Ensino Magazine Edição nº 195

maio 2014 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVII K No195 Distribuição Gratuita

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Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS

Assinatura anual: 15 euros

João Ferreira do Amaral em entrevista

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Nova reitora em Évora

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Castelo Branco não sobe propinas

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Internacionalização

Politécnico da Guarda abraça Turquia C

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Beja assina contratos com secundário C

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Vida ativa em Leiria Suplemento

Contra a ditadura europeia marchar, marchar!

Depois de afirmar que podemos e devemos sair do euro, o professor universitário, João Ferreira do Amaral, lança outro grito patriótico em defesa da independência nacional, contra o que chama ser a «ditadura europeia».

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João Ferreira do Amaral, economista

«Portugal pode transformar-se numa junta de freguesia da Europa» 6 Depois de afirmar que podemos e devemos sair do euro, o professor universitário lança outro grito patriótico em defesa da independência nacional, contra o que chama ser a «ditadura europeia».

O economista Miguel Beleza, em entrevista a este jornal, disse que caso abandonassemos o euro «seríamos a nova Albânia» na Europa. Como comenta?

Os seus dois livros, «Porque Devemos Sair do Euro» e «Em Defesa da Independência Nacional» são, de alguma forma, o seu contributo cívico de um português verdadeiramente patriótico?

Não faz sentido nenhum. Comentários desses só seguem a lógica que as pessoas devem aceitar tudo o que lhes queiram vender em nome do euro. Nessa perspetiva, todos os países fora do euro seriam Albânias.

Considero-me como tal. Ser patriota é querer o melhor para o país e querer, fundamentalmente, que Portugal seja autónomo e que possa dirigir os seus próprios destinos, assentes em decisões por si tomadas.

Há um ano a Europa estava à beira do precipício. Agora, as crises parecem apaziguadas. A Irlanda e Portugal saíram do jugo da troika e até a Grécia já parece respirar melhor. O pior já passou?

A soberania é o leitmotiv de ambos os livros. Na sua opinião, ela existe de forma mitigada ou está hipotecada?

É um jogo de sombras para enganar a opinião pública. A Europa não resolveu os seus problemas. Penso, aliás, que os eleitorados vão penalizar claramente as instituições europeias nas eleições de 25 de maio. O que penso que pode acontecer quando eclodir uma nova crise financeira é que a Europa será apanhada num grande estado de debilidade e as proporções do caos podem ser ainda maiores.

Não creio que esteja definitivamente hipotecada, mas estamos num caminho em que a soberania está a ser drasticamente reduzida pelo facto de termos abdicado da nossa soberania monetária, que eu acho que é essencial à independência do país, e também por nos confrontarmos com um centralismo absurdo a nível europeu. As decisões têm sido retiradas do âmbito dos estados, para serem tomadas pelos países mais poderosos. E é preciso inverter esse caminho.

Teme a emergência da extrema direita em diversos países da Europa, como na França e na Holanda?

Não me posso congratular com isso. É um sintoma de que algo está muito mal na União Europeia. Os partidos tradicionais têm-se revelado impotentes para resolver os problemas, o centralismo domina e retira soluções aos estados, e a única forma que resta ao eleitorado para reagir é votar nos que contestam estas políticas, onde se incluem os partidos de extrema direita.

Na introdução deste último livro escreve o seguinte, que passo a citar: «É lamentável ter de o dizer, mas a principal ameaça que hoje existe à independência de Portugal é a União Europeia». Isto não é um murro no estômago?

Admito que sim, mas muitos portugueses sentem, cada vez mais, essa realidade no seu dia a dia. Retiraram-nos capacidade de decisão, a nível monetário e orçamental, só para falar dos aspetos mais gritantes, para as decisões serem tomadas por órgãos que não controlamos.

Perante isto, estamos confrontados com uma ameaça crucial à independência nacional, sem os instrumentos para a gestão das nossas independências. A seguirmos por este processo, vamos acabar numa pequena junta de freguesia europeia, sem decisão sobre nada do que é importante para o nosso país.

O que quer dizer com «tirania tecnocrática»?

São órgãos técnicos da Comissão Europeia ou do Banco Central Europeu que dominam praticamente tudo o que se passa em diversos estados, como em Portugal.

E os critérios que presidem às suas deci-

sões e estratégias são, também eles, técnicos. É a política reduzida a uma tirania tecnocrática.

Portugal foi, de alguma forma, vítima do «europeísmo acrítico e acéfalo» que aponta Pacheco Pereira, no prefácio do livro?

As nossas elites políticas nunca tiveram uma estratégia capaz em relação à Europa. O único objetivo que pretenderam atingir foi arrecadar mais dinheiro e fundos comunitários. Viram a Europa como uma vaca leiteira ou uma árvore das patacas. Isto só podia dar mau resultado.

Aliás, a nossa entrada na moeda única, que na minha opinião não se justificava, foi em grande medida motivada por este passo contribuir para aumentar o volume de fundos comunitários recebidos.

Não estavamos preparados para o euro ou venderam-nos uma ilusão?

Eu não defendo a saída da União Europeia, defendo é que não devíamos ter entrado na moeda única porque automaticamente se retirou um elemento determinante da nossa soberania, como aliás se tem verificado. A Dinamarca e o Reino Unido rejeitaram o euro porque, atempadamente, perceberam as implicações que isso ia ter para as suas políticas internas.

A moeda é um elemento crucial da independência nacional de qualquer país. Não é por acaso que atualmente coexistem 150 moedas nacionais em 193 estados a nível mundial. Se excluirmos os países do euro e uns estados minúsculos é praticamente a correspondência, uma moeda, um país. E isso é que é normal.

A Europa solidária de Monnet e Schuman foi um projeto estilhaçado e transformado numa galeria de egoísmos nacionais?

A Europa foi um projeto de progresso até 1992, altura em que entrou em vigor o Tratado de Maastricht. Este retrocesso do processo de integração europeia terminou com dois princípios essenciais: a igualdade entre estados e o princípio da harmonização entre autonomias dos estados e a gestão dos interesses comuns. Foi precisamente com o Tratado de Lisboa que esses princípios foram aniquilados, com o diretório a ser capturado pela Alemanha.

Em suma, na minha opinião o processo de integração europeia é de retrocesso e não de progresso, quer em termos sociais, quer em termos políticos.

Bruxelas vai mandar nos orçamentos ;

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nacionais. É mais um passo na «ditadura» europeia de que fala no livro?

vestigação têm sido transversais. É possível fazer ovos sem omeletes?

É um golpe não só na independência, como na própria democracia. Nesse aspeto é uma forma de as democracias dos estados ficarem ameaçadas. Quero lembrar que a democracia nasceu a partir do controlo por parte dos parlamentos dos orçamentos dos países.

Evidentemente que não. Mas deixeme partilhar que o que me preocupa mais no ensino superior não é tanto os cortes, mas o envelhecimento do corpo docente. Não há contratações novas, logo, não há renovação. A cristalização é inevitável. É bom que no ensino, e também noutros setores, coexistam os mais jovens e os menos jovens.

Na última década a Comissão Europeia foi liderada por um português. Durão Barroso é o rosto de uma geração de líderes europeus fracos e sem carisma?

É paradoxal saber que os nossos licenciados são das nossas melhores exportações?

Faço uma avaliação muito negativa do trabalho desta Comissão. Subordinou-se claramente aos interesses alemães, não fez nada de útil pela Europa e, pior, patrocinou vários programas de austeridade que não são mais do que um desastre para os países visados, entre os quais Portugal. As lideranças são de facto fracas, mas o problema é mais vasto do que isso e assenta no próprio enquadramento institucional que foi criado, e neste aspeto particular aponto o dedo às lideranças nacionais, nomeadamente em França, que se deixaram subjugar pelo poder germânico.

Não é de agora. Os nossos licenciados sempre foram de boa qualidade e tiveram uma boa prestação no exterior. É muito triste que tenham de emigrar.

Para além disso, o problema demográfico é gravíssimo porque vai contribuir, ainda mais, para a quebra da natalidade e o consequentemente envelhecimento da população.

Preocupa-o a falta de ligação entre a empregabilidade dos licenciados e o mercado de trabalho?

Nas eleições de 25 de maio registouse uma taxa de abstenção muito elevada.

Este alheamento popular não dá mais força aos mentores da Europa centralista e dominada pelos mais poderosos?

Este alheamento não é por acaso. As elites políticas portuguesas europeístas têm bloqueado sistematicamente os referendos e os debates europeus. Tem sido estratégia corrente, desde o início da integração europeia, colocar a população à margem dos problemas da Europa.

Já disse publicamente que não acredita nos Estados Unidos da Europa e rotula o federalismo de «utopia». Qual é o caminho para uma Europa solidária e coesa?

A Europa deve tratar da gestão dos interesses comuns e coletivos dos estados.

Tudo o resto deve ser deixado aos estados membros. Veja que a moeda única não é um interesse coletivo, cada país pode ter a sua moeda, desde que exista cooperação monetária.

Pode garantir aos portugueses que se sairmos do euro nos próximos meses ou no próximo ano não será o fim do mundo?

Pelo contrário, seria o princípio de uma Publicidade

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nova fase de crescimento e progresso económico. Dentro do euro não temos chances de progredir. É evidente que tal dependeria do modo como saíssemos da moeda única, mas se o abandono fosse feito de forma

adequada e equilibrada, as perspetivas seriam risonhas.

Pertence a um centro investigação na sua universidade, o ISEG. Os cortes à in-

CARA DA NOTÍCIA 6 O patriota João Ferreira do Amaral, natural de Lisboa, licenciou-se e doutorou-se em Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão, onde foi Professor Catedrático durante 15 anos.

Lecionou também na Universidade do Porto, na Universidade do Algarve, na Universidade Católica (Lisboa), na Universidade da Ásia Oriental (Macau), no Instituto Superior de Estatística e Gestão da Informação (Universidade Nova de Lisboa) e no Instituto Superior de Gestão.

Fora do universo académico ocupou vários cargos, como director-geral do Departamento Central de Planeamento, director do Gabinete de Estudos Económicos do INE, Assessor do Presidente da República (de 1991 a 2000) e Membro dos Comités de Política Económica da OCDE e da então CEE (1984-89). Atualmente, para além de membro do Conselho Económico e Social, é investigador da UECE Unidade de Estudos para a Complexidade na Economia (centro do ISEG). Os seus livros, «Porque Devemos Sair do Euro», considerado pela revista «Sábado» um dos melhores de 2013, e o mais recente lançamento, «Em Defesa da Independência Nacional», teimam em não sair dos escaparates das nossas livrarias e do eco da atenção mediática. K

Eu acho que essa é uma falsa questão. Não creio que exista um desfasamento entre o que as universidades «produzem» e o que o mercado de trabalho absorve. Eu entendo que os licenciados têm mais probabilidades de arranjar emprego do que os não licenciados. O que se passa é que a economia não está a criar empregos, pelo contrário, está a destruí-los. Infelizmente, lamento dizê-lo, mas a situação não vai melhorar nos tempos mais próximos. Um crescimento a rondar 1 por cento não dá para criar postos de trabalho suficientes. Seria necessário crescermos entre 2 e 3 por cento.

O país aguenta um ajustamento de décadas?

Não. Se a austeridade durar décadas o país revolta-se. O mesmo se passa com a Europa, creio que se esta situação se arrastar, o velho continente entrará em convulsão. É preciso mudar de caminho. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados / Nuno Castanheira H

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Universidade do Minho

Reitor vale ouro 6 A Universidade Santiago de Compostela (USC), de Espanha, acaba de atribuir a Insígnia de Ouro ao reitor da Universidade do Minho, António Cunha, professor catedrático da Escola de Engenharia.

A insígnia de ouro é concedida por esta instituição de ensino superior espanhola a “personalidades que se destacam por serviços prestados à instituição, tanto por razão da sua longevidade, como pela sua especial relevância”, revela a USC. Por essa força de razão, a academia galega destaca o papel de António Cunha no estreitar de relações entre as duas universidades, de que resultou a assinatura de sete novos convénios de cooperação, bem como no seu papel agregador no âmbito das suas funções de presidente da Fundação CEER (universidades do Norte de Portugal e da Galiza).

O reitor, que ocupa o cargo desde 2009, nasceu em Braga em 1961. Licenciou-se em Engenharia de Produção, na UMinho em 1984, onde se doutorou em 1991 em Ciência e Engenharia de Polímeros e fez provas de agregação em 2001. Iniciou a carreira docente na Universidade do Minho em 1984, sendo professor catedrático desde 2003. É investigador do Instituto de Polímeros e Compósitos / I3N (laboratório associado do Estado). Orientou 15 doutoramentos concluídos, participou/coordenou diversos projetos de I&DT nacionais e europeus e foi responsável pela organização de diversas conferências e cursos avançados internacionais. É autor ou coautor de dois livros, 120 artigos em revistas científicas internacionais, quatro patentes e três projetos vencedores de concursos de inovação industrial. K

Presença no mundo

Nova SBE no topo 6 A Formação de Executivos da Nova School of Business and Economics é considerada pelo Financial Times como a escola portuguesa com maior presença no mundo, atribuindo-lhe a 24ª posição mundial em localização internacional e a primeira a nível nacional. No ranking mundial divulgado a 12 de maio, a Nova SBE classificou-se na 60ª posição em Programas Abertos e na 73ª em Programas Customizados, respetivamente no 28º e 31º lugar entre as escolas europeias, integrando a seleção das melhores do mundo.

Para Nadim Habib, CEO da formação de executivos da Nova SBE, estes resultados espelham o enorme esforço desenvolvido pela escola em prol da internacionalização, consolidando a sua presença em quatro mercados (Portugal, Angola, Brasil e Moçambique) e em três continentes

distintos. O líder da escola de executivos da Nova SBE acredita que as universidades portuguesas têm vantagens competitivas únicas e que devem procurar ganhar mundo, mesmo que os resultados dos rankings não expressem de imediato essa conquista de valor.

“Estamos no caminho certo.

Conseguimos recuperar parte dos custos da nossa internacionalização e regressar ao ranking das melhores escolas de Formação de Executivos do mundo para programas customizados. No entanto, confesso que esperava um resultado mais representativo da nossa realidade, não só no que diz respeito à qualidade académica e curricular da Nova SBE mas também relativamente ao impacto positivo que a escola provoca na vida das pessoas”, concluiu Nadim Habib. K

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Universidade

Nova reitora em Évora 6 A nova reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas, quer dar “início a uma nova era” na sua instituição, particularmente, na questão da internacionalização.

Na tomada de posse, que teve lugar no passado dia 9 de maio, a nova reitora referiu que um dos seus principais desafios é a inserção da Universidade de Évora “na comunidade das instituições de ensino superior e de investigação científica europeias”, especialmente, na “internacionalização das equipas de investigação, que só desse modo poderão pretender alcançar os patamares da excelência” e ainda na “internacionalização da formação inicial e avançada”, bem como na “captação de estudantes estrangeiros”.

No seu discurso, Ana Costa Freitas disse que a Universidade de Évora também terá um desafio para com a região Alentejo. Assim, sublinhou que “é certo que uma Universidade que aspira à internacionalização não se pode confinar no estatuto de instituição regional. Não somos nem seremos regionais. Mas, somos assumidamente regionalistas pelo compromisso que assumimos com o desenvolvimento sociocultural da população do Alentejo, com o desenvolvimento das empresas no seu esforço de inovação e de aumento de competitividade, e com o vasto e riquíssimo património natural e cultural que carateriza o Alentejo”.

Para a nova dirigente, a ligação à região Alentejo também deve ser feita na “transferência do conhecimento para as empresas, na resposta aos seus desafios de desenvolvimento tecnológico,

na qualificação dos seus funcionários” e, ainda, “nos caminhos da inovação e da internacionalização”.

Na sua intervenção, a reitora abordou também a questão da reorganização da rede de ensino superior. No entanto, salientou que se tratava de um desafio para o qual não pretende “avançar um figurino”. “Teremos de ser todos a pensar na melhor resposta a dar, que deverá ser para muito breve”, disse Ana Costa Freitas.

Outra das suas prioridades para o seu mandato é a especialização. Segundo Ana Costa Freitas, “não existe nenhuma universidade que seja excelente, ou mesmo só boa, em todos os domínios”.

