junho 2016 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XIX K No220 Assinatura anual: 15 euros
ensino jovem
ensino.eu
Distribuição Gratuita
entrevista
Feromonas,
o YouTuber português
zé pedro, guitarrista dos xutos & pontapés
“Gosto de andar na vida do rock”
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ciências Biomédicas
Melhor do mundo vem da UBI C
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universidade
Évora apoia alunos
Miguel é o nome próprio. Campos o apelido. Mas todos os “fenoninhos” o conhecem por “Feromonas”.
modernização e valorização
Nuno Mangas nomeado
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politécnico da guarda
Desporto com laboratório
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PORTALEGRE C
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carla rocha
Comunicar com alma nas ondas da rádio C
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Direitos Reservados H
BioBip com 18 projetos
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castelo branco
Desfile junta estilistas e alunos
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Manuel António Almeida H
pub
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Carla Rocha, radialista
Comunicar com alma 6 Carla Rocha, a voz que se celebrizou no “Café da Manhã” da RFM, aventura-se agora como formadora na área da comunicação e quer que os portugueses comuniquem melhor. Publicidade
O seu livro «Fale menos, comunique mais», pode ser entendido como uma espécie de «comunico, logo existo»? A minha mensagem é que as pessoas que não
comunicam de forma eficaz acabam por não revelar todo o seu potencial. Ficam mais na obscuridade, que outras. Isso é uma injustiça, não se revelar um todo, como pessoa, na plenitude das suas capacidades porque tem um
défice nesta competência da comunicação. Foi a partir desta premissa que criou uma empresa na área da formação em comunicação?
Precisamente. O ponto de partida foi que a comunicação é uma dificuldade para muita gente e nas empresas comunica-se internamente de uma forma muito assética, muito formal, muito cinzenta. O desafio é, portanto, transmitir algumas técnicas de comunicação.
têm oportunidade de passar as suas mensagens de uma forma estruturada e apelativa. O material é todo deles: as histórias são deles, eu só ajudo a sistematizar ideias e a desenvolver o pensamento para que os seus episódios de vida se tornem apelativos para as audiências.
Técnicas de comunicação provenientes do seu meio, a rádio?
Diz que falamos demasiado e comunicamos pouco e mal. Porquê?
Da rádio e não só. Também veem do meio académico e da investigação que desenvolvo e das formações que faço nos Estados Unidos, etc. Condensam-se todos esses ensinamentos e dá-se formação às empresas e aos particulares que nos procuram.
Damos excesso de informação. Muitas vezes assistimos a apresentações para grandes plateias que são chatas. Porquê? Porque falamos demais. Não existe a capacidade que na rádio é obrigatório ter que é ser sintético e transmitir o que é verdadeiramente importante. Na rádio se formos chatos, as pessoas desligam ou mudam de estação. Numa reunião ou numa apresentação de algo, nós também «desligamos», ou seja, deixamos de estar na sala. Portanto, não há necessidade de dar informação desnecessária.
No meio académico que principais dificuldades de comunicação destaca? No meio académico destaco a falta de autenticidade e naturalidade. São pessoas com uma capacidade intelectual excelente, mas têm dificuldades em passar esse conhecimento a outras pessoas. A que atores do ensino se refere? Estou a generalizar, sem particularizar. Evidentemente que há excelentes oradores no meio académico, mas na generalidade esta é uma competência que falha. Uma pessoa que seja naturalmente talentosa, mas um desastre a comunicar pode ser irrelevante do ponto de vista social e profissional? Não. Estou a lembrar-me de excelentes desportistas que nunca foram grandes comunicadores. Eu estou, neste momento, a fazer um trabalho com atletas olímpicos – o programa Atletas Speakers – e é um desperdício saber que aquelas pessoas têm historias incríveis de vida, de superação, de coragem, de resiliência, que são uma inspiração para a sociedade em geral e que não
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Nas 10 estratégias que aborda no seu livro destaca o humor e o ser genuíno. São duas receitas que têm de existir numa boa comunicação? São duas das dez estratégias que eu elenquei, apesar de admitir que há pessoas que se podem identificar mais com umas do que com outras. Depende. A autenticidade é uma estratégia importantíssima porque nós queremos ligação com as nossas equipas, com os nossos clientes, com as nossas audiências. Se não nos revelamos na comunicação e nos limitamos a debitar informação que está num papel ou no computador, a ligação não acontece. E nós estamos na era da autenticidade. As pessoas ligam-se a pessoas. Isto é comunicação com alma. Quer dar um exemplo concreto dessa alma? Imagine: eu falar com a minha equipa e contar ;
histórias de pessoas, falar-lhes da minha vivência, no fundo, mostrar quem eu sou. O humor é um dom ao alcance de uns predestinados? O humor é uma capacidade que temos ou devemos ter para encontrar um ângulo positivo para comunicar com uma abordagem positiva, sem ser enfadonha. Muitas vezes o que acontece é que há pessoas engraçadas em termos de sentido de humor e que simplesmente não usam essa qualidade na comunicação. Porque achamos que temos de ser formais e secos. Um desastrado a comunicar pode melhorar a sua prestação com formação? Pode, claro. Provavelmente dois por cento da Humanidade nasceu para comunicar. Às restantes pessoas só lhes resta mesmo treinar. Não acredito em comunicadores inatos, acredito em comunicadores que melhoraram a sua performance e apreenderam novas competências. Veja o caso do Steve Jobs, da Apple. As apresentações do Jobs nos últimos anos de vida faziam quase parar o mundo e se formos ver as primeiras aparições na TV e as apresentações em público dele verá que a diferença é enorme. Era uma pessoa super insegura e sem confiança. A evolução foi enorme e passou, certamente, por horas e horas de preparação. Não é que fique tudo artificial e decorado ao pormenor, mas ele esforçou-se tanto e aprendeu tantas técnicas que ficou tudo nele. Sabia como começar e como cativar. E há um ponto que eu quero destacar e em que acredito: quando melhoramos a forma como comunicamos, melhoramos a nossa personalidade e a forma como interagimos com os outros. Não adianta dizer que «eu sou tímido» e «não dou para isto»… «Comunique, inspire e lidere», são as palavras que apresentam a sua empresa no sítio da internet. Os nossos políticos preenchem estes três requisitos? Depende dos líderes. O líder pode ser um bom líder e não ser um bom comunicador, mas é um desperdício quando isso acontece, porque quando juntamos ambas as competências (liderança e comunicação) temos um homem ou uma mulher fenomenais. E o meu trabalho é esse. Quem sabe se não ajudo algum político ou futuro político a aproximar-se e a ligar-se mais às pessoas? É preciso derrubar o obstáculo permanente que existe em termos de comunicação entre o político e o cidadão.
Já fez formação para políticos? Fiz para médicos e advogados, mas políticos ainda não. Mas já vi horas e horas de discursos políticos. Disse anteriormente que está a trabalhar num projeto com atletas olímpicos, a poucas semanas que estamos das olimpíadas do Rio de Janeiro. De que forma é que uma melhor comunicação pode condicionar o seu desempenho em prova? Acho que é mais ao contrário. Os atletas é que pretendem passar a mensagem do modo como se preparam para os Jogos e essa capacidade de concentração que nasce com eles ou é desenvolvida com eles. Ou seja, os atletas procuram dizer ao público em geral como é que se chega lá. Como é que nos podemos tornar pessoas mais resilientes, pessoas com capacidade de sacrifício e mais disciplinados.
No fundo, como eles são para atingirem o seu objetivo desportivo. O meu papel é procurar tirar cá para fora o melhor deles e revelá-los, através de uma mensagem estruturada, ao grande público. Nós conhecemos mal os nossos atletas, para além dos poucos minutos ou naquelas horas em que estão a competir. Poucos saberão que a Marisa Barros começou a correr aos 26 anos e antes trabalhava num café. A mensagem deles é importantíssima para a sociedade e pode dar frutos se for transmitida nas escolas, universidades, etc. Já foi convidada para ir a alguma escola? Tenho ido a escolas e tenho feito trabalho com uma associação chamada Prime Skills, que ajuda alunos do secundário a fazerem apresentações. Percorremos as escolas todas do Algarve com este projeto. Também tenho ido a universidades falar para um público
académico sobre estas competências. Percebem, claramente, que é uma competência que têm de desenvolver, mas creio que com o tempo vão lá. Durante uma década fez uma parceria imbatível com o José Coimbra no icónico “Café da Manhã”, da RFM. Com a mudança para o horário da noite, com o “Rocha no Ar”, pretendeu dar um novo rumo à sua vida? Com o horário do “Café da Manhã” o dia terminava muito cedo, a disponibilidade mental esgotava-se por volta das 3 ou 4 da tarde e não dava para ter este projeto paralelo. Tenho saudades do público que nos acompanhava de manhã e por vezes encontro muitos ouvintes nas conferências onde estou e que nos ouviram durante 10 anos ininterruptamente. Mas não tenho saudades de acordar cedo… Descreve no seu sítio que a
CARA DA NOTÍCIA 6 A voz feminina do «Café da Manhã» Carla Rocha esteve uma década a apresentar na companhia de José Coimbra o «Café da Manhã», da RFM. A popularidade do programa levou a rádio do grupo Renascença a saltar para a liderança das audiências. O seu projeto no âmbito do communication trainer levou-a a mudar das manhãs para as noites da rádio, onde apresenta, atualmente, o programa «Rocha no Ar», de segunda a sexta-feira, entre as 21 e as 23 horas. Paralelamente, é docente na licenciatura em Ciências da Comunicação da Universidade Europeia e formadora na área da comunicação, onde de desmultiplica em conferências e outras solicitações. Coordena o programa Atletas Speakers, desenvolvido pela Comissão de Atletas Olímpicos e pelo Comité Olímpico de Portugal, treinando os atletas olímpicos a passar da melhor forma a sua mensagem. Carla Rocha é licenciada em Ciências da Comunicação e pós-graduada em Gestão de Marketing, Comunicação e Multimedia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão. «Fale menos, comunique mais», é o seu primeiro livro neste âmbito, editado pela Manuscrito, onde apresenta 10 estratégias para ser um grande comunicador. K
sua primeira experiência radiofónica, numa rádio local de Albufeira, onde nasceu, foi desastrosa. Quer partilhar? Preparei-me bem e decorei o que havia para dizer, mas com os nervos saiu tudo trocado. Mas este é também um ensinamento que quero deixar e partilhar. Um início desastroso não tem que ditar o nosso destino. Eu conheço muitas pessoas traumatizadas e que se recusam a falar em público, porque tiveram uma experiência negativa. E não tem que ser assim. Eu também já fui uma pessoa insegura e desajeitada e nem por isso deixei de melhorar a minha competência como comunicadora. É essa mensagem que pretendo deixar a todos os que compram o livro ou vão às minhas formações: não temos que nascer comunicadores, porque tudo se treina. É possível evoluir. Admite que também desempenha um papel de psicóloga informal? Acaba por se ter esse papel, mas não é essa a minha área. Mas admito que com a minha experiência, os meus conselhos e as estratégias que monto acabo por afastar os fantasmas de muita gente e desmistificar medos que não fazem sentido. Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H
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Benção das pastas na UBI
Uma vez ubiano, sempre ubiano 6 Cerca de 800 finalistas da Universidade da Beira Interior celebraram a Bênção das Pastas, a 21 de maio, no Complexo Desportivo da Cidade da Covilhã, depois de um cortejo que começou na Faculdade de Ciências da Saúde (FCS). Dos cânticos às orações, do ofertório ao cortejo de apresentação dos símbolos dos cursos. Um rato, uma ponte, um mocho e um globo terrestre foram alguns dos símbolos criados pelos finalistas de cada um dos 29 cursos da UBI. Fitas de várias cores, carregadas de memórias, coloriram o espaço onde os finalistas viram as suas pastas ser benzidas. “Vejo a Bênção das Pastas como uma cerimónia de muita alegria, que retrata a confiança que os estudantes têm no futuro, acabando por se assistir aqui a um hino de esperança”, comentou o Reitor da universidade, António Fidalgo. No papel de coordenador do Centro Pastoral Universitário, o Padre Henrique dos Santos,
também responsável pela concretização da Bênção, admitiu que “de ano para ano a celebração tem corrido melhor”. O padre referiu ainda a importância dos ensaios, precedentes à cerimónia, que reuniram os re-
presentantes dos finalistas de cada curso. Uma cerimónia essencial não só para a universidade, mas também para a cidade que a acolhe. O autarca covilhanense, Vítor Pereira, mencionou de
que modo esta celebração traz benefícios ao município. O festejo de final de curso prolongou-se noite fora. A Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) resolveu premiar os finalistas com uma festa, realizada no Complexo Desportivo, que contou com a atuação dos Krash. Ainda a 21 de maio, cerca de 300 alunos da UBI receberam certificados de mérito e bolsas aos alunos de primeiro e segundo ciclos que completaram o ano anterior com média igual ou superior a 16. O reitor da UBI aproveitou ainda a ocasião para lembrar que “já houve períodos em que a cerimónia se fazia, depois foi descontinuada e decidimos retomá-la. Estamos numa fase de implementação, o que vai levar a que nos próximos anos esta cerimónia seja muito mais concorrida”, disse António Fidalgo. K Sara Guterres _ Rafael Mangana _
António Salvado, Elisa Pinheiro e Ryszard Kowalczyk
UBI atribui Honoris causa 6 A decisão foi tomada por unanimidade na última reunião do Senado da universidade, que decorreu a 25 de maio, por proposta do reitor da UBI, António Fidalgo. A homenagem ao poeta António Salvado, natural de Castelo Branco, representa a ligação da UBI à região, destacando quem mais se notabiliza. “Nós reconhecemos o mérito. António Salvado é uma figura cimeira da cultura e da poesia portuguesa. É da região e, portanto, a UBI honra-se a si mesma quando o distingue com a maior honra que a universidade pode dar”, justificou António Fidalgo. Com a entrega do Doutoramento Honoris Causa a Elisa Pinheiro é reconhecido o trabalho de uma das investigadoras mais importantes no estudo do património industrial da Covilhã e principal obreira do Museu de Lanifícios da UBI, que dirigiu até 2011. Para o reitor da UBI, António Fidalgo, a distinção vai além
Faleceu Paquete de Oliveira 6 José Manuel Paquete de Oliveira, presidente do Conselho Geral da Universidade da Beira Interior, faleceu no sábado, dia 11 de junho, em Lisboa. O sociólogo tinha 79 anos e presidia ao órgão máximo da UBI desde abril de 2013, que integrava como membro externo. Com uma carreira académica e profissional na área da comunicação e jornalismo, o Professor Jubilado do ISCTE era o coordenador científico do mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologia da Informação e Provedor do jornal diário Público, cargo que assumiu em 2013. Paquete de Oliveira nasceu no Funchal, onde chegou a chefe de redação do Jornal da Madeira, aos 23 anos. Anos mais tarde, licenciouse em Ciências Sociais, pela Universidade Gregoriana, em Roma, em 1973. Em 1989, doutorou-se em Sociologia da Comunicação e Cultura, no ISCTE, através da Universidade Técnica de Lisboa. K
Ciências da Saúde
UBI em projeto europeu
António Salvado, Elisa Pinheiro e Ryszard Kowalczyk vão ser distinguidos
do que fez na instituição. “A professora Elisa Pinheiro é fundamental não só para a UBI, mas também para toda a memória da Covilhã. Tudo o que é o património industrial da cidade, que neste momento se concretiza no Museu de Lanifícios, tem uma figura que é a professora Elisa Pinheiro”. Quem também ajudou a construir a história da UBI foi Ryszard Kowalczyk, docente ao longo de 19 anos, na área da Engenharia Civil. Em 1992, foi um dos vá-
rios professores que vieram da Polónia para a instituição, onde desempenhou ainda os cargos de diretor de curso e presidente do Departamento de Engenharia Civil. Deixou a UBI em 2009, para voltar para a Polónia. A concessão do grau de Doutor Honoris Causa destina-se a homenagear personalidades eminentes, nacionais ou estrangeiras, de reconhecido mérito nos domínios do ensino, da ciência, da cultura, da arte e das atividades sociais, que tenham
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uNIV. bEIRA iNTERIOR
contribuído para o engrandecimento de Portugal ou da Universidade. Até hoje, a UBI já atribuiu 15 destas distinções. O Doutoramento Honoris Causa já foi atribuído pela UBI a diferentes personalidades, das quais se destacam o antigo Primeiro Ministro e candidato ao cargo de Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, ou o primeiro Presidente da República Portuguesa eleito democraticamente, Ramalho Eanes. K
6 O Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) da Universidade da Beira Interior é uma das instituições que integra o TRAIN, projeto europeu com um financiamento total de cerca de quatro milhões de euros, no âmbito do H2020, que vai investigar estratégias de combate a doenças associadas à obesidade, em concreto o cancro da próstata. O programa envolve uma equipa multidisciplinar de vários centros académicos e empresas com “backgrounds” complementares em diversas áreas, nomeadamente, inflamação, biologia do tecido adiposo, carcinogénese, genómica, modelos translacionais da doença, química medicinal e desenvolvimento de fármacos. O projeto, avaliado com uma classificação de 94,4 por cento, inclui um consórcio de seis países: Reino Unido, Espanha, Dinamarca, França, Holanda, Hungria e Portugal. A coordenação pertence à Universidade de Sheffield. K
Ciências Biomédicas Gulbenkian publica livro T O conto ‘Tiago, o colecionador quase nuvem’, escrito por Vanessa Mendes Martins, estudante do 3.º Ciclo em Filosofia na Universidade da Beira Interior (UBI), acaba de ser publicado pela Fundação Calouste Gulbenkian e apresentado a 17 de maio. Editado pela Abysmo e com ilustrações de Marta Madureira, a obra tinha sido distinguida em novembro, com o Prémio Branquinho da Fonseca Expresso/Gulbenkian. Trata-se do percurso de Tiago, uma criança à descoberta da magia das coleções. “Desde malmequeres que são aldeias minúsculas até velas ginastas, o Tiago saltita por entre as suas imaginações. Um dia, por entre amores e amuos, o tio mostralhe a importância das coleções. Começa assim a aventura de um cabeça no ar, quase nuvem, na descoberta da coleção perfeita”, pode ler-se na sinopse. K
Empreendedorismo na UBI T Duas dezenas de estudantes da Universidade da Beira Interior estão a receber formação de empreendedorismo, no âmbito do projeto europeu “ICT Entrepreneur - A European University-Business Alliance aiming to foster the entrepreneurial spirit of ICT students”, financiado pelo programa Erasmus+. Os participantes vão receber formação de capacitação empreendedora, que permita acelerar ideias de negócio de base tecnológica. Além disso, os jovens poderão desenvolver as suas competências transversais e perceber como funciona o ambiente de trabalho de um empreendedor. O programa está a ser implementado nos sete parceiros do consórcio, provenientes de cinco países da União Europeia: Chipre, Espanha, Portugal, Alemanha e Reino Unido. K
