Ensino Magazine Edição nº 238

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dezembro 2017 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XX K No238 Distribuição Gratuita

www.ensino.eu ensino jovem UBI

Docente na OCDE

Assinatura anual: 15 euros

Teodora Cardoso, presidente do conselho de finanças públicas C

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universidade

Évora estuda murais C

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poltécnico de Castelo Branco

Medalha no Canadá C

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Guarda

Geopark na UNESCOP 16

“Não se pode ter medo da mudança”

C

Portalegre

IPP em mudança

C

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Boas Festas

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P 15

Teodora Cardoso fala sobre as finanças públicas, as cativações, o incentivo ao consumo privado e partilha ainda o seu ponto de vista sobre a educação. C p 2 a 4 Sara Pinto, jornalista da sic Notícias

“Não podemos ignorar as redes sociais”

Presidente da República visita IPcb e ubi

É um dos rostos da nova geração da apresentação de notícias em Portugal. Sara Pinto dá a receita para os que querem seguir a carreira de jornalista. C P 22

Boas Festas e Feliz Ano Novo pub

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Teodora Cardoso, presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP)

«Não há razão para ter medo da Matemática» 6 É uma das economistas mais respeitada do país e os seus alertas têm peso, junto dos políticos e da opinião pública. Teodora Cardoso fala sobre as finanças públicas, as cativações, o incentivo ao consumo privado e partilha ainda o seu ponto de vista sobre a educação, considerando que a grande debilidade do sistema é a dificuldade em ensinar a estudar. Tendo em conta o cenário de alguma volatilidade, o Orçamento do Estado para 2018 é demasiado otimista? Não gosto muito de usar o termo pessimista ou otimista, porque quer dizer tudo e não quer dizer nada. Publicidade

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estamos na fase de nos preocupar tanto com cortes e operações duras de austeridade em matéria de politica orçamental, esse cenário não nos deve deixar de obrigar a ter em conta o chamado ajustamento estrutural do Orçamento.

O relatório elaborado pelo CFP refere que estando nós a beneficiar de uma conjunta económica bastante

favorável, considerando os últimos anos, e do ajustamento que foi feito nos últimos tempos, agora já não

No que é que esse ajustamento estrutural se traduz? Quando um Orçamento é feito são tomadas decisões, quer em termos de despesas, quer em termos de receitas, que não vão ter apenas impacto no ano a que o Orçamento diz respeito, mas têm impactos futuros. E os impactos registam-se não apenas nas contas

públicas, mas também na economia. Portanto, o Orçamento deve tomar decisões que tiram partido de uma conjuntura favorável, mas deve procurar favorecê-la e mantê-la, não podendo ser contrárias a variáveis económicas cruciais, como é o caso do investimento e da poupança. Aliás, a poupança continua a ser um dos pontos fracos da economia portuguesa e é um problema longe de estar resolvido. E quanto às contas públicas, o pior já passou? Temos que reconhecer que todas as economias estão sujeitas a flutuações e, pode até acontecer, que

soframos as consequências de crises ou oscilações que se registem noutras economias que não a nossa. Por isso, as decisões orçamentais têm que ter estas variações em conta e, sobretudo, não devem estimular excessivamente as despesas rígidas. Precisamente quando as coisas correm mal, é-se obrigado a tomar medidas de austeridade, que passam por cortes de salários ou pensões, que são piores na perspetiva da economia e do bem estar das pessoas. Recomenda-se, por isso, prudência nestas decisões. Por consequência, entendemos que o Orçamento do Estado para 2018 está muito virado para os bene-


fícios da conjuntura no curto prazo e para os aspetos estruturais. Insiste que os governos têm tido uma visão curto prazista das finanças públicas. Defende pactos de regime a este nível? Confesso que não tenho uma opinião firme sobre os pactos de regime nas finanças. Já sobre o curto prazismo das finanças públicas trata-se de um problema de todas as democracias, não é exclusivo de Portugal. Os governos têm em mente, em primeiro lugar, a capacidade de serem reeleitos. Todos os países democráticos têm este problema e não se têm socorrido de pactos de regime. O que é desejável, e o CFP tem insistido nesse rumo, é um desenho da política orçamental que seja mais virado para o médio prazo. Aliás, é isso que está previsto nas próprias regras europeias. Mas o problema não é tanto fazer para cumprir o que os outros no obrigam - o que é sempre um mau princípio – mas porque este caminho é necessário. As decisões quando são tomadas devem sê-lo a pensar no futuro e não apenas no ano seguinte. Os orçamentos que são feitos para o ano seguinte devem enquadrar-se em toda a legislatura, como está previsto na Lei de Enquadramento Orçamental. Infelizmente, na prática, continuamos muito virados para a ótica anual em base de caixa, que nem sequer conta com os compromissos assumidos. O que acaba

por refletir-se nas contas nacionais. A dívida pública e o serviço dos juros da dívida são fardos que continuaremos a carregar por muitos e bons anos? Primeiro é preciso saber que carregamos esse fardo por termos levado décadas a fazer orçamentos em base de caixa anual… Para os leitores perceberem, o que são orçamentos em base de caixa? Aquilo que aparece no Orçamento é a despesa que vai ser paga, mas não aparecem os compromissos da despesa que ficam por pagar. Vemos isso, por exemplo, na Saúde, com as dívidas aos fornecedores, etc. O planeamento anual e em base de caixa permitiu tomar decisões que oneraram períodos futuros e acumularam-se défices, não sendo de admirar que desde o 25 de abril até aos nossos dias temos tido défices todos os anos. Portanto, esses défices estão refletidos na dívida. A dívida é pagável? O problema é que a dívida atual já é muito alta e, por consequência, torna-se mais difícil poder continuar a aumentá-la, na medida em que os credores começam a olhar com desconfiança para esse facto, que se reflete, no imediato, em juros mais elevados. Mas mesmo no período atual – em que a conjuntura é favorável em termos de juros - o simples facto de o saldo da dívida ser muito alto leva a que

haja encargos com juros elevados e para se pagar isso, não se pode gastar noutros lados. Mais uma razão para ter que existir cuidado. As cativações são o mais recente palavrão na área económico-financeira. Na prática, o que traduzem? As cativações sempre existiram e todos os orçamentos têm. No fundo, são um instrumento de gestão de tesouraria. Passo a explicar: o Orçamento define dotações, cada serviço tem «x» para gastar em determinada área, mas o Ministério das Finanças cativa uma parte desse valor. E durante o ano parte desse montante pode ser descativado, outro mantém-se, sempre em função das necessidades. O problema é que este é um instrumento completamente discricionário e que nos últimos anos foi usado em muito maior escala, sem estar sujeito a uma política. O ministro das Finanças pode, a qualquer momento, dizer a um serviço que em vez de «x» só pode gastar «y». Para além disso, trata-se de um grande constrangimento para os serviços que deixam de poder planear as suas despesas. É uma gestão do dia a dia que ainda agrava mais a gestão curto prazista do Orçamento. O Orçamento é um bolo cobiçado por muitas corporações, afetas a diversos setores. Como se lida com essa pressão? Essa é uma das razões pela qual

devíamos ter uma visão do Orçamento de longo prazo. Nós sabemos todos que, por exemplo, o sistema de Saúde vai encarecer, primeiro porque a população está a envelhecer, o aumento das doenças oncológicas e também porque as tecnologias da saúde têm evoluído bastante. Por consequência, se Portugal quer um Sistema Nacional de Saúde (SNS) que corresponda às crescentemente exigentes necessidades é preciso considerar que este sistema vai custar mais caro, sucessivamente, ao longo dos anos. Ou seja, estar a gastar toda a margem orçamental que temos num ano e depois para o ano logo se vê, não é suportável… Se na Saúde são os médicos, os enfermeiros e os técnicos de diagnóstico, na Educação são os professores a saírem para a rua como forma de protesto…. Na Educação o caso é distinto. A baixa taxa de natalidade leva a que haja menos alunos no ensino. Não conheço o setor a fundo, mas creio que na Educação, para além das cativações, também tivemos os congelamentos das carreiras. Quando as carreiras são descongeladas, ainda por cima com anos e anos acumulados, isto significa um encargo enorme que não pode ser tomado de uma vez. É uma dificuldade adicional, pois terá de se distribuir parcimoniosamente esse ativo acumulado das carreiras congela-

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das, já que o Orçamento não tem espaço para satisfazer toda a gente.

preparados desde o início da escolaridade a lidar com a Matemática de uma forma natural e sem medo. Não há razão nenhuma para ter medo da Matemática, mas a verdade é que esse temor existe e constitui uma barreira à aprendizagem. Porque é que a escola dos nossos dias não é apelativa e cativante para a maior parte dos alunos? Os meios de informação e as técnicas de informação mudaram por completo a sociedade e contribuíram muito para o chamado défice de atenção. Vê-se isso muito na televisão e nas mensagens que são veiculadas, tudo o que seja mais do que 1 ou 2 minutos, já não passa. Vivemos numa sociedade com muitas distrações e que prejudicam uma desejável concentração sobre uma matéria ou uma disciplina. Creio que o principal problema na Educação atualmente não é tanto o de ensinar matérias, mas sim ensinar a estudar, procurar a informação e trabalhá-la. Só o Google não chega, até porque tem boa e má informação, é preciso selecioná-la e a escola devia ter um papel importante nesse filtro, incentivando ao conhecimento.

Temos visto nas últimas semanas, o aumento das campanhas de crédito ao consumo, porventura também devido à proximidade do Natal. O incentivo ao consumo privado pode ter um lado perverso? O incentivo ao consumo privado pode ser perigoso. Os bancos estão inundados de liquidez e, portanto, se tiverem procura para esse crédito, concedemno. Mas depende das expectativas das pessoas. Se estas se endividam para consumir é porque estão a pensar que o seu rendimento vai aumentar. Neste ponto em particular tem havido um excesso de otimismo que tem procurado ser transmitido para as pessoas. E este é um lado perigoso que eu identifico. Porquê? Porque a haver efetivamente aumento de rendimento – e eu desejo que exista, evidentemente – devia procurar-se estimular mais a poupança, com medidas concretas de incentivo ao aforro, que começam por incorporar na decisão individual de cada um de nós que «isto não está garantido». O Turismo tem sido uma âncora da recuperação nacional. Teme que este setor esteja a ser um balão que enche e quando menos se espera pode rebentar? O Turismo tem um problema associado que é a sua relativa volatilidade, porque é dos setores que mais sofre com as conjunturas negativas. Basta haver um problema na Europa – e infelizmente, mais dia menos dia acontecerá, – e uma das variáveis mais afetadas é sempre o Turismo. Um país que depende tanto do Turismo como o nosso está a incorrer numa maior volatilidade na sua própria economia. Diz que não estamos a salvo de novas crises. E de um novo resgate? Ninguém está a salvo de novas crises, nem nós, nem ninguém. Já quanto ao regaste, só se poria essa questão se fizéssemos grandes disparates. Não estamos a fazer tudo para evitar problemas, mas também não estamos a cometer disparates. Por outro, para haver um resgate é necessário haver quem nos resgate. No passado, temos conseguido ser resgatados, mas se continuarmos nesta vida, não sei se alguém nos dará a mão. Seguiu a área de Economia. Teve algum motivo forte para trilhar este rumo? Eu segui este curso sem saber muito bem ao que ia. Aliás, foi assim com praticamente toda a gente da minha geração. Para começar, porque discutia-se pouco Economia, por outro lado, tínhamos que escolher o curso de Economia aos 15 anos, que era o 9.º ano do liceu. A Economia era, de certa maneira, o curso dos indecisos entre Letras e Ciências. Foi a atração pela Matemática que a levou para estes caminhos? Este curso tinha Inglês e História, disciplinas do meu agrado, e também

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Matemática, uma das minhas disciplinas preferidas. Alias, devo dizer que tive mais vocação e dediquei-me mais a todas as cadeiras de Matemática, Estatística e Econometria, do que propriamente a Economia. Onde eu efetivamente reconheci posteriormente o interesse e utilidade pela Economia foi no Banco de Portugal, não foi na universidade.

guei. Independentemente do curso que se segue, não se pode ter unicamente a visão estreita e redutora da matéria, é preciso ir além disso. Para mim ler os clássicos, gostar de Literatura, Filosofia e Línguas não é um esforço, é um prazer. Devo até dizer que é das melhores coisas que a vida nos dá.

Disse numa entrevista que «sempre teve jeito para estudar e gostava de estudar», afirmando mesmo que leu todos os clássicos da Literatura. Foi esta receita de esforço e de uma cultura abrangente que lhe permitiu chegar longe na sua carreira? A carreira de estudante foi absolutamente essencial para chegar onde che-

Até quando é que a Matemática vai ser o eterno «bicho papão» dos alunos? A Matemática requer raciocínio, atenção e bases. E exige que se pense e muita concentração. E obriga, na Matemática e em tudo o resto, que existam, primeiro, bons professores, e depois que motivem os alunos e que não lhes metam medo para a Matemática. Os alunos deviam ser

CARA DA NOTÍCIA 6 A primeira mulher num meio dominado por homens Teodora Cardoso nasceu em Estremoz, em 1942. Licenciou-se em Economia pela Universidade Técnica de Lisboa, no Instituto Superior de Economia (atual ISEG). Entre 1970 e 1973 participou da elaboração e acompanhamento dos Planos de Fomento no Ministério das Obras Públicas, mantendo uma atividade docente no Instituto Superior de Economia, como Assistente de Teoria Económica, Estatística e Investigação Operacional. A partir de março de 1973 inicia uma carreira sempre ascendente no Banco de Portugal, onde foi a primeira mulher num meio dominado por homens. Técnica do Banco de Portugal, entre 1973 e 1992, desempenhou funções no Departamento de Estatística e Estudos Económicos. Trabalhou nas áreas de macroeconomia, política monetária e relações com organizações internacionais. Chefiou aquele departamento entre 1985 e 1990. Entre 1990 e 1992 representou o Banco de Portugal (na especialidade de Política Monetária) no Comité de Governadores da Comunidade Europeia, bem como na Conferência de representantes dos ministros das Finanças encarregada de redigir a proposta de Tratado da União Europeia (o Tratado de Maastricht). Foi consultora da administração em 1991 e 1992. No Banco Português de Investimento, desempenhou as funções de consultora da administração entre 1992 e 2008. Integrou o Conselho Consultivo do Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP) entre 1996 e 2008. Em 2001, fez parte da Estrutura para a Reforma da Despesa Pública. Entre junho de 2008 e fevereiro de 2012, foi membro do conselho de administração do Banco de Portugal. Presidiu ao Conselho Diretivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD). É desde fevereiro de 2012 presidente do conselho superior do Conselho das Finanças Públicas. K

A escola terá de se reinventar? Na prática vai acontecendo, mas como as coisas vão evoluindo muito rapidamente continua a existir um desfasamento. A evolução tecnológica foi profunda e rápida, sem paralelo e obriga a uma grande capacidade de ajustamento, que implica, necessariamente, uma grande capacidade de atenção, que neste momento não existe. Na sociedade de aprendizagem e reciclagem permanente como é que nos devemos preparar a nível estrutural e do sistema de ensino para a crescente substituição do homem pela máquina? No passado as máquinas também substituíram o homem em várias tarefas, houve empregos destruídos, mas outros que, entretanto, foram criados. A minha expetativa é que isso aconteça, mas para que tal suceda é necessário que quem desenvolve uma atividade puramente mecânica, que é substituída pelos robôs, seja capaz de fazer outras coisas. E aqui entronca a questão da formação, que tem de ser diferente e, essencialmente, tem de ser contínua e ao longo da vida. É verdade para todos e especialmente para os professores porque são eles que vão incutir essa mentalidade nos alunos. O debitar e o decorar da matéria ainda serve para apresentar umas notas ao fim do ano, mas já não chega para uma carreira de estudante de qualidade. Os anos têm provado que os portugueses são até dos povos mais adaptáveis, por exemplo, às crises económicas e, portanto, seria muito importante que nos adaptássemos a esta nova realidade do ensino. A vida exige que se esteja preparado para a mudança. E não se pode ter medo da mudança, deve ir-se ao encontro dela. Se a soubermos gerir, a mudança muda-nos para melhor. Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H   

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3 minutos, 1 slide... A Tua tese!