Assim, afirmou que “no contexto da rede pública e na ótica da reorganização da rede, a Universidade de Évora terá de se evidenciar pela excelência em alguns domínios – os domínios-âncora – aqueles através dos quais seremos conhecidos e reconhecidos”.

Acrescentou que “a definição de domínios-âncora é difícil, mas é incontornável”.

Outro domínio em que a nova reitora pretende apostar é essencialmente na “conquista de novos públicos, em particular na África e na América do Sul”. Aqui, Ana Costa Freitas considera que é pertinente a instituição “desenvolver as suas capacidades e competências no ensino assistido pelas tecnologias de informação e comunicação”.

Sobre a questão financeira, a nova reitora sublinhou que “os recursos financeiros que o Estado aloca às instituições de ensino superior são escassos” e, portanto, considera que “não se perspetiva que venham a ser muito maiores, no futuro próximo, qualquer que venha a ser a solução governativa que a democracia nos proporcionar”. Neste âmbito, disse que “podemos ter a certeza de que estamos entregues a nós mesmos, isto é, à nossa criatividade, à nossa estratégia de crescimento e de afirmação, à capacidade que demonstrarmos de captar outros financiamentos, designadamente os financiamentos europeus”. K Noémi Marujo _

Coimbra ganha prémio

Quando as formigas pintam

6 Milhares de formigas a passearem sobre uma fotografia para produzirem imagens artísticas únicas e de rara beleza é o que proporciona o Photogrowth: Ant Painting, um projeto de investigação desenvolvido no Laboratório de Visualização e Design Computacional da Universidade de Coimbra (UC) e premiado com o Best Paper Award na EvoMUSART, a maior conferência europeia de música e arte evolucionária, que decorreu em Granada, no final de abril.

Estas formigas pintoras geram aquilo que a comunidade científica denomina de representação

não fotorrealista de imagens e, de uma forma simples, o coordenador do estudo, Penousal Machado, explica que o “sistema concebido tem disponível colónias de várias espécies de formigas artificiais

prontas a trabalhar. Cada espécie de formiga cria um estilo de imagem próprio. Assim, perante as preferências indicadas pelo utilizador, as espécies de formigas evoluem de forma a satisfazer o desejo artístico manifestado”.

Esta ferramenta computacional ainda em fase de protótipo marca “uma nova abordagem de produção visual que abre um mundo de possibilidades de exploração criativa. É uma ferramenta que permite criar imagens únicas, de elevada complexidade, e de estilos próprios”, realça o designer e também investigador do projeto, Tiago Martins. K

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Combate à Obesidade em Coimbra

Cooperação na Economia do Mar

6 Provar a eficácia de um programa inovador de intervenção em obesidade e dificuldades no controlo alimentar, é o objetivo do projeto de investigação BeFree, que está à procura de mulheres voluntárias, com idades entre 18 e 55 anos, residente na área do distrito de Coimbra, para seguirem o plano com uma duração de três meses.

Desenvolvido de raiz por uma equipa do Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção CognitivoComportamental da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, o BeFree recorre a elementos de programas aplicados com sucesso nos EUA e no Reino Unido. Visa “promover novas formas de as mulheres que sofrem de obesidade se relacionarem com a alimentação e com as suas emoções e melhorar o controlo alimentar e a sua qualidade de vida”, explica o investigador Sérgio Carvalho.

6 Discutir e detetar os constrangimentos à cooperação entre os diferentes atores regionais na Economia do Mar, de modo a estimular a geração de ideias e de projetos que possam vir a aproveitar eficazmente o Quadro comunitário 2014 e 2020 foram objectivos centrais do workshop realizado na Universidade do Algarve, a 30 de abril, sob o tema “Promover a Cooperação para o Crescimento Azul no Algarve.”

Desenvolvido no âmbito do projeto Knowledge Transfer to Improve Marine Economy in Regions from the Atlantic Area (Kimeraa), foi organizada pela Universidade do Algarve, através do Centro de Investigação sobre Espaço e Organizações, em parceria com a Plataforma Mar do Algarve (MarAlgarve), e integrado no Dia Europeu do Mar conferido pela Comissão Europeia.

Os participantes identificaram três principais blocos de barreiras à

cooperação, nomeadamente, o hiato existente entre o tecido empresarial e a Universidade e centros de investigação, no que diz respeito ao que são os desafios do mercado e ao conhecimento científico produzido, a falta de massa crítica regional para implementar qualquer tipo de iniciativa e, por último, a complexa legislação que rege e constrange os assuntos marítimos.

Como principais medidas para ultrapassar estas barreiras, identificaram a relevância da criação de agentes facilitadores entre as necessidades empresariais e o potencial do conhecimento científico existente, de descentralização das políticas públicas de modo a incrementar a cooperação, de captação de investimento externo estruturante para o Algarve, e a definição clara de objetivos partilhados como fator essencial para a consolidação de um cluster marítimo regional. K

UFP TEEN no Porto

mesmas, a alimentação (almoço) e o seguro. K

T A Universidade Fernando Pessoa inicia em julho as atividades da iniciativa UFP TEEN, destinada aos jovens dos 7º ao 12º ano de escolaridade, que visa proporcionar a oportunidade de conhecer melhor a Universidade. A decorrer de 7 a 11 e de 21 a 25 de julho, a UFP TEEN é constituída por um conjunto de atividades de caráter científico-pedagógico, desportivo e ainda de visitas de estudo, permitindo que, no ato de inscrição, o participante escolha as atividades de acordo com as suas preferências. O valor da taxa de participação contempla as atividades científicas, o material para a realização das

Desporto na Utad

Voluntárias precisam-se

Na prática, o programa desenvolvido no âmbito de um estudo financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), e coordenado por José Pinto Gouveia, “fornece ferramentas e competências estratégicas para uma gestão emocional eficaz,

ajudando a regular os episódios de descontrolo alimentar. Vários estudos indicam que a existência de episódios de descontrolo alimentar está associada a quadros clínicos de obesidade mais severos e a uma maior dificuldade em perder peso”. K

Algarve debate futuro

Ligação com Antigos Alunos

UTAD com aplicação 6 A Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro (UTAD) acaba de desenvolver a aplicação AlumniUTAD, para dispositivos móveis, que permite o acesso de antigos alunos a informação específica que lhes é dirigida, bem como outras informações de âmbito mais genérico, relacionadas com a instituição.

A aplicação, gratuita, foi desenvolvida pelo Núcleo de Gestão de Informação, Imagem e Multimédia - Gabinete de Comunicação e Imagem da UTAD, com recurso a meios próprios,

e permite consultar de forma de forma rápida Notícias, Agenda de Eventos, a Georreferenciação do campus da UTAD, Vídeos, Fotografias, aceder às Redes Sociais da UTAD dirigidas aos antigos alunos, e informação específica sobre o Encontro Alumni 2014, que decorre a 31 de maio.

A aplicação pode ser descarregada gratuitamente a partir da loja online Google Play para dispositivos móveis Android e, brevemente, na loja online Apple Store para dispositivos IOS. K

Universidade da Madeira

Docente Fulbright 6 Margarida Pocinho, docente do Centro de Competência de Artes e Humanidades da Universidade da Madeira, acaba de ser nomeada, por Portugal, para o programa 2014 Study of the United States Institutes, uma das mais exigentes, rigorosas e prestigiadas Bolsas da Fulbright - Universidade de Nova Iorque.

A Fulbright seleciona um número muito limitado de participantes, cerca de 10 a 15

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candidatos do mundo inteiro.

Este ano, da Europa, apenas 3 candidatos/países foram selecionados (Portugal, Polónia e Roménia).

Dentro dos projetos de investigação de Margarida Pocinho, destaca-se a investigação longitudinal English@Rochinha Kindergarten, reconhecido na Alemanha e em Paris, muito recentemente, e à espera de ser eleito para um Erasmus+. O principal objetivo é analisar a

flexibilidade cognitiva e cultural de crianças, em contexto escolar de dual-language (Português/Inglês), desde os 6 meses de idade até aos 6 anos, tendo como fundamento educativo a teoria das inteligências múltiplas, de Howard Gardner.

A investigadora irá participar no programa 2014 Study of the United States Institute on U.S. Culture and Society, que decorre de 7 de junho a 20 de julho, na Universidade de Nova Iorque. K

T A Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro recebeu o Congresso de Ciências do Desporto, Exercício e Saúde, evento comemorativo dos 25 anos do Curso de Desporto na UTAD, de 1 a 3 de maio. Na iniciativa foram apresentados projetos de investigação ligados às áreas da saúde e desporto, numa organização do Departamento de Ciências do Desporto, Exercício e Saúde, da Escola de Ciências da Vida e do Ambiente e o apoio do Centro de Investigação Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano. K

Castelo Branco

Feira de emprego na Superior de Tecnologia 6 A Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco realizou, nos dias 20 e 21 de maio, a 4ª edição da Feira de Emprego@ESTCB, bem como um workshop dedicado ao tema “Implementar estratégias de pesquisa de emprego”.

Esta iniciativa visou promover uma aproximação dos alunos finalistas aos empregadores nas áreas de Engenharia e Tecnologia, mostrar aos empregadores o trabalho desenvolvido nesta Escola e é ainda um complemento aos eventos de cariz tecnológico que têm vindo a ser promovidos pela ESTCB, os quais têm vindo a ganhar significa-

tiva notoriedade.

Apesar da elevadíssima taxa de empregabilidade dos alunos da ESTCB, fruto do reconhecimento pela qualidade de ensino, áreas ministradas e pelo ensino prático dos nossos cursos, a ESTCB continuará a organizar iniciativas que potenciem o ingresso célere dos diplomados no mercado de trabalho.

Além de apresentação de empregadores, esta Feira de Emprego, incluiu sessões destinadas a ajudar os alunos finalistas a preparar os seus Curriculum vitae, entrevistas de emprego, expositores, mostras de projetos e casos de empreendedorismo. K

IPCB

Nilton “dá aula” na ESGIN 6 A Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN), unidade orgânica do Instituto Politécnico de Castelo Branco, organizou no dia 15 de maio a II Feira do Emprego e do Empreendedorismo.

O evento teve como objetivo promover a empregabilidade na região e incluiu uma sessão de motivação do humorista Nilton, integrada num seminário que discutiu temas relacionados com os novos paradigmas do emprego.

Outros assuntos abordados foram as plataformas digitais de apoio ao emprego, o projeto Poliem-

preende e os aspetos culturais da expatriação.

A Feira reuniu entidades como o Instituto de Emprego e Formação Profissional, o Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional do Agrupamento de Escolas José Silvestre Ribeiro, a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, a Incubadora de Empresas de Idanhaa-Nova, o Instituto Português do Desporto e da Juventude, o Exército Português e a Adecco Portugal.

Decorreram ainda ações destinadas ao desenvolvimento pessoal dos candidatos a emprego, sessões

de apoio ao empreendedorismo e vários jogos radicais e tradicionais.

Os alunos das licenciaturas ministradas na ESGIN desenvolveram atividades abertas a toda a população, nas áreas da contabilidade, direito, hotelaria, recursos humanos e turismo.

A iniciativa foi uma organização conjunta da ESGIN, do Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de Idanha-a-Nova e do Agrupamento de Escolas José Silvestre Ribeiro, tendo contado com o apoio do Município de Idanha-a-Nova, entre outras entidades. K

IPCB obtém medalha de bronze Docente da ESART

José Simão expõe em Nova Iorque

6 O trabalho do escultor albicastrense José Simão participou numa exposição em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. A peça “Outono”, feita em ferro, faz parte da exposição “Expressions in Metal”, que esteve patente na galeria Medialia Rack and Hamper, a cerca de 15 minutos da famosa praça de Times Square.

A exposição decorreu de 3 a 24 de maio. Nesta mostra estão representados 16 artistas de vários países, como Portugal, Austrália, Brasil, Japão, Polónia e Estados Unidos da América.

A galeria nova-iorquina representa o escultor albicastrense para a área da escultura e medalhística.

José Simão, que é professor da Escola Superior de Artes Aplicadas, participou também recentemente na Moda Lisboa, através da criação da joalharia para a co-

leção de Alexandra Moura.

Em parceria com a designer de moda foi também concebida uma coleção de peças de design, com cinco pulseiras e cinco anéis em madeira de oliveira, pessegueiro, faia e freixo.

Os objetos vão estar à venda na loja Alexandra Moura, em Lisboa.

José Simão nasceu em Castelo Branco em 1960 e foi várias vezes premiado em concursos públicos.

Em 1998 foi distinguido com o Prémio para a Melhor Medalha Cunhada, no XXVI Congresso Internacional da FIDEM em Haia, na Holanda.

Desenhou moedas para eventos como a Expo´98 ou o Euro 2004, sendo ainda o autor da escultura que domina a rotunda de acesso à avenida de Zhuhai, em Castelo Branco. K

Olha o robô!

6 A equipa do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), composta por alunos e docentes da Escola Superior de Tecnologia, conquistou a terceira posição no Festival Nacional de Robótica. Na competição que decorreu, de 15 a 18 de maio, em Espinho a equipa albicastrense levou dois robôs a concurso, tendo o KIKA 2009 obtido o terceiro lugar na prova de Condução Autónoma - Challenge.

O robô albicastrense foi construído no Laboratório de Robótica do IPCB em 2009, tendo desde então conhecido vários melhoramentos. Em Espinho estiveram sete equipas a competir nesta prova, ficando o KIKA2009 logo atrás de robôs do Instituto Superior Técnico e do Instituto Politécnico de Leiria. Também participaram a Universidade do Porto, de Aveiro e de Trás-os-Montes e Alto Douro. Um segundo robô do IPCB, KIKA2014, também participou na prova.

Nesta prova do Festival, os robôs devem realizar várias tarefas associadas à condução, num circuito/pista, de forma autónoma.

Estas tarefas são por exemplo a condução entre as faixas de rodagem, respeito dos semáforos, paragem na passadeira, desvio de obstáculos colocados na pista, conduzir dentro de um túnel com visibilidade reduzida, conduzir numa zona de obras, entre outros.

A prova é dividida em três mangas, cada uma em diferentes dias do evento.

O IPCB revela em nota enviada à imprensa que “os resultados alcançados premiaram o espírito de equipa e empenho para superar as dificuldades das provas, bem como

todos os alunos que ao longo dos últimos anos têm trabalhado nos robôs, no âmbito das disciplinas da área de automação, controlo e robótica. Ficaram este ano os objetivos cumpridos, incluindo o de voltar para o ano para subir mais no pódio”.

As duas equipas do IPCB, orientadas pelos docentes Paulo Gonçalves e Pedro Torres, foram constituídas por alunos entusiastas da Robótica, dos Cursos de Engenharia Industrial e CET de Automação e Manutenção Industrial, da Escola Superior de Tecnologia. K MAIO 2014 /// 07

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Empreendedorismo

Castelo Branco capta inovação 6 O Centro de Empresas Inovadoras de Castelo Branco (CEI) está já a trabalhar com 20 empreendedores que apresentaram ideias de negócio, e abriu candidaturas, de 5 de maio a 2 de junho, para acesso às fases de pré-incubação e incubação de projetos ou empresas inovadoras. O anúncio foi feito ao Ensino Magazine pelo presidente da Câmara, Luís Correia.

“O objetivo é também ir ao encontro dos alunos do ensino superior que agora terminam os seus cursos e que possam ter tido, ao longo da sua formação, alguma ideia de negócio. Queremos com isto abrir-lhes uma porta, para que possam implementar os seus negócios a partir do CEI”, explica o presidente da Câmara.

Luís Correia explica que “neste momento o centro está a trabalhar com esses empreendedores, dando o nosso apoio em várias vertentes, como na ideia de negócio, na análise e instalação do negócio e na disponibilidade de espaço (haverá espaços em sistema de co-work, escritórios de 20 a 40 metros quadrados e oficinas)”.

O autarca adianta que o Centro está a constituir uma “rede de mentores, composta por pessoas que já foram empreendedores e que hoje são empresários, para que possam

Barreiro: Maio mês de jornadas T A Escola Superior de Tecnologia do Barreiro promove, durante o mês de maio, um ciclo de Jornadas dos cursos de licenciatura em Engenharia Química (decorreu dia 7), Engenharia Civil (dia 14), Biotecnologia (decorre dia 22) e Gestão da Construção (dia 29).

