissional da aluna Jéssica Dinis, a que a direção da escola se associou para promoverem um encontro que teve como novidade o fato de terem participado oito escolas profissionais da região, tendo sido os alunos a apresentarem as suas respetivas experiências, escolas e cursos, num debate muito marcado pela ideia que as escolas partilham uma rede, sem sobreposições

importantes em termos de oferta formativa. Ficou ainda claro que os cursos profissionais ministrados na região estão em sintonia com a matriz de formação do Instituto Politécnico de Castelo Branco, o que abre mais possibilidades aos finalistas que decidam prosseguir estudos para o Superior. Já os alunos foram unânimes em destacar a forte vertente prática

dos cursos profissionais, o fato de sentirem a escola como uma família alargada, pois as instituições têm menos número de alunos que as escolas que o ensino regular, tornando o convívio menos impessoal. Mostraram ainda vários trabalhos práticos realizados nas escolas, destacando a criatividade que são livres de pôr em prática. Apesar de existir a ideia que

o ensino profissional é para alunos com dificuldades no ensino regular, os alunos referiram que essa ideia é falsa, pois no Ensino Superior não se nota essa diferença entre os alunos que vão do profissional e do regular. Finalmente destacaram a realização de estágios no estrangeiro, que é crescente, e referiram que os apoios financeiros, em termos de alojamento e transporte, devem

continuar, pois são decisivos para o acesso dos jovens à formação. Na parte da tarde, o debate juntou o vice-presidente do Politécnico, José Carlos Gonçalves, Filomena Vitório, da Appacdm, Cristina Franco, ex-aluna da escola e coordenadora da empresa Conclusão, e Luis Presa, da Associação Nacional de Escolas Profissionais. Do debate ficou claro que há uma enorme dinâmica em torno das escolas profissionais, que tem espaço para crescer, devendo continuar a aposta-se na promoção do empreendedorismo, pois já há vários bons exemplos nessa área. Será ainda importante que as escolas profissionais consigam captar cada vez mais os melhores alunos e que a formação dos alunos não pare no final do curso, mas que continue, seja em temos de formação contínua ou no Ensino Superior, pois os politécnicos vão passar a ter cursos profissionais, sem grau académico, que irão ter também uma forte componente prática. K

ABRIL 2013 /// 021


António Manuel Ribeiro, vocalista dos UHF em entrevista

Veterano da corrida 7 António Manuel Ribeiro é o vocalista e fundador da mítica banda portuguesa UHF, e, actualmente, o único elemento da formação inicial. Os autores de músicas tão emblemáticas como Cavalos de Corrida ou Rua do Carmo vão lançar um novo álbum de originais no final de Abril. Com uma carreira de mais de 30 anos, o músico fala da banda e da autenticidade do rock que ultrapassa gerações. É um cidadão muito preocupado com a crise económica que atravessa o país? Bastante. Há muitos anos atrás, quando comprava os semanários deitava fora o suplemento de economia. Agora é o primeiro que leio. Interessa-me muito os debates, saber para onde vamos, como é que este país vai sair deste lodo em que se deixou enterrar. Apesar de tudo aquilo que se discute todos os dias, que se grita, dos queixumes, - quase todos com razão, - Portugal tem de ter futuro. As nações não fecham a porta. Já são mais de três décadas de carreira, e é o único elemento da formação original da banda. Depois de tantos anos de estrada, de tantos discos, aquele espírito rock agressivo continua no seio do grupo? Claro que sim. Estar no rock é uma atitude, é uma forma de afrontar a realidade e até de a revelar. Nós ouvimos as canções que estão misturadas no novo disco e há ali de tudo, nomeadamente aquele som que nos define. Mas há outros campos da música, porque ao fim deste tempo, - eu como compositor e nós como grupo -, gostamos de ir a outros horizontes, a outros continentes musicais. É dessa riqueza que se faz também a nossa maturidade. Ao fim deste tempo todo, não podemos ser máquinas de debitar o mesmo tipo de canções, o mesmo formato. Mas somos sempre um grupo rock.

Facebook Oficial H

ro de Lisboa. Não vou dizer que é um cheiro de fado, mas há um lado de Lisboa antiga. Por exemplo, há uma longa canção declamada. Já está definido o timming para a saída do single, e do álbum chegar às lojas? O single é discutido com a promoção, pois cada um de nós tem uma opinião. Estamos à espera que o departamento de promoção faça a separação das águas. Mas o disco teve de ser adiado, por razões de trabalho de estúdio. Era para sair no final de Março, sairá nos finais de Abril. Há muita ansiedade por parte dos fãs da banda em conhecer as novas músicas? Basta ir ao site UHFãs e vê-se isso. Começamos a escrever um diário de bordo, o

dia-a-dia em estúdio. Fizemo-lo, também, porque antigamente tudo era escondido. Nesta era “facebookiana” não vale a pena esconder nada. Nós acabamos de dar um concerto passados cinco minutos estamos no Youtube, com momentos desse espectáculo. Portanto, começamos a revelar como se trabalha dentro de um estúdio. Isso suscitou ainda mais o debate e é esse debate que nós também temos seguido. As pessoas estão ansiosas e nós também queremos ver a criança nascer, mas temos de ter muito cuidado. Cada disco, cada gravação, cada composição para si é sempre uma nova aventura? É uma nova aventura. Sou uma pessoa muito feliz quando escrevo uma canção que me realize. É dos grandes momentos da minha vida quando, sozinho, em casa, um pa-

O próximo disco está no forno, em breve vai sair para as lojas. A sonoridade vai apresentar algumas diferenças dos outros discos anteriores?

