Ensino Magazine Edição nº 194

abril 2014 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVII K No194 Distribuição Gratuita

www.ensino.eu suplementos

vasco lourenço, capitão de abril, fala dos 40 anos da revolução

Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico.

Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS

“É preciso vencer o medo para construir o futuro”

universidade da beira interior

Morgado reitor Emérito C

P7

instituto politécnico de castelo branco

Campus entra em obras C

P 10

politécnico de leiria

Aluna investiga nuclear C

P 11

fecundidade

Isto é que vai uma crise C

P5

futebol robótico

Portugal 3D é tricampeã C

Assinatura anual: 15 euros

C

P6

P2a4

entrevista

Sérgio Godinho com 40 Anos de caríssimas canções

P 22 e 23

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P 20 e 21

GICOM - João DomingosHH GICOM - jOÃO DOMINGOS

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As mais loucas semanas do país

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p 19

ABRIL 2014 /// 01

Vasco Lourenço, coronel

«O 25 de Abril é irrepetível» 6 Na semana em que se comemora 40 anos de um dos marcos da história recente de Portugal, Vasco Lourenço, um dos mais influentes e conhecidos capitães de Abril, cerra fileiras contra os inimigos dos valores nascidos na

Revolução dos Cravos.

Foi um dos responsáveis pela operação de 25 de abril de 1974. Mas o gizar do plano principia uns meses antes no Alentejo, com a reunião de 136 militares. Como começou a

germinar a ideia da “Revolução dos Cravos”?

Com efeito, essa reunião no dia 9 de setembro de 1973, em Alcáçovas, ficará para sempre na história da democracia em Portugal. É nessa reunião

que nasce, formalmente, o movimento dos capitães.

Fui eu que coordenei o encontro desses 136 oficiais que participaram e fui escolhido para a comissão coordenadora provisória.

Não escondo o orgulho pessoal que tenho por ter

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sido o único elemento que se manteve na cúpula do movimento dos capitães, desde a comissão coordenadora até ao fim do Conselho da Revolução.

Pode-se, com propriedade, afirmar que a raiz do 25 de Abril é o 9 de setembro de 1973?

O pontapé de saída foi antes. A pré mobilização para o movimento que termina com o 25 de Abril nasce com a reação ao congresso dos combatentes, que se realizou no Porto, em junho de 1973.

Este evento desperta-nos para a nossa força e para a necessidade de união.

A partir daí foi impossível travar a marcha dos acontecimentos.

O regime tinha conhecimento dessas reuniões conspirativas?

Estiveram sempre, mais ou menos, a par do que se passava. Sou suspeito para dizê-lo, mas gizámos ideias bem concebidas. A nossa bandeira e camuflagem foi, ao mesmo tempo, a recuperação do prestígio das forças armadas junto da população portuguesa.

Um dos nossos grandes trunfos, mesmo no relacionamento com as hierar-

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quias militares, foi não falarmos de política. E ao fim de oito meses percebemos que esse desiderato só seria atingido derrubando a ditadura, acabando com a guerra e instaurando uma democracia.

Tem um pin na lapela alusivo aos 40 anos do 25 de Abril, da autoria de Júlio Pomar e Henrique Cayatte.

Qual é o seu significado?

Admito que tenha múltiplas interpretações. Mas a minha leitura é a seguinte: temos o 74 pintado com um verde esperança e o 2014 pintado a negro.

O fundo é vermelho da revolução e a branco está a interrogação.

O ponto de interrogação significa o impasse em que estamos?

A minha leitura, e também a dos autores, é que a interrogação aponta para o que vai ser o futuro. O que é que vem aí?

Vamos conseguir anular o negro do ano 2014 ou não? O 25 de Abril foi um momento de uma grande esperança, por isso, a interrogação do cartaz não coloca em causa se a revolução valeu a pena.

A única pergunta que admito é como é que foi ;

possível chegar a este ponto?

dem para fazer outra revolução?

É um dos heróis do Portugal contemporâneo e, goste-se ou não das suas opiniões, é reconhecido e abordado nas ruas, por pessoas de diversas sensibilidades. O que é que lhe dizem?

É muito frequente ouvir isso. Mas é preciso que as pessoas tenham a noção que o 25 de Abril é irrepetível. Para além disso, foi um golpe com características únicas na história universal, nomeadamente por não haver derrame de sangue.

A minha presença neste movimento teve o reverso da medalha de me ter feito perder a liberdade pessoal, até porque depois do 25 de Abril fui o porta-voz de tudo o que estava relacionado com o Movimento das Forças Armadas (MFA). Isso deu-me muita exposição e, naturalmente, não costumo passar despercebido. Felizmente, foram muito poucas as chatices que tive com pessoas que me interpelaram. A maior parte dos que me abordam é no sentido de agradecer e de mostrar alguma esperança. Ainda há pouco estive numa cerimónia na Câmara Municipal de Lisboa e à saída, uma senhora idosa abeirou-se de mim e disse: «fizemos o 25 de Abril para chegarmos a isto? O que lá está agora é pior do que o Salazar…»

E o que é que lhe respondeu?

Disse que ainda não chegámos lá. Tentei confortá-la, mas ela começou a chorar e a soluçar e pediu-me para «não me deixar ir abaixo». Isto é apenas um exemplo que me faz pensar que o 25 de Abril é, ainda, um dos raros elementos de congregação e de união entre os portugueses.

A imagem associada a esse dia e a essa revolução é altamente positiva. Pensa-se em liberdade, democracia, justiça social e paz. Isso é motivo de orgulho para mim.

E o que diz aos populares que lhe pe-

Sem outra revolução, como dar a volta ao «estado a que chegámos», parafraseando Salgueiro Maia?

Sem dúvida que é necessário uma transformação positiva do país. Como? O desejável era que não fosse de forma violenta, mas na minha opinião vai ser.

No que é que se baseia?

Venho prevendo este desenlace há 3 ou 4 anos, mas quero ressalvar que não desejo esse cenário violento. Pelo contrário. Temo é que a violência seja inevitável.

Tivemos uma grande mobilização popular em 15 de setembro de 2012, mas desde então a sociedade parece adormecida. Como reage ao aparente conformismo nacional? É algo que me dói ver, especialmente a juventude universitária, que sempre foi dinâmica, lutadora e interventora contra as injustiças. Isto é fruto da educação que se tem vindo a ministrar nos últimos anos, pautada por um individualismo feroz, de um «salve-se quem puder» e de uma competitividade enorme. É para contrariar esse amorfismo que a Associação 25 de Abril lançou uma campanha de comemoração dos 40 anos da revolução,

sob o lema «vencer o medo, reafirmar Abril e construir o futuro».

Vencer o medo é o maior obstáculo?

Sem dúvida. A nossa história diz-nos que somos um povo que engole muito, mas quando rebenta a violência é muito intensa e prolongada. Veja que comparativamente com os nossos vizinhos espanhóis, as guerras civis em Portugal foram menos frequentes, mas foram mais violentas e prolongadas no tempo. Bem sei que a última grande guerra civil que tivemos foi no século XIX, mas durou 70 anos.

O facto de estarmos inseridos na Europa não nos pode proteger do que pressagia?

De facto estamos inseridos na Europa, também ela a braços com uma profunda crise, mas o mau estar é planetário. Estou em crer que a revolta dos escravos vai dar-se de forma globalizada e a III Guerra Mundial, estou em crer que vem aí. Os sinais são inquietantes. Basta ver o que está a acontecer na Ucrânia. Lamento dizer isto e faço-o com o coração a sangrar porque sei o que é lutar numa guerra.

Os chamados valores de Abril ainda se mantêm ou estão ameaçados?

Os valores continuam, os resultados da aplicação desses valores é que desapareceram simplesmente porque os detentores do poder não têm esses valores.

Quem está no poder comporta-se como se fosse herdeiro dos que foram vencidos no 25 de Abril e está a destruir tudo o que a revolução trouxe à sociedade portuguesa.

Desde o progresso, o direito ao trabalho, a segurança social e na velhice, tudo isso, está a ser desmantelado, ainda para mais com uma sanha terrível e vendendo-nos a pataco e hipotecando o nosso futuro ao serviço do capital financeiro especulativo estrangeiro. Quem está no poder não é patriótico.

Mas reconhece que o Portugal de hoje é diferente para melhor do Portugal de abril de 1974…

Sem dúvida. Os progressos foram enormes. Nessa altura, tínhamos 1 por cento da população com um curso superior e agora temos 15 por cento. O pior é que essas e outras conquistas estão a ser destruídas. E o que vai ser posto em causa, muito rapidamente, é a própria democracia e a liberdade. São os próprios detentores do poder que dizem que a democracia é incompatível com o neoliberalismo.

Quando diz que vivemos numa democracia formal, quer dizer que o atual sistema político é uma ficção?

Já não é uma democracia. A democracia é o sistema que implica compromisso entre eleitos e eleitores e esse compromisso não existe. As promessas feitas em campanha eleitoral são rasgadas uma vez chegados ao poder. Estamos a ser governados por um bando de mentirosos, aldrabões e corruptos. A corrupção tomou conta de Portugal.

São palavras muito fortes…

Sei o que digo. A corrupção está na ;

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organizadas se mobilizem e, a dado passo, possam dizer basta e acabou a bagunça. Curiosamente, e em paralelo, temos visto investimento nas forças de segurança, mas felizmente, até à data, não conseguiram transformar as forças de segurança em forças de repressão, apesar da sua maior permeabilidade à instrumentalização.

origem da crise que atravessamos. E o facto de estarmos em democracia formal acaba por manietar os que podiam fazer algo para inverter a situação.

