Ensino Magazine Edição nº 255

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ENSINO SUPERIOR PÚBLICO

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Estudios de Grado y Máster en Portugal maio 2019 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XXII K No255 Assinatura anual: 15 euros

ensino jovem universidade

UBI assinalou 33 anos

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Évora com novo Pró-Reitor

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Escolas devem ter aulas de educação alimentar

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politécnico

Sai barato estudar no IPCB

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politécnico de leiria

A última aula de João Serra C

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politécnico de setúbal

IPS com nova vice-presidente C

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Direitos Reservados H

politécnico

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politécnico

D’day anima Portalegre

Distribuição Gratuita

alexandra bento, bastonária da ordem dos nutricionistas

universidade

Guarda na rede da dieta

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Coordenação Portugal

Alexandra Bento alerta que as orientações do Ministério da Educação no que respeita ao funcionamento de cantinas e refeitórios escolares «podem não estar a ser cumpridas nos estabelecimentos de ensino». A Bastonária defende uma aposta na literacia alimentar e nutricional dos portugueses. CP2a4

santander promove programa

Bolsas de mobilidade para estudantes O programa começou em abril e abrange 32 universidades e politécnicos portugueses. C p 25

Turismo na Beira Baixa C

Suplemento

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Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas

«As cantinas escolares devem oferecer refeições saudáveis e seguras» 6 Alexandra Bento alerta que as orientações do Ministério da Educação no que respeita ao funcionamento de cantinas e refeitórios escolares «podem

não estar a ser cumpridas nos estabelecimentos de ensino». A Bastonária defende uma aposta na literacia alimentar e nutricional dos portugueses.

No início de maio a Direção-Geral de Saúde (DGS) e a indústria alimentar rubricaram protocolos em prol de uma alimentação mais saudável. Que medi-

da ou medidas destacaria deste acordo? Este acordo peca por tardio? A Ordem dos Nutricionistas considera que este foi um importante momen-

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to para a saúde dos portugueses, uma vez que a reformulação de um conjunto de produtos alimentares irá melhorar o seu perfil nutricional no que respeita aos teores de açúcar, de sal e de ácidos gordos trans, o que determinará um consumo potencialmente mais saudável. Porém, consideramos que as metas de reformulação poderiam ter sido mais ambiciosas, já que para alguns produtos se ficou aquém das reduções inicialmente previstas. De destacar ainda a necessidade de uma maior representatividade do setor agro-alimentar, tanto mais que existem produtos para os quais não se atingiu consenso quanto às suas metas de reformulação, como é o caso dos produtos de charcutaria e os queijos. Por último, consideramos fundamental que seja assegurada a supervisão de todo este processo de reformulação alimentar, garantindo que as metas definidas são cumpridas.

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Há poucos meses foi aberto um concurso para a contratação de 40 nutricionistas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), onde trabalham cerca de quatro centenas de profissionais. Tem dito, repetidamente, que são ainda poucos os profissionais, especialmente no setor público e sabendo quanto custa uma consulta desta natureza no setor privado, pode afirmar-se que ainda é um luxo recorrer a um nutricionista em Portugal? O nutricionista coloca os seus conhecimentos e competências ao serviço da população, seja no setor público (no SNS, ao nível dos cuidados de saúde primários e ao nível dos cuidados de saúde hospitalares), seja no setor privado ou social. O investimento que fazemos na nossa saúde nem sempre é valorizado, sendo com frequência percecionado apenas como um custo. Sabemos que o referido concurso pretende integrar 40 nutricionistas no SNS, no caso concreto nos ;


centros de saúde, número que continua a ser insuficiente face às necessidades e perfil de saúde dos portugueses. Recorrer a um nutricionista, para quem necessita, deveria ser um direito e não só para quem tenha capacidade económica de aceder a uma consulta de nutrição num serviço privado de saúde. O acesso à saúde é um direito e, em Portugal, não está garantido o direito ao acesso à consulta de nutrição nos serviços públicos de saúde. O SNS encontra-se na encruzilhada, ainda a braços com as consequências dos cortes da troika e das cativações. Uma aposta consistente e estratégica na prevenção da saúde dos portugueses resultaria em poupanças no futuro em termos da procura dos serviços públicos. É sabido que o dinheiro não estica, mas como sensibilizar os governantes para esta prioridade em termos de política de saúde? Sabemos que um dos passos para obter ganhos em saúde é reduzir custos de tratamento e internamento. Isto é conseguido através dum investimento estratégico na prevenção de doença e promoção da saúde. A sensibilização dos governantes passa por fundamentar a necessidade deste investimento, uma vez que os maus hábitos alimentares são a principal causa de muitas doenças crónicas cujos tratamentos têm vindo a representar um encargo cada vez maior para o SNS. Apenas 1% do Orçamento do Estado é dedicado à prevenção de doenças, valor que é muito infe-

rior a outros países europeus. Urge uma aposta séria e efetiva na prevenção de doença, designadamente ao nível dos cuidados de saúde primários, pois assistimos a um investimento maioritariamente focado no tratamento e a um cenário em que os portugueses estão a viver mais anos, mas sem saúde. A ausência de saúde tem implicações económicas e sociais, nomeadamente na diminuição da produtividade e aumento dos custos com internamento. Assim, um investimento na prevenção aumentará os anos de vida livre de doença que se traduzirá em maior qualidade de vida da população e uma redução da sobrecarga do SNS. Os dados estatísticos indicam que uma má alimentação mata mais do que o tabaco, o álcool ou o consumo de droga. A prevalência de doenças crónicas associadas a desequilíbrios nutricionais tem merecido o alerta de diversos especialistas. A frase “somos o que comemos” faz cada vez mais sentido? Atualmente os hábitos alimentares inadequados são o fator de risco que mais contribui para os anos de vida saudável perdidos pela população portuguesa. A alimentação adequada tem o potencial de prevenir doenças e aumentar o número de anos vividos com qualidade, assumindo, por isso, um papel de enorme importância. De acordo com o mais recente estudo “Global Burden of Disease”, a melhoria dos hábitos alimentares poderia poupar

em Portugal mais de 233 000 anos de vida. A nível mundial a alimentação inadequada é responsável por um número superior de mortes do que outros riscos como o fumo do tabaco. Segundo o mesmo estudo, mais de metade de mortes relacionadas com a alimentação e 2/3 dos anos de vida saudáveis perdidos associados à alimentação resultam da excessiva ingestão de sódio e da reduzida ingestão de cereais integrais e de frutas. Contudo, mais prejudicial do que ultrapassar as recomendações dos alimentos ou nutrientes cuja presença deve ser limitada na alimentação, é não atingir as recomendações dos alimentos protetores da nossa saúde, onde se incluem os cereais integrais, a fruta e os hortícolas. “Somos o que comemos” porque o que comemos determina a nossa saúde, mas também “comemos aquilo que somos”, pois a alimentação de cada um depende muito daquilo que somos: da literacia, do nível de educação, do gradiente social, do ambiente que nos envolve, da cultura e da capacidade de nos relacionarmos com os outros e com o mundo em que vivemos. Como classificaria o índice de literacia alimentar e nutricional dos portugueses? Metade da população portuguesa terá níveis reduzidos de literacia em saúde e 40% dos consumidores não compreende a informação nutricional básica. Este valor aumenta quando a população apresentava menor nível de escolaridade. De facto, é a população com menores níveis

de escolaridade que menos compreende as informações constantes nos rótulos alimentares. Estes resultados nacionais são preocupantes, revelando a necessidade de aposta na literacia alimentar e nutricional dos portugueses. Sendo a literacia alimentar a base que capacita a população para realizar escolhas alimentares saudáveis, isto é, a sustentação que permite garantir a ingestão alimentar adequada às necessidades nutricionais, a aposta no aumento da literacia alimentar da população tem o potencial de melhorar as escolhas alimentares. A alimentação nas escolas e nas universidades é foco de críticas recorrentes. Qual o feedback que tem da qualidade da oferta alimentar que se pratica nas cantinas escolares? As cantinas escolares devem oferecer refeições saudáveis e seguras que ajudem a satisfazer as necessidades nutricionais e energéticas dos seus alunos. Apesar de todas as orientações publicadas pelo Ministério da Educação para as cantinas e refeitórios escolares, a evidência sugere que estas podem não estar a ser cumpridas nos estabelecimentos de ensino. Algumas não conformidades frequentemente identificadas nas cantinas incluem a falta de variedade de produtos hortícolas na sopa, a ausência ou baixa disponibilidade de hortícolas no prato, predomínio do fornecimento de pratos de carne e ausência de leguminosas no prato. Para ;

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além do incumprimento das recomendações, regista-se frequentemente um elevado desperdício alimentar que se encontra entre os 10 e 38%, tendencialmente inferior no caso da sopa e maior no segundo prato, acompanhamentos e hortícolas. Esta realidade aparenta demonstrar fiscalização insuficiente por parte do Estado relativamente ao equilíbrio nutricional das refeições escolares disponibilizadas. Para a Ordem dos Nutricionistas a alimentação escolar constitui uma prioridade, tendo enviado no início do passado ano uma proposta concreta à Secretária de Estado Adjunta da Educação para integrar nutricionistas nas escolas em todo o país. Estes profissionais seriam responsáveis pela garantia do controlo da qualidade e quantidade das refeições escolares, nomeadamente ao nível da oferta alimentar e da higiene e segurança alimentar, assegurando simultaneamente a adequação alimentar e nutricional da oferta e a respetiva monitorização e fiscalização.

(2015-2016), apenas 36% dos jovens dos 15 aos 21 anos são considerados fisicamente ativos, cumprindo com as recomendações atuais para a prática de atividade física promotora de saúde. O baixo nível de atividade física representa, tal como os hábitos alimentares inadequados, um dos fatores de risco modificáveis responsáveis pelos anos de vida saudável perdidos pelos portugueses. Face à prevalência do sedentarismo em Portugal, que assume valores preocupantes nas classes etárias mais jovens, e à necessidade de melhoria dos hábitos alimentares dos portugueses, a conjugação de uma alimentação adequada com o aumento da atividade física permitirá maximizar os ganhos em saúde. Nos últimos tempos surgiram muitas tendências alimentares no mercado, com a promessa de resultados físicos rápidos. A proximidade do verão leva a que muitos e muitas recorram às popularmente chamadas de “dietas da moda”. Como nutricionista que conselho daria a uma pessoa com esta intenção? Com a aproximação do verão surgem no mercado dietas “da moda” para quem procura emagrecer rapidamente, contudo deve haver precaução. Estas dietas podem apresentar riscos para saúde se implementadas sem base científica e sem o devido acompanhamento por um nutricionista, de forma a garantir uma abordagem individualizada e a existência da intervenção nutricional mais adequada a cada indivíduo, face às suas necessidades e características individuais. Para que a perda de peso seja eficaz é importante que a abordagem seja personalizada, com definição de objetivos realistas e acompanhamento ao longo do tempo. O emagrecimento com saúde consiste ainda na aposta num estilo de vida saudável com planeamento e proficiência em escolhas alimentares saudáveis durante todo o ano.

Em termos alimentares, em especial na vertente escolar, os constrangimentos económicos e financeiros prevalecem relativamente aos valores da saúde? Os constrangimentos económicos são um dos fatores que podem dificultar o acesso a uma alimentação equilibrada. Contudo, e enfocando na vertente escolar é possível fazer com o mesmo Orçamento do Estado, mais e melhor, é neste sentido que vai a proposta da Ordem dos Nutricionistas. Continuando na vertente do ensino: veria com bons olhos a inclusão nos programas curriculares de aulas de educação alimentar ministrada desde os níveis inferiores? Sim, sem dúvida. Existe evidência científica de que as escolas devem promover abordagens continuadas e multicompetentes, desenhando estratégias com vista a incluir a componente alimentar no currículo, que poderia ser ministrada por professores devidamente treinados para o efeito por nutricionistas. Esta medida contribuiria para aumentar a literacia alimentar e capacitar os alunos para escolhas alimentares saudáveis, trabalhando conhecimentos, comportamentos e atitudes. Há um ano entrou em vigor um decreto-lei que determinava a substituição de alimentos menos saudáveis nos bares, cafetarias e refeitórios dos hospitais. Impunha-se a aplicação de uma medida semelhante nas escolas? De referir que a Direção-Geral da Educação tem documentos orientadores da oferta alimentar para os bufetes e máquinas de venda automática, bem como para as cantinas. Contudo, na Educação são compreendidos como referenciais, e por outro lado na Saúde tratam-se de despachos com cariz obrigatório. Neste sentido, a implementação de uma medida semelhante nas escolas poderia contribuir positivamente para a melhoria da oferta alimentar. Contudo, não deve ser vista como a única medida a tomar, uma vez que a modificação da oferta alimentar deve ser acompanhada de medidas que incidam sobre a modificação da procu-

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ra alimentar, como é o caso da educação alimentar, com objetivo de contribuir para escolhas alimentares saudáveis e, consequentemente, para a saúde, bem-estar e qualidade de vida das crianças e jovens. A obesidade e o sedentarismo, reforçado pelo aumento exponencial do consumo de informação e entretenimento nos tele-

móveis, televisões e PlayStation, são marcas na população portuguesa, alcançando valores preocupantes nas classes etárias mais jovens. Considera uma emergência nacional promover uma cultura de saúde através de uma alimentação correta em articulação com a prática de exercício físico? De acordo com o último Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física

CARA DA NOTÍCIA Um combate pela saúde dos portugueses 6 Alexandra Bento é Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, doutorada em Ciências do Consumo Alimentar e Nutrição pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto e mestre em Inovação Alimentar pela Universidade Católica Portuguesa, onde é professora convidada e regente das unidades curriculares de Política Alimentar e Nutricional, Nutrição Humana e Gastrotecnia. Foi durante mais de uma década presidente da Associação Portuguesa dos Nutricionistas, onde abriu caminho para a criação da Ordem dos Nutricionistas. Iniciou o seu percurso profissional como nutricionista no Hospital de Amarante, sendo atualmente assessora superior de nutrição da Administração Regional de Saúde do Norte. Pela sua ação na defesa e promoção de hábitos alimentares saudáveis, recebeu a Medalha de Mérito Grau Ouro da Câmara Municipal do Porto em 2015 e foi distinguida pela Medalha de Ouro do Ministério da Saúde em 2018. Autora de várias publicações científicas e artigos de opinião, em 2017 publicou o livro “Comer bem é o melhor remédio”.

Tendo em conta a necessidade de cuidados de saúde permanentes e crescentes numa população envelhecida, a profissão de nutricionista afigura-se para os novos profissionais como uma carreira com boas perspetivas de futuro? As necessidades de atuação do nutricionista a nível clínico, comunitário e de saúde pública são inquestionáveis. O envelhecimento da população e o aumento da esperança média de vida dos portugueses poderá exacerbar mais ainda estas necessidades. Reveste-se de enorme importância a efetiva integração de nutricionistas em todas as estruturas que lidem direta ou indiretamente com a temática da alimentação e da nutrição, para que se concretizem as ações necessárias no que respeita ao tratamento e prevenção de doenças. O perfil de saúde do nosso país reflete a urgência e a necessidade da intervenção destes profissionais. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H

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Investigadora vence

Casaco inteligente made by UBI 6 Caroline Loss, investigadora da Universidade da Beira Interior (UBI), foi uma das vencedoras da competição internacional Techtextil Innovations Awards, destinada a projetos inovadores da área têxtil. O E.caption 2.0 alcançou um dos dois prémios da categoria Nova Aplicação. O projeto é a continuidade do trabalho desenvolvido pela investigadora durante o doutoramento em Engenharia Têxtil, na UBI. Combinando design, engenharia têxtil e engenharia de telecomunicações, é um casaco para ser usado por técnicos de manutenção de torres de telecomunicações. Trata-se de um Equipamento de Proteção Individual (EPI) que alerta o portador para a sobreposição a níveis de radiação. “Quando é preciso fazer reparações nestas antenas, o corrente é

deitar abaixo o sinal para proteger os técnicos, mas isso deixará de ser necessário com o uso do E-caption 2.0, uma vez que este casaco tem uma camada de condutores que bloqueiam as radiações”, refere Caroline Loss, citada pelo T Jornal. O casaco inteligente, exemplo da investigação de ponta que se produz na UBI, acaba assim reconhecido nesta 15ª edição do Techtextil Innovations Awards, competição que premeia o talento de jovens investigadores com trabalhos meritórios na procura de soluções inovadoras para o setor. Os prémios foram entregues na abertura da “Techtextil, International Trade Fair for Technical Textiles and Nonwovens”, feira de negócios para a indústria têxtil e de vestuário, que decorre em Frankfurt am Main, na Alemanha, até dia 17 de maio. K

Na Covilhã

Propinas baixam de preço 6 A propina anual dos cursos de 1.º Ciclo e Mestrado Integrado da Universidade da Beira Interior (UBI) vai ser de 871,52 euros já a partir do próximo ano letivo, o que representa uma redução de 165 euros em relação ao valor em vigor (1037,20 euros). A decisão harmoniza a propina com a medida inscrita no Orçamento Geral do Estado para

2019, que define um novo teto máximo da importância a pagar pelos estudantes de Licenciatura ou Mestrado Integrado em Portugal, cerca de 20 por cento inferior ao valor fixado anteriormente. A redução não abrange os alunos do regime de estudante internacional que frequentem os mesmos graus de ensino incluídos na nova regra imposta pela tutela. K

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Universidade assinala 33 anos

UBI com 7500 alunos 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) comemorou, no dia 30 de abril, o seu 33.º aniversário, numa cerimónia que ficou marcada pela outorga do Diploma de Professor Emérito a José António Martinez Souto de Oliveira, professor Catedrático da Faculdade de Ciências da Saúde. António Fidalgo, reitor da UBI, aproveitou a ocasião para lembrar, com “orgulho”, que hoje a UBI conta com 7.500 estudantes, dos quais 1.500 (20 por cento) são estrangeiros provenientes de 47 países, nomeadamente, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné e Timor. Numa instituição que “tem o mundo como horizonte”, o objetivo passa agora por atrair alunos provenientes de outras latitudes,

como Equador, Peru e Panamá, mas também China. No discurso que marcou as celebrações, o reitor António Fidalgo criticou o subfinanciamento da instituição e a falta de autonomia, lembrando a interferência crescente do poder político na vida da instituição e dando o exemplo do caso mais recente, o da uniformização do valor da propina, que passa já no próximo ano letivo de 1.063 para 871,52 euros. António Fidalgo receia que “não haja reposição na íntegra, ou mesmo que não haja reposição alguma” deste diferencial, à semelhança do que aconteceu com as reposições salariais. Admitindo que a “cantilena” do subfinanciamento da UBI “já irrita”, O Reitor defende que “é

preciso que irrite muito mais”, deixando o desafio: “que todos os políticos de Lisboa que venham à Cova da Beira sejam confrontados com a injustiça clamorosa do subfinanciamento da UBI”. Apesar da situação, e no dia do 33º aniversário, a UBI provou em Conselho Geral as contas de 2018. O ano encerrou com um défice de 700 mil euros, abaixo dos 1,3 milhões projetados. A instituição recebeu no ano passado 24 milhões de euros do Orçamento de Estado e gerou, através de receitas próprias, nove milhões. Por este conjunto de factos, o reitor da UBI revela que quando é questionado acerca da situação atual da instituição, a resposta é, invariavelmente: “vai bem de ânimo, mas mal de orçamento”. K

Ensino Magazine atribui prémio 6 O Ensino Magazine distinguiu um dos melhores alunos da Universidade da Beira Interior, com uma bolsa de mérito monetária. Este ano foi distinguido Pedro Damasceno Lopes, do curso de 1º Ciclo de Estudos em Ciências da Comunicação , tendo o prémio sido entregue por Carine Pires, em representação do diretor da publicação, João Carrega. A atribuição de bolsas de mérito aos melhores alunos das instituições de ensino superior parceiras do Ensino Magazine faz parte da vertente social da publicação. Anualmente são entregues cerca de uma dezena de bolsas. K

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UNIVERSIDADE

ENSINO MAGAZINE

Nacionais Universitários

Guarda Capital Europeia da Cultura

UBI recebe campeonatos

UBI organiza eventos

6 Os campeões nacionais universitários do próximo ano vão decidir-se na Cova da Beira, depois de a Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) ter escolhido a candidatura proposta pela Universidade da Beira Interior (UBI), Associação Académica (AAUBI) e câmaras municipais da Covilhã e Fundão. O grande evento desportivo onde intervêm centenas de estudantes do ensino universitário e politécnico vai assim regressar à região, sete anos depois. As decisões finais dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s) de 2020 vão abranger as provas de Andebol, Basquetebol, Futsal, Rugby 7, Voleibol, Hóquei em patins e Futebol 11. Além destas sete modalidades coletivas, inclui a competição de Atletismo de Estrada. Com o sucesso da candidatura, a população dos dois concelhos terá oportunidade de assistir a um evento onde habitualmente competem alguns dos mais promissores, ou já consagrados, desportistas nacionais.

