Ensino Magazine Edição nº 234

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Agosto 2017 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XX K No234 Assinatura anual: 15 euros

Suplemento

www.ensino.eu

Distribuição Gratuita

Pedro Marques lopes, comentador político

“Sou contra a redução de deputados” Jorge Nogueira H

Inês Rochinha: a youtuber amiga dos adolescentes C

P 14 e 15

desporto universitário

É um dos analistas mais assíduos da atualidade. Chama-se Pedro Marques Lopes e em entrevista ao Ensino Magazine pronuncia-se sobre o estado da nação. C

UBI campeã europeia

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universidade de évora

Alunos ganham na Finlândia C

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Politécnico de castelo branco

Gabinete apoia estudantes

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P 10

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politécnico

Leiria vence em Oxford politécnico de portalegre

Mourato, oito anos depois

C

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europa dEBATEU energia nuclear

Fecho da Central Nuclear de Almaraz nunca foi discutido O encerramento da Central Nuclear de Almaraz, localizada em Espanha a 100 quilómetros da fronteira portuguesa, nunca esteve em cima da mesa das negociações em Bruxelas. A eurodeputada socialista Ana Gomes defende o envolvimento dos cidadãos em defesa de energias limpas. O tema foi debatido nas Termas de Monfortinho, junto a Espanha. C p 22 pub

Design | Comunicação | Edição Av. do Brasil, N. 4 R/C - 6000-909 Castelo Branco Tel:. 272324645 Tel:. 965315233 | 933526683 Fax:. 210112063 | rvj@rvj.pt | www.rvj.pt AGOSTO 2017 ///

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Pedro Marques Lopes, comentador

“Há défice de oferta partidária à direita” 6 É um dos analistas mais assíduos da atualidade. Chama-se Pedro Marques Lopes e em entrevista ao Ensino Magazine pronuncia-se sobre o estado da nação. Como é ser comentador num país onde todos se julgam comentadores?

Há um requisito básico a partir do qual se desenvolve toda a atividade: os diretores responsáveis pelos órgãos de comunicação social acharem que a nossa opinião é apreciada pelos leitores, ouvintes ou telespetadores. De que forma é que a

sua latitude ou posicionamento ideológico e de valores condiciona a avaliação que produz dos factos? Não me preocupo com isso, francamente. Todos nós, quer sejamos comentadores ou tenhamos outra qualquer profissão, somos fruto de um conjunto de

valores e convicções que acabam por moldar aquilo que fazemos, seja opinião ou outro tipo de trabalho. Quando faço a minha análise é sempre em função dos meus princípios. Se as pessoas acham que os meus princípios são mais para a esquerda ou para a direita, é

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algo que não me preocupa. A imparcialidade do comentador é um mito? Repare: eu olho para a realidade com os meus olhos e estes estão formatados com um conjunto de valores. O que procuro fazer é olhar para os factos de uma forma distanciada, mas é evidente que quando os observo não consigo isolar o que são os meus princípios da análise que faço. Tem presença em múltiplas plataformas, na TV, na rádio, nos jornais e também na internet, nomeadamente nas redes sociais. De todos estes meios pensa que o de maior impacto continua a ser a televisão? A televisão pode chegar a mais segmentos de público, mas tem algo que os outros meios não têm: gera reconhecimento. E esse reconhecimento acaba por contaminar os outros “media”. Ou seja, quem me ouve na rádio ou lê os meus artigos nos jornais associame ao careca gordo que viu na televisão. A televisão é uma espécie de cimento que cola em termos de notoriedade todas as outras pontas, leia-se outros órgãos e as próprias redes sociais. E há ainda outros comentários que geram muita notoriedade, que são os relacionados com o futebol, que normalmente faço tanto na SICNotícias como em «A Bola». A velocidade do ciclo noticioso alterou-se, nos últimos anos, drasticamente. Já foi a rádio, mas agora quem dita a atualidade são os canais de informação cabo e as redes sociais. Como é o seu processo de filtragem e preparação perante esta

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avalanche informativa? Contacta com fontes? Eu não sou jornalista, por isso não faço contacto com fontes. Tento, aliás, evitar o contacto com aquilo a que os jornalistas chamam fontes, para me permitir ter uma observação da realidade idêntica ao de qualquer cidadão comum. Eu vou ser franco: impressiona-me um pouco o comentador que dá notícias. É um contrassenso. Da mesma forma que não faz sentido os jornalistas darem opiniões nos seus artigos jornalísticos. Uma coisa é a opinião, coisa diferente é a notícia. E quanto aos seus métodos? Procuro ter uma visão abrangente sobre tudo, mas dedico especial atenção aos grandes temas, nomeadamente as matérias que antecipadamente sei que vão ser abordadas nos espaços de opinião e debate em que participo. Para me informar leio os jornais, vejo o que as televisões dizem, passo os olhos pelas redes sociais e em temas onde me sinto menos à vontade em termos técnicos, tento ler o que dizem os especialistas sobre o assunto para depois fazer o enquadramento de uma análise política. Mas de facto, como disse na sua pergunta, a velocidade do ciclo noticioso alterou-se muito, especialmente com a introdução, primeiro da TSF, depois com os canais informativos e ultimamente com as redes sociais, nomeadamente o Twitter e o Facebook. É crédulo relativamente às notícias divulgadas nas redes sociais? Confesso que tenho um medo e um cuidado brutal.;


; Só acredito em algo que leia nas redes sociais depois de ter confirmado umas 30 vezes. As redes sociais não são uma forma de jornalismo e quem lá coloca notícias e comentários não está sujeito às regras do jornalismo e de fazer notícias. Anteriormente referiu que não contacta com fontes, mas como figura pública que é, não acredito que não receba alguns recados e conselhos por telefone. Estou enganado? Sim, é verdade que falo com muita gente. Aliás, Portugal é um país tão pequeno que é frequente ir almoçar a um local e cruzar-me com algum ator político, um desportista ou jornalista. De vez em quando, não escondo, algum protagonista telefona e tenta influenciar a opinião. Agora, meu caro amigo, isto é sempre assim: se damos azo a que nos deixem condicionar a opinião, os telefonemas começam a chover. Mas se a outra parte perceber que não vale muito a pena, o telefone deixa de tocar. No meu caso em particular, penso que estou no bom caminho. É o chamado atirar o barro à parede? Admito que isso aconteça muitas vezes, mas no meu caso pessoal isso acontece muito pouco. Falando agora da atualidade politica. Até dia 17 de junho, tudo parecia correr bem ao governo, até que se inverteu a tendência com a tragédia de Pedrógão Grande e o furto do paiol de Tancos. Que mossa vão fazer estas semanas horribilis para o governo? Se a economia se mantiver no bom cami-

nho, acredito que o governo manterá a estabilidade e a solidez. Mas a economia continua a ser a perceção que as pessoas têm que o estado de coisas está pior ou melhor. É o estado da economia que determina a popularidade do governo ou a própria intenção de voto. Está a querer dizer que o executivo passará incólume perante estes dois acontecimentos? Não é possível escamotear que estes acontecimentos abanam sempre. Foram colocados em causa pilares fundamentais do Estado e as próprias funções do Estado. Mas creio que, mais tarde ou mais cedo, estes acontecimentos serão esquecidos e o que irá prevalecer é o estado da economia. Como dizia o Clinton, «it’s the economy, stupid!». Mas importa não esquecer que vivemos numa situação muito frágil, tanto nacional, como internacional. E, como dizia o outro,

o Diabo pode aparecer. Quem pensa que estamos livres dele, está completamente enganado… O governo beneficia de uma certa indefinição da oposição? Beneficia disso e também de uma certa identificação com um passado que recorda coisas más associadas às suas vidas. Por exemplo, o «ir além da troika», que foi dito por Passos Coelho. Todos se recordam da violenta austeridade. A oposição mantém um discurso muito próximo daquilo que foi a sua própria governação o que não permite que haja um novo folego nos partidos contrários ao governo. Passos Coelho está muito cristalizado no discurso em que ele acredita e isso não o faz trazer pessoas para o seu lado. Rui Rio e Morais Sarmento são potenciais líderes do partido e que aguardam apenas

CARA DA NOTÍCIA 6 Pai e tripeiro em regime de exclusividade Num perfil que se pode encontrar num blog em que participou define-se da seguinte forma: «ex-merceeeiro, ex-cauteleiro, ex-gasolineiro, ex-bancário, ex-funcionário de telecomunicações, consultor, empresário, gestor, jurista, colunista, comentador, pai e tripeiro em regime de exclusividade». Chama-se Pedro Marques Lopes e é um dos rostos do comentário político em Portugal. Podemos vê-lo no «Eixo do Mal» na SIC-Notícias, ouvilo no «Bloco Central» da TSF e lê-lo aos domingos nas páginas do «Diário de Notícias», para além de colaborações que mantém em «A Bola» e na revista digital de costumes «Epicur». Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, fez um MBA na Universidade Nova de Lisboa. K

uma hecatombe eleitoral do PSD nas autárquicas de outubro? Morais Sarmento apareceu para abrir um novo caminho para o partido, mas não está interessado em ser líder do PSD. Eu relembro que o PSD teve a maior derrota eleitoral da sua história nas últimas eleições autárquicas, portanto a margem para ter um resultado pior a 1 de outubro é quase nula. E mesmo que tenha uma diminuição do resultado, não creio que o presidente dos sociais-democratas caia. As bases e os militantes ainda não se esqueceram que o PSD foi o partido mais votado nas últimas legislativas, pese embora não ser governo. Por outro lado, a máquina do PSD está muito presa a este líder e não acredito que tão cedo desista dele. Provavelmente só quando for absolutamente claro que Passo Coelho não consegue ganhar as próximas legislativas. Só nesse momento a máquina procurará livrar-se dele. O PS e o PSD são partidos de poder e não suportam ter líderes que não lhes deem garantias que vão regressar ao poder. A geringonça veio para ficar ou António Costa, se as sondagens continuarem favoráveis, terá a tentação de se desenvencilhar dos seus parceiros de esquerda? Acho que a geringonça tem futuro. Porquê? Porque o PS (e especialmente o Primeiro-Ministro, António Costa) percebe que precisa, sobretudo do PC, e do BE, por arrasto, para manter alguma paz social. Para que os sindicatos se portem melhor e que não existam muitas manifestações que incomodem a governação. Estou mesmo em crer que se ;

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existência na nossa comunidade de algum elevador social desde o 25 de abril. Fez-se uma obra fantástica no ensino público, em Portugal. Há problemas? Sim, muitos. Mas fez-se imenso. Há muita gente a dizer disparates sobre a educação sem saber do que fala. Por exemplo, quando oiço falar do recorrente argumento do facilitismo fico mesmo aborrecido.

; neste momento o PS estivesse em maioria no Parlamento o país estaria muito mais agitado e teríamos uma instabilidade muito maior na governação do que aquela que hoje temos. Sobre Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República dos afetos, admite que esta proximidade com o povo tem feito que o inquilino de Belém perca autoridade? Percebo a pergunta e admito que em certa altura também foi minha preocupação. Mas a resposta é claramente uma: não. Se há exemplo que atesta que o Presidente não perdeu nada com a postura de estar próximo das pessoas foi o caso de Tancos, onde a autoridade dele foi fundamental para segurar uma situação que estava anárquica. O Governo meteu os pés pelas mãos e as Forças Armadas davam mostras de grande desorientação. Ele foi extraordinariamente importante. A magistratura de influência de Marcelo foi decisiva? Naturalmente. Os Presidentes da República portugueses, desde a revisão da Constituição de 1982, foram construindo os seus poderes. A Lei Fundamental dá-lhes poderes bem definidos, mas a capacidade de influência e o facto dessa figura ser eleita pelos portugueses diretamente confere-lhe um peso muito forte. É importante, e nem todos o conseguem, ser uma espécie de “provedor do cidadão”, e o Presidente tem conseguido isso com a sua proximidade com as pessoas. Marcelo foi o homem certo, no momento certo. Está a ter um desempenho excecional como Presidente da República. Os cidadãos ficam mais interessados e envolvidos pela política com pessoas como Marcelo? Sim. Nas últimas décadas temos assistido a um afastamento paulatino dos cidadãos face aos políticos e à política. E estou em crer que Marcelo Rebelo de Sousa deu uma brutal guinada nesse aspeto. Neste momento, as pessoas sentem-se próximas do Presidente e, talvez mais importante, sentemse representadas pelo Presidente. E isso é uma excelente notícia para a democracia. Qual a principal reforma política que o país carece? A Justiça, sem qualquer hesitação. O Fareed Zakaria, um importante comentador e académico norte-americano, dizia que uma democracia conseguia viver sem eleições, mas não conseguia viver sem uma boa justiça. E eu tendo a concordar com o que ele diz. Nós temos um problema gravíssimo com o nosso sistema judicial. Está à vista dos nossos olhos. E

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Rejeita que o sistema seja facilitista? Se há país, a avaliar pelas estatísticas das taxas de retenção e níveis de reprovação, onde não há facilitismo é em Portugal. A educação e a saúde são, porventura, os setores objeto da mais vil demagogia em diversos momentos da nossa luta política. Para terminar, uma pincelada sobre futebol. É um adepto confesso do FC Porto. A Primeira Liga vai mesmo iniciar-se a 9 de agosto? Claro. Vamos ter o início de campeonato e com ele virá muita conversa, muita berraria, muita confusão. O costume. O futebol português no seu melhor…

não é apenas a lentidão da justiça, é também a desconfiança que muitos de nós sentem depois de lermos e ouvirmos sentenças que nos fazem duvidar do sistema. O pior que pode acontecer no seio de uma comunidade é quando começamos a duvidar das pessoas que têm por tarefa fazer cumprir a lei. É uma sensação terrível. Isto já para não falar da preocupante movimentação dentro do jogo político. Refere-se ao caso dos secretários de Estado que se demitiram no seguimento do escândalo das viagens ao europeu 2016? Os secretários de Estado demitem-se porque são constituídos arguidos, mas os factos que datam de há um ano não se modificaram, aparentemente. Ou seja, se os factos não se modificaram, se o Primeiro-Ministro e o governo acharam que os governantes deviam ficar e só agora se demitem porque foram constituídos arguidos, uma coisa fica clara: o Ministério Público pode demitir, por sua própria iniciativa, secretários de Estado e também ministros. É inquietante. Ciclicamente fala-se da necessidade de introduzir reformas de fundo no Parlamento, em termos do número de deputados, da criação de novos partidos, etc. É destes choques que o sistema político precisa para uma espécie de regeneração? Sobre a hipotética redução de deputados devo dizer que sou frontalmente contra. Se olharmos

para outros parlamentos da Europa e a relação entre o número de deputados e o número de cidadãos do país, conclui-se que os nossos 230 deputados não são exagerados. Provavelmente até estamos no patamar mais baixo. E importa referir que uma redução do número de deputados teria como consequência imediata um défice de representação, nomeadamente dos partidos mais pequenos. E era de chegar a temer um maior afastamento dos chamados independentes face à vida política. Os chamados profissionais da política iriam tomar conta dos lugares de deputados? Não tenho dúvidas que as máquinas partidárias iriam tomar conta desses lugares. Iriamos ver gente que cresceu nas “jotas” e nunca saiu do partido, não fazendo a mais pequena ideia do que é a vida cá fora. Considera que há espaço para a criação de novos partidos? Há condições democráticas para que eles se formem. O que impressiona é que perante a crise partidária que vivemos, em especial no PS e PSD, não surjam novas iniciativas. Estes partidos fecharam-se muito à sociedade, não estão a ter capacidade para atrair os melhores e mais capazes e as pessoas não se sentem representadas neles. Mas o contexto político é muito peculiar. Há que admiti-lo. Veja que temos em Portugal um Partido Social-Democrata que se

reclama de direita. É um contrassenso. Mas também temos dois ex-líderes do PSD que dizem que não são de direita. Manuela Ferreira Leite é um deles. Temos de facto um défice de oferta partidária à direita. Que o PSD uns dias tenta suprir, noutros não. É uma espécie de partido com dupla personalidade, por isso, entendo que há um espaço para ocupar à direita. E como se ocupa esse espaço? Ou nasce um novo partido ou o PSD assume-se como um partido de direita clássico, parecido com o PP espanhol. Falando agora de educação. O setor vive um período de alguma acalmia. Concorda que o ministro da Educação está refém dos sindicatos? Mário Nogueira cumpre o seu papel, mas tem prestado um mau serviço à educação, em geral. Agora não acho, como alguns dizem, que Tiago Brandão Rodrigues esteja a seguir o que os sindicatos dos professores dizem. Este ministro, apesar de discreto, penso que já deu algumas provas de ter capacidades políticas para o cargo. Aliás, e voltando à questão anterior, se me perguntar se é mais urgente uma reforma no sistema educativo ou no sistema judicial eu respondo, de caras, que é na justiça. O que destaca em termos de conquistas educativas? O nosso sistema educativo foi um dos poucos responsáveis pela