A iniciativa tem como objetivo promover as diferentes áreas ministradas pela escola junto da comunidade interna e externa. O programa inclui um conjunto de seminários relacionados com as respetivas áreas de formação, atividades e visitas aos laboratórios. K

Geodecisão em Setúbal disponibilizar a sua experiência. Além disso, serão realizados workshops ou formações”.

Para além daqueles 20 empreendedores, Luís Correia refere que foram abertas candidaturas, de 5 de maio a 2 de junho, para acesso às fases de pré-incubação e incubação de projetos ou empresas inovadoras.

Aqueles incentivos destinam-se a empresas ou projetos com menos de dois anos, que tenham como objetivo o desenvolvimento de atividades inovadoras que embora em estado embrionário e/ou com recursos limitados, tenham potencial para se tornar projetos de sucesso e motores de desenvol-

vimento local. Os projetos serão depois analisados por um júri.

Mas Luís Correia lembra que o CEI “não só apoia ideias de negócio já criadas, mas também aquelas pessoas que ainda não criaram uma ideia definitiva de negócio.

Nós dentro do centro disponibilizaremos um espaço de trabalho, sem custos, durante seis meses, com todo o nosso apoio para que possam concretizar a sua ideia de negócio”.

Os interessados devem candidatar-se num processo que passa pela página de internet do Centro em www.cataa-cei.pt. K

T A Escola Superior de Tecnologia do Barreiro organizou a primeira Conferência Nacional de Geodecisão, a 15 e 16 de maio, juntando decisores, técnicos e investigadores na área da informação geográfica, num momento de reflexão e de divulgação sobre o modo como a informação geográfica deve ser utilizada na tomada de decisão em diferentes áreas de atividade no nosso país. A conferência visou fomentar o debate sobre esta nova realidade e o respetivo contributo das ciências clássicas. K

Valter Lemos conclui doutoramento

Políticas públicas em 50 anos 6 Valter Lemos, docente no Instituto Politécnico de Castelo Branco e no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, é o primeiro doutorado em Portugal na especialidade de Políticas Públicas. O ex-secretário de Estado da Educação e, mais tarde, do Emprego e da Formação Profissional defendeu a sua tese este mês, no ISCTE, tendo sido aprovada por unanimidade com distinção.

Sob o título “a influência da OCDE nas políticas públicas de educação em Portugal”, a tese “analisa as políticas públicas de educação portuguesas dos últimos 50 anos, período correspondente à construção do sistema educativo atual”, começa por explicar Valter Lemos. Mas a dissertação aborda também “a influência da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) sobre as mesmas políticas, designadamente através do Projeto Regional do Mediterrâneo no início dos anos 60, do Exame à Política Educativa Nacional em 1983 e do projeto dos indicadores educativos da OCDE, primeiro, nos anos 90, através dos relatórios anuais Education at a Glance e depois, já no século atual, através do programa PISA”.

O júri que avaliou o trabalho de Valter Lemos foi composto por Helena Carvalho, diretora da Escola de Sociologia e Políticas Públicas do ISCTE-IUL; Carlinda Leite, professora catedrática da Universidade do Porto; David Justino, professor associado da Universidade Nova de Lisboa; João Formosinho, professor catedrático da Universidade do Minho; Rui Branco, professor

08 /// MAIO 2014

Saúde em Setúbal T A Escola Superior de Saúde de Setúbal recebeu o programa Internacional ICHCI (International Course on Health Care Issues), de 27 de abril a 9 de maio, que este ano incidiu sobre a temática Enabling Client Responsibility in Health Care. O programa foca diferentes temáticas como as dimensões interculturais na área da saúde, a autogestão e autodeterminação, a exclusão social, a pobreza e a qualidade de vida, fomentando a abordagem a novas terapêuticas e aplicação prática dos conteúdos adquiridos e das experiências dos participantes. K associado da Universidade Nova de Lisboa; Pedro Adão e Silva, diretor do doutoramento em Políticas Públicas do ISCTE-IUL e Maria de Lurdes Rodrigues, professora associada do ISCTE-IUL. Valter Lemos iniciou a sua carreira profissional como professor do ensino secundário, tendo realizado estágio pedagógico naquele nível de ensino, com a classificação máxima de 20 valores. É professor coordenador da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco, onde, para além da docência, foi vogal da Comissão Instaladora, presidente do conselho científico e coordenador e diretor de diversos cursos e estruturas. É também professor no ISCTE-Instituto

Universitário de Lisboa no mestrado de Administração Escolar, tendo lecionado, durante alguns anos, em vários cursos de mestrado na Universidade Católica.

Foi presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco de 1996 a 2005, eleito em três mandatos consecutivos.

Foi membro do Conselho Cientifico-Pedagógico da Formação Contínua de professores e do Conselho Científico do Instituto de Inovação Educacional.

Mais recentemente esteve no exercício de funções governativas, tendo sido Secretário de Estado da Educação de 2005 a 2009 e do Emprego e Formação Profissional de 2009 a 2011. É também, desde 2002, presidente da Assembleia Municipal de Castelo Branco. K

Erasmus em Setúbal T A Escola Superior de Tecnologia de Setúbal recebeu, entre 30 de abril e 3 de maio, 46 estudantes e 11 docentes de diversos países, que participaram no Erasmus Intensive Programme, sendo o programa composto por uma formação intensiva especialmente dedicada ao tema Steganography and Digital Investigations. A inicitiva visou a promoção do intercâmbio de estudantes a nível internacional, a partilha de ideias, experiências e conhecimentos entre si, focando áreas como a segurança, esteganografia e investigação digital através de diferentes atividades desenvolvidas nos laboratórios da instituição. K

Portalegre

ESE de Portalegre

Mediação social

Estrangeiros no IPP

6 A Escola Superior de Educação de Portalegre realizou, no passado dia 15 de maio, as suas jornadas de Animação Sociocultural, subordinadas ao tema Mediação Multidisciplinar e o Desenvolvimento Social.

A iniciativa decorreu no auditório daquela escola e foi composta por quatro painéis. O primeiro abordou as questões “a emergência da animação sociocultural”, por Avelino Bento e “multidisciplinariedade em análise”, por Alexandre Martins e Helena Simões. O segundo painel, dedicado ao tema “entre o sociocultural e o socioeducativo - práticas reflexivas”, teve a participação de Susana Campos (Muse de Ciência – Extremoz), Carlos Pêpe (Centro Educativo de Campo Maior), Carlos Alves (ESEP), e Pedro Romão e Carla Martins (Universidade Sénior do Crato).

Depois do almoço, Fátima Reis (Animus - Portalegre), Altino Barradas (Programa Erasmus +), Filipe Pires (ADIRN - Tomar), Paula Constantino e Ana Paula Santos (Formatos) debateram o tema “associações locais e internacionalização”. Finalmente, no último painel discutiu-se

6 O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) acolheu entre 29 de abril e 9 de maio um grupo de vinte e dois docentes e estudantes oriundos da Bulgária, Estónia e Turquia, a que se juntaram docentes e estudantes da Escola Superior de Educação (ESEP), para a frequência da segunda edição de um Programa Intensivo Erasmus na área da Comunicação Organizacional - Relações Públicas.

O programa é coordenado pela Burgas Free University (Bulgária), com a qual o IPP tem acordo de cooperação para a mobilidade e cooperação internacional. A primeira edição teve lugar em Burgas no ano passado e contou com a participação de cinco estudantes e de uma docente da ESEP. Um Programa Intensivo Erasmus é uma ação de cooperação internacional que junta docentes e estudantes do ensino superior para trabalharem um tema específico.

As sessões de trabalho decorreram, por razões logísticas, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Os participantes tiveram,

a mediação social - intervenção em equipas, através de Abílio Amimiguinho, Fernando Oliveira e Hermenegildo Correia (ESEP/C3i).

A iniciativa contou ainda com a presença de equipas especializadas na área. Participaram no debate Jorge Casanova e Graça Paes (Cadeia de Elvas), Florbela Aguela e Catarina Miranda (P’ra Cachopos Arronches), Mafalda Pinto (Projeto TEIP - Amadora), e Bruno Dionísio (ESEP). A saúde e a participação social foi o último tema a ser debatido. Com a moderação de Ana Silva e Helena Simões, foram preletores Carla Amaro, Sofia Perico e Tânia Balola. As conclusões finais ficaram a cargo Helena Simões e Alexandre Martins. K

Joaquim Mourato presidiu à sessão de abertura

também, oportunidade de visitar alguns locais da região (Ammaia, Marvão, Castelo de Vide e Elvas).

Contando com este programa e com outros dois similares coordenados pela ESTG, a que se junta a mobilidade regular Erasmus e a que se realiza ao abrigo de outros programas e acordos internacionais, o IPP acolhe, em 2014, cerca

de 180 estudantes e docentes de outros países e envia para estudos, estágios, missões de ensino e de formação no estrangeiro, cerca de 75. No conjunto, portanto, o IPP é responsável por mais de 250 fluxos de mobilidade internacional de saída e de entrada, número assinalável, tendo em conta a reduzida dimensão da instituição. K

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MAIO 2014 /// 09

Investigação e mobilidade

Viseu assina com o Brasil 6 O Instituto Politécnico de Viseu acaba de assinar um protocolo de cooperação com a Universidade Federal de Roraima (Brasil), nos domínios da formação, da investigação e da mobilidade e intercâmbio.

O Acordo de Cooperação tem por objetivo estabelecer relações recíprocas no âmbito académico, científico e cultural com a finalidade de elevar a qualidade do processo docente educativo, a formação de especialistas altamente qualificados e o trabalho técnico-científico.

A cooperação bilateral nos domínios da investigação e da formação científica são outras áreas a desenvolver no âmbito deste protocolo, que visa instituir projetos e trabalhos de investigação de interesse comum. A realização de estágios e o intercâmbio de estudantes, mas também de professo-

Para a ciência e a tecnologia

Tomar garante 3,4 milhões

res, investigadores e funcionários, é um dos pontos aos quais as instituições envolvidas mais relevância concederam.

Os contratos foram assinados pelo presidente do Instituto Poli-

técnico de Viseu, Fernando Sebastião, e pela reitora da Universidade Federal de Roraima, Gioconda Martínez. K Joaquim Amaral _

Projeto europeu

ESTG de Viseu presente 6 Os alunos do segundo ano da licenciatura em Turismo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu acabam de integrar um projeto europeu intitulado European Dialogue, que tem como objetivo incentivar a comunicação intercultural, utilizando a língua inglesa como língua franca, entre estudantes de quatro países europeus, designadamente Portugal, França, Alemanha e Itália.

Para além da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, estão envolvidas a École Nationale de la Statistique et de l’Administration Économique ParisTech (França), a Bonn-RheinSieg University of Applied Sciences (Alemanha) e a University of Modena and Reggio Emilia (Itália).

A participação decorre no âmbito da unidade curricular de Inglês IV. O projeto poderá contribuir para uma maior sensibilização e uma melhor preparação dos estudantes para a comunicação com turistas. Outra das mais-valias do projeto é a oportunidade de comunicação em língua inglesa fora da sala de aula e o consequente desenvolvimento de competências de negociação, de organização e condução de reuniões e de redação das respetivas minutas.

Os alunos irão trabalhar em 10 equipas internacionais de 8 elementos cada (2 de cada país), utilizando várias ferramentas on-line para comunicarem entre si. Cada equipa está responsável pela conceção e

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6 O Instituto Politécnico de Tomar e o Tecnopolo do Vale do Tejo (Tagusvalley) vão contar com 3,4 milhões de euros do programa Mais Centro, para os seus projetos de consolidação e reforço dos laboratórios de Inovação Industrial e Empresarial, de Conservação e Restauro, de Assistência à Vida Assistida e Autonomia e de Prevenção e Controlo de Riscos Naturais. O objetivo central é o de promover a competitividade das empresas da região.

O Laboratório de Serviços Partilhados de I&D+i, no valor de 2,5 milhões, visa a consolidação deste laboratório, instalado no Tagusvalley, em Abrantes, e a criação de um outro direcionado Publicidade

realização de uma investigação para avaliar a visão dos estudantes sobre temas específicos relacionados com valores dentro da Europa, designadamente a felicidade, questões de género, o valor do ensino superior e o processo de recrutamento, entre outras temáticas.

O projeto é coordenado em

Portugal por Lurdes Martins, docente de Inglês, que tem como principais interesses de investigação a utilização das tecnologias na aprendizagem da língua inglesa no ensino superior. A docente destaca, para já, o grande entusiasmo e motivação dos alunos pelo projeto. K Cristina Barroco _

para a comunicação e imagem.

Aumenta assim a sua eficiência na prestação de serviços de elevada qualidade técnica e científica, promovendo a competitividade e diferenciação das empresas no mercado, ao incorporarem inovação nos seus produtos e processos industriais.

Já a candidatura aprovada para Tomar, no valor de cerca de 900 mil euros, pretende reforçar a capacidade de prestação de serviços ao exterior em três áreas: conservação e restauro do património; domótica (sistemas de apoio à vida para pessoas com autonomia reduzida); e estudo e prevenção de riscos naturais, nomeadamente climáticos, geológicos e ambientais. K

Para alunos do secundário

IP Leiria oferece apoio 6 O Instituto Politécnico de Leiria vai dinamizar cursos online de preparação para os exames nacionais. Estas formações gratuitas, inseridas na plataforma digital UP2U, da Unidade de Ensino a Distância (UED) da instituição, visam ajudar os alunos do ensino secundário a estudar para as provas nacionais de acesso ao ensino superior.

Português, Física e Química, Matemática A, Biologia e Geologia, são algumas das disciplinas ministradas nestes novos cursos, que têm a duração de seis semanas. As formações estão organizadas de modo a que os

participantes possam estruturar melhor o seu tempo de estudo, e apresentam a estrutura dos exames, para que os estudantes se preparem através da resolução de perguntas dos exames nacionais, avaliadas com base nos respetivos critérios de correção do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE).

Os cursos são gratuitos e de livre acesso, e podem ser realizados de acordo com o ritmo do formando, pois é ele que gere o seu próprio percurso. Para aceder a estes e outros cursos, os interessados devem registar-se na plataforma UP2U. K

Engenharia Eletrotécnica

Jornadas em Leiria 6 O Núcleo de Engenharia Eletrotécnica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão e o Institute of Electric and Electronic Engineers Student Branch, ambos do Politécnico de Leiria, acabam de organizar as Jornadas Técnicas, a 6 de maio, em colaboração com o departamento de Engenharia Eletrotécnica.

A iniciativa visou transmitir uma visão clara das atividades empresariais, industriais e de investigação ligadas à área da engenharia eletrotécnica, com destaque para energia, automação, robótica, eletrónica e telecomunicações.

“Estas jornadas pretendem

aproximar estudantes, docentes, instituições de investigação e empresas, através da apresentação e discussão de temas da atualidade, constituindo-se como um espaço de intercâmbio de ideias e partilha de conhecimentos e procedimentos técnicos”, referiu Carla Lopes, docente da ESTG e coordenadora do curso de Engenharia Eletrotécnica. O encontro contou também com um espaço de exposição onde são apresentados produtos e projetos relacionados com a área, nas suas diversas vertentes, com o objetivo de dar a conhecer novas metodologias e inovações. K

Educação em Leiria

de Leiria organizou, de 5 a 9 de maio, a Semana Internacional, dinamizando diversas atividades nas suas cinco escolas, com o objetivo de promover a partilha de saberes e culturas, bem como a internacionalização do Instituto. O programa englobou iniciativas que visaram conhecer outras nacionalidades, a sua gastronomia, língua, hábitos e cultura, através de aulas abertas, seminários, workshops, palestras, conferências, exposições, entre outros. A iniciativa reuniu docentes, não docentes e estudantes que já estiveram a estudar fora de Portugal, contando igualmente com os contributos e experiências dos diversos visitantes estrangeiros que irão estar no Instituto em mobilidade internacional. K

T Investigação, Práticas e Contextos em Educação foram as temáticas em foco, a 9 e 10 de maio, na Conferência Internacional da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria, iniciativa que visou colaborar no avanço da teoria e da prática em educação, através do debate sobre desafios e soluções para os mais diversos contextos educativos. A conferência procurou dar resposta à necessidade crescente de encontrar espaços e dinâmicas de divulgação de projetos. K

Internacionalização T O Instituto Politécnico

Centro de investigação

Leiria e Santarém juntos 6 Os institutos politécnicos de Santarém e de Leiria formalizam hoje a criação do Centro de Investigação em Qualidade de Vida com o objetivo de aumentar a sua capacidade científica nas áreas ligadas à criação de bem-estar.