A falta de qualidade da elite política é um dos males nacionais?

Uma das falhas de Portugal foi nunca ter tido grandes líderes. Eu próprio, e contra mim falo, costumava dizer que o exército português tinha os melhores soldados do mundo, não tinha era oficiais à altura para os comandar. Mesmo assim fizemos o 25 de Abril, o que foi um feito extraordinário.

O desinvestimento começou com o fim do serviço militar obrigatório?

Eu fui extremamente crítico do fim do serviço militar obrigatório. Tratou-se de um erro tremendo, viabilizado pelos chamados partidos do arco do poder (PS, PSD e CDS) apenas para fazer a vontade às juventudes partidárias que representavam uma minoria dos jovens. Em todos os inquéritos levados a cabo, mais de metade dos inquiridos era favorável ao serviço militar obrigatório. Considero que num país como Portugal, ainda para mais com a nossa dimensão, o serviço militar obrigatório devia ser parte integrante da formação do cidadão. O meu passado a ministrar instrução militar, permite-me garantir que esta experiência é extraordinariamente benéfica para a formação humana, ética e de assunção de responsabilidades do ser humano.

A polémica com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, que na véspera desta entrevista disse sobre a intenção da Associação 25 de Abril de discursar no Parlamento que era um «problema» vosso, é sinal do ressurgir de um confronto ideológico muito forte. De alguma forma, podemos estar perante um desrespeito pela história da nação?

Totalmente. Estamos cansados de ver os detentores do poder, que praticam políticas ao arrepio dos valores de Abril, a usarem os militares que fizeram a revolução como cerejas no topo do bolo ou florzinhas na jarra, um dia por ano, nas cerimónias oficiais. Não pactuamos mais com hipocrisias dessa natureza. Eu entendo que os chamados neoliberais são os nossos fascistas, simplesmente não é politicamente correto tratá-los dessa maneira. E não assumem que estão contra o 25 de Abril e os seus valores, porque estão a liderar um processo de empobrecimento do país, que passa por criar desemprego e implementar salários baixos. E pior: ficam “doentes” quando são confrontados e obrigados a comemorar o aniversário da revolução. Isto é o mesmo que obrigar um sportinguista, como é o meu caso, a comemorar uma vitória do Benfica ou do FC Porto.

Lembro-me do caso do Presidente Cavaco Silva que nunca usa o cravo nas cerimónias oficiais do 25 de Abril. Não se pode entender este gesto como de coerência política?

Não é obrigatório usar o cravo, mas tem algum simbolismo relativamente ao posicionamento das pessoas face ao 25 de Abril. Eu não gosto muito de falar do Presidente da República porque fui educado desde muito novo, primeiro na casa dos meus pais e depois na Academia Militar, que os símbolos e as figuras principais da nação são para se respeitarem. Acontece que pelo atual detentor do cargo do mais alto magistrado da nação eu não consigo ter o mínimo de respeito. Por mais que me esforce. Sinto-me envergonhado como português em ter aquela pessoa como Presidente. É o que temos!

Vem-se falando, com insistência, de uma sua eventual candidatura presidencial. Em abstrato, como seria o coronel Vasco Lourenço em Belém?

Para fazer melhor do que o que lá

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Tem um neto com 5 anos. Que educação, pública ou privada, é que pensa que terá à disposição quando chegar ao banco das escolas?

está, não é nada difícil. Eu desde 1976 que venho sendo instado a candidatarme. Como não tenho essa ambição, tenho sempre recusado fazê-lo. Não digo desta água não beberei, mas como costumo dizer, estou convencido que desta agua não vou beber…

As forças armadas têm sido alvo de um forte desinvestimento. Qual é presentemente o seu verdadeiro papel na

sociedade?

As forças armadas são praticamente o único instrumento que o poder tem para fazer política externa. A nossa capacidade de intervenção na politica externa, comparada com o que se passava no 25 de Abril, é praticamente nula, excetuando uma missão de paz, aqui e acolá. Provavelmente o poder político tem medo que umas forças armadas articuladas e bem

CARA DA NOTÍCIA 6 As raízes albicastrenses Vasco Lourenço nasceu na Lousa, freguesia do concelho de Castelo Branco, em 1942, aldeia onde regressa de vez em quando. Fez o liceu no Nuno Alvares e mais tarde, em 1960, ingressou na Academia Militar. Pertenceu à Infantaria, tendo combatido na guerra colonial, cumprindo uma comissão militar na Guiné de 1969 a 1971. Das memórias da juventude lembra-se de ter sido o primeiro presidente da assembleia geral da delegação de Lisboa da Associação dos Antigos Estudantes de Castelo Branco. Na Quinta Pires Marques, em Castelo Branco, existe uma rua com o seu nome, mas soube dessa novidade toponímica por acidente. «Apesar de ser uma situação inesperada», admite que «não é uma má surpresa, que até ajuda a compor o ego». Atualmente é um militar português na reserva que pertenceu ao Movimento dos Capitães, à Comissão Política do MFA e ao Conselho da Revolução, extinto em 1982. No dia 25 de Abril de 1974 era capitão nos Açores. Pertence desde a sua fundação aos corpos dirigentes da Associação 25 de Abril. K

A minha filha começou num colégio privado e depois continuou os estudos, secundários e universitários, na escola pública. Não sei se o meu neto terá essa possibilidade. A escola pública está a ser destruída. Aliás, em quase todos os setores da sociedade o que é público está a ser destruído em benefício do que é privado. É no ensino, na saúde, nos transportes, etc. É a política neofascista batizada de neoliberal a protagonista de todas estas transformações. É um crime que só vai contribuir para sociedades ainda mais desiguais. O público é muito mais justo em termos do coletivo.

O seu neto já ouviu falar das aventuras revolucionárias do avô?

Muito pouco. Posso contar-lhe uma história que se passou esta semana. A minha filha e o meu genro vinham no carro, de uns dias de férias no Algarve, e quando ligaram o rádio o meu neto ficou surpreendido por ouvir o avô. Disse-lhe que tinha sido por causa do 25 de Abril, mas ele ainda não sabe bem o que se passou. Tive oportunidade de lhe dedicar o meu livro «Do interior da revolução», onde eu dou o meu testemunho sobre o 25 de Abril, e estou esperançado que ele um dia o leia e perceba as aventuras em que o avô andou metido. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H

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Novas tecnologias

Proibir uso prejudica os mais pequenos 6 As crianças sujeitas a muitas restrições no uso das novas tecnologias tendem a desvalorizar os benefícios destas perante os adultos. O alerta é de Ana Francisca Monteiro, recém-doutorada do Instituto de Educação da Universidade do Minho, que acompanhou durante dois anos o dia-a-dia de duas dezenas de crianças.

Conselhos como “não fales com estranhos”, “não publiques fotografias pessoais”, “não percas muito tempo no computador” podem até ser contraproducentes para os mais novos, dada a sua conotação negativa, explica a autora da tese de doutoramento “Tem é de ser de mim: Novas tecnologias, riscos e oportunidades na perspetiva das crianças”.

O trabalho sugere que os mais novos sejam incluídos na promoção da segurança e dos benefícios da Internet, no sentido de compreender o papel que esta desempenha nas suas vidas e negociar estratégias compatíveis. “É necessário perceber e reconhecer

a importância que as novas tecnologias têm para eles no contexto dos grupos de amigos. São muito mais do que ferramentas de lazer.

São realmente poucas as formas de diversão, comunicação e convivência que, hoje, nas sociedades mais tecnológicas, são exclusivas das crianças, autónomas e privadas face ao mundo dos adultos.

Elas valorizam muito esta autonomia, daí quererem protegê-la”. K

Fecundidade e austeridade

Isto é que vai uma crise 6 A socióloga Maria Filomena Mendes considera que a crise e a austeridade dos últimos anos “agudizaram” o declínio da fecundidade em Portugal, país que envelheceu a um ritmo “quase alucinante” na última década.

“O declínio da fecundidade não começou com a crise, mas sim antes. Só que a crise agudizou extraordinariamente esse declínio”, fazendo de Portugal “um dos países da Europa e do mundo com menor fecundidade”, referiu.

Esta situação ainda se torna mais grave porque, em Portugal, ao contrário de outros países europeus com níveis de fecundidade semelhantes, “a idade média das mulheres aquando do primeiro filho é de cerca de 30 anos”.

“Com a média próxima dos 30, significa que muitas mulheres só têm o primeiro filho com 34 ou 35 anos, dificultando que tenham mais de um”, disse.

Maria Filomena Mendes falava à agência Lusa à margem do VIII Congresso Português de Sociologia, que decorreu no início de abril, na Universidade de Évora (UÉ).

U. Évora H

A diretora do departamento de Sociologia da UÉ e presidente da Associação Portuguesa de Demografia (APD) interveio numa mesa-redonda subordinada ao tema “Demografia num País Desigual”.

A propósito do declínio demográfico no país, gerador de desigualdades sociais, Maria Filomena Mendes chamou a atenção para várias questões, nomeadamente para as da natalidade e fecundidade e a sua interligação com a crise.

“É importante perceber que, pelo menos conjunturalmente, o desemprego e a precariedade alteram muito as perspetivas que as pessoas têm de futuro”, o que, conjugado com “o aumento brutal da emigração jovem e o decréscimo da imigração”, faz com que “os nascimentos também diminuam”.