Doutorandos da UBI premiados em concurso 6 Ana Sofia Oliveira, doutoranda de Ciências Farmacêuticas, na UBI, foi a vencedora da edição deste ano do concurso “3 minutos, 1 slide... A Tua tese!”, cuja final decorreu a 24 de novembro, tendo contado com a participação de mais de duas dezenas de estudantes de 3.º Ciclo da UBI. A estudante concorreu com o resumo da tese que está a desenvolver sob orientação de José António Martinez Souto de Oliveira, intitulada “Vulvovaginite inespecífica: o papel etiopatológico dos ácaros domésticos”. Após a competição, organizada pelo Instituto Coordenador da Investigação da Universidade da Beira Interior (ICI-UBI), foram entregues cinco prémios, tendo o segundo lugar cabido a Márcia Afonso (Engenharia Civil), que se encontra a de-

senvolver a tese “Pavimentos betuminosos permeáveis na mitigação e adaptação às alterações climáticas”, com orientação de Marisa Sofia Dinis de Almeida. Em terceiro lugar ficou Luís Branquinho (Ciências do Desporto), que estuda “A importância da duração do exercício para a potenciação do processo de treino em jogadores de futebol”. O orientador é Mário António Cardoso Marques. Seguiu-se João Barbosa, doutorando de Ciências do Desporto, que tem orientação de Daniel Almeida Marinho, no desenvolvimento da tese “Cargas escolares: e se conseguíssemos atenuar o impacto??...”. O quinto prémio foi para Paulo Figueiredo (Engenharia Mecânica), que trabalha “Optimization of FPSO Glen Lyon Mooring Lines” e é orientado por Francisco Brójo. K

Concurso na UBI

Esparguete faz pontes em dezembro 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) volta a organizar o Concurso “Humberto Santos” de pontes de esparguete (CPE 2017), que vai na 17.ª edição, sendo que este ano está integrada no programa da International Conference on Engineering (ICEUBI 2017) – A Vision for the Future, decorrendo a 7 de dezembro, no Anfiteatro 8.1 da Faculdade de Engenharia. O evento, um dos que mais mobiliza as capacidades científicas e criativas dos participantes, é organizado pelo Departamento de Engenharia Eletromecânica e tem este ano como novidade a competição “Torres de Esparguete”, que vai premiar a construção mais alta

e estável, feita por uma equipa de três alunos, em duas horas. Para as pontes, as categorias da competição são “Estética”, na qual serão aceites pontes que cumpram o regulamento e sejam arquitetonicamente agradáveis, e “Resistência”, em que será testada a capacidade de suportar a maior carga possível. O desafio deste ano será alcançar a maior máxima de sempre do CPE, que está nos 167kg alcançados em 2013, por Marco Canário de Oliveira. Como hoje em dia o design/estética de uma ponte não pode ser dissociado da carga a suportar, as pontes a concurso na categoria “Resistência” fazem, automaticamente parte da categoria “Estética”. K

UBI

UBI mostra Língua Portuguesa em livro 6 “A Língua Portuguesa no Mundo: passado, presente e futuro”, volume organizado por Alexandre Luís, Carla Sofia Luís e Paulo Osório, docentes da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior, foi apresentado a 29 de novembro, na UBI. A obra é composta por 22

capítulos de especialistas da língua e da cultura, onde se inclui o Prémio Nobel da Paz de 1996, o timorense Carlos Filipe Ximenes Belo. O Prefácio é da autoria de Carlos Venâncio, docente do Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UBI.. K

Em projeto internacional

Docente da UBI na OCDE

6 O docente do Departamento de Ciências do Desporto (DCD), Aldo Matos Costa, está a representar Portugal, enquanto perito académico para a área da Educação Física, no projeto “Futuro da Educação e das Competências: OCDE Educação 2030”. Estão envolvidos mais de 30 países neste estudo dinamizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, com o objetivo de pensarem a educação do futuro. Pretende-se com o projeto “Educação 2030” desenvolver uma orientação para o futuro da educação, ou

seja, desenhar a forma como os países deverão capacitar os seus cidadãos para que estes compreendam, interajam e moldem um mundo em constante mudança. Tem em conta as tendências atuais da globalização, da inovação tecnológica e das alterações demográficas, que criam novos desafios e oportunidades sobre os quais os indivíduos e as sociedades precisam de responder eficazmente. Para o docente do DCD, que integra a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, “o nível de expectativa que se coloca na educação

– ser o veículo de desenvolvimento de uma nação - é colossal”. Aldo Matos Costa justifica assim o trabalho do “Educação 2030”, que está “a cocriar uma visão ‘do futuro que queremos’, ‘da educação que queremos’ e ‘das competências que os nossos estudantes deverão ter’ no sentido destes tornarem presente esse futuro”. A última reunião informal do grupo de trabalho ocorreu no final de outubro, em Paris, e os resultados serão publicados em breve, sob forma de declaração de posição e de artigo académico. K

Prémio equipa

AAUBI ganha troféu 6 A equipa de Futsal Masculino da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) ganhou o prémio da Equipa do ano na X Gala do Desporto Universitário. A formação de alunos da UBI alcançou este ano o feito histórico de ter sido a primeira equipa a trazer para Portugal o título de campeão da Europa da modalidade, conquistado nos Campeonatos Europeus

Universitários. A X Gala do Desporto Universitário prestou homenagem aos melhores atletas nacionais, alunos de instituições de Ensino Superior, e foi promovida pela FADU –Federação Académica do Desporto Universitário. Decorreu no Centro de Congressos do Estoril, no dia 1 de dezembro. O reconhecimento da FADU foi o culminar de uma época de so-

nho para a equipa da AAUBI, que foi à Turquia em julho vencer a competição de futsal dos EUSA – European University Sports Association. Naquela que foi a terceira participação dos estudantes da UBI na prova, sagraram-se campeões ao bater na final a Universidade de Tbilisi, da Geórgia, por 5-4. Para chegar ao jogo decisivo, o coletivo, treinado por Arménio Coelho, venceu todas as partidas. K

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Jornadas de Reumatologia

História do século XX

Melhor poster é da UBI

Alunos de Medicina organizam sarau

6 Ana Pereira, aluna do Mestrado Integrado em Medicina da UBI, acaba de ser distinguida com o prémio de melhor poster nas XXV Jornadas Internacionais do Instituto Português de Reumatologia, que decorreram em Lisboa, a 23 e 24 de novembro. Sob o título “Valor Preditivo do Serotipo IgA dos Factores Reumatóide para Artrite Erosiva em doentes com Artrite Reumatóide - Estudo Observacional”, o trabalho tem como coautores Cláudia Vaz, Jorge M. R. Gama e Luís Inês, consistindo num estudo desenvolvido no Serviço de Reumatologia da Unidade Local de Saúde da Guarda. “Sinto-me lisonjeada por este estudo ter sido premiado nas XXV

Jornadas Internacionais do IPR, que preza pela qualidade dos trabalhos apresentados. E, claro, agradecida pelo apoio dos meus orientadores”, sublinha Ana Pereira, que prossegue: “Este estudo teve como objetivo avaliar o valor preditivo do serotipo IgA do factor

reumatóide no desenvolvimento de artrite erosiva em doentes com artrite reumatóide. Considerou-se pertinente realizar este estudo tendo em conta que este tema ainda é uma questão em debate”, conclui. K Rafael Mangana _

Covilhã

UBI tem novo Capelão 6 Luís Pardal Freire é o novo diretor do Centro Académico Pastoral da Universidade da Beira Interior (UBICAP), entidade que tem como objetivo principal “o encontro dos estudantes, professores e funcionários com a paz”, ou seja, muito além do papel que lhe é reconhecido, o da “preparação da Bênção das Pastas”. O novo Capelão da Universidade da Beira Interior (UBI) foi aluno da universidade até 2004, ano em que entrou no seminário. Ordenado em 2010, esteve na direção do Seminário do Fundão, durante dois anos, e rumou à Paróquia de Manteigas, onde se encontra atualmente. Recentemente frequentou o curso de jornalismo na UBI, até porque “o saber não ocupa lugar, sendo que a formação em várias áreas é benéfica para a igreja, dadas as exigências que lhe são colocadas atualmente”, refere.

Como forma de promover o “encontro com a fé”, a pastoral iniciou o projeto “Missa das Nações”, que tem por base a celebração, todos os domingos à noite, de uma missa numa das diferentes línguas dos estudantes que frequentam a universidade. Os projetos do Centro Académico Pastoral passam também pela dinamização da capela de S. Martinho, edificada no campus universitário, através de

momentos de oração todas as quartas feiras e a da celebração eucaristia no final. Para o Padre Luís Pardal “ter fé não é para gente de quarta classe, pois é um trunfo para todo Homem, mesmo para aquele que vive da ciência”, sendo que um dos grandes desafios colocado à pastoral universitária será ultrapassar a barreira entre a fé e a ciência. O Centro Académico Pastoral está aberto a todas as confissões religiosas, de forma a promover um diálogo entre elas. A Pastoral Universitária conta com o apoio de vários professores e alunos da universidade realça o novo Capelão, “o objetivo principal da pastoral universitária, não é viver a religião de forma beata, mas fazer com que, aqueles que estejam mais distantes se possam reencontrar com deus e com eles próprios”. K Filipa Carvalho Ribeiro _

Centro Académico Clínico das Beiras

UBI no Conselho Diretivo 6 A Universidade da Beira Interior vai manter como seu representante no Conselho Diretivo do Centro Académico Clínico das Beiras (CACB), Luís Taborda Barata, o qual ocupou, até ao início do mês de novembro, a presidência da Faculdade de Ciências da Saúde, uma das entidades fundadoras do CACB. Apesar da mudança na liderança da Faculdade de Ciências da Saúde, com a eleição de Miguel

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Castelo Branco, a UBI mantém assim o seu representante no órgão que tomou posse em junho. São oito as instituições ligadas à prestação de cuidados, ensino e investigação na área da saúde, dos distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu que integram o organismo: o Centro Hospitalar Cova da Beira, a Unidade Local de Saúde da Guarda, a Unidade Local

de Saúde de Castelo Branco, o Centro Hospitalar Tondela - Viseu, a Universidade da Beira Interior, o Instituto Politécnico de Castelo Branco, o Instituto Politécnico da Guarda e o Instituto Politécnico de Viseu. A estrutura visa promover a investigação e o ensino na área das ciências da saúde, nas vertentes da medicina, da enfermagem e das tecnologias ligadas à saúde. K

6 O Núcleo de Estudantes de Medicina e o Núcleo de Estudantes de Cinema da Universidade da Beira Interior, acabam de organizar um sarau cultural, que teve lugar no Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde, a 21 de novembro, cujo tema foi uma viagem pela História do século XX, com foco nas artes e em acontecimentos relevantes. O espetáculo cumpriu a ordem cronológica dos eventos que mais marcaram o século, como os loucos anos 20, as guerras mundiais e a guerra fria, o aparecimento do rock n´roll ou do movimento hippies. Para além do artístico, o evento teve também um lado solidário. Todo o valor monetário conseguido na venda dos bilhetes foi doado à Associação dos Bombeiros Voluntários da Covilhã.

Inês Jorge, coordenadora cultural do MedUBI e aluna do 4º ano de Medicina, refere que a escolha do tema foi fácil: “pessoalmente adoro história e achamos que um sarau precisa sempre de uma linha condutora”. O foco no século XX justificou-se porque “é algo interessante e é importante para as pessoas recordarem um passado recente que tanto influencia as pessoas no presente e no futuro”. A viagem, acompanhada pela expressão artística em palco, contou com a participação de vários alunos da Universidade da Beira Interior, e num momento marcante da noite, com vários idosos do centro de atividades da Covilhã que cantaram o tema “Grândola, Vila Morena” de Zeca Afonso. K Rita Duque e Jorge Baptista Laires _

Igualdade de Género na UBI 2017

Relatório está publicado 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) está a conseguir um maior equilíbrio entre homens e mulheres nos mais diversos níveis. A conclusão é do Relatório de Igualdade de Género na UBI 2017, elaborado no âmbito do Plano de Igualdade de Género na UBI (UBIgual), promovido pela Universidade e coordenado pela Comissão de Igualdade de Género da instituição. O documento, que foi coordenado por Catarina Sales Oliveira, com a participação de Cláudia Morgado, revela que se mantêm as tendências de 2016 nesta matéria. “Em termos de estrutura organizacional da UBI verificase que a feminização do corpo

docente continua a estabelecerse e a dar os seus frutos, com uma composição departamental um pouco mais equilibrada em alguns departamentos que eram mais masculinos. Esta tendência também é visível no corpo discente com todos os ciclos a apresentar um crescimento das estudantes femininas”, referem as conclusões. Já o “crescimento remuneratório das mulheres indica progressão na carreira e assunção de alguns cargos de direção, o que se pode atribuir a tomadas de decisão institucional”, refere o estudo, apesar de reconhecer que existe uma distribuição dos cargos de gestão fortemente masculinizados.K

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Universidade de Évora

Hercules estuda Almada

6 O Laboratório HERCULES da Universidade de Évora estuda as pinturas murais de Almada Negreiros no edifício Diário de Notícias, em Lisboa, informa a Universidade de Évora. A primeira fase de uma campanha de estudo científico das pinturas murais de Almada Negreiros no edifício do Diário de Notícias em Lisboa decorreu entre 25 de setembro e 4 de novembro com o objetivo de elaborar um levantamento e caracterização da técnica pictórica dos materiais empregues pelo artista numa das obras icónicas da arte moderna da primeira metade do século XX. De acordo com a investigadora Milene Gil, coordenadora do estudo, a importância dos registos e análises agora efetuadas prende-se com o facto de pouco se saber sobre a pintura mural de uma das figuras emblemáticas da arte e da cultura portuguesa do século XX. Os dados agora recolhidos com recurso a registos foto-

gráficos e a técnicas de análise não invasivas, e a futura análise em laboratório de micro-amostras, vão seguramente lançar uma nova luz sobre o conhecimento da arte mural em Portugal e servir de ponto de referência para futuras investigações. Este estudo foi realizado no âmbito do projeto DB-Heritage Base de dados de materiais de construção com interesse histórico e Patrimonial, financiado pela Fundação para a Ciência e a Teconologia (FCT), e integra

agora uma candidatura mais específica sobre a arte mural de Almada Negreiros, submetida a financiamento no concurso para projetos IC&DT2017 da FCT. Da autoria do arquiteto Porfírio Pardal Monteiro, a Sede do Diário de Notícias está classificado como Imóvel de Interesse Público Edifício, foi o primeiro edifício moderno da principal avenida de Lisboa e a primeira obra arquitetónica a ser projetada de raiz para um jornal em Portugal. K

Universidade de Évora

Miguel Araújo entre os mais citados 6 Miguel Bastos Araújo, investigador do CIBIO-INBIO, Universidade de Évora, surge na segunda posição dos cientistas nacionais mais citados na “2017 Highly Cited Researchers”, elaborada pela Clarivate Analytics, que inclui apenas 3500 cientistas de todo o mundo. Os artigos de Miguel Araújo têm 20.558 citações nos últimos vinte anos, numa lista que inclui apenas artigos altamente citados, e representam 1% do que se publica no mundo. A Clarivate Analytics adquiriu as bases Web of Science e Thomson Reuters, prossegue este balanço anual. Miguel Araújo, coordenou e/ou participou em dezenas de projetos científicos internacionais na área dos impactes das alterações climáticas, tendo ainda sido responsável pela produção de relatórios sobre os efeitos das alterações climáticas na biodiversidade para os governos de Espanha e Portugal, e dirigido o relatório sobre as consequências das alterações climáticas nas áreas

protegidas europeias a pedido do Conselho da Europa. Atualmente coordena, a pedido da Comissão de Coordenação da Região Alentejo, os trabalhos preparatórios da Estratégia Regional do Alentejo para as Alterações Climáticas. Foi distinguido em 2016 com o Prémio Rey Jaime I, que desde 1989 distingue estudos e entidades científicas que contribuem para a promoção da investigação e para o desenvolvimento científico em Espanha. K

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DEZEMBRO 2017 /// 07


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Universidade de Évora

Pilar del Río fala de Saramago

6 A projeção do filme, seguido de debate com Pilar del Río, presidente do CA Fundação José Saramago, teve lugar no dia 22 de novembro integrado nas Jornadas do Departamento de Linguística e Literaturas da Universidade de Évora. Como refere a UÉ no seu jornal on line, Pilar del Río falou sobre o filme/documentário “José e Pilar” do realizador, argumentista e produtor de cinema português Miguel Gonçalves Mendes a uma plateia de estudantes. O documentário, filmado entre 2006 e 2009 é um retrato do escritor português José Saramago, falecido a 18 de Junho de 2010, tendo como pano de fundo a criação do seu romance “A Viagem do Elefante”. O filme retrata o quotidiano, as viagens, e a sua relação com Pilar del Río. Para a jornalista e escritora espanhola, Miguel Gonçalves Mendes “queria fazer algo que, de al-

guma forma, pudesse refletir uma península ibérica singular, tal como José Saramago o era”. Não fique o leitor com ideia que foi fácil convencer este casal a aceitar a rodagem do filme, porém, tal como Pilar salientou, Miguel Gonçalves Mendes “insistiu, insistiu”, até que Saramago aceitou. É como “água horada la piedra” referiu, como quem diz; água mole em pedra dura tanto bate até que fura, e José Saramago acabou por aceitar “trabalhar com o realizador durante uma semana, ou 10 dias”, assumindo que filma-

ria apenas “o quotidiano enquanto escritor, nunca a sua intimidade”. Os planos de Saramago saíram gorados, a rodagem do filme demorou 4 anos, (Pilar del Río confidenciou que incompatibilizou-se com o realizador ao fim de poucas semanas), “Miguel era como um Deus, estava em todo o lado”, reconhecendo a final que “Miguel é um grande realizador”, e recorda que “o filme teve bastante sucesso, inclusive encheu primeiras páginas de publicações” em países como o Japão, Coreia do Sul, Irão, Estados Unidos da América, entre outros. O filme/documentário venceu o prémio do Público da Mostra de São Paulo; Prémio do Público da Mostra Visões do Sul, nomeado para melhor filme pelos prémios Autor da SPA e nomeado para melhor filme documental pela Academia Brasileira de Cinema. K

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08 /// DEZEMBRO 2017


Financiamento

CCISP exige que Governo cumpra 6 Os presidentes dos institutos politécnicos públicos reafirmaram, no passado dia 7 de dezembro, durante uma reunião do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), realizada na Guarda, que o Governo “tem que cumprir escrupulosamente com aquilo que combinou com as instituições”, no que respeita ao financiamento. Em comunicado o CCISP recorda que “em 16 de julho de 2016, o Governo Português e as instituições públicas de ensino superior politécnico (IESP) celebraram, na presença do Primeiro-Ministro, o contrato no âmbito do compromisso com a ciência e o conhecimento. O contrato foi subscrito, tendo estado em representação do Governo, diversos membros do Governo, incluindo o Ministro das Finanças”. Nesse contrato, revela o Conselho Coordenador, “o Governo Português assumiu o compromisso de transferir para as IEPS os montantes correspondentes aos aumentos dos encargos salariais (incluindo os que decorram do valor da remuneração mensal mínima garantida) e dos montantes necessários à execução de alterações legislativas com impacto financeiro que venham a ser aprovadas”. O CCISP adianta que se está perante “uma dívida do Governo para com os

IPG H Institutos Politécnicos: a Assembleia da República tomou decisões que implicaram um aumento da despesa, o Governo comprometeu-se a ressarcir as instituições desse valor não-previsto, os Politécnicos pagaram-no”. No mesmo comunicado, o CCISP diz que “os Institutos Politécnicos só podem acreditar que o Governo vai manter e honrar a palavra dada”. Entretanto foi agendada uma reunião no dia 12, “no Ministério das Finanças para análise e resolução deste problema. Na eventualidade, improvável, de tal não se verificar, tomarão oportunamente uma posição em reação a esse facto, sendo

que, previamente, disso informarão o Senhor Primeiro-Ministro”, diz o mesmo comunicado. Nuno Mangas, presidente do Instituto Politécnico de Leiria e do CCISP, explicou aos jornalistas que o Conselho decidiu “reforçar que o contrato” do Governo com as instituições “tem de ser cumprido”. “O senhor ministro [da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor] transmitiu-me que tinha reunido e [que] tinha falado hoje com o senhor primeiroministro e com o ministro das Finanças e que tinha agendado para o Ministério das Finanças, para a próxima terça-feira (dia