Como portista que é, como vê as críticas dos benfiquistas que argumentam que o caso dos emails e dos bruxos radica na falta de títulos dos dragões? Nada disso. No futebol português sucede sempre o mesmo, que é em determinado momento haver sempre um clube que domina determinadas instâncias (árbitros, disciplina, etc) e fruto disso acaba por conquistar os títulos. Nos últimos anos o Benfica ocupou o lugar do FC Porto em termos de influência negativa e não muito clara no hard power das estruturas do futebol nacional. O Benfica parte como favorito rumo ao penta? Parte claramente como favorito. Mas há que lhes dar os parabéns por nos últimos quatro anos terem construído bem os seus plantéis, em paralelo com uma ardilosa teia de poder. Isto apesar de ser o segundo clube mais endividado da Europa… Os anos de Pinto da Costa no Dragão estão a chegar ao fim? Não creio. É muito difícil aparecer uma alternativa a Pinto da Costa enquanto ele quiser ser presidente do FC Porto. Para além disso temos uma dívida de gratidão para com Pinto da Costa que nunca será paga. É preciso não esquecer isso. Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H

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Universidade de Verão na UBI

Covilhã atrai mais jovens Segurança e gestão das TIC

UBI investe 220 mil 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) vai investir 220 mil euros na definição e implementação de um modelo que garanta maior segurança no seu sistema de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Denominado ‘UBI-SAMA-2016SI.SGI - Segurança da Informação e Sistema de Gestão de Informação’, o projeto é financiado pela Agência para a Modernização Administrativa e será implementado até ao final de 2018, No âmbito das ações a desenvolver encontram-se a formação em normas ou referenciais de boas práticas de gestão do risco e/ou da segurança da informação (ISO/IEC 31000 e a família ISO/IEC 27000) e de boas práticas de gestão de ser-

viços de informação (ISO/IEC 20000), estudos de diagnóstico, definição de planos de trabalhos e auditorias, entre outras. A implementação do projeto deverá produzir um elevado impacto na governação das TIC da UBI, designadamente em termos da proteção da confidencialidade, integridade e disponibilidade de informações a toda a comunidade académica. Permitirá ainda identificar os riscos nos sistemas de informação e definir mecanismos de forma a poder geri-los e reduzi-los. Finalmente, permitirá uniformizar os processos informáticos, comparativamente com demais instituições do ensino superior e outros organismos públicos. K

6 Informar diretamente os futuros universitários acerca do que se faz em cada curso e porquê, além de lhe mostrar as instalações da instituição e a cidade da Covilhã foram três dos objetivos da Universidade de Verão da Universidade da Beira Interior, que decorreu este mês e atraiu 120 jovens de todo o país. Os vários departamentos desenvolveram um total de 28 atividades em função dos interesses científicos dos participantes, os quais contactaram com experiências e conhecimentos científicos, de uma forma diferente em relação ao que estão habituados enquanto alunos do Secundário. A coordenação da Universidade de Verão esteve a cargo de Eduardo Cavaco, docente da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), a entidade pioneira nesta iniciativa, tendo-a realizado nos últimos três anos. O objetivo passou por alargar a Universidade de Verão da FCS a todas as faculdades, o que “ foi atingido

com o máximo sucesso”, pois “mais de 70 alunos do Secundário ficaram em lista de espera, o que revela bem o interesse e a procura pelo nosso programa“, sublinha. Olhando aos resultados, a iniciativa deverá repetir-se nos próximos anos, além de poder crescer, de uma semana para duas ou mesmo três, uma vez que os jovens respondem à oferta, que inclui ainda como

Boas Práticas em Saúde

“EM Cova da Beira” pré-selecionado 6 O projeto ‘EM Cova da Beira’, que pretende garantir o acompanhamento dos doentes com esclerose múltipla na região, foi pré-selecionado para a 11.ª edição do Prémio de Boas Prática em Saúde, passando assim à primeira fase de avaliação, em conjunto com outros 46 projetos. Já em 2016 o projeto foi eleito o segundo melhor em ‘Boas Práticas de Governação’, num programa da Novartis. A equipa da Universidade da Beira Interior no projeto ‘EM Publicidade

Cova da Beira’ é constituída por Anabela Almeida, docente e investigadora do Departamento de Gestão de Economia, por Pedro Inácio, docente e investigador do Departamento de Informática e por Soraia Ferreira, investigadora colaboradora. O projeto é desenvolvido em parceria entre os Agrupamentos de Centros de Saúde da Cova da Beira (ACES Cova da Beira), o Centro Hospitalar Cova da Beira e a Universidade da Beira Interior (UBI). K

trunfos a Serra da Estrela, os preços aceitáveis e a possibilidade de alojamento nas residências universitárias “Tivemos mais de 80 por cento dos participantes a ficar nas residências universitárias, o que permitiu ainda estar mais de perto com a realidade universitária e o espírito académico”, sublinha. K Rafael Mangana _

Doutorando premiado como investigador promissor

UBI com médico de exceção 6 Luís Monteiro, doutorando em Medicina na Universidade da Beira Interior (UBI) acaba de ser distinguido com o prémio ‘Promising Research Award’, pela associação internacional Movimento Vasco da Gama/The Vasco da Gama Movement (VdGM), que o destaca como cientista promissor na área da saúde. O galardão, atribuído ex aequo com o irlandês Patrick O’Donnell, foi entregue na capital da República Checa, Praga, no âmbito do congresso organizado pela WONCA Europe, entidade que congrega médicos de família do continente europeu. “Fiquei contente porque é um reconhecimento que, pelo menos, estou a fazer uma pergunta interessante. Agora cabe-me a mim trabalhar para encontrar as respostas, mas achei isso importante e surpreendente até porque isto foi o resultado de um concurso nacional. Depois representei Portugal e foi de facto interessante, mas tenho a noção que isto é apenas um pequeno primeiro passo “, afirma Luís Monteiro. Formado em 2007, integrou o grupo de primeiros alunos do

Mestrado Integrado em Medicina da UBI, recebeu o prémio pelo projeto do trabalho de investigação intitulado “Prevention of potentially inappropriate prescribing for elderly patients: a randomized controlled trial using Beers Criteria: a multidisciplinary intervention”, o qual está incluído no plano de doutoramento que está a desenvolver na Faculdade de Ciências da Saúde, com orientação do docente Luiz Santiago e coorientação de Miguel Castelo Branco. Trata-se de “uma ferramenta eletrónica que visa ajudar os médicos de família a estarem mais seguros para, com uma decisão partilhada com os idosos, reduzirem – ou pelo menos nós assim esperamos – os medicamentos potencialmente inapropriados, um

tema que faz parte do tema geral da tese”, revela Luís Monteiro. A ideia é testar agora a regressão progressiva de medicação, em concreto de “benzodiazepinas e dos hipnóticos, que são duas classes farmacológicas muito prescritas nos idosos, mas que são potencialmente inapropriadas”, sublinha. O estudo arranca em outubro e vai durar um ano, até outubro de 2018, contando com uma equipa multidisciplinar. Para além dos orientadores de tese, estão envolvidos os docentes Rui Costa (departamento de Informática da FCS), Jaime Gama (docente de Matemática e Aplicações) e Gilberto Alves (docente de investigação em Ciências da Saúde da UBI).K Rafael Mangana _

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I Seminário Transcultural

UBI discute sexo e envelhecimento

Desporto universitário

UBI campeã europeia 6 A equipa de futsal da AAUBI é a nova campeã europeia ao vencer os jogos da EUSA: European University Sports Association que se disputaram este ano na Turquia. A formação serrana ganhou a final diante da Universidade de Tbilissi, por 5-4. A comitiva foi recebida pelo reitor da Universidade da Beira Interior, António Fidalgo, no

passado dia 18 de julho, um dia depois do feito inédito de ter sido a primeira universidade portuguesa a sagrar-se campeã europeia. António Fidalgo sublinhou a importância da vitória que é a “maior conquista desportiva da UBI, até ao momento”. O reitor agradeceu o empenho da equipa (jogadores e treinador, Arménio Coelho),

bem como da direção da Associação Académica, aproveitando a ocasião para ler uma carta de felicitações enviada pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes. A equipa de futsal da AAUBI alcançou o título europeu,. O conjunto formado por alunos da UBI fez o pleno de sete vitórias em sete jogos. K

Concurso Nacional de Acesso

UBI com 1245 vagas 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) vai abrir 1245 vagas no próximo ano letivo, entre cursos de Licenciatura e Mestrado, o que representa uma ligeira subida face às vagas disponibilizadas no último Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. A instituição mantém a oferta formativa dos últimos anos, com 24 cursos de Licenciatura e cinco Mestrados Integrados, nas suas cinco faculdades. No portal da UBI é possível ficar a conhecer toda a informação relativa às vagas disponíveis em cada curso e ainda as provas de ingresso e a indicação do último colocado na 1.ª Fase do concurso de 2016/2017. Os estudantes podem ainda consultar os planos de estudos, objetivos e saídas profissionais, além das várias bolsas e outros apoios sociais que estão disponíveis. Tal como em anos anteriores, a UBI terá a ainda funcionar o Gabinete de Acesso ao Ensino Su-

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6 ‘Intimidade e Sexualidade na velhice’ foi o tema escolhido pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior (UBI) para o I Seminário Transcultural sobre Envelhecimento, que decorreu na Covilhã a 7 de julho e contou com investigadores de Portugal, Espanha e México, que abordaram um tema ainda pouco explorado no nosso país. “Este seminário veio demonstrar que uma visão transcultural dos fenómenos nos pode dar muitas pistas para aquilo que podemos fazer e a forma como podemos investigar. O facto de podermos comparar com outros países também nos permitiu uma abordagem muito rica para aquilo que podemos fazer e que podem ser passos futuros”, afirma Rosa Marina Afonso, docente do Departamento de Psicologia e Educação da UBI e membro da organização do evento. A investigadora lembra que “a sexualidade ainda está muito ligada às pessoas adultas ou às pessoas jovens, pessoas sem problemas físicos e a

ideia aqui é falar de uma visão aqui muito mais lata da sexualidade, que ultrapassa muito estes modelos mais estereotipados que nós possamos ter. É falar na sexualidade de outras pessoas cujo corpo pode já ser diferente, pessoas que sofreram muitas perdas, que podem até ter alguns handicaps, tudo é uma dimensão e continua a ser muito importante para o bem-estar das pessoas, para a qualidade e até para a dignidade das próprias pessoas”, sublinha. Durante o seminário foi ainda abordado o tema da sexualidade no grupo dos LGBT, “que é também outra questão que tem a ver com as especificidades do envelhecimento e que estas questões da sexualidade possam ter nestes grupos. Por exemplo, até que ponto as instituições e os serviços que dão apoio ainda não estão preparados e não discutem esta temática, muito menos destes grupos minoritários”, reforça a docente da UBI. K Rafael Mangana _

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Valdemar Rua perior, no Gabinete de Internacionalização e Saídas Profissionais (junto aos Serviços Académicos), aberto entre as 10 e as 12h30 e das 14 às 17h30. A 1.ª Fase do Concurso Nacional de Acesso começa na próxima

quarta-feira, dia 19 de julho, e termina a 8 de agosto. A candidatura é feita exclusivamente online, no site da Direção Geral do Ensino Superior. K Rafael Mangana _

ADVOGADO Av. Gen. Humberto Delgado, 70 - 1º Telefone: 272321782 - 6000 CASTELO BRANCO


Universidade de Évora

Em linha com a Europa 6 A Universidade de Évora está “a reorganizar-se ao nível da investigação, apostando na transdisciplinaridade e em áreas nas quais tem capacidade científica instalada, nomeadamente, a agricultura e o património”, avançou Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora (UÉ) no Encontro Ciência 2017, o maior evento anual da comunidade científica nacional. Nos últimos vinte anos, dois terços do crescimento económico nos países industrializados são atribuídos à investigação e à inovação. Esta é uma das principais conclusões do estudo que a reitora da UÉ fez questão de referenciar como um documento absolutamente essencial: “este estudo sobre o impacto da ciência pedido pelo Comissário Carlos Moedas a Pascal Lamy, “não cientista” que liderou uma equipa diversa propõe que “a Europa e os seus Estados- membros têm que aumentar consideravelmente o seu investimento em ciência”, estes “querem realmente liderar ou co-liderar, ter uma voz activa neste mundo global em que hoje vivemos”. Em nota de imprensa, a Universidade de Évora revela que o relatório agora apresentado “dá indicações sobre o que temos ou devemos fazer para isso”. Na sua opinião é essencial “educar sempre mais, identificar os problemas e focarmo-nos neles”, e só assim podemos “garantir maior sinergia entre fundos estruturais e orçamento da ciência a fim de maximizar efeitos e impactos”.

