julho 2019 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XXII K No257 Assinatura anual: 15 euros
C p 30
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José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa
“É fundamental alterar os exames de condução” Crítico do ensino da condução em Portugal, José Miguel Trigoso defende uma «repressão social» pelo uso do telemóvel ao volante. CP2a4
Andreia vale, pivô de televisão
A jornalista que gosta de brincar C P 26 com as palavras universidade
UBI e Évora nas 100 melhores Ciência e inovação em encontro C
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politécnico
Bronze para aluna da ESART Pão de medronho em Leiria Guarda aposta na gestão Portalegre reforça marketing Setúbal: oficina de acupuntura Os 40 anos do ensino politécnico C
P 11, 13, 19, 15, 12 e 16
Ensino magazine presente na iniciativa
Encontro de Ciência distingue investigadores e autarcas Entre 8 e 10 de julho a investigação esteve na ordem do dia, com um encontro que reuniu milhares de participantes e dezenas de oradores. O Primeiro-Ministro distinguiu várias personalidades da academia e do poder local. C p 17
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José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa
«É fundamental alterar os exames de condução» 6 Crítico do ensino da condução em Portugal, José Miguel Trigoso defende uma «repressão social» pelo uso do telemóvel ao volante. O presidente da
Prevenção Rodoviária Portuguesa alerta ainda para os cuidados redobrados a ter com a circulação de trotinetas nas principais cidades do país.
Ainda faz sentido dizer que existe uma «guerra civil» nas estradas portuguesas? Enquanto morrerem pessoas ou ficarem gravemen-
te feridas, admito que faça algum sentido. A sinistralidade rodoviária é consequência do bom ou mau funcionamento do sistema de transportes rodoviários.
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Um acidente pode ser um acaso, a sinistralidade rodoviária de um país não é um acaso. Cada acidente corresponde a uma rutura do equilíbrio do sistema, em que de um lado está o contexto e do outro a nossa capacidade de resposta a essas exigências que o ambiente nos coloca. Quais os fatores mais determinantes para um acidente: os humanos, os técnicos ou os ambientais? Quando circulamos ao volante ou a pé observamos o ambiente rodoviário que nos rodeia e através da análise que fazemos prevemos o que vai acontecer a seguir e tomamos decisões. Alguns estudos referem que tomamos, ao volante, 12 decisões por minuto. Se as dificuldades causadas por esse ambiente que nos rodeia, naquele local, foram superiores às capacidades de resposta temos a rutura do equilíbrio do sistema. Ou seja, dá-se um acidente. Para reduzir o número de ruturas no sistema temos de reduzir as dificuldades que o ambiente nos coloca e precisamos de aumentar as nossas capacidades. É aqui que entra a educação, a formação e a comunicação como fatores fundamentais para definirem as nossas respostas. Isto para não falar do cansaço, da ingestão de álcool, drogas ou de distrações de natureza tecnológica que reduzem,
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fortemente, a capacidade de resposta do condutor. Os números da sinistralidade registaram uma tendência de redução até 2016 e de lá para cá essa tendência inverteu-se. Encontra alguma explicação para isso? Tivemos uma tendência de redução da sinistralidade na sequência do esforço de construção de um ambiente rodoviário propício a menos dificuldades: melhores vias, melhores veículos, ordenamento do trânsito mais adequado, etc. Por outro lado, através da alteração de atitudes da sociedade, em geral, e mesmo pelos comportamentos individuais também se melhorou a resposta às dificuldades. O número de acidentes reduziu-se, mas foi ao nível da diminuição das consequências gravosas desses acidentes que a melhoria foi mais notada. Deixe-me referir um exemplo que dá uma ideia do que estou a falar em termos do parque automóvel: em 1975, tínhamos cerca de um milhão de veículos e atualmente temos aproximadamente seis milhões. O risco potencial é muitíssimo maior, mas baixaram as consequências dos acidentes. E isso também se explica pela utilização sistemática do cinto de segurança, dos airbags e até a própria construção do veículo também adicionou mais segurança ;
aos passageiros. As melhorias, com reflexos nas estatísticas, acontece até 2012, 2013, altura em que a sinistralidade muito grave continua a descer, mas o número de feridos graves e leves deixou de baixar. Alertei para o perigo desta situação. E em 2016 a sinistralidade de consequências mortais também deixou de baixar. A situação é similar ou distinta face a outros países europeus? O que se passou noutros países da Europa foi praticamente o mesmo. A partir de 2015 a sinistralidade rodoviária praticamente estabilizou, ou seja, deixou de reduzir. Na minha opinião, isto deve-se ao aparecimento em força de um aparelho que provocou uma distração brutal na condução e que é o telemóvel. E as estatísticas atingem o seu pior desempenho, precisamente no momento em que se deu o apogeu do telemóvel enquanto aparelho não apenas para falar, mas também para consultar emails, redes sociais, etc. É uma espécie de escritório ambulante. Esse é um problema que identifica. E ao nível das campanhas de prevenção? A nível europeu, e Portugal não foi exceção, creio que houve um afrouxamento claro de uma estratégia de comunicação e de medidas que vinham a ser implementadas. Utilizando um termo popular, julgou-se que «a coisa estava ganha». De alguma forma, facilitou-se. E os resultados estão à vista. O melhor que se tem conseguido é reduzir
cerca de 25/30 mortos por um milhão de habitantes, mas não se consegue ir mais além. Portugal está pior, porque situamo-nos nos 50/60 por um milhão de habitantes. Já tem na sua posse os números de 2019? Os números provisórios que tenho apontam no mesmo sentido, ou seja, para piorar. Não de forma acentuada, mas para piorar. Defende o aumento de campanhas de sensibilização contra o uso do telemóvel ao volante. Pretende, de alguma forma, criar o sentimento de uma certa repressão social? Era muito útil que houvesse uma repressão social do uso do telemóvel ao volante. Se a sociedade passar a condenar ativamente quem se distrai ao volante por estar ao telemóvel, dá-se um grande passo em frente para reduzir o seu uso. Dou-lhe um exemplo de um êxito em termos de repressão social:
hoje em dia é impensável alguém transportar uma criança sem ser numa cadeirinha. Quem fizer isso é malvisto e reprimido socialmente. Existiram campanhas de sensibilização, mas a sociedade percebeu que era fundamental para o bem estar das crianças adotar este comportamento de segurança. Por outro lado, já assistimos a alguma repressão social, apesar de bem mais leve, para quem conduza após ter bebido uns copos. Mas ainda tem pouca eficácia em termos concretos. Um terço dos condutores mortos regista uma taxa de alcoolemia ilegal e um em cada cinco dos peões mortos apresenta álcool no sangue. Por outra parte, ao nível da velocidade, esta está longe de ser alvo de censura social e é muito frequente ouvirmos alguém vangloriar-se por «fazer Lisboa-Porto em hora e meia.» Em suma, o telemóvel é, na sua opinião, o principal fator que contribui para
A CARA DA NOTÍCIA Pedagogia e bons conselhos 6 José Miguel Trigoso está, praticamente nos 70 anos, à beira de se retirar. Há anos que é a voz da pedagogia e dos bons conselhos ao volante. Preside ao Conselho de direção da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), tendo sido, entre 1999 e 2007, presidente da Prevenção Rodoviária Internacional (PRI). Foi o coordenador técnico e o porta-voz da Comissão Técnica que elaborou o Plano Nacional de Prevenção Rodoviária no nosso país. Foi membro efetivo da Federação Europeia de Segurança Rodoviária, tendo sido relator de vários grupos de trabalho. Integra o “Main Council” do European Traffic Safety Council. Presidiu, foi relator e apresentou comunicações técnicas em dezenas de congressos e seminários, em 43 países diferentes.
acidentes na estrada? Sim. Num estudo que vamos apresentar brevemente, mas cujos dados preliminares já foram divulgados em Bruxelas, os portugueses são, considerando um universo superior a 20 países, os que assumem e confessam a maior utilização do telemóvel em mãos livres em consulta e teclado. Ficou célebre o slogan «se conduzir, não beba». A ingestão de bebidas alcoólicas antes de pegar no volante ainda é um traço marcado da nossa forma de estar enquanto povo? Acredito que sim. Há uns anos, desenvolvemos um estudo de observação de comportamentos relativamente ao álcool, testando seis mil condutores, de forma aleatória e em diferentes locais e horas do dia, com a colaboração da PSP e da GNR, de forma a tornar a amostra válida. Queríamos obter a percentagem de condutores que guia, em termos médios, com taxas de alcoolemia ilegais: ou seja, iguais ou superiores a 0,5 – taxa a partir do qual existe punição. Chegámos à conclusão que cerca de 1,8% dos controlados tinha taxas de alcoolemia ilegais, sendo que 0,2% tinha taxas de álcool superiores a 1,2 – taxa crime. A sociedade tem de ser radical perante quem abusa do álcool antes de iniciar uma viagem. E é importante que se esclareça que não estou a falar da ingestão de uma ou duas imperiais, nomeadamente se for a acompanhar uma refeição. A PRP tem alguma sugestão para
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bem comportados e também da lentidão das notificações. Quer dizer que a burocracia no sistema está a comprometer uma boa ideia? Ouvi recentemente uma pessoa bem informada dizer que, nos últimos três anos, foram retirados pontos a 150 mil condutores. Mas os autos levantados rondaram, no mínimo, um milhão de condutores. Estes números fazem-me pensar que a eficiência é muitíssima baixa. O que deve ter acontecido é que centenas de milhares de condutores foram premiados com três pontos de bónus quando já tinham cometido contraordenações graves ou muito graves. Mas há um ponto positivo: o crime rodoviário passou a contribuir para a cassação da carta. De resto, não se registaram novidades positivas de maior. Pelo contrário. O pior entrave é mesmo as dificuldades de notificação dos condutores e que bloqueiam todo o processo. Eu defendo que se descomplique a legislação para que não suceda o que se passa no dia a dia: cada processo de contraordenação – grave ou muito grave - permite uma diversidade de argumentos e contra argumentos e outras manobras dilatórias, tornando a conflitualidade brutal. Isto entope todo o funcionamento do sistema e dificulta o trabalho dos juristas da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). Vou dar um exemplo para se compreender: para começar, os condutores deviam ser fotografados de frente e não de costas. Isto diminuiria fortemente o impulso de contestar a contraordenação. O tempo que medeia entre a prática e a punição tem de ser radicalmente reduzido. Duas ou três semanas seria o prazo indicado. E não meses a fio ou até ano e meio, como pude testemunhar.
reduzir a incidência destas situações? Temos insistido numa alteração legislativa que passa pela introdução do «Alcoho-lock», que já foi experimentada noutros países com sucesso. Trata-se um aparelho que se mete no carro, ligado à centralina, e que impede uma pessoa de conduzir se não fizer a prova que não tem álcool no sangue ou está abaixo dos limites autorizados. Este projeto necessita de algumas alterações legislativas adequadas e de ser monitorizado em termos de comportamentos e apoio médico ou psicológico. No «Dia mundial da cortesia ao volante» a PRP revelou que são muito poucos os portugueses que cumprem o simples ato de fazer pisca. É apenas um ato pouco cortês ou revela um baixo nível de cidadania? A educação rodoviária é fundamental para os condutores, em particular, mas também para os cidadãos, de uma forma geral. É muito importante um bom relacionamento com os outros quando circulamos: o condutor do veículo automóvel com o peão, o condutor da bicicleta com o condutor da moto, este com o camião, etc. É muito importante manter uma relação construtiva entre os vários intervenientes que utilizam o mesmo espaço. Quais são os erros cometidos com maior frequência? Tudo o que seja não respeitar determinado tipo de sinalização que regula o direito de passagem, não respeitar a semaforização, não colaborar com outros sobre o que vamos fazer e, o que acontece com muita frequência, o desrespeitar as passadeiras. Os atropelamentos nas passadeiras continuam a registar uma elevada taxa de sinistralidade? Sem dúvida. Mas importa também destacar aspetos positivos, nomeadamente ao nível da redução de taxa de sinistralidade rodoviária nas crianças e nos jovens, que já é menor do que a média europeia. Da observação que faço no dia a dia, registo uma alteração significativa na prática perante os atravessamentos dos acompanhantes das crianças. Sejam pais, avós, professores, etc. É muito frequente ouvir estes intervenientes pedir às crianças para esperarem pelo sinal verde. É importante dar o exemplo. A sociedade tem feito progressos em termos da segurança rodoviária das crianças. Mas estou em crer que, neste aspeto particular, a escola podia fazer mais. E a própria sociedade também. Não se pode aceitar que alguém morra ou fique lesionado para o resto da vida por um acidente de tráfego. Todos temos responsabilidades. O ensino da condução, de alguma forma, contribui para a sinistralidade ou é a marca social que prevalece? A marca social não prevalece, mas assume importância, como diversos estudos têm demonstrado. A formação de condutores é importante fundamentalmente para dar ferramentas em termos de conhecimento, ensinar a identificação de riscos, a aquisição de experiência, etc. O que acontece em Portugal e nos outros países? Os jovens chegam a uma escola de condução e dizem que querem tirar a carta, não dizem que querem aprender a conduzir. Portanto, a escola de condução, enquanto entidade privada e que
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é um negócio – como outro qualquer – terá de proporcionar a obtenção da carta num menor espaço de tempo e ao melhor preço possível. Ou seja, o dono da escola de condução tem de organizar a formação de modo a preparar a pessoa para passar naquele exame. Mesmo que o exame seja mau, é aquele que o candidato tem de ser aprovado. E aquilo que eu considero é que o exame de condução – teórico e prático – é mau do ponto de vista estrutural. Quer concretizar? Vou dar um exemplo. No exame de código as perguntas que são feitas sobre velocidade são baseadas no que vem na lei: velocidade máxima permitida em determinado local, etc. Mas não se pergunta ao candidato para responder sobre qual a distância de travagem com piso seco ou piso molhado. E não se pergunta, porque não faz parte do código. Mas esta aprendizagem seria muito importante do ponto de vista teórico. E na parte prática? Em Portugal estão pré-definidos uma série de trajetos que são sorteados e o candidato pode treinar as vezes que forem necessárias os percursos prováveis. Não conheço outro país onde isto aconteça. Eu dou sempre os exemplos de países que conheço bem e que registam as mais baixas taxas de sinistralidade da Europa: o Reino Unido, Holanda e a Suécia. O que é que eles fazem de diferente?