12), uma reunião com o CCISP e também com o Conselho de Reitores no sentido de analisarmos esta questão e de procurarmos encontrar uma saída para esta questão”, explicou à margem da reunião realizada na Guarda. Confrontado com o facto de o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, ter dito à Lusa (declarações replicadas na imprensa nacional) que foi “um erro” o despacho das Finanças enviado a universidades e politécnicos públicos informando que nem todos receberiam o reforço orçamental devido, o presidente do CCISP admitiu que “alguma coisa de anormal” se passou. K

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DEZEMBRO 2017 /// 09


Em Janeiro

IPCB reforça investigação 6 Até 31 de janeiro o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) deverá entregar na Fundação para a Ciência e a Tecnologia a sua candidatura para a aprovação e financiamento de unidades de investigação. Estas estruturas devem ter, no mínimo 11 doutorados, e são centros de investigação, os quais, no entender da própria FCT, “representam um pilar fundamental na consolidação de um sistema científico moderno e competitivo”. Neste momento o IPCB tem a funcionar, desde 2010, uma unidade de investigação (O Cernas, situado na Escola Superior Agrária), em parceria com o Politécnico de Coimbra. Carlos Maia, presidente do IPCB, explica que o Politécnico irá avançar com a criação dessas unidades. Recentemente realizou-se uma reunião de trabalho entre docentes e a presidência da instituição, precisamente para debater esta questão e esclarecer dúvidas. “O objetivo é que o Politécnico apresente candidaturas à Fundação, de tal forma que nos primeiros anos será o IPCB a assumir o financiamento das unidades de investigação, presumindo que nem todas as unidades venham a ser aprovadas. Queremos muito cimentar a investigação no politécnico, pelo que pretendemos criar unidades de investigação, as quais terão garantido o seu funcionamento até terem vida própria e serem financiadas pela Fundação”, explica Carlos Maia. A criação das unidades de inPublicidade

010 /// DEZEMBRO 2017

Congresso no Canadá

Medalha de João Roiz representa Portugal vestigação está a ser trabalhada há algum tempo pelo próprio presidente da instituição, Carlos Maia, o seu vice-presidente, Nuno Castela, os presidentes dos Conselhos Científicos das diferentes escolas e pelo coordenador do CEDER, Domingos Santos. “Foi criada uma equipa com estes elementos para dar apoio à criação das unidades de investigação. O objetivo é apresentarmos a nossa candidatura até 31 de janeiro”, explica. O presidente do Politécnico revela que a criação dessas unidades “vai depender muito da dinâmica dos docentes. Na área do envelhecimento iremos avançar, mas desejamos que haja outras”. Cada unidade de investigação deverá ter no mínimo 11 doutorados, sem prejuízo de incluírem no seu seio investigadores com esse grau de outras instituições de en-

sino superior, e dentro do próprio IPCB de várias escolas. Os alunos sobretudo de mestrado e doutoramento também poderão integrar essas unidades. Independentemente da aprovação por parte da FCT, o Politécnico tem cabimentada uma verba de 50 mil euros, por ano, para o funcionamento das unidades de investigação que não vierem a ser constituídas. Carlos Maia explica que o desejável é que apareçam várias unidades, mas reconhece que mais importante que o número é a sua consistência. A criação de unidades de investigação é um aspeto importante para que os institutos politécnicos possam reclamar a atribuição de doutoramentos. No entender de Carlos Maia esse é mais uma etapa, pois demonstra que há capacidade de investigação nalgumas áreas. K

6 A medalha da autoria do escultor e professor da Escola Superior de Artes Aplicadas, José Simão, que assinala o V Centenário do falecimento do Poeta João Roiz de Castelo Branco, foi selecionada para a representação portuguesa no XXXV Congresso da Federação Internacional da Medalha (IDEM) que se vai realizar no Canadá, entre 29 de maio e 2 de junho de 2018. Editada pela Câmara de Castelo Branco, a medalha foi criada em 2015e apresenta uma reflexão sobre a poesia e assinala a vocação global da obra de João Roiz de Castelo Branco. Luís Correia, presidente da autarquia albicastrense, mostra-se satisfeito com este seleção, destacando o trabalho do escultor José Simão, “o que demonstra que em Castelo Branco também temos bons criativos. Sentimo-nos muito honrados que um artista da nossa cidade tenha este sucesso. Foi um trabalho feito para a autarquia, o que ainda

nos satisfaz mais, ainda por cima sobre um poeta importante na nossa história e sobre o qual queremos dar mais visibilidade”. O autarca espera que “este seja um exemplo de incentivo a outros artistas que temos na região”. De referir que a Federação Internacional da Medalha é uma organização mundial que congrega artistas, colecionadores e fabricantes. O congresso vai decorrer entre os dias 29 de maio e 2 de junho de 2018, no Museu Canadiano da Natureza, em Ottawa/Canadá. Do programa consta uma grande exposição, palestras e workshops. A exposição congrega autores que representam países dos cinco Continentes. K


Portugal’s Future Hoteliers Summit

IPL em primeiro 6 Os estudantes do Politécnico de Leiria acabam de garantir o primeiro e o terceiro lugares na terceira edição da Portugal’s Future Hoteliers Summit (PFHS), a maior competição nacional de hotelaria, que decorreu no Monte da Quinta Resort, na Quinta do Lago, e reuniu cerca de 40 estudantes da área do Turismo e Hotelaria, de 12 instituições de ensino superior portuguesas. A competição incentiva a colaboração entre estudantes e agentes da indústria hoteleira, promovendo a discussão e a concretização de projetos que contribuam para resolver problemas que o setor enfrenta. Catarina Neves e Catarina Matos, estudantes do terceiro ano da licenciatura em Gestão Turística e Hoteleira na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), integraram as equipas que obtiveram, respetivamente, o 1.º e o 3.º lugar na competição. No total, o Politécnico de Leiria conta já com três galardões arrebatados

na Portugal’s Future Hoteliers Summit. A equipa vencedora terá a possibilidade de participar na versão mundial desta competição, a Young Hoteliers Summit (YHS), que decorrerá em março de 2018, na prestigiada École Hôteliére de Lausanne, na Suíça, desafio onde irão confrontar-se estudantes de várias nacionalidades e oriundos das mais conceituadas escolas de hotelaria de todo o mundo, vencedores das várias competições nacionais.

A organização do evento contou ainda com a colaboração de 10 estudantes do terceiro ano das licenciaturas em Gestão Turística e Hoteleira e Gestão da Restauração e Catering da ESTM/IPLeiria, no apoio ao secretariado do evento, no setor de housekeeping, e na confeção dos almoços e jantares para os participantes, tendo assim oportunidade de colocar em prática, perante muitos diretores de hotel, a sua capacidade técnica e profissional. K

Para ver escolas e centros de investigação

Irlandeses visitam IPL 6 O Politécnico de Leiria acaba de receber a visita de uma delegação dos Institutos Tecnológicos irlandeses, com o objetivo de aprofundar o conhecimento entre os IT da Irlanda e as instituições portuguesas de Ensino Superior. Organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, decorreu a 13 de novembro e permitiu “mostrar o que fazemos, em especial na área do ensino e na investigação, principalmente na área da ciência e tecnologia do mar, no turismo e na engenharia”, referiu Rui Pedrosa, vice-presidente do Politécnico de Leiria, que antevê a celebração de acordos de coopera-

ção entre as entidades. A comitiva irlandesa visitou o CETEMARES e a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, em Peniche. Na Marinha Grande conheceu o Centro de Desenvol-

Para promover cooperação

Universidades brasileiras no Politécnico de Leiria 6 O Politécnico de Leiria recebeu uma missão do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (COMUNG), do Brasil, que teve como objetivo conhecer os ambientes de ensino, investigação, desenvolvimento e inovação, além de incrementar a conexão dos ecossistemas de empreendedorismo das instituições de ensino superior da região de Rio Grande do Sul com a instituição portuguesa. José Carlos de Souza, presidente do consórcio, explica que o consórcio resolveu visitar Leiria “por tudo o que o Politécnico de Leiria tem de novidade na área tecnológica, que é muito relevante. Algumas das universidades já têm parcerias com Lei-

ria, e a intenção é intensificar essas relações e conexões em Portugal, e especificamente com Leiria, com as diversas escolas e unidades do Politécnico de Leiria”. Para Nuno Mangas, presidente do Politécnico de Leiria, esta visita é mais um indicador do trabalho que o Politécnico de Leiria tem feito, em muitas áreas, e do esforço de internacionalização que marca o trabalho desta instituição. “O facto de termos um consórcio com 15 universidades estrangeiras, de um país com a dimensão e o potencial do Brasil, a querer estreitar laços especificamente com a nossa instituição é para nós motivo de orgulho”, conclui. K

vimento Rápido e Sustentado do Produto e, em Leiria, esteve nas escolas Superior de Tecnologia e Gestão, na Superior de Saúde e ainda nos Serviços Centrais do Politécnico de Leiria. K

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DEZEMBRO 2017 /// 011


Acordo assinado

IPCB e Bissau juntos 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e a Câmara Municipal de Bissau acabam de assinar um acordo de cooperação, o qual tem como objetivo promover parcerias nos domínios da formação. Em nota enviada à comunicação social, o Politécnico de Castelo Branco explica que uma das formas de cooperação poderá ser a atribuição de vagas a alunos do município de Bissau, com ensino secundário completo, para ingresso em cursos de licenciatura em funcionamento no IPCB. O presidente do Politécnico, citado na mesma nota, revela que este acordo “se insere na estratégia de internacionalização do IPCB e consiste em alargar à Guiné-Bissau a cooperação já existente entre o IPCB e vários países”. Carlos Maia revela que se prevê “a vinda de alunos da Guiné-Bissau já no próximo ano letivo. É com grande satisfação

que iremos colaborar na qualificação dos jovens guineenses, jovens oriundos de um país com potencialidades, mas que

ainda apresenta alguns défices estruturais, como a falta de saneamento básico em algumas regiões e elevadas taxas de

mortalidade infantil.” Baltazar Cardoso, presidente da Câmara Municipal de Bissau, citado na mesma nota,

classificou “a qualificação dos cidadãos guineenses como um dos principais objetivos da Republica da Guiné-Bissau”, sublinhando que “a responsabilidade e o comprometimento da Câmara Municipal de Bissau no desenvolvimento da sua região e do país passa pela fixação de cidadãos qualificados. O autarca referiu ainda que com a assinatura deste protocolo “pretende prestar um maior apoio aos estudantes proporcionando-lhes mais e melhores condições para a prossecução dos seus estudos”. Depois da assinatura do acordo (onde estiveram presentes além de Carlos Maia e Baltazar Cardoso, representantes daquela autarquia), a comitiva africana visitou as instalações da Escola Superior Agrária e da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do IPCB, e esteve presente numa reunião de cortesia na Câmara Municipal de Castelo Branco. K

Do aluno

Fernando Raposo é o novo provedor

6 O professor e primeiro diretor da Escola Superior de Artes Aplicadas, Fernando Raposo, é o novo Provedor do Aluno do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB). A tomada de posse decorreu na última terça-feira, dia 21, nos serviços centrais da instituição de ensino superior. Fernando Raposo vai substituir Moitinho Rodrigues que, por ter sido eleito para o Conselho Geral do Politécnico, teve de suspender as suas funções mesmo antes de terminar o seu mandato. A escolha de Fernando Raposo foi feita pelos alunos da academia e foi respeitada pelo

presidente do Politécnico, Carlos Maia, que efetuou a designação do docente para aquele

cargo. A tarefa do Provedor do Aluno tem como objetivos desblo-

quear problemas e apoiar os alunos no seu percurso académico. Fernando Raposo diz ter “total disponibilidade para resolver todas as questões e problemas dos estudantes para que o percurso dos alunos seja o mais dignificante possível”. O docente lembra o seu percurso na instituição onde estudou: “Foi aqui que mudei a minha vida”, disse, para depois destacar o trabalho do seu antecessor, com quem pretende colaborar nesta missão. Fernando Raposo criticou também a questão das vagas no ensino superior, lembrando que “por cada uma que se abre

no litoral fecha-se outra no interior”. Moitinho Rodrigues recorda que “a experiência que teve enquanto Provedor do Estudante foi gratificante, na medida em que conseguimos resolver alguns problemas que nos foram colocados pelos alunos, mas também muito difícil, pois percebemos que há muitas questões que não são fáceis de ultrapassar. As dificuldades financeiras dos estudantes eram-me comunicadas e isso implicava dificuldade em conseguirem viver fora de casa dos pais, em pagarem propinas, em se alimentar. E tudo isso foi difícil de suportar”. K

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Boas Festas

012 /// DEZEMBRO 2017


EMPREENDEDORISMO EM LEIRIA

Concurso está aberto 6 O Programa de Incentivo ao Empreendedorismo – Materializa, promovido pelo Politécnico de Leiria, tem inscrições abertas até 31 de janeiro para apoiar e valorizar ideias e projetos, transformando-os em produtos, processos e serviços, que se consolidem em negócios reais. Destinado a empreendedores e projetos com elevado potencial e capacidade de crescimento, o Materializa está aberto a pessoas singulares com mais de 18 anos e pessoas coletivas, constituídas há menos de um ano, que pretendam desenvolver projetos que ainda não entraram na fase de exploração comercial. Após a submissão, o projeto é avaliado e apresentado a um júri, e são realizadas entrevistas para a seleção das dez melhores ideias e equipas. No final são escolhidos os três melhores, aos quais serão atribuídos os devidos prémios. O primeiro classificado rece-

IPCB be apoio tecnológico especializado e de uma equipa multidisciplinar de investigadores do IP Leiria durante o período fixado no termo de aceitação. Os três primeiros classificados beneficiam de uma pré-incubação na Incubadora OPEN, bem como do acompanhamento e aconselhamento na área do empreendedorismo, gestão, marketing e financiamento com vista ao desenvolvimento do plano de negócios.

O apoio administrativo na proteção da propriedade inteletual da ideia é prestado pelo Centro de Transferência e Valorização do Conhecimento do Politécnico de Leiria, e a orientação para enquadramento no programa de financiamento da Portugal Ventures Industria 4.0, com possibilidade de financiamento do Open Business Angels, são outras das condições oferecidas aos três primeiros vencedores. K

Eleições para a presidência são a 22 de fevereiro 6 As eleições para a presidência do Instituto Politécnico de Castelo Branco decorrem a 22 de fevereiro. A data foi avançada ao Ensino Magazine pelo presidente do Conselho Geral da instituição, Vítor Santos. O presidente do Conselho Geral diz que o facto de já serem conhecidos dois candidatos é “um sinal positivo. Eventualmente poderão aparecer mais. Isto demonstra vitalidade na instituição e que há pessoas com visão estratégica sobre o IPCB. Todos nós devemos olhar para esse facto como um sinal muito positivo, ainda por cima quando surgem pessoas com reconhecida qualidade”. Vítor Santos explicou ainda as razões de ter aceite integrar

o Conselho Geral do IPCB: “para além de ser um grande desafio, tenho ligação familiar e pessoal a esta região. Por outro lado sou um cidadão preocupado com os problemas da interioridade. Neste contexto instituições como o IPCB são estratégicas para ultrapassar estas situações. O desafio do ensino superior é enorme, mas são ainda maiores no interior do país, pelo que a minha presença no Conselho Geral é uma forma de dar o meu contributo ao desenvolvimento do IPCB e da região”. Neste momento há dois candidatos conhecidos para o cargo de presidente da instituição: Valter Lemos, que já exerceu aquelas funções durante três mandatos, e António Fernandes, atual vice-presidente. K

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Microsoft

IPCB no Challenge 6 A Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESTCB) foi uma das instituições representadas no Imagine IT Challenge. A presença da escola albicastrense foi garantida pelos alunos Daniel José Carrondo Afonso, Margarida Ferreira Alves, Rúben Filipe Branco Mendes, Miguel Ângelo Ribeiro dos Santos e Sérgio Renato Albuquerque Cabral. Em nota de imprensa, o IPCB

explica que a competição surge no seguimento do protocolo de parceria entre o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos - CCISP e a Microsoft, assinado em Lisboa no dia 5 de dezembro, que prevê a criação de uma rede de Academias Microsoft nas instituições de ensino superior politécnico. A Academia Imagine IT do IPCB ficará inserida nessa rede, contribuindo para o aumento das competências digitais dos

alunos do IPCB, e consequente melhoria na preparação para o ingresso no mercado de trabalho atual. A próxima atividade no âmbito das Academias Microsoft decorre no IPCB no dia 18 de dezembro, numa sessão de trabalho entre a Microsoft e os representantes das instituições de ensino superior politécnico sobre Certificações Microsoft (MOS, MTA e MCE) e Recursos Formativos da Plataforma E-Learning Imagine Academy. K

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Japan IT Week

EST foi a Tóquio 6 A Escola Superior de Tec-

expositor dedicado a empresas e centros de investigação da União Europeia, tendo contado com a presença de Paulo Marques, docente da ESTCB. Na ocasião o professor apresentou resultados da investigação feita no projeto MUSCLES, cofinanciado pelo Portugal 2020, e que investiga a nova geração de comunicações móveis 5G. K

nologia de Castelo Branco (ESTCB) participou, de 7 a 10 de novembro, na edição de 2017 da Japan IT Week, o maior evento do Japão nas áreas das tecnologias da informação e telecomunicações. Em comunicado, o Instituto Politécnico explica que a sua presença esteve integrada no

Cooperação

Leiria e Equador assinam acordo 6 O Politécnico de Leiria assinou, no passado dia 24 de novembro, um novo protocolo de cooperação que permitirá alargar a sua rede de cooperação com a América Latina, e especificamente com o Equador. No âmbito da visita de uma

delegação da Universidad Católica de Santiago de Guayaquil, foi estabelecido um novo acordo que permitirá alargar o intercâmbio de estudantes existente com este país, bem como reforçar a cooperação nos domínios da investigação científica e académica. K

IPCB

Esclerose múltipla em conferência Instalações técnicas

Alunos visitam Esart 6 Os alunos do 2º ano dos Cursos Técnico Superiores Profissionais (CTeSP’s) em Instalações Elétricas e Telecomunicações e em Reabilitação do Edificado da Escola Superior de Tecnologia do IPCB, realizaram uma visita de estudo às instalações técnicas da ESART/IPCB,

informou a instituição em comunicado. Na nota de imprensa é explicado que a “visita permitiu observar e perceber o funcionamento de algumas das instalações técnicas do edifício da ESART, nomeadamente as instalações elétricas, de AVAC, de

domótica KNX e de segurança contra incêndios”. A visita foi conduzida por Nuno Maia, dos Serviços Centrais e da Presidência do IPCB e os alunos foram acompanhados, no terreno, pelos docentes da ESTCB/IPCB Cristina Calmeiro e Rogério Dionísio.