A “reorientação estratégica que tem vindo a ser estruturada na Universidade de Évora”, acrescenta, “pretende ajustar as suas dimensões locais e regionais às tendências estruturantes ao nível europeu, adotando uma abordagem focada no impacto efetivo das suas atividades de investigação e inovação, orientadas para desafios globalmente relevantes, mas em simultâneo, selecionando os desafios aos quais poderá de forma mais efetiva dar resposta. A aposta na investigação para o

Mediterrâneo, através do PRIMA é disto um exemplo”. Outro aspeto realçado por Ana Costa Freitas é a “necessidade de comunicar ciência, sermos os melhores a comunicar ciência”, porém, para conseguirmos esse desígnio “temos que fazer chegar ao nível de chefes de estado e de governo (os decisores máximos), a noção de que não haverá nunca crescimento económico sustentável sem ciência e sem inovação”, concluindo que “não há ciência e

inovação sem orçamento” e “não há continuidade na investigação sem investimento em educação”. Segundo o relatório, a Europa deve capitalizar melhor o conhecimento que produz e transformar o seu potencial de inovação em crescimento económico. A investigação e a inovação devem ser uma prioridade nos orçamentos da UE e dos respetivos Estados Membros, propondo ainda uma duplicação do orçamento, em comparação com o atual programa de investigação e inovação da UE, o Horizonte 2020. Por outro lado, o relatório propõe um maior envolvimento dos cidadãos, com vista aos novos desafios globais, através da realização de missões de inovação amplamente mobilizadoras. Na opinião do Comissário Carlos Moedas, “a investigação e a inovação são importantes, e fazem a diferença no que respeita à produtividade, aumento da competitividade e melhora de forma tangível a nossa qualidade de vida. A Europa é uma potência científica global, mas temos que aproveitar melhor os benefícios desse conhecimento, transformando-o em valor para a Economia e para a Sociedade através da inovação. Saúdo calorosamente o trabalho deste grupo independente presidido por Pascal Lamy. As suas recomendações são uma base sólida para a nossa reflexão sobre o programa de financiamento que irá suceder ao Horizonte 2020”. K

Prémio europeu

Estudantes da UÉ vencem competição 6 A equipa portuguesa de jovens universitários empreendedores venceu o “Visa Award for Connected Commerce”, na competição europeia da Junior Achievement Europe, em Helsínquia, Finlândia. A equipa destacou-se entre os mais de 14 mil alunos, de 20 países europeus que participaram no Start Up Programme. Em declarações à Universidade de Évora, Tomás Caeiro, fundador da City Check, mostra-se “satisfeito por mostrar ao mundo a equipa fantástica que tenho a trabalhar ao meu lado e o potencial de crescimento que existe não só na ideia mas nas pessoas que estão a trabalhar nela”. Para este aluno de Gestão da Universidade de Évora, “poder estar na Finlândia a competir entre as melhores ideias da Europa foi um sentimento extraordinário”, e ganhar o ‘Visa Award for Connected Commerce’ “foi algo único e representa o trabalho que toda a equipa do City Check tem desenvolvido”. Por último, faz questão ainda de agradecer a “oportunidade” dada pela Junior Achievment Portugal, organização de educação para o empreendedorismo. A aplicação móvel premiada, City Check, permite aos utilizadores explorarem os principais pontos de interesse de uma cidade através de jogos contextuais. Para além de Tomás Caeiro, a equipa é constituída por diversos alunos da Univer-

sidade de Évora, nomeadamente: Gabriel Sousa, aluno de Design; Filipe Ribeiro, aluno de Design; Catarina Rosa, Design (alumni); Rui Rodrigues, aluno de Engenharia Informática; João Chiola, aluno de Enge-

nharia Informática; João Carvalho, aluno de Gestão e por Miguel Pasadinhas do IST. A versão Beta, exclusiva para Portugal, irá ser lançada em dezembro deste ano, deixando o tão aguardado lançamento da

versão final agendado para o início do ano 2018, porém já é possível fazer pré-registo para ser um dos primeiros a testar a versão Beta, enviando o nome e a frase ‘Eu quero ser Beta’ para app.citycheck@gmail.com. K

AGOSTO 2017 /// 07


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Desporto universitário europeu

Coimbra capital em 2018 6 A cidade de Coimbra é neste momento a capital do desporto universitário europeu, a cerca de um ano do início do maior evento multidesportivo alguma vez realizado em Portugal, os Jogos Europeus Universitários 2018 (EUG Coimbra 2018), que decorrem de 13 a 28 de julho, contando com 4500 atletas de 40 países e 350 universidades, com o apoio de 1000 voluntários, Esta será a quarta edição dos jogos, depois da estreia em 2012, em Cordoba (Espanha), seguido de Roterdão (Holanda) em

2014 e a mais recente, em 2016, em Zagreb (Croácia). Os EUG Coimbra 2018 terão 13 modalidades (masculino e feminino) em competição, algo que nunca aconteceu noutra competição multidesportiva em Portugal: Andebol, Badminton, Basquetebol, Basquetebol 3X3, Canoagem Sprint, Futebol, Futsal, Judo, Remo, Râguebi Sevens, Ténis, Ténis de Mesa e Voleibol. Têm um sítio oficial na Internet (www.eug018.com) no qual será possível assistir ao live streming das provas, os resultados em di-

reto e o medalheiro. A organização dos Jogos implica um investimento de quatro milhões de euros na renovação das infraestruturas desportivas, com especial enfoque nos equipamentos desportivos da Complexo Desportivo Universitário., onde os Pavilhões 1, 2 e 3 estão a ser alvo de diversas renovações, para além do próprio Estádio Universitário, entre outros. A este valor, acresce um orçamento operacional de cerca de cinco milhões de euros K

RHmais e Universidade Europeia

Protocolo assinado 6 A RHmais e a Universidade Europeia acabam de concretizar um protocolo de cooperação, que tem como objetivo aproximar os estudantes do mercado de trabalho, estabelecendo a ligação entre a oferta formativa das três instituições e o recrutamento da RHmais. Serão desenvolvidos mecanismos de cooperação que tornem possível e promovam a participação conjunta em atividades de carácter teóricoprático, técnico-científico e de investigação. As atividades incluem projetos, estudos ou consultoria, baseados em problemas reais complexos assim como na exploração de novas

ideias e na pesquisa de soluções inovadoras. Desta forma, é estimulada uma cultura de cooperação e de responsabilidade, aberta à partilha de conhecimento e à melhoria contínua num contexto empresarial. Uma das primeiras iniciativas ao abrigo do protocolo é o lançamento da pós-graduação para executivos em Global Strategic Innovation, com início previsto em outubro de 2017. A RHmais irá colaborar na definição da estrutura e conteúdos programáticos, conduzidos por um corpo docente com experiência a nível académico e profissional da Universidade Europeia, IADE-U e IPAM. K

Ciências do Mar em Aveiro

VI Conferência Nacional dos Baldios na UTAD

Floresta: há leis, mas falta atuar! 6 “Não vale a pena publicar mais nada em Diário da República, um despacho que seja, se não houver dotações para o concretizar e meios humanos para o fiscalizar e controlar. Estão publicadas milhares de linhas de relatórios e recomendações, leis, decretos-leis e regulamentares, portarias e despachos. O que é preciso é aplicá-los. É sempre possível melhorar a legislação, mas não se transforme o quadro legal na desculpa de mau pagador, para não se fazer o que tem de ser feito”.

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A conclusão é da VI Conferência Nacional dos Baldios, que decorreu na Aula Magna da Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro (UTAD), a 2 de junho e ficou marcada pelos acontecimentos que afetaram as populações dos concelhos de Pedrogão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Góis. Os representantes dos baldios reclamam respostas aos problemas da rentabilidade da produção florestal, exigindo medidas corajosas face aos preços degradados da madei-

ra, seja do pinho, do eucalipto ou das madeiras nobres do carvalho e castanho e de outras espécies autóctones, sujeitas a um mercado dominado por empresas monopolistas. “Não há solução para a gestão ativa da floresta, que possa ser alcançada, sem a rentabilização económica da floresta”, afirmam na citada proclamação. “Não venham com subterfúgios ou bodes expiatórios: paguem a preços justos o que a floresta produz, e não haverá floresta abandonada”. K

Empresas pagam propinas a caloiros 6 Três empresas nacionais ligadas ao mar vão pagar as propinas do 1º ano aos três caloiros com melhor média entre os que entrem em setembro na Licenciatura em Ciências do Mar da Universidade de Aveiro. Estes prémios de mérito atribuídos pelas empresas Porto de Aveiro, Alga+ e Hidromod reconhecem a importância e a necessidade de formação em Portugal de quadros superiores na área do Mar. João Miguel Dias, diretor do Departamento de Física, refere que os prémios de mérito pretendem “minorar as dificuldades de financiamento da frequência do ensino superior, especialmente para as famílias com residência distante de Aveiro, numa fase em que apesar

do país estar em recuperação financeira ainda se fazem sentir carências económicas significativas num elevado número de agregados familiares”. “A área do mar é atualmente considerada de elevado interesse estratégico nacional, o que se comprova pela criação do Ministério do Mar por parte do atual Governo”, refere João Miguel Dias, o qual relembra que as intenções de investimento privado no setor do Mar ultrapassam os dois mil milhões de euros para os próximos anos, sendo destacados o Plano Estratégico para a Aquicultura Portuguesa 2014-2020 e o aumento crescente do movimento nos portos nacionais. K


IPCB

Poliempreende tem vencedores

Projeto Highvec/ Tempus

Docentes do IPCB no Uzbequistão 6 Ana Ramos, Dinis Gardete, Francisco Lucas e José Mocito, docentes da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco lecionaram em vários seminários no Samarkand State Architecture-Construction Institute, no Uzbequistão. A participação dos docentes portugueses insere-se no projeto internacional HIGHVEC, financiado pelo Programa TEMPUS. Em nota de imprensa, o Po-

litécnico revela que os docentes do IPCB tiveram ainda oportunidade de participar na reunião do Steering Committee Meetingrealizada, realizada em Samarkand, conjuntamente com os parceiros espanhóis (Universidade Carlos III/Madrid), ingleses (Universidade de Birmingham), romenos (Univerdade Politécnica of Bucareste) e os membros das diversas instituições locais parceiras que integram o projeto. K

ESTCB

Construir robôs inteligentes 6 O Laboratório de Robótica e Equipamentos Inteligentes do IPCB, realizou a 13ª edição consecutiva do estágio “Construir Robôs Inteligentes”, informou o Instituto Politécnico em comunicado. O evento conta com o apoio da Ciência Viva no âmbito do programa “Ocupação Científica de Jovens nas Férias – Ciência Viva no Laboratório”. Na edição deste ano participaram alunos do 10º ao 12º ano de Escolas Secundárias de Lisboa, Setúbal, Pombal, Porto, Sabugal, Fundão e Castelo Branco que preencheram todas as vagas disponíveis. O objetivo do estágio foi introduzir a robótica aos alunos

do ensino secundário, abordando, de forma integrada, os conceitos de mecânica, eletrónica e programação, necessários ao desenvolvimento de robôs. Os alunos construíram robôs móveis inteligentes, capazes de se mover de forma autónoma (desviando-se de obstáculos) comandados remotamente por telemóvel quando necessário. Para além desta atividade. Houve oportunidade para interagir com os alunos da área da Robótica da licenciatura em Engenharia Industrial. Foi possível ainda ver e interagir com um robô industrial e um drone. K

6 O projeto DETOTOX conquistou o 1º prémio do Concurso Poliempreende, fase regional do Instituto Politécnico de Castelo Branco, arrecadando um prémio de dois mil euros. Em nota de imprensa, o IPCB revela que o “Detotox é um equipamento laboratorial projetado para combater as desvantagens inerentes à técnica de Espectrofotometria de Absorção Atómica atualmente utilizada para dosear metais pesados constituído por um equipamento eletrónico com um software instalado e por sistemas de nano-velcro específicos para cada um dos metais pesados. Estes sistemas de nano-velcro podem posteriormente à compra do Detotox ser adquiridos individualmente sob a forma de kits que serão desenhados de acordo com a distribuição dos metais pesados nas diversas regiões”. A equipa vencedora, constituída pelas alunas da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, Diana Monteiro, Mariana Mourão, Mariana Serra e Vanessa Pinto, irá representar o IPCB na segunda e última fase do Concurso (Nacional), em setembro, que irá decorrer no Instituto Politécnico de Bragança, na qual estarão presentes os vencedores regionais de cada um dos Institutos Politécnicos do País e Escolas Superiores Não Integradas. No segundo lugar ficou o projeto LOAE - “Localizador de artigos essenciais”, apresentado por Jéssica Caetano, aluna da Escola Superior Agrária. Este projeto consiste num dispositivo compacto pré-programado pelo utilizador para bens essenciais usados no quotidiano, tendo como objetivo evitar eventuais esquecimentos tais como chaves do carro, telemóvel, carteira, entre outros. Este projeto conta com um prémio de 1.500,00€ para se implementar.

O terceiro prémio, no valor de 1.000,00€, foi atribuído ao projeto SALI – Sistema de Apoio a Lares de Idosos, apresentado por Alexandra Castiço e Bruno Ferreira, alunos da Escola Superior de Tecnologia. Trata-se de um sistema que permite melhorar o funcionamento e a segurança dos lares de idosos. O Júri Regional do Concurso Poliempreende é constituído por representantes da AEBB – Associação Empresarial da Beira Baixa (Mónica Cardoso), ACICB – Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa (João Dias), da Câmara Municipal de Castelo Branco (João Carvalhinho), da Pedro Agapito Se-

guros (Pedro Agapito) e do Banco Santander Totta (Bruno Carvalho). A 14ª Edição do Concurso Poliempreende está integrada no Projeto PIN - Poli Entrepreneurship Innovation Network, projeto cofinanciado pelo Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) e pelo FEDER e dinamizado em parceria com os Institutos Politécnicos da Guarda, de Bragança, de Leiria, de Beja, do Cávado e do Ave, de Coimbra, de Portalegre, de Santarém, de Tomar, de Viana do Castelo, de Viseu e com a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. K

ESART em festival internacional

Alunos vão à Suécia 6 Inês Pais, Mariana Cabral, Hilton Costa, Joana Weffort, Luísa Couto e Mafalda Pessoa, estudantes da classe de violino da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco dos docentes Augusto e Alexandra Trindade e respetivos assistentes Tiago Santos e Nuno Vasconcelos foram recentemente

selecionados para o Festival Aurora na Suécia. Este festival será realizado entre os dias 12 e 20 de agosto de 2017 no Royal College of Music em Estocolmo. Recorde-se que os alunos de violino da ESART/IPCB têm sido selecionados e convidados a integrar vários projetos de índole profissional e académica.

Durante o mês de julho, cerca de 10 alunos da classe de violino, para além do Festival Aurora, integraram projetos como a EGO (Estágio Gulbenkian para Orquestra), participaram nas masterclasses de música de câmara de Utrecht e colaboraram, enquanto estagiários, com a recém-formada Orquestra Filarmónica Portuguesa. K

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IPCB apoia alunos com necessidades educativas

Castelo Branco

Gabinete funciona em pleno

IPCB com Gabinete de Acesso ao Superior

6 O Gabinete de Apoio ao Estudante com Necessidades Educativas Especiais (GAENEE) do IPCB promoveu uma reunião nos Serviços Centrais e da Presidência do IPCB com os Agrupamentos de Escolas e Escolas Secundárias do distrito de Castelo Branco que possuem alunos com Necessidades Educativas Especiais no 12º ano em condições para ingressar no Ensino Superior. Para o presidente do IPCB, Carlos Maia, citado em nota de imprensa enviada pelo próprio Politécnico, “a criação deste gabinete era uma pretensão antiga, e constituía um objetivo consagrado no plano estratégico da Instituição para o quadriénio 2015/18 e no meu plano de ação no âmbito da candidatura a presidente do IPCB, uma vez que é muito importante garantir a plena inclusão e a igualdade de oportunidades de todos os alunos que nos procuram”. Aquele responsável lembra que “criado o gabinete e consolidados alguns procedimentos, entendemos que era altura de convidar

as escolas secundárias para uma reunião, no sentido de darmos a conhecer o gabinete e trabalho realizado, informação que pode ser determinante na escolha dos alunos na altura de optarem por uma instituição de ensino superior”. Para a coordenadora do GAENEE, Helena Mesquita, “a necessidade deste gabinete surge a partir do momento em que a escolaridade obrigatória é alargada até ao 12º ano, razão pela qual nos chegam cada vez mais estudantes que necessitam de um conjunto de medidas de apoio, com vista à inclusão. Estas medidas compreendem a divulga-

ção, o acolhimento do estudante, acompanhamento durante o percurso académico e orientação no prosseguimento de estudos.” De acordo com um levantamento efetuado pelo Gabinete de Apoio ao Estudante com Necessidades Educativas Especiais do IPCB, todos os Agrupamento de Escolas e Escolas Secundárias do distrito de Castelo Branco possuem alunos com necessidades educativas especiais, mas nem todos pretendem ingressar no Ensino Superior. Estima-se que cerca de 13 a 20 estudantes estejam em condições de ingressar no ensino superior. K

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco vai ter em funcionamento um Gabinete de Acesso ao Ensino Superior durante a primeira fase do concurso nacional de acesso, que iniciou a 19 de julho e termina a 8 de agosto. Trata-se de serviço personalizado e prestado gratuitamente a toda a comunidade, dando aos candidatos a possibilidade de realizar nos Serviços Centrais e da Presidência do IPCB (Avenida Pedro Álvares Cabral – junto ao

Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco) a sua candidatura ao ensino superior com a ajuda de técnicos especializados, que apoiarão em todo o processo. O Gabinete funcionará de segunda a sexta-feira, das 9:30 às 12:30 no período da manhã e à tarde, das 14:30 às 16:30. Simultaneamente os candidatos ao ensino superior poderão contactar o gabinete através do email acesso@ipcb.pt, ou através do telefone 272339600. K

IPCB

Novo TeSP em Comunicação empresarial

IPCB

Esart mostra-se no Alegro 6 A Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco vai ocupar, durante os próximos dois meses, a montra IPCB/ Alegro. Naquele espaço vão estar expostos projetos e trabalhos desenvolvidos no âmbito dos diversos cursos e áreas científicas da Escola, informou o IPCB em comunicado. Na mesma nota de imprensa,

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o Politécnico explica que no último ano, marcaram presença neste espaço do Centro Comercial Alegro Castelo Branco as seis escolas do Instituto Politécnico de Castelo Branco: Escola Superior Agrária, Escola Superior de Artes Aplicadas, Escola Superior de Educação, Escola Superior de Gestão, Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias e Escola Superior de Tecnologia.