Para tirar a carta nestes países é obrigatório, como cá, fazer o exame. Mas não é obrigatório fazer um número mínimo de aulas de código ou práticas. Na Holanda sei que existem cerca de 15 especialistas que se dedicam em exclusivo a formular questões muito diversas e bem imaginadas para os exames teóricos no sentido de avaliar a maturidade teórica do candidato. A identificação de riscos potenciais e a capacidade de resolução de problemas são especialmente valorizados. Quanto aos exames práticos, acompanhei vários na Holanda e na Suécia. O candidato tem cerca de 55 minutos para fazer prova do seu conhecimento, com a condução a ser feita completamente integrada no trânsito normal de uma cidade. Os examinadores tomam apontamentos e no final do exame ou aprovam, apresentando um relatório, ou se o candidato não for aprovado é explicado em detalhe o que é que este fez mal. O que é que se pode fazer no imediato para alterar a situação? É fundamental alterar a estrutura e o conteúdo dos exames de condução – teóricos e práticos. E já agora centralizar os exames de condução numa entidade única, fosse o Estado ou uma organização que coordenasse este sistema que é – diga-se em abono da verdade – bastante disparatado. Sem estas modificações não se conseguirá melhorar o ensino da condução. Falemos agora na carta por pontos. É crítico do bónus de três pontos aos condutores
As trotinetas que se multiplicam como cogumelos nas ruas das principais cidades do país são outros intervenientes que tornam ainda mais complexo o ambiente rodoviário? As trotinetas são uma novidade mundial. Em termos de mobilidade e de ambiente as trotinetas marcam pontos. Mas é preciso garantir que sejam um meio seguro, para quem as utiliza e para os restantes intervenientes em ambiente de cidade, nomeadamente os peões. A nossa legislação equipara as trotinetas elétricas às bicicletas, em termos de circulação. Ou seja, permite que elas circulem em todos os lugares onde andam os velocípedes. Qualquer pessoa pode conduzir uma bicicleta, o que quer dizer que, no limite, um miúdo de 4, 5 ou 6 anos pode andar de trotineta. Alto e pára o baile! O uso ou não do capacete nas trotinetas também divide opiniões. O que defende? Pela interpretação que faço do Código da Estrada, o uso do capacete nas trotinetas é obrigatório. Mas se não querem que seja obrigatório, aconselho a que mudem a lei. Eu acho que se deve ser muito pedagógico, para não matar um meio de transporte que pode ser útil para o funcionamento das cidades, mas há perigos que devem ser, desde já, acautelados para a segurança de todos. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H saber mais em:
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Congresso alimentar em Química
Ranking Europeu
Investigador da UBI distinguido no Porto
UBI nas 100 melhores
6 O investigador Alcides Vapor, do Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (CICS-UBI), ganhou o Prémio ReadyToPub, atribuído à melhor comunicação apresentada por um estudante no Congresso Internacional XX EuroFoodChem, que decorreu no Porto, de 17 a 19 de junho. O trabalho premiado foi realizado no âmbito do Doutoramento em Bioquímica, na Faculdade de Ciências da UBI, e intitula-se “Interactions of Phenolic Compounds with Oval-
bumin”. Visa estudar o efeito dos compostos fenólicos na diminuição da alergenicidade das proteínas do ovo, sendo orientado pelos docentes do Departamento de Química, António Mendonça e Cândida Tomaz. O evento, organizado pela Sociedade Europeia de Química, através da Divisão de Química dos Alimentos (FCD-EuChemS), e da Sociedade Portuguesa de Química (SPQ), é um fórum de discussão e partilha de ideias inovadoras, entre investigadores e sector industrial no âmbito da química alimentar. K
Bordado de Castelo Branco
6 A Universidade da Beira Interior (UBI) é uma das 100 melhores instituições da Europa, na missão de ensino e aprendizagem, segundo o relatório do Europe Teaching Rankings, que comparou instituições de 18 países. O documento, centrado no ambiente de ensino e aprendizagem e nos resultados obtidos pelos alunos, faz parte do conjunto de análises do Times Higher Education (THE). Os resultados foram apurados sobretudo através de inquéritos anónimos a estudantes europeus, tendo respondido125.000 alunos. O questionário incidiu sobre indicadores que relevam o grau de envolvimento dos alunos nos estudos e com a instituição, a interação com os professores, as oportunidades para desenvol-
ver competências e os pontos de vista acerca da qualidade dos serviços. Os aspetos analisados enquadram-se em algumas das características que marcam a identidade da UBI, tais como os aspetos sociais da proximidade e coesão da
comunidade académica (onde se inclui a relação entre estudantes e docentes), as condições físicas para o estudo e investigação, a qualidade de vida da cidade da Covilhã e da região e o ambiente propício ao desenvolvimento pessoal e científico. K
Lenço premiado em concurso 6 Margarida Lopo, aluna do Mestrado em Branding e Design de Moda, da Universidade da Beira Interior (UBI) e do IADE-UE, conquistou o segundo lugar no Concurso do Bordado de Castelo Branco. A estudante inspirou-se nesta criação tradicional para desenvolver um lenço que concorreu na categoria ‘Calçado e Acessórios’. A aluna entende o Bordado de Castelo Branco como “uma arte com história, tradição e significado”. Para realizar o trabalho que levou ao concurso inspirou-se na polinização das flores. “A polinização serve de analogia à preservação do bordado, feito pelas bordadeiras e pessoas que o praticam informalmente, que vai ser ‘polinizado’ pelo designer, pelo apreciador e comprador, de modo a manter e enaltecer a sua existência, realidade, história e be-
leza”, explica. A peça apresenta algumas flores e folhas, motivos tradicionais deste bordado, “por representarem a alegria, esperança e vida”, acrescenta. A criação de um lenço deveu-se à intenção de “transportar algo tão rico para o dia a dia das pessoas de hoje, apelando tanto aos mais jovens (os que vão permitir a continuidade da tradição) como aos mais velhos (sábios da técnica que a mantêm e transpõem)”. O prémio do Concurso foi entregue no dia 15 de junho, durante o desfile dos vencedores, que decorreu na Fábrica da Criatividade, inserido no programa do evento Castelo Branco Moda’19. Margarida Lopo recebeu o galardão, que incluía o valor monetário de 1000 euros, das mãos da CEO da Dielmar, Ana Paula Rafael. K
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Eco Maratona Shell
Aero@UBI brilha em Londres 6 A equipa Aero@UBI esteve em grande destaque na edição deste ano da Eco Maratona Shell, realizada em Londres, entre 2 e 5 de julho. A formação da Universidade da Beira Interior superou em quase 100 km a marca alcançada em 2018 e manteve o 6.º lugar da classificação geral, que lhe dá acesso direto à prova do próximo ano. Para além disso, recebeu ainda o Prémio Economia Circular, com o veículo integralmente construído na Universidade da Beira Interior (UBI), com recurso aos laboratórios e inovação tecnológica desenvolvida na academia. Depois de uma série de contratempos verificados no decorrer da prova, a Aero@UBI conseguiu percorrer 612 km na pista situada
em Londres, gastando apenas 1 kWh. No total, foram mais 93 km que no ano passado, em que a equipa ubiana totalizou 519 km, com a mesma quantidade de energia. O resultado permitiu à equipa constituída por estudantes do Departamento de Ciências Aeroespaciais (DCA), coordenada pelo docente e investigador, Miguel Silvestre, manter o 6.º lugar da classificação final, na categoria “Protótipos” (classe dos elétricos a bateria), numa prova que junta as mais prestigiadas escolas de engenharia do continente europeu. Além da melhoria verificada em pista, a Aero@UBI foi a vencedora do Prémio Economia Circular, galardão atribuído à melhor integração do conceito em aspe-
tos como o desenvolvimento do projeto e/ou processo de produção, funcionamento ou desmontagem do veículo. O objetivo do prémio é incentivar os alunos a pensar no conceito de economia circular na engenharia de materiais, produtos e serviços para soluções industriais e de consumo real. O prémio resultou na atribuição de um valor de 2.500 euros. A equipa deste ano foi constituída por 20 alunos, dos cursos de Mestrado Integrado em Engenharia Aeronáutica e de Doutoramento em Engenharia Aeronáutica. Esta foi a quinta participação de elementos do DCA na prova internacional dedicada à eficiência energética, na qual tem melhorado a marca final, todos os anos. K
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UNIVERSIDADE
ENSINO MAGAZINE
No FEST 2019
UBI com menção honrosa
Alunos do secundário
UBI de verão junta 80 6 Cerca de 80 estudantes do Ensino Secundário provenientes de todo o país e, este ano, com um participante vindo de Itália, participaram, na primeira semana de julho, na edição de 2019 da Universidade de Verão. O grupo participou num programa de atividades preparado para lhes mostrar as diversas áreas da ciência que se faz na Universidade da Beira Interior (UBI), bem como a região envolvente à academia. Abran-
gendo todas as faculdades, a Universidade de Verão pretende contribuir para que os jovens tenham mais elementos para escolherem o seu futuro. Esta ideia foi vincada pelo vice-reitor da UBI, João Canavilhas, na sessão de abertura, para a qual foram convidados os pais dos participantes. “Vão ter atividades preparadas e aperfeiçoadas ao longo do tempo para vos ajudar a encontrarem o vosso caminho. Concentrem-se nestes quatro dias
porque são importantes para vocês e para as escolhas que vão fazer no futuro”, afirmou. Além dos cursos, dos laboratórios, das salas de aula ou de espaços como residências e cantinas, os 80 participantes vão também apreender algumas características que fazem parte do quotidiano de quem estuda na UBI: o ambiente de proximidade onde os estudantes têm o espaço ideal para crescer académica e pessoalmente. K
Estágios para diplomados da UBI
6 A curta-metragem ‘Teus braços, minhas ondas’, realizada pela aluna da Licenciatura em Cinema Débora Gonçalves, foi premiada com uma Menção Honrosa na 15ª edição do FEST2019 — New Directors New Films Festival, que decorreu em Espinho, de 24 de junho a 1 de julho. A obra é o projeto final de curso da Débora Gonçalves, sob orientação do docente do Departamento de Comunicação e Artes, Luís Nogueira, e fazia parte da Seleção Grande Prémio Nacional do Festiva, que integrava 15 trabalhos escolhidos para “mostrar o que de melhor se faz no cinema Português”, de acordo com a organização. Trata-se de uma curta-metragem com a duração de 10 minu-
tos, sobre “a crise económica e a forma como a mesma afeta a vida de um casal que vive na ruína”, segundo a sinopse, “abordando o desfecho a que a falência e o desespero condenam”. A equipa foi maioritariamente constituída por alunos finalistas da Licenciatura em Cinema da UBI, que habitualmente obtêm experiência nas diversas funções dos profissionais ligados ao audiovisual, durante a concretização dos filmes de outros estudantes. Jéssica Almeida foi a responsável pela Produção, enquanto Mariana Teixeira teve a seu cargo a Direção de Fotografia. Inês Brás esteve na Direção de Arte, Lídia Santana e Rui Soares na Direção de Som e David Pedrosa na Montagem. K
Protocolo com a Auchan 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) e o Auchan Retail Portugal assinaram um protocolo, a 2 de julho, que visa facilitar a inserção de recém-licenciados no mercado de trabalho, através da realização de estágios nas áreas ligadas às ciências empresariais, como a Gestão ou o Marketing. O acordo foi oficializado entre António Fidalgo, reitor da UBI, e João Roque, responsável pela área de Recursos Humanos da Loja de Castelo Branco, sendo que os estágios deverão decorrer, preferencialmente, em lojas da região (as mais próximas são em Castelo Branco, Guarda e Viseu), mas existe a possibilidade de se realizarem em outras regiões. Na UBI, caberá ao Gabinete de Internacionalização e Saídas Profissionais (GISP) a interlocução relativa a cada estágio e estagiário. A Auchan pretende benefi-
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Cinema da UBI
‘Catarse’ é a melhor curta no Porto ciar do conhecimento adquirido pelos diplomados na UBI e contribuir também para aprofundar das suas aptidões. “Trabalhamos e desenvolvemos as competências deles, diariamente, através de formação e inserção em projetos. Queremos que as pessoas cresçam connosco”, explica João Roque. Para João Roque, o protocolo assinado com a academia, que
abrange um nível de cooperação mais vasto, representa uma oportunidade de inovação, graças ao “know how” evidenciado pela UBI: “Podemos integrar projetos tecnológicos e de investigação, ao nível do retalho, e sermos mais produtivos e atrativos para o nosso cliente local, bem como trabalhar em parcerias na produção e alavancarmos produtores locais”. K
6 O filme ‘Catarse’, de Maria Contreras e Kelly Ambrozzio, que frequentam o Mestrado em Cinema da Universidade da Beira Interior (UBI), venceu o prémio para Melhor Curta Experimental da Competição Estudantes, do PORTO FEMME - International Film Festival, mais concretamente no evento anual organizado pela XX Element Project – Associação Cultural, para promover os trabalhos artísticos
realizados por mulheres. Com aproximadamente quatro minutos, a curta-metragem centra-se na catarse, “retratada por dois retratos distorcidos em vídeo, inspirados na obra existencialista do artista Francis Bacon”, de acordo com a sinopse. O júri que avaliou as obras integrou a realizadora Raquel Freire, elementos de outros festivais de cinema e elementos do mundo académico. K
Incêndios florestais
Ranking do Times Higher Education
Projeto de combate apresentado em Évora
Évora entre os melhores
6 O projeto CILIFO - Centro Ibérico de Investigação e Combate aos Incêndios Florestais foi apresentado, no passado dia 1 de julho, na Universidade de Évora. O projeto tem por objetivos a investigação e o fortalecimento da cooperação entre Universidades e os sistemas de Proteção Civil, no apoio à prevenção e combate aos Incêndios florestais na Andaluzia e no Sul de Portugal. O projeto inclui um plano comum de investigação, formação e sensibilização a desenvolver nas três regiões. O CILIFO, promovido no âmbito do Programa de Cooperação Espanha-Portugal Interreg VA (POCTEP) 2014-2020, tem um orçamento de 24,6 milhões, 75% cofinanciados com fundos FEDER e tem a participação de 15 institui-
ções e organismos pertencentes à Eurorregião Andaluzia-AlgarveAlentejo. No Alentejo, o parceiro do CILIFO é a Universidade de Évora, que envolve neste projeto investigadores de três unidades de investigação: Instituto de Ciências da Terra (ICT), Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM) e o Centro de Investigação em Matemática e Aplicações (CIMA). Nestas jornadas de lançamento do CILIFO, cujo programa provisório segue em anexo, pretende-se apresentar publicamente o projeto, debater com agentes regionais as atividades a desenvolver e divulgar alguns resultados preliminares dos estudos em curso. K
6 A Universidade de Évora está em destaque no ranking do Times Higher Education. Este estudo avalia a projeção internacional das instituições em cinco grandes áreas - qualidade do ensino e da investigação, citações de artigos científicos, relação com a indústria e a projeção internacional. A lista apenas indica o lugar exato das instituições até à 100.ª posição, estando as restantes classificadas por intervalos, sem hierarquia. Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora considera importante ver refletido o trabalho desenvolvido no quotidiano desta instituição de ensino superior, “seja ao nível do ensino, da investigação e internacionaliza-
ção”, dando como exemplo a última classificação feita pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia
(FCT) às unidades de investigação, alcançando a UÉ “resultados extremamente positivos”. K
Évora acolheu
Conferência internacional de biodiversidade 6 Évora foi a cidade anfitriã da 17th International Meiofauna Conference (SeventIMCO), a conferência que juntou em Portugal especialistas em meiofauna de todo o mundo. Esta iniciativa, realiza-se de 3 em 3 anos, em diferentes locais do mundo e veio celebrar em Portugal o seu 50º aniversário, num evento que decorreu entre 7 e 12 de julho de 2019, no Grande Auditório da Universidade de Évora. Foram apresentados e discutidos pelos principais especialistas de 34 países os mais recentes avanços relacionados com o conhecimento da Biodiversidade, Conservação e Funcionamento dos ecossistemas aquáticos, com particular destaque para os ecossistemas marinhos de mar profundo. No decorrer dos trabalhos
foram ainda proferidas sete palestras por especialistas internacionais de elevada relevância científica: Jeroen Ingels (Universidade da Florida, EUA), Federica Semprucci (Universidade de Urbino, Itália), Sofia Derycke (Instituto de Agricultura e Pescas, Bélgica), Michaela Schratzberger (CEFAS, Reino Unido), Olav Giere (Universidade de Hamburg, Alemanha), Nabil Magdi (Universidade Bielefeld, Alemanha) e Paula Fontoura (Universidade do Porto, Portugal). O evento foi organizado pelo MARE (Centro de Ciências do Mar e do Ambiente), Universidade de Évora e pela IAM (Associação Internacional de Meiofauna), tendo ainda o apoio institucional da FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia) e do ICAAM. K
Na Universidade de Évora
Enologia é licenciatura 6 A nova licenciatura em Enologia avança já este ano letivo na Universidade de Évora, informou aquela instituição, em nota enviada ao Ensino Magazine. Para a Universidade “este novo curso destaca-se pelo enfoque no ensino fortemente ligado à produção e à investigação científica na área da Vitivinicultura, nas quais a Universidade de Évora tem condições únicas. Para Maria João Cabrita, coordenadora da Licenciatura, esta é “diferenciadora relativamente a outras formações oferecidas nesta área”. De acordo com a UÉ, os estudantes terão, desde o primeiro ano, a oportunidade de contatar com a realidade da produção viti-
vinícola, na Herdade Experimental da Mitra, Pólo da Escola de Ciências e Tecnologia, bem como contactar a com atividades de investigação nesta área, por exemplo no MED - Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento, recentemente classificado como “Excelente” pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia”. A Universidade de Évora justifica que “numa região internacionalmente reconhecida como produtora de vinhos de qualidade entendeu-se como fundamental oferecer formação superior na área, possibilitando formar, na única Universidade da maior região do país (NUTS II), as novas
gerações de técnicos, gestores e empresários para na área vitivinícola”. Estas são “condições excecionais para o ensino nesta área”, declara Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora. Na base da decisão de criação deste novo curso estiveram “a longa tradição e know-how da instituição na área da Vitivinicultura” que “vem fortalecer a aposta da Universidade numa diversificação da formação em linha com as especificidades e necessidades da região, respondendo, desta forma, à Estratégia de Especialização Inteligente do Alentejo, em que a Vinha e o Vinho é uma das principais áreas de desenvolvimento. K
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UNIVERSIDADE
ENSINO MAGAZINE
Universidades da Galiza e Norte de Portugal
Associação de Fotodinâmica
UTAD lidera fundação
Presidente em Coimbra
6 A fundação “Centro de Estudos Euro-Regionais Galiza – Norte de Portugal” (CEER), constituída pelas universidades da Galiza, do Norte de Portugal e a Junta de Galiza, vai ser liderada nos próximos anos pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Esta instituição tem como principal objetivo promover sinergias e complementaridades na missão universitária nesta Euroregião, reforçando a dinamização da investigação de carácter multidisciplinar, atividades docentes e a promoção de seminários, debates, congressos, reuniões científicas e técnicas, incluindo publicações científicas e de divulgação. Ao longo de quase duas décadas, a CEER elaborou candidaturas a projetos transfronteiriços, tendo atraído cerca de nove mi-
lhões de euros, dos quais mais de quatro milhões para o período 2019-2021. Organiza ainda os Jogos Interuniversitários Galaico-Durienses e o programa de mobilidade de estudantes universitários IACOBUS, que tem dinamizado e que tem reforçado o intercâmbio ao nível dos docentes e investigadores. A liderança da UTAD assumirá,
como prioridades estratégicas, o reforço das dinâmicas de cooperação, sobretudo em matéria de projetos INTERREG, bem como das múltiplas possibilidades de ensino à distância, até agora (quase) inexploradas, e que podem sustentar uma relação académica mais intensa e expandir o campo internacional (África e América Latina). K
6 Luís Arnaut, professor catedrático do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), acaba de ser eleito presidente da International Photodynamic Association (IPA), com sede nos Estados Unidos da América (EUA), sucedendo no cargo a Tayyaba Hasan, professora de Fotomedicina da Harvard Medical School. Para o cientista da FCTUC, esta eleição expressa “o reconhecimento do trabalho que tem sido feito em Portugal, e em particular no Departamento de Química da Universidade de Coimbra, na investigação e desenvolvimento de novas soluções para terapia fotodinâmica do cancro, de perturbações cutâneas e de doenças infeciosas”. Como prioridades do seu mandato, que tem a duração de dois anos, Luís Arnaut elege “a formação de investigadores e clínicos em terapia fotodinâmica, a promoção das soluções clínicas já existentes para que possam chegar a mais pacientes, e o apoio científico a ensaios clínicos que resultem na aprovação da tera-
pia fotodinâmica como primeira escolha terapêutica para o tratamento de mais doenças”. Fundada em 1986, a Associação Internacional de Fotodinâmica reúne cientistas de todo o mundo, profissionais de saúde e estudantes que investigam na área da terapia fotodinâmica (PDT, do inglês Photodynamic Therapy) e do fotodiagnóstico. A missão da IPA é promover o estudo, diagnóstico e tratamento usando fotossensibilizadores (fármacos ativados por luz), bem como difundir informação para os seus membros, a comunidade científica e para o público em geral. K
Com financiamento de Bruxelas
Aveiro lança alerta para visitas às Berlengas
550 por dia é o limite 6 O Ministério do Ambiente acaba de estabelecer um limite de 550 visitantes por dia à Reserva Natural das Berlengas, o que fez com base num estudo desenvolvido por biólogos da Universidade de Aveiro, sendo que esta medida representa apenas um progresso “moderado” para atenuar os danos causados pelo número descontrolado de visitantes que aportaram na ilha nos últimos anos. “Perturbação da avifauna nidificante, pisoteamento da flora, risco de disseminação da flora exótica por transporte de sementes, pólen e fragmentos vegetativos agarrados ao cal-
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çado e roupa, lixo atirado sem cuidado, poluição orgânica na praia e águas circundantes, destruição e vandalização dos equipamentos de acolhimento aos visitantes e pressão sobre os sistemas de abastecimento de água doce e de recolha do lixo”, são, segundo os autores do estudo, alguns dos danos que o elevado número de visitantes na ilha tem infligido quer à biodiversidade das Berlengas quer às próprias condições de acolhimento. A decisão do Ministério, cuja portaria foi publicada em Diário da República a 22 de maio, foi baseada num estudo encomendado
em 2010 pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e desenvolvido por Henrique Queiroga e João Serôdio, biólogos do Departamento de Biologia e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da UA. O estudo da UA propôs quatro valores (entre 240 e 1290) para o número máximo de visitantes diários da ilha principal (incluindo turistas, pessoal de apoio ao turismo, residentes temporários e representantes das autoridades), baseados na combinação de dois cenários de proteção ambiental (alta e baixa) e satisfação dos visitantes (alta e baixa). K