Jorge Justino, presidente do Instituto Politécnico de Santarém (IPS), disse à agência Lusa que o centro abre a perspetiva de “uma grande produção científica nas áreas ligadas à qualidade de vida”, nomeadamente nas temáticas do envelhecimento, saúde, desporto, nutrição, entre outras.

A criação do centro surge no âmbito de parcerias que têm vindo a ser estabelecidas entre investigadores das duas instituições, permitindo aumentar o número de doutores, da produção científica e da capacidade de realização de projetos, frisou. “É uma mais-valia esta união entre os dois politécnicos, para já, neste centro, que visa aumentar a capacidade científica”, afirmou.

Jorge Justino adiantou que está em fase de análise o estudo de viabilidade a parcerias, fusões ou consórcios com outras instituições

Arquivo H

do ensino superior que o IPS está a realizar, admitindo a “forte probabilidade” de uma ligação ao Instituto Politécnico de Leiria (IPL) e ao Instituto Politécnico de Tomar, no âmbito do processo de reorganização da rede iniciado pelo Ministério da Educação e Ciência.

O presidente do IPS adiantou que este instituto desenvolve parcerias “com mais de 100 instituições portuguesas e europeias”, sendo a investigação nas áreas associadas à qualidade de vida uma das que tem vindo a ser desenvolvida.

O Protocolo de Cooperação e criação do centro de Investigação e Qualidade de Vida CIEQV é justificado “pelos domínios e convergências de ação de ambas as instituições”, referiu o diretor do centro, Pedro Sequeira.

“Pretende-se incrementar o aproveitamento de recursos, promovendo a docência, a investigação científica, a prestação de serviços à comunidade e potenciar as atividades de extensão universitária, no âmbito nacional e internacional”, acrescentou. K

Economia

Chumbos e confiança 6 O antigo ministro das Finanças Luís Campos e Cunha afirmou este mês, em Leiria, que os chumbos do Tribunal Constitucional (TC) foram o primeiro “sinal de confiança para os agentes económicos” e defendeu que uma parte da recuperação económica se deve às suas posições.

Aquele responsável falava numa iniciativa promovida pelo Instituto Politécnico de Leiria e pela revista Visão.

“Ninguém pode criticar o Tribunal Constitucional de fazer a sua obrigação e a sua obrigação é velar pela constitucionalidade das leis, não tem que governar o país. E foi, exatamente, quando o Tribunal Constitucional chumbou um conjunto de leis há um ano, ano e pouco, que, lentamente, começámos a ver a recuperação da confiança dos agentes”, disse Luís Campos e Cunha, em Leiria, ao abordar a ameaça de “mais uma subida de impostos”.

No debate sobre “Impostos - A inevitabilidade do sufoco fiscal?”, iniciativa do Instituto Politécnico de Leiria e da revista Visão, o antigo ministro do Governo de José Sócrates referiu que as posições do TC traçaram “linhas para o Go-

Arquivo H

verno, dizendo que estas linhas não podem ser ultrapassadas e isto foi o primeiro sinal de confiança para os agentes económicos”.

“Julgo que uma parte – não sei quanto - da recuperação económica que temos vindo lentamente a ver no último ano também tem a ver com este sinal de confiança de que o Tribunal Constitucional está lá”, acrescentou.

Sobre o futuro para o país, Campos e Cunha referiu que neste momento ainda não se sabe ao certo as linhas “com que se cose” mas considerou que “daqui a um mês, dois meses, seis meses, um ano, e, sem haver o mínimo de

estabilidade das políticas, nomeadamente das políticas fiscais, não podemos ter uma retoma significativa do investimento”.

“Para haver investimento tem que haver um ‘business plan’ e para haver um ‘business plan’ tem que haver uma ideia de quais são as leis laborais, quanto é que vai pagar de IMI, de IRS, de IVA, de TSU. Não é preciso ter certezas, mas é preciso ter uma ideia”, declarou, adiantando que “ainda hoje estão a alterar leis laborais, ainda hoje estão a alterar alguns impostos, há a ameaça de mais uma subida de impostos se houver um chumbo do Tribunal Constitucional”. K

MAIO 2014 /// 011

Guarda debate

Os desafios do pré-escolar

6 “Desafios da Educação Pré-Escolar” foi o tema das I Jornadas de Educação que decorreram, nos dias 23 e 24 de abril, no Instituto Politécnico da Guarda.

Organizadas pela Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto/IPG, estas jornadas abordaram temas como “A importância da Educação Pré-escolar”, “As emoções no Pré-escolar: mais do que estar alegre ou triste”, “Desafios da Inclusão em Educação Pré-escolar” e “Educação Pré-escolar como tempo fundador: implicações e desafios”.

José Hernandéz Díaz, da Universidade de Salamanca, um dos conferencistas, defendeu a necessidade em se “apostar em mais recursos, melhores métodos, melhores instalações, melhores condições para que as crianças em idade pré-escolar encontrem condições favoráveis para aprender a serem cidadãos, a socializar-se, para além das relações com os seus pais e familiares”.

Este docente da Universidade de Salamanca e colaborador do Ensino Magazine evidenciou a “relação e cooperação habitual com o Politécnico da Guarda. É uma cooperação habitual e necessária entre as nossas instituições, pois necessitamos de

Cooperação

Politécnico da Guarda abraça Turquia construir laços de cooperação científica e humana em todos os aspetos. Vivemos numa sociedade cada vez mais próxima, cada vez mais global mas também, como é o caso, com o desejo expedito de superar barreiras históricas, fazer uma proposta transfronteiriça”.

Vera do Vale, da Escola Superior de Educação de Coimbra, que falou sobre “As emoções no Pré-Escolar” assinalou este tema como “muito importante, até por todas as investigações internacionais.

Aquilo que se tem estado a demonstrar é a ligação do desenvolvimento sócio emocional à aprendizagem escolar. Se as crianças não fizerem um desenvolvimento adequado, em termos das emoções, da gestão

emocional têm problemas, nomeadamente de aprendizagem, de adaptação à escola”.

O Bispo da Diocese da Guarda participou, no último dia das jornadas, no painel “Desafios da Inclusão em Educação Pré-escolar”. D. Manuel Felício, após evidenciar a oportunidade desta iniciativa da ESEC/IPG, disse-nos que “quem se ocupa da educação ocupa-se naquilo que é mais importante na vida das pessoas.

Assim, os assuntos de educação que se tratam aqui dentro da Escola, nas diferentes aulas e programas, interessam, necessariamente, ao público em geral.

Evidentemente que esses assuntos não podem ser transportados para o exterior com a mesma linguagem usada aqui”. K

6 A Universidade de Selçuk, da Turquia, esteve, no passado dia 12 de maio, no Instituto Politécnico da Guarda para uma sessão de trabalho. A delegação composta, entre outros, pelo reitor da Universidade, Hakki Gökbel e pelo vice-reitor das Relações Internacionais, Musa Özcan, foi recebida pelo presidente do Instituto Politécnico da Guarda, Constantino Mendes Rei. Este encontro teve por objetivo discutir a cooperação bilateral existente entre ambas as instituições, não só a nível do Programa de mo-

bilidade Erasmus, mas também outros projetos internacionais em que as instituições são parceiras.

Após a reunião, realizada na presidência do IPG e onde “foram discutidos os planos orientadores para a continuação desta cooperação que tem sido muito profícua”, os representantes turcos fizeram uma visita à Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), nomeadamente aos Laboratórios de Engenharia Civil e ao centro de investigação do projeto Magic Key. K

Pedro Pinto, docente do IPG

Cisco Academy distigue 6 Pedro Pinto, engenheiro informático e docente no Instituto Politécnico da Guarda (IPG), voltou a ser distinguido pelo programa Cisco Networking Academy, desta vez com o diploma de “Expert Level Instructor Excellence”, que elege um TOP 10% de instrutores à escala mundial.

De referir que este docente do IPG já tinha recebido, em 2012, o diploma de “Instructor Excellence Advanced”.

Este prémio é o reconhecimento pelo contributo e participação profissional que o galardoado tem tido no programa da Cisco Networking Academy, ao longo dos últimos anos.

Para Pedro Pinto, este reconhecimento, a nível internacional, é “mais uma etapa ganha no percurso como instrutor, mas também o resultado de um longo trabalho que tem sido desenvolvido na Academia Cisco do Instituto Politécnico da Guarda, tanto ao nível da formação como na integração dos alunos nas empresas”.

012 /// MAIO 2014

A Academia Cisco do Instituto Politécnico da Guarda tem atualmente, como oferta formativa, o curso CCNA (Cisco Certified Network Associate), o CCNA Security estando para breve a abertura do CCNP (Cisco Certified Network Professional). “Qualquer aluno pode frequentar o curso, mesmo tendo poucos conhecimentos ou não sendo da área da Informática”, como nos referiu Pedro Pinto.

As Academias Cisco são centros

de formação técnicos e especializados em redes de comunicação, que permitem aos alunos obter certificações reconhecidas a nível nacional e internacional.

Esta formação tem uma forte componente prática, sendo suportada, na teórica, por um extensivo programa de e-learning que permite aos alunos estudarem as tecnologias que suportam a Internet, essenciais numa economia global.

As Academias Cisco disponibilizam um vasto leque de cursos de formação sendo o CCNA, CCNP, Network Security e Voice over IP, os mais conhecidos à escala mundial O programa Cisco Networking Academy conta hoje com 10.000 academias Cisco, distribuídas por 165 países que recebem cerca de 800.000 alunos por ano.

A Academia Cisco do Instituto Politécnico da Guarda integra, atualmente, o programa Cisco Networking Academy desde 2007, tendo formado, até hoje, mais de 400 alunos. K

Mensagem aos finalistas

Sucesso terá matriz do IPG 6 O presidente do Instituto Politécnico da Guarda, Constantino Rei, considerou, na sua mensagem aos diplomados pelo IPG, na bênção das pastas, ser importante que “nunca se quebrem os laços afetivos com esta instituição, pois daí resultará um inegável contributo para o fortalecimento progressivo do Politécnico, a par de uma crescente projeção. A vossa entrada no mercado de trabalho, as experiências pessoais, os vossos sucessos serão importantes indicadores para as estratégias a desenvolver pelo Instituto Politécnico da Guarda, empenhado em garantir, permanentemente, a qualidade dos seus cursos, viabilizando as saídas profissionais”.

O presidente do Politécnico da Guarda recordou, e como já tinha afirmado na sessão solene de abertura do ano letivo, que “existem,

atualmente, múltiplos problemas, mas eles são transversais a toda a sociedade e a todos os setores; contudo, não podemos acordar, dia após dia, nesta esquizofrenia coletiva de que tudo está mal, há muitas dificuldades e sacrifícios a superar e por isso não vale a pena esforçarmo-nos... Mais do que discutirmos cenários, ou submergirmos nas ondas do pessimismo, importa que procuremos soluções, sejamos imaginativos e criativos, fortes e ousados, humildes e trabalhadores”.

Constantino Rei afirmou que “a marca da qualidade está sempre ligada ao sucesso, independentemente das conjunturas; o sucesso de cada um, de cada uma de vós terá sempre a matriz do Instituto Politécnico da Guarda, do papel que desempenhou na vossa formação, na preparação para a vida”. K

Castelo Branco

IPCB não sobe propinas

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) não vai aumentar o valor das propinas para 2014/2015. “O valor das propinas no IPCB vai manter-se para o próximo ano letivo, tendo em conta a situação económica que as famílias estão a atravessar”, referiu o presidente da instituição, Carlos Maia.

Aquele responsável lembrou que o IPCB mantém o mesmo valor das propinas desde 2011.

“Não vou propor qualquer alteração ao seu valor, não porque o IPCB não necessite de verbas, mas porque está sensível às dificuldades das famílias e dos pró-

prios estudantes”, sublinhou o presidente da instituição. K

Viana do Castelo

Autarquia e IPCB

Mais refeições 6 Contrariando a tendência nacional de queda generalizada, os restaurantes do Instituto Politécnico de Viana do Castelo registaram um aumento de utilizadores nos últimos anos, prevendo atingir, em 2014, uma média mensal de 12.500 refeições. “A justificação está na implementação de uma estratégia, delineada em 2009, cuja principal preocupação é aumentar o valor dos serviços sociais prestados aos alunos”, afirma o administrador dos Serviços de Acção Social, Diogo Moreira.

Mais especificamente, ao nível dos serviços de alimentação, “chegamos à conclusão que o modelo

de funcionamento das cantinas e bares estava desajustado às necessidades dos alunos de hoje, as quais são muito diferentes das dos alunos dos finais dos anos 80 e início dos anos 90, fase em que se verificou o ‘boom’ do ensino superior em Portugal e no qual a atual forma de funcionamento dos SAS foi delineada”, salientou ainda Diogo Moreira.

Assim os segredos do sucesso passaram pelo investimento efetuado na remodelação das instalações, o aumento da qualidade e variedade das refeições e a introdução de novos conceitos como refeições grill e light e a cultura da inovação. K

Euroweek 2014

Hotel escola em Monsanto 6 As obras de recuperação do Hotel Pousada de Monsanto, num investimento de 600 mil euros, estão concluídas, pelo que o espaço poderá abrir antes do verão. O presidente da Câmara pretende transformar aquele espaço “num hotelescola”, pelo que a autarquia está a trabalhar em conjunto com a Escola Superior de Gestão (ESG) de Idanha-a-Nova e com o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), num projeto que envolve os alunos de todos os cursos ministrados na ESG.

“O projeto passa por colocar os alunos, logo no primeiro ano, em contacto com o mercado turístico. O hotel vai estar no mercado, mas a ideia é transformá-lo, em conjunto com a ESG e com o IPCB, numa escola de sucesso”, explicou Armindo Jacinto.

Antiga casa senhorial transformada em estabelecimento hoteleiro, que abriu em 1993, é constituída por dez quartos e um restaurante. Em 2004, passou a pertencer à Câmara de Idanha-a-Nova. K

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IPCoimbra premiado

6 A delegação do Politécnico de Coimbra que participou na Euroweek de 2014, na Suécia, venceu o prémio Best Project Paper, com o projeto A green key to smart cities – application of microalgae in our everyday life, da responsabilidade de docentes e alunos do Instituto Superior de Contabilidade e Administração, da Brno University of Technology (República Checa) e da InduTec asbl/vzw (Bélgica), instituição responsável por este projeto.

A Euroweek – European Week Conference é uma das iniciativas mais notáveis que se realiza anualmente no contexto da Rede Prime (Professional Inter-University Management for Education Network) e que tem como principal objetivo acrescentar valor ao conhecimento académico de cada aluno, abrir-lhes perspetivas de relacionamento e oportunidades de emprego ao nível europeu. Trata-se de uma semana intensiva de intercâmbio de projetos e experiências desenvolvidos por equipas internacionais, cada uma com três países. K

MAIO 2014 /// 013

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IPL e IEFP assinam acordo

Vida ativa em Leiria 6 O Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) assinaram um protocolo que visa a realização de ações de formação no âmbito do programa Vida Ativa, dirigido a desempregados com o ensino superior.

Nesta primeira fase do programa Vida Ativa - Desenvolvimento de Competências em Gestão Empreendedora, vão participar 100 formandos, que estavam inscritos nos centros de emprego do IEFP da área de influência da Delegação Regional do Centro, com formação superior.

A seleção de quatro grupos de participantes, com 25 candidatos cada, foi da responsabilidade do IEFP e as formações têm lugar no IPLeiria, até 4 de junho.

Marketing da nova empresa, plano de negócios, dinâmica de geração de ideias, contabilidade e gestão financeira ou internacionalização, são algumas das temáticas das ações formativas.

O presidente do IPLeiria, Nuno Mangas, explicou tratarse de 100 horas divididas por “aulas tradicionais”, “trabalhos de grupo” e “sessões de geração de ideias” para serem “constituídas redes de dinâmicas de grupo”.