FADU H

As provas terão lugar nos pavilhões 1 e 2 da UBI, do Clube Desportivo da Covilhã, do Pavilhão Unidos Futebol Clube do Tortosendo (Covilhã), Pavilhão Municipal do Fundão, Pavilhão da Associação Desportiva do Fundão e Pavilhão Gimnodesportivo de Valverde, situado no mesmo concelho. O Complexo Desportivo da Covilhã e o Complexo Desportivo da Estação são outros locais de competição. A decisão foi anunciada pela FADU no dia, 18 de abril, um dia

depois de a candidatura ter sido entregue simbolicamente, na presença de todas as entidades envolvidas. Na ocasião, Daniel Monteiro, presidente da Federação que organiza os CNU’s, elogiou a parceria entre UBI, AAUBI e as autarquias. Desde logo, a candidatura já é vencedora “por encontrar sinergias entre entidades”, disse o dirigente da FADU, acrescentando que a UBI tinha sido “excelente” anfitriã de organizações nacionais da Federação, ao longo das mais diversas épocas desportivas”. K

Concurso farmácia do futuro

Arquiteto da UBI no topo 6 Fábio Silva Santos, diplomado em Arquitetura pela Universidade da Beira Interior (UBI), venceu o concurso internacional ‘Future Pharmacy’, que decorreu em Bolonha, em abril, e desafiava os participantes a repensarem a organização do espaço de farmácia. O seu projeto foi considerado o melhor entre 170 concorrentes da competição promovida pela Th.Kohl, nome histórico ligado ao design de estabelecimentos deste tipo. A ideia vencedora foi apresentada pelo gabinete de arquitetura Solo Atelier, do qual Fábio Silva Santos é cofundador. “Tem como base a construção modular de uma grelha que permite uma fácil reorganização do espaço”, sendo que “a leveza desta estrutura é intercalada por um conjunto de módulos que se distribuem de forma orgânica pelo espaço e definem diferentes tipos de experiência para o utilizador, que vão desde o atendimento e acompanhamento tradicional cara a cara, até à interativida-

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de com sistemas de serviço autónomos”, refere uma nota do gabinete. Esta “farmácia do futuro” apresenta um conjunto de espaços de serviço à comunidade, como cafetarias nutricionais, ou apoios educativos para crianças, que visam a alteração da habitual memória e experiência que o utilizador obtém em espaços de farmácia. Deverá agora ser alvo de desenvolvimento e detalhe, de forma a ser implementado em diversos estabelecimentos farmacêuticos no continente europeu.

Fábio Silva Santos concluiu a formação académica no Mestrado Integrado em Arquitetura na UBI. Colaborou na Serrano+Baquero Arquitectos e na Barbosa e Guimarães Arquitectos, desenvolvendo concursos internacionais e projetos de escala variada, tendo tido responsabilidades na coordenação e acompanhamento de projetos. Foi finalista do concurso Awa Ideas Competitions Coworking Space_Oporto e 2º classificado no Concurso Internacional de Arquitectura EUROPAN 13, Feldafing, Alemanha (colaboração com Serrano+Baquero). K

6 A Universidade da Beira Interior (UBI) organiza, nos dias 24 e 30 de maio, duas atividades de apoio à candidatura da cidade da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027. Denominadas ‘17 Municípios Do Alto da Cultura’ e ‘Dispers’ARTE’, os eventos estão a cargo das turmas finalistas de Ciências da Cultura e de Ciências da Comunicação, em parceria com outras entidades envolvidas na Candidatura. O evento ‘17 Municípios do Alto da Cultura’, previsto para 24 de maio, às 18h30, no Teatro da Parada, inclui uma performance de dança pela Academia de Dança e Música do Fundão, uma dramatização do poema ‘Mito da Conceição’ e a atuação do Coletivo Foice, de Edgar Vicente. Ainda neste dia, a partir das 10 horas,

um conjunto de pintores da Covilhã participa numa pintura coletiva e Ana Gonçalo expõe uma instalação de feltragem artística. A ‘Dispers’ARTE’, prevista para 30 de maio, às 21 horas, junta cinema, música e pintura. Começa com a exibição de quatro curtas-metragens que abordam a diáspora, tema central da Candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura: ‘Os Salteadores’, de Abi Feijó, ‘Água Mole’, de Laura Gonçalves, ‘Xá, 21 da Rua da Esperança’, de Luís Batista, e ‘Da Meia Noite pró Dia’, de Vanessa Duarte. Os realizadores Laura Gonçalves e Luís Batista participam numa conversa com o público. Atuará ainda o projeto musical Homem em Catarse e, durante o evento, o pintor Helénio Mendes criará uma obra ao vivo. K

Mestrados e doutoramentos

Acreditações na UBI 6 A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) acaba de acreditar, por seis anos, os mestrados e doutoramentos em Ciências do Desporto e em Gestão, e ainda os mestrados em Gestão de Unidades de Saúde e em Empreendedorismo e Criação de Empresas, que funcionam na Universidade da Beira Interior. A decisão resulta do parecer positivo emitido pelas comissões de avaliação externas, compostas por especialistas selecionados pela A3ES. Estes elementos justificaram a recomendação para a acreditação com as condições que encontraram na UBI e que são garantia da qualidade do ensino ministrado nessas áreas, em diversos parâmetros. Os seis cursos avaliados integram a oferta formativa da Faculdade de Ciências Sociais e HumaPublicidade

nas (FCSH), mais precisamente os departamentos de Ciências do Desporto (DCD) e de Gestão e Economia (DGE). A avaliação oficial positiva da A3ES vem ao encontro do reconhecimento da qualidade do trabalho alcançado por ambos os departamentos e que tem colocado em destaque a estrutura, os docentes e os alunos. Prova disso são os rankings internacionais que consideram estas áreas das melhores do mundo, em avaliações que abrangem centenas de universidades. Nos últimos anos, o Departamento de Ciências do Desporto surge listado duas vezes no Ranking de Shanghai, enquanto a área de Gestão e Economia aparece associada à posição de destaque da UBI no ranking setorial do Times Higher Education intitulado “Business & Economics”. K


Novo Pró-Reitor em Évora

Paulo Infante toma posse 6 Paulo Infante, docente do Departamento de Matemática da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora (UÉ) tomou posse como pró-reitor da UÉ. A Cerimónia Pública de Tomada de Posse teve lugar no dia 3 de maio de 2019, na Sala de Docentes do Colégio do Espírito Santo da UÉ. O novo pró-reitor da UÉ, sublinhou a importância da implementação e desenvolvimento da Plataforma do Conhecimento, coordenando o Gabine-

te de Apoio à Inovação, Transferência, Empreendedorismo e Cooperação (GAITEC), sob a tutela do vice-reitor para o Empreendedorismo e Inovação, Soumodip Sarkar. Licenciado em Matemática - Ramo de Probabilidades e Estatística pela Universidade de Évora, doutorou-se em Matemática pela mesma Universidade. Atualmente é professor auxiliar no Departamento de Matemática da Escola de Ciências e Tecnologia da UÉ e investigador no

Centro de Investigação em Matemática e Aplicações (CIMA), participando e coordenando diveros projetos de investigação, nomeadamente o projeto MOPREVIS: Modelação e predição de acidentes de viação no distrito de Setúbal, estabelecido entre a UÉ e a Guarda Nacional Republicana. K Publicidade

Summer School 2019 Inspira-te Intercâmbio

Évora e Cáceres juntos no desporto 6 A Universidade de Évora, através do Departamento de Desporto e Saúde e a Universidad de Extremadura, Facultad de Ciencias del Deporte, realizaram conjuntamente no dia 7 de maio, uma Ação de Promoção da Eurorregião EUROACE – Alentejo–CentroExtremadura denominada de IVº Intercâmbio Gímnico Alentejo (Évora) - Extremadura (Cáceres) 2019. A iniciativa realizou-se pela 4ª vez, em Cáceres e constou de um intercâmbio entre as duas Universidades de Portugal e Espanha, onde foram implicados alunos das duas Universidades. Os objetivos propostos foram superados visando em todo o momento o enriquecimento curricular dos

alunos do curso de Ciências do Desporto das Universidades, mas principalmente da Universidade de Évora, que no âmbito da disciplina de Desportos Gímnicos tiveram oportunidade de intercambiar experiências dentro das diferentes disciplinas gímnicas, com professores e colegas de outro país, utilizando materiais e metodologias de ensino de excelência, inexistentes no Alentejo. A visita teve também uma componente cultural, pois foi proporcionado aos alunos uma visita ao “Casco” Antigo da Cidade de Cáceres, declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1986, e que possui um dos conjuntos da Idade Média e do Renascimento mais completos do Mundo. K

24 junho a 19 julho

INSCRIÇÕES ABERTAS

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www.ensino.eu MAIO 2019 /// 07


UNIVERSIDADE

ENSINO MAGAZINE

Universidade de Évora presente

Os museus do futuro Advogados

Évora com Ordem 6 A Universidade de Évora (UÉ), através da Escola de Artes assinou, a 9 de maio, um protocolo de colaboração com a Ordem dos Advogados, Conselho Regional de Évora, com o objetivo de desenvolver iniciativas de âmbito cultural e artístico. Assinado por António Candeias, vice-reitor da Universidade de Évora, por Ana Telles, diretora da Escola

de Artes e por Carlos Florentino, presidente da Ordem dos Advogados, Conselho Regional de Évora, o documento formaliza desta forma a cooperação entre as entidades para o desenvolvimento de atividades culturais e artísticas, no âmbito das diversas áreas científicas integrantes na Escola de Artes, nomeadamente no âmbito dos Departamentos de

Artes Visuais e Design, Música, Arquitectura e Artes Cénicas. Uma das atividades previstas, prende-se com a realização da exposição, dos alunos do curso de Artes Plásticas e Multimédia do Departamento de Artes Visuais e Design, com as propostas de trabalho patente no Salão Nobre desta Ordem e Advogados. K

6 Investigadores da Universidade de Évora (UÉ) integram o recém-criado grupo de projeto para os “Museus do Futuro”, criado pelo Governo, informou a Universidade em nota de imprensa. O grupo, composto por diversos representantes das áreas da Cultura, dos Negócios Estrangeiros, da Defesa Nacional, da Economia, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Educação, tem como missão “identificar, conceber e propor medidas que contribuam para a sustentabilidade, a acessibilidade, a inovação e a relevância dos museus”, sob dependência da Direção-Geral Património Cultural e das Direções Regionais de Cultura. Da área da Cultura, integra o grupo Clara Frayão Camacho, Doutorada em História pela Universidade de Évora, técnica superior na Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e por Ana Carvalho, doutorada em História e Filosofia da Ciência, especialização Museologia pela UÉ, investigadora do CIDHEUS da mesma Universidade. Em representação dos museus na dependência da DGPC e das Direções Re-

gionais de Cultura personalidades que exercem funções consultivas no âmbito do regime de autonomia de gestão dos museus, monumentos e palácios, composto, entre outros, por João Brigola, Professor do Departamento de História da Escola de Ciências Sociais da UÉ e investigador no CIDHEUS e IHC_CEHFCi da Universidade de Évora. Como indicado no despacho, foram escolhidos “entre personalidades de reconhecido mérito cujo perfil seja considerado de relevância para a missão e os objetivos estabelecidos, sendo designados por despacho do membro do Governo responsável pela área da Cultura, após indicação, pelos restantes membros do Governo dos respetivos representantes”. O documento determina que o grupo de projeto deve “convidar a participar nos trabalhos personalidades de reconhecido mérito e representantes de entidades, públicas ou privadas, incluindo das organizações representativas do setor da museologia”, designadamente a Associação Portuguesa de Museologia (APOM) e o International Council of Museums (ICOM) Portugal. K

Univeridade

Évora distingue alumni Conferência

Évora e o turismo 6 A Universidade de Évora acolheu a conferência “Turismo Cultural, Gastronomia e Alojamento em Évora: que relação?”, no passado dia 14 de maio. A iniciativa, organizada pelos alunos da disciplina de Planeamento de Eventos e Animação Turística (Disciplina do Curso de Turismo e do Curso de Línguas e Literaturas - Ramo Línguas e Turismo), teve a coordenação da docente Noémi Marujo, e decorreu no au-

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ditório nobre do Colégio do Espírito Santo. A sessão de abertura teve a presença Maria Manuel Serrano, diretora do Departamento de Sociologia, António Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, Eduardo Luciano, vereador da autarquia de Évora, e Ana Birrento, diretora do curso de Línguas e Literatura. O evento contou com as intervenções de Jaime Serra (Universi-

dade de Évora), Miguel Breyner (Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal) e Filipe Simões (diretor da Pousada de Arraiolos e Pousada de Lóios), Ana Sanches, Ana Santos, Ana Fonseca e Teresa Correia (Universidade de Évora), Rui Amaral (Confraria Gastronómica do Alentejo), e Gonçalo Queiroz (Restaurante Origens). A moderação do evento esteve a cargo de Maria do Rosário Borges e Joana Lima, docentes da Universidade de Évora. K

6 A Universidade de Évora (UÉ) vai atribui o Prémio Carreira Alumni UÉvora, com o objetivo de reconhecer um(a) diplomado(a) que se tenha destacado pela sua carreira profissional e cívica e que, sendo uma referência para os seus pares e para a sociedade, contribua para a consolidação da imagem da UÉ enquanto instituição de ensino de referência. São candidatos ao Prémio Carreira Alumni UÉvora qualquer diplomado(a) da UÉ, independentemente do grau (licenciatura, mestrado ou doutoramento) que lhe tenha sido atribuído pela Universidade e que seja proposto para o efeito. O período de apresentação de candidaturas está a decorrer até

19 de junho 2019. A avaliação do Júri e anúncio do vencedor(a) será feito até 31 de julho com a entrega do prémio em cerimónia pública, a realizar no dia 1 de novembro, Dia da Universidade de Évora. Os proponentes devem formalizar as candidaturas através de correio eletrónico, para alumni@uevora.pt. O Programa Alumni da Universidade de Évora visa desenvolver “uma relação duradoura com todos os alumni, criando uma comunidade mais ativa na vida da Universidade”, onde através do despertar do sentimento «de volta a casa», “pretendemos que os alunos e os alumni se envolvam e valorizem emocionalmente esta relação”. K


Alunos promovem evento

D’day anima Portalegre Equinicultura

Elvas com melhores condições para cursos 6 O Complexo de Animação e Formação Equestre de Elvas (CAFEE) tem uma nova área de cavalariças, a qual irá beneficiar, em particular, os alunos da licenciatura em Equinicultura e do curso Técnico Superior em Desporto e Formação Equestre, da Escola Superior Agrária do Politécnico de Portalegre. Deste modo, passaram a estar disponíveis mais 21 boxes, tendo sido duplicada a capacidade do espaço para a acomodação de cavalos, de que os estudantes podem usufruir, caso tenham essa possibilidade/interesse. Embora os cur-

sos sejam frequentados por alunos que não dispõem de cavalo próprio – e, nestes casos, a Escola os faculte – a maioria não abdica de trazer o seu cavalo para as aulas. Devido ao aumento do número de alunos, deixou de ser possível dar resposta a todos os interessados; um problema agora resolvido. Nestas cavalariças, existe também um tronco para contenção de cavalos, para utilização nas aulas práticas do CTeSP em Cuidados Veterinários e da licenciatura em Enfermagem Veterinária. A obra esteve a cargo da Câmara Municipal de Elvas. K