A especialista alertou também para um cenário que, mantendose a atual taxa de crescimento populacional, Portugal levaria 350 anos para duplicar a sua população.

Mas, com base na mesma premissa, os habitantes mais idosos, com 65 ou mais anos, poderiam “duplicar em apenas 39 anos”.

“E se, dentro da população idosa, olharmos para a mais envelhecida, que são os 85 ou mais anos, duplicamos em 15 anos, ou seja, em 2026 vamos ter o dobro de pessoas nessa faixa etária”, avisou.

O país tem vindo a “envelhecer a um ritmo quase alucinante na última década” e essa tendência vai manter-se, caso nada seja feito, avisou. K

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ABRIL 2014 /// 05

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Europeu de Futebol Robótico

Portugal 3D é tricampeã

6 A equipa FC Portugal 3D, projeto conjunto das Universidades de Aveiro, Porto e Minho, venceu o RoboCup German Open 2014, que equivale a um Campeonato Europeu de Futebol Robótico, na liga de Futebol Robótico Simulado 3D. O RoboCup German Open 2014 decorreu entre 3 e 5 de abril, em Magdeburgo, Alemanha. Esta foi a terceira vitória consecutiva da equipa FC Portugal 3D nesta prova anual.

A FC Portugal 3D mostrou uma eficácia a toda a prova, marcando 83 golos, sem sofrer nenhum. A equipa teve 12 vitórias e dois empates nos 14 jogos disputados.

Na fase final, a equipa FC Portugal derrotou a equipa Photon (Rússia) por 9-0 na meia-final, e venceu a equipa magmaOffenburg (Alemanha) por 2-0 na final.

A Liga de Simulação 3D é uma competição em que duas equipas de 11 robôs humanoides virtuais jogam futebol através de um simulador. Os robôs simulados são totalmente autónomos durante os jogos, não havendo qualquer intervenção humana depois do jogo começar. A liga desafia os investigadores a encontrar a melhor forma de movimentar um robô humanoide de

forma estável. Desafia também os investigadores a criarem metodologias de coordenação de equipas de robôs, tais como formações, trocas de posições, táticas ou jogadas estudadas.

O RoboCup German Open 2014 incluiu também a primeira edição do Running Challenge da Simulação 3D. O objetivo deste desafio é o desenvolvimento de técnicas que permitam aos robôs humanoides correr, tal como os humanos. A avaliação baseia-se na velocidade e na percentagem

de tempo em que ambos os pés estão no ar durante o passo de corrida. A equipa FC Portugal 3D venceu este desafio tendo obtido os melhores resultados em ambos os fatores de avaliação.

Após os excelentes resultados obtidos no German Open, a equipa FC Portugal prepara-se agora para participar no Festival Nacional de Robótica, que se disputará em Espinho de 14 a 18 de maio, e no Campeonato Mundial a disputar em João Pessoa, Brasil, de 19 a 25 de julho de 2014. K

Destinado a brasileiros

UBI cria site 6 A Universidade da Beira Interior está a criar sites específicos dirigidos a potenciais candidatos, sendo o primeiro destinado a alunos brasileiros, por ser esta uma das maiores comunidades de estudantes estrangeiros na UBI, cerca de 60 estudantes, mas também porque é o país com mais protocolos assinados com a UBI. O site, que pode ser consultado em brasil.ubi.pt, inclui informação sobre a oferta de cursos da UBI, a ponderação das várias provas do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) na seriação dos candidatos, alojamento e alimentação na UBI, regulamentos e vistos, bolsas, informação útil sobre a cidade e a região e ainda testemunhos de alunos brasileiros que estudaram na UBI. Para o vice-reitor para o Ensino e Internacionalização, João Canavilhas, “por razões históricas e pela visibilidade que têm os grandes centros urbanos, existe uma certa tendência para os estudantes estrangeiros procurarem as grandes cidades portuguesas. O lançamen-

06 /// ABRIL 2014

UBI garante um milhão

Prémio da Banda

T A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior vai receber um reforço financeiro de um milhão de euros para aquisição de equipamento. A verba, garantida no âmbito de uma proposta da reitoria junto dos responsáveis do programa comunitário POVT, permitirá a criação de um Biobanco, bem como o reforço de várias áreas, como a simulação e o ensino virtual, optometria, ciências farmacêuticas, entre outras. A garantia é do vice-reitor da área Financeira e de Gestão de Recursos Humanos, Mário Raposo. K

T A Universidade da Beira Interior recebeu, a 30 março, o título de Novo Sócio Honorário da Banda da Covilhã, na Igreja da Santíssima Trindade, por ocasião do VIII Concerto de Primavera da Banda da Covilhã. A homenagem resulta da parceria entre ambas as instituições que ao longo dos últimos anos tem aprofundando e estreitado o seu relacionamento promovendo e divulgando atividades culturais que passam por uma agenda cultural ao longo de todo o ano. Os sócios honorários da Banda da Covilhã são José Luís Pimentel, Paulo de Oliveira, António Moreira, EPABI, Câmara Municipal da Covilhã e agora a Universidade da Beira Interior. K

violência zero

Electrónica de prata T O Departamento de Eletrónica Industrial da Universidade do Minho acaba de festejar 25 anos, assinalados com um conjunto de palestras, apresentações e eventos sociais. Só no curso de Eletrónica Industrial e Computadores já se formou um milhar de pessoas. A sessão de abertura das comemorações decorreu no auditório nobre do campus de Azurém, em Guimarães. No final decorreu um jantar comemorativo. K

Sexualidade em livro

Facebook, João Canavilhas H

João Canavilhas, Vice-Reitor da UBI para a internacionalização to destes sites procura mostrar outra faceta do ensino superior português: uma pequena universidade que oferece excelentes condições para estudar e investigar, graças às condições e ao corpo docente; uma cidade de pequena/média dimensão segura e com um custo de vida mais baixo; uma região de grande beleza, com um vasto património histórico e com

uma localização geográfica privilegiada na Península Ibérica”.

As candidaturas para alunos estrangeiros começam no dia 2 de maio, na plataforma online da Universidade. Em breve será publicado o regulamento do estudante Internacional na UBI e, na próxima reunião do Conselho Geral, será fixada a propina para estes estudantes. K

T Henrique Pereira, docente do Departamento de Psicologia da UBI, lançou o livro “A sexualidade dos jovens estudantes universitários portugueses”, juntamente com Natália Pacheco, com chancela da editora Placebo. A obra é uma contribuição científica para a compreensão e explicação do fenómeno. A partir de uma investigação empírica, descreve as experiências ao nível da sexualidade dos estudantes do ensino superior, considerando variáveis tais como as atitudes sexuais, os comportamentos sexuais, os comportamentos sexuais de risco, o comportamento sexual desviante, a satisfação sexual, a informação sexual, as fantasias sexuais e as crenças sexuais, entre outras. K

T A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UBI organizou uma exposição sobre violência doméstica, de 14 a 20 de março, com o objetivo de prevenir e chamar atenção para este tipo de crime, que continua a aumentar. Inserido no projeto Violência Zero, o evento foi promovido pelo Centro de Saúde da Cova da Beira juntamente com a associação Coolabora.

A exposição foi constituída por três manequins que retratavam mulheres vítimas de violência, acompanhadas de chamadas de atenção para os comportamentos violentos. Recorde-se que, só este ano, já faleceram dez mulheres vítimas de violência doméstica. K

Novo livro T Susana Garrido Azevedo, docente do Departamento de Gestão e Economia da Universidade da Beira Interior, é uma das autoras da obra Eco-Innovation and the Development of Business Models, publicada com a chancela da Springer. O livro dá conta, em traços gerais, dos desafios ambientais que atualmente se apresentam, apontando soluções, metodologias e ferramentas demonstrativas de como a eco-inovação pode apoiar um crescimento económico sustentável e ajudar a salvar o planeta. Explora ainda a eco-inovação como uma estrutura de apoio ao desenvolvimento de novos modelos de negócios na perspetiva de um mundo sustentável. K

Cloud Computing

Centro nacional na UBI 6 A Universidade da Beira Interior vai liderar um centro de competências em Cloud Computing, que vai ser financiado ao abrigo do novo quadro comunitário, envolverá várias empresas tecnológicas instaladas na região e outras que mostraram interesse em abrir unidades de desenvolvimento em parceria com a universidade. A garantia é do ministro Poiares Maduro.

Um dos parceiros será a PT, que inaugurou em setembro, na Covilhã, o quinto maior centro de dados do mundo, e que tem já várias parcerias com a UBI na formação de quadros técnicos.

De acordo com as declarações de Poiares Maduro, as universidades do interior “têm que ser universidades que apostem na excelência com seletividade”

e, no “caso da Universidade da Beira Interior, há um centro e uma aposta grande em termos de tecnologia, como o centro da PT. A universidade quer apostar na relação da engenharia com as TIC, mas também na área da saúde” e acrescenta: “a ideia é ter um investimento na área tecnológica que tem reflexo na prioridade que a própria universidade estabelece, onde quer ser uma universidade de excelência, e nós vamos procurar apoiar a transformação da universidade e capacitá-la em termos de excelência nessa área”.

Este projecto, em conjunto com o Parkurbis e UBImedical, tem como objetivo constituir um cluster na área das novas tecnologias de informação e saúde na cidade da Covilhã. K

Refeições ao fim-de-semana

Bar da UBI aberto

6 O bar da Biblioteca Central da Universidade da Beira Interior (UBI) está a servir refeições sociais ao fim-de-semana, desde 22 de março, colmatando assim uma lacuna que existia desde 2009, altura em que deixou de existir qualquer opção desde género ao sábado e domingo.

