Ensino Magazine nº 173

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Julho 2012 Director Fundador João Ruivo

Director João Carrega Publicação Mensal Ano XV K No173 Distribuição Gratuita

suplemento Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS

Entrevista

Paulo Moura conta toda a história de Otelo

www.ensino.eu Assinatura anual: 15 euros

Nuno Melo, Eurodeputado

Educação precisa de estabilidade C

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P 16 e 17

Universidade

Empregabilidade da UBI em alta

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Ensino Jovem

Politécnico

Castelo Branco rejeita fusões pOLITÉCNICO

Leiria baixa propina de Mestrados C

Da Buraka para o Mundo

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cultura

Desencanto dos Professores em livro C

p 26 pub

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Nuno Melo, eurodeputado

Um português no coração da Europa 6 Divide o seu tempo entre Bruxelas, Estrasburgo, Lisboa e o Porto. A poucos dias de tomar outro avião rumo a Timor Leste, onde chefiará uma delegação de observadores do Parlamento Europeu, o eurodeputado do CDS revelou ao “Ensino Magazine” a forma como tem defendido o interesse nacional nos órgãos de soberania europeus, falou da falta de pensamento estratégico no

«velho continente» e das suas mediáticas presenças nas comissões do BPN e de Camarate. Sobre a educação diz que, à semelhança de outros sectores, está dominado pela «corporativização». Foi eleito eurodeputado em 2009. Como é a semana de trabalho de um deputado ao Parlamento Europeu? Estabelecendo um pa-

ralelismo com o que se passa na Assembleia da República, em Lisboa, os eurodeputados integram comissões parlamentares especializadas ou sectoriais. Três semanas por mês estão sediados em Bruxelas, onde funcionam estas comissões que desenvolvem um trabalho de natureza técnica e produzem relatórios. Na restante semana do mês os eurodeputados trans-

ferem-se para Estrasburgo onde decorrem as sessões plenárias. Para além disso integro delegações e sub-comissões em áreas da minha especialidade, nomeadamente assuntos jurídicos, emigração, o Eurojust, direitos do homem. Sou vicepresidente do Parlamento Europeu para a região do Mercosur e participo em viagens oficiais de delegações de eurodeputados

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Expresso / Jorge Simão H

em diversas regiões do mundo. À primeira vista parece um dia a dia muito agitado… De segunda a quintafeira estamos em Bruxelas ou Estrasburgo, conforme a situação, e na quinta ao fim do dia regressamos a Portugal. Normalmente regresso a Lisboa caso tenha reuniões relacionadas com o meu partido ou intervenções em programas de comentário político em televisões, e só no dia seguinte é que regresso ao Porto onde exerço a minha actividade profissional como advogado. Os portugueses têm demonstrado um grande alheamento quando se realizam eleições europeias. Isso significa um défice de conhecimento das instituições? Estou em crer que os portugueses vão conhecendo melhor as instituições europeias. E para quem não saiba o Parlamento Europeu permite que cada eurodeputado possa convidar 100 pessoas por ano para visitar as suas instalações,

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dando assim a conhecer um pouco do trabalho que ali se faz. Recentemente viajaram até Bruxelas duas escolas que venceram o programa interescolar chamado «Parlamento Europeu Jovem». Como é que em representação de um pequeno país se consegue defender os interesses nacionais numa Europa a 27? Basicamente com intervenções e iniciativas com visibilidade. Recentemente organizei uma mostra de vinhos portugueses, nomeadamente Vinho do Porto e de mesa, no Parlamento Europeu que teve uma grande aceitação por parte dos meus colegas dos restantes 26 países representados. Muitos deles confessaram-me que nunca tinham provado vinhos portugueses. Esta iniciativa revelou que promover os produtos portugueses é uma importante vantagem económica que importa não desperdiçar. Há poucas semanas uma iniciativa sua travou a entrada de têxteis do Paquistão na União Europeia, o que favorece a ;


Direitos Reservados H

economia e as exportações nacionais. Sente que defendeu o seu país no concerto das nações? Eu, enquanto português na Europa que sou, procuro defender, através do mandato que os eleitores me conferiram, o melhor que posso e sei, o interesse nacional. Suscitei o debate no parlamento em Estrasburgo sobre a entrada de têxteis com origem no Paquistão convicto que se fosse dada luz verde isto seria trágico para o meu país e também para outros, como a Itália e a Espanha. Seria concorrência desleal visto que se abriria a porta a produtos fabricados sem exigências sociais, ambientais, com limitação no uso de matérias-primas e com o recurso ao trabalho infantil, o que, naturalmente, teria reflexos no preço final. Isto viola as regras do mercado e reflecte a falta de defesa do interesse estratégico que existe na União Europeia. Foi contra isto que me insurgi, valendo-me de argumentos que foram aceites no plenário. Porque é que o interesse estratégico da Europa enquanto poder económico não é defendido em bloco? O grande responsável é a ausência de um pensamento estratégico europeu. Se existirem interesses conflituantes entre alemães e portugueses, certamente vão prevalecer os interesses da nação mais forte. No que diz respeito às exportações, a troika faz pressão para que dinamizemos o seu aumento, enquanto

a União Europeia nada faz para evitar que ataquem o nosso coração produtivo e destruam mais postos de trabalho. Há muitos obstáculos para retirar do caminho na Europa, e nalguns sectores há passos importantes que estão a ser dados. Eu estou a trabalhar num relatório no seio de uma estrutura denominada «European Investigation Order», que a concretizar-se vai permitir que a investigação criminal persiga e detenha um criminoso, esteja ele onde estiver, no espaço europeu, agilizando a burocracia e evitando que o processo corra o risco de prescrever. É a Europa a duas ou mais velocidades que vai perturbando o processo de integração europeia? Não há volta a dar-lhe: os mais ricos e desenvolvidos fazem sempre prevalecer os seus interesses comerciais e empresariais, mesmo que isso acarrete prejuízo para outros, perpetuando as assimetrias. Um dos pilares em que se construiu o projecto europeu, a solidariedade e coesão, está muito deficitário. A Política Agrícola Comum (PAC), que absorve cerca de 40 por cento do orçamento total da União Europeia, é o exemplo de falta dos valores que menciono. A Grécia, por causa dos subsídios à produção de algodão, está em primeiro lugar na lista dos países mais ajudados, enquanto Portugal ocupa o 24.º lugar. É esta falta de coesão que mina o processo de construção europeia. O modelo federal, ao estilo dos Es-

tados Unidos da Europa, seria um caminho a seguir? Pelo contrário. A federação europeia seria um caminho a evitar. Sou crítico de um processo federativo europeu de inspiração do tipo americano, até porque a Europa, ao contrário dos EUA, tem línguas e etnias diferentes, bem como um passado recente onde foi o epicentro de conflitos regionais à escala mundial que originaram milhares de mortos. Os grandes países imporiam a 500 milhões de pessoas, que constituem os países da União Europeia, tudo o que quisessem. Aliás, na política externa da Europa isso já acontece. Dou-lhe um exemplo: Em Timor Leste encontra-se um representante espanhol que está longe de ser um adepto da língua portuguesa em Timor. Independentemente do modelo, os grandes serão sempre grandes e os pequenos reduzidos à sua insignificância? Acredito num aperfeiçoamento da governação económica na Europa, com a criação de regras mais centralizadas como as que temos vindo a assistir, mas rejeito um federalismo institucional. Isso nunca. O seu colega de partido, Diogo Feio, também eurodeputado, escreveu um livro sobre o poder e a falta de transparência das agências de rating. Vivemos uma época em que os especuladores triunfam sobre os eleitos? Eu penso que estamos a assistir a uma mudança de paradigma. A crise

que atravessamos vai fazer com que um capitalismo selvagem, em que as governações assentavam em cada vez mais dívida, dê lugar a um rumo que reconduza os estados e os mercados às regras do bom senso. Já não se pode governar a pensar nas próximas eleições, mas sim a pensar nas próximas gerações. Estou em crer que este novo modelo vai prevalecer, o que fará com que os especuladores possam ter mais dificuldade em vingar, no futuro. Aqui chegámos devido à explosão do consumo e do endividamento. A bolha rebentou e será preciso começar da estaca zero, com novos valores. É esta a sua mensagem? Os estados estão a afinar os meus modelos, mas não creio que fujam de assentar em bases racionais e de sustentabilidade da economia dos estados, em detrimento da acumulação de uma divida crescente e impagável. Estou em crer que a Europa e os estados que a compõem vão encontrar o melhor sistema possível para enfrentar o futuro. Portugal está numa terrível ânsia para descolar da Grécia, mas os níveis da execução orçamental foram uma desilusão. A terapia de choque para curar o doente está a debilitá-lo ainda mais? Os esforços para conter o défice não estão a ter resultados animadores, mas os outros indicadores, nomeadamente ao nível da despesa, são positivos. E ;

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Expresso / Luiz de Carvalho H

é preciso não esquecer a Grécia está na rua e lida com uma conflitualidade social imensa. Isso não é resposta aos problemas. Portugal tem estabilidade política, um governo de maioria e um acordo parlamentar entre três forças partidárias, o PSD, o PS e o CDS, que respaldam o memorando da troika. E a Europa tem percebido que por estes motivos somos diferentes da Grécia. Temos sido, por isso, um bom exemplo. Nesta senda penso que, se continuarmos a cumprir como até aqui o plano de ajustamento, conseguiremos voltar aos mercados financeiros, em 2013, a um juro capaz. Integrou duas comissões parlamentares em Portugal que foram bastante mediáticas e que trouxeram mais alguma luz a dois casos que, à sua maneira, marcaram a sociedade portuguesa: a de Camarate e a do BPN. Que memórias guarda da sua intervenção em ambas? Tive um grande orgulho em pertencer a duas comissões que credibilizaram e prestigiaram a Assembleia da República. Ambas comissões foram a melhor homenagem que o Parlamento podia prestar à democracia. No que ao caso Camarate diz respeito, o que se sabe de substancial deve-se não à justiça, mas à política. No caso da morte de Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa o processo já prescreveu, mas a verdade não prescreve. A VIII comissão de inquérito, que tive o prazer de presidir, mobilizou uma comissão multidisciplinar que incluiu peritos em explosivos, especialistas sem engenharia que reuniram um espó-

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lio documental anatómico e com base em destroços do avião que reforçou os indícios para a tese de atentado que terá provocado a queda do Cessna, na noite de 4 de Dezembro de 1980.

de forma depreciada e falida. Só depois é que se vendeu o banco ao BIC a preço de saldo. Temo é que várias gerações vão pagar os prejuízos acumulados neste processo.

O caso BPN é mais recente e é paradigmático da promiscuidade entre política e negócios. Ficaram célebres os seus «tête-à-tête» com o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, onde foram trocadas palavras azedas entre ambos…

Como vê o fenómeno do desemprego entre os jovens?

Os directos da comissão parlamentar de inquérito ao BPN foram o primeiro “big brother” político televisivo. Constâncio foi responsável pelo que aconteceu porque não agiu quando devia. O processo BPN revelou falhas clamorosas da supervisão e crimes inimagináveis na actividade bancária. A nacionalização do banco por parte do governo socialista revelou-se um acto politicamente incompetente e ruinoso, porque foram três anos e meio de uma marca a funcionar

É uma realidade trágica. É terrivelmente perverso para uns pais investirem a vida inteira na educação de um filho e verificarem que o seu esforço não está a ser recompensado. E é frustrante para os próprios jovens que se sentem habilitados para desempenharem o seu papel laboral na sociedade e não lhes é dada essa oportunidade. O Estado deve dar resposta e funcionar de forma integrada. Os últimos anos foram férteis em conflitos e tensões incessantes entre professores e tutela. A tensão permanente deixou cicatrizes difíceis de mascarar?

CARA DA NOTÍCIA 6 O sucessor de Portas? Nuno Melo nasceu a 18 de Março de 1966 (46 anos), em Joane, Vila Nova de Famalicão. É advogado e consultor jurídico de profissão, licenciado em Direito, mas é na carreira política que se distingue pessoal e publicamente em toda a sua plenitude. Foi deputado na Assembleia da República durante 10 anos, vice-presidente do Parlamento, líder parlamentar do CDS-PP e foi eleito em Junho de 2009 como eurodeputado ao Parlamento Europeu. Esteve na linha da frente na famosa comissão de inquérito ao BPN e presidiu à VIII Comissão de Inquérito a Camarate. Actualmente vice-presidente do CDS é apontado por muitos como o «delfim» político de Paulo Portas, quando o actual ministro dos Negócios Estrangeiros deixar a liderança dos democratas cristãos. K

Perdemos tempo e perderam todos. Professores, pais, alunos e governantes. E o sector do ensino em Portugal, especialmente. Um sector demasiado corporativo e politizado só pode ser instrumentalizado e não obedece ao seu escopo fundamental que é o de formar para a vida. Infelizmente um dos pecados que continua a dominar o país é a corporativização de sectores fundamentais da sociedade, como é o exemplo que dei na educação, como também na justiça. Só que não é balcanizando-se interesses e perpetuando-se conflitos que Portugal avança. Reformar tem sido uma palavra de ordem deste governo e também neste domínio. A educação também carece de uma reforma profunda? A educação tem sido um produto experimental nas mãos do ministério da 5 de outubro. O sector precisa de estabilidade, exigência e verdade na formação. Não estou com isto a dizer que não se deve reformar, mas ao fazê-lo deve existir uma aplicação razoável no tempo e não deixar essa mudança ao sabor dos ciclos eleitorais. Acredito firmemente no trabalho deste ministério e deste ministro, oxalá os outros sectores ajudem e não atrapalhem. K Nuno Dias da Silva _

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Universidade da Beira Interior

Taxa de empregabilidade cresce EUA na UBI

Mundo russo com gabinete

T A Comissão de Avaliação da Associação de Universidades Europeias (EUA) irá deslocar-se à UBI no início do próximo ano lectivo, de 8 a 10 de Outubro, na sequência da candidatura ao follow-up do programa de autoavaliação institucional, iniciado em 2008, em consonância com uma postura de auto-reflexão e de monitorização de resultados que assumiu como princípio orientador. Para o efeito, foi constituída uma comissão de autoavaliação, que tem vindo a trabalhar no sentido de promover uma ampla análise e reflexão sobre aspectos-chave que culminarão na realização de um relatório de autoavaliação, a enviar em breve à EUA. K

T O Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) da Universidade do Minho acaba de receber o primeiro Gabinete da Fundação Mundo Russo em Portugal. O Gabinete inclui material metodológico, literatura de ficção e consulta, bem como material audiovisual e multimédia doado pela Fundação Mundo Russo/Federação da Rússia. A Fundação Mundo Russo tem como principal objectivo a promoção da língua e da cultura russas no mundo, sendo um dos seus programas de intervenção a criação dos gabinetes “Mundo Russo”. Para já, contam-se 57 gabinetes espalhados pelo mundo. K

Investigar na UBI dá fruto

T A Universidade do Minho e a Força Aérea Brasileira (FAB) acabam de realizar jornadas conjuntas para aprofundarem o acordo de desenvolvimento educacional e de investigação científica aplicada entre as duas instituições. O projecto iniciou-se há cinco anos e já permitiu a dezenas de oficiais da FAB “aumentarem as suas competências profissionais, preparandose para o desafio actual de desenvolvimento sustentado do Brasil”. A Universidade do Minho recebe alunos da Força Aérea Brasileira desde 2007, tem actualmente nove oficiais a frequentar cursos de mestrado (três deles prestes a defender as suas dissertações) e no próximo ano lectivo prevêse que haja 16 oficiais em vários mestrados (admissão de dez oficiais em 2012/13). K

T Uma equipa de investigadores constituída por Rosário Calado, Paulo Godinho e Sílvio Mariano, publicaram recentemente no Journal of Renewable and Sustainable Energy, do American Institute of Physics (AIP), uma proposta de dispositivo de conversão de energia das ondas do mar que despertou o interesse da imprensa internacional. O dispositivo proposto consiste de um corpo flutuante ligado a um novo tipo de gerador, gerador eléctrico linear planar de relutância variável comutado, que pode converter a energia das ondas do mar directamente a partir do movimento vertical de uma parte móvel. K

UBI na Lego League T Uma equipa de alunos da escola Secundária Campos Melo, da Covilhã, com o apoio de alunos e docentes da UBI, participou pela primeira vez na edição portuguesa FIRST LEGO League (FLL), que decorreu a 23 de Junho, sob o tema Food Factor, tendo obtido o Troféu Melhor Desempenho Robótico. Os alunos, com idades entre 12 e 16 anos, foram orientados pelos professores José Barbosa e Ricardo Bichinho, da Escola Secundária Campos Melo, e pelos membros da equipa UBI-NetGNA, João Dias, João Isento, Pedro Almeida, Artur Vieira, coordenados pelo docente do Departamento de Informática Joel Rodrigues. K

Minho com Brasil

Supervisão Clínica no ISAVE T O Instituto Superior de Saúde do Alto Ave acaba de criar uma pós-graduação em Supervisão Clínica, que tem início em Outubro, e pretende reforçar a formação de profissionais competentes, tendo em linha de conta a ecologia das situações. A formação destina-se a profissionais que colaboram com universidades e institutos politécnicos na área da supervisão do ensino clínico profissionalizante, licenciados em diversas áreas da saúde e para todos os que desejarem, em saúde, alargar horizontes e fundamentarem o seu futuro num saber que cria mais-valias profissionais. K

6 A Universidade da Beira Interior atinge, mais uma vez, valores bastante positivos de empregabilidade dos seus cursos com índices superiores a 91 por cento, bem acima da média nacional e acima dos 90 por cento do ano anterior. “Numa altura que se discute índices de empregabilidade de 30 e 40 por cento, são óptimas notícias para UBI que vê as suas licenciaturas e mestrados acima dos 85 por cento”, salienta Tiago Sequeira, Pró-Reitor da UBI. O Relatório agora divulgado pelo Ministério da Educação e pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional mostra que os cursos de Engenharia da UBI continuam a garantir um lugar no mercado de trabalho, colocandose sempre acima dos 90 por cento, situando-se numa média de 94%, sendo o mínimo de 89% (engenharia civil) e o máximo de 98% (engenharia electrotécnica). Medicina, Ciências Farmacêuticas, Tecnologias e Sistemas de Informação e Ciências Biomédi-

cas são os que melhores resultados alcançam com 100 por cento de empregabilidade. Os resultados obtidos não surpreendem, pois, segundo Tiago Sequeira, “tem sido feito um esforço acrescido no Gabinete de Saídas Profissionais, com actividades de diversa índole, como por exemplo as apresentações de grandes empresas na

Instituição, aproximando assim o futuro licenciado do empregador. A UBI tem ainda apostado em parcerias estratégicas, como por exemplo, com a PT que tem apostado nos engenheiros formados pela instituição. Com a instalação do DataCenter na Covilhã, a taxa de empregabilidade na área das engenharias na UBI aumentará ainda mais”. K

UBICool envolveu mais de 400 alunos

Voluntariado funciona na Covilhã 6 Dezenas de sessões em recreios e em salas de aulas com actividades lúdico-pedagógicas, que envolveram activamente e regularmente cerca de 400 alunos dos 2º e 3º ciclo e do ensino secundário, é o balanço do projecto UBICool-Voluntariado Universitário, que tem como principal objectivo promover uma cultura de paz e de nãoviolência em contextos educativos. Os cerca de 40 estudantes da UBI que integram o projecto intervieram regularmente nas várias escolas secundárias da cidade da Covilhã e ainda na EB 2/3 do Tortosendo, dinamizando actividades que têm como principal propósito a prevenção de problemas como o bullying ou a violência no namoro e o reforço da capacidade dos jovens e crianças para a resolução nãoviolenta de conflitos. O UBICool, iniciativa da CooLabora em parceria com a Universidade da Beira Interior (UBI), aposta na capacitação dos voluntários e das voluntárias, constitui uma oportunidade para a aquisição de competências para o exercício da cidadania e para a criação de novos laços com a comunidade, como o atesta um

testemunho feito na reunião final de avaliação: “Esta experiência foi, sem dúvida, uma opor-

tunidade de exercer a minha cidadania na construção de um mundo melhor”. K

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Brasileiros de visita saem satisfeitos

UBI apoia projecto empresarial 6 Os laboratórios da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior foram visitados, em Junho, por uma comitiva de empresários brasileiros da cidade de Campinas que pretende concretizar diversos investimentos no Concelho do Fundão, sendo um deles na área farmacêutica, onde a Faculdade da UBI e a Covilhã tem firmado créditos. A delegação, que chegou à Cova da Beira a convite da Câmara do Fundão, definiu como objectivo da visita aproximar as relações

empresariais, académicas e culturais entre estes dois territórios. E a verdade é que já têm prevista a criação de uma biofábrica, na Soalheira e um outro complexo no Fundão. A área forte é, porém, a indústria e investigação farmacêutica. E, segundo os responsáveis autárquicos, este tipo de ligação não pode passar sem a presença da academia. A visita ao Centro de Investigação em Ciências da Saúde contou com vários membros da câmara fundanense e diversos empresá-

rios e representantes do município brasileiro. José Bittencourt, secretário municipal de economia e acção social do município brasileiro lembrou a importância do protocolo de cooperação firmado entre a autarquia fundanense e o Pólo de Alta Tecnologia de Campinas. Esta ligação pode agora ser alargada à UBI, nomeadamente a projectos de investigação que decorram na área da Faculdade de Ciências da Saúde e promover assim um papel importante para a instituição de ensino. K

Projecto europeu IP-LIGHT

Minho participa 6 O Instituto de Educação (IE) da Universidade do Minho representa Portugal no consórcio europeu IP-LIGHT, um projecto que junta sete entidades e quer contribuir para modernizar o ensino superior e fomentar a ligação da ciência à cultura. O IE participou este mês, pelo terceiro ano consecutivo, no Programa Intensivo IP-LIGHT, que decorreu em Ioannina, Grécia. A delegação nacional incluiu os professores Graça S. Carvalho e Fernando Guimarães, quatro alunas do mestrado em Ensino do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, uma aluna do mestrado em Ensino da Matemática no 3.º Ciclo do Ensino Básico e Secundário e um do mestrado de Matemática e Computação. A formação de duas semanas, também inserida no programa Erasmus, visou reforçar conhecimentos

e competências profissionais dos futuros professores do ensino básico nas Ciências e Matemática, de forma inovadora, rica e com abordagens abertas e flexíveis. Incluiu workshops, seminários e acções científicas pedagógicas e culturais, em torno de um tópico fundamental das ciências, a LUZ, abordado de forma multidisciplinar (Física, Matemática, Biologia, Saúde).