A Montra IPCB/ Alegro é um espaço dedicado à exposição dos trabalhos dos alunos do Instituto Politécnico de Castelo Branco no Centro Comercial Alegro Castelo Branco, com o objetivo de proporcionar um local de divulgação e promoção do IPCB fora de portas, aproximando assim a instituição da comunidade envolvente. K

6 O Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Assessoria e Comunicação Empresarial é uma nova oferta formativa da Escola Superior de Educação do IPCB, que entra em funcionamento no ano letivo 2017-2018. O Técnico Superior Profissional em Assessoria e Comunicação Empresarial promove uma dinâmica de eficácia organizacional com recurso a conhecimentos específicos das áreas do secretariado, da comunicação, da gestão, da contabilidade e do direito empresarial, contribuindo para o desenvol-

vimento sustentável das organizações. A presente oferta formativa tem uma forte inserção regional, dada a grande interação com o tecido empresarial da região que a identifica como uma das áreas prioritárias de formação técnica e profissional. Para além das unidades de formação geral e científica, a prática em contexto de trabalho (Estágio) capacita o estudante para o acesso a formações de nível 6, especificamente ao 1.º Ciclo de Formação, a Licenciatura em Secretariado da ESE/ IPCB. K

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Melhor tese de mestrado

Leiria vence em Oxford

Em 54 cursos

Leiria abre 1900 vagas 6 O Politécnico de Leiria abre 1.900 vagas para o ano letivo 2017/2018, informou a instituição em comunicado Na nota de imprensa, o IPL adianta que a oferta de licenciaturas do Politécnico de Leiria é composta por 54 cursos, nas áreas de educação e ciências sociais, engenharia e tecnologia, artes e design, turismo, saúde e desporto, ciências e tecnologia do mar, e ciências empresariais e jurídicas. A oferta foi complementada com a recente formação em Engenharia Alimentar - licenciatura pioneira com mobilidade entre Leiria (Peniche), Bragança e Viana do Castelo -, Gestão de Restauração e Catering, Dietética e Nutrição, e Programação e Produção Cultural. Nuno Mangas, presidente do Politécnico de Leiria, destaca a aposta em oferta formativa que responde à demanda do mercado, «realidade de que somos muito conscientes pela ligação forte entre a academia e a indústria». O número de vagas do IPLeiria mantém-se em linha com as dos últimos anos, distribuídas pelas suas cinco Escola SupePublicidade

riores: de Artes e Design (348), de Educação e Ciências Sociais (325), de Saúde (230), de Tecnologia e Gestão (711), e de Turismo e Tecnologia do Mar (286). As 54 licenciaturas disponíveis no Politécnico de Leiria são ministradas em regime diurno, pós-laboral e ensino a distância, caracterizando-se a oferta formativa por uma abrangente multidisciplinariedade, e forte ligação às empresas. O IPLeiria oferece ainda 46 mestrados, 24 pós-graduações e 38 cursos técnicos superiores profissionais (TeSP). As candidaturas para o Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior decorrem online no site da Direção Geral de Ensino Superior (DGES). Os Serviços Centrais do IPLeiria, na Rua General Norton de Matos, em Leiria, terão a funcionar gabinetes de apoio às candidaturas, a partir do dia 20 de julho, nos dias úteis entre as 10h00 e as 17h00 horas. Os Serviços Académicos da ESAD.CR/IPLeiria (Caldas da Rainha) e da ESTM/IPLeiria (Peniche) também estarão a prestar apoio presencial. K

6 Dário Luís, diplomado de Engenharia Automóvel no Politécnico de Leiria, acaba de ser distinguido com o prémio de melhor tese de mestrado de 2015/2016 no departamento de Engenharia Mecânica e Matemática Aplicada da Universidade de Oxford Brookes, com a tese “Modelling of GDI Engine Combustion and Cycle by Cicle Variation”. O trabalho engloba a simulação computacional de motores de combustão interna, nomeadamente de fenómenos aparentemente aleatórios, que ocorrem no interior da câmara de combustão, e que fazem com que a combustão seja sempre diferente de ciclo para ciclo. “O meu trabalho consistiu em criar uma forma inovadora e muito aproximada à realidade de simular estes ciclos computacionalmente, algo que ainda não é possível fazer de modo fidedigno nos atuais programas de simulação usados na indústria automóvel”, destaca Dário Luís. “Para mim é um orgulho pessoal enorme poder atingir um objetivo que francamente não pensava ser possível. O que demonstra que qualquer pessoa, independentemente da sua origem, pode atingir aquilo a que

se propõe, desde que tenha dedicação e força de vontade”, realça o diplomado. Atualmente Dário Luís está a trabalhar como gestor de projetos da área das peças automóveis para a Toyota Motor Europe, sede europeia da empresa japonesa, em Inglaterra. O diplomado português reconhece que esta distinção “é sem dúvida algo bastante diferenciador e que solidifica o meu currículo como excecional, podendo vir a abrir mais portas”. No futuro o jovem gostava de ter um papel mais ativo na engenharia de motores e sistemas de propulsão, um objetivo que poderá passar pelo mundo da competição automóvel.

Nuno Martinho, coordenador do curso de Engenharia Automóvel do Politécnico de Leiria, conta que “o Dário Luís foi um estudante com um envolvimento muito forte num conjunto alargado de atividades ligadas à nossa licenciatura. A título de exemplo foi durante dois anos o team leader da equipa Formula Student FSIPLeiria, que levou a muito bom porto a exigente participação nas diversas provas de competição internacional desta equipa», revelando ainda que «estamos muito agradados com mais este sucesso do seu percurso académico e estamos seguros que o repercutirá igualmente no seu percurso profissional”. K

Artes Plásticas em Leiria

Finalistas mostram trabalho

6 Os estudantes finalistas do curso de licenciatura em Artes Plásticas da Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha mostram e divulgam os seus trabalhos artísticos numa exposição que está patente ao público no Banco de Portugal, em Leiria, até 3 de setembro. Os visitantes podem conhecer 45 trabalhos desenvolvidos durante o terceiro e último ano da licenciatura em Artes Plásticas. Pintura, escultura, instalação efémera, desenho, colagem, fotografia, vídeo, entre muitas

outras técnicas e meios, são alguns dos objetos selecionados para esta exibição, que mostram o ecletismo que caracteriza a arte contemporânea. Em resultado desta mostra será publicado um pequeno catálogo, com o apoio da Câmara Municipal de Leiria. Rodrigo Silva, docente em Artes Plásticas e antigo diretor da escola, explica o conceito desta exibição. “O momento da apresentação pública destes trabalhos é um lugar de passagem: a partilha de um instantâneo, num trajeto em

trânsito para outro lugar. Lugar móvel, lugar da transição, onde simultaneamente se esboça uma história de experimentações, feita de avanços e recuos, de espantos e incertezas, de afirmações e interrogações. E posteriormente dá-se uma transição para um caminho, um percurso, feito de assombro e sobressalto”. A mostra estará patente ao público de segunda a sexta-feira, das 9 às 12 e das 14 às 17, e aos sábados e domingos, entre as 14 e as 18. A entrada é livre. K

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Instituto Politécnico da Guarda

Formação em atividade física

Para seis projetos de investigação

Guarda com financiamento 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) obteve, recentemente, a aprovação e financiamento dos seis projetos submetidos ao Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica (SAICT) dos quais é líder. O IPG obteve o pleno de candidaturas que a instituição se podia submeter e assegurou a participação em mais nove projetos com instituições de ensino politécnico congéneres. Uma das candidaturas aprovadas relaciona-se com o projeto Monitorização & Manutenção Avançada de Árvores (TreeM). “A árvore é um ser vivo fundamental, regulador da natureza, do clima e da ecologização urbana”, como é referido a propósito. “Enquanto estrutura viva, a árvore está sujeita à biodegradação. Neste caso, fica com as suas capacidades limitadas, quer de resistência quer de produtividade, representando uma perda ambiental e económica, além de ser uma fonte de risco para pessoas e bens”. Como foi referido ao nosso jornal, presentemente a maioria das deteções de manifestações patológicas é feita visualmente; porém, muitas são de difícil

identificação e monitorização, por não serem percetíveis. Estas técnicas tradicionais, que assentam na inspeção visual, detetam tardiamente as patologias, dificultando a sua eliminação ou mitigação. A Termografia por Infravermelhos (TIV) possibilita a medição contínua e simultânea da temperatura de uma superfície, em tempo real e sem contacto, podendo constituir uma ferramenta poderosa, expedita, não poluente e não intrusiva para análise da integridade biológica de árvores. Assim, este projeto, a desenvolver pelo IPG, visa otimizar esta técnica de diagnóstico para a inspeção, monitorização e deteção precoce de manifestações patológicas em árvores. A aplicação da técnica poderá permitir a diminuição dos meios humanos e materiais atualmente utilizados pelas técnicas tradicionais, com consequentes ganhos ambientais e económicos. Para Rui Pitarma (docente do Instituto Politécnico da Guarda), investigador responsável pelo projeto TreeM, este estudo aplicado a árvores

“pode constituir um polo de investigação aglutinador, ligado aos recursos naturais endógenos, centrado na Guarda, no coração do Parque Natural da Serra da Estrela”. Na sua perspetiva, o IPG deve ter “uma agenda ambiental forte e este estudo poderá representar um bom contributo. Grande parte dos recursos económicos e patrimoniais da Região Centro de Portugal resultam dos seus recursos naturais endógenos, como a floresta e a fruticultura, que representam quase metade do valor acrescentado bruto setorial do país, e que se pretendem ver alargados através da aplicação de novas tecnologias”. A TIV é uma tecnologia conhecida, com extensa aplicação em diversos domínios, mas cuja aplicação a árvores é ainda embrionária, sendo pioneira em Portugal. “Face à natureza do estudo, o projeto envolve uma equipa multidisciplinar. Em investigação os resultados não são garantidos, mas as expectativas são promissoras”, acrescentou Rui Pitarma. K

www.ensino.eu 012 /// AGOSTO 2017

6 No Instituto Politécnico da Guarda decorreu, de 10 a 12 de julho, a décima terceira edição do Seminário Internacional de Educação Física, Saúde e Lazer (SIEFLAS). O tema central deste seminário, “Desafios interdisciplinares na promoção da Atividade Física”, foi desenvolvido em conferências, mesas de debate temático e pósteres por reconhecidos investigadores nacionais e internacionais. Pedro Teixeira (Programa Nacional de Promoção da Atividade Física - DGS); Jorge Mota (Programa Acorda /FADEUP); Romeu Mendes (Programa Diabetes em Movimento - UTAD); José Antonio de Paz Fernández (Programa Esclerosa Múltipla – ULeón, Espanha); José Rodrigues (REDESPP /ESDRM), Nuno Ferro (Sociedade Portuguesa de Educação Física), César Sá (IPVC), Carlos Neto (FMH),

Nuno Serra (IPG) e Rita Cordovil (FMH) foram alguns dos conferencistas. Carolina Vila-Chã, docente do IPG e elemento da Comissão Organizadora deste Seminário Internacional, considerou, no decorrer da sessão abertura, que “este evento constitui um dos pontos altos da comemoração dos 30 anos da formação em Desporto no Politécnico da Guarda. Nestas três décadas, foi apanágio da instituição e, em particular da UTC de Desporto, a melhoria constante da sua resposta formativa, através de uma aposta consistente no ensino e na Investigação”. Esta docente de Desporto, no Politécnico da Guarda, acrescentou que este ano “encontrou eco no financiamento de três projetos de investigação centrado na atividade física, saúde e bem-estar”. K

envelhecimento ativo

Investigadores ibéricos reuniram no IPG 6 No Instituto Politécnico da Guarda decorreu, no passado dia 13 de julho, a segunda reunião do grupo de trabalho do projeto EuroAGE - Iniciativas inovadoras para el impulso del envejecimiento activo en la región EuroACE (Alentejo, Centro e Extremadura-Espanha). Esta reunião contou com a presença de mais de uma dezena de investigadores oriundos de instituições espanholas (Centro de Cirugía de Mínima Invasión Jesús Usón, Universidad de Extremadura, Cluster sócio sanitário da Extremadura) e portuguesas (Instituto Politécnico da Guarda, Instituto Politécnico de Castelo branco e Universidade de Coimbra). Na agenda de trabalhos es-

tiveram assuntos relativos à análise e discussão das estratégias em vigor para promoção do envelhecimento ativo na região euroACE e às diferenças de contexto, de leis e normativas existentes entre Portugal e Espanha no que concerne aos direitos, proteção e apoio ao idoso. No decorrer deste encontro foram ainda discutidos os desafios a ultrapassar na implementação de novas tecnologias como instrumentos auxiliadores na prevenção do declínio físico cognitivo e social observado nos idosos. K


