Ensino Magazine Edição nº 199

setembro 2014 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVII K No199 Distribuição Gratuita

www.ensino.eu ensino jovem

Assinatura anual: 15 euros

mafalda arnauth, em entrevista

Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico.

Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS

Silêncio que UBI tem campeão se vai falar ESART mais internacional de fado universidade

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Mafalda Arnauth é uma das vozes incontornáveis do fado contemporâneo. Há quase 20 anos que encanta gente em todo o país e no estrangeiro, por obra de uma singular portugalidade que não se fecha ao mundo.

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cristina esteves, jornalista da rtp

«Quem tem ética não passa vergonha» C pub

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Cristina Esteves, jornalista da RTP

«Quem tem ética não passa vergonha» 6 O seu nome e o seu rosto são sinónimos de notícias nos canais do serviço público de televisão. Cristina Esteves em discurso direto.

Estudou Direito, mas acabou por abraçar a carreira jornalística, na RTP, onde entrou por concurso público, em resposta a um anúncio numa revista. Que memórias guarda de 23 anos no canal público?

Mais de metade da minha vida passei-a na RTP, por isso mesmo acabei por crescer nesta empresa, aprendendo a lidar com a sua diversidade, com a exposição mediática, para bem e para mal, com a exigência que nos impõem e nos obrigamos a nós próprios, com a persecução de um serviço público e ao público relevante.

São 23 anos com muitas e boas recordações. Outras, menos, nem tanto. É uma experiência de vida em que todas as estreias de programas são momentos únicos.

Depois de muitos anos como repórter, especialmente na área da justiça, passou mais recentemente para pivô, cargo com uma indiscutível maior visibilidade. Sente que o seu mérito foi reconhecido tardiamente?

A minha primeira experiência como pivô (após 6 anos na apresentação de recreativos) surgiu na Expo ‘98 num progra-

ma de informação transmitido em directo para a RTP Internacional e RTP África.

Em 2003 passei a pivô da RTPN, agora RTP informação. O Telejornal da RTP1 aconteceu em 2011.

Não sei se fui pivô tarde ou não, foi uma opção das diferentes direções de informação. O que é certo é que tantos anos em reportagem (muitas vezes a par de pivô) deram-me mais experiência, outra visão.

As audiências são o cutelo que todas as noites pende sobre quem faz informação? Admite que mesmo no serviço público a tentação para o sensacionalismo e o apelo à emoção seja indisfarçável?

O serviço público só existe se tiver expressão, logo audiência, mas não deve ceder ao facilitismo ou conquistá-la a qualquer preço.

Obviamente que tem de ter uma grelha que seja sinónimo de diversidade, e complementaridade dos vários segmentos e nichos com uma programação também inclusiva do grande público, até como regulador de qualidade no mercado.

Teresa Guilherme disse um dia, a propósito do “Big Brother”, que «quem tem ética, passa fome». O serviço público deve saber resistir a isso?

A ética deve estar presente em tudo.

Quem tem ética não passa vergonha.

Portugal tem país com assunto suficiente para preencher três canais de informação contínua 24 horas por dia, 365 dias por ano?

São mais de três. Mas se não houver espaço para todos, o mercado, o público, encarregar-se-á de fazer a seleção natural. De qualquer forma é preferível pecar por excesso que por defeito, até porque a qualidade também se promove através da diversidade e alternativa.

Define a câmara como um «monstro».

Como é a adaptação e a evolução a essa relação e de que forma é que a exposição mediática condiciona a sua vida pessoal e familiar?

Este é um meio fascinante mas temos de estar cientes que tudo é efémero e que também devido à exposição inerente à profissão qualquer lapso pode deixar sequelas.

A exposição mediática não condiciona a minha vida pessoal e familiar. Continuamos a fazer o que sempre fizemos, optamos pela auto-regulação.

Eugenio Scalfari, fundador do jornal italiano «La Republica», disse perante

uma plateia de estudantes que «jornalismo é a pessoa que diz às pessoas o que se passa com as pessoas». Revê-se? Qual é a sua definição?

O jornalista é o veículo de determinada mensagem. É realmente a pessoa que diz às outras com a maior imparcialidade e objetividade o que se passa.

O jornalismo deve ser o transmissor dos cinco sentidos do mundo que o rodeia, quando não mesmo o sexto sentido.

O jornalismo é cada vez mais uma profissão com um forte pendor feminino. Encontra explicação para esta tendência?

Não, apenas há no jornalismo à semelhança de todas as profissões maior igualdade de género, no entanto, ainda não se repercute ao nível das posições de chefia e liderança. É uma contradição no tempo que o mesmo terá de corrigir.

A integração em grupos económicos mudou muito a face dos jornais, em particular, e dos órgãos de comunicação social, em geral. Muitos projetos encerraram, o desemprego atinge centenas de profissionais e a maior dependência da publicidade é uma realidade. Sente que a comunicação social é hoje menos independente do que era há meia dúzia de anos? ;

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perceções e ambições infundadas, mas não esquecendo que quanto mais formação se tiver maiores possibilidades terá. Esta é uma profissão cativante mas simultaneamente exigente. Raramente há horários certos e verdadeiras folgas ou férias. É difícil afastarmo-nos das notícias.

Isso é um eufemismo que se renova e propaga de geração em geração. Há projetos que findam e outros que nascem ou se reestruturam face às novas realidades sociais, políticas, económicas e tecnológicas.

Assim como os poderes societários também se regeneram.

Apenas os princípios pelos quais a comunicação social deve pautar-se devem e têm de permanecer imutáveis: a independência, isenção, imparcialidade , objetividade e ética.

Tem três filhos. Vislumbra que algum lhe siga as pisadas? Se os puder aconselhar no seu rumo de vida profissional dará preferência, em primeiro lugar, à sua vocação ou aos níveis de empregabilidade do curso?

Em que medida é que esta fragilidade do jornalismo, por natureza rigoroso, fiável e necessariamente independente, pode fazêlo perder terreno para as notícias veiculadas pelas redes sociais, muitas delas anónimas e difundidas por partes interessadas?

Não sei se algum dos meus filhos quererá ser jornalista embora sejam muito atentos às notícias. Ainda é cedo para aferir qualquer vocação específica, mas devem fazer aquilo que gostam e lutar realisticamente por isso.

Na essência nada mudou, nada muda, apenas o modus operandi. Sempre houve e continuará a haver contra-informação e desinformação, legitima ou não, e a democratização no acesso exponencia, mas também expõe, desmascara.

Ao nível da educação, quer partilhar com os nossos leitores a receita que segue para educar os seus filhos da melhor maneira possível e prepará-los para uma vida em sociedade cada vez mais competitiva e desafiante?

O que está em crise é o jornalismo ou a indústria jornalística?

Não há uma receita pré-cozinhada. Um discurso díspar da realidade do meio é infrutífero. O exemplo vem de cima - dos pais, dos avós, da escola que escolhemos - no dia a dia e em todos os momentos.

A nossa forma de ser e de estar é o melhor ou pior exemplo, as crianças aprendem e compreendem facilmente e nem nos apercebemos quanto e quando, o resto vem por acrescento. K Nuno Dias da Silva _ Carlos Ramos e Direitos Reservados H

É a sociedade per si. É um facto que há uma crise que afeta todas as áreas e a comunicação social no sentido lato sensu não é exceção.

As saídas profissionais para o exercício do jornalismo são cada vez mais estreitas.

Que conselho daria a um estudante que acalenta o sonho de ser jornalista?

Não desistir do sonho se o mesmo for realista e não uma ilusão ou amalgama de

CARA DA NOTÍCIA 6 A “protagonista” do serviço público Cristina Esteves nasceu a 31 de outubro de 1972. Licenciada em Direito, em 1995, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Entrou para a RTP em 1991, onde apresentou programas como “Grande Área”, com Mário Zambujal, e “Você Decide”. Atualmente é jornalista na RTP 1, RTP Informação e pivô do ‘Telejornal’. Apresenta o programa semanal «Protagonistas», na RTP Informação. Apresentou durante várias semanas o programa de comentário com a participação do ex-Primeiro-Ministro, José Sócrates, e entrevistou em exclusivo o ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva. Assina ainda uma coluna de opinião no «Diário Económico». K

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Natação competitiva

Campeão é da UBI Doutoramento na UBI

Prática desportiva dá saúde 6 Os alunos do Ensino Superior praticantes de exercício supervisionado, com intensidade periodizada, curricular e extracurricular, apresentam valores mais favoráveis a um bom/melhor estado de saúde. Esta é uma das principais conclusões da tese de doutoramento em Ciências do Desporto realizada na Universidade da Beira Interior (UBI), por Rui Miguel Duarte Paulo, com orientação do docente da UBI, Júlio Martins, e João Manuel Petrica, da Escola Superior de Educação de Castelo Branco.

A tese Efeitos da Atividade Física na Composição Corporal e nos Parâmetros Fisiológicos com Impacto no Estado de Saúde, de Alunos do Ensino Superior, tem também como objetivo ser “mais

um contributo para que se repensem as ofertas ao nível da prática de atividades físicas supervisionadas, principalmente em termos curriculares”, segundo o autor, que acrescenta outra meta: “Alertar os jovens adultos, alunos do Ensino Superior, para os malefícios que acarretam os estilos de vida sedentários, ao nível da saúde”.

O júri das provas foi constituído por Jorge Mota (Faculdade de Desporto da Universidade do Porto), Maria Isabel Carvalhal (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), João Paulo Brito (Instituto Politécnico de Santarém), João Serrano (Instituto Politécnico de Castelo Branco), Daniel Marinho (UBI) e Júlio Martins (UBI). K Rodolfo Pinto da Silva _

Investigação na UBI

Como motivar enfermeiros 6 O estudo dos enfermeiros e o seu grau de motivação e socialização dentro das instituições onde trabalham foi o tema da tese de doutoramento realizada por Fernanda Vital, na Universidade da Beira Interior (UBI). Intitulado A influência do Marketing Interno na Socialização, Satisfação no Trabalho e Motivação dos Enfermeiros em diferentes contextos organizacionais, foi realizado na área científica de Gestão e teve orientação da docente Helena Alves.

Contribuir para o estudo e para a medição da relação do marketing interno e do processo de socialização, analisando a influência de ambos na satisfação no trabalho e na motivação dos enfermeiros em diferentes contextos organizacionais, foi o objetivo da investigação que abordou temas ainda pouco analisados, de acordo com a autora. “Na revisão dos estudos que trataram esta temática, identificou-se a falta de estudos empíricos referentes à abordagem teórica da relação entre essas áreas”, refere Fernanda Vital.

Os resultados apontam para a necessidade das instituições empregadoras terem maior atenção para com os seus colaboradores.

“Considera-se que as organizações devem premiar os seus colaboradores com uma boa política de socialização e estratégias de marketing interno para que se sintam parte da organização e desenvolvam atividades e atitudes que levem a um maior desempenho e produtividade organizacional, tendo como intuito final a qualidade dos cuidados prestados ao doente e sua família/cuidadores levando a um grau de satisfação dos mesmos”, defende Fernanda Vital.

As provas de Doutoramento foram prestadas a 30 de junho e tiveram como júri João Proença (Universidade do Porto), José Dionísio (ISCTE-IUL), Arnaldo Coelho (Universidade de Coimbra), Helena Alves (UBI), Ricardo Rodrigues, (UBI) e Ana Rodrigues (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro). K Rodolfo Pinto da Silva _

6 O campeão universitário de natação nos 50 e 100 metros bruços, Henrique Neiva, aluno da Universidade da Beira Interior (UBI), acaba de conceder uma entrevista ao jornal daquela universidade, o Urbi@ Orbi, onde revela que teve uma época para recordar pelos melhores motivos, fala da experiência na modalidade, de como foi recebido na equipa da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) e da experiência de estudar na UBI, onde frequenta o doutoramento em Ciências do Desporto.

“Com os quatro títulos nacionais universitários [vitórias nos 50 e 100 metros bruços em pista de 25 metros (com recorde nacional), em janeiro, e nas mesmas distâncias, mas em piscina da 50 metros, em junho], pode dizer-se que foi uma época bastante positiva”, refere o atleta da Associação Académica, equipa onde considera ter sido “muito bem recebido por todos os elementos, desde a parte administrativa aos responsáveis pela equipa e mesmo colegas”. Uma

entidade que o reconheceu também com o Prémio Percurso Desportivo, na última Gala do Desporto.

Em termos futuros, considera que é tempo de decisões. “Depois de 20 anos de carreira competitiva em natação pura desportiva, em que vários títulos e prémios foram conseguidos, a minha vida académica e profissional assumiu preponderância. Por isso, para mim foi muito importante poder entrar na equipa de natação da AAUBI e, desta forma, poder continuar com a minha carreira em natação competitiva”. Mas as vantagens da instituição que escolheu para realizar

o Doutoramento. “Para esta escolha tenho que realçar a importância que teve o professor Daniel Marinho, que me deu a conhecer o trabalho que vinha a ser desenvolvido pelo Departamento de Desporto da UBI, integrado num dos melhores centros de investigação desta área, o CIDESD. Eu já conhecia também o trabalho de topo realizado na área da investigação pelos que são agora meus orientadores, os professores Daniel Marinho e Mário Marques”.

A sua investigação centra-se no estudo do efeito do aquecimento no rendimento em natação pura desportiva, área em que a investigação é escassa e o conhecimento ambíguo. “A verdade é que, na grande parte dos desportos, o aquecimento é tido como fundamental e uma prática necessária para obter o melhor rendimento. No entanto, esta é uma ‘verdade’ obtida mais por ‘tentativa e erro’ por parte dos treinadores e desportistas, do que por factos científicos”, conclui. K Rodolfo Pinto da Silva _

Diário dos Infiéis

ASTA prepara estreia 6 O mês de outubro marca a estreia da próxima produção da Associação de Teatro e Outras Artes (ASTA), companhia sedeada na Covilhã, que volta a trabalhar um livro do escritor também covilhanense, João Morgado. Desta vez será Diários dos infiéis, que sobe pela primeira vez ao palco, no início daquele mês, no Teatro Municipal da cidade serrana.

A peça esteve a ser preparada numa residência artística que decorreu entre os dias 18 e 22, na Casa Grande da Barroca do Zêzere,

no concelho do Fundão. Diário dos infiéis conta com encenação de Marco Ferreira e interpretação dos atores Carmo Teixeira, Graça Faustino e Sérgio Novo.

A obra de Morgado é “um romance maduro sobre homens e mulheres, casamento e infidelidade, desejo e amor”, segundo a sinopse, que acrescenta: “A solidão entre duas pessoas e o que ficou por dizer depois do adeus.

Numa viagem ao mundo do erotismo, descobrem que tudo se resume ao desejo ou à falta dele. E

num diário de emoções íntimas, quatro casais, oito personagens, falam na primeira pessoa do que sentem dentro de si e em relação aos outros”.

Esta é a segunda produção da ASTA baseada num livro do autor natural da Covilhã, depois da adaptação de Diário dos Imperfeitos. No próximo mês, Diário dos Imperfeitos assinala a sua primeira internacionalização, deslocandose a Ourense (Espanha) para uma apresentação no Auditório Municipal daquela cidade galega. K

Preparar para a vida

UBI cria Laboratório 6 Laboratório de competências transversais da Universidade da Beira Interior é como se designa a valência que a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas terá a funcionar a partir do próximo ano letivo, com o objetivo da proporcionar formação acrescida aos 1º e 2º ciclos de estudos. “As competências transversais distinguem-se dos conhecimentos específicos de cada área científica pela sua transversalidade contextual e transferibilidade no âmbito do perfil profissional”, explica uma fonte da FCSH. A oferta formativa vai privilegiar as competências transversais consideradas mais importantes pelos

empregadores e comissões de curso da UBI. Terá sessões de natureza presencial e de trabalho autónomo com suporte tutorial à distância e será enfatizada a aprendizagem baseada na experiência, em turmas de número reduzido e com estudantes de diferentes áreas científicas.

Ainda de acordo com a Faculdade, cada oficina de formação “terá créditos ECTS atribuídos de acordo com a carga horária total prevista, podendo vir a constar no suplemento ao diploma enquanto documento complementar ao certificado de obtenção de cada grau académico”.

A iniciativa será posta em prática em formato de projeto-piloto

na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, seguindo a abordagem proposta pelo projeto TUNING. O TUNING destaca necessidades de formação transversal de âmbito “instrumental (habilidades cognitivas, metodológicas, tecnológicas e linguísticas), interpessoal (habilidades individuais que envolvem interação social e cooperação) e sistemático (habilidades que combinam compreensão, sensibilidade e conhecimento, promovendo o pensamento crítico, a conduta íntegra no domínio pessoal e profissional e a capacidade de adaptação a novas situações no atual contexto de crescente diversidade social)”. K SETEMBRO 2014 /// 05

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Com a Câmara do Fundão

UBI assina protocolo

6 A Câmara do Fundão é a mais recente autarquia a conceder bolsas de estudo aos residentes no seu concelho que optem por estudar na Universidade da Beira Interior (UBI). O protocolo foi assinado, a 1 de agosto, entre Paulo Fernandes, presidente da edilidade, e António Fidalgo, reitor da UBI. No âmbito do acordo, a Câmara vai custear três bolsas anuais e estão desde logo definidas as áreas preferenciais para a atribuição dos apoios: engenharias.

“Na atribuição das bolsas será dada preferência aos alunos que ingressem em Engenharia Informática, seguindo-se os alunos de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores e Engenharia Eletromecânica ou Civil”, segundo refere a UBI. Os bolseiros receberão o valor da propina aprovada para cada ano lectivo e podem candidatar-se estudantes do Fundão que ingressem pela primeira vez na UBI, através do Concurso Nacional de Acesso.

Altran em formação na UBI

“Os critérios de atribuição serão definidos contemplando a conjugação de três fatores de ponderação: a precedência de cursos, a situação socioeconómica da família do estudante e a nota de ingresso”, ainda de acordo com a UBI. Este é o segundo protocolo a

ser assinado com autarquias da região, com o objetivo de atrair para a instituição de Ensino Superior alunos da Beira Interior.