Participam neste projecto sete universidades dedicadas à educação e estudos da criança do ensino básico nas suas vertentes específicas: Universidade de Ioannina (Grécia) Universidade do Minho (Portugal), Universidade de Nápoles (Itália), Universidade de Eindhoven (Holanda), Universidade de Chipre, Universidade de Kalmar (Suécia) e a Universidade de Dublin (Irlanda). K

Iscte School of Business

Rita em cargo europeu

6 Paulo Rita, docente da ISCTE Business School, acaba de ser eleito membro do Comité Executivo da Associação Europeia de Programas de Doutoramento em Gestão e Administração de Empresas (Edamba). A associação é um dos órgãos académicos mais importantes a nível europeu e que tem como objectivo promover a cooperação em investigação entre as mais prestigiadas escolas de gestão europeias. O investigador é o primeiro docente português a integrar esta restrita comissão, composta por nove membros das mais prestigiadas escolas de gestão europeias. Enquanto membro deste comité, terá como objectivo alargar a rede de escolas de gestão, mantendo ao

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mesmo tempo garantir a integridade e qualidade dos programas de doutoramento das várias escolas associadas. A Edamba foi criada para ajudar a escolas participantes a aumentar a qualidade do seu programa de doutoramento, bem como criar um ambiente de excelência e alcançar a diversidade dentro de uma perspectiva europeia. “Ter sido nomeado para o Comité Executivo da Rdamba é uma grande honra, mas também uma grande responsabilidade. A partir de agora, a ISCTE Business School poderá ter um papel mais activo na promoção da inovação e investigação na área da Gestão e Administração de Empresas”, referiu. K

Finanças da Nova

Mestrado sobe no ranking 6 O Mestrado em Finanças da Nova School of Business and Economics (Nova SBE) foi incluído, pelo segundo ano consecutivo, no ranking do Financial Times, reafirmando-se assim como um dos melhores do mundo. A Nova SBE é a escola que mais subiu no ranking face ao ano anterior (oito posições), estando agora na 21ª posição. Em termos de internacionalização do programa a faculdade ocupa o primeiro lugar mundial. Os conteúdos do programa, o leque de nacionalidades no corpo docente e de alunos, e as viagens internacionais em visitas de estudo, são alguns dos aspectos que tornam a exposição internacional

dos alunos durante o curso uma realidade. A empregabilidade é também um factor diferenciador do Mestrado em Finanças, cujos graduados têm vindo a desenvolver carreiras profissionais nas principais praças financeiras a nível mundial. Londres, Madrid, São Paulo e Nova Iorque são cidades com comunidades de antigos alunos. Para o director da Nova School of Business and Economics, José Ferreira Machado, “este resultado é excepcional e é a concretização da estratégia seguida pela NOVA em termos de internacionalização, reflectindo em larga medida o sucesso dos nossos alunos no mercado de trabalho internacional”. K

Tipografia

Évora ganha em Paris 6 Luís Lourenço e Alexandre Kroner, alunos da licenciatura em Design da Universidade de Évora, alcançaram a medalha de prata e bronze, respectivamente, no concurso internacional de tipografia da Conqueror. O espírito olímpico foi o mote para o concurso, que contou com mais de 1600 participantes, oriundos de 60 países. Os participantes tinham de criar um poster sobre desporto e ter como base a ideia “Is not what you win, but how you conquer it”, Publicidade

escolher um dos tipos de papel premium da Conqueror, seleccionar duas técnicas de impressão e submeter os trabalhos. Os 50 trabalhos mais votados online estiveram em exposição em Paris e foram avaliados por um júri internacional de designers, liderado por Jean-François Porchez. Os trabalhos dos alunos foram coordenados por Célia Figueiredo, do Departamento de Artes Visuais e Design, no âmbito da disciplina Projecto de comunicação avançado I. K


No mercado dentro de um ano

Coimbra cria seringa a laser 6 Uma seringa a laser, sem agulha, está a ser desenvolvida em Coimbra e deverá chegar ao mercado dentro de um ano, anunciou Carlos Serpa, um dos investigadores envolvidos. O Laserleap (seringa a laser) é um sistema em nada semelhante às tradicionais seringas com agulha, mas que, tal como estas, permite fazer chegar o medicamento ao destino pretendido, só que sem picada e recorrendo a laser. O protótipo da “seringa” foi apresentado na Universidade de Coimbra (UC), onde o projecto nasceu, em 2008, por um grupo de três investigadores do Departamento de Química, que inclui também Luís Arnaut e Gonçalo Sá. Através do laser, é criada uma onda de pressão que, ao chegar à pele, gera uma “espécie de tremor de terra”, deixando-a “durante alguns segundos permeável”, o que facilita a aplicação do fármaco, administrado em creme ou gel, explicou Carlos Serpa. O fármaco “surte efeito mais rapidamente, nomeadamente no caso dos analgésicos tópicos”, acrescentou. Aplicações no tratamento do cancro da pele e de determinadas doenças dermatológicas, administração de vacinas ou aplicações em cosmética são algumas das utilizações da tecnologia Laserleap. Testado em três dezenas de estudantes do De-

partamento de Química, o sistema “não provoca dor nem vermelhidão, de uma maneira geral “apenas cinco por cento dos casos, mas passa rapidamente” – e é considerado “seguro para os humanos”. Vencedor da primeira edição do prémio RedEmprendia (2010), no valor de 200 mil euros, o Laserleap, levou já à criação de uma empresa - LaserLeap Tecnologies, em Setembro de 2011, e actualmente incubada no Instituto Pedro Nunes – e a um pedido de patente internacional, em Abril de 2011. Ainda recentemente, o projecto venceu o desafio internacional lançado no Photonics West 2012, um dos maiores encontros científicos do mundo na área da fotónica. A RedEmprendia é uma associação criada com apoio do Grupo Santander e orientada para o empreendedorismo, que congrega 20 universidades iberoamericanas - em Portugal, as Universidades de Coimbra e do Porto. Durante a apresentação do protótipo, o presidente da RedEmpreendia, Senen Barro, classificou o projecto português de “excepcional”, referindo que, na “corrida” ao prémio, estiveram outros também “bastante bons”. “A qualidade de vida de muitas pessoas pode mudar radicalmente” com a nova seringa, considerou. O director da divisão do Santander Universidades para Portugal, Marcos Ribeiro, afirmou, por sua

vez, que “o país precisa agora, mais do que nunca, que as universidades prossigam o motor de desenvolvimento” que representam para o “crescimento sustentável das sociedades”. Depois de salientar a importância da RedEmpreende no desenvolvimento dos projectos de investigação, o reitor da UC, João Gabriel Silva, manifestou-se preocupado com a “diminuição global dos montantes

disponíveis para os projectos de investigação”, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia. “Se estas restrições se mantiverem, é obvio que muito do percurso positivo que Portugal tem feito nos últimos 10, 15 anos vai ser posto em causa, o que é preocupante e não é compatível com as afirmações que se fazem de que as universidades são decisivas para o desenvolvimento do país”, sustentou. K

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Curso Internacional de Verão

Protocolo assinado

Évora olha futuro

6 A Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora vai organizar, de 4 a 8 de Setembro de 2012, a 2.º Edição do Curso Internacional de Verão. O Curso, este ano, terá como temática: “Prospectiva Estratégica: Olhares de Futuro sobre Cooperação e Redes de Atores em Territórios Transfronteiriços”. O curso tem como principais objectivos: Compreender a especificidade da prospectiva no campo dos estudos sobre o futuro; Caracterizar o diagnóstico organizacional e o diagnóstico territorial de cariz prospectivo; Seleccionar o(s) método(s) mais adequados ao exercício prospectivo que pretendam concretizar; Preparar, tratar e analisar dados com métodos e software prospectiva; Operacionalizar o estudo da rede de atores através da Social Network Analysis. No âmbito do Curso vai realizar-se também, nos dias 7 e 8 de Setembro, o Congresso Internacional que abordará as seguintes

temáticas: Cooperação, Território e Administração Pública; Cooperação e Relações Internacionais; Desenvolvimento e Território: Diagnóstico Prospectivo e Redes de Atores; Dinâmicas empresariais; Educação e Desenvolvimento; Inovação, Cultura, e Território; Museologia; Turismo, Património e Desenvolvimento. O congresso pretende abrir um espaço de reflexão e debate científico sobre o futuro nos territórios

De ABC Braga a ABC/UMinho

de baixa densidade, tomando como pano de fundo as problemáticas em torno da leitura prospectiva do contexto e da capacidade das redes de atores orientada para o desenvolvimento dos territórios, em particular ao nível da cooperação nas zonas de fronteira. Para mais informações sobre o Curso e o Congresso consulte http:// www.civ.uevora.pt/. K Noémi Marujo _

Licenciatura em Comércio

Aveiro e Jerónimo renovam 6 A Universidade de Aveiro (UA) e o Grupo Jerónimo Martins (JM) adaptaram o plano de estudos da actual Licenciatura em Comércio de forma que, já a partir do próximo ano lectivo, os estudantes adquiram competências apontadas pelos empregadores como importantes para o exercício da profissão de gestor comercial. O acordo é inédito em Portugal e quer formar profissionais à medida da exacta necessidade das empresas. O protocolo foi assinado em Junho na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, por Manuel António Assunção, Reitor da academia aveirense, e por Soares dos Santos, presidente do Conselho de Administração da JM. A cerimónia contou com a presença de João Queiró, Secretário de Estado do Ensino Superior. A parceria entre as duas instituições co-responsabiliza a JM pelo próprio funcionamento do curso da academia de Aveiro. Nesse sentido, anualmente a multinacional portuguesa vai acolher Publicidade

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6 A Universidade do Minho e o ABC de Braga assinaram, no final de Junho, um protocolo de parceria que, entre vários projectos, muda o “naming” da equipa sénior para ABC/UMinho. Esta cooperação espelha as excelentes relações e sinergias entre as duas instituições. A Universidade do Minho tem mais de 20 mil alunos e professores e uma presença física em Braga e Guimarães. O ABC de Braga ganhou nos últimos 25 anos, pela equipa sénior, 12 campeonatos, 10 taças e 5 supertaças. O clube

Start-up do Técnico Taguspark lança

Call center na nuvem 6 A Talkdesk, empresa startup do Instituto Superior Técnico (IST), é responsável pelo desenvolvimento de um serviço inovador na nuvem, pois, partir de agora, em menos de cinco minutos, qualquer empresa poderá criar o seu próprio call center à medida. A plataforma desenvolvida pelos antigos alunos do Mestrado em Engenharia de Redes de Comunicações (MERC), do IST, tem como mais-valia o facto de eliminar barreiras, dado que fornece uma plataforma que funciona como software as a service (SaaS)

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todos os anos nas suas empresas os alunos da Licenciatura em Comércio, em regime de estágio, nomeará quadros de topo para acompanharem individualmente os estudantes em programas tutoriais e disponibilizará anualmente 65 mil euros para financiar uma cátedra internacional convidada. “A Universidade de Aveiro está consciente das suas responsabilidades, abre-se à sociedade e foi encontrar na Jerónimo Martins um parceiro que respondeu com todo o agrado”, disse Soares dos San-

tos durante a cerimónia de assinatura do protocolo. O presidente do Conselho de Administração da multinacional portuguesa justifica o porquê do interesse do grupo na parceria: “Precisamos de melhorar o nosso país. Quanto melhor formados tiver os seus quadros, mais o país pode avançar”. Manuel António Assunção lembrou que “esta parceria tem uma elevada dose de originalidade” já que é inédita, não só na UA como “no geral das universidades portuguesas”. K

tem cerca de 200 atletas repartidos por seis escalões (dos bambis aos seniores) e 11 equipas. As óptimas relações entre o ABC de Braga e a Universidade do Minho têm permitido o grande sucesso da equipa de andebol da Associação Académica da Universidade do Minho, que tem dominado nos anos recentes o andebol universitário nacional e europeu. A cedência e disponibilidade dos atletas do ABC de Braga, que constituem a espinha dorsal desta equipa, já mereciam a formalização desta parceria. K

e cuja operação apenas depende de um browser e acesso à Internet. Para além disso, a Talkdesk foi distinguida com o prémio Twilio Fund, fundo que tem como principal objectivo apoiar empresas e ideais que desenvolvam aplicações usando o Twilio. Após o prémio, a start-up foi convidada a integrar uma incubadora de Silicon Valley (top 5 pela Forbes). Nomeada pela VentureBeat como candidata a empresa mais inovadora na cloud, esta start-up já angariou $450 000 em investimento. K


Politécnico implementa

Sistema electrónico de gestão documental 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) está a implementar um sistema electrónico de gestão documental, disse em conferência de imprensa o presidente da instituição, Carlos Maia. Aquele responsável falava na apresentação do relatório e actividades do último ano, onde o IPCB geriu um orçamento de 21 milhões 837 mil euros. Carlos Maia assegura que

lizador saiba, em tempo real, em que fase está o seu processo”, explica. Na apresentação do relatório e actividades do último ano – aprovados por unanimidade no Conselho Geral do IPCB -, Carlos Maia mostrouse satisfeito com os resultados obtidos pela instituição, mas vê com apreensão o futuro. “São conhecidas as dificuldades para 2013 com mais um corte de 2,3% anunciado

até ao final do ano “o sistema estará totalmente implementado, o que afastará a circulação de papéis dentro da instituição”. O sistema permitirá que toda a documentação interna da instituição e o relacionamento com os alunos se processe através da plataforma electrónica. “Para além dos ganhos ambientais e económicos, o sistema permite a que o uti-

Prazo de pagamento de 10 meses

para as instituições de ensino superior”, referiu. Carlos Maia revelou que a “estratégia da instituição passa por criar condições para que os cortes orçamentais prejudiquem a instituição. Estamos a fazer uma análise minuciosa em todas as unidades orgânicas”. O presidente do IPCB assegura que “há a preocupação de preservar os postos de trabalho”. K

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IPCB mantém propinas 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) vai permitir que os alunos paguem as propinas em 10 mensalidades, caso o solicitem, disse o presidente da instituição, Carlos Maia. O presidente do IPCB explica que o “Politécnico vai manter a propina para licenciatura nos 840 euros anuais, o que significa que é uma das mais baixas do país”. Carlos Maia falava hoje aos jornalistas durante a apresentação à comunicação social do relatório e plano de activida-

des do IPCB no último ano. De acordo com aquele responsável, “nenhum aluno desistiu do seu curso no IPCB por falta de pagamento das propinas. Estamos atentos às dificuldades das famílias, pelo que temos alargado o prazo do pagamento das propinas”, disse. O presidente do IPCB referiu ainda que a propina para os mestrados também se manterá nos 990 euros, com excepção do curso em Cuidados Paliativos, cuja propina custa 1500 euros. K

Com outras instituições

Politécnico rejeita fusão

6 O presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, referiu que a instituição a que preside não está interessada em qualquer tipo de fusão com outras instituições de ensino superior. Carlos Maia falava durante a apresentação à comunicação social do relatório e plano de actividades do IPCB no último ano. “Rejeitamos categoricamente qualquer tipo de fusão, seja com a Universidade da Beira Interior, seja com outra instituição de ensino superior”, disse. O presidente do IPCB lembrou que o “IPCB está disponível para colaborar com todas as instituições, como o tem demonstrado na Politécnica (associação que reúne os institutos politécnico do centro do país)”.

Carlos Maia explica que ao nível da Politécnica foi assinado um acordo entre os institutos que a “compõem, no sentido de rentabilizar recursos”. No entender do presidente do IPCB, mais do que falar em fusões é “importante reorganizar a oferta formativa. Aquilo que verificamos é que 53% do total das vagas colocadas no concurso de acesso ao ensino superior localizam-se em Lisboa, Porto e Coimbra. Só 10% estão em instituições do interior do país, pelo que deve haver coragem política para alterar essa situação”. O Instituto Politécnico de Castelo Branco tem cerca de cinco mil alunos - distribuídos pelos Cursos de Especialização Tecnológica, Licenciaturas e mestrados -, 447 docentes e 234 funcionários não docentes. K

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Docente do IPP coordenou estudo

Unesco classifica Elvas

6 A maior fortificação abaluartada do mundo, em Elvas, foi classificada, no final de Junho, como Património Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Apresentada pela Câmara de Elvas, a candidatura foi coordenada cientificamente pelo docente do Instituto Politécnico de Portalegre, Domingos Bucho. As fortificações de Elvas foram classificadas, na categoria de bens culturais durante a 36.ª sessão do Comité do Património Mundial, que esteve reunido até 6 de Julho, em São Petersburgo, na Rússia. O conjunto de fortificações de Elvas, cuja fundação remonta ao reinado de D. Sancho II, é o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de 300 hectares. As fortificações de Elvas constituíam o único monumento português entre os 33 candidatos que fazem parte da lista de Património Mundial, elaborada pela Unesco.

Até 13 de julho em Portalegre

Politécnico Junior em curso

maverick.pt H

Segundo a autarquia foram classificadas todas as fortificações da cidade, os dois fortes, o de Santa Luzia, do século XVII, e o da Graça, do século XVIII, três fortins do século XIX, as três muralhas medievais e a muralha do século XVII, além do Aqueduto da Amoreira. Classificado como Património Nacional em 1910, o Forte da Graça, monumento militar do século XVIII situado a dois quilómetros a norte da cidade de Elvas, consti-

tui um dos símbolos máximos das fortalezas abaluartadas em zonas fronteiriças. O Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS) já tinha dado parecer “decisivo e favorável”, tendo sido provado que as fortificações da cidade alentejana “reúnem o valor universal excecional, que é o principal para que uma candidatura seja aprovada”, segundo a vereadora da Cultura do município de Elvas, Elsa Grilo. K

6 O Instituto Politécnico de Portalegre organiza, de 5 a 13 de julho, a iniciativa Politécnico Júnior, destinada à divulgação dos recursos do IPP e das potencialidades da região, junto de jovens dos 15 aos 17 anos. A iniciativa concretiza-se mediante um conjunto de atividades de carácter lúdico e educativo, a decorrer quer nas instalações das várias Escolas do IPP, quer em locais no exterior, em Portalegre e noutras localidades do Distrito.