“Serão mais-valias para estes jovens que têm uma formação superior e que, infelizmente, ainda não encontraram uma resposta do mercado de emprego. Em parceria com o IEFP,

queremos dar-lhes um conjunto de ferramentas que lhes permitam, de uma forma mais fácil, aceder ao mercado de emprego ou, eventualmente, permitir-lhes que criem o seu próprio emprego”, salientou Nuno Mangas.

Para o presidente do IPLeiria, este programa irá permitir “estimular o espírito criativo dos jovens” e “pô-los em contacto com empresários e com estruturas de incubação, de forma a incentivar a criação do seu próprio emprego”.

Nuno Mangas considerou que este programa é uma forma de motivar estes desempregados. “É abrir-lhes horizontes.

Hoje, a situação de se estar temporariamente desempregado é difícil do ponto de vista pessoal e social. Temos de criar estímulos adicionais, dar-lhes novas perspetivas e aumentar a rede de contactos entre eles e os empresários e daí associar-

mos a Nerlei [Associação Empresarial da Região de Leiria].”

“O desafio a que nos propomos com o IPLeiria é o de contribuir para que esse estado [desemprego] possa terminar o mais rápido possível”, salientou o presidente do IEFP, Jorge Gaspar, acrescentando que o programa pretende “aproximar a qualificação às necessidades do mercado”.

Jorge Gaspar recordou que “a qualificação não faz mal a ninguém, ao contrário da máxima errada que diz que qualificação é meio caminho para o desemprego”.

O responsável pelo IEFP reforçou com as estatísticas que indicam que “os desempregados com mais qualificações estão menos tempo no desemprego” e que “o regresso ao trabalho é tanto mais rápido quanto mais forem as qualificações”.

Afirmando que “o empreendedorismo não é a solução para todos os males”, Jorge Gaspar adiantou que, “no recrutamento de trabalhadores qualificados, as empresas valorizam, cada vez mais, as competências sociais das pessoas e a sua capacidade de se adaptar à cultura e desenvolvimento da organização”.

Segundo os dados do IEFP do mês de março, nos vários centros de emprego do distrito de Leiria estavam inscritos 3.165 desempregados com o ensino superior, num total de 22.310 de pessoas à procura de emprego. K

Cores e Técnica na EST

Exposição em Setúbal 6 A exposição Cores e Técnicas, da autoria de Antónia Calixto, está patente ao público, de 5 a 23 de maio, na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, dando a conhecer diferentes trabalhos realizados através da utilização de vários materiais e técnicas como pergamano (trabalhos executados em papel vegetal de elevada gramagem), pintura a óleo, aguarela, pastel, encáustica (trabalhos realizados com ceras e ferros de engomar).

São diversos os temas abordados, que levaram à produção de obras mais abstratas ou referentes a paisagens.

Antónia Calixto esteve desde sempre ligada ao mundo das artes, frequentou o primeiro curso

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de “Artes Decorativas” em 1970, dando continuidade à sua formação em 1985 com o curso de “Pintura em Porcelana”, entre

outros dedicados a diferentes técnicas, bem como através do contacto com vários pintores. A entrada é livre. K

Design

Exposição em Portalegre 6 Os alunos finalistas da licenciatura em Design de Comunicação da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre, organizaram a exposição João da Câmara Leme, Design de Capas de Livros e Ilustração, a 29 de abril, no âmbito da 5.ª edição das comemorações do Dia Mundial do Design de Comunicação, o dday, celebrado a 14 de Maio.

Trata-se de uma parceria com o atelier Silvadesigners, aproveitando

o facto de estar para muito breve o lançamento de um livro sobre a obra deste importante, mas ainda bastante desconhecido do grande público, designer lisboeta. João da Câmara Leme repartiu o seu trabalho entre França, Finlândia e Portugal, destacando-se pela versatilidade e beleza das suas ilustrações.

A exposição, da responsabilidade dos docentes José lia Pedro e Pedro Matos, ficará patente até final de Maio. K

Revista

Pelourinho em Elvas 6 A Escola Superior Agrária de Elvas apresentou o mais recente número da revista O Pelourinho, a 26 de abril, cujo tema central é dedicado ao património da região raiana. A apresentação foi realizada no âmbito da Pós-Graduação em Estudos Avançados em Recuperação do Património Histórico e

Regeneração Urbana e Económica, a funcionar nas instalações da escola, e que resulta do estabelecimento de um protocolo entre a Universidade de Évora, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Instituto Politécnico de Portalegre e Universidade da Extremadura (Espanha). K

União de Tomar

IPT recupera taças 6 O Laboratório de Conservação e Restauro de Madeiras do Instituto Politécnico de Tomar restaurou 23 taças das mais emblemáticas e representativas para a história centenária do União Futebol Comércio e Indústria de Tomar (UFCIT), que integram a Exposição 100 anos do União de Tomar, inaugurada a 3 de maio.

A direcção do UFCIT solicitou a colaboração do IPT para a conservação e restauro de 23 taças do seu vasto espólio de troféus. A intervenção no Laboratório de Conservação e Restauro de Madeiras, aconteceu no âmbito da unidade curricular de Conservação e Restauro 5, da Licenciatura em Conservação e Restauro, com a colaboração dos alunos do curso sob a direção técnica do docente respon-

sável, Fernando Antunes.

Aquele laboratório assegura o apoio ao ensino/formação no âmbito da Licenciatura e do Mestrado em Conservação e Restauro, a prestação de serviços ao exterior, para particulares e para organizações públicas e privadas, nas áreas da preservação, da conservação e do restauro, em quatro especialidades relacionadas com os suportes em madeira: Retabulística e Talha, Mobiliário, Artefactos e Estruturas em Madeira; no âmbito das quais desenvolve diversos trabalhos como estudos, projetos e planeamento, bem como intervenções em bens culturais móveis e integrados com estruturas e suportes em madeiras; e ainda consultorias técnicocientíficas e peritagens nas mesmas áreas. K

Stand do IPB na Ovibeja

Passos Coelho visita Beja 6 O Primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho, marcou presença no stand do Instituto Politécnico de Beja, durante mais uma edição da Ovibeja. O governante foi recebibo, no primeiro dia do evento, pelo presidente do IPBeja, Vito Carioca.

O politécnico esteve no certame para divulgar as suas ofertas formativas, bem como para a promoção dos seus Centros e Laboratórios. A presença do IPBeja contou também com a participação de docentes da

Escola Superior Agrária (ESA) no prestigiado 4º Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja e na II Mostra de Sopas Tradicionais do Alentejo. À semelhança de anos anteriores, uma referência para a organização do “Campo da Feira”, um campo agrícola adjacente ao Parque de Feiras e Exposições, com demonstração de culturas, equipamentos agrícolas e tecnologias de regadio a cargo do Curso de Agronomia da Escola Superior Agrária. K

IPBeja H

IPBeja H

Secundário e Profissional

Beja assina protocolos 6 O Instituto Politécnico de Beja vai assinar um protocolo de cooperação estratégica com os Agrupamentos de Escolas e Escolas de Ensino Secundário e Profissional do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, que tem como objetivo “potenciar a participação e o envolvimento de outros parceiros de vocação educativa e formativa, designadamente, agrupamentos de escolas, escolas profissionais e centros de formação profissional, visando a constituição de uma rede educativa e formativa de escala regional confinante aos territórios de intervenção prioritária do Instituto Politécnico de Beja”.

O Politécnico e os restantes outorgantes consideram que os esforços coletivos

de todas as partes interessadas (instituições de ensino secundário, de ensino profissional e de ensino superior) serão decisivos para a obtenção das metas definidas pela estratégia Europa 2020, que defende um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.

No âmbito deste protocolo, as entidades parceiras comprometem-se “a desenvolver todas as medidas julgadas necessárias e adequadas à promoção de uma fileira formativa regional e verticalizada, que garanta a melhor concretização dos processos ensino-aprendizagem devidamente estabilizados, assegurando a desejável oferta formativa de continuidade efectiva”. K

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Robô Bombeiro T O Instituto Politécnico da Guarda vai promover, no próximo dia 5 de julho, mais uma edição do concurso Robô Bombeiro.

Trata-se de um concurso de robótica que põe à prova pequenos robôs móveis e autónomos com a missão de encontrar e apagar um incêndio.

O regulamento pode ser consultado em http://robobombeiro.ipg.pt/ K

Psicogerontologia em Beja T O IV Seminário Ibérico de Psicogerontologia - Visão Interdisciplinar do Envelhecimento decorre no Auditório da Escola Superior de Educação do Politécnico de Beja, 27 de maio. A organização foi do Mestrado de Psicogerontologia Comunitária. K

CIMAL em Beja T O Politécnico de Beja recebe os presidentes das câmaras da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), a 23 de maio, para uma visita que pretende u ser um momento de partilha institucional e de apresentação da capacidade formativa e potencial instalado ao nível da investigação e do apoio à prestação de serviços. Com esta visita pretendeu-se criar condições para o desenvolvimento de uma plataforma de entendimento e colaboração mútua, com o intuito de reforçar as dinâmicas partilhadas de promoção e do desenvolvimento e

crescimento socioeconómico regional. K

Artes plásticas em Beja T Habitar as Imagens é o título da Exposição de Artes Plásticas e Multimédia inaugurada a 8 de maio, na Galeria dos Escudeiros, em Beja, e que estará patente até 7 de junho. Esta é a segunda exposição de Um itinerância que se iniciou em 2013, no Centro de Artes de Sines, com uma mostra de trabalhos realizados por jovens artistas, no âmbito das artes visuais, os quais frequentam o Curso de Licenciatura em Artes Plásticas e Multimédia do Politécnico de Beja, que celebra 10 anos. A organização é do Laboratório de Arte e Comunicação Multimédia e da Comissão Coordenadora daquele Curso. K

Beja debate água T Os alunos do 2º ano do Curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Saúde de Beja organizaram um seminário, a 15 de maio, subordinado ao tema “Que água já concumiste hoje?”, e que decorreu na Biblioteca Municipal José Saramago. A iniciativa teve como objetivos explicar ao público as quantidades de água que são necessárias para a transformação de certos produtos. A iniciativa foi apoiada pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas, da Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja, da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo e da Sociedade Portuguesa de Saúde Ambiental. K

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Editorial

O que pensamos e o que fazemos 7 Com a revolução científica e tecnológica que tem acompanhado a implementação da sociedade do conhecimento, a escola tem vindo a conhecer transformações irreversíveis. Apesar de esse ser um assunto recorrente da investigação educacional, é sempre interessante regressar a esta temática, sobretudo quando os estudos nos confrontam com a crítica a uma escola que consideram demasiado racional, tecnológica, superespecializada e impregnada de clichés administrativos e corporativos.

Em consequência, instala-se no mundo interior dos docentes um efeito cuja perversão ainda está por medir: pese embora tudo o que aconteça na realidade diária das escolas, os professores estão convencidos de que a sua profissionalidade e a sua qualidade de trabalho dependerá, mais que tudo, das suas competências “operárias” e “in-

strumentais” (o saber-fazer) que os conduzem à aplicação de técnicas rigorosas através das quais conseguirão “produzir” a aprendizagem dos seus alunos.

Aqui estão alguns indícios: Primeiro, todos abominam os “receituários”, todavia quase sempre vivem dependentes dessa normatividade que lhes dá segurança e que lhes proporciona grande parte dos conhecimentos que guiam a acção; segundo, surgem os “tradutores-especialistas”, aqueles que acreditam na voz especializada, enquanto intermediário insubstituível entre a origem científica do conhecimento e a correcta interpretação e divulgação das normas pedagógicas; terceiro, as reformas alteraram o discurso e as linguagens, porém o “processo de cretinização técnico-burocrático” do trabalho docente permanece, no substancial, inalterável. Resultado: a lucidez demasiado disci-

plinar e especializada conduz, invariavelmente, à cegueira no que respeita à apreciação do global, do geral e da diferença.

Nesta transformação acentuada, é certo que a ciência substituiu a religião quanto à construção do discurso pedagógico. Todavia novas formas de misticismo afloraram sempre que, no terreno institucional, se procedeu à aceitação dos poderes, aliados aos saberes, como meios únicos de legitimação de uns e dos outros.

Para que a Escola atinja, neste terceiro milénio, uma via de “transformação positiva”, temos que enfrentar alguns desafios. Desde logo, importa nivelar o estatuto da “pedagogia oficial” com o do “conhecimento prático” dos docentes. Depois, exige-se o rápido reconhecimento da maioridade dos profissionais do ensino.

Um reconhecimento que proporcione a conquista da autonomia para pensar o próprio pensam-

ento, autonomia para reflectir sobre o conhecimento elaborado, autonomia para construir novo pensamento com base no conhecimento e na maturação da própria acção docente. Ou seja, a eliminação do pensamento por “senso comum” do discurso oficioso que reina nos corredores de uma boa parte das escolas portuguesas.

No fundo, encontramo-nos perante um desafio, lançado aos “práticos”, para que “conquistem”, dentro das escolas, todas as “possibilidades” que lhes permitam a elaboração de “conhecimento”, através do qual sustentem e teorizem essa mesma prática. É que a separação entre pensamento e acção implica que a educação não seja mais uma preparação para agir. Implica a aceitação de dois ensinos distintos: um especulativo, o outro prático, um fornecendo o espírito e o outro a

letra, um o método, o outro, os resultados. E tudo isto nos empurra para o sublinhar de uma das maiores contradições que nos podem ser imputadas a nós, educadores: a incapacidade para integrar na nossa prática quotidiana, de um modo coerente, o que pensamos e o que fazemos. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue a nova ortografia _

primeira coluna

Mandarim a caminho do básico 7 O Ministro da Educação, Nuno Crato, abriu este mês a possibilidade do ensino do mandarim chegar às escolas portuguesas do ensino básico (leiase 3º ciclo) e do secundário.

Não devemos olhar para esta perspetiva de uma forma depreciativa, mas sim como uma oportunidade. No ensino superior há excelentes experiências em cursos superiores de mandarim (o Instituto Politécnico de Leiria foi pioneiro) e por parte da China há todo o interesse em estabelecer cooperações com a Europa.

Portugal, até pela sua história associada a Macau, poderá ter vantagens em relação a outros países. O ensino do mandarim, enquanto língua opcional deve por isso ser visto como uma hipótese válida e alternativa tanto para os nossos jovens que terão pela frente uma vida profissional à escala global, competitiva e exigente, como para as nossas instituições. A China, enquanto potência económica ao nível mundial, é hoje um país de oportunidades que também procura oportunidades noutras nações.

Esta possibilidade constitui também uma possibilidade para as próprias instituições de ensino superior portuguesas, que através de cooperações estratégicas com universidades e politécnicos chineses, poderão apresentar ofertas formativas diferentes e inovadoras, garantindo por exemplo a mobilidade de alunos e docentes.

Esta abertura ao oriente constitui também para o Ensino Magazine uma aposta e uma oportunidade que queremos agarrar, através da concretização de acordos de cooperação

com instituições de ensino chinesas, à semelhança do que já fizemos com Moçambique.

Já o afirmei e volto a repetilo, para nós o ensino não tem fronteiras. A possibilidade de estabelecermos protocolos com universidades e politécnicos chineses está em cima da mesa e iremos procurar concretizála o mais rápido possível. Já em novembro participaremos numa missão empresarial à China com esse intuito.

Sabemos que este tipo de acordos não são fáceis de concretizar, mas acreditamos que

as mais valias que daí resultam justificam todo o nosso esforço, melhorando tudo aquilo que disponibilizamos aos nossos leitores e parceiros. K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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Científicos de la Universidad de Salamanca

Nueva generación de medicamentos 6 Científicos de la Universidad de Salamanca, adscritos al Instituto de Neurociencias de Castilla y León y dirigidos por Juan Carlos Arévalo Martín, trabajan en la identificación de nuevas dianas para el desarrollo de la próxima generación de medicamentos contra el dolor neuropático y la osteoartrosis.

La investigación, enmarcada en un ambicioso proyecto de investigación internacional e interdisciplinar auspiciado por el 7º Programa Marco de la Comisión Europea, se desarrolla en torno al sistema ligando-receptor NGF/TrkA y su interacción con el sistema de señalización endocannabinoide.

El binomio formado por esta proteína perteneciente a la familia de las neurotrofinas, y cuyo nombre deriva del inglés nerve growth factor (NGF), junto con su receptor tirosina quinasa (TrkA), se ha revelado recientemente como “una nueva diana para el dolor neuropático y la osteoartrosis con un gran potencial terapéutico y como regulador principal de componentes inflamatorios y neuropáticos”, informó Arévalo Martín a Comunicación de la Universidad de Salamanca.