Tudo são sinais para a escrita. Há coisas curiosas, por exemplo, o filme que ando a adiar ver. De repente lá meto o DVD e vou ver o filme e pode surgir aí. Parece que andávamos a negar a situação. São os clicks. Funcionam de qualquer forma, não faço ideia como funcionam. De vez em quando é isso que me motiva e me suscita uma nova canção. No actual panorama português, o rock tem muita popularidade ou tem vindo a perder adeptos para outros estilos musicais?

No caso dos UHF são vários temas intemporais Rua do Carmo, Cavalos de Corrida, clássicos da produção nacional. Qual é sensação de ouvir um desses singles, passados muitos anos, e o tema ser completamente actual?

Continua a haver um grande espírito criativo, sempre a inovar, mas com o selo rock?

022 /// ABRIL 2013

As ideias podem surgir a qualquer momento, até de coisas banais?

A confluência dos vários estilos faz a riqueza de uma música, neste caso da música portuguesa. A música rock nunca perde a sua actualidade. Poderá haver momentos em que outras ondas musicais tomam o primeiro espaço, mas depois ela regressa. Porque é muito autêntica. Enquanto a música rock reflectir a realidade constante que estamos a viver, isto na questão de letras e também de actualidade musical - estamos bem. Quando hoje agarramos num disco dos Beatles, que gravaram canções em 1963, a pomos a tocar e continua a ser um som que poderia ser feito por outro grupo qualquer, significa que muitos alguns estilos musicais passam por cima das épocas, das eras e até das modas.

Há sempre diferença. Há sempre evolução. Hoje em dia quando chegamos a estúdio ficamos espantados. Há uma série de novas tecnologias que apareceram e é com elas que temos de começar a trabalhar. Adquirimos sempre o som que está a acontecer neste momento. Mas depois temos de vestir novas peles, somos como a cobra. Apesar de largarmos a pele todos os anos, ficamos com a mesma identidade. Evoluímos, mas não perdemos a alma. É isso que acontece neste disco. Se bem que há um lado poético, que talvez deixe muita gente atenta.

É verdade. Mas como eu disse, este é um disco diversificado. Só vai ter 10 canções. Trabalhamos com 20 e tal canções, gravámos 16, mas agora só vão sair 10. O novo disco é mais coeso. É o melhor do melhor. Mas há um chei-

pel, um poema, e os acordes da guitarra e de repente há uma canção, e essa canção me toca. Não vou dizer que é o melhor momento da minha vida, mas é um dos melhores momentos da minha vida.

Facebook Oficial H

Vou responder com três momentos ;


vividos numa semana, a ritmo de corrida - tinha de ser - : primeiro o Contra Poder pediu-me para fazer uma versão dos Cavalos de Corrida ajeitada a não sei que personagem; depois a rádio Comercial pediu-me para fazermos uma versão com eles dos Cavalos de Corrida, com outro nome; a seguir apareço no Sábado há Luta, com uma versão da Rua do Carmo, que se chama Largo do Rato. Isto revela que as canções têm mais do que aquilo que lhes demos na altura. Também pensei que as canções ficavam por ali. Era preciso escrever mais. Não só porque havia uma carreira, queríamos ser músicos, mas porque provavelmente as canções iam morrer. Mas não morreram. Há canções que passam a sua época de nascimento e se tornam intemporais. Não sei qual é o fenómeno. Escrevo muito sobre os portugueses e, às vezes parece que Portugal não muda. O que é pena. Pois as canções poderiam deixar de ter esta actualidade. Como músico veterano, como vê a actualidade da música portuguesa? Fazem-se coisas muitos boas. Mas há muito lixo na música portuguesa, que chamamos “música portuguesa” nem sei porquê. São estereótipos feitos “à manivela” – manivela não, porque hoje em dia é tudo digital, já não há o analógico da manivela – é um bocado isso. Também há coisas muito boas que se fazem e são o resultado de uma autenticidade musical. Nas festas do interior, por onde ando, nos espectáculos de Verão há coisas perfeitamente insuportáveis. São “músicas a metro” que estragam a nossa identidade musical. A música portuguesa é outra coisa, tem grandes valores e grandes potencialidades. Infelizmente, no outro lado, existe uma maré cheia de coisas muito inúteis.

gente e livros

Éric- Emmanuel Schmitt 7 «Querido Deus, Chamo-me Óscar, tenho dez anos, deitei fogo ao gato, ao cão, deitei fogo à casa (parece-me que até esturriquei os peixinhos vermelhos) e esta é a primeira carta que te escrevo porque, dantes, por causa dos meus estudos não tinha tempo. Quero já prevenir-te: odeio escrever. Só mesmo obrigado. Porque escrever é piroso, mariquinhas, lamecha, etc. Escrever não passa de uma mentira com açúcar. Coisa de adultos. Queres a prova? Repara como comecei esta carta: «Chamome Óscar, tenho dez anos, deitei fogo ao gato, ao cão, deitei fogo à casa (parece-me que até esturriquei os peixinhos vermelhos) e esta é a primeira carta que te escrevo porque, dantes, por causa dos meus estudos não tinha tempo.» Também podia ter escrito: «Chamam-me Cabeça d`Ovo, pareço ter sete anos, vivo no hospital por causa do meu cancro e nunca te dirigi a palavra porque nem sequer acredito que tu existes.» Mas não me fica bem eu escrever isso, e depois tu podes não me ligar importância. Ora preciso que tu me ligues importância.