A primeira a estabelecer uma cooperação deste género foi a Câmara da Covilhã, que vai também conceder três bolsas a alunos do concelho. K

T A UBI desenvolveu um Curso Intensivo Java Enterprise Edition para colaboradores da empresa Altran entre 25 de agosto e 5 de setembro, nas instalações do Centro de Formação Interação UBI Tecido Empresarial, uma formação dirigida a consultores recém-licenciados em áreas das Tecnologias de Informações e Comunicação (TIC), com conhecimentos de programação em Java e Base de Dados.

A formação de colaboradores da Altran, que tem um Centro de Nearshore a funcionar na cidade do Fundão, resulta de uma parceria com a UBI. K

Formada pela UBI

Queimaduras, feridas e psoríase

Soluções vêm do Minho 6 Um grupo de investigadores acaba de apresentar os resultados da aplicação de cremes inovadores que ajudam no tratamento de queimaduras, feridas profundas e psoríase. Os cremes, que atuam por vezes em algumas horas, já estão disponíveis no mercado. A divulgação deste projeto decorreu no 62º Congresso Internacional e Encontro Anual da Sociedade de Plantas Medicinais e Investigação em Produtos Naturais (GA2014), que decorreu no campus de Azurém da Universidade do Minho, em Guimarães, de 31 de agosto a 4 de setembro.

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“São dermacosméticos com funcionalidade hidratante e coadjuvantes para o tratamento de queimaduras, psoríase e feridas recalcitrantes (profundas e de difícil cura), que atuam em algumas horas ou em alguns meses, consoante a gravidade dos casos”, explica Alberto Dias, coordenador do polo do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas da Universidade do Minho. Os cremes foram desenvolvidos em parceria com a empresa portuguesa M&MBiotechnology Lda. e a Escola Superior de Tecno-

logia de Saúde do Porto.

De acordo com o especialista, há já várias plantas medicinais e aromáticas, “desde as mais comuns, como os orégãos, os coentros, a salsa, o caril e outras não comestíveis, que são incluídas em medicamentos convencionais. Um dos exemplos mais notórios é o taxol, que é utilizado no combate ao cancro da mama”. Alberto Dias adianta, ainda, que duas das grandes tendências do setor são a nanotecnologia e os chamados alimentos funcionais e nutracêuticos (com atividade farmacológica). K

T A antiga aluna de Design Industrial da Universidade da Beira Interior (UBI), Ana Filipa Couvinhas, ganhou o prémio para jovens investigadores Hal Hendricks and Ted Brown’s MacroErgonomics Young Investigators Award no 11th International Symposium on Human Factors in Organisational Design and Management e 46th Annual Nordic Ergonomics Society Conference, que decorreu em Copenhaga (Dinamarca), de 17 a 20 de agosto.

Ana Filipa Couvinhas apresentou uma comunicação com o título “Considering real life impact with community-X-ray”.

O trabalho fez parte da mesa de debate intitulada “Ergonomia e desenvolvimento na nova economia & Ergonomia em sistemas de análise e design” e foi realizado em coautoria com Denis Coelho, do Departamento de Engenharia Eletromecânica na UBI. Ana Filipa Couvinhas é atualmente Designer Sustentável e Investigadora na Technoserve Moçambique. K

UBI na Amazon T “Estudo da violência entre pares em alunos adolescentes” é o título da obra que dois docentes e uma estudante de doutoramento da Universidade da

Beira Interior (UBI) publicaram na Amazon. Os autores são Júlio Martins, Luís Maia e a estudante do terceiro ciclo Ana Reinaldes.

“A violência, a agressividade e os maus tratos são considerados, atualmente, uma das principais preocupações públicas na sociedade”, é dito na apresentação do livro, que enquadra a temática no contexto dos estabelecimentos de ensino. Além de docentes da UBI os co-autores são investigadores do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD) sedeado na Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro. K

Covilhã com bilros T Katia Almeida, aluna de mestrado em Design de Moda, foi a primeira aluna da Universidade da Beira Interior (UBI) a participar no desfile da Mostra Internacional de Renda de Bilros de Peniche. Organizado pela autarquia local, o evento decorreu entre os dias 24 e 27 de julho. Além de recordar as tradicionais rendas, o desfile pretende destacar a perspectiva inovadora destes trabalhos. Katia Almeida teve a oportunidade de apresentar quatro coordenados da sua coleção de mestrado em que aplicou as rendas. A coleção desfilou também no evento Sabor do Pêssego, na Covilhã, e trata da história que une a cultura portuguesa com a japonesa. “As silhuetas de trajes tradicionais foram uma das inspirações dos elementos típicos portugueses”, refere a designer. K

Hidrologia e Climatologia T A Universidade da Beira Interior vai avançar com uma pós-graduação em Hidrologia e Climatologia que é única no país, tem a duração de um ano letivo e irá decorrer em regime b-learning, sendo as sessões presenciais às sextas-feiras e sábados, no Centro de Formação Interação UBI Tecido Empresarial e em estâncias termais dos diferentes associados da Associação das Termas de Portugal. Aliando o vazio de formação nesta área a nível da região centro do país que possui já algumas estâncias termais, nomeadamente Unhais da Serra, Manteigas, Cró, Fonte Santa, Águas, Touca e a estância termal de Monfortinho. O curso conta com a colaboração de docentes altamente qualificados e terá início a 19 de setembro de 2014. K

Projeto no Minho

Urina dá eletricidade 6 O Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho está a produzir eletricidade e fertilizantes a partir de urina humana. Este projeto europeu, intitulado Value from Urine, já despertou o interesse da Agência Aeroespacial Norte-Americana (NASA) e da Agência Espacial Europeia (ESA). O objetivo é produzir, numa primeira fase, fertilizantes para solos rico em fósforo, e, num segundo momento, utilizar células de combustível microbianas capazes de gerar eletricidade e fertilizantes ricos em azoto.

“A valorização da urina separada dos outros componentes do efluente doméstico baseia-se no conceito de saneamento descentralizado, que poderá ser aplicado em zonas remotas ou nações em vias de desenvolvimento sem redes de esgotos e redes elétricas.

Trata-se de um processo que assenta na separação e reutilização das correntes de água poluída gerada em cada habitação”, adianta a professora catedrática Madalena

Alves, coordenadora do projeto a nível nacional.

Por exemplo, as águas dos banhos ou das lavagens de roupa podem ser reutilizadas nos autoclismos. Por outro lado, as águas negras, mais concentradas em poluentes, devem ser separadas das águas chamadas ‘cinzentas’, que têm níveis de contaminação menor, permitindo um tratamento diferenciado de acordo com o grau de poluição.

“Evita-se, desta forma, a diluição de poluição, ou seja, a contaminação de correntes de águas limpas com correntes contaminadas. A separação diferenciada da urina é um passo a mais no conceito de saneamento descentralizado. Este sistema é mais sustentável e eficiente do que o atual modelo de saneamento centralizado adotado na maioria dos países ocidentais”, explica a investigadora da UMinho. O “Value from Urine” conta com o financiamento do 7.º Programa Quadro da União Europeia e é coordenado pelo Instituto Wetsus, na Holanda. K

Universidade Aberta

Bidarra ganha na América 6 O prémio para o melhor artigo científico de 2013, concedido na 6.ª edição anual dos Excellence in Research Journal Awards, promovido pela prestigiada editora académica internacional IGI Global, sediada na Pensilvânia (E.U.A.), foi atribuído a José Bidarra de Almeida, docente do Departamento de Ciências e Tecnologia da Universidade Aberta (UAb) e investigador no Pólo da UAb do CIAC (Centro de Investigação em Artes e Comunicação).

The AIDLET Model: A Framework for Selecting Games, Simulations and Augmented Reality Environments in Mobile Learning é o título do artigo premiado, que foi publicado no International Journal of Web-Based Learning and Teaching Technologies.

A distinção foi atribuída com base nos critérios seguintes: contribuição para o campo de investigação; originalidade da pesquisa; aplicabilidade prática da investigação; qualidade do artigo; rigor da investigação; pesquisa substantiva e metodologia.

Doutorado em Ciências da Educação, na especialidade de Comunicação Educacional, José Bidarra de Almeida é professor auxiliar na UAb, onde coordena o Mestrado em Expressão Gráfica a Audiovisual e onde é membro da Comissão Coordenadora do Doutoramento em Média-Arte Digital. As suas principais atividades de investigação centramse nas áreas do e-learning e do multimédia, colaborando regularmente em projetos internacionais. K

Química dos Alimentos

ISA recebe encontro 6 O 12º Encontro de Química dos Alimentos decorre no Instituto Superior de Agronomia, de 10 a 12 de setembro, sob o tema Composição Química, Estrutura e Funcionalidade: a ponte entre alimentos novos e tradicionais e com organização da Divisão de Química de Alimentos da Sociedade Portuguesa de Química.

O evento conta já com a confirmação de conferências plenárias de investigadores internacionais (Universidade de Cork, INRA e Universidade Politécnica de Valência),

bem como com a apresentação de um conjunto alargado de keynotes proferidas por investigadores dos principais grupos que trabalham nesta área, a nível nacional.

Será dado um especial destaque à interação com a Indústria, destinando-se todo dia 11 de setembro à temática Academia+Indústria, incluindo a realização de um workshop prático com uma apresentação das inovações das empresas convidadas Innovative Food Fair e partilha de ideias num ambiente informal e criativo. K

Instituto de Medicina Molecular

Qualidade certificada

6 O Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa tornou-se no primeiro centro nacional de investigação biomédica a ter um Sistema de Gestão da Qualidade certificado de acordo com a norma internacional ISO 9001, após auditoria da TÜV Rheinland, organismo independente de inspeção e certificação líder a nível global, que atribuiu ao IMM avaliação positiva nos exigentes requisitos desta prestigiada norma.

Com auditoria de certificação em 2014 e envolvendo cerca de 70 colaboradores, “este projeto revestiu-se de grande complexidade, quer por ser uma organização que reúne investigadores das mais diversas nacionalidades e culturas, quer por coincidir com um período de grande crescimento do IMM”, afirmou Bruno Silva-Santos, vice-presidente do IMM. A Gestora do Instituto de Medicina Molecular, Margarida Pinto Gago, acrescentou que este Instituto “vai continuar a melhorar e a simplificar processos.

Quanto mais os procedimentos estiverem instituídos, maior li-

berdade poderá ser concedida aos nossos investigadores”. “É com muito orgulho que a TÜV Rheinland certifica a excelência dos serviços prestados pelas unidades estruturais do IMM. No entanto, este é apenas o primeiro passo num longo e exigente caminho”, disse por seu turno Fernando Lamares, diretor-geral da TÜV Rheinland.

“A implementação da norma ISO 9001 vem melhorar a eficácia interna, eliminar processos e ineficiências, assim como melhorar a satisfação dos diferentes stakeholders, desde investigadores internos e externos, até às universidades, hospitais e empresas associadas”, conclui o responsável do organismo de inspeção. K

Roteiros turísticos para cegos

Aluna do Minho desenvolve 6 Sandra Contente, aluna de mestrado em Património e Turismo Cultural na Universidade do Minho, acaba de apresentar roteiros turísticos de Braga para pessoas com deficiências visuais. Os percursos foram concebidos com a colaboração da Associação de Apoio ao Deficiente Visual do distrito de Braga e da Associação de Ocupação Constante.

A ideia foi retirada da sua tese intitulada Turismo Acessível na cidade de Braga: uma experiência com portadores de deficiência visual e surgiu da necessidade de suprimir uma lacuna existente há vários anos. “Foram definidos, em conjunto com as entidades aderentes, percursos e atividades para esta população. É importante apostar em iniciativas e estratégias diversificadas que permitam às pessoas com limitações físicas usufruir e conhecer melhor os vários espaços turísticos e culturais”, explica a estudante do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho.

Sandra Contente pretendeu dar um toque mais sensorial aos trajetos delineados. Teve em considera-

ção igrejas, museus, monumentos, estabelecimentos comerciais e outros locais “onde estes turistas pudessem sentir alguns dos aspetos tradicionais da cidade bracarense”.

Várias entidades da cidade já integraram os itinerários adaptados, nomeadamente o Posto de Turismo de Braga, o Museu Arqueológico Dom Diogo de Sousa, o Museu Pio XII, a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, os estabelecimentos comerciais “A Negrita” e “Som da Sé” e o artesão local Eurico Silva. K

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Estudantes internacionais

10 alunos de Engenharia Civil

Évora define propinas

6 A Universidade de Évora definiu que não deverá haver alterações no valor da propina para o próximo ano letivo, mantendo o valor de 2013/2014 em 1037,20 euros para o estudante nacional. O estudante internacional, uma nova aposta da instituição, deverá pagar um valor fixado nos 4000 euros.

Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora refere que “a situação económica atual dos portugueses não é muito confortável e sabemos que os crescentes encargos financeiros, associados a outros fatores levam a que seja difícil comportar os custos de um curso superior. Tendo este dado em conta, consideramos manter o valor da propina igual optando por apostar em outras formas de sustentabilidade, como seja o recurso a bolsas da própria Universidade”.

Ainda de acordo com aquela responsável, “a campanha que estamos a desenvolver junto do mercado internacional (fora da União Europeia), para captar novos alunos, poderá diversificar o nosso público, com vantagens

UTAD isenta de propinas 6 Os dois melhores alunos das Comunidades Intermunicipais do Alto Tâmega, Douro, Alto de Trás-os-Montes e Tâmega/Sousa que sejam colocados pelo concurso nacional de acesso ao ensino superior de 2014/2015 na Licenciatura em Engenharia Civil da UTAD poderão usufruir de isenção de propinas na primeira inscrição do primeiro ano.

Esta medida abrange ainda os

Susana Rodrigues H

para os atuais estudantes, reforçando a internacionalização e podendo ao mesmo tempo resolver

algumas questões como o número de alunos e consequente financiamento da instituição”. K

T A amamentação aumenta o bem-estar psicológico das mães e diminui o risco de depressão pósparto. Esta é uma das conclusões da investigação das universidades do Minho e Miami (EUA), recentemente publicado na prestigiada revista Psychological Medicine. “Os benefícios da amamentação na saúde da mãe e do bebé têm sido extensivamente demonstrados ao longo dos últimos anos. Contudo, pouco se sabe quanto ao bem-estar psicológico da mãe no período pósparto”, afirma a investigadora Bárbara Figueiredo, que contou com a colaboração da colega Catarina Canário (Unidade de Investigação Aplicada em Psicoterapia de Psicopatologia da UMinho) e da especialista Tiffany Field (Escola Médica da Universidade de Miami). K

Investigação

Coimbra contra carraça 6 Investigadores da Universidade de Coimbra (UC) identificaram uma nova enzima que poderá ser utilizada em estratégias terapêuticas contra a febre da carraça e do tifo epidémico, anunciou a instituição.

A UC revela, em nota divulgada, que a equipa internacional responsável pelo projeto é liderada pela investigadora Isaura Simões, do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da UC e do Biocant.

A investigação, iniciada em 2010, foi financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e envolveu a participação de cinco investigadores estrangeiros de três grupos de investigação distintos, explica.

Segundo a UC, a bactéria responsável pela febre da carraça e pelo tifo epidémico, de seu nome Rickettsia, “transmite-se através de piolhos, carraças e pulgas e não possui atualmente nenhuma vacina protetora”.

“A descoberta, publicada na revista científica internacional PLoS Pathogens, descreve uma nova enzima dessa bactéria, semelhante àquela presente no VIH-1, sendo também controlável por medicamentos utilizados no tratamento da SIDA”, acrescenta.

08 /// SETEMBRO 2014

Depressão pós-parto evita-se

Arquivo H

Isaura Simões, citada na nota da UC, refere que os investigadores demonstraram “de forma inequívoca a presença de um tipo específico de enzima na bactéria Rickettsia”.

“Ao explorar as suas potenciais funções biológicas, os nossos resultados apontam para a participação da enzima num mecanismo relevante para a virulência destes microrganismos, reforçando a importância desta nova enzima como potencial alvo para o desenvolvimento de novas terapêuticas contra infeções provocadas por Rickettsia”, explica.

O CNC é um laboratório responsável pela investigação nas áreas da biomedicina e da biotecnologia, na formação universitária de novos investigadores, e criação de ações de comunicação de ciência junto das comunidades através do Programa Ciência e Sociedade.

Já o Biocant disponibiliza serviços inovadores de biotecnologia com relevância para as Ciências da Vida e impulsiona a transferência de tecnologia entre os centros de investigação fundamental de reconhecido mérito e as empresas do setor da biotecnologia, segundo a UC. K

Site aproxima doentes T Rita Vilaça, ex-aluna de Bioinformática da Universidade do Minho, lançou um site que pretende colocar em contacto pessoas com a mesma doença. A plataforma, gratuita, chama-se Adoeci – Partilhar é o Melhor Remédio (adoeci.com) e

dois melhores alunos, colocados pelo concurso nacional de acesso ao ensino superior de 2014/2015 na licenciatura em Engenharia Civil, que sejam membros ou familiares diretos de membros da Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações Prediais (ANQIP).

Ao todo serão dez bolsas de isenção de propinas a alunos colocados neste curso, que satisfaçam as condições descritas. K

conta com meio milhar de utilizadores de todo o país e do exterior.

Permitir que os doentes expressem o que sentem e partilhem experiências uns com os outros é um dos principais objetivos desta ferramenta. “Por vezes é mais fácil desabafar com alguém que esteja a passar por uma situação semelhante. Creio que em comunidade se ganham mais forças para lidar não apenas com a doença, mas também para obter um maior reconhecimento da mesma. Um profissional de saúde nem sempre entende o que o doente está a viver, principalmente em condições menos compreendidas”, destaca Rita Vilaça, promotora do projeto. A plataforma está online há seis meses e conta com cerca de 500 utilizadores residentes em Portugal e no Brasil. K

Lusíada com debate T O Novo Regime Jurídico das Federações Desportivas é o tema da conferência que decorre no Auditório 1 da Universidade Lusíada, a 9 de Outubro, entre as 14 e as 17 horas.