Concretamente, el consorcio de científicos abordará nuevas estrategias para el tratamiento de las diferentes formas del dolor neuropático basadas en el sistema de NGF y su interacción con la señalización endocannabinoide centradas en los diferentes niveles de los sistemas de transmisión y percepción del dolor.

Arévalo Martín explica que “en la actualidad no existen tratamientos efectivos para el dolor neuropático y la osteoartosis y los existentes conllevan graves efectos secundarios no deseados”. El bloqueo del sisPublicidade

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redação, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef.: 272 324 645 Fax: 210 112 063 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Diretor Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Diretor João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael.

Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk

tema de señalización de NGF, sistema multicomponente que modula la señalización endocannabinoide, supone, por lo tanto, “un enfoque racional y cuidadosamente validado como terapia del dolor”, subraya el investigador.

En modelos preclínicos y clínicos se han obtenido claras evidencias de una potente eficacia analgésica de anticuerpos contra NGF y se han generado grandes expectativas para esta nueva clase de compuestos analgésicos. No obstante, desde la agencia estadounidense del medicamento se ha solicitado más investigación preclínica para abordar potenciales problemas de seguridad relacionados con posibles efectos secundarios.

Para el estudio se ha cons-

tituido este consorcio internacional compuesto por investigadores líderes en los ámbitos científicos del NGF, la señalización endocannabinoide y el dolor. Los resultados del proyecto generarán un conocimiento sólido basado en mecanismos moleculares para el desarrollo de la terapia identificada, así como la identificación y validación de nuevas dianas a partir de los mecanismos ya esclarecidos.

Además, también permitirán establecer biomarcadores para el dolor neuropático que “una vez validados en animales y muestras clínicas, podrían ayudar en una estratificación futura de los pacientes que padecen diversas neuropatías y su consiguiente tratamiento”, sugiere el investigador de la Universi-

dad. En definitiva, el proyecto “contribuirá a la compresión y el control de mecanismos del dolor neuropático, desde un enfoque interdisiciplinar, que nos llevará al desarrollo de una próxima generación de drogas contra el mismo”, concluye Juan Carlos Arévalo.

En el consorcio científico participan las siguientes universidades, centros e institutos investigación: Scuola Normale Superiore di Pisa (Italia); European Brain Research Institute Rita Levi-Montalcini Fondazione (Italia); Aarhus Universitet (Dinamarca), Medizinische Universitaet Wien (Austria); Levicept Ltd Levi (Reino Unido); King’s College London (Reino Unido); Genomnia SRL (Italia); Institut National de la Sante et de la Recherche Medicale (Francia). K

Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Rogério Ribeiro Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, António Reis, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Eugénia Sousa, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras, Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora), Tiago Carvalho e Valter Lemos.

Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (acionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco

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Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco – Vila Real

Projeto cultura e memória 6 Situada no centro histórico de Vila Real, a Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco é um testemunho histórico e educativo com mais de um século e meio, numa herança cultural que se consubstancia no presente, através de uma dinâmica do Plano de Atividades, direcionado para a educação, ciência, cultura e valores humanos.

Como instituição integrada recentemente na Rede de Escolas Associadas da Unesco, dá cumprimento a um conjunto de iniciativas, que constam do projeto “Cultura e memória num mundo sustentável”. Desta forma, quer através de projeções de filmes e de manifestações artísticas expostas nos espaços da escola e noutros espaços da cidade, quer através da mensagem da Diretora Geral da Unesco, Irina Bokova, foram assinalados os Dias Mundiais da Alimentação, da UNESCO e da Tolerância, da Ciência para a Paz e Desenvolvimento, da Filosofia, do Teatro e da Poesia, Dia Nacional da Cultura Científica, Semana Mundial do Aleitamento Materno, Dia Mundial da Floresta, Dia Mundial da Luta Contra A Sida e Dia Mundial da Luta Contra O Cancro, este em

Laço humano da ESCCB, em Vila Real, na praça do município, a assinalar o Dia Internacional da Luta Contra a Sida colaboração com a autarquia. Em março, a escola marcou presença na cerimónia de abertura das celebrações do Ano internacional da Cristalografia, na UTAD. De acordo com a programação do Dia do Patrono e da semana de 17 a 21 de março, realizaram-se atividades de leitura na escola, na rua e nos autocarros, concursos, projeção de um filme com textos ditos por diferentes elementos da comunidade escolar, exposições e palestras, dando corpo à Festa de

Leitura, enquadrada na Comemoração dos 800 anos da Língua Portuguesa. A publicação do Boletim Cultural nº 20 permitiu a divulgação de trabalhos da comunidade educativa e de alguns convidados nacionais e internacionais, conferindo-lhe uma dimensão global.

A par de atividades desportivas, a Semana da Ciência, com a abertura dos laboratórios à comunidade escolar, permitiu uma aproximação aos mundos da Biologia, Física, Química e Matemática. Neste uni-

verso da ciência destaca-se ainda a palestra “Ciência e ética – que limites?”, proferida por Daniel Serrão.

No âmbito do plano de atividades da biblioteca e de sensibilização para a leitura, foram marcantes, ao longo do 1º e 2º períodos letivos, as presenças dos escritores Cristina Carvalho, Pedro Seromenho, José Fanha e Richard Towers. Em resultado das parcerias com a Casa-Museu Maurício Penha, Livraria Traga-Mundos e UTAD foi possível assegurar, desde

o início do ano, um conjunto de exposições de escultura, artesanato, gravura, desenho e poesia. Concretizou-se ainda o projeto Ágora, com trabalhos de alunos de artes expostos no Museu da Vila Velha.

Outros trabalhos de alunos do 7º e 10º anos foram também expostos respetivamente em Lamego e Sanfins do Douro. A consecução do projeto Comenius permitiu uma relação entre culturas, com destaque para a receção das várias delegações em Vila Real. Já o projeto “Ciência na Camilo” facultou a alunos do Jardim de Infância a realização de atividades experimentais que decorreram nos laboratórios de ciências da “Camilo” e, posteriormente, nas instalações do seu centro escolar. No âmbito da cultura e património, registaram-se as visitas de estudo a Vila Nova de Gaia, Serralves, Mosteiro da Batalha e Centro Interpretativo da Batalha de Aljubarrota. Por fim, como exemplo de escola inclusiva, releva-se a abertura da instituição a crianças entre os 10 e os 13 anos, nos dias 7 e 11 de abril, com o projeto “ocupa-te, aprende e divertete na ESCCB!”. K João Costa _ (Coordenador SEA UNESCO)

CRÓNICA

Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: Volvemos a asistir, en esta última temporada, a la manifestación pública de la preocupación por el profesorado en nuestro sistema educativo.

Pero, desafortunadamente, lo que está poniendo de relieve esta preocupación es que a los responsables de la educación nacional, léase a los políticos, les falta una orientación clara de lo que se requiere y, en consecuencia, parecen “desnortados”, por más que se rodeen de un cúmulo de “técnicos” asesores que son los que, al parecer, les trazan las líneas a seguir y les sugieren las ideas que ellos después aportan a la sociedad como si fueran propias.

Hay algunos hitos del debate en torno al profesorado que son, realmente, preocupantes y que ponen de relieve niveles muy altos de ignorancia en relación con lo que es el profesorado, en la actualidad, y con sus necesidades y preocupaciones propias de su intervención educativa a diario.

Uno de ellos, a mi juicio el más llamativo, es el hecho de

que se haya llegado a proponer que cualquier titulado universitario se considere apto para integrarse como profesor, sin más, en el sistema educativo. Hemos asistido siempre a debate entre si el profesor nace o se hace.

No cabe duda que, en tiempos pasados, cuando los profesores o maestros no podían prácticamente acceder más que a una formación básica, destacaban aquellos profesores que parecía que llevaban en sí mismos la función docente y educadora: eran los venerables maestros y maestras de aquellos tiempos, cuyo ocaso comenzó hacia los años 70 del siglo pasado con el “boom” de la invasión de las escuelas de magisterio por parte de un alumnado que, más que por vocación, acudía para asegurarse un puesto de trabajo relativamente rápido, cómodo y que, en aquellos tiempos, se consideraba como suficientemente pagado (aunque no satisfactoriamente pagado, cosa que nunca sucederá, creo yo, tal como están planteadas las cosas hoy día).

Pero aquellas maestras y

aquellos maestros desparecieron dejando su estela manifestada en un cúmulo de buenos recuerdos por parte de los alumnos que tuvieron la fortuna de pasar varios años bajo su tutela educadora.

Hoy día hemos de aceptar que los profesores, en su mayoría, son personas que se preparan para ejercer la acción educativa a lo largo de varios años.

El problema, sin embargo, se ha desplazado de la necesidad de su preparación y formación como educadores (aceptada por casi todo el mundo) al cómo de esa preparación y formación. Mientras la sociedad no tenga bien claro que tiene que proporcionar a estos futuros profesionales una capacitación acorde con las necesidades reales de los alumnos actuales, no conseguiremos avanzar. Por tanto, si un buen matemático (con altas notas en su carrera, pongamos por caso) se dedica o quiere dedicar a la práctica educativa, su formación especializada no garantiza que sea un buen educador (más bien parece ser lo contrario: los “mejores” académicamente hablando

suelen ser los peores a la hora de ser capaces de hacer que otros aprendan aquello que ellos saben e, incluso, aman y les ilusiona).

Es evidente que una formación durante varios años como profesor tampoco garantiza el éxito de la actuación educativa, pero es más plausible que resulte más eficaz un profesor con ese bagaje de formación que cualquier especialista en determinada área de conocimiento que pretende dedicarse directamente a la formación de los niños sin conocer nada de los fundamentos y las herramientas y recursos de la acción educativa.

Por eso, una vez más, desde aquí, reclamo (como creo que reclaman muchos otros) una mayor atención a la formación del profesorado a tenor de las necesidades reales de los alumnos, con una perspectiva de futuro creadora y confiada, ya que la formación de los alumnos del presente debería hacerse en función de sus posibilidades (evidentemente, ¿quién las conoce?) de futuro. Pero esto requiere un cambio muy profundo en las infraestructuras educativas

actuales y una re-orientación de las actitudes hacia la formación del profesorado.

Otro de los hitos es el problema del salario (sabes que últimamente se ha dicho –probablemente sin razón- que se ha invertido muchísimo en el incremento del salario de los profesores; pero los profesores viven una situación de “salario congelado”, y, en muchos casos, de “salario disminuido”). Pero dejaremos esta reflexión para la próxima carta.

Hasta entonces, como siempre, salud y felicidad. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

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Nas escolas portuguesas

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Segunda língua obrigatória 6 O ministro da Educação afirmou no passado dia 20 de maio que a União Europeia pretende aumentar a cooperação com universidades africanas e asiáticas, nomeadamente com a China, e admitiu que o ensino de uma segunda língua estrangeira possa vir a ser obrigatório.

As posições de Nuno Crato foram assumidas em declarações aos jornalistas em Bruxelas, à margem da reunião do Conselho de Educação.

O governante português adiantou que a introdução de uma segunda língua estrangeira obrigatória nas escolas é uma hipótese em

cima da mesa entre os 28 Estados-membros e admitiu a possibilidade de o ensino de inglês ser alargado de cinco para sete anos.

“Como sabem nós transformámos o inglês em língua obrigatória ao longo de cinco anos de escolaridade, foi uma decisão deste Governo, e estamos a estudar a possibilidade de esse ensino obrigatório ser introduzido mais cedo e ser estendido a sete anos”, disse.

Sobre a possibilidade de ser introduzida uma segunda língua estrangeira entre as disciplinas obrigatórias, Nuno Crato afirmou que os ministros europeus têm a ambição de estender a me-

dida “a todos os países”.

“Temos a possibilidade de estudar alemão, estudar espanhol, estudar francês, como segunda língua e surgiu recentemente a possibilidade de estender o mandarim como uma das disciplinas opcionais a ter no ensino secundário e talvez mesmo no ensino básico”, disse.

Outros dos pontos de discussão foi “o reforço da internacionalização das universidades europeias”, especialmente com “vários países africanos e asiáticos com os quais a Europa tem preocupação especial de cooperação, nomeadamente com a China”.

Neste ponto, o ministro da Educação sublinhou a importância da recente viagem do Presidente da República à China.

“Tive a oportunidade de informar o Conselho dos nossos esforços recentes em diálogo com os responsáveis chineses para termos uma maior cooperação de nível universitário e de ensino em geral. É muito significativo que entre os muitos acordos assinados na recente viagem presidencial à China o ensino e a ciência tenham surgido como temas essenciais de acordos assinados na presença dos dois presidentes”, considerou. K

Empreendedorismo

Escolas com ideias inovadoras 6 O projeto Sabores com História (da Escola Cidade de Castelo Branco - Agrupamento de Escolas Nuno Álvares), foi vencedor, na categoria do 3º ciclo, do concurso que premiou as melhores ideias de negócio que a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) promoveu em Castelo Branco, no âmbito da Feira de Empreendedorismo Júnior e Expo Empresas. A equipa albicastrense apresentou um novo conceito gastronómico (as feijadinhas doce à base de feijão frade e já registado enquanto marca, bem como outros produtos criados de raíz, como o licor de feijão frade, o paté de feijão frade ou os crepes).

No segundo ciclo, o primeiro lugar foi dividido entre os projetos Azeite da Nossa Terra (do Agrupamento de Escolas de Penamacor) e Empreender, Incluir e Vencer, da Escola de S. Vicente da Beira (Agrupamento de Escolas de Alcains e S. Vicente da Beira).

Psicóloga Clínica (Novas Terapias) Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

EspaçoPsi - Psicologia Clínica Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 E-Mail: psicologia@rvj.pt “Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira. Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular (…). Outras vezes uma palavra é quanto basta.”

José Saramago, “Jangada de Pedra”

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A iniciativa reuniu mais de um milhar de pessoas, entre alunos, docentes e visitantes. No terceiro ciclo o Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão ficou em segundo lugar, com o projeto CulTurismo, enquanto na terceira posição se classificaram os projetos Impressora de Sorrisos, da Escola Cidade de Castelo Branco (Agr. Nuno Álvares) e Penoliva, do Agrupamento de Esco-

las de Penamacor. Já no segundo ciclo, a medalha de prata foi para o Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão, tendose classificado na terceira posição dois projetos: Oleirosdronho (Agr. Padre António de Andrade, de Oleiros) e CortçArte, da Escola faria Vasconcelos (Agr. Nuno Álvares).

Na cerimónia de abertura, Joaquim Morão, responsável pelo Secretariado

www.ensino.eu 020 /// MAIO 2014

Rita Ruivo

Executivo da Comunidade de Intermunicipal da Beira Baixa, destacou a importãncia da iniciativa e sublinhou o envolvimento da comunidade escolar no que respeita ao empreendedorismo.

A realização do evento está também associada à formação de docentes, no âmbito do empreendedorismo, os quais desenvolveram os seus projetos em conjunto com os alunos. K

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Um dos maiores eventos do país

Templários com dias marcados 6 A próxima edição da feira medieval “Os Dias Templários de Castelo Branco” decorre de 12 a 15 de junho no castelo da cidade albicastrense. Com um programa recheado de espetáculos e animação de rua, a edição deste ano volta a ter uma área dedicada à gastronomia e restauração. Durante os quatro dias do evento são esperadas várias dezenas de milhares de pessoas.

A iniciativa, à semelhança de anos anteriores tem a organização da Câmara de Castelo Branco, ACICB - Associação Empresarial da Beira Baixa, Outrem - Associação de Defesa do Ambiente e Património e da Junta de Freguesia.

Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, refere que “o evento vem reforçar a imagem de Castelo Branco enquanto cidade templária”.

O autarca adianta que a importância da feira está assente em três vertentes. Para além da afirmação templária de Castelo Branco, permitirá também “dinamizar a zona medieval e toda cidade - pois o certame trará muita gente para nos visitar -; bem como a venda dos nossos produtos locais. Ou seja estamos perante um evento que reúne as componentes histórica, de dinamização da cidade, e da promoção dos nossos produtos”.