Entrevista: Hugo Rafael _ (Rádio Condestável)

Texto: Eugénia Sousa _ Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

In Óscar e a Senhora Cor-de-Rosa Romancista e dramaturgo, ÉricEmmanuel Schmitt é um dos escritores de língua francesa mais lidos no mundo. As suas peças de teatro foram representadas em mais de 50 países e traduzidas em 40 línguas. Nasceu a 28 de março de 1960 em Sainte-Foy-Lès-Lyon, Rhône. Estudou no liceu du Parc em Lion, França e na École Normale Supé-

o Zen Buddhism. Óscar e a Senhora Cor-de-Rosa tornou-se um bestseller mundial. Em Portugal, está editado pela editora Marcador. Schmitt venceu o Prémio Goncourt da novela. Obteve a cidadania Belga em 2008. Actualmente vive em Bruxelas. Óscar e a Senhora Cor-de-Rosa. Óscar é um menino de dez anos, que sofre de cancro e está internado num hospital. A senhora cor de rosa é a voluntária desse hospital, que ele trata carinhosamente por Vovó Rosa. Ela é a sua melhor amiga, pois diz-lhe a verdade e as crianças apreciam isso. Óscar sabe que vai morrer em breve e ela aconselha-o a escrever todos os dias uma carta a Deus, assim, garante-lhe, nunca se sentirá só. Aconselha-o também a viver cada dia como se tivessem passado dez. É então que Óscar resolve lutar por Peggy Blue, uma menina que também está doente. Na sua corajosa demanda, Óscar encontra o amor de Peggy e o amor de Deus. K Página coordenada por Eugénia Sousa _

edições

Novidades Literárias

As novas gerações podem alterar isso e a qualidade vir ao de cima? Acho natural que sim, pois as pessoas tornam-se cada vez mais exigentes. Muitas vezes é o facilitismo que leva a música para este beco sem saída. Somos um país que por vezes gosta de imitar, mas damos relevo a um tipo de “música a metro”. Essa música existe noutros países, mas não tem nenhuma relevância. Em Portugal, infelizmente, tem. K

Dava-me mesmo jeito que tivesses tempo para me fazeres dois ou três favores. Passo a explicar. (...)».

rieure, em Paris (1980-1985). Doutorou-se em Filosofia. Passou três anos a ensinar em Cherboug e na Universidade de Chambéry. As sua peças de teatro têm a influência de Samuel Beckett, Jean Anouilh e Paul Claudel, mas é Diderot o seu ídolo e mestre. No seu site oficial escreveu “Diderot`s reaction to his portrait - Diderot, my idol and my master: I can find no better way to describe him.”. Os primeiros sucessos literários são as suas peças de teatro: Don Juan on Trial (1991); The Visitor (1993); Golden Joe (1994); Enigma Variations (1996), e The Libertine (1997). Em 2001, venceu o grande Prémio do Teatro da Academia Francesa. As religiões do mundo ocupam lugar de destaque na escrita de Schmitt que lhe dedica um ciclo de livros, Le Cycle de L`Invisible. Milarepa (1997), o primeiro volume é sobre o Budismo Tibetano; Monsieur Ibrahim et Les Fleurs du Coran (2001) tem como tema o Sufismo; Oscar e a Dame Rose (2002), o cristianismo; L`enfant de Noé (2003) o Judaismo e Cristianismo; e Le Sumo qui ne pas Grosser (2009),

7 D. Quixote. Debaixo de Algum Céu, de Nuno Camarneiro. «O Tema Central do livro anda à volta da ideia de purgatório e na pausa nas nossas vidas, uma pausa para balanço. O livro decorre entre o Natal e o Ano Novo. No prédio onde a acção se passa é como se o tempo se suspendesse, de alguma maneira, e todos os inquilinos reflectissem nas suas vidas, no que estão a fazer de bem e de mal. (...) » - Nuno Camarneiro. Debaixo de Algum Céu é o romance vencedor do Prémio Leya 2012.

Casa das Letras. Uma História de Amor em África, de Daphne Sheldrick. Uma História de

Amor em África é o notável livro de memórias de Daphne Sheldrick. Nascida e criada no Quénia, trabalhou com o marido David, director do Parque natural da Tsavo, no Quénia, a reabilitar animais selvagens orfãos. Foi a primeira pessoa a alimentar elefantes recém-nascidos. Após a morte do marido, constituiu o fundo David Sheldrick para a Protecção da Vida Selvagem. O seu trabalho em defesa da vida selvagem é hoje conhecido em todo o mundo.

Porto Editora. O Coleccionador de Erva, de Francisco José Viegas. O investigador Jaime Ramos está envolvido em duas investigações: a do assassinato de dois imigrantes russos, cujos corpos são encontrados no interior de um carro incendiado; e o desaparecimento de uma jovem de vinte anos, proveniente de uma família tradicional do Minho.Uma investigação vai despertar-lhe memórias de uma antiga militância comunista; a outra, conduzi-lo a um mundo onde coabitam droga, sexo, luta pelo poder e corrupção.

Texto. A Nova Inteligência, de Daniel H.Pink. “O domínio do hemisfério esquerdo do cérebro” chegou ao fim. O futuro passa por uma nova inteligência e pelas pessoas ligadas a ela: designers, inventores, professores, contadores de histórias. Pessoas criativas e empáticas, com um raciocínio que privilegia o lado direito do cérebro. Daniel H. Pink é autor de vários livros e trabalhou na Casa Branca (1995-1997) como responsável pelos discursos do vice- presidente Al Gore.

Bizâncio. A Física do Futuro, de Michio Kaku. O livro fala dos desafios do conhecimento nos próximos 100 anos e da re-

volução científica que se prepara. Baseado num trabalho de entrevistas com mais de 300 cientistas, Michio Kaku, - professor catedrático de física teórica, numa universidade de Nova Iorque, e autor de vários livros - dá ao leitor uma visão do que será o futuro. Computadores controlados pelo cérebro, casas repletas de inteligência artificial, reprodução órgãos em laboratório e robôs capazes de exprimir emoções, serão algumas das maravilhas do próximo século.