O programa organiza-se em torno dos seguintes eixos: oficinas nas diversas Escolas do IPP, visitas a locais emblemáticos na região e períodos de lazer. Entre as principais atividades a realizar contam-se oficinas de línguas estrangeiras, de rádio e televisão, de expressão plástica, de escrita criativa e de design; laboratórios de saúde, de química, de biomassa; canoagem e actividades aquáticas, equitação e percursos de natureza. K

Aniversário

ESEP Jornal faz 10 anos 6 O ESEP Jornal está a assinalar 10 anos de vida. O projecto tem permitido a que muitos alunos do curso de Jornalismo e Comunicação da Escola Superior de Educação de Portalegre, tenham a sua primeira experiência enquanto jornalistas. Desde a primeira hora, o Ensino Magazine também tem bebido alguma da informação escrita pelos “jornalistas do ESEP Jornal”. Neste número seleccionámos o texto escrito por Andreia Claro sobre a importância daquela publicação para os alunos. A reportagem aqui fica: Para a maior parte dos alunos do curso, a participação no ESEPJornal representa a primeira experiência prática de jornalismo. É o que acontece com os alunos dos 2º e 3º anos de Jornalismo e Comunicação que integram a actual e anterior redacção. “Foi aliciante e ao mesmo tempo motivador, para mim e para os meus colegas, trabalhar neste projecto dando voz à região, à própria ESE e sobretudo dar a conhecer o trabalho dos alunos de Jornalismo” referiu Hugo Alegre, aluno do 3º ano. As expectativas iniciais são sempre muito elevadas, pois é através das peças jornalísticas realizadas para a disciplina de Oficina de Jornalismo que os alunos têm o primeiro

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Politécnico de Tomar

Formação e exposição

contacto com o mundo do jornalismo e o ambiente vivido na redacção de um jornal. O principal entrave à realização das peças jornalísticas, dizem os alunos, é precisamente o facto de haver um défice de notícias no distrito, o que se traduzia num problema para estes futuros jornalistas que, no entanto, conseguiram sempre dar a volta. No final, os alunos consideram que a experiência é produtiva e que “afinal até tínhamos jeito” e sempre que as notícias escritas por eles eram publicadas no ESEPJornal, era um motivo de orgulho pelo trabalho reconhecido. Um dos aspectos menos positivos identificados pelos alunos de Jornalismo no ESEPJornal é a impossibilidade de publicar um maior número de peças tendo em conta a variedade de notícias das diferentes temáticas. “Quando acedemos ao ESEPJornal podemos verificar a existência

de notícias antigas, o que não trás actualidade ao jornal tendo em conta o número de peças que são realizadas pelos alunos” é a opinião de Patrícia Pinto, aluna do 2º ano do curso de Jornalismo. Outro problema que os alunos apontam é o facto de o jornal não ser conhecido. “A maior parte de nós que colaboramos hoje com o jornal não tínhamos conhecimento dele enquanto alunos de 1º ano do curso” e este é um problema que se estende à comunidade escolar pois, dizem os alunos, são poucos aqueles que têm conhecimento da existência do ESEPJornal. Todavia, os alunos avaliam esta participação no jornal como sendo compensadora e gratificante, uma vez que o primeiro contacto com o Jornalismo é no contexto do ESEPJornal. É aqui que os futuros jornalistas começam a ter maior noção do que é a notícia e dos valores-notícia e colocam em prática aquilo que aprendem teoricamente nas aulas ao longo dos anos anteriores. K

6 Informação e Conhecimento na Administração Pública é o tema da mais recente pós-graduação do Instituto Politécnico de Tomar. As candidaturas, que devem ser feitas online, estão abertas até 2 de Setembro. Ainda em Tomar e também com candidaturas abertas até 2 de Setembro, vai ser organizado um Curso Avançado em Gestão Estratégica de Recursos Humanos na Administração Pública. A organização é do Publicidade

Politécnico e da Escola Superior de Gestão de Tomar. Finalmente, o Centro de Arte e Imagem de Tomar, o Instituto Politécnico e o Mestrado em Design Editorial, que ali é ministrado, estão a organizar uma exposição com os trabalhos desenvolvidos pelos alunos daquele curso. Inaugurada a 27 de Junho, a exposição está patente ao público, no Centro de Arte e Imagem (Galeria IPT) até ao próximo dia 15 de Julho. K


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Viseu faz campanha

ESE recolhe livros 6 “Um livro pode ser velho, mas tem sempre uma história para contar. Partilha-a!” deu o mote para a campanha de recolha de livros e manuais escolares, promovida pela equipa Eco-Escolas, em conjunto com os alunos do 1º ano da licenciatura em Educação Ambiental da Escola Superior de Educação de Viseu. Numa perspetiva de promoção de valores de partilha, solidariedade e cooperação, bem como de comportamentos de reutilização e reciclagem junto de toda a comunidade escolar e da população em geral, esta iniciativa teve como objetivo a recolha de todo o tipo de livros e manuais escolares em bom estado de conservação, sua posterior identificação e catalogação por temas e conteúdos.

EST de Castelo Branco Os livros e manuais angariados reverterão a favor da Cáritas Diocesana de Viseu. A adesão à campanha excedeu largamente as expectativas da equipa organizadora, já que foram angariados

aproximadamente 600 livros, o que veio reforçar a importância deste tipo de iniciativas. K Joaquim Amaral _ Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Clube Shell Eco-Marathon

Viseu com Prémio Ambiente 6 O Clube Shell Eco-Marathon do Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, depois de ter alcançado um honroso 14º lugar na prova Shell Eco-Marathon de 2012 que teve lugar em Roterdão, foi uma das entidades galardoadas com o prémio Anim’Arte, na categoria Ambiente. A gala em que foi entregue o prémio decorreu a 16 de junho, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu, e foi organizada pelo Grupo de Inter-

venção e Criatividade Artística de Viseu, tendo sido distinguidos um conjunto de personalidades e entidades nas mais

diversas categorias. K Joaquim Amaral _ Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Fuzileiros no Curso

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alunos do 9º ao 12º ano o primeiro contacto com as áreas dos cursos ministrados na escola, designadamente engenharia civil, conservação e reabilitação e química. Através de diversas actividades práticas, os participantes vão ficar a conhecer as ferramentas utiliza-

6 Cristiano Santos, André Gonçalves e Fábio Agapito, recém-licenciados do curso de Engenharia Informática da Escola Superior de Tecnologia, constituíram, este mês, uma empresa de prestação de serviços de Internet, criando o seu próprio emprego. Com o nome AroundExtreme Informática, a empresa é o resultado do espírito empreendedor que os três jovens colocaram no projecto concorrente à 8º edição do Poliempreende. Com o apoio do IPCB, que lhes tem permitido funcionar nas instalações da EST, a AroundExtreme conta já com cinco projectos e soluções con-

das em cada curso, as aplicações práticas de cada área e as aptidões necessárias ao desempenho dos profissionais destes ramos da engenharia. Paralelamente a organização preparou um conjunto de actividades lúdicas e desportivas para os participantes. K

cretizados. Outros dois serão lançados em breve. Como projecto próprio, a AroundExtreme apresenta a solução informática “Gestão de Consumos de Automóveis” destinada a empresas e privados. Trata-se de um fórum em que os utilizadores partilham as suas opiniões e que se destina àqueles que pretendem melhorar os consumos/gastos com os seus automóveis. Em fase final de desenvolvimento está, também, o projecto “Home4Students” que se destina a ajudar os estudantes a alugarem casa ou “ fazer intercâmbio com outra pessoa, em apenas 4 passos”. K

Cuidados paliativos

Pós-graduações em Viseu 6 A Escola Superior de Saúde de Viseu inclui na sua oferta formativa mais dois cursos de pósgraduação para o ano lectivo 2012/2013, designadamente o de Cuidados Continuados e Pa-

Escola de Tecnologia do Barreiro 6 A Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, do Instituto Politécnico de Setúbal, organiza um Curso de Verão, de 15 a 20 de Julho, em colaboração com a Escola de Fuzileiros, o que acontece pela primeira vez. O evento visa proporcionar aos

Alunos criam empresa

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liativos e o de Gestão de Serviços de Saúde. Estes cursos vêm ao encontro das expectativas de muitos candidatos que pretendiam formação pós-graduada nestas especializações. K


58% dos docentes são doutores

ESEC de Leiria lidera ranking 6 A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria (ESECS) lidera o ranking das escolas superiores de educação com mais docentes com grau de doutor. Os doutoramentos realizados ao longo do ano letivo 2011/12 permitiram à ESECS alcançar e ultrapassar o objetivo de mais de metade do seu corpo docente medido em ETI (professores equivalente a tempo integral) ser constituído por doutores, sendo esta percentagem atualmente de 58%. O corpo docente próprio é constituído atualmente por 53 professores doutorados, a que se juntam mais oito professores com este grau académico que lecionam na ESECS vindos das outras escolas do IP Leiria. Os números alcançados consolidam a posição cimeira da ESECS, no panorama nacional, sendo que esta Escola já era, no início do ano letivo, a es-

cola superior de educação com maior número de doutores, considerando os números que foram apresentados em outubro passado no Congresso das Escolas Superiores de Educação. Luís Barbeiro, diretor da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, assegura que o processo de qualificação do corpo docente da Escola irá prosseguir, com vários docentes a concluírem os seus doutoramentos já no próximo ano letivo. Realça ainda que “este nível de qualificação torna a ESECS parceira de muitas faculdades e departamentos universitários, para além de constituir uma garantia para os alunos que aqui tiram os seus cursos. Com este número de doutores, essa garantia académica estende-se aos mestrados”. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Jogos 2D e 3D para Apple

Summer school em Leiria 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) de Leiria organiza, de 24 a 28 de Julho, a International Summer School on iOS Game Development, para quem deseja começar a desenvolver jogos 2D e 3D para as plataformas móveis da Apple (iPad, iPhone, iPod Touch) ou aprofundar conhecimentos nesta área. A summer school é aberta a todos os interessados, desde alunos, informáticos ou público em geral, com ou sem experiência em desenvolvimento de iOS. No entanto é necessário ter conhecimentos mínimos de programação. Nuno Fonseca, responsável pela summer school, destaca a oportunidade única que esta representa “numa altura em que a indústria dos jogos gera receitas superiores a qualquer outra indústria de entretenimento, mesmo que o cinema ou a música”, acrescentando que “esta summer school é uma ocasião fantástica para se aliar o útil ao agradável:

aprender a fazer o que mais se gosta, criando oportunidades de negócio mesmo para programadores independentes”. Para acautelar as necessidades dos participantes com menos experiência, o primeiro dia da summer school será um crash course (curso intensivo) em desenvolvimento de iOS. No entanto, “mesmo os programadores

já com experiência, podem aqui aprender mais no que toca ao desenvolvimento de iOS”. Os dias da summer school serão divididos entre palestras, cujo material será facultado aos participantes, e laboratórios para testar os conhecimentos recém-adquiridos, com acompanhamento de professores, ou trabalhar no desenvolvimento dos próprios jogos. K

Combate ao abandono escolar no IPLeiria

Propinas de mestrado baixam 25% Academia de Verão

Na EST de Leiria 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria lançou o desafio aos alunos do ensino secundário, dos 11.º e 12.º anos para participarem na sua “Academia de verão”, e terem a oportunidade de, durante duas semanas, de 2 a 13 de Julho,

viverem a experiência de “estudar” no ensino superior. O programa inclui actividades científicas, miniprojectos, visitas de estudo, seminários, workshops e outros eventos, organizados e acompanhados por alunos e professores da ESTG. K

Concurso Poliempreende

Coimbra tem finalistas 6 O Politécnico de Coimbra acaba de encerrar mais uma edição do Concurso Regional Poliempreende, ao seleccionar os três primeiros classificados, designadamente as equipas eSwitch, CanADev e Brain Drummer, todas elas oriundas do ISEC. O júri foi constituído por Nuno Gaspar, da ANJE, Walter Palma, da Caixa Capital, Nuno Nascimento, do

CEC, Francisco Pegado, do IAPMEI e Paulo Santos, do IPN Incubadora. O júri decidiu, ainda, atribuir uma “Menção Honrosa” à equipa ECOARTE, O Novo Conceito de Loja, da ESAC, pela qualidade do Plano de Negócios apresentado. O 1º classificado representará o Politécnico de Coimbra no concurso nacional, que irá decorrer em Setembro, e que este ano é organizado pelo Politécnico de Viseu. K

6 O Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria) acaba de decidir baixar as propinas dos mestrados até 25%, no âmbito das medidas de apoio destinadas a garantir o princípio que nenhum estudante deixe de prosseguir estudos por falta de condições económicas. A decisão foi tomada a 15 de junho, em Conselho Geral. Da mesma forma, foi deliberado manter o valor das propinas das licenciaturas, mantendo também as atuais condições de pagamento faseado. Nuno Mangas, presidente da instituição, explica que “o Politécnico de Leiria tem feito um esforço muito grande no sentido de apoiar os seus estudantes e identificar, sempre que possível, precocemente, as situações de dificuldade para poder evitar estas situações mais extremas de incumprimento”. A política de apoio social aos estudantes, em conjunto com o esforço das famílias, tem permitido manter as taxas de incumprimento ao mesmo nível do ano anterior. Os Serviços Académicos identificaram 713 estudantes em situação de incumprimento (dados atualizados a 15 de junho de 2012), 653 no 1.º ciclo e 60 no 2.º ci-

clo, correspondente a 7,3% dos estudantes inscritos 2011/2012. Existem ainda 504 estudantes com planos de pagamento especiais ativos, o que significa que renegociaram a forma de pagamento das suas propinas, e não estão, por isso, em incumprimento. Uma outra medida de apoio ao estudante Fundo de Apoio Social ao Estudante (FASE), formalizado em 22 de dezembro de 2011, ao qual recorreram já 266 estudantes, mas este é um número com tendência crescente, tendo em conta o atual contexto. De acordo com os valores do ano anterior e da projeção para este ano, dada pelos meses de janeiro a abril, estima-se que este fundo

possa atingir os 110 a 115 mil euros, ou seja, cerca de 1 por cento das propinas. Na sua atividade diária, os Serviços de Ação Social do IP Leiria identificam situações que merecem uma atenção especial no âmbito do apoio aos estudantes no que respeita às despesas com a sua educação, contribuindo assim para evitar o abandono escolar. De forma a enriquecer o currículo e as capacidades destes estudantes, é-lhes proporcionada simultaneamente uma experiência de trabalho geradora de competências, que lhe serão indispensáveis em termos de empregabilidade futura. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

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Estágios em Multimédia

Beja com exposição 6 O Instituto Politécnico de Beja (IPB) organizou uma apresentação e uma exposição de Estágios em Multimédia, de 25 a 29 de Junho, iniciativa organizada pelas comissões Técnico-Científicas e Pedagógicas, bem como pelos finalistas das licenciaturas em Artes Plásticas e Multimédia e de Educação e Comunicação Multimédia. A iniciativa marcou o culminar de um percurso académico de três anos, que conta no último semestre do terceiro ano, com a unidade curricular de Estágio. Esta afirma-se como uma mais-valia estratégica de ambos os cursos, na medida em que permite a formação em contexto de trabalho visando o desenvolvimento e aplicação de competências, e para muitos abre as portas para o primeiro emprego. As exposições permanentes estiveram organizadas em três núcleos expositivos, nomeadamente o núcleo de Comunicação Multimédia,

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Secção muito dinâmica no auditório do Instituto Politécnico de Beja, o núcleo de Ilustração, Infografia e Design na Galeria AoLado, situada também no edifício da Presidência do Politécnico, e em simultâneo na Casa da Cultura de Beja,

e por último o núcleo Multimédia e Audiovisual, no Estúdio do IPB situado na Escola Superior de Educação. A par das exposições permanentes decorreram as apresentações públicas de estágio. K

cursos do Médio Tejo”, disse o autarca, referindo a importância de a região estar preparada para o desafio que o próximo quadro comunitário de apoio irá colocar, já não no âmbito das infraestruturas, mas na criação de territórios sustentáveis, que combatam a exclusão social, que sejam “criativos e empreendedores”. Para o presidente do IPT, Eugénio Almeida, o protocolo surge na sequência do trabalho que o instituto tem vindo a desenvolver com os diversos municípios da região e vem definir áreas de cooperação e de interesse comuns em questões como a empregabilidade e a formação. “É um passo importante na afirmação do Politécnico de Tomar e no seu contributo para o desenvolvimento da região”, disse à Lusa. O protocolo aponta para a definição de uma estratégia de desenvolvimento sustentável da região do Médio Tejo através da inovação, do empreendedorismo e da colaboração em rede, aproveitando os principais recursos da região.

Para isso, refere a importância da mobilidade, a integração numa sociedade de aprendizagem que promova melhor educação e formação, a criação de um marketing territorial que atraia investimento “em setores com elevado valor acrescentado”, tecnologia e talento que contribuam para a fixação de uma população jovem qualificada e empreendedora, e a promoção de redes de colaboração. O documento estabelece a criação de um grupo de trabalho, que começará por elaborar um documento que identifique as principais áreas de cooperação e a planificação conjunta de iniciativas que ajudem a inventariar ideias, para, antes do final do ano, propor um plano de ação de médio e longo prazo. “Temos um empresariado pujante, temos polos turísticos fortes, temos história, temos território, temos escala, temos ensino superior, temos tudo o que é necessário para nos tornarmos num território inclusivo”, disse António Rodrigues. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

6 A presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), Paula Carqueja, inaugurou, em Castelo Branco, uma exposição de pintura e de bordados de Castelo Branco elaborados por docentes aposentados da secção albicastrense. Esta foi a primeira vez que a nova presidente da ANP visitou a secção de Castelo Branco, classificada como uma das mais dinâmicas do país. “O nosso objectivo é estarmos perto das secções regionais e dos associados e é isso que aqui estamos a fazer”, disse. Cristina Granada, vereadora

da autarquia, sublinhou o papel que a secção de Castelo Branco tem tido na região. “Esta secção nunca baixou os braços à reflexão”, disse a autarca para depois destacar as jornadas pedagógicas. Cristina Granada falava depois de ouvir o presidente da secção albicastrense da ANP, António Trigueiros, referir que a exposição, “representa a dimensão humana da associação em Castelo Branco e o forte dinamismo que emprega na vertente cultural. Tudo aquilo que fazemos é em prol dos professores, colocando honestidade em todas as nossa actividades”. K

Mestrados abrem em Coimbra

Setúbal organizou, de 25 a 29 de Junho, o Ciclo de Debates 2012: Projectos de Intervenção Comunitária e Investigação. Este evento teve como objectivo partilhar experiências inovadoras na área da saúde, dando visibilidade pública aos projectos de investigação realizados pelos estudantes ao longo do ano lectivo, estabelecendo uma maior proximidade com a comunidade. K

T A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra tem abertas, até 7 de Setembro, as candidaturas aos cursos de pós-graduação que disponibiliza no próximo ano lectivo. Estão também abertas candidaturas às pós-licenciaturas de especialização e mestrados em Enfermagem Comunitária (início em Outubro de 2012) e em Enfermagem Médico-Cirúrgica (início em Março de 2013). Pela primeira vez, cada uma destas formações disponibiliza quatro vagas para enfermeiros dos PALOP, no âmbito da política de crescente cooperação da escola com instituições de países africanos de expressão portuguesa. K

Debates na Saúde de Setúbal T A Escola Superior de Saúde de

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curso não licenciados. O curso é equiparado à formação promovida pela OTOC, para efeitos de atribuição de créditos, de acordo com o previsto no Regulamento da Formação de Créditos para Efeitos do Controlo de Qualidade da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. O curso terá início a 21 de Setembro de 2012. K

ANP inaugura exposição

IPT atrai talento

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ESG forma em fiscalidade 6 A Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN) vai iniciar, no ano letivo 2012/2013, uma pós-graduação em Fiscalidade e Contabilidade. O curso tem como público-alvo licenciados nas áreas da gestão e da contabilidade, administradores, diretores e quadros superiores de empresas, de instituições financeiras e da administração fiscal. A ESGIN revela ainda que também podem frequentar o