6 Os alunos do curso de Design de Comunicação do Instituto Politécnico de Portalegre voltaram a organizar mais uma edição do evento D’day, com atividades entre 7 a 9 de maio, no Campus Politécnico. Este ano, foram abordadas temáticas relacionadas com eco design, food design e produtos endógenos. Nos dias 7 e 8 de maio, realizaram-se três workshops, nas áreas de serigrafia, encadernação e fotografia. Dia 8, ao final do dia, o evento subiu à cidade para a inauguração da exposição de trabalhos dos alunos finalistas de Design de Comunicação, no Pátio da Casa caféconcerto. No dia 9 no período da manhã realizaram-se as apresentações do DesignLab4U IPLisboa e das propostas de marca gráfica para o mestrado de Design de Identidade Digital do IPPortalegre. À tarde, tiveram lugar as palestras a cargo de especialistas convidados. Cristina Sanabria, responsável pela empresa espanhola Harca,

foi convidada para partilhar a sua experiência nas áreas da sustentabilidade e branding digital. Para falar sobre produtos endógenos, esteve presente José Júlio Vintém, chef e proprietário dos restaurantes Tombalobos em Portalegre e Pica Miolos em Lisboa. Foram entregues os trabalhos de design realizados durante a iniciativa de responsabilidade social “8i”, que este ano beneficiou os seguintes projetos/ organizações: Dress a Girl Around

The World – Portalegre; APPACDM; MyFriend; Centro de Dia do Clube Estrela e Trilhosmouros. O evento encerrou com um lanche de produtos endógenos, oferecidos por várias empresas da região. No próximo ano será o 10º D’day e os alunos do curso de DC já deram inicio à preparação do evento, que desde o primeiro momento conta com o apoio do Politécnico de Portalegre, em dias que trazem à Escola, alunos diplomados, referências de várias áreas, e gentes da nossa terra, celebrando o design. O D’day é um evento anual, organizado pela licenciatura de Design de Comunicação da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Portalegre, desde 2010, para celebrar o Dia Mundial do Design. A efeméride assinala-se a 27 de abril para comemorar a data da fundação da Icograda - the International Council of Graphic Design Associations (1963). K

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Estudantes promovem semana

Politécnico de Portalegre mais internacional 6 A 3ª Semana Internacional do se Politécnico de Portalegre que contou com mais de 50 participantes, oriundos de mais de 20 países, numa iniciativa realizada entre os dias 13 e 17 de maio. Neste evento, os participantes desenvolveram sessões de ensino para os alunos e participaram em eventos de formação e reuniões com os diversos departamentos e secções do Politécnico de Portalegre de acordo com o seu interesse. Para além das sessões de trabalho, foi ainda proporcionada aos visitantes do Politécnico de Portalegre a oportunidade de conhecerem alguns locais mais emblemáticos da região e de visitarem empresas e instituições de relevo. O sucesso alcançado na presente edição é o resultado da forte aposta que o Politécnico de Portalegre tem vindo a desenvolver ao nível da internacionalização, especialmente nos últimos anos, sendo o número de estudantes internacionais cada vez

Guarda faz jornadas T O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) realizou, dia 16 de maio as VII Jornadas de Marketing. Neuromarketing, Marketing no Empreendedorismo e na Inovação, Marketing Digital, Marketing Escolar e a Subtil Arte de Saber Escutar, Marketing no Setor Automóvel, Marketing nos Vinhos e na Gastronomia e Marketing Internacional foram os principais temas abordados. Estas jornadas foram organizadas pelo Núcleo de Curso de Marketing e tiveram lugar no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão/IPG. K

mais significativo e atratividade institucional bons exemplos do sucesso desta estratégia. Dentro das atividades da semana internacional comemorouse ainda o Dia de África, organizado pelo Núcleo de Estudantes Africanos do Politécnico de Portalegre, que contou com uma mostra cultural vastíssima, que culminou numa mostra gastronómica para a comunidade académica. K

Engenharia Civil celebra aniversário T No Instituto Politécnico da Guarda vai ser assinalado no próximo dia 24 de maio o trigésimo aniversário do curso de engenharia civil. O programa engloba uma sessão, a ter lugar pelas 14H30, no auditório dos Serviços Centrais do IPG, onde serão evocados os 30 anos do curso lecionado no IPG. K

dias 27 e 29 de maio

Formar para Jogar na Guarda 6 “Formar para jogar - desafiar meninos e meninas a jogar” é o tema da ação de formação que decorrerá no Instituto Politécnico da Guarda no próximo dia 27 de maio. A inscrição nesta iniciativa (que terá lugar entre as 14 e as 19 horas) é gratuita, mas obrigatória para todos os participantes. “A constante evolução e mediatização do futebol bem como a sua atratividade, tem sido acompanhada por uma enorme preocupação sobre a democratização da sua prática a diferentes públicos, mas muito especialmente ao nível da formação desportiva e técnica”, foi referido, pela organização, a propósito desta ação formativa. As competências a desenvol-

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informática no IPG

abordar e a refletir nesta ação de formação pelos conferencistas Marisa Gomes, Rui Pacheco, Paulo Gomes, Mónica Jorge e José Couceiro.

ver e como desenvolvê-las, com a Escola de Futebol Hernâni Gonçalves: como ensinar a jogar futebol; as meninas também sabem jogar; quais os desafios para a formação de jogadores em Portugal; e a apresentação da Academia do Sporting Clube de Portugal - centro de formação de excelência, serão as principais temáticas a

Avaliação Isocinética Entretanto, a Sociedade Portuguesa de Biomecânica, em parceria com o Instituto Politécnico da Guarda, vai organizar, no dia 29 de maio um workshop sobre a Avaliação Isocinética no Futebol: da Teoria à Prática. Neste workshop serão abordados os conceitos teóricos da dinamometria isocinética, a par de uma sessão prática para avaliação dos momentos articulares bilaterais do joelho e sua interpretação na prevenção e recuperação de lesões e retorno ao jogo no futebol. K

T No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) decorreram no passado dia 2 de maio as Jornadas de Engenharia Informática. Tratou-se de um evento anual organizado pelo Núcleo de Engenharia Informática e pela UTC de Informática do IPG, integrando palestras, workshops e visitas a laboratórios do Politécnico da Guarda. Estas Jornadas, que se realizam há mais de 16 anos, permitem a toda a comunidade participar num encontro inovador que tem como principal objetivo dar a conhecer as novas tecnologias de informação e comunicação, bem como os proje-

tos realizados no IPG. Destinadas aos alunos do ensino superior, e à comunidade em geral, as JEI permitiram uma atualização e aquisição de conhecimentos nas áreas referenciadas. K

Portalegre debate Euclides T O Politécnico de Portalegre acolheu nos dias 2 e 3 de maio, o 26º Euclides-Network General Meeting, um encontro internacional entre instituições de ensino superior nas áreas da engenharia e tecnologias de toda a Europa. A edição deste ano teve por base o tema “Education and Research for the Next Decade”. K

Jornadas de Educação T A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Portalegre realizou a terceira jornada sobre educação e proteção de crianças e jovens em risco, no dia 10 de abril. A iniciativa contou com as intervenções de representantes da Segurança Social, da PSP e da GNR, que participaram num mesa-redonda em que foi debatido o papel das forças de segurança e segurança social na proteção à infância. K

Leitura solidária T Decorreu durante o mês de abril e início de maio, no Serviço de Pediatria do Hospital Doutor José Maria Grande, no Centro Comunitário e Social de S. Bartolomeu e na Escola da Praceta (Pré-escolar), mais uma edição do projeto “Leitura solidária”. Recorrendo à narração de estórias de literatura infantojuvenil, a iniciativa foi criada com o objetivo de pacificar as emoções das crianças internadas. Por acréscimo, a ação estendeu-se a jardins de infância. K


Politécnico de Setúbal

Susana Piçarra é vice

24H de Turismo

IP Setúbal em terceiro 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) conquistou o terceiro lugar na 1.ª edição das ‘24 Horas de Turismo’, competição nacional que decorreu em Alter do Chão (Portalegre) entre os últimos dias 2 e 3 de maio, promovida pela SFORI, consultora nas áreas de desenvolvimento organizacional e marketing, com o apoio do Turismo de Portugal. No desafio, em que estiveram envolvidos 54 participantes, oriundos de seis instituições de ensino superior de todo o País, o IPS esteve representado pela equipa “ESCE”, do 1.º ano do Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Gestão de Turismo, formação partilhada entre as escolas superiores de Ciências Empresariais (ESCE) e de Educação (ESE), que regressou a casa como um dos três grandes vencedores,

entre 12 equipas concorrentes. Catarina Pinto, Inês Frazão, Marcelo Ventura, Raquel Antunes e Ruben Carvalho foram os estudantes premiados nesta iniciativa que visa o “incentivo e motivação de uma atitude dinâmica, esclarecida e empreendedora dos recursos humanos do sector do turismo, em Portugal”. A primeira classificada foi a equipa ‘TCP LX’, da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, e o segundo lugar coube aos estudantes da Escola Superior de Gestão de Idanha-aNova do Instituto Politécnico de Castelo Branco, com a equipa “IDATUR”. As ‘24 Horas de Turismo’, evento pioneiro, conjugou pela primeira vez as componentes de competição e formação, recorrendo a metodologias de ensino inovadoras, baseadas na experiência no terreno. K

6 Susana Piçarra é a nova vice-presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), tendo tomado posse a 6 de maio. Será responsável pelos pelouros da Investigação e Desenvolvimento, Inovação e Internacionalização, áreas consideradas estratégicas tendo em conta os novos desafios que se colocam atualmente ao ensino superior politécnico. Doutorada em Engenharia Química e docente do IPS desde 2000, lecionou mais de 20 unidades curriculares em diferentes cursos de Engenharia e Tecnologia, tendo também participado na criação de formações nestas áreas, nomeadamente os CTeSP (Curso Técnico Superior Profissional) em Tecnologias de Laboratório Químico e Biológico e em Qualidade Ambiental e Alimentar, a licenciatura em Engenharia Química e o mestrado em Engenha-

ria Biológica e Química. Assumiu igualmente vários cargos de gestão na instituição de ensino superior, nomeadamente o de subdiretora da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, entre 2016 e 2018, e de própresidente, desde abril de 2018.

Liderada por Pedro Dominguinhos, a equipa da presidência do IPS para 2018-2022 mantém como vice-presidentes os docentes João Vinagre e Ângela Lemos, e ainda Carlos Mata, na qualidade de pró-presidente. K

Cooperação

Minas gerais visitam IPS 6 Uma comitiva do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) visitou o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) no passado dia 8 de maio, tendo em vista possíveis parcerias nas áreas da robótica industrial, domótica e qualidade alimentar e ambiental. Depois de uma reunião de trabalho na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS), onde foram identificadas várias similaridades e possibilidades de complementaridade entre ambas as ofertas formativas, a delegação brasileira passou pelos laboratórios de Instalações Elétricas, Química e Ambiente e Oficina Lu Ban Portuguesa (Indústria 4.0), áreas onde será possível desenvolver cooperações futuramente, sob as formas de mobilidade de docentes e estudantes, projetos de investigação ou duplas titulações. Atualmente numa nova fase do seu processo de internacionalização, centrada na “concretização de projetos e em resultados”, o IPS segue uma “política de escolha estratégica de mercados e de parceiros”, referiu o presidente do IPS, Pedro Dominguinhos. E neste cenário, sublinhou, o Brasil afigura-se como “claramente prioritário”, não só no contexto da América Latina, como

no universo dos países falantes de português. Com 110 anos de existência, o CEFET-MG conta neste momento com 17 mil estudantes, entre os níveis profissional e tecnológico, as licenciaturas e a formação avançada, destacando-se na sua oferta três cursos de doutoramento, em Modelagem Matemática e Computacional, Engenharia Civil e Estudos de Linguagens. Instituição com larga experiência na área da cooperação internacional, o CEFET-MG mantém vários acordos com instituições de ensino superior portuguesas. Por ocasião de uma visita aos parceiros portugueses, o CEFET-MG quis conhecer de perto a “excelência do ensino do IPS”, como referiu Maria Cristina Ramos de Carvalho, secretária de Relações Internacionais, identificando “várias áreas em comum na fileira das engenharias” e a vincada “complementaridade” entre ambas as ofertas formativas. “Estamos a trabalhar em duas novas modalidades na área da cooperação internacional. A dupla titulação, que iniciámos com o Instituto Politécnico de Bragança e temos interesse em fazer com outros institutos, e a outra, na área do ensino técnico, com a possibilidade de os estágios obrigatórios serem feitos fora do Brasil”, concluiu. K

Jogo de Gestão Interescolas

Peixinho repete vitória 6 A Escola Secundária Jorge Peixinho, do Montijo, voltou a vencer o Jogo de Gestão Interescolas, iniciativa da Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal (ESCE/IPS) cuja 4.ª edição culminou no passado dia 3 de maio, com uma Finalíssima disputada por 67 alunos, distribuídos por 12 equipas e representando cinco escolas de cinco concelhos. Os cinco elementos da equipa Os Estagiários, orientados pelo professor Flamino Viola, conquistaram o primeiro prémio, com um retor-

no acumulado de 20,76, seguidos da equipa Donos Disto Tudo, do Agrupamento de Escolas João de Barros, Seixal, que arrecadou o segundo lugar, e dos Tuga Team, que alcançaram o terceiro posto do pódio em representação da Escola Secundária de Alcochete. O Jogo de Gestão Interescolas insere-se no quadro das responsabilidades educativas, sociais e de promoção do desenvolvimento regional do IPS e decorre de “um dos maiores desafios” que se colocam às instituições de ensino superior, como reconheceu o presidente do

IPS, Pedro Dominguinhos, na cerimónia de entrega de prémios. “Conseguir chegar aos estudantes do ensino secundário e profissional, para que eles, de uma forma diferente, possam perceber o que os pode esperar no ensino superior é o grande objetivo deste jogo. Queremos abrir horizontes para uma informação mais completa e esclarecida, para que os jovens e as suas famílias possam tomar decisões, sendo que para nós, IPS, é crucial participarmos nesta mesma escolha”, referiu. K

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Politécnico da Guarda aderiu

Dieta Mediterrânica cria rede 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) é uma das 19 instituições que integra a Rede das Instituições de Ensino Superior para a Salvaguarda da Dieta Mediterrânica (RIESDM), criada no passado dia 10 de maio. O objetivo desta rede – cujo ato de constituição ocorreu na Universidade do Algarve – é potenciar o trabalho desenvolvido pelas instituições de ensino superior (IES) no âmbito da promoção e salvaguarda da Dieta Mediterrânica (DM). A Dieta Mediterrânica é uma secular herança cultural e civilizacional, um estilo de vida e um padrão alimentar de excelência reconhecido pela UNESCO e pela Organização Mundial de Saúde. A assinatura do protocolo decorreu na sala de seminários da Reitoria da Universidade do Algarve e contou, além do Instituto Politécnico da Guarda, com mais 18 Instituições de Ensino Superior (IES): Institutos Politécnicos de Beja, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu; universidades do Algarve, Aveiro, Coimbra, Évora, Porto e Trás os Montes e Alto Douro, bem

como e três escolas não integradas (Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Escola Superior de Enfermagem do Porto e Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril). Nesse mesmo dia realizou-se a primeira reunião da Assembleia Geral da Rede. Para o presidente do Instituto Politécnico da Guarda, Joaquim Brigas, é “extremamente positiva a adesão a esta rede que é composta por mais 18 instituições de ensino superior, e que visa, essencialmente, um traba-

lho profícuo de princípios multidisciplinares para a salvaguarda e valorização deste importante património imaterial de carácter internacional e que é representativo da nossa identidade enquanto povo”. Ricardo Guerra, subdiretor da Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH) do IPG, que representou o Politécnico da Guarda nesta cerimónia de criação da RIESDM, afirmou que “nesta rede teremos a oportunidade de estar envolvidos numa dinâmica

de partilha e trabalho comum, envolvendo várias áreas de investigação do nosso instituto e cruzando as mesmas com outras iniciativas que estejam ou venham a ser dinamizadas”. Por outro lado, referiu ainda, “serão partilhadas as boas práticas no âmbito da salvaguarda da Dieta Mediterrânica, e pretende-se ainda, aumentar a articulação destas com as outras entidades de responsabilidade na promoção e salvaguarda da Dieta Mediterrânica”.

Este modelo alimentar resulta da tradição gastronómica da bacia do Mediterrâneo, onde a produção de azeite tem um elevado peso, implicando uma ingestão predominantes de alimentos de origem vegetal (complementados por azeite) e por um menor consumo de proteína animal, privilegiando o peixe e lacticínios, a par de uma equilibrada ingestão hídrica, onde surge a recomendação do vinho consumido de forma moderada. K

“High Level Conference – DC Electricity Distribution”

Guarda reúne especialistas 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) acolheu, no passado dia 7 de maio, uma conferência internacional subordinada ao tema “High Level Conference – DC Electricity Distribution”. Esta conferência contou com a participação de especialistas mundiais nesta área científica, nomeadamente Bern Wunder (Group Manager “DC Micro Grids”) do Fraunhofer Institute da Alemanha e Mário Dionísio (Programme Officer, European Commission) da Direção Geral de Energia da União Europeia. Organizada pelo Centro de Investigação em Sistemas Electromecatrónicos (CISE), esta iniciativa ocorreu no âmbito do projeto Tr@nsener (European Cooperation Network on Energy Transition in Electricity) em que participam instituições de Portugal, Espanha e França. O CISE é uma Unidade de I&D do sistema Científico português (reconhecido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia) cons-

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Academia

Semana Académica animou a Guarda

tituído por quatro laboratórios, estando um deles instalado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG, denominado “Guarda International Research Station on Renewable Energies | GIRS-RES”. No âmbito dos estudos rea-

lizados foi possível concluir que para uma habitação típica de um país europeu é possível alcançar ganhos na ordem dos 40% se a alimentação dessa habitação for feita em corrente contínua ao invés de corrente alternada como acontece atualmente. K

6 O jantar e o Baile de Gala abriram programa da Semana Académica da Guarda que decorreu entre 6 e 13 de maio. No dia 7 teve lugar o “Enterro do Caloiro”, na Alameda de Santo André e à noite decorreu (no Bar da Associação Académica da Guarda) o já habitual Arraial da Cerveja. Dia 8, pelas 24 horas, decorreu a Serenata Monumental, na Praça Luís de Camões (Guarda) e no dia seguinte foi a vez do “I love Baile Funk”.