Bertrand. Era uma vez...Tu, de Elizabeth Berg. Mesmo no dia do casamento John e Irene sentiram que estavam a cair num erro. Anos depois estão divorciados, vivem em cidades diferentes, saem com outras pessoas. Em comum parece já não terem nada, a não ser a filha Sadie, de dezoito anos. Sadie, o laço mais importante das suas vidas, está cada dia mais próxima do namorado Ron, e em processo de afastamento deles. Um acontecimento trágico vai mudar o rumo das coisas. K

ABRIL 2013 /// 023


Fado é Património Mundial e Imaterial da Cultura

Carminho, uma típica e castiça fadista de lisboa! 7 Carmo Rebelo de Andrade nasceu em Lisboa a 20 de Agosto de 1984. É filha da cantora Teresa Siqueira. Cantou com o grupo Tertúlia de Fado tradicional com quem gravou quatro números. Foi convidada pela Embaixada Portuguesa a actuar aquando das cerimónias de adesão de Malta à União Europeia. Em 2005 participou num espectáculo, que teve lugar no Teatro Camões, oferecido pelo presidente da Turquia ao presidente de Portugal, na época, Jorge Sampaio. Ainda nesse mesmo ano, a Fundação Amália Rodrigues atribui-lhe o Prémio Revelação Feminina. A sua carreira artística vai-se mesclando de outras roupagens. Desde a participação no filme Fados de Carlos Saura em 2007, em 2008 participa num concerto de Tiago Bettencourt, actuando também na Casa da

música Dido - Girl who got away 3 Mais um regresso aos discos em 2013, trata-se da britânica Dido com o seu quarto álbum que recebeu o título de “Girl who got away”. A primeira amostra deste registo foi o single “No freedom” que foi editado no passado mês de Janeiro, tendo sido muito bem recebido pelos média. Muito recentemente chegou ”End of night”, o segundo single deste trabalho que promete ter sucesso nos top´s e air play nas rádios, nos próximos tempos. O disco conta com várias participações especiais como Brian Eno, Rick Nowels e Jeff Bhasker. A produção tem a assinatura de Rollo Armstrong . A sonoridade é baseado no pop, explorando a sua linha mais calma até ao pop mais eletrónico. Destaque para os singles “No freedom”, ”End of night” e as faixas “Loveless hearts” e “Let us move on”. K

Justin Timberlake - The 20/20 experience

Música. Nesse mesmo ano, 2008, actua na Expo Saragoza e de carreira do fadista Carlos do Carmo, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. O primeiro disco de inéditos de João Gil vê-se abrilhantado com a interpretação de um poema de Sophia de Mello Breyner, Gritava contra o silêncio, na voz inconfundível de Carminho. Hoje continua a ser um dos rostos revelação desta

Rui Manuel Ferreira _ J. Vasco H

3 Uma das novidades discográficas de 2013 é “The 20/20 experience, de Justin Timberlake. Depois de uma pausa de seis anos sem editar, o músico e ator Norte Americano está de volta com o seu terceiro longa duração. O primeiro single do registo “Suit & Tie” não teve grande impacto em Portugal, o tema passou quase despercebido nas rádios. A segunda aposta é já conhecida, trata-se de “Mirrors” e promete ter um destino diferente. A canção é muito recente, mas tem um grande potencial radiofónico. Neste álbum produzido por Timbaland o r&b é o estilo dominante, tendo algumas incursões no universo pop, sendo que as canções são demasiado longas! Os temas fortes são o single “Mirrors” e as faixas “Dont´t hold the wall”, “Strawbery bubllegum” e “Tunnel vision”. K

(Texto e imagem extraídos do livro Fadistas do Séc. XXI.)

Hugo Rafael _

nova vaga de vozes femininas. Interpretação sofrida, melódica, sensível para lá das expectativas de um bom ouvinte do Fado. Ouvi-la torna clara a diferença entre o que é cantar bem o Fado e o que é ser-se realmente fadista. K

Prazeres da boa mesa

Sabores de Romaria 3 INGREDIENTES P/ OVINHOS VERDES 10 un Ovo de Codorniz 2 gr Salsa picada 3 ml Vinagre V. Branco 3 gr Alho seco 10 gr Cebola picada q.b. Sal, pimenta, farinha e ovo INGREDIENTES P/ PASTELINHO (RECHEIO) 15 gr Alho seco 25 gr Cebola 40 gr Alho francês 10 gr Manteiga 450 gr Pombo 2 gr Tomilho 50 ml Vinho Branco q.b. Sal, pimenta e louro INGREDIENTES P/ SALADA DE FEIJÃO FRADE 300 gr Feijão frade cozido 20 gr Cebola Picada q.b. Vinagrette q.b. Flor de Sal e pimenta 2 gr Salsa picada 3 gr Alho seco INGREDIENTES P/ PASTELINHO (MASSA)