Engenharia da UBI vence no Reino Unido T Manuel Neves, aluno de doutoramento em Engenharia Civil, ramo de Geotecnia, recebeu em maio o prémio de Melhor Arti-
go, no encontro científico Future of Rail - Young Engineers Presentation Competition UK Final, dedicado à ferrovia, no Reino Unido. O estudante que no 3.º ciclo teve orientação de Victor Cavaleiro, docente do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura, foi distinguido pela apresentação do artigo “Geotechnical Challenges of Railway Improvements to Existing Assets” e venceu as finais escocesas, tendo depois estado em competição com outras seis apresentações, no encontro referente ao Reino Unido. K
Fundão ganha Torres de Esparguete T A equipa Three Builders, do Agrupamento de Escolas do Fundão, foi a vencedora da primeira edição do concurso ‘Torres de Esparguete Inter Escolas’, competição organizada pelos núcleos de estudantes dos cursos do Departamento de Engenharia Eletromecânica da Universidade da Beira Interior. Os três fundanenses construíram uma torre com esparguete comum e cola quente que atingiu os 3,77 metros. Os segundos classificados – o conjunto Opinião (Escola Secundária de Seia) – alcançou os 3,37 metros. No último lugar do pódio ficou a formação Los Cheetos (Escola Secundária Afonso de Albuquerque, da Guarda), com uma construção de 2,83 metros. K
Melhor do mundo vem da UBI 6 A tese de Doutoramento de Ana Sofia Silva, licenciada e mestre em Ciências Biomédicas pela Universidade da Beira Interior (UBI), intitulada “Multifunctional nano-inmicro formulations for lung cancer theragnosis”, foi distinguida como a melhor tese do mundo pela International Society for the Advancement of Supercritical Fluids, que reconheceu assim a proposta de uma nova abordagem terapêutica para o cancro do pulmão. “Este prémio fez sentir que todo o esforço e dedicação que coloquei no meu Doutoramento valeram a pena. É um ‘big happy ending’”, garante Ana Sofia Silva. “É algo de fabuloso, porque um Doutoramento é o resultado de um esforço muito intenso”, sublinha a investigadora. O Doutoramento de Ana Sofia Silva foi desenvolvido ao longo de três anos na instituição LAQV-REQUIMTE no grupo Polymer Synthesis and Processing, sob orientação de Ana Aguiar-Ricardo, docente na Universidade Nova de Lisboa, Fundação
para a Ciência e a Tecnologia (FCT), em colaboração com o grupo Biomaterials and Tissue Engineering do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) da UBI, sob a coorientação do docente Ilídio Correia. A investigação consistiu no desenvolvimento de sistemas à nano e micro escala para o diagnóstico e terapia do cancro do pulmão, o tipo de cancro mais comum e mortal em todo o mundo. “O meu percurso iniciou-se na
UBI. Este trabalho surgiu de um upgrade do meu trabalho de Mestrado, que já consistia no desenvolvimento de estruturas à nano escala para terapia do cancro do pulmão”, explica. “A síntese de nanopartículas (com exceção das que foram desenvolvidas no MIT), tal como todos os testes em células (in vitro) foram feitos no CICS, por mim e por elementos do grupo do professor Ilídio”, sublinha Ana Sofia Silva. K Rafael Mangana _
Jorge Paiva na Beira Interior T O biólogo Jorge Paiva esteve na Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade da Beira Interior (UBI) para proferir uma palestra intitulada “Plantas, Mitos, Fabulações e Realidades”. Neste evento, que decorreu no dia 2 de junho, o investigador falou sobre um projeto que decidiu concretizar e que culminou com a identificação de todas as espécies de plantas existentes nos Lusíadas, Bíblia e Alcorão. Ao longo da sua carreira, o biólogo do Centro de Ecologia Funcional, da Universidade de Coimbra tem recebido várias distinções pelo trabalho académico e pela defesa do Meio Ambiente. Participou em expedições em todo o mundo com vista a recolher e estudar plantas. K
www.ensino.eu
Na Covilhã
Universidades ibéricas juntas 6 Colaborar com os governos regionais no aproveitamento de fundos comunitários e reforçar o intercâmbio de docentes, investigadores e alunos das 24 instituições de Ensino Superior portuguesas e espanholas foi o objetivo do VI Plenário da Conferência de Reitores do Sudoeste da Europa (CRUSOE), que decorreu a 20 de maio, na reitoria da Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã. “Queremos colocar em marcha um programa de mobilidade para toda a nossa comunidade universitária e que seja capaz de permitir melhorar a colaboração, conhecernos melhor e também desenvolver
massa crítica que nos permita ser mais competitivos a nível internacional”, anunciou o reitor da Universidade de Vigo, que preside atualmente a esta conferência de reitores. “Queremos que a comissão europeia nos veja como uma potência e que isso nos permita desenvolver alguns projetos que sejam importantes para o desenvolvimento económico e social dos nossos territórios”, sustentou Salustiano Mato de la Iglesia. O desenvolvimento de um programa para a resolução de alguns problemas comuns é o próximo passo. O envelhecimento ativo, ligado à saúde, o equilíbrio terri-
torial e os sistemas de cooperação são consideradas áreas chave de “projetos e iniciativas que pretendam encontrar as melhores soluções para esses desafios e para outros que venham a ser identificados”, sublinha afirmou. Criada em 2011, a CRUSOE integra cerca de duas dezenas de universidades e politécnicos portugueses e espanhóis de cinco regiões: zona Norte e Centro de Portugal, Astúrias, Castela e Leão e Galiza, de Espanha. No total, abrange uma comunidade académica de cerca de meio milhão de pessoas. K Rafael Mangana _
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Para crianças e jovens
Obesidade infantil
Prémio europeu para Braga 6 Rafaela Rosário, professora da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho, acaba de ser premiada em Gotemburgo, na Suécia, pelo trabalho desenvolvido no âmbito da obesidade infantil. O galardão foi atribuído na conferência da Associação Europeia para o Estudo da Obesidade (EASO), que distingue anualmente investigadores de excelência na área com menos de 35 anos. “É uma honra ver o meu trabalho reconhecido e valorizado pela principal associação europeia no âmbito da obesidade. A prevenção da obesidade adquire relevância quando se assiste a um aumento considerável do excesso de peso e da obesidade infantil em Portugal e no mundo”, realça a galardoada, que é membro do Centro de Investigação em Enfermagem. A distinção reconhece o estudo ‘Prevenir a Obesidade Tornando-se Saudável’, cujo objetivo foi avaliar o impacto de um programa de intervenção nos hábitos e comportamentos de crianças do primeiro ciclo do ensino básico. O programa desenvolveu-se seguindo duas lógi-
cas: a capacitação dos docentes no âmbito dos estilos de vida saudáveis, através de uma formação acreditada pelo Ministério da Educação, e a sua intervenção em crianças de forma segura e prolongada. Os resultados mostraram que, após um ano, as crianças do grupo de intervenção, quando comparadas com as restantes, exibiram uma menor proporção de excesso de peso, aumentaram
significativamente o consumo de fruta e produtos hortícolas, reduziram a ingestão de alimentos de baixo valor nutricional e elevada densidade energética, aumentaram o consumo de fruta como sobremesa ao almoço e jantar, além de aumentaram a qualidade alimentar, principalmente ao nível da adequação do consumo de produtos hortícolas e na moderação de sódio. K
Férias são na UTAD 6 A Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro (UTAD) vai promover, de 27 de junho a 1 de julho, no Campus da Universidade, o programa de férias UTAD Júnior, destinado a crianças e jovens, dos 9 aos 16 anos, com o objetivo de proporcionar experiências inesquecíveis e permitir aos mais novos começar a sonhar com um curso superior, à medida da sua vocação. Integrado no Ano Internacional do Entendimento Global da UNESCO, esta edição do programa, com o lema Building Bridges Together, conta com um leque de atividades pedagógicas, lúdicas e culturais, permitindo o convívio de crianças e jovens de diferentes regiões. As atividades vão desde a descoberta dos segredos das plantas, as singularidades do jardim botânico, à captação das imagens de sa-
télite, montagens cinematográficas, ao mundo dos robôs e ao socorrismo, ou desde ser jornalista por um dia à descoberta de duendes nas lendas transmontanas. Ao todo serão 60 atividades que prometem aos jovens muita curiosidade e muita adrenalina. Esta iniciativa possibilitará aos mais novos, oriundos de várias regiões (e que ficarão alojados nas residências dos Serviços de Acção Social da UTAD), além do convívio entre si, umas férias diferentes em contacto com a natureza e conhecer, de forma divertida, o ritmo e o espírito da vida académica, os laboratórios, as salas de aulas, os centros de investigação e os espaços desportivos, o que poderá ajudá-los no seu processo de escolha vocacional no ensino superior. K
Monitorização da Vaca-loura
Rede nacional implementada
6 O maior escaravelho da Europa, conhecido por vaca-loura, e que em Portugal é uma espécie cada vez mais ameaçada, vai ser alvo de monitorização, com o objetivo de conhecer melhor as populações nacionais ainda existentes e implementar medidas de conservação. O trabalho está a ser desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Entomologia e ao Instituto da Conservação da Natureza, com a colaboração da Universidade de Aveiro. “A monitorização das vacaslouras [também conhecidas como cabras-louras] é uma vontade antiga das várias entidades envolvidas, bem como uma necessidade urgente para que se possa conhecer melhor as populações e se poderem desenhar as medidas de conservação com base em informações atuais e credíveis”, Publicidade
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aponta Milene Matos, bióloga da Universidade de Aveiro e uma das coordenadoras da Rede. À frente da missão, que quer ver o país de olhos no chão e nas árvores à procura destes escaravelhos, estão ainda envolvidas a
Unidade de Vida Selvagem do Departamento de Biologia da UA, a Sociedade Portuguesa de Entomologia, o ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e a Naturdata - Plataforma de biodiversidade portuguesa. K
Cirurgia da catarata
Coimbra cria protótipo 6 Uma equipa multidisciplinar de investigadores da Universidade de Coimbra (FCTUC) acaba de desenvolver um protótipo de um dispositivo médico para apoio à cirurgia da catarata, uma das cirurgias mais realizadas no mundo. O dispositivo, que se encontra em fase de protótipo e já com registo provisório de patente, foi desenvolvido no âmbito de um projeto de investigação financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Tem por objetivo apoiar o diagnóstico da catarata, através da sua deteção precoce e caracterização, indicando a sua localização e extensão no cristalino. Permite também classificar o seu grau de severidade e estimar a sua dureza de modo automático. Esta nova tecnologia baseada em ultrassons de alta frequência, usando sondas oftalmológicas, é capaz de “avaliar a progressão da doença, cuja informação é essencial para a decisão clínica”, explica o coordenador do projeto, Jaime dos Santos. O dispositivo médico pretende ser uma ferramenta de
diagnóstico simples, robusta e de baixo custo, que terá grande impacto nos serviços de saúde, nomeadamente “na gestão clínica dos doentes com catarata. Os clínicos passarão a ter acesso a dados objetivos que contribuirão para um diagnóstico e uma decisão da necessidade de cirurgia mais suportados”, afirma Miguel Caixinha, investigador da equipa. Outra vantagem do dispositivo criado pela equipa da FCTUC é o facto de recorrer a técnicas não invasivas para estimar a dureza da catarata. Assim, “em tempo real é possível identificar o tipo de catarata, caracterizar o seu grau de severidade, e estimar a sua dureza e dimensão”, explicam os investigadores. A catarata é uma doença ocular associada essencialmente ao envelhecimento e caracteriza-se pelo desenvolvimento de opacidade no cristalino (lente) do olho, podendo provocar a perda de visão. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em 2020 esta condição afete 40 milhões de pessoas em todo o mundo. K
Universidade de Évora
Prémio Rey Jaime I para Miguel Araújo 6 Miguel Bastos Araújo, investigador do CIBIO-INBIO, da Universidade de Évora, foi distinguido com o Prémio Rey Jaime I, em Espanha. Instituído em 1989, o galardão distingue estudos e entidades científicas que contribuíram para a promoção da investigação e para o desenvolvimento científico em Espanha. O Júri do Prémio, composto por cientistas de reconhecido mérito, considerou os resultados da investigação de Miguel Araújo como “fundamentais” para o estabelecimento dos “padrões de modelagem atuais que predizem as mudanças na biodiversidade ao longo do tempo e no espaço.” Este é um reconhecimento do trabalho desenvolvido no Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) em Espanha, em torno dos efeitos das mudanças climáticas na modificação da flora e fauna do planeta.
A equipa de investigação coordenada pelo investigador foca-se nas áreas de biogeografia, biologia da conservação, biologia da mudança global, e macroecologia, sendo conduzida por três questões fundamentais, a saber: como é que as mudanças climáticas do passado afetam a biodiversidade? Como pode mudanças ambientais atuais e futuras afetar a biodiversidade? Como pode a biodiversidade seja conservada dada desafios atuais e futuros? K
Universidade
Évora apoia alunos
6 A Universidade de Évora apoiou no ano letivo que agora termina 69 estudantes, dos quais 63 beneficiaram do pagamento integral de propinas pelo Fundo de Apoio Social aos Estudantes da Universidade de Évora (FASE-UE). Em comunicado, a universidade explica que “para que ninguém fique fora do Ensino Superior por razões de carência financeira, um dos grandes motivos de abandono escolar e fator de peso na hora de decidir prosseguir os estudos após conclusão do Ensino Secundário, a Universidade de Évora (UE) desenvolveu um sistema que permite colmatar tais dificuldades, o FASE-UE”. A Universidade de Évora diz-se pioneira neste tipo de mecanismo, o qual existe na instituição desde 2012. O FASE-UE tem como objetivo prestar apoio aos estudantes em situação de emer-
gência social ou com manifestas e comprovadas dificuldades económicas. O apoio prestado a cada aluno tem a duração de um ano letivo, podendo cada aluno candidatar-se em anos letivos seguintes, e pode envolver, de acordo com o grau de necessidade apurado, o pagamento total ou parcial da propina respeitante ao ano em questão, senhas de refeição e/ou comparticipação dos custos
de residência universitária. Neste contexto, decorreu no passado dia 16 de junho, no Jardim do Granito do Colégio do Espírito Santo da UE, uma cerimónia de homenagem aos Mecenas do FASE-UE. A par do reconhecimento público dos mecenas envolvidos, decorreu ainda a Entrega de Cartas de Curso aos alunos que terminaram licenciaturas e mestrados nos anos letivos 2014/15 e 2015/16. K
Universidade de Évora
Novo vice-reitor toma posse 6 António Neto acaba de tomar posse como vice-reitor da Universidade de Évora para a Educação, Formação Graduada e Pós-graduada. A cerimónia decorreu, dia 23 de maio, na Sala de Docentes do Colégio do Espírito Santo. Aquele docente e investigador vai substituir no cargo Maria Filomena Mendes que foi desempenhar funções de presidente do Conselho de Administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE). António Neto é professor associado c/ agregação do Departamento de Pedagogia e Educação, membro do Conselho Pedagógico do Instituto de In-
Presidência da República H
40 anos das primeiras eleições presidenciais
Marcelo e Eanes em Évora
vestigação e Formação Avançada da UÉ e diretor do Programa de Doutoramento em Ciências da Educação, ministrado em Évora e São Tomé e Príncipe. K
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6 O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro Chefe de Estado eleito democraticamente, Ramalho Eanes, participaram no final de maio, num debate com alunos de escolas do distrito de Évora. A iniciativa que procura assinalar os 40 anos das primeiras eleições presidenciais democráticas decorreu na Universidade de Évora, e foi a segunda do género realizada nesse âmbito (a primeira decorreu em Castelo Branco, conforme notícia na nossa última edição). Promovido pela Presidência da República, através do Museu da Presidência da República, a iniciativa foi moderada pelo jornalista Joaquim Letria e contou com uma inter-
U. Évora H
venção da reitora da Universidade, Ana Costa Freitas. Além de Ramalho Eanes, também Marcelo Rebelo de
Sousa aproveitou a ocasião para falar de estado democrático e da sua importância para o país. K
JUNHO 2016 /// 07
Manuel António Almeida H
Desfile em Castelo Branco
Bordado está na moda 6 A Praça da República recebeu o desfile Castelo Branco Moda ‘16. O evento organizado pelo Câmara de Castelo Branco, em parceria com o Instituto Politécnico (IPCB), contou com a participação de 42 alunos da Escola Superior de Artes Aplicadas do curso de design de moda, da empresa Dielmar, dos estilistas Alexandra Moura e Luís Buchinho, para além de modelos profissionais, casos de Francisca Peres (nomeada para os globos de ouro) e Ruben Reis. A iniciativa contou ainda com a participação ativa da empresa Dielmar, que veste a seleção nacional de futebol. Luís Correia, presidente do município, diz que “o evento pretendeu promover o Bordado de Castelo Branco e ao mesmo tempo apoiar e envolver as empresas e todas as instituições ligadas à moda”. A ligação ao Bordado
de Castelo Branco permitiu aos estilistas Alexandra Moura e Luís Buchinho apresentarem dois coordenados femininos no desfile com aplicações do bordado. Também dois dos objetos associados ao bordado albicastrense, desenvolvidos no ano passado no âmbito de um workshop orientado por António Tenente, Maria Gambina e Nuno Gama foram apresentados. No fundo, diz Luís Correia, o desfile “vem reforçar tudo aquilo que está relacionado com a criatividade. Estamos a criar a Fábrica da Criatividade, a qual também estará ligada à moda”. O autarca adiantou ainda que Castelo Branco tem “uma dinâmica muito grande e uma estratégia bem definida. Por tudo isto, temos que dizer que Castelo Branco está na moda!”. Já Carlos Maia, presidente do
Instituto Politécnico de Castelo Branco, lembrou que “o desfile para além de envolver alunos da moda, contou também com a participação de estudantes dos outros cursos, como de comunicação audiovisual e de música. Esta é a matriz do ensino politécnico, assente numa forte ligação ao meio empresarial”. O presidente do IPCB destacou também a parceria com a “Câmara de Castelo Branco”, bem como a “vitalidade de um evento que tem acompanhado a Esart de forma ininterrupta”. Por sua vez, José Filomeno Raimundo, diretor da Esart, considerou que para a escola “esta iniciativa tem como principal objetivo centrar a formação em contextos reais e autênticos do meio laboral, constituindo-se como momento privilegiado de aproximação dos alunos e futuros profissionais ao meio empresarial”. K
IPCB
ESALD fez 68 anos
6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco assinalou os seus 68 anos de vida, através de um conjunto de atividades, entre as quais se destacaram a Feira de Saúde para Seniores, que decorreu nos dias 6 e 7 de junho. O aniversário que teve como lema “Castelo Branco, Cidade Saudável” abriu as portas da escola a uma mostra de produtos e artigos destinados aos seniores e à prestação de cuidados de saúde gratuitos a quem se deslocou ao Campus da Talagueira. Os laboratórios da escola realizaram também análises sanguíneas para avaliação da função renal, hepática e perfil lipídico; identificação de fatores de risco cardiovascular (rastreio de HTA, Glicémia capilar e Índice de Mas-