Serão conferencistas Lúcio Correia e Laborinho Lúcio. A organização é da Faculdade de Ciências da Economia e da Empresa da Universidade Lusíada. K

Matemática com presidente T Fernando Pestana da Costa, docente no Departamento de Ciências e Tecnologia da Universidade Aberta acaba de ser eleito presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática. Professor associado com agregação, Fernando Costa doutorou-se em Matemática pela HeriotWatt University, em Edimburgo, em 1993. É mestre em Matemática Aplicada pelo Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade de Lisboa e licenciado em Engenharia Química (Ramo de Química e Processos) também pelo IST. Faz investigação na área das Equações Diferenciais e dos Sistemas Dinâmicos. K

Mudança feita

Esart abre este mês

6 As novas instalações da Escola Superior de Artes Aplicadas (Esart) vão começar a funcionar já em setembro, disse esta semana ao Ensino Magazine o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), Carlos Maia.

O responsável pela instituição de ensino superior lembra ainda que os arranjos exteriores que ligam a nova ESART à Escola Superior de Saúde também estarão concluídos até outubro. A requalificação daquele espaço está a ser feita com o apoio da Câmara de Castelo Branco e inclui zonas verdes e pedonais, bem como parques de estacionamento.

Recorde-se que recentemente os presidentes do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), Carlos Maia, e da Câmara albicastrense, Luís Correia, mostraram a nova casa e destacaram a importância que a sua construção tem para o Politécnico e para a cidade.

Situadas no Campus da Talagueira, as novas instalações da Esart constituem um exemplo de perseverança por parte do IPCB e da própria cidade.

Na altura Carlos Maia lembrou “o momento como importante para a história da instituição”, acrescentando que “a concretização desta obra, que poucos acreditavam ser possível, demonstra que somos tão ca-

pazes de atingir os nossos objetivos como quem está no litoral, embora tenhamos que trabalhar o dobro”.

O presidente do IPCB recordou então as muitas dificuldades que teve que ultrapassar neste processo que teve início em 1999, com o Campus da Talagueira, o qual

englobava um bloco central, a Escola Superior de Saúde (Esald) e a Escola Superior de Artes Aplicadas. “Pediram-nos que dividíssemos este projeto em sete etapas. Em 2005 foi-nos autorizada a construção da Esald, que ficou pronta em 2008. Em 2009 solicitaram-nos uma revisão do projeto da

Esart. Sempre cumprimos todos os prazos e sempre demos todos os esclarecimentos e respostas que nos foram solicitados”, disse.

Carlos Maia prossegue: “Em 2011, com a mudança de Governo tivemos que começar tudo do zero. Ouvi coisas aberrantes. Havia quem não soubesse que a Esart já existia!

Mas passados 15 anos, a escola está concluída e faz parte do Campus da Talagueira.

Demonstrámos que temos a mesma capacidade daqueles que estão perto dos poderes de decisão”.

O presidente do IPCB recordou também o apoio da Câmara de Castelo Branco neste processo. “Não falo apenas na construção das novas instalações da Esart, nas quais a autarquia assegurou a componente nacional do financiamento, mas também do apoio que nos está a prestar na requalificação de toda a zona envolvente às escolas superiores de Saúde e de Artes Aplicadas”.

Carlos Maia lembrou que a construção da escola teve zero por cento de derrapagem financeira, elogiando o gabinete técnico do próprio instituto. E acrescentou: “sinto-me muito satisfeito com estas novas instalações. A Esart tem condições para prosseguir o seu trabalho que nestes 15 anos de vida tem sido reconhecido nacional e internacionalmente”. K

João Serrano, novo diretor

ESE com novos desafios

6 João Serrano é o novo diretor da Escola Superior de Educação de Castelo Branco, sendo também o primeiro ex-aluno a assumir aquele cargo. Depois da licenciatura concluída em Castelo Branco, João Serrano tirou o mestrado e o doutoramento da Faculdade de Motricidade Humana.

Ministrou aulas na ESE, na Universidade do Minho (onde pertenceu ao Centro de Investigação) e no Instituto Piaget.

Esta nova fase da sua vida encara-a como “um percurso natural. Conheço bem a realidade politécnica e a universitária. É um desafio difícil, com as dificuldades financeiras existentes e com o número de candidatos ao ensino superior a diminuírem. Mas estamos confiantes. A equipa é boa e sinto que as pessoas estão empenhadas”.

O novo diretor da Escola Superior de Educação destaca a acreditação, pelo período máximo, do curso de licenciatura em Desporto e Atividade Física e o Mestrado em Atividade Física pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).

“Por esse país fora houve muitos cursos que não foram aprovados e outros que têm diferentes condições a cumprir.

No nosso caso, a licenciatura foi aprovada sem qualquer condicionante, por um período de cinco anos, que é o máximo permitido”, esclareceu.

Nesta avaliação, a A3ES destaca “a estrutura curricular e o plano de estudos do curso, a diversidade e abrangência do ciclo de estudos”, a qualidade do corpo de docentes, a variedade das instituições de acolhimento, as parcerias existentes com outras instituições, e a relação professor-

aluno”.

João Serrano fala das excelentes condições que o IPCB e a cidade disponibilizam, como pavilhões desportivos, ginásio, pista de tartan, piscinas, ou os campos de futebol relvados na zona de lazer. “Todas estas estruturas estão ao nosso dispor fruto da

boa relação entre o Politécnico e a Câmara de Castelo Branco”, sublinha.

Aquele responsável lembra ainda as parcerias com a Universidade Autónoma de Barcelona, que tem permitido que anualmente um grupo de 50 alunos da ESE faça um curso de desportos de montanha nos Pirinéus, e com a Universidade de Braunchweig, na Alemanha, onde os alunos da escola têm feito investigação. “Além disso, temos levado os nossos alunos a apresentar comunicações em congressos nacionais e estrangeiros”, assegura.

Para além disso, diz João Serrano, está a ser apetrechado um laboratório de investigação em desporto. “Este novo espaço vai permitir fazer a monotorização de atletas, a realização de estudos com crianças, idosos ou junto da população deficiente.

Mas uma das mais valias será o apoio que irá dar a atletas de alta competição”.

Com o novo laboratório, João Serrano diz que a ESE vai complementar “aquilo que a Escola Superior de Saúde já tem” e que trouxe até Castelo Branco vários atletas internacionais, como o jogador Pepe, da Seleção Nacional de Futebol, ou as equipas profissionais do União de Leiria e do Sporting da Covilhã. Neste contexto, João Serrano fala do facto do ginásio, equipado com máquinas de musculação, também poder ser útil aos clubes. K

SETEMBRO 2014 /// 09

Superior de Tecnologia do Barreiro

Pedro Ferreira toma posse

Passatempo

Magazine dá prémio a Tuna de Coimbra 6 O Ensino Magazine acaba de entregar o prémio à Tuna de Medicina da Universidade de Coimbra, por esta ter ganho o Concurso Internacional a Tua Música dá um filme. No concurso que decorreu no portal do Ensino Magazine, o filme Coimbra dos Amores, apresentado pela tuna de Coimbra recolheu 21 mil e 12 votos dos leitores do Ensino Magazine, tendo depois sido escolhido pelo júri como o vencedor.

A cerimónia de entrega do pré-

mio decorreu no Café Santa Cruz, um dos mais emblemáticos de Coimbra, onde a Tuna de Medicina fez uma atuação perante o muito público que encheu o espaço. João Carrega, diretor do Ensino Magazine, sublinhou a qualidade do filme apresentado pela Tuna de Medicina da Universidade de Coimbra.

O concurso contou com a participação de bandas e tunas de Portugal, Espanha e Brasil e decorreu no portal do Ensino Magazine (www.ensino.eu). O concurso teve

como parceiros o Reconquista, a Futurália, a RVJ e a Edutopia.

De acordo com o diretor do Ensino Magazine, João Carrega, o objetivo do concurso passou por “divulgar a música efetuada pelos alunos. E essa promoção foi feita através da elaboração de vídeos relativos à interpretação de um tema por parte das bandas de garagem ou tunas académicas, os quais foram postos à votação dos leitores do Ensino Magazine, através do site www.ensino.eu”. K

6 “Construir uma Escola de referência nacional ao nível das formações ministradas e um parceiro com o qual a região poderá contar”, com relevância “na cooperação internacional, da criação, desenvolvimento, difusão e transferência de conhecimento, e das relações com a comunidade envolvente”, são objetivos de Pedro Ferreira, o novo diretor da Superior de Tecnologia do Barreiro do IPS, que tomou posse a 25 de julho.

A diretora cessante, Otília Dias, salientou que a colaboração de grande proximidade com as diferentes entidades regionais e com toda a comunidade envolvente tornou-se um fator imprescindível para a Escola.

A sessão contou também com a intervenção do presidente do Conselho de Representantes, Pedro Neto, que destacou a projeção nacional e internacional alcançada pela Escola, em parte resultante da sua aposta no “binómio ensino-aprendizagem, em particular, no ensino da engenharia”, que contribuiu para a atual presença numa “restrita lista, onde estão instituições de ensino superior de referência mundial”.

O presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, sublinhou que a escola “representa um ativo

estratégico crucial para o IPS e para toda a região da Península de Setúbal”, sendo que nos últimos anos “a qualidade dos diplomados afirmou-se, cresceu a capacidade de investigação, a interação com a região fortaleceu-se, quer na prestação de serviços, quer em missões de responsabilidade social, a escola foi capaz de agarrar novas oportunidades de formação e de alargar o seu campo de recrutamento além-fronteiras”.

A cerimónia contou com a presença de diversos representantes de entidades locais, do meio académico e da comunidade IPS. Na sessão tomou igualmente posse Raquel Barreira, como subdiretora da Superior de Tecnologia do Barreiro. K

Escola superior de artes aplicadas

Docente oferece tela da serra da Gardunha 6 O Centro Artístico Albicastrense está a sortear uma pintura de Fernando Raposo, artista plástico, docente da Escola Superior de Artes Aplicadas e vereador da cultura da Câmara de Castelo Branco. A tela, um óleo sobre cartão (105cmx75cm), retrata a serra da Gardunha e foi cedida a título gratuito a uma das mais antigas associações da cidade.

A sessão de apresentação da obra decorreu na sede da coletividade, em pleno centro histórico de Castelo Branco. “Nós é que devemos estar agradecidos ao Centro Artístico Albicastrense pelo trabalho que desenvolve e por tudo aquilo que faz pela cidade”, começou por referir Fernando Raposo.

Na cerimónia que contou com a presença do presidente da Câmara, Luís Correia, o qual subli-

010 /// SETEMBRO 2014

Engenharia de Jogos Digitais

Mestrado no IPCA

nhou o papel do Centro Artístico, Fernando Raposo mostrou disponibilidade em “entrar em contacto com outros artistas amigos para que também eles possam oferecer peças de arte”. De caminho explicou a tela e o modo como uma obra do género deve ser feita.

Paulo Afonso, presidente da coletividade, destacou a importância da iniciativa, agradecendo

a Fernando Raposo a oferta da tela. A obra vai ser sorteada em outubro entre as pessoas que adquirirem as respetivas rifas.

A cerimónia teve também um momento musical a cargo de Miguel Carvalhinho e Susana Dias, seguindo uma prova de vinhos comentada por Artur Diogo, da Herdade das Servas, e uma degustação de produtos regionais. K

6 A Escola Superior de Tecnologia do Cávado e do Ave, em Barcelos, tem abertas até 14 de setembro as candidaturas ao novo curso de Mestrado em Engenharia em Desenvolvimento de Jogos Digitais, um curso que visa a formação de profissionais com competências muito específicas e ainda não cobertas de um modo global e coerente por qualquer outro curso de mestrado a nível nacional.

O mestrado centra a sua intervenção formativa na programação gráfica C++, modelação 3D utilizando ferramentas profissionais, inteligência artificial especí-

fica para esta área, construção e monitorização de jogos e, acima de tudo, na combinação coerente de todas estas técnicas em projetos de desenvolvimento de jogos digitais. O curso tem como destinatários os licenciados em cursos de Informática, Engenharia Informática, Multimédia, ou áreas afins.

Este novo curso de Mestrado vai beneficiar do Digital Games Lab - Centro de Investigação e Desenvolvimento de Jogos Digitais, inaugurado no Campus do IPCA, em Barcelos, no passado mês de março, após um investimento superior a 2,6 milhões de euros. K

Cooperação

Leiria apoia Cabo Verde 6 O Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria acaba de estabelecer um protocolo com a Associação Acarinhar, de Cabo Verde, que estipula formas de cooperação na área da educação especial. Célia Sousa, docente da Escola e responsável pelo CRID, foi ainda convidada a intervir na Conferência Internacional sobre Paralisia Cerebral que assinalou o lançamento do Ano das Pessoas com Paralisia Cerebral 2014, promovido pelo governo de Cabo Verde.

“Fui apresentar uma comunicação na conferência de lançamento do ano das pessoas com paralisia cerebral, a convite do governo de Cabo Verde, e nesse âmbito o CRID formalizou um protocolo de cooperação com a Acarinhar, associação das famílias e amigos das crianças com paralisia cerebral. O CRID cumpre assim um dos seus objetivos: o de apoiar e cooperar com os PALOP

na área da acessibilidade eletrónica para todos», conta Célia Sousa.

O protocolo foi formalizado no dia 19 de julho, na Cidade da Praia em Cabo Verde, entre Célia Sousa, em representação do CRID, e Teresa Mascarenhas, presidente da Acarinhar, na presença de Janira Almada, ministra da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, de Cabo Verde.

Na conferência, que decorreu nos dias 18 e 19 de julho, Célia Sousa contribuiu com uma palestra subordinada à comunicação: “comunicar é possível para todos”. “Uma das mais importantes necessidades do ser humano é o seu relacionamento com os outros”, explica a responsável do CRID, “seja para a expressão das suas necessidades, da sua vontade, para a troca de pontos de vista, para um aumento do conhecimento mútuo, para fazer amigos, para a sua realização profissional, a comunicação é um factor essencial”, defende. K

ESTM

Jovens em Peniche 6 Cinquenta jovens estudantes de todo o país, com idades entre os 14 e os 18 anos, estiveram em Peniche, de 1 a 6 de setembro, para descobrir e explorar o mar nas atividades da Semana Tanto Mar. Esta iniciativa visa despertar as novas gerações para o valor estratégico do mar, através de uma semana preenchida por iniciativas

diversas em torno deste recurso e das suas potencialidades, desde o surf à pesca, da ciência ao mergulho, da inovação à história. A Semana Tanto Mar é promovida em parceria pela Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), pela Forum Estudante, pela Câmara Municipal de Peniche e pela Marinha Portuguesa. K

politécnico

Leiria nas Berlengas 6 A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, do Politécnico de Leiria, em conjunto com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e com a Câmara Municipal de Peniche, dinamizou, desde julho até 8 de setembro, um programa de voluntariado ambiental na Reserva da Biosfera das Berlengas (UNESCO), na Ilha da Berlenga. Os participantes, com idades compreendidas entre os 19 e os 21 anos, apoiam os visitantes com a partilha de informação e de valores únicos desta Reserva Natu-

ral da UNESCO, e sensibilizam para os comportamentos adequados à presença num ecossistema marinho de grande importância a nível nacional e internacional. K

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Quarta posição em Inglaterra

Leiria Formula Student 6 Uma equipa de estudantes do Instituto Politécnico de Leiria alcançou o quarto lugar na Formula Student UK, uma competição automóvel internacional que decorreu entre 9 e 13 de julho em Silverstone, Inglaterra, e na qual participaram 106 equipas de 38 países, num total de cerca de 3.000 estudantes de todo o mundo.

A Formula Student consiste numa competição internacional em que os estudantes do ensino superior são desafiados a constituir equipas e construir um veículo de competição do tipo Fórmula 1 a partir do zero, aplicando os conhecimentos que vão adquirindo ao longo do percurso académico.

Nesta competição do setor au-

tomóvel de referência mundial, existem duas classes em competição. A Classe 1 é constituída por equipas que possuem um veículo pronto para competição, e a Classe 2 compreende equipas que vão apresentar um projeto de conceção de um veículo a construir no período de um ano. Este ano, na Classe 2, três das cinco primeiras classificadas são portuguesas, sendo que a equipa de estudantes do IP Leiria, a FSIPLeiria, alcançou o quarto lugar na classificação, entre 21 equipas provenientes de todo o mundo participantes nesta categoria.

A FSIPLeiria é composta por uma equipa multidisciplinar, constituída por 25 estudantes, das li-

cenciaturas em Contabilidade e Finanças, Engenharia Automóvel, Engenharia Eletrotécnica, Engenharia Informática, Engenharia Mecânica, Gestão, Marketing, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em Leiria. A equipa dividese pelas áreas de direção, comunicação, informática, eletrónica, powertrain dinâmica, chassis, e logística do projeto.

A Formula Student, considerada por muitos como a Fórmula 1 dos estudantes, é hoje uma referência internacional de relevo no setor automóvel, em que vários antigos participantes neste desafio ocupam agora altos cargos na competição automóvel, especialmente na Fórmula 1. K

Hans Gros New Investigator Award

Leiria garante prémio único 6 Pedro Morouço, investigador do Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto e docente da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria acaba de ser distinguido nos Estados Unidos da América com o prémio Hans Gros New Investigator Award pela Sociedade Internacional de Biomecânica do Desporto. Este galardão visa premiar os melhores jovens investigadores desde 1990, que interligam a ciência aplicada com a aplicação prática, e é atribuído pela primeira vez a um investigador português.