Balanço final

Joaquim Mourato, oito anos depois 6 Joaquim Mourato prepara-se para terminar o último mandato enquanto presidente do Instituto Politécnico de Portalegre. Oito anos depois, e já conhecido o seu sucessor (Albano Silva foi eleito novo presidente da instituição, depois de acompanhar Joaquim Morato como vice-presidente), o dirigente que também assumiu o cargo de presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, fala em gratidão por ter tido a oportunidade de servir essas instituições. Ao Ensino Magazine assegura que o balanço destes oito anos não deve ser feito por ele, mas sim pela comunidade. Ainda assim revela que em termos pessoais “foi um desafio enorme ter assumido a presidência do IPP, pois esse cargo abriu-me outras oportunidades e desafios, como a presidência do CCISP, ou a integração na Rede Europeia das Universidades de Ciências Aplicadas e na Federação Mundial de Colégios e Politécnicos. Houve um conjunto desafios que decorreram por ter sido presidente do Politécnico, que me mudaram enquanto pessoa e que permitiram gerir consensos e conflitos, e ter uma relação direta com o Governo e com a Assembleia da República. Por tudo isto, só posso estar grato a todos os que confiaram em mim para presidente da instituição”. Durante oito anos, Joaquim Mourato, assim como todos os seus colegas das restantes instituições de ensino superior, teve que enfrentar um dos períodos mais difíceis da história recente da rede de ensino superior, sobretudo devido à diminuição no número de alunos, à ideia criada que havia instituições de ensino superior a mais e aos cortes orçamentais. O ainda presidente do IPP, explica que o caminho que percorreu foi feito também com base no trabalho que vinha do passado. “Quando traçámos o nosso projeto, sabíamos que a instituição iria enfrentar os efeitos de Bolonha (desapareciam por esse efeito dois quintos do número de alunos). O efeito negativo era tremendo. Mas depois entrou a crise social e económica. Só ago-

ra estamos a sair dessa crise. Ou seja, os meus oito anos viveram nesse contexto, onde houve menor investimento na educação, quer do Estado, quer das famílias. Nas engenharias passaram a ser obrigatórias as provas de matemática e físico-química, o que veio destruir a formação nas tecnologias, principalmente no interior do país”. Joaquim Mourato diz que aposta passou por transformar essas dificuldades em oportunidades. “Apostámos em áreas que considerámos chave, como a qualificação do corpo docente; a investigação e a internacionalização. Por outro lado, tínhamos que ter uma oferta formativa que olhasse para a região”. O presidente do IPP adianta que as apostas foram feitas tendo em conta a sustentabilidade e o equilíbrio financeiro da instituição. “Ao nível da qualificação tínhamos 10 a 12% de professores doutorados, hoje temos cerca de 50% de doutorados e com um bom número de docentes em programas de doutoramento. Por isso, dentro

de três a quatro anos esse é um problema ultrapassado. Na investigação demos passo enormes. Criámos o Centro de Coordenação Interdisciplinar para a Investigação e Inovação, alinhado com a estratégia regional de especialização inteligente. Temos hoje investigadores com um nível muito bom e estamos em condições de abraçar desafios mais exigentes. Na internacionalização foi também feito um caminho importante e penso que a região ainda não se apercebeu muito bem dessa evolução. Enquanto que há oito tínhamos 20 ou 40 estudantes de Erasmus, hoje temos 200. A ambição dever ser superior, mas é um número já significativo, que envolve 30 nacionalidades. Já muita coisa foi conseguida, mas há um caminho a fazer”. O presidente cessante explica que houve apostas que poderiam ter tido mais sucesso. “Elaborámos um projeto educativo, científico, cultural e desportivo, em que envolvemos todo o instituto. Foi possível traçar um rumo. No que respeita à vertente educa-

tiva e cientifica foi feito um bom trabalho: temos formações únicas no país em várias das nossas escolas. Já a vertente cultural e desportiva não assumiram a dimensão que eu gostaria. Na área desportiva tinha a ambição de construir algo semelhante às academias americanas. E temos vertentes desportivas que são distintivas, como a arte equestre – em que temos os melhores mestres –, ou o remo – temos o «Maranhão», em Avis, onde muitos medalhados olímpicos treinam. Mas não conseguimos dar a dimensão que seria desejável”. Apesar das dificuldades orçamentais, o Politécnico de Portalegre conseguiu concretizar um projeto importante para a região, a incubadora de base tecnológica BioBip. “O investimento ali efetuado foi cerca de 40% do que estava previsto no projeto inicial. Depois de dois anos de trabalho numa rede, com mais de 20 parceiros, conseguimos concretizar este projeto. Entendemos que cada região do Alentejo deveria ter uma especialização. Em Portalegre optámos pela bioenergia com o centro de incubação de empresas de base tecnológica. Um ano e meio depois da sua abertura temos o BioBip cheio. Pretendemos apresentar uma nova candidatura para outras áreas de especialização, garantindo uma nova centralidade do IPP, da cidade e da região, criando-se mais postos de trabalho, para que os jovens acreditem que podem ter um projeto de vida sem saírem da região”. Joaquim Mourato fala também das largas dezenas de “projetos em curso, com milhões de euros envolvidos, e com parceiros locais, nacionais e internacionais. Isso é das maiores conquistas do Politécnico. Hoje há um forte envolvimento do Politécnico com a região, e essa é uma mais valia e a nossa grande segurança”. A terminar, Joaquim Mourato sublinha o facto de todos os cursos estarem acreditados pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior pelo período máximo, e a certificação do instituto, onde o Politécnico de Portalegre foi pioneiro, sendo a única instituição com certificação na área da responsabilidade social. K

14ª Edição Regional do Poliempreende

NeuroM ganha concurso 6 A BioBIP – Bioenergy and Business Incubator of Portalegre acolheu, a 7 de julho, a apresentação dos sete projetos candidatos à 14ª edição do Concurso Regional do Poliempreende. Após todas as apresentações, o júri reuniu para análise, discussão e classificação dos projetos, tendo atribuído o primeiro lugar ao projeto NeuroM, de Liliana Chaves Gonçalves, aluna do curso de mestrado de Gerontologia. Em segundo lugar ficou o projeto Alpha Pets,

de Cristiana Virgínia de Sousa Lopes Pombinho, aluna da licenciatura de Enfermagem Veterinária. O terceiro lugar coube ao projeto Mercado Português, de Nuno Miguel Raposo Mendes e Pedro Alexandre Oliveira Garraio, alunos da licenciatura de Administração de Publicidade e Marketing. O júri foi constituído por Albano Silva (vice-presidente do Politécnico de Portalegre), Francisco Costa (Caixa Geral de Depósitos de Portalegre), Carlos

Nogueiro (Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo), Jorge Pais (Núcleo Empresarial da Região de Portalegre), Sandra Cardoso (Centro de Emprego e

Formação Profissional de Portalegre) e Artur Romão (pró-presidente para o Empreendedorismo e Emprego do Politécnico de Portalegre). K

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Inês Rochinha, Youtuber

A amiga dos adolescentes 6 É um caso sério de popularidade junto dos adolescentes e coleciona milhares de seguidores e fãs nas redes sociais, ávidos de escutarem os seus conselhos. Inês Rochinha, 24 anos, explica em entrevista quais os principais dilemas dos jovens portugueses. Como surgiu a ideia de transformar a experiência de uma espécie de consultório emocional iniciada no seu canal do YouTube num livro, a que deu o nome de “Conversas sem segredos”? Surgiu quase como uma necessidade de resposta às centenas de mensagens que recebia com desabafos. Não sei, mas sempre senti que os meus seguidores têm um grande à vontade para falar comigo sobre certos assuntos que nem mesmo com os melhores amigos partilham. A partir daí comecei a planear como poderia transpor estas mensagens no canal, de forma a que as pessoas se sintam confortáveis em partilhar os seus dilemas.

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O seu quarto é o cenário dos vídeos. Pensa que esse enquadramento confere ainda mais intimidade e proximidade com os seus ouvintes? Claro. Aliás dependente do tipo de conteúdo que falo, tento sempre adaptar o ambiente. É importante que as pessoas que assistam se sintam confortáveis. «Simplifica os teus dilemas e sê feliz», é uma das frases que servem de promoção ao seu livro. Como procura «descomplicar» alguns dos problemas que lhe colocam? Pensar com praticidade. É um papel difícil, no entanto, quando leio os “dilemas” tento sempre por-me na pele das pessoas e avaliar o que podemos simplificar naquela situação específica. Quais são as perguntas, as dúvidas e os dilemas que mais recorrentemente caem na sua caixa de correio eletrónico? Normalmente são problemas amorosos.

Problemas de identidade e questões alimentares são certamente preocupações comuns a qualquer jovem. Continua a existir uma obsessão pela máxima «corpo são» em detrimento de uma «mente sã»? Acho que é um problema que poucos admitem. E maioritariamente os dilemas que me apresentam são mais inseguras a nível social do que propriamente com o seu corpo, no entanto, existe uma ligação evidente.

Fica com a sensação que os adolescentes que lhe escrevem dialogam pouco com os pais em casa? Não. Acho que falam mas só de certas coisas e isso é natural. Nesta fase da nossa vida existe sempre uma resistência da nossa parte em olhar para os nossos pais como a solução dos nossos problemas.

Por ser modelo a seguir para muitas adolescentes, admite que pode ser uma espécie de psicóloga para muitos jovens? Não me considero uma psicóloga, mas sim uma amiga. Falo com base nas minhas experiências e no meu estilo de vida. Ser psicologo é uma profissão muito específica, que admiro bastante e tenho a consciência que não o sou e que tenho que ter muito cuidado com a

E relativamente a questões associadas com a escola, nomeadamente o relacionamento entre colegas e professores. Tem recebido alguns casos? O bullying é um deles? Recebo, mas normalmente tento sempre responder a esse tipo de casos em privado. Já recebi mensagens demasiado fortes e tento sempre proteger a pessoa em si nesses casos. Aconselho, dou dicas, mas não exponho com ;

forma que exponho os meus pensamentos ou ideologias, daí tentar sempre ir pelo lado da praticidade.


receio que esse tipo de desabafos sejam motivo para que sofram mais. A “Activa” chamou-lhe «a musa do Instagram», onde tem mais de 120 mil seguidores e onde partilha momentos do seu dia a dia. O êxito desta ferramenta é a constatação que vivemos na era da ditadura da imagem? Ditadura da imagem já é algo que existe há anos. Esta ferramenta para mim é a constatação do poder do digital. Queremos coisas dinâmicas, cores, vida! Tem 24 anos de idade, muitos seguidores e certamente muitas empresas interessadas em divulgar os seus produtos. Considera-se, de alguma forma, uma marca muito cobiçada? Não sou uma marca, sou uma pessoa. Existe sim muito interesse por parte das marcas em trabalhar com influenciadores digitais e eu felizmente tenho recebido várias propostas e tenho tido oportunidades incríveis como o meu livro, no entanto, acho que é essencial realçar que só aceito algo que realmente faça sentido para mim e para o meu público. O sucesso também está ligado a este fator de filtragem. As pessoas confiam em mim e eu devo-lhes a minha sinceridade e honestidade, caso esteja a promover um produto ou serviço. Sei que trabalha, para além da sua atividade no YouTube e noutras platafor-

mas. Não querendo que revele quanto aufere nesta sua experiência virtual, conseguiria viver apenas com os rendimentos gerados pelo You Tube? Sim, no entanto não me quero submeter a essa realidade. Tenho outros sonhos e outras ambições que quero

conciliar com esta aventura. O YouTube para mim é muito mais que uma plataforma, é uma paixão e por isso nunca quero sentir que tenho que me submeter a algo que não esteja 100% confortável para ter um rendimento estável ao final do mês com uma mar-

ca, por exemplo. Como disse na pergunta anterior, devo esta lealdade aos meus seguidores. K Nuno Dias da Silva _ Jorge Nogueira H

Idanha-a-Velha

VER na antiga cidade romana 6 A exposição VER – Travessa da Ermida está patente na aldeia histórica de Idanha-a-Velha (que no Império Romano foi uma das suas principais cidades), até 1 de outubro. A exposição reúne um conjunto significativo de obras da coleção Travessa da Ermida, projeto cultural que, desde 2008, intervém ativamente em Lisboa, sob a direção de Eduardo Fernandes. Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, destaca a qualidade da exposição e o facto da mostra ficar patente naquela aldeia histórica. O autarca lembra ainda que a exposição se insere no 20º aniversário do Centro Cultural Raiano. Com uma extensão temporal de duas décadas, a coleção traça um retrato do panorama recente da arte contemporânea em Portugal. O presidente da Câmara recorda que “as terras de Idanha apresentam uma dimensão patrimonial que extravasa amplamente as suas fronteiras: Cidade Criativa da UNESCO, na área da Música, desde Dezembro de 2015; Reserva da Biosfera em 2016; e sede do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, o primeiro geoparque em Portugal. Três atribuições

que conferem a Idanha um estatuto particular: é um território UNESCO, cruzando material e imaterial”. O autarca adianta que “a cultura assume-se como uma premissa absolutamente essencial na construção do desenvolvimento sustentável da região, entrecruzando-se com outras áreas, territórios e redes operativas, no sentido de produzir sempre mais e melhores resultados – um esforço que vale a pena VER”.

Já os curadores da exposição, Paulo Longo e Mariana Salgueiro, dão ênfase aos espaços em que a exposição se estende: “o Lagar de Varas e a Capela de S. Dâmaso convertem-se no ponto de encontro de duas abordagens, dotadas de personalidades distintas, mas ambas visando a valorização cultural, a promoção turística e a partilha de experiências únicas: o Projecto Travessa da Ermida e o Centro Cultural Raiano | Município de

Idanha-a-Nova. VER é, uma vez mais, o resultado dessa convergência: uma exposição cuja narrativa é construída a partir do cruzamento do arquétipo do património histórico construído com o discurso criativo contemporâneo, fluido, dinâmico e provocador”, revelam. Obras de Albuquerque Mendes, Albano Afonso, Alberto Carneiro, Bela Silva, Daniel Blaufuks, João Maria Gusmão + Pedro Paiva, João Noutel, Madalena éme, Nelson Cardoso, Paulo Brighenti, Rui Chafes, Susanne Themlitz estarão presentes no espaço do Lagar de Varas e respetivo logradouro. A série ‘Da natureza das coisas’ de Valter Vinagre estará patente na Capela de S. Dâmaso, outro espaço de referência desta aldeia histórica. Esta é uma iniciativa conjunta do Município de Idanha-a-Nova e do Projeto Travessa da Ermida e dá continuidade à linha de intervenção descentralizada, desenvolvida a partir do Centro Cultural Raiano, que visa promover o diálogo entre centros e periferias, num modelo abrangente de acesso à cultura que tem como cenário comunidades rurais do concelho de Idanha-a-Nova. K

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Cristina Rodrigues

“Retrospectiva” para ver no Centro de Cultura Contemporânea 6 Cristina Rodrigues, a autora das obras de arte têxtil em Bordado de Castelo Branco que, a partir do próximo dia 17 de setembro cobrirão em permanência os altares da Catedral de Manchester, em Inglaterra, inaugurou no passado sábado, dia 15, em Castelo Branco, no Centro de Cultura Contemporânea (CCCCB), a sua exposição “Retrospectiva”. A mostra estará patente naquele espaço até ao dia 10 de dezembro. Para Cristina Rodrigues “as obras selecionadas materializam algumas das minhas obsessões, num equilíbrio entre momentos de contentamento e de sofrimento”, referira antes da abertura. No dia inaugural, perante aqueles que a acompanharam numa visita guiada à mesma, revelou que “o município de Castelo Branco acreditou tanto

neste projeto desde o início que conseguimos trazer até aqui esta «Retospectiva» e em setembro iremos levar o magnífico bordado albicastrense até Manchester”. A artista já tem uma casa e um ateliê na cidade, é uma apaixonada pelo Bordado de Castelo Branco e faz questão de o frisar publicamen-

te: “A oficina escola do bordado que existe nesta cidade tem verdadeiras fadas, este é um bordado palaciano que não existe em mais nenhum lugar do Mundo”. Como anunciado nas comunicações à imprensa que antecederam a inauguração desta mostra, a mesma apresenta “pela primeira

vez em Portugal a instalação Urban Dwellers, resultante da parceria com a FLY London – a gigante portuguesa do calçado – numa versão concebida especificamente para esta exposição. Igualmente em estreia estará a nova coleção de tapeçarias de assinatura da artista para a Ferreira de Sá – a fabricante de tapeçarias de luxo líder na Europa”. Para o presidente do município albicastrense, Luís Correia, esta é uma exposição que “nos traz uma enorme expectativa, porque a inspiração que a motivou está muito relacionada com o que de melhor aqui se produz, ou seja o nosso bordado”. Já a curadora da exposição, a iraniana Tara Aghdashloo, com quem a artista plástica trabalha em Londres, elogiou as qualidades da artista e do seu trabalho e lembrou

Chancela da RVJ Editores

História do Sporting da Covilhã editada em livro 6 O livro “Sporting da Covilhã 1923-1990” foi apresentado, no dia 15 de julho, no Salão Nobre do Município da Covilhã. Da autoria de Miguel Saraiva, o livro tem a chancela da RVJ Editores e surge com a marca gráfica do designer Henrique Gigante (Gigarte).