08 /// JUNHO 2016
Politécnico
IPCB tem nova página 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco acaba de lançar a nova página da instituição na Internet, que utiliza uma plataforma adaptada a diversos dipositivos eletrónicos com dimensões e resoluções variadas, nomeadamente tablets, smartphones e os tradicionais computadores de secretária ou portáteis. Desenvolvida para responder de forma rápida e eficaz às necessidades de disponibilização de
informação do IPCB e das suas 6 escolas superiores, a nova página pretende facilitar o acesso à informação dirigida a alunos e candidatos ao ensino superior, assim como a informação relacionada com as atividades de investigação, desenvolvimento e inovação, e prestação de serviços especializados. É ainda disponibilizada informação relacionada com a gestão da instituição, nas suas várias dimensões. K
IPCB
Conferência na Agrária 6 No âmbito do IV Ciclo de Conferências do Conselho TécnicoCientífico da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, realizou-se no passado dia 8 de junho uma conferência proferida pelo Professor Tamás Monostori, diretor do Instituto de Ciências Vegetais e Proteção Ambiental da Faculdade de Agricultura da Universidade de Szeged, Hungria, subordinada ao tema: “Plant biotechnology research at the Faculty of Agriculture of the University of Szeged, Hungary”. A iniciativa revestiu-se de gran-
de interesse, até porque a Biotecnologia Vegetal é uma área da ciência com a maior importância, contemplando desde as culturas com plantas geneticamente modificadas até à utilização dos metabolitos secundários produzidos pelas plantas. O grande potencial da biotecnologia nesta área é agora explorado de forma mais consistente. As principais áreas da Biotecnologia Vegetal são hoje em dia a cultura in vitro de células, tecidos e órgãos vegetais, as técnicas de clonagem e a obtenção de produtos naturais. K
IPCB
EST na WorldSkills
sa Corporal) e ainda um rastreio cardiorrespiratório (ECG + função respiratória). As comemorações integraram ainda uma “Aula Magistral de Anatomia: em busca da simetria”, e uma cerimónia com entrega de
prémios de mérito e louvor a docentes e funcionários da escola e as palestras com o tema “Envelhecimento na Beira Interior: Desafios e oportunidades para (Re) Pensar a Organização dos Serviços de Saúde”. K
6 A Escola Superior de Tecnologia do IPCB esteve representada na 42ª edição do WorldSkills Portugal – Campeonato Nacional das Profissões, através da participação do docente Pedro Nuno Silva, enquanto jurado na área de Multimédia – Animação 2D/3D. Realizada em Coimbra, capital das competências durante uma semana, esta competição contou com a participação de 400 jovens com idades compreendidas entre os 17 e os 25 anos, apurados à escala nacional em centros de emprego e formação profissional,
escolas profissionais, entidades formadoras e empresas, que mostraram o que de melhor se faz no nosso país no domínio deste tipo de formação. A competição envolveu a realização de provas que reproduzem situações reais de trabalho em 48 profissões dos mais diversos setores de atividade, tendo sido avaliadas pelo o júri as competências técnicas, a capacidade de planeamento e organização de tarefas, o rigor profissional, a gestão do tempo e o autocontrolo de cada concorrente. K
Modernização administrativa
IPCB ganha projeto de milhão
fotolegenda
Bênção das pastas 6 A tradicional bênção das pastas do Instituto Politécnico de Castelo Branco juntou milhares de
pessoas no passado dia 18 de junho, junto às piscinas municipais, entre alunos e familiares.K
Escola Superior de Tecnologia
Ciência Viva na EST 6 A Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco vai desenvolver atividades no âmbito do Programa Ciência Viva no Laboratório - Ocupação Científica de Jovens nas Férias, promovido pela Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica. Em nota enviada à Imprensa, o
Politécnico explica que a iniciativa se destina a alunos do ensino secundário (10.º ao 12.º ano). Assim, a Escola Superior de Tecnologia “irá realizar os estágios «SmartCities: Cidades inteligentes e a Internet das coisas», «F1 Racing Project», «Construir Robôs Móveis Inteligentes I» e «Construir Robôs Móveis Inteligentes II». K
Docente do IPCB lança livro
Alimentação no distrito 6 “A alimentação e identidade em contexto migratório: práticas e representações - um estudo de caso no distrito de Castelo Branco” é o novo livro de Maria do Céu Martins, docente da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco. A obra procura compreender até que ponto as práticas alimentares dos imigrantes do distrito de Caste-
lo Branco estão ancoradas nos seus elementos identitários e de pertença ou, pelo contrário se descolam desses elementos, para se encaixarem e interpenetrarem na cultura alimentar do país de acolhimento. O estudo afirma-se como um contributo para ajudar romper com algumas práticas do quotidiano, resultantes de uma visão da alimentação estritamente medicalizada. K
Castelo Branco
Politécnico gere Eramus + 6 O Consórcio ErasmusCentro, do qual o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) é entidade coordenadora, acaba de ver aprovada a candidatura apresentada à Agência Nacional Erasmus+, com a subvenção de um milhão 514 mil 560 euros, informou em comunicado o IPCB. Na mesma nota é referido que essa verba se destina à implementação no setor do Ensino Superior do Programa Erasmus+, durante o ano de 2016. O documento enviado à nossa redação explica que a candidatura
agora aprovada permitirá a atribuição de um total de 1009 bolsas de mobilidade internacional para estudos, estágios, missões de ensino e de formação, a distribuir por todos os parceiros do Consórcio Erasmus Centro. De referir que o Consórcio Erasmus Centro é o primeiro de âmbito regional criado em Portugal e abrange geograficamente o centro do país, num total aproximado de 46 mil estudantes dos Politécnicos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Viseu e Tomar. K
6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) viu aprovado o seu projeto S3iPCB no âmbito do Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação da Administração Pública (SAMA 2020) no valor global de um milhão 70 mil 957,06 euros. Uma verba que permitirá, entre outros aspetos, a instalação de uma rede de fibra ótica entre as cinco escolas situadas em Castelo Branco e uma rede de radiofrequência para a Escola Superior de Gestão, localizada em Idanha-a-Nova. Em nota enviada à nossa redação, o presidente do IPCB, Carlos Maia, explica que “este é mais um projeto estruturante que se insere na estratégia de desburocratização dos processos e de modernização do IPCB, e que vai permitir dotar a Instituição das tecnologias mais atuais”. No mesmo comunicado, é referido que o projeto permitirá o investimento em infraestrutura de comunicação de dados entre as 6 escolas do IPCB (rede de fibra ótica e ligação radiofrequência para a ESGIN em Idanha-a-Nova), a
modernização da rede wireless do IPCB, a evolução das suas aplicações de negócio (sistemas de gestão académica, gestão documental, repositórios de publicações académicas e gestão de bibliotecas) e a melhoria da interação com o público em geral (balcão único de atendimento e novo sitio
Web, a lançar ainda durante o presente mês de junho). Além disso, o projeto, prevê reforçar as caraterísticas de processamento e armazenamento do centro de dados do IPCB, assim como a virtualização dos postos de trabalho nos laboratórios das suas seis escolas. K
Docente da Esart conclui doutoramento
As cónicas e o design
6 O docente da Escola Superior de Artes Aplicadas, Joaquim Bonifácio, acaba de concluir o seu doutoramento com distinção e louvor, na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. Arquiteto de formação, Joaquim Bonifácio abordou na sua tese o tema: “Curvas Cónicas e Superfícies Geradas pelas Curvas Cónicas: Os seus Traçados Geométricos e Aplicações no Design”. Em declarações ao Ensino Magazine, Joaquim Bonifácio recorda que “o tema das curvas cónicas está presente em quase todas as áreas da vida humana sendo hoje uma das referências, por exemplo, na calibração na óptica, no reconhecimento de imagem em imagiologia médica e no projeto de automóveis e aeronaves, pelo que a sua importância para o design é inquestionável”. O investigador adianta que este foi o primeiro trabalho escrito em português “de reflexão global sobre o tema, partindo da antiguidade clássica e atualizando o conhecimento de acordo com as mais recentes publicações”. O arquiteto reforça o papel inovador do seu trabalho. “Tendose utilizado uma exposição virada para as utilizações práticas tem aspetos inovadores nos métodos
utilizados e em algumas propriedades enunciadas”, esclarece. Joaquim Bonifácio revela ainda que a tese foi “desenvolvida no âmbito da geometria aplicada ao design, mas com potencialidades de utilização em outras áreas como, por exemplo, na arquitetura, nas engenharias e na computação gráfica”. O professor da Esart diz nas suas conclusões que “na atualidade, com os avanços na computação gráfica, sobretudo expressos através do processo de projeto e produção assistidos por computador, cada vez mais se exige aos designers o aprofundamento de conhecimentos de diversas áreas, libertando-os de constrangimentos tecnológi-
cos do equipamento utilizado”. E acrescenta: “se é próprio da atividade profissional a busca da solução técnica para cada projeto concreto e, sobretudo, para a execução em produção, o projeto não deve ficar manietado pelos meios tecnológicos disponíveis, antes deve impelir à sua utilização criativa e transformadora, no contexto de inovação tecnológica da própria produção”. A tese de doutoramento foi desenvolvida com a orientação de Fernando José Carneiro Moreira da Silva, da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa e Vítor Manuel Bairrada Murtinho, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. K
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David Justino em castelo Branco
Economia Social
No educar está o ganho
Santarém com mestrado
6 A educação é a única forma de superar a crise nacional. A frase, mais atual que nunca, foi proferida por António de Sena Faria de Vasconcelos (1880-1939). O pedagogo natural de Castelo Branco continua a fascinar quem estuda as suas ideias para o setor, algumas das quais não envelheceram com o tempo. David Justino, antigo ministro da Educação, não duvida que Faria de Vasconcelos “é a figura mais proeminente nessa nova conceção de entender a educação como instrumento de desenvolvimento integral para um povo que apresentava níveis de atraso educativo excecionais”. O atual presidente do Conselho Nacional de Educação esteve em Castelo Branco a convite da Hisculteduca- Associação de Estudos Histórico-Culturais, Educativos e Patrimoniais para abrir um colóquio sobre o papel de Faria de Vasconcelos na conceção da chamada escola nova, o primeiro de vários que vão ser organizados. O fascínio por Faria de Vasconcelos começa logo na personalidade deste filho de juristas, que depois de tirar Direito para fazer a
6 O Politécnico de Santarém tem abertas, até 15 de julho, as candidaturas à quinta edição do Mestrado em Gestão de Organizações de Economia Social, da Escola Superior de Gestão e Tecnologia. Trata-se um curso pioneiro a nível nacional, que se destina a licenciados que trabalhem, ou tencionem
vir a fazê-lo, em organizações da Economia Social (IPSS’s, cooperativas, associações, fundações, mutualidades), enquanto dirigentes ou colaboradores. O curso encontra-se registado na Direção Geral do Ensino Superior e acreditado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (desde 2010). K
Portalegre debate
Literatura Infantil vontade ao pai “pegou no diploma e entregou-o, para dizer que pode ficar satisfeito que fiz aquilo que quis e agora vou fazer aquilo que eu quero”, conta David Justino, que considera esta uma “atitude interessantíssima”. O sonho é concretizado no estrangeiro, onde bebe os ensinamentos em educação, pedagogia e psicologia. “Ele vai combinar as vertentes desta paixão num trabalho muito aturado e acima de tudo com uma postura de inovação muito inte-
ressante”, diz David Justino. O reconhecimento vem primeiro lá de fora e só depois do seu país, onde regressa em 1920 numa época de grande agitação política e social mas também de grandes intenções na educação da República, que ficaram por concretizar devido à participação na Iª Grande Guerra, às doenças e à agitação política. “É muito difícil fazer grandes reformas com o sistema político e social completamente esgarçados”, defende David Justino. K
6 O II Seminário de Literatura Infantil e Educação (ambiental) decorreu na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portalegre a 10 de maio. Na sessão de abertura, o diretor da ESECS, Luís Cardoso, considerou que a iniciativa reflete o caminho mais adequado para a realização de uma
investigação de qualidade ao cruzar o trabalho em rede, a partilha de experiências, a divulgação de projetos de investigação e a sua associação à missão das Instituições de Ensino Superior em prol do desenvolvimento e do encontro de soluções para os desafios que emergem da comunidade envolvente. K
Esart e ACICB em projeto comum
Nova imagem de futuro 6 A Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco participou na elaboração do novo logotipo da Associação Comercial e Empresarial de Castelo Branco (Acicb), numa clara aposta no reforço da ligação com o tecido empresarial, e da Associação com o conhecimento. A roda dentada e as asas são os dois elementos que continuam a acompanhar a imagem de marca da centenária ACICB - Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa. Na sequência da alteração dos estatutos, devido ao alargamento da sua área de abrangência, a Associação Comercial, Industrial e de Serviços dos Concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão alterou a sua designação para a atual, correspondendo ao território da Beira Baixa, assim definido com a revisão da Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUT). Adelino Minhós, presidente da ACICB, explicou em conferência de imprensa que, sentida esta necessidade, foi lançado o desafio à Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), para que lançasse um concurso para a elaboração do
010 /// JUNHO 2016
Portalegre
Saber fazer na ESTG 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre (ESTG-IPP), promoveu a Semana da Profissionalização. Integrada no ano da profissionalização da ESTG-IPP, teve como objetivo reafirmar o lema “saber fazer” que norteia esta escola há 25 anos. A iniciativa integrou ao longo dos dias da iniciativa várias Publicidade
novo logotipo e imagem da Associação. “O desafio foi lançado, decorreu um processo criativo, com a participação dos alunos, que criaram uma imagem jovem e dinâmica, mas adaptada a uma associação que é centenária. Mas também queríamos reforçar esta ligação do mundo empresarial à academia, que consideramos ser cada vez mais pertinente e pode influenciar o futuro do país e da região”, sublinha. Daniel Raposo, docente da ESART, corroborou a visão de Adelino Minhós, frisando que “um en-
sino superior de qualidade também depende da sua ligação à indústria e à comunidade, apesar de não haver intenção de nos substituirmos às empresas que no mercado fazem este tipo de trabalho. Mas o desafio foi aceite com responsabilidade”. O júri avaliou e a proposta vencedora pertence à dupla de alunas Ana Carvalho e Joana Batista, que receberam 80 por cento do prémio destinado a este concurso, tendo o restante sido entregue à dupla que ficou em segundo lugar, Ana Miguéis e Adriana Cardoso. K
conferências, tendo começado com um debate sobre Ensino Superior Politécnico, que futuro?, onde participou o presidente do IPPortalegre, Joaquim Mourato, e o diretor geral do Ensino Superior, João Queiroz. A ligação o meio empresarial e ao mercado de trabalho, foram também temas em destaque no evento. K
Seis meses depois
BioBip com 18 projetos
ESECS
Diálogos na educação em Portalegre 6 A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portalegre recebeu, a 24 de maio, a iniciativa ‘Diálogos em Educação II – Crescer com bebés em cresce… mas também com famílias e profissionais de Educação’. Para debater a temática a co-
missão organizadora, constituída pelas Direções da Licenciatura em Educação Básica e do Mestrado em Educação Pré-escolar, convidou Teresa Matos, coordenadora do Colégio do Vale e membro da Associação de Profissionais de Educação de Infância. K
www.ensino.eu
6 A BioBIP- Bioenergy and Business Incubator of Portalegre apoia, após a sua inauguração, em novembro do ano passado, dezoito projetos de incubação. Em nota enviada ao nosso jornal, o Politécnico de Portalegre explica que “nos últimos seis meses, a incubadora do IPPortalegre dinamizou uma estrutura de suporte ao desenvolvimento de ideias de negócio e à criação de empresas que se traduz numa taxa de ocupação quase total”. No entanto, afirma a instituição, “a BioBIP continua a receber candidaturas para os três regimes de incubação que admite: incubação física, incubação virtual e incubadora services”. Nascida com recurso a uma candidatura ao InAlentejo, no âmbito do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia, a BioBIP é uma incubadora de base tecnológica que aposta, essencialmente, em projetos na área da bioenergia, mas também em ideias de negócio de outras áreas formativas do Politécnico de Portalegre. Os projetos incubados
contam com apoio de investigadores dos 4 núcleos de investigação da C3i- Coordenação Interdisciplinar para a Investigação e Inovação do IPP. A estrutura da BioBIP contempla, ainda, a BioBIP Energy: um centro de experimentação semiindustrial à escala piloto com apoio laboratorial que tem, neste momento, uma equipa a testar um gaseificador que permite utilizar diferentes tipos de biomassa, nomeadamente, resíduos florestais e agro-industriais.
O gaseificador tem capacidade para produzir até 15 kW/h, suficiente para alimentar uma casa de 4 pessoas diariamente. Este equipamento encontra-se disponível para apoiar empresas na tomada de decisões, como escolha de materiais biomássicos ou estudos de viabilidade. Com seis meses de atividade, a incubadora do Politécnico de Portalegre tem vindo a facilitar o crescimento de ideias de negócio, de forma a contribuir para o desenvolvimento do território. K
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Modernização e valorização do ensino politécnico
Nuno Mangas nomeado
6 Nuno Mangas, presidente do Politécnico de Leiria, integra o grupo de trabalho para a modernização e valorização do ensino politécnico, o qual tem por missão acompanhar e implementar o Programa de Modernização e Valorização do Ensino Politécnico, que pretende criar as melhores condições para a contínua valorização e impacto cultural, social e territorial deste subsistema de ensino superior. O despacho de nomeação pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, refere que “a diversidade da oferta científica e formativa é uma condição necessária para satisfazer as expectativas de uma população estudantil, também ela, diversa e com interesses e percursos distintos (…) importa valorizar ambos os subsistemas de ensino atualmente existentes e favorecer as melhores condições para a prossecução das suas missões específicas que, sendo distintas, são também complementares”.