O docente da ESECS destacouse entre 36 candidatos oriundos de todo o mundo, após a apresentação do seu trabalho sobre a influência da biomecânica no sucesso desportivo em natação, a mais de 250 membros da Sociedade Internacional de Biomecânica do Desporto, em Johnson City, no Tennessee. O prémio foi

atribuído a Pedro Morouço após a avaliação de vários trabalhos sobre as relações entre as questões mecânicas e a performance em natação.

“Tendo em consideração que são vários os fatores que influenciam o sucesso na natação, os nossos estudos demonstraram a vantagem de uma avaliação mecânica sistemática no diagnóstico de indicadores que deverão ser tidos em conta no planeamen-

to e prescrição do treino, como por exemplo as assimetrias entre os membros superiores direito e esquerdo ou em défices de força dos membros superiores e/ou inferiores”, refere Pedro Morouço, que conclui: “O trabalho em causa procurou criar uma relação estreita entre a teoria e a prática, identificando estratégias de atuação que o treinador pode implementar na preparação de cada um dos seus nadadores”. K

SETEMBRO 2014 /// 011

Politécnico da Guarda

Congresso na desportiva

6 O Instituto Politécnico da Guarda, em parceria com Centro de Investigação em Ciências do Desporto, Ciências da Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), vai promover, nos próximos dias 14 e 15 de novembro, o Congresso Internacional de Exercício e Performance Desportiva (CIDESD 2014 International Congress of Exercise and Sports Performance).

O CIDESD 2014, e de acordo com a organização, pretende ser “um espaço de confluência entre académicos, treinadores e atletas que possibilite interações científicas relevantes, enquanto suporte para intervenções mais qualificadas ao nível da prescrição de exercício e da performance desportiva”.

Este congresso vai contar com intervenções de Per Tesch (Karolinska Institute Estocolmo – Suécia), e de Christopher Carling (University of Central Lancashire – Reino Unido) e de Ignácio Royo (Subdirector General de Deporte y Salud - Consejo Superior de Deportes do Ministério de Educación, Cultura y Deporte), entre outros igualmente com proje-

012 /// SETEMBRO 2014

6 “Imprensa Regional da Beira Interior: memórias e percursos” é o tema do seminário que o Instituto Politécnico da Guarda vai promover no dia 6 de novembro.

“Esta iniciativa pretende ser o ponto de partida para um progressivo debate e investigação em torno da imprensa da nossa região, contribuindo para que são desapareça

a memória e se continue a afirmar como uma valiosa fonte de informação sobre factos, épocas, realidades políticas, económicas e sociais”, como é explicado no sítio deste seminário, na internet.

As inscrições para comunicações ou para participar devem ser feitas em http://www.ipg.pt/ sirbi/. K

Turismo dá congresso ção académica internacional.

De referir que Per Tesch é reconhecido mundialmente pelos avanços produzidos na área da fisiologia muscular e suas adaptações ao treino em diferentes condições. Este professor desenvolve também projetos de investigação com a Agencia Espacial Europeia que visam melhorar o conhecimento sobre as adaptações fisiológicas induzidas aos astronautas na ausência da gravidade, bem como o desenvolvimento de novos equipamentos a utilizar no treino dos

astronautas no espaço.

“Atualmente é inegável a contribuição da ciência para a otimização do desempenho motor humano (seja no desporto ou tarefas motoras da vida diária), bem como para a promoção da saúde através da atividade e exercício físico”, acentua a organização deste evento.

A submissão de comunicações deverá ser feita até 15 de setembro, podendos os interessados obter informações adicionais – relativas ao programa científico e inscrição – em http://www.ipg.pt/cidesd2014/. K

IPG debate toponímia

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Imprensa em análise

III Simpósio Internacional

Em outubro

6 O Instituto Politécnico da Guarda vai promover, no próximo dia 30 de outubro, o III Fórum sobre Toponímia da Guarda.

Como é sublinhado pela Comissão Organizadora “a toponímia assume-se como referência dos valores históricos, culturais de cada lugar e memória coletiva de factos, personalidades, tradições ou legados identitários” Deste modo, é intenção do IPG incrementar o estudo/divulgação através de diversificadas e distintas perspetivas que, globalmente, propiciem a Guarda da memória e um melhor conhecimento da toponímia, no distrito.

Na nota informativa distribuída a propósito, pode ler-se que “se a toponímia tem uma importância inquestionável na delimitação de espaços, permite, por

Novembro

6 Na Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH) do Instituto Politécnico da Guarda vai realizarse, nos próximos dias 11 e 12 de novembro, o III Simpósio Internacional em Inovação em Turismo e Hotelaria/ International Symposium on Innovation in Tourism and Hospitaliy (ISITH3).

Este simpósio tem por objetivo debater e refletir as dinâmicas associadas ao Turismo, à Hotelaria e à Restauração, em particular as orientações, estratégias, tecnologias e produtos/serviços que – pelo seu carácter inovador, vantagens competitivas alcançadas, melhorias formativas ou novas lógicas – se constituem como processos valorativos destas áreas e fatores que fomentam iniciativas para um profundo conhecimento das atuais tendências.

Como foi referido a propósito, pela comissão organizadora, “o Turismo de hoje apresenta-se cada vez mais descentralizado e emancipado, com condutas fragmentadas, múltiplas realidades, peculiaridades e distintas formas de estar e de apropriação dos espaços e dos destinos turísticos. Na atualidade, o Turismo, a Hotelaria e a Restauração representam fatores

estratégicos para a promoção da economia e elevação do bem-estar social e económico das regiões recetoras”.

A Inovação em Turismo, Hotelaria e Restauração será o tema central deste terceiro simpósio, que, a realizar na ESTH (cidade de Seia), se vai desdobrar em questões como a Sustentabilidade; Desenvolvimento de Produtos; Tendências e Práticas Organizacionais e Mercado de Trabalho: Tendências e Perspetivas.

Os interessados podem obter mais informações em http://www. esth.ipg.pt/isith. K

Na Guarda outro lado, apreender a matriz de um povo, a organização sócio geográfica, o desenho da malha urbana de épocas passadas, o conhecimento e investigação de sítios históricos ou arqueológicos, o papel do povo na salvaguarda da atribuição de nomes

que a tradição consolidou.”

A submissão de comunicações deve ser feita até 12 de setembro; os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição até 10 de outubro. Mais informações em http://www.ipg. pt/toponimia/. K

Pedagogia do Desporto 6 No Instituto Politécnico da Guarda vai realizar-se, a 24 e 25 de outubro, o IV Congresso da Sociedade Científica de Pedagogia do Desporto. O prazo para submissão

de comunicações está a decorrer até ao próximo dia 15 de setembro.

Os interessados podem obter mais informações em http://www.ipg. pt/4congresso-scpd. K

Portalegre alarga a Estremoz e Ponte de Sor Mário Reis em Portalegre T Portalegre no século XX é o tema da exposição do artista Mário Reis, inaugurada, a 3 de setembro, nos Serviços Centrais do Instituto Politécnico de Portalegre. A exposição estará patente ao público até 16 de outubro. K

Setúbal no CIMAL T O Instituto Politécnico de Setúbal integra, desde 16 de julho último, o Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Intermunicipal do Alentejo Litoral, da CIMAL (Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral). A CIMAL integra os concelhos do Alentejo Litoral (Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines) e é composta por vários órgãos, entre os quais, o Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Intermunicipal. K

Fotografia: quer concorrer?

T O Centro de Inovação e Estudo da Pedagogia no Ensino Superior do Politécnico de Coimbra promove, por ocasião do SATHE 2014, a segunda edição da exposição coletiva de fotografia e multimédia intitulada Travelling/ Viagem, convidando todos os interessados a participar com trabalhos de fotografia, arte digital, pintura e multimédia. Os trabalhos, num máximo de seis, deverão ser remetidos por e-mail para cinep@ipc.pt, até à data limite de 30 de setembro.

Estes trabalhos serão expostos no ISCAC, durante a semana em que decorrerá o SATHE2014 (20 a 24 de outubro), e publicados na Galeria virtual do CINEP. K

Lazer em Viana T A Escola Superior de Desporto e Lazer do Politécnico de Viana do Castelo vai avançar com uma pós-graduação em Desporto Natureza, uma das prioridades na formação dos pós-licenciados nas Ciências do Desporto, não só por se apresentar com excelente alternativa em termos de empregabilidade, mas sobretudo pela necessidade de atualização e especialização. A Pós-graduação em Desporto Natureza arranca já no ano letivo 2014/15. K

IPP abre dois polos

6 O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) vai alargar a sua oferta formativa com a criação de dois polos, em Ponte de Sor e Estremoz, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento destas duas zonas do Alentejo.

“O IPP decidiu criar uma relação de maior proximidade com as comunidades, abrir a sua oferta formativa, alargar o público e dirigir-se ao desenvolvimento dessas regiões”, disse à agência Lusa o presidente do IPP, Joaquim Mourato.

Este mês, o IPP, segundo o responsável, vai “negociar e alinhar” com os municípios de Estremoz, no distrito de Évora, e de Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, os acordos de cooperação para depois, em setembro, ser estabelecida a criação de ambos os polos.

“Nós vamos desenvolver os dois polos com áreas concretas e bem definidas. Em Estremoz vamos apostar na temática dos mármores e vinicultura e, depois com outros eixos mais transversais, da energia

e turismo”, explicou.

Já em Ponte de Sor, o Politécnico de Portalegre espera desenvolver o seu trabalho nas áreas da aeronáutica e do agroflorestal, com destaque para o setor da cortiça, além da multimédia e de sistemas informáticos.

“Todos estes projetos vão ser desenvolvidos olhando para os recursos endógenos dos respetivos lo-

cais”, sublinhou o presidente do IPP. Depois de serem definidos os espaços onde os polos vão ser criados e os parceiros locais (escolas secundárias e profissionais, empresas ou instituições particulares de solidariedade social, entre outros), Joaquim Mourato espera que, ainda, durante o próximo ano letivo se possa “desenvolver alguma atividade”.

“No entanto, só no ano letivo de 2015/2016 é que vamos conseguir, de uma forma mais abrangente, desenvolver a atividade”, disse.

O IPP é formado por quatro escolas: Escola Superior de Educação, Escola Superior de Enfermagem, Escola Superior de Tecnologia e Gestão e a Escola Superior Agrária de Elvas.

Nas suas escolas, o IPP oferece cursos de licenciatura e de mestrado, bem como pós-graduações e cursos de especialização tecnológica.

A oferta formativa abarca áreas diversificadas, de acordo com a matriz formativa de cada uma das escolas.

Joaquim Mourato adiantou ainda que o IPP, “em princípio”, vai desenvolver uma “experiência” ao criar dois cursos de técnicos superiores profissionais para “testar” os respetivos cursos na sua criação e implementação.

“Vamos fazer esta experiência nas áreas de eficiência energética e de sistemas informáticos”, disse. K

Alunos em destaque

Esart internacional 6 Durante os últimos dois meses nove alunos da Escola Superior de Artes Aplicadas da licenciatura em música, variante instrumento, participaram em várias iniciativas internacionais, informou a instituição. A escola do Instituto Politécnico de Castelo Branco é reconhecida pela formação que ministra e na área da música vários são os estudantes que se têm destacado, como o demonstram as participações na Orquestra de Jovens da União Europeia ou a Orquestra Sinfónica do YouTube.

Este verão, de 20 a 28 de julho, sete violinistas da classe de Augusto e Alexandra Trindade, participaram na segunda edição do Estágio Gulbenkian para Orquestra (EGO), o qual decorreu na Universidade de Aveiro. Berta Sequeira, Catarina Bastos, Gisela Santos e Ricardo Vieira, junto com os mestrandos Ana Margarida Silva, Nuno Vasconcelos e Vasken Fermanian, foram os alunos da Esart, entre 80 jovens selecionados nas escolas superiores de música na temporada 2013/14.

Este estágio integrou três concertos na Póvoa de Varzim, Coimbra e Aveiro, estando previsto um outro no âmbito do Festival Jovens Músicos, a ter lugar a 25 de setembro

no grande auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

E se aqueles jovens participaram no Estágio da Gulbenkian para orquestra, Oksana Kurtash, aluna do primeiro ano do mestrado em Ensino de Música da ESART, integrou, de 23 de julho e 9 de agosto, a Jovem Orquestra Nacional de Espanha (JONE). Uma participação resultante da Federação Europeia de Orquestras Juvenis Nacionais (FEOJN), da qual a Jovem Orquestra

Portuguesa (JOP) faz parte.

O terceiro de cinco encontros periódicos anuais da JONE dedicados à música sinfónica e de câmara incluiu atividades complementares como conferências ou sessões de análise, tendo culminado com uma tournée com passagem pelo Baluarte - Palácio de Congressos e Auditório de Navarra, em Pamplona (Espanha), onde foi dirigida por Lutz Köhler, bem como pelo Festival Enescu de Sinaia e pelo Festi-

val Mágico de Verão de Bucareste (Roménia), sem esquecer o Festival Young Euro Classic, em Berlim (Alemanha).

Finalmente, Tiago Afonso, estudante do 2º ano do mesmo mestrado, e enquanto professor tutor, acompanhou a JOP na sua digressão à Alemanha, onde a formação teve a sua estreia internacional no Festival de Kassel, depois de um concerto prévio na Escola Superior de Música de Lisboa. K

SETEMBRO 2014 /// 013

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Politécnico dá apoio

Beja recupera fortificado

6 O povoado fortificado do Outeiro do Circo (Beja), um dos mais importantes da Idade do Bronze Final no sul da Península Ibérica, será alvo de um novo projeto de investigação arqueológica para “desvendar” a área habitacional do sítio.

O projeto “O Povoado do Bronze Final do Outeiro do Circo (Beja)”, no âmbito dos Projetos de Investigação Plurianuais de Arqueologia, é financiado pela Câmara de Beja e conta com os apoios da Palimpsesto e do Regimento de Infantaria 3 do Exército Português e várias colaborações científicas com o Instituto Politécnico de Beja, o Centro de Geofísica e o Laboratório Hércules da Universidade de Évora.

A campanha de escavações deste ano já começou e o projeto irá decorrer até 2017 com campanhas todos os verões, as quais contarão com a participação de investigadores e voluntários, sobretudo estudantes de arqueologia, explica a Câmara de Beja, num comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a autarquia, o projeto dá continuidade aos trabalhos realizados entre 2008 e 2013, com alguns interregnos, os quais permitiram avaliar o potencial arqueológico do povoado, datado da Idade do Bronze Final (1200 - 800 a.C.), e do estado de conservação da muralha.

http://archaeoethnologica.blogspot.pt/ H

A campanha deste ano decorreu até 29 de agosto e incluiu trabalhos de prospeção geofísica seguidos da escavação da zona de topo do povoado, onde os investigadores esperam encontrar vestígios que possam revelar várias informações sobre o quotidiano das populações que habitaram a planície de Beja há 3.000 anos, refere a autarquia.

Além dos trabalhos arqueológicos, a campanha vai incluir atividades paralelas destinadas ao público, como visitas guiadas às escavações, ações de formação e palestras.

A campanha deste ano vai ser dirigida por Miguel Serra, Eduardo Porfírio e Sofia Silva, da empresa de arqueologia Palimpsesto, e contar com a participação de investigadores e estudantes da Universi-

dade de Coimbra.

Os trabalhos de geofísica são da responsabilidade de Bento Caldeira e José Fernando Borges, docentes da Universidade de Évora e investigadores do Centro de Geofísica de Évora, em colaboração com os alunos da instituição Samuel Neves e Rui Oliveira.

O Outeiro do Circo, situado nas zonas de Beringel e Mombeja, no concelho de Beja, terá sido o grande centro de poder regional antes da cidade de Beja, que se desenvolveu a partir da Idade do Ferro, no século VII a.C. O povoado está situado no centro de uma planície rica em recursos naturais, o que contribuiu para o seu desenvolvimento durante um período caracterizado por uma forte hierarquização social e pela emergência de elites guerreiras. K

Superior de Ciências Empresariais

Setúbal na Polónia 6 Oito estudantes da Escola Superior de Ciências Empresariais de Setúbal participaram na 2ª edição do “IMEO/International Mass Event Organization” em Wroclaw, na Polónia, de 6 a 19 de julho, tendo acesso a formação presencial especializada sobre a organização de grandes eventos a nível internacional. Para aproximar os estudantes da realidade o IMEO 2014 utilizou, como exemplo, a organização do EURO 2012, que decorreu na Polónia, tendo a cidade de Wroclaw sido uma das anfitriãs da fase final do campeonato.

A iniciativa contou ainda com a participação de estudantes da WSB Wroclaw e da KH Leuven – Bélgica, de professores da WSB Wroclaw e de representantes de diferentes stakeholders ligados à organização de grandes eventos na cidade de Wroclaw.

De acordo com Sandrina Berthault Moreira, coordenadora da Mobilidade da ESCE/IPS, que acom-

014 /// SETEMBRO 2014

Ranking Mundial da SCIMAGO

IP Porto em destaque 6 O Instituto Politécnico do Porto voltou a estar em destaque no Ranking Mundial da SCIMAGO, que acaba de ser publicado.

Trata-se de um ranking com vários indicadores científicos. O Politécnico do Porto sobe uma posição entre as instituições nacionais no número de publicações (indicador Output), aspeto apenas igualado pelo ISCTE. Ao nível do posicionamento internacional o IPP sobe 80 posições, sendo a terceira instituição nacional que mais sobe.

De destacar ainda o segundo lugar nacional do IPP no indicador NI (impacto normalizado), relacio-

Pós-Graduação em Business Intelligence

Tomar com a IBM 6 O Instituto Politécnico de Tomar acaba de lançar uma nova Pós-Graduação em parceria com a SoftINSA, uma empresa do grupo IBM, com o objetivo de formar recursos humanos com competências para integrar a informação, gerir tecnologias de análise e práticas de negócio inteligente.