ISEG na rede Unite 6 O ISEG, através da Universidade de Lisboa, integra a rede ‘UNITE! University Network for Innovation, Technology and Engineering’, uma das 17 “Universidades Europeias” anunciadas no final do mês de junho pela Comissão Europeia, em Bruxelas. Estas 17 “Universidades Europeias” vêm reforçar a qualidade e atratividade do Ensino Superior Europeu, bem como a cooperação entre instituições, alunos e funcionários, partilhando uma estratégia a longo prazo que promove os valores europeus. A iniciativa pretende reforçar a mobilidade dos estudantes, investigadores, funcionários e do corpo docente e promover a qualidade, inclusão e competitividade do Ensino Superior Europeu. Irá tam-
bém permitir uma maior partilha de conhecimento, plataformas e recursos de modo a fornecer currículos ou módulos conjuntos que abrangem várias disciplinas. Estes currículos serão muito flexíveis, permitindo que os alunos personalizem a sua formação, escolhendo o que, onde e quando estudar e obter um diploma europeu. A “Universidade Europeia” de que a ULisboa faz agora parte designa-se “UNITE! University Network for Innovation, Technology and Engineering”, e inclui também a Universidade AALTO de Helsínquia, o Institut Polytechnique de Grenoble, a Kungliga Tekniska Hoegskolan da Suécia, o Politecnico di Torino, a Technische Universitat Darmstadt e a Universitat Politecnica de Catalunya. K
FCT avalia investigação
Centros de Évora em bom plano
Investigação de ponta
Évora aposta no solar 6 Um sistema inovador em tecnologia solar desenvolvido no âmbito do projeto SHIP - Solar Heat for Industrial Processes, com a participação da Universidade de Évora (UÉ), foi apresentando, no dia 26 de junho, no Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT), em Évora. O projeto consiste no desenvolvimento e demonstração de um sistema solar térmico para o fornecimento de calor a processos industriais, através da integração de tecnologias solares com concentração, bem como inovadores sistemas de armazenamento de energia sob a forma de calor latente. Esta investigação foi promovida por um consórcio constituído por 5 organizações - 3 empresariais (MCG,OnControl e KEMET) e 2 entidades não empresariais do sistema de I&I (Universidade de Évora e INEGI) - para além dos resultados apresentados, foi ainda promovida uma visita ao local onde o protótipo demonstrador está instalado, a empresa sediada em Évora, KEMET Electronics Portugal. No decorrer da investigação, foi desenhado, otimizado e instalado um sistema solar, com uma potência de aproximadamente 90 kW (a 180 ºC), correspondente a um campo solar de 184 metros quadrados, para fornecimento de calor a dois processos industriais
da empresa KEMET Electronics Portugal em Évora. Foram incluídos vários elementos inovadores, nomeadamente ao nível da tecnologia solar (colector solar concentrador do tipo CPC quase-estacionário) e do armazenamento térmico de energia (calor latente utilizando materiais de mudança de fase). Verificando-se que praticamente não existem em Portugal sistemas solares térmicos na indústria e tendo em conta o nível de temperatura considerado - 180 ºC - esta instalação torna-se única a nível nacional. Ao longo deste projeto a Cátedra Energias Renováveis, em parceria com a empresa MCG mind for metal, foram responsáveis pelo desenvolvimento e otimização para as condições da instalação, do coletor solar do tipo CPC, projetado para trabalhar numa faixa de temperatura média (150 - 200 ºC). Este destaca-se por ser um coletor que, apesar de concentrador (C> 2.5), não necessitar de sistemas de seguimento do Sol. Além disso, ao contrário das tecnologias de concentração tradicionais, o colector permite uma instalação completamente flexível em coberturas horizontais, inclinadas e até em paredes verticais que muitas vezes são as únicas superfícies desocupadas em contextos de parques industriais. K
6 Oito das dezoito Unidades de Investigação integradas por equipas da Universidade de Évora (UÉvora), duas das quais lideradas pela instituição, foram classificadas com “Excelente” pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), informou a universidade em nota de imprensa. A UÉ revela que o MED - Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento e o Laboratório HERCULES – Herança Cultural, Estudos e Salvaguarda tiveram a nota máxima e vão receber um financiamento de aproximadamente cinco milhões de euros para os próximos cinco anos para implementar os seus programas de investigação, nas áreas dos Estudos Mediterrânicos e das Ciências do Património, áreas- âncora da Universidade de Évora. Estes resultados são, para Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, “o reconhecimento do elevado nível da Ciência que se faz na UÉvora, fruto do trabalho que tem sido desenvolvido no sentido de capacitar estrategicamente a instituição em áreas que respondem simultaneamente às políticas de Investigação e Inovação (I&I) ao nível supra nacional e à estratégia de especialização inteligente, com forte enfoque nas especificidades do Alentejo”. A recente “criação do MED e a coordenação da ERIHS.PT- Plataforma Portuguesa da Infraestrutura Europeia de Investigação em Ciên-
cias do Património, demonstram o importante trabalho desenvolvido nestas áreas”. O relatório da Avaliação das Unidades de I&D da FCT reconhece assim a qualidade da investigação da UÉvora, resultando num financiamento global de 35 milhões de euros atribuído às 18 Unidades de I&D lideradas ou integradas pela UÉvora, onde se incluem, ainda, quatro com classificação de “Muito Bom” e cinco com “Bom”. Com apenas uma década e mais de 60 investigadores em atividade, o HERCULES manteve a classificação de “Excelente” tendo sido considerado pelo Painel de Avaliação como “uma infraestrutura de investigação única em Portugal e um marco na Europa”. Na avaliação do MED é valorizada “a reflexão altamente sofisticada do conceito “Mediterrâneo” e a forte ligação entre a
investigação e a prática, respondendo a questões formuladas por agricultores e empresas agroalimentares. É nesta perspetiva que o Painel de avaliação desafia o MED a consolidar-se como uma referência nacional e internacional no campo da interface entre Sociedade e Ciência, no âmbito dos Estudos Mediterrânicos. Com mais de 180 investigadores, o MED é uma Unidade recémformada dedicada à Agricultura e ao Ambiente no Mediterrâneo que resulta da fusão entre o ICAAM (Universidade de Évora), Cebal (Beja), Cibio - Pólo de Évora e MeditBio (Universidade do Algarve). Será a única unidade de investigação na integração entre agricultura, alimentação, desenvolvimento rural e ambiente no Sul do País, reforçando-se a capacidade de produzir conhecimento integrado, com maior impacte societal. K
Secretária de Estado visita Évora
Colégio reforça turismo 6 A Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, visitou, no passado dia 25 de junho, a Universidade de Évora (UÉ) para uma visita guiada ao Colégio do Espírito Santo, no âmbito de um projeto desenvolvido por aquela instituição de ensino. O Projeto, financiado pelo Turismo de Portugal, permitiu implementar condições de acessibilidades e inclusão no Colégio do Espírito Santo, entre as quais a visita guiada por meio de áudio guias com a descrição das salas em quatro línguas, sinalética em braille, ou cadeiras elevatórias de escadas. A reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas, destacou que o projeto, para além de trazer vantagens para os turistas, “tem vantagem para todos os que diariamente usufruem
deste espaço emblemático quer para a Universidade quer para a cidade de Évora”. Esta linha de apoio visa a adaptação física de espaços públicos, recursos e serviços
de interesse turístico a pessoas com necessidades especiais, temporárias ou permanentes, de modo a garantir um acolhimento inclusivo a todos os turistas. K
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Escola de Saúde do IPCB
Hipertensão é problema 6 Um estudo realizado pela Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco revela uma elevada prevalência de hipertensão arterial entre a população dos concelhos de Castelo Branco, Fundão e Proença-a-Nova. Os dados foram revelados esta semana pela própria escola. De acordo com o estudo, foram inquiridos “2997 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 99 anos”, tendo-se registado “a prevalência de hipertensão arterial de 45,9% no concelho de Castelo Branco, de 43,5%, no concelho do Fundão e de 60,4% no concelho de Proença-a-Nova”. O estudo teve a coordenação de Patrícia Coelho, docente da escola, e surgiu integrado na Unidade de Investigação QRural (Qualidade de Vida no Mundo Rural) do Instituto Politécnico de Castelo Branco, no âmbito do Programa de Pressão Arterial da Beira Baixa. Este trabalho teve como principal objetivo “determinar a prevalência de hipertensão arterial e hipotensão ortostática na região da Beira Baixa”. Os dados agora divulgados mostram a realidade de cada um daqueles três concelhos. Em
IPCB
Alunos da Esart em festivais e orquestras Castelo Branco verificou-se que “36,7% dos hipertensos que realizavam medicação anti-hipertensora não apresentavam valores de pressão arterial controlados”. Por outro lado, diz o documento, “19,2% desses indivíduos apresentou valores de pressão arterial elevados e não realizava nenhum tipo de tratamento farmacológico para a hipertensão arterial”. No concelho do Fundão os dados referem que “apenas 6,8% da população que realizava farmacoterapia para a hipertensão arterial, apresentava valores de pressão arterial acima dos valores de normalidade. No entanto, 25,2% apresentava hipertensão não diagnosticada”. O concelho de Proença-a-No-
va foi aquele em que se registou entre os inquiridos uma maior percentagem de prevalência de hipertensão arterial com 60,4%. Segundo o estudo, “15,6% dos inquiridos não tem esta patologia diagnosticada e que metade (50,4%) tem a sua hipertensão controlada”. Para a coordenadora do estudo, citada na mesma nota de imprensa, “evidenciam a importância do alerta que deve ser feito tanto à população como aos profissionais de saúde de forma a combater esta patologia, já que continua a ter destaque como o mais prevalente e importante fator de risco modificável para as doenças cérebro cardiovasculares em todo o mundo”. K
ESGIN
Brasileiros em mestrado 6 A Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN) do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) está a acolher durante o mês de julho uma turma de estudantes do Instituto Universitário Atlântico (IUA) do Brasil. Estes estudantes encontram-se em Portugal para frequentar o Mestrado em Gestão de Empresas da ESGIN-IPCB no âmbito do protocolo celebrado entre o IPCB e o IUA, num programa que contempla, para além das atividades letivas do curso de mestrado, duas visitas de âmbito cultural, para conhecerem a região.
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A abertura do mestrado contou com a presença do vice-presidente do IPCB, Nuno Castela, do chanceler do Instituto Universitário Atlântico, João Barreiros, da diretora da Escola Superior de Gestão, Sara Brito Filipe, e do coordenador do mestrado em Gestão de Empresas, Pedro Carvalho. Entretanto, a ESGIN vai realizar uma nova edição do Curso Breve de Preparação para o Exame de Admissão para a profissão de Contabilista Certificado exigido pela OCC (Ordem dos Contabilistas Certificados). Em nota de imprensa, é refe-
rido que o curso tem por objetivo atualizar os conhecimentos adquiridos pelos formandos ao longo do seu percurso académico e/ou profissional, nas áreas da Contabilidade e Relato Financeiro, da Contabilidade Analítica e de Gestão, da Fiscalidade e da Ética e Deontologia. Este curso de preparação para o Exame de Admissão à Ordem dos Contabilistas Certificados decorrerá de 13 de setembro a 19 de outubro nas instalações da ESGIN-IPCB, às sextas, das 14H30 às 20H30 e aos sábados, das 9H00 às 13H00 e das 14H00 às 18H00. K
6 A Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESART) continua a ver alunos seus selecionados para participarem em festivais de música e em orquestras internacionais. Em nota enviada ao Ensino Magazine, a escola revela que David Bento, estudante da licenciatura em Música, variante Instrumento – opção Violino e Hilton Costa e Joana Weffort, alunos do Mestrado em Ensino de Música - Classe de Violino da Escola Superior de Artes Aplicadas do IPCB foram selecionados, após realização de concurso, para o Aurora Music Festival - Suécia. O Aurora Music Festival decorrerá de 17 a 25 de agosto no Royal College of Music, em Estocolmo. O solista convidado desta edição do Festival será o reputado violinista Leonidas Kavakos. O Festival contempla masterclasses de violino, aulas de música de câmara e orientação de orquestra com os mais eminentes artistas do mundo da música erudita. Com um histórico de 46 anos de atividade, passaram por Estocolmo artistas como Ivry Gitlis, Mischa Maisky, Krzystof Penderecki, Kim Kashkashian, Midori, Sarah Chang, entre outros. De igual modo, Dhiego Lima, aluno do mestrado em Música da
ESART-IPCB que, juntamente com os alunos Joana Weffort e Hilton Costa, foi selecionado para integrar os reforços da Orquestra Sinfónica Portuguesa, depois de audições realizadas no Teatro S. Carlos em Lisboa. Já Teresa Julião, Verónica Costa, Beatriz Costa, Rafaela Silva, Sílvia Gandullo Santos, Joana Weffort, Adelina Marques, Carolina Ascensão, David Bento, David Seixas, Hilton Costa, Mariana Cabral, Maria Inês Fernandes, Marta Conceição e Sara Martins, alunos da licenciatura em Música, variante Instrumento – opção Violino e do mestrado em Ensino de Música da Classe de Violino da ESART-IPCB foram selecionados para o Estágio Gulbenkian para Orquestra (EGO). Estes 15 alunos da ESART-IPCB foram selecionados, de entre muitos alunos do país, para este estágio dirigido pela maestrina Joana Carneiro. Esta Orquestra seleciona, anualmente, os melhores estudantes do país, sobretudo do ensino superior. O Estágio Gulbenkian para Orquestra encerrará com uma digressão pelo país com concertos na Casa da Música, Porto a 24/07, no Teatro Municipal de Bragança, Bragança a 25/07, no Festival Cistermúsica, Alcobaça a 26/07, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa a 27/07 e no Teatro Aveirense, Aveiro a 28/07. K
CTESP, MESTRADO E GRADUAÇÕES
Politécnico de Castelo Branco com candidaturas 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) tem a decorrer as candidaturas abertas para acesso e ingresso aos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP’s) e a Mestrados e Pós-graduações. São 460 as vagas disponíveis para o próximo ano letivo distribuídas pelos 20 Cursos Técnicos Superiores Profissionais disponíveis nas Escolas Superiores Agrária, Artes, Educação, Gestão e Tecnologia. Em nota de imprensa, o Politécnico explica que destas 460 vagas, 40 são destinadas aos CTEsP’s em Comunicações Móveis e em Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação que, numa parceria entre o IPCB e a Câmara Municipal do Fundão, a multinacional Altran e a Escola Profissional do Fun-
dão, estão previstos funcionar no Fundão, mais concretamente nas instalações da Escola Profissional, estando os estágios curriculares destes cursos previstos serem realizados na multinacional Altran. O IPCB disponibiliza, para este ano letivo, 19 Mestrados e 5 Pósgraduações, 4 em regime de Ensino a Distância, a serem lecionados nas Escolas Superiores Agrária, Artes, Educação, Gestão, Saúde Dr. Lopes Dias e Tecnologia. As candidaturas aos Cursos Técnicos Superiores Profissionais decorrem até dia 2 de setembro, sendo as candidaturas aos Mestrados e Pós-graduações até ao dia 4 do mesmo mês. No que refere às Pós-graduações em regime de Ensino a Distancia, as candidaturas estão abertas até dia 8 de setembro. K
European Product Design Award
Bronze para Esart 6 Joana Filipa Ferreira Antunes, aluna do Mestrado em Design de Interiores e Mobiliário da Escola Superior de Artes Aplicadas do IPCB, conquistou o prémio de bronze na categoria de Acessório de Viagem (Lifestyle and Travel, Travel Acessory), informou o Politécnico em comunicado. Para este concurso a jovem estudante apresentou um estojo de lápis no Prémio Europeu de Design de Produto (European Product Design Award). Para Joana Antunes, a «PencilCase» garante que temos sempre
à mão material de desenho ou escrita. É uma peça elegante, funcional e apelativa que podemos transportar para qualquer lugar, é a combinação de técnicas e materiais tradicionais. Valoriza aquilo que é produzido no meu país e é fabricado por artesãos. O burel, tecido típico e tradicional, é inteiramente composto por lã natural, de alta durabilidade e resistência. Este é envolvido pela estrutura de madeira, que combina o “savoirfaire” com novas tecnologias. Não se trata apenas de mais uma peça, “PencilCase” procura pro-
mover a identidade nacional, em que cada peça produzida é diferente e única.” O European Product Design Award foi criado para chamar a atenção para o design internacional de produtos e promover os designers vencedores junto do público europeu, reconhecendo os seus esforços na tentativa de melhorar nosso dia a dia com as suas criações práticas e bem pensadas, recompensando o pensamento estratégico e a imaginação para criar um produto de excelência. K
Castelo Branco
Escola Agrária premiada Pré-escolar e jardim de infância
ESE leva expressões às escolas básicas 6 Alunas do mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico da Escola Superior de Educação do IPCB, desenvolveram metodologia de projeto em expressões artísticas no Jardim de Infância do Castelo e no Jardim de Infância do Valongo. Este projeto, inserido no âmbito da unidade curricular de Didática das Expressões Artísticas
e Motricidade lecionada pelos docentes António Pedro Dias, Madalena Leitão e Paula Peres, teve por objetivo motivar as estudantes para a importância da interdisciplinaridade, neste caso concreto entre as expressões artísticas (Artes Visuais, Jogo Dramático/Teatro e Música), aplicando a metodologia do trabalho de projeto. K
6 A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco foi premiada no evento “Biodiversidade e Agricultura, uma aliança necessária: 10 anos de Operation Pollinator”, como uma das entidades pioneiras na implementação do Operation Pollinator em Portugal, informou o Instituto Politécnico de Castelo Branco em comunicado. Na nota de imprensa, o IPCB revela que o prémio foi recebido pela docente da ESACB-IPCB Ofélia Anjos, que desenvolveu neste projeto atividades de análise a pólenes provenientes de ninhos de polinizadores, de forma a perceber quais as espécies visitantes. A empresa Syngenta - empresa mundial no setor agrícola, foi a responsável pela atribuição deste prémio, numa cerimónia que juntou várias dezenas de profis-
sionais na Feira Nacional de Agricultura em santarém, num debate sobre este tema. O Operation Pollinator é um programa internacional para o incremento da biodiversidade nos campos agrícolas que se baseia no estabelecimento de habitats específicos – margens multifuncionais – para insetos polinizadores
em zonas agrícolas, que permitam criar alimento e refúgios naturais para estes auxiliares e que fomentam a presença de outros artrópodes úteis como predadores e parasitoides. A Syngenta premiou também as empresas agrícolas Sogrape, Frutoeste e Vitacress, e a Estação Agrária de Viseu. K
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Até 2021
Europe Teaching Rankings
Setúbal entre as melhores 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) está entre as melhores instituições de ensino superior da Europa no que respeita à qualidade do ensino e da aprendizagem, revelam os resultados do Europe Teaching Rankings, o primeiro ranking universitário internacional centrado exclusivamente na avaliação feita a estas duas variáveis. Elaborada pelo Times Higher Education (THE), o ranking assenta, em grande parte, nos resultados do inquérito THE European
Student Survey, que este ano recebeu respostas de 125 mil estudantes, em 18 países, no que toca a questões como o envolvimento estudantil, os resultados académicos, o ambiente de ensino-aprendizagem e os recursos ao dispor das instituições para garantir um ensino efetivo. Numa lista de cerca de 260 instituições de ensino superior, liderada pelo Reino Unido (ocupa 17 das primeiras 20 posições), com a Universidade de Oxford à cabeça, o IPS, que pela primeira
vez participou neste inquérito, é uma das 12 instituições nacionais consideradas e uma das duas únicas representantes do ensino superior politécnico, a par do Politécnico do Porto (201+). O Politécnico de Setúbal destaca-se, no entanto, no indicador respeitante ao Envolvimento (79 pontos), que leva em consideração a interação entre estudantes e docentes, as recomendações de alumni e a ligação ao mercado de trabalho, estando classificado nos primeiros 25 lugares do ranking. K
Setúbal em projeto europeu Soft Skills 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) é uma das quatro instituições parceiras do projeto europeu Soft Skills, que pretende contribuir para uma alteração de paradigma no ensino superior, através da construção de um conjunto de ferramentas para o desenvolvimento das chamadas competências pessoais dos estudantes, cada vez mais valorizadas pelos empregadores. The System of Support for Academic Teachers in Process of Shaping Soft Skills of their Students – Soft Skills, que arrancou em dezembro de 2018, é financiado pelo programa Erasmus+, sendo desenvolvido por um consórcio de entidades, coordenado pelo University College of Enterprise and Administration, Lublin, Polónia, de que fazem parte o Deggendorf Institute of Technology from University of Applied Sciences, Deggendorf, Alemanha, a International School for Social and Business Studies, Celje, Eslovénia, e as escolas superiores
de Educação (ESE) e de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal) do IPS. O projeto, que decorre até final de janeiro de 2021, envolvendo os docentes Maria do Rosário Rodrigues, Ana Pires, Mário Baía e Elsa Ferreira, prevê a construção, experimentação e disseminação de atividades pedagógicas com o objetivo de motivar os professores a alterar as suas práticas e contribuir para o desenvolvimento de soft skills nos estudantes, nomeadamente a capacidade de trabalhar em equipa, a comunicação interpessoal, o pensamento crítico e a autonomia, entre outras. O projeto surge no contexto do processo de Bolonha, visando a adoção de práticas pedagógicas que promovam uma maior implicação do estudante no seu processo de aprendizagem. As atividades previstas contemplam aspetos como a utilização educativa das tecnologias, a criatividade e a interculturalidade, assim como outras competências sociais. K
politécnico
IPS marca pontos em Tianjin Depois da visita à China
Setúbal com Acupuntura 6 A Oficina Lu Ban Portuguesa, inaugurada no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) com um laboratório de robótica industrial, em dezembro de 2018, terá para breve uma segunda fase, desta vez na área da Acupuntura. A garantia foi dada o decorrer de uma visita institucional à China, integrada pelo presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, e pela vice-presidente, Susana Piçarra. O novo laboratório de Acupuntura, área em que o IPS é pioneiro
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no ensino superior público europeu, vai ser desenvolvido em estreita colaboração com a Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Tianjin, com quem já havia sido estabelecido um acordo de dupla titulação para a licenciatura em Acupuntura, em julho de 2018, e a Escola Vocacional de Medicina de Tianjin. No decorrer da visita a Tianjin, uma das três maiores cidades da China, a presidência do IPS foi
recebida, em conjunto com a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, e a sua comitiva, pelo Governo Municipal de Tianjin, numa altura em que decorria 3º World Intelligence Congress, no âmbito do qual foram feitos rasgados elogios à Oficina Lu Ban Portuguesa, a mais recente a nível mundial, considerada a “oficina milagre”, pela rápida evolução demonstrada em apenas cinco meses de funcionamento.K
6 O Instituto Politécnico de Setúbal marcou presença na National Vocational Students Skills Competition 2019, que reuniu em Tianjin, no início de maio, estudantes das escolas vocacionais chinesas, para além de convidados estrangeiros. Hugo Frazão, estudante do 2º ano da licenciatura em Engenharia de Automação, Controlo e Instrumentação, formou juntamente com um estudante da EVME uma equipa que conquistou o 2º lugar ex aequo na competição ‘International Invitational for Automated Installation and Commissioning’, que decorreu na Tianjin Sino-German University of Applied Sciences, em torno do processo ‘Linha de Produção Automática YL-335B’, idêntico ao que existe na Oficina Lu Ban Portuguesa.