Os espetáculos musicais prosseguiram nos dias 10 e 11 de maio e o arraial da cerveja no domingo, com a habitual animação. O programa da semana académica encerrou na segunda-feira, 13 de maio, com o tradicional desfile académico – no período da tarde – antecedendo uma Sunset Party. De referir que este ano a Missa de Finalistas, a realizar no campus do Politécnico da Guarda, ocorrerá no dia 26 de maio. K


Escola Superior Agrária

João Pedro Várzea é diretor

Em Alter do Chão

Turismo da Esgin brilha nas 24h de turismo 6 A equipa “IDATUR” da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova do IPCB alcançou o 2.º lugar nas “24Horas Turismo”, que decorreram nos dias 2 e 3 de maio no Pavilhão Multiusos de Alter do Chão. A informação é prestada pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco em nota de imprensa. No mesmo comunicado é referido que “ao longo de 24 horas consecutivas, os alunos da licenciatura em Gestão Turística participaram neste desafio, que conjugou formação e competição num evento pioneiro, recorrendo a metodologias de formação inovadoras, com várias provas teórico-práticas para a dinamização

da cidade de Alter do Chão”. As provas treinaram várias competências-chave para os futuros profissionais do Turismo, tais como comunicação, visão estratégica, networking, criatividade, inovação e empreendedorismo. A iniciativa contou com 54 participantes do ensino superior, provenientes de seis instituições de várias zonas do país, nomeadamente: Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova do IPCB, ISLA de Santarém, Instituto Politécnico de Portalegre, Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal e Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. K

TMG

Docente da Esart expõe na Guarda 6 A docente da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Alexandra Cruchinho, terá patente na Galeria de Arte do Teatro Municipal da Guarda (TMG) uma exposição de fotografia. Intitulada “Posso…”, a exposição pode ser visitada de 17 de maio a 21 de junho. A inauguração está marcada para 17 de maio, pelas 18H00, no Foyer do Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda. “A exposição junta uma baila-

rina e uma fotografa num estúdio onde a imagem estática da fotografia congela os movimentos suaves e delicados da bailarina.” A exposição é um misto de poesia e dança, aliado a uma abordagem artística à fotografia. Docente da ESART desde o início da escola (1999), Alexandra Cruchinho leciona Fotografia, Produção de Moda e História do Design. O seu trabalho profissional em fotografia de moda também é completado pelo trabalho em fotografia de autor. K

6 Vinte anos depois, João Pedro Várzea volta assumir o cargo de diretor da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB). A tomada de posse decorreu no passado dia 30 de abril no auditório daquela escola. O professor, eleito entre os pares, terá a seu lado Isabel Castanheira como subdiretora. O novo diretor recordou ao canal de televisão do Instituto Politécnico de Castelo Branco que são muitas as diferenças entre o período que foi diretor, há 20 anos, e hoje. Os desafios também são diferentes. “Quando fui diretor desta escola há 20 anos havia um conceito de autonomia das unidades orgânicas, quer do ponto de vista financeiro, pedagógico ou científico. Essa autonomia permitia às escolas tomarem as decisões dos investimentos a realizar. Hoje tudo está diferente, a autonomia financeira está ao nível do instituto, pelo que as direções das escolas têm pouca tomada de decisão daquilo que devem ser os gastos e daquilo que é necessário fazer”, disse. Na mesma entrevista, João Pedro Várzea recordou que “a escola chegou a ter 1400 alunos, hoje tem pouco mais de 400. A questão é da escola? Não, a questão é da nossa localização geográfica. Mas a essa não podemos fugir. A nossa população jovem está no litoral e temos que tentar trazê-los para cá, o que não é fácil. É algo que se faz lentamente e com uma eficiência relativa”. O novo diretor da ESA destacou ainda a qualificação dos professores e a investigação que tem vindo a ser feita: “temos a maior parte dos docentes com o doutoramento realizado, muitos professores a fazer

investigação científica em vários centros do país e esse é um ponto forte. O outro é estarmos em Castelo Branco”. De caminho fala da prestação de serviços da escola à comunidade: “a prestação de serviços tem sido sempre mantida. Mas parte dessa prestação envolve necessidades financeiras e nem sempre a produção agrícola permite isso. Quando tínhamos disponibilidades financeiras era a escola que avançava para a gratuitidade de algumas análises e da prestação que fazíamos. Tenho esperança que toda a comunidade da escola trabalhe no sentido de a manter e de a fazer crescer de novo”. Na cerimónia, o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, António Fernandes, aproveitou para agradecer aos diretor e sub-diretor cessantes, Celestino Almeida e Francisco Frazão, o trabalho e o espírito de missão com que serviram a instituição. António Fernandes mostrou a sua total disponibilidade, bem como do vicepresidente o IPCB, Nuno Castela, e da administradora do IPCB, Maria Eduarda Rodrigues, para a realização de trabalho em conjunto.

Já o vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves, citado em nota de imprensa do IPCB, salientou que “o instituto é também o nosso instituto” e o IPCB tem um “papel fundamental para o desenvolvimento da região”. Referiu estar presente na Escola Superior Agrária com muito agrado pois, por motivos pessoais, a escola também é importante para si. Deixou ainda uma palavra de confiança e estímulo ao novo diretor. Por seu lado, o presidente do Conselho de Representantes da Escola Superior Agrária, Francisco Frazão, sublinhou as formações ali ministradas, da génese da sua criação, da evolução das áreas de ensino e das transformações dos planos curriculares ao longo dos tempos. Finalmente, Manuel Veiga, vice-presidente do Núcleo de Alunos da Escola Superior Agrária, manifestou apreço e gratidão pelo trabalho efetuado pelo diretor cessante. De referir que a cerimónia contou com um breve momento musical pelos docentes José Raimundo e Pedro Ladeira e incluiu a tomada de posse da nova subdiretora Isabel Castanheira. K

Eficiência Energética

IPCB mais sustentável 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco tem vindo a executar um conjunto de obras nos edifícios da instituição, que têm como objetivo a melhoria da eficiência energética dos mesmos, num investimento total que deverá superar os 800.000€. A execução das obras enquadrase no Programa de Eficiência Energética na Administração Pública “ECO. AP” e no Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética – PNAEE, financiados no âmbito do Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos – POSEUR Até ao momento, foi realizada a substituição de lâmpadas convencionais para lâmpadas de tecnologia LED nos edifícios dos Ser-

viços Centrais e da Presidência do IPCB, Escola Superior de Educação e Centro Formação da Escola Superior Agrária, e instalados painéis fotovoltaicos nos 3 edifícios, com uma capacidade de produção de 25 kilo-Watt-pico (kWp), 11,7kWp e 31,2 kWp, respetivamente. Foi ainda realizada a substituição de bombas de circulação no edifício dos Serviços Centrais e da Presidência, encontrando-se em fase de execução a

substituição de máquinas de climatização por sistemas VRF na Escola Superior de Educação. O projeto prevê ainda a substituição de vãos envidraçados na Escola Superior de Educação e a execução de Isolamento térmico de fachadas pelo exterior nos Serviços Centrais e da Presidência e Centro Formação da Escola Superior Agrária, devendo as obras estar concluídas até 2020. K

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Estudo apresentado em Castelo Branco

Sai barato estudar no IPCB 6 O estudo sobre o impacto do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) na região revela que a instituição albicastrense é, entre as suas congéneres politécnicas, uma das que onde é mais barato os alunos estudarem, com uma média de 436 euros por mês. Os dados foram apresentados na última segunda-feira no IPCB e resultam de um estudo desenvolvido pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, onde foi incluída a generalidade dos institutos politécnicos da rede pública (com exceção dos Politécnicos do Porto, Coimbra e Lisboa), num total de 12 instituições. Destes, quatro localizam-se na zona litoral (Viana do Castelo, Barcelos, Leiria e Setúbal), três no Centro do país (Viseu, Tomar e Santarém) e cinco no interior (Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Beja). O estudo permitiu determinar os gastos dos alunos em alojamento, alimentação, transportes, propinas e taxas, bens pessoais, material escolar, material informático, lazer, saúde e outras despesas. António Fernandes lembra que o “IPCB é

uma das instituições de ensino superior em que é mais barato estudar”. Os dados revelam que em média cada aluno gasta “436 euros mensais, sendo que os que tiveram que vir viver para Castelo Branco ou Idanha-a-Nova têm um gasto de 479 euros mensais, enquanto os que já residem nessas localidades têm um custo de 351 euros por mês”.

No entender de António Fernandes, “este estudo tem que ser analisado ao detalhe. Ficamos satisfeitos pelo impacto de mais de 39 milhões de euros que o IPCB tem na região, mas também por aquilo que é o custo de vida dos nossos alunos que nestes concelhos têm um custo de vida baixo. Conseguimos um equilíbrio interessante,

por um lado injetamos dinheiro na economia, por outro somos uma das instituições de ensino onde é mais barato estudar e viver”. Da análise dos dados ressalta o facto de 67,1% dos alunos do Politécnico terem mudado de residência para estudar no IPCB. E entre aqueles que não mudaram, cerca de 1248 alunos, 861

afirmaram que iriam estudar para outro lado caso não tivessem ingressado no Politécnico de Castelo Branco. E se entre os alunos a maioria vem de fora, no caso do pessoal docente 42,3% dos professores mudou de residência para lecionar no IPCB. De entre os que não mudaram de residência, 34,5% deslocam-se diariamente de outros concelhos para Castelo Branco ou Idanha-a-Nova. Já no caso dos funcionários, verifica-se que 16,5% mudou de residência para trabalhar no politécnico, enquanto 4,2% se desloca diariamente de outro concelho. O estudo procurou quantificar o impacto que as atividades do IPCB têm na comunidade envolvente e no respetivo desenvolvimento económico, bem como medir os efeitos sobre o nível de atividade económica regional resultantes da presença do IPCB na região. Pretendeu ainda caraterizar detalhadamente a população do IPCB. Para a sua realização foram recolhidos dados através da aplicação de um questionário, de forma aleatória, junto de alunos, docentes e funcionários. K

IPCB

O terceiro maior empregador 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) é o terceiro maior empregador da região. Isso mesmo revela um estudo, promovido pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), onde é referido que o emprego gerado pela instituição albicastrense é de 647 postos de trabalho (435 docentes e 212 não docentes). O estudo foi apresentado, no final de abril, no IPCB e coloca o Politécnico como responsável de 5,28% do Produto Interno Bruto (PIB) dos concelhos de Castelo Branco e Idanha-a-Nova, onde a instituição tem escolas. Nesses concelhos o PIB (soma de todos os bens e serviços produzidos) corresponde a 743 milhões de euros, com o IPCB a ser responsável por mais de 39 milhões de euros. Os dados divulgados na tarde de segunda-feira pelos responsáveis do estudo na instituição, Sara

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Nunes e Luís Farinha, confirmam a notícia divulgada, em primeira mão, pelo Ensino Magazine, onde é sublinhado que o IPCB tem um impacto anual na economia da re-

gião de 39 milhões 301 mil 848,84 euros. Por cada euro gasto pelo Estado português no financiamento da instituição (em 2017 esse valor foi de 17 milhões 833 mil 806

euros) gera-se um nível de atividade económica de 2,20 euros. António Fernandes, presidente do politécnico albicastrense, revela que “este estudo reforça a

missão pública do IPCB enquanto agente determinante do desenvolvimento económico da região a que acrescem outras dimensões de natureza social, cultural, artística e desportiva cada vez mais valorizadas pelas populações”. O presidente do IPCB considera que “os dados são animadores, pois vêm provar que a presença da instituição na região é determinante para a consolidação e desenvolvimento da economia a nível regional”. António Fernandes diz não ter ficado “surpreendido com os resultados do estudo. Temos acompanhado a evolução do Politécnico e, de forma informal, temos a ideia do impacto da nossa instituição na região. Este estudo é focado sobre o ponto de vista económico, feito a partir da recolha de dados junto da comunidade académica, docentes, não docentes e estudantes, e da própria instituição”. K


ctesp e licEnciaturas cursos técnicos supEriorEs profissionais (ctesp) Escola supErior aGrária

Escola supErior dE Educação

Análises Químicas e Biológicas Cuidados Veterinários Produção Agrícola Proteção Civil Recursos Florestais

Assessoria e Comunicação Empresarial Desporto Recreação Educativa para Crianças

Escola supErior dE artEs aplicadas

Gestão Empresarial Organização e Gestão de Eventos

Comunicação Audiovisual

Escola supErior dE tEcnoloGia

Automação e Gestão Industrial Comunicações Móveis (em parceria com a Altran – Fundão) Desenvolvimento de Produtos Multimédia Fabrico e Manutenção de Drones Instalações Elétricas e Telecomunicações Reabilitação do Edificado Redes e Sistemas Informáticos Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação

Escola supErior dE GEstão

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Agronomia Biotecnologia Alimentar Enfermagem Veterinária Engenharia de Protecção Civil

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Design de Comunicação e Audiovisual Design de Interiores e Equipamento Design de Moda e Têxtil Música variante de: Canto / Formação Musical / Instrumento / Música Electrónica e Produção Musical

Escola supErior dE Educação

Escola supErior dE saúdE dr. lopEs dias

Desporto e Actividade Física Educação Básica Secretariado Serviço Social

Ciências Biomédicas Laboratoriais Enfermagem Fisiologia Clínica Fisioterapia Imagem Médica e Radioterapia

Escola supErior dE GEstão

Gestão (ramo de Contabilidade ou ramo de Recursos Humanos) Gestão Comercial Gestão Hoteleira Gestão Turística Solicitadoria

/ipcb.pt

@IPCBoficial

/ipcb.pt

politecnicocbranco

Escola supErior dE tEcnoloGia

Engenharia Civil Engenharia das Energias Renováveis Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações Engenharia Industrial Engenharia Informática Tecnologias da Informação e Multimédia

www.ipcb.pt MAIO 2019 /// 015


,

POLITECNICO

ENSINO MAGAZINE

Acolhimento aos estudantes de programas de mobilidade

IPLeiria com 32 novos embaixadores 6 A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) do Politécnico de Leiria acaba de certificar 32 novos embaixadores da Escola (estudantes oriundos de programas de mobilidade) num almoço, confecionado e servido pelos estudantes de 2.º ano da licenciatura em Gestão, Restauração e Catering, no restaurante do Hotel-Escola. “Ser um embaixador da ESTM é levar a experiência da mobilidade e partilhar com todos”, salienta Sérgio Leandro, subdiretor da Escola. Os subdiretores da ESTM, Sérgio Leandro e Sérgio Araújo, reconheceram oficialmente os novos embaixadores da ESTM com a entrega de um diploma. “É um momento marcante para a ESTM e atesta o significado académico dos estudantes em programas de mo-

Cooperação

Altice e IPLeiria juntos

bilidade nesta Escola, reconhece Sérgio Araújo, subdiretor da ESTM do Politécnico de Leiria. Vamos dar continuidade a esta iniciativa, que se assume como um espaço aber-

to e atento às novas exigências da cooperação internacional, convictos de que a internacionalização deverá também estar alicerçada na integração”. K

Leiria Film Fest

“No return” dá prémio para o Politécnico de Leiria 6 ‘No return’ é o título da melhor curta-metragem de animação nacional da 6.ª edição do Leiria Film Fest – Festival Internacional de Curtas Metragens de Leiria, da autoria de Carlos Filipe e Diogo Cordeiro, estudantes do 3.º ano do curso de licenciatura em Jogos Digitais e Multimédia da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria. O galardão foi atribuído após seleção entre mais de 30 filmes de animação a concurso nacional. A curta-metragem, realizada no âmbito das unidades curriculares de Cinema e Efeitos Visuais para Cinema, recebeu comentários de elogio do júri: “Elaborada de uma forma quase ingénua, ‘No return’ surge-nos da agradável surpresa de uma primeira curta de Escola, dentro da competição regional. De história bem delineada, com um twist imprevisível, desenho limpo e detalhado, e animado com as subtilezas que uma boa animação exige, esta curta-metragem de Carlos Filipe e Diogo Cordeiro salta à vista, pela qualidade visual imprimida em cada frame, que lhe oferece o título de melhor curta-metragem de animação nacional’. A obra fala de um homem que

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deambula pela cidade, tentando recompor-se de uma grande perda, questionando-se se voltará a encontrar a felicidade. Um dos seus autores, Carlos Filipe não esconde a surpresa desta distinção: “Encarámos a realização desta curta-metragem como uma oportunidade para experimentar e aprofundar os nossos conhecimentos de animação. Nunca imaginámos que pudéssemos ser nomeados para o festival, muito menos ganhar um prémio”. Reforça ainda o apoio dos professores de Cinema e Efeitos Visuais para Cinema durante a produção da curtametragem.

Os filmes ‘Ínsula’ de Luana Portella, ‘Seer’ de Rui Cipriano, ‘Almas danadas’ de André Silva, e ‘Brthr’ de Inma Veiga, todos estudantes da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD. CR) do Politécnico de Leiria, participaram na sessão especial do Leiria Film Fest deste ano. Além do filme de animação vencedor, ‘No return’, foi também selecionado para o Festival o filme documental ‘Do virtual ao real’, de Mauro Roda e Tiago Pereira, também estudantes da licenciatura em Jogos Digitais e Multimédia, da ESTG do Politécnico de Leiria. K

6 O Instituto Politécnico de Leiria e a Fundação Altice acabam de assinar um protocolo de colaboração. O acordo foi firmado durante as “Jornadas Supera 2019” – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação, Tecnologias de Apoio e Acessibilidade, realizadas entre os dias 2 e 4 de maio, no Politécnico de Leiria.