“As restantes cantinas estão abertas de segunda a sexta-feira, servindo pequeno-almoço, almoço e jantar. E realmente aos sábados e domingos não havia uma oferta social disponível”, lembra Vítor Mota.

O administrador da UBI acrescenta que, desta forma, “colmata-se uma falha e dá-se corpo à ideia da Reitoria, que vai no sentido de criar condições para fixar dos estudantes e melhorar o seu desempenho”.

O custo da refeição para os alunos será de 2,70 euros, mediante apresentação de identificação, não sendo necessário marcação ou aquisição antecipada de senhas. A decisão destina-se a todos os estudantes, mas Vítor Mota, sublinha a

importância da mesma lembrando que se trata de algo “fundamental para os alunos deslocados, sejam eles estrangeiros ou os alunos das ilhas”, entre outros.

O bar da Biblioteca Central está concessionado a um privado e fornece refeições ao almoço e jantar há cerca de dois meses. O espaço tem sido bastante frequentado, oferecendo uma alternativa à cantina da Faculdade de Engenharia.

Vítor Mota elogia também este alargamento de horário da Biblioteca: “As bibliotecas fizeram-se para ajudar os alunos a melhorar o seu conhecimento. É lá que estão os grandes recursos, para além das aulas, e é lá que queremos que os alunos aprendam, mas convivam”. Um comportamento que se consegue também “com uma boa oferta” ao nível da restauração e bares. “É uma forma de chamar as pessoas lá e é isso que está a acontecer”, conclui o responsável. K

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UBI distingue antigo reitor

Morgado Reitor Emérito 6 Cândido Passos Morgado, antigo reitor da Universidade da Beira Interior, vai receber o título de Reitor Emérito a 30 abril, data de aniversário da instituição, após proposta do atual reitor, António Fidalgo, que o considera uma “personalidade forte e de grande visão estratégica”.

“A sua gestão à frente da UBI foi sempre determinada e de grande parcimónia no uso dos dinheiros públicos. Para afirmar e defender a UBI não se coibiu de lutar com o poder central e com o poder local. Fez escola: dos três reitores que lhe sucederam, dois foram seus vice-reitores. Tendo celebrado o seu 80º aniversário, o Prof. Passos Morgado continua a ser uma referência na história e nos destinos da UBI. Homenageando o Prof.

Passos Morgado com o título de Reitor Emérito, a Universidade assume um passado de enorme empenho e determinação para melhor enfrentar os desafios do presente”, afirma o atual reitor.

Passos Morgado foi o primeiro reitor da UBI, esteve à frente

da instituição durante 17 anos, entre 1979 a 1996. Liderou a conversão do Instituto Politécnico da Covilhã para o Instituto Universitário da Beira Interior, em 1979, e depois a passagem de Instituto Universitário a Universidade em 1986. Criou departamentos e cursos, dotou-os de meios humanos qualificados, tendo sido pioneiro na captação de professores doutorados no Leste Europeu, lançou os atuais quatro pólos

da UBI, transformou fábricas em faculdades, comprou as ruínas do Convento de Santo António e fez a reitoria, e apostou decisivamente na ação social.

Já agraciado em 2010 com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, pelo Presidente da República, recorde-se que Cândido Passos Morgado foi ainda Major General Engenheiro Aeronáutico, licenciado em Ciências Matemáticas e doutorado em Física. K

Universidade – Empresa

UBI lidera projeto

6 A Universidade da Beira Interior é uma das sete instituições de ensino superior portuguesas envolvidas no concurso Prototransfer, que visa o desenvolvimento de 21 novos produtos ou serviços prontos para serem comercializados em janeiro de 2015.

Os protótipos já foram escolhidos, num encontro da Rede de Transferência de Conhecimento, realizado na Universidade da Beira Interior (INESPO II). A base dos produtos serão investigações desenvolvidas em instituições de ensino superior de Portugal e Espanha.

No total foram apresentadas 56 propostas em áreas como as ciências farmacêuticas, biomédicas e biotecnologia, tecnologias da informação e comunicação, engenharias têxtil, geológica, agrícola e florestal, ecossistemas e até psicologia.

“São muito interessantes.

Todos eles procuram a transferência de conhecimento entre a universidade e as empresas”, considerou Maria José Silva, docente da UBI ligada ao projeto, que dá um exemplo de um novo produto que pode sair do trabalho que vai ser realizado nos próximos meses: “Um dos protó-

tipos é um creme anticelulite que se pretende que hidrate e tenha propriedades muito benéficas em termos de cosmética e beleza, mas também para a saúde. É um que se destaca de imediato, mas há outros muito aliciantes”.

Eva Maestro, coordenadora da iniciativa, admite que os parceiros gostariam de “premiar mais alguns”, mas não foi possível devido ao que tinha sido estabelecido inicialmente. “Surpreendeu-nos a qualidade de muitos deles”, disse a representante da Universidade de Salamanca, que lança já o desafio aos participantes: “Agora começa o trabalho e

os premiados têm que nos demonstrar de que são capazes de tudo isso e que aquilo que está no papel pode ser desenvolvido.

Esperamos daqui a um ano ter os resultados”.

Aos vencedores do concurso é atribuído um prémio de 1500 euros e o apoio das universidades ao nível da consultoria, entre outros. “Pensamos que o valor não era tão atrativo, mas o número de candidaturas que tivemos, num prazo bastante estrito, também mostra que há muita falta de financiamento para investigação em Portugal e Espanha”, salienta Maria José Silva. K

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Universidade de Évora

Veiga Simão Honoris Causa 6 A Universidade de Évora acaba de atribuir o Doutoramento Honoris Causa a José Veiga Simão, numa cerimónia que assinalou a comemoração dos 40 anos da tomada de posse da 1ª Comissão Instaladora. A sessão, que contou com intervenções de membros da 1ª Comissão Instaladora e Laudatio, proferida por Guilherme d’Oliveira Martins, decorreu na Sala dos Atos, a 27 de março.

A decisão de atribuir a mais alta distinção académica ao antigo Ministro da Educação Nacional, foi justificada por ser “uma referência incontornável da história portuguesa mais recente e uma voz interveniente no mundo que nos rodeia”, como refere a proposta para atribuição do grau.

Segundo o reitor da UE, Carlos Braumann, “é esta a oportunidade de a Universidade de Évora reconhecer publicamente o papel fundamental que o Professor Veiga Simão teve nessa

Concurso Nacional de Multimédia

UTAD organiza

restauração e no desenvolvimento do ensino superior em Portugal”.

Nascido na Guarda a 13 de fevereiro de 1929, José Veiga

Simão formou-se em Ciências Físico-químicas na Universidade de Coimbra e doutorou-se em Física Nuclear na Universidade de Cambridge. K

Universidade de Coimbra

O poeta Artificial 6 Hugo Gonçalo Oliveira, investigador da Universidade de Coimbra, acaba de desenvolver o “PoeTryMe”, o primeiro “poeta artificial” português, cuja criatividade não tem limites e a inspiração não lhe falha, gerando novos poemas em menos de um minuto.

Trata-se de um sistema informático inteligente que se apoia em redes de palavras, relacionadas de acordo com os seus sentidos, e em padrões de versos, obtidos a partir da análise de poesia escrita por humanos, gerando a partir daí poemas em língua portuguesa sobre as mais diversas temáticas.

Um dos pontos-chave deste poeta sui generis é, de acordo com o também docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia, “a sua flexibilidade na criação de poesia. Tem a capacidade de compor com as mais diferentes configurações. Posso, por exemplo, definir um conjunto de palavras que defina o domínio do poema, indicar o nível de surprePublicidade

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sa, escolher a forma poética - sonetos, quadras, etc. – e decidir o sentimento (negativo ou positivo) transmitido. No final da obra, o sistema ainda pode explicar a sua escolha de palavras”.

A Geração Automática de Poesia, enquanto área de conhecimento, surgiu em 2000, mas em

6 Docentes e estudantes dos cursos de licenciatura e mestrado em Comunicação e Multimédia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) estão a organizar um Concurso Nacional de Multimédia com o tema ‘A Minha Escola dava um Filme’, dirigido a todos os alunos do ensino secundário, que decorre no âmbito da 3ª edição do Sound, Pictures and Multimedia (SPAM), que terá lugar no campus da UTAD, a 13 e 14 de maio, e que receberá cerca de 500 alunos de escolas secundárias, O concurso tem como principal objetivo “incentivar e Publicidade

Portugal ainda é pouco explorada. No entanto, sublinha Hugo Gonçalo Oliveira, “é uma nova forma de pensar a poesia e pode contribuir para estimular os poetas humanos, desafiando ainda mais a sua criatividade. Pode funcionar, quem sabe, como uma fonte de inspiração”. K

contribuir para a promoção, o desenvolvimento e a produção de conteúdos multimédia, por parte dos alunos do ensino secundário, fomentando, desta forma, a partilha de experiências e de vivências no espaço escola”.

Apoiado pelo Ministério da Educação e Ciência, o concurso centra-se na visão que os alunos têm da sua escola, refletida como espaço de aprendizagem permanente nos diferentes níveis. Os trabalhos, nas vertentes de Fotografia e Vídeo, podem ser apresentados a concurso até ao dia 20 de abril, individualmente ou em grupo. K

Debate na ESTG

Portalegre e o emprego

Portalegre

Peixinho é bom é...