A organização que além da presidência da Câmara, integra os

presidentes da ACICB - Associação Empresarial da Beira Baixa, Adelino Minhós, da Junta de Freguesia albicastrense, Jorge Neves, e da Outrem, José Carlos Moura, realça também a dimensão do evento e a dinamização que este pode trazer à cidade.

E se a parte logística e de implementação da feira é assumida pela equipa da ACICB, o programa da animação da feira volta a estar a cargo do historiador José Carlos Moura. Para este ano estão já garantidas as presenças dos grupos Cornalusa (Coimbra), Fazenda dos

Animais (Falcoaria), Espadas de Santo André e Os Monges (todos de Santa Maria da Feira) e Pifaradas (Unhais da Serra). Contudo, foi nos grupos de Castelo Branco que foi feita uma grande aposta, estando garantidas as presenças das Adufeiras da Usalbi, da Outrem, Grupo de

Espadas de Santa Maria do Castelo, Ocreza Centro de Estudos, Outr’Era grupo de recriação histórica, Grupo de Fogo e o Teatro Váatão.

A inauguração do evento está agendada para o dia 12 de junho, às 17H30, havendo animação de rua e um cortejo (22H00). A atuação das adufeiras da Usalbi está agendada para as 22H15, seguindose o render da guarda e um espetáculo de fogo.

Para o dia 13 estão previstos espetáculos de falcoaria, monges na Igreja de Santa Maria do castelo e o assalto ao castelo. Muitas destas atividades repetem-se no sábado. É também no sábado que chegam os cavaleiros templários com os prisioneiros árabes (18H00). O assalto ao Castelo faz-se novamente à meia noite. As atividades prosseguem no domingo, com o último cortejo agendado para as 22H00. K

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ÉVORA

Turismo e comunicação 6 Os alunos da disciplina de Planeamento de Eventos e Animação Turística I, da Licenciatura em Turismo da Universidade de Évora organizaram, no passado dia 14 de maio, no Auditório Nobre da referida instituição, uma conferência intitulada “O papel da comunicação e dos media na promoção turística do Alentejo”.

Para a diretora da Licenciatura em Turismo, Noémi Marujo, “os meios de comunicação, através da informação que divulgam, constroem desejos na mente de muitos turistas. Em muitos casos, eles são os olhos e os ouvidos dos viajantes”.

Por isso, considera que para os responsáveis da atividade turística “incorporar a habilidade de lidar com os meios de comunicação constitui um fator decisivo para determinar o sucesso da imagem do destino Alentejo”.

Por outro lado, e conforme explicou, “a concorrência entre os

destinos turísticos, a invenção e reinvenção de produtos turísticos leva as organizações turísticas a procurarem, cada vez mais, o auxílio da comunicação para atingirem os seus objetivos”.

Para debater e refletir sobre o papel da comunicação no turismo, a conferência contou com a partici-

pação de diversos oradores ligados aos meios de comunicação social e, ainda, ao sector público e privado do turismo.

Os diversos oradores chegaram à conclusão que o turismo e os meios de comunicação social devem ser parceiros na divulgação do destino Alentejo. K

MAIO 2014 /// 021

João Guedes e a pré-história da Televisão de Macau

Da judiciária para o jornalismo 6 Ex-investigador da Polícia Judiciária, João Guedes tornou-se jornalista em Macau, em 1981, fazendo parte dos que escreveram a “pré-história” da Teledifusão de Macau (TDM), cujo ‘milagre’ chegaria a 13 de maio de 1984.

A primeira emissão ainda estava longe de ir para o ar, mas já trabalhava ‘ao serviço’ do que viria a ser a estação pública, fazendo a sua estreia na Emissora Rádio Macau, após trocar a Polícia Judiciária e Portugal por Macau e pelo jornalismo.

“A minha mulher veio para fundar a Interpol e eu vim com ela. Quando cheguei, era para ter ido para o Gabinete de Comunicação Social, mas depois apareceu a oportunidade de ir para a rádio. Precisavam de um jornalista para fazer o internacional”, conta João Guedes, 62 anos.

A mudança de ofício não fora, porém, complicada: “Escrevia para jornais esquerdistas [risos], por isso, é que não tive dificuldade”, relata João Guedes, que integrou na rádio uma redação com figuras que se viriam a tornar conhecidas dos telespectadores, como Judite de Sousa ou José Rodrigues dos Santos.

João Guedes observa que o processo de criação da TDM coincide também com um período “importante” de “completa transformação do panorama da comunicação social de Macau”, com um ‘influxo’ de jornalistas profissionais.

A TDM nasce a 13 de maio de 1984, com um canal bilingue (português e chinês) – que seria desdobrado na década seguinte.

João Guedes também recorda designadamente a programação televisiva que antecedeu as transferências de soberania de Macau (1999) e de Hong Kong (1997), quando a situação era “muito diferente”, para destacar o “interessante” facto de a filmografia emitida pela TDM, na sua maioria europeia, atrair curiosos de Hong Kong, e os tempos de uma Hong Kong sob censura e de uma Macau em liberdade.

“Transmitíamos filmes sem censura, enquanto em Hong Kong eram cortados principalmente nas questões sexuais”, observa, elencando o “polémico” corte de cenas consideradas uma ofensa à moral num filme ou

documentário sobre Júlio César.

A primeira cobertura noticiosa realizada pela TDM ocorreu ainda antes do arranque oficial da própria televisão, em dezembro de 1983.

“Foi o funeral de Ho Yin. Havia uma série de câmaras, foi principalmente para testar a nossa capacidade. Acabou por ser emitido um resumo já depois do ‘milagre’ do 13 de maio.

Foi como um número zero de um jornal”, realça João Guedes, que desempenhou “todos os cargos que havia” – de editor, a chefe de redação, a diretor – e que, desde 2005, é assessor para a informação e programas dos canais portugueses.

Dos serviços para os quais foi destacado destaca a visita à Coreia do Norte, nos anos 1990, a primeira de um jornalista português, como sublinha, a qual realizou a convite do regime norte-coreano.

Já em Macau, das histórias que cobriu, vem-lhe à mente mais um episódio dos anos 1980. “A população de Macau tinha mais de 50 mil ilegais e, de repente, o governador Carlos Melancia decide legalizá-las. Foi um problema”, lembra, contando que fora destacado para o Canídromo, a partir de onde protagonizou um directo de 16 minutos após um “estampido” naquele ponto de legalização que resultara em vários feridos.

Quem sintoniza no canal português rapidamente o identifica como um contador de histórias. Autor de vários livros, evidente curioso do passado e ávido leitor, de João Guedes é também a autoria de diversos documentários, alguns dos quais transmitidos pela RTP. Os tempos em que corria para dar notícias acabaram, mas não o entusiasmo.

“Continuo a sair para a rua, só que, em vez de trazer a história a toda a velocidade, venho de autocarro…”, brinca, traçando um paralelismo com “as diferentes fases da vida”. K Lusa _ macauantigo_blogspot_pt H

Museu da Presidência da República

A arte de Maria Keil 6 Azulejo, mobiliário, pintura, gravura, figurinos ou tapeçaria. Maria Keil deixou a sua marca através destas e de outras formas de expressão, que a catapultaram para a lista dos nomes maiores da arte portuguesa do último século. O essencial da obra da artista plástica está reunido em Castelo Branco até 29 de junho, no antigo edifício dos CTT. A exposição surge através de uma parceria entre o Museu da Presidência da República e o município albicastrense, que gere o espaço dos antigos CTT. A retrospetiva de Maria Keil tem andado pelo país mas Castelo Branco é a primeira localidade a receber dois painéis com azulejos que a artista criou para as estações de metropolitano do Intendente e de Picoas, que fazem parte da coleção do Museu Nacional do Azulejo.

Os azulejos do metro de Lisboa, desenhados na década de 1950, vão buscar inspiração ao século XVI, explica Alexandre Tojal. O comissário da exposição diz que Maria Keil “fez a leitura do seu tempo mas buscando inspirações da nossa tradição cultural e artística”.

A artista tornou-se conhecida pelas ilustrações e a azulejaria mas também emprestou o seu traço aos figurinos do bailado “A Lenda das Amoreiras”, com que a com-

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panhia Verde Gaio se estreou em 1940. Os quatro trajes de cena, que são património do Museu Nacional do Teatro, também estão em Castelo Branco.

Luís Correia, o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, sublinhou a importância da exposição, que na sua opinião

contribui para que a cidade seja uma referência em termos culturais no país. O autarca destacou a dinâmica cultural que a Câmara de Castelo Branco tem implementado, bem como o projeto que está a ser desenvolvido, numa lógica de dinamização cultural de todo o concelho, com o envolvimento das

associações e grupos locais, mas também as próprias pessoas.

Em aberto ficam novas colaborações com o Museu da Presidência da República, que regressou ao edifício dos antigos CTT, onde em 2011 tinha promovido a exposição “Portugal, Pontos de Fuga”. K

edições

gente e livros

Novidades literárias

Eugénio de Andrade

7 DOMINGOS ANTUNES VALENTE. Diplomaticamente, introdução ao estudo da diplomacia é o nome do livro de Domingos Antunes Valente, que em edição de autor aborda a diversidade de modelos de diplomacia, as ralações internacionais ou a manifestação diplomática referenciada.

Um excelente livro para estudantes e candidatos a carreiras diplomática e consular.

Glaciar. Os Cinco Enterros de Pessoa, de Juan Manuel Roca. Sobre o autor desta obra, diz a escritora Lauren Mendinueta: «A poesia de Juan Manuel Roca enfeitiça pela sua insubmissão. Roca é um poeta que faz sentir aos seus leitores que caminham sobre uma corda suspensa no vazio. O remédio para a incómoda tranquilidade do espírito chama-se ironia, e a poesia deste livro está pejada dela. A ironia, e mais ainda a ironia que não desconhece a importância do humor, faz-nos duvidar se existe uma distância entre o real e imaginário, entre o que veem os nossos olhos e o que projeta a imaginação.(...)»

Bertrand. O Labirinto de Ossíris, de Paul Sussman. Desde que se viram pela última vez que as vidas do detetive Arieh Ben-Roi e do polícia Yusul Khalifa mudaram muito. Ben-Roi, prestes a ser pai pela primeira vez, tem a cargo a investigação de um crime no Patriarcado Arménio de Jerusalém. A vítima, uma jornalista de nome Rivka Kleinberg, investigava o tráfico de seres humanos para exploração sexual em Israel. Só o esforço conjunto dos dois homens pode trazer luz ao caso, bem como a outros crimes ligados com o homicídio.

Quetzal. Cidades da Noite Vermelha, de William S. Burroughs. Ligar as histórias de um viciado em ópio perdido na selva; de homens em guerra com um império de mutantes; de um jovem e belo pirata que se confronta com a sua execução; e de uma epidemia radioativa que infecta a humanidade é tarefa para um escritor como o Burroughs. Ele critica as sociedades modernas, com uma história de sexo, drogas, doença e aventura. K

7 «Também o deserto vem Do mar. Não sei em que navio, Mas foi desses lugares Que chegaram ao meu jardim As palmeiras.

Com o sol das areias Em cada folha, Na coroa o sopro Ainda húmido das estrelas.»

In Também o Deserto Vem Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu na Póvoa da Atalaia, Fundão, a 19 de janeiro de 1923. Aos 10 anos fixouse em Lisboa com a mãe, figura chave na sua vida. Frequentou o liceu Passos Manuel e a Escola Técnica Machado da Costa. O primeiro poema, “Narciso”, foi escrito em 1936 e publicado três anos mais tarde.

Em 1943, mudou-se para Coimbra, de onde regressou depois de ter cumprido o serviço militar obrigatório. Convive com Miguel Torga e Eduardo Lourenço. É colocado nos Serviços de Saúde de Lisboa. Fazem-se as primeiras traduções dos seus poemas para francês. Em 1945, a Livraria Francesa publica o seu livro “Pureza”.

Em 1947, começa a desempenhar o cargo de inspector administrativo do Ministério da

Saúde. Trabalha como funcionário público durante 35 anos.

O seu livro de poesia “As Mãos e os Frutos” (1948) alcança sucesso.

Convive com várias personalidades da cena cultural e literária do país como Joel Ser-

rão, Miguel Torga, Afonso Duarte, Carlos Oliveira, Eduardo Lourenço, Sophia de Mello Breyner Andresen, Teixeira de Pascoaes, Vitorino Nemésio, Mário Cesariny, Marguerite Yourcenar e Herberto Helder.

O poeta sempre fugiu da vida social. As aparições públicas eram raras e justificadas por «essa debilidade do coração que é a amizade.»

A sua poesia foi reconhecida com vários prémios: Associação Internacional de Críticos Literários (1906); Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus (1988); Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1989) e Prémio Camões (2001). A 8 de Julho de 1982 foi feito Grande Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada e a 4 de Fevereiro foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito.

Faleceu a 13 de Junho, de 1923, no Porto, após doença neurológica prolongada.

Da sua bibliografia fazem parte títulos como: Os Amantes sem Dinheiro (1950); As Palavras Interditas (1952); Escrito na Terra (1974); Matéria Solar (1980); Rente ao Dizer (1992); Ofício da Paciência (1994); O Sal da Língua (1995); e os Afluentes do Silêncio (1968).

Eugénia Sousa _

RVJ edita novo livro

10 anos em retrospetiva 6 Jaime Lourenço, 10 anos em retrospetiva é o nome do novo livro editado pela RVJ -Editores, escrito pelo jovem albicastrense que nesta obra apresenta um conjunto de trabalhos realizados nos últimos 10 anos. O lançamento nacional da obra decorreu no passado dia 3 de maio, no Cine Teatro Avenida, em Castelo Branco.

A obra surge com o apoio da Câmara Municipal de Castelo Branco, e apresenta 40 trabalhos jornalísticos maioritariamente publicados em jornais, revistas ou websites. Teresa Martins, vereadora do município, lembrou que “apoiar e incentivar os jovens é também uma obrigação da autarquia”.

A concluir a licenciatura na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, Jaime Lourenço explica que o livro “contém os trabalhos mais significativos que elaborei desde o inicio do percurso até aos dias de hoje e apresenta 40 trabalhos jornalísticos maioritariamente publicados em jornais, revistas ou websites”. No entanto, diz Jaime Lourenço, “este livro também foi a oportunidade de publicar trabalhos inéditos, nunca antes vistos.

Desde entrevistas às mais variadas personalidades da cultura e do jornalismo nacionais e internacionais, reportagens ou críticas a vários filmes, neste livro é possível encontrar um leque dos vários géneros jornalísticos.

Desta forma, este livro posiciona-se como uma biografia, mas uma biografia através de trabalhos jornalísticos elaborados ao longo de dez anos, onde é possível observar uma evolução”.

Para João Carrega, diretor da RVJ - Editores, empresa responsável pelo lançamento da obra, “este livro é mais um marco para a nossa editora que tem numa das suas missões apresentar e lançar novos autores”.

Aquele responsável lembrou que “Castelo Branco voltou a marcar pontos na cultura com mais este livro, o qual se vem juntar a muitos outros editados pela RVJ - Editores”.

Para João Carrega, “Castelo Branco continua a marcar pontos nesta área, estando no topo das cidades portuguesas onde mais obras se têm editado, se excetuarmos os grandes centros urbanos. Mas esta dinâmica só é possível porque a Câmara de Castelo Branco

tem feito uma forte aposta e investimentos nesta área. E a edição deste livro é apenas um dos muitos exemplos que poderíamos citar”.

Jaime Lourenço é colaborador do Ensino Magazine e do Reconquista, editor e coordenador da secção de Cinema da Revista ESCSMagazine e, ainda, apresentador da rúbrica de entrevistas do programa E2, emitido semanalmente na RTP2. Na apresentação dedicou o livro aos pais e irmão.

O livro tem o prefácio de Vitor Tomé, e apresenta algumas entrevistas realizadas por Jaime Lourenço a diferentes personalidades, como Sofia Escobar, José Alberto Carvalho, Vitor Moura ou Daniel Oliveira. K

MAIO 2014 /// 023

Prazeres da boa mesa

Crepes de Legumes Oriental com Gengibre e Soja 3Ingredientes:

Depois de terminar, passar por farinha e fritar em óleo abundante.

Servir a gosto com molho de soja.