O acordo estabelecido entre as duas instituições visa a promoção da inclusão a nível escolar e social, nomeadamente através do desenvolvimento conjunto de formação, projetos, ações e tecnologias direcionadas para a área educativa, – no contexto da integração académica e profissional de pessoas com necessidades especiais. K

IPLeiria

Docente recebe prémio 6 Hugo Rodrigues, professor do Departamento de Engenharia Civil da ESTG-Leiria, foi distinguido com o Prémio “Prof. João Martins - Jovem Investigador 2018”, na área de Mecânica Aplicada e Computacional. Anualmente atribuído pela As-

sociação Portuguesa de Mecânica Teórica, Aplicada e Computacional (APMTAC), o Prémio pretende reconhecer e estimular o desenvolvimento de atividades relacionadas com o ensino, investigação e aplicações da Mecânica, em Portugal. K

Internacionalização

Rússia visita IPLeiria 6 Uma comitiva da Universidade do Norte do Cáucaso – Rússia, representada por Andrey Porokhnya (vice-diretor do Instituto de Engenharia), Oksana Mezentseva (diretora do Instituto de Tecnologias da Informação e Telecomunicações) e ainda pelo professor Dmitry Solomonov (Sistemas de Informação e Tecnologia), visitou os Serviços Centrais do Politécnico de

Leiria e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) entre os dias 22 e 26 de abril. O IPLeiria explica que este encontro teve como principal objetivo o estreitamento dos laços já existentes no âmbito da International Credit Mobility (ICM), bem como a possibilidade de estabelecer duplas titulações entre as duas instituições de ensino superior. K


Jorge Sampaio, ex-Presidente da República, marcou presença

A última aula de João Serra 6 O professor coordenador do Politécnico de Leiria, João Bonifácio Serra, jubilou-se e deu a sua última aula, intitulada “O tempo das transições” no dia 9 de maio, pelas 15h00, no auditório da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), numa cerimónia em que marcou presença o ex-presidente da República, Jorge Sampaio. O antigo presidente da República e conselheiro de Estado teceu rasgados elogios ao contributo de João Serra no mundo das Artes, da Cultura e da Educação. Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria, enfatizou a importância que João Serra representou para o Politécnico de Leiria “para o nosso crescimento enquanto instituição de en-

sino superior pública, mas também, e transmito-o hoje publicamente, para o meu crescimento pessoal e em funções institucionais, fazem deste ato académico um momento”. Acrescentando que é fundamental assinalar a memória do passado “até porque o professor é historiador, para marcar o presente, mas principalmente projetar o futuro”. Durante a cerimónia, João Santos, diretor da ESAD. CR, deu a conhecer o louvor atribuído a este docente da ESAD.CR, que sempre soube colocar a sua sabedoria e altruísmo ao serviço da instituição e da sociedade. Visivelmente emocionado, João Serra agradeceu a presença de todos os presentes, deixando um

elogio pessoal aos colegas e amigos que, durante mais de 30 anos, trabalharam com ele no Politécnico de Leiria. O evento terminou com o lançamento do novo livro da autoria do professor João Serra, intitulado “Artista à procura da sua história: Luís Ferreira da Silva”. K Publicidade

O professor João Serra com o presidente do IPLeiria, Rui Pedrosa

Jorge Sampaio, ex-Presidente da República, marcou presença

Momento de convívio após a cerimónia

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Politécnico de Santarém

Caminhada solidária

Qualidade de vida, cidadania e saúde mental

6 O Instituto Politécnico de Santarém uniu esforços com a APPACDM Santarém e a Associação Salvador para a realização da Scalabis Color Walk, uma iniciativa solidária inovadora que tem o objetivo de beneficiar o projeto “JUNTOS pela APPACDM Santarém e pela Associação Salvador”, e decorre no próximo dia 18 de maio em Santarém. A Scalabis Color Walk é uma caminhada solidária baseada nas famosas “Color Run” e irá decorrer ao longo de sete quilómetros na cidade de Santarém. A concentração está marcada

para as 9h30 no Instituto Politécnico de Santarém e é precedido de um momento de aquecimento e animação. O percurso inclui uma visita ao Jardim das Portas do Sol e vários momentos que irão dar cor e alegria às ruas da cidade. Os participantes são convidados a oferecer um donativo no valor de cinco euros e recebem um KIT Solidário que inclui uma pulseira, uma t-shirt e três sacos com o pó colorido a utilizar em três locais distintos na cidade, identificados para o efeito. K

Viseu com congresso 6 A Escola Superior de Saúde (ESSV) de Viseu acolhe, nos dias 21 e 22 de junho, o I Congresso Internacional Qualidade de Vida, Cidadania e Saúde Mental, no qual se inclui ainda o V Congresso de Educação para a Saúde. O evento, realizado no âmbito do projeto de investigação ‘MaiSaúde Mental – Monitorização e Avaliação dos Indicadores de Saúde Mental das Crianças e Adolescentes: Da investigação à Prática’, conta com a participação de especialistas internacionais

de reconhecido mérito científico e visa estimular a reflexão sobre desafios e práticas promotoras da saúde mental, qualidade de vida e cidadania. O programa científico desenvolve-se em torno de seis grandes temáticas: Comunicação Social – Agente Promotor de Cidadania e Saúde Mental; Escola e Comunidade – Sinergia Promotora de Saúde Mental; Políticas de Cidadania e Saúde Mental; O Cérebro e as Emoções – Implicações na Saúde Mental; Família no

Mundo Atual – Diversidade Cultural, Tendências e Desafios, e Neuro-Educação e Saúde Mental. As inscrições encontram-se abertas e decorrem até ao dia 14 de junho, sendo que as submissões podem ser feitas até dia 3. Os artigos selecionados serão publicados na revista científica indexada “Ata Paulista de Enfermagem”, enquanto os resumos dos trabalhos submetidos e aceites pela comissão científica do congresso serão publicados num e-book, com registo ISBN. K

Prémios Caixa Mais Mundo

Alunas de Viseu vencem 6 Maria Leonor Damas (Engenharia Informática), Cláudia Almeida (Educação Básica), Ana Trigo (Enfermagem), Rute Pegado (Apoio à Infância) e Regina Soares (Produção Animal) acabam de ser agraciadas com o Prémio de Mérito Caixa Mais Mundo, iniciativa da Caixa Geral de Depósitos que distingue os melhores alunos colocados em cursos de licenciaturas ou mestrado integrado, através do CNA – Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, e os inscritos em Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP). A cerimónia de entrega em Viseu decorreu a 6 de maio, nos Serviços Centrais do Politécnico, tendo o presidente da instituição, João Monney Paiva, felicitado as galardoadas, referindo ainda que estas distinções que premeiam o mérito e a excelência, permitem que se possam “enfrentar os desafios que

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o futuro encerra com confiança, determinação e competência”. Já Pedro Marmeleiro, diretor comercial da Região de Viseu da CGD, relevou que “a iniciativa da Caixa, em articulação com as universi-

dades e politécnicos, distingue 80 alunos a nível nacional em função das notas de ingresso de excelência que tiveram”. Enfatizou ainda a longa e bem sucedida parceria estabelecida entre a CGD e o IPV. K

Dia Aberto

1500 jovens no IPCA 6 O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) recebeu cerca de 1500 jovens nos Dias Abertos, que decorreram a 8 e 9 de maio, numa data que marca também os 25 anos de existência da instituição. Estiveram representadas escolas de quatro distritos (Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Porto), tendo os jovens participado em cerca de meia centena de atividades nas áreas da gestão, hotelaria e turismo, tecnologia e design. A presidente do IPCA, Maria José Fernandes, na sua visita ao Open IPCA referiu que “o Open IPCA é já uma referência para os estudantes do secundário. Esta iniciativa torna-se fundamental não só na captação de novos estudantes e de potenciais candidatos, mas também na aproximação da academia à sociedade”. Durante os dois dias o IPCA promoveu e divulgou a sua ofer-

ta formativa. A responsável pela organização, Paula Loureiro, salientou que “durante todo o ano fazemos ações de divulgação nas escolas secundárias e agora este é o momento das escolas virem até nós para conhecerem as nossas instalações, terem a oportunidade de perceber o ambiente que aqui se vive e as áreas das quais somos especialistas, experimentando atividades diversas”. Entre as várias atrações e atividades, os participantes puderam pilotar um Drone, programar um Sphero numa pista todo o terreno, participar em jogos de estratégia e liderança de equipas, realizar atividades radicais como Rapel e Slackline, percorrer a Feira do Turismo, onde estiveram representadas mais de 30 empresas locais e nacionais, assistir a Workshops de impressão 3D e aos filmes premiados dos estudantes de Design. K

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Instituto de Ciências Sociais da UMinho Iluminação LED de estádios de futebol

Helena Machado preside 6 Helena Machado, professora catedrática da Universidade do Minho, acaba de tomar posse como presidente do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da instituição. Substitui Helena Sousa no cargo e terá como vice-presidentes as professoras Paula Remoaldo, Madalena Oliveira e Maria do Carmo Ribeiro. Licenciada em Sociologia pela Universidade de Coimbra, mestre em História das Populações e doutorada em Sociologia e Metodologia Fundamentais pela UMinho. Docente do Departamento de Sociologia da UMinho desde 1997, Helena Machado investiga no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, centrando a pesquisa na sociologia do crime, nas relações dos média com o sistema de justiça e nos desafios éticos e sociais associados à genética. Tem coordenado vários projetos científicos, destacando-se o “Exchange - Geneticistas forenses e partilha transnacional de informação genética na UE “, com uma bolsa de 1.8 milhões

de euros atribuída pelo Conselho Europeu de Investigação. Foi também professora visitante nas universidades de Durham (Reino Unido), Federal de Pernambuco e Federal do Rio Grande do Sul (Brasil). Tem mais de 200 publicações científicas, destacando-se as obras “Genética e cidadania”, “Tracing technologies: prisoners’ views in the era of CSI” e “Manual de sociologia do crime”. K

UTAD monitoriza estádio de Bilbao 6 Um grupo de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a monitorizar os relvados do estádio do Athletic Club de Bilbao (Espanha), em parceria com duas empresas, tendo até ao momento conseguido uma poupança de 83% nos gastos energéticos associados à manutenção e recuperação rápida dos tapetes no pós-jogo. Nos estádios mais recentes os relvados são mantidos em condições de sombra que dificultam o crescimento, recuperação e manutenção de um tapete vegetal homogéneo, sendo este um dos problemas que os clubes mais reportam, assim como os custos tempo e recursos humanos associados a esta recuperação. Por esta razão, o trabalho do consórcio está a atrair outros potenciais clientes em Espanha. O trabalho foi iniciado em 2017, com o estabelecimento de uma parceria entre os investigadores do

CITAB, Alexandre Gonçalves, Cátia Brito, Lia Tânia Dinis, José Moutinho Pereira e Carlos Correia, e as empresas Loki (Portugal) e Andled Energy (Espanha), na qual se pretende aliar o conhecimento científico dos investigadores, na área da Fisiologia Vegetal, ao know-how tecnológico das empresas.

As técnicas usadas permitem desenvolver soluções otimizadas para cada estrutura específica, através de uma instalação piloto. O trabalho dos investigadores do CITAB passa pela monitorização, recuperação e manutenção dos relvados, por forma a avaliar a eficiência da tecnologia em teste. K

Projeto integrado por Coimbra na capa da Nature

Um isótopo mais velho que o Universo Pelo segundo ano consecutivo

ISEG em pódio mundial 6 Os alunos do ISEG-Lisbon School of Economics and Management alcançaram, pelo segundo ano consecutivo, o terceiro lugar do Society of Actuaries Student Research Case Study Challenge, promovido pela Society of Actuaries (SOA), uma das mais importantes associações profissionais do setor a nível mundial. A sua equipa superou universidades de prestígio internacional, como a Boston University, a Columbia University, entre outras. Ao longo de oito semanas, a equipa de alunos do Master in Actuarial Science do ISEG analisou um Caso Prático real, com vista à projeção de um seguro automóvel para veículos autónomos. A criati-

vidade e as competências atuariais valeram-lhe a distinção numa competição organizada pela SOA, que se dedica à promoção da educação e investigação para a profissão atuarial, em parceria direta com as Universidades de todo o mundo. “É com alegria e orgulho que registamos este reconhecimento internacional, pelo segundo ano consecutivo, da excelência evidenciada pelos alunos do Master in Actuarial Science. Para além da equipa que obteve o terceiro lugar, houve ainda uma outra que chegou às meias finais, o que é notável, considerando o conjunto das universidades concorrentes”, declara Maria de Lourdes Centeno, coordenadora do Mestrado. K

6 Uma equipa internacional de investigadores, da qual fazem parte seis cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), conseguiu medir, pela primeira vez, o mais longo tempo de vida média de sempre de um isótopo radioativo registado por um aparelho de medida. Este facto extraordinário foi publicado, a 25 de abril, na capa da revista Nature, a mais prestigiada de todas as revistas científicas. O isótopo em causa é o Xe 124 e o seu tempo de vida média é aproximadamente um bilião (milhão de milhões) de vezes mais velho que o Universo. O Universo tem cerca de 14 mil milhões de anos, um período de tempo inconcebível quando comparado com a escala da vida do ser humano. Como se isso só por si não causasse assombro suficiente, existem isótopos radioativos (elementos instáveis que se transformam ao

fim de algum tempo emitindo radiação) cuja vida média acontece em escalas muito maiores que a da existência do próprio Universo. “O facto de conseguirmos medir diretamente um processo tão raro quanto este demonstra o alcance extraordinário do nosso sistema de medida, mesmo quando ele não foi feito para medir estes eventos, mas sim

matéria escura”, salienta José Matias, coordenador da equipa portuguesa neste esforço internacional e investigador do Laboratório de Instrumentação, Engenharia Biomédica e Física da Radiação (LIBPhys) da FCTUC. A medição só foi possível graças ao sistema XENON1T, o instrumento mais sensível alguma vez produzido pela humanidade para a deteção de matéria escura. Encontra-se instalado no Laboratório Nacional de Gran Sasso (Itália), o maior laboratório subterrâneo a nível mundial, debaixo de 1300 metros de rocha para blindar o sistema dos raios cósmicos existentes à superfície. O consórcio XENON é constituído por 160 cientistas de 27 grupos de investigação dos EUA, Alemanha, Portugal, Suíça, França, Holanda, Suécia, Japão, Israel e Abu Dhabi. Portugal é parceiro desta colaboração desde o seu início, em 2005, através da equipa do LIBPhys. K

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CRÓnica

Universitarios, ¡Idiotas! 7 Bolsonaro dixit. Sí, el título de esta columna fue la expresión textual (una más) de quien se precia de ser amigo de Trump y de Netanyahu, dos destacados presidentes del panorama internacional, de USA e Israel, y ambos exponentes del integrismo político de nuestro tiempo, en versión populista, y de una manera concreta de percibir el valor de la ciencia, la cultura y la educación . <<Universitarios, idiotas!>> fue una de las maleducadas y despectivas respuestas públicas del presidente de Brasil a la huelga masiva de miles de profesores de las universidades públicas de Brasil (las federales, las estaduales y las municipales), respuesta de paro sostenida hace unos días a lo largo y ancho de la gran república brasileña para defender los beneficios de la universidad pública en todas sus manifestaciones y modelos. Bolsonaro ya lo había anunciado en campaña electoral hace unos meses, y ahora lo ratifica. Este exmilitar, ultraconservador, apoyado por los sectores más rancios de la sociedad y el parlamento brasileño, en particular por la bancada “evangelista” (la de los derechistas <cristianos evangélicos>), defiende con su séquito posiciones prediluvianas en las formas de organizar los valores de una sociedad tan heterogénea como la brasileña, a la que quiere homogénea, y que camine en una sola dirección, la suya y la de sus fieles. Ese pretendido insulto, grosero e intelectualmente soez, no es el resultado de una casualidad advenida en el político brasileño de manera circunstancial, no. Esa

bocanada de mierda lanzada a los profesores representa y cataliza muy bien el desprecio que siente Bolsonaro ( y sus colaboradores próximos, familiares directos incluidos) hacia la cultura, a la educación, a la ciencia, la escuela, la universidad y todas las instituciones donde se fraguan los saberes, y la libertad. Ese desprecio va dirigido a todas las políticas socioeducativas emprendidas en la etapa de gobierno del presidente Lula da Silva y su continuadora Dilma Rousseff, líderes del PT, cuando mediante políticas de atención socioeducativa se logró acercar más y mejor a 25 millones de niños brasileños a la escuela. Ese grito despectivo y salvaje contra los profesores va dirigido a la presencia en las universidades de indígenas que comienzan a ver reconocidos sus derechos de acceso a la universidad, y que parecen ser de nuevo conculcados. La brutalidad del insulto se orienta hacia las muchas universidades federales creadas en los lugares más recónditos de Brasil desde 2002 en adelante, para favorecer la llegada a los bienes de la cultura superior de negros, indios, mestizos, y todo tipo de sectores populares, con independencia de su raza y religión. Esa malsonante expresión de Bolsonaro trata de ofuscar los avances logrados en la ciencia y la investigación desde las primeras políticas de Fernando Cardoso en pro de la modernización de la universidad brasileña, y del impulso de la investigación científica, como nunca hasta entonces se había planteado. Parece ser que para los intereses de la minoría dirigente y la oligarquía

terrateniente del país los avances en la ciencia molestan, perjudican y deben quedar poco a poco desterrados, para lo que es necesario desactivar las fuentes económicas de alimentación de proyectos de investigación, de financiación de congresos científicos, de eliminar becas de apoyo a jóvenes investigadores, así como de ayudas para los viajes e intercambios científicos al extranjero. Bolsonaro llama idiotas a quienes procuran enseñar libremente a los jóvenes, profesores que ejercen su docencia universitaria sin sometimiento alguno del poder. Este tipo llama idiotas a quienes aceptan en sus aulas la presencia (aun minoritaria) de grupos de jóvenes procedentes de sectores sociales humildes, que han nacido en el seno de una etnia hasta ahora despreciada y desprotegida por el beneficio de la escuela y de la universidad. En fin, llama idiotas a quienes pueden ayudar a desvelar, a beneficio de los ciudadanos, con los instrumentos de la razón, la ciencia y la cultura, los bienes que encierra la educación, y sobre todo el bien supremo de la libertad de pensar. Todo lo que podemos esperar del pueblo brasileño es que pronto comprenda, de forma mayoritaria, el error en que ha caído con la elección de este personaje para presidente del pais, y sea capaz de elegir a alguien que sea realmente expresión de los intereses democráticos de la población. Además, a muchos kilómetros de distancia, en nuestro entorno europeo, ese insulto ya comentado retorna con eco y se magnifica también en otros líderes y movi-

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt

mientos “populares” de la extrema derecha, que piensan lo mismo que Trump o Bolsonaro sobre los emigrantes, las etnias diferentes a los blancos, el acceso de los menos favorecidos a la cultura y la educación. Cuando vociferan Salvini en Italia, Le Pen en Francia, Abascal en España, y tantos otros líderes ultraderechistas de Holanda, Hungría, Polonia, o Austria (y no seguimos por no alargar el listado), lo hacen en términos muy parecidos a los utilizados por el actual presidente de Brasil para referirse al valor liberador y de progreso que representa la ciencia y la educación. Para sus intereses funcionan mucho mejor los seguidores que siguen sus proclamas, bostezos o insultos, quienes solo consumen acríticamente, sin formularse preguntas sobre el ser propio y la sociedad que les entorna. También, por supuesto, de quienes defienden la universidad privada, que se frotan las manos por lo que dicen que va a suceder en Europa. José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Com o apoio do Ensino Magazine

Encontro de Maienses em Beja 6 O Encontro de Estudantes Maienses (Cabo Verde) em Portugal realizou-se, nos passados dia 17 a 19 de maio, em Beja. A iniciativa, promovida pela Associação Maense em Portugal, tem a parceria do Instituto Politécnico de Beja e do Ensino Magazine. O X Encontro teve como tema “Para Novos Desafios Novas Respostas” e prevê um conjunto alargado de atividades que terão lugar nas instalações do IPBeja e na própria cidade. Das atividades previstas destaque para os vários debates promovidos ao longo do dia 18 e para a gala, onde atuaram diferentes artistas de Cabo Verde. K