ESECS
Turismo no Alentejo discutido em Portalegre 6 O Turismo no Alentejo foi o tema do debate realizado, a 25 de maio, no auditório da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portalegre, integrado no XIII Ciclo de Conferências de Turismo. Na sessão de abertura estiveram presentes a presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira, o presidente da Entidade Regional de Turismo, Ceia da Silva, o diretor da ESECS, Luís Miguel Cardoso e a
diretora da Licenciatura em Turismo, Elisabete Rodrigues. Durante o ciclo foram apresentados dois painéis com temas que passaram pelo ‘Património Mundial da Unesco no Alentejo’ e ‘Apostas Futuras: Eficiência e Sustentabilidade’. Na sessão de abertura, o diretor da ESECS salientou o valor estratégico do Turismo na região e a aposta forte que a Escola tem vindo a fazer e deseja consolidar nesta área. K
IPV Além de Nuno Mangas, o grupo de trabalho é formado por Eduardo José Castanheira Beira (Universidade do Minho), José Carlos Caldeira (presidente da Agência Nacional de Inovação), João Queiroz (diretor-geral do Ensino Superior), Pedro Do-
minguinhos (presidente do Politécnico de Setúbal), Sobrinho Teixeira (presidente do Instituto Politécnico de Bragança), Maria do Rosário Gambôa (presidente do Politécnico do Porto) e Maria Emília de Moura (adjunta do Gabinete do MCTES). K
O Dia de Civil assinalado em Viseu 6 O Departamento de Engenharia Civil da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu assinalou o seu dia a 25 de maio, numa cerimónia realizada no auditório da instituição, que incluiu uma conferência técnico-científica subordinada à temática da metodologia BIM – Building Information Modeling. Foram ainda entregues os prémios do concurso de ideias ‘Organização, Revitalização e Modelação de um Espaço Urbano’, inserido no projeto ‘Modelação Urbana – Novas Ideias para um Novo Impulso’, que o departamento desenvolve em parceria com a Associação para o Desenvolvimento e Investigação de Viseu, com o objetivo de divulgar e promover o CTeSP em Modelação e Gestão do Espaço Urbano. Nesta primeira edição participaram no concurso de ideias
os estudantes provenientes da Escola Secundária Felismina Alcântara (Mangualde), Escola Secundária de Nelas, Escola Secundária de Tondela, Escola Secundária Alves Martins (Viseu) e da Escola Secundária de Viriato (Viseu). As propostas a concurso estão expostas no Palácio do Gelo Shopping até 26 de junho. Durante a conferência foi também divulgada e promovida a nova oferta formativa, o Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Modelação e Gestão do Espaço Urbano, que visa formar profissionais habilitados a desenvolver a sua atividade em gabinetes de arquitetura e de engenharia, em empresas ligadas à construção e reabilitação de espaços urbanos, e em instituições que exerçam a sua atividade nos ramos da gestão urbanística. K
Guarda
Folhetos culturais de Leiria
IPL cria formatos acessíveis
6 O Politécnico de Leiria (IPLeiria) acaba de disponibilizar os folhetos culturais de diversos espaços emblemáticos da cidade em braille e linguagem pictográfica, numa iniciativa pioneira no País. Ao abrigo do novo projeto ‘Leiria de Todos + Acessível’, os folhetos do Castelo de Leiria, do Moinho de Papel, do mimo – Museu da Imagem em Movimento, do Centro de interpretação do Abrigo
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do Lagar Velho, e do Agromuseu Dona Julinha estão agora disponíveis para pessoas cegas e para pessoas com incapacidades intelectuais. A iniciativa, única no país, conta com a colaboração da Câmara de Leiria, e surge de um trabalho conjunto de diversas plataformas do IPLeiria: os estudantes do mestrado em Comunicação Acessível, o Centro de Investigação em Inclusão e Aces-
sibilidade em Ação e o Centro de Recursos para a Inclusão Digital. O projeto tem como principal objetivo contribuir para uma acessibilidade plena de todos os cidadãos, colocando assim a cidade de Leiria na vanguarda da inclusão, abordando a comunicação acessível através de vários olhares e em vários contextos, para que se atinja uma perspetiva holística do fenómeno. K
Curso de Verão “Eu sou Engenheiro” 6 O Instituto Politécnico da Guarda realiza de 4 e 8 de julho, a atividade denominada “Eu sou engenheiro”. Esta iniciativa tem como objetivo promover junto dos alunos do ensino secundário e profissional um conjunto de atividades que lhes permitam experimentar as diversas áreas da Engenharia.
Podem frequentar este curso de verão todos os alunos que frequentem o 10º, 11º e 12ºº anos de escolaridade, devendo candidatarse até ao próximo dia 24 de junho. A frequência deste curso é gratuita e a inscrição pode ser feita online em www.eusouengenheiro. ipg.pt, onde os interessados podem obter mais informações. K
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IPL-Indústria
Três anos em balanço
6 O Politécnico de Leiria (IPLeiria), a Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI) e a Associação Nacional da Indústria de Moldes (CEFAMOL), realizaram no dia 8 de junho o IV Encontro IPL-Indústria, onde foi feito o balanço das atividades realizadas no âmbito da cooperação entre as três entidades, mais de um milhar neste período. Nesta ocasião foram igualmente anunciadas 27 bolsas de estudo que 21 empresas da região irão atribuir no próximo ano letivo a estudantes que ingressem no IPLeiria, e teve ainda lugar uma conferência subordinada ao tema ‘A importância do conhecimento na inovação empresarial’, proferida por José Carlos Caldeira, presidente da Agência Nacional de Inovação. No balanço destes três anos de parceria, Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, apresentou os dados do trabalho desenvolvido na ligação academia/empresas, da qual resultaram 230 visitas de estudo, 128 estágios extracurriculares de verão, 62 estágios curriculares nas empresas de licenciatura e 76 de mestrado, 51 projetos de final de curso de licenciatura, 46 trabalhos de unidades curriculares diversas de licenciatura, e 134 trabalhos de investigação e de projeto de mestrado, num total de cerca de 730 projetos. No âmbito de promoção e disseminação do conhecimento, foram realizados 238 seminários, workshops e aulas abertas, cinco ações de formação para colaboradores de empresas, 63 reuniões com empresários, e 55 prestações de serviço a empresas da região – mais de 360 iniciativas. Foram ainda criados 20 empregos no âmbito do projeto ‘Passaporte Emprego 3i’, e 56 através da ‘Bolsa de Em-
prego NERLEI’. Até ao momento foram contempladas as áreas das engenharias mecânica, automóvel, informática, eletrotécnica e de computadores, engenharia e gestão industrial, marketing, contabilidade e finanças e design industrial. A identificação de novas bolsas continuará até ao início do ano letivo, sendo que, à data do Encontro, o número de bolsas e empresas ultrapassa já o do último ano que totalizou 24 bolsas atribuídas por 19 empresas. “Decorridos três anos de parceria no âmbito do protocolo com a NERLEI e com a CEFAMOL, o balanço das ações desenvolvidas em cooperação é cada vez mais revelador do sucesso desta colaboração e continua a potenciar o desenvolvimento de muitas atividades e projetos relevantes, quer na academia, quer nas empresas associadas”, destaca Pedro Martinho, diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria (ESTG/IPLeiria). Neusa Magalhães, secretária geral da NERLEI, sublinha que “o protocolo IPL-Indústria veio contribuir para reforçar a aproximação entre a academia e a indústria, que tem sido fundamental para formar e reter quadros mais qualificados na região. Além disso, tem criado condições para que o conhecimento que é gerado no nosso Politécnico de Leiria seja colocado ao serviço das empresas, potenciando a investigação e a inovação, e desta forma contribuindo para a competitividade das empresas da região”. Manuel Oliveira, considera que “num momento em que a indústria de moldes atravessa um momento de expansão e crescimento, torna-se fundamental a integração
de jovens técnicos qualificados nas empresas do setor. O Protocolo IPL-Indústria e os resultados já alcançados reforçam este propósito, demonstrando o valor da colaboração entre academia e o meio empresarial, alicerçando as oportunidades de empregabilidade existentes”. K Publicidade
www.ensino.eu JUNHO 2016 /// 013
Rendimento desportivo
Laboratório na Guarda 6 No Instituto Politécnico da Guarda está a funcionar um laboratório de avaliação do rendimento desportivo, exercício físico e saúde (LABMOV). Este laboratório tem por missão o desenvolvimento de projetos de investigação no âmbito do rendimento desportivo, exercício físico e saúde, em estreita relação com a comunidade externa ao IPG e suas necessidades. De acordo com Carolina Vila-Chã (diretora do curso de desporto do IPG e coordenadora do LABMOV) é “também com base nesta missão que o laboratório abre as suas portas à comunidade desportiva, prestando serviços no processo de avaliação e controlo do treino, bem como consultadoria no desenvolvimento do processo de treino.” Como exemplo desta prática, aquela docente do IPG sublinha a recente colaboração com a Academia de Futebol da Prozis no proces-
so de avaliação fisiológica (testes de avaliação da composição corporal, da força máxima, da potência muscular, potência anaeróbia, da agilidade, entre outros testes) dos seus atletas, equipa que se sagrou campeã distrital da AF de Braga, no primeiro ano de existência.
“O LABMOV pretende também distinguir-se na avaliação e controlo do processo de treino de atletas de modalidades de cariz mais aeróbio, como a corrida de média/longa distância, ciclismo, natação e triatlo”, acrescentou, ao nosso jornal, Carolina Vila-Chã. K
Diploma pelo IPG ganha
Prémio de Design em Milão
6 Rafaela Luis, diplomada pelo Instituto Politécnico da Guarda, recebeu, no passado dia 8 de junho, um prémio internacional, na área do Design. O Prémio “A´Design Awares & Competition”, atribuído à sua marca Kalira Design, foi em Milão (Itália). A peça, premiada, desta jovem designer intitula-se “Marilyn sofá”, sendo inspirada na icónica Marilyn Monroe e no seu famoso vestido branco.
Rafaela Luís, cuja empresa designada Kalira Design está alojada na estrutura do Policasulos existente no Politécnico da Guarda, escolheu o IPG, e o curso de Design de Equipamento, pela qualidade que lhe reconheceu e por “acreditar que não existem maternidades de génios e isto é a prova. Tive a minha formação na Guarda, no IPG, estou formada e estou a ser reconhecida internacionalmente”. K
Fórum
IPG debate toponímia
6 O V Fórum sobre Toponímia vai realizar-se a 28 de outubro de 2016, promovido pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG). A submissão de comunicações pode ser feita até ao próximo dia 20 de agosto, no sítio do Fórum na internet, em http://www.ipg.pt/toponimia/, onde os interessados em participar devem fazer a sua inscrição (gratuita mas obrigatória). Esta iniciativa do IPG tem por objetivo incrementar o estudo/divulgação através de diversificadas e distintas perspetivas que, globalmente, propiciem a Guarda da memória e um melhor conhecimento da toponímia.
014 /// JUNHO 2016
Promovido pela ESTH/IPG
Simpósio sobre Inovação em Turismo 6 A Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Instituto Politécnico da Guarda promove nos dias 6 e 7 de dezembro a quarta edição do ISITH - International Symposium on Innovation in Tourism and Hospitality, informou em nota de Imprensa o Instituto Politécnico da Guarda. Esta iniciativa procura continuar a debater e refletir as dinâmicas associadas ao Turismo, à Hotelaria e à Restauração, em particular as orientações, estratégias, tecnologias e produtos/serviços que, pelo seu carácter inovador, vantagens competitivas alcançadas, melhorias formativas ou novas lógicas, se constituem como processos valorativos destas áreas e como fatores que fomentam iniciativas para um profundo conhecimento das tendências atuais. A Inovação em Turismo, Hotelaria e Restauração será o tema central deste simpósio, a realizar na cidade de Seia, no decorrer do qual vão ser analisados e debatidos e temas como “Saúde”, “Bemestar e Acessibilidade”, “Cultura”, “Gastronomia e Vinho”, “Ensino e Tecnologia” e “Experiências em Territórios de Montanha”. O vice-presidente do IPG, Gon-
IPG
Ofícios Tradicionais: da lã ao burel 6 “Turismo de Aldeia - ofícios tradicionais: da Lã ao Burel” foi o tema do workshop que a Escola Superior de Turismo e Hotelaria (Seia) do Instituto Politécnico da Guarda promoveu nos dias 13 e 14 de junho, no auditório daquele estabelecimento de ensino. Para os responsáveis por esta iniciativa, o modelo de desenvolvimento integrado e participado de Turismo de Aldeia “poderá ser um instrumento relevante de políticas públicas e de governança dos territórios de interior, pelo que é necessário discutir o paradigma dominante Publicidade
Este fórum vai decorrer, a partir das 9H30, no auditório
dos serviços centrais do Instituto Politécnico da Guarda. K
çalo Fernandes, considerou que “as novas dinâmicas que influenciam o desenvolvimento do sector turístico, resultantes dos diferentes comportamentos da procura e da oferta, bem como de novas racionalidades da conjuntura económica, ambiental e sociocultural, implicam novos modelos de planeamento e desenvolvimento do turismo, a produção de informação e a conceção de lógicas e de instrumentos de gestão adequados para a transferência de conhecimento e a consolidação das vantagens competitivas e sustentabilidade”. Daí que o International Symposium on Innovation in Tourism and Hospitality vá “refletir sobre os atuais desafios do setor, as tipologias de produtos turísticos, a importância da tecnologia e inovação e as especificidades dos destinos, congregando para o efeito a participação de especialistas nacionais e internacionais” Até 31 de agosto de 2016 poderão ser apresentados resumos e artigos à Comissão Científica do ISITH para posterior publicação numa edição especial da Revista Egitanea Sciencia do Instituto Politécnico da Guarda. K
e as correspondentes políticas de desenvolvimento turístico a nível regional e local.” Em análise estiveram os modelos de desenvolvimento turístico das Aldeias de Montanha, das Aldeias do Xisto, das Aldeias Históricas de Portugal, entre outros novos projetos de Turismo de Aldeia, quer na região Centro quer na região Norte. Com este workshop pretendeu-se sublinhar “o potencial do burel e de outros ofícios tradicionais, do património industrial dos lanifícios na região e as novas dinâmicas turísticas potenciadas”. K
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www.IPCB.Pt JUNHO 2016 /// 015
Um caso de sucesso entre os jovens portugueses
Feromonas, o YouTuber português
CARA DA NOTÍCIA 6 O “fenonástico” Miguel Campos «Olha, é o “Feromonas”», diz uma criança. «Quem?», questiona, surpreso, o pai. Este diálogo ouviu-se vezes sem conta na tarde de 10 de junho, na Feira do Livro de Lisboa. O pavilhão da Editora Manuscrito foi dos mais participados do Dia de Portugal com dezenas de crianças ansiosas e desejosas de obter um autógrafo de Miguel Campos, perdão, “Feromonas”, o jovem de 24 anos, responsável por ser o maior fenómeno português no You Tube e que o ano passado editou “O Livro do Feromonas – 35 desafios fenonásticos para partilhar nas redes sociais”. Viciado em gadgets e jogos, Miguel Campos criou o seu canal em Outubro de 2011, inspirando-se, numa fase inicial no Minecraft, o videojogo da Microsoft – uma espécie de lego digital que permite ao jogador construir mundos virtuais – que foi o pontapé de saída para os cerca de 2500 videojogos que colocou online ao longo destes anos. Os seus “fenoninhos” e “fenoninhas”, fãs, trocado por miúdos, encontram-se espalhados em Portugal e no Brasil, sempre à espera da suas fórmulas “fenonásticas”, leia-se fabulosas. K
6 Miguel é o nome próprio. Campos o apelido. Mas todos os “fenoninhos” o conhecem por “Feromonas”. Uma entrevista “fenonástica” para ler do princípio ao fim. Miguel Campos para os mais próximos, mas o resto do mundo conhece-o por “Feromonas”. Como lida com esta dupla personalidade? Considero que “Feromonas” é uma das minhas vertentes, como pessoa. Comecei de forma introvertida, como sempre fui, e cresci, ganhei confiança, fruto do êxito e da aceitação do meu trabalho como YouTuber. Tudo isso foi um processo gradual que fez com que aumentasse o meu leque de público que diariamente assiste aos meus vídeos. Foi, se quiser, uma bola de neve que cresceu e que teve como consequência a melhoria e
016 /// JUNHO 2016
o aperfeiçoamento dos conteúdos que produzo. É uma pergunta inevitável, como surge este nickname ou nome artístico: “Feromonas”? Foi algo súbito e ao mesmo tempo interessante. Inicialmente na internet eu era conhecido por “Fenomenal”, que era uma habilidade num jogo online que eu jogava. Eu tinha um amigo meu que era o Jeans, que achava esse nome vulgar e presunçoso, e começou a chamar-me vários tipos de nomes começados pela letra «F». Dá para imaginar, não é? Até que um dia surgiu o “Feromonas”. Não fazia ideia do que era, mas soou- -me bem e acabou por ficar. O seu canal no YouTube apresenta
números impressionantes: quase 3 milhões de subscritores e mais de 400 milhões de visualizações. Sente satisfação e estupefação ao mesmo tempo pela dimensão estatística? Sem dúvida, é impressionante. Isso deve-se especialmente ao grande apoio da comunidade portuguesa e, claro, também da comunidade brasileira ao trabalho que eu tenho vindo a desenvolver ao longo dos anos. É super gratificante. Os seus fãs estão em grande parte no Brasil? Sim, praticamente metade. A comunidade portuguesa cresceu p’ra caramba nos últimos tempos, mas isso também se deve ao grande salto que dei para captar o interesse do público no meu país, tanto nos vídeos que produzo no canal, como
nos filmes em que tive oportunidade de participar. Qual a diferença entre os público dos dois países? Basicamente nenhuma. A recetividade é muito idêntica. Tanto os portugueses como os brasileiros gostam de se divertir com algo que seja hilariante. Quantas horas trabalha por dia nos seus vídeos? A média é demorar 4 a 6 horas por vídeo e eu costumo fazer dois vídeos por dia. Tem sido um trabalho completo e em contínuo, que se tem focado muito no “gaming”, que é a parte com a qual eu mais me identifico. Também procuro participar em eventos internacionais para aprender com no- ;
vas experiências e procurar mostrar o meu trabalho além-fronteiras. Considera que integra o grupo de poucos portugueses que se dá ao luxo de fazer o que gosta e ainda por cima ainda lhe pagam por isso? Sim, sem dúvida. É completamente verdade. É a minha praia. Nunca pensei chegar onde cheguei e que me pagassem por aquilo que faço. YouTuber é mais do que uma profissão, um hóbi que dá dinheiro? É mesmo isso. Mas quero recordar que quando comecei, há seis anos, estive três anos a zero em termos de receitas. Fazia mesmo por carolice. Era o meu hóbi. Adorava ir ao YouTube e aprender com os que produziam conteúdos com o único objetivo de alegrar os outros. Neste momento, é a minha profissão e ao mesmo tempo um hóbi, que diverte os outros e a mim e me permite ganhar algum dinheiro. O target principal do seu público cifra-se entre os 7 e os 14 anos, que são aqueles a que chama os “fenoninhos” e “fenoninhas”. Que cuidados e cautelas tem na mensagem que transmite para um público numa fase crucial de crescimento e formação de personalidade? Fico super contente quando os pais se dirigem até mim e dizem: «excelente trabalho!». Elogiam o registo de língua cuidado, o nível de responsabilidade dado o público-alvo, etc. No fundo, reconhecem que é possível fazer uma espécie de comédia, ou seja, divertir, sem ofender e sem dizer asneiras. Nós, de certa forma, somos influenciadores da palavra e é fundamental que tenhamos noção do alcance do que dizemos e do que fazemos. O YouTube foi a plataforma que o lançou para o topo. Com o evoluir da tecnologia e das plataformas associadas, o YouTube poderá ser, dentro de alguns anos, espelho do mundo, com maior número de visualizações e espectadores do que os próprios canais de televisão? Acredito que sim. Estou super confiante nesse trajeto. Portugal apanha muitas
“trends” americanas, para bem ou para mal, e creio que antes de chegar cá, esse percurso vai acontecer primeiro nos Estados Unidos e noutros países na vanguarda das novas tecnologias. Portugal vai acabar por tomar o mesmo caminho, mas acredito que ainda vá demorar alguns anos. Acho que já sou considerado um dos pioneiros do YouTube em Portugal, especialmente pelo contributo que dei para tornar esta ferramenta um veículo privilegiado para as marcas se promoverem.