Tomar

6 A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) e o Instituto Politécnico de Tomar assinaram um protocolo de colaboração que visa tornar a região num “território inclusivo” aproveitando os recursos existentes e criando condições para “atrair tecnologia e talento”. O presidente da CIMT, António Rodrigues, disse à agência Lusa que o Médio Tejo se quer preparar para “um novo patamar de desenvolvimento”, que terá por base já não o nível concelhio mas territórios mais alargados que sejam “sustentáveis, criativos, inovadores, amigos do ambiente”. O protocolo que vai hoje ser assinado, na presença do secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Simões Júlio, prevê a criação de um grupo de trabalho conjunto que irá, localmente, identificar os recursos e as possibilidades de cooperação para depois propor um plano de ação. “Temos a obrigação de potenciar as capacidades e os re-

Pós-Graduação

Setúbal com pré-escolar T A Escola Superior de Educação de Setúbal acaba de abrir as candidaturas para o Mestrado em Educação Pré-Escolar, Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico e Mestrado em Ensino do 1º e do 2º Ciclo do Ensino Básico. Os Mestrados irão funcionar em regime diurno. O prazo de candidaturas decorre até 10 de Julho. K


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Paulo Moura em entrevista

Os dias do Capitão de Abril 6 Paulo Moura é jornalista do Publico, professor universitário de Jornalismo e autor da biografia Otelo, o Revolucionário (chancela D. Quixote). Uma entrevista sua ao capitão de Abril, Otelo Saraiva de Carvalho, terminou num trabalho biográfico, de três anos, sobre o homem que idealizou e preparou a operação militar que no dia 25 de Abril de 1974, libertou e conduziu o pais à democracia. O homem contraditório que atravessou uma guerra e fez uma revolução sem disparar um único tiro, mas, mais tarde, seria implicado com a rede terrorista FP25 de Abril. Romântico, de carácter reconhecido até pelos inimigos, mantém uma relação com duas mulheres que assume com honestidade, como assume tudo o que fez na vida. Otelo queria ser actor. O destino ofereceu-lhe o palco da operação militar de maior sucesso da História portuguesa. Escreveu a biografia Otelo, o Revolucionário, sobre o capitão de Abril Otelo Saraiva de Carvalho. O

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que o levou a escrever esta biografia? Escrevi a biografia porque primeiro fiz uma entrevista grande, com ele, para o jornal onde trabalho, que é o público. E surgiu a ideia entre mim e a minha Editora, a D. Quixote, de tornar a entrevista um pouco mais extensa e fazer um livro, que seria um trabalho biográfico. Pensámos que isso demoraria pouco tempo. Mais um mês e estaria o trabalho feito. Mas, quando comecei a fazer a investigação, a falar com ele e outras pessoas, percebi que não se consegue fazer uma biografia em tão pouco tempo. Não faria sentido fazer um trabalho superficial sobre o tema. Teria de fazer uma biografia séria, o que levou três anos a fazer. Esse foi o motivo imediato. A razão pela qual achei que valia a pena fazer este trabalho, é porque acho que é uma personagem muito importante na História portuguesa, que sempre me fascinou pela forma expedita e descontraída como fez

coisas tão importantes. Foi capaz de realizar uma revolução, quando toda a gente protestava e se lutava de forma clandestina contra o regime. Mas, no momento certo, não houve ninguém que se decidisse fazer a operação militar. Foi ele que, nesse momento, tomou essa iniciativa e planeou tudo sozinho. Foi também esse lado que me fascinou, ele sozinho ter realizado uma tarefa tão gigantesca. Sem Otelo hoje poderíamos falar de 25 de Abril? Hoje em dia está muito na moda, mesmo entre os historiadores, haver a história dos “ses”. A história que poderia ter sido, se tivesse sido de outra maneira. Se o Otelo não tivesse existido teria havido 25 de Abril é um exercício que se pode fazer, mas é sempre um exercício especulativo. Nunca poderemos saber. Pessoalmente, estou convencido de que teria sido diferente. Claro que o regime acabaria. Estávamos num momento

histórico, em que de uma forma ou outra, o regime teria de ser derrubado. Não só havia uma grande força de oposição, como o próprio regime estava podre, não tinha hipótese de lidar com os seus próprios problemas, principalmente a guerra colonial. O Vasco Lourenço, também estava à frente do Movimento, e depois, por uma série de circunstâncias do acaso, não foi ele, porque foi deportado para os Açores. Foi o Otelo a assumir o controle da parte operacional do Movimento. Se tivesse sido o Vasco Lourenço, ele tinha ideias diferentes, teria tentado negociar politicamente com o regime, eventualmente, teria feito outro tipo de operação. Sem esta personalidade do Otelo que gosta de realizar as coisas, fazer um plano de operações, como ele fez, pô-lo em prática e levar aquilo à frente, outras pessoas teriam feito de outra forma. Poderia ter havido outros desfechos da História, como uma evolução mais lenta, pacífica, de acordo com o regime, ter-se mantido as colónias durante mais algum

tempo. A História poderia ter sido diferente sem a acção de Otelo. Que homem é Otelo? É uma personagem muito complexa. É difícil de definir. É uma pessoa por um lado superficial, que não se leva a si próprio muito a sério, e por outro lado, é uma pessoa profundamente generosa, com uma grande capacidade de realizar as coisas, com uma grande competência militar, mas, com um valor humano muito elevado. Toda a gente lhe reconhece isso, os amigos e até os inimigos, que ele é uma pessoa com grande carácter, de uma grande generosidade. E depois, tem uma faceta também de actor, que é uma faceta importante da personalidade dele. Ele sempre quis ser actor, desde miúdo, e só não foi porque o pai não o deixou estudar teatro, em Nova Iorque, como ele queria. Foi para a carreira militar quase forçado, mas acabou por ser um pouco um actor, na carreira militar. Isso percebe-se muito ao longo da sua actuação. ;


zes profere, Otelo é muito criticado, na imprensa. Otelo é um homem desiludido com o rumo que o país tomou?

Ele comporta-se muito como um actor, alguém que gosta de representar, que gosta das audiências, de ser aplaudido, é isso que o entusiasma. Ele gosta mais do palco, do que do poder. Nunca quis cargos de poder. Foi convidado para todos os cargos, para Presidente da República, para primeiro ministro, várias vezes, e nunca aceitou. Mas, estar no palco, ser aplaudido, a sua acção ser vista por muita gente, isso sim, dava-lhe prazer. São várias componentes que o tornam uma personalidade muito pouco comum.

É desiludido com a política, com a situação do país. É desiludido, como acho que todos nós somos, com aquilo que está errado, com aquilo que não se cumpriu de todos os ideais da Revolução. Ele é uma pessoa muito sensível às injustiças sociais. A existência dos muito ricos e dos muito pobres é algo que o incomoda, de uma forma quase física. As injustiças que são visíveis e o perturbam, não o deixando viver em paz. Não ao nível da revolução que ele fez, do que ele sonhou para o país não se ter cumprido. Ele, por natureza, não é uma pessoa desiludida, nem amarga. Pelo contrário. Está sempre bem com tudo, gosta de todas as pessoas. Falei com vários amigos dele, pessoas que o conhecem, que colaboraram com ele em vários períodos e mesmo muitas pessoas que não gostam dele, que o criticam, ou que o odeiam . Depois, vou falar com ele e ele diz esse tipo é fantástico, é o meu grande amigo. Ele vê sempre o lado bom das pessoas e considera-se amigo deles, mesmo daqueles que o criticaram e lhe fizeram mal, e o prenderam, como o Ramalho Eanes. O Otelo considera-o um grande amigo. Ele é uma pessoa muito positiva.

Fez uma guerra sem matar ninguém e uma revolução sem derramar sangue. Mais tarde seria condenado por implicação com a rede terrorista FP 25 de Abril. Esta é a maior contradição da vida de Otelo? Ele próprio diz que é um homem de contradições, reconhece isso. Toda a gente que o conheceu bem, diz isso. Não só nisso, como em todas as pequenas coisas da sua vida. Ele é contraditório porque, às vezes, guia-se por valores muito pessoais e não está a tomar consciência de qual é a envolvente social e política à sua volta. Por ingenuidade política e mesmo na relação com as pessoas, ele próprio também o admite. Este caso é a contradição mais evidente. Um homem que é quase um pacifista - se bem que não podemos falar de pacifista enquanto falamos de um militar, é uma contradição nos termos - mas foi relutante com a carreira militar, não foi isso que ele quis fazer na sua vida pessoal. Toda a gente diz que é incapaz de fazer mal a alguém. Falei com várias pessoas que estiveram com ele na guerra colonial e todos me confirmaram isso, que ele não levava as armas carregadas ou não levava arma. Ele dava as ordens mas, ele próprio, não tinha a arma carregada para não ter de matar ninguém. Por outro lado, esteve envolvido nesse caso das FP25, que era um grupo extremamente violento e tinha como objectivo operações de acção directa, matar se fosse preciso para derrubar o regime. Foi um caso muito controverso, até hoje não se sabe ao certo qual foi a implicação de Otelo nas FP25. Era uma organização muito complexa, que tinha várias componentes. Chamava-se Projecto Global, e o Otelo era o líder. Dentro do Projecto Global havia um braço político, um braço militar, havia um braço dos quartéis outro dos trabalhadores, com existências mais ou menos autónomas e estanques. Ele era o líder da organização, mas não estava directamente implicado nos atentados, nem era ele que os decidia. Até que ponto ele é de facto responsável, até sob o ponto de vista jurídico, é uma questão complicada. O Tribunal considerou que ele era culpado, mas mais tarde foi perdoado e amnistiado e depois absolvido. Ele é um homem romântico? Ele é extremamente romântico, em todos os sentido. Tanto no sentido da vida pessoal, amorosa, que é muito animada e recheada de episódios; como na forma como ele vê a própria vida política e sua intervenção. Sempre de uma forma muito romântica e idealista. Na biografia Otelo, o Revolucionário pode ler-se e passo a citar: «Sente-se bem em família. Tanto, que tem duas. Casou cedo, com uma colega de liceu. Mais tarde, na prisão,

Como foi trabalhar na biografia? teve outro amor. Não foi capaz de abandonar a primeira mulher, nem a segunda.» Otelo casou com Dina, uma colega de liceu em 1960; em 1984 , conheceu Filomena, em Caxias. A bigamia de Otelo dominou os comentários à sua biografia. Estava à espera que fosse assim? Não, confesso que não estava à espera disso. Isso é a forma como às vezes os temas jornalísticos funcionam. Como um primeiro jornal falou disso, os outros foram todos a seguir. Sabia que isso ia ser falado, porque há um tipo de imprensa que gosta sempre desses acontecimentos. Mas, surpreendeu-me, porque isto não era propriamente uma grande novidade, um furo jornalístico. Só era porque nunca ninguém quis saber da vida privada do Otelo. Não foi um segredo que ele finalmente tivesse decidido revelar ao mundo. Ele falou comigo abertamente sobre isso. Estava a fazer a sua biografia e falamos todos os aspectos e desse também. A prova é que depois os jornais surgiram com fotografias dele com uma mulher e com outra mulher. Essas fotografias estavam nos arquivos dos jornais. Isso no fundo já era conhecido, ninguém quis aprofundar. De repente, surgiu assim como a novidade da biografia. Mas, é muito redutor em relação à biografia. Achei que era importante incluir isso, porque uma biografia deve incluir os aspectos pessoais. Essas facetas mais pessoais e privadas da vida dele são importantes, até para perceber a personagem política que ele é. A forma como ele se comportou e actuou tem muito haver com isso, com a sua honestidade. Se existe algo de original e insólito desta relação com duas mulheres é o facto de ser “aberta”. Como nós sabemos há muita gente que tem amantes e relações escondidas. Os homens podem ter uma mulher oficial e depois uma amante, que é secreta. Para o Otelo isso nunca faria sentido, não seria capaz de nada disso, uma amante secreta ou uma mulher que ele tratasse de uma forma pior do

que a outra, de segunda classe ou segunda categoria. Ele trata as duas por igual, já que isto aconteceu na vida dele. Teve um primeiro casamento, não foi capaz de se divorciar da primeira mulher. Esse traço da personalidade dele é importante também para se perceber quem ele é. Otelo é o Che Guevara português? Não sei, isso é difícil de dizer. Uma coisa são as pessoas, outra coisa são os mitos, que depois se fabricam. Ele não é, mas podia ter sido um mito, como Che Guevara foi em Cuba e é em todo o mundo. Tornou-se um ícone de um certo tipo de ideia inconformista e revolucionária, já não ligado com os factos em si, da revolução cubana, mas com uma ideia mais abstracta de rebeldia, de espírito de inconformismo e de vontade de mudança das coisas. O Otelo não se tornou isso, porque não tem a capacidade de gerir a sua própria imagem. Estragou a imagem com as declarações que faz e depois a própria actuação do tempo das FP 25. Se bem que,o Che Guevarra também esteve envolvido em actos terríveis, como criar o primeiro campo de concentração para trabalhos forçados em Cuba, e ninguém hoje se lembra disso. Ficou apenas o essencial daquela imagem dele, do que representa em termos simbólicos, e não aquilo que ele fez, eventualmente, de errado durante a vida. Portugal também é muito diferente, não vive muito bem com os seus heróis. Não é capaz de ter heróis, prefere ter bodes expiatórios, como digo no livro. Prefere ver os dados negativos e culpá-lo de muitas coisas que aconteceram na revolução e depois da revolução, nomeadamente as consequências da descolonização, etc. Há muita gente que culpa o Otelo e preferem tê-lo como símbolo disso mesmo, do que como símbolo da libertação, que foi o 25 de Abril.

Foi muito difícil. Gostaria quando faço um livro, de ter tempo inteiro para escrever, mas isso não acontece. Faço muitas coisas ao mesmo tempo: sou jornalista no público a tempo inteiro, dou aulas na Faculdade de Jornalismo, a tempo inteiro, também. Portanto, tem de ser nos tempos que sobram que escrevo. E uma biografia é um trabalho muito exaustivo. Exige muita energia, muito tempo, é preciso fazer muita investigação, confrontar muitos dados. Não sendo um trabalho de História, exige muitas entrevistas, muita consulta, muitos documentos. Isto foi feito nos interstícios do meu tempo. Levei três anos a escrever o livro. Mas, não foram três anos a tempo inteiro, foi a trabalhar nas minhas férias, nos fins-desemana, quando tinha tempo. É um trabalho custoso. Talvez seja essa a explicação porque não haja muitas biografias em Portugal. Portugal tem personagens incríveis, interessantíssimas, e não há muitas biografias escritas. Não há o hábito de escrever biografias, nem de ler, como noutros países. Em muitos países como nos Estados Unidos, ou Inglaterra, são o género que as pessoas mais lêem e compram, são sucessos comerciais. Em Portugal, não há esse hábito, porque também não há muitas biografias escritas. Está nos seus planos escrever outras biografias? Sim, tenho planos. Tenho estado a falar com a minha Editora sobre quem serão as próximas vítimas (Risos). Apesar de ser um trabalho muito difícil e termos de pensar sempre neste trabalho para demorar três, quatro anos. É irrealista pensar que se pode demorar menos tempo. É algo que se vai fazendo, ao mesmo tempo que se fazem outras coisas. K Eugénia Sousa _ Direitos Reservados H   

Pelos comentários polémicos que por ve-

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Figueira de Castelo Rodrigo ganha

Arquitetura da UBI 6 Criar um espaço dinâmico para um desfile de moda num antigo palácio de Figueira de Castelo Rodrigo foi o desafio lançado pelo Instituto do Território e pela Câmara de Castelo Rodrigo, que foi abraçado por um grupo de alunos de Arquitetura da Universidade da Beira Interior. O resultado foi apresentado a 30 de junho, através de uma mostra de trabalho na área da moda, apresentada numa passarela e espaço envolvente. “Foi-nos proposto trabalhar todo o espaço da exposição de moda, nomeadamente a passarela e cenografia onde iria decorrer o desfile de moda com trabalhos feitos pelos alunos de mestrado em Design de Moda da UBI”, esclarece Luis Moreira Pinto, diretor do mestrado integrado de Arquitetura. Neste trabalho “o grupo ultrapassou todas as espectativas. Os

alunos foram exemplares e trabalharam em todas as áreas, com a supervisão e algum apoio que ia dando, e também, a professora Ana Maria Martins”, sublinha. O trabalho consistiu em desenvolver um estudo do espaço e o que poderia ser ali implementado, bem como, todos os passos necessários à sua realização. Moreira Pinto frisa ainda a importância deste tipo de iniciativas para esta área. “Mais uma prova que o campo da arquitetura é muito lato, quer seja um espaço interior e exterior e permitiu mostrar aos alunos que não têm de fazer só casas, mas há todo um outro mundo que necessita da arquitetura ou onde esta está presente”. A iniciativa intitulada “Walking 4 Fashion” começou com a inauguração de uma exposição intitulada “Arquitetura é Moda”. Nesta expo-

sição foi possível apreciar todo o trabalho realizado por um grupo de 11 alunos do mestrado integrado em arquitetura no desenvolvimento do projeto cenográfico e da passarela do evento. A exposição contou igualmente com uma mostra de trabalhos realizados pelos alunos de design de moda. O desfile foi assim composto por trabalho desenvolvidos na academia, desta feita, por alunos de moda. Para além da mostra destas peças também foram apresentados trabalhos dos designers de moda nacionais Alexandra Moura e Júlio Torcato, bem como diversos jovens designers selecionados no Concurso Modtíssimo, organizado pela Associação Selectiva Moda. K Eduardo Alves _ Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

UBI debate o tema

Combater o plágio é preciso 6 Plágiofobia foi o tema de um fórum realizado este mês na Universidade da Beira Interior, que incidiu sobre uma das mais más práticas que se encontram nas academias. O evento, promovido pela Comissão de Ética da Faculdade de Ciências da Saúde, juntou docentes e alunos num mesmo espaço para debater esta prática. A cópia de trabalhos, de informações, de todo o tipo de produções científicas é uma prática que tem vindo a crescer entre os estudantes, daí que se trata de um autêntico flagelo, segundo os organizadores. O debate pretendeu avaliar as formas mais comuns que se têm assinalado, mas também, quais as posições que devem ser tomadas para que este tipo de situação não se repita. “A dificuldade crescente de detetar a cópia leva a que muitos optem por esta prática”, explica Joaquim Viana, um dos oradores do seminário. Segundo os especialistas, a Internet é neste momento o meio mais utilizado pelos alunos para conseguirem trabalhos que “são depois copiados na íntegra ou em partes”. Para os oradores, Publicidade

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um dos pontos que mais deve ser frisado nas academias é o de que “copiar é um ato ilícito, é um crime”. A consciencialização dos estudantes para esta matéria deve ser um dos caminhos a percorrer no sentido de se minimizarem os casos de plágio. Daí que, para Joaquim Viana, “a formação dos alunos seja um assunto essencial para as universidades”. Durante este evento, que abordou várias áreas científicas, demonstrando que as práticas de

plágio são transversais, foram apontados também alguns meios de deteção e de proteção, bem como formas de punição que passam pelos docentes ou pela academia, mas que podem chegar à própria justiça e aos tribunais. Tudo para mostrar que “o plágio não é apenas uma questão da cópia de trabalhos é um ato ilícito e uma falta de integridade académica”. K Eduardo Alves _ Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