O programa da Pós-Graduação faculta a integração entre conceitos teóricos de gestão de tecnologias de informação e de ciências que lhe servem de suporte, com a utilização prática de aplicações e ferramentas de BI. As inscrições para a Pós-Graduação em Business Intelligence, que irá decorrer no próximo ano lectivo de 2014/2015 com a duração de dois anos letivos, encontram-se abertas até ao dia 24 de outubro.

Gestão Empresarial, Gestão do Capital Humano, Globalização e Gestão de Novos Mercados, Gestão e otimização de Processos e Modelos Matemáticos de Análise e de Apoio à Decisão são alguns dos módulos que fazem parte da Pós-Graduação. Pretende-se ainda que no segundo ano os participanPublicidade

panhou os estudantes na iniciativa “foram duas semanas intensas, durante as quais os nossos estudantes foram expostos a um ambiente de aprendizagem e partilha composto por lectures, workshops, painéis de discussão e visitas de estudos, em contexto multicultural. Os estudantes apresentaram exemplos de grandes eventos internacionais organizados por Portugal e organiza-

ram a noite da cultura portuguesa.

No final, os estudantes trabalharam em grupos internacionais com o objetivo de idealizar e apresentar um projeto de promoção para a cidade de Wroclaw a nível internacional”.

Os trabalhos apresentados foram, inevitavelmente, inspirados pelo facto de Wroclaw ser a Cidade Europeia da Cultura em 2016 e palco dos Jogos Mundiais em 2017. K

nado com a média de citações por artigo, e no indicador Exc (excelência), relacionado com o número de artigos em revistas nos primeiros 10% dos rankings das suas áreas. No indicador NI o IPP é a instituição número 295 entre 2713 instituições de ensino superior mundial presentes no ranking.

A subida do IPP em vários indicadores deste ranking é atribuída a um programa de incentivo à publicação em revistas científicas de elevada qualidade, programa PAPRE, promovido nos últimos anos pela presidência da instituição. K

tes possam vir a desenvolver um projeto no âmbito do IBM Smarter Cities Software (Intelligent Operations Center) e IBM Websphere.

Este projeto será desenvolvido em ambiente de software house com acompanhamento de técnicos da SoftINSA e com integração de conceitos e estratégias com referência aos módulos de suporte.

Presença em Feira de Estágios, Coaching e encaminhamento por competência específica são outras valências desta Pós-Graduação que termina, no segundo ano, com um estágio numa das empresas parceiras do Instituto Politécnico de Tomar. K

Investigação em Saúde

Viseu recebe congresso 6 A Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viseu está a preparar o 2º Congresso Mundial de Investigação em Saúde, que irá decorrer naquele estabelecimento de ensino superior nos dias 7 e 8 de outubro, sendo um “um evento científico reconhecido e apoiado” pela Escola Superior de Saúde e pelo Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde do Instituto Politécnico de Viseu, e objetiva “fornecer uma visão abrangente e integradora dos mais recentes desenvolvimentos da investigação nas diferentes áreas da saúde”, sublinha Carlos Pereira, presidente da Escola e presidente do Congresso.

Já João Duarte, docente da Escola Superior de Saúde do IPV e presidente da Comissão Organizadora Local, salienta “a oportunidade de partilha de experiências e resultados” que este 2º Congresso Mundial de Investigação em Saúde representa, a qual poderá, assim, ser “processada com a comunidade científica de vários países”, contribuindo “significativamente para a obtenção de melhores resultados em saúde”.

Os trabalhos vão abordar temáticas pertinentes e atuais, como sejam a Investigação longitudinal em Portugal: As coortes

do Porto, Cuidados Paliativos em Portugal e na Europa, Revisão Sistemática da Literatura: Dos Níveis de Evidência aos Graus de Recomendação, Da Hipotermia Terapêutica ao Controlo Hemodinâmico, Neurológico e Endócrino na UCI: Realidade Portuguesa e Europeia, Saúde Mental no Séc.

XXI: Que Prioridades?, Cultura da Segurança do Doente: Barómetros da Qualidade em Saúde e, ainda, Demografia, Natalidade e Políticas de Saúde. Um conjunto que “contempla uma abordagem multidisciplinar onde a promoção da saúde física e mental, a educação para a saúde, a comunicação em saúde, as políticas de saúde e o cuidado curativo e paliativo podem ser debatidos”, por forma a aumentar o conhecimento em saúde, “contando com um olhar de vários peritos internacionais”, refere João Duarte.

A par do programa científico, haverá ainda um programa social que, logo no primeiro dia, permitirá dar conhecer a cidade de Viseu, através de visita guiada em comboio turístico, estando igualmente agendado para esta data o Jantar do Congresso. O último dia será animado por espetáculo musical com a Viriatuna e Incógnitus. K Ester Araújo _

Curso de Técnicos Superiores Profissionais

IPV é pioneiro 6 O Instituto Politécnico de Viseu é o primeiro do país a ver aprovado um Curso de Técnicos Superiores Profissionais, ao ver aprovada, pelo Ministério da Educação e Ciência, a sua proposta de curso na área de Redes e Sistemas Informáticos, formação que avança já este ano letivo.

Recorde-se que o Politécnico de Viseu propôs à Direção Geral do Ensino Superior três Cursos Técnicos Superiores Profissionais, nomeadamente Redes e Sistemas Informáticos (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu), Informática Industrial (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego) e Viticultura e Enologia (Escola Superior Agrária de Viseu).

No âmbito da criação dos novos Cursos Técnicos Superiores Profissionais, o IPV prepara-se para alargar o leque formativo nesta vertente para o próximo ano letivo, enquanto aguarda

ainda a comunicação sobre os outros cursos propostos.

No total nacional foram cerca de 200 novos Cursos Técnicos Superiores Profissionais propostos ao Ministério da Educação, sendo posteriormente submetidos a aprovação da tutela, após pareceres de associações empresariais da região onde se insere cada instituição de ensino superior, do IEFP e da Agência

Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional.

Os Cursos Técnico Superiores Profissionais (CTeSP) são uma nova oferta formativa ministrada no âmbito do ensino superior politécnico com 120 créditos e a duração de quatro semestres letivos e têm o seu início previsto para o próximo mês de setembro. K Joaquim Amaral _

Com o apoio da VW Autoeuropa

Novo curso em Setúbal 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) desenvolveu em parceria com a Volkswagen Autoeuropa e o CEIIA - Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel, a nova Pós-graduação em Motorização de Veículos Elétricos e Híbridos, cujo período para candidaturas se encontra a decorrer até 15 de setembro.

A nova formação procura dotar os formandos de conhecimentos que respondam às constantes mudanças do setor da indústria automóvel, bem como de competências na área da motorização de Publicidade

veículos elétricos, aumentado a sua empregabilidade e disponibilizando junto das empresas mão-de-obra especializada para uma evolução na cadeia da mobilidade elétrica.

Trata-se de um curso especialmente dirigido a licenciados e mestres na área da engenharia mecânica, eletrotécnica e eletrónica e profissionais de engenharia com experiência profissional na área automóvel.

A pós-graduação será ministrada em horário pós-laboral, a partir de outubro 2014. As candidaturas são exclusivamente online e devem ser efetuadas no portal da escola. K

Fogos atingem mais os concelhos despovoados

Viseu estuda com Minho 6 Os fogos florestais provocam maiores danos em concelhos despovoados, com menos bombeiros ao dispor na região e com baixa despesa municipal para o ambiente. A conclusão está numa investigação dos professores Paulo Reis Mourão, da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, e Vítor Martinho, da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu, que avaliaram os incêndios e áreas ardidas nos municípios portugueses em 2000-11.

O trabalho, intitulado “Choices of the fire: debating socioeconomic determinants of the fires observed in portuguese municipalities”, foi

publicado na revista “Forest Policy and Economics”. Trata-se de um dos primeiros estudos a avaliar uma grande variedade de fatores socioeconómicos neste âmbito.

“Confirmámos que os fogos florestais alastram mais em áreas desertificadas (que se identifica pela sua densidade populacional, atividade bancária local ou número de novas empresas), mas alastram também nas áreas onde escasseiam os operacionais de combate por quilómetro quadrado de atuação imediata, ou seja, os poucos efetivos existentes no respetivo concelho e nos concelhos vizinhos”, nota Paulo Reis Mourão.

A investigação propõe o combate aos fogos através de uma gestão integrada entre bombeiros e o voluntarismo dos cidadãos e associações. “A profissionalização do setor melhorou a remuneração, preparação e seleção de operacionais. Porém, minimizou as virtudes da ação voluntária realizada durante dezenas de anos, com a entrega pronta das pessoas na defesa do património e dos familiares e o seu maior conhecimento da imensidão e variedade do território”, diz o também membro do Núcleo de Investigação em Políticas Económicas (NIPE) da UMinho. K

SETEMBRO 2014 /// 015

Study in Setúbal

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Novo portal apresentado

6 Study in Setúbal é um novo portal, especialmente dirigido a estudantes internacionais, que procura dar a conhecer a região de Setúbal, bem como a oferta formativa a nível de ensino superior público, disponibilizada pelo Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) nos seus Campus de Setúbal e do Barreiro.

Os estudantes, em qualquer ponto do globo, através de uma simples pesquisa no portal podem encontrar informação sobre o Politécnico de Setúbal, os cursos de licenciatura e mestrado ministrados

pela instituição, acerca dos apoios sociais dinamizados pelo IPS ao nível da alimentação, alojamento e saúde, bem como sobre alojamento, pontos turísticos de

que apresentam 11 motivos para viver e estudar na região de Setúbal, testemunhos de alunos estrangeiros, informações relativas ao processo de candidatura aos cursos, um mapa interativo com indicação de locais de interesse na região, referências sobre os percursos a realizar de automóvel ou de transporte público (metro, comboio e autocarro) desde o Aeroporto de Lisboa até aos Campus de Setúbal e do Barreiro do IPS e acerca da documentação necessária para viajar e para permanecer em Setúbal ou no Barreiro, entre outras. K

referência, espaços de lazer, restaurantes, atividades desportivas e culturais e a história e cultura local.

O novo portal é composto por diferentes segmentos,

Empreendedorismo em Viana

Alunos lançam aplicação

6 Miguel Guerra e Pedro Gomes, diplomados em Engenharia Informática, e João Mimoso, Designer do Produto, formados pelo Politécnico de Viana, criaram a própria empresa e estão a vingar no mundo das tecnologias e a revolucionar uma das festas mais populares do Alto Minho, as Feiras Novas de Ponte de Lima, que contam com uma aplicação tecnológica desenvolvida pela FTKode, a empresa de programação informática dos três jovens empreendedores. Os visitantes daquelas Festas podem usufruir desta tecnologia nos seus smartphones e encontrar o melhor das Festas, como chegar, o que visitar, onde petiscar, entre outras possibilidades. São mais um

caso de sucesso do Politécnico de Viana do Castelo.

You Dream, We Create é o slogan de apresentação da empresa FTKode Desenvolvimento Web, na área da programação informática, criada para desenvolver novas ferramentas de gestão e potenciar ferramentas

já existentes. “Os nossos produtos são fruto de um trabalho de análise de mercado e vêm dar solução aos problemas dos clientes, adaptando-se ao utilizador e aumentando a sua rentabilidade”, descreve Miguel Guerra. “Além dos nossos produtos, desenvolvemos

páginas Web, aplicações móveis (APP) e todo o tipo de software conforme os objetivos e necessidades de quem nos procura”, avançou ainda.

Em apenas seis meses, a empresa dos três jovens, ligada ao design e software informático, já está a trabalhar em grande força para juntas de freguesia do distrito, ao nível da informatização de dados e programação de base. GES Toponímia, GES Canídeo, GES Cemitério, GES Inventário, são algumas das soluções de software para administração autárquica já desenvolvidas pela FTKode e que têm tido sucesso junto de entidades públicas que já adotaram estas plataformas de gestão. K

Rita Ruivo

Psicóloga Clínica (Novas Terapias) Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

EspaçoPsi - Psicologia Clínica Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 E-Mail: psicologia@rvj.pt “Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira. Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular (…). Outras vezes uma palavra é quanto basta.”

José Saramago, “Jangada de Pedra”

Ecohidrologia, Solos e Alterações Climáticas

Conferência em Tomar

6 O Instituto Politécnico de Tomar recebe a 3ª edição da Conferência Internacional sobre Ecohidrologia, Solos e Alterações Climáticas, de 10 a 12 de setembro, com o objetivo de reunir investigadores nas áreas de Clima, Meteorologia, Ecohidrologia, Hidrologia, Meio Ambiente, Solos, Geo-Estatística, entre outras, promovendo a partilha de experiências e a integração destes temas como um quadro multidisciplinar.

016 /// SETEMBRO 2014

A conferência é co-organizada pelo NHRC.ipt do Instituto Politécnico de Tomar, o DAT-DREAMS da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e o CITAB da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, contará com a participação de quatro oradores convidados internacionais, casos de Carmelo Dazzi de Itália (Universidade de Palermo e Presidente da ESSC), Joaquim G. Pinto da

Alemanha e Reino Unido (Universidade de Colónia e de Reading), Uwe Ulbrich da Alemanha (Universidade Livre de Berlim) e Else Marie Friis da Suécia (responsável pelo Departamento de Paleobotânica do Museu de História Natural de Estocolmo) e um convidado nacional, José Antunes do Carmo, da Universidade de Coimbra director da Revista de Recursos Hídricos da APRH que apoia igualmente

este evento.

Será possível participar em três sessões especiais, um workshop de GIS (Workshop on Geographical modelling of natural resources using GIS) com pré-registo obrigatório, bem como assistir a cerca de 90 comunicações (orais e posters) de entre os sete temas principais a debate. O Evento contará ainda com a aula de jubilação do professor doutor João A. Corte-Real.K

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Estudar sai caro

700 euros não chegam para os livros

6 As contas em vez de somar são de «sumir» e nalguns casos 700 euros não chegam para a aquisição de manuais escolares e o restante material necessário.

Numa família que tenha dois filhos a estudar, um no 7º ano, e outro no 10º, são gastos só em livros cerca de 540 euros (260, no 7º ano + 280, no 10º). “Esse valor pode ser até superior, pois as editoras lançaram também outros conteúdos que podem ser adquiridos em separado”, refere Paula Ribeiro, da Livraria A Mar Arte.

O preço desses conteúdos pode significar cerca de mais 100 euros.

A compra dos manuais escolares é uma dor de cabeça para a maioria das famílias. Os livros variam entre os 38 e os 50 euros (para os três livros do 1º ciclo), entre os 130 e os 150 euros (para os livros obrigatórios do 2º ciclo), entre os 190 e os 260 euros (para o 3º ciclo), entre os 200 e os 290 euros (para 10º e 11º anos) e os 130 euros (12º ano - aqui são menos livros).

Mas voltando às contas daquela família. Se aos 540 euros juntarmos os conteúdos extra, ficamos com a soma em 640 euros. A este valor teremos que acrescentar todo o restante material didático. É que cada um dos filhos necessita de cadernos, de canetas, lápis, borracha e mochilas. Para aquele material há várias opções. As grandes superfícies lançaram

campanhas, onde surgem os kits escolares económicos, onde é possível adquirir uma mochila, oito esferográficas, quatro lápis, tesoura, borrachas, estojo, dois tubos de cola e um apara lápis. A conta subirá, porque são necessários cadernos e um não chega para quem estuda a partir do 2º ciclo. Aí é conveniente ter um caderno para cada disciplina, pelo que há que multiplicar o valor do caderno escolhido pelo número de disciplinas. Neste caso há cadernos desde cerca de 1 euro até aos 4 euros. É evidente que na entrada do novo ano letivo todas as contas são preciosas, mas muitas vezes cede-se à vontade dos filhos e em vez dos kits económicos a opção vai para outros materiais. As mochilas podem chegar aos 50 euros. O mesmo sucede com todo o restante material escolar que fora desses pacotes económicos apresentam preços mais elevados.

Prosseguindo as contas da família com os dois filhos, e tendo em consideração que são pelo menos necessários em média 8 cadernos para cada um dos filhos, obtemos um total de mais 46 euros, aos quais se juntará ainda o valor dos lápis, canetas, borrachas e todo o outro material indispensável, numa média de mais 10 euros.

A soma vai, portanto, em 746 euros (640 euros de livros e conteúdos extra + 46 euros de cadernos +10 material diversos como canetas,

borrachas etc + 50 euros das mochilas). É óbvio que é possível fazer uma redução neste orçamento se se optar exclusivamente pelos pacotes económicos (só aqui é possível poupar 30 ou mais euros nas duas mochilas/ troleys).

Aquele valor médio pode

ainda ser aumentado, caso sejam necessários noutros materiais didáticos, como uma gramática (12 euros) e os dicionários de língua estrangeira (a partir de 8 euros) e portuguesa (a partir de 5,31 euros), o que aumentará a conta para 771,31 euros. Em suma, aquela família, que

possui dois filhos a estudar terá que desembolsar quase 800 euros no início de setembro.

O setor da informática deve ser tido em conta. Hoje em dia, muitos dos trabalhos escolares exigem pesquisas na internet e até uma apresentação mais evoluída do

que os tradicionais manuscritos.

Ter um computador em casa acaba por constituir uma necessidade e para muitas famílias o recurso ao crédito é uma opção. Por exemplo um computador portátil razoável poderá custar cerca de 400 euros. K

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Biblioteca Municipal da Marinha Grande H

SETEMBRO 2014 /// 017

Mafalda Arnauth

“Fado atravessa gerações” 6 É uma das vozes incontornáveis do fado contemporâneo. Há quase 20 anos que Mafalda Arnauth encanta gente em todo o país e no estrangeiro, por obra de uma singular portugalidade que não se fecha ao mundo.

é esse, sentir a cada dia que estou a ser o mais honesta possível com o público e com aquilo que gosto de fazer.

Viveu o interesse crescente despertado pelo fado nos últimos 20 anos.