6 O Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla foi assinalado, pelo curso de licenciatura em Fisiologia Clínica da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco, no passado dia 4 de dezembro. A iniciativa integrou um colóquio, no auditório dos serviços centrais do IPCB, que contou com as presenças de Marta Arenga (Neurologista no Centro Hospitalar Cova da Beira), Soraia Ferreira (Psicóloga investigadora da Universidade da Beira Interior) e o testemunho de um doente com Esclerose Múltipla. A moderação da sessão esteve a cargo de Cláudia Santos (Técnica de Neurofisiologia no Centro Hospitalar

de Castelo Branco e docente da licenciatura em Fisiologia Clínica). De referir que a Esclerose Múltipla, é uma doença crónica, degenerativa e inflamatória que afeta o sistema nervoso central. Tem maior incidência no género feminino, entre os 20 e os 40 anos de idade, com maior incidência nas mulheres. Visão dupla, desequilíbrio, alterações de sensibilidade e fadiga excessiva, podem ser alguns dos sintomas associados a esta patologia. Segundo a Organização Mundial de Saúde estima-se que existam cerca de 2,5 milhões de pessoas com Esclerose Múltipla em todo o mundo, e em Portugal existam mais de 8 mil casos com esta patologia. K

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Aos melhores ouvintes do mundo, aos melhores colaboradores, aos melhores anunciantes e a todos os nossos amigos desejamos um Feliz Natal

e um Próspero Ano Novo.

014 /// DEZEMBRO 2017


Politécnico de Portalegre

IPP cresce e anuncia mudanças 6 O Instituto Politécni-

co de Portalegre assinalou, no passado 27 de novembro (a data oficial é 25) o seu Dia, numa cerimónia que permitiu distinguir a Fundação Cidade da Ammaia (organização que tem como missão salvaguardar e preservar as ruínas de um monumento nacional, a cidade romana da Ammaia, uma das maiores cidades romanas do país, situada no concelho de Marvão, em São Salvador da Aramenha), atribuir o título de professor Honoris Causa ao ex-presidente do Conselho geral da Instituição, Wilson Abreu, premiar os melhores alunos da academia, mas acima de tudo divulgar os objetivos do IPP. Albano Silva, presidente do Politécnico de Portalegre, falou em mudanças de uma instituição que viu crescer o seu número de alunos. “Pelo quarto ano consecutivo aumentámos o número de alunos inscritos e o número de novos estudantes. Aproximamo-nos dos 2500 alunos a passos largos”. Outra subida de alunos registou-se no Centro de Línguas e Culturas. “Vamo-nos aproximando dos 200 alunos o que nos parece muito bom no panorama regional. Também em Campo Maior iniciámos este ano vários cursos de língua inglesa em parceria com a CMCM envolvendo 40 novos formandos”, disse. As mudanças que, refere Albano Silva, estão relacionadas com a concretização dos novos Estatutos. “Isso transporta-nos para a eleição de novos órgãos científico-pedagógicos nas Escolas e para a alteração das equipas diretivas. As situações de mudança são sempre momentos difíceis para as organizações, mas também de novas oportunidades, de maior motivação para começar e recomeçar de novo. (…) Ficaremos enriquecidos com a experiência deixada pelos que terminam os mandatos e rejuvenescidos por aqueles que os vão iniciar”. O presidente da instituição fala no bom momento do IPP. “Um momento de esperança e otimismo, as-

sente em dados e projetos concretos. Fazemos um esforço para ir completando as fileiras formativas, mas não temos conseguido ser tão atrativos como gostaríamos para os nossos diplomados. Temos que refletir seriamente sobre este aspeto. Apresentámos à A3ES mais uma proposta de licenciatura e de dois mestrados (um deles no quadro da rede de saúde já referida). Temos esperança na sua aprovação para poderem funcionar já no próximo ano letivo”. A importância do ensino superior foi também sublinhada por Hugo Hilário, presidente do Conselho Geral do Instituto, e autarca de Ponte de Sor. Ao nível da internacionalização, Albano Silva fala na mobilidade académica e olha para a lusofonia como uma oportunidade.

Premiar o mérito 6 A cerimónia distinguiu ainda o mérito académico. O Ensino Magazine atribuiu uma bolsa monetária à melhor aluna de mestrado, Maria Rosália Guerra, que obteve a média de 18,45 valores. Foram ainda atribuídos os prémios da CGD, Delta Cafés, Câmara de Portalegre, Câmara de Elvas, Alain Afflelou, família do Dr. Francisco Tomatas,Tecnimed/Curaprox e Grupo A. Matos Car. K

“Prevemos este ano ter 150 novos fluxos de mobilidade in e out e receber 60 estudantes e professores estrangeiros em mobilidade. Os tempos mudam, o Mundo é cada vez mais global e tem cada vez menos fronteiras e Portugal, pela sua estabilidade e segurança, pelo prestígio das suas IES e pela pertença ao espaço de lusofonia tem vindo a fazer crescer os estudantes estrangeiros

em Portugal. Ambiciono o dia de ver um verdadeiro ambiente internacional em Portalegre e noutras cidades da região”. Numa outra perspetiva, o presidente do politécnico fala nos projetos comunitários da região, em que Portalegre está envolvido. “A C3i acompanha e gere hoje 24 projetos em parceria, que representa um investimento global superior a 30 Milhões de Euros. Tratam-

se de projetos financiados pelo POCH, Alentejo 2020, Compete, PRODER, INTERREG, FCT e ICA que a serem totalmente concretizados correspondem a um investimento para o IPP superior a 2,5M de euros. Estes projetos são em áreas diversificadas das ciências agrárias, energias renováveis, indústria 4.0, educação, ciências sociais e saúde, ciências veterinárias, empreendedorismo e transferência de tecnologia”. Albano Silva referiu-se também à criação de unidades de investigação. Um aspeto sublinhado pelo vice-presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Pedro Dominguinhos, para quem é fundamental o aparecimento de novas unidades, o que dará robustez científica aos politécnicos. Nesta matéria, Albano Silva anunciou que “até ao final do mês de janeiro está aberta a candidatura de unidades de investigação financiadas pela FCT. O IPP está a fazer um esforço enorme no sentido de concretizar uma proposta a apresentar à FCT que cumprindo critérios de excelência possa abranger o maior número de domínios científicos em que o IPP tem trabalhado. Acreditamos ser possível cumprir este desígnio e que, no futuro, este esforço será recompensado”. O dinamismo da instituição engloba também o empreendedorismo. Em 2018 cabe ao IPP organizar XV Poliempreende. “Pretendemos reforçar a rede nacional e internacional do Poliempreende, tirando também partido de vivermos paredes meias com o patrono nacional desta iniciativa, o nosso parceiro e amigo comendador Rui Nabeiro”. Mas o empreendedorismo vai mais longe no Politécnico de Portalegre. E a BioBIP, incubadora de base tecnológica, está com uma taxa de ocupação na ordem dos 100%”. Por isso, Albano Silva ambiciona ampliá-la. E fala na concretização da 2ª fase da incubadora. “Temos o

projeto referenciado e só esperamos que seja aceite pela CCDRA para o podermos candidatar em devido tempo. Até lá vamos adjudicar, através de um outro projeto, um pequeno estúdio digital a instalar na atual BioBIP, capaz de ir dando respostas concretas aos nossos projetos tecnológicos e dos nossos parceiros incubados”. Num discurso objetivo, Albano Silva falou ainda dos sistemas de gestão e da sua acreditação, divulgando em primeira mão o facto do “SIGQ ter sido acreditado pela A3ES pelo período máximo de 6 anos. São ainda poucas as instituições de ensino superior que viram o seu sistema acreditado por 6 anos”. O financiamento das instituições de ensino superior também não foi esquecido: “O Governo, apesar de todos os esforços feitos pela Presidência e Comissão Permanente do CCISP, ainda não devolveu às instituições a quantia correspondente ao impacto financeiro das medidas legislativas de caráter laboral de 2016 e 2017, para fazer jus ao compromisso e acordo estabelecido por contrato em julho de 2016. Esse impacto, como calculam será ainda bem maior em 2018 e ainda não percebemos se a proposta de OE para 2018 tem previsto o investimento no Ensino Superior capaz de fazer face totalmente aquelas repercussões financeiras. A situação pode vir a revelarse com alguma complexidade, e as dificuldades que algumas IES estão já hoje a sentir podem vir a alargarse à quase totalidade das IES politécnicas em 2018. O impacto destas medidas de valorização remuneratória dos trabalhadores podem perder o sentido de justiça social para cada um de nós, se acarretarem para as instituições a que pertencemos dificuldades inesperadas e destabilização orçamental”. O Dia do IPP encerrou com uma noite de tunas, onde foi distinguido o expresidente da instituição, Joaquim Mourato. K

DEZEMBRO 2017 /// 015


Politécnico da Guarda

Das montanhas ao automóvel 6 O Dia do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), assinalado a 6 de dezembro, ficou marcado pelo anúncio de dois projetos já em curso: a criação do Geoparque Estrela (candidatura já entregue na Unesco) e a ambição da Guarda se tornar um centro de excelência na indústria automóvel. Constantino Rei, presidente do IPG, sublinhou, no seu discurso, estes dois aspetos em que o Politécnico está envolvido, e que foram também destacados pelo presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, e pela vice-presidente da autarquia de Seia. A criação de um centro de excelência para o setor automóvel está, no entender de Constantino Rei, a dar passos importantes resultantes do trabalho que tem sido realizado em colaboração com a Camara Municipal e quatro empresas do setor automóvel, a saber: a Sodecia, Coficab, Dura e ACI. “Se no imediato estamos empenhados em apresentar à DGES a proposta de criação de um curso de Técnico Superior Profissional construído para dar uma resposta direta às necessidades de formação deste conjunto de empresas, o sucesso desta iniciativa poderá e deverá catapultar o IPG para se afirmar como um pólo formativo de excelência nesta área tão carenciada para a região e para o país”. No seu último ano de mandato, Constantino Rei diz que “não será certamente sob a minha liderança que o projeto se concretizará na totalidade, mas ficam lançadas as bases e o desafio para, como foi anunciado pelo Presidente da Camara da Guarda, para criarmos um centro de excelência para a indústria automóvel e porque não, reabrir o curso de Engenharia Mecânica no IPG, dando assim uma resposta de maior valor acrescentado às necessidades formativas destas e outras empresas”. Sobre esta matéria, o presidente do IPG espera resposta positiva da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento (CCDRC). “Esperamos no entanto que as entidades competentes pela gestão dos fundos operacionais, tenham um olhar diferente para as regras que orientam o financiamento destes cursos. Ninguém, certamente ninguém, compreende que um curso, como o de Testes de Software, construído em resposta ao desafio lançado por uma empresa de referência (a ALTRAN), que tem participado ativamente na sua lecionação, e do qual saíram, na 1ª edição, 11 diplomados, dos quais 10 assinaram no final do estágio um contrato de trabalho com a empresa, não seja merecedor de financiamento 016 /// DEZEMBRO 2017

comunitário”, disse aludindo à presença da presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, que na sua intervenção sublinhou a perseverança de Constantino Rei. A apresentação da candidatura à Unesco para a criação do geoparque na Serra da Estrela foi outro dos momentos importantes da cerimónia. O projeto foi apresentado por Gonçalo Fernandes e Emanuel Castro. Constantino Rei recordou que o projeto foi lançado há dois anos no Dia do IPG, tendo sido “celebrado o acordo entre os nove municípios abrangidos pela Serra da Estrela (Guarda, Seia, Covilhã, Belmonte, Manteigas, Celorico da Beira, Gouveia, Fornos de Algodres e Oliveira do Hospital), o IPG e a UBI, para a apresentação da candidatura da Serra da Estrela a Geopark da Unesco. O IPG lançou a ideia, assumiu a responsabilidade de liderar o projeto, os municípios responderam afirmativamente e financiaram a atividade. Aqui estamos hoje para prestar contas: cumpriu-se, como

foi assumido, a 1ª etapa com a entrega já efetuada no passado mês, do dossier da candidatura”. No entender de Constantino Rei, “este projeto, que, se todos nos mantivermos empenhados, marcará o futuro desta região, ficará também na história deste Instituto, como símbolo do nosso empenho e envolvimento na construção de um futuro coletivo que todos queremos seja de esperança e confiança. Devemos, todavia, estar conscientes que o projeto ainda está no seu início: a valorização da Serra da Estrela como âncora do desenvolvimento desta região exigirá um empenho, envolvimento e uma responsabilidade coletiva, na qual os municípios envolvidos são os atores principais. Este empenho e confiança dos municípios foi reforçado e reafirmado na última assembleia da Associação Geopark Estrela, pelo que só podemos estar confiantes no sucesso deste projeto”. Constantino Rei lembrou que “o papel do IPG neste domínio foi

igualmente reconhecido pelo Governo ao criar a rede de investigação em ecossistemas de montanha, denominada «Montanhas de Conhecimento. Rede Nacional de Investigação de Montanhas», no qual a Serra da Estrela constitui um dos projetos-piloto, liderado pelo IPG”. Por outro lado, diz, “a participação do IPG no projeto de criação do Laboratório Colaborativo “Montanhas de Investigação” liderado pelo Politécnico de Bragança, é igualmente ilustrativo do reconhecimento do papel que o IPG tem vindo a desempenhar, constituindo mais um elemento que contribuirá, esperamos, de forma ativa para o desenvolvimento desta região e para a afirmação do IPG e dos seus professores e investigadores na comunidade científica nacional”. O presidente do IPG abordou também a questão do aumento do número de alunos na instituição. “Ao nível do concurso nacional de acesso, tivemos um ano de 2017/18 marcado por um significativo acréscimo de novos alunos: o resultado do conjunto das 3 fases colocounos, em termos de taxa de ocupação de vagas, na liderança dos Politécnicos do interior. Este resultado, esperançador, não deve todavia ser possível de repetir por muitos mais anos. Todos os estudos e projeções demográficas apontam para um futuro muito mais sombrio. Está mais que provado que havendo candidatos em número adequado com a oferta, todos podemos sobreviver, mas prevendo-se uma diminuição significativa do nº de jovens a ingressar no ensino superior, a manutenção do nível de oferta atual implicará um forte golpe na sustentabilidade de algumas instituições,

Prémios de mérito 6 A sessão terminou com a entrega de prémios de mérito académico aos melhores alunos da instituição e aos certificados de mérito desportivo. O Ensino Magazine atribuiu a Gil Correia, aluno do curso de comunicação (16 valores), uma bolsa monetária de mérito académico. Entregaram ainda bolsas e diplomas o SantanderTotta e o Clube Escape Livre. A sessão solene contou ainda com as intervenções do Presidente do Conselho Geral, José Alves (abordou a questão dos doutoramentos nas instituições politécnicas), e do presidente da Associação Académica, Nuno Pereira (fez uma reflexão sobre o IPG e o ensino superior). K

a começar pelas situadas em regiões como a nossa”. Por isso, diz, é necessária “uma reforma do ensino superior, que deveria passar pela racionalização da oferta formativa e das instituições. Nada aconteceu, como estou certo nada acontecerá nos anos mais próximos. Andamos aflitos com as questões orçamentais, entretidos, reclamando doutoramentos e alterações das designações das instituições, esquecendo que para alguns de nós o que está em causa, num futuro não muito distante, é a nossa sobrevivência”. As críticas do presidente do IPG vão mais longe: “introduziram-se, em substituição dos Cursos de Especialização Tecnológica os atuais Cursos Técnicos Superiores Profissionais: uma operação de cosmética que não trouxe benefícios visíveis”. As questões orçamentais também não passaram ao lado do discurso de Constantino Rei: “são conhecidas, e repetem-se anos após anos, as dificuldades financeiras de algumas instituições. Convivemos e pactuamos com sucessivos governos que por um lado tomam (sem questionarmos a sua legitimidade), decisões políticas que têm como consequência um aumento da despesa que assim nos é imposta sem que todavia tenham esses mesmos governos a coerência de reforçar o orçamento das instituições. Por isso, mais do que continuarmos a ser solidários uns com os outros, devemos exigir que o governo assuma a responsabilidade de resolver os problemas que, na sua maioria, foram criados pelo atual e pelos anteriores governos. Assim, para resolver os problemas de desequilíbrio financeiro estrutural, devemos antes reivindicar a celebração de contratos-programa que, no essencial, responsabilizem ambas as partes: instituições e governo”. O presidente do IPG diz que as suas piores suspeitas se concretizaram: “o Governo, através do Ministério das Finanças disse às instituições que têm saldos que paguem a fatura destas alterações legislativas através das suas próprias reservas. Tal como agradeço a solidariedade dos meus colegas quando acederam à constituição do fundo comum, retirando uma parte dos seus próprios orçamentos para acudir aos mais aflitos, tenho que ser solidário com todas as instituições que são afetadas por esta decisão. Estamos a falar de um montante global de 4.824.583 de euros, que o governo se comprometeu, por escrito, a pagar e que agora se recusa a cumprir”. K


ESTG de Viseu

Empreendedorismo em debate

Trissomia 21

Projeto europeu em Santarém 6 A Escola Superior de Educação de Santarém integra o projeto #TV T21 COMmunity#, que tem como objetivo promover e facilitar a inclusão social e a empregabilidade dos jovens cidadãos com Trissomia 21, através do turismo e das competências digitais. A confirmação teve lugar a 20 e 21 de novembro, no decorrer de um conjunto de workshops relacionados com o tema. Ao longo dos dois dias teve lugar um diálogo aberto sobre as relações sociais com e entre estes jovens, de forma a alertar para as necessidades adicionais que têm. Através da interação social pretende-se facilitar a sua integração, quer em sociedade, quer na procura do seu primeiro emprego. Para além disso, o foco deste projeto passa por promover e fomentar o Património Cultural Europeu, com a promoção de atividades turísticas e artísticas, a requalificação em termos de diversidade cultural, audiovisual e e-skills em áreas setoriais.