024 /// ABRIL 2013

40 gr Manteiga/banha 60 gr Água 170 gr Farinha s/ fermento q.b. Sal INGREDIENTES P/ SARDINHA 2 un Sardinhas 1 un Clara de ovo 100 gr Pão ralado fresco q.b. Ervas secas 2 gr Alho picado OUTROS INGREDIENTES (FINALIZAÇÃO) q.b. Azeite p/ fritar q.b. Rucula/Canonigos q.b. Vinagrette q.b. Flor de sal Preparação: Para os ovos verdes:

cozer os ovos de codorniz por 4 minutos. Arrefecer e descascar. Retirar as gemas cozidas e misturar com a salsa, a cebola, o alho, o vinagre e restantes temperos. Rechear os ovos e passar por farinha e ovo batido. Fritar. Para a massa tenra: misturar a manteiga com a farinha e adicionar água e sal. Trabalhar até ficar uma bola. Deixar descansar. Tender. Para o recheio do pastel: estufar o pombo limpo com os ingredientes mencionados. Depois de cozido e macio, desfiar o pombo e juntar ao estufado. Deixar reduzir se necessário. Pode ser necessário adicionar mais líquido durante a cozedura inicial. Deixar arrefe-

cer e aplicar este aparelho nos pastéis. Para a sardinha: filetar a sardinha e temperar com sal e alho. Passar pela clara de ovo e pela mistura de pão fresco e ervas como de um panado tradicional se tratasse. Para a salada de fradinhos: misturar todos os elementos. Retificar os temperos. Empratar: Fritar os ovos, os pastéis e os filetes de sardinha. Dispor a salada de fradinhos e em cima guarnecer com um pedaço de sardinha. Publicidade

Apicar os canónigos frescos ou a rúcula frita. Terminar com um cordão de vinagrete e flor de sal. Servir tépido. K Mário Rui Ramos _ (Chef Executivo Complexo Termal de Monfortinho - Hotéis, Restaurantes, Termas e Spa)


press das coisas

pela objetiva de j. vasco

Asus ZENBOOK UX31A

Olhar o litoral do lado do mar

3 A Asus lança a gama de ultraportáteis ZENBOOK, da qual faz parte o modelo UX31A. A filosofia Zen inspirou o design deste modelo. “Beleza e Força”, são segundo a Asus, os conceitos que se equilibram neste ultraportátil. Tem um chassis ultrafino, de 3 mm de espessura à frente e 9 mm atrás, com acabamento de metal escovado. Equipado com o Windows 8; o ecrã é de 13,3” Full HD multitouch, fornecendo um ângulo até 178º. Tem processador intell core i7 de 3ª geração (plataforma Ivy Bridge). Som reproduzido por sistema exclusivo Sonicmaster. A norma USB 3 garante a velocidade de dados e a tecnologia 4.0 oferece a mais recente versão de conectividade sem fios. K

Sony Xperia T 3 A Sony baseou o marketing do novo smartphone Xperia T, no agente secreto mais famoso do cinema, o agente 007 e a sua mais recente aventura, o filme Skyfall. O Xperia T vem equipado com ecrã BRAVIA HD Reality de 4,6”. Tem uma câmara principal com sensor de 13 Megapixéis, a que se junta uma câmara frontal com capacidade para gravar vídeos a uma resolução de 720p. Tem de origem a versão Android 4.0.4 (Ice Cream Sandwich). Será actualizada para a versão 4.0.4 (Ice Cream Sandwich) do Android, e promete a actualização para a versão 4.1 (Jelly Bean), depois do lançamento. Disponível nas cores Preto, Prata e Branco. K

3 A minha escolinha (secundária Matias Aires, com 3º ciclo, no Cacém), está a organizar uma exposição didática de fotografia sobre o litoral. Pareceu-me impressionante este enorme conjunto de camadas, mesmo ao lado de uma importante fenda provocada pela erosão diferencial. Cliquei esta imagem no Magoito, a 35 km a NW de Lisboa, no concelho de Sintra. Quando estava a fotografar pensava na excelente aula que ali se pode dar nas disciplinas de Geografia, Geologia, Ciências Naturais ou mesmo Educação Visual. K

Bocas do Galinheiro

O melhor filme de sempre no Cine Teatro! 7 À hora do fecho desta edição passou no Cine Teatro de Castelo Branco a versão restaurada de “Vertigo – A Mulher que Viveu Duas Vezes”, de Alfred Hitchcock, que é desde Agosto do ano passado, o melhor filme de todos os tempos, na votação patrocinada pela revista Sight and Sound, publicação do British Film Institute, deixando para trás “Citizen Kane - O Mundo a seus Pés”, de Orson Welles, que estava há 50 anos no top. De dez em dez anos, a revista convida um painel de jurados especializados na área para nomear os melhores filmes de sempre. E, ao contrário do que vinha acontecendo nas últimas cinco décadas, os votos foram maioritariamente para esta obra de 1958 de Alfred Hitchcock. O filme conta a história de Scottie (James Stewart), antigo inspector da polícia de São Francisco, demitido por causa de sofrer de vertigens, que é contratado por um velho amigo para seguir a sua mulher Madeline (Kim Novak), muito bela e cujo estranho comportamento dá a entender que se possa suicidar. Ele vigia a mulher, seguea, salva-a de um afogamento voluntário, apaixona-se por ela, mas não consegue, devido às vertigens, impedi-la de se precipitar do alto de um campanário. Sentindo-se responsável pela sua morte, é acometido de uma depressão nervosa,

depois retoma uma vida normal até ao dia em que encontra na rua a sósia de Madeleine. A rapariga afirma chamar-se Judy, mas ficamos a saber que ela é realmente Madeleine. Não era a mulher, mas sim amante do amigo de Scottie, e foi a mulher deste que foi lançada, depois de morta, do alto do campanário. Os amantes diabólicos tinham montado esta maquinação para fazer desaparecer a importuna, contando tirar partido da doença de Scottie, que o impediria de seguir Madeleine até ao alto do campa-