Absolutamente. Hoje em dia o fado é uma realidade que atravessa todas as gerações. Deixou de ser música para pessoas mais velhas, pois há muitas crianças e adolescentes a ouvir fado. Essa é uma conquista imensa da nossa cultura, da nossa identidade e do nosso país. Mas também é urgente entendermos que Portugal tem música para além do fado. Temos muitas vozes, muitos músicos e muita criatividade. O fado não tem de ser a identidade de todos os compositores portugueses, é essencial guardarmos espaço nos nossos ouvidos e no nosso coração para tudo o que é música portuguesa.

Está a percorrer o país em concertos.

Qual tem sido a reação por parte do público ao mais recente álbum «Terra da Luz»?

Este último álbum é o sétimo da minha carreira, por isso os concertos acabam por refletir todos os discos, não apenas o mais recente. O que noto neste disco é que as pessoas recebem-no muito bem como acrescento, como uma pitada diferente que trago ao meu repertório.

Embora haja uma certa coerência com aquilo que tenho vindo a fazer, o meu público sabe que nunca opto por um repertório muito óbvio. Defendo e aprecio o fado, mas defendo acima de tudo a música portuguesa e a criatividade. O disco é também uma forma de impulsionar a ideia de luz, como o próprio título indica, para contribuir para um espírito mais positivo, que nos faz falta.

Tem 7 discos editados. Está satisfeita com a dimensão que a sua carreira atingiu?

Estou satisfeita com uma coisa que sempre me pareceu impossível, que é fazer 20 anos de carreira no próximo ano, e há 10 anos ou mais que a minha vida é exclusivamente o fado. O privilégio de ter tantos anos de carreira e de viver da música, não acontece com a maior parte dos artistas portugueses. Sempre assumi um certo risco nas escolhas que fiz em termos de repertório, e sei que isso tem muitas vezes consequências em termos de popularidade. No meu caso tenho o meu público e ainda muito público a quem apresentar aquilo que faço. Sinto-me feliz pela liberdade que me permite ao longo destes 20 anos ter podido ser quem sou e ainda ter muito caminho pela frente.

A sua carreira tem uma dimensão internacional. É gratificante o reconhecimento obtido lá fora?

A faceta internacional é uma experiência única. É tão refrescante ir ao encontro

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

018 /// SETEMBRO 2014

Os seus discos estão disponíveis na plataforma Spotify. Como vê a associação do fado às mais recentes tecnologias?

O fado só tem a ganhar com isso. No fundo é abrir os horizontes em termos de exposição e de acessibilidade. Mais importante se torna quando hoje em dia se fala tanto de pirataria, no facto das pessoas não entenderem a importância de retribuir quando se adquire música. Disso importância para o país continuar a ter uma industria de música. Estas novas plataformas tornam as coisas legais e muito mais justas.

de um público que é de alguma forma puro na sua forma de ouvir o fado! São pessoas que estão abertas a escutar a música em todas as suas nuances, e sem grande espaço para comparações, acabam por ser muito generosas. O trajeto internacional é essencial para abrir horizontes e até para relaxar - o publico português acrescentanos pressão porque sabe aquilo que está a ouvir. Já o público internacional não tem ideias preconcebidas e, por isso, possui uma certa leveza e frescura.

Qual foi o ponto mais complicado e aquele que lhe deu mais gozo nas quase duas décadas de atividade?

O ponto mais complicado é uma constante, e tornou-se mais presente quando eu tomei consciência dele. É responder à questão “o que é que eu agora vou dar ao público?”.

Acontece quase sempre que se prepara um disco novo, mas também acontece em palco, quando a pessoa já percorreu o país todo e tem que se reinventar porque o público precisa. Mas sem perder a essência. O desafio

Vários novos fadistas têm apostado em cruzamentos musicais com outros géneros. Como encara esse fenómeno?

Adoro comunicar e acho que podemos fazê-lo a falar ou a cantar. Se cantamos em outros idiomas ou em formas de músicas diferentes não importa, desde que seja uma comunicação fluida e aberta.

São “conversas” normais que decorrem do fado ter hoje um estatuto de música digna e com qualidade. K Entrevista: Hugo Rafael _ (Rádio Condestável) Texto: Tiago Carvalho _ Site Oficial H   

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Editorial

Escola & Violência 7 Há bons e maus motivos para que a escola seja notícia. Infelizmente para educadores, alunos e pais são sempre as notícias mais negativas que ocupam as primeiras páginas dos jornais e o destaque das rádios e televisões.

Infelizmente, no passado ano lectivo, o problema da violência nas escolas, e designadamente a exercida sobre os professores, mereceu abundantes abordagens, esquecendo-se, muitas das vezes, que a violência se previne todos os dias, e que é um fenómeno demasiado complexo para ser apenas enfrentado pelos professores.

Em verdade seja dito que estes, pouca ou nenhuma preparação recebem nas escolas de formação para enfrentar tão grave problema. E, acrescente-se, que os investigadores e os teóricos da educação pouco têm produzido sobre esta temática.

Daí que seja importante relembrar o que de bom já foi publicado nesta área, porque importa suportar teoricamente a nossa acção e manter referentes sólidos

nas análises das situações que se nos deparam.

Os professores e educadores têm à sua disposição uma obra, de rara qualidade, dedicada à abordagem da disciplina e do castigo na educação. Referimonos ao livro, da Amarú Ediciones, intitulado “Del Castigo a la Disciplina Positiva – Más allá de la Violencia en la Educación”.

Na verdade, os autores, Juan Castro Posada e João dos Santos Pires prestam, com a divulgação deste estudo, um inegável serviço à comunidade educativa e aos professores e educadores em particular, pelo que aconselhamos vivamente a sua leitura.

A obra chama a atenção para o facto de os docentes se sentirem impreparados e indefesos perante as manifestações de violência, sobretudo quando a sociedade os considera responsáveis da erradicação de um problema que eles não geraram, nem directa, nem indirectamente. Daí que aposte na divulgação de mecanismos preventivos das condutas marginais, através da criação de

uma cultura de anti-violência, baseada na aplicação da “disciplina positiva”.

O livro está estruturado em três partes. Na primeira, abordase o fenómeno da “cultura da violência”, propondo-se uma série de conceitos sobre a sua origem, suas formas, seus efeitos, a enumeração dos factores que a predizem, bem como o enunciado das características dos agentes e das vítimas desses actos.

Na segunda parte, analisa-se a oportunidade e a necessidade de mudança. Mudança do paradigma educativo que tem abordado os problemas da indisciplina e dos comportamentos desviantes.

Mudança das formas de encarar o castigo, a que se anexa uma legítima fundamentação teórica de um conjunto interessante de propostas concretas, a desenvolver nos capítulos seguintes.

Finalmente, na terceira parte, descreve-se a dinâmica da “cultura da disciplina positiva”, enquanto constituinte de uma “cultura anti-violência” e como fundamento e prevenção dos

comportamentos desviantes. Recomenda-se claramente a leitura desta parte, sobretudo aquando a abordagem do conceito de disciplina positiva e dos relatos e testemunhos considerados em contexto.

Os autores estão convencidos que se quisermos ajudar os nossos alunos a desenvolver formas de auto-controle face às diferentes manifestações de violência que se foram mansamente introduzindo nas escolas e nos lares, temos que, em primeiro lugar, ajudar os pais, os educadores e os alunos a compreenderem a importância dos dois pilares básicos sobre os quais assenta a cultura da anti-violência: o auto-controle e a auto-estima, enquanto bases da capacitação para enfrentar os desafios da indisciplina, com elevadas doses de “poder interno” e “dinâmica vital”.

E enfrentar este dilemático problema educativo tem que presumir, da parte de cada educador, a vontade de procurar a informação e a formação adicional que o ajude a superar as situações pro-

blema que o exercício da profissão lhe vá colocando. Assim como se exige dos responsáveis políticos e administrativos a adequação do quadro legal às novas circunstâncias que, todos os dias emergem nas nossas escolas.

Neste contexto Juan Castro Posada e João Pires estão no rumo certo, já que acabam de contribuir positivamente para o desenvolvimento da educação, num domínio em que são ainda raros os que se entregam a investigar e a produzir opinião sustentada.K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue a nova ortografia _

primeira coluna

A formação superior é o caminho 7 Os candidatos ao ensino superior subiram cinco por cento face ao ano anterior, mas o número de jovens que opta por se candidatar a um curso numa universidade ou num politécnico ainda está longe do desejável. Uma larga percentagem dos alunos que terminou o ensino secundário e que estavam em condições de se candidatar ao ensino superior não o fez. Significa isto que ainda é necessário prosseguir o esforço que tem sido feito pelas instituições e até por outras entidades, como as autarquias - que têm lançado um conjunto de medidas de apoio aos alunos -, para que mais jovens prossigam os seus estudos.

O país necessita de cidadãos

qualificados e é necessário criar mecanismos para que quem termine o ensino secundário com sucesso tenha expetativas em tirar um curso superior, mas também permitir àqueles que por qualquer motivo saíram do sistema possam retomar os seus cursos, bem como garantir aos outros cidadãos mais seniores que ingressem nos cursos que desejam tirar.

Não me revejo na ideia defendida pelos profetas da desgraça que referem que em Portugal não vale a pena os jovens tirarem cursos superiores. As oportunidades para quem tem formação são cada vez maiores. Este ano o número de alunos que se candidataram a cursos superiores oriun-

dos do ensino profissional subiu 18% face ao ano passado. Significa que também esses estudantes estão conscientes da importância de formação superior.

Um empresário consciente optará sempre por alguém qualificado, do que por alguém com menos habilitações. Só dessa forma conseguirá ser competitivo aqui e internacionalmente. Mas os jovens também devem saber agarrar as oportunidades. Uma licenciatura é apenas a chave que poderá abrir muitas fechaduras. É importante que os jovens entendam isso, mas mais importante que as suas famílias o percebam. Aquela lenga lenga que nem todos podem ser doutores, como se diz na gíria popular, resulta de um pensamento

que vem de outros tempos e de uma enorme falta de autoestima.

A segunda fase de candidaturas ao ensino superior está a decorrer até ao dia 19 de setembro.

Na primeira fase foram colocados 89 por cento dos candidatos, sendo que desses 88 por cento foram colocados numa das suas primeiras três opções. No mesmo dia em que foram divulgados os resultados, foi também regulamentado o programa + Superior, que garante bolsas de 1500 euros aos alunos que optarem por instituições de ensino superior do interior do país. Anteriormente já tinha sido aprovado o Retomar, para quem quiser regressar à universidade ou ao politécnico, e também o regime de acesso aos alunos estran-

geiros. Espera-se que, no futuro, o ensino superior seja ainda mais forte. Mas para que isso aconteça há outras questões que devem ser tratadas convenientemente, como é o caso do financiamento das instituições. Mas isso daria outra crónica…K João Carrega _ carrega@rvj.pt

www.ensino.eu SETEMBRO 2014 /// 019

crónica salamanca

El profesor universitario funcionario 6 El concepto de “liberal” es polisémico entre nosotros, tiene varios significados, al menos dos muy importantes cuando lo aplicamos a la política, y en especial a la política de la educación.

Nos referimos al de procedencia francesa por una parte, y por otra al propio del mundo anglosajón.

Ambos significados de “liberal” en realidad son antagónicos, significan exactamente lo contrario.

El liberalismo francés del XIX, derivado de forma directa de la Revolución de 1789 y concretado en su Constitución, de fuerte arraigo en Europa, en concreto en la del sur, y desde luego en España, representaba la apuesta por el progreso colectivo y por la satisfacción de los derechos del hombre y del ciudadano, uno de ellos importantísimo, el de la educación. El Estado se erige así en el garante de esos derechos propios de una sociedad en libertad.

Garantizar el cumplimiento de ese derecho a la educación para todos precisaba (y sigue siendo necesario hoy) invertir dinero en instrucción pública, organizar una administración educativa solvente, y cuerpos de profesores bien formados y seleccionados, que tengan garantía y continuidad en el ejercicio de su función pública, fueran maestros de infantil y primaria, profesores de secundaria o de universidad.

Era, y nos parece que sigue siendo, la mejor garantía del derecho a la educación. Así lo escribió, y practicó, entre otros muchos cualificados pensadores, Miguel de Unamuno. Cuando alguien le preguntaba por qué enviaba a sus hijos a las escuelas públicas, el respondía que porque el deseaba lo mejor para los suyos, y las públicas eran las mejores. La razón es que los profesores eran mejores, porque se habían formado

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y habían sido seleccionados en concurso público abierto, y eso le merecía más garantía que la elección o contratación directa por parte del respectivo jefe o contratante.

Así se fueron conformando los cuerpos de profesores funcionarios en la administración pública española (como en otras mediterráneas), y nacieron los funcionarios docentes (maestros, catedráticos de segunda enseñanza y de universidad, inspectores, técnicos, orientadores, y otros). Hoy continúan siendo vigentes, pero estos funcionarios se ven sometidos a una constante presión, agobio, “bulling”, por otro modelo y otros intereses procedentes de la cultura económica y administrativa anglosajona, de orientación liberal, pero en el otro sentido al ya comentado.

Porque el liberalismo que se predica y defiende en nombre de la libertad en la cultura anglosajona, es el propio de la ley del más fuerte, del ‘sálvese quien pueda”, que conduce de manera fácil a menor equidad e igualdad social. En los países donde prevalece esta cultura liberal, de la competitividad, del paraíso de la escuela o la sanidad privada, de la ausencia de servicios sociales para todos, observamos los mayores índices de desigualdad.

Las imágenes que recibimos con frecuencia de los USA, o de Reino Unido (no hablemos de los nuevos socios asiáticos de ese modelo como Corea, China) nos ratifican en esta reflexión.

Lo que exponemos tiene mucho que ver con la crisis profunda que ahora vive nuestra universidad pública en España, cuando advertimos cómo día a día se aminora y desactiva el número e importancia de los catedráticos y titulares en las plantillas de profesores de facultades y departa-

mentos. Es una forma soterrada y constante de ir socavando el peso de las universidades públicas, porque al perder los mejores profesores (sin reponer las `lazas equivalentes) las instituciones van a perder categoría y capacidad de ofrecer productos de calidad en la docencia y en la investigación.

Siguiendo ese modelo del puro liberalismo inglés y al aplicarlo a las plantillas de profesores, se viene forzando una creciente presencia de contratos de profesores de baja calidad en lo económico (contratos-basura), y con frecuencia de dudosa fiabilidad científica, que sustituyen las bajas de profesores catedráticos y titulares jubilados o fallecidos.

Esta perversa y sutil técnica sobre los recursos humanos universitarios, tan cargada de perfidia administrativa, es la que viene forzando a aplicar la actual administración del partido en el gobierno a las universidades.

Les impide a las universidades transgredir la ominosa tasa de reposición del diez por ciento, con lo que la muerte real de las universidades públicas estará muy pronto la vista, si no cambian las circunstancias en poco tiempo.

Y para mayor cinismo, se aduce que este procedimiento de actuación del Ministerio de Educación viene obligado por la crisis económica, y las presiones recibidas desde la política económica de la Unión Europea.

A ello hay que añadir otra política complementaria de fomento de creación de universidades privadas, con criterios poco exigentes para su creación y funcionamiento, y campañas intoxicadoras sobre la escasa productividad de los profesores funcionarios, sobre la incorrecta gestión de los recursos económicos de las universidades, y una

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redação, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef.: 272 324 645 Fax: 210 112 063 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Diretor Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Diretor João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt

sobreabundancia de programas de control de calidad que forman arte de la retórica del mareo, del despiste, del aburrimiento y del cansancio para la mayoría de los profesores. De esa manera también se les obliga a los profesores a detraer energía de la buena docencia y de la investigación, para trasladarles de manera obligada y presionante su esfuerzo a tareas burocráticas y puramente formalistas y rutinarias. El trasfondo ideológico y deformante de la cultura universitaria que arrastra el famoso proyecto Bolonia camina en esta dirección, y nos constriñe a todos.

Ante este panorama tan escasamente ilusionante nos permitimos recordar la propuesta que el ya centenario Max Weber nos hacía ahora hace un siglo sobre la honestidad intelectual del catedrático y funcionario en que el creía, del científico sólido en cualquier ámbito del saber y de la ciencia, bien formado, laborioso, pero también respetado por una sociedad culta, civilizada y democrática, como proponía para la Alemania de 1919. Lo escribe en su bella conferencia titulada “La ciencia como profesión”. K José Maria Hernández Díaz _ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

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020 /// SETEMBRO 2014

Verbas para 2014-2015

Politécnicos e universidades reclamam milhões 6 Os institutos politécnicos públicos e as universidades públicas reclamaram em agosto, um reforço das transferências do Estado. Os politécnicos exigiram cerca de 60 milhões de euros, em 2014 e 2015, após as deliberações do Tribunal Constitucional (TC) sobre os salários na Função Pública. Pelas mesmas razões também as universidades públicas tinham reclamado uma verba de cerca de 70 milhões de euros.

Em comunicado, o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) estima que estão em falta mais de 27 milhões de euros em 2014

e 30 milhões de euros em 2015.

Há cerca de uma semana, o TC considerou constitucional a reintrodução, em 2014 e 2015, dos cortes salariais entre 3,5% e 10% no setor público acima dos 1.500 euros brutos, medida do Governo Sócrates recuperada pelo atual executivo para compensar o chumbo do mesmo tribunal, em maio, da redução dos vencimentos superiores a 675 euros.

No comunicado, o CCISP refere que, em 2014, a “saúde financeira” dos institutos públicos que representa “se agravou no seguimento da decisão proferida em maio pelo Tribunal

Constitucional”, pelo que os politécnicos “irão necessitar de um reforço financeiro superior a 27 milhões de euros para poder assegurar o seu normal funcionamento até ao fim do corrente ano”.

A nota adianta que as despesas dos politécnicos, incluindo salários, poderão novamente agravar-se em 2015, “atendendo aos impactos decorrentes da última decisão do Tribunal Constitucional”, pelo que estima que no próximo ano “o valor ainda em falta para equilibrar os orçamentos das instituições seja próximo dos 30 milhões de euros”.