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Com cerca de 300 páginas, a obra é uma das mais completas sobre o Sporting da Covilhã, apresentando imagens de outros tempos e dados documentais, fruto da investigação realizada por Miguel Saraiva. Na sessão solene que encheu por completo o salão no-

bre, Miguel Saraiva destacou a importância da obra e o modo como a investigação foi efetuada. Também o presidente do Município referiu a importância do livro e do Sporting Clube da Covilhã como grande embaixador do concelho.

A cerimónia em que marcaram presença antigos e atuais dirigentes do clube, homenageou a equipa que em 1986/87 subiu o Sporting Clube da Covilhã à 1ª Divisão Nacional. Muitos antigos jogadores estiveram presentes assim como o treinador da altura, Vieira Nunes.

“o casamento perfeito entre uma visão contemporânea, a tradição e as técnicas ancestrais”. Oriunda de um país onde a tapeçaria e o bordado vêm de tempos imemoriais, mostrou-se encantada com o Bordado de Castelo Branco, referindo a este propósito que “esta é uma exposição sem receios das heranças culturais e das raízes populares que aqui estão de facto refletidas com muita disciplina artística”. Para Teresa Antunes, diretora do CCCCB, “esta exposição é uma explosão de cor, de inspiração tradicional com uma roupagem e abordagem contemporânea”. Cristina Rodrigues nasceu no Porto. Arquiteta de formação, é hoje um dos novos valores entre os artistas plásticos, tendo concluído o seu doutoramento na Manchester School of Art. K


Conferência Internacional teve o apoio do Ensino Magazine

Fórum sobre Toponímia

Guarda debate nomes 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai promover, a 27 de outubro, mais um Fórum sobre Toponímia. Considerando que a toponímia se assume como referência dos valores históricos, culturais de cada lugar e memória coletiva de factos, personalidades, tradições ou legados identitários, a organização deste Fórum pretende incrementar o estudo/ divulgação através de diversiPublicidade

ficadas e distintas perspetivas que, globalmente, propiciem uma Guarda da memória. Até ao próximo dia 31 de Julho decorre o prazo para a submissão de comunicações, através do sítio do evento na internet (https://www.ipg.pt/ toponimia). Os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição (gratuita mas obrigatória) até 16 de outubro de 2017. K

Helix que se faz ciência 6 A segunda edição da Conferência Internacional Regional HELIX, dinamizada pelo Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais da Universidade da Beira Interior (NECE), decorreu entre os dias 21 e 23 de junho, na Covilhã, em parceria com o Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional (CEDER) do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Realizou-se a segunda edição da Conferência Internacional Regional HELIX, dinamizada pelo Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais da Universidade da Beira Interior (NECE), entre os dias 21 e 23 de junho, na Covilhã, em parceria com o Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional (CEDER) do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Tratando-se de um evento centrado nas redes de inovação, empreendedorismo e transferência de tecnologia, foram, ao longo de três dias, debatidos temas relacionados com o desenvolvimento de ecossistemas de empreendedorismo e inovação, alicerçados em dinâmicas de cooperação regional, nacional e internacional. A conferência internacional contou, para além de renomeados académicos nacionais e internacionais, representantes da decisão política regional, empreendedores e gestores. O nível científico da Regional HELIX’17 ficou refletido na qualidade das comunicações apresentadas, traduzida em elevados níveis de aceitação para publicação em revistas científicas indexadas da especialidade que se associaram ao evento. Urge ainda salientar, os enriquecedores contributos dos conferencistas convidados

(Björn Asheim, professor de Geografia económica e inovação na Universidade de Stavanger, Noruega; Judith Terstriep, Chefe do Departamento de Investigação, Inovação, Espaço e Cultura, da Universidade de Vestefália, Instituto do Trabalho e Tecnologia, Alemanha; Marina Ranga, Comissão Europeia, DG Centro Comum de Investigação Sevilha, Espanha; e Saulo Dubard Barbosa, professor de empreendedorismo na EMLYON Business School, França). A Regional HELIX’17, para além das sessões paralelas de teor académico e científico, teve início com um seminário de investigação promovido pela conferencista convidada Marina Ranga, destinado a alunos de doutoramento e investigadores. O evento contou com a realização de uma sessão plenária centrada na divulgação da estratégia regional de especialização inteligente do território, provida pelos principais clusters da região Centro de Portugal (Engineering and Tooling, TICE, InovCluster e Habitat Sustentável) em colaboração com a Comissão de Coordenação da Região Centro (CCDRC).

O debate foi ainda enriquecido com as intervenções de Marina Ranga e Elisabetta Marinelli, da Comissão Europeia, DG Centro Comum de Investigação Sevilha, Espanha. No terceiro dia, o evento reservou um espaço próprio à apresentação de projetos e ideias empreendedoras, designado de Regional Helix Summit, onde estiveram presentes diferentes empreendedores, dos quais um grupo inserido num ecossistema regional de empreendedorismo, patrocinado pela Câmara Municipal de Oleiros. Foram ainda parceiros do evento o Banco BPI (patrocinador) e Ensino Magazine (parceiro de mídia). O evento apostou, igualmente, numa forte componente de networking, quer através de mecanismos formais, quer através de um programa social, de caráter mais informal. Está já confirmada a terceira edição da Conferência Internacional (Regional HELIX’18), a realizar na Universidade do Minho, Pólo de Guimarães, entre os dias 27 e 29 de junho de 2018 (http://helix17.ipcb. pt/?page_id=1142 ), prevendose a sua internacionalização já em 2019. K

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Conselho Geral do IP Santarém

Francisco Madelino presidente 6 Francisco Madelino acaba de tomar posso como novo presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Santarém. Formado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, tem dedicado grande parte da sua carreira ao ISCTE enquanto docente de Economia do Trabalho. No domínio das entidades públicas, Francisco Madelino desempenhou o cargo de Vereador da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos e assumiu a Presidência do Conselho Diretivo do IEFP durante cerca de sete anos. Desde 2016 é Presidente da Fundação INATEL. O Conselho Geral é ainda composto por por António Manuel de Campos, António Filipe Gaião Rodrigues, Manuel

Candidaturas

Beja com novos TeSP

Santana Castilho, António Fonseca Ferreira e Nelson Madeira

Baltasar, na qualidade de membros cooptados. K

6 O Instituto Politécnico de Beja tem abertas as Candidaturas para os cursos TeSP (Cursos Técnicos Superiores Profissionais), a funcionar no ano letivo 2017/2018. Os candidatos com obrigatoriedade de inscrição em prova devem inscrever-se até 7 de setembro. Os candidatos sem necessidade de inscrição na pro-

va podem inscrever-se até 19 de setembro. Os Cursos Técnicos Superiores Profissionais uma nova formação com duração de dois anos, que incluem seis meses de estágio numa empresa. São cursos de Nível 5 do Quadro Nacional de Qualificações, que conferem o Diploma de Técnico Superior Profissional. K

Conselho Geral DO Politécnico de Viseu

João Monney Paiva eleito 6 João Monney Paiva, docente da Escola Superior de Tenologia e Gestão, é o novo presidente do Instituto Politécnico de Viseu, tendo sido eleito pelo Conselho Geral, a 6 de julho, após obter 15 votos contra 13 do candidato José Costa, docente da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viseu. O novo presidente é doutorado em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Tem o grau de Mestre em Engenharia Térmica, atribuído pela Faculdade

de Engenharia da Universidade do Porto. É licenciado em Engenharia Mecânica pela

Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. K

Desporto Escolar 2017

Língua e Cultura Portuguesa

Jovens de Macau em Setúbal 6 Um grupo de 25 jovens macaenses, finalistas do ensino secundário luso-chinês, vai estar até 5 de agosto, no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), para frequentar um curso de Língua e Cultura Portuguesa que teve início a 17 de julho. A estada dos alunos macaenses enquadra-se numa parceria estabelecida com o IPS e tem o apoio da Direção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) do Governo da Região Administrativa Espe-

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cial de Macau (RAEM), visando manter vivos os laços que unem Portugal a este território chinês, 18 anos após o fim da administração portuguesa. Para além da componente

letiva, 54 horas em sala de aula, o programa de curso contempla igualmente 66 horas de atividades paralelas, entre elas algumas visitas de estudo à região. K

ESECB em Coimbra 6 Um grupo de estudantes do Minor de Desporto para Deficientes da Licenciatura em Desporto e Atividade Física da Escola Superior de Educação de Castelo Branco integrou a Semana Nacional de Formação, tendo participado no Curso de Formação ‘Desporto Escolar Adaptado’, que decorreu de 5 a 8 de julho na sede do Agrupamento de Escolas Martim de Freitas, em Coimbra. Constituído por João Domingues, Gabriela Nunes, Mariana Fonseca, Daniela Ribeiro, Floriana Gomes e Liliana Oliveira, o grupo foi coordenado pelo

docente António Faustino, e beneficiou da deferência do coordenador Nacional da Formação do Desporto Escolar, Jorge Rafael. No curso foram abordados conteúdos relativos a avaliação funcional dos alunos com deficiência/incapacidade, métodos e técnicas da natação adaptada, boccia, goalball e voleibol sentado – estratégia e métodos de ensino e treino. Os estudantes participaram também no Workshop de Padel, que decorreu no Clube WePadel, na Quinta de São Jerónimo. K


Editorial

E a escola pode ter autonomia curricular? 7 Há muito que defendemos ser necessário construir a escola como comunidade educativa, pluridimensional, com características de autonomia nas dimensões curricular, pedagógica e administrativa, gerida com a participação da comunidade local e em interacção permanente com esta. Todavia, enquanto estrutura normativa e enquadrante do ensino e da aprendizagem, o valor do currículo, como elemento formativo dos professores, deve merecer uma atenção detalhada de todos os docentes. É que a estrutura curricular pode provocar repercussões e marcas decisivas no que respeita à caracterização do professor, não só enquanto pessoa, mas também enquanto profissional. Pelo que não seria abusivo afirmarmos que uma boa parte do que entendemos

por formação de competências profissionais dos docentes, estas são determinadas e decididas pela estrutura curricular, entendida esta, em sentido lato. Desde logo, a estrutura curricular, ao permitir decisões mais autónomas, ou obrigando à aplicação de normativos e objectivos operacionalizados pela administração central, repercute-se e influencia decisivamente o trabalho e a formação do professor. Depois, porque coexistindo diferentes concepções curriculares, absorvidas das diversas correntes que percorrem a filosofia e a teoria da educação, as opções de cada sistema educativo quanto ao “design” curricular proporcionam uma formação de professores, em termos de perfis terminais, tão diversificada quanto a quantidade e a qualidade desses

mesmos campos conceptuais. Neste sentido, e consoante as opções quanto aos objectivos que se colocam aos alunos, à escolha de técnicas, de métodos, de recursos e de materiais, conducentes à organização (ou à inovação) do currículo, assim será o grau e o tipo das interacções que se estabelecem entre professores, alunos e a comunidade. Interacções que, ora conduzem à estagnação e ao imobilismo do professor e da escola, ora convidam a propostas de inovação e de transformação. Interacções essas que consigo “arrastam” o desenvolvimento dos professores e a progressiva mudança dos sistemas educativos, na medida em que os docentes se envolvam em processos de indagação, pesquisa, organização de documentos e materiais, procura de informa-

ção e formação, que os capacitem para a análise e reflexão do processo educativo. Numa proposta conceptual simples, poderíamos então aceitar que determinados modelos de formação de professores, implicam modos distintos de abordagem dos curricula, o uso de certos estilos de ensino, os quais, por sua vez, condicionam os processos de aprendizagem dos alunos. Logo, resulta que as estratégias de formação de docentes, quer incluam a formação inicial, quer se apliquem à formação ao longo da vida, impregnam e condicionam o saber-fazer do professor, nomeadamente quando chegado o momento de traduzir os resultados da planificação do currículo em actos de ensino na sala de aula. Ou seja, os estilos de ensino interagem com

os modelos de formação de que resultam e vice-versa. Ou, como se poderia dizer numa linguagem mais popular: currículo és, professor serás. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico

primeira coluna

Acesso ao superior: reflexão e determinação 7 O Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior Público está a decorrer até ao próximo dia 8 de agosto. Este ano estão disponibilizadas 50 mil 838 vagas (mais 150 do que no ano passado), distribuídas pelos ensinos universitário (55,9%) e politécnico (44,1%). Este é um momento importante para os jovens e para as suas famílias, que exige reflexão, pragmatismo e também paixão por aquilo que se quer ser no futuro. O importante é que a entrada no ensino superior seja vista como o começo e não como um fim. Hoje o grande desafio das universidades e politécnicos é que estão a formar diplomados muitas vezes para profissões que ainda não existem. A imprevisibilidade é enorme e as

instituições e os alunos devem ter consciência disso mesmo. O primeiro ciclo de formação superior não pode ser encarado como o princípio do fim de um percurso académico, mas sim como o início de um princípio de uma formação mais abrangente que deverá ter continuidade num segundo e terceiro ciclos formativos. Uma das questões que muitas vezes se nos colocam é a empregabilidade dos cursos. Ou seja, aquilo que os diplomados conseguem no mundo do trabalho, após a conclusão da sua licenciatura. É uma questão pertinente e importante, mas que não deve ser em si redutora para a escolha de um curso. A vida profissional demonstra-nos isso mesmo. Diplomados em engenharia que

são gestores de primeira água, psicólogos que são empreendedores de excelência, advogados que são docentes, professores que são empresários, etc. Os exemplos são muitos. Por isso, a licenciatura deve ser encarada como o primeiro degrau da vida académica e profissional, tanto mais que hoje não há empregos para a vida. Nem em Portugal, nem noutro qualquer país. E mais do que isso, novas profissões estão a surgir todos os dias e as ditas tradicionais estão a ser cada vez mais exigentes. Sou dos que defende que a formação nunca é de mais. Refuto a ideia de que nem todos podemos ser doutores ou engenheiros, de que precisamos de técnicos especializados como eletricistas, canalizadores, pe-

dreiros e que por isso nem todos os jovens podem tirar um curso superior. Mas um eletricista, um canalizador ou um pedreiro não estará melhor habilitado a desempenhar as suas funções se concluir uma formação superior? É de exigência e da qualificação das pessoas que estamos a falar. Porque um pais qualificado será sempre um país com futuro, capaz de enfrentar as suas dificuldades. Mas acima de tudo um país que é capaz de pensar o seu futuro, pela sua cabeça. O acesso ao ensino superior exige, por isso, reflexão, determinação e paixão. Estamos certos que no Ensino Magazine, todos os meses na edição impressa, e diariamente no nosso portal, contribui para este debate e para que as famílias

e os jovens possam escolher o seu futuro em consciência. Há 19 anos que é assim, para que quando chega a janela das candidaturas a decisão possa ser tomada sem precipitações. É esta a nossa forma estar. A todos votos de boas leituras e boas escolhas… K João Carrega _ carrega@rvj.pt

www.ensino.eu AGOSTO 2017 /// 019


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Salamaca promove encontro

África de ontem e de hoje 6

A Universidade de Salamanca realiza, de 19 a 21 de Outubro, o II Fórum sobre África Educação e Desenvolvimento. A iniciativa tem a coordenação Joaé Maria Hernández Diaz (colaborador do Ensino Magazine e professor catedrático na Universidade de Salamanca) e de Eigénie Eyeang.