André vence Prémio IBM T André Martins, investigador da Priberam, acaba de ser distinguido com o Prémio Científico da IBM pelo trabalho desenvolvido na área da aprendizagem automática, uma disciplina com uma vasta gama de aplicações no âmbito do processamento computacional da língua, a principal área de investigação e desenvolvimento da Priberam. André Martins entrou para a Priberam em 2001. […] Embora tenha passado os três últimos anos do seu doutoramento na Priberam a escrever a sua tese e várias publicações científicas, tendo ainda realizado um estágio na Google em 2011, André volta agora à actividade em pleno na Priberam, ficando responsável pela criação de um grupo de investigação na área da aprendizagem automática para o qual já foi recrutado um outro investigador, a terminar o seu doutoramento no Instituto Superior Técnico. K

por Ivone Patrão e Joana Santos Rita, investigadoras do ISPA, revela que cerca de 30 por cento dos professores enfrentam um esgotamento, associado a elevados níveis de ansiedade e depressão, sendo os mais velhos, efetivos e com mais anos de experiência, que apresentam níveis superiores. A investigação começou em 2009 e ainda decorre, mas já há dados de uma amostra de 800 professores do 1º até o 12º ano em todo o país. O estudo demonstra que são os professores do ensino primário quem apresenta valores superiores nos níveis de stress, exaustão emocional e maior falta de reconhecimento profissional, sendo o sexo feminino quem apresenta valores mais elevados de esgotamento. Também os professores que têm alunos com necessidades educativas especiais têm valores mais elevados de ansiedade, esgotamento e preocupações profissionais. Já os professores com elevada autoeficácia apresentam baixos níveis de esgotamento. K

UE na Feira de São João

Seniores na Técnica

T A Universidade de Évora esteve presente na Feira de S. João, nas festas populares da cidade de Évora, com um pavilhão com 200 metros quadrados. “Dos passos que demos… aos passos que damos” foi o título da exposição que mostra a evolução dos primatas desde há 27 milhões de anos até à actualidade, com a colecção mais completa que existe em Portugal. O pavilhão esteve situado no Rossio de S. Brás, junto à Rua da República. K

T Depois de dois anos lectivos em que a Universidade Sénior da Universidade Técnica de Lisboa (UTL) funcionou em regime experimental, o sucesso do programa acabou por ditar a sua continuação num modelo estabilizado e de maior duração. A UTL abriu 50 vagas para o curso Ciência, Tecnologia e Cidadania, que se iniciará a 18 de Setembro, contando com três semestres de aulas, distribuídas por seis áreas temáticas, e um quarto semestre no qual os alunos realizam um trabalho final. O curso dirigido a pessoas com idade superior a 50 anos e com uma formação mínima correspondente ao Ensino Secundário. K

Professores estão esgotados T Um estudo desenvolvido


Porto

Universidade para juniores 6 Mais de cinco mil alunos portugueses e estrangeiros, orientados por 300 monitores, participam na “Universidade Júnior 2012”, um projecto da Universidade do Porto, que arrancou no início deste mês e conta com um investimento de meio milhão de euros. A missão do projecto “Universidade Júnior 2012” é incentivar os alunos entre os 11 e os 17 anos a “desenvolver o gosto pelo conhecimento”, explicou à Lusa Filomena Mesquita, uma das coordenadoras do projecto que celebra este verão a oitava edição. Uma das funções do projecto é chegar “a toda a população”, para que “grandes cabeças não sejam perdidas” e sejam incenti-

vadas ao prosseguimento de estudos, “porque também é uma mais-valia para o país”, acrescentou. Nos 139 “cursos” especiais que a Universidade Júnior do Porto lecciona este verão há alunos inscritos de todos os pontos de Portugal, mas também estudantes do Gana, EUA, Tailândia, Macau, Inglaterra, Irlanda, Luxemburgo ou França. “Dr. House dos peixes”, “Na pista do grão de pólen”, “Agricultura em tubo de ensaio”, “Combate final: bactérias versus especiarias!” ou “A minha pegada é maior do que a tua” são apenas alguns dos cursos que começaram a ser leccionados esta semana, mas o projecto prolonga-se até Setembro. K

Design de Viana do Castelo

Aluna Erasmus ganha

6 Lavinia Scuderi, aluna Erasmus da Università di Palermo, actualmente a frequentar o curso de Design do Produto, no Instituto Politécnico de Viana do Castelo, acaba de ser galardoada por ter apresentado a melhor comunicação na 1ª Conferência Ibérica de Joalharia, realizada no âmbito da Mostra Sign. O evento, que teve como tema a tradição, o design e a tecnologia, contou com diversos especialistas mundiais das áreas. O Design como agente de novos cenários de sistemas de produto entre a Joalharia e a Cerâmica foi o título da comunicação, da autoria de Lavínia Scuderi e dos docentes Michele Argentino e Ermanno Aparo. Segundo Ermanno Aparo, coordenador da Licenciatura em Design do Produto no Politécnico de Viana, “trata-se de um óptimo resultado, quer para a

Na Avenida 1º de Maio

Esart decora montras

6 Os alunos do 2º ano do curso de licenciatura em Design de Interiores e Equipamento da Escola Superior de Artes Aplicadas estão a decorar algumas montras na avenida 1º de Maio. A iniciativa decorreu duran-

te o mês de Junho, e surge no âmbito da unidade curricular de Vitrinismo, que conceberam, executaram e montaram os novos espaços expositivos. A iniciativa resulta de uma parceria entre a Esart e a As-

sociação Comercial e Industrial de Castelo Branco e o objectivo desta acção é promover a integração dos alunos em contextos reais de trabalho, desenvolvendo soluções de design para o comércio tradicional. K

Mundial de Andebol Universitário

Portugal vice-campeão

aluna, quer para a nossa Instituição, pelo que estamos orgulhosos, não só pelo trabalho desenvolvido, como pelo percurso de sucesso que o curso de Design do Produto tem vindo a alcançar ao longo destes anos em muitas acções do género”, sublinhou. K

6 Portugal acaba de se sagrar vice-campeão no 21º Campeonato do Mundo Universitário de Andebol, que decorreu no Brasil, após ter sido derrotado pela República Checa, por 34-24. A República Checa conseguiu segurar o jogo logo do princípio. Portugal só cruzou a barreira checa já passavam 12 minutos desde o início da partida. 5-1 ditava o controlo da selecção Checa, mas

ainda nada estava perdido. O tempo continuava e as dificuldades impunham-se, estava difícil anular a vantagem e ao fim da primeira parte, Portugal perdia por 9-16. Na segunda parte era preciso aproveitar todo o tempo para encurtar a distância. Apesar do esforço dos atletas de Gabriel Oliveira, Portugal perdia por 1624 e continuava distante dos checos.

Poucos momentos antes, o Brasil garantia o 3º lugar do pódio contra a Polónia. O domínio brasileiro finalizou o resultado contra os polacos por 33-29, dando o Bronze à equipa da casa. Destaque para o facto de Portugal voltar a ser anfitrião do CMU de Andebol, recebendo a próxima edição na cidade de Braga em 2014. Fica assim o sentimento de fazer melhor e, quem sabe, vencer em casa! K

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

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Escola Secundária Dr. Ginestal Machado

A Escola como palco de construção de valores

6 A temática do ensino das atitudes e valores afigura-se, atualmente, como um aspeto de grande relevância, tendo em conta o contexto de diversidade que as sociedades modernas experienciam. Os currículos escolares previram, durante anos, apenas a transmissão de conteúdos, deixando a cargo da família a formação das competências sociais e atitudinais. No entanto, as modificações ocorridas no último século tornaram necessário aprofundar o olhar sobre o papel da Escola na vida das crianças e jovens. Muitas das alterações ocorridas tiveram influência direta numa mudança de paradigma, pelo que questões de género, de origem, sociais e multiculturais, atravessam o panorama escolar e forçam uma redefinição curricular. A cultura e a diversidade cultural tornaram-se realidades políticas e jurídicas, como se afirmam no primeiro Artigo da Declaração Universal sobre Diversidade Cultural, da UNESCO (2006, p. 1): “ a diversidade cultural é tão necessária para a humanidade como a biodiversidade é para a natureza. Neste sentido, é a herança Publicidade

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comum da humanidade e deve ser reconhecida e afirmada para benefício das gerações presentes e futuras”. A pluralidade cultural que marca a sociedade atual, a exclusão social que ameaça a coesão das comunidades e fragmenta o sistema de relações pressupõe uma cidadania europeia caracterizada pelas dimensões multicultural e intercultural. A Escola Básica Dr. Abranches Ferrão procura nos seus princípios,

enquanto comunidade educativa, contribuir para a promoção de uma atitude participativa e ativa que seja capaz de tornar o mundo melhor, nas diferentes vertentes. Assim, dentro do Clube Unesco existente na escola, já há alguns anos, que trabalha em articulação com as diferentes áreas disciplinares, destacam-se várias atividades que se desenvolveram ao longo deste ano letivo, contribuindo, assim, para a promoção de uma ciPublicidade

dadania ativa e participativa. A comemoração do Dia Mundial da Tolerância, no dia 16 de novembro, do Dia da Não Violência Escolar e da Paz, no dia 30 de janeiro, da Semana dedicada à Educação Especial, ao respeito pela Diferença, marcam alguns momentos da vida desta escola atuante e transformadora. Por sua vez, existe, também, o Programa Eco-Escolas que dinamizou e interagiu de forma permanente com toda comunidade Educativa, pois desenvolveu várias atividades tais como: No primeiro período deste ano letivo, o Eco-Escolas apresentou várias propostas no sentido de envolver a comunidade escolar na proteção do Planeta Terra: no dia 21 de setembro de 2011 participou-se na atividade “ENO TREE PLANTING DAY – PEACE IS GREEN”, da Organização ENO Environment Online; realizou-se a exposição “Eco-Natal”, na Biblioteca, com enfeites, presépios ou prendas de Natal elaborados a partir da reutilização de materiais; decorreu, nos meses de abril e maio, a comemoração do “Dia da Terra – 22

de abril” e “Dia da Biodiversidade – 22 de maio”, com a exposição de trabalhos na Biblioteca com o objetivo de sensibilizar a comunidade escolar para a importância do Planeta Terra como a “nossa casa” e para a necessidade da sua preservação, consciencializando para a urgência de uma gestão racional dos recursos e da conservação da biodiversidade; participação no concurso “Sim, vamos criar uma árvore!”, da Tetra Pak e da ABAE, com a construção de uma árvore com embalagens Tetra Pak, evidenciando o selo FSC e promovendo a conservação da Floresta. A aprendizagem torna-se verdadeira e significativa quando se realiza com dados concretos da realidade envolvente, visto serem eles que estimulam a maturação intelectual e favorecem o princípio de alteridade, ou seja, a capacidade de ver os outros nas suas diferenças e aceitá-los tal como eles são! Eis um grande desafio! K Emília Nascimento _ (Coordenadora SEA UNESCO/EB Dr. Abranches Ferrão)

Estela Brito _

(Coordenadora Clube UNESCO)


Do quadro

Ministro não vai despedir professores 6 O ministro da Educação, Nuno Crato, reiterou no Parlamento que não serão despedidos professores do quadro, perante a insistência da oposição para revelar quantos docentes a menos terá o sistema a partir de Setembro. “Não queremos despedir nem um professor, não queremos que nem um professor do quadro saia”, disse Nuno Crato, acrescentando que também não pretende “mandar para a mobilidade professores do quadro”. O ministro voltou a não revelar qualquer estimativa sobre os professores contratados que poderão

não ter trabalho, limitando-se a dizer que é preciso aproveitar da melhor forma os recursos existentes. Crato falava durante um debate requerido pelo PCP sobre a situação na escola pública e o novo ano lectivo: “Mega agrupamentos, reorganização curricular e despedimentos nas escolas”, em que a oposição insistiu em saber quantos professores a menos terá o sistema educativo a partir de Setembro. “Não temos 25.000 horários de professores contratados, portanto não é possível fazer esse despedimento”, afiançou, em resposta à oposição. K

Conselho de Ministros

Escolaridade obrigatória até aos 18 anos 6 O Conselho de Ministros aprovou hoje em definitivo, após audições, o diploma que regula o regime de matrícula e de frequência da escolaridade obrigatória, entre os seis e os 18 anos. O documento, ainda não divulgado, tem na versão levada ao Conselho de Ministros de 31 de Maio, a isenção total de propinas, taxas e emolumentos relacionados com a matrícula, inscrição, frequência escolar e certificação. “A gratuitidade da escolaridade obrigatória traduz-se na oferta de ensino público com inexistência de propinas e na isenção total de taxas e emolumentos relacionados com a matrícula, inscrição, frequência escolar e certificação”, lê-se no documento datado do final de Maio. O texto então divulgado estabelece medidas de apoio ao estudo no ensino básico que podem passar pelo prolongamento do calendário escolar, salvaguardando um número de dias de descanso, nomeadamente cinco dias úteis nas interrupções do Natal e da Páscoa e 30 dias úteis no período das férias de verão. Estabelece-se também a constituição temporária de “grupos de

homogeneidade relativa”, em termos de desempenho escolar, em disciplinas estruturantes, “tendo em atenção os recursos da escola e a pertinência das situações”. O diploma regulamenta a escolaridade obrigatória que entra em vigor no próximo ano lectivo. A 31 de Maio, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião ministerial, o ministro da Educação, Nuno Crato, explicou que a escolaridade obrigatória terá “várias modalidades” e medidas de acompanhamento dos alunos. “A escolaridade obrigatória vai ter várias modalidades, nomeadamente a matrícula no ensino secundário geral ou no ensino profissional e também outro tipo de matrículas”, disse aos jornalistas na Presidência do Conselho de Ministros. De acordo com o ministro, será permitida a “matrícula por disciplinas” e a possibilidade de os alunos conciliarem “o estudo com algum trabalho que possam estar a desempenhar, desde que tenham a idade mínima para o fazer”. Ao contrário da proposta de lei sobre o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, este documento não seguiu logo para o parlamento. K

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Modelo Anglo-saxónico

Crato lança metas para alunos 6 O ministro da Educação e Ciência acaba de anunciar que serão obrigatórias, a partir de 2013/14, as metas curriculares lançadas para discussão pública e que visam um ensino “bem estruturado”, baseado num modelo anglo-saxónico. Em conferência de imprensa na Secretaria Geral do Ministério da Educação, Nuno Crato indicou que, para o próximo ano lectivo, as metas para as disciplinas de Matemática, Português, Educação Visual, Educação Tecnológica e Tecnologias de Informação e Comunicação do ensino básico serão “fortemente recomendadas”. Elaboradas ano a ano, as metas, que estarão em discussão pública até 23 de Julho, destinam-se a “definir com clareza o que se quer que cada aluno aprenda”. São “objectivos cognitivos muito claros” para professores e alunos, indicou, rejeitando que se ponha em causa a “liberdade de método” dos docentes para ensinarem as matérias. Nuno Crato afirmou que as metas vão “clarificar aquilo que, nos programas, deve ser prioritário, os conhecimentos fundamentais a adquirir e as capacidades a desenvolver pelos alunos ao longo dos diversos anos de escolaridade”. “Não pretendemos actuar de uma forma dirigista em relação à pedagogia”, garan-

tiu Nuno Crato, que defendeu a necessidade de um “ensino bem estruturado”. “Julgamos que este processo corresponde a uma ambição de muitos professores”, apontou o ministro, reiterando que se dá “total liberdade aos professores” mas que se querem “resultados e para isso tem que se traçar objectivos”. As metas curriculares lançadas para discussão são baseadas no modelo de “standards” e “core standards” seguido no Reino Unido e nos Estados Unidos da América, e são um “movimento moderno”, salientou. “Antes apostou-se numa grande liberdade, mas com a massificação do ensino e as dificuldades, há mais consciência da necessidade de um ensino mais bem estruturado”, declarou.

O modo de verificar se, ao longo do ano lectivo, as metas estão a ser cumpridas consegue-se com “vários sistemas de aferição”, desde logo as provas e exames de fim de ano e que são “provas externas” à escola que permitem aos alunos e professores “saber onde estão”. Nuno Crato afirmou que o ministério está em diálogo com as editoras de livros escolares, que manifestaram disponibilidade para “ajustar os manuais” aos objectivos que fiquem consagrados definitivamente nas metas curriculares. De 23 de Julho a 3 de Agosto, o ministério irá incorporar, na versão definitiva das metas, os contributos da discussão pública que achar “mais adequados”, afirmou Nuno Crato. K

Viseu

Grão Vasco em bom plano 6 O agrupamento de escolas Grão Vasco foi um dos quatro a nível nacional que obteve a classificação de “Muito Bom” nos cinco domínios avaliados, pela avaliação externa efectuada no ano lectivo 2009/2010. Já neste ano lectivo, nas provas aferidas do 4º ano de escolaridade, o agrupamento registou 91% de sucesso na Língua Portuguesa e 71% na Matemática, respectivamente 24,3% e 17,4% acima dos valores médios nacionais. O Agrupamento de Escolas Grão Vasco engloba cinco escolas, cerca de 1849 alunos, desde o pré-escolar até ao 9.º ano. Este agrupamento, localizado no centro de Viseu, apresenta actualmente uma oferta educa-

tiva bastante diversificada que pretende dar resposta a um conjunto de necessidades que foram surgindo. Para além de ter sido pioneira no ensino de

português enquanto língua não materna, a Grão Vasco é também escola de referência na intervenção precoce e na cegueira e baixa visão. K

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crónica salamanca

Cementerio de elefantes 6 Es bien sabido que en la etiología del mundo animal se estudia el comportamiento de algunas razas en su procesos finales, y en concreto, cómo se asume el punto final del ciclo de la vida, la muerte. Ahí para muchos es paradigmático el modelo de conducta de los elefantes, animales de longeva trayectoria, si no se les interrumpe. Los elefantes tienden a buscar y encontrar intuitivamente un lugar determinado para entregarse a su final de vida, tal vez buscando una seguridad más psicológica que real. Suelen ser lugares mantenidos en la memoria colectiva de la raza de los elefantes, a los que el individuo tiende a encontrarse con sus ancestros colectivos de manera enigmática, pero cierta, para alcanzar el descanso final. Esos son los cementerios de elefantes, lugares de aspiración a la seguridad y a veces de “respeto” en el mundo de los animales. Desconozco cuándo comenzó a utilizarse entre nosotros esa expresión que de manera figurada se aplica a los humanos, pero adoptada desde las conductas animales antes brevemente descritas. Lo cierto es que son conductas y expresiones más habituales de lo que nos parece. Así, si pretendemos explicar a alguien qué representa una institución u organismo político en el que se trabaja poco, se cobra bastante, poblado de hombres y mujeres cargados de años y experiencia, donde se reconoce de alguna forma su trayectoria anterior y apenas se les exige esfuerzo y dedicación, y sobre todo se figura y representa socialmente, decimos que ese organismo, esa institución es un “cementerio de elefantes”, o está en proceso de convertirse en un “cementerio de elefantes”. Un ejemplo que entre nosotros no tiene discusión para nadie es el Senado, o Cámara Alta, parte del poder legislativo. Es un organismo poco

menos que inútil, que resulta caro a la sociedad, pero es útil para descargar por esa vía más deseos de continuidad e influencia de muchos políticos casi acabados. Se atribuye el nombre de <cementerio de elefantes> a un Consejo de Administración de un gran Banco, o gran Empresa, pública o privada, formado en gran parte por la gerontocracia del poder político o económico, que recibe así compensaciones por favores prestados, o simplemente por influencia de su cuenta corriente, cupo de acciones o influencia real de decisión en la empresa. La mayoría de esos consejeros están ahí para recibir beneficios (con frecuencia de forma impune), sin apenas trabajo. Vulgarmente podríamos decir, utilizando una expresión del admirado humorista, Forges, “están para poner el cazo, sin pegar golpe”. Pues también en el mundo universitario español de nuestros días podemos fácilmente identificar y describir la existencia de diferentes ejemplos de “cementerios de elefantes”. Ahora solamente vamos a comentar tres, por razones de espacio. La Universidad Nacional de Educación a Distancia es en España el prototipo de institución que acoge a profesores, muchos de ellos en el final de su ciclo académico y vital, a quienes no les gusta la docencia directa, y suelen disfrutar de prebendas varias, si comparamos su dedicación con la de la mayoría de colegas de otras universidades. Entre nosotros esta universidad es considerada como un perfecto cementerio de elefantes, salvando las merecidas excepciones. Hasta hace una generación la entonces llamada Universidad Central de Madrid era considerada por el cuerpo de los catedráticos como el punto final de llegada, como la máxima aspiración de la carrera docente. Allí se jubila-

ban, y muchos de ellos se dedicaban simplemente a vegetar durante sus años finales hasta la jubilación. Con una variante sobre lo mencionado, la UNED colma algunas de estas expectativas, si bien hace ya mucho que no funciona ese esquema de una universidad como punto final de reconocimiento docente Además, en la UNED se observan prácticas académicas inusuales en otras universidades, como es la pervivencia de un caciquismo infumable. Un ejemplo. Hay catedráticos que logran ser nombrados eméritos cuando cumplen 70 años, y logran que su emeritazgo se prolongue hasta los 76 años, sin reparo alguno. Es obvio que algunos catedráticos desean continuar ejerciendo el tutelaje académico hasta la tumba misma. Como contraste, en nuestra Universidad de Salamanca, ser emérito es ahora muy difícil, por razones estrictamente económicas, y solamente se concede por dos años, y exclusivamente a dos porofesores que además han e cumplir exigentes condiciones académicas. Cementerios de elefantes son de otra forma las “emergentes” universidades privadas, que en España están floreciendo como los hongos en una primavera húmeda, al aprovecharse algunos empresarios o grupos de influencia de un clima político muy favorable a conceder el título de universidad a cualquier negocio, con escasos escrúpulos y reducidas condiciones de acreditación. Allí, en algunas de estas universidades, se refugian catedráticos jubilados, algunos prejubilados, a quienes no les satisface la docencia, o que incluso salieron con pancartas de repulsa y caceroladas por la puerta de atrás en su facultad y universidad pública, y ahora se reenganchan a una universidad privada para gozar del pretendido privilegio de disponer de una tarjeta de pre-