Desde 2012, ano em que o Parlamento Europeu aprovou uma declaração referente aos portadores de Síndrome de Down, que a União Europeia se foca em campanhas de sensibilização e em reunir os máximos recursos a fim de ajudar organizações sem fins lucrativos e associações que trabalham na área, tentando marcar a diferença e apoiar quem precisa. Maria Potes Barbas, uma das responsáveis do projeto, afirma que “há imensos jovens adultos que estão agora a começar a dar os primeiros passos na carreira profissional e que encontram vários obstáculos, muitos relacionados com as relações sociais. Este projeto ajuda jovens com Trissomia 21, promovendo a sua inclusão social através de vários workshops de temas como a fotografia, a música, a artes plásticas e outras como a do cabelo e maquilhagem. O importante é que estas pessoas não se sintam excluídas e que possam levar a sua vida da mesma forma que a maioria”. K

6 O Departamento de Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viseu organiza uma conferência sobre empreendedorismo, no próximo dia 7 de dezembro, a partir das 14h30, no Auditório da instituição. O painel de oradores é composto por Filipe Simões (CEO SAK), Francisco Banha (presidente do Grupo Gesbanha), José Campos (CEO Tangível) e Luís Amaral (CEO Eurocash). A sessão será moderada pelo jornalista Paulo Ferreira. A iniciativa insere-se nas comemorações dos 30 anos da Licencia-

tura em Gestão de Empresas, dos 20 anos da Licenciatura em Contabilidade e dos 10 anos do Mestrado em Finanças, celebradas sob o tema “30 Anos de Gestão - Memó-

rias, Testemunhos, Desafios”. No decorrer do evento serão ainda entregues os prémios da 14ª edição do Concurso Regional Poliempreende. K

Conselho Geral aprova

IPCA passa a Fundação Pública

6 O Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) vai ser transformado em fundação pública de direito privado, tornando-se a primeira instituição pública politécnica a iniciar a passagem para o regime fundacional, seguindo-se agora a negociação com o ministério da tutela, para que a decisão possa ser aprovada pelo Governo. A decisão foi aprovada, por maioria, a 24 de novembro, tendo a presidente da instituição, Maria José Fernandes, considerado que “este é um passo fundamental no crescimento e consolidação do IPCA e para a concretização da missão e da visão institucional”. Entre as várias vantagens do regime fundacional, a presidente destaca a maior autonomia de gestão dos recursos humanos e

financeiros, baseada em princípios de responsabilização e transparência. Nas suas palavras, a Presidente do IPCA realça que “esta mudança será feita preservando sempre os valores humanos e salvaguardando os interesses das pessoas que aqui trabalham e estudam, e sempre em benefício de uma Instituição mais forte e mais sólida”. Já o presidente do Conselho Geral, António Marques, enaltece “a forma cordial com que os membros do Conselho Geral trataram uma

matéria tão sensível e relevante para a vida da Instituição” e destaca ainda “o sentido institucional e a capacidade visionária em todo o processo de transformação do IPCA em fundação pública”. O IPCA segue outras instituições de ensino superior universitário, nomeadamente a Universidade de Aveiro, a Universidade do Porto, ISCTE, a Universidade do Minho e a Universidade Nova de Lisboa, que se transformaram em Fundações Públicas. K

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DEZEMBRO 2017 /// 017


Empresa Nacional de Tecnologia - Moçambique

Mondlane faz parceria 6 A Universidade Eduardo Mondlane e a Empresa Nacional de Parques de Ciência e Tecnologia (ENPCT-Maluana), formalizaram no dia 5 de dezembro, em Maputo, a parceria que vai contribuir para um maior desenvolvimento de projetos de investigação e de empreendedorismo inovadores, potenciando o desenvolvimento económico e o bem-estar da sociedade moçambicana. O acordo entre as duas instituições vocacionadas a pesquisa científica, visa igualmente a produção e disseminação do conhecimento científico, bem como a mobilização de investimentos para a materialização dos objectivos do memorando; implementar programas de estágios académicos e profissionais, coordenar os esforços e partilhar recursos e experiências. Para o reitor da UEM, Orlando

Escola Portuguesa Moçambique

Timor visita EPM

Quilambo, a instituição que dirige espera utilizar o conhecimento científico acumulado em cada uma das suas Faculdades, Escolas e Centros para maximizar as potencialidades da ENPCT, numa perspectiva de sinergia, em benefício da Ciência, mas sobretudo em benefício da sociedade. “Esperamos que a relação de sinergia entre a UEM e a ENPCT, através

deste memorando contribuirá para o desencadeamento de iniciativas científicas de excelência, reforçando a posição de Moçambique entre os mais destacados produtores de conhecimento”, disse, para depois acrescentar que a investigação científica e a inovação tecnológica são as bases para respostas eficazes e sustentáveis dos problemas da sociedade. K

6 A vice-ministra da Educação e Cultura de Timor-Leste, Lurdes Bessa, visitou , no passado dia 28 de novembro, a Escola Portuguesa de Moçambique (EPM-CELP) onde teve um encontro informal com a Direção da nossa Escola no qual foram abordados o Plano Nacional de Leitura (PNL) de Portugal e os desafios do ensino do português como língua não-materna. Foi no âmbito da 7.ª Conferência da Associação Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa (FORGES), que decorrerá de amanhã a 1 de dezembro na Universidade Eduardo Mondlane, que, pela primeira vez, Lurdes Bessa pisou solo moçambicano. “Aproveitei a minha estada para fazer uma visita à Escola Portuguesa de Moçambique para aprender sobre

a escola, em geral, e sobre o seu plano de leitura, em particular”, sublinhou a vice-ministra de Timor-Leste, justificando o interesse: “Estamos a pensar como criar um plano nacional de leitura em Timor e, portanto, é bom trocar experiências e ideias para ter um horizonte muito mais vasto”. Lurdes Bessa tomou posse como vice-ministra no último dia 15 de setembro para um mandato “no qual queremos fazer muita coisa”, afirmou, garantindo que “para fazer bem é preciso ter noção do que já está feito, o que está a falhar, o que está a correr bem para não pegar em exemplos que não foram sucessos” e concluindo que “é preciso analisar o máximo possível para puder aplicar novas ideias à realidade de onde venho”. K EPM-CELP _H

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Rita Ruivo

Psicóloga Clínica (Novas Terapias) Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

Moçambique

Lúrio entrega diplomas 6 A Universidade Lúrio, através das Faculdades de Engenharia e de Ciências Naturais, realizou no dia 25 de novembro de 2017, na cidade de Pemba, a quinta cerimónia de graduação, lançando para o mercado de emprego 48 graduados. Dos graduados, 8 são do curso de Licenciatura em Engenharia Informática, 15 de Licenciatura em

Engenharia Civil, 2 de Licenciatura em Engenharia Mecânica, 19 de Licenciatura em Ciências Biológicas e 4 Mestrados em Ecologia. Importa salientar que é a primeira vez que a UniLúrio gradua estudantes dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Mecânica na Faculdade de Engenharia, para além de lançar os primeiros pós-gradua-

dos na área de Ecologia, através da Faculdade de Ciências Naturais. A cerimónia teve como convidado de honra o diretor Geral do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique, Américo Muchanga, e contou com a presença do reitor, Francisco Noa, membros do Governo Provincial, familiares e amigos dos graduados. K

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Boas Festas

018 /// DEZEMBRO 2017

EspaçoPsi - Psicologia Clínica Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 E-Mail: psicologia@rvj.pt “Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira. Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular (…). Outras vezes uma plavra é quanto basta.” José Saramago, “Jangada de Pedra”


Editorial

Nós somos Europa 7 A sociedade confere ao conjunto dos sistemas educativos europeus uma tarefa comum: a de transmitir “o saber” através de um conjunto de procedimentos e processos, complexos e elaborados, por forma a que o educando se insira na cultura do seu país e salvaguarde o seu património cultural, cujo principal suporte é a língua. E este é um dos aspectos em que se detecta o paradoxo de algumas políticas educacionais no seio dos países que constituem a União Europeia. É indiscutível que uma boa parte da história e da cultura dos últimos séculos são comuns à generalidade dessas nações. Mas não é menos verdade que as tradições, a língua, os costumes e, até, as religiões constituem uma rica diversidade. Logo, a cultura europeia revela-se como um mosaico cujos componentes são a própria garantia da riqueza cultural desta “união”, já que esta riqueza se alicerça tanto em valores de

ressonância universal, quanto no património cultural e linguístico de algumas pequenas regiões. Reconhece-se que a dimensão europeia da educação se objectiva, precisamente, neste tomar de consciência da cultura própria da Europa, no contexto das suas diversidades. Aceita-se, no terreno linguístico que, a par do ensino das línguas “maioritárias”, se deve fomentar a aprendizagem das línguas “minoritárias” e, mesmo, as de cunho mais “regional”. E são muitos os programas que se criaram para o apoio dos professores e das escolas que quisessem adoptar uma estratégia cultural de diversificação e de respeito pelas diferenças culturais. Genericamente, é neste contexto que surgem as continuidades e semelhanças da paisagem educativa europeia. Todavia, neste novo século, emergem muitos e novos elementos que irão modificar, pouco a pouco, aquela fisionomia, já

que vários desses fenómenos se encontram relacionados com a “mundialização das trocas”. Desde as últimas décadas que a cultura anglo-saxónica, sob as mais variadas formas (língua, música, moda, hábitos alimentares...), corre o risco de se transformar numa cultura hegemónica, face à diversidade europeia. Mas é, sobretudo, face às novas tecnologias da informação e da comunicação que a função educativa se encontra na emergência de uma séria redefinição dos saberes e dos processos que ajudam à sua transmissão. A informatização de todos os sectores de actividade, as auto-estradas da informação, a internet, a globalização, colocam a educação e os educadores face a novas fontes do saber, cuja natureza oscila entre o que é o conhecimento e o que é a simples informação, entre os “velhos” métodos de trabalho na sala de aula e o domínio escolar dos mais recentes “tecnicismos”

o que induz a busca de novas estratégias de actuação, a procura de novas culturas profissionais e a descoberta de mais aptos caminhos que aproximem os alunos da aprendizagem dita formal. Nos dias que correm, os sistemas educativos europeus não poderão alhear-se de uma formação que incorpore a oferta de informação e formação “digital”, bem como as competências necessárias à sua utilização e divulgação. Este novo sintoma de multiculturalismo, gerador de novas diversidades sociais e culturais, carregam consigo, também, uma outra necessidade de revisão e de redefinição do tradicional funcionamento dos sistemas escolares, em geral, e, em particular, da actuação dos professores e dos educadores na sala de aula. Ninguém, hoje, ignora este desafio. Porém, entre a tradição

e a renovação há que ser muito prudente. É que nunca deveremos esquecer que uma escola completamente submergida pelo tecnicismo pode levar a esquecer que a principal finalidade da educação continua a ser, em nosso entender, a procura dos caminhos do humanismo. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

primeira coluna

Cumpridores de promessas… 7 Anualmente, na hora de se discutir e apresentar o Orçamento do Estado, as instituições de ensino superiores são confrontadas com ameaças ao seu bom funcionamento. Provavelmente muitas das questões lançadas pelas universidades e politécnicos já poderão estar ultrapassadas quando esta edição do Ensino Magazine for publicada. Contudo, não são admissíveis os cortes sucessivos que as instituições de ensino superior públicas estão sujeitas anualmente. Aumenta o custo de vida, mas diminui-se aquilo a que elas têm direito. A tradição parece ser regra. Com uma mão o Governo fala na qualificação dos portugueses, articula com universidades e politécnicos essa mesma exigência. Com outra retira-lhes

meios financeiros. E assim tem sucedido, seja qual for o governo em funções. A tutela educativa dá abertura a reforço de meios financeiros e à reposição daquilo a que universidades e politécnicos, por força da lei, tiveram que gastar. A tutela das finanças, que na hierarquia do Governo manda mais, faz o contrário e quem tem uma boa gestão e tenha saldos que os utilize para fazer face às despesas. As receitas próprias das instituições, como as resultantes das propinas pagas pelos alunos, das prestações de serviços à comunidade e empresas, acabam por ser aplicadas em despesas correntes, em vez de o serem em projetos a favor dos alunos, como as propinas assim o pressupõem. Este sub financiamento tem levado à contestação de muitas

universidades e politécnicos. A Universidade da Beira Interior teve a coragem de não apresentar orçamento à tutela, por considerar incorretos os valores. O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos também já tomou posição firme, o mesmo acontecendo com o Conselho de Reitores. As receitas próprias deveriam dar mais autonomia às instituições, mas em vez disso apenas lhes permitem sair do vermelho, e as que têm saldos positivos não os podem utilizar como seria o seu desejo. Todos os anos o disco gira e a música é a mesma. Depois, com o decorrer da mesma, a letra vai-se mudando e, pontualmente, vão-se arranjando formas de financiamento, a que chamam de suplementar, mas que de suplementar nada

tem, pois para muitas instituições, continua a ser insuficiente, até porque a Assembleia da República aprovou decisões que implicam o aumento das despesas. É triste que as universidades e politécnicos, todos os anos, tenham que vir à praça pública exigir aquilo a que têm direito. É uma ladainha que nos deve entristecer a todos e que nos deve levar a refletir sobre o que queremos para o país. Em matéria de financiamento deve haver rigor absoluto. Mas também exigência, resultados, coesão territorial. Compreendo que o financiamento das instituições de ensino superior público não seja um assunto pacífico entre todos, que não seja de fácil resolução. Mas numa coisa todos estaremos de acordo, este ping-pong público com a tutela só desgasta

as instituições e não beneficia ninguém. Pelo contrário, retiralhes credibilidade perante a opinião pública. E os reitores das universidades e os presidentes dos politécnicos, ou as suas comunidades académicas, que assumiram o compromisso, com o Governo, de aumentar a qualificação dos portugueses não podem ser utilizados como meros cumpridores de promessas… K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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www.ensino.eu DEZEMBRO 2017 /// 019


gente e livros

edições

Agustina Bessa-Luís

Novidades literárias 7 CASA DAS LETRAS.

1640, de Deana Barroqueiro. É o mais recente romance histórico de Deana Barroqueiro, cuja acção decorre entre 1617 e 1667, período riquíssimo em factos, dramas e personagens, que lutam pela sua libertação e sobrevivência, face a uma crise social, económica e política. O ano de 1640, em particular, é um marco fundamental na História de Portugal, o da Restauração da Independência, após 60 anos de domínio espanhol, quando os portugueses se revoltaram e elegeram um rei português, D. João IV.

GUERRA PAZ.

&

de Memórias de Difícil Acesso - Livro 2: O Ataque dos Bullies, de Raquel Palermo e João Lacerda Matos. O Santiago é um miúdo como tantos outros. É viciado em consolas, não gosta muito de ir às aulas e tem uma paixão secreta pela Alice, a miúda mais gira do Universo. Este é o segundo volume do seu caderno de Memórias, que ele não quer que ninguém leia.

D.QUIXOTE. Sede, de Jo Nesbø. Ela marcou um encontro pela Internet. Depois foi encontrada morta, assassinada. Pressionada pela Comunicação Social para encontrar o culpado, a Polícia reconhece que só há um homem indicado para a tarefa. Mas Harry Hole sente relutância em assumir o lugar que lhe roubou quase tudo… até começar a suspeitar que este crime pode estar relacionado com o único caso que nunca conseguiu resolver. Do autor nórdico de maior sucesso internacional, Jo Nesbø, mais uma novidade da série Harry Hole. EDIÇÃO DE AUTOR. Quadras quase Populares, de Manuel Barata. O novo livro de Manuel Barata é uma viagem pelas memórias do autor, na tradição do culto da quadra que também inspirava escritores como Fernando Pessoa ou António Aleixo. Os novos versos de Manuel Barata voltam a convocar desassossegos e afetos que nos contagiam com os mais cândidos arrebatamentos. Tematicamente o livro desdobra-se em quadras “Disto e Daquilo”, “Pequenas Narrativas” e “Das Terras, das Gentes e dos Santos”.K

020 /// DEZEMBRO 2017

7 «É esta a mais grandiosa história dos homens, a de tudo o que estremece, sonha, espera e tenta, sob a carapaça da sua consciência, sob a pele, sob os nervos, sob os dias felizes e monótonos, os desejos concretos, a banalidade que escorre das suas vidas, os seus crimes e as suas redenções, as suas vítimas e os seus algozes, a concordância dos seus sentidos com a sua moral.» In “A Sibila” Agustina Bessa-Luís é o nome literário de Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa, uma das vozes mais importantes na ficção portuguesa contemporânea. A criação literária de Agustina Bessa-Luís é extensa e variada. São mais de cinquenta obras, entre romances, contos, peças de teatro, biografias romanceadas, crónicas de viagem, ensaios e livros infantis. Agustina Bessa-Luís nasceu em Vila-Meã, Amarante, a 15 de outubro de 1922, filha de Artur Teixeira Bessa e de Laura Jurado Ferreira. “Desde criança que se manifestou o seu gosto por escrever histórias e pela leitura coPublicidade

Leo Aversa (2017) H

meçando pelos livros da biblioteca do avô materno, Lourenço Guedes Ferreira”, lê-se na biografia da escritora no site do Círculo Literário Agustina Bessa-Luís, uma associação de admiradores da obra da escritora. Em 1932, Agustina vai para o Porto estudar, onde passa parte da adolescência, mudando-

se para Coimbra em 1945, para fixar definitivamente a sua residência no Porto em 1950. Agustina casa com Alberto Luís, no Porto, a 25 de julho de 1945. Os dois conheceramse através de um anúncio de jornal posto pela escritora, procurando pessoa culta com quem se corresponder. Estreou-se como romancista em 1948 com a novela “Mundo Fechado”, mas é com o romance “A Sibila”, em 1953, que Agustina Bessa-Luís é reconhecida como um dos nomes maiores da literatura portuguesa contemporânea. Desde aí, através de uma obra profícua, “tornou-se conhecida não só como romancista, mas também como autora de peças de teatro, guiões para cinema, biografias, ensaios e livros infantis, e a sua obra conta até ao momento com mais de meia centena de títulos”. Algumas das suas obras foram adaptadas ao cinema, em particular por Manoel de Oliveira. Em 2004, aos 81 anos, Agustina recebeu o mais importante prémio literário da língua portuguesa: o Prémio Camões. Tiago Carvalho _


‘Pedagogia (a)crítica no Superior’ (XXVIII)