nário. Quando, Scottie compreende que Judy era Madeleine, quer que esta se transforme, de uma forma obsessiva, em Madeleine, e tudo faz para que isso aconteça. No fim arrasta-a até ao campanário. Mas assustada pelo aparecimento de uma religiosa, Judy cai no vazio e morre. Scottie, supera a vertigem, vai-se embora, se não feliz, pelo menos liberto. Adaptado de uma novela de mistério escrita por Boileau e Narcejac, autores também de “Les diaboliques”, intitulada “D’entre

les Morts”, é este o filme que para muitos é considerado o melhor de Alfred Hitchcock, um realizador sobre o qual já aqui escrevi há alguns anos, lembrando que filmes como “Psyco” ou “Os Pássaros” são de imediato ligados ao seu autor. Quem não sabe que Janet Leigh foi esfaqueada no chuveiro ou que Tippi Hedren se teve que abrigar das aves assassinas numa cabina telefónica? E que Cary Grant foi perseguido por uma avioneta em “Intriga Internacional”? Ora é isso que o distingue da maioria dos seus pares. Para tal muito terão contribuído as suas aparições na TV em “Hitchcock Presents”, havendo até quem pense que esses filmes são de sua autoria, mas, acima de tudo, o incomparável talento daquele homenzinho gordo, bonacheirão e de olhar malicioso que todos reconhecemos. Nascido a 13 de Agosto de 1899, cedo se interessou pelo cinema, até que em 1920 entrou para um estúdio como desenhador de legendas, fundamentais nas fitas mudas. Em 1923 já era argumentista. Passado breve trecho subiu a assistente de realização. No cinema fazia de tudo. Disso se apercebeu o director do estúdio, Michael Balcon, que lhe entrega a realização de “The Pleasure Garden”. Porém o seu primeiro grande filme é “The Lodger”. E, é nele que vamos en-

contrar o embrião das temáticas que marcarão a sua filmografia: suspense, falsos culpados, louras sensuais e assassinatos. O resto sabe-se como foi. Filmes como “Difamação”, no dizer de Truffaut “a quintessência de Hitchcock”, “Chamada Para a Morte”, “Janela Indiscreta”, “Marnie” ou “Intriga Internacional” são marcos na história do cinema, todos eles com o toque do mestre. Apesar da sua popularidade, Hitchcock, que fez na América uma grande parte dos seus filmes, nunca recebeu o Óscar para o Melhor Realizador. “Rebecca”, o primeiro que fez em terras do Tio Sam, foi o melhor filme de 1940. Mas, o Óscar da realização foi para John Ford com “As Vinhas da Ira”. Igualmente Joan Fontaine, outra das louras que descobriu e que só por exigências de argumento não matava às mãos de Cary Grant em “Suspeita”, no ano seguinte, ouviu o prémio para a Melhor Actriz ser anunciado para Ginger Rogers, em “Kitty Foyle”. O reconhecimento para Sir Alfred Hitchcock por parte da Academia de Hollywood veio em 1967 quando lhe outorgou o prémio Irving Talberg. Não é a mesma coisa. Mas também é verdade que Hitchcock nunca precisou de estatuetas para ser o realizador mais popular do mundo. K Luís Dinis da Rosa _

ABRIL 2013 /// 025


Paulo Goulart, fotógrafo

O click de Goulart 6 Paulo Goulart é uma das jovens revelações na área da fotografia em Portugal. Açoreano, a residir em Lisboa, fala ao Ensino Magazine da arte que abraçou e como, para além do olhar, o coração é essencial para captar uma boa imagem.

as fotografias que fazem história e aquelas que nos tocam mais são sempre momentos de verdade. As redes sociais estão a desempenhar um papel importante na divulgação da fotografia? Sem dúvida, se num passado recente a divulgação tinha que ser feita em jornais ou revistas, envolvendo custos, sem saber a quantas pessoas chegava a informação, hoje, nas redes sociais, conseguimos desvendar, ou pelo menos mostrar o nosso trabalho sem custos adicionais, sabendo o número exacto de visualizações desse mesmo trabalho.

O que o levou a ser fotógrafo? A paixão pela fotografia vem dos tempos da adolescência, foi crescendo ao longo dos anos, altura em que o meu tio me emprestou uma máquina fotográfica onde fiz as minhas primeiras imagens. Entretanto, juntei-me a um grupo de amigos com a mesma paixão com o objectivo de podermos compreender melhor esta arte. Mais tarde, e por não ter qualquer recurso educacional ligado à fotografia nos Açores, onde nasci, decidi embarcar para Lisboa, para frequentar um curso de fotografia na A.R.C.O. Quais são os temas que prefere fotografar? Porquê? Não tenho um tema preferido, mas partindo do princípio que “fotografar significa eternizar momentos inesquecíveis”, gosto de captar imagens em que consiga fixar esse momento. Assim, gosto das fotografias de cena que tiro enquanto fotógrafo da Plural, onde fotografo os actores contracenando, assim como gosto de fotografar Lisboa ao fim da tarde, por exemplo. O que faz uma boa fotografia? O olhar do fotógrafo, que consegue captar a imagem com uma composição diferente dos outros, em milésimos de segundos consegue apanhar um gesto que jamais se repetirá, a espera do momento certo. Estes são elementos relevantes para uma boa fotografia. Tem alguma fotografia de que goste particularmente? Qual é a história que ela conta? Tenho várias, mas destaco uma sessão que fiz com os meus pais em casa, com um estúdio improvisado, na qual uma dessas fotografias ganhou o primeiro prémio

026 /// ABRIL 2013

Qual é o melhor conselho que já ouviu sobre fotografia? Fotografar sempre com o coração. E isso… nota-se na fotografia.

no dia mundial da fotografia. É uma fotografia a preto e branco que transmite o amor maduro, a cumplicidade no olhar de quem partilha a vida há muitos anos. A escolha do equipamento fotográfico é determinante no resultado final do trabalho? O equipamento não faz um bom fotógrafo, mas ajuda bastante. Depende do que se quer fotografar. Vejo lindas fotografias tiradas com telemóveis, mas não podemos comparar essas fotos com a qualidade de um trabalho fotográfico artístico ou profissional. As fotografias de casamento exigem mais imaginação do fotógrafo para serem interessantes? A fotografia é uma arte. E como em qualquer arte, requer muita imaginação.