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt

sentación, un soporte nominal o un espacio físico donde lucirse, o donde obtener nuevos réditos. Un tercer ejemplo, aún más visible, es el de un catedrático jubilado en una universidad pública, a quien se le nombra rector-promotor de una nueva universidad privada, que dice ser el súmmum de la innovación. Esta es una práctica que personalmente observamos, hace ya muchos años, en universidades públicas de América (del Norte y del Sur, sobre todo), donde se concedía una temprana jubilación al profesor, para que luego dispusiera de tiempo y oportunidad de rentabilizar su iniciativa en una universidad privada, aunque ésta no fuera especialmente prestigiosa. Estimamos que uno de los principales aprendizajes que a todos nos debe facilitar el sentido común y la experiencia de vida es el de saberse retirar a tiempo, asumir la condición que nos impone el ciclo de la vida, y no pretender eternizarnos y hacernos indispensables en nuestra comunidad científica, o aspirar a beneficiarnos en lo material sine die. Aprendamos a encontrar nuestro más pertinente cementerio personal y académico cuando nos llegue la hora de hacerlo. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Universidad Salamanca

Biorama se adhiere al Parque Científico 6 La directora general del Parque Científico de la Universidad de Salamanca y vicerrectora de Investigación de la institución académica, Mª Ángeles Serrano García, el gerente del Parque, José Miguel Sánchez Llorente, y Julián Ramos Manzano, administrador de la empresa Biorama, han suscrito un convenio de colaboración en la mañana de hoy para la adhesión de la firma al Parque Científico. Concretamente, en el acuerdo

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que se ha suscrito se detalla la cesión de espacios en el edificio M3 del Parque Científico a Biorama para

la instalación de una sede en el Campus de Villamayor. La Fundación Parque Científico ha acondicionado

una sala de algo menos de 190 metros cuadrados con el aparataje e infraestructura necesaria para la instalación de laboratorios. Se ha realizado la inversión necesaria para trasformar la sala diáfana que existía inicialmente en tres departamentos perfectamente equipados. Dos de ellos son cedidos a la empresa Biorama y el tercero actuará como zona de servicios comunes para esta empresa y el resto de las del Parque que lo necesiten. K

Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Eugénia Sousa Francisco Carrega Rogério Ribeiro Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


Editorial

Alguns contextos do desencanto 7 No meu livro “O Desencanto dos Professores” (procurar em www.ensino.eu – loja virtual), reúno um conjunto de artigos de opinião, que foram escritos nos últimos cinco anos, numa conjuntura que considero das mais hostis para os profissionais da educação em Portugal. Vai levar tempo para erguer, acima dos tornozelos, a auto estima dos professores, para recuperar a sua imagem social, e para chamar novamente à profissão os melhores e os mais capazes. As perdas são, em tempo, custo e envolvimento de recursos humanos, incalculáveis. O tempo, a seu tempo, o dirá. O pior que pode acontecer a um povo é perder a sua memória colectiva. Vale a pena, então, lembrar... A ideia lançada, inicial e subliminarmente, de que os professores eram uns “madraços”, que acumulavam incontáveis faltas ao serviço, que gozavam férias e mordomias só permitidas a grupos privilegiados, e que desperdiçavam os enormes meios financeiros com eles despendidos, constituiu a maior ofensa, a mais inqualificável infama perpetrada perante uma classe altruísta, que todos os dias, no seu posto de trabalho, deu o seu melhor pelo aperfeiçoamento das qualificações dos portugueses e pelo desenvolvimento social, económico e cultural do seu país.

Não é novidade. O cenário revelava-se propício e constituiu a porta aberta para o que se lhe seguiu: alteração e aumento compulsivo de funções e tarefas cometidas aos docentes, colocando-os na vertigem da desprofissionalização; divisão da classe, através de uma estratificação artificial da carreira; implementação de processos de avaliação de desempenho administrativos, burocráticos e estigmatizantes; redução artificial de cargas horárias e alterações aos planos curriculares ao sabor das circunstâncias, provocandose, desnecessariamente, o maior desemprego conhecido, até hoje, na classe; introdução de novas tecnologias na escola, sem formação antecipada dos intervenientes no acto educativo, no que se revelou ser uma insensatez face ao esbanjamento de dinheiros públicos em negócios e parcerias com empresas privadas… Desde então, escola tendeu para um espaço de desencantos e desencontros, onde os profissionais da educação começaram a ser chamados para reflectirem pouco sobre o acto educativo e, em substituição, a reunirem muito em redor da aplicação de normativos e procedimentos de natureza burocráticoadministrativa. Neste quadro, milhares de docentes preferiram solicitar a sua

aposentação antecipada, com graves penalizações nas suas pensões, no que constituiu uma desnecessária sangria de quadros qualificados e experientes. Ou seja: ao abandono precoce das escolas por parte dos alunos, temos agora que acrescentar o abandono precoce da profissão por parte dos professores. E isto tudo, num país que ainda precisa de muita escola e de mais e melhor qualificação dos seus cidadãos. Que desperdício inqualificável formar um docente para deixá-lo partir para uma aposentação precoce, numa etapa da sua carreira em que revelava mais controlo, segurança e maturidade…. Nesse mesmo período, o descontentamento trouxe à rua mais de cem mil professores no que foi considerada a maior manifestação da classe desde a alvorada da democracia, proliferaram os movimentos de docentes à margem das organizações sindicais tradicionais, e as redes sociais e os blogues de professores constituíram o elo de ligação de um grupo profissional que, apesar de tudo, recusou cruzar os braços e preferiu levantar a voz da indignação e envolver-se na defesa de uma escola pública onde seja gratificante ensinar e compensatório aprender. Por essas e outras razões, o autor destas linhas entendeu, nes-

se conturbado período do ciclo de vida dos professores e das escolas, escrever estes artigos, para dar um contributo positivo no sentido de ajudar à melhoria do bem-estar pessoal e profissional dos docentes portugueses. Os professores nem tanto precisavam que os amparassem. Os professores precisavam, isso sim, de uma voz que lhes dissesse: “nós compreendemos o vosso esforço, o vosso empenho, apesar de todos sabermos que nem tudo vai bem no reino da educação…”. Porém, essa voz, como se sabe, nunca veio da tutela… Hoje, com um olhar mais distanciado, e apesar da adversa conjuntura, estamos em crer que se alguém quis quebrar a espinha dorsal aos docentes não o conseguiu. E, em boa verdade, também não houve uma quebra significativa da confiança que a sociedade deposita nos professores e na instituição escolar. Diríamos mesmo que a escola continua a ser a única organização pública onde as famílias entregam, diariamente, os seus filhos e partem tranquilas para o trabalho, sabendo que crianças e jovens ficam seguros e bem entregues. Mas será que, após este claustrofóbico período, a tutela pode afirmar que temos mais escola e melhor educação?

Infelizmente a resposta é: não! Nos tempos que ainda correm, as escolas fecharam-se num clima organizacional sufocante, os alunos não melhoraram globalmente, de facto, os seus resultados escolares, os professores não aperfeiçoaram as suas competências profissionais e a escola não se transformou numa verdadeira comunidade educativa. Ou seja: agora temos menos escola e menos escolas, temos menos educação e menos professores. Entretanto, nesta encruzilhada, o país ganhou a maior taxa de desemprego alguma vez vista na profissão docente, e um medíocre sistema de formação de professores, incapaz de atrair os candidatos mais capazes e mais competentes. Mas porque a educação e os professores são semente e pão de todos os futuros, estamos em crer que, uma vez mais, os docentes portugueses irão sabiamente ultrapassar este difícil instante da sua longa história profissional, e recuperarão o valor e energia da sua profissionalidade, para bem do desenvolvimento social, cultural e económico do nosso país. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt

primeira coluna

Cortes e cortes, Lda

7 As instituições de ensino superior portuguesas deverão ser confrontadas com mais um corte no seu orçamento para o próximo ano, de 2,3 por cento. Uma redução que se vem juntar a todas as outras que foram sendo feitas nos últimos anos às universidades e politécnicos do país, e que criará dificuldades acrescidas às instituições, colocando algumas à beira do desespero. Neste momento há mesmo instituições que já tiveram que se socorrer de empréstimos bancários para fazer a face a compromissos, com tudo o que isso acarreta. A crise económica e a falta de dinheiro das famílias e das empresas agravará ainda mais esses cortes orçamentais. A lógica, acertada, de que as instituições de ensino superior público devem diversificar a sua fonte de receita torna-se difícil de implementar. Primeiro porque a co-

munidade, sobretudo as empresas e entidades, a quem politécnicos e universidades poderiam prestar serviços também estão em crise. Sectores como a construção civil, agricultura, têxteis ou saúde já viveram melhores tempos. Segundo porque as famílias começam a ter dificuldades em cumprir o pagamento da educação aos seus filhos. Em todas as instituições são muitos os alunos que ao longo do ano passam por dificuldades e ficam com as propinas em atraso. A conjuntura obrigará a que as instituições, já depois da gordura cortada, passem a fazer ajustamentos na massa muscular. As universidades e politécnicos saudáveis, sem dívidas e com gestões rigorosas provavelmente manterão a sua capacidade instalada, através de reajustamentos nas suas unidades. Os outros vão ter muitas dificuldades em assumir os com-

promissos mais básicos de uma instituição de ensino. E é nestas alturas de crise que volta ao debate a questão das fusões das instituições. Uma questão perigosa, na minha perspectiva, e que não deve ser misturada com a crise económica do país. É sabido, que em tempos difíceis qualquer medida que venha a ser tomada pela tutela com o anúncio que vai poupar mais dinheiro ao Estado é bem vista pela população. Mas atenção: importa reflectir. Por exemplo 53% do total das vagas disponibilizadas para os candidatos ao ensino superior encontramse em apenas três cidades (Lisboa, Porto e Coimbra). Só cerca de 10% das vagas estão no interior do país. Se tivermos em conta os custos que o ensino superior tem para o país, verifica-se que a percentagem também não andará muito longe dos 10%. Regra geral, quando se

fala em cortar ou fundir, olha-se normalmente para esses 10%, os quais são quase insignificantes no todo nacional, mas constituem a força motriz de desenvolvimento de regiões deprimidas, as quais sem o ensino superior, a saúde e a justiça, se tornarão numa ilha de que o país não se deve orgulhar. Convém, nesta matéria não esquecer que há litoral e litoral, e que há instituições, sobretudo politécnicos, fora dos grandes centros urbanos, que são referência nacional e que pela sua capacidade atingiram um patamar que importa preservar e potenciar. Já a partilha de recursos e a promoção de parcerias entre instituições de ensino superior deve ser promovida, ao nível da racionalidade dos recursos humanos e materiais existentes, da distribuição da oferta formativa, da investigação, da promoção de candidaturas con-

juntas a diferentes fontes de financiamento, ou da mobilidade, por exemplo. A Politécnica (que reúne os institutos politécnicos do Centro e que é presidida pelo presidente do Instituto Politécnico de Leiria, Nuno Mangas) está a ser um bom exemplo de como será possível trabalhar-se em rede, partilhando recursos e meios. Acima de tudo tem que haver reflexão, serenidade e objectividade na promoção de medidas que permitam às instituições resistir à crise. Porque como diz o velho ditado, o macaco tanto se aprumou que até o dito cortou... K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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Bocas do Galinheiro

Na despedida de Nora Ephron e Kaneto Shindo 7 Há cenas que ficam para sempre na memória do espectador, e, algumas vezes, superam o filme onde apareceram. Uma delas é sem dúvida aquela em que Meg Ryan simula um orgasmo à mesa dum restaurante na comédia romântica “Um Amor Inevitável” (When Harry Meets Sally, 1989), de Rob Reiner, perante um estupefacto Billy Crystal, e uma assistência de clientes, entre os quais uma senhora de meia-idade que, sonhadora, quer tomar o mesmo que a Meg, num filme à volta da (im)possibilidade de uma amizade entre um homem e uma mulher. É o que Harry e Sally nos vão revelar, ou não, mesmo depois de uma tórrida e inesperada noite a dois, neste argumento de Nora Ephron que nos deixou no passado dia 26 de Junho, em Nova Iorque. Argumentista e realizadora, conhecida pelas suas comédias românticas, para além da referida, com a qual foi nomeada para o Oscar de Melhor Argumento Original, a segunda, já que em 1984 já havia recebido igual nomeação com “Reacção em Cadeia” (Silkwood, 1983), de Mike Nichols, escrito em parceria com Alice Arlen, o seu primeiro argumento cinematográfico, um drama à volta de Karen Silkwood (Meryl Streep) trabalhadora de uma unidade de transformação de plutónio, contaminada e assassinada para evitar que contasse o que sabia sobre as condições de trabalho na fábrica e acabar com a sua luta contra o nuclear, vindo de novo a ser nomeada por mais uma comédia romântica, “Sintonia do Amor” (Sleepless in Seatle, 1993) de que foi também realizadora, esta à volta de um rapaz, com saudades da mãe recentemente falecida, que telefona para um programa de rádio para conseguir arranjar uma

mulher para casar com um pai. Bem à maneira de “O Grande Amor da Minha Vida” (An Affair to Remember, 1957), de Leo McCarey, citado no filme, marca o encontro entre o pai (Tom Hanks) e uma mulher (Meg Ryan) que entretanto responde ao pedido do miúdo, para o cimo do Empire State Building. Após algumas peripécias, a coisa acontece, como não podia deixar de ser. Nascida a 19 de Maio de 1941 em Nova Iorque, Ephron, filha de argumentistas, viveu em Beverly Hills, tendo enveredado pelo jornalismo e pela escrita, tendo sido jornalista em títulos como o The New York Times, aliás foi casada

com o também jornalista Carl Bernstein, um dois jornalistas que denunciaram o que ficou conhecido como o Caso Watergate, que levou à demissão do presidente Nixon e que deu origem ao filme “Os Homens do Presidente”, em cujo livro Ephron colaborou, estreou-se na realização com “A Minha Mãe é um Problema” (This is My Life), um drama com Julie Kavner, uma ex-vendedora que se torna famosa na stand-up comedy, mas que negligencia as filhas. Mas é com “Sintonia de Amor” que ganha a fama e o proveito de a rainha da comédia romântica norte-americana, título confirmado depois em “Você Tem Uma Mensagem” (You’ve Got Mail, 1998), novamente com Meg Ryan e Tom Hanks, uma versão moderna de “A Loja da Esquina” (The Shop Artound The Corner, 1940) de Ernst Lubitch, com Margaret Sulavan e James Stewart, segunda a peça de Miklós Lázsló, em que dois rivais no negócio dos livros, se apaixonam, agora, na troca de e-mails na internet. Quer como argumentista quer como realizadora, o seu nome está ligado a filmes como “A Difícil Arte de Amar”, 1986, de Mike Nichols “Linhas Cruzadas”, 2000, de Diane Keaton, co-argumentista com a irmã Delia, “Casei com Uma Feiticeira”, 2005 ou “Julia & Julia”, o seu último filme, de 2009. Recentemente falecido, a 29 de Maio, Kaneto Shindo, de 100 anos, então o segundo mais velho realizador em actividade (o primeiro como se sabe é Manoel de Oliveira, que já leva 103 anos de vida), nasceu em Hiroxima, facto que não será alheio à sua obra “Filhos de Hiroxima”, de 1952, um marco no cinema japonês, em que com mestria capta o sentimento que perpassa a sociedade

nipónica, e a sua cidade, perante a devastação provocada pela bomba atómica. Com uma filmografia variada, abarca desde temas eróticos, terror, drama até à comédia, num cinema activo e comprometido de que poucos títulos passaram em Portugal. Excepção para “O Gato Preto do Túmulo” (Yabu No Naka No Kuroneko, 1968) exibido há uns anos na Cinemateca, com legendas em espanhol, no mês do cinema japonês, um filme que aborda o fantástico e o terror. Uma mulher e a filha são brutalmente violadas e assassinadas por soldados durante os tempos das guerras civis. Mais tarde, uma série de samurais, que regressa da guerra naquela região, é encontrada misteriosamente assassinada com as gargantas dilaceradas. “A Ilha Nua” (Hadaka No Shima, 1960), vencedor do Festival de Valladolid, um filme naturalista sobre o quotidiano de uma família numa das ilhotas do Japão, cuja subsistência depende da agricultura mas a quem falta um bem fundamental: água doce e do que é preciso para a ir buscar, é outro dos bons filmes de Shindo, que conta ainda na sua filmografia um documentário sobre o grande mestre do cinema japonês Kenji Mizoguchi, de 1975, “Aru eigakantoku no shogai”. O seu último filme “Postcard” (Ichimai no hagaki, 2010) foi o candidato do Japão para o melhor filme em língua estrangeira aos Oscar de 2012. Aos 100 anos, é obra! Duas personalidades diferentes, dois estilos de fazer cinema, mas que, repetimo-nos, o deixaram mais pobre. Até à próxima, e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _

Fado é Património Mundial e Imaterial da Cultura

António Zambujo – A voz melódica que veio de Beja 6 Nasceu em Beja no ano seguinte ao da chegada da Liberdade a Portugal. Na sua infância escutava o cante alentejano ao mesmo tempo que se encantava com os fados de Amália Rodrigues, Maria Teresa de Noronha, Alfredo Marceneiro e Max entre outros. Vindo do Conservatório Regional do baixo Alentejo, onde aprendeu a tocar clarinete desde os oito anos, ruma desde cedo a Lisboa onde encontra Mário Pacheco que lhe abre as portas do reconhecido Clube do Fado, casa de elite das vozes do género, situada em Alfama. Trabalha com Filipe La Féria no musical Amália onde interpreta o papel de Francisco da Cruz, primeiro marido da fadista. Em 2004 começa a sair para o estrangeiro com presenças em Toronto, Paris, Sarajevo e muitas outras cidades. Em 2006 ganha o Prémio Amália Rodrigues atribuído pela Fundação com o mesmo nome que distinguiu assim, naquele

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ano, o melhor intérprete masculino de fado. Nesse ano foi convidado pela Fun-

dação Calouste Gulbenkian para o Festival Atlantic Waves em Londres. Em 2009

integra a lista dos 10 Melhores Concertos Internacionais do Ano, selecionada pela Secção de Cultura do Jornal O Globo, ao lado de músicos como Elton John, Burt Bacharah, Terence Blanchard, Kiss e Angelique Kidjo. António Zambujo esteve, a convite de Milton Nascimento, com Ana Moura, Carminho e o próprio Milton no encerramento das Festas de Lisboa deste ano. Na sua voz, no seu fado, sente-se a influência do Alentejo a conviver com uma certa brisa musical que vem dos lados de África e do Brasil. No seu trabalho encontramos quatro discos O Mesmo Fado (2002), Por meu Cante (2004), Outro Sentido (2007) e Guia (2010). António Zambujo estará no dia 20 de julho em Mora, dia 21 na Casa da Música, no Porto e a 17 de agosto em Tomar no festival Cem Soldos. K J. Vasco _H Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _


Memórias ficcionadas

Explicadores «trataram de arranjar explicadores decididos a meterem-me na cabeça, à força, o que me recusava a aprender» (Livro de Crónicas, António Lobo Antunes)

7 Nos sete anos de liceu, Arcílio, teve seis explicadores: a vizinha Lota, o irmão Tó, o universitário Túlio, o professor Saladino, o colega Licélio, e a finalista Nela. A irmã do seu amigo Caneira, a Lota, uns anos mais velha e já a trabalhar como analista, tomou conta da “sala de estudo” caseira, durante o 1º ano de liceu, por ser jovem de confiança e muito atilada. – Não há trabalhos de casa? – pergunta disparada pela supervisora do “estudo acompanhado” com o propósito de os descolar do rádio que passava Oh, Pretty Woman de Roy Orbison. Os TPC marcavam o arranque ritualizado daquelas longas tardes de trabalho que só findavam quando a mãe o chamava, da porta ao lado, para jantar. A Lota não recebia qualquer pagamento. O seu labor entrava no sistema da permuta de serviços de uma boa e velha vizinhança. A experiência findou com o chumbo do Caneira que, de castigo, foi, como interno, para os Pupilos.