Leitura amarga «chegados ao fim do livro, sabíamo-lo de cor, mas éramos incapazes de ler correntemente qualquer frase, tirada à sorte.» (Aquilino Ribeiro, Cinco Réis de Gente, 1948: 85) . 7 A divulgação, a 05/12/17, dos resultados do PIRLS 2016 – Progress in International Reading Literacy Study trouxe más notícias a Portugal, contrariando o estado de certa euforia a que, ultimamente, nos temos vindo a habituar (como a vitória para a presidência do, até há bem pouco tempo odiado, Eurogrupo). Na avaliação da literacia em leitura, a 4642 alunos do 4º ano de escolaridade de 218 escolas, o trambolhão foi enorme: estamos no lote de 10 países onde os resultados pioraram; a queda foi de treze pontos (de 541 para 528), quedamo-nos pela 30ª posição, em 50 países participantes no estudo (em 2011 estávamos no 19º lugar). E as raparigas desceram mais que os rapazes (19

pontos vs 7) estando agora muito equiparados (529 vs 527 pontos); ou seja, a igualdade de género está-se fazendo no sentido descendente. Como explicar estes maus resultados (quando andávamos animados com os últimos dados do TIMSS e do PISA)? O jornal Público (06/12/17, pp. 12-3), em título, pergunta (no modo judaico-cristão): «a culpa é dos currículos ou dos professores?» E assim iliba-se, deste logo, os decisores das políticas educativas! Dos investigadores, professores e políticos inquiridos vêm justificações muitos diversas. Os governantes recorrem à argumentação velha e relha (culpabiliza-se quem os precedeu): «a descida deve-se às medidas tomadas entre 2012 e 2015 pelo então ministro» que, por sua vez, acusa o actual titular da pasta de promover o «facilitismo» e desenvolver avaliações que «não servem para nada». Por outro lado, uma investigadora da Universidade do Minho aponta o dedo à formação de professores, relembrando a interrupção do PNEP – Plano Nacio-

nal para o Ensino do Português do 1º ciclo que decorreu entre 2006 e 2010. Mas os programas de formação contínua não podem ser eternos; é suposto produzirem efeitos e não apenas a curto prazo, certo? As «metas curriculares», o «fim dos exames», o «aumento do número de alunos por turma» (de 24 para 26), as «leituras impostas» e até a «instabilidade emocional» destes estudantes (que entraram no 1º ano em 2012-13) são outras das causas aí avançadas. Naturalmente, os próximos dias serão pródigos em argumentações (dos ‘comentadores’) justificativas deste desaire nacional. Para o Prof.S., que durante anos integrou equipas de avaliação de livros escolares do 1º ciclo, algumas das razões deste abalo encontramse na pobreza confrangedora dos manuais, em especial na linguagem utilizada (básica, indigente e sem chama). Dos livros, para esse nível de ensino, varreram-se os nomes maiores da literatura nacional. Quanto muito, espraiam-se por lá

uns poemas de uma escritora, de segunda linha, ‘paga à avença’, como fez a maior das editoras escolares. Entre nós, publica-se muito mas lê-se pouco (livros e jornais). Oferecem-se livros às crianças que adoram fazer colecções – Os Cinco, Os Sete, Anita, Uma Aventura, Astérix, Lucky Luke, Star Wars, Batman, Homem Aranha… – no entanto, desembrulhadas as prendas, vão ganhar pó nas estantes do quarto. Mas o mais importante é o conteúdo do que se lê. E hoje, o lugar é para os bestsellers. O Prof.S. tem bem presente os livros que as suas estudantes de 1º ano levavam para as aulas como sugestões multiculturais: obras de Zana Muhsem (1993) Vendidas, de Waris Dirie (1998) Flor do Deserto, de Rania Al-Baz (2007) Desfigurada, e outras do género, expostas nos escaparates das grandes superfícies comerciais. Todavia, os tempos da contemporaneidade estão mais virados para o visual, o multimédia, o digital. E, nesses domínios, as leituras exigidas são de

outro tipo: fragmentadas, curtas, superficiais, requerendo do ‘leitor’ menos persistência e investimento. O livro, pelo contrário, anda connosco durante semanas, requer disciplina, continuidade, concentração e memória. Curiosamente, neste estudo internacional, Portugal aparece em 1º lugar com 72% dos alunos a dizerem que gostam de ler! Tal faz-nos lembrar aquele (igualmente elevado) número de portugueses que dizem gostar muito de desporto… sentados na bancada ou, deitados no sofá, fazendo zapping pelos diversos painéis televisivos (de comentadores histriónicos e estupidificantes) do sacrossanto futebol que perdura como fonte de alienação. (Este texto não segue o AO90) Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt

Opinião

O papel da sociedade na escola atual “La educación ha perdido el norte, ha caído en la indefinición y ha olvidado su objetivo principal: la formación de la personalidad. Una formación que corresponde, sobre todo, a la familia, pero también a la escuela, a los medios de comunicación, al espacio público en todas sus manifestaciones”. (Victoria Camps) 7 Sempre se buscou a importância desta instituição na sociedade uma vez que interfere na formação dos indivíduos, sobretudo atualmente, onde as mudanças ocorrem de forma tão rápida que o fator humano muitas vezes não consegue acompanhar. Diante desta velocidade com que a informação se desloca, envelhece e morre, diante de um mundo em constante mudança, seu papel vem se transformando, senão na essencial tarefa de educar, pelo menos na tarefa de ensinar, de conduzir a aprendizagem e na sua própria formação que se tornou permanentemente necessária como refere Moacir Gadotti em seu livro “Boniteza de um sonho: Ensinar e Aprender com Sentido”. Tem-se perguntado frequentemente qual o papel da escola na

sociedade atual e a resposta incide em que é através dela que formaremos cidadãos competentes, conscientes, críticos e preparados para viver em sociedade. Em inúmeras formas e diversos prismas, conhecemos discursos que definem o papel da educação, da escola, como sendo, reconstrutores da sociedade, por meio da homogeneização das desigualdades, com a produção de indivíduos críticos e conscientes estimulados para o desenvolvimento cognitivo e socioeconómico. Sempre estamos nos perguntando qual é a finalidade da educação? Ao longo dos anos, muitos autores, se compeliram em compreender o real papel da escola, perante a sociedade. A instituição de ensino foi concebida com o principal objetivo de originar grandes transformações que causariam nos indivíduos e na sociedade. Ir à escola, ocupar um lugar nas salas de aula, deixou de ser um lugar privilegiado, sacralizado e de acesso restrito ao conhecimento e a informação, para ser um recinto aberto, amplo, onde todos poderiam aprender e desenvolver suas capacidades de inter-relacionar-se, construindo assim, múltiplos saberes. Existem ainda, muitas ideias

que estão enraizadas na nossa forma de pensar sobre a educação e seu papel junto à sociedade. O professor Mario Sergio Cortella em seu livro “Educar para transformar”, diz que, discutir o papel da escola, é procurar uma compreensão política da própria finalidade do trabalho pedagógico. Assim, estamos sempre a nos perguntar, “qual o papel da escola para a sociedade?” Formar indivíduos críticos, preparados para a sociedade, uma escola de inclusão, mas infelizmente, a escola está muito longe de ser um ambiente seguro e imparcial, que impede que as diferenças que existem fora dos seus portões, adentrem o recinto escolar e massacrem vários discentes e inclusive docentes e demais membros da comunidade educativa por suas diferenças que a sua vez estão completamente legitimadas pelo simples facto de ser “humano”. Então creio que chegou a hora de nos perguntarmos qual o papel da sociedade atual na escola? Poderá a escola enquanto instituição de ensino atemporal mudar a sociedade deste tempo? Poderá a escola com seus recursos humanos e materiais atuais mudar a sociedade atual como se fosse o

único agente de mudança a quem atribuir responsabilidades? Poderá a sociedade continuar a terceirizar a educação de “berço” para escola em situação de verdadeira impunidade e imunidade parental, social e política? Isto ocorreu à proporção que as famílias, muitas delas, declinaram do dever de educar seus filhos. Por esta razão, a par de ser responsável pelo processo de ensino e de aprendizagem de conteúdos cognitivos, sobretudo em se tratando de crianças e adolescentes, a escola assumiu a atribuição de formar o cidadão, construindo com ele não só conhecimentos, competências e habilidades, mas a escala de valores, a ética e a moral em uma tentativa de suprir a referida terceirização da educação de “berço”. Diante disso, entendo que a educação não conseguirá transformar a sociedade sozinha e a sociedade por sua vez, não conseguirá mudar sem a educação. Enquanto, a sociedade não compreender que deve investir colaborar e corroborar com a melhoria da educação, estará fadado a “criar” profissionais frustrados, obsoletos, irresponsáveis, duvidosos e que

não passam de meros expectadores da ruína humana, e mal querem saber de aniquilar as desigualdades entre seres humanos nas quais fazem parte, pois, preferem continuar no lamaçal da ignorância a terem que “perder tempo” adquirindo a fórmula do crescimento cognitivo, pessoal e social que se chama Educação como refere a pedagoga Cláudia Stochi. Professora Elisabete Pogere _ Doutorada em Ciências da Educação: Intervenção Psicossocioeducativa

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Sara Pinto, jornalista da SIC-Notícias

«Se forem à luta, tudo é possível!» 6 É um dos rostos da nova geração da apresentação de notícias em Portugal. Sara Pinto dá a receita para os que querem seguir a carreira de jornalista.

ser factuais e não deixar que esses sentimentos inquinem o nosso relato imparcial da situação. Creio que o importante é encontrar um equilíbrio.

Conta que quando era criança o seu pai era um fiel seguidor das notícias. Apesar de na altura não perceber muito bem o que passava no pequeno ecrã, sente que foi essa vivência e proximidade que a atraiu para seguir esta carreira? Completamente! Ainda que, na verdade, o meu pai sempre manifestou vontade que eu seguisse outra profissão... ouvi-o dizer muitas vezes que gostava que eu fosse médica. Creio que ele tinha algum receio que eu não conseguisse emprego... mas sempre fui muito determinada em relação ao que queria ser “quando fosse grande”. O jornalismo surgiu porque à hora de jantar em casa dos meus pais era sempre o momento de ver as notícias. Quando era criança não percebia nada do que via no telejornal e irritava-me não entender os assuntos de que falavam os adultos. Foi aí que me fascinei pela profissão daqueles senhores e senhoras que falavam na televisão e sabiam um pouco de tudo.

A imparcialidade jornalística existe mesmo ou é um mito? Depende de como queiramos colocar a questão. Por exemplo, ao colocar uma determinada pergunta ao Primeiro-Ministro faço-o porque – como jornalista – acho essa pergunta pertinente, porque considero que ele deve esclarecer determinado assunto. É uma decisão minha, que parte de uma avaliação pessoal e própria, logo a pergunta pode ser vista como subjetiva ou parcial. É impossível aniquilarmo-nos enquanto ser humano com consciência. Mas é possível impedir que as nossas convicções pessoais e preferências se sobreponham. O segredo está em fazer o papel de “advogado do diabo”. Eu até posso concordar com o que o entrevistado diz, mas tenho sempre de confrontá-lo com o verso da moeda. É engraçado… muitas vezes recebo mensagens na minha conta profissional de Facebook de espectadores que me acusam de ter favorecido este ou aquele partido nos debates. Já fui acusada de ser de todos os partidos do espetro político! Se ninguém identifica uma tendência, se calhar isso quer dizer que tenho sido imparcial.

Como se prepara, ao longo do dia, para as duas horas de emissão da «Edição da Noite» que diariamente apresenta na SICNotícias? É um trabalho que começa cedo e que implica muita preparação. Os assuntos a abordar começam a ser escolhidos logo de manhã, assim como os convidados. Há logo contactos de manhã com a direção de informação, com o coordenador do jornal e com a pessoa responsável pela produção editorial da Edição da Noite. Chego à redação depois de almoço e a partir daí é sempre sem descanso. O formato atual do jornal é muito dinâmico, com vários momentos de entrevista... às vezes chegamos a ter oito convidados por noite com temas muito diversos que é preciso preparar. Leio muitos jornais, artigos de opinião e converso com os colegas mais especializados nas áreas que tenho de abordar. Ainda não tinha 30 anos e já apresentava este programa, que faz o resumo da atualidade do dia, com entrevistas e condicionado por eventuais acontecimentos de última hora que surjam

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em plena emissão. Sente que, de alguma forma, foi «lançada às feras»? Não creio. Faço parte da equipa da Edição da Noite quase há oito anos, desde que mudei da redação da SIC Porto para Lisboa, em 2010. Antes de dar a cara pelo jornal já trabalhava neste projeto como repórter e como coordenadora, portanto conhecia bem a dinâmica da Edição da Noite. Claro que o trabalho em estúdio é muito diferente, mas o facto de conhecer a estrutura e a equipa ajudou muito. Sonha um dia ser o pivô do principal telejornal do horário nobre? Sou pivô do jornal do horário nobre da SIC Notícias, que é o canal de informação mais visto em Portugal, é uma oportunidade de ouro e é nisso que estou focada. O modelo de apresentação com dois pivôs, relativamente raro em Portugal, foi recuperado pela SIC-Notícias. No seu caso, em que faz dupla com Pedro Mourinho, entende que tem que existir alguma «química» profissional entre os dois jornalistas para o natural desenrolar do espaço informativo? Trabalhar em dupla é muito desafiante, porque não dependemos só de nós. Ajuda porque podemos dividir trabalho, sobretudo na preparação de entrevistas, mas isso também traz mais responsabilidade. Ao preparar uma

entrevista tenho de garantir que o faço de maneira a que o outro pivô fique completamente dentro do assunto. No fundo, além dessa química necessária para garantir uma boa “conversa” no ar, é necessário confiança no trabalho um do outro. Os telejornais dos três principais canais são acusados de serem muito longos e de privilegiarem notícias que nascem nas redes sociais ou até aspetos da vida privada de figuras públicas. Aqui e ali, tem havido uma cedência ao “infotainment”? O “gossip” e os “faits-divers” sempre fizeram parte dos blocos informativos, mas creio que os media tradicionais têm agora uma nova função no que a esta informação diz respeito. Com o aparecimento das redes sociais e o risco das “fake news”, a televisão, os jornais, a rádio têm um papel ainda mais reforçado de garantir a veracidade da notícia. Isso justifica, em parte, a atenção que tem sido dado a determinadas matérias. Sentimos necessidade de explicar o que as pessoas leem ou veem na internet. Não nego que a busca de audiência também contribui para esta situação. Numa intervenção recente, Paulo Portas disse que as redes sociais estão a colocar em causa os meios de comunicação social tradicionais. Os órgãos de comunicação social estão a fazer de

caixa de ressonância de tudo o que circula nas redes sociais? Quando temos o Presidente de um dos países mais poderosos do mundo a comunicar via Twitter ou o nosso próprio Governo a reagir a polémicas que surgem nas redes sociais – como foi o caso do jantar no Panteão – não creio que seja possível aos meios de comunicação social não fazerem eco do que circula nas redes sociais. As redes sociais existem e os media tradicionais não podem ignorar isso, podem e devem adaptar-se a esta nova realidade e reforçar o seu papel de garantir a veracidade da informação, como já referi. Um exemplo simples: quantas vezes já vimos ser anunciada nas redes sociais a morte desta ou daquela figura pública… quando as pessoas têm dúvidas, recorrem sempre aos media tradicionais. Em 2015, foi enviada especial ao rescaldo dos atentados terroristas de Paris. Que características deve ter um repórter que no terreno se confronta com a barbárie e o terror para relatar os factos com a máxima equidistância possível? É impossível não ter sentimentos, não ficar triste, desolada… e isso é importante, por exemplo, para ajudar-nos a discernir o que devemos ou não mostrar, para ajudar-nos a estabelecer uma barreira ética e a colocarmo-nos no lugar do outro. Mas ao mesmo tempo temos de

Para finalizar, queria abordar a questão das saídas profissionais dos cursos de comunicação social. Que conselho daria a um estudante nesta área que gostaria de ser jornalista, numa altura em que o setor atravessa uma profunda crise? Não desistam e trabalhem muito pelo que realmente desejam. Acabei o curso no ano em que rebentou a crise económica, mas encarei o estágio curricular na SIC como a oportunidade de uma vida. Já depois de ter ficado a trabalhar a sério na redação da SIC também passei pelo desemprego, porque as vagas não abundavam… Tive de lidar com muitos sacrifícios – três anos de horários noturnos, dois anos sem um único fim-de-semana livre, os 300 quilómetros de distância da família… Não é fácil, mas nada compensa a felicidade de fazer o que se gosta. Se forem à luta, tudo é possível! K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H   

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IPCB

Ensino a distância cresce no Politécnico

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco aumentou significativamente o número de alunos matriculados no regime de Ensino a Distância nos cursos de pós-graduação lecionados nas suas escolas superiores, informou a instituição em comunicado. Para Carlos Maia, presidente do IPCB, “a aposta na formação a distância foi uma decisão estratégica da Instituição, em 2014, sendo o Politécnico de Castelo Branco a primeira instituição pública a estabelecer um protocolo com a Universidade Aberta, no sentido de se avançar para este tipo de formações. Foi inicialmente efetuada formação aos docentes e depois avançou-se para estas formações que permitem chegar a públicos diferenciados, muitos deles já integrados no mercado de trabalho e, como tal, com disponibilidade diferente dos alunos tradicionais que frequentam as aulas em regime presencial”. A formação a distância dá aos estudantes uma maior liberdade e autonomia na gestão do tempo, uma vez que lhes permite realizar as atividades académicas a par-

tir de qualquer espaço, com maior comodidade e sem a necessidade de deslocações ou cumprimento de horários rígidos. De facto, são muitos os países de origem e/ou residência dos alunos matriculados nas edições das pósgraduações do IPCB como Portugal, Angola, Cabo Verde, Brasil, Suíça e Luxemburgo. No mesmo comunicado é referido que as primeiras pós-graduações lecionadas no IPCB em regime de Ensino a Distância tiveram início no ano letivo 2015/2016 e contavam, no seu conjunto, com 41 alunos, numa 1ª edição das pós-graduações em Reabilitação Sustentável de Edifícios, Gestão de Negócios e Proteção Civil. No ano letivo seguinte (2016/2017), além do funcionamento da 2ª edição de duas das três pós-graduações em regime de Ensino a Distância, com um aumento de alunos matriculados, teve lugar a 2ª edição do Curso de Formação de formadores on-line. Dirigido aos docentes do IPCB, e em articulação com a Universidade Aberta, o curso visou a preparação de docentes no sentido de se

aumentar a oferta formativa no IPCB. Presentemente encontram-se a decorrer no IPCB as pós-graduações em Gestão de Negócios, e Proteção Civil, que contam com 55 alunos matriculados. Está ainda previsto, para

o 2º semestre do ano letivo 2017/2018, o funcionamento das pós-graduações em Sistemas de Informação Geográfica, Design e Fabrico Integrado por Computador e a 2ª Edição da Pós-graduação em Reabilitação Sustentável de Edifícios. Em termos de forma-