Que fórmula “fenonástica” é que Portugal precisa para sair na crise em que mergulhamos? Com o que foi feito nos últimos quatro anos, com o governo Passos Coelho, estava-se a ver que Portugal estava a sair da crise. Não tenho dados concretos que me permitam dizer o que está a acontecer agora com o governo de António Costa, mas independentemente disso, creio que o nosso país vai ter muita dificuldade em
sair do poço em que caiu a nossa economia. Apesar disso, acho que estamos a ir pelo caminho certo e o pior já passou. Mas a recuperação será lenta. As pessoas com aptidões e qualificações acima da média, como é o seu caso, têm tendência a ser convidadas para projetos internacionais. Admite que o seu futuro a curto prazo pode ser lá fora? Com a melhoria da economia era previsível que
mais microempresas e mais postos de trabalho fossem criados, mas não creio que nos quatro anos se vá ver uma tendência de crescimento significativa para grandes oportunidades internamente na minha área de trabalho. Portanto, nos tempos mais próximos creio que se tivesse uma oportunidade a não desperdiçar seria, certamente, no estrangeiro. Enquanto não surge essa oportunidade, é continuar
no YouTube e aumentar a participação no voice-acting que estão nos seus projetos imediatos? Sem dúvida. Quanto ao canal posso prometer aos que me acompanham que vai continuar a ter conteúdos, todos os dias do ano, dia de Natal incluído, até porque normalmente nessas alturas festivas aumenta o pico de visualizações. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H
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Tem 24 anos, está a estudar redes de comunicações e quer ser engenheiro informático. Tem tempo para conciliar os estudos e esta atividade que lhe ocupa 365 dias por ano? Hoje em dia é cada vez mais complicado. Decidi dedicar-me, quase a tempo inteiro, ao YouTube, o que permite tempo apenas para realizar exames e frequências. Quero continuar focado no que faço profissionalmente, até porque sei que é uma paixão que vai durar muitos anos, mas também estou ciente que é importante, mais tarde ou mais cedo, concluir o meu curso na universidade. Até porque é uma área que me diz muito, visto que gosto de jogar vários jogos que são baseados em servidores e hoje em dia poder utilizar conhecimentos e habilidades que aprendi na faculdade – para além dos outros que continuo a aprender como autodidata – vai ser de grande utilidade no futuro. Não esconde o seu gosto pela vertente de entertainer que esta atividade lhe permite. Onde é que os seus sonhos lhe dizem que pode estar quando tiver 30 anos? Muitas pessoas dizem- -me logo que o passo seguinte é passar para a televisão. Não acho nada. Quero ficar no YouTube até quando sentir que estou a produzir conteúdo divertido e que diverte os outros, mas não escondo que gostaria de abrir outras portas, como, por exemplo, fazer voice-acting, dar voz a personagens, tanto em filmes de animação, como em jogos. Finalmente, em relação ao país que o viu nascer e presumo queira dar o seu melhor ao longo da sua vida.
JUNHO 2016 /// 017
Edição RVJ Editores
Uma vida por dois continentes 6 Alfredo da Silva Correia, apresentou no passado dia 17 de junho, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, o livro “Uma Vida por Dois Continentes e Uma Visão do Estado da Nação”. A obra, que tem a chancela da RVJ Editores, apresenta-se como uma autobiografia do seu percurso pessoal, profissional, académico e associativo, mas também de intervenção cívica, dedicando dois capítulos ao Estado da Nação nos quais, de uma forma muito bem fundamentada, mostra a sua visão e apresenta algumas propostas de soluções. A apresentação do livro esteve a cargo de Maria de Lurdes Barata, que explicou detalhadamente a obra, onde é retratada a vida do autor. Perante um auditório completamente cheio, o autor também falou sobre este seu livro, editado a nível nacional, que surge na sequência de uma primeira edição que foi distribuída aos amigos, por ocasião das suas bodas de ouro. “Na altura, admirados com o que liam, recebi desafios para que a publicasse, já que se trata de uma vida que se podia constituir num bom exemplo, sobretudo, para os jovens. Ponderei o desafio e predispus-me a fazê-lo, adequando e acrescentando-lhe as minhas vivências desde o período em que então conclui o livro sem fins comerciais, até ao dia de hoje”, disse. O autor recordou que teve “uma vida bem cheia de experiências e deixá-las escritas será, assim o penso, sempre salutar. Pelo menos os meus descendentes não deixarão de ter gosto em saber das suas Publicidade
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origens, e talvez até em aprender com as experiências de um familiar que nasceu bastante pobre, foi aos 19 anos trabalhar no sertão africano, com a descolonização perdeu tudo o que tinha e regressou, em 1974, à sua terra natal onde teve de construir, a partir do zero, uma nova vida”. Também Luís Correia, filho do autor e presidente da Câmara de Castelo Branco, de uma forma emocionada falou da obra, destacando este percurso. Economista, Alfredo da Silva Correia (76 anos) desempenhou, entre outras, as funções de presidente do NERCAB, da Associação Comercial e Empresarial de Castelo Branco, da Associação Nacional de Transportes Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP) e da Rodoviária da Beira Interior SA. Sempre atento ao mundo que o rodeia e ao país, Alfredo da Silva foi também mar-
cando a sua posição através de muitos artigos de opinião escritos na imprensa, com especial destaque no Semanário Reconquista. Sendo um livro feito por alguém que não se considera escritor, descreve em 350
páginas, de uma forma ímpar, as suas memórias desde a década de 40, apresentando aspetos relevantes não só sobre a sua vida e a vida da nossa região, mas também apresenta uma visão do estado da nossa nação. K
Felgueiras
P.Porto com muita pinta 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras associou-se mais uma vez à PINTA, uma iniciativa da Câmara Municipal de Felgueiras, revela o o site do Politécnico do Porto. A PINTA é uma atividade educativa que conta já com sete edições, sendo um dos maiores concursos de pintura do país. Este ano a PINTA contou com a participação de mais de mil crianças, que deram largas à
imaginação pintando a amizade no passado dia 1 de junho, celebrando-se assim o Dia Mundial da Criança. O concurso — que tem como objetivo promover as artes plásticas incentivando a apresentação de trabalhos de pintura junto da população entre os cinco e os 16 anos, alertando-as para a importância da causa, de atos históricos ou de valores — decorreu entre os dias 30 de maio e 4 de junho. K
Um ano depois
Porto design factory 6 A Porto Design Factory celebrou o seu 1.º aniversário com a presença do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira. A iniciativa constituiu uma oportunidade para mostrar o que se fez durante um ano, que trabalhos se estão a desenvolver para empresas internacionais ou PME locais e os programas de co-criação desta plataforma educativa experimental do Politécnico do Porto. (P.PORTO). Para Rui Coutinho, coordenador do projeto este foi sobretudo o momento para perceber “como estamos, a partir do Porto, a trabalhar de forma global, com um impacto global”. Durante a visita, Rui Moreira teve a ocasião de conhecer e falar em direto com estudantes a
partir de três fusos de horário e em três continentes diferentes. São estudantes do P.PORTO, em direto de Tóquio, Helsínquia e Palo Alto, todos eles na fase final de projetos referência da Porto Design Factory.
“É possível ter um impacto, um alcance e uma ambição global a partir do Porto, não precisamos de sair do Porto”, sublinha ainda Rui Coutinho, reiterando como hoje “o nosso slogan Go Global, Stay Right Here, nunca fez tanto sentido."K
Protocolo de cooperação
Saúde em Português 6 O Politécnico da Guarda e a organização não-governamental Saúde em Português assinaram, recentemente, um protocolo de cooperação. Entre outros objeti-
vos está a colaboração em programas de ação conjunta de apoio à comunidade académica, mormente a alunos oriundos de países de língua oficial portuguesa. K
Oceans Business Week
IP Tomar presente 6 O Laboratório de Arqueologia e Conservação do Património Subaquático (lacps.ipt), do Instituto Politécnico de Tomar, esteve presente na exposição Oceans Business Week, realizada de 2 a 4 de junho, no Centro de Congressos de Lisboa, com um stand onde apresentou os projetos em desenvolvimento no âmbito do Património Cultural Subaquático. O lacps.ipt tem empreendido vários trabalhos de investigação que se prendem a nível da arqueologia, da conservação subaquática e da educação patrimonial, contribuindo para um maior reconhecimento e valorização do mar e do património cultural que ele esconde. “Temos de olhar o mar com mais atenção, de forma a poder reforçar a nossa identidade”, menciona a arqueóloga e responsável pelo Laboratório, Alexandra Figueiredo docente do Politécnico de Tomar. Para levar a cabo tal pressuposto “é preciso educar”, refere.
Atualmente instalado num recente espaço cedido pelo Município de Alvaiázere, o lacps.ipt dá os primeiros passos para garantir um futuro mais esclarecido sobre o Património Arqueológico Subaquático. Segundo Alexandra Figueiredo, “durante as últimas décadas temos estado mais preocupados em olhar para a Europa, querendo imitar os nossos países vizinhos, do que em valorizar aquilo que nos diferencia”, reforçando que “um país rico é aquele que sabe valorizar e potenciar os seus recursos. Nesta medida, Portugal ainda tem um longo caminho pela frente, ainda que nestes últimos anos esta questão esteja a começar a ser alvo de atenção.” Com projetos atualmente em Portugal e no Brasil, o lacps.ipt promete empenhar-se no desenvolvimento de atividades que, para além da investigação e da prestação de serviços, cumpram os objetivos de uma educação patrimonial. K
III Ciência em Férias IPV 2016
IP Viseu não pára 6 O Politécnico de Viseu vai avançar com a terceira edição da iniciativa Ciência em Férias IPV, a partir de 27 de junho, no Campus da instituição, com o objetivo proporcionar aos estudantes do ensino básico e secundário um programa organizado de caráter educativo, cultural, tecnológico e científico, mas também lúdico e de descoberta de áreas formativas que se enquadrem nas preferências e aptidões para o seu futuro percurso académico. O projeto decorre em dois momentos distintos, direcionados a diferentes públicos. A primeira semana do evento, de 27 de junho a 1 de julho, destina-se aos participantes com idades compreendidas entre os 10 e os 12 anos de idade. A segunda semana, de 4 a 8 de julho, tem como destinatários os participantes a partir dos 13 anos de idade, ou que os completem no ano civil em curso. Cada grupo de participantes
usufrui de uma semana plena de atividades científico-pedagógicas em diferentes áreas do saber e muita diversão, mas também de cultivo e fomento de espírito de grupo, trabalho em equipa e sociabilização. As atividades a realizar abrangem áreas e temáticas tão diversificadas como brincar com a ciência, informática divertida, gestão de redes sociais, construção de um jardim portátil em material reciclado, a magia da química ou uma curta viagem pelo mundo dos jogos e desafios matemáticos. São ainda oferecidas outras atividades, tais como a construção de um rádio de cristal, ateliê de suporte básico de vida, jogando e pensando: procurando a matemática escondida, ateliê de jornalismo, visita à quinta da alagoa e à lagoa das garças, encontros com a engenharia - pensar e projetar a cidade, geocaching, ateliê de educação para a cidadania, visita ao canil e ao centro de
enfermagem veterinária, o mundo das abelhas, a cor dos alimentos, ateliê de sensibilização para a amamentação, extração de óleos essenciais, do planear ao construir, programar! e porque não!?, do projeto ao objeto, a energia e a preservação do planeta, peddy paper, ateliê: recriar um hospital, visita ao parque zootécnico. A sessão de encerramento está agendada para o último dia de cada um dos grupos, na Aula Magna do IPV, e contempla a entrega dos certificados de participação e ofertas institucionais, bem como um momento cultural criado por Zé Mágico, que mistura a arte da ilusão com a cénica teatral. As inscrições estão abertas a partir do dia 8 de junho e decorrem até ao próximo dia 22 de junho, inclusive, e são limitadas por ordem de registo a um número máximo de 70 participantes por cada um dos grupos etários. K Joaquim Amaral _
JUNHO 2016 /// 019
Politécnico de Setúbal
Campeonato Universitário de Futebol 7
300 recebem diploma
6 Os mais recentes graduados pelo Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) receberam, no dia 4 de junho, as suas Cartas de Curso de licenciatura e de mestrado, numa cerimónia que decorreu no campus de Setúbal e na qual o presidente da instituição, Pedro Dominguinhos, felicitou os graduados pela conclusão dos seus estudos, referindo que “esta cerimónia celebra o concluir de um processo intenso e esforçado e com muito empenho, por isso queremos reconhecer o trabalho de todos vós, que revelaram uma capacidade ímpar de concretizar o vosso objetivo, capazes de colocar o seu conhecimento e as suas competências ao serviço da sociedade”. O presidente do IPS convidou também os graduados a integrarem a Rede Alumni IPS “através da qual receberão um cartão alumni que vos dará acesso a vários benefícios e atividades”, adiantando ainda que, no âmbito da rede, será atribuído “um prémio para distin-
cenciatura em Desporto e do curso de Mestrado em Ciências do Desporto. Por seu turno, a equipa feminina do Politécnico da Guarda alcançou um honroso terceiro lugar, neste Campeonato Nacional Universitário de Futebol 7. K
Europa a seus pés guir o diplomado do IPS que, em cada ano, se distingue na sua carreira profissional”. A presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, considerou que a cerimónia reveste-se de elevada pertinência, pois “significa que o nosso Instituto Politécnico de Setúbal com as suas cinco Escolas Superiores tem feito um trabalho magnífico, excelente e que está agora com-
provado com o número de graduados que estão a sair destas Escolas e para o nosso município é extremamente importante a sua existência que traz até Setúbal tantos jovens que aqui acabam por fazer os seus cursos”. A cerimónia encerrou com a atuação da T.A.S.C.A. – Tuna Académica de Setúbal Cidade Amada da Escola Superior de Ciências Empresariais do IPS. K
O treino e a ciência
020 /// JUNHO 2016
6 A equipa masculina do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) sagrou-se campeã nacional no Campeonato Universitário de Futebol 7, que decorreu em Faro entre 17 e 19 de Maio. Esta equipa é constituída por estudantes do curso de li-
Diplomado do IPS é campeão
I Congresso de Futebol no Politécnico da Guarda 6 O I Congresso de Futebol decorreu no Instituto Politécnico da Guarda (IPG), no passado dia 26 de maio, tendo como tema “O treino do futebolista: um espaço de confluência entre a ciência e a prática”. Este congresso contou com a participação dos selecionadores nacionais de futebol feminino (Francisco Neto) e sub-18 masculinos (José Guilherme), diretor técnico nacional da FPF (Silveira Ramos), treinadores com experiência nas ligas profissionais (Ricardo Chéu) e distritais (Rui Nascimento) e analistas do jogo (Nuno Leite); nos cerca de 200 participantes destacou-se a forte presença de treinadores, estudantes, licenciados em desporto e dirigentes desportivos. As comunicações proferidas versaram temáticas muito diferenciadas como “o desenvolvimento do futebol feminino em Portugal, a implementação de uma ideia de jogo e avaliação e controlo do treino”. Por outro lado, foram realizadas duas sessões práticas, no campo de futebol do Zâmbito, com propostas metodológicas de exercícios adequados ao treino de manutenção da posse de bola (Carlos Sacadura) e indicadores de pressão e transição ofensiva (António Barbosa).