A fotografia de casamento não será diferente, é preciso criatividade, atenção aos detalhes e muitas referências. Além disso, não podemos esquecer que é um dia único para os noivos, e que as fotografias desse dia ficarão para sempre. O meu objectivo é sempre que os noivos fiquem com a melhor recordação das suas vidas. A era digital, com a possibilidade de manipulação da imagem, mudou o conceito de fotografia como prolongamento do olhar e momento de verdade? A fotografia passa por um processo de grande transformação tecnológica e está longe de ter esgotado o seu percurso. A evolução dos métodos trouxe vantagens e desvantagens. A principal desvantagem poderá ser o abuso na manipulação das imagens, até um ponto onde estas não coincidem de todo com a realidade. Mas

Há algum nome da fotografia que seja uma referência para si? Há vários fotógrafos que me influenciam, entre eles posso destacar o David Lachapelle. Adoro a sua irreverência e a sua criatividade, e a forma como constrói os ambientes em que vai fotografar. K Entrevista: Eugénia Sousa _


Quatro rodas

As notas dos ralis c Há coisas no desporto motorizado, que nos passam um pouco despercebidas, mas que têm uma importância enorme. Essa importância só se consegue notar se fizermos um exercício de imaginação. Vou então propor-lhes um exercício que talvez só os mais ligados ao meio consigam interiorizar devidamente. Imaginem como seriam os ralis de hoje sem as conhecidas notas de andamento ou, pensemos de forma mais fácil… Qual seria a diferença de tempo entre o Loeb sem notas e o seu colega Hirvonen com notas, nos mais de 30 quilómetros da prova de classificação de Santana da Serra do atual Rally de Portugal? Trata-se pois de um exercício teórico, para o qual só um teste traria resposta. Vamos tentar colocar aqui uma definição sucinta do que são estas notas dos rallys. Pode-se dizer que é um conjunto de símbolos anotados pelo navegador, que posteriormente, vão sendo ditados ao piloto durante as provas especiais de classificação, com a finalidade de o ajudar a recordar a estrada,

alertar para situações específicas e dar indicações de andamento. Com as coberturas televisivas, de hoje, conseguimos ter consciência do sincronismo que a equipa deve ter para que tudo corra bem. Dizer “curva à esquerda”, quando na verdade é para direita, ou “500 metros a fundo” quando há uma lomba no meio… como costuma dizer-se, “pode ser a morte do artista”. Hoje em dia, as provas de rally têm dias específicos para que as equipas efetuem os seus reconhe-

cimentos, e possam retirar as anotações. Estes reconhecimentos não podem ser efetuados em carros de prova, e normalmente estão limitados a duas passagens, por cada prova de classificação. Longe vai o tempo em que, não existindo estes limites as equipas treinavam horas a fio, complementando as notas com sinalizações especiais no terreno, para marcar locais de travagem, mesmo à prova de nevoeiro, como acontecia pelas míticas Arganil, Candosa e Lousã.

Ainda no final do século passado, havia um rally um pouco diferente de todos os outros, ou seja, um rally em que não se podia treinar porque o percurso era secreto. Refiro-me ao rally de Inglaterra, mais conhecido na altura como Lombard RAC Rally, no qual para se ter opção ao podium, era necessário fazer muitos rallys do campeonato inglês, para ir tendo conhecimento das estradas usadas. Os navegadores tiveram pois que desenvolver outra competência, a capacidade de, em andamento, poderem tirar notas, de modo a que as pudessem usar numa segunda passagem ou numa passagem, no ano seguinte. Mas para provar que “a coisa” resulta mesmo, posso deixar aqui o testemunho, da origem destas notas, que recentemente li, no ressuscitado Jornal dos Clássicos, da autoria de Paulo Araújo. Revela Paulo Araújo que foi em 1955, que o piloto Inglês Stirling Moss fez história ao vencer a famosa corrida das Mille Miglia em Itália, utilizando pela primeira vez notas de rally. Como se costuma dizer, “a

necessidade aguça o engenho” e Moss encontrou assim a forma de bater os rápidos pilotos italianos bem conhecedores do terreno, por correrem em casa. O então piloto oficial da Mercedes treinou com a ajuda do seu amigo e jornalista Denis Jenkinson e elaboraram junto um conjunto de notas do percurso, inventando aquilo que são hoje as modernas anotações de rally. Com isto, baixaram o risco de acidentes e aumentaram a velocidade em zonas onde de outra forma passariam com mais cuidado. Como resultado acabaram a prova com um record que ainda hoje perdura. Será que esta engenhosa solução encontrada por Moss pode ser usada por quem, em vez de conduzir um carro, conduz um País? K Paulo Almeida _

sector automóvel Mercedes Classe B ganha versão elétrica

Ghibli, o primeiro Maserati com motor diesel

3 A Mercedes Benz apresentou o novo Classe B Electric Drive, 100% elétrico. Esta nova versão promete uma autonomia estimada de 200 km e um consumo enérgico semelhante ao de um motor a combustão, com consumo médio de 3,0 l / 100 km. As baterias de iões de lítio, de 36 kWh, podem recarregar-se em qualquer tomada doméstica de 230 V ou em terminais de carregamento rápido de 400 V. Possui um sistema de configuração remota que permite ver o volume de carga da bateria, entre outras funções. O lançamento no mercado europeu está agendado para 2015. K