Dica: Podem ser feitos com massa de arroz, massa brick, massa fillo, etc…

8 uni Folhas de Crepe 300 gr Couve Lombarda 150 gr Cenoura 150 gr Rebentos de Soja 1 uni Alho Francês 1 c.s. Óleo de Sesamo 15 gr Gengibre 10 gr Alho picado 1 uni. Clara de Ovo q.b. Oleo p/ Fritar q.b. Molho de Soja q.b. Sal e Pimenta de Moinho Preparação: Cortar todos os legumes em juliana.

Escolher os rebentos e lavar.

Num wok verter um fio de óleo, juntar o gengibre e o alho.

Deixar refogar.

Juntar os legumes e deixar

cozinhar.

Temperar com molho de soja.

Reservar.

Estender as folhas dos cre-

pes, colocar sobre cada uma um pouco de legumes, pincelar a toda a volta os crepes com a clara, fechar as extremidades laterais e depois enrolar.

+ info: O molho de soja é um molho fabricado a partir de uma mistura de grãos de soja fermentados pelos bolores Aspergillus oryzae, um cereal torrado, água e sal marinho. É amplamente utilizado na culinária japonesa e chinesa no preparo de pratos como yakisoba e também utilizado para acompanhamento como no sashimi. Contém proteínas e vitamina B. Em virtude de ter grande quantidade de

sódio, deve ser consumido com moderação. K Mário Rui Ramos _ Executive Chef Ô Hotels and Resorts Monfortinho

GEO-RUBRICA

Os fósseis de Penha Garcia e os barrocais de Monsanto 7 A Geo-Rubrica deste mês une numa só saída de campo o património geológico de duas aldeias do concelho de Idanha-a-Nova: Penha Garcia e Monsanto. Esta atividade destina-se a alunos e professores e decorre no Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, território que integra as Redes Europeia e Global de Geoparques sob os auspícios da UNESCO. SAÍDA DE CAMPO C Os fósseis de Penha Garcia e os barrocais de Monsanto Local: Parques Icnológico de Penha Garcia e Geomorfológico de Monsanto (Idanha-a-Nova) Duração: 6 horas Níveis de ensino: 3º Ciclo do Ensino Básico, Ensino Secundário e Profissional Disciplinas: Ciências Naturais + Educação Física + História; Biologia e Geologia + Publicidade

024 /// MAIO 2014

Educação Física; Geologia + Educação Física Trilhos pedestres: PR3 – Rota dos Fósseis (percorre-se cerca de 2km) e PR5 – Rota dos Barrocais (percorre-se cerca de 2km).

A saída de campo: Alunos e professores começam por recuar 480 milhões de anos no Parque Icnológico de Penha Garcia, calcorreando a Rota dos Fósseis.

Ao longo do percurso observam e analisam, nas escarpas quartzíticas do canhão fluvial do Ponsul, vestígios das Trilobites (Cruziana), seres primitivos que constituíam as comunidades marinhas de outrora.

Partem depois rumo a Monsanto e, na “Aldeia Mais Portuguesa de Portugal”, estudam

o granito formado há cerca de 300 milhões de anos. Para isso vão caminhando pela Rota dos Barrocais, com património geológico, capelas românicas e Castelo Templário à mistura.

Deixam-se surpreender pelas enormes bolas graníticas de onde “nascem” as casas mais antigas de Monsanto, enquadradas engenhosamente no caos de blocos.

A próxima Geo-Rubrica será dedicada à Saída de Campo D “O Monumento Natural das Portas de Ródão e os Troncos Fósseis de Vila Velha de Ródão”, que leva os participantes até ao concelho de Vila Velha de Ródão. Informação detalhada sobre cada uma das atividades em www.naturtejo.com e www.geonaturescola.com.

A Geo-Rubrica é promovida pela Naturtejo, EIM, em parceria com o PROVERE – Buy Nature e co-financiada pelo QREN, no âmbito do Programa Mais Centro e da União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

K

Bocas do Galinheiro

Directors’ Cut 7 Nos últimos anos vulgarizaram-se as Directors’ Cut, versões de filmes, diferentes das que passaram nas salas de cinema, em que ao realizador é dada a liberdade de acrescentar cenas que foram cortadas, ou mesmo montar uma versão menos comercial, ou seja, dar-lhe um toque pessoal que por variadíssimas razões não pôde imprimir na versão inicial, quer por razões de mercado quer de produção. Aliás, são famosas algumas versões exibidas à revelia dos realizadores, na maioria das vezes por exigência dos estúdios.

Aquando do ciclo “Filmes e Censura” que a Cinemateca passou no Quarteto, João Lopes, a propósito dos processos de censura, no texto que elaborou para o catálogo cita uma carta do realizador Peter Bogdanovich à revista “Sight and Sound”, em que este chamava a atenção para o facto de o seu filme “Targets” estar a ser exibido com uma duração inferior em 14 minutos à da sua versão integral e em que concluía que “a história dos filmes está cheia de carnificinas maiores do que esta – e muito lamentáveis – mas creio que cada uma delas, por mais reduzida, deve ser anotada, discutida e combatida, na esperança de que cada luta reduza de algum modo as possibilidades de tais coisas acontecerem.

Apesar de tudo, gostaria de pensar que estamos a ganhar”.

Por seu lado, e no mesmo catálogo, é respigado Homero Alsina Thevenet que escreveu no seu “El Libro de la Censura: “O resultado de todos os planos abortados, cortes, retoques e proibições deveria ser um fundo lamento pela desventura do cinema. Nenhuma explicação é suficiente para enxugar esse pranto, mas pelo menos metade dos males surge relacionada com o sistema de livre empresa. Se John Huston entra em choque com o produtor David O. Selznick (a propósito de “A Farwell To Arms”); ou George Cukor com o produtor Zanuck (a propósito de “The Chapman Report”) ou Ruben Mamoulian com a Fox (a propósito de “Laura”) cabe recordar que nesses casos, como noutros, Selznick, Zanuck e a Fox estavam a investir dinheiro num projecto e defendiamno com o seu melhor critério, equivocados ou não. E se o seu melhor critério era prescindir desses realizadores e substituí-los por outros, algumas queixas poderão recair sobre os artistas subordinados ao capital e aos industriais, mas essa é a consequência inevitável do cinema ser produzido por empresas e não por cooperativas de artistas. Do mesmo modo, quando a Warner corta metragem à versão terminada de “A Star is Born” (1954), ou quando a

RKO nega a Orson Welles o direito de aprovar a versão definitiva de “The Magnificente Ambersons” (1942), é bom recordar que a Warner e a RKO eram, respetivamente, as donas legais desse material.” Voltando a João Lopes, entre outros lembra que o “caso de ‘Journey into fear’ (1943), que a produtora RKO retirou ao seu realizador Orson Welles, na sequência dos problemas (industriais e comerciais) suscitados pelos seus filmes anteriores: Citizen Kane e The Magnificente Ambersons”.

Ora, é um pouco nesta linha que as grandes produtoras, tirando partido das potencialidades, primeiro das cassetes de visualização caseira, depois dos DVD e agora do BluRay, este com enorme aproveitamento, se viraram para as Directors’ Cut, captando cinéfilos, e não só, para a descoberta de filmes vistos numa versão diferente, para além de juntarem bombons diversos, de comentários do realizador, featurettes das filmagens e de outros materiais. Enfim, temos que confessá-lo, material que muitas vezes dá mais gozo que o próprio filme.

Não estranhou pois que filmes de culto como “As Portas do Céu” (1980), de Michael Cimino, amputado em quase metade do tempo inicial de projecção, apesar do enorme falhanço que representou, do abalo financeiro que representou para as

pela objetiva de j. vasco

Caretos em Lisboa

produtoras, falências incluídas, apareceu anos depois no Festival de Berlim numa versão de 225 minutos em 2005, uma final cut, mais que a versão do realizador, deu nova luz a este fracassado épico. Por seu lado “Blade Runner” (1982), de Ridley Scott, cuja versão inicial, principalmente o happy end imposto pelo estúdio, não foi do agrado do realizador nem da estrela principal, Harrison Ford, por causa da voz off, conheceu uma directors’ cut em 1992, não totalmente do agrado de Scott, o que levou ao aparecimento em 2007 da Final Cut, não deixando, ou será que ainda deixa? de que Deckard, a personagem de Ford é ela mesma um replicant, a discussão recorrente, digo eu, eterna, à volta de Blade Runner, o filme de FC, digo eu também, com opiniões divergentes de Scott e Ford.

Outro filme de culto, pela temática, por Brando, e pela turbulência, também no sentido literal do termo, que envolveu as filmagens, “Apocalypse Now” (1979),

de Francis Ford Coppola, conheceu em 2000 a versão definitiva do realizador, “Apocalypse Now Redux”, que além do acréscimo de tempo relativamente à versão que estreou no cinema, não trás nada de novo, antes pelo contrário, as cenas introduzidas, na sua maioria, só estragam. A prova de que não se deve mexer no que está bem.

Aliás há outros exemplos, da versão de Spielberg de “E.T.”, na edição do 20º aniversário do filme, a “The Abyss”, de James Cameron, passando pela edição especial em 1980 de “Close Encounters of the Third Kind” (1977), também de Spielberg, para não falar da versão de “Brazil” (1984), feita à revelia de Terry Gilliam, uma tentativa falhada dos estúdios de aproveitarem o filão das versões definitivas.

Filão ou oportunidade, para quem gosta de cinema, são sempre bem-vindas.

Até à próxima e, bons filmes. K Luís Dinis da Rosa _

press das coisas Acer Aspire Switch 10 3 O Acer Aspire Switch 10 permite ao utilizador alternar entre o modo tablet e o modo portátil. Utiliza o SO Windows 8 e vem com processador quad-core Bay Trail, 2 GB de RAM, até 64 GB de memória, e um ecrã de 10,1” (1366x768). Este transformável pode também ser usado com o ecrã “para trás”, com o teclado a servir de base, ou até “em tenda”. Estará disponível em junho, a partir dos 349 euros. K

música Pharrel Williams - Girl

3 Mais uma vez os Caretos regressam a Lisboa. Realizou-se entre 8 e 11 de maio, em Lisboa, o IX Festival Internacional da Máscara Ibérica. O festival contou com música e mostra gastronómica das regiões representadas mas o ponto alto foi o desfile das máscaras no sábado do evento.

No desfile participaram máscaras de trinta grupos, (na foto Os Chocalheiros de Mogadouro), catorze de Portugal, quinze de Espanha e um da Sardenha. A abrir o grupo brasileiro convidado, Mascaradas de Maragogipe, oriundos da Baía.

Nesta reportagem contámos com a presença de um grupo de alunos do curso vocacional de fotografia, pertencentes ao Agrupamento de Escolas Agualva Mira Sintra e que estão a realizar um estágio com o Ensino Magazine. K

3 “Girl” é o segundo álbum de Pharrel Williams, trata-se de um dos álbuns de maior sucesso do momento. O cantor norte-americano ficou conhecido através das colaborações com diversos artistas como Daft Punk, Robin Thicke, Madonna, Swedish House Mafia entre muitos outros.

O primeiro avanço deste registo foi “Happy”, um tema com um tremendo sucesso à escala global, com imensos vídeos inspirados na música que invadiram a web.

A segunda aposta deste trabalho é o tema “Marilyn Monroe” que chegou às rádios nas últimas semanas e promete ter destaque nos próximos meses. Este registo contou com as colaborações de Alicia Keys, Justin Timbarlake, Daft Punk,Timbaland, JoJo e Miley Cyrus.

Pharrel Williams vai apresentar ao vivo este trabalho no dia 3 de outubro em Lisboa, num concerto que promete ser muito happy! K Hugo Rafael _

MAIO 2014 /// 025

Quatro rodas

O meu Mercedes podia chamar-se Jellinek c Contrariamente ao que pode induzir o título, eu não tenho um Mercedes, nem nunca tive. Caminho, no entanto, para uma idade onde gostaria de poder fruir um belo 190 prateado dos anos 50.

Deixemo-nos, no entanto, destas divagações e comecemos a nossa história de hoje, que tem como objetivo explicar este titulo algo bizarro, ou seja, porque é que os Mercedes podiam ter-se chamado Jellinek?

A Mercedes Benz nasce apenas em 1926, mas a história dos seus fundadores remonta aos finais do seculo XIX. Nessa altura Karl Benz e Gottlieb Daimler já fabricavam os seus automóveis mas eram rivais na conquista dos mercados dessa época.

Temos por isso que voltar atrás no tempo de modo a percebermos como apareceu o nome Mercedes. Regressemos então a 1900, ano em que morreu Gottlieb Daimler. Após a sua morte foi Wilhelm Maybach quem passou a li-

derar empresa que matinha o seu nome. Nesse mesmo ano Maybach recebeu uma encomenda para 36 automóveis muito especiais.

Quem fez a encomenda foi Emil Jellinek, um austríaco que tinha passado por vários negócios e nessa altura vivia na riviera francesa.

Os carros pedidos à Daimler tinham especificações próprias que lhe permitiam um maior desempenho.

Jellinek começou então a vender os veículos para competição e estes de imediato ganharam as principais corridas do início do seculo XX. Para os diferenciar dos pouco potentes Daimler, decidiu batizar estas maquinas vencedoras com o primeiro nome de sua filha, Mercedes Adrienne Manuela Ramona Jellinek.

Assim apareceram os primeiros Mercedes, fabricados pela Daimler num ambiente de competição e com fama de vencedores desde a nascença.

O sucesso dos Mercedes foi tal, que a própria Daimler adotou o nome para vender os seus veículos, pois o produto Mercedes passou a

setor automóvel

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Paulo Almeida _ Direitos Reservados H

Ford apresenta nova Tourneo Courier

Renault Mégane CC a partir dos 29.700 euros 3 A Renault anunciou os preços para Portugal do renovado Mégane Coupé Cabriolet, que estará disponível a partir de 29.700 euros.

O modelo, cuja capota retrátil rígida opera em 21 segundos, incorpora a nova frente da marca francesa e passará a estar disponível com o motor 1.6 dCi 130.

A gama do CC começa na opção Energy 1.2 TCe 130 S&S Dynamique S, acessível por 29.700 euro e as opções Diesel começam no 1.5 dCi 110 S&S FAP ECO2 Dynamique S, com o preço de 32.550 euros. A versão GT Line deste motor tem o preço a começar nos 34.650 euros. A motorização 1.6 dCi 130 S&S FAP ECO2, disponível apenas na versão GT Line, chega a partir de 36.550 euros. K

ser muito mais reconhecido na Europa que os seus Daimler. Foi assim que em 1926 levou este nome para a nova marca que resultou do acordo com a Benz & CO; Deixo aqui uma foto de Jellinek com a filha Mercedes, um nome bem latino, que resistiu até hoje, e foi cimentando a imagem de um automóvel tecnologicamente evoluído, e imbatível em competição.

Fosse Jellinek mais narcisista, e em vez de Mercedes, a conhecida marca de Stuttgart poderia ter hoje o seu nome. K

Porsche lança edições especiais Benfica 3 Para comemorar os 110 anos de vida e a conquista do 33.º Campeonato Nacional de Futebol do Sport Lisboa e Benfica, a Porsche lançou em Portugal edições especiais do 911 e do Cayenne.

A edição é limitada a onze unidades, por modelo, e caracteriza-se por ter placa numerada, equipamento exclusivo e detalhes encarnados que identificam o clube da Luz. O Porsche 911 Carrera 2S SLB Limited Edition conta com o clássico motor de 400 CV, sistema de navegação, jantes de 20 polegadas e cintos de segurança vermelho. Custa 167.471 euros.

O Cayenne SLB Limited Edition é um Diesel V6 com equipamento e pormenores decorativos igualmente alusivos ao Benfica. Fica por 127.692 euros.

Estas 22 unidades exclusivas encontram-se apenas disponíveis por encomenda através do Departamento de Marketing do Sport Lisboa e Benfica. K

3 A nova Ford Tourneo Courier chega ao mercado nacional em junho, com preços entre os 17.350 e os 21.050 euros.

O modelo oferece grande espaço para passageiros e bagagens, assim como fácil acesso aos bancos traseiros graças às portas deslizantes.

O monovolume de cinco lugares é construído com base na mesma plataforma do Ford Fiesta e B-Max. Apenas está disponível com uma variação do motor a gasolina 1.0 EcoBoost e uma a gasóleo 1.6 TDCi. K

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