IPG é campeão
6 O selecionador nacional Hélio Sousa, natural de Setúbal e diplomado em Desporto pela Escola Superior de Educação de Setúbal, sagrou-se Campeão Europeu de Futebol Sub-17, a 21 de maio. A Seleção Nacional de Sub-17 disputou a final do campeonato no Azerbaijão, frente à Espanha, após um percurso vitorioso, sem sofrer golos, num jogo que se decidiu através das grandes penalidades (5-4) após o empate de 1-1. Hélio Sousa alcança assim o 6º título para Portugal na categoria de sub-16/17, treze anos depois do último título conquistado em 2003 em Viseu. Enquanto atleta, Hélio Sousa, foi também campeão do mundo de Sub-20 em Riade. K Publicidade
Um aspeto inovador que caracterizou estas sessões foi a recolha de dados, por GPS e cardiofrequêncímetros, que caracterizaram a “carga” a que os atletas estiveram sujeitos na realização dos exercícios. Estas informações foram, de imediato, sujeitas a tratamento pelos alunos do curso de mestrado em Ciências do Desporto (ramo de treino desportivo) do IPG que posteriormente foram apresentados e analisados pelo docente da área de avaliação, controlo e planeamento do treino desportivo do IPG (Pedro Esteves) A investigação em avaliação e controlo do treino em futebol, que
tem sido realizada no Laboratório de avaliação do rendimento desportivo, exercício físico e saúde do IPG (LABMOV), deu origem a uma comunicação de Carolina Vila-Chã (diretora do curso de desporto do IPG e coordenadora do LABMOV), na qual demonstrou a aplicabilidade dos equipamentos disponíveis, abrindo assim possibilidades de utilização pelos clubes da região. A comissão organizadora, atendendo ao interesse manifestado pelos oradores e participantes, adiantou que pensa promover novas edições do congresso. K
Dia da Lusofonia
Beja assinalou data 6 O Instituto Politécnico de Beja assinalou o Dia da Lusofonia a 3 de junho, numa cerimónia realizada no Auditório do IPBeja e na Casa da Lusofonia, que incluiu uma conferência proferida por Tiago Cardoso, coordenador do Nguzu Project, que abordou o tema ‘A lusofonia do futuro’. Seguiu-se um espetáculo onde estudantes de vários países lusófonos tiveram oportunidade de mostrar as raízes culturais dos seus países. O ponto alto do Dia da Lusofonia foi a inauguração da Casa da Lusofonia-Shikoba, um espaço que pretende proporcionar melhores condições de acolhimento e integração dos estudantes oriundos dos Países Africanos de Língua Portuguesa, além de ser a ponte da partilha cultural, multicultural entre os estudantes lusófonos, com toda a comunidade académica e bejense, que desejam uma aproximação acentuada ao continente berço da humanidade. A lusofonia é um espirito de união que abrange os países que partilham a mesma língua, a língua portuguesa, que alcançará 380 milhões de falantes em meados deste século. O Instituto Politécnico de Beja tem sido uma das instituições de ensino que tem apostado na receção de estudantes abrangidos pelo Estatuto de Estudantes Internacionais em vigor no país. K
Programa Eco-Escolas
Agrária de Beja vence 6 A equipa da Escola Superior Agrária de Beja, constituída pelos alunos Mónica Tereno, Nadine Mamede e Fábio Fontes, do 2º ano do Curso de Ciência e Tecnologia dos Alimentos, venceu a Prova Regional Sul da competição Alimentação Saudável e Sustentável, do Programa Eco-escolas, realizada a 20 de abril na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal. Este projeto, inserido no Programa EcoEscolas/ABAE em parceria com a Agrobio, desafiou todas as Eco-Escolas a participar através da proposta de duas eco-ementas completas de almoço (sopa, prato principal, sobremesa e bebida), uma adequada a outono/inverno e outra adequada a primavera/verão. O conceito subjacente a este projeto é o da criação de propostas que possam constituir uma ementa de um refeitório escolar e que salvaguardem as questões relativas à saúde, como a qualidade e equilíbrio nutricional, mas também relativas à sustentabilidade, como a utilização de produtos de época e locais, ou o desperdício de alimentos, água ou energia. Os alunos, acompanhados pela professora Olga Amaral, prepararam ao vivo
a ementa de primavera/verão constituída por creme de alho francês, filetes de pescada no forno com acompanhamento de
arroz de ervilhas e legumes salteados, carpaccio de abacaxi e água aromatizada com limão, gengibre e hortelã. K
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Politécnico de Beja
Isidro Féria no grupo do Ministério 6 Com o objetivo de reforçar a autonomia das instituições de Ensino Superior, Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior criou um grupo de trabalho do qual faz parte o vice-presidente do Instituto Politécnico de Beja, Isidro Féria, em representação do CCISP (Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos). O Grupo integra ainda Lídia Manteigas, Coordenadora do Gabinete de Controlo de Gestão dos Serviços Centrais da Universidade de Lisboa, em representação do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas; o
presidente do conselho diretivo do Instituto de Gestão Financeira da Educação, I.P. (IGeFE,I.P.) e Isabel Pimentel da Silva, técnica especialista e coordenadora do Gabinete do Ministro. Este grupo de trabalho surge com a missão de monitorizar e colaborar na preparação e execução das medidas de controlo orçamental a implementar pelas Instituições de Ensino Superior, que se verifica essencial para assegurar o equilíbrio financeiro das mesmas. A designação de Isidro Féria para integrar este grupo revela reconhecimento do trabalho desenvolvido no IPBeja. K
Politécnico adere à iniciativa
Beja mais florida 6 A presidência do IPBeja decidiu aderir à iniciativa “Florir Beja”, através da colocação de flores em varandas e janelas dos seus edifícios, contribuindo assim para a valorização do espaço público da cidade e do seu próprio Campus académico. Com a adesão à iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Beja e Associação de Defesa do Património de Beja, o IPBeja pretendeu contribuir para estreitar os laços entre a comunidade académica e a cidade que a acolhe, numa ação de valorização do património edificado, com
particular destaque para os edifícios localizados no centro da cidade. Do conjunto de edifícios “floridos” destaca-se a intervenção na atual residência de estudantes na Rua de Santo António, pelo seu valor simbólico e atual papel na revitalização do centro histórico da cidade. A concretização da iniciativa resultou da colaboração das direções das escolas em articulação com os Serviços de Ação Social, Gabinete de Imagem e Comunicação e restantes serviços do Instituto intervenientes no aprovisionamento e manutenção do Campus. K
JUNHO 2016 /// 021
Centro de Apoio tecnológico ao Agro Alimentar de Castelo Branco
A inovação está a diferença 6 O Centro Tecnológico de Apoio ao Agro Alimentar, situado em castelo Branco, é hoje uma das referências nacionais, em termos de inovação, criação de novos produtos e de investigação. A produção de queijos com leite de espécies equinas, a desidratação de frutos, a criação de novos produtos na cadeia alimentar e a análise sensorial são algumas inovações que ali estão a ser realizadas. Equipado com laboratórios de tecnologia de ponta, que lhe permite prestar serviços nas áreas das análises de microbiologia, físico-química e sensorial, o CATAA tem nas suas quatro unidades tecnológicas (Produtos Lácteos, Azeite, Carnes e Hortofrutícolas) instrumentos que têm conduzido ao desenvolvimento de novos produtos para o mercado. Luís Correia, presidente da Câmara, dá exemplos concretos do que ali está a ser desenvolvido, como “a desidratação de fruta (pêssegos, mirtilos, figo da índia, malaguetas, cogumelos, mosto de maçã, ou bolota), cristalização de frutos, ou, ainda, ou a liofilização (congelação rápida e desidratação) de framboesas, cerejas, ervas aromáticas, figo da índia, carne e peixe”. Àqueles produtos juntam-se outros, como um novo mel, a travia embalada em atmosfera controlada (o que permite aumentar o tempo de prateleira) ou a desidratação de leite de ovelha para manteiga. Luís Pinto de Andrade, diretor do CATAA, e docente na Escola Superior Agrária de Castelo Branco, fala na “inovação com tradição”, e aponta o setor do queijo como uma aposta, onde “há duas empresas da região a desenvolver novos produtos para o mercado português”. Em matéria de criação de novos produtos, Luís Correia recorda um novo doce lançado pela empresa Dayana, “Os Presidentes”, o qual já está no mercado, depois de ter sido desenvolvido no CATAA. Mas a inovação não se fica por aqui. Foi também desenvolvida uma nova colmeia, com revestimento de novos materiais, mais leves, bem como a aplicação de novas tecnologias de monotorização de colmeias, através de sensores, com empresas de Castelo Branco. É também no setor apícola que está a ser feita uma investigação que permitirá identificar compostos no mel que podem ser úteis à saúde, tendo já sido analisados 80 méis da região centro.
A ligação à fileira do mel não se fica por aqui. Luís Correia recorda a Melaria, instalada na zona industrial de Castelo Branco, e o Centro Nacional de Produção de Abelhas Rainhas, criados pela Câmara albicastrense, o que permite que o concelho tenha o ciclo completo do setor. O mesmo acontece com a produção do figo da índia, onde além de todo o trabalho desenvolvido no CATAA, foi construído pela autarquia, um Centro de Transformação daquele produto, localizado na freguesia das Benquerenças. “Nós estamos a fazer um acompanhamento de alguns setores na sua totalidade, como acontece com o figo da índia ou na apicultura, desde a sua produção até à sua transformação e embalamento, à investigação e desenvolvimento de novos produtos, terminando numa fase posterior, através do InovCluster, com a sua internacionalização, a procura de novos mercados e o marketing associado a esses produtos”, explica Luís Correia Em curso estão também ensaios de produtos em atmosfera controlada, com o objetivo de aumentar o seu período de validade. Os laboratórios de físico-química e microbiologia permitem analisá-los, testá-los, ver os seus benefícios para a saúde ou a sua qualidade, através de mais de 200 métodos e muitos parâmetros. A acrescentar a essas mais valias, surge o laboratório de análise sensorial, onde a reação das pessoas a um determinado produto, é feito através de um sistema
que mede os impulsos do nosso cérebro a esse produto. “Já foram testados mais de 120 produtos, solicitados por empresas nacionais e regionais, como foram os casos de doces, compotas, iogurtes, patés, snacks, sumos, salgados, pastelaria, enchidos, carnes, bebidas ou produtos desidratados”, refere Luís Pinto de Andrade. Numa outra perspetiva surgem os projetos de investigação aplicada, os quais versam sobre a melhoria da produção da cereja, a redução de percas nas linhas de produção de azeite (em colaboração com Espanha), a redução de PH na polpa do figo da índia, ou aumento do tempo de prateleira de carnes. “Está ainda a decorrer o projeto +pêssego, o qual tem oito parceiros na beira interior, e cujo objetivo é caraterizar a qualidade do fruto”, explica Luís Pinto de Andrade. A ligação entre todos os setores e estruturas do CATAA fazem com que os produtores ou as empresas tenham as respostas de que precisam, seja no domínio da investigação e desenvolvimento de novos produtos alimentares, na análise sensorial, na realização de análises, desenvolvimento dos conteúdos de rotulagem (com a descrição dos componentes e da energia dos alimentos, exigidos por lei), ou na elaboração de candidaturas de Vales Empreendedorismo (no âmbito do novo Quadro Comunitário de Apoio). Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, considera que o “CATAA
foi uma aposta da Câmara e continua a sê-lo. Dentro daquilo que é a estratégia para o setor agroalimentar esta estrutura tem um papel importantíssimo, pois é a partir daqui que podemos ser competitivos nos nossos produtos e podemos incentivar pessoas a apostarem neste setor. Se não tivéssemos este centro tecnológico, que permite aos produtores inovarem, e desenvolverem produtos mais adaptados aos novos mercados, estaríamos iguais a muitos outros”. Por isso, Luís Correia classifica o CATAA “como um fator diferenciador no setor agroalimentar”. O autarca reforça a ideia de que “o centro está ao serviço das empresas e dos produtores, pelo que fazemos o desafio para que eles utilizem esta estrutura”, e lembra os laboratórios de ponta do próprio centro: “temos vindo a apetrechar o CATAA de equipamentos topo de gama, do melhor que há. Em todo o interior, de Norte a Sul, não há uma estrutura com tamanha competência, a qual está ao serviço das empresas, dos produtores, dos politécnicos e universidades, e de investigadores”. No CATAA, com o diretor, trabalham sete técnicos superiormente qualificados. Para além dos laboratórios, o centro possui ainda quatro unidades piloto, para produtos lácteos, azeite, carnes e produtos hortofrutícolas, onde é possível transformar as matérias primas, por exemplo para a produção de queijo ou travia, de azeite ou enchidos. Para Luís Correia, importa prosseguir esta estratégia. “Temos feito grandes investimentos no Centro e é necessário dar continuidade a este trabalho. O CATAA está a afirmar-se no panorama nacional. Já nos procuraram empresas de todo o continente e das ilhas”. O autarca reafirma que o CATAA está aberto a todos quantos necessitem de apoio no setor agroalimentar. “Todos os produtores podem usufruir deste centro, têm o apoio técnico necessário, podem fazer as suas experiências de forma sigilosa”, diz. E para que tudo fique completo, também o prémio sabores do ano foi avaliado em Castelo Branco. “Essa identificação foi desenvolvida no CATAA. Temos constituído um painel de consumidores com 300 pessoas e um outro de provadores de queijos DOP da Beira Baixa Baixa”, esclarece. K
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Rita Ruivo Psicóloga Clínica (Novas Terapias)
Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)
022 /// JUNHO 2016
EspaçoPsi - Psicologia Clínica Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 E-Mail: psicologia@rvj.pt
“Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira. Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular (…). Outras vezes uma palavra é quanto basta.” José Saramago, “Jangada de Pedra”
Editorial
Dentro das paredes da escola 7 Nas escolas produz-se uma relação dialéctica entre a contribuição dos docentes para a eficácia dessas instituições, e a organização da escola enquanto determinante do desenvolvimento e do eficiente desempenho profissional dos professores que nela trabalham. O trabalho do professor desenvolve-se, assim, em instituições que dão sentido e ajudam a organizar o seu mundo conceptual sobre educação, que possibilitam essa transferência conceptual para a prática educativa, e o enquadram dentro de um grupo profissional, cuja pertença é também referência para o seu empenhamento na multiplicidade de tarefas inerentes aos processos de ensino. Convenhamos, pois, que uma boa parte da actividade docente se desenvolve dentro das paredes da escola, espaço em que se elaboram complexas redes de controlo, de estruturas hierárqui-
cas de poder, que obrigam à reciprocidade de atitudes e de comportamentos, e que determinam, significativamente, as escolhas e as opções de cada docente quanto às suas práticas educativas. Por outro lado, a organização formal da escola, constrangida pelas exigências do poder político e da sociedade civil, determina também que, em certa medida, a autonomia se traduza numa “realidade virtual”, já que se considera como adquirido que o Estado e a sociedade têm o direito e o dever de saber o que se faz na escola, elaborando para esse fim um indeterminado número de normativas apropriadas ao exercício desse controlo. Dentro da escola a formação de professores desenvolve-se, então, entre duas exigências: 1 as endógenas, que “empurram” o professor para o desenvolvimento pessoal e profissional, que o motivam para a busca de soluções inovadoras e que determi-
nam um desempenho gratificante quando alcançado o sucesso dos seus alunos; 2 - as exógenas, que constrangem o docente ao cumprimento de rotinas, mais ou menos burocráticas, e que inibem o despertar para a formação permanente e para a inovação educativa. Esta estrutura organizacional pode provocar que cada professor se concentre no trabalho na sala de aula, com os seus alunos, sem promover qualquer tipo de intercâmbio experimental com os seus colegas, que reproduzem os mesmos comportamentos na sala ao lado. Em nosso entender, este é, sobretudo, um obstáculo à formação continuada dos professores em início de carreira, que têm ainda da sua actividade profissional representações indefinidas, e até confusas, para os quais a escola surge como um mundo caótico, no qual há que encontrar, necessariamente, um sentido e
uma ordem. O sentimento de partilha e de pertença a um grupo, o estabelecimento de mecanismos de colaboração ou, pelo contrário, a sua inibição, são factores decisivos para incrementar, ou não, o desenvolvimento profissional dos docentes. Sobretudo quando se proporcionam ou se restringem atitudes de autonomia, de participação nas decisões, de partilha das responsabilidades (designadamente quanto à possibilidade de assumirem diferentes cargos na estrutura organizacional) e, finalmente, de gestão participada dos curricula, dos métodos e dos recursos que melhor os possam desenvolver. Muitas dessas renovações passam pela formação permanente dos professores dentro da escola, numa perspectiva de ajuda e apoio à sua actividade profissional, pela adopção, implementação e avaliação de inovações educativas, pela ade-
quação dos curricula às necessidades da escola, ao nível de formação dos professores e às características dos seus alunos, pressupondo um compromisso institucional entre o Estado, as instituições formadoras, os professores, os alunos, os responsáveis pelos organismos de decisão e os pais. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
primeira coluna
O tutor, a dualidade e o número de alunos por turma 7 O Ministério da Educação acaba de anunciar que os alunos a partir dos 12 anos de idade, com duas ou mais retenções, vão passar a ser acompanhados por um tutor. A medida, divulgada pelo próprio ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, deverá entrar em funcionamento no próximo ano letivo. No entender da tutela o objetivo é que esses jovens possam ter a segunda ajuda “que necessitam e a integração que merecem”. Mas o aparecimento da figura de tutor vai mais além do que a própria tutoria pressupõe. Este modelo pretende, segundo o Ministério, ser alternativa “ao do Ensino Vocacional, que, promovia uma dualização e discriminação precoce, fazendo com que a Escola desistisse de algumas crianças muito cedo”. Nesta matéria, que não é fácil, Tiago Brandão Rodrigues revela
que “Portugal tem, neste momento, alunos que, aos 12 anos e como aparente punição do seu insucesso escolar, não foram expulsos porque seria ilegal. Mas foram arredados do sistema, arrumando-os desde essa idade num ensino do qual não era esperado que voltassem”. A filosofia da tutela é a de que o chamado ensino vocacional não ajudava os alunos a superar as suas dificuldades de aprendizagem, e que pretendia “remover dos indicadores estes alunos e as dificuldades que carregam. Nem era de facto ensino, e muito menos respondia a qualquer vocação, impossível aliás de diagnosticar em crianças com esta idade”, sustentou o ministro. Não será fácil a implementação deste modelo. Quer pela escola e pelo modo como está apetrechada em termos humanos, quer pelos próprios alunos
e famílias. Mas também não me parece correto que se desista de crianças e jovens. Cada caso é um caso. E a tutoria poderá ser uma solução, embora constitua uma tarefa árdua por parte do professor tutor, que segundo o ministério terá a si associados grupos de 10 alunos, os quais acompanhará quatro horas por semana. “Um professor que não será um mero explicador, mas sim um adulto de referência com quem estas crianças poderão contar para ultrapassar necessidades académicas mas também sociais e familiares”, justifica a tutela. Concordo que as crianças e jovens nessa situação devam ter a possibilidade de poderem construir o seu destino em vez seguirem o destino que lhes foi traçado. Resta saber se esta oportunidade é aproveitada pelos jovens alunos, que assim poderão optar livremente sobre o percur-
so que melhor lhes sirva, seja o regular ou o profissional. Porque muito do que a escola poder fazer por eles também deve partir deles, e das suas famílias. Os professores tutores também não terão tarefa fácil. Nos últimos anos, aos professores além da docência impôs-se-lhes um conjunto enorme de burocracias, de preenchimento de papéis e documentos. Se as tutorias forem também isso, com burocracia e muitos quilogramas de papel associados, então o sucesso da medida será mais difícil. Também a redução do número de alunos por turma poderia ser um caminho a seguir, não só para a melhoria escolas dessas crianças e jovens, mas de todos. 30 alunos dentro de uma sala de aula convenhamos que é muito. Mas essa é outra questão de uma medida que foi tomada no passado e que agora ninguém quer
mexer pelos custos económicos associados. Também aqui deveria haver coragem política para o fazer, pois certamente que essa redução traria mais sucesso escolar para o país, mas sobretudo para os alunos. K João Carrega _ carrega@rvj.pt
JUNHO 2016 /// 023
crónica salamanca
Reformas internas en la universidad 6 La universidad, en su condición de institución histórica, está sometida de forma constante a movimientos de reforma, de cambio, en algunos o en varios elementos de su organización académica, ya sean los planes de estudios y elementos curriculares, número y tipo de carreras impartidas, presencia social fuera de la universidad, proyección científica de los grupos de investigación, y otras decenas de circunstancias del cotidiano universitario. Una universidad inmóvil y estática es un contrasentido, porque no existe un modelo de universidad metafísicamente permanente. Todo lo contrario, es institución histórica, mutable. Por sentido y presencia en una determinada sociedad, la universidad debe estar abierta a las necesidades de la sociedad donde se inserta, a los cambios que puedan solicitarse desde fuera, sin perturbar lo que debe ser algo sagrado en la institución de educación superior, la autonomía. Por ello, si es preciso adaptar, modificar, transformar uno o varios elementos de la organización universitaria, no debemos alarmarnos, porque hemos de aceptar tales cambios y reformas como algo natural en el devenir universitario. Hace ya algo más de cinco años que desde el Ministerio de Educación de España se difundía un documento-borrador en el que, entre otras propuestas, se animaba a las universidades españolas a introducir modificaciones notables en el número y tipo de Facultades y Departamentos existentes en cada una de ellas. Siendo tales instancias la base organizativa de nuestra universidad actual ello suponía un cambio profundo del modelo de universidad vigente, al menos, desde la reforma universitaria de 1983, firmada por el entonces Ministro de Educación, José María Maravall. Los últimos cinco años han coincidido, precisamente, con una dura, terrible reducción de Publicidade
recursos para las universidades públicas españolas por parte de la administración central, y en buena medida por las autoridades autonómicas, que ha repercutido en la generación de un gran malestar entre los universitarios, por lo que ha representado de reducción en las oportunidades de contratación de profesores, disminución muy notoria de recursos para investigación, eliminación de otras formas de apoyo y asistencia social a estudiantes, o la aparición de penurias muy notorias en infraestructuras. Tales circunstancias de precariedad han disuadido a equipos rectorales, y a las administraciones implicadas, de impulsar aquella reforma que ya hemos mencionado, referida a la organización de facultades y departamentos, a la fusión de varios de ellos, para favorecer la disminución de gastos económicos de gestión, simplificar algunos procesos administrativos, y también, según algunos proclaman, para llevar a cabo una reforma estructural de cada universidad, primando el valor de ciertos ámbitos científicos en detrimento de otros. Desde entonces, hace cinco años, ya se veía en muchos foros de opinión que las humanidades y las ciencias sociales iban a llevar las de perder, en favor de las áreas de la tecnología y las ciencias experimentales y biosanitarias. Lo cierto es que en los últimos meses, tal vez animadas por una ligera mejoría económica, son varias las universidades, algunas de ellas de grandes dimensiones, como sucede con la Universidad Complutense de Madrid o la Universidad de Barcelona, que vienen promoviendo esta reducción y reorganización de facultades y departamentos, para lograr alcanzar, según dicen, una universidad más funcional, ágil, barata y menos burocratizada. Parece que ahora ya no se trata de un movimiento de cambio que vaya a quedar reducido solamente a universida-
des aisladas, sino que estamos ante el inicio de algo mucho más profundo y estructural que antes o después va a afectar a todas las universidades públicas de España. Para nosotros este proceso de reformas debiera haberse iniciado hace tiempo, y así lo hemos propuesto en su día en algunos espacios de debate y representación universitaria. Por encima de los particularismos y reinos de taifas en que se han convertido algunos departamentos y facultades, debe prevalecer el interés colectivo, y la racionalidad científica, algo de lo que se ha adolecido en muchos momentos en la historia reciente de nuestra universidad española. Así, una vez que se consulta a las bases de la comunidad universitaria, y se adoptan decisiones estratégicas, la reforma debe emprenderse sin vacilaciones, a sabiendas de que nunca se va a poder satisfacer los egos e intereses de todos, y en particular de algunos acostumbrados a reinar en su corral, en su chiringuito, por miope que pueda parecer esta situación en la universidad. Existir tales situaciones en departamentos y facultades, claro que existen. Por esto, en muchos casos estas prácticas caciquiles, endogámicas, limitadoras de la transparencia y la libertad, factores claves de un funcionamiento democrático en una institución pública, deben ser eliminadas, y nos parece que esta reforma académica es una oportunidad. Sea pues bienvenida esta reforma. Ahora bien, si este proceso va a representar un movimiento de reconversión de carácter puramente empresarial, que busque gestionar la universidad como una empresa, primando la rentabilidad en términos estrictamente económicos, desde luego que no, no contará con nuestro apoyo. Los derechos de los profesores deben ser respetados, por ejemplo el de su área de especialidad para impartir docencia. La presencia de los estudiantes en los órganos de
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt
representación debe ser respetada, pero cuidando que se apoyen tales representantes elegidos en un porcentaje de votos que sea presentable en sociedad, en términos democráticos, a diferencia de lo que sucede hoy en muchos departamentos y facultades, donde algunos estudiantes salen sobrerrepresentados, pero con un porcentaje de electores detrás que no llega ni al cinco por ciento de apoyo en ocasiones. La reforma ha de cuidar todos estos detalles, y en cada universidad debe vigilarse el cumplimiento de criterios y la defensa de valores de racionalidad y democracia, esencia de lo que ha de ser hoy una universidad pública al servicio de todos. Algunos colegas aducen que como nuestra inestabilidad política es ahora muy grande en España este proceso de reformas ha de esperar hasta a que se alcancen gobiernos estables. Pero, frente al conocido refrán conservador que decía, “en tiempos de tormenta no deben hacerse mudanzas”, atribuido al mundo jesuítico, nosotros apostamos por una actitud de cambio permanente en la universidad, que vaya construyendo respuestas acordes a lo que demanda la sociedad de nuestro tiempo, por provisionales que puedan parecernos. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Sílvio Mendes Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Ernesto Candeias Martins, Eugénia Sousa, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rogério Ribeiro, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
024 /// JUNHO 2016
“Pedagogia (a)crítica no Superior” (XiI)
Professor-Pastor 7 «Mas que vida mais triste tenho só por viver fora do rebanho» (Luís Cília, ‘A má reputação’, Marginal, 1981) A ponta final do ano lectivo é um tempo atípico, mais ainda, se houver um «Maio maduro Maio»: os estudantes repartem-se entre a queima das fitas, umas idas à praia da Figueirinha e o «lá terá que ser»… os trabalhos de avaliação. Às aulas vão para não ficarem ‘tapados’ e evitarem ir a exame (desde que o Prof.S. exigiu uma rubrica personalizada e constante nas folhas de presença que o «assina por mim!» findou). Só que nessas aulas, estão lá não estando: a sua participação é (quase) nula; ocupam-se na escrita de um qualquer trabalho ou na leitura de fotocópias para o teste de outra uc (são filhos da geração «a escola a tempo inteiro», ou seja, não fazem trabalhos em casa). Aquelas derradeiras aulas, de facto, destinam-se aos retardatários, aqueles que acham sempre que «falta bué, há tempo!» mas, de repente, dão-se conta que se está mesmo no fim – as aulas já são poucas e muitos os trabalhos por acabar!