3 A Maserati anunciou o seu novo modelo desportivo, o Ghibli, o primeiro Maserati com motor Diesel. Recuperando o nome de um modelo lançado em 1997, este novo Ghibli apresenta linhas agressivas e desportivas e um comprimento de 4,9 metros. Será o primeiro Maserati equipado com motor 3,0 V6 diesel, de origem VM Motori. Estará disponível na configuração de tração traseira ou integral Q4. A sua motorização está ligada a uma caixa automática de oito relações. K

Citroen Wild Rubis, o primeiro Crossover DS 3 A Citroen anunciou o lançamento do novo DS Wild Rubis para 2014, que poderá chamar-se DSX ou DSX7 Hybrid-4. Este estará disponível com uma motorização híbrida, utilizando um bloco a gasolina THP em conjunto com um motor elétrico no eixo traseiro – designação de Hybrid-4. Na secção dianteira, destaca-se a grelha de tratamento tridimensional, com o logótipo DS realçado, e prolonga-se até às óticas LED, com projetores compostos por três módulos de iluminação móveis. Apresenta faróis integrados na porta traseira e uma secção inferior com uma zona cromada onde se integra a dupla saída de escape. K Inês Dias _

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

ABRIL 2013 /// 027


Ensino Magazine apoia

Relações sociais em debate na UBI 6 A Associação Portuguesa de Profissionais da Sociologia Industrial, das Organizações e do Trabalho (APSIOT) realiza, a 16 e 17 de maio, na FCSH - Universidade da Beira Interior, na Covilhã, o XV Encontro Nacional subordinado ao tema geral “Relações sociais em tempo de crise: trabalho, emprego e justiça social”. O Encontro tem por objetivo convocar a comunidade de Sociólogos e de outros Cientistas Sociais para debater temas orientados para as mudanças estruturais no trabalho, nas organizações e na sociedade em geral. “A pertinência do tema assenta no facto de hoje nos confrontarmos com importantes transformações na economia e na sociedade que colocam à Sociologia Industrial das Organizações e do Trabalho novos desafios, no plano de investigação e intervenção, resultante do contexto de cri-

se económica e social e das mudanças daí decorrentes para as organizações, relações de trabalho, emprego e qualidade de vida”, refere a organização. O Encontro inclui a apresentação de cerca de 80 comunicações de docentes e investigadores nacionais e internacionais e inclui também uma Conferência e uma Mesa Redonda no último dia. As comunicações encontramse distribuídas pelos diversos temas que compõem o Encontro, a saber: Mercado de Trabalho e Precariedade; Emprego e Relações de Género; Grupos Sociais e Regulação Social; Redes, Inovação e Conhecimento; Empregabilidade, Empreendedorismo e Auto-Emprego; Formação Profissional, Condições de Trabalho e Qualidade de Vida; Relações Industriais e Legislação Laboral; e Movimentos Sociais, Participação e Formas de Voluntariado. K

Educação especial

Nós e os laços em seminário 6 A Associação Nacional dos Docentes de Educação Especial (ANDEE), em colaboração com a secção de Castelo Branco da Associação Nacional de Professores e com o Instituto Politécnico de Castelo Branco, promovem no próximo dia 4 de maio, o seminário sobre Educação Especial e Inclusiva. A iniciativa denominada “Nós e os Laços” decorrerá no auditório da Escola Superior de Tecnologia e terá duas conferências proferidas por David Rodrigues, presidente da ANDEE e Clarisse Nunes, da Escola Superior de Educação de Lisboa. O programa inclui também mesas redondas, nas

028 /// ABRIL 2013

quais participarão Helena Mesquita (Escola Superior de Educação de Castelo Branco), Luísa Beltrão (Associação de Pais em Rede), João Ruivo (Instituto Piaget), Rosário Quelhas (ESECB), Cristina Pereira (diretora ESECB), Ana Trindade, Joaquim Colôa, Isabel Vaz e Manuela Polme (docentes de ensino especial), Nelson Santos e Helena Neves (ANDEE). O seminário tem início às 9H00 com uma sessão de abertura, e decorrem durante todo o dia. Entre as 14H30 e 15H00 será apresentada a peça de teatro “O Retratista”, pelos alunos da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental. K

Finanças

Ccisp contra despacho 6 O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) considera que o recente despacho do Ministro de Estado e das Finanças “paralisa as instituições de ensino superior, impossibilitando o cumprimento de compromissos nacionais e internacionais colocando em causa o seu normal funcionamento”. De acordo com a posição Publicidade

do CCISP, aprovada por unanimidade, o referido despacho origina a suspensão e “a concretização de projetos cofinanciados por fundos europeus, o fornecimento de refeições aos estudantes, a limpeza e higiene, a reparação e conservação de edifícios e equipamentos, o funcionamento de aulas laboratoriais e oficinais, entre outras”.

No comunicado do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos pode ainda ler-se que “a concretização deste despacho tem igualmente um efeito devastador nas economias locais, as quais já estão fragilizadas, contribuindo para aumentar a recessão profunda em que o País está mergulhado”. O CCISP manifesta a sua

convicção de que este despacho “se trata de um equívoco, ao qual o Ministério da Educação e Ciência será completamente alheio e que rapidamente será desfeito”, anunciando que “desenvolverá todos os esforços ao seu alcance e tomará as medidas necessárias, no quadro legal e constitucional em vigor, para evitar a sua aplicação”. K


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.