O evento decorre na Faculdade de Educação e vai reunir alguns dos melhores especialistas ibéricos nesta questão. De acordo com o programa estarão presentes Helena Damião (Universidade de Coimbra), Llorent Bedmar e Cobano-Delgado (Universidade de Sevilha), Marcelle Ibinga, Hilaire

Nyangone, Florence Cheloube e André Mbadinga (ENS Libreville), Clotilde- Chantal Allela e Éliane Dissouva (Universidade de Omar), Perrine Mvou e Zue Elibiyo’o (ENS Librevile), Juan Cerezo (Univesidade de Salamaca), e André Manga (ENS Camarões). As inscrições encontram-

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt

se abertas e podem ser feitas através do site www.usal.es/ precurex. K

Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt

Aveiro descobre bactéria e faz…

Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt

Homenagem científica 6 A nova espécie de bacté-

ria descoberta por investigadores do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (UA), através de uma publicação no ‘International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology’, recebeu o nome Saccharospirillum correiae, sendo que o epíteto correiae foi atribuído em homenagem a António Correia, microbiólogo e professor catedrático naquela

unidade orgânica, falecido em 2016. A bactéria é uma, entre muitas outras novas espécies, que vive no interior de uma planta comum na Ria de Aveiro, mais conhecida por gramatabranca. A homenagem pretende relembrar e realçar o contributo dado por António Correia no âmbito da investigação e ensino na área da microbiologia em Portugal. É também um tributo

Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata

sentido do grupo de investigação que o académico coordenou, o MicroLab. O género Saccharospirillum é relativamente recente, tendo sido descrito em 2003, e, até à data, conheciamse apenas três espécies pertencentes a este género, todas elas encontradas em ambientes salinos. Esta descoberta, da responsabilidade de Cátia Fidalgo, Isabel Henriques e Artur Alves,

investigadores do DBio e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), ocorreu no âmbito de um projeto de investigação em colaboração com as universidades de Coimbra e Salamanca que visou avaliar a diversidade das comunidades bacterianas da gramata-branca, além de conhecer o potencial efeito da contaminação ambiental por metais nessas mesmas comunidades. K

Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda.

Medicina Regenerativa

Secretariado Francisco Carrega

Nova distinção para Rui Reis 6 A Sociedade Internacional de Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa (TERMIS), a maior do género no mundo, atribuiu no seu último congresso, em Davos, Suíça, o Prémio TERMIS-EU de Contribuições para a Literatura Científica a Rui L. Reis, diretor do Grupo 3B’s e vice-reitor da Universidade do Minho. Trata-se do prémio mais importante que a TERMIS atribui a um cientista a trabalhar na Europa. Esta distinção foi atribuída apenas duas vezes na história da Sociedade, estreando-se com o cientista Ranieri Cancedda, um dos fundadores da medicina regenerativa na Europa. Durante o congresso, em Davos, Rui L. Reis apresentou uma palestra plenária, descrevendo os

Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt

últimos 20 anos da sua investigação para 1300 especialistas de mais de 50 países. Rui L. Reis, professor catedrático da Escola de Engenharia, é o primeiro cientista do mundo a ter recebido o galardão TERMIS-EU de Contribuições para a Literatura Científica, os dois maiores prémios da Sociedade Europeia de Biomateriais (Jean Leray e George Winter) e um Clemson Award da Sociedade Americana de Biomateriais, considerados os “Óscares” desta área. Teve ainda outros prémios científicos e de inovação, incluindo a nomeação para a Academia Nacional de Engenharia dos EUA, um doutoramento honoris causa e a condecoração pela Presidência da República Portuguesa. K

Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias

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Rita Ruivo

Psicóloga Clínica (Novas Terapias)

EspaçoPsi - Psicologia Clínica

Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos | Telf.: 966 576 123 | E-Mail: psicologia@rvj.pt

020 /// AGOSTO 2017

Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


‘Pedagogia (a)crítica no Superior’ (XXIII)

Books fast food «uma casa que também é um livro» (O Livro Branco da Melancolia, José Jorge Letria, 2001:62) 7 Mais um ano lectivo chega ao fim. Acabadas as aulas, lançadas as notas, entregues os livros de termos, os professores arrastam-se, nos dois meses subsequentes, em exames… onde a grande maioria dos reprovados na avaliação contínua não comparece. Os estudantes bazaram, ansiosos por férias, ondas e festivais de música. Já os professores, são ocupados em tarefas menores e em reuniões para isto, aquilo e coisa nenhuma. Nas do CTC, apreciam-se relatórios justificativos de contratações (anuais ou semestrais) de docentes a tempo parcial (os «precários» que a propaganda diz ter integrado). E naquela maratona de votações, sob o escudo do voto secreto, assomam, aqui e ali, animosidades pessoais e académicas. Mas eis que os canais comunicacionais internos dão notícia de alguma animação em Julho. Lá para os fins do mês, o Instituto acolhe 25 crianças para um acampamento «nos jardins» de uma das suas unidades orgâni-

cas. O Prof.S., que trabalha nessa escola desde a sua inauguração, nunca reparou que, para além de relva, sobreiros e umas esparsas plantas de sequeiro, houvesse ‘jardim’ algum no campus («o usual exagero do marketing promocional», pensou). A iniciativa – ‘Acampar com Histórias - Noites Happy Readers’ – é desenvolvida, desde 2015, por uma distinta organização a APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros); esta é a 10ª cidade a receber tal ‘evento’, no presente ano (seguem-se outras 8 localidades). O propósito explícito da acção é merecedor de encómios: «promover hábitos de leitura junto dos mais novos» (os destinatários são crianças dos 8 aos 11 anos). Mas ainda que a «experiência» seja curta no referente ao acampamento (das 18h de sábado às 11:30h da manhã seguinte), já programa, ao invés, aponta para altas expectativas: os animadores «transformam o livro num teatro vivo e cheio de magia». E até está previsto «um momento de recepção aos pais» a quem os promotores tranquilizam, no que respeita à segurança das crianças: «serão acompanhadas em permanência por uma equipa de cinco monitores». No re-

cheado programa, «cada criança recebe um livro de oferta» (e, estamos em crer, um exemplar da Happy Kids, a revista «com conteúdos ‘edutainment’»!) e «o jantar, ceia e pequeno-almoço estão incluídos». Tudo isto ao preço da uva mijona, 10€ por criança. Em suma, uma noite «mega divertida» e, aparentemente, muito pc (pedagogicamente correcta). Só que o Prof.S., que navega noutras águas, as da ‘pedagogia crítica’, a que cultiva a prática de em tudo procurar ‘o verso e o reverso’, ficou de pé atrás quando se apercebeu que o ‘Acampar com Histórias’ contava «com o apoio da McDonald’s Portugal» (fornecedora das três refeições). Talvez a hierarquia de objectivos do evento fosse outra: os livros são a ‘cenoura’ quando o que se pretende reforçar são outros hábitos… os do fast food. Assim, colados aos livros (e com a chancela do Plano Nacional de Leitura), fica a multinacional mais resguardada das críticas dos nutricionistas e educadores que fazem dela o ‘bombo da festa’. Então, sai um Happy Meal cheeseburguer, com um Iced Fruit Smoothie, e, como sobremesa, um Mini Mcflurry Kit Kat; à ceia um McWrap Chicken Rustic

Crispy; quanto ao pequeno almoço, um Bacon & Egg McMuffin. Talvez o Prof.S. se engane e a McDonald’s Portugal lhes faculte um menu com um toque mais lusitano, incluindo uma sopa Caldo Verde ou uma Mcbifana. E nesta encenação não podia faltar «a visita do Ronald, mascote da MacDonalds», que vem também dar uma ajudinha no combate aos «mitos e boatos» sobre a mais que duvidosa qualidade alimentar da empresa. Que este tipo de acções conte com apoios institucionais como o PNL e a CONFAP, não admira, pois o dinheiro das multinacionais consegue até criar ‘sinergias’ espúrias. Mas estas sessões, também elas de formação, só teriam a ganhar se envolvessem o corpo docente interdepartamental da escola superior ‘hospedeira’, designadamente, os mais directamente ligados à literatura infanto-juvenil e à literacia nutricional, assim como os estudantes dos cursos de animação e educação básica, p.e.. Esta joint venture, entre a APEL e a MacDonalds, ao adoptar um programa estandardizado, corre o risco de não ter em conta as especificidades do território onde vai operar. No caso presente, a

«entidade promotora local» devia-os ter acautelado para o facto de aquele espaço escolar ter sido construído sobre uma antiga zona pantanosa, daí os indesejados ‘residentes’ de Verão, melgas e mosquitos, ali designados por «estefanilhos». E já que a Protecção Civil proíbe «os meninos à volta da fogueira», haveria toda a necessidade de incluir no kit pessoal um repelente de insectos. Eles são a verdadeira praga, mais que um hambúrguer ou um mau livro. K

Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt (Este texto está redigido segundo a “antiga” e identitária ortografia) _

Protocolo de cooperação

Aberta assina com Aga Khan 6 A Universidade Aberta (UAb) acaba de celebrar um acordo de cooperação com a Fundação Aga Khan Portugal que visa a valorização social e o desenvolvimento da qualificação da população adulta, promovendo a educação, inclusão, cidadania e liberdade intelectual para a inovação e a criação de co-

nhecimento na sociedade digital. O reitor da Universidade Aberta, Paulo Dias, afirma que “nas sociedades atuais a aprendizagem faz-se em rede e a educação processa-se dentro do virtual, a educação digital faz-se na proximidade. Até há pouco tempo atuávamos em cenários e erámos atores. Atualmente, em

sociedades que valorizam as competências e as qualificações, agimos em conte xto e nessa perspetiva somos autores de conhecimento para uma cidadania global”. Karim Merali, Diretor Executivo da Fundação Aga Khan Portugal refere que “esta parceria cobre-se de uma enorme importância pela

oportunidade que confere no aprofundamento da capacidade de investimento de uma cultura digital, no seio dos programas que desenvolvemos, acreditando que permitirá a construção e retenção de conhecimento” e garante ainda que o protocolo “é uma valia mútua, tanto no que concerne à investigação

como no desenvolvimento de novas abordagens, metodologias e dispositivos que permitam reexaminar processos organizacionais e medir o impacto de programas nas áreas da educação e formação, do desenvolvimento comunitário, visando a consecução do objetivo partilhado da melhoria da qualidade de vida. K

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AGOSTO 2017 /// 021


Europa discute energia nuclear

Almaraz aqui tão perto 6 O encerramento da Central Nuclear de Almaraz, localizada em Espanha a 100 quilómetros da fronteira portuguesa, nunca esteve em cima da mesa das negociações em Bruxelas. Quem o refere é Massimo Garribba, diretor na Direção de Energia da Comissão Europeia e responsável pela energia nuclear e segurança. “O assunto discutido não foi esse, mas sim a construção de um armazém temporário de recolha de resíduos (...) Se a Espanha decidir fechar Almaraz, ou decidir discutir essa questão, é uma responsabilidade sua”. Massimo Garribba respondia a uma questão levantada pela comunicação social à margem da Conferência promovida nas Termas de Monfortinho, no passado dia 24 de junho, pela Câmara de Idanhaa-Nova e pela eurodeputada socialista Ana Gomes. Aquele responsável abordava, deste modo, o acordo alcançado entre os dois países no que respeita à construção daquele depósito, e a continuidade de funcionamento daquela Central Nuclear em Espanha para lá de 2020, como é desejo dos seus responsáveis. Uma intenção que já levou à oposição dos presidentes de Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, e de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira. Na conferência, subordinada ao tema “Almaraz: Uma bomba relógio aqui ao lado”, Armindo Jacinto lembrou que Idanha-a-Nova, à semelhança dos restantes municípios portugueses, “não foi chamada a pronunciar-se sobre a instalação da Central Nuclear de Almaraz, mas agora é o momento crucial para dizermos não à sua continuidade para além de 2020”, a data de encerramento que está determinada. Na perspetiva de Ana Gomes, eurodeputada socialista que promoveu este debate, “somos nós cidadãos que temos de voltar a colocar esta questão [encerramento da Central Nuclear de Almaraz] na agenda”. A eurodeputada criticou o facto

022 /// AGOSTO 2017

A eurodeputada Ana Gomes defende o envolvimento dos cidadãos na defesa de energias limpas

desta questão não ter sido discutida na última cimeira ibérica realizada este ano em Portugal. Em seu entender, “o facto da questão da Central Nuclear de Almaraz, não ter feito parte da Agenda da Cimeira Ibérica resulta da insuficiente consciência dos cidadãos do que está em causa. Isso quer dizer que nós, aqueles que sabem o que está em causa com o funcionamento desta central, devemos fazer ouvir a nossa voz e obrigar os dois governos a colocar este assunto na agenda política, e a Europa a acionar os mecanismos para não deixar prolongar o funcionamento desta central de alto risco”. Ana Gomes fala de inúmeros incidentes que não foram comunicados a Portu-

gal. “Os governos não podem por tudo isto debaixo da mesa. Nós, cidadãos, vamos obrigá-los a colocar isso na agenda. Vamos apostar nas sinergias, entre aqueles que em Espanha também se preocupam, e beneficiar do conhecimento que os espanhóis têm do que está em causa com os riscos associados ao prolongamento do funcionamento dessa central”. A eurodeputada socialista diz que “com os desenvolvimentos tecnológicos em matéria de energias renováveis, não há nenhuma razão para a existência de centrais nucleares na Europa. Pois as centrais nucleares produzem resíduos tóxicos para gerações. E os depósitos desses resíduos são um problema que ainda não está resolvido”.

Ana Gomes diz que em Portugal “é impensável construírem-se centrais nucleares, pois estamos expostos a fraturas sísmicas. Mas estamos numa península que tem várias centrais nucleares, pelo que temos que nos mobilizar, hoje por Almaraz e amanhã por outra, pois se houver um acidente, ele não conhece fronteiras”. A eurodeputada dá um exemplo: “o acidente de Fukushima teve um impacto grande na política energética alemã que decidiu descontinuar as centrais nucleares. É isso que temos que fazer em Espanha e sobretudo em França, onde há interesses económicos das companhias elétricas ligadas ao nuclear”. Para Ana Gomes, “este é um processo em que nós, portugueses, devemos ter a capacidade e o interesse de agitarmos, de melhoramos o nosso conhecimento e de fazer sinergias com os povos de Espanha e de outros países, no sentido de acabar com esses interesses económicos que poderiam ter alguma justificação há muitas décadas atrás, quando não havia as tecnologias das renováveis que hoje existem”. Por isso defende que os “os recursos científicos e financeiros devem ser desviados para outro tipo de energia limpa e renovável que não tem o perigo de vida que as centrais nucleares representam”. O encerramento da central voltou a ser reclamado pelo presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, na abertura da conferência que contou com a presença de diversos especialistas nacionais e internacionais, como por exemplo Carlos Zorrinho (eurodeputado), Luísa Schmidt (Universidade Nova), Massimo Garribba (Comissão Europeia), Pedro Soares (deputado, presidente da Comissão de Ambiente na Assembleia da República), ou Nuno Sequeira (Quercus), num debate que teve como moderadores os jornalistas Fernanda Gabriel (Associação Europeia de Jornalistas Parlamentares) e Diego Carcedo (presidente da secção espanhola de Jornalistas Europeus). K


gente e livros

Mo Yan 7 Prémio Nobel da Literatura em 2012, Guan Moye, mais conhecido pelo pseudónimo Mo Yan, nasceu em 1955, na província de Shandong, China. É um dos mais famosos escritores chineses da atualidade. Numa entrevista recente, Mo Yan explica que o seu pseudónimo, que significa “não fale”, é uma referência ao período revolucionário da década de 1950, quando os pais o aconselharam a não exprimir as suas opiniões em público. De acordo com o próprio, terá sido influenciado por escritores como Gabriel Garcia Marquez e o seu realismo mágico, Kenzaburo Oe e William Faulkner. Em 1981, Mo Yan publicou o primeiro romance, escrito quando era soldado, refere a sua biografia na Wook. Em 1987, publicou “Sorgo Vermelho”, que viria a tornar-se um bestseller. No ano seguinte, a adaptação cinematográfica, por Zhang Yimou, ganhou

o Urso de Ouro do Festival Internacional de Berlim. Em 1996, lança “Peito Grande, Ancas Largas”. Este romance, que foi proibido na China, relata, de uma perspetiva feminina, quase um século da História do país. Devido ao teor sexual do texto, Mo Yan foi obrigado a escrever uma autocrítica ao seu próprio livro, tendo mais tarde sido obrigado a retirá-lo de circulação. Em 2011, o autor chinês ganha o prémio Mao Dun, o mais importante galardão literário do país, sendo depois eleito vice-presidente da Associação dos Escritores da China. Em 2012, recebeu o Prémio Nobel de Literatura, por uma obra “que com realismo alucinatório funde contos populares, história e contemporaneidade”. http://humanities.blogs.ie.edu/2012/10/mo-yan-of-china-wins-nobel-literature-prize.html H

Tiago Carvalho _

Novidades literárias 7 D.QUIXOTE. A Maravilha Imperfeita, de Andrea de Carlo. Um romance que alterna o ritmo do rock, a ligeireza da comédia brilhante e a profundidade do tempo que tudo altera e modifica. Tudo se passa na Provença, Itália, no outono. Ali cruzam-se os destinos de um famoso rocker inglês e de uma rapariga italiana e, no decurso de três dias, de quarta a sexta-feira, tudo se acelera e precipita num turbilhão inevitável e entusiasmante. É o mais recente romance de Andrea De Carlo, escritor italiano descoberto em 1981 por Italo Calvino.