No final de cada semestre, emerge no Prof.S. o seu lado «pastor» (cf. a tipologia do informático Mario, personagem do Romance do quotidiano de uma professora, 2000): «o importante é manter o rebanho unido», isto é, que a turma não se desfaça, todos transitando para o 2º ano. Faz-lhe impressão que os alunos reprovem só porque não cumpriram com os deveres académicos básicos, previamente estabelecidos nos «requisitos mínimos». Chumbar por desleixo ou falta de trabalho não faz sentido. Estão ali, a tempo inteiro, para estudar. Ser-se jovem explica, em parte, essa imaturidade no incumprimento de calendários e das tarefas estabelecidas (mas em breve terão que acatar os prazos de entrega do IRS, do concurso para professor ou de candidatura a uma bolsa ou a um projecto…). Em especial, a irresponsabilidade é maior quando não há data fixa para a realização da tarefa (pois depende da altura em que cada um a decide concretizar); porque nas outras, as previamente marcadas, funciona o princípio do rebanho… Se não concluem a uc pelo sistema de avaliação contínua muito mais difícil será fazê-la
por exame. E no 2º ano é sempre muito complicado conciliar o horário principal com os das uc em atraso. E assim, acabam por andar com elas ‘enroladas’ até ao final do curso. Procurando evitar essa situação, o Prof.S. intensifica os avisos, por e-mail, para cada um dos estudantes com tarefas em falta: «D., não se atrase mais, coloque a versão corrigida do seu genograma na moodle!», «P., o seu comentário a uma das minhas sugestões na moodle está por redigir!»,… Sim, aquela plataforma de e-learning era, como dizia o Prof.S., a ‘casa da turma’, o lugar virtual onde todos os trabalhos estavam a salvo e fáceis de encontrar, para serem consultados e partilhados, por todos, quando lhes aprouver. Esta era a forma encontrada por si para combater a errónea ideia que, por vezes, a comunicação do professor transmite aos alunos nos momentos formais de avaliação – for me syndrome – que leva os discentes a terem a noção que os trabalhos são ‘para o professor’. E gradualmente, os materiais alojados pelos estudantes começaram a ter o sentido de partilha académica: «Olá colegas e professor.
Em anexo encontra-se o nosso powerpoint apresentado na aula desta semana…». O eduquês dirá que estamos perante o exemplo de um portfólio digital de turma; o Prof.S. prefere antes apelidá-lo de histórico pedagógico da uc. Esses seus e-mails (de avisos imperativos) procuram obter efeitos antes da data limite afixada para o lançamento das notas. Uma luta contra o tempo; os prazos são cada vez mais curtos (para mais agora que os «livros de termos» têm de ser preenchidos antes das inscrições para os exames de semestre). O Prof.S. tinha consciência que estava a actuar para além do expectável (a lei não o previa, os regulamentos não o exigiam, a ética não o impunha); não sendo paternalista, e promovendo, tenazmente, a autonomia dos seus estudantes, chegada a ‘hora da verdade’, agia como um pai que quer ‘salvar’ os filhos… da reprovação. E daí, a «avaliação da uc e do docente» (actividade de ‘cidadania académica’ em que se empenham pouco… pois não conta para a nota), dos últimos 4 anos, revelar alunos divididos quanto ao padrão de ensino do Prof.S.: 44% consideraram-no ‘pastor’, 36% ‘mes-
tre’ e 20% um misto das duas anteriores. Mas, algumas das vezes, esse labor suplementar do Prof.S. mostrava-se inglório: – Então professor, porque apareço na pauta com um NA? – E porque não deu andamento ao meu e-mail? – Oh professor, qual e-mail? «Caramba, tal qual os meus filhos! – cogitou o Prof.S. – Andam sempre agarrados aos smartphone mas quando há uma ‘urgência’… não ‘atendem’!» K Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt Este texto está redigido segundo a “antiga” e identitária ortografia _
CRÓNICA
Cartas desde la ilusion 7 Querido amigo: Retomando la idea final de mi última carta, en la que prometía volver a reflexionar sobre el control y el esfuerzo personal, creo que estamos en un momento histórico del devenir educativo (aunque debemos reconocer que siempre hemos estado en un momento histórico en este aspecto) que creo que resolveremos positivamente si conseguimos ensamblar los aspectos fundamentales que ha promovido la UNESCO en los tres informes que ha elaborado a lo largo de los últimos cincuenta años: 1) aprender a ser (Informe Faure, en 1972), 2) la educación como tesoro que hay que descubrir (Informe Delors, en 1996), y 3) la necesidad de repensar la educación como bien común global (último informe del citado organismo, de hace unos meses). Me parecen fundamentales los tres, pero creo que, puestos a valorar, el primero de ellos (aprender
a ser) es el que debería sostener nuestro esfuerzo para poder encontrar el tesoro que guarda la educación y conseguir que la acción educativa sea realmente un bien común. Ahora bien, por regla general, cuando consideramos cualquier problemática en el ámbito educativo siempre estamos pensando en los demás. Por eso, creo que los profesores tendemos a pensar que “aprender a ser” es un objetivo que tienen que conseguir nuestros alumnos. Nos olvidamos, así, de que los primeros que tenemos que aprender a ser somos, precisamente, nosotros, los educadores. Evidentemente, hay un problema claro en este sentido: cuando hemos obtenido el título o diploma que nos acredita como profesores en el sistema educativo damos por aceptado y “finiquitado” que nosotros ya “somos”. Es decir, nuestro título nos otor-
ga la “garantía” de que ya hemos conseguido llegar a la meta de nuestra formación y capacitación como educadores. Por eso, no es de extrañar que perdamos, con excesiva facilidad, la sensación de que necesitamos formarnos continuamente para conseguir “ser” en el día a día. Sin embargo, reconozco que esta sensación de “ser” es una especie de “amparo” ante la incertidumbre a la que nos enfrentamos cotidianamente. Reconozco, también, que necesitamos alguna certidumbre ante la incertidumbre del futuro que nos espera a nosotros y a nuestros alumnos. Por eso, es normal que nos aferremos a nuestra “capacitación oficial” para promover algo de seguridad a nuestro quehacer y a nuestro espíritu para no perdernos en el “no-saber-quéhacer”. No olvidemos que nuestra profesión es, tal vez, de las más arriesgadas porque no sabemos qué sucederá mañana, dado que
estamos manejando el futuro de nuestros alumnos. Nuestra profesión es única en este aspecto, porque todas las demás gozan de cierto grado de previsibilidad. Nosotros, en cambio, estamos tratando siempre con lo imprevisible (yo siempre he definido al ser humano como “la subjetividad”, “el cambio continuado”, “la imprevisibilidad”, entre otras cosas…). No somos albañiles, ni arquitectos, ni fontaneros, ni mecánicos, ni ingenieros… simplemente, somos personas que tratan con personas, o sea, somos “imprevisibilidad en continua interacción con otras imprevisibilidades”… Por eso, una vez más, desde aquí, sugiero que no podremos repensar la educación ni encontrar su tesoro, ni aprender a ser, si no somos capaces de mantenernos en un proceso de alerta y vigilancia que nos lleve a una formación continuada basada no sólo en el conocimiento de los
modos de funcionamiento de los seres humanos, sino también, y fundamentalmente, en el análisis y aprendizaje de nosotros mismos a partir de nuestros pensamientos y actuaciones en relación con la educación de nuestros alumnos, lo que nos llevará a una actitud de alerta ante cualesquiera de las circunstancias con que nos encontramos cada día. Y si esta “filosofía” de la formación es compartida con nuestros colegas, entonces es posible que comencemos a caminar por el buen camino. Hasta la próxima, como siempre, ¡salud y felicidad! K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com
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zÉ PEDRO, em entrevista
«Gosto de andar na vida do rock» 6 Apanhamos Zé Pedro numa das sessões de DJ que o têm levado a percorrer o país. Em entrevista, o guitarrista dos eternos Xutos & Pontapés é igual a si próprio: bem disposto e de rock’n’roll sempre ao peito. O Zé Pedro é conhecido como membro dos Xutos & Pontapés, mas é convidado também para DJ sets um pouco por todo o país. São igualmente momentos de rock? Sim, e isso é algo que me dá um prazer redobrado. Gosto muito de ouvir música e de tentar entusiasmar as pessoas com os meus sets, levá-las a ficar no bar a ouvir as músicas. É um desafio muito interessante. Tento fazer um cruzamento entre o rock’n’roll e sons do passado e do futuro. Com os Xutos continua a subir aos mais diversos palcos. Ainda recentemente voltaram ao Rock in Rio. Como foi a experiência? É sempre memorável cruzarmo-nos com grandes nomes. Desde os Stones, Bruce Springsteen, nesta última edição, Foo Fighters, Guns N’ Roses, entre tantos outros ao longo dos anos. Temos orgulho em ser sempre convidados. A organização calcula que há entre 10 a 15 mil pessoas que vão ao Rock in Rio só por causa dos Xutos & Pontapés.
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Tocar num festival é mais apelativo do que tocar numa casa de espetáculos? É diferente. Também tocamos em salas mais acolhedoras, como o Campo Pequeno, ou em salas grandes como a Meo Arena onde colocamos 19 mil pessoas a assistir ao concerto. Sendo um espaço fechado, sente-se mais o suor e a vibração das pessoas. Mas tocar em palcos tão grandes como o Rock In Rio, o maior em Portugal, tem um sabor fantástico. Ver aquele anfiteatro com 50 mil pessoas à nossa frente é emocionante. Ainda em relação aos festivais, deveria haver mais bandas portuguesas nos cartazes? Penso que sim. Mas também não podemos pedir muito aos organizadores dos festivais. Os patrocínios ditam uma série de regras. Portugal é pequeno e as bandas portuguesas vão tocando pelo país fora.
várias gerações de público. Nem todos o conseguem, até porque não há fórmula nenhuma. Felizmente os Xutos & Pontapés conseguiram. É engraçado tocar para pessoas que ainda não eram nascidas quando as canções foram feitas. É sinal que a música, as letras e a energia da banda tocam também os mais novos.
Os concertos dos Xutos destacam-se por juntar várias gerações de portugueses. Imagino que isso seja muito gratificante. Tenho a impressão de que isso é o que todos os artistas querem: abranger
Apoiado nessas duas vertentes, em palco com o Xutos ou como DJ, a vida do Zé Pedro é sempre em torno da música… Uma vezes a passar discos, outras a tocar guitarra, é assim que eu gosto de andar na vida do rock.
E há planos para um novo disco dos Xutos? Ainda não. Felizmente este ano está a correr muito bem ao nível dos espetáculos. Talvez no final do ano ou no princípio do próximo, quando houver uma pausa nos espetáculos, comecemos a pensar em temas novos. Depois é ver o que sai. K Entrevista: Hugo Rafael (Rádio Condestável) _ Texto: Tiago Carvalho _
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A RÁDIO NO SEU MELHOR! Há 30 anos perto de si... Cernache do BonJardim | Tel. 274 800 020 | geral@radiocondestavel.pt
gente e livros
edições
Novidades literárias 7 TEOREMA. A Fortuna, de Cynthia D’Aprix Sweeney. Esta é uma história sobre uma família disfuncional. Há anos que os quatro irmãos Plumb desesperam por causa da herança. Em testamento, o pai deixou escrito que o dinheiro fosse distribuído apenas quando a filha mais nova celebrasse 40 anos. O seu objetivo era incentivá-los a lutarem pelos seus sonhos. Mas o plano saiu gorado, pois a poucos meses do aniversário, eles estão tão endividados que só a fortuna familiar poderá salvá-los.
B ERTRAND . Como publicar o seu livro, de Rita Cana Mendes. O livro descreve o mundo editorial por dentro e por fora. Quer já tenha o seu manuscrito pronto ou ele esteja apenas idealizado, este guia pretende mostrar-lhe que publicar não é assim tão difícil e que fazê-lo bem está ao seu alcance. Se ainda não começou a escrever, convém que conheça à partida aquilo que irá encontrar na fase de publicação.
GUERRA & PAZ. A Ponte Inevitável – A História da Ponte 25 de Abril, de Luís F. Rodrigues. No ano em que a Ponte 25 de Abril comemora 50 anos, pela um livro conta-nos os 140 anos da história que começa no momento em que o engenheiro Miguel Pais propôs, em 1876, uma rudimentar ponte de ferro entre Lisboa e Montijo. Este é também o livro dos 90 anos que decorreram desde que se avançou com a ideia de uma ponte entre Lisboa e a Margem Sul.
TOP
SELLER.