O CCISP indicou que pediu à

tutela “instruções precisas sobre a forma como poderão [os institutos] submeter os seus orçamentos equilibrados e reais, de acordo com o previsto na lei”.

Numa reação, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) remeteu para uma resposta enviada anteriormente à Lusa, a propósito do orçamento das universidades, na qual indica que espera que “as instituições preparem e comuniquem os seus orçamentos atempadamente”, embora admitindo eventuais ajustes posteriores.

No esclarecimento, refere que, “como em anos anterio-

res”, o MEC e o Ministério das Finanças “irão acompanhar as dificuldades que as instituições dizem estar a encontrar na submissão do orçamento”, para 2015, “sabendo-se que o valor da massa salarial ainda carece de uma definição governamental, o que poderá implicar um posterior ajustamento”.

A tutela adianta, sem mencionar os acertos a serem feitos já em 2014, que “os níveis salariais de 2015” dos funcionários públicos “ainda não foram definidos pelo Governo”, e “estavam dependentes do acórdão do TC, que só muito recentemente foi divulgado”. K

Estágio Curricular lança desafio a jovens alunos

As caras do Ensino Magazine

Maria Amélia, 99 anos

A Avó Magazine 6 Chama-se Maria Amélia Pires Cardoso e cumpriu 99 anos a 2 de setembro. Bem que a podemos chamar a Avó Magazine, uma vez que, sabemos de fonte fidedigna, é leitora assídua do nosso jornal.

A assinante mais idosa do Ensino Magazine mantém, contudo, um espírito jovem, gosta muito de ler e tem uma memória pro-

digiosa. Apesar de atualmente residir em Castelo Branco, assinalou mais um aniversário na companhia da família na aldeia onde viveu grande parte da sua vida (Perdigão, no concelho de Vila Velha de Ródão), onde se encontra a passar um período de férias com algumas das filhas (é mãe de cinco raparigas e um rapaz).

Parabéns Avó Magazine! K

6 O Ensino Magazine acolheu vários jovens do Agrupamento de Escolas Agualva Mira Sintra (Escola Secundária de Matias Aires), para um estágio curricular. O trabalho fotográfico superou as expetativas. Aos alunos Airton Cruz, Edmilson Managem, Ibrahima Diallo, Odmilson Varela e ao docente João Vasco os nossos parabéns pelas imagens recolhidas na Futurália 2014. K

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SETEMBRO 2014 /// 021

H Site Oficial

Rui Veloso, em entrevista minutos depois do seu último concerto

«Patriotismo ainda não é uma palavra vã» 6 Em entrevista após o último concerto antes de suspender temporariamente os espetáculos ao vivo, na Feira do Pinhal em Oleiros, Rui Veloso mostra-se desencantado com a realidade de Portugal. O músico adianta, porém, que está já a trabalhar num novo álbum.

Enquanto cidadão está muito preocupado com a situação financeira do país?

Não estou só preocupado com a situação financeira e económica do país, estou preocupado com o país em geral. Não apenas com as situações recentes, mas há muitos anos. Não tenho visto o país evoluir. Talvez o momento que vivemos leve as pessoas a abrir os olhos e a ver que este país tão pequeno tem possibilidades de se encontrar consigo próprio e ser um pais mais decente. Os responsáveis pelo país, sejam eles quem forem, têm de ter respeito pelos portugueses. Não me parece que haja razão para que 40 anos depois do 25 de Abril, o país esteja neste impasse que se verifica nos últimos 5 ou 6 anos. Acho uma vergonha, mas mantenho a esperança que as coisas melhorem substancialmente.

A corrupção é endémica, está instituída. A resposta tem de vir dos responsáveis polí-

022 /// SETEMBRO 2014

ticos, senão um dia destes não temos em quem votar. Não votamos em ninguém.

No mais recente álbum [«Rui Veloso e Amigos»] teve a colaboração de um leque muito diversificado de convidados. Foi interessante trabalhar com músicos tão diferentes como o Camané ou os Expensive Soul?

São todos meus amigos. Nesse disco escolhi trabalhar com pessoas com quem tenho relações não só musicais, mas também pessoais. São músicos e cantores e que admiro. O conceito funciona até como mensagem para os políticos, visto que somos pessoas de universos musicais diferentes, mas conseguimos ter um objetivo comum. Os políticos têm de fazer a mesma coisa: unirem-se e trabalharem em função de um objetivo, nomeadamente do país e dos portugueses. Patriotismo ainda não é uma palavra vã.

No horizonte há já planos para um novo disco de originais?

Sim, já estou a trabalhar num disco de originais. Será um álbum feito com muita calma e onde vou, porventura, surpreender.

Vou trabalhar com pessoas com que eventualmente o pessoal não está à espera.

A RTP exibiu recentemente a série «Os Filhos do Rock» sobre o início da era do rock em Portugal. Sendo o Rui Veloso para muitos o «pai do rock português», que pode dizer sobre aqueles tempos?

Quando o meu primeiro disco saiu, eu tinha 22 anos [«Ar de Rock» em 1980]. Era muito miúdo e o país era tão diferente!

Demorávamos imenso tempo a chegar aos sítios, os palcos eram ridículos, o som era mau... andávamos um bocado a desbravar o caminho. Não só eu, mas todos [os músicos] de então. São épocas muito diferentes e não é fácil resumir esse período em poucas palavras, mas uma coisa posso dizer: não tenho muitas saudades desse tempo, prefiro o agora.

E como vê a evolução da música? O surgimento de novos estilos musicais, a passagem do rock para segundo plano?

Não sou propriamente um músico de rock. Fiz coisas muito diferentes, os meus discos assim o dizem. Portugal tem música muito diversificada, estamos numa zona de confluência de influências de todo o lado, desde a América, a África ou mesmo a Ásia.

Portugal é um país que não aposta muito na cultura, mas temos muitos bons valores,

por isso a música tem evoluído muito bem.

Isto apesar de todos os problemas que existem à volta da música, e das imitações, concursos, DJs... Tiram trabalho a pessoas que andaram a trabalhar durante muitos anos para chegarem a um determinado sitio. Hoje em dia parece que não há mestres. É talvez o que falta. K Entrevista: Hugo Rafael (Rádio Condestável) _ Texto: Tiago Carvalho _

edições

Novidades literárias 7 BIZÂNCIO. Cartas a um Jovem Jornalista, de Juan Luis Cebrián. Estas cartas a Honório, um jovem jornalista ou, melhor ainda, aspirante a sê-lo, constituem um pequeno legado de reflexão e dúvidas de um dos profissionais mais conhecidos de Espanha.

Através delas o autor debate com o seu destinatário algumas das questões básicas relativas ao exercício do jornalismo e à importância dos meios de comunicação.

OFICINA DO LIVRO. Dar Luta ao Cancro, de Carla Jesus. É a doença das incertezas. Não se sabe exatamente por que aparece, nunca se sabe exatamente se desapareceu de vez. Talvez seja das doenças mais democráticas – não escolhe idade ou género, ricos ou pobres. Não há quem não conheça alguém com cancro. Este é o relato de vinte pessoas que o enfrentaram, que o combateram com todas as forças que tinham e, ainda, com aquelas que desconheciam ter.

gente & livros

Milan Kundera 7 “O amor é, por definição, um prémio sem mérito. Se uma mulher me diz: eu amote porque tu és inteligente, porque és uma pessoa decente, porque me dás presentes, porque não andas atrás de outras mulheres, porque sabes cozinhar, então eu fico desapontado. É muito mehor ouvir: eu sou louca por ti embora nem sejas inteligente nem uma pessoa decente, embora sejas um mentiroso, um egoísta e um canalha”.

Milan Kundera, in “A Lentidão” A Insutentável Leveza do ser, editado em 1983, é o trabalho mais marcante de Milan Kundera. Natural da República Checa, onde nasceu a 1 de abril de 1929, o escritor cedo teve contacto com a cultura, por influência do seu pai. Estudou literatura e estética na Faculdade de Artes da Universidade de Charles, tendo depois cursado cinema na Academia de Artes Perfomáticas de Praga.

Autor de diversos livros em diferentes géneros, Milan Kundera recebeu, pelo conjunto da sua obra, o “Common Wealth Award”

europeupclose com H de Literatura (1981) e o “Prémio Jerusalém” (1985). Segundo a Wikipédia, a sua obra principal, “A Insustentável Leveza do Ser, ganhou em 1988 uma adaptação para o cinema, sob a direção de Philip Kaufman e com Daniel Day-Lewis, Juliette Binoche e Lena Olin no elenco. Recebeu 2 indicações ao Oscar e reconhecimento mundial. Desde então Milan Kundera nunca mais autorizou a adaptação

RVJ Editores

Alma em verso aos 82 anos

CASA DAS LETRAS. Um Casamento de Sonho, de Domingos Amaral.

Quando na economia crescem as dívidas, no amor crescem as dúvidas. Foi a crise económica a culpada do falhanço do casamento de Leonardo e Constança, ou havia razões mais profundas e secretas? Confrontado com a notícia de um terrível acidente no Brasil, onde estão Constança e os seus filhos, Leonardo viaja até à Baía na companhia do melhor amigo, Rafael, que recorda durante o voo quase vinte anos de memórias da vida de um grupo de amigos.

B ERTRAN D .

Mistérios do Sul, de Danielle Steel. Alexa é uma advogada com um passado doloroso: o marido deixou-a para tornar a casar com a primeira mulher e ela teve de se mudar para Nova Iorque e criar a filha sozinha. Agora com dezassete anos, esta filha é alvo de ameaças de um assassino que Alexa quer ver atrás das grades. Desesperada, Alexa faz aquilo que nunca tinha imaginado: manda a filha para o Sul, para junto do pai, a fim de a proteger. Ao mesmo tempo que filha e pai se aproximam, Alexa é confrontada com as suas memórias do passado. K

cinematográfica dos seus romances”.

De entre os romances escritos, destacamse A Brincadeira (1967), A Vida Está em Outro Lugar (1973), A Valsa dos Adeuses(1976), O Livro do Riso e do Esquecimento (1978), A insustentável leveza do ser (1983), A Imortalidade (1990), A Lentidão (1995), A Identidade (1997), A Ignorância (2000) e a A Festa da Insignificância (2014). K

Malpica que minhas saudades teces

Com a força do Facebook 7 A RVJ Editores acaba de editar “Malpica que minhas saudades teces”, da autoria de José Maria Caldeira Gonçalves. O autor escreve poemas quase desde que se conhece. O amor a Malpica do Tejo, a terra que o viu nascer há 74 anos, levou-o a partilhar alguns dos seus escritos na rede social Facebook. O entusiamo com que os amigos virtuais (mas reais) lhe comentaram os poemas, foi o clique que faltava para a obra ser editada em livro. Uma obra feita com amor à aldeia e às suas gentes, e também a pensar na freguesia, pois a venda desta edição, apoiada na sua totalidade pela Câmara de Castelo Branco, reverte a favor da construção do Lar de Malpica.

“Este livro nasceu porque os meus amigos do facebook me deram alento”, disse durante a apresentação, para depois recordar que começou a fazer os seus poemas “aos 12 anos quando guardava ovelhas”.

O entusiasmo para a publicação do livro saiu reforçado com o alto patrocínio da Câmara de Castelo Branco, com os apoios da Junta de Freguesia, e com o profissionalismo da equipa de designers da HBR (Hugo Ribeiro e José Elpídio que cederam graciosamente o seu saber). K

7 Alice Chaves, enfermeira aposentada, e que adotou Alcains como a sua verdadeira terra, acaba de lançar, aos 82 anos, o seu segundo livro “Alma em verso”. Cinco anos depois de ter escrito a sua primeira obra, que tal como esta também teve a chancela da RVJ – Editores, Alice Chaves escreve o que apelida de “última fase do percurso poético da minha vida”. A obra de 204 páginas, apresenta para além de uma autobiografia, a nota introdutória da autoria de Ana Maria e Francisco Rafael e um prefácio escrito por Ermelinda Rolo.

De leitura agradável, à medida que vamos avançando no livro passamos a conhecer um pouco mais da sua história, mas também da história de Alcains e das suas gentes, de S. Miguel D’acha, que como refere a autora é a sua segunda terra de coração, ou de Castelo Branco, onde estudou.

Sobre o novo livro, Alice Chaves recorda o anterior, já esgotado, e justifica a nova obra com o desejo de poder satisfazer toda a gente: “com amor e alegria/renovada energia/com o mesmo amor e prazer/estou novamente envolvida/no livro da minha vida/com o que ficou por dizer”. K

SETEMBRO 2014 /// 023

pela objetiva de j. vasco

press das coisas

Fim de tarde em Lisboa

Bose FreeSpace 51 3 As Bose FreeSpace 51 apresentam-se como um sistema de colunas de exterior para jardim, com um design que permite que se fundam com a vegetação. Ideais para ouvir música ao ar livre, as colunas são resistentes a todas as condições climatéricas. O par de colunas custa 749 euros. K

Nikon D810

3 Lisboa e o Porto estão na moda. Os seus encantos específicos, programas culturais e uma boa segurança relativa estão a atrair grande número de estrangeiros e, desta forma, contribuindo para algum equilíbrio das contas públicas e criação de emprego na área do turismo; mesmo com salários mais baixos e trabalho precário… é o que se pode arranjar! K

3 A Nikon acaba de lançar a D810, uma nova solução topo de gama que promete entusiasmar os amantes da fotografia. A sucessora da D800 mantém o sensor de 36,3 MP, mas introduz o novo processador de imagem Expeed 4, que permitirá captar melhores imagens. A Nikon D810 ganha ainda um ISO máximo mais alto de 12.800 (que chega aos 51.200 ISO no modo expandido). Para filmes, a câmara capta vídeo a 1080p e 60fps. Tem preços a partir de € 3.300. K

Prazeres da boa mesa

Bolo Rico e Húmido de Queijo, Crocante de Salsifis e Sorbet de Framboesa 3Ingredientes p/ o Bolo Rico (25 pax): - 21 Claras - 21 Gemas - 450g de Açúcar - 1,5Kg de Fromage Blanc - 150g de Manteiga Derretida - 3 C. S de Amido de Milho - 3 C. S. de Farinha Preparação do Bolo Rico: Juntar as gemas com o açúcar. Misturar o fromage blanc e as farinhas.

Bater as claras em castelo e envolver no aparelho anterior.

Por fim adicionar a manteiga.

Levar ao forno a cozer a 180ºC, até ficar dourado.

Ingredientes p/ o C. de Salsifis (25 pax): Publicidade

024 /// SETEMBRO 2014

- 1 Salsifis - Q.B. Óleo para fritar Preparação do Crocante de Salsifis: Laminar o salsifis com a pele bem lavada. Fritar até ficar dourado.

Ingred. Coulis de N. de Baco (25 pax): - 1 Dl de Grand Marnier - 1 C. Chá de Pimenta Preta em Grão - 100g Açúcar - 50g de Manteiga - 1 Laranja - 750 ml de Vinho Monte Mayor Preparação Coulis de N. de Baco: Reduzir o Monte Mayor com a manteiga, adicionar o sumo da laranja.

Juntar o açúcar, o Grand Marnier e a pimenta preta esmagada e peneirada.

Reduzir até atingir a consistência desejada.

Empratamento: Cortar o bolo em fatia e dispor no centro do prato. Fazer um cordão de coulis de vinho tinto em redor, colocar uma bola de sorbet de framboesa (Häagen-Dazs), espetar os crocantes de salsifis e guarnecer com mirtilos, framboesas e groselhas. K Mário Rui Ramos _ (Executive Chef Ô Hotels and Resorts Monfortinho)

Bocas do Galinheiro

Bacall e não só 7 Já começa a ser um lugarcomum falar do luto no cinema.

A verdade é que estamos de luto outra vez. Demasiadas vezes nos últimos tempos, diga-se. Da última crónica até ao texto que têm na frente, abalaram nomes tão importantes como, desde logo, Lauren Bacall, no passado 12 de agosto, na sequência de um avc. Tinha 89 anos. Aquela que era conhecida por “The Look”, por aquele olhar descarado, que brilhou desde “Ter ou não ter” (1944), de Howard Hawks, onde prendeu Humphrey Bogart pelo assobio: “You know how to whistle, don’t you, Steve? You just put your lips together and... blow”, para mais à frente rematar “If you want anything...just whistle!”. Foi o primeiro filme dela, e o começo de um grande amor e de um dos casamentos mais glamoroso de Hollywood, que terminou com a morte de Bogart em 1957.

Com Hawks, voltaram a contracenar em em “The Big Sleep” (À Beira do Abismo,1946), uma adaptação da novela policial de Raymond Chandler, com argumento em que colaborou William Faulkner e que se tornou uma das grandes fitas do filme negro.

Foi a mulher de Hawks que indicou Bacall ao marido depois de a ver numa capa da Harper’s Bazaar. Tinha 19 anos, aquela voz grave que a distinguiu de muitas pequenas na altura e o tal olhar, de fazer inveja até a Marlene Dietrich. Numa carreira cheia de êxitos, constam filmes como para além dos dois com Hawks, “Ter

ou não Ter” e “The Big Sleep”, “Dark Passage” (O Prisioneiro do Passado,1947), de Delmar Daves, também com Bogart, “Key Largo” (Paixões em Fúria,1948),de John Huston, com Bogart e Edward G. Robinson, “Young Man With a Horn” (Duas Mulheres, Dois Destinos,1950), de Michael Curtiz, com Kirk Douglas e Doris Day, “How to Marry a Millionaire” (Como se Conquista um Milionário, 1953) de Jean Negulesco, com Marilyn Monroe, “Murder on the Orient Express” (Um Crime no Expresso do Oriente,1974), de Sidney Lumet, numa parada de estrelas de Ingrid

Bergman a Albert Finney, passando por Anthony Perkins, Vanessa Redgrave, Richard Widmark e mais um longo etc, porque não dá para enumerar todas, ou “Dogville” (2003), de Lars von Trier, com Nicole Kidman.