Nas férias que antecederam a entrada de Arcílio no 2º ciclo, Tó, o seu irmão mais velho, qual empreendedorista antes do tempo, conseguiu convencer os pais das “necessidades” em Inglês, a nova língua estrangeira. – Ele é “duro de ouvido”, como se viu com o Francês – sentenciou, passando de imediato a sobrevalorizar os seus préstimos de explicador e a negociar os montantes daquele “enorme sacrifício” que o ocuparia nas suas (merecidas) férias. As lições foram escassas pois o Tó estava mais interessado nos pagamentos que lhe permitiam alimentar o vício (precoce) do tabaco. Mas o facto é que as “lições” de Inglês básico se mostraram de grande utilidade… no 1º período, em que impressionou a turma com a sua pronúncia very british e demais despacho linguístico. Mas aquilo não passou de fogo-fátuo. Pior eram as dificuldades crónicas com a Matemática. Face à negativa do 1º período, resolveram pô-lo, de imediato, na explicação. – Oh mãe, mas o que eu precisava era em Química – quase implorava, ao lembrar-se da incapacidade total para descodificar as (cabalísticas) fórmulas, no compêndio de 4º ano.

Mas na Póvoa não havia ninguém disponível para tal. Naquela vila operária, doutores, só o médico Arquimino, professores, só o Silva Lobo, e engenheiros, só os da Soda; os primeiros já tinham com que se entreter no ganha pão e os últimos viviam num bairro à parte, o das vivendas, lá para os lados da grande fábrica. Na verdade, escasseavam os explicadores. Ali mesmo, na Rua da República, vivia o Túlio, estudante do Técnico, com fama de Xpert na ciência dos números. Vivia com a mãe e a avó. O pai, um militar da Força Aérea, via-se pouco. Andava, naturalmente, nas nuvens. Arcílio passou a receber lições de Matemática, duas vezes por semana, aos fins de tarde. A avó de Túlio abria-lhe a porta, sempre com um sorriso acolhedor, e encaminhava-o para a sala de jantar onde ia ser servido o repasto académico. Nunca apreciou aquela ementa. Ia para ali deveras contrariado. Aquela hora parecia do tamanho da légua… da póvoa. Túlio marcava-lhe os exercícios no Palma Fernandes e, pouco depois, saía para a cavaqueira, que seguia animada na cozinha. Passados uns bons minutos regressava para cons-

tatar que Arcílio tinha empancado a meio da equação. Então, na sua desmesurada paciência e pleno de didactismo, lá desmontava, num ápice, o nó górdio do problema. No curso complementar, a Matemática voltou a causar danos. No 6º ano, reprovou, oficialmente, “por faltas” mas isso foi a saída airosa para evitar vergonha maior, a de uma nota baixa na pauta. Acabou por fazer o 7º ano “por fora”: o Liceu facultou aulas extras (e pagas), durante o ano lectivo, dadas pelo seu ex-professor do 6º ano; o sisudo Saladino, impressionava-os pela sua segurança e pela meticulosidade com que aproveitava o espaço do quadro preto num garatujar de algarismos sem quase recorrer ao apagador. Mas para o exame, que Arcílio deixou, naturalmente, para segunda época, precisou de uma ajuda extra, o seu dilecto condiscípulo Licélio; este pretendia subir a nota para 14, para dispensar da aptidão a Económicas, Arcílio tentava apenas passar o ano. As sessões de estudo compartido eram, em tudo, semelhantes “à explicação”; só que o sapiente, não alcançou o objectivo, e o aprendente de

seu par lá foi à oral arrancar o tão almejado 10. Mas a surpresa, tinha sido o (in)esperado desaire em Inglês. Ambos tiveram negativa, no exame de Junho. Houve então que recorrer aos bons ofícios de uma finalista de Germânicas, que os preparou, em sessões individuais, durante todo o Verão. A vontade de leccionar era tal que Nela, durante o tempo da lição, não abandonava a sala, num face-to-face metodológico ditando apontamentos como se estivesse já a dar uma aula. Tal empenhamento e eficácia tornou-se contagiante: os dois acabaram por ter 14, o que os dispensava da oral. – O rapaz saiu-nos caro, este ano! – desabafou o pai ao tomar conhecimento da conclusão do curso geral dos liceus. K Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt Este texto, por opção do autor, não segue o novo Acordo Ortográfico _

CRÓNICA

Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: Hoy tengo que comentarte el segundo principio de la Evaluación para el Aprendizaje (EpA) que completa el primero que, como recordarás, te comenté en mi carta anterior (ese primer principio decía así: La Evaluación para el Aprendizaje debería ser parte de la planificación eficaz de la docencia y el aprendizaje). El segundo principio se enuncia así: La Evaluación para el Aprendizaje debe orientarse al aprendizaje de los alumnos. A mi manera de ver las cosas, si planificamos eficazmente la docencia y el aprendizaje, por sí misma, esta planificación nos llevará necesariamente a producir aprendizaje en nuestros alumnos. Pero, una vez más, conviene que “pongamos los puntos sobre las íes”, y dejemos las cosas suficientemente claras. A pesar de que llevamos ya varios años tratando de desarrollar competencias en nuestros alumnos, la realidad es que todavía seguimos promoviendo la memorización que pro-

mueve la “evaluación a término”, como te comentaba en mi carta anterior. Es necesario y urgente un cambio en la orientación del producto de nuestra docencia: los alumnos no tienen que reproducir aquello que nosotros les enseñamos, sino que tienen que construir las competencias que les lleven a ser capaces de construir el conocimiento y la práctica necesarios para enfrentarse a los problemas reales con perspectiva de éxito. Para conseguirlo, sin embargo, se impone una dinámica del cambio distinta, tal vez un poco o mucho más drástica que la que hemos sugerido y comentado en diversas ocasiones hasta ahora. Creo que es el momento de plantear la necesidad de destruir para reconstruir, dado que todas las dinámicas del cambio que se habían propuesto anteriormente han sido ineficaces (modificar, re-adaptar, re-considerar, evolucionar, etc.). Lo primero que tenemos que destruir es la escuela tal como

la concebimos actualmente. En algún momento, hace ya tiempo, te comenté que deberíamos “matar” a la escuela tal como la estamos gestionando actualmente. La “filosofía” que sustenta la escuela actual, lo hemos dicho, repetido y comentado en muchas ocasiones, es totalmente obsoleta, pues trata de formar personas del siglo XXI con métodos provenientes del siglo XIX que, por comodidad tal vez, los profesores no nos hemos atrevido a destruir para re-construir nuevos métodos adaptados a las necesidades reales del mundo en que vivimos actualmente. Si seguimos con la misma metodología, es imposible conseguir un auténtico aprendizaje y, por tanto, no deberíamos seguir hablando de la Evaluación para el Aprendizaje como instrumento para conseguir que los alumnos aprendan auténticamente. Ahora bien, el reto es importante, pues supone, a la vez, una renuncia a la comodidad y una búsqueda creativa.

Creo, efectivamente, que los profesores debemos comenzar a denunciar la comodidad en la que nos hemos instalado (basándonos en la seguridad que nos dan los libros de texto y las prácticas de “transmisión del conocimiento” tradicionales) y comenzar a aceptar que nos espera un camino largo y duro basado en la generación de propuestas y comportamientos creativos que nos saquen del letargo y nos lleven a actuar de manera correcta en relación con nuestro estilo de docencia y nuestras prácticas de evaluación. Mientras sigamos anclados en nuestra mentalidad de “examinadores” de nuestros alumnos, ni la escuela ni el sistema llegarán a cambiar nunca, porque seguiremos alimentando nuestros miedos y seguiremos manteniendo nuestra comodidad basándonos en las “prácticas tradicionales”. Esto significa, obviamente, que tenemos que destruir, también, nuestro rol de profesores como “sabelotodo” y como

“transmisores de los conocimientos”, creyendo que enseñamos siempre la verdad, toda la verdad y nada más que la verdad. Si no destruimos esta mentalidad, escasa será nuestra aportación real, como educadores, a la sociedad en que estamos viviendo y a la sociedad para la que tenemos que preparar a nuestros alumnos. Siento tener que acabar aquí. Seguiremos reflexionando sobre esto, a pesar de que, en ocasiones, las ideas resulten repetitivas. Pero es la única manera de que vayamos asumiendo y aceptando la necesidad de destruir para re-construir. Hasta la próxima, como siempre, salud y felicidad. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

JULHO 2012 /// 025


Editado pela RVJ - Editores

Desencanto dos professores em livro

6 O livro “o Desencanto dos Professores”, da autoria de João Ruivo, foi apresentado no passado dia 5 de Julho, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco. O livro, editado pela RVJ - Editores, prefaciado por Paulo Guinote, apresenta um conjunto de artigos, da autoria de João Ruivo, sobre os últimos anos da educação em Portugal. Textos, publicados no Ensino Magazine, que constituem uma voz crítica e construtiva de um dos maiores investigadores de ciências da educação da actualidade. Na apresentação, João Ruivo revelou que o livro reúne “um conjunto de artigos de opinião, que foram escritos nos últimos cinco anos, numa conjuntura que considero das mais hostis para os profissionais da educação em Portugal”. João Ruivo explicou que “hoje, com um olhar mais distanciado, e apesar da adversa conjuntura, estamos em crer que se alguém quis quebrar a espinha dorsal aos docentes não o conseguiu. E, em boa verdade, também não houve uma quebra significativa da confiança que a sociedade deposita nos professores e na instituição escolar. Diríamos mesmo que a escola continua a ser a única organização pública onde as famílias entregam, diariamente, os seus filhos e partem tranquilas para o trabalho, sabendo que crianças e jovens ficam seguros e bem entregues. A apresentação do livro contou com a presença do presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, e do presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia. K

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gente e livros

Jamie Ford Radiohead, o Regresso T A banda britânica Radiohead volta a Portugal, no dia 15 de Julho, para uma actuação no Festival Optimus Alive, Passeio Marítimo de Algés. Thom Yorke, Jonny Greenwood, Ed O`Brien, Colin Greenwood e Phil Selway formaram em 1985, a mítica banda britânica Radiohead. A banda deverá interpretar, para o púbico português, canções do último álbum, The Kings of Limbs (2011), bem como o emblemático tema “Creep”. K

7 «A despedida fora formal. Depois de ter decidido deixá-la ir (para o bem dela, dizia-se uma e outra vez), Henry mantivera uma educada distância, não pretendendo dificultar a vida a nenhum dos dois. Ela era a sua melhor amiga. Mais do que uma amiga, no fundo. Muito mais. A ideia da partida de Keiko estava a matá-lo, embora a ideia de lhe dizer o que realmente sentia para depois a ver partir, isso era mais do que o seu pequeno coração seria capaz de suportar. Ao invés, despediu-se com um aceno e um sorriso. Nem sequer um abraço. Ela desviou o olhar, limpando as lágrimas às costas das mãos. Ele fizera o que era melhor, não fizera? O pai dissera-lhe certa vez que as escolhas mais difíceis na vida não são entre o que está certo e o que está errado, mas entre o que está certo e o que é melhor. O melhor era deixá-la ir. E Henry acabara de o fazer.» In O Gosto Proibido do Gengibre

Auster encenado em Portugal T Laurel e Hardy Vão para o Céu, a peça do escritor norte-americano Paul Auster, foi encenada em Portugal, por Jorge Silva, com as interpretações de João Brito e Luís Barros. A peça conta a história de dois homens com instruções para construírem um muro. Desconhecem a finalidades da obra, ou quem os mandou, mas seguem à risca as ordens, para não serem castigados. A construção do muro vai permitir a descoberta e a aproximação destes homens. K

Novos desenhos de Caravaggio T Foram descobertos cerca de 100 desenhos do pintor italiano Caravaggio. Os desenhos encontrados no castelo Sforza, em Milão, datam do período de formação do mestre, quando este trabalhava no atelier do pintor Simone Peterzano. Os desenhos estão avaliados em cerca de 700 milhões de euros e foram recuperados por um grupo de investigação, coordenado por Maurizio Bernardelli e Adriano Conconi, num trabalho de pesquisa que durou dois anos. K Direitos Reservados H

Escritor norte-americano, autor de um único romance publicado, é um caso de sucesso imediato, explicável. Hotel on the Corner of Bitter and Sweet (2009) é um extraordinário romance de estreia que vendeu mais de um milhão de livros, nos Estados Unidos. Jamie Ford é de origem chinesa e deve o apelido Ford ao bisâvo. Min Chung, o bisâvo, emigrou de Kaiping, China, para os Estados Uni-

dos, por volta de 1865. Quando trabalhava em Nevada, como mineiro, adoptou o nome muito “Western” de William Ford. O avô de Jamie Ford, George Chung, entrou em vários filmes, nos anos 50; sendo nos anos 70 consultor de Séries de Kung Fu. O seu pai era cem por cento Chinês, mas Jamie não fala a língua. Jamie Ford cresceu perto da Chinatown de Seattle. Foi aluno de Squaw Valley Community of Writers e do Orson Scott Card´s Literary Bootcamp. É autor premiado de livros de Contos. O romance Hotel on the Corner of Bitter and Sweet está traduzido em Portugal, pela Porto Editora, com o título O Gosto Proibido do Gengibre (2012). O Gosto Proibido do Gengibre é uma obra comovente sobre o poder da amizade e do amor. Henry é um miúdo americano, filho de pais chineses; Keiko também é americana, mas de origem japonesa. Nos anos quarenta, os países dos seus pais estão em guerra. O que une Henry e Keiko sobrepõem-se a qualquer conflito.

O livro está traduzido em 31 países e é uma revelação além fronteiras. O autor vive actualmente em Montana com a mulher e os filhos. O próximo romance é esperado para 2013. O Gosto Proibido do Gengibre. Henry e Keiko conheceram-se em crianças. Frequentavam a mesma escola, onde eram ambos ajudantes de cozinha. Sem muitos amigos, refugiavam-se na amizade um do outro e no jazz. Com o ataque a Pearl Harbor, as famílias japonesas a residir em solo americano são obrigadas a viver em campos de internamento. Keiko e a família são conduzidas para um desses campos. Quarenta anos depois, Henry, viúvo e pai de um filho adulto, recorda a sua infância com Keiko, a separação motivada pela guerra, os sonhos e as promessas que ficaram por cumprir. K Página coordenada por Eugénia Sousa _

edições

Novidades Literárias miliares disfuncionais podem ter nas crianças que as sofreram.

7 Casa das Letras. A história do Século XX em 50 Frases, de Helge Hesse. Algumas frases ficaram famosas por conseguir explicar na perfeição grandes momentos da História. O escritor escolheu e contextualizou 50 frases tão célebres como: “Eu tenho um sonho”, sobre a qual Martin Luther King construiu o seu mais famoso discurso; ou “Sois uma Geração Perdida”, da escritora Gertrude Stein, que deu nome à geração entre guerras.

D. Quixote. Flores Caídas no Jardim do Mal, de Mons Kallentoft. Tendo uma vez mais como protagonista a inspectora Malin Fors, este é o quarto volume de uma série policial iniciada em Sangue Vermelho em Campo de Neve. Flores Caídas no Jardim do Mal dá uma visão realista dos terríveis efeitos que as relações fa-

FCA. HTML 5, de Luís Abreu. Numa edição actualizada e aumentada, foram adicionados novos exemplos que ilustram o uso dos elementos HTLM5 e apresentam várias estratégias que permitem combiná-los para concretizar cenários mais avançados. O leitor pode encontrar informação sobre: novos elementos semânticos; elementos Canvas e SVG; embeber vídeo e áudio numa página sem recursos a plugins; e API de geolocalização e de microdata. Gradiva. Subtil é o Senhor Vida e Pensamento de Albert Einstein, de Abraham Pais. O autor, reputado físico norte-americano, privou com Einstein durante os últimos nove anos da sua vida, e reuniu nesta biografia um guia da vida e do pensamento do mais célebre cientista do século XX. Subtil é o Senhor foi Prémio para melhor livro americano de ciência, em 1982. Oficina do Livro. O Legado de Nhô Filipe, de Luís Urgais. João Bento Rodrigues, Nhô Filipe, nasceu na ilha do Fogo, no ano da abolição da escravatura. Todavia, um decreto não basta para acabar com a escravatura. Quando levam para a sua fazenda Maguika, capturada nas matas da Guiné, ela

torna-se propriedade de Nhô Filipe e dona do seu coração. Tendo como cenário o arquipélago de Cabo Verde, O Legado de Nhô Filipe é o retrato de uma África sedutora mas, também, miserável.

Relógio D`Água. Lanterna Mágica, de Ingmar Bergman. Lançado em 1987, Lanterna Mágica é a autobiografia daquele que muitos consideram o melhor realizador do mundo. Bergman abre a janela da sua vida, marcada por uma educação rígida, uma imaginação fértil e uma vida amorosa conturbada. Sem autocomplacência, analisa as sua relações; fala das suas amizades com actores como Laurence Olivier, Greta Garbo e Ingrid Bergman; e revela episódios desconhecidos de filmes como Morangos Silvestres ou Sonata de Outono. Guerra&Paz. Rock in Rio, Eu Fui – As Histórias do Rock in Rio

por quem as viveu. Estão reunidas as histórias vividas pelos protagonistas, anónimos ou famosos, que fizeram as três edições do Rock in Rio. Nos bastidores, no palco e no público, os episódios de um grande evento de música e entretenimento.