Príncipe dos Espinhos, de Mark Lawrence. Finalista do prémio Goodreads para Melhor Livro Fantástico, «Príncipe dos Espinhos» é o início de uma trilogia. Com apenas 9 anos, numa emboscada planeada pelo inimigo para erradicar a descendência real, o príncipe Jorg Ancrath é atirado para dentro de um espinheiro, onde fica preso, a ver, impotente, a mãe e o irmão mais novo a serem brutalmente assassinados. Sedento de sangue e de vingança, Jorg foge da sua vida luxuosa. Quatro anos mais tarde, um reencontro vai levá-lo de volta ao castelo onde cresceu e ao pai que abandonou. K
João Tordo 7 “A dor, por dentro, era tanta que parecia uma orquestra no meu peito. Disse para o ar: vai-te embora, prefiro que desapareças de uma vez por todas ou até que nunca tenhas existido, como é possível que a ausência de alguém seja tão mais pesada do que a sua presença, e como se vive assim sem enlouquecer de vez?” In “O Paraíso Segundo Lars D.” Aos 40 anos de idade, João Tordo é uma das certezas da literatura contemporânea portuguesa. A sua obra foi crescendo a par dos muitos prémios que foram reconhecendo o seu lugar entre as vozes mais relevantes das letras nacionais. João Tordo nasceu em Lisboa em 1975. Formado em Filosofia pela Universidade Nova de Lisboa, trabalhou como jornalista freelancer em vários jornais. De acordo com a sua biografia oficial, o escritor português viveu em Londres e nos Estados Unidos. Em 2001, venceu o Prémio Jovens Criadores na categoria de Literatura e, mais tarde, o Prémio Literário José Saramago 2009 com “As Três Vidas” (2008), tendo sido finalista, com o mesmo romance, do Prémio Portugal Telecom, em 2011. Nesse mesmo ano, o romance “O Bom Inverno” foi finalista do Prémio Melhor Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores e do Prémio Fernando Namora. A tradução francesa da obra inte-
Direitos Reservados H
grou os finalistas da 6.ª edição do Prémio Literário Europeu. Da obra de João Tordo constam ainda os romances: “O Livro dos Homens sem Luz” (2004), “Hotel Memória” (2007), “Anatomia dos Mártires” (2011, Finalista do Prémio Literário Fernando Namora 2012), “O Ano Sabático” (2013) e “Biografia Involuntária dos Amantes” (2014, Finalista do prémio Fernando Namora 2015 e do Prémio Melhor
Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores 2015). A sua obra está publicada em vários países, incluindo França, Itália, Alemanha, Hungria, ou Brasil. Em 2015 publicou dois romances: “O Luto de Elias Gro” e “O Paraíso Segundo Lars D.”, os dois primeiros volumes de uma trilogia. K Tiago Carvalho _
RVJ Edita
Corpo Aberto na poesia de Manuel Costa Alves 7 Manuel Costa Alves, meteorologista, escritor e poeta, acaba de apresentar, o seu novo livro “Corpo Aberto”. Numa cerimónia que encheu por completo o Foyer do Cine Teatro Avenida, em Castelo Branco, Manuel Costa Alves viu o seu primeiro livro de poesia ser apresentado, de forma aprofundada pelo poeta António salvado, que comentou, um a um, praticamente todos os poemas, e pela docente do ensino superior, Maria de Lurdes Gouveia Barata. Com a chancela da RVJ - Editores, o livro, de poesia, tem o alto patrocínio da Câmara de Castelo Branco, e apresenta um conjunto de poemas onde o autor mostra uma nova faceta, num trabalho árduo e estimulante de ver, sentir e comunicar com as gramáticas da poesia. Os poemas foram lidos, nos vários pontos da sala, pelos elementos do grupo de Teatro Mãos ao Ar. A apresentação contou com as presenças do vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Arnaldo Brás, do vereador da cultura do município, Fernando Raposo, e
do diretor do Ensino Magazine, João Carrega, bem como de muitos amigos, como o ex-diretor da ESE albicastrense, José Pires, e de muitos alunos da Universidade Sénior Albicastrense (USALBI). Manuel Costa Alves mantém uma intervenção regular na imprensa com a coluna “Cata-Ventos” que, durante anos, manteve no Diário de Notícias e que continuou no semanário Reconquista, desde que, em 2002, regressou a Castelo Branco, sua terra natal.
Compilou e analisou a componente meteorológica do adagiário popular em “Mudam os Ventos, Mudam os Tempos” (Gradiva, 1996, 2002, 2006). Refletiu sobre os tempos da história e do seu encontro com uma segunda pátria em “Voltar a Timor” (Gradiva, 1998). Registou reflexões sobre a evolução das ideias ao longo do seu percurso em “Podia Ser de Outra Maneira” (Ulmeiro, 2000). O livro tem o prefácio de Maria de Lurdes Barata e apresenta dois desenhos originais de Sílvio Mendes (designer da RVJ - Editores). K
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pela objetiva de j. vasco
press das coisas Radiohead «A Moon Shaped Pool» 3 O novo álbum dos Radiohead, sucessor de «The King of Limbs» (2011), apanhou o mundo de surpresa. É mais um grande disco, composto por 11 canções onde a banda de Thom Yorke continua igual a si própria. O novo trabalho chegou antecedido pelos singles «Burn The Witch» e «Daydreaming». K
Junho é mês de festas em Lisboa
microsoft Surface Pro 4
Se todos os meses são bons para visitar Lisboa, o mês de junho ainda é melhor. Numa feliz colaboração entre a Câmara Municipal e a empresa EGEAC, o mês que agora decorre torna-se na capital da festa. Para além das habituais Marchas Populares, haverá muita e variada música, teatro, cinema, arraiais, desporto e muito mais. Tudo terminando no dia 1 de julho, junto à Torre de Belém, com o espetáculo Buraka Som Sistema. Mas julho vem já aí, com o Intendente em Festa (2 a 17) e o Lisboa Mistura (19 a 24). Quase tudo com entradas gratuitas.
3 Apesar de ser mais leve do que nunca, o Surface Pro 4 tem uma capacidade de processamento que lhe permite fazer tudo o que quiser. Passe de tablet ultramóvel a portátil completo num piscar de olhos onde quer que esteja. Preço: 999 euros K
Prazeres da boa mesa
Bolo Rico e Húmido de Queijo, Crocante de Salsifis e Sorbet de Framboesa 3Ingredientes p/ o Bolo Rico (25 pax): - 21 Claras - 21 Gemas - 450g de Açúcar - 1,5Kg de Fromage Blanc - 150g de Manteiga Derretida - 3 C. S de Amido de Milho - 3 C. S. de Farinha Preparação do Bolo Rico: Juntar as gemas com o açúcar. Misturar o fromage blanc e as farinhas. Bater as claras em castelo e envolver no aparelho anterior. Por fim adicionar a manteiga. Levar ao forno a cozer a 180ºC, até ficar dourado. Ingredientes p/ o C. de Salsifis (25 pax):
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- 1 Salsifis - Q.B. Óleo para fritar Preparação do Crocante de Salsifis: Laminar o salsifis com a pele bem lavada. Fritar até ficar dourado. Ingred. Coulis de N. de Baco (25 pax): - 1 Dl de Grand Marnier - 1 C. Chá de Pimenta Preta em Grão - 100g Açúcar - 50g de Manteiga - 1 Laranja - 750 ml de Vinho Monte Mayor Preparação Coulis de N. de Baco: Reduzir o Monte Mayor com a manteiga, adicionar o sumo
cordão de coulis de vinho tinto em redor, colocar uma bola de sorbet de framboesa (HäagenDazs), espetar os crocantes de salsifis e guarnecer com mirtilos, framboesas e groselhas. K Mário Rui Ramos _ da laranja. Juntar o açúcar, o Grand Marnier e a pimenta preta esmagada e peneirada. Reduzir até atingir a consistência desejada. Empratamento: Cortar o bolo em fatia e dispor no centro do prato. Fazer um
(Chef Executivo )
Bocas do galinheiro
O homem tranquilo 7 Às voltas com o “euro”, depois do segundo empate de Portugal, passei os olhos por uma reportagem com os adeptos irlandeses que passeiam a sua alegria e bom humor por França, cantando e bebendo, alguns até irão aos jogos, presumo, quando me lembrei de John Ford, cineasta maior e dileto filho dessa Irlanda, que tanto evocou nos seus filmes, apesar de já ter nascido nos Estados Unidos. E veio-me à cabeça, aquele que para mim é o maior de todos os seus filmes focados nas suas origens: “O Homem Tranquilo” (The Quiet Man, 1952). “Impetuoso e homérico”. Assim se pode caracterizar “Homem Tranquilo”, parafraseando Barry Fitzgerald quando olhou a cama desfeita no dia que se seguiu à noite de núpcias de Mary Kate Danaher e Sean Thornton. Não foi bem assim. Os ímpetos foram outros. Que para o caso muito interessam. Num filme em que todo o universo fordiano se descobre, a sua visão do mundo, humanista, os seus ideais, os seus desvarios, as suas ideias, o amor de Maureen O’Hara (Mary Kate) e John Wayne (Sean), com todos os obstáculos que enfrenta. Não é apenas mais uma “love story”, é toda a História de uma Irlanda a que o realizador regressa, para glorificar e para aí reencontrar as suas raízes, mas também as tradições, os costumes e as convenções, mesmo que já não lhe digam muito, relativamente à maneira de viver no Novo Mundo. Miragem? Não tanto. A caminho de Inisfree, John Wayne, o antigo boxeur, ao deparar-se-lhe pela primeira vez Maureen O’Hara, bela, ruiva de cima-abaixo, camisa azul e saia vermelha, pergunta se ela é real, ao que o velho Barry Fitzgerald
nomerobespalomitas.wordpress.com H
lhe responde ser apenas uma miragem provocada pela sua terrível sede. Porém, a sede era outra. A dos corpos, a das paisagens verdes, dos pubs, das canções tradicionais irlandesas, mas também a sede do amor, ou desejo (?), descobertos mesmo ali, à chegada, corporizado naquela inesquecível e sedutora Mary Kate Danaher. Os dados estavam lançados. O destino dos dois também, doseado por uma incrível carga erótica que Ford consegue emprestar a esta “história de amor para adultos” e que a atravessa de ponta a ponta. No encontro à saída da missa, quando Wayne lhe estende a mão com água benta, suprema blasfémia, um choque atravessa aqueles dois corpos que não mais deixarão de se atrair. Epidérmica, a atracção. Profundo, o desejo. Até ao fim. Primeiro naquele supremo beijo, na cabana,
com o vento a unir os corpos, depois o entrelaçar dos dois no cemitério, a chuva a encharcar-lhes as roupas e a colá-las cada vez mais à pele. “Impetuoso e homérico”. Ford, claro, porque os dois, apenas nas cogitações de Fitzgerald. Por vontade dela só o serão muito depois. Adaptado por Frank S. Nugent duma história de Maurice Walsh, “O Homem Tranquilo” é um marco na filmografia de John Ford, na esteira de filmes que tocaram a gesta da libertação da sua Irlanda como “Mother Machree” (Minha Mãe, 1928), “O Denunciante”, (1935) e “A Taberna do Irlandês”, de 1963. A história até é simples: John Wayne/Sean Thornton começa uma segunda existência, preso todavia a um passado que pretende esquecer (pugilista de êxito nos Estados Unidos, matou o seu opositor do último comba-
te) e que se lhe atravessa sempre nesta segunda “vida” quando sabe que terá que enfrentar o cunhado que se recusa a pagar o dote da irmã, uma luta que ele quer evitar, mas que é inevitável. Para apagar a desonra, não a sua, mas a da mulher. Humilhada, sentia-se, pela atitude do irmão. A dele ele já a lavara, ao contar ao padre, em irlandês, claro, porque há princípios de que não se abdica, a razão e a existência do seu casto casamento. O regresso às origens tem um preço. E Sean teve que pagá-lo, submetendo-se aos códigos irlandeses de Mary Kate, exigindo o pagamento e aceitando a luta. Homérica. Impetuosa. Até ao fim. Até à vitória e à entrega de Maureen O’Hara. Num cinema em que o conjunto é reduzido à essência do movimento dentro dos planos, sempre ligados por um “raccord”
de Câmara fixa, são sempre os actores que se movimentam. E Ford soube escolhê-los. A começar por John Wayne, o eterno “cowboy” do cinema americano e de John For em particular. Com este começou em “Stagecoach” (Calvagada Heróica, 1939). Depois, bem depois são dezenas de filmes, sempre com aquele misto de dureza e ternura que se prolongaram até “A Taberna do Irlandês”. Aqui, é igual a si próprio. Os mitos não se explicam. Do clã irlandês do Abbey Theater, Maureen O´Hara, sempre bela, rebelde e sedutora, de famosos e ruivos cabelos, descoberta por Charles Laughton no Abbey. Começou com Hitchcock em “Pousada da Jamaica”, em 1939. John Ford deu-lhe alguns dos seus melhores papéis. Este “duelo” com John Wayne (contracenaram numa mão cheia de filmes) é seguramente dos maiores. Mas lá estão também Barry Fitzgerald, mais conhecido por “O Bom Pastor”, onde era o padre, ou o seu irmão Arthur Shields. Victor McLaglen (Red Will Danaher, o truculento irmão de O’Hara) recebeu a nomeação para o óscar de melhor actor secundário. Depois de perder à pancada com Wayne perdeu a estatueta para Anthony Quin. Por mim teria nomeado Barry Fitzgerald. Filme síntese do imaginário fordiano, “O Homem Tranquilo” valeu a John Ford mais um óscar do melhor realizador. Justíssimo, pelo que escrevemos atrás. O amor de um homem à sua terra merece, quando é sentido e assumido, todos os prémios do mundo. Até à próxima e bons filmes!K Luís Dinis da Rosa _
Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _
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Moçambique
Projeto evita a malária 6 O projeto “Gubuta A Thinsuna, Evita a Malária” do pré-escolar da Escola Portuguesa de Moçambique (EPM-CELP) foi selecionado para a segunda fase da 13.ª edição do Projeto Ciência na Escola, da responsabilidade conjunta da Fundação Ilídio Pinho e dos ministérios da Educação e da Economia de Portugal. O projeto, o único fora da Europa, foi um dos 15 do escolhidos pelo júri para integrar o primeiro escalão, sendo no total 100 os que serão patenteados na Mostra Nacional, ainda sem data definida. A realização de pesquisa sobre plantas nativas de Moçambique, entre outras, com capacidade repelente de mosquitos e a investigação sobre o ecossistema e o ciclo de vida daquele inseto serviram como ponto de partida da exploração e incentivo da curiosidade dos miúdos,
EPM-CELP H
fazendo surgir o projeto “Gubuta A Thinsuna, Evita a Malária”. Este conta com as participações da Universidade Eduardo Mondlane e do Centro de Investigação da Manhiça, cujos apoios servem para a identificação das plantas adequadas ao clima do país, bem como as suas
funções. A EPM-CELP logrou a aprovação de quatro projectos na 13.ª edição do «Ciência na Escola», mas apenas o do combate à malária, do préescolar, alcançou a segunda fase, integrando o lote dos 100 selecionados. K
Escola Portuguesa de Macau
Romagem à gruta 6 A Escola Portuguesa de Macau realizou a tradicional romagem à gruta. Uma iniciativa muito acarinhada pela comunidade escolar, que reuniu alunos e familiares e que teve a presença do Cônsul de Portugal em Macau. O evento constituiu mais sucesso e serviu para reforçar a cultura portuguesa naquele território. K
desporto
Appacdm nada que se farta 6 A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão deficiente Mental participou, no passado dia 8 de junho, nos 1ºs Torneios Trimestrais da APPACDM do Fundão, na modalidade de natação. Neste evento participaram as delegações da AFACIDASE (Manteigas), AACCB , APPACDM da Covilhã, APPACDM de Fundão, APPACDM de Castelo Branco, ABPG (Gouveia) e CerciG (Guarda). Desportivamente, a APPACDM de Castelo Branco apresentou-
se nesta competição com quatro nadadores, Anabela Antunes, Miguel Rapoula, Rafaela Louro e Raquel Mendes. De salientar, que todos os atletas demonstraram uma grande atitude competitiva, uma vez que bateram os seus recordes pessoais nas provas onde estiveram presentes. No final do torneio foram entregues medalhas a todos os atletas presentes, com o intuito de premiar o esforço e o empenho destes super atletas. K
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Novidades do setor automóvel Classe E chega em setembro
Alfa Romeo Giulia já tem preços
3 A Mercedes-Benz Classe E Station vai chegar a Portugal em setembro. Chega com motor 220d e com um motor 2.0 a debitar 194 cv e na versão E43 AMG com um V6 3.0 responsável por 401 cv. Tratase da nova geração da carrinha alemã e, no design, aproxima-se da nova geração da berlina, com destaque para a linha de tejadilho pronunciada e farolins em LED. K
3 A Alfa Romeo divulgou que a versão de entrada do novo Giulia custará menos de 40 000 euros. Chega em junho e terá menos equipamento que a versão normal, com preço de 41 400 euros, ou 43 700 euros, com caixa automática. A versão mais potente do mesmo motor, com 180 cv tem preços a começarem nos 44 400 euros (46 700 euros com caixa automática) e o 2.9 V6 biturbo Quadrifoglio de 510 cv arracaca nos 96 000 euros. K
Audi com novos A5 e S5 Coupé 3 Está a chegar segunda geração do A5/S5, disponível para encomenda no final do verão. As primeiras unidades deverão chegar no outono. Tem um coeficiente aerodinâmico de 0,25 e é 4,5 cm mais comprido face ao antecessor. A plataforma é a nova MLB Evo, a mesma do A4, o que permite uma redução de peso que pode chegar aos 60 kg. K
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Politécnico do Porto
Porto Executive Academy está criada 6 Com a missão de democratizar o acesso às as escolas de negócios, o Politécnico do Porto criou a Porto Executive Academy (PEA). O lançamento oficial deste novo projeto decorreu dia 6 de junho, no Palácio da Bolsa, conforme é revelado no site oficial do politécnico portuense. Nascida de uma necessidade real de apoio direto às Pequenas e Médias Empresas (PME) e de uma reflexão profunda sobre temáticas ligadas à gestão, a Porto Executive Academy (PEA) surge como uma resposta claramente diferenciadora, pode ler-se naquele portal. Com início de atividade a partir de setembro/ outubro, a PEA assume-se como presença de relevo na formação de executivos, na formação in-company e na investigação técnico-científica aplicada. O objetivo é também, sublinha Rosário Gambôa, presidente do P.PORTO, abrir um debate público centrado no tecido empresarial da região norte, das suas necessidades concretas, promovendo estratégias que contribuam para o efectivo sucesso do tecido empresarial, sobretudo das PME.
“Mudar a forma como se gere as empresas é também mudar a forma como as sociedades se desenvolvem”, explica Armando Silva, coordenador da PEA, contrariando a ideia da formação executiva como uma reflexão académica. A A Porto Executive Academy surge neste cenário com uma aposta na formação cruzada: por um lado competências académicas e científicas, por outro know how empresarial e institucional. Competências transversais, cruzamento de hard skills e soft skills, networking vocacionado para o desenvolvimento empresarial são conceitos chave para a formação executiva. “Preparar também o tecido empresarial para um mercado cada vez mais complexo e globalizado”, acrescenta o embaixador António Martins da Cruz, um dos docentes da Pós-Graduação em Oportunidades Internacionais de Negócios e Investimentos, demonstrando como a Diplomacia Económica potencia e agiliza a performance das empresas no mercado internacional. O evento foi também
Politécnico do Porto
Duas novas escolas 6 O Politécnico do Porto passa a ter oito escolas, informa a instituição no seu site oficial. O Conselho Geral do Politécnico do Porto aprovou , dia 11 de maio, a alteração dos estatutos do Politécnico do Porto com a integração de duas novas escolas. Assim a Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão transforma-se em Escola Superior de Hotelaria e Turismo a partir de 1 de agosto de 2016 e é criada no mesmo Campus II Póvoa
de Varzim/Vila do Conde a Escola Superior de Media Artes e Design. Com esta reorganização, o P.PORTO clarifica e concentra em cada Unidade Orgânica os seus principais clusters de referência para o ensino e formação, na sequência de um processo de reposicionamento estratégico iniciado em 2014. As duas novas escolas entram em funcionamento no próximo ano letivo, disponibilizando uma oferta formativa de 1.º e 2.º ciclos. K
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motivo para celebração de importantes protocolos, dos quais destacamos o convénio estratégico de cooperação com a IESIDE/ Afundación, a primeira escola de negócios da Galiza com uma experiência de quase 30 anos na formação executiva. K Publicidade