ções de base, são várias e heterogéneas as áreas do conhecimento dos alunos: ciências económico-sociais, ciências jurídicas, ciências da engenharia, ciências do comportamento, ciências da saúde, ciências linguísticas, arquitetura, engenharia civil,

proteção civil, ciências militares, sociologia e engenharia. O regime de Ensino a Distância é assim uma aposta ganha da instituição, não só em número de alunos inscritos, como também nos países de origem e das formações de base dos seus alunos. K

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Educação

Ródão dá bolsas 6 A Câmara de Vila Velha de Ródão acaba de aprovar a atribuição de 10 bolsas de estudo a alunos do concelho que frequentem o ensino superior, no valor global de 11 mil euros. Em nota enviada à comunicação Social, Luís Pereira, presidente do Município, explica que esta “é uma forma de combater o abandono escolar, melhorar a qualificação dos jovens e compensar os encargos acrescidos com a

frequência no ensino superior”. A atribuição das bolsas será feita a alunos que frequentem o ano letivo 2017/18 e está enquadrada no Regulamento Municipal de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior. Na mesma nota, o autarca considera a medida muito importante, pois trata-se de um reforço “do apoio financeiro e social, aos alunos e famílias abrangidos”. K

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Bolsa milionária da Comissão Europeia

Minho na alta roda científica

6 Manuela E. Gomes, vice-diretora do Grupo 3B’s - Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos da Universidade do Minho, acaba de receber uma bolsa de dois milhões de euros, atribuída pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC). Esta bolsa de consolidação de carreira (Consolidator Grant) é das mais prestigiadas a nível europeu e a cientista tem agora cinco anos para desenvolver substitutos biológicos de tendões e ligamentos. O projeto, intitulado “MagTendon: Tecnologias de engenharia de tecidos associadas a metodologias de estimulação magnética para a regeneração de tendões”, permitirá consolidar uma linha de investigação inovadora centrada na combinação de biomateriais e células estaminais, através de abordagens da engenharia de tecidos para a conceção de substitutos biológicos de tendões e ligamentos. Serão desenvolvidos até 2022

Relator especial

Coimbra na ONU novos biomateriais com propriedades magnéticas que possam ser usados em tecnologias de ponta, nomeadamente a bioimpressão 3D, permitindo um controlo muito específico das estruturas tridimensionais a desenvolver e imitando a arquitetura única do tendão e ligamento e da interface tendão-osso. A bolsa visa criar diversas plataformas, incluindo modelos únicos

de tendão para aprofundar o conhecimento da biologia básica do tecido, e substitutos vivos de tendão, visando o estabelecimento de uma nova geração de terapias avançadas com elevado potencial de aplicação clínica no futuro. “O potencial de aplicações é quase ilimitado e as vantagens para a qualidade de vida dos pacientes é indiscutível”, acrescenta. K

Rede Internacional da FAO

UTAD representa Portugal

6 João Coutinho, docente e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) na área de Solos, vai representar Portugal na Global Soil Laboratory Network, uma iniciativa que se enquadra na Parceria Global para o Solo, lançada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em 2011, na qual Portugal está representado através da Parceria Portuguesa para o Solo, e da qual faz parte a UTAD. Um dos pilares do Programa de Acção da Global Soil Laboratory Network é a instalação de uma Rede Global de Laboratórios de Solos, com representantes indicados pelas estruturas nacionais, tendo esta rede global iniciado trabalhos no início de novembro, em Roma, e onde o investigador da UTAD foi indicado pelos responsáveis nacionais. Outro objetivo é a instalação de Redes RePublicidade

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gionais e Nacionais de Laboratórios de Solos para controlo da qualidade, harmonização de métodos e colaboração internacional no que respeita às características dos solos, nomeadamente a determinação da matéria orgânica do solo. A criação desta rede prende-se com o facto de o solo, através da sua matéria orgânica, “ser o principal reservatório de carbono do pla-

neta pelo que, quanto mais retiver carbono, mais poderá contribuir para atenuar as alterações climáticas”, explica o especialista da UTAD. João Coutinho é professor catedrático na área de fertilidade do solo, docente e responsável pelo Laboratório de Solos e Plantas da UTAD, e tem integrado ou coordenado diversos programas de investigação com financiamento nacional e europeu. K

6 Duarte Nuno Vieira, professor catedrático e diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, integrou uma nova missão do atual Relator Especial das Nações Unidas para a Tortura e outros tratamentos ou punições cruéis, desumanos e degradantes, Nils Melzer, que teve lugar na Sérvia e no Kosovo. O convite para participar nesta missão partiu do Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas. Duarte Nuno Vieira tem acompanhado, desde 2004, as missões internacionais de investigação promovidas pelos sucessivos Relatores Especiais em vários países. Participou, por exemplo, em missões na

Nigéria, Paraguai, Indonésia, Moldávia, Grécia, Cazaquistão, Quirguistão, Papua Nova Guiné, Moldávia, Tunísia, Tadjiquistão, Marrocos, Gana e Turquia, entre outros. A área da investigação de tortura e maus tratos tem constituído um dos domínios preferenciais da intervenção pericial internacional do especialista de medicina forense da Universidade de Coimbra, que neste mesmo âmbito tem colaborado também em missões do Comité Internacional da Cruz Vermelha, do Conselho Internacional de Reabilitação de Vítimas de Tortura, do Conselho da Europa e da Amnistia Internacional. K

Universidade do Algarve

Paulo Águas novo Reitor 6 Paulo Águas, até agora vicereitor da Universidade do Algarve, acaba de ser eleito reitor da instituição, numa votação realizada a 16 de novembro. O vencedor obteve 16 votos, mais dois que Efigénio da Luz Rebelo, enquanto Saúl Neves de Jesus teve apenas um voto. O vencedor pretende afirmar a instituição através da expansão da cadeia de valor cujas atividades primárias são o Ensino, a Investigação & Transferência e as Relações com a Comunidade. “Acredito que nos próximos quatro anos iremos conseguir aumentar o número de estudantes e de diplomados, com maior crescimento nos estrangeiros, aumentar os indicadores de investigação, nomeada-

mente níveis de financiamento e de produção científica, num contexto de crescente permeabilidade com o meio envolvente”, refere no seu programa de candidatura. A tomada de posse do novo Reitor está agendada para o dia 13 de dezembro, dia em que também se comemora o 38º aniversário da Universidade do Algarve. K


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crónica salamanca Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Agostinho Dias, Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Reis, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Artur Jorge, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Ribeiro, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Mota Saraiva, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Hugo Rafael, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Carlos Moura, José Carlos Reis, José Furtado, José Felgueiras, José Júlio Cruz, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Lídia Barata, Luís Biscaia, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Estatuto editorial em www.ensino.eu

El deporte en la universidad 6 Estamos muy habituados a escuchar noticias relativas a grandes deportistas que reciben una beca para “estudiar”, mejor representar, como sobresalientes de una disciplina deportiva, en una universidad de los Estados Unidos, sea ésta California, Florida o Indiana, es equivalente para nuestro tema. Considerando el peso que ha alcanzado este país en la geopolítica mundial, en los medios de comunicación y en el modelo contemporáneo de universidad en todo el mundo, el que un deportista español de alto rendimiento ( o un nigeriano o paraguayo, es igual) reciba una buena subvención en los USA es modelo de universitario ejemplar. Pero en nuestro contexto universitario no se acaba de entender bien las razones. Al igual que la llamada liga universitaria de baloncesto en los mismos USA, cantera y precedente de la famosa NBA. ¿Por qué este énfasis en los deportistas cualificados que son captados por las universidades de ese rico país?. Por varias razones, entre las que se encuentran el uso publicitario del nombre de la universidad, el carácter competitivo del modelo de sociedad y de universidad donde se inserta, la facilidad para captar recursos económicos externos y sponsor de particulares y empresas. Tal vez, sobre todas ellas, por las pautas ya muy arraigadas en aquellas universidades sobre el valor formativo del deporte. Por supuesto, no lo olvidemos, aquel sistema universitario de los USA es heredero directo del modelo tradicional de formación superior inglés en el que históricamente se ha educado la nobleza y la burguesía, y en el que la educación física

y el deporte han ocupado siempre una posición expresa para la distinción de formas y estilos ciudadanos, y a veces la selección social. Sus maestros fueron J. Locke y H. Spencer, orientadores de la educación inglesa contemporánea, en la que la educación física y el deporte han desempeñado una tarea formativa extraordinaria en la conformación del estilo de ser caballero, ciudadano, “gentleman”. La confrontación anual de los remeros de las universidades de Oxford y Cambridge, que se transmite en directo en muchas cadenas de televisión de todo el mundo, es todo un emblema en la construcción de su imaginario y en su recepción en todo el mundo. O la pregunta por el origen inglés de varios deportes colectivos (como el fútbol) o individuales (tenis) nos debe conducir a encontrar respuestas en la historia de su educación universitaria. La pregunta que nos gustaría poder resolver algún día sería parecida a si la universidad española ganaría en calidad si se aproximara un poco, solo un poquito, al interés que existe en la universidad anglosajona por el deporte y la actividad física de sus miembros, estudiantes, profesores y personal de apoyo. Para responder tal vez habrá que esperar y cambiar muchas cosas de nuestra organización universitaria actual. Hay que dar pasos. El deporte, la educación y la actividad física pueden encontrar en la universidad muy diferentes apoyos por parte de todos o algunos de los integrantes de la comunidad universitaria, y por ello pueden y deben merecer la atención que corresponda desde los responsables del gobierno del Estu-

dio. Las motivaciones pueden ser muy variadas. Además de haber alcanzado la máxima proyección formativa y profesional en centros específicos de estudio e investigación sobre el deporte o facultades de formación de profesionales del deporte (valga el INEF como ejemplo), en las Facultades de Educación se forman maestros de primaria con especialidad en educación física y también profesores de educación secundaria con ese perfil de educación física. Todo lo cual es manifiestamente mejorable En la mayoría de las universidades funciona un servicio de educación física (o institución equivalente) que con más o menos fortuna, recursos y dedicación cumple con su cometido. Aunque, esa es nuestra opinión, con un formato excesivamente funcionarial (en su sentido más grueso) y poco dinamizador entre los miembros de la comunidad universitaria. Habrá que crear, o mejorar y actualizar instalaciones deportivas ya existentes. Será preciso incentivar el deporte, principalmente el femenino, y la actividad física para todos, con campañas y con apoyos y reconocimientos, también los académicos. Es necesario ofrecer y mejorar programas de becas de estudio a los buenos deportistas, para atraer y retener su potencial de llamada y ejemplarizante. Es imprescindible promover la investigación de perfil deportivo y de la actividad física en general. No hay que desdeñar la oportunidad de pasear por diferentes canchas el nombre de la universidad, siempre que se consiga captar los recursos externos adecuados en formato de “esponsorización” para sostener

buenos equipos competitivos, casi profesionales, en algunas de las disciplinas deportivas por las que se decida optar y apostar con firmeza. Desde luego, para nosotros la construcción de una universidad humanista y socialmente ejemplar pasa también por prestar atención al deporte y la actividad física dentro de su oferta formativa. Los creadores y promotores de la cultura grecolatina, de la que Occidente es deudor, nunca olvidaron la dimensión formativa de la educación física, de la competición atlética y del deporte. No se trata de postular ahora una ley del deporte universitario, pero sí de pensar estratégicamente hacia donde puede encaminarse nuestra universidad para los próximos, y ahí el deporte y la actividad física deben encontrar un espacio con identidad propia para beneficio de todos. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

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Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco

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press das coisas

pela objetiva de j. vasco

Simple Habit Meditation 3 É uma app de meditação. Com uma utilização diária de 5 minutos, promete reduzir o stress, melhorar a concentração, ajudar a dormir melhor e até a respirar mais facilmente. Pode aceder a mais de 50 sessões gratuitas, separadas por várias categorias. A app pode ser testada por 30 dias, exigindo depois uma assinatura mensal. K

Sara Tavares «Fitxadu» 3 Chama-se «Fitxadu» e é o quinto álbum de originais de Sara Tavares, nome maior da música portuguesa. Pela primeira vez, Sara Tavares partilha a composição das suas canções, na companhia de nomes como Kalaf Epalanga, Toty Sa´Med, Manecas Costa, Bilan (Cachupa Psicadélica) Princezito ou Paulo Flores, entre muitos outros. O novo trabalho revela uma sonoridade renovada. K

AO CEM 3 Para todos nós o ano ficará marcado por motivos diferentes, mas para os católicos em geral e marianos em particular, em 2017 celebrou-se os 100 anos que a Virgem Maria, Nossa Senhora do Rosário de Fátima, apareceu a 3 pastorinhos na Cova de Iria: Lúcia, Francisco e Jacinta. Fátima é, antes de mais, um fenómeno de fé, que não pode ser ignorado do ponto de vista religioso, mas também turístico e económico. Maria deu a Fátima uma nova centralidade que, por motivos vários, todos os anos se renova e se expande. K

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Prazeres da boa mesa

Um Cheirinho de Natal… As Filhós em Mil Folhas (25 pax): 200g de Medronhos 50g de Açúcar 1 Laranja em Zeste 25g de Manteiga 750 ml de Garraf. do Comendador

3RECEITA Ingredientes p/ as Filhós (25 pax): 3 Cháv. Café de Azeite 2 Cháv. Café de Aguardente 1 Cháv. Café de ANIS SECO DÓMÚZ 3 Cháv. Café de Leite 3 Cháv. Café de Sumo de Laranja 3 Ovos 1 Kg de Farinha Q.B. de Sal Preparação da Filhós: Misturar todos os ingredientes até ficar uma massa homogénea. Deixar descansar por 30 minutos. Esticar, cortar e fritar em azeite. Ingredientes Gelado de ANIS DÓMÚZ (25 pax): 1,5 L de Leite 1,5 L de Natas 600g de Gemas 600g de Açúcar 150g de ANIS MEL DAMAS DÓMÚZ 60g de Estabilizante Pre. do Gelado de ANIS DÓMÚZ: Ferver o leite e as natas. Misturar aos restantes ingredientes. Deixar arrefecer completamente e levar à máquina de gelados até

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Preparação para os Medronhos: Derreter o açúcar na RESERVA DO COMENDADOR com a manteiga. Adicionar a zeste de Laranja, por fim os medronhos.

ficar cremoso e sólido.

restantes natas batidas.

Ingredientes Mousse de Queijo (25 pax): 180g de Natas 1 Vagem de Baunilha 6 Folhas de Gelatina 120g de Açúcar em Pó 600g de Queijo Neutro 440g de Natas

Ingredientes para os Medronhos

Preparação da Mousse de Queijo: Levar as 1ªs natas ao lume com a baunilha e o açúcar em pó até ferver. Adicionar a gelatina demolhada. Juntar ao queijo e envolver as

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Empratamento: Num prato fazer camadas de filhós e de mousse de queijo. Aplicar um cordão de molho de medronhos e dióspiro. Finalizar

com o gelado. K Chef Mário Rui Ramos _ Chef Executivo


Bocas do galinheiro

75 ANOS DE CASABLANCA

João Rosa H

ainda dirigiu vários filmes no seu país, tendo chegado aos Estados Unidos em 1926, pela mão de Jack Warner, esteve na Warner Bros, até 1954, major onde rodou os seus maiores êxitos, nomeadamente filmes protagonizados por Errol Flynn. Para além deste Oscar por “Casablanca”, já vira o seu “Capitain Blood” (1935), receber a nomeação para melhor filme, e ele próprio ser nomeado para melhor realizador por “Angels With Dirty Faces” e “Four Daughters”, ambos em 1938, e “Yankee Dodle Dandy”, em 1942.