A delegação do IPS, que se deslocou a Tianjin para estabelecer contactos e como observadora da competição nacional chinesa, foi constituída por quatro professores e quatro estudantes da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal. K
Diplomada pela ESAD
inovação
Diana Policarpo vence prémio EDP
Aluno de Leiria inventa pão de medronho
6 Diana Policarpo, diplomada pela ESAD do Instituto Politécnico de Leiria, venceu a 13.ª edição do “Prémio Novos Artistas Fundação EDP”, no valor de 20 mil euros. O júri valorizou a “coerência da pesquisa e do discurso do projeto Death Grip apresentado pela artista, que se traduziu numa inovadora instalação multimédia com grande valorização da componente sonora, criando um ambiente imersivo que assegura uma gran-
de eficácia na relação do conceito idealizado e a sua concretização no espaço”, pode ler-se na página oficial de Facebook do Politécnico de Leiria. O Prémio Novos Artistas Fundação EDP foi instituído em 2000 e destina-se à revelação de novos valores da criação nacional, no domínio das artes plásticas. O prémio é reconhecido como um dos mais significativos no panorama artístico português. K
Formação
Deloitte parceira de Leiria em curso 6 O Politécnico de Leiria vai abrir um Curso Técnico Superior Profissional (TeSP) em Tecnologias Informáticas, o qual conta com o apoio da Deloitte, que financia com uma bolsa mensal os estudantes admitidos no curso. A formação irá funcionar já no próximo ano letivo, na Escola Supe-
rior de Tecnologia e Gestão (ESTG) e inclui um programa piloto ao longo do percurso académico, de transferência de working skills, que permitirá aos estudantes serem formados e preparados para a vida ativa, através da aquisição de competências práticas em ambiente real de trabalho. K
Regime pós-laboral
Mestrado de Saúde no Politécnico de Leiria 6 O Politécnico de Leiria acaba de abrir inscrições para o mestrado em Prescrição do Exercício e Promoção da Saúde, que decorrerá na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, e terá vagas abertas já para o próximo ano letivo. O mestrado decorre em regime pós-
laboral, e pretende dar resposta à necessidade premente de promover a atividade e o exercício físico enquanto impulsionadores de qualidade de vida, conforme recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A primeira fase das inscrições está aberta até 14 de julho. K
6 O Pão Medronho, desenvolvido por Rui Lopes, estudante na licenciatura de Dietética e Nutrição na Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria, acaba de ganhar o terceiro lugar no 4º Concurso de Ideias Agriempreende, que decorreu no âmbito do Fórum de Empreendedorismo e Inovação, e distingue ideias inovadoras no setor agrícola. O Pão Medronho resulta de cerca de cinco anos de investigação, e estará no final deste ano disponível em vários pontos dos distritos de Leiria, Castelo Branco e Lisboa. Em fase de conclusão dos processos produtivos, em colaboração com a Padaria Ritus do Pão, de Monte Redondo (Leiria), o Pão Medronho apresenta um perfil nutricional diferenciador, que se destaca pelo baixo teor de sódio e a presença de vários minerais provenientes do medronho. É rico em fibras e conta com vários ácidos orgânicos voláteis e compostos antioxidantes, como os flavonoides, benéficos pela sua ação anti-inflamatória e na proteção da função cardiovascular, na diminuição do risco de cancro e da oxidação celular. Rui Lopes explica que é um pão de aspeto rústico, com farinhas não corrigidas, de longevidade superior – mantendo a frescura e macieza interna até ao sexto dia de vida
útil. “A disponibilização deste pão aromático no mercado pretende dar resposta aos consumidores que procuram produtos alimentares mais naturais e saudáveis, com benefícios para a saúde, e que podem ao mesmo tempo apoiar a fileira do medronho”, afirma. Ao longo do projeto de investigação foi ainda possível encontrar soluções tecnológicas que contribuem para a resolução de alguns problemas no processamento deste fruto na indústria de transformação alimentar, o que permite apoiar a fileira do medronho e reorganizar as estratégias agroindustriais, e apoiar a economia das populações do interior de Portugal, onde o fruto tem maior expressão económica agroflorestal.
Rui Lopes é estudante finalista da licenciatura em Dietética e Nutrição na Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria, membro colaborador do Centre for Innovative Care and Health Technology do Politécnico de Leiria (ciTechCare), e estudante do mestrado em Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) do Politécnico de Leiria. K
Universíadas de Verão
Politécnico de Leiria ganha prata no salto 6 Evelise Veiga, estudante de Gestão na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, conquistou a medalha de prata, no salto em cumprimento, na competição mundial de desporto universitário. A marca foi obtida já sobre o fecho desta edição do Ensino Magazine. O Politécnico de Leiria, em nota enviada ao nosso jornal, recorda que marca presença naquele evento com três estudantes. As Universiadas 2019 - Napoli 2019 Summer Universiade, decorrem em Nápoles, Itália, até dia 14 de julho. “Esta é uma presença histórica para o Politécnico de Leiria, que vê pela primeira vez os seus estudantes-atletas participarem no evento”, explica a instituição.
Evelise Veiga está a competir também no triplo salto. Joana Ferreira, que frequenta Fisioterapia na Escola Superior de Saúde, compete nos 5.000 metros planos, enquanto Joana Pontes, também
estudante de Fisioterapia, corre os 20.000 metros marcha. As três atletas do Politécnico de Leiria integram a delegação de Portugal que conta com 72 estudantes, que competem em 10 modalidades. K
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Laboratório Smart Farm CoLAB
IPLeiria é fundador 6 As Unidades de Investigação do Politécnico de Leiria acabam de se associar à criação do Laboratório Colaborativo para a Inovação Digital na Agricultura (Smart Farm CoLAB), com sede em Torres Vedras, o qual visa criar soluções inovadoras e automatizadas para a gestão eficiente de recursos e para maximizar o valor acrescentado dos produtos nacionais de horticultura, fruticultura e viticultura. O trabalho do laboratório colaborativo, que conta com cerca de uma dezena e meia de parceiros, entre Instituições de Ensino Superior e Empresas, deverá ter um forte impacto na modernização da agricultura e na economia da produção sustentável. Quer ainda desenvolver uma agricultura inteligente e sustentável, conjugando uma componente de ciência aplicada e uma forte presença de empresas dos sectores envolvidos, para responder aos avanços na produção e gestão agrárias, mas também às necessidades de formação e empregabilidade. Envolve uma forte componente tecnológica nas áreas de interven-
banhistas com mobilidade reduzida
Alunos de Setúbal dão apoio em Sesimbra ção: Gestão, Biologia Vegetal, Agronomia, Uso sustentável de Recursos, Eletrónica e Sensores, Robótica e Automação, Inteligência Artificial, Informática, Turismo, Marketing, Ciências Sociais e Educação. O projeto foi aprovado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), tendo financiamento ao longo dos próximos cinco anos, num total de cerca de 2.390.000 euros, e envolve a contratação de 17 profissionais de formação técnica elevada.
O Smart Farm CoLAB é liderado pelo Município Torres Vedras e conta com um conjunto de parceiros do sistema científico-tecnológico nacional: o Politécnico de Leiria, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, além de várias empresas dos sediadas na zona Oeste. K
Politécnico adere a rede nacional
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alteração de comportamentos”, nomeadamente através da divulgação da campanha por diversos meios e da participação em iniciativas relacionadas com a temática. Para Ana Ferreira, “pretende-se assegurar, mais do que o futuro da instituição, o futuro das gerações vindouras e, por isso, é também intenção do IPC aumentar a eficiência energética dos diversos edifícios do
na edição de arranque. Para além do aumento do número de estudantes envolvidos (de 10 para 20) será também alargado o período de apoio ao utente, entre as 9h00 e as 18h00, até ao próximo dia 31 de agosto, abrangendo tarefas como gestão e controle dos equipamentos (cadeiras anfíbias, corredor de acesso, sinalética, passadeiras acrílicas), apoio assistido ao banho de mar e conceção e dinamização de atividades de lazer destinadas ao público com mobilidade reduzida. K
Escolas do Turismo de Portugal
Coimbra com bom ar 6 O Politécnico de Coimbra (IPC) acaba de se associar à campanha ‘Por um país com bom ar’, promovida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), tornando-se a única instituição de ensino superior na região Centro a integrar a iniciativa. A ação surge no âmbito do projeto ‘Politécnico de Coimbra +Sustentável’, desenvolvido em prol de um desenvolvimento mais amigo do ambiente. Ana Ferreira, pró-presidente do Politécnico de Coimbra, considera que, apesar de já existirem boas práticas no seio do IPC, “ambiciona-se uma melhoria contínua e um contributo cada vez mais significativo por um Planeta mais são”. Estão, neste momento, a ser desenvolvidos diversos estudos no âmbito da qualidade do ar interior do Politécnico de Coimbra e pretende-se estendê-los ao ambiente exterior. Com a assinatura do protocolo de cooperação com a APA, formalizado a 4 de junho, no Salão Nobre da Câmara da Pampilhosa da Serra, “será potenciado um trabalho profícuo direcionado para a atuação na
6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) volta a colaborar com a Câmara Municipal de Sesimbra na área do turismo inclusivo e acessível, com a participação de 20 dos seus estudantes no projeto “All and One”, de apoio ao utente no acesso às praias. A parceria, resultante de um protocolo assinado em 2018, integra este ano também estudantes da licenciatura em Animação e Intervenção Sociocultural, a par dos de Fisioterapia e Desporto, cursos desde logo abrangidos
IPC”. Existem já sete postos de carregamento para viaturas elétricas, esperando-se, a curto prazo, adquirir uma frota de veículos com essas caraterísticas. Realizou-se também uma ação de sensibilização com os trabalhadores, no âmbito da qual foram colocados e/ou distribuídos autocolantes apelando à utilização sustentável dos recursos energéticos disponíveis. K
Acabaram as propinas nos cursos de nível IV 6 As Escolas do Turismo de Portugal vão abolir, já no próximo ano letivo 2019/2020, as propinas para os estudantes que frequentam cursos de nível IV, que corresponde aos alunos que estão a cumprir a escolaridade obrigatória. Esta é uma das principais novidades do próximo ano letivo, e cujas candidaturas estão abertas até 18 de julho. Será também reduzido em 50% o custo das inscrições e matrículas, tanto para o nível IV como para o nível V, criando condições para o reforço da atratividade dos cursos e consequentemente para o reforço da captação de talento para o setor. O Turismo de Portugal aposta ainda na diferenciação positiva das escolas situadas nos territórios de baixa densidade, nomeadamente em Lamego, Portalegre e Vila Real de Santo António, através do financiamento de 50% das propinas dos Alunos dos Cursos de nível V. Também na prossecução de
responder ativamente às necessidades expressas por alunos, profissionais e empresários, as escolas do Turismo de Portugal vão reforçar a oferta formativa, abrindo mais turmas e mais vagas, na ordem dos 15%, para admissão de novos alunos no nível IV (Nível Profissional). A Rede Escolar do Turismo de Portugal (Porto, Douro/Lamego, Viana do Castelo, Coimbra, Oeste, Estoril, Lisboa, Portalegre, Setúbal, Vila Real de Santo António, Portimão e Faro) é a única que, em Portugal, tem cursos especializados e ministrados totalmente em língua inglesa e, complementarmente, desenvolve projetos de estágios internacionais financiados a 100% e programas de intercâmbio, assegurando desse modo a captação de alunos estrangeiros. Os alunos formados nas Escolas do Turismo de Portugal têm uma taxa de empregabilidade de 94%, de acordo com o mais recente Estudo de Inserção Profissional, relativo a 2018. K
Projeto 3Economy+ na ESTG
Portalegre com atividades
6Estudantes e professores da Universidade de Malta, do pólo de Melilla da Universidade de Granada e do Instituto Politécnico de Portalegre participaram, de 1 a 6 de julho, na cidade alentejana, num Programa Intensivo na área do marketing, o qual incluiu master classes, workshops, visitas a empresas e instituições e passeios pela região. A iniciativa está integrada no projeto 3Economy+, um curso internacional no âmbito do consórcio formado pelas três instituições, financiado pelo projeto Erasmus+, ação KA2 -Parcerias Estratégicas no sector do Ensino Superior, com foco na economia, marketing e turismo. A aprendizagem das três línguas nacionais, espanhol, inglês e português, é também uma constante deste projeto que, em Portalegre, envolveu aulas de português para estrangeiros. Decorreu ainda uma exposição de posters de projetos de investigação das entidades parceiras, aberta à comunidade. De referir ainda que, no âmbito do projeto, alguns estudantes vão ter oportunidade de realizar um estágio internacional nos países parceiros, havendo quatro deles que vão passar os meses de verão em Portalegre em empresas e instituições parceiras do 3Economy+. Já quatro estudantes do IPP vão realizar estágios internacionais na cidade de Melilla, em Espanha. K
Poliempreende em Portalegre
ListEcon vence concurso 6 “ListEcon APP” é o projeto vencedor do concurso regional do Poliempreende e irá representar o Politécnico de Portalegre no concurso nacional, a realizar na semana de 9 a 13 de setembro de 2019, em Tomar. O projeto “ListEcon” foi desenvolvido por Filipe Calha, diplomado em Engenharia Informática pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), Marco Mestre, diplomado em Engenharia Informática na ESTG, Gabriel Sales, aluno de Administração de Publicidade e Marketing na ESTG, Bruno Lopes, aluno de CTESP de Desenvolvimento para Web e dispositivos móveis na ESTG, Victória Carvalho, aluna de Gestão de empresas na ESTG e Célsio Gil, aluno de CTESP de Desenvolvimento para Web e dispositivos móveis na ESTG. Na segunda posição classificou-se o projeto “HorseCare” de Ana Rita Marinho, Andreia Santos, Beatriz Casaca e Inês seco, alunas de Enfermagem Veterinária da Escola Superior Agrária de Elvas. Finalmente na terceira posição ficou o projeto “Sentinel” de Marcelo Catalão, aluno da Escola Superior Agrária de Elvas. As apresentações decorreram no dia 8 de julho nas instalações da Escola Superior Agrária de Elvas. A avaliação esteve a cargo do júri presidido por Albano Silva, presiden-
te do Politécnico de Portalegre e onde estiveram ainda Luís Barradas, representante da Caixa Geral de Depósitos; Rui Perestrelo pelo Núcleo Empresarial da Região de Portalegre – Associação Empresarial; Georgina Ferreira da Silva, em representação do Instituto do Emprego e Formação Profissional; Manuel Belo pela Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo e Artur Romão pelo Gabinete do Empreendedorismo e Emprego
do Politécnico de Portalegre, unidade organizadora do concurso. Após apresentação e discussão dos projetos a concurso, o júri utilizou grelhas de avaliação tendo por base uma grande variedade de parâmetros, que incluem o grau de inovação de negócio, plano de marketing, plano financeiro, exequibilidade, impacto socioeconómico e competências da equipa. K
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40 anos do ensino politécnico em Portugal em livro
A história e os caminhos a percorrer 6 O livro «40 Anos, Ensino Superior Politécnico, Caminhos percorridos e a percorrer…» da autoria de Joaquim Mourato, ex-presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), foi apresentado no passado dia 8 de julho, em Lisboa no Teatro Thalia, numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado do Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira. A obra, com a chancela da RVJ Editores, foi apresentada pelo antigo secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Lourtie, numa cerimónia onde marcaram presença dois antigos ministros (Eduardo Marçal Grilo e Correia de Campos), a presidente do Conselho Nacional de Educação (Maria Brederode dos Santos), o Diretor Geral de Ensino Superior (João Queiroz), presidentes e vice-presidentes de politécnicos, reitores de universidades, autarcas e muitos docentes/investigadores. O livro teve como editor o jornalista e diretor do Ensino Magazine João Carrega, tendo o apoio do Santander Universidades, Banco Santander, e do Ensino Magazine. João Sobrinho Teixeira, também autor de um dos textos desta obra, sublinhou a importância do livro, aproveitando a ocasião para falar sobre os desafios que se colocam ao ensino superior em Portugal, nomeadamente no que respeita ao de fa-
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Eduardo Marçal Grilo, ex-ministro da Educação, marcou presença no evento
zer com que mais alunos que concluem o ensino secundário e profissional entrem nas universidades e politécnicos. Também o presidente do CCISP alertou para os desafios do ensino superior. Pedro Dominguinhos anunciou ainda a realização de um congresso nacional, em novembro, para assinalar os 40 anos de ensino politécnico no nosso país. Já Cristina Dias Neves, do Santander, reforçou a importância deste livro, que tem o apoio do Santander Universidades.