Nascida Betty Joan Perske em Nova Iorque, tinha 89 anos. Em 1997 foi nomeada para um Oscar, na categoria melhor atriz secundária em “The Mirror Has Two Faces”, de Barbara Streisand, onde entra também Jeff Bridges. Não ganhou mas arrebatou o Globo de Ouro nesse ano. Em 2010, recebeu um Óscar honorário pelo reconhe-

cimento de uma rica carreira e a sua relevância nos anos de ouro de Hollywood, nas décadas de 40 e 50 do século passado, e que culminou no seu último filme “The Forger”, (2012) de Lawrence Roeck.

Antes, a 19 de julho, com 86 anos, faleceu James Garner, ator que começou a ser conhecido nas televisões americanas pelas séries “Maverick” e “The Rockford Files”, esta última nunca exibida no nosso país, mas cuja passagem pelo cinema o ligou a grandes filmes, desde logo em “A Grande Evasão” (1963), de John Sturges, em que contracenava, entre outros com Steve McQueen, Charles Bronson, James Coburn e Richard Attenborough, também falecido recentemente mas de que falaremos outro dia, um filme inspirado em factos reais sobre a fuga de prisioneiros aliados de um campo alemão durante a II Guerra Mundial, à adaptação ao grande écran em 1994, numa realização de Richard Donner do filme “Maverick”, Mel Gibson e Jodie Foster, um trio de jogadores que no velho oeste faziam do jogo, ou da batota, a sua vida, ou mais recentemente em “Space Cowboys” (2000), de Clint Eastwood, sobre um quarteto de ex-astronautas que foram preteridos na ida à lua mas que, perante a eminência de uma catástrofe aeroespacial embarcam finalmente rumo ao espaço numa missão da NASA para resgatarem um foguetão soviético do tempo da guerra fria cuja queda não pode acontecer. Uma bem-humorada fita do mestre Eastwood em que o re-

verendo Garner, tal como os restantes, se divertem à brava. Pelo meio papéis relevantes em “Victor/Victoria” (1982), de Blake Edwards, Julie Andrews, “O Romance de Murphy” (1985), de Martin Ritt, com Sally Field que lhe valeu uma nomeação para o Oscar, “Grand Prix” (1966), de John Frankenheimer, uma das primeiras abordagens em longa metragem ao circo da Fórmula 1, ou “Herói Precisa-se” (1964), de Arthur Hiller, uma sátira anti-militarista com Julie Andrews e Melvyn Douglas. Herói da guerra da Coreia, ainda se destacou em “O Diário da Nossa Paixão” (2004) de Nick Cassavetes e “The Ultimate Gift” (2006), de Michael O. Sabjel. Depois de um avc em 2008 praticamente não havia notícias de Garner, até agora.

Por fim uma palavra para Robin Williams. Desapareceu a 11 de agosto, com 63 anos. Não vibrei por aí além com “O Clube dos Poetas Mortos” (1989), de Peter Weir, talvez me reveja mais em “O Estranho de Mundo de Garp” (1982), George Roy Hill, “O Rei Pescador” (1991), de Terry Gilliam ou mesmo “ Hook” (1991), de Steven Spielberg, “ Casa de Doidas” (The Birdcage, 1996), de Mike Nichols ou “O Bom Rebelde” (1997), de Gus van Sant. Robin Williams era um comediante, sem rede, dos que eu gosto. Pregou-nos uma valente partida. Não merecíamos. Deixou-nos, mas não devia.

Terei que voltar a ele noutra oportunidade.

Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _

tra profesión como “altamente tóxica”. Estoy completamente de acuerdo con este planteamiento y, en consecuencia, me atrevo a sugerir que, tal vez, sería interesante investigar los factores que producen la “toxicidad” tan elevada en nuestra práctica profesional educativa.

Una de las consecuencias de esta “toxicidad” es, sin duda, el desarrollo del síndrome de la/del profesora/or quemada/o (síndrome del “burnout”). Pero también es posible que encontremos elementos tóxicos en la vida académica de nuestros alumnos que les lleven a padecer el mismo síndrome del burnout, así como el de la indefensión aprendida para el rendimiento académico, el estrés producido por la sobre-motivación

para conseguir los mejores resultados académicos, etc.

Pero, ya que estamos hablando de descanso, no quiero cansarte más por esta vez, por lo que espero que podamos retomar este tema (que, sin duda, tiene amplias repercusiones psicológicas en el funcionamiento de las personas tanto docentes como aprendices) en los próximos meses.

Hasta la próxima, como siempre, salud y felicidad. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

CRÓNICA

Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: Espero que hayas disfrutado de las vacaciones veraniegas y que hayas “desconectado” durante todas estas últimas semanas.

Aprovechando este hecho, y desde la perspectiva de que yo también he conseguido desconectar, quiero hacer, o al menos iniciar, en esta carta, un alegato a favor del descanso.

Ya sabemos que el descanso afecta al cuerpo, pero, también, y sobre todo, a la mente. Es fundamental tener un “aire” de descanso siempre, porque si no hay descanso, el trabajo no puede resultar lo fructífero que todos deseamos.

Creo, en concreto, que manejar el descanso es una competencia que no figura entre las com-

petencias que se proponen en los programas educativos como objetivo de consecución a lo largo del curso escolar.

Me dirás que para eso están los momentos de recreo, así como determinadas asignaturas, como la Educación Física (que parece centrarse más en los aspectos fisiológico-anatómicos) y otras que invitan a actividades más “placenteras” a priori para los alumnos, como son aquellas que pertenecen al área de la “Educación Plástica”.

Acepto este planteamiento, pero creo que es insuficiente por varias razones que no voy a entrar a desgranar ahora (sólo quiero resaltar que el momento del recreo suele ser el de más fuerte carga emocional para los alumnos que

padecen el bullying, con el estrés que esto supone y el desgaste total de la persona que implica).

Opino que se debería promover una competencia totalmente transversal como es la “capacidad de gestión del tiempo”, tanto por parte de los profesores como de los alumnos.

Todos sabemos que una deficiente gestión del tiempo produce niveles más o menos elevados de estrés, con el consiguiente descenso de las capacidades de concentración y ejecución que las tareas educativas requieren. Y creo que esto es aplicable tanto a los alumnos como a los profesores.

Antes de comenzar las vacaciones veraniegas, leía un titular de prensa en el que un profesor de Universidad calificaba nues-

SETEMBRO 2014 /// 025

Quatro rodas

O Nó da Portela c Visitei pela primeira vez a Madeira no Verão de 1977. Foi uma prenda dos meus pais que decidiram efetuar esse “investimento” por que me havia portado bem na escola, e tinha passado a importante etapa do antigo quinto ano do liceu com algum à-vontade. Foi também a minha primeira viagem de avião.

Voltei à ilha em finais dos anos noventa, por motivos profissionais e retornei agora, finalmente pelos motivos que mais gosto, os automóveis.

Estou pois a escrever esta cronica na varanda do hotel com vista para o Cabo Girão, depois de uns dias de trabalho com a simpático presidente do clube madeirense, que tem por missão valorizar o rico património automobilístico que existe na ilha.

A Madeira tem sido, nas últimas décadas, um dos locais de Portugal com maior frenesim no que respeita ao automobilismo. A região conseguiu registar na história do automobilismo nacional, magníficos eventos, que atingiram uma notoriedade impar, seja no capítulo do automo-

bilismo de velocidade, seja nas organizações para clássicos, onde a Volta à Madeira foi sem dúvida a prova que mais notoriedade conseguiu em Portugal, sendo-lhe reconhecido mesmo algum “glamour”.

Mas voltemos à Madeira dos anos setenta. Desse tempo, retive na memória, o traçado das estradas, e a condução afoita dos condutores dos autocarros que nos levavam em excursão, que curva após

curva, desafiavam as escarpas que nos ladeavam.

Nos anos noventa, apenas tive a oportunidade de conhecer as novas estradas que esventraram as montanhas e reduziram imenso o tamanho da ilha. Para os locais, foi sem dúvida um grande avanço na sua qualidade vida, mas não deixou de haver alguma descaracterização da ilha. Dessa vez conheci a próspera e moderna Madeira, mas para mim

foi a visita menos interessante.

Voltei agora, mas desta vez, tive o privilégio de ser guiado por profundos conhecedores do interior da ilha, que me fizeram recuar no tempo e me levaram pelas estradas que conheci na minha primeira visita.

Durante o nosso percurso, investi algum tempo num local onde estive nos anos setenta, e do qual me recordei muitas vezes. É mais conhecido pelo seu miradouro, e

novidades

Mustang RTR chega em janeiro

Abarth 695 biposto já tem preço 3 Batizado Abartho 695 biposto, o mais radical dos Fiat 500, que foi apresentado na última edição do Salão de Genebra, já tem preço para Portugal. Esta reinterpretação estradista do Abarth 695 Asseto Corse de competição vai custar 45 mil euros no mercado nacional e utiliza o motor 1.4 T-Jet de 190 cv. Tem uma relação peso potência de 5,2 kg/cv, vai dos 0 aos 100 km/h em 5,9 segundos e atinge uma velocidade máxima de 230 km/h. K

Adam Rocks a partir dos 18.695 euros 3 O Opel Adam Rocks começará a ser comercializado em novembro no mercado português. Estará disponível com o novo motor de três cilindros 1.0 turbo em versões com 90 e 115 cv, acoplado a uma também nova caixa manual de seis velocidades. Será comercializado a partir de 18 695 euros. Carateriza-se esteticamente pelas proteções em torno de toda a carroçaria, desde arcos das rodas, a embaladeiras e a para-choques. Sobressai ainda pelo teto retrátil em tecido. K Publicidade

026 /// SETEMBRO 2014

mesmo pelo restaurante que está mesmo ali, onde se servem as famosas espetadas. Estou a falar do nó da Portela. Pequena povoação que tem um encontro de estradas que, desde há anos, fui identificando nas imagens que me chegavam das classificativas do Rally Vinho da Madeira. Recorda-me muito o “knuten” em Geiranger, Noruega, do qual já aqui falei. São estes locais que criam misticismo e dão valor aos eventos e às regiões.

Eu gostei muito de voltar à Portela, algumas décadas depois. Não tem bem o mesmo aspeto, mas é um local que não foi trucidado pelo cimento e pelo asfalto.

Em jeito de conclusão, deixo um apelo para a que, pelo nosso país, se comecem a preservar locais e estradas com reconhecido interesse histórico e com potencial de atração turística. Eu sempre que vier à Madeira tentarei voltar à Portela. K Paulo Almeida _

3 A Ford divulgou os primeiros detalhes do novo Mustang RTR, uma versão desenvolvida pelo piloto de drift da Ford Racing, Vaughn Gittin Jr. O automóvel chega em janeiro do próximo ano e apresenta um design mais distinto, algo agressivo, com a grelha frontal redesenhada e difusores de ar traseiros. O RTR oferece o mesmo motor 2.3 EcoBoost de 300 cv presente no novo Mustang, podendo, opcionalmente, ser encomendado com o característico V8 “5.0” de 435 cv. K

Projeto apresentado em Moçambique

Universidade Mondlane lança Alumini comunidade dos graduados da UEM”, frisou.

“Todos juntos por uma Universidade melhor” foi a frase que abriu e dominou o discurso do reitor da UEM, Orlando Quilambo, que defendeu uma ligação profunda entre a UEM e os seus graduados. Segundo o reitor, o lançamento da iniciativa

6 A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) procedeu em agosto, ao lançamento oficial da iniciativa ALUMNI. Trata-se de um projeto que pretende manter contacto de forma permanente e actualizada com os graduados desta instituição de ensino, informando-os sobre a sua vida e desafios.

De acordo com a universidade, a iniciativa pretende, igualmente, ser um espaço privilegiado para obtenção de retro-informação, para a promoção da Universidade, dos seus programas de ensino, pesquisa e extensão, bem como promover ações que encorajem a angariação de apoios e de suporte, concorrentes ao desenvolvimento da universidade.

Na ocasião, Ivan Collison, diretor adjunto do Registo Académico da UEM, que apresentou o projecto ALUMNI, explicou que a UEM

ao longo dos seus cinquenta (50) anos dedicados ao ensino, investigação e extensão universitárias, foram graduados dezoito mil, oitocentos e doze (18.812) estudantes, em diversas áreas do saber, desde bacharéis, licenciados, mestres e doutores.

Desde universo, uma parte continua ligada à UEM, quer por via da docência, da investigação, da administração e outros. Todavia, segundo Ivan, uma franja considerável de graduados, por várias razões, não mantém a relação julgada desejada com a Universidade.

“E é a partir desta convicção da necessidade de restabelecer o contacto com os graduados da UEM e de criar uma ligação que proporcione vantagens tanto para a UEM como para os seus graduados, que se torna cada vez mais crescente a pertinência da criação da

ALUMNI é o concretizar de um sonho antigo que data de 1968 quando a UEM formou os primeiros graduados.

De acordo com o reitor, com esta iniciativa pretende -se que a comunidade ALUMNI se constitua numa plataforma que possa privilegiar as relações entre os graduados e a UEM, tendo como

objetivos congregar seus graduados, criar oportunidades de convívio entre os graduados de diferentes gerações, facultar-lhes o acesso privilegiado aos diferentes recursos nomeadamente museus, instalações desportivas, programas, notícias e eventos.

No evento, o reitor da UEM, Orlando Quilambo, ficou

registado como o primeiro graduado a integrar a iniciativa ALUMNI sendo que recebeu das mãos do director do Registo Académico da UEM, José Leopoldo Nhampossa, o primeiro cartão como membro desta iniciativa. K Este texto não segue a nova ortografia _

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Macau

Campus com Superior 6 O Governo de Macau anunciou que as antigas instalações da Universidade de Macau, localizadas na Taipa, vão ser reservadas para o ensino superior, agora que foi terminada a transferência para a Ilha da Montanha.

A garantia foi dada pelo gabinete do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura que não adiantou, no entanto, que nova instituição ou atividades vão ali ser estabelecidas.

Em maio, o reitor da Universidade Cidade de Macau renovou a sua vontade de se mudar para o campus, até porque pretende alargar as suas instalações devido ao aumento significativo de alunos.

O desejo foi também manifestado pelo presidente Instituto Politécnico de Macau, que em julho disse estar confiante de que conseguiria transferir o Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa para aquele espaço.

Apesar da mudança para a Ilha da Montanha - um território adjacente a Macau, na província de Guangdong, onde está localizado um terreno sob a jurisdição de Macau - a Universidade de Macau foi autorizada a manter parte das instalações, como o antigo edifício da biblioteca, onde agora vão ficar o Centro de Estudos de Macau e o Centro de Educação Contínua. K

SETEMBRO 2014 /// 027

programa está regulamentado

+ Superior apoia alunos com 1500 euros 6 O Secretário de Estado do Ensino Superior, José Gomes Ferreira, assinou um despacho que aprova o regulamento do programa + Superior, uma iniciativa que tem como objetivo atrair candidatos para 11 Instituições de Ensino Superior de regiões do país com menor pressão demográfica, atribuindo uma bolsa de mobilidade de 1500 euros anuais a um máximo de mil alunos.

Em nota enviada ao Ensino magazine, o ministério diz que deste modo está a contribuir-se para a coesão territorial e para a fixação de jovens qualificados no interior do país.

Na mesma nota, “o Ministério da Educação e Ciência reconhece o valor e o interesse para o país das ofertas formativas das Instituições de Ensino Superior selecionadas para o programa (Universidade da

Escalões introduzidos

Bolsas com novas regras 6 O Governo alterou a forma de cálculo para atribuição de bolsas de estudo no ensino superior, introduzindo escalões na determinação do peso do património mobiliário do agregado familiar para conceder os apoios.

“Acolhendo as sugestões feitas pelas Associações Académicas e de Estudantes nesta matéria, o património mobiliário de um agregado familiar que não exceda 10 vezes o Indexante de Ação Social (fixado em 419,22 euros para este ano de 2014) não é considerado no cálculo do rendimento e deixa assim de influenciar a atribuição de bolsa, incluindo-se um escalão zero na forma de cálculo.

Na redação anterior [do diploma] este valor tinha um peso de 5 por cento no cálculo do rendimento do agregado”, refere o comunicado enviado pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC).

028 /// SETEMBRO 2014

Os estudantes bolseiros do ensino superior que tenham também uma bolsa de mobilidade no âmbito do Programa Erasmus+ - de mobilidade europeia, para estudar e estagiar – podem ter também um complemento de bolsa mensal com valores entre os 100 e os 150 euros.

“O despacho visa também integrar as novas formações de nível superior não conferentes de grau – os Cursos Técnicos Superiores Profissionais. Os estudantes inscritos neste tipo de formação, com duração de 4 semestres letivos, e lecionada exclusivamente em ambiente politécnico, serão assim também abrangidos pela ação social direta, nos mesmos termos dos restantes estudantes do ensino superior”, acrescenta o comunicado do MEC. As alterações publicadas no final de agosto entram em vigor já no ano letivo de 2014-2015. K

Beira Interior, Universidade de Évora, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, instituto Politécnico de Bragança, Instituto Politécnico da Guarda, Instituto Politécnico de Castelo Branco, Instituto Politécnico de Viseu, Publicidade

Instituto Politécnico de Tomar, Instituto Politécnico de Santarém, Instituto Politécnico de Portalegre e Instituto Politécnico de Beja), reforçando a mensagem perante os alunos e as famílias de que vale a pena investir nestas opções de estudo, ainda que

fiquem longe dos locais de residência.

E acrescenta: “O Ministério reconhece igualmente o contributo crucial destas instituições no desenvolvimento regional do país, incentivando a fixação de mão de obra qualificada, a articulação

entre o Ensino Superior e a economia local, criando condições para a inserção futura destes jovens no Mercado de trabalho e, preferencialmente, no tecido empresarial da região onde estudaram, utilizando melhor a capacidade educativa instalada”.K