Civilização. A Arte de Viver à Defesa, de Chad Harbach. Apesar do seu talento para o basebol, Henry sente-se um pouco perdido com a sua chegada à Universidade. Os seus únicos amigos são Mike Scwartz, que luta para desenvolver o talento dos outros; e Owen, o carismático companheiro de quarto. Um dia, um mau lançamento vai mudar o percurso de Henry. A Arte de Viver à Defesa é um romance sobre as primeiras paixões da juventude, a lealdade para com os outros e com os nossos sonhos. K

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pela objectiva de j. vasco

música

As Festas de Lisboa tiveram uma abertura diferente

Marron 5 - Overexposed 3 Mais uma novidade para este Verão de 2012, os Marron 5 acabam de editar o seu quarto registo de estúdio, trata-se de “Overexposed” O primeiro avanço do álbum foi o single “Payphone”. Ainda durante o corrente mês de Julho, vai chegar às rádios a segunda aposta do trabalho, o tema “One more night”. A banda de Adam Levine ficou conhecida à escala global com o sucesso de temas como “She will be loved”, “This love” e o mais recente “Moves like Jagger”. Neste novo capítulo dos Marron 5, a banda apresenta um disco energético carregado de boas vibrações, onde podemos encontrar uma boa mistura de pop, funk, R&B e Soul, com o carisma habitual da banda. No que toca a destaques deste novo disco, os temas fortes são os singles “Payphone”, “One more night” e as faixas “The man who never lied” e Love somebody” Um álbum obrigatório para este Verão! K

Linkin Park - Living things

3 Decorreram no passado mês de junho as Festas da Cidade de Lisboa, este ano com uma abertura diferente, num grande espetáculo a condizer com a grandeza da cidade. Dos Restauradores ao Rossio, no dia 31 de maio, o teatro saiu à rua num grande espetáculo criado pelo Titanick Theatre que, juntamente com os músicos franceses Fanfare Le Snob, criaram o espetáculo Firebirds, uma luta selvagem numa corrida louca onde máquinas aéreas saídas de um tempo surrealista, no meio de labaredas, fogo e explosões, sempre perturbadas por um Anjo negro lutaram pela melhor posição à chegada. E com a chegada destas máquinas estava dado o tiro de partida para as Festas da Cidade de Lisboa. Há que melhorar a divulgação do eventos, dado que se constata que muitas pessoas residentes na Grande Lisboa desconhecem a importância desta iniciativa. K

3 Chegou às lojas no final do passado mês de Julho, o novo álbum dos Linkin Park, que recebeu o título de “Living things”. A banda de Chester Bennington esteve muito contente em Portugal, para participar na edição 2012 do Festival Rock in Rio, onde deixou boas recordações. Foi uma actuação fantástica para cerca de 83 mil pessoas. O tema “Burn it dow” foi escolhido como single de apresentação, tendo sido editado ainda durante o passado mês de Abril. Neste novo registo, a banda apresenta catorze novas composições onde se encontra o habitual selo dos Linkin Park, com o rock e as suas ramificações, em plena harmonia sonora. Em relação aos temas fortes, destaque para o single “Burn it dow”, e as faixas “In my remains”,”I´ll Be Gone” e “Roads Untraveled”. Trata-se de um dos melhores álbuns rock do momento! K Hugo Rafael _

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Prazeres da boa mesa

Supremo de Frango recheado com Chutney de Melancia (10 pax) 3 Ingredientes p/ os legumes: 1kg Espargos verdes 750gr Courgette 1uni Dente de Alho 1cs Azeite qb Sal

Limpar o excesso de carne e pele na asa. Abrir, temperar e rechear com o chutney frio. Fechar, corar em manteiga e levar ao forno até cozinhar completamente. Empratamento: Enformar o arroz num aro. Guarnecer com os legumes salteados. Finalizar com o peito de frango recheado e cortado ao meio. Aplicar um cordão de molho de carne. K

Ingredientes p/ o arroz: 1uni Dente de Alho 20gr Gengibre Fresco 500gr Arroz Basmati 2cs Azeite Ingredientes p/ o chutney: 1uni Pau de Canela 50gr Cebola Roxa 50ml Sumo de Limão 1,2kg Melancia 2gr Coentros em grão 25ml Vinagre de Jerez 50ml Sumo de Laranja 50gr Açúcar Outros ingredientes: 10uni Peito de Frango c/ pele e asa 1dl Molho de Carne 15gr Manteiga

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2uni Dente de Alho qb Sal e Pimentão de La Vera Preparação: Para o chutney: levar todos ingredientes ao lume e deixar cozinhar durante uma hora. Para o ar-

roz: refogar o alho no azeite, juntar o arroz e água quente. Após cozedura juntar o gengibre ralado. Para os legumes: descascar os espargos e cortar a courgette, bringir em água fervente com sal e arrefecer de imediato. Saltear em azeite a alho.

Mário Rui Ramos _

Executive Chef Ô Hotels and Resorts Monfortinho


Dot com

Os Trabalhos mais bem remunerados na Apple 7 A Apple é uma empresa que tem padrões de qualidade muito exigentes e conta com pessoas de qualidade e experiência ímpar. São esses factores que têm garantido a sua longevidade a par da visão futurista do mítico Steve Jobs. Cada cargo está devidamente balizado nos processos de desenvolvimento de produtos da Apple e o rigor (por vezes excessivo) sempre foi apanágio da marca de Cupertino. Quanto ganharão os responsáveis de cada cargo? Serão bem pagos numa empresa que é a mais rica no segmento tecnológico? Um site dedicado da especialidade realizou um ranking com alguns dos trabalhos mais bem pagos na Apple, recorrendo a dados extraídos do Glassdoor, comunidade que trabalha com as carreira e que oferece ao mundo um olhar para dentro de empregos e empresas. Este serviço foi feito com base nos trabalhadores, excluindo os altos cargos directivos ou os chefes de projectos ou de secção, como Tim Cook, Scott Forstall ou Jonathan Ive. Falamos de engenheiros de software e hardware, desenhadores, executivos de contas, etc. Comparando com os dados da Google, vemos que a Apple, no geral, é algo menos generosa com os seus funcionários que a Google, no entanto os seus designers estão tão valorizados que chegam mesmo a ganhar mais que os melhores engenheiros da Google.

H Fonte: Imagem retira da Apple

1. Director de Arte ($ 133.664) - Surpresa! Este é o trabalho mais bem pago na Apple, são as pessoas que tratam do aspecto dos produtos e gerem o impacto visual dos seus produtos nos clientes. 2. Engenheiro Sénior de Software ($ 126.325) – Logo abaixo estão os principais engenheiros de software dedicados aos melhores pontos dos sistemas operativos e aplicações da maçã. 3. Engenheiro Sénior de Hardware ($ 124.893) - O mesmo vale para a outra metade da equação deste binómio que tem sido fundamental ao longo dos anos, tirando um ou outro acidente nos anos sombrios da marca. 4. Gestor de Produtos ($ 118.556) - Os responsáveis de cada produto seguem os padrões de qualidade da Apple implicando-se em cada parte do processo de criação. 5. Engenheiro de Desenho de Produto ($ 116.019) - Mais uma vez

os designers ao poder, recebendo um salário maior do que muitos outros engenheiros. 6. Administrador de Bases de Dados ($ 105.382) - Estas pessoas estão preocupadas que a App Store funcione bem, que o Siri seja capaz de responder às nossas questões ou, adicionalmente, para gerir a página online da Apple, quando a vemos “encerrada”. 7. Engenheiro de Hardware (105.316 $). Na base dos engenheiros este posto hierarquicamente está uns pontos abaixo do Engenheiro sénior, estes serão os “novos” na operação. 8. Engenheiro de Testes ($ 104.926) - São os responsáveis pela criação de processos para trazer produtos para testes de stress, testes esses que asseguram os padrões de qualidade e garantem um produto livre de defeitos. 9. Engenheiro de Firmware ($ 103.985) - A meio caminho entre o

hardware e o software, garantindo que ambos se entendem sem colisões e de forma perfeita. 10. Engenheiro de Software ($ 103.883) - A base de engenheiros de software, eles cobram mais do que o equivalente na Google. 11. Engenheiro Sénior de Sistemas ($ 101.794) - Uma das posições sénior mais baixas da Apple, apesar de ter cargos acumulados. 12. Engenheiro Mecânico ($ 99.900) - Lidam diariamente com problemas de temperatura, partes móveis e outras questões que podem arruinar um bom produto se não forem tidas em conta. 13. Gestor de Projectos ($ 94.652) - Responsável por todas as peças que se encaixam prontas atempadamente. 14. Engenheiro de Sistemas ($ 94.119) - Responsável por desenvolver metodologias que permitam a produção sem entraves, apesar das dificuldades logísticas de trabalhar com um grande número de fornecedores e fabricantes. 15. Analista de Negócio ($ 87.768) - É o responsável por manter a estrutura interna da empresa focada para o negócio de forma a trabalhar em modo optimizado. 16. Engenheiro de qualidade de Software ($ 87.651) - Ao encontrar um problema numa aplicação da Apple, são a estas pessoas a quem deve apontar a culpa. 17. Analista Financeiro ($ 81.253) - Nove posições abaixo dos seus homólogos na Google, a Apple dá importância aos analistas financeiros,

mas definitivamente não tanto quanto aos seus engenheiros e designers. 18. Executivo de contas de clientes ($ 75.324) - Gere as relações empresariais com o vasto leque de empresas com quem a Apple mantém contacto, sejam fabricantes, distribuidores ou anunciantes. 19. Engenheiro de Software em testes ($ 61.152) - Voltamos a cargos técnicos, este é o cargo responsável interino da Apple, ganha muito menos do que o mesmo cargo na Google, embora possam ter a oportunidade de trabalhar em projectos interessantes. 20. Gestor assistente da Apple Store ($ 49.176) - Gestor das lojas físicas da Apple. 21. Mac Genius Líder ($ 48.353) - Le creme de la creme dos Mac Genius cobram algo mais que o resto dos seus companheiros, no entanto, notavelmente, ganham pouco menos que um engenheiro da Apple. 22. Mac Genius ($ 38.937) - Por último, neste ranking, está o funcionário Genius, que presumivelmente, será o que aufere menos, será o “menos amado” pela Apple, embora tenha boas condições de trabalho. Se procurar no site www.apple. com/jobs/pt, encontrará uma relação de vagas internacionais onde se pode candidatar usando o formato electrónico, quem sabe não poderá trabalhar para uma das maiores empresas do mundo. K Vítor Martins _ CEO e director de informação do site Pplware.com

press das coisas Canon EOS 650D 3 Concebida a partir do modelo anterior, a EOS 650D chega a Portugal com algumas melhorias, das quais se destacam: inclusão do processador de imagem DIGIC (14bit de cor), um ecrã articulado de 3” com a tecnologia Clear View II e funções tácteis, sistema de auto foco duplo de nove pontos para fotos e vídeo. A função de disparo contínuo passa a ter 5 frames por segundo e 2 novos modos de disparo – o HDR Backlight Control e o Handheld Night Scene. A EOS 650D pode ser adquirida numa versão só com o corpo (900 euros), num pacote que inclui uma lente EF-S 18-55mm f/3.5-5.6 IS II (1000 euros), ou numa opção que junta o corpo a uma lente EF-S 18-135mm cujo PVP ascende a cerca de 1.300 euros. K

Nexus 7 3 O tão esperado Nexus 7 foi, finalmente, anunciado! Este tablet, fabricado pelo Asus, possui um ecrã LCD de 7” com uma resolução de 1280x800, um processador quad-core Tegra 3 e o sistema operativo Android 4.1 (Jelly Bean). Apresenta, ainda, uma câmara frontal, Wifi, bluetooh, NFC, peso de 340g e uma autonomia de 9 horas. O Nexus 7 virá com o chrome de origem e com os novos conteúdos do google play (revistas, programas, TV e compra de filmes). As primeiras unidades começam a ser distribuídas na segunda quinzena de Julho deste ano nos EUA, Canadá, Inglaterra e Austrália. Só nos resta esperar que chegue a Portugal. PVP a partir de 199 euros. K Bruna Pires _

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Quatro rodas

A nova FPAK c Agitadas vão as águas no dirigismo do desporto automóvel em Portugal. Não devemos, no entanto, entender esta agitação como algo negativo. Embora já sem as multidões de seguidores que no seculo passado assistiam às provas de automóveis, os dirigentes portugueses, têm conseguido, ao longo da história, trazer até cá o suprassumo do automobilismo mundial. Apesar de alguns altos e baixos, relembro que já tivemos Formula1, mundial de ralis, mundial de karting, europeu de ralis e IRC, europeu de ralicross/autocross e até se conseguiu desviar, de Paris para Lisboa, a grande maratona do todo terreno, o conhecido Dakar. Não restam pois dúvidas sobre a nossa capacidade de entender e executar automobilismo de competição. No que respeita à notoriedade dos pilotos portugueses, a coisa já não corre tão bem. As disciplinas de formação já foram

melhor tratadas, mas o problema de termos ou não um piloto na ribalta, não se prende com questões de talento, mas sim de mercado. Isso são, no entanto, contas de outro rosário, que poderemos abordar futuramente. Voltemos então à agitação das águas. Penso que, pela primeira vez, na curta história da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), as contas de um exercício não foram aprovadas. O relatório do conselho fiscal não é muito famoso e os rumores de má gestão vão aparecendo aqui e ali. Após a não aprovação, das referidas contas, pelos delegados à assembleia geral, começou a esboçar-se um movimento de contestação à direção atual, situação que muito a fragiliza. Não sei como isto vai acabar, mas convém que estas situações sejam tratadas com o maior cavalheirismo possível. Aconselho em primeiro lugar às pessoas que mantêm o poder que não se agarrem a ele

e, com dignidade, se afastem pelos meios legais. Todos eles já deram muito ao automobilismos nacional, mas é fácil entenderem que já não têm a confiança dos associados, situação que ficou clara com o chumbo do relatório e contas. Esticar a corda pode correr mal para ambos os lados. Estou certo que haverá alternativa ao poder atual, mesmo numa envolvente de alegado passivo elevado que vai necessitar de muita imaginação para ser recuperado.

sector automóvel

Mazda MX-5 3 A Mazda acaba de apresentar algumas modificações no MX-5, o qual se distingue esteticamente da versão anterior por um novo pára-choques dianteiro, conferindo-lhe um aspecto mais agressivo e um novo spoiler e uma nova grelha de maiores dimensões. No interior, os acabamentos estão mais escuros no painel e porta, e os bancos têm novos materiais. Para melhorar o prazer de condução, a Mazda implementou neste MX-5 2013 um novo sistema de gestão electrónica. A próxima geração do MX-5 será desenvolvida em conjunto com a Alfa Romeo, e tem chegada prevista para 2015. K

030 /// JULHO 2012

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Cientistas espanhóis criam gel que previne HIV

3 A BMW acaba de divulgar alguns pormenores do novo X1, o qual deverá ter tracção dianteira, ao contrário do que sucede com o actual modelo da marca alemã. O novo modelo terá como base a futura plataforma UKL (Unter Klasse), a mesma que vários modelos Mini (entre os quais o Countryman, com o qual partilhará o opcional diferencial Haldex, que lhe confere tracção integral) e que o BMW Série 1 GT de 2013 (que será apresentado no Salão de Paris, em Setembro). K

3 O novo modelo da gama 500 da Fiat, o 500L, deverá chegar ao mercado português já no mês de Novembro. O novo veículo surge equipado com motores a gasolina (105 cv) e a diesel (1.3 multijet de 85 cv). Pode ser seu a partir de 18 mil euros (versão a gasolina). A multijet custa 21 mil euros. K

Tudo o resto é fácil, tem a ver com organização, clareza na gestão e capacidade de adaptar a entidade federativa ao País que temos. Em resumo a FPAK tem de ser cada vez mais um regulador, e criar as condições para que nasçam dos associados projetos inovadores que visem o desenvolvimento da modalidade. Espero que nos próximos dias se criem condições para que um dos desportos que mais retorno dá à marca Portugal, esteja em condições de ter dirigentes com qualidade para dar um novo impulso à modalidade. Importante é terem capacidade para inovar e arriscar, pois essa será a única forma que nos levará a manter no topo. K Paulo Almeida _

Investigação

BMW X1

Fiat 500 L

À alternativa aconselho, que seja elaborado um programa que não se fique por medidas mais ou menos populistas. Teremos de estruturar as competições, em campeonatos profissionais e competições amadoras. Promover nos campeonatos profissionais o aparecimento de empresas promotoras que podem resultar da associação de clubes organizadores. Devemos manter e desenvolver a nossa participação nas instituições mundiais para continuarmos a estar presentes nos fóruns onde as coisas se decidem. Temos que desenvolver o capítulo da formação, para isso basta multiplicar o exemplo do que faz o Eng.º Pedro Abecassis com o ACP, na formação de karting anual. Ponto importante é o que se refere ao apoio aos novos talentos. Pode fazer-se de muitas maneiras mas a finalidade é facilitar a sua subida aos escalões máximos.

6 Cientistas espanhóis estão a desenvolver o primeiro gel que poderá prevenir o contágio de HIV durante o ato sexual e que já superou as primeiras experiências ‘in vitro’ com uma eficácia de 90 por cento. Os resultados do estudo - levado a cabo por investigadores do Laboratório de Imunologia Molecular do Hospital Gregorio Marañón e da Universidade de Alcalá de Henares -, que acabam de ser publicados na revista científica Journal Of Controlled Release, foram apresentados em conferência de imprensa. Trata-se de um gel ou microbicida de uso tópico para mulheres e homens, de aplicação vaginal ou rectal, que oferece Publicidade

um método de proteção contra o contágio do vírus da SIDA. O gel não produz irritação vaginal nem impede a motilidade dos espermatozóides, como explicou María Anjos Muñoz, do Hospital Gregorio Marañón e responsável pelo projeto, que já tem patente registada. Além disso o gel atua também como um anti-inflamatório que impede a chegada de células suscetíveis de serem infetadas. Muñoz explicou que o gel não é tóxico e, depois da sua aplicação, poderia ter uma eficácia na proteção de entre 18 e 24 horas posteriores às relações sexuais.K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _


JULHO 2012 /// 031


ADSI

Guarda acolhe Data Center 6 A ADSI - Agência para o Desenvolvimento da Sociedade de Informação e do Conhecimento (Guarda Digital) e o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) fundiram os seus centros de armazenamento de dados (Data Center) o que viabilizou a criação de uma nova infraestrutura, de maior dimensão e qualidade, comparativamente com as anteriormente existentes. Esta decisão acompanha a tendência a nível mundial, nas áreas da Tecnologia da Informação e do Conhecimento; maximizar a partilha de recursos que as instituições já possuíam e, por outro lado, racionalizar os custos associados à operação e manutenção de uma infraestrutura com estas características, potencializando e aproveitando as diversas sinergias, são os objetivos principais deste novo centro. O Data Center ficou dotado com as mais modernas tecnologias, melhorando a capacidade na prestação de serviços de backPublicidade

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office tecnológico e numa nova eficiência operacional de apoio à sociedade de informação. Para o presidente do IPG, Constantino Rei, trata-se de “uma parceria natural, tendo em vista o posicionamento do IPG na liderança do desenvolvimento da região”. Por seu turno, o gestor da ADSI, Sérgio Duarte, sustenta que o data center é “suportado por uma rede de comunicações de fibra

ótica de alto débito, que permite a instalação de centenas de servidores”. O novo centro de armazenamento de dados – instalado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG - é dotado das “mais modernas e fiáveis soluções de segurança e oferece uma gama completa de serviços de tecnologia integrados”, sendo considerado o mais moderno da Beira Interior.K

Candidatura a bónus na Propina no IPG 6 Os estudantes que, no próximo ano lectivo, frequentem, pela primeira vez, os cursos de licenciatura do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) poderão ver reduzido o valor da sua propina. Para isso basta solicitarem ao IPG, através do e-mail: ipg.

informacao@ipg.pt a ficha de candidatura a bónus na propina. O novo estudante terá direito a uma redução de 10% no valor da propina caso o Instituto Politécnico da Guarda seja a primeira opção de ingresso. O valor será descontado na última prestação da propina. K

Investigação em Artes e Comunicação

Jornadas no Algarve 6 O Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC) da Universidade do Algarve organiza, no próximo dia 13 de julho, as V Jornadas de Investigação em Artes e Comunicação. A iniciativa, que decorre na sala de atos (2.35) da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais no Campus Gambelas, entre as 9 e as 19 horas, tem como principal objetivo colocar em diálogo membros e colaboradores, além de divulgar a investigação desenvolvida pelo Centro. As jornadas contam com a apresentação de trabalhos de doutorandos, recém-doutores e pós-doutorandos nas áreas do cinema, das artes visuais, do teatro e da comunicação. As actividades começam cerca das 9h45, numa sessão que conta com a presença do director da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, da coordenadora do Ciac, Mirian Tavares, e da organizadora das jornadas, Gabriela Borges. Segue-se o

primeiro painel, sobre cinema, com intervenções de Graça Corrêa, Natália Laranjinha e Jorge Carrega. Cerca das 11h30 será iniciado o painel sobre Comunicação e Cinema, com intervenções de Vitor Tomé, Olivia Novoa Fernández e Luísa Azevedo. Na parte da tarde terá lugar o painel sobre cinema, cujos oradores serão José Bogalheiro, Fátima Chinita e Edgar Pera. O quarto painel, sob a temática do teatro, conta com intervenções de João Garcia Miguel e Luisa Monteiro. Finalmente, no painel dedicado às Artes Visuais irão intervir Soraya Vasconcelos e Pedro Cabral Santo. Esta representará assim uma oportunidade única para que investigadores e público em geral possam reunir-se em torno dos principais eixos de investigação do Centro com vista a uma profícua reflexão sobre as mais relevantes questões sobre o universo das artes e da comunicação. K


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