Com uma cuidada e documentada avaliação sobre o progresso do ensino politécnico no nosso país e aquilo que ele representa sobre várias perspetivas, não só a formativa, mas também de desenvolvimento e coesão territorial, esta obra surge inserida nas comemorações dos 40 anos do ensino politécnico no nosso país. Na apresentação do livro, Pedro Lourtie abordou todos os seus capítulos, mostrando de forma vincada a sua opinião acerca do mesmo, nomeadamente no que respei-
ta à existência de dois subsistemas de ensino superior. Joaquim Mourato explica que com esta obra procurou-se “recuperar dados e opiniões de várias individualidades que marcaram, e marcam, a educação e o ensino superior português. Nela, traz-se também elementos quantitativos que ajudam a entender melhor a evolução do ensino superior politécnico. Não podíamos deixar de partilhar muitas das posições pessoais e assumidas pelo CCISP, nos últimos anos, sendo que alguns desses trabalhos já foram publicados”. Mais do que falar do livro, Joaquim Mourato aproveitou a sua intervenção para agradecer a todos os que permitiram a concretização desta obra, destacando ainda o trabalho que o Ensino Magazine tem prestado ao ensino superior no país. O livro apresenta o testemunho de todos os presidentes do CCISP (António de Almeida Costa, João Duarte Silva, Luís Soares, Luciano de Almeida, João Sobrinho Teixeira, Nuno Mangas e Pedro Dominguinhos), tendo o prefácio de Jon File, director do Development and Consultancy Center for Higher Education Policy Studies (CHEPS) da Universidade de Twente, e o posfácio de João Carrega, diretor do Ensino Magazine. K
O Diretor Geral do Ensino Superior com a presidência do IPPortalegre
Ensino Magazine presente na iniciativa
Encontro de ciência distingue mérito científico O Secretário de Estado com o autor do livro, a diretora do Santander Universidades e o diretor do Ensino Magazine
A presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Brederode dos Santos
Pedro Lourtie, Correia de Campos e o reitor da Universidade de Aveiro
6 O Encontro de Ciência 2019, que decorreu em Lisboa, entre os dias 8 e 10 de julho, voltou a colocar a investigação na ordem do dia e reuniu milhares de participantes, e várias dezenas de oradores nacionais e internacionais. Promovido pelo Ministério de Ciência e Ensino Superior, o evento distinguiu ainda várias personalidades com medalhas de mérito científico, numa sessão de abertura que contou com a presença do Primeiro-Ministro, António Costa, o qual afirmou que “o compromisso do País com a ciência tem de ser sólido, isto é, ser um progresso contínuo (…) aquilo que fazemos hoje cria as condições para podermos avançar, e daqui a 20, 30 ou 40 anos estarmos num patamar distinto do atual”. As parcerias entre o poder local e as academias foram reforçadas neste Encontro, precisamente com a atribuição de medalhas de mérito científico aos presidentes das câmaras de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, e do Fundão, Paulo Fernandes. De resto o Primeiro Ministro valorizou, no seu discurso, estas distinções: “Não posso deixar de enfatizar como é particularmente estimulante verificar que dois autarcas de municípios do interior estiveram entre os homenageados”, o que “mostra bem como a ciência não é algo que hoje se faça apenas nos grandes centros urbanos”. O autarca de Ródão destacou-se pelo apoio prestado, entre 2017 e 2018, a ensaios inéditos realizados por equipas internacionais de investigadores de referência mundial na Serra do Perdigão. Aquele foi o maior projeto de mapeamento do vento realizado e envolveu várias instituições científicas a nível internacional. Por sua vez, Paulo Fernandes
foi premiado pela capacidade de inovação e promoção da cultura científica no desenvolvimento do interior, de onde se destaca a criação de emprego qualificado e a valorização de processos de transformação digital em regiões de baixa densidade populacional. Nesta sessão de abertura, foram distinguidos com a medalha de mérito científico nove investigadores, a saber: Maria João Saraiva, pelos seus estudos de mais de 30 anos sobre paramiloidose; António Firmino da Costa, pelas contribuições inéditas no estudo das desigualdades sociais, ciência e sociedade, e entre, outros fatores, pelo desenvolvimento e planeamento da Ciência Viva; Helena Santos, pioneira em Portugal no desenvolvimento de técnicas de Ressonância Magnética Nuclear (RMN); Luís Moniz Pereira, pela difusão da cultura científica em Portugal sobre Ciências da Computação e em Inteligência Artificial (IA); Cecília Leão, pelo ensino e investigação nas áreas da Microbiologia e Ciências da Saúde; Manuel Nunes da Ponte, como reconhecimento das suas contribuições em Engenharia Química e Biológica; Deolinda Lima, professora catedrática da Faculdade de Medici-
na da Universidade do Porto (FMUP); Raquel Gaspar, bióloga marinha, que tem vindo a investigar há mais de 20 anos os golfinhos no Estuário do Sado; e Jorge Calado, professor emérito do Instituto Superior Técnico e é Doutorado em Química pela Universidade de Oxford, lecionou na Universidade de Yale, nos EUA. Ainda antes da entregue das medalhas de mérito científico, Manuel Heitor definiu os quatro principais desafios para pensar a ciência e o ensino superior em Portugal num quadro de referencia para a próxima década e num horizonte de 2030. O Ministro falou na necessidade de se “alargar a base social para a produção e difusão do conhecimento e da cultura cientifica”, mas também do propósito de “diversificar e especializar o processo de ensino/aprendizagem e de fazer ciência”. O terceiro desafio “surge no contexto das próprias instituições e da absoluta necessidade de estimular a triangulação que emerge entre conhecimento, educação e emprego”, numa aposta de promover o emprego qualificado e científico. Por fim, “o quarto desafio será sempre o do contexto europeu e da internacionalização”, disse. K
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Evento teve como parceiro Santander Universidades
Explorer Day 2019 tem vencedor 6 Andrés Moreno do UCLM Space, com o projeto Zefrict, tem bilhete garantido para Silicon Valley, região de referência mundial em inovação e empreendedorismo, nos
EUA. O jovem espanhol, da Universidad de Castilla-La Mancha, foi o vencedor do Explorer Day 2019, que decorreu, no início de julho,
em Coimbra, numa iniciativa organizada pelo Centro Explorer Space da Universidade de Coimbra e apoiada pelo Santander Universidades Portugal.
A iniciativa reuniu 600 jovens empreendedores dos mais de 50 centros espalhados por Portugal, Espanha e Argentina. Andrés Moreno passa fazer parte do lote de 54 rep-
resentantes de cada Centro Explorer, e irá participar em masterclasses em universidades como Standford ou Berkeley e visitar empresas tecnológicas de ponta, como Google, Facebook, LinkedIn ou Airbnb. K
Santander assina carta de compromisso
Financiamento sustentável
De 31 de julho a 11 de agosto
Santander acelera na Volta 6 O Santander é, pelo quarto ano consecutivo, o patrocinador principal da Volta a Portugal em Bicicleta que, este ano, irá para a estrada entre 31 de julho e 11 de agosto. O Banco assume o naming da prova – Volta a Portugal Santander – e o líder irá envergar a Camisola Amarela Santander. A 81ª edição foi apresentada hoje nas instalações do Banco, tendo contado com a presença do Secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, do Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, do Presidente Executivo do Santander em Portugal, Pedro Castro e Almeida, do Administrador do Banco, Miguel Belo de
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Carvalho, do Diretor da Volta, Joaquim Gomes, e de vários representantes das autarquias acolhedoras da prova, entre outros. Ao longo das várias etapas, o Banco terá uma forte presença, com diversas iniciativas de âmbito solidário, de apoio à economia local e de proximidade com a população. Através de um protocolo com a União das Misericórdias, o Banco irá entregar eletrocardiógrafos e bicicletas elípticas de fisioterapia nos equipamentos sociais das Santas Casas da Misericórdia, em algumas das localidades que fazem parte do percurso. O objetivo é fornecer mais meios e apoios à promoção de estilos de vida saudáveis e do envelhecimento
ativo da população aí residente. Pedro Castro e Almeida, presidente Executivo do Santander em Portugal, refere que o Banco tem um “enorme prazer em se associar a esta competição mítica do ciclismo português e do desporto no geral. A Volta tem características especiais, com as quais nos identificamos. É uma prova de superação e de resiliência, mas também de grande proximidade com o público. No Santander apoiamos o desporto e a prática de hábitos saudáveis, e procuramos estar envolvidos e contribuir para o desenvolvimento da sociedade, pelo que faz todo o sentido integrarmos mais uma vez esta iniciativa”. K
6 O Santander assinou, no dia 8 de julho, juntamente com outras instituições, a Carta de Compromisso para o Financiamento Sustentável em Portugal. A cerimónia, realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, contou com a presença do Ministro do Ambiente e da Transição Energética (MATE), João Pedro Matos Fernandes, que presidiu à Conferência “Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica 2050 - O papel do financiamento sustentável”. Esta Carta de Compromisso vem ao encontro dos desafios assumidos pelo Santander, nomeadamente no que diz respeito ao crescimento sustentável, promovido através do financiamento à utilização de energias renováveis, à adoção de infraestruturas inteligentes e à implementação de novas tecnologias agrícolas e produtivas, mais eficientes e sustentáveis, com o objetivo de contribuir para uma
economia de baixo carbono. Reforçando este posicionamento, o Banco disponibiliza a Linha de Crédito para a Descarbonização e Economia Circular, que tem uma dotação máxima de 100 milhões de euros. Esta Linha destinase a Micro, Pequenas e Médias Empresas certificadas pelo IAPMEI, com sede em território nacional. Com taxas bonificadas, o prazo máximo das operações é de 10 anos. Na mesma Conferência foi, ainda, divulgado o relatório “Linhas de orientação para acelerar o financiamento sustentável em Portugal”, que resulta do trabalho desenvolvido pelo “Grupo de Reflexão”, coordenado pelo MATE que, em parceria com o Ministério das Finanças e Ministério da Economia, teve por objetivo desenvolver um diálogo estruturado com o setor financeiro nacional, de forma a promover e acelerar as práticas de investimento sustentável em Portugal. K
www.ensino.eu
Nova pós-graduação no IPG em sustentabilidade
Guarda aposta na gestão
Hospitality Education Awards
Guarda ganha prémio 6 O “Menu 4 All” do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) conquistou o primeiro prémio do “Melhor Projeto de Inovação e Desenvolvimento” no âmbito da segunda edição dos Hospitality Education Awards, organizados pelo Fórum Turismo. O júri, composto por membros do Fórum Turismo, Turismo de Portugal, ANESPO, RIPTUR, IEFP e OMT – Organização Mundial do Turismo, elegeu os melhores de entre cinco categorias a votação, além do Prémio Fórum Turismo. O sistema Menu4All consiste no desenvolvimento de uma aplicação móvel, para auxílio aos invisuais na escolha de ementa num restaurante, bem como o desenvolvimento de um portal
WEB para gestão de ementas. Na cerimónia de entrega dos prémios, realizada no passado dia 2 de julho em Lisboa, estiveram Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, e Lucy Garner, representante da OMT. António Marto, presidente do Fórum Turismo, fez questão de felicitar todos os vencedores e nomeados, sublinhando que se tratava de uma “noite para premiar e valorizar aqueles que formam os futuros profissionais do setor do turismo”. De recordar que foram mais de 100 as candidaturas recebidas pelos prémios da formação turística, e destas 95 revelaram-se aptas para avaliação por parte dos membros do júri. K
6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) apresentou, no dia 27 de junho, a nova Pós-graduação Executiva em Gestão de Projetos e Sustentabilidade. A cerimónia permitiu também a a aassinatura de dois protocolos de cooperação: um entre o IPG e APOGEP (Associação Portuguesa de Gestão de Projeto) e outro entre o IPG e a Bright Academy (empresa de formação em Gestão de Projetos). O presidente do Politécnico da Guarda, Joaquim Brigas, aludindo a esta nova pós-graduação, comentou que é “uma área em que há falta de recursos com esta qualificação”, a qual não é apenas vocacionada para diplomados em gestão, economia ou direito mas “para todos os profissionais que, em diferentes ramos de atividade, considerem necessário fazer esta formação”. O valor a pagar por esta formação (a lecionar durante um semestre) ronda os 2800 euros, sendo ministrada sextas-feiras (no período da tarde) e sábados (todo o dia). Um valor que Joaquim Brigas
considerou competitivo “comparado com o praticado noutras instituições” e também pelo facto de ter uma certificação internacional. De acordo com o Presidente do IPG, não é necessário que os interessados tenham uma licenciatura para se candidatarem. A particularidade desta formação, acentuou Joaquim Brigas,” é o facto de ter uma certificação internacional e ser ela própria internacional. No Politécnico da
Guarda temos a preocupação de, para além de proporcionarmos esta formação graduada, viabilizarmos a todos os alunos que frequentam o Politécnico, nas licenciaturas e mestrados, a possibilidade de fazerem como disciplina isolada a unidade curricular de gestão de projetos”. As aulas da Pós-graduação Executiva em Gestão de Projetos e Sustentabilidade vão ter início no próximo mês de outubro. K
Politécnico da Guarda em projeto
Envelhecer é uma arte Envelhecimento Ativo
Guarda fez encontro 6 As I Jornadas sobre Envelhecimento Ativo, organizadas pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG), decorreram na Guarda decorreram nos dias 27 e 28 de junho. Estas jornadas tiveram por
objetivo criar um espaço de partilha de conhecimento, de natureza multidisciplinar nas áreas da estimulação física e cognitiva, bem como nas temáticas relacionadas com a tecnologia e participação social. K
6 A segunda reunião internacional com todos os parceiros do projeto AGEment (Adult senior awareness on active ageing: connecting cultural heritage with elders empowering) decorreu, no Instituto Politécnico da Guarda (IPG), no dia 12 de julho, O encontro teve em vista o trabalho em grupo dos vários pontos associados aos outputs deste projeto de investigação na área do envelhecimento ativo. Recorde-se que este projeto (com duração de dois anos e com financiamento no âmbito do programa ERAMUS+ K2.) resulta da cooperação desenvolvida nos últimos anos entre o IPG, o
Centro Educativo Sportivo Nazionale (Itália), o Centro de Cirurgia Minimente Invasiva Jesus Usón (Espanha) e a Fundação GERON (Roménia). Dado que este o AGEment está centrado na promoção multidimensional do envelhecimento ativo através da herança cultural e sua preservação, as instituições promotoras procederão ao levantamento de elementos culturais relevantes, em especial daqueles que possam contribuir para um processo de estimulação física, cognitiva e social, potenciando assim o envelhecimento ativo e saudável. A informação obtida será clas-
sificada e colocada ao dispor de profissionais e cuidadores que trabalham nas áreas do envelhecimento e educação para adultos. Por outro lado, e como foi referido, “pretende-se também desenvolver um trabalho que promova a inclusão, não só de estudantes das licenciaturas da ESECD, mas também de voluntários com mais de 65 anos, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e participativa”. Para responder a este desafio foi constituída uma equipa de trabalho multidisciplinar, integrando docentes das áreas da atividade física, animação sociocultural, informática e comunicação. K
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POLITECNICO
ENSINO MAGAZINE
Ministério já aprovou
Nova escola do IPCA criada em Braga
Com o apoio do Ensino Magazine
Regional Hélix no Porto 6 A edição deste ano da Conferência Internacional Regional Helix, que contou com o apoio do Ensino Magazine, realizou-se entre os dias 26 e 28 de junho, no Porto. A iniciativa teve a organização conjunta da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico do Porto (ESTG – IPP) através do seu centro de investigação (CIICESI), do Instituto Politécnico de Castelo Branco e do NECE (centro de investigação do Departamento de Economia e Gestão da Universidade da Beira Interior). Entre as muitas atividades realizadas, destaque para a mesa redonda sobre clusters e desenvolvimento regional onde se refletiu e discutiu sobre os principais
desafios que surgem na inter-relação entre a indústria e a academia. Neste debate estiveram presentes vários intervenientes, nomeadamente Luís Farinha, do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Pedro Rocha da Produtech, Ana Barros do Inesc.Tec – iMan Norte Hub, Frederico Ferreira da Forum Oceano e Deolinda Silva da PortugalFoods. A concentração - geográfica, sectorial, a especialização e a interdependência – enquanto dimensão central dos clusters teve um papel central na discussão, sublinhando a importância do equilíbrio entre cooperação e competição, bem assim como a necessidade de se trabalharem e interdependências
capazes de gerar sinergias (academia /indústria) e de contribuir para o crescimento económico das empresas e para o desenvolvimento dos territórios. No paradigma do desenvolvimento regional, o território surge como um importante elemento que deve apoiar, incentivar e também impulsionar uma evolução inclusiva e integrada que valorize os recursos bem assim como a participação ativa da comunidade. Após três dias de várias sessões paralelas e plenárias, esta mesa redonda encerrou o evento, sublinhando a importância de aproximar narrativas e atores em torno da inter-relação entre a indústria e a academia. K
6 O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, já aprovou a criação da Escola Técnica Superior Profissional (ETESP) que terá a sua sede no polo do Instituto Politécnico do Cávado e Ave, em Braga. A escola é uma unidade orgânica de ensino e investigação, responsável pela gestão, organização e funcionamento dos cursos técnicos superiores profissionais e junta-se às atuais escolas: a Escola Superior de Gestão (1996), a Escola Superior de Tecnologia (2004), a Escola Superior de Design (2015) e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo (2017). Os estatutos provisórios da ETESP foram aprovados pelo Con-
selho Geral do IPCA na reunião do dia 25 de junho, estando assim reunidas as condições para que a Escola entre em funcionamento e inicie o processo de elaboração dos estatutos definitivos. O IPCA, pioneiro na oferta de cursos técnicos superiores profissionais que tiveram o seu início no ano letivo de 2014/2015 com 180 estudantes distribuídos pelos cursos de apoio à gestão, de eletrónica, automação e comando e de aplicações móveis, tem atualmente mais de mil estudantes a frequentar 20 cursos técnicos superiores profissionais a funcionar em Barcelos (campus do IPCA), no Polo de Braga, no Polo de Guimarães (Ave Park) e Polo de Vila Nova de Famalicão. K
Politécnico do Cávado e Ave
FCT reconhece investigação Salvaguardar a dieta mediterrânica