Mas ver “Casablanca”, como já dissemos, é também assistir às fantásticas interpretação de um dos actores maiores da sua geração, Humphrey Bogart. Já era conhecido na Sétima Arte até este filme, mas é a partir daqui que se guinda ao topo, inclusive do ponto de vista financeiro. Apesar de o estúdio ter anunciado que os papéis principais seriam para Ronald Regan, Ann Sheridan e Dennis Morgan, e da preferência de Jack Warner por George Raft, Aallis apostou em Bogart e ganhou. Melhor, ganhámos todos. O seu Rick (Richard) Blaine

é toda uma figura. A ambiguidade de sentimentos que a personagem vive, o cínico dono do café, mas que cede a ajudar uma refugiada de que Renault se iria aproveitar, o homem apaixonado no flash-back de Paris com Ilsa, e o homem desesperado, depois do reencontro no café, quando Sam, tocava “As Time Goes By” para Ilsa, “pelos velhos tempos”, ao ponto de se verter em lágrimas (caso raro, diga-se, Bogart a chorar!). Isto para não falar do seu derradeiro gesto, ao abdicar de Ilsa. E, a seu lado, Ilsa, Ingrid Bergman. Linda como noutros filmes não se viu. Há três ou quatro grandes planos que dizem tudo sobre esta mulher dividida entre dois homens: Rick, o amante de Paris, e Laszlo, o marido, o herói da Resistência que julgava morto e por quem está disposta a tudo para o ver a salvo para continuar a sua luta fora de Casablanca. Mas de interpretações não estamos conversados. Para além do terceiro protagonista, Paul Henreid, um austro-húngaro, no papel de Victor Laszlo, que cumpre, há toda uma lista de secundários invejável: Claude Rains, um britânico da Royal Academy of Dramatic Arts, dá vida a capitão Renault, Conrad Veidt, um alemão fugido do nazismo era o pérfido major Strasser, oficial nazi, Peter Lorre encarnou Ugarte, Doodley Wilson foi Sam, o pianista, fiel companheiro e cúmplice de Rick nas suas andanças e aventuras (é ele que canta “As Time Goes By”, mas é dobrado no piano), ou Madeleine LeBeau, uma refugiada francesa, que interpreta Ivonne a cantora que a incentivo de Laszlo canta “A Marselhesa”, calando os nazis no “Rick’s American Café”. Por fim o argumento. Vagamente baseado numa peça de Murray Burnett e Joan Alison “Everybody Comes To Rich’s”, nunca levada a cena, foi comprada pela Warner e Hal B. Willis apostou em fazer dela um filme. Passou por alguns guionistas da casa, até que os irmãos Epstein, Julius e Philip se encarregaram dos diálogos, tendo mais tarde colaborado no guião Howard Koch e, não creditado, Casey Robinson. Um guião que se construiu à medida que se filmava e que não se sabia como ia acabar. Acabou bem, porque, para além de tudo o que já dissemos, os diálogos de “Casablanca” são autênticas pérolas, com deixas memoráveis que seria um prazer aqui recordar. Mas não temos espaço. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

7 E já passaram 75 anos desde a obraprima de Michael Curtiz, “Casablanca”. Um acontecimento que para mim, um incondicional do filme, já perdi a conta às vezes que já o vi em casa, justifica voltar a ele. Estreou no dia de Acção de Graças, de 1942, no Hollywood Theater de Nova Iorque, três meses depois da tomada de Casablanca pelas forças aliadas. Mas a cidade marroquina do filme ainda está sob controlo da França de Vichy, local de convergência de refugiados, aventureiros e oportunistas vários, tem no popular café de Rick o palco onde tudo acontece. Primeiro a chegada do major Heinrich Strasser, para colocar alguma ordem no corrupto capitão Renault, chefe da polícia local, pensava ele, e recuperar dois salvo-condutos roubados a dois emissários alemães, antes que caiam em mãos indesejadas, das muitas que os tentavam comprar para saírem de Casablanca, via Lisboa, rumo aos Estados Unidos. Renault ainda consegue espetacular operação no café para os recuperar de Ugarte, um escroque que deambulava pela cidade, mas que acabam, via Rick, no piano de Sam, mas já lá vamos. Depois a chegada de Victor Lazlo, um líder da Resistência, acompanhado da mulher, Ilsa. E a partir daqui, apesar de se estar em guerra, em vez de um filme bélico, passamos a assistir a um grande, grande filme romântico, à tal obraprima, com diálogos brilhantes, interpretações grandiosas, em que claramente perpassa uma componente política, evidentemente, desde logo contra o regime de Vichy, e, por razões mais que óbvias, contra as potências do Eixo, com a Alemanha de Hitler à cabeça. Estamos perante um filme sobre refugiados, feito essencialmente por refugiados, muitos deles judeus! Não seria preciso dizer mais. Mas esta película, apesar de um começo titubeante, desde a escolha do realizador e dos actores, acaba por reunir o que de melhor se pode querer para se conseguir o resultado que esta teve. E, de um filme que à partida não era favorito, apesar das suas oito nomeações, acabou por arrebatar três dos oito Oscares para que havia sido nomeado: melhor filme, melhor realizador e melhor guião adaptado. Quanto ao realizador, o produtor Hal B. Wallis, começou por tentar William Wyler, então com contrato com Samuel Goldwyn, o que não conseguiu, virando-se para Michael Curtiz, depois de desistir de Vincent Sherman e William Keighley. Nascido em Budapeste em 1886, então parte do Império Austro-Húngaro,

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Los Programas Universitarios para Personas Mayores

Un concepto distinto de universidad 7 En los últimos años han surgido distintas iniciativas y programas universitarios para personas mayores, en claro proceso de extensión y generalización en casi todos los países de Europa. De las 80 universidades que existen en España (53 públicas y 27 privadas), más de 60 cuentan con este tipo de programas y 50 exactamente forman parte de una activa plataforma que coordina e impulsa este tipo de estudios que es la Asociación Estatal de Programas Universitarios para Mayores (AEPUM). En Portugal conocemos una docena de experiencias universitarias en marcha (las UTI de los municipios son muy numerosas) y, sin duda, la generalización de las instaladas en centros de enseñanza superior no tardará en ser inminente. Nosotros mismos, al amparo de la AEPUM, estamos tratando en estos momentos de colaborar en una especie de red hispano-portuguesa o Ibérica de este tipo de programas para mayores, con la idea de promover encuentros universitarios periódicos donde se intercambien ideas y proyectos entre ambos países. Concretamente nuestro programa de Extremadura desarrolla interesantes experiencias e intercambios de alumnado con algunos de los programas portugueses desde hace años. Todo ello es producto, a nuestro juicio, de un momento sin-

gular en el que confluyen varias circunstancias: Una universidad -o centro de estudios superiores- que mira más a su alrededor, una sociedad que exige un mayor compromiso social a los universitarios, unas personas mayores que llegan a la edad de jubilación con un horizonte de vida aún lejano y pleno de facultades y que pertenecen a una generación que por múltiples razones vio limitadas sus posibilidades de acceso a las aulas universitarias, pero que, sin embargo, miró a la universidad como un ideal y luchó y trabajó para que sus hijos obtuvieran una formación de nivel superior. Y, por otro lado, no es menos cierto que las instituciones de enseñanza superior también ha sentido la necesidad de salir de sus campus y mirar hacia la sociedad. Y ha sido precisamente en los últimos años cuando ha sido más consciente de que no puede desarrollar su función investigadora ni formativa al margen de la sociedad y que dicha sociedad no sólo necesita nuevos profesionales, sino también reciclar y actualizar los conocimientos y la formación de sus trabajadores y profesionales, de sus hombres y mujeres. La expansión de estos Programas universitarios para personas mayores ha venido acompañada de experiencias de participación que a través de modalidades di-

versas configura un ámbito de participación en auge. Abrir la Universidad a las personas mayores supone compartir un concepto distinto de universidad. Y supone aceptar: - Que se puede aprender a cualquier edad, ya que algunas limitaciones que se puedan adquirir al tener más años (agilidad, memoria, agudeza sensorial, etc.) pueden contrarrestarse con otras posibilidades que conseguimos con los años (tiempo, curiosidad, experiencia, constancia, etc.). - Que la formación de nivel superior no debe estar orientada solamente a formar profesionales más o menos competentes e investigadores más o menos productivos, sino que también deben procurar hacer más culta a la sociedad en su conjunto, propiciando la reflexión sobre la cultura y los valores. - Que la educación es un proceso que dura toda la vida y los centros de enseñanza superior son instituciones educativas con las que cuenta la sociedad y han de ser centros abiertos e intergeneracionales. La sociedad va a poder contar con ellos para atender a esta población mayor en aumento, pues se espera que, debido al descenso de la natalidad, dichos centros deberán ampliar su cuota de usuarios y ocuparse tanto de la continuación de los estudios de los posgraduados

como de la educación de personas mayores. Las instituciones de enseñanza superior deben ser competitivas y ampliar su cuota de usuarios centrándose en la continuación de los estudios de los estudiantes jóvenes y en la educación de mayores. Las actividades formativas universitarias para estos tramos de edad, como para las de cualquier otra, no pretenden simplemente rellenar el tiempo libre. En general, entre sus objetivos figuran: devolver a los mayores el sentido de la vida, ayudarles a recuperar su papel de actores en la sociedad, que no tiene por qué quedar destruido después de cesar en un puesto de trabajo... y lograr que en ellos el conocimiento adquiera una nueva dimensión social. Estos nuevos escenarios, en cuanto a la naturaleza, edad, nivel de conocimientos y tipo de estudios de los alumnos obligarán a las instituciones a contemplar su preparación para un mundo dominado por las nuevas tecnologías, donde los ciudadanos necesitarán fundamentalmente destrezas comunicativas. Para las personas de la franja de edad de la que hablamos el tipo de formación deberá ayudar a entender el impacto que tiene la ciencia y la tecnología en todos los aspectos de la sociedad, exigiendo además de las disciplinas tradicionales, ofrecer un punto

de vista más global (educación para la responsabilidad ambiental, para el desarrollo armonioso de las relaciones interculturales, etc..), junto a algunas destrezas que no suelen enseñarse, como un uso constructivo del tiempo de ocio o ir viviendo su educación como una actividad placentera y agradable. En efecto, las circunstancias tecnológicas, culturales y sociales en las que se desenvuelve la actual sociedad exigen, ya, nuevos cometidos a la educación y requiere plantear unos nuevos objetivos para la misma. Esto sería el más claro ejemplo de que la sociedad ha asumido que la educación a lo largo de la vida es uno de los derechos humanos fundamentales para el desarrollo de los ciudadanos. K Florentino Blázquez Entonado_ Profesor Emérito. Coordinador del Programa de Mayores de la Universidad de Extremadura

sector automóvel Kia Stonic desde 14 150 euros 3 O Kia Stonic já chegou ao mercado português, com preços a partir dos 14 150 euros, valor que inclui um desconto de 3700 euros da campanha de lançamento. O Stonic é um novo SUV, com uma imagem jovem e colorida, disponível com três motorizações, duas a gasolina e uma a gasóleo. As versões a gasolina têm motorização 1.2 CVVT de 82 cv ou 1.0 T-GDI de 120 cv, enquanto nas Diesel o motor é 1.6 CRDi de 110 cv.K

Stelvio Quadrifoglio para encomenda 3 As primeiras unidades do Stelvio Quadrifoglio chegam no verão de 2018, mas já estão disponíveis para encomenda. A versão de topo do novo SUV da Alfa Romeo conta com um motor 2.9 V6 Biturbo com 510 cv e tração integral. A parte chata: os preços começam nos 115 mil euros para o mercado português. K

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Jeep Wrangler avança em 2018 3 A nova geração do Jeep Wrangler estará disponível em 2018. O histórico modelo terá novamente versões de três e cinco portas, introduzindo pequenas mas importantes novidades nos faróis, grelha e painel de instrumentos. Já o motor 2.8 será substituído por um 2.0 de quatro cilindros. K


Voluntariado liga academia ao país

Santander premeia projetos solidários

6 O Banco Santander Totta anunciou, no passado dia 5 de dezembro, os vencedores da segunda edição do Prémio Voluntariado Universitário Santander Universidades, uma iniciativa que envolveu 50 candidaturas de todo o país, que mobilizam 5.000 voluntários em causas diversas, com impacto em mais de 886 mil beneficiários. Na categoria de PVU Projeto o prémio, de três mil euros, foi atribuído à Herança Madeirense, da Associação Académica da Universidade da Madeira. O prémio PVU Comunidade (3000 euros) teve como vencedor o projeto Escola Inclusiva, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. O PVU Ideias (3000 euros), foi ganho pelo projeto Move Açores porta-a-porta, promovido pela Associação de Microcrédito e Empreendedorismo, Católica Lisbon Schoo of Business & Economics. Já o PVU Comunicação (1000 euros) foi conquistado pelo projeto U.Dream, das universidades do Porto, Minho e Aveiro. Para além dos prémios monetários, o Santander Totta oferece mentoria de apoio à prossecução dos objetivos dos projetos durante o período de um ano e promove a divulgação dos mesmos, procurando assim também mobilizar a opinião pública para a prática do voluntariado e divulgar as boas práticas no âmbito dos projetos de voluntariado universitário. Ficaram como mentores para os vencedores deste ano Adérito Maia, Marco Sousa e Vitor Calado. Na cerimónia foram ainda entregues menções honrosas aos projetos SPOT AHEAD Bairros, da Nova School of Business and Economics; Happy Wish, da Universidade da Beira Interior; Consultoria Solidária, da Faculdade de Economia da Universidade do Porto; Mais Ativo Mais Vividos Intergeracional, da

A administração do Banco Santander Totta com os vencedores do prémio

Faculdade de Desporto da Universidade do Porto; Plantar o Futuro. da Universidade de Aveiro; e INTEGRATE. da Universidade de Évora. António Vieira Monteiro, presidente executivo do Banco Santander Totta, considerou importante a “sociedade civil ter estas funções, já que o Estado por várias razões não o pode fazer. Nesse sentido, há dois anos, decidimos instituir estes prémios, que pretendem potenciar o apoio aos mais carenciados, sobretudo quando é feito pelos jovens e pelas universidades”. O presidente do Santander Totta recordou que “estes prémios estão dentro da nossa responsabilidade social, sobretudo no que respeita ao apoio às instituições de ensino superior. Hoje somos reconhecidos internacionalmente como o banco das universidades. (…) Continuaremos no caminho de apoiar cada vez mais o ensino superior”. Também Inês Oom de Sousa, administradora executiva do Banco Santander Totta, destacou a importância dessa ligação e do prémio Voluntariado Solidário. “Faz sentido o Santander Totta ter este papel na sociedade”, disse.

Para Cristina Louro, presidente do júri, o futuro da nossa sociedade passa por podermos desenvol-

ver estes projetos e “é importante que os jovens estejam disponíveis para o fazer”, lançando o desafio

para que “as universidades e os politécnicos promovam já a edição do próximo ano”. Cristina Louro, lembrou ainda os fatores que o júri teve em consideração, como a relevância e pertinência dos projetos, a sua coerência, a originalidade e envolvimento com a comunidade, ou o vídeo de apresentação. A cerimónia permitiu ainda ouvir de viva voz o balanço do impacto dos projetos que venceram a edição do ano passado, num painel que contou com as intervenções de António Bello (Just a Change), Francisco Miranda (Spot), Mariana Teixeira (VOU Pirueta), Rute Mello e Manuel Aragão (mentores do Banco Santander Totta), e que foi moderado por Marcos Ribeiro (coordenador do Santander Universidades) e Paula Cordeiro (Comunicação do Santander). A cerimónia da entrega de prémios, moderada por Cristina Dias Neves (diretora do Santander Totta) e por Marcos Ribeiro, contou com a presença de reitores de universidades e responsáveis de politécnicos, bem como dos alunos que apresentaram as candidaturas, entre muitas entidades. K

Projetos na primeira pessoa 6 Herança Madeirense, da Associação Académica da Universidade da Madeira, venceu na categoria de Projeto. “Atuamos desde 2012. Trata-se de um programa cultural e turístico que pretende promover e dar a conhecer o nosso património, através por exemplo de visitas guiadas ou de rádio guias. Através destas iniciativas conseguimos gerar receitas para desenvolvermos projetos de ação social, como o financiamento de refeições escolares para os alunos mais carenciados, a aquisição de material para

a biblioteca ou para reformas de infraestruturas da universidade”, explicou, no final da cerimónia o responsável pelo projeto. Neste momento o Herança Madeirense envolve 80 pessoas de 11 nacionalidades diferentes. O PVU Ideias, foi ganho pelo projeto Move Açores porta-a-porta, promovido pela Associação de Microcrédito e Empreendedorismo, Católica Lisbon Schoo of Business & Economics. “Este prémio uma motivação extra para podermos começar este projeto nos Açores, na

Ilha de S. Miguel. Desde 2009 que estamos a trabalhar em S. Tomé e Timor, e este projeto pretende apoiar as famílias a encontrar alternativas e apoiá-las na sua gestão familiar”, explicam Rodrigo Duarte e Catarina Marques responsáveis pelo projeto, enquanto referem que o impacto naqueles dois países tem sido muito positivos. Sara Paiva, Joana Santos e Diogo Brito são os responsáveis pelo projeto Escola Inclusiva, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, que venceu o prémio na categoria

Comunidade. “É um reconhecimento do trabalho que temos feito ao longo de cerca de dois anos. Trata-se de um projeto com 11 áreas de competência nas diferentes escolas do instituto e que envolve cerca de 20 instituições e 150 alunos a colaborar”, referem. A Escola Inclusiva trabalha diretamente com as instituições, as quais perante uma determinada necessidade “nos contactam e os alunos, no âmbito dos seus cursos, desenvolvem esse trabalho e entregam-nos às instituições”.

Já o PVU Comunicação foi conquistado pelo projeto U.Dream, das universidades do Porto, Minho e Aveiro. Diogo Cruz, responsável pelo projeto, revela que “para 2018 pretendemos consolidar o U.Dream em Aveiro e crescer para Coimbra. O nosso modelo é complexo, e estamos a crescer ao ritmo de um ano uma cidade, mas era um sonho ter o projeto em todas as cidades universidades. O nosso projeto é educativo, pelo que só dentro de 10 ou 20 anos poderemos dizer se resultou ou não”. K

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Receitas das Avós

Avós reunidas em livro de sabores

Prémio Jovem Cineasta no Cinanima 2017

Alunos do IPP ganham

6 João Monteiro, Luís Vital e Ricardo Livramento, alunos da licenciatura em Design e Animação Multimédia no Politécnico de Portalegre e autores da curta metragem “A viagem”, são os vencedores do Festival Cinanima 2017, na categoria Jovem Cineasta. Este prémio é o mais importante galardão nacional na área do cinema de animação PublicidadeAF_25,5x16,5.pdf

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outorgado a primeiros filmes ou filmes de fim de estudos e este ano foi atribuído ex aequo com a curta-metragem “O Desempregato” de Sara Marques e André Matos. “A viagem” é um relato introspetivo da vida problemática de um jovem adulto. Uma viagem feita através das memórias do protagonista. Esta curta-metra-

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gem, realizada no segundo ano da licenciatura no âmbito da Unidade Curricular Projecto de Animação, tinha ganho recentemente o Prémio Nacional de Animação atribuído pela Casa da Animação. A esse prémio soma-se agora o do Cinanima, o maior e mais antigo festival de animação organizado em Portugal e o terceiro mais antigo em todo o mundo. K

6 O livro “Receitas das Avós”, coordenado pelo diretor do Ensino Magazine, João Carrega, é apresentado dia 18 de dezembro, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco. Como é referido na nota introdutória este é um livro de afetos e de sabores, que reúne um conjunto de cerca de 30 receitas confecionadas por avós de diferentes lugares. João Carrega refere que este é um livro de “afetos e de sabores. De afetos, porque procura transmitir, de uma forma muito simples e objetiva, o amor recíproco entre avós e netos. De sabores, porque nos apresenta

um conjunto de receitas, confecionadas pelas Senhoras que aceitaram o nosso desafio, com as quais os netos (e bisnetos) se identificam”. “Receitas das Avós” apresenta-nos sabores doces e salgados, tradicionais e inovadores, com alma e muito carinho. Ao longo de todo este processo sentimonos, por momentos, netos de cada uma das avós que aceitou o desafio de nos escrever e confecionar as suas receitas. O livro pode ser adquirido diretamente na editora (RVJ Editores) ou na loja virtual em www. ensino.eu. K


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