GUERRA & PAZ. Pais e Filhos em Diálogo, de Isabel Ponce de Leão (organização). Esta obra mostra-nos através de conversas de pais e filhos a importância dos laços familiares na sociedade portuguesa. O leitor torna-se um ouvinte privilegiado de conversas como a de Álvaro Siza Vieira e Álvaro Leite Siza Vieira, Carlos do Carmo e Gil do Carmo, Diogo Freitas do Amaral e Filipa Amaral, Eunice Muñoz e António Munhoz, Mónica Baldaque e Lourença Baldaque, entre outras.

OFICINA DO LIVRO. O Ilustre Peito Lusitano, de Maria João Lehning. É o mais recente livro da portuguesa Maria João Lehning, radicada em França. Neste romance, os primos Sãozinha e Emílio Vilarreal são emigrantes com estudos superiores, de uma família burguesa da zona de Cascais. Não emigraram apenas por razões económicas, mas por outras mais profundas e sociais, como a necessidade de realização pessoal e de se libertarem de um mundo fechado com códigos a cheirar a bolor.

TEOREMA. A Casa das Tias, de Cristina Almeida Serôdio. Uma acidentada herança dá a M. a casa das tias solteiras, irmãs do avô, que visitava nos setembros da sua infância. A visita à casa fechada há muitos anos e a passagem pelos seus lugares privados faz-se na companhia de uma velha amiga de escola, que a pedido de M., a partir do que ouve e vê, inventa e compõe uma história de família. O livro constrói-se através de pequenos retratos, breves descrições, episódios passados entre figuras da casa, o tempo e os dias na aldeia e na cidade. K

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AGOSTO 2017 /// 023


pela objetiva de j. vasco

press das coisas Esferográfica Tous Writing 3Mesmo na era da tecnologia uma caneta pode dar muito jeito. Mais ainda quando, como é o caso desta elegante caneta da Tous, também se adapta à era moderna. Inclui uma ponta em borracha para utilizar num qualquer ecrã tátil. K

Miguel Araújo «Giesta»

Boas Férias!!! 3 Praia, campo, viajar, festivais, cinema, livros… tudo vai servir para umas boas e merecidas férias. Tire fotos! K

3 «Giesta» é o terceiro álbum de originais de Miguel Araújo. É composto por 12 temas nos quais Miguel Araújo nos conduz numa viagem pelas suas lembranças da infância. Seguramente um dos álbuns mais aguardados do ano, apresenta um conjunto de canções que chegam para ficar no ouvido. K

Prazeres da boa mesa

A simplicidade de um cocktail de camarão com frutinhas frescas (10 pax) 3 Ingredientes: 10 C. S. Molho de Cocktail 100g de Rúcula 100g de Raddichio 100g de Alface Romana 1 C. S. Salsa Picada Q.B. de Flor de Sal 30 Camarões 20/30 Q.B. de Pimenta Preta de Moinho 150g de Uvas 150g de Morangos 150g de Abacaxi 150g de Kiwi 10 Fatias de Pão de Penha Garcia Preparação: Cozer os camarões em água temperada com sal. Depois de cozidos arrefecer de imediato em água e gelo com sal.

024 /// AGOSTO 2017

Descascar e cortar em cubos todas as frutas, temperar com sal, pimenta e a salsa picada. Escolher, lavar, desinfectar e centrifugar as 3 variedades de alfaces. Cortar em juliana. Descascar e reservar um camarão por pessoa, os restantes descascar e cortar finamente. Cortar e levar ao forno as fatias de pão, até ficarem douradas. Empratamento: Numa taça individual fazer duas camadas de alface, fruta, camarão e molho de cocktail. No fim aplicar o camarão inteiro e o crocante de pão. Servir de imediato. K

Mário Rui Ramos _ Executive Chef


Bocas do Galinheiro

High Noon, de Fred Zinneman 7 Não sendo um tema recorrente, a verdade é que de vez em quando temos que revisitar o western. Desta feita a propósito da fascinação do Joaquim Cabeças por esta fita dos anos 50 do século passado, década a que particularmente dedica a sua enciclopédica sabedoria cinéfila. No início da década de 50 o western era um género que transpirava saúde. Muitos cineastas já com créditos firmados escolheram o género para as suas primeiras experiências a cores, casos de Delmar Daves e Anthony Mann, ou George Stevens, com “Shane” (1952), um marco dos filmes de “cóbois”. Não estranha que longas metragens como “The Gunfighter” (1950), de Henry King e “High Noon” (1952), de Fred Zinnemann, sejam considerados mais ambiciosos, porque “ainda” a preto e branco, mas também porque apontavam para novos horizontes no chamado cinema americano por excelência. Assim, quando em 1952 “High Noon” (O Comboio Apitou Três Vezes) chegou ao grande público, quer Fred Zinnemann, quer o argumentista Carl Foreman, a que podíamos acrescentar o produtor independente Stanley Kramer, melhor nesta sua faceta do que em muitos dos filmes que realizou, foram muito elogiados pelo grande público, mas também por alguma crítica. De facto, para os muitos que gostamos dele, este filme marca uma nova etapa na evolução do western, quase sempre estigmatizado como acolhimento de fitas de mera diversão, pecado de que já padecera, entre outros “Cavalgada Heróica” (1939), de John Ford. No western, sabemos que os ingredientes q.b. são as grandes cavalgadas, pancadaria entre bons e maus, os grandes espaços das pradarias, os ajustes de contas e o duelo final. Porém os argumentos evoluíram para a exploração de factores sociais, psicológicos e até políticos, de que são bons exemplos “The Bib Trail”, de Raoul Walsh, “Rio Vermelho”, de Howard Hawks ou “A Flexa Quebrada”, de Samuel Fuller e, claro,

http://www.vanityfair.com/hollywood/2017/02/high-noons-secret-backstory H

Gary Cooper em “High Noon”

este “High Noon”, de Fred Zinnemann. A propósito de Fred Zinnemann, deste e doutros dos seus filmes, é elucidativa a declaração de Betrand Tavernier, cineasta e crítico francês, na sua obra “50 Anos de Cinema Norte-Americano”, quando afirma que tanto ele como toda a crítica francesa foram muito cruéis com o realizador que retratou à época como “esse tarefeiro de prestígio cujos filmes se distinguem por uma total ausência de estilo e personalidade, mediocremente compensados por duvidosas aspirações e audácias convencionais que nunca chegam a passar o nível do guião”, dando como exemplos filmes como “From Here To Eternity”, de 1953, “A Hatful of Rain”, de 1957 e “Oklahoma”, de 1955

que, diz, só podem suscitar descontentamento, para depois considerar agora que “também há ali preocupações humanistas e uma obra com uma coerência temática”. Em “O Comboio Apitou Três Vezes”, Zinnemann dirige com rigor e talento o argumento de Carl Foreman. São 10:30 horas e Will Kane, o xerife da pequena cidade de Hadleyville, no dia do casamento com uma jovem quaker, Amy Fowler (uma aparição relevante de Grace Kellt), que significava abandonar o cargo e deixar a cidade, tem conhecimento do regresso do fora da lei Frank Miller, que havia encarcerado anos atrás, e que este o espera na estação com três cúmplices, para se vingar. Está criado o ambiente

dramático que vai perpassar toda a intriga à medida que o xerife, um poderoso desempenho do veterano Gary Cooper, procura desesperadamente ajuda na população e amigos para a luta que se avizinha, que sucessivamente lhe vai sendo negada, vamos acompanhando o tic tac do relógio, que parece marcar o bater do coração de Kane, no aproximar da hora fatídica: meio-dia! Entre deixar a cidade e começar uma nova vida com a esposa quaker, conhecidos pelo seu pacifismo, Kane assume o seu dever (e da cidade, o que não é assumido pelos seus concidadãos) de enfrentar os seus inimigos. O que se segue é filmado com um ritmo que transmite toda a tensão, refletida nos planos do rosto de Kane. Angústia? medo? ou ambos?, até à luta final, um jogo de gato e ratos, com Kane a abater os fora da lei, contando com a preciosa ajuda de Amy que abate um deles antes de ser aprisionada por Miler que em desespero a quer usar como escudo, acabando por ser morto por Kane. Os que o abandonaram rejubilam agora com a sua vitória, mas Kane parte com a sua jovem esposa, não sem antes lançar a estrela, símbolo do xerife, para o chão, mostrando toda a sua indignação para com a cidade que o abandonou e a que agora ele vira costas. Uma personagem marcante do western, tal como Shane, exemplos de coragem moral, lúcida e adulta, ou, retomando Tavernier, as tais preocupações humanistas da obra de Zinnemann, um austro-húngaro, nascido em Rzeszów em 1907, que começou por estudar violino, depois dedicou-se ao direito em Viena, até que o cinema se impôs. Depois de algumas experiências na Europa, rumou aos Estados Unidos, onde se naturalizou americano e fez uma carreira de êxito em Hollywood de que o filme que escolhemos é disso exemplo acabado. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa com Joaquim Cabeças _ Vanity Fair H

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

AGOSTO 2017 /// 025


EPM_CELP H

Moçambique

Escola doa livros Moçambique

Lúrio inaugura faculdade 7 A Universidade Lúrio inaugurou no início de julho, o edifício da sua mais recente unidade, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, cujas actividades iniciaram em março último, com 120 estudantes. O projeto desta faculdade, na área das humanidades, surge do plano estratégico da universidade 2016-2020, assente sobre o pilar de fortalecimento institucional e crescimento com qualidade. A cerimónia presidida pelo Ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, que no seu discurso referiu-se à importância da existência de uma faculdade na Ilha de Moçambique, particularmente oferecendo cursos de Turismo e Hotelaria e Desenvolvimento Local e Relações Internacionais, áreas prioritárias no plano do Governo para o desenvolvimento do país. O Ministro realçou que a Ilha de Moçambique é um destino turístico importante e estratégico, e que com a faculdade

7 A Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPMCELP) entregou mais de 150 livros de literatura infantil, juvenil, poesia e outros géneros à Escola Comunitária Nossa Senhora do Livramento e à Associação Juvenil Yinguissa (respetivamente 85 e 71 exemplares).

Este apoio, enquadrado na missão da EPM-CELP de cooperação no domínio da língua portuguesa, visa apoiar as atividades daquelas instituições no âmbito da promoção da literacia e hábitos de leitura, enriquecendo as respetivas bibliotecas com livros editados pela EPM-CELP. K

Moçambique

Alunos pintam murais

trará o impulso necessário para que se faça da cultura uma das vertentes de turismo a explorar e que a esta cidade deve constituir um dos maiores campos de pesquisa cientifica no pais e no mundo, potenciando o facto de ser património mundial da humanidade. A Ilha e seu povo devem tirar proveito integral desta faculdade.

O reitor da UniLúrio, na ocasião, fez referência as parcerias estratégicas que a faculdade adoptou, como a Universidade Nova de Lisboa, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, e mais recentemente o Instituto Conficius. Este último na lecionação da lingua mandarim, atualmente uma língua estratégica no mundo dos negócios. K

7 As alunas Janine Soeiro e Leila Dorato da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) participaram na pintura dos murais do edifício em Maputo da empresa Electricidade de Moçambique (EDM). A iniciativa, subordinada ao tema “40 anos a iluminar Moçambique”, surgiu no âmbito da celebração do aniversário da EDM, que convidou alunos de escolas moçambicanas e internacionais a darem vida, durante 20 dias, aos muros do edifício. Proporcionar aos alunos, nomeadamente dos cursos de artes plásticas, oportunidade de mostrar que são capazes de produzir e dar vida aos murais do edifício foram os principais objetivos do desafio lançado a 25 alunos das escolas secundárias Estrela Ver-

EPM_CELP H

melha e da Polana, Escola de Jornalismo e EPM-CELP. Moisés Sambo, coordenador do projeto, considerou “satisfatória” a pintura do mural que recebeu a adesão de 75 por cento dos convidados, que “eram jovens, fortes e bem capazes de mostrar o que conseguiram fazer nestas paredes”, afirmou. Escala, técnicas de pintura, forma de utilizar os materiais e estudos de cores foram alguns dos critérios adotados pelos alunos na execução dos trabalhos. K

Kangoo elétrico chega renovado

Novo Insignia acaba de chegar 3 A nova geração do Opel Insignia já está à venda no mercado português. Está disponível nas versões de carroçaria Grand Sport (berlina de cinco portas) e Sports Tourer (carrinha). Os preços na berlina começam nos 28 680 euros para a versão 1.5 Turbo a gasolina Edition com 140 cv. Já na carrinha, os valores iniciam nos 30 030 euros. K

026 /// AGOSTO 2017

3 A Renault vai lançar no mês de setembro em Portugal o renovado Kangoo Z.E. O comercial elétrico tem cerca de mais 50% de autonomia e carregamento mais rápido, com a carga completa a demorar cerca de 6 horas numa wallbox de 7,4 kW. Os preços não sofreram grandes alterações. Têm início nos 25 547 euros. K

Carrinha Dacia desde 13 950 euros 3 A Dacia já tem preços para a nova Logan MCV Stepway, uma versão mais “aventureira” desta carrinha. Tem dois motores à escolha. A versão de acesso será a gasolina, 0.9 TCe com 90 cv, e começa nos 13 950 euros, e a opção Diesel 1.5 dCi de 90 cv começa nos 17 450 euros. A carrinha já está disponível para encomenda. K


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AGOSTO 2017 /// 027


Em castelo Branco

Enduro reuniu os melhores do mundo 6 O piloto inglês Steve Holcombe (Beta) consolidou a liderança do Mundial de EnduroGP, ao vencer o Grande Prémio de Portugal, sexta ronda do campeonato realizada na cidade albicastrense, pela Escuderia Castelo Branco , deixando Christophe Charlier (Husqvarna) no segundo lugar. A prova reuniu pilotos de todo o mundo e foi uma das mais disputadas do campeonato mundial. Para António Sequeira, presidente da direção da Escuderia Castelo Branco, “os dias de prova vieram confirmar o sucesso que teve o Grande Prémio de Portugal”. K

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028 /// AGOSTO 2017


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