Viseu no consórcio 6 O presidente do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), João Monney Paiva, assinou, a 10 maio, na Universidade do Algarve, o Protocolo da Rede das Instituições de Ensino Superior para a Salvaguarda da Dieta Mediterrânica (RIESDM). Na criação desta rede o Politécnico de Viseu tem como interlocutor a pró-presidente do IPV, Dulcineia Maria de Sousa Ferreira Wessel. A criação da Rede das IES para a
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Salvaguarda da Dieta Mediterrânica (DM) tem como objetivo promover a coordenação e articulação entre as Instituições de Ensino Superior para a partilha de boas práticas no âmbito da salvaguarda da Dieta Mediterrânica e para criação de uma estratégia para a investigação, inovação e intervenção a nível regional, nacional e internacional, contribuindo para a afirmação de Portugal como uma referência neste âmbito. A estratégia está articulada
com o trabalho do Centro de Competências para a Dieta Mediterrânica (CCDM), que tem por missão agregar os diferentes agentes e intervenientes com responsabilidades na investigação, preservação, valorização e divulgação e promoção da Dieta Mediterrânica em Portugal, contribuindo para a sua maior implantação e enriquecimento, bem como para a sua preservação enquanto herança cultural identitária portuguesa. K
6 O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave acaba de ver reconhecida a sua estratégia de investigação e desenvolvimento, na sequência da publicação dos resultados do processo de avaliação das unidades de I&D levado a cabo desde 2018, sob coordenação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O 2Ai - Laboratório de Inteligência Artificial, uma nova unidade de I&D da Escola Superior de Tecnologia do IPCA, recebeu a classificação de Muito Bom, que destaca a utilidade e a relevância do projeto científico de uma unidade que agrega 14 investigadores integrados e vários membros colaboradores, entre eles estudantes de doutoramento. O
resultado permite ao grupo de trabalho aumentar as atividades na área da inteligência artificial e oferecer um programa doutoral nesta área, algo inovador no ensino superior politécnico. A instituição destaca ainda a classificação de Muito Bom obtida pelo ID+ - Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura, uma unidade I&D da Universidade de Aveiro, em que a Escola Superior de Design do IPCA é unidade de gestão juntamente com a Universidade do Porto. A unidade agrega 12 investigadores integrados da ESD do IPCA num total de 68 investigadores, constituindo uma equipa multidisciplinar ao serviço do design, da cultura e da criatividade. K
IPCB
Civil com mestrado acreditado 6 O mestrado em Engenharia Civil - área de especialização em Construção Sustentável do Instituto Politécnico de Castelo Branco foi acreditado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) pelo período máximo (6 anos). Esta acreditação permitiu o reconhecimento do mestrado pela Ordem dos Engenheiros. Em nota de imprensa, o Politécnico de Castelo Branco, revela que o curso é ministrado na Escola Superior de Tecnologia e pretende acrescer competências à formação em Engenharia Civil,
preparando os profissionais para os desafios atuais do setor da construção nos domínios da Sustentabilidade na Construção, Eficiência Energética e Reabilitação do Património Edificado. Recorde-se que o IPCB disponibiliza, este ano letivo, 19 Mestrados e 5 Pós-graduações, sendo 4 em regime de Ensino a Distância, nas suas Escolas Superiores Agrária, Artes, Educação, Gestão, Saúde Dr. Lopes Dias e Tecnologia. As candidaturas decorrem exclusivamente on-line em www.ipcb.pt até dia 4 de setembro. K
IPCB
‘Poli’ tem vencedores 6 O projeto iNavAR conquistou o 1º prémio regional do Poliempreende fase regional do Instituto Politécnico de Castelo Branco, arrecadando dois mil euros. Este projeto, que vai representar o IPCB na final nacional, consiste em implementar um sistema de navegação autónomo que permita a um utilizador receber instruções e indicações (quer visuais, quer auditivas) relativas ao caminho que deve percorrer dentro de um edifício. A equipa é constituída pelo aluno Sebastião Rocha e pelo docente Paulo Gonçalves, ambos da Escola Superior de Tecnologia do IPCB. Este prémio é atribuído pelo Banco Santander Totta. Aquele foi um dos 14 projetos apresentados no IPCB para esta primeira fase. No total estiveram em competição 40 alunos e docentes das escolas do politécnico. O júri, constituído por Nuno Caseiro, representante do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Duarte Rodrigues, Ges-
tor de Convénios Universitários do Banco Santander Totta, Hélder Henriques, secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) e por Pedro Agapito, da Pedro Agapito Seguros, analisou os 14 projetos submetidos a concurso e, numa tarde bastante extensa e produtiva, selecionou os 3 projetos vencedores. No segundo lugar ficou o projeto MOVICAP, apresentado por Alexandra Carriço, Daniela Silveira e Maria Perdigão, alunas da Escola Superior Lopes Dias do IPCB. Este projeto consiste num apoio para a realização de um exame radiológico da rótula e conta com um prémio de 1500 euros atribuído pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, para se implementar. O terceiro lugar foi entregue ao Projeto Med-FR. A equipa, constituída pelas alunas da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias Ana Mendes, Cátia Teixeira, Isabel Ferreira e Mirian Lopes, apresen-
taram este projeto que consiste no desenvolvimento de um sensor para medição do INR (O INR é um índice padronizado e adotado em todo o mundo por recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para unificar as análises do tempo de protrombina, teste que aponta a tendência de coagulação do sangue de um paciente). Este prémio, atribuído pela Pedro Agapito Seguros tem um valor de mil euros. Os prémios são disponibilizados em duas frações: a primeira, correspondendo a 50% do seu montante global, será entregue no ano da realização do concurso; os restantes 50% serão entregues com a apresentação da cópia da declaração de início de atividade, ou uma cópia de um documento comprovativo da transferência de produto/tecnologia ou do desenvolvimento do produto ou serviço, até ao fim do segundo ano após o ano da realização do concurso, comprovando a implementação empresarial do projeto. K
Politécnico de Setúbal
Decide mais inovador
IPCB
STAIN.Bin em conferência mundial 6 A equipa do STAI.Bin do IPCB constituída pelos docentes e investigadores, Regina Vieira (ESECB-IPCB), Deolinda Alberto (ESACB-IPCB) e Marco Domingues (ESECB-IPCB) esteve presente na Conferência Mundial “World Community Development Conference” em Dundee, na Escócia. A participação destes docentes, efetuada no âmbito do projeto de Investigação Científica
e Desenvolvimento Tecnológico intitulado STAI.BIN – “Sistema Tecnológico de apoio à promoção e avaliação do impacto social, económico e ambiental do circuito curto SmartFarmer.pt na Beira Interior”, constou na apresentação de um poster intitulado “Environmental, social and economic impact of the short supply food circuits in Beira Interior, Portugal”. K
6 O projeto DECIdE, coordenado pelo Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), foi um dos exemplos de práticas inovadoras na Adminstração Pública apresentados no dia 9 de julho, no Teatro Thalia, em Lisboa. A apresentação, que decorreu no âmbito do Mês da Inovação, promovido pelo INA - Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas, ficou a cargo de Raquel Barreira, docente da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (ESTBarreiro/ IPS), que descreveu a evolução do trabalho e os pontos fortes deste projeto, cujo fim último é uma gestão mais eficiente e
sustentável dos serviços públicos de abastecimento de água. Já próximo da sua conclusão, o DECIdE está a desenvolver uma plataforma agregadora dos diversos sistemas de informação de que as entidades gestoras já dispõem, que, além da vantagem da centralização de dados, permite também o cálculo de alguns indicadores importantes, tais como o balanço energético e o balanço hídrico, o que torna possível às entidades uma avaliação das suas perdas de água e eficiência energética. O projeto, desenvolvido em parceria com o Instituto Politécnico de Beja e o Instituto Superior Técnico, está atualmente em fase
de testes do protótipo por parte de cinco entidades gestoras também parceiras, nomeadamente as câmaras municipais do Barreiro, Montemor-o-Novo, Palmela e Reguengos de Monsaraz e a empresa municipal Infraquinta. Realizado em parceria com a Câmara Municipal do Barreiro, Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja e empresa municipal Infraquinta, o projeto WISDom é uma das iniciativas de investigação apoiadas pelo Governo, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), na área da investigação em inteligência artificial e ciência de dados na Administração Pública. K
JULHO 2019 /// 021
Moçambique
Escola Portuguesa faz acordo
Moçambique
Honoris Causa para Mondlane 6 A Universidade Eduardo Mondlane atribuiu, no dia 20 de junho, o título de Professor Honoris Causa em Ciências Sociais a Eduardo Chivambo Mondlane, pela sua valiosa contribuição científica para a conquista da independência nacional, em junho de 1975, porquanto soube utilizar a ciência para melhor interpretar e analisar o inimigo e, por essa via, encontrar as melhores formas de o combater. A cerimónia de outorga foi dirigida por Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República, e testemunhada pelos demais membros do governo ao mais alto nível, reitores de universidades públicas e privadas, es-
tudantes, corpo diplomático acreditado no país e representantes da família Mondlane. Na ocasião, Filipe Nyusi, disse que Mondlane destacou-se pelo seu saber, esforço individual, valentia e por possuir valores inquestionáveis, razão pela qual, até aos dias de hoje, o tempo não conseguiu apagar os seus feitos e sua contribuição para o país e para a humanidade. Sublinhou que a sua personalidade e valores por si defendidos foram moldados por sua educação tradicional africana, sua formação religiosa e académica e seu trabalho nas universidades e nas Nações Unidas. O Chefe do Estado moçambica-
no frisou que os desafios que Eduardo Mondlane enfrentou na vida, em particular, as restrições impostas pelos regimes coloniais e racistas e, em todos os países onde viveu, contribuíram para que ele se tornasse num ativista pela justiça social e combatente pela liberdade para o seu povo. Por seu turno, o reitor da UEM, Orlando Quilambo, afirmou que a universidade, ao realizar a cerimónia de outorga, assume a necessidade de reconhecimento do trabalho científico realizado por Eduardo Chivambo Mondlane revisitando, deste modo, o legado de um homem cujos ideais e feitos continuarão a inspirar Moçambique. K
Novos graduados
Lúrio entrega cartas 6 A Universidade Lúrio (UniLúrio) entregou, no passado dia 28 de junho, no Campus Universitário de Marrere, as cartas de graduação a novos profissionais emergentes das Faculdades de Ciências de Saúde (FCS), de Arquitectura e Planeamento Físico (FAPF) e da UniLúrio Business School (UBS). Francisco Noa, reitor da universidade, destacou o facto da universidade estar a crescer significativamente dentro e fora do país, ganhos que estão cimentados num ensino de excelência, suportado por uma equipe de trabalho que tem incansavelmente “lavrado” no sentido de tornar a universidade numa referência, nas suas áreas de ensino. “Do universo de 231 graduados que entregamos hoje à socie-
022 /// JULHO 2019
6 A Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro (RMPPO) e Escola Primária Completa da Ponta do Ouro assinaram, na passada semana, um protocolo de implementação de um programa educativo de partilha de saberes e experiências. Este acordo contempla, entre outras atividades, visitas de estudo, observação de ecossistemas naturais e eventos culturais, desportivos, científicos e de voluntariado.
Encontro com alunos
Ricardo Araújo Pereira na escola de Macau 6 O humorista português Ricardo Araújo Pereira participou, no final de junho, numa conferência na Escola Portuguesa de Macau. A iniciativa encheu por completo o auditório, composto Publicidade
dade e ao mercado de trabalho, gostaria de destacar os primeiros mestres em Gestão Autárquica (18) e em Gestão Bancária (4).
Este é, entre muitos, o exemplo da nossa ousadia e espirito de inovação”, explicou Francisco Noa. K
A parceria estabelece visitas de estudo ou trabalhos de investigação pelos estudantes da EPMCELP na RMPPO “para estudo e observação dos ecossistemas existentes, sensibilizando os alunos para o reconhecimento que a natureza constitui um património comum de todos cidadãos a ser preservado”, tal como textualmente protocolado. Em contrapartida a Escola cede recursos humanos para capacitação de professores e alunos moçambicanos. K EPM-CELP _
na sua maioria por crianças e jovens que tiveram a oportunidade de falar com o humorista. O momento foi também aproveitado para Ricardo Araújo Pereira assinar o livro de honra da escola. K
Editorial
A educação: uma responsabilidade colectiva 7 A educação não é uma dádiva dos deuses. A educação é uma obra assombrosa, fruto da frágil elaboração humana. Quando bem utilizada, reconhecemos-lhe a força e o vigor próprio das forças cósmicas. Quando instrumentalizada, em nome de valores inconfessáveis, revela-se débil e ténue, como se não soubesse ser outra coisa que não fosse a de ajudar a humanidade a ser cada vez melhor. A educação, ou seja, a formação do ser nos saberes e nos valores, é anterior à escola e aos obstáculos que lhe colocaram os currículos formais. A educação era uma responsabilidade colectiva, era a medida do progresso de um povo e, como tal, sancionada e avaliada por cada geração. Ninguém podia ficar dispensado do acto de educar. E ninguém podia evadir-se do processo e dos rituais inerentes aos procedimentos de socialização educativa. Ser educado era ser parte do todo. Era ser membro de corpo inteiro e de pleno direito da comunidade. De uma comunidade, toda ela educativa, que decidia também os momentos de avaliação dos progressos colectivamente obtidos. Ser educado era ser reconhecido, aceite e validado para passar de sujeito a actor.
Nesse tempo, não havia educação sem ensino, e todo o acto de ensino só faria sentido se integrado num procedimento educativo, fosse ele formal ou informal. Porém, o crescimento e o desenvolvimento das sociedades encarregaram-se de criar múltiplos paradoxos. Por um lado, a evolução tecnológica e científica veio simplificar e facilitar a vida do Homem. Por outro lado, o alastrar das comunidades multidimensionais encarregou-se de complexizar o acto de educar. A separação e a segregação de papéis e de funções levaram a que, a partir de então, a tarefa de todos fosse apenas a missão a prosseguir por alguns. Em poucas décadas nada ficou como dantes. Quanto ao resto, as doutrinas e os doutrinários encarregaram-se de sancionar o novo entendimento quanto ao funcionamento dos estados e das nações. Desde então, a educação foi repartida por múltiplos agentes. Desde logo, o próprio Estado legislador e sancionador. Mas também as famílias, as novéis instituições escolares, as comunidades religiosas, as associações de profissionais, os emergentes agentes de comunicação massiva, os grupos de pares, e, enfim, o próprio indivíduo.
Esta mudança de paradigma provocou uma das maiores rupturas no acto de socialização e de integração dos indivíduos nas sociedades que os viram nascer. Esta mudança de paradigma provocou, dizíamos, a inacreditável separação do que, até então, era considerado uno e indivisível, ou seja, a segmentação dos actos de educar e de ensinar. A partir desse inqualificável acordo social, quem educa pode nem saber ensinar e quem ensina pode não ter condições e meios para educar, fazendo recurso à transmissão de valores, procedimento indispensável à concretização do acto educativo. A separação das responsabilidades educativas entre a escola, as famílias, o Estado e os agentes sociais significativos veio complicar ou dissolver o sentido dos deveres de cada um, e abrir as portas às mútuas acusações. A educação vale muito. Vale pelo menos a sobrevivência da humanidade. Vale a felicidade, o bem-estar e a melhor das qualidades da vida. Vale a cultura: o pouco que acrescentamos ao que já temos; mais a arte, a literatura, a pintura e a música. Vale a cura e a salvação, a alternância, a tolerância e a diversidade. E a humani-
dade só avança, só cria e se recria com base naquilo que recebeu, modelou e transformou. Os governos perverteram a avaliação das escolas e dos professores no momento em que privilegiaram indicadores de medida e de progressão inerentes aos modelos de ensino e aos actos de aprendizagem. O que tem estado em causa para se alcançar uma valoração das escolas e dos professores, tem sido o recurso à divulgação de rankings cuja elaboração se baseia apenas nos resultados escolares dos alunos. Para estes responsáveis pouco importam os resultados educativos. Isto é: saber muito do currículo formal é bom. Francamente bom, dizem! Mesmo que disso resultem algumas práticas marginais e desviantes desses indivíduos durante a frequência do currículo informal ou oculto. Práticas essas que escapam aos indicadores dos especialistas da avaliação e da classificação através dos resultados puramente escolares. Por sua vez, saber pouco do currículo formal é dramático! Mesmo que isso signifique enormes passos alcançados no sucesso educativo das aprendizagens sociais desses alunos…
São as políticas de educação que temos, mas que não sancionamos. Não as perfilhamos, precisamente porque queremos que a escola e os seus professores sejam sujeitos a um olhar diferente. Que sejam os melhores elos sociais e que possam ver reconhecida a sua capacidade profissional para a co-partilha e para a co-responsabilização do ensino e da educação das crianças e dos jovens que a sociedade lhes entregou, para que os devolvam mais maduros, mais sabedores e mais justos. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
Primeira Coluna
Internacionalizar para repovoar? 7 A internacionalização das instituições de ensino superior portuguesas continua a ser um objetivo presente nas universidades e politécnicos. Os concursos para a entrada de estudantes internacionais nas nossas instituições têm permitido aferir que a oportunidade que é dada a alunos de outros países poderem estudar em Portugal e aqui concluírem a sua formação superior está a ser aproveitada. Sobretudo por estudantes do mundo lusófono, com o Brasil e e os países africanos em destaque. É bem verdade que a internacionalização das universidades e politécnicos não se resume à entrada ou não de alunos estrangeiros nas suas
fileiras, nem à mobilidade de estudantes, docentes e não docentes entre instituições de diferentes países, mas também a processos de investigação e partilha de conhecimento. Tudo em conjunto torna esse processo mais completo e eficaz nos seus diferentes níveis: na captação de novos alunos e massa crítica, na partilha de experiências, no desenvolvimento de projetos de investigação, na diplomacia educativa, onde Portugal tem a sua importância sobretudo junto dos países de língua oficial portuguesa, garantindo a formação dos seus jovens em instituições portuguesas ou contribuindo para a formação e especialização dos docentes de diferentes países.