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Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Agostinho Dias, Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Reis, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Artur Jorge, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Ribeiro, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Mota Saraiva, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Hugo Rafael, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Carlos Moura, José Carlos Reis, José Furtado, José Felgueiras, José Júlio Cruz, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Lídia Barata, Luís Biscaia, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Estatuto editorial em www.ensino.eu Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


Editorial

Escola: o elo mais frágil 7 Vivemos uma época de mudanças e clivagens abruptas que acompanham aquilo que se convencionou designar por revolução científica e tecnológica. Profundas alterações nos saberes, na organização das forças produtivas e nas tecnologias da comunicação e da informação apresentam-nos o longe cada vez mais perto e obrigam-nos a uma partilha global das matérias-primas, dos bens de consumo, dos padrões culturais e das políticas, as boas e as más, enquadrantes da auto designada economia de mercado. Neste acelerado rumar da história, a escola pública de massas passou a ser um elo frágil a quem o Estado, as famílias e as organizações sociais atribuem mais e mais competências, por reconhecerem serem incapazes de as assumir e monitorizar. É o fim da “escola compensatória”, um das maiores heranças das grandes convulsões sociais

e culturais vividas na década de sessenta do passado século. A escola universalizou-se, promoveu o progresso e o bem-estar das populações, qualificou os cidadãos, tornou o mundo mais compreensivo e devolveu a dignidade da cidadania a muitas nações. Promoveu o progresso, combateu a ignorância e a opressão que vive na sua sombra. Pôs-nos mais perto de outros universos e ensinou-nos a odiar a palavra exclusão. Mas não conseguiu inverter a marcha de “compensar” ainda mais os já “compensados”, permitindo que se continuem a desenvolver as desigualdades e as iliteracias. Aquele aumento de tarefas e funções que a sociedade e o Estado aportam à escola tem resultado numa desactualização permanente dos professores, das instituições e dos curricula em que estes são formados. Neste quadro, os professores que resistem e recusam perder

a sua profissionalidade, aqueles que estão presentes e aceitam os novos desafios, são também os que enfrentam o embate das mudanças, das pressões e das críticas injustas, por vezes acumuladas por mais de uma geração. Como podemos então definir a identidade destes docentes? Temos repetidamente afirmado que se é primeiro professor e, só depois, e por causa disso, é que se é professor de alguma coisa. É-se primeiro professor porque se partilha uma identidade e uma cultura profissional. Porque se comungam posturas e princípios éticos. Porque se lhes atribuem modos de acção e desempenhos normalizados… Poderíamos definir, então, a profissionalidade dos docentes em torno de sete vectores essenciais. Primeiro: frequência de uma formação formal, organizada e que configura a aprendizagem de

um conjunto de saberes em diferentes momentos do percurso profissional (saberes de formação e saberes de experiência), formação essa que conduz ao domínio de determinadas competências instrumentais. Segundo: A prática, num determinado espaço, e durante um certo tempo, de um conjunto de tarefas socialmente validadas. Terceiro: O exercício de uma profissão reconhecida e certificada pelo Estado. Quarto: O direito a uma remuneração permanente e supostamente equitativa. Quinto: A manutenção de um estatuto social de referência. Sexto: A assunção de uma ética que deve configurar-se num código deontológico que determine e regule os direitos, obrigações, práticas e responsabilidades do exercício da profissão. Sétimo: A tutela por uma associação profissional que mantenha

e vigie o nível padrão de exercício da actividade docente. São sete vectores que, promovidos a um nível elevado de congruência, contribuem decisivamente para a melhoria da auto-estima, da auto confiança e do bem-estar profissionais, associados à eficácia do desempenho profissional. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

Primeira Coluna

Aeronáutica, uma oportunidade 7 O setor aeronáutico constitui uma oportunidade para as instituições de ensino superior e para o país. A nível nacional, universidades e politécnicos têm vindo a estabelecer redes entre si, mas também com as autarquias, como acontece com Ponte de Sor, Évora ou Castelo Branco. As universidades de Évora, da Beira Interior, e os politécnicos de Castelo Branco, Setúbal ou Portalegre são exemplos de instituições que têm estado atentas e empenhadas em contribuir para o desenvolvimento de um setor que gera milhões de euros, que vai necessitar de milhares de engenheiros em todo o mundo, mais de 600 mil técnicos de manutenção e outros tantos pilotos e técnicos de cabine. Em Portugal este setor representa qualquer coisa como 1,4% do Produto Interno Bruto. Há já boas experiências nesta relação ensino superior, meio empresarial e autarquias. Ponte de Sor acolhe, de 30 de maio a 2 de junho a maior cimeira do setor na Península Ibérica, com o Portugal

Air Summit, onde as instituições de ensino superior terão uma palavra a dizer, em mostrar o que têm feito, o que querem fazer e quais os desafios para o futuro. Os estudantes poderão conhecer melhor as oportunidades que o setor lhes propõe. Castelo Branco recebeu mais

uma edição do Festival Aéreo, que este ano teve a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que aterrou no Aeródromo de Castelo Branco num avião da Força Aérea, dando um sinal claro de quanto é importante este setor para o país. O evento, promovido pelo Núcleo

de Estudantes de Engenharia Aeronáutica da Universidade da Beira Interior, esteve inserido no Encontro Nacional de Aeronáutica, que decorreu de 15 a 17 de maio na UBI com as jornadas aeronáuticas. Percebe-se ainda que este setor, com grande margem de

progressão, pode ter um papel importante na coesão territorial, pois o espaço aéreo no interior do país permite a realização de mais horas de voo. Cidades como Castelo Branco, Évora e Ponte de Sor, através dos seus aeródromos, possibilitam a investigação, a fixação de quadros qualificados e empresas. É esta dinâmica que Portugal deve saber abraçar e em que universidades e politécnicos deverão colocar o seu saber ao serviço deste setor de uma forma consertada e objetiva. João Carrega _ carrega@rvj.pt

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opinião

Vou embora «Adeus que me vou embora Adeus que me embora vou» (António Variações / Humanos)

7 Desde Junho 1998 que colaboro com o Ensino Magazine *; já lá vão 21 anos de comunicação regular com os leitores (sem rosto) deste jornal! Aqui publiquei 63 artigos, dos quais trinta e cinco (de Outubro de 2014 a Agosto de 2018) que, depois de revistos e ampliados, incluí no meu mais recente livro – Pedagogia S. «45 narrativas curtas sobre o Ensino Superior, na perspectiva (desconstrutivista) do Prof.S.» (Edições Ex-Libris, Maio 2019). O «livro é uma espécie de TAC do Ensino Superior em Portugal», palavras de Agostinho Reis Monteiro, autor do respectivo prefácio. A obra resulta de uma actividade de investigação qualitativa, de observação participante (esse método tão específico da minha ciência de formação, a Antropologia) e que se consubstanciou numa «auto-etnografia» (Meneley & Young, 2005). Redigir todas estas narrativas foi também uma estratégia de resistência, face a um contexto laboral adverso e excludente, divisando, deste modo, um propósito para um certo

‘vazio de responsabilidade ocupacional’. «Um silêncio fabricado é mais pesado que o cimento» (Alice Brito, A Noite Passada, 2018: 141), era mesmo isso que sentia, em relação a mim, nos últimos anos na escola e no politécnico. Mas decidi não me deixar abater; renunciei aos tradicionais caminhos de ‘oposição’ à gestão académica, e assumi, em relação às questões do poder, o estatuto de outsider. Dediquei-me, mais ainda, à escrita. E internamente, havia reacções ao trabalho editorial? Sim, de estímulo, no caso de alguns colegas de departamento, aqueles com quem partilhava o gabinete. Já das Direcções, nem uma palavra ao que ia publicando. Só indiferença e omissão mesmo nas burocráticas newsletters de circuito interno. As organizações públicas, em especial as escolas de ensino superior, não gostam de ser escrutinadas, e muito em especial, por ‘gente da casa’. Por isso não é de estranhar os imensos entraves (quer na escola quer no instituto) nos processos de apoio financeiro à edição do livro: delongas nas decisões, pedidos acrescidos de esclarecimento sobre a obra (para lá do que os regula-

mentos estipulavam), insinuações sobre os conteúdos que raiavam o desejo de ‘censura’… Acabando o instituto por negar, na não resposta, o dever de «apoio à divulgação pedagógica dos docentes»! De facto, estas (jovens) instituições preferem os encómios, o auto-elogio, o panegírico, demonstrando profunda aversão a quem pratica o sentido crítico, encarando-os mais como ‘inimigos’ que ‘colaboradores’. Comprazem-se na cultura do yes (wo)men… bajulador/a. «Esgotei o cálice até às fezes»… e aposentei-me, depois de 45 anos de função pública. Fui «professor, a mais bela profissão do mundo, a que nos ensina a pensar» (como escrevia uma ex-estudante na hora da minha despedida, em finais de Março último). Dediquei-me à docência de «corpo-e-alma» durante os 33 anos de trabalho árduo na ESE-IPS. Muitas ‘gotas’, para além destas, fizeram transbordar o ‘copo’. Mas a razão de fundo deste irrevogável abandono prende-se com a defesa de um princípio, a que só não chamo ‘sagrado’ porque a tal me impede o meu arreigado ateísmo: dar o lugar aos novos. Este desejo manifesto de substituição é extensível ao

campo dos periódicos (onde publico há 37 anos). Portanto, será este o meu derradeiro texto também no jornal Ensino Magazine. Há que passar o testemunho aos jovens! A «regressão geracional cuja manifestação mais visível é o adiamento do acesso à idade adulta e a conquista de autonomia que lhe está associada» (António Guerreiro, “Sê jovem e cala-te”, Ípsilon, 26/04/19, p. 2) é, fundamentalmente, provocada por uma entrada tardia no mercado de trabalho. Ora, a política nacional (caucionada pelos relatórios economicistas da OCDE e da Fundação Francisco Manuel dos Santos) tem vindo a consolidar esta obstaculização ao emprego jovem. Nas duas faces da moeda, o Governo fixa-se em exclusivo numa: a do aumento da idade da reforma e a possibilidade de prolongar o exercício de funções públicas até aos 75 anos (usando como argumentos o crescimento da esperança média de vida – em 1960 era de 63 anos e em 2016 de 80,8 – e os previsíveis défices crónicos, a partir de 2027, do Regime Previdencial da Segurança Social). Mas a questão central da sociedade portuguesa está na outra face – a depressão demográfica: em

2030, uma em cada quatro pessoas terá 65 e mais anos. Temos um novo imperativo cívico: enfrentar o envelhecimento acelerado das organizações sociais públicas, principalmente das escolas. A decisão de me aposentar, aos 66 anos de idade, é apenas a ‘gota’ que pretende contribuir para que o ‘copo’ do rejuvenescimento comece a encher. * Agradeço a João Ruivo e a João Carrega a confiança e a total liberdade que me deram para colaborar (de forma desinteressada) neste desafiador projecto editorial albicastrense (mas já com projecção internacional). K (Este texto não segue o AO90) Luís Souta _ lsouta@hotmail.com

Aprender y enseñar en la era digital

La Evaluación entendida como diálogo 7 Siempre hemos mantenido en nuestra práctica y teoría docente que en los procesos de enseñar y aprender la mejor metodología es la más variada. Esto mismo sirve para los procesos de evaluación, en los que debe utilizarse la mayor variedad de estrategias o instrumentos posibles. Tantos como en cada caso exija la actividad a evaluar y, a ser posible, la particularidad del alumnado. La combinación de estrategias, técnicas e instrumentos es una buena alternativa para resolver la brecha existente entre las nuevas maneras de aprender y evaluar en el siglo XXI con las demandas propias de los sistemas educativos de las que en estas colaboraciones se ha venido hablando. En nuestro libro Evaluar en la era digital (Ed. Síntesis) defendemos la utilización cada vez más frecuente en las tareas de evaluación de los conceptos de diálogo, negociación, compromisos, adaptación mutua, etc. Todo este argot debería

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formar parte de los miembros que interactúan en los centros docentes para conseguir el efecto de que los mismos juicios evaluadores se conviertan en actos educativos de aprendizaje y de guías para orientar la práctica, como ya defendíamos a principios de este siglo en La evaluación como proceso de diálogo. Porque la dialogicidad como método imprescindible para cualquier tipo de acción comunicativa, ha tenido poderosos referentes como Freire o Habermas. Y entre los temas puestos de moda por las diversas ciencias sociales en las últimas décadas del siglo XX, el del valor del diálogo fue, sin duda, uno de ellos. De la etnografía, de las ciencias sociales en general y de las corrientes que proponen la evaluación democrática, proviene la evaluación basada en el diálogo y en la negociación. Una negociación que en el ámbito pedagógico reúne unas características específicas e implica una mayor participación personal de todas las partes tratando de

configurar una evaluación producto del interés común del evaluador y del evaluado, que tiende a considerar el interés social y público por encima de los intereses privados de los individuos. La propia concepción de los estudiantes como participantes más activos de su aprendizaje lleva implícito un cambio en la forma de evaluar el dominio de las materias, lo cual conduce hacia métodos más participativos, en los que los estudiantes ayudan a definir las competencias, los objetivos, y las habilidades para cuya consecución trabajan. Para que podamos hablar de una evaluación democrática, un principio básico es fundamentarla sobre un proceso de negociación y diálogo entre todos los participantes del proceso. El diálogo es necesario porque torna la evaluación más clarificadora, y aumenta su utilidad. A través del entendimiento entre los actores será necesario determinar los límites del trabajo

de evaluación, las necesidades a las que se pretenden responder y la difusión que se va a dar a la información. Se valora el diálogo no como un recurso instrumental más, sino como un aspecto esencial de cualquier proyecto educativo que se precie, pues la educación la concebimos como una experiencia de liberación humana que normalmente puede desarrollarse a través del diálogo crítico entre educador y educando. La comunicación entre profesores y alumnos debe permitir pactar los distintos puntos de vista y llegar al acuerdo y la concertación como nuevos procedimientos de regulación de la tarea educativa y particularmente de la evaluación. Las decisiones educativas se toman sobre la base de unos juicios y estos, a su vez, se emiten a partir de una información que, en este modelo, debe ser compartida por medio de un diálogo natural. Desde nuestro punto de vista, es más importante cómo aprende

el niño o el adolescente que lo que aprende. En su planteamiento formativo, la evaluación es usada para apoyar o reforzar el desarrollo continuado de un programa o persona con el fin de provocar la reorientación personal y libre de la conducta de cada uno. En este caso, el alumno dialoga y se manifiesta porque se sabe aceptado para mejorar. K Florentino Blázquez Entonado _ Profesor Emérito. Coordinador del Programa de Mayores de la Universidad de Extremadura


Fórum em Castelo Branco

Turismo interno é uma oportunidade 6 O Turismo Centro de Portugal apresentou no início desta semana as mais recentes novidades no programa da sexta edição do Fórum de Turismo Interno «Vê Portugal», que vai decorrer em Castelo Branco nos dias 21 e 22 de maio, no Cine Teatro Avenida. “O Fórum «Vê Portugal», foi apresentado em Castelo Branco, em conferência de Imprensa, e é uma iniciativa anual do Turismo Centro de Portugal que junta especialistas de várias áreas para uma abrangente discussão sobre o presente e o futuro do turismo interno. Castelo Branco sucede a Viseu, Aveiro, Coimbra, Leiria e Guarda, as capitais de distrito que acolheram as edições anteriores, sempre com sucesso crescente”, como revela a organização. O evento contará com dois oradores convidados que “irão apresentar dois temas particularmente relevantes para a área do turismo interno”. São eles Luís Marques Mendes, Conselheiro de Estado, que irá falar sobre o binómio «Portugal Para Viver / Portugal Destino Turístico»; e Carlos Miguel, secretário de Estado das Autarquias Locais, com uma intervenção sobre os efeitos no Turismo da Lei-Quadro da Transferência de Competências para as Autarquias Locais e Entidades Intermunicipais. O Fórum «Vê Portugal» terá a presença de Luís Araújo, presidente

A Piscina Praia de Castelo Branco, na zona de lazer albicastrense, e as Portas de Ródão, em Vila Velha de Ródão, são duas das zonas mais aprazíveis da região centro

do Turismo de Portugal, como moderador do painel que encerrará o encontro, com o tema «Promoção Turística Nacional - que Modelo?». O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, está igualmente confirmado na sessão de abertura, assim como a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, na sessão de encerramento. Ao longo dos dois dias em que se desenvolverá este Fórum «Vê Portugal», que terá lugar no Cine-Teatro Avenida, vão realizarse sete painéis preenchidos com especialistas nacionais e interna-

cionais que falarão sobre a situação atual do turismo interno. “Turismo Cinematográfico – o Cinema ao Serviço do Turismo”, “Turismo 4.0 - Portugal, Hub de Inovação Digital”, “PROVEREs – Estratégias de Valorização e Promoção”, “ADN de Projetos Vencedores - Diferenciar para Ganhar”, “Turismo no Interior do País - Ativos Diferenciadores”, “Turismo na Orla Costeira - Ativos Diferenciadores” e “Promoção Turística Nacional - que Modelo?” são os temas que irão ser lançados a debate. “Os participantes poderão as-

sistir a apresentações e conversas entre os protagonistas da área do turismo, desde dirigentes a empresários, passando por autarcas ou estudiosos nos temas em análise. Até ao momento, estão inscritos mais de 350 participantes”, refere a entidade organizadora. Seguindo o que vem sendo habitual em edições anteriores, o Jantar de Gala «Vê Portugal» é anunciado como “um dos momentos altos do programa, ocasião em que o Turismo Centro de Portugal irá homenagear personalidades que se destacaram no setor turístico nacio-

nal e regional”. Nesta ocasião serão também entregues os Prémios de Concurso de Empreendedorismo Turístico «José Manuel Alves», instituídos pelo Turismo Centro de Portugal, e que visam “apoiar projetos inovadores no setor do Turismo com implementação na região, assim como os Prémios de Teses Académicas que incidam sobre o Centro de Portugal”. As inscrições para o fórum e para o jantar são gratuitas, mas carecem de inscrição prévia, referem também os organizadores deste evento. K

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CASTELO BRANCO IDENTIDADE// MEMÓRIA // TRADIÇÃO

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De 31 de maio a 10 de junho em castelo branco