6 O Projecto Alimentação Saudável nas Escolas do Concelho de Portalegre organizou mais uma edição da iniciativa Conversas Temáticas, subordinado ao tema do Peixe, na Escola de Hotelaria e Turismo.

A conversa, de tom informal, contou com a presença de convidados das diferentes áreas do sector alimentar. Abordou-se a importância deste alimento na saúde dos mais novos. K

Coimbra

Facebook Marketing 6 O Centro de Formação do Politécnico de Coimbra acaba de abrir as inscrições para a ação de formação Facebook Marketing: como aumentar a visibilidade da Administração Pública nas Redes Sociais, que terá a duração de 14 horas e se realiza a

23 e 24 de abril. Dotar os formandos de conhecimentos que lhes permitam entender em profundidade o funcionamento do Facebook e como poderão atingir os objetivos da organização através desta rede social é o objetivo desta formação. K

6 “Volta de apoio ao emprego”, “Economia e Gestão” ou “A pedra natural portuguesa no país e no mundo” são alguns dos temas que estão em debate na Semana da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre que decorreu naquela escola no início de abril.

Segundo o gabinete de comunicação da escola, “a Semana da ESTG é um evento que se concretiza já há vários anos e tem como objetivo realizar um conjunto de atividades que permita o contacto, interação e partilha, entre a comunidade académica, o tecido empresarial e a comunidade envolvente, de forma a dar a conhecer algumas das competências instaladas na ESTG, bem como potenciar o enriquecimento do percurso formativo dos alunos.”

A sessão de abertura contou, entre outros, com a presença de Joaquim Mourato, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, Paulo Brito, diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Armando Varela, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo e Adelaide Teixeira, presidente da Câmara Municipal de

Joaquim Mourato presidiu à sessão de abertura sejam as exposições “História dos Mac na ESTG” e o “Projeto [RE] Animar”. No dia 2 de abril teve lugar um torneio de futsal, um jogo de futebol e um workshop de plantas aromáticas e medicinais.

No último dia do evento, designado “Dia Aberto”, teve lugar o debate “Escolas secundárias e profissionais, projetos educativos e ofertas formativas” que contou com a presença de vários professores de escolas do distrito. K

Portalegre.

“Gestão e valorização de resíduos na perspetiva de produção de biocombustíveis”, “Biocombustíveis, Agricultura, Pecuária e Agroindústria”, “Reabilitação Urbana” e “Design” são outros temas que vão ser debatidos por vários convidados, entre eles o economista Ivo Gomes Francisco, os designers Bárbara Oliveira, João Rodrigues e Ricardo Marques e os professores André Rangel, Pedro Bessa e António Costa Valente.

Para além dos debates, o evento integrou outras iniciativas, como

José Ramalho _ (ESEP jornal digital)

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Politécnico de Castelo Branco

Campus vai ser melhorado

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), com o apoio da Câmara albicastrense, vai requalificar a zona envolvente às escolas superiores de Saúde e de Artes Aplicadas (esta última em fase de conclusão), localizadas no Campus da Talagueira.

A intervenção prevê a construção de parques de estacionamento, junto às duas escolas, a criação de zonas verdes e arborizadas, bem como uma ligação direta entre as duas escolas. A área onde se construíram as estruturas para o Bloco Central também vai ser melhorada, criando-se aí um espaço com árvores e bancos de apoio.

Carlos Maia, presidente do IPCB, refere que “o objetivo é começar o ano letivo 2014/15, na nova Escola Superior de Artes Aplicadas com todas as condições. Com o apoio da Câmara e a intervenção do empreiteiro que está a construir a Esart, vamos requalificar, já a partir do mês de abril, a zona exterior às escolas”.

O presidente do IPCB refere que a intervenção “abrange a zona envolvente às duas escolas e permitirá também melhorar os acessos aos dois estabelecimentos de ensino, com percursos pedonais e para viaturas”.

O apoio, de 150 mil euros, para a requalificação daqueles espaços foi aprovado em sessão de Câmara. O presidente da autarquia, Luís Correia, explica que “na perspetiva de reforço do Instituto Politécnico, estamos a manter a mesma postura que temos tido até aqui. Sabendo da necessidade de se procederem aos arranjos exteriores da-

Carlos Maia e Luís Correia, empenhados no reforço do Politécnico quelas duas escolas, disponibilizámos uma a nova Esart não ficaria 100% concluída”.

O autarca adianta que deste modo verba para que se realizem esses trabalhos.

Se os arranjos exteriores não fossem feitos “mostramos, mais uma vez, a nossa dis-

ponibilidade de darmos as mãos e trabalharmos em conjunto com o Instituto Politécnico, para reforçar o IPCB”. Luís Correia recorda que já para a construção da nova Esart a autarquia assumiu a componente nacional da obra.

De referir que a construção da Escola Superior de Artes Aplicadas deverá ficar concluída a 15 de abril e constitui um objetivo da presidência do IPCB, após muitas «lutas» com a tutela.

Carlos Maia explica que a mudança de instalações “deverá começar a ser feita em maio, de forma a que o novo ano letivo já comece nas novas instalações”.

O custo da nova Esart é de cerca de cinco milhões de euros e tem o financiamento comunitário de 70%, sendo o restante pago pela autarquia, o que faz com que o Orçamento de Estado não tenha qualquer custo.

A Esart foi criada em 1997 e ocupa instalações provisórias na Escola Superior Agrária de Castelo Branco, tendo neste momento 744 alunos em sete cursos de licenciatura e cinco de mestrado.

Com a conclusão daquela escola e a requalificação dos espaços envolventes o campus da Talagueira fica concluído. Do projeto inicial apenas o bloco central, que deveria acolher serviços comuns às escolas superiores de Tecnologia, Saúde e de Artes Aplicadas fica por construir. O Campus da Talagueira vai receber uma percentagem significativa dos alunos do Instituto Politécnico de Castelo Branco. K

Semana de Engenharia

EST a todo o gás 6 A 4.ª edição da Semana de Engenharia e a 7.ª edição do Fórum de Informática e Novas Tecnologias (INFOTEC) da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) ultrapassaram as expetativas, segundo nota enviada ao Ensino Magazine pelo IPCB. Entre os dias 1 a 3 de abril, a Engenharia e a Tecnologia serviram de mote para discutir temas relacionados com inovação e empreendedorismo. A iniciativa contou com a presença de representantes das mais prestigiadas empresas de vanguarda tecnológica (Outsystems, Altran, NSN, OSRAM, CELTEJO) com palestras e partilha de experiências.

O diretor da ESTCB, José Carlos Metrôlho, considera que “os objetivos foram superados e voltou a demostrar-se que se realizam anualmente em Castelo Branco eventos com o que de melhor existe no país em termos de empresas de vanguarda tecnológica e líderes em inovação”.

O diretor da EST destaca também “a participação de um grande número de alunos da ESTCB na organização das vá-

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rias atividades que compuseram estes eventos. Esta experiência permitiu-lhes a aquisição de competências importantes para aprimorar a sua formação, as quais nunca poderiam ser adquiridas em con-

texto de aula. A par do trabalho e partilha de conhecimento viveram-se também momentos de alegria e de boa disposição, tornando abril um mês de grande atividade na ESTCB”.

A participação de antigos alunos, que exercem cargos de prestígio nas organizações onde trabalham, proporcionaram “momentos de extensa partilha, contando na primeira pessoa várias histórias sobre a sua passagem pela escola e de que forma a sua formação contribuiu para o seu sucesso profissional”.

A iniciativa contou também com a presença de empresários e representantes de empresas relacionadas com os cursos ministrados na ESTCB, nas áreas de Energias Renováveis, Electrotécnica, Telecomunicações, Electrónica, Engenharia Industrial, Desenho e Construção Sustentável, Informática e Tecnologias de Informação e Multimédia.

Para maio está prevista a 4.ª edição da Feira de Emprego na EST, destinada a alunos finalistas. Ocorrerá também em 13 de maio o IGNITE’14. No dia 17 de maio está prevista uma iniciativa denominada “Escola Aberta”, destinada a alunos e encarregados de educação do ensino secundário que pretendam saber o que se ensina e faz nesta Escola do IPCB. K

Pesquisa nuclear na Europa ESECS de Leiria com debates T Perspetivas Internacionais em Educação foi o mote do ciclo de conferências que convidou especialistas de seis países para falar do seu sistema educativo, na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria. Estas apresentações iniciaram-se em março e vão até junho, têm entrada livre, realizam-se entre as 18h e as 20h30 e estão abertas não só à comunidade académica, como também ao público em geral. Nas próximas, a realizar nos dias 8 e 16 de maio e 6 junho estarão presentes oradores do Canadá, da China e do Brasil, respetivamente. K

Dia Aberto na ESTG Leiria T A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria abriu portas à comunidade entre 2 e 5 de abril, por ocasião da 16.ª edição do Dia Aberto, levando todos os visitantes a conhecer, experimentar e explorar o que de melhor se faz nesta Escola. Durante três dias, alunos de mais de 20 escolas da região, agentes de ação educativa, comunidade empresarial do distrito de Leiria e concelhos limítrofes, bem como a população em geral, tiveram a oportunidade de conhecer de perto a realidade da escola enquanto instituição de ensino superior, a oferta formativa, e os trabalhos e projetos desenvolvidos, através de experiências laboratoriais, jogos e exposições, transformando a escola num infindável campo de descoberta, conhecimento e saber. K

Dia de PRP na ESE de Viseu T Os alunos e docentes do curso de Publicidade e Relações Públicas da Escola Superior de Educação de Viseu organizaram, a 9 de abril, o Dia de PRP, com um congresso de alunos, durante o qual foram apresentados alguns dos trabalhos elaborados pelos estudantes da licenciatura no âmbito das várias unidades curriculares. O dia ficou marcado pelo intercâmbio de experiências e conhecimentos, contribuindo para o enriquecimento dos saberes no vasto campo de ação destas áreas da comunicação, da Publicidade e das Relações Públicas. K

Dia dos Cursos na ESECD T A Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto vai promover, a 30 de maio, o Dia dos Cursos. Das atividades previstas fa-

zem parte palestras proferidas por ex-alunos, na parte da manhã.