As universidades e os politécnicos portugueses têm feito o seu caminho nesta matéria, tornando-se mais cosmopolitas, sem preconceitos nem credos, gerando oportunidades para quem vem e para si próprios. O processo obriga, naturalmente, a adaptações recíprocas, de quem vem estudar ou investigar e de quem acolhe, retirando da zona de conforto a própria academia que deste modo também se reinventa para dar as respostas adequadas. Esta dinâmica de captar alunos estrangeiros pode também ser alargada ao chamado mercado da saudade, ou por outras palavras, junto dos descendentes de portugueses que vivem
em países da União Europeia e das américas. E aqui entra, no entender do ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor, outra variável: a empregabilidade e sua qualidade/remuneração. O tecido empresarial é chamado a jogo, num país em que a carga fiscal é demasiado elevada, em que os incentivos são complexos, onde as desigualdades são gritantes entre o litoral e o interior. Acredito que quando o plano teórico se concretizar na prática, alguns dos “novos povoadores” do nosso território serão mais qualificados, terão capacidade de gerar riqueza e emprego, garantindo uma dinâmica social, académica e em-
presarial positiva, criando um ambiente inovador e interventivo. Agora há que criar condições junto das instituições de ensino superior e das empresas para que esse objetivo seja concretizado. João Carrega _ carrega@rvj.pt
JULHO 2019 /// 023
CRÓnica
El cáncer de la universidad 7 “Lo importante de la escuela son sus maestros”, nos decía Manuel Bartolomé Cossío a comienzos del siglo XX, cuando pronunciaba el discurso de inauguración de un formidable y novedoso edificio escolar en Bilbao, envidia para otras ciudades españolas de la época. Por tanto, nos indica aquel brillante pedagogo de la Institución Libre de Enseñanza, conviene no ser conformistas con los edificios que acogen las escuelas para aceptar que éstas son buenas o deficientes, pues más allá de los mejores materiales pedagógicos, instalaciones, bibliotecas, en una escuela lo más importante son sus maestros. Si éstos están bien formados y apoyados por las autoridades responsables son capaces de encontrar las soluciones y respuestas pedagógicas adecuadas a los problemas que se susciten en el cotidiano escolar, dispongan o no de medios materiales. Si confluyen ambas circunstancias, mucho mejor, claro está. Podemos aplicar una reflexión paralela a la universidad de nuestro tiempo tomando la referencia histórica mencionada. Nos encontramos ante una institución docente e investigadora, la universidad, que se sustenta en los buenos profesores, docentes e investigadores, aunque precise de las mejores instalaciones y recursos posibles para alcanzar la excelencia. En nuestros centros universitarios el profesor es el eje de la actividad formativa con los estudiantes y agente casi exclusivo en la producción de conocimiento. Por eso es tan decisiva una buena selección de los profesores, y por lo mismo es tan preocupante lo que viene sucediendo en muchos departamentos y áreas de conocimiento en esta universidad de la segunda década del siglo XXI. Se advierte una peligrosa enfermedad que corroe desde dentro la vida y fertilidad de la universidad, un cáncer que crece sin esperanza de salvación en el interior del organismo universitario. Este peligroso cáncer se refiere y afecta al proceso de selección de los profesores en el inicio de la carrera docente. Conviene extirpar de raíz
el cáncer, esta grave enfermedad universitaria, que nos mina desde el interior de la institución, antes de que sea demasiado tarde, por irremediable. El proceso de selección de profesores ordinarios (catedráticos y titulares), o permanentes (contratados doctores), parece tener definidas unas reglas de juego, que suelen respetarse por los participantes en los concursos, sean éstos los aspirantes o los miembros de las comisiones evaluadoras. Cuestión diferente es si ese proceso de selección de docentes viene previamente viciado, y además ha conducido a la universidad a un inmovilismo casi total (no existe flujo de nuevas llegadas e intercambios de profesores externos) y a la consolidación del nepotismo más degenerado y generalizado. Un profesor joven que mete la cabeza en la universidad, de la forma que vamos a explicar, con frecuencia hace toda su carrera en ella en la mayoría de los casos, con la excepción de cortas y débiles estancias en otras universidades con colegas que firman casi en blanco lo que se quiera que firmen para beneficio del profesor que realiza la estancia. Existen siempre mil maneras de bordear (y anular) el espíritu y la letra de una propuesta en sí misma válida, que sobre el papel de la ley y la norma parece aceptable. En teoría son los jóvenes y brillantes becarios los que acceden a la condición de ayudantes en un grupo de investigación o en un departamento, si existieran plazas disponibles y dotadas, algo que con frecuencia no ocurre. Pero en la práctica se ha generalizado un sistema pervertido de entrada a la docencia universitaria, por la vía del llamado profesor asociado, que es contratado por un sueldo miserable para cubrir una docencia vacante (por jubilación, enfermedad, embarazo, o estancia prolongada en el extranjero de un profesor ordinario). El sistema de nominación de urgencia, y de selección de estos profesores/tapón en un departamento o área de conocimiento roza con frecuencia la arbitrarie-
dad, para que sea elegido el candidato que goce del beneplácito del director/a del departamento, apoyado en un soporte “democrático” de mayorías bien alimentadas en el seno de los votantes del departamento. Terrible es tener que decirlo, pero con frecuencia esas mayorías se sustentan y explican desde el silencio corrupto de grupos de alumnos bien aleccionados y domesticados, año tras año, a quienes no se sabe qué promesas les hacen algunos profesores que manejan y reproducen a la perfección este sistema corrupto de nombrar y elegir sutilmente, o por las bravas, las comisiones internas del departamento, de las que siempre se excluyen a los profesores que el grupo dominador considera disidentes. Cuando este proceso se lleva a cabo una vez, pero también otras quince veces en los últimos diez años, es obvio que el departamento está completamente inclinado en una dirección administrativa y científica, que no suele ser la más productiva y fecunda, sino la que tiene los votos suficientes para llevar a la horca a los críticos y a todas las posiciones disidentes de las “oficiales” y dominadoras por el uso pervertido de la democracia. Así llevan años y años muchos departamentos universitarios, funcionando y reinando en la mediocridad científica más absoluta. Prevalece así un sistema de gestión del acceso de los profesores a la universidad muy pervertido, y poco provechoso y fecundo para la mejoría, para la calidad de la actividad docente e investigadora. Las autoridades y rectorados conocen bien este sistema, como lo conocemos todos los usuarios, perjudicados o beneficiarios del mismo, pero nada hacen por modificarlo de manera coherente. ¿Caben soluciones a este drama, a este cáncer real de la universidad española? Sí, pero son drásticas, y nada fáciles de poner en funcionamiento, porque aquí se encuentra una de las claves del funcionamiento “democrático”, pero corrompido, del sistema de acceso a la función docente e investigadora en
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt
la universidad. La movilidad real de los profesores universitarios, la lucha contra el nepotismo en el sistema de contratación de los docentes, la persecución de la endogamia universitaria, la corrección y/o eliminación de sistemas “democráticos” de representación y gobierno que se han pervertido, son mecanismos que funcionan en otros países de nuestro entorno. Debiéramos mirar y tomar en consideración algunas de estas prácticas que en realidad van consiguiendo mejoras reales en la producción científica y en la calidad de la docencia universitaria. Si nos mantenemos expectantes y pasivos, y conformistas con lo que tenemos a la vista en nuestros establecimientos universitarios, asistiremos antes o después a la muerte real de la universidad, por inanición y corruptela, porque tiene un cáncer que la corroe y aniquila, lenta pero profundamente. Carlos III en los finales del siglo XVIII llevó a cabo una gran reforma en una universidad como la española de entonces, que estaba corrompida. Ahora es posible y necesaria otra reforma en el sistema de gobierno y gestión de la universidad, y sobre todo en la manera de seleccionar a los mejores profesores, y no a los amiguetes, sumisos y obedientes cumplidores de órdenes visibles o invisibles procedentes de “manos negras” e intereses inconfesables que solo hacen que perjudicar a la universidad pública. José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Agostinho Dias, Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Reis, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Artur Jorge, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Ribeiro, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Mota Saraiva, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Hugo Rafael, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Carlos Moura, José Carlos Reis, José Furtado, José Felgueiras, José Júlio Cruz, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Lídia Barata, Luís Biscaia, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Estatuto editorial em www.ensino.eu
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Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
024 /// JULHO 2019
Idanha-a-Nova
Feira Raiana aposta em parceria com a FAO 7 Idanha-a-Nova vai receber de 17 a 21 de julho a XXIII Feira Raiana, a principal feira de cooperação transfronteiriça da Península Ibérica, organizada em parceria pelos municípios de Idanha-a-Nova e de Moraleja (Espanha). A principal novidade deste ano vai para a realização paralela do Fórum Internacional Territórios Relevantes para Sistemas Alimentares Sustentáveis (FISAS). Tratase de uma iniciativa inédita que vai decorrer na aldeia histórica de Monsanto e tem a parceria da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), representadas ao mais alto nível com as presenças de José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, e dos ministros e representantes dos governos de Portugal e restantes países da CPLP. “Atualmente, temas como a sustentabilidade, a valorização dos produtos endógenos, biológicos, biodinâmicos e naturais estão na ordem do dia, e a Feira Raiana é um excelente palco para a promoção dos territórios, produtos e
serviços inovadores no sentido de uma economia sustentável”, afirmou o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, na apresentação do certame. Durante cinco dias, a Feira Raiana associa a habitual temática “Produtos da Terra” ao facto de Idanha ser a primeira Bio-Região de Portugal. Pretende-se continuar a promover os produtos de qualidade produzidos a partir de Idanhaa-Nova, do Geopark Naturtejo, de Portugal, da Extremadura espanhola, dos países ibero-americanos e
dos países onde existem outras Bio-Regiões. Assim, a Feira Raiana volta a ser uma grande mostra dos setores agrícola, animal, agroalimentar, florestal, turístico e cultural, proporcionando ainda magníficos espetáculos musicais, corridas de touros, largadas, gastronomia e muita outra animação, com a participação conjunta de muitos espanhóis e portugueses.
Monsanto serão palco do FISAS, onde se encontrarão mais de meia centena de especialistas, agricultores familiares e decisores políticos provenientes de quinze países e de quatro continentes, com o objetivo de debater e aprovar um compromisso internacional para a promoção de sistemas alimentares sustentáveis. O FISAS será um espaço plural, abrigando o Seminário Internacional Sistemas Importantes do Património Agrícola Mundial, o Congresso Internacional das Bio-Regiões, o Fórum Mundial de Inovação Rural e a Oficina Políticas Públicas Locais para a Sustentabilidade Alimentar, além de intercâmbios de conheci-
FISAS vai marcar a agenda Idanha-a-Nova e em particular
mento, visitas de campo e exposição de boas práticas. Cartaz musical de luxo Idanha-a-Nova, Cidade da Música da UNESCO, não podia descurar a música na Feira Raiana 2019. Entre 17 e 21 de julho, haverá diversos palcos e sonoridades variadas, que vão desde o pop, ao fado, ao rock e à música tradicional. Os cabeças de cartaz são Xutos & Pontapés (17 de julho), Miguel Araújo (18 de julho), UHF (19 de julho), Aurea (20 de julho) e o espetáculo Idanha.Rock pela Open Orquestra com vários sucessos do rock nacional (21 de julho). K
facebook.com/XutosePontapes H
Politécnico de Macau
João Ruivo integra equipa internacional 7 O investigador albicastrense e docente universitário, João Ruivo, acaba de regressar de Macau, onde se deslocou pelo segundo ano consecutivo para a recolha de dados e realização de reuniões institucionais, visando a elaboração do relatório de avaliação externa do Instituto Politécnico de Macau, designadamente dos cursos de Administração Pública, da Escola Superior de Administração Pública. Este é um relatório que culmina o segundo de três anos de um trabalho de avaliação que visa descrever o estado atual daquela instituição e apresentar um conjunto de objetivos de melhoria a curto e médio prazo. Segundo João Ruivo, esta estadia permitiu ao avaliador externo reunir com os principais dirigentes dos órgãos estatutários daquela Escola Superior, com todos os docentes, discentes e com vários protagonistas
institucionais, com vista à recolha de informações personalizadas e de propostas concretas dos membros mais interventivos da comunidade que irão complementar os dados recolhidos online durante o ano letivo.
Recorde-se que João Ruivo havia sido escolhido no passado ano letivo para integrar uma equipa internacional de 20 elementos, dos quais apenas quatro são portugueses, e cuja função será a de avaliar
a qualidade dos cursos ministrados no Instituto Politécnico de Macau, bem como as saídas profissionais proporcionadas aos seus diplomados. O facto desta Comissão de Avaliação Internacional manter
um estatuto de independência total na sua atuação, visa credibilizar os conteúdos dos relatórios finais, promover a melhoria contínua das formações oferecidas no Instituo Politécnico de Macau e compará-las com os procedimentos e resultados obtidos noutras instituições congéneres, em Portugal e na Europa, no sentido de propor alterações organizacionais, curriculares e de investigação que visem sustentar continuamente um elevado nível de qualidade daquele Instituto. Este procedimento aproxima-se das exigências das avaliações internacionais promovidas pela European University Association (EUA) que já avaliou o Instituto Politécnico de Castelo Branco e que, na altura, também foi coordenada por João Ruivo, na qualidade de vice-presidente desse instituto. K
JULHO 2019 /// 025
Andreia Vale, pivô da CMTV
A jornalista que gosta de brincar com as palavras leitores tenham pela língua portuguesa e pelo léxico em geral.
6 Entra-nos em casa todos os dias, à hora do almoço, na CMTV. Andreia Vale trata a câmera por tu e revela o que a atrai na origem de muitas das palavras que usamos diariamente
Sempre quis ser jornalista? Sim. Sempre tive um encanto pela televisão e pela vontade de comunicar com as pessoas. O José Alberto Carvalho, que foi meu professor de atelier de jornalismo de televisão, disse um dia que «parecia que a câmera gostava de mim». É um bom elogio e de facto eu sempre me senti à vontade diante de uma câmera, em direto ou gravado.
«Da boca para fora» é o seu terceiro livro. Depois de um livro sobre expressões, outro sobre superstições, agora é a vez de explorar um sem número de palavras que utilizamos, quase sem pensar, no dia a dia. Trata-se de um livro de cultura geral? Não. O livro é sobre coisas de que eu gosto. Neste caso, são palavras. E o critério é, única e exclusivamente, meu. Eu tenho, quase diariamente, uma espécie de brincadeira com os meus amigos – que denominei «words i like» (as palavras de que eu gosto) – em que partilho palavras que são do meu agrado. E da mesma forma que fiz um livro sobre a origem das expressões, agora foi a vez de ir às origens das palavras que dizemos da boca para fora. E para além de serem palavras de que eu gosto, são palavras que utilizo e que me soam bem. E também escolhi palavras que se referem a coisas que eu odeio, por exemplo «borbotos». Pelo feed back que lhe chega, existem muitas pessoas que têm a mesma curiosidade sobre a raiz das palavras? Sem dúvida. São pessoas parecidas comigo e que se perguntam a elas próprias: «de onde raio vem esta palavra?», «o que é que isto significa»? No outro dia, do nada, surgiu-me a palavra «parcimónia», soou-me bem, e pus-me a investigar as origens. Por outro lado, há uma palavra que nenhuma mulher deve usar, a menos que seja mecânica, que é «brecagem». Eu adoro esta palavra. Da mesma forma que adoro o nome «Frederica», apesar de não ter nenhuma na família. Mas também acaba por recuperar expressões que não utilizou no primeiro livro… Sim, algumas não tive oportunidade de colocar nesse livro, outras nasceram do trabalho de pesquisa e outras foram-me aconselhadas por leitores que me abordaram nesse sentido. Como é que constrói o trabalho de pesquisa? Vou tomando notas regulares,
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Fundou a SIC-Notícias em 2000 e em 2013 foi fundar a CMTV. O que recorda do nascimento de um e do outro projeto? Eu entrei na SIC-Notícias mal acabei a faculdade e foi, de facto, muito especial. Éramos todos muito novinhos, mas tínhamos a retaguarda dos colegas da SIC que já acumulavam muitos anos de carreira. Na CMTV aconteceu mais ou menos o mesmo, com imensos colegas que estavam a ter a sua primeira experiência profissional. E porque já tinha sentido isso na pele, tive grande empatia com estes colegas, «colando-me», de alguma forma, a eles.
à medida que me surgem palavras ou expressões que me interessam, e faço partilhas diárias nas redes sociais com os meus amigos. O gosto pelas palavras explicase pelo facto de ser jornalista de profissão? Para começar eu «falo pelos cotovelos», como se costuma dizer. Sou muito sociável a esse nível. Mas não vou negar que a minha profissão influencia este gosto pelas palavras. Até porque seria estranho que uma jornalista gostasse de…equações. No meu caso seria impossível, até porque odeio matemática e sou péssima com números. Diante do ecrã tem de ter alguma parcimónia para não recorrer a algumas palavras ou expressões
que surgem no seu livro? Isso acontece porque, de alguma forma, os jornalistas, especialmente os da TV, são «castrados» para não usarem expressões populares, adágios ou expressões correntes, etc. E, como diz o povo, o fruto proibido é o mais apetecido, pelo que aproveitei esta oportunidade que tenho para brincar com as palavras e as expressões e usá-las como se de uma piscadela de olho se tratasse. O marcador que acompanha o livro convida o leitor a escrever a sua palavra favorita. Eu escolhi «saudade». Qual é a sua? Acho que vou deixar o meu marcador em branco, mas confesso que «saudade» é uma das minhas palavras favoritas. Até por motivos
pessoais, porque encontro-me, há três anos, numa relação à distância e são naturais as saudades. Mas pelo lado engraçado, eu diria que acho o máximo a palavra «fornicoque». «Memes», «selfies», «LOL», «WTF», «emoji», «spam», «drone» e «fixe». São algumas palavras que estão no livro e que normalmente são associadas a uma faixa etária mais jovem. Pensa que este pode ser um livro útil para os mais novos? Admito que sim, mas os meus livros são como os legos: dos 5 aos 99. Tive a informação de avós que leram os meus livros anteriores aos seus netos, mas penso que a ligação ao livro vai derivar do gosto e da curiosidade que os potenciais
CARA DA NOTÍCIA A paixão pelo jornalismo 6 Andreia Vale nasceu em Lisboa, em 1978. Licenciou-se na Escola Superior de Comunicação Social na primeira turma de Jornalismo, para entrar, de imediato, como estagiária, para o grupo de fundadores da SIC-Notícias, em 2000. Depois de onze anos em Carnaxide, mudou-se para a CMTV, onde apresenta o noticiário da hora de almoço. «Da Boca para Fora» é o terceiro livro que escreve depois de «Puxar a brasa à nossa sardinha» e «Cruz credo bate na madeira».
Apresenta o noticiário da hora do almoço na CMTV. Como reage quando tem de lidar com um «Alerta CM»? Naturalmente. Eu gosto do sem rede, adoro um bom improviso e fui feita para fazer improvisos. É um momento de muito stress, mas ao mesmo tempo de desafio profissional. É onde eu me sinto melhor, porque me permite ser criativa e «distribuir jogo», como se costuma dizer. Se eu pudesse, tinha «Alertas CM» todos os dias, só não gosto é daqueles que são muito maus. «Fake news» é outra expressão que vem no livro. Aplicada ao jornalismo da atualidade, como é que os profissionais e os consumidores de informação se podem blindar contra elas? Não acreditando na primeira coisa que leem, cruzando fontes e informações e mais do que um órgão de informação. E, em última analise, se não tiverem a certeza, façam o trabalho de um jornalista: pesquisem e perguntem. K Nuno Dias da Silva _ Jorge Nogueira | DR H saber mais em:
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edições
gente e livros
Novidades literárias
Paulo Lins
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CASA DAS LETRAS. Pratas Conquistador: A História Desconhecida de um Charlot Português, de Paulo M. Morais. No meio da tarefa de esvaziar uma casa de família, a descoberta inesperada de um conjunto de cartas, fotografias e recortes revela ao narrador a existência de um tio-bisavô pioneiro do cinema em Portugal. Será o misterioso tio Emídio, curiosa personagem das anedotas familiares, o mesmo Emídio Ribeiro Pratas, autor e intérprete, em 1917, da primeira comédia cinematográfica portuguesa ao estilo de Charlot? Que destino foi, afinal, o deste homem que teve uma vida absolutamente aventurosa? E porque terá sido votado ao esquecimento?
D.QUIXOTE. A Porta Oculta, de Jørn Lier Horst. Sofie Lund está pronta para um novo começo quando se muda com a filha pequena para a casa que herdou do avô. Sofie tem lembranças tão dolorosas da sua infância que decide livrar-se de todos os vestígios do Velhote, todos os vestígios exceto um cofre trancado que está preso ao chão da cave. Dentro do cofre, Sofie encontra algo chocante que se irá tornar uma prova crucial num caso que tem atormentado o inspetor William Wisting há demasiado tempo, e levantar dúvidas sobre o real culpado de outro caso de homicídio que está prestes a ser julgado. No entanto, para seguir essa pista, Wisting terá de pôr em causa lealdades importantes e abalar a confiança dos cidadãos nas forças policiais.
EGOÍSTA. Homenagem a Agustina BessaLuís. A revista “Egoísta” reedita um número especial integralmente dedicado à escritora Agustina BessaLuís, que tinha sido publicado em fevereiro de 2007, numa homenagem à autora de “A Sibila”, que faleceu recentemente. A homenagem a esta grande escritora portuguesa abarca um conjunto de colaborações de qualidade extrema. Além das aguarelas e desenhos da escritora realizados pelo marido, Alberto, podemos reler uma grande entrevista, seguir os passos da obra da autora através dos textos de Almeida Faria, Eduardo Prado Coelho, Dinis de Abreu, Fernando Pinto do Amaral, Francisco José Viegas, Inês Pedrosa, José Manuel Mendes, Lídia Jorge, Maria João Seixas, Maria Velho da Costa, Mário de Carvalho e Patrícia Reis. K
7 Paulo Lins é um escritor brasileiro que conquistou fama internacional com a publicação, em 1997, do livro «Cidade de Deus», sobre a vida nas favelas do Rio de Janeiro. O autor nasceu precisamente no Rio de Janeiro, em 1958. Entre os 6 anos e o início da idade adulta, residiu na favela Cidade de Deus, na periferia da cidade, tema e cenário do romance homónimo. Paulo Lins iniciou a sua atividade literária como poeta, tendo feito parte, nos anos 80, do grupo Cooperativa de Poetas, através do qual publicou o seu primeiro livro «Sobre o Sol», em 1986. Em 1997 publicou o romance que lhe viria a dar notoriedade mundial, intitulado «Cidade de Deus», que descreve a violência numa favela no Rio de Janeiro. O romance foi adaptado ao cinema por Fernando Meireles em 2002, com muito sucesso junto do público e da crítica. O filme recebeu quatro indicações aos Óscares 2004 e foi indicado para os Globos de Ouro como «Melhor Filme Estrangeiro». Para escrever o livro, Paulo Lins integrou entre 1986 e 1993 um grupo de investigadores liderado pela antropóloga Alba Zaluar que realizou trabalho de campo sobre o perfil da violência na Cidade de Deus. Dessa pesquisa surgem muitos elementos que mais tarde irão compor cenas, enredos e personagens do consagrado romance. Em 1995, o escritor foi selecionado para a bolsa Vitae de Artes, o que permitiu a conclusão do livro.
www.youtube.com/watch?v=cP6dXpf3lOQ H
A narrativa procura descrever toda a dimensão cultural e social dos habitantes desta “neofavela”, conforme é denominada por Paulo Lins, abordando a expansão da criminalidade na região. Para representar um tema social tão multifacetado, o autor vale-se de materiais heterogéneos. O sucesso do livro, traduzido em diversos idiomas, levou-o por outros caminhos da escrita. Desde então, Paulo Lins tem também escrito para cinema e televisão. O seu guião do filme «Quase Dois Irmãos», de 2004, recebeu mesmo o prémio de melhor guião da Associação Paulista de Críticos de Arte em 2005. Em 2012, Paulo Lins publica seu segundo romance, «Desde que o Samba é Sam-
ba». Na obra cruza-se história e ficção para se recriar a invenção do samba moderno por músicos do bairro carioca da Estácio na década de 1920. Em 2014, colabora, ao lado de Maurício Carneiro, Beo da Silva e Eduardo Lima, no projeto «Era uma vez...Eu!». O livro reúne um escritor, um ilustrador, uma atriz e um designer gráfico para, através da poesia, debruçar-se sobre o lixo e tudo que é descartável na sociedade de consumo. A obra de Paulo Lins, que reside em São Paulo, atrai desde há muito interesse académico na forma de vários artigos, dissertações e até mesmo teses. Tiago Carvalho _
António Salvado apresenta livros no IPCB
Sirgo III apresentado 6 O poeta albicastrense António Salvado acaba de lançar mais dois livros: Sirgo III – Quinze títulos esgotados e Leituras VIII. O primeiro, com a chancela da RVJ Editores, reúne um conjunto de 15 títulos já esgotados, numa edição com mais de 600 páginas que percorre vários períodos literários do autor. O segundo, da responsabilidade do IPCB, apresenta ensaios de tradução de poetas relevantes na história do cristianismo e fotografias de Rui Monteiro, que também foi responsável pelo design dos livros. A apresentação das duas obras decorreu no Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) no passado dia 25 de junho, instituição que com a Câmara de Castelo Branco concretizou as edições. António Fernandes, presidente do IPCB, destacou a importância de António Salvado e da sua obra, recordando que o Politécnico é também a sua casa (o autor foi docente da Escola Superior de Educação durante vários anos). Também José Augusto Alves, vice-presidente do município, lembrou que “António Salvado é um poeta reconhecido nacional e internacionalmente”. Para além da sessão protocolar, onde foi
sublinhada a boa relação institucional entre a autarquia e o Politécnico, a apresentação dos livros decorreu com a leitura de poemas das duas obras, por parte de elementos do Grupo de Teatro Váatão, de Castelo Branco, de dois alunos do Agrupamento de Escolas de Alcains
(Imprevisíveis) e de Maria de Lurdes Barata, acompanhados com a interpretação musical do grupo da Esart (composto por Filomeno Raimundo, Pedro Ladeira e Miguel Carvalhinho), por elementos do Conservatório Regional de Castelo Branco e do próprio Váatão. K
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press das coisas
pela objetiva de j. vasco
Ventoinha de Pé Becken 3 Investir numa ventoinha é uma boa ideia para fazer face às temperaturas elevadas do verão. A ventoinha de pé Becken BSF2771, com 60 W de potência e diâmetro de 40 cm, soma seis velocidades e 10 pás, exercendo uma ação útil para que se refresque nos dias mais quentes, esteja onde estiver no interior da sua habitação. K
Carlos do Carmo «Oitenta»
Terminaram as festas de Lisboa 3 Foi no passado dia 29 de junho, junto à Torre de Belém, com uma homenagem ao António Variações (1944-1984), em dia de luta pela convivência na diversidade de género e sexual. A EGEAC promoveu um grande concerto musical em que participaram, para além da Orquestra Metropolitana de Lisboa, os cantores Lena D’Água, Ana Bacalhão, Paulo Bragança, Manuela Azevedo (todos na foto) e ainda Conan Osiris e Selma Uamusse. Os arranjos sinfónicos foram de Filipe Melo, Filipe Raposo e Pedro Moreira. Ao longo de todo o mês foram muito diversas as iniciativas, a grande maioria de entrada gratuita e onde se destaca para além da abertura e do encerramento, as noites de Fado no Castelo, as Marchas da Cidade (este ano com a vitória do Alto Pina), os Casamentos de Santo António, Arraiais e muito mais com programas a pensar no público em geral, mas também nas famílias e no público infantil. Para o ano há mais. K
3 2019 é um ano de celebração para Carlos do Carmo. O ano em que completa 80 anos de vida e ano em que dirá adeus aos palcos, a 2 de novembro no Coliseu do Porto e a 9 de novembro no Coliseu de Lisboa, ambos já esgotados. Para assinalar a data, é agora lançada uma nova compilação do fadista, apropriadamente intitulada “Oitenta”. Esta é, sem dúvida, uma das retrospetivas mais completas da carreira de Carlos do Carmo. Um conjunto de 80 canções, divididas em 4CDs, que celebram todo o percurso do artista até ao momento. K
Prazeres da boa mesa
Crumble de morango e mirtilos com aromas da raia (10 pax) 3 Ingredientes p/ a Massa Doce: 250g de Farinha s/ Fermento 1 Ovo 125g de Açúcar branco 125g de Margarina 2 Gotas de Óleo Essencial de Esteva AROMAS DO VALADO Q. b. de Grão ou Feijão Seco Para o Recheio: Misturar tudo e saltear ligeiramente. Deixar arrefecer. Rechear a forma de massa doce com o preparado e cobrir com o crumble. Levar ao forno a 160º C durante 5 minutos. Servir. K
Ingredientes p/ o Crumble: 100g de Manteiga 100g de Açúcar branco 100g de Amêndoa em Pó 100g de Farinha s/ Fermento 8g de Sal Fino Ingredientes p/ o Recheio: 200g de Morangos 100g de Mirtilos 1 Laranja em Sumo e em raspa 50g de Açúcar branco 2 Gotas de Óleo Essencial de Alecrim AROMAS DO VALADO Preparação: Para a Massa Doce: Misturar o açúcar com a margarina amolecida e o óleo essencial de esteva. Juntar o ovo mexendo bem. Adicionar a farinha sem amassar muito. Deixar descansar 1 hora no frio. De se-
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Chef Mário Rui Ramos _ Executive Chef
guida, forrar 10 mini tarteiras com a massa, completar com grão ou feijão seco. Levar ao forno a 180ºC até ficar dourado. Depois de cozido, retiram-se as leguminosas e reservam-se para uma próxima oportunidade. Para o Crumble: Misturar tudo à mão até aglomerar. Espalhar num tabuleiro e levar ao forno, a seco, a 180º C até ficar dourado. Deixar arrefecer e soltar (ficando grosseiro).
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Bocas do Galinheiro
Senhores da música 7 A importância da música no cinema é inegável. Se nos primeiros tempos do cinema mudo, a música foi introduzida para “silenciar” os projectores e acalmar os ânimos dos espectadores, pouco dados a permanecerem em silencia durante as projecções, aos poucos tornou-se imprescindível. Claro que, com o aparecimento do sonoro e não sendo os diálogos contínuos, não se estava no teatro, foi fácil perceber que nada melhor que preencher a ausência de falas, e, desde logo, para acentuar determinados momentos, a música era o efeito ideal. Não estranha pois que, para além da introdução de temas conhecidos na banda sonora, a composição cinematográfica passasse a dominar a música dos filmes, já para não falar dos grandes musicais onde nasceram temas inesquecíveis. Quando falamos de grandes compositores para cinema, vêm-nos de imediato à lembrança nomes como John Williams, quem não o conhece da saga “Star Wars”, para ficarmos por aqui, Jerry Goldsmith, de filmes como “Rio Lobo”, de Howard Hawks, e “Rambo” , de entre dezenas, ou Bernard Herrmann, associado aos filmes de Hitchcock, de que “Psycho” é notável exemplo. Mas hoje vamos falar de três grandes compositores que nos deixaram este ano. Desde logo Michel Legrand falecido a 26 de Janeiro. Músico, foi um grande pianista de jazz, tendo trabalhado com nomes grandes do género como Miles Davis, John Coltrane e Dizzy Gillespie, entre outros. Foi porém como compositor e principalmente para cinema que se notabilizou. São dele bandas sonoras icónicas de filmes de Jacques Demy como “Lola”,(1961) a primeira colaboração entre ambos, e se perpetuou nesse fabuloso “Les Parapluies de Cherbourg” (1964), nomeado para três Oscar da Academia e “Les Demoiselles de Rochefort” (1967), bem como de Norman Jewison, “The Thomas Crown Affair”, a versão de 1968, com Steve McQueen e Faye Dunaway, cujo tema “The Windmills of Your Wind”, ganhou o Oscar da melhor canção, outro foi para a banda sonora de “Verão de 42”, de Robert Mulligan (1971), ou de Orson Welles, em “F for Fake (1973). Curiosamente, “The Other Side of the Wind”, um filme inacabado de Orson Welles, por causa da morte do realizador, em 1985, terminado agora por Oja Kodar, vai ter
loftcinema.org H
banda sonora de Legrand, o seu último trabalho para o cinema. Outro grande compositor desaparecido este ano foi André Previn, Previn aos 89 anos em Fevereiro passado. Apesar de estar afastado o cinema desde os anos de 1970, foi maestro da Orquestra Filarmónica de Los Angeles, com vários discos gravados, não só de música clássica, mas também de jazz. O compositor arrebatou quatro Oscar pelos filmes “Gigi” (1958), de Vincente Minnelli, “Porgy & Bess” (1959),de Otto Preminger, “Irma La Douce” (1963), de Billy Wilder e “My Fair Lady” (1964) de Georgr Cukor, para além de várias nomeações, entre as quais canções originais em parceria com uma das suas ex-mulheres, Dory, para “Pepe” (1960) de George Sidney, com Cantinflas e “Two for the Seesaw (1962), de Robert Wise. Altura para recordar ainda Maurice
Jarre (pai do músico Jean-Michel Jarre), também ele ganhador de vários Oscar, o primeiro dos quais por “Lawrence da Arabia” (1962), de David Lean, com uma soberba interpretação de Peter O’Toole, distinguido depois com “Doutor Jivago”, (1965), também de Lean, que imortalizou o “Tema de Lara”, e consagrou Omar Sharif, aqui ao lado de Julie Christie, e o terceiro com “Passagem para a Índia” (1984), também com realização de David Lean. O pleno desta dupla em nomeações para as estatuetas douradas. Porém, onde falhava o Oscar arrecadava o Globo Ouro, como aconteceu com “Gorilas na Bruma” (1988), de Michael Apted, com Sigourney Weaver, que também arrecadou o Globo de Ouro, a encarnar Dian Fossey. Nestes prémios Maurice Jarre foi ainda reconhecido por “A Walk in The Clouds” (1995), de Alfonso Arau, com Keanu Reeves e Aitana
Sánchez-Gijón e Anthony Queen, a juntar aos que recebera por “Doutor Jivago” e “Lawrence da Arábia” Compôs ainda para realizadores como Alfred Hitchcock “Topázio” (1969), John Huston “O Juis Roy Bean” (1972) e “O Homem que Queria ser Rei” (1975), Luchino Visconti “Os Malditos” (1969) e Peter Weir “A Testemunha” (1985), “A Costa do Mosquito” (1986) e “O Clube dos Poetas Mortos” (1989). Ficaram também no ouvido as bandas sonoras dos filmes “Atracção Fatal” (1985), de Adrian Lyne, com Michael Douglas e Glenn Close e “Ghost” (1990), de Jerry Zucker, com Patrick Swayze e Demi Moore, para lembrarmos só estes, duma filmografia que ultrapassou largamente os cem títulos. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _
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Rita Ruivo
Psicóloga Clínica (Novas Terapias)
Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)
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externato frei luís de sousa
Rede de Escolas Associadas da Unesco em Encontro Nacional 7 Sob o tema Agenda 2030 – Assegurar uma educação de qualidade para todos ao longo da vida, teve lugar no Externato Frei Luís de Sousa, em Almada, entre os dias 26 e 28 de abril, o 18º Encontro Nacional da rede das escolas associadas da UNESCO. Participaram as escolas da rede nacional das associadas da UNESCO, observadores de diversas instituições, cátedras UNESCO e escolas candidatas à rede, num total aproximado de 100 participantes. Na sessão formal de abertura usaram da palavra o Diretor do Externato Frei Luís de Sousa, Dr. Fernando Magalhães, a Secretária Executiva da Comissão Nacional da UNESCO, Drª Rita Brasil de Brito, o Vicepresidente e Vereador da Educação e Cultura da Câmara Municipal de Almada, Drª João Couvaneiro e D. José Ornelas, Bispo de Setúbal Participaram igualmente os secretários gerais das CNU´s de Angola, Cabo
des culturais, das quais se destaca “A Rota de Fernão Mendes Pinto”. Tiveram lugar duas conferências, a primeira, no dia 27 de abril, proferida pelo Dr. Vasco Malta – Alto Comissariado paras as Migrações (ACM), sob o tema O Papel das Escolas na integração e na educação intercultural e a segunda conferência, no dia 28 de abril pelo Prof. Doutor José Ventura – FCSH_NOVA, sob o tema Alterações climáticas: passado, presente e futuro. Ao longo dos três dias de encontro, os participantes realizaram dinâmicas de trabalho no âmbito dos grupos de trabalho – Educação para a Paz, a paz constrói-se todos os dias; Literacia do Oceano e Alimentação Saudável. Portugal conta com 102 escolas associadas da UNESCO e 20 encontram-se em processo de adesão. K Verde e Guiné Equatorial e também a coordenação nacional das escolas associa-
das da UNESCO do Brasil. O programa integrou diversas ativida-
Fátima Claudino _ Comissão Nacional da UNESCO
Por cortesia do concessionário Moto Castelo, foi possível realizar um pequeno testdrive do modelo de 2019. A posição de condução é confortável, mas, os poisa-pés bem à frente, em puro estilo cruiser, exi-
gem alguma habituação. A condução é fácil e natural, ainda que o ângulo da direção seja marcadamente aberto de acordo com o estilo. O motor é bastante elástico com um bom binário, permitindo uma utilização quer um pouco mais calma, quer um pouco mais nervosa. A travagem é boa e assistida por ABS e a suspensão, apesar de necessariamente curta atrás, é confortável em pisos não degradados. O depósito é bastante grande (14 litros) garantindo uma boa autonomia. O painel é misto (velocímetro analógico e outras informações em digital) com design moderno e agradável. A Vulcan é, pois, uma mota com bons acabamentos, como é habitual nas Kawasaki, e mais ágil do que aparenta e com um estilo intemporal de linhas fluidas e estética muito agradável, estimulando o interesse de públicos variados de ambos os sexos. O preço, que se inicia nos 8 mil euros, embora sendo um pouco elevado, pode considerar-se justo para o que a mota oferece. E a marca tem em curso uma campanha sem entrada inicial e sem juros que facilita bastante a eventual aquisição. K
As ESCOLHAs DE VALTER LEMOS
Kawasaki Vulcan 3A Kawasaki Heavy Industries é uma grande empresa japonesa envolvida em muitas áreas industriais e de engenharia, como a indústria aeroespacial, a construção naval e ferroviária e também de centrais elétricas, o equipamento industrial, etc. Mas, a sua atividade mais conhecida é a construção de motociclos. A cor verde característica das Kawas é conhecida não só por motociclistas, mas pelo público em geral. Quer seja pelos diversos modelos que circulam há mais de 50 anos nas nossas estradas, quer seja pelas provas desportivas motorizadas na televisão, onde a marca tem largos pergaminhos quer em estrada como em todo-o-terreno. Atualmente A Kawasaki ostenta, entre outros, o título de campeã do mundo de Superbikes, que detém desde 2015, quer em pilotos quer em construtores, pela mão de Jonathan Rea. A Vulcan é a cruiser da Kawasaki. A designação é usada desde 1984 para identificar a respetiva gama. A atual é uma bicilíndrica de 650 cc e 61 hp, com 4 válvulas por cilindro e arrefecimento líquido. A mota é esteti-
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camente bem desenhada e apelativa. Com uma altura do assento de 700 mm apresenta um baixo centro de gravidade e permite a utilização a condutores de qualquer estatura, facilitando o equilíbrio e manobrabilidade.
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