Festival Sabores de Perdição com música e gastronomia 6 A edição deste ano da feira Sabores de Perdição vai decorrer em dois fins-de-semana, entre 31 de maio e 10 de junho. O evento, um dos mais importantes da região centro, é promovido pela Câmara de Castelo Branco e vai decorrer no centro cívico da cidade albicastrense, sendo já conhecidos os artistas que marcam presença no evento. Assim, a 31 de maio, o palco está reservado

para David Carreira, enquanto que no dia 1 de junho, serão os Amor Electro a animar os milhares de espetadores esperados. Ambos os espetáculos decorrem às 22H00. Já no dia 2, sobem ao palco os albicastrenses Bandit Casino, pelas 22H00, e os Musicalbi, pelas 23H00. Os concertos são gratuitos e prosseguem a 7 de junho com os Led On e a artista Blaya. Para

dia 8 está agendado outro grande concerto com os Expensive Soul, e o festival dos Sabores de Perdição terminará com a atuação de Richie Campbel, nho dia 9 de junho. O Sabores de Perdição é um dos principais eventos realizados na região centro do país, sendo, já uma referência nacional e internacional, uma vez que a sua promoção está a ser feita em cer-

tames estrangeiros, como aconteceu na Green Week, em Berlim, na Alemanha, e mais recentemente na Itália. Além dos concertos, o evento pretende promover os produtos tradicionais (como o queijo de castelo Branco, os enchidos ou os doces), os usos e tradições e a gastronomia regional. Por isso, haverá zonas destinadas a expositores, em tendas climatizadas,

e espaços próprios para a restauração. Durante a iniciativa serão feitas sessões de cozinha ao vivo, haverá animação de rua e workshops gastronómicos e criativos. Todo o certame decorre no centro da cidade, sendo que os espetáculos serão feitos ao ar livro, na zona da Devesa, que a malta mais novo já batizou de «Docas». A sugestão fica feita.K

Em Vila Velha de Ródão

Sabores do Tejo com Matias Damásio, Mickael Carreira e Calema 6 Já são conhecidos os artistas que vão atuar na Feira dos Sabores do Tejo de Vila Velha de Ródão. O certame realiza-se de 28 a 30 de junho e tem confirmadas as atuações de Mickael Carreira, Matias Damásio e Calema. Organizada pelo município de Vila Velha de Ródão, e com uma programação diversificada e inúmeros expositores, a Feira dos Sabores do Tejo procura dar a conhecer o que de melhor se faz no concelho em termos de atividades, serviços e produtos, numa perspetiva integrada que põe em evidência o turismo, a economia, a gastronomia e a cultura da região. O evento tem como cenário o Rio tejo e as Portas de Ródão, num território classificado pela Unesco e inserido no Geopark Naturtejo, o primeiro geopar-

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que criado em Portugal. Além dos espetáculos, o evento, cujo acesso é grátis, tem uma área de

restauração, onde não faltará a gastronomia da região, como as migas de peixe e o peixe de rio

frito, os queijos ou os enchidos. Esta é também uma boa oportunidade para conhecer

um pouco mais deste território, onde a arte rupestre também marca presença. K


Programa já está a decorrer

Santander apoia estudantes para a mobilidade 6 O Santander Universidades está a disponibilizar, ao longo de 2019, 210 bolsas de mobilidade para estudantes, professores e investigadores de Portugal em países ibero-americanos, num investimento superior a meio milhão de euros. A nova edição do Programa de Bolsas de Mobilidade está a decorrer desde o mês de abril e abrange 32 Universidades e Instituto Universitário Egas Moniz; Escola Superior de Enfermagem de Coimbra; Escola Superior de Enfermagem de St. Maria; Escola Superior de Enfermagem do Porto; Instituto Politécnico da Guarda; Instituto Politécnico de Castelo Branco; Instituto Politécnico de Coimbra; Instituto Politécnico de Setúbal; Instituto Politécnico de Tomar; Instituto Politécnico do Porto; Instituto Politécnico do Cávado e do Ave; Instituto Universitário da Maia –

ISMAI; Instituto Superior Politécnico Gaya ;U. Nova – FCM; U. Nova – IMS; U. Nova – Reitoria; U. Nova – SBE; UL - Faculdade de Motricidade Humana; UL - Instituto Superior Técnico; UL – ISCTE; UL- Instituto Superior de Agronomia; Universidade Autónoma de Lisboa Universidade da Beira Interior; Universidade da Madeira; Universidade de Aveiro; Universidade de Coimbra; Universidade de Évora; Universidade do Porto; Universidade dos Açores; Universidade Europeia; Universidade Lusíada; e UTAD - Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro. As Bolsas Ibero-Americanas para Estudantes de Licenciatura e Mestrado Santander Universidades são impulsionadas pelo Grupo Santander e pretendem reforçar a mobilidade de estudantes entre universidades ibero-americanas,

condição necessária para avançar para a construção de um espaço ibero-americano do conhecimento socialmente responsável. A iniciativa visa fomentar o intercâmbio de alunos, docentes e investigadores entre Universidades dos dois continentes. Só de Portugal, cerca de 2000 estudantes já tiveram até agora a oportunidade de ter uma experiência do outro lado do Atlântico. O programa é desenvolvido em 10 países do Grupo – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Perú, Portugal, Porto Rico e Uruguai – sendo disponibilizadas anualmente mais de 3000 bolsas para Estudantes de Licenciatura e Mestrado e 250 Bolsas Santander Investigação, num investimento anual de mais de 10 milhões de euros. Em Portugal, os alunos de li-

cenciatura e mestrado podem candidatar-se ao Programa de Bolsas Ibero-Americanas e efetuarem um intercâmbio de 6 meses numa Universidade participante. Os professores e investigadores podem usufruir do Programa de Bolsas Santander Investigação, acedendo a estadias de 2 meses – ou, se forem alunos de doutoramento, a bolsas de 4 meses. As candidaturas a cada um dos programas têm de ser formalizadas junto dos Gabinetes de Relações Internacionais de cada Universidade e, posteriormente, submetidas no site www.becas.santander.com, que reúne mais informações sobre os programas. A concessão de bolsas e a mobilidade internacional são dois eixos importantes do apoio do Santander ao Ensino Superior.

Recorde-se que o Banco Santander assume um forte compromisso com o Ensino Superior, que materializa através do Santander Universidades, uma iniciativa internacional única que o distingue das restantes instituições financeiras. O Santander é a empresa privada que mais investe no apoio à educação no mundo (Relatório Varkey/UNESCO–Fortune 500) com mais de 1.200 acordos de colaboração com universidades e instituições de 21 países. Desde 2002 destinou mais de 1.700 milhões de euros a iniciativas e programas académicos, e apenas em 2018 concedeu mais de 73.000 bolsas e ajudas com o propósito de contribuir, através do seu apoio à educação, para o desenvolvimento das pessoas, das empresas e da sociedade. K

túbal, distinguida como uma das mais belas do mundo, completam o pacote que faz desta experiência uma oportunidade única. A Ocean Alive é a primeira cooperativa em Portugal dedicada à proteção do oceano, tendo a UNESCO como parceiro institucional. Contribui para quatro objetivos de Desenvolvimento

Sustentável: conservação e uso sustentável do oceano; igualdade de género e empoderamento das mulheres; consciencialização da necessidade de se adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas; e uma educação de qualidade para todos. O projeto é construído com o empenho participativo de mulheres da comunidade piscatória “Guardiãs do Mar, do estuário do Sado, de voluntários e parceiros, que colaboram na proteção das pradarias marinhas. A Ocean Alive tem também como meta proporcionar a alteração de comportamentos, desenvolvendo um selo de certificação de boas práticas que irá proporcionar um rendimento acrescido na venda do peixe e marisco desta comunidade. K

Com o apoio do Santander Universidades

Ocean Alive em Setúbal

6 Estão abertas até 20 de maio as inscrições para a 4ª edição do Ocean Alive Camp Summer School, o Curso de Verão promovido pelo Instituto Politécnico de Setúbal com a ONG portuguesa Ocean Alive, que conta com o apoio do Santander Universidades. Dirigido a estudantes universitários com mais de 18 anos, irá decorrer de 8 a 19 de julho de 2019 e tem como objetivo assumido inspirar os jovens enquanto embaixadores na proteção do oceano. O Santander Universidades disponibiliza 12 bolsas, para proporcionar aos participantes uma experiência de aprendizagem prática na área das Ciências Marinhas. A biodiversidade da reserva natural do magnífico estuário do Rio Sado, um dos mais ricos patrimónios naturais de Portugal,

serve de laboratório a todos os que possuam a ambição de ter um impacto positivo na sustentabilidade dos oceanos. Os estudantes podem aprender técnicas de monitorização da população residente de golfinhos, a aplicação de protocolos científicos de qualidade ambiental e de armazenamento do carbono azul,

mergulhos em apneia para a observação da biodiversidade do recife e das pradarias marinhas, recolha de plâncton em caiaque e a respetiva análise em laboratório. A interação com a cultura local e comunidade piscatória, bem como a oportunidade de desfrutar das atividades lúdicas e da beleza natural da premiada baía de Se-

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Moçambique

Mondlane cria feijão resistente à seca 6 Docentes da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal da Universidade Eduardo Mondlane (FAEF) estão a desenvolver novas variedades de Feijão Nhemba de alta produtividade e tolerantes à seca para as regiões do país com escassez de chuva. O objetivo é garantir o aumento da produtividade desta cultura mesmo em situações adversas, como é o caso da falta da chuva. Atualmente 10 variedades encontram-se na fase conclusiva do seu desenvolvimento aguardando apenas o estágio final de apuramento de dados que irão determinar a libertação de cada uma das variedades. As variedades em causa podem produzir até três toneladas por hetare de feijão nhemba contra os atuais 500 quilos no mesmo espaço produzido pelo sector familiar. Segundo explicou Rogério

Filosofia

Chiulele, que está a coordenar o programa de investigação, com base nos resultados que estão a ser colhidos no campo de ensaios será produzido um relatório e submetido ao Departamento de Sementes do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA) que, por sua vez, irá analisa-los. Na sequência, seguir-se-á a um processo de defesa das sementes propostas para libertação.

O Departamento de Sementes do MASA é única instituição em Moçambique com a autoridade para a proceder à libertação das sementes, podendo depois estas ser distribuídas e comercializadas. Os trabalhos de investigação decorrem num campo de ensaios com três hectares no posto administrativo de Inhacoongo, distrito de Inharrime, província de Inhambane. K

Escola de Macau ganha concurso 6 A Escola Portuguesa de Macau foi a vencedora da “III Edição do Prémio Nacional de Contos de Filosofia para Crianças” organizado pela APEFP - Associação Portuguesa de Ética e Filosofia Prática. Este é um dos prémios mais importantes a nível nacional na área da Filosofia para Crianças. O conto vencedor - intitulado ”Uma aventura no elevador da ignorância” - foi elaborado pelos

alunos do 4ºB (Mariana Bastos da Silva; Mariana Raminhos; Maxim Neves; Maria Oliveira; Chan Kimberly e Atif Mohammad) e, posteriormente, será publicado em livro pela APEFP. A escola destaca ainda a participação dos alunos do 5ºA, que culminou com uma menção honrosa do seu conto ”Duas almas, uma amizade” e que também será publicado em livro. K

Moçambique

UniLúrio

Constelações Transatlânticas juntam Brasil e Moçambique 6 A Universidade Lúrio (UniLúrio) acolheu, a 7 de maio, no Campus Universitário de Marrere, uma conversa, em forma de Mesa Redonda, sobre “Conexões culturais entre a comunidade Boca do Mato (Rio de Janeiro) e a Cidade de Macuti (Ilha de Moçambique)”, inserido no Projecto “Constelações Transatlânticas”. O projeto, resultante da parceria entre a UniLúrio e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de

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Janeiro (PUC-RIO), levou à mesa do debate tópicos ligados ao desenvolvimento socioeconómico das duas realidades, procurando perspetivar caminhos para um desenvolvimento mais harmonioso e acelerado. Falando na ocasião, o diretor da Faculdade de Arquitetura e Planeamento Físico (FAPF), Isequiel Alcolete, justificou o evento como sendo forma não só de internacionalização da UniLúrio, como também um momento ím-

par para discutir ideias e caminhos para um ensino cada vez mais qualitativo. Francisco Noa, reitor da UniLúrio, aproveitou o momento para falar sobre a importância das Humanidades, pois é uma área do saber que liga comunidades com o seu passado, presente e o futuro. E mais, o professor descreve a importância do projeto porque “valoriza a memória e reconstrói, narrando, a história dos dois povos”. K

Alunos dão asas à sua imaginação 6 A imaginação invadiu o já mítico Pátio das Laranjeiras da Escola Portuguesa de Moçambique (EPM-CELP). Com papel e tintas diversas, alunos dos 9º e 10.º anos colocaram a criatividade e engenho em cena na oficina de desenho e pintura orientada por dois artistas portugueses, Manuela Pimentel e João Alexandrinho, este último comummente conhecido como Jas. O resultado do trabalho, que explora os azulejos tradicionais portugueses, será exposto juntamente com os “capulejos” criados por alunos da Escola no início deste ano, no Camões – Centro Cultural Português em Maputo.

Ana Paula Canotilho, professora de Educação Visual e Tecnológica e mentora da iniciativa, explicou que o trabalho surgiu da necessidade de criar contatos firmes entre os alunos da nossa Escola e vários artistas de renome internacional para que aqueles aperfeiçoem técnicas e ganhem inspirações. Valorizando o contemporâneo a partir de obras tradicionais, a artista plástica e formadora Manuela Pimentel procurou traduzir nos trabalhos dos alunos a influência das histórias contadas no azulejo tradicional português. K EPM-CELP _


gente e livros

edições

Novidades literárias 7

PAZ.

GUERRA &

Uma Nova Escola para Portugal, de Jorge Rio Cardoso. O autor defende uma escola que leve a realidade do mundo atual para as salas de aula, que propicie trabalho colaborativo e uma abertura ao exterior através da tecnologia. Depois de visitar inúmeras escolas e de entrevistar diversos professores e personalidades da educação, da cultura e da política - de Adriano Moreira a António Sampaio da Nóvoa ou Marcelo Rebelo de Sousa-, Jorge Rio Cardoso não tem dúvidas: o grande desafio da nova escola será tornar o aluno e as suas aprendizagens no centro do processo educativo, dando-lhe a possibilidade de ser o próprio a construir o seu conhecimento.

LIDEL. Fisiologia Clínica, de Humberto Machado (Coordenação). A fisiologia é a ciência do funcionamento. Permite-nos compreender a forma, o processo e o objetivo para o qual os vários aparelhos e sistemas dos seres vivos foram concebidos. O desequilíbrio do funcionamento de um organismo pode ser explícito, precoce, incomodativo ou pode mesmo ameaçar a vida. Nesta obra refere-se o que é observado nos doentes, nas várias dimensões fisiológicas da clínica, terminando com um capítulo integrador, que ajudará o leitor a compreender melhor o complexo funcionamento do organismo humano. É um livro para médicos e internos das diversas especialidades, para alunos de Medicina e de outros cursos de Ciências da Saúde, e para todos os interessados nesta matéria.

D.QUIXOTE. Palmeiras Bravas / Rio Velho, de William Faulkner. Esta nova edição de «Palmeiras Bravas» reproduz a edição original tal como Faulkner inicialmente a publicou, em 1939. É aqui recuperada a tradução de Jorge de Sena, datada de 1951, e o prefácio que escreveu na altura. É adicionada uma segunda obra de Faulkner, «Rio Velho», numa tradução de Ana Maria Chaves, para que o livro seja editado em Portugal tal como Faulkner sempre o apresentou aos seus leitores. K

Bruno Vieira Amaral 7 Bruno Vieira Amaral, que começou a sua carreira de escritor em 2013, tornou-se em poucos anos um dos autores mais aclamados da nova literatura portuguesa. Formado em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE, Bruno Vieira Amaral é escritor, crítico literário, tradutor, e autor do blogue «Circo da Lama». No seu currículo contam-se ainda colaborações no DN Jovem, revista Atlântico, jornal i e Observador. Atualmente é editor-adjunto da Revista Ler, cronista do Expresso e da revista GQ. O primeiro romance de Bruno Vieira Amaral, «As primeiras Coisas» (2013), originou muitos aplausos para o jovem escritor, que nasceu no Barreiro em 1971. Foi considerado livro do ano para a Revista Time Out (ano em que o autor recebeu o Prémio Novos por se destacar na literatura), e foi distinguido com o Pré-

José Fernandes H

mio PEN Clube Narrativa, Prémio Literário Fernando Namora e Prémio Literário José Saramago 2015.