Para o período da tarde estão programadas palestras, de profissionais ligados às áreas dos cursos da Escola. K

Contabilidade e Auditoria T As VI Jornadas de Contabilidade e Auditoria da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego decorreram, a 8 de abril, no Salão Nobre do Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego. Tiveram como objetivo proporcionar aos alunos e comunidade em geral formação de qualidade sobre temas atuais da área e permitir um contato com o meio empresarial, através do testemunho de especialistas que possuem uma vasta experiência em áreas como a contabilidade, auditoria e fiscalidade. K

14ª Edição “MatViseu” TA 14ª edição do MatViseu vai decorrer a 10 de maio na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, sendo uma organização conjunta da Área Científica de Matemática da escola e da Delegação Regional do Centro da Sociedade Portuguesa de Matemática. Tem como objetivo a divulgação da Matemática e suas aplicações. Tratase de uma ação acreditada, relevante para efeitos de progressão em carreira de professores dos ensinos básico e secundário dos grupos 230 e 500. As inscrições podem ser feitas até 30 de abril. K

Cursos gratuitos TA Escola Superior de Enfermagem de Coimbra inicia, em abril e maio, um conjunto de sete cursos de curta duração de frequência gratuita, dirigidos a enfermeiros e a profissionais de saúde no ativo.

São cursos nas áreas dos cuidados em Humanitude, da prevenção da depressão e suicídios, da reorganização dos cuidados de saúde primários, da violência e maus tratos a crianças e jovens, do alcoolismo, da intervenção em pessoas com demência e do excesso de peso na criança e no adolescente. Os programas de formação destes cursos têm cargas horárias que oscilam entre as 30 e as 60 horas, com o objetivo de atualização e aperfeiçoamento profissional. K

Aluna de Leiria com bolsa 6 Sara Macena é a nova estagiária da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), na Suíça, no maior laboratório de ciência moderna do mundo. A estudante de mestrado em Controlo de Gestão, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, inicia o estágio remunerado de seis meses, em maio, após a sua candidatura a uma bolsa para estudantes na área da administração.

O estágio enquadra-se no programa Administrative Students que se destina a todos os estudantes de áreas ligadas à administração, provenientes de estados-membros do CERN e que procuram usufruir de um período de treino antes de integrarem o mercado de trabalho.

“Tomei conhecimento desta oportunidade através de um amigo que se encontra a estagiar no CERN e através de um site. Pelo contacto que já tive com o meu futuro supervisor, irei trabalhar diretamente com o Departamento de Engenharia de Materiais e o meu papel será manter a rastreabilidade de todo o trabalho efetuado no departamento ao longo do último ano, recorrendo a bases de dados

e a software específico”, explica.

Ao ingressar no mestrado em Controlo de Gestão na ESTG, a estudante quis alargar as opções profissionais. Com uma licenciatura em Ciências da Comunicação, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, e sem conseguir uma oportunidade, Sara escolheu a área de gestão, por interesse pessoal e por acreditar ser uma boa aposta para o futuro.

Sobre o seu novo estágio, Sara

Macena considera que “é uma excelente oportunidade, não só a nível profissional mas também a nível pessoal. Vai ser um desafio, num país novo, com outra língua e novas pessoas, com diferentes culturas e várias áreas de especialização. Estou bastante entusiasmada e cheia de vontade de começar a trabalhar! Sinceramente, espero que este estágio seja só o início e que o mestrado em Controlo de Gestão me continue a abrir muitas mais portas”. K

Andebol universitário

Equipa de Leiria é campeã 6 A equipa de Andebol feminino do IPLeiria alcançou, no dia 10 de abril, na cidade da Maia, o primeiro lugar da Fase Final do Campeonato Nacional Universitário da modalidade, organizado pela Federação Académica do Porto (FAP).

O jogo da final contra a U.Porto foi difícil mas a equipa entrou bem, colocando-se em vantagem desde o primeiro minuto, mantendo a mesma até ao apito final com muita garra e determinação apesar das investidas da outra equipa.

O Instituto Politécnico de Leiria venceu a Universidade do Porto por 20-19.

Nos restantes lugares do pódio ficaram as equipas da U.Porto e do ISMAI, que conquistaram, respetivamente, o segun-

do e terceiro lugares.

Ao sagrar-se Campeã Nacional Universitária, a nossa equipa conquista também o direito desportivo de representar Portugal no 2nd EUROPEAN UNIVERSITIES GAMES – EUSA GAMES, a decorrer de 24 de julho a 08 de agosto de

2014, na cidade de Roterdão, na Holanda.

O Instituto Politécnico de Leiria felicita as suas estudantesatletas e restante equipa técnica pela sua dedicação e desportivismo com que representaram a Instituição nesta competição. K

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Gestão em Setúbal

Dia europeu

Alunos na Finlândia

6 Seis estudantes da Escola Superior de Ciências Empresariais de Setúbal participaram na 17ª edição dos Jogos Internacionais de Gestão, em Nurmes, na Finlândia, de 22 de março a 5 de abril.

A iniciativa compreendeu uma semana de jogos em contexto multicultural, na qual os participantes tomaram decisões de gestão em áreas como marketing e vendas, compras, produção, logística, recursos humanos e finanças. No decorrer da iniciativa tiveram, também, lugar visitas de estudo a empresas da região e atividades que possibilitaram a descoberta de cidades como Helsínquia, Estocolmo e São Petersburgo.

Os estudantes organizaram a noite da cultura portuguesa e trabalharam em grupos internacionais

compostos por participantes de diferentes nacionalidades, metade europeia e metade não-europeia, sendo apoiados por um professor/ consultor de nacionalidade diferente dos elementos da sua equipa.

Sandrina Berthault Moreira, coordenadora da Mobilidade da Escola, considera que a iniciativa

Logística em Setúbal 6 A Escola Superior de Ciências Empresariais de Setúbal assinalou o Primeiro Dia Europeu da Logística a 10 de abril, com a realização do seminário Supply Chain Day 2014, iniciativa integrada num conjunto de eventos que integram as comemorações e ocorrem em diferentes países.

O evento visou que empresas e indústrias do setor e instituições que lecionam na área abram as suas portas, para dar a conhecer como opera uma cadeia de abastecimento e os projetos desenvolvidos e cursos ministrados no ramo da logística, respetivamente. K

proporcionou “duas semanas intensas, durante as quais os nossos estudantes foram expostos a um ambiente social e de trabalho caracterizado por uma diversidade e riqueza culturais ímpares e é com satisfação que registo a presença da Escola nos três primeiros lugares”. K

Com os Bombeiros

Setúbal protocola 6 O Politécnico de Setúbal e os Bombeiros Voluntários de Setúbal acabam de assinar um protocolo que cria o Centro Internacional de Gestão de Emergência, cujo objetivo consiste em dotar profissionais do setor, como bombeiros, mas também empresas, em especial de natureza industrial, instituições públicas ou tripulantes de navios, de competências essenciais ao desempenho das suas atividades laborais.

O protocolo visa o fomento da investigação, a realização de seminários, ações de formação, workshops e consultoria relativa à certificação de equipamento de proteção, ensaios laboratoriais, conceção de testes e exercícios para ações de emergência, o acolhimento de estudantes do IPS para a elaboração de projetos finais de curso e a cooperação téc-

IPS

Depois da Revolução

nica e docente no campo da prevenção e gestão da emergência, entre outras.

O acordo surge na sequência da colaboração entre as instituições, com o qual se pretende “que os nossos laboratórios estejam abertos também à participação em projetos e prestações de serviço para o Centro Internacional de Gestão de Emergência, quer através da validação de certificação de materiais, quer através de ensaios

para equipamentos e componentes de segurança”, explica Filipe Didelet Pereira, um dos diretores do curso de Mestrado em Segurança e Higiene no Trabalho.

A cerimónia de assinatura do protocolo contou com a presença e intervenção de Armando Pires, presidente do IPS, de José Luís Bucho, presidente da direção dos Bombeiros e de Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal. K

Ciências e Artes dos Videojogos

Conferência em Barcelos 6 A Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, em Barcelos, vai organizar a edição de 2014 da Conferência de Ciências e Artes dos Videojogos, a 6 e 7 de novembro, onde pretende juntar investigadores e profissionais da área.

A conferência, que decorrerá no Centro de Investigação de Jogos Digitais do IPCA, recentemente inaugurado, é uma iniciativa

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anual da Sociedade Portuguesa de Ciências dos Videojogos, que visa a promoção do debate e reflexão acerca dos principais componentes dos jogos digitais, assumindo-se também como uma montra daquilo que se faz nesta área em Portugal.

Sob o tema “A Tecnologia e a Arte nos Videojogos”, promove o debate sobre o impacto que estas duas dimensões têm nos jogadores. Para tal, a Videojogos

2014 propõe-se explorar quatro tópicos fundamentais: o desenvolvimento e design de videojogos, a economia e indústria digital, os estudos sobre jogos e a relação entre jogador e cultura.

Na vertente económica, a conferência pretende debater a relação entre a indústria dos videojogos e a academia, o estado atual e as perspetivas futuras da indústria de jogos portuguesa. K

6 A Escola Superior de Educação de Setúbal tem patente ao público, até 2 de maio, a exposição fotojornalística “Os dias depois da Revolução”, organizada por Hugo Anacleto, estudante do curso de Promoção Artística e Património.

A exposição apresenta registos e capas de jornais e periódicos, pu-

blicados nos dias imediatamente após o 25 de abril de 1974. Pretende mostrar, através de um olhar retrospetivo centrado nas imagens divulgadas nos jornais, os acontecimentos mais relevantes assinalados pela imprensa escrita com todos os principais factos e intervenientes. K

Portal

Rede de emprego 6 O Politécnico de Setúbal acaba de lançar um novo Portal de Emprego em parceria com a rede internacional Trabalhando, que disponibiliza cerca de 200 mil oportunidades de emprego e se encontra presente em 11 países ibero-americanos. O Portal de Emprego consiste numa

plataforma destinada a todos os estudantes e diplomados da instituição, que abrange as diferentes áreas ministradas e faculta informação sobre as vagas de emprego dirigidas exclusivamente ao Politécnico e acerca das ofertas da rede internacional Trabalhando. K

Porto

IPP com a China 6 O Instituto Politécnico do Porto acaba de estabelecer acordos de colaboração com a Universidade de Zhengzhou, da China, no âmbito da visita de uma delegação portuguesa àquele país, entre 17 e 23 de março, a convite da Liga dos Chineses em Portu-

gal. Ainda no âmbito daquela visita a Zhengzhou, foi inaugurada, a 20 de março, a Casa de Portugal naquela cidade chinesa no centro do país, capital da província de Henan e uma das mais populosas do país, com quase 100 milhões de habitantes. K

IPCB

Esart faz encontro nacional

IPCB

Tuna no Centro 6 O Centro Artístico Albicastrense recebeu o festival de serenatas, integrado no I Trovas d’Amato - Festival de Tunas Mistas da Cidade de Castelo Branco, no passado dia 4.

A organização esteve a cargo da TUSALD - Real Tuna Académica da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, e contou com as pre-

senças das tunas Académica de Enfermagem de Beja, Académica do ISCTE, de Lisboa, de Enfermagem de Lisboa, Mista da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria e além destas tunas, participou em extra-concurso a Estudantina Académica de Castelo Branco. K

Politécnico

Enxertia é em Viana 6 A Escola Superior Agrária de Viana do Castelo está a organizar workshops acerca da enxertia de árvores e plantas, realizando-se o próximo já em julho, em dia a definir, seguido de um outro, a

22 de dezembro, com o docente José Raúl Rodrigues. A iniciativa, lançada no âmbito da Unidade de Extensão, é dirigida a todos os membros IPVC e público em geral. K

Alberto Seixas Santos

6 Depois de Coimbra e Porto foi a vez de Castelo Branco receber, de 4 a 6 de abril, o Encontro Nacional de Estudantes de Design (ENED). Um momento importante que foi destacado pelo presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia. “O design é uma área que tem cada vez mais importância no mundo atual, pelo que desde o primeiro momento que acarinhámos a candidatura à realização deste encontro, o qual traz a Castelo Branco alguns dos mais importantes nomes ligados ao design em termos internacionais”, disse.

O encontro começou a ser preparado em setembro e Castelo Branco disputou a organização com outras cidades. “O design é uma área que está em fase de consolidação e expansão na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (Esart), pelo que a realização deste encontro é bastante importante para a nossa comunidade”, destaca Carlos Maia.

Carla Oliveira e Rubina André, da organização, revelam que ao longo de três dias os participantes estiveram cara a cara com alguns nomes e empresas ligados a esta área.

Entre os nomes presentes estiveram o fotógrafo Mário Príncipe, o coordenador da ModaTex, Luís Parada, ou Susana Bettencourt, a designer de moda portuguesa que já vestiu Lady Gaga. Outra presença

foi a de Miguel Neiva, o inventor do ColourAdd, um sistema que permite aos daltónicos distinguirem as cores e que está a ser aplicado em áreas como os transportes, saúde ou comércio.

A realização do encontro teve o apoio da Câmara de Castelo Branco. Luís Correia, presidente do município sublinha a importância do evento. “Desde a primeira hora considerámos importante o envolvimento da área do design naquilo que é o caminho que queremos percorrer no domínio das indústrias criativas. Nessa perspetiva, e considerando os nomes que o encontro vai reunir, e também o facto de poder ligar a criatividade às empresas, decidimos apoiar o evento, apresentando toda a disponibilida-

de de trabalhar em parceria com a organização do evento”.

Luís Correia considera que este é mais “um passo para o reforço da área da criatividade no concelho”.

O encontro teve como “público-alvo os estudantes de design, recém-licenciados ou pessoas aficionadas ao design”, explica Carla Oliveira, finalista de design de interiores. Da equipa organizadora fizeram parte 13 alunos da Esart, que são finalistas de áreas como o design de interiores e equipamento, comunicação e produção audiovisual ou produção musical.

Aos nomes consagrados a organização juntou os jovens licenciados, dando-lhes a oportunidade para apresentarem os seus projetos. K

Enfermagem de Coimbra

Lisboa distingue

Acordo com o Panamá

6 A Escola Superior de Teatro e Cinema vai homenagear Alberto Seixas Santos, realizador, fundador da Escola de Cinema do Conservatório Nacional e antigo professor da ESTC (sucessora do Conservatório), no dia 10 de maio, pelas 15h30, no Grande Auditório.

O realizador será distinguido com a medalha de Conhecimento e Mérito do Instituto Politécnico de Lisboa, ao qual a ESTC pertence, e serão exibidos excertos do documentário Refúgio e Evasão, de Luís Alves de Matos, que aborda o olhar cinematográfico de Alberto Seixas Santos. A sessão contará ainda com as intervenções do sociólogo francês Jacques Lemière, especialista em cinema português e do diretor

6 A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra está a preparar um convénio geral de cooperação com a Faculdade de Enfermagem da Universidade do Panamá, nas áreas do conhecimento científico e tecnológico.

A cooperação entre as duas instituições poderá assumir as seguintes formas, como a troca de informação sobre trabalhos de investigação, livros, publicações e outro material didático existente nas respetivas bibliotecas, intercâmbio de docentes e de pessoal de investigação e desenvolvimento conjunto de atividades de pesquisa.

A formação recíproca de estudantes inscritos em cursos de graduação e a organização conjunta de conferências, seminários e palestras serão outras hipóteses de colaboração previstas entre as instituições dos continentes europeu e americano.

do Departamento de Cinema da ESTC, José Bogalheiro.

Alberto Seixas Santos foi crítico de cinema entre 1958 e 1970 em diversas revistas e jornais como a Seara Nova e o Diário de Lisboa, entre outros. Os seus primeiros filmes, duas curtas documentais, datam de 1968: A Arte e o Ofício de Ourives e Indústria Cervejeira em Portugal, premiado no 7.º Festival Internacional do Filme Industrial. Em 1975 apresenta em competição no Festival de Berlim a sua primeira longametragem, Brandos Costumes. Foi presidente do Instituto Português de Cinema, consultor e diretor de Programas da RTP. A última longametragem de Alberto Seixas Santos data de 2011. K

O texto do convénio foi entregue pela presidente da Escola, Maria da Conceição Bento, à vice-decana da Faculdade de Enfermagem da Universidade do

Panamá, Carmen Maria Flores Vergara de Bishop, para ser assinado pelo reitor da instituição panamiana, Gustavo García de Paredes. K

ABRIL 2014 /// 013

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Politécnico de Viseu

XI Dias Abertos na calha 6 A décima primeira edição dos Dias Abertos do Instituto Politécnico de Viseu decorre de 23 a 28 de abril, com o objetivo de proporcionar aos visitantes um conhecimento mais aprofundado e abrangente do quotidiano do ensino superior, através de uma visita guiada ao Campus Politécnico e às cinco Escolas Superiores do Instituto: Superior de Educação, Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, Superior Agrária, Superior de Saúde e Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego.

A instituição irá receber alunos, professores e psicólogos de escolas secundárias, profissionais e do ensino básico, guiando-os a laboratórios, salas de aula, pavilhões oficinais, centros de informática, rede de bibliotecas, centro de investigação, centro de artes (Cafac), aula magna, estúdios de televisão, residências de estudantes, espaços de lazer, bem-estar e prática desportiva (campo de futebol relvado, pavilhão desportivo, courts de ténis, campo de mini-golf, polivalentes descobertos, zonas verdes), entre outras valências.

Este ano podem ainda visitar o novo edifício multiusos e o centro de competências internacional em tecnologia Microsoft da Bizdirect, bem como participar nas inúmeras

Concurso de escolas em Viseu

A Matemática rodeia-nos

atividades pedagógicas interativas organizadas para os visitantes.

Nas escolas do IPV, e depois da sessão de boas-vindas e da distribuição de material informativo e divulgativo, professores, alunos e funcionários do Instituto conduzem os participantes na grande aventura do ensino superior através de um programa preenchido e diversificado, no qual assistem e participam em aulas

e palestras sobre os cursos, áreas formativas e saídas profissionais, realizam experiências em laboratórios, pesquisam, desfrutam de diversas atividades pedagógicas e percorrem espaços de interatividade e exposições, entre outras atividades.

Ao longo destas 10 edições já passaram pelo IPV mais de 13.100 visitantes. K Joaquim Amaral _

Ranking Web of Universities

IPV em destaque 6 A mais recente edição do Ranking Web of Universities, liderado pela Universidade de Harvard, coloca o Instituto Politécnico de Viseu em 1º lugar entre os institutos politécnicos nacionais e em 11º lugar geral entre as 109 instituições de ensino superior portuguesas avaliadas.

O IPV ocupa desde há vários anos a liderança dos politécnicos nacionais neste ranking, marcando de igual modo presença sistemática entre as primeiras 10/12 instituições de ensino superior portuguesas. Nota relevante também para a sétima posição nacional ocupada num segmento do estudo sobre o impacto.

O objetivo principal traçado pelo ranking é promover a qualidade geral dos sites de instituições de ensino superior, tendo como indicadores, entre outros, o impacto (aumento da internacionalização), a abertura (apoio aos repositórios institucionais)

014 /// ABRIL 2014

6 A Área Científica de Matemática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu (ESTGV) acaba de desenvolver um conjunto de iniciativas junto das escolas da região, desde seminários ao concurso de posters, passando pela observação solar e que terminou a 19 de março.

O concurso de posters motivou a imaginação, criatividade e a pesquisa de muitos jovens, resultando em trabalhos dignos de serem apresentados e admirados. A organização recebeu 38 trabalhos, maioritariamente oriundos de escolas do distrito de Viseu, mas também de

Torres Novas, Sabugal e Vila Real, os quais foram expostos na Aula Magna do IPV. Os vencedores no 1º ciclo foram: EB1 Santa Maria, Torres Novas (1º lugar), EB1 Repeses (2º lugar) e EB1 Torredeita (3º lugar). No 2º ciclo foram contemplados: Escola Regional Dr. José Dinis Fonseca, Sabugal (1º lugar), e Colégio Via Sacra (2º e 3º lugares). No 3º ciclo foram distinguidos: EB Grão vasco (1º lugar), Escola Secundária Artur Gonçalves, Torres Novas (2º) e Colégio Via Sacra (3º lugar). K Joaquim Amaral _

Coimbra

Pecuária em debate 6 A Escola Superior Agrária de Coimbra e o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra vão organizar um Seminário sobre Eficiência Energética no Setor Agropecuário e Agroindústrias, no próximo dia 30 de abril.

O evento conta ainda com a parceria da Iniciativa Energia para a Sustentabilidade (EfS) da Universidade de Coimbra, da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) e do Projeto InovEnergy - Eficiência Energética no Setor Agroindustrial.

A eficiência energética é um tema de grande atualidade, com impactes relevantes ao nível da competitividade das empresas e da sustentabilidade, pretendendose, através deste seminário, dar a conhecer medidas de promoção da eficiência energética junto dos empresários e associações de produtores, bem como divulgar o Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica (PPEC), com oportunidades concretas de financiamento neste domínio de intervenção. K

Politécnico

Coimbra com Orquestra e a excelência (otimização do impacto da investigação).

O Ranking é um estudo de um grupo de investigação que pertence ao Consejo Superior de Investigaciones Cientificas (CSIC), o maior organismo público de investigação em Espanha, adstrito ao respetivo Mi-

nistério de Ciência e Tecnologia, e que consiste em ordenar em ranking, de acordo com a apresentação da metodologia do estudo, as páginas web de mais de 20.000 instituições de ensino superior de todo o mundo. K Joaquim Amaral _

6 O Politécnico de Coimbra (IPC) e a Orquestra Clássica do Centro (OCC) acabam de assinar um protocolo de colaboração, no âmbito do qual assumem contribuir para a promoção da imagem da instituição parceira, dos seus eventos, projetos e serviços, bem como para a concretização de projetos de interesse e benefício recí-

proco. Através das suas escolas, o Politécnico compromete-se ainda a desenvolver ações de promoção de atividades pedagógicas e culturais. Por seu lado, à OCC compete partilhar com o IPC parcerias, experiências, atividades e resultados decorrentes do seu envolvimento em redes de cooperação nacionais e transnacionais. K

Investigação no IPCB

Exclusão a dobrar 6 As pessoas com mais de 65

Voto de pesar por Covas Lima T A Assembleia da República aprovou por unanimidade um voto de pesar pelo falecimento do professor Covas Lima. Docente universitário a partir de 1987, Covas Lima desempenhou os cargos de presidente da Comissão Instaladora da Escola Superior Agrária e foi presidente do Instituto Politécnico de Beja. Natural de Beja, nasceu a 25 de agosto de 1936 e licenciou-se no Instituto Superior de Agronomia. Segundo a nota de pesar “foi um cidadão exemplar, um cientista, um pedagogo, um homem que amou a sua terra, o seu Alentejo a quem dedicou muito do seu tempo, do seu saber, do entusiasmo que sempre colocou em todos os múltiplos trabalhos científicos, culturais e educacionais a que meteu ombros”. Foi com profunda tristeza que o IPBeja recebeu a notícia do Publicidade

seu falecimento ocorrido no passado dia 1 de fevereiro. K

Exposição em Beja T Estará patente na Galeria AoLado do IPBeja no período entre 15 de abril a 7 de maio, a exposição “40 Anos de Abril”, da responsabilidade das alunas da Universidade Sénior de Beja. K

Ação Twizy T Terá lugar no Campus do IPBeja a 28 de abril, a “Ação Twizy nas Universidades” da Renault.

Esta Ação tem como objetivo dar a conhecer este veículo elétrico aos estudantes e ao mesmo tempo proporcionar a experiência de um test drive. Irão existir em exposição 1 ou 2 twizys, 3 beach flags, e um jogo de roleta que vai permitir ganhar alguns brindes e dar a conhecer as vantagens de ter um Twizy. K

anos que vivem no concelho de Castelo Branco estão a ser alvo de uma dupla exclusão, pois são infoexcluídos e, por essa razão, algo excluídos socialmente. Se cerca de metade desses cidadãos já têm telemóvel (que usam sobretudo para receber chamadas), só menos de 10 por cento acedem à Internet e ao computador, o que os impede de beneficiarem de serviços associados à saúde, a outros serviços públicos e até a benefícios, como por exemplo os decorrentes de campanhas de descontos cuja adesão apenas pode ser feita on-line.

A conclusão é do estudo de pós-doutoramento do investigador Henrique Teixeira Gil, da Escola Superior de Educação de Castelo Branco, um trabalho orientado pelo professor catedrático Fausto Amaro e cujos resultados foram apresentados a 28 de março, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), na Universidade de Lisboa.

Denominado “Os cidadãos

mais idosos (65 + anos) do Concelho de Castelo Branco na utilização das TIC, e-Saúde e eGoverno local”, o estudo implicou a recolha de dados junto de 400 cidadãos das então 25 freguesias do concelho, tendo em conta as quotas de género e de residência. Foram ainda ouvidos os presidentes de Junta e os responsáveis das unidades de saúde da região.

O estudo revela que o acesso às tecnologias de informação e comunicação é limitado, pois mesmo a utilização do telemóv-

el não vai muito além de fazer e receber chamadas, e só uma franja tem acesso e utiliza computador e Internet, designadamente aqueles que já utilizavam essas tecnologias no emprego.

No caso da e-Saúde (serviços de saúde com recurso à Internet), Henrique Gil entrevistou médicos responsáveis pelas unidades de saúde, tendo concluído que “a utilização da e-Saúde é muito baixa ou inexistente, fundamentalmente devido às infraestruturas informáticas, que não permitem fiabilidade e segurança, mas também por não existirem rotinas nesta área”.

Na área do e-Governo local (acesso a serviços públicos via Internet), ficou claro que os idosos só poderão beneficiar mais se tiverem mais apoios por parte dos executivos das freguesias.

“Há uma minoria de presidentes de Junta que consegue ajudar, sobretudo no caso dos censos e na declaração de IRS. Para além disso não há apoios nem acesso a serviços”, refere. K

Politécnico de Santarém

Idosos mais saudáveis 6 O Programa de Desporto Sénior da Câmara Municipal de Torres Vedras - Mexa-se para a Vida!, com 1.700 idosos, foi alvo de estudo científico, pelo segundo ano consecutivo, por parte da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, do Instituto Politécnico de Santarém.

A análise dos dados recol-

hidos permitiu concluir que o programa de exercício aplicado parece ser eficaz na melhoria dos fatores de condição física relacionado com a prevenção de riscos de quedas e que os seniores têm baixo nível de atividade vigorosa diária, permanecendo muito tempo sentados.

Os valores do Índice de Mas-

sa Corporal (IMC) apresentam melhorias quando comparados com os valores do primeiro ano da aplicação do Programa, sendo que, nessa altura, cerca de 75% dos participantes tinha o valor de IMC superior a 25, enquanto atualmente apenas 44% se encontra nas categorias mais elevadas. K

Santarém

Homenagem a Mariana Viegas 6 A Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém (ESES/IPS) promoveu, no início de abril, um Dia Aberto à comunidade, permitindo a assistência a aulas dos cursos de licenciatura e nas atividades de homenagem a

Mariana Viegas. A iniciativa “Vamos à Escola?” teve