Em 2017, Bruno Vieira Amaral publicou o seu segundo romance, «Hoje Estarás Comigo no Paraíso». O livro foi distinguido, nesse mesmo ano, com o Prémio Tabula Rasa para melhor obra de ficção e, em 2018, conquistou o 2º lugar do prémio Oceanos (antigo prémio PT de Literatura). Além destes dois romances, o escritor português já publicou também o «Guia Para 50 Personagens da Ficção Portuguesa» (Guerra e Paz, 2013), «Aleluia!» (FFMS, 2015), um livro de não-ficção sobre minorias religiosas em Portugal, «Manobras de Guerrilha» (Quetzal, 2018), coletânea de textos dispersos, e «Uma Viagem pelo Barreiro» (CMB, 2018). Os direitos dos livros de Bruno Vieira Amaral já foram vendidos para Macedónia, Sérvia, Hungria, Egito, Israel e Brasil. Tiago Carvalho _

Edições RVJ

Histórias de uma vida com muitas histórias 6 Antónia Dias de Carvalho tem 80 anos e apresentou, recentemente, o seu livro “Poemas para cantar com o coração a falar”. Foi professora de costura no Colégio Militar, onde foi agraciada com diferentes louvores. Fez parte da banda Filarmónica Cidade de Castelo Branco durante 12 anos. No ensino foi das primeiras alunas da Universidade Sénior Albicastrense (Usalbi) onde é co-fundadora da Tuna, autora do seu hino e do bordado do estandarte. Pertence ao Grupo de Teatro da Universidade e é uma presença assídua nas iniciativas culturais promovidas em Castelo Branco. É ainda autora do fado Fadusalbi e foi voluntária da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco. Aos 80 anos continua com o seu dinamismo e decidiu escrever um livro. “Poemas para cantar com o coração a falar” é uma obra poética, onde a autora conta a sua vida e a forma de ajudar o próximo. Natural de Sobral do Campo, Antónia Dias de Carvalho viveu “numa casa feita de pedra e barro pelas mãos do próprio pai. Ficava a dois quilómetros e meio da escola que frequentou apenas três meses, pois as graves carências familiares levaram-na ao trabalho no campo (e, diz ela, que aí se ajoelhava de mãos postas para o céu, pedindo a Deus uma vida melhor que lhe permitisse voltar a estudar)”, é explicado nesta obra, que surge ao público com o apoio da autarquia albicastrense e da Usalbi. A apresentação do livro decorreu, no dia 14 de maio, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, cujo auditório foi pequeno para acolher tantos amigos. Luís Correia, presidente da Câmara, recorda que “Antónia Dias de Carvalho gosta de dar a sua força às pessoas

amigas”, acrescentando que “sempre fui vendo a D. Antónia em muitas atividades da nossa comunidade, como um agradecimento à vida”. Também Arnaldo Brás, responsável pela Usalbi, destacou o grande dinamismo da autora, “uma das primeiras alunas da nossa universidade, que nos lançou o desafio de termos uma tuna académica, o que se veio a concretizar com a colaboração da Estudantina”. Antónia Dias de Carvalho mostrou-se emocionada. Sempre foi uma mulher de fibra, com sensibilidade e determinação. “Aos quinze anos pediu a uma tia que vivia em Lisboa que a levasse e lhe desse esperança de outra vida. Apesar das dez horas de trabalho diário, estudava à noite e fez o Curso Geral dos liceus e o Curso Complementar. Foi professora de Corte e Costura e como costureira entrou no Colégio Militar, onde trabalhou vinte anos, tendo sido louvada várias vezes. Por doença

asmática grave aposentou-se, voltando à sua aldeia natal e melhorando em Termas. Tinha sessenta e seis anos quando veio morar para Castelo Branco. Entrou na Banda Filarmónica Cidade de Castelo Branco, matriculou-se na Universidade Sénior Albicastrense (USALBI) e fez voluntariado na Santa Casa da Misericórdia. Doença grave na coluna obriga ao abandono da Banda, onde tocara Requinta durante doze anos”, é explicado no livro, editado pela RVJ Editores. Maria de Lurdes Barata, docente do ensino superior e da Usalbi, autora da nota introdutória, revela que no livro “há uma evidência em todo o registo poético de Antónia Dias Carvalho, que é a defesa dos valores comunitários como o respeito, a dignidade, a solidariedade, a gratidão, a responsabilidade que tem a ver com princípios de cidadania, com deveres e direitos cívicos e culturais”. K

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press das coisas

pela objetiva de j. vasco

Airbnb 3 Com o aproximar do verão, é tempo de marcar as férias. A plataforma Airbnb, disponível para smartphone, tem servido para inúmeras pessoas iniciarem viagens, tanto próximas de si como em locais remotos. Pode reservar casas de férias e ainda novos destinos de viagem. Dispõe de um leque de 4 milhões de apartamentos para alugar, distribuídos por mais de 190 países, mas também pode reservar uma experiência de viagem no destino, com guias locais especializados. Por outro lado, pode optar por ganhar dinheiro ao se tornar um anfitrião. K

Fred «O amor encontra-te no fim»

Unidade Convulsa

3 De 11 de maio a 29 de junho acontece, na Galeria Acert, em Tondela, uma exposição coletiva, promovida pela citada galeria e pela Escola Informal de Fotografia, onde se parte do desejo de “Aproximar-nos do Caos [com umas lentes que permitam ver melhor o que isso é]”, surgindo de uma reflexão teórica do filósofo José Gil. A exposição reúne 12 criadores, entre os quais o promotor deste espaço que, em “Unidade Convulsa”, que agora apresenta, o autor faz emergir o seu background académico como geógrafo e invoca a cartografia como testemunho, uma memória da sua própria experiência, do seu caminho no mapeamento do Caos, que muito para além de ser geofísico, é intrinsecamente interior” (da folha de sala da exposição). K

3 O conhecido músico e produtor Fred lança-se a solo com o disco “O amor encontra-te no fim”, um disco de estreia que define como muito pessoal. É neste trabalho que Fred se sente, realmente, em casa. O novo disco é composto por 15 faixas e representa uma viagem pelos mais recentes meses de vida deste músico português, que deixou o seu “sangue, suor e lágrimas” neste trabalho em que toda a composição, arranjos e instrumentos são do próprio Fred. K

Prazeres da boa mesa

Ervilhas Escalfadas com Chouriço e Ovos 3Receita para 4 pessoas Ingredientes para: 600g de Ervilhas 1 Chouriço 2 Gotas de Óleo Essencial de Esteva AROMAS DO VALADO 25g de Alho seco (5 dentes de alho) 2 C. de Sopa de Azeite 100g de Cebola (1 cebola grande) 80g de Cenoura (1 Cenoura) 180g de Tomates (3 Tomates) 50 ml de Vinho Branco 2 Folhas de Louro 4 Ovos 2 Fatias de Pão Caseiro 1 C. Sob. de Pimentão la Vera Q.b. de Pimenta Preta de Moinho Q.b. de Sal Preparação: Picar a cebola e o alho, refogar em azeite, louro e o óleo essencial de esteva. Cortar o chouriço e a cenoura em cubinhos e juntar ao refogado refrescando com vinho branco e adicionando o pimentão, o tomate picado e sem sementes. Quando bem cozinhado, juntar as ervilhas. Retificar os temperos e finalizar com

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Chef Mário Rui Ramos _ Chef Executivo

um ovo por cima, por cada prato. Levar ao forno até ficar no ponto. Depois de todos os temperos corrigidos, desenformar as ervilhas no centro dum prato e finalizar com duas rodelas de chouriço secas no forno durante 1 hora e as fatias de pão torrado. K Receita criada no âmbito da investigação da utilização de óleos essenciais na cozinha, do livro “Geoaromas, A Inovação na Gastronomia – Receitas”, IPCB, Edição RVJ Editores; Apoio: Alunos das aulas práticas de cozinha (IPCB/ESGIN); Sérgio Rodrigues e alunos de fotografia (IPCB/ESART); Helena Vinagre (Aromas do Valado).

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Bocas do Galinheiro

Dedicadas a Richard Fleischer 7 Já era tempo de trazermos aqui um dos mais controversos realizadores americanos do século passado, de seu nome Richard Fleischer. Entre grandes êxitos, de que se destacam “Viagem Fantástica”, 1966, um dos grandes filmes de ficção científica, marcante nos anos sessenta, sobre uma viagem ao interior do corpo humano feita por uma equipa médica a bordo de um submarino, reduzidos a tamanho microscópico, com o intuito de realizar uma intervenção cirúrgica a um cientista alvo de um atentado e em coma, “Vinte Mil Léguas Submarinas”,1954, uma adaptação da obra de Júlio Verne ou “Os Vikings”, 1958, com Kirk Douglas que também produziu o filme. Entre os finais dos anos 60 e começos dos 70, dirige dois interessantes policiais psicológicos baseados em acontecimentos reais: dois serial killers, estão na base dos dois filmes. O primeiro filme tem por título “O Estrangulador de Boston”, 1968, e narra com eficácia um complexo caso de dupla personalidade. O segundo “O Violador de Rillington”, de 1971, vai à Londres da década de quarenta, para nos relatar uma história de maior complexidade, onde por detrás do aparentemente normal homem de família, John Christie, está um assassino e violador que, depois de intoxicar as suas vítimas, as viola e estrangula. No papel de Christie e num excelente trabalho de representação está de Sir Richard Attenborough, também ele realizador, a lembrar Chaplin de Mr. Verdoux. Em “O Estrangulador de Boston”, Fleischer mostra-nos uma recriação dos crimes perpetrados pelo canalizador Albert DeSalvo, vivido por Tony Curtis, talvez numa das suas melhores interpretações, no qual aparece com o nariz deformado para lhe dar o fácies cruel do doentio criminoso DeSalvo, fazendo esquecer um pouco o ar de galã romântico que exibiu em grande parte da sua carreira. O realizador, sempre dedicado a novas tecnologias, apresenta nesta filme a técnica do écran múltiplo, na primeira parte do filme, em que vai desfiando os vários crimes, num estilo documental, para na segunda parte se debruçar sobre a investigação, em que se destaca Henry Fonda, o polícia que faz o grosso dos interrogatórios, até à descoberta da verdade e ao reconhecimento de DeSalvo dos seus crimes e a sua queda num estado catatónico revelador de uma espécie de

IMDB H

Dr. Jekill and Mr. Hyde, sendo condenado a internamento psiquiátrico. Mas já antes Fleisher se havia tentado por acontecimentos reais sobre crimes. Foi em “O Génio do Mal”, de 1959, adaptado do romance de Meyer Levin sobre o caso Leopold-Loeb, em que dois jovens estudantes imbuídos das teorias do supremacistas de Nietzche, assassinaram outro estudante mais novo, acontecimento que vagamente inspirara a peça de Patrick Hamilton adaptada por Alfred Hitchcock em “A Corda”, 1948. Quer num quer noutro, as figuras centrais acabam por ser Orson Welles no personagem do advogado defensor que faz uma dissertação contra a pena de morte e no de Hitchcock será James Stewart, que ao descobrir o chapéu da vítima, vai revelar os assassinos. Poderíamos lembrar aqui alguns dos seus flops, como “O Extravagante dr. Dolittle”, de 1967 ou “Conan o Destrui-

dor” (1984), um dos seus últimos filmes, mas dos fracos não reza a História e Richard Fleischer, para além de alguns projectos claramente comerciais, ainda nos deixou momentos inolvidáveis. Para além dos já referidos, “Sábado Trágico” (1955) um thriller sobre o assalto a um banco numa pacata comunidade, onde se destaca Victor Mature, ou essa outra incursão na ficção científica em “Soylent Green” (1973), com Charton Heston. Apesar de ser um produto do sistema dos estúdios, como muitos da sua geração, não foi um mero artesão. Eclético, aberto à inovação, deixou uma obra que reclama um escrutínio mais fino. Muitos dos seus filmes merecem uma revisitação. IN MEMORIAM Duas figuras ímpares deixaram-nos recentemente. A 29 de Março morreu Agnés Varda, realizadora e guionista belga, aos 90 anos. Percursora da Nouvelle Vague, o seu filme de estreia, “La

Pointe Coute” (1955) é disso testemunho, a sua capacidade de analisar e retratar o quotidiano proporcionou filmes como “Os Respigadores e a Respigadora” (2000), ou “As Praias de Agnés” (2008). Casada com Jacques Demy, outro nome incontornável do cinema francês, depois da morte dele, em 1990, dedicou-lhe “Jacquot de Nantes” (1991). Mais recentemente, a 13 de Maio, deixou-nos Doris Day, com 97 anos. Atriz e cantora. Filmes como “Calamity Jane” (1953), de David Butler, “O Homem que Sabia Demais” (1956), de Alfred Hitchcock, onde interpreta o tema Whatever will be, will be (Que sera, sera) ou “Chá para Dois” (1950), de David Butler, para não falar do The Doris Day Show, de 1968 a 1973, são alguns dos títulos pelos quais será lembrada. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa e Joaquim Cabeças _

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Rita Ruivo

Psicóloga Clínica (Novas Terapias)

Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 | E-Mail: psicologia@rvj.pt

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Edições RVJ

A verdadeira história dos prestaneiros 7 A Associação Portuguesa dos Comerciantes de Venda ao Domicílio (APCVD) acaba de apresentar, na casa da Cultura de Oleiros, o livro “Uma Associação com História e com Raízes no Pinhal Interior”. Uma obra da autoria do advogado Joaquim Silvério Mateus que retrata a importância daquela coletividade, mas sobretudo da história dos prestaneiros e o modo muito próprio de fazer comércio de proximidade, de levar às pessoas, muitas vezes isoladas, aquilo que lhes faz falta. Muitos desses comerciantes têm origem na zona do Pinhal e o livro, editado pela RVJ Editores, demonstra isso mesmo, sublinhando a importância da associação, o porquê de ter sido criada, apresentando “as histórias, as peripécias e as experiências por eles (comerciantes) vividas no âmbito da sua atividade empresarial”. Para a direção da associação, composta por José Mendes Antunes, Luís Marques, José Eusébio, Vítor Antunes e Gil Martins, “este livro incide sobre uma atividade comercial com contornos únicos em Portugal uma vez que, adaptando

a venda dos produtos às condições e capacidades de cada consumidor em concreto e com a deslocação ao seu próprio domicílio, permitiu e continua a permitir o acesso de muitos cidadãos à aquisição de bens essenciais para o seu lar que doutro modo lhe seriam inacessíveis”. Por outro lado, referem na nota introdutória, “este livro procura também retratar a vida empresarial dos profissionais deste ramo, tornando públicos vários contornos desta tão nobre e ímpar atividade,

ao mesmo tempo que apresenta a origem e desenvolvimento da sua vertente associativa ao longo dos anos”. O autor do livro explica que a obra faz breves “referências a variados factos históricos, não como um fim em si mesmo, muito menos com qualquer intuito de fazer a história desta região, mas antes como meio de caraterizar o ambiente social e humano de onde são originários os prestaneiros, mormente os que foram pioneiros da atividade”. A importância desta atividade

comercial é destaca pelo presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Jorge, que no seu testemunho recorda que o “prestaneiro, vendedor em prestações ao domicílio, foi um pioneiro deste tipo de comércio, um visionário, um criativo, um trabalhador incansável, um verdadeiro empreendedor, muito solidário com os colegas e clientes, cujo sucesso se deve a nunca desistir e a ter uma vontade férrea de vencer na vida. Fossem assim todos os Homens e viveríamos em paz e na abundância”. Também José Marques, atual presidente da Assembleia Municipal de Oleiros, que enquanto autarca de Oleiros contribuiu para o aparecimento da associação, recorda o facto de ser ter deslocado à Assembleia da República para a legalização da mesma. Já Vitor Antunes, vice-presidente da autarquia, realça “o espírito empreendedor destes conterrâneos. Há já largas décadas que se iniciou esta diáspora de gente, com visão, que deixou a sua terra natal em busca de uma vida melhor para as suas famílias. Numa altura em que não havia comércio on-line, nem as facilidades de paga-

mento que hoje se veem em várias superfícies comerciais, estes comerciantes foram pioneiros e viram na venda ao domicílio e a prestações a oportunidade de negócio que os diferenciou dos demais”. Numa primeira parte do livro faz-se uma evolução histórica da região do pinhal interior através de breves referências a alguns dos povos que aí viveram ao longo dos séculos e aos quais se podem ir procurar algumas características das pessoas originárias dessa região onde se incluem muitos dos associados. São também analisadas as condições de vida da época em que os primeiros prestaneiros que foram os pioneiros desta atividade, saíram das suas terras do pinhal interior e “emigraram” para regiões mais desenvolvidas do litoral do país em busca de trabalho e de melhores condições de vida. Num segundo capítulo, surgem as experiências e histórias pessoais dos associados no início e desenvolvimento da sua própria atividade. A terceira parte desta obra diz respeito ao nascimento e desenvolvimento da APCVD. K

As ESCOLHAs DE VALTER LEMOS

Gasolina, diesel, elétricos ou híbridos? 3 No primeiro trimestre de 2018 venderam-se em Portugal perto de três mil carros elétricos novos, o que significa um enorme aumento face a 2018. Mas, nesse ano já haviam sido vendidos mais oito mil, no total do ano, o que significa mais do que n sete anos anteriores. Esta subida vertiginosa está, no entanto, muito longe dos valores da Noruega, país onde os elétricos significaram mais de 50% do total de novos carros vendidos. Hoje está instalada a dúvida, em muitas pessoas sobre o tipo de carro a comprar, face à diversificação da oferta existente. Assim fazemos um pequeno guia sobre qual o tipo de carro mais vantajoso para vários aspetos práticos. Assim: Preço de compra: Gasolina Consumo: Elétrico Autonomia: Diesel Emissões poluentes: Elétrico Manutenção: Gasolina Valor de retoma: Diesel Os maiores problemas associados aos elétricos são o preço de compra e a autonomia. Na verdade,

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os elétricos são em média cerca de 30% mais caros que modelos equivalentes a gasolina ou diesel. Os preços dos elétricos mais baratos em Portugal são aproximadamente os seguintes, em euros: Até 10 000 - Renault Twizzy Até 20 000 - Smart for Two Até 30 000 - Volkswagen E-Up, Renault Zoe, Renault Kangoo, Kia Niro, Citroen C-Zero Mais de 30 000 - Nissan Leaf, Kia Soul EV, Hyundai Ioniq, Volkswagen Golf E Mais de 40 000 – BMW i3 Por outro lado, a autonomia dos elétricos é menor, demorando mais o reabastecimento, o qual é de alguns minutos, no caso dos combus-

tíveis fosseis e de pelo menos uma hora (carregamento rápido) nos elétricos. Além disso um depósito de gasóleo ou gasolina permite, em média, um percurso bastante maior do que uma carga completa de bateria nos elétricos. Ainda assim, a autonomia tem vindo a aumentar e atualmente uma carga completa permite entre 300 a 400 Km em carros normais como o Nissan Leaf ou o Renault Zoe.

Os híbridos Para tentar juntar as vantagens dos elétricos e dos gasolinas, algumas marcas oferecem híbridos, ou seja, carros que têm motor a gasoli-

na (ou diesel) e motor elétrico, permitindo andar uma parte do tempo a eletricidade e outra parte a gasolina ou colocando o motor elétrico a ajudar o outro, permitindo um menor consumo. Esta segunda opção é a mais antiga e permite alguma economia de consumo de gasolina ou gasóleo, ainda que, em geral não permita que o veículo se desloque só a eletricidade ou, quando o permite, isso aconteça apenas em poucos quilómetros. É o sistema usado pela Toyota e algumas outras marcas como a Mercedes. A outra opção designada de “plug-in” é a que permite que o carro se desloque com o motor a gasolina ou diesel com apoio elétrico, mas, também permite alguma autonomia só elétrica (que pode ir de algumas dezenas a perto de uma centena de quilómetros) garantida por baterias que podem ser carregadas através de tomadas elétricas. Exemplos são o Mitsubishi Outlander PHEV, Toyota Prius Plug-in e ainda alguns modelos da Hyundai, Kia,

BMW, Volkswagen e Volvo. Existem outras alternativas de energia para os automóveis. Umas mais antigas como o gás natural ou o GPL (combustíveis fósseis mais baratos e menos poluentes que a gasolina ou o gasóleo), outras ainda em fase de experimentação como o hidrogénio. Assim, o que será de esperar no futuro não é que os carros funcionem todos com a mesma energia, mas, que coexistam fontes e formas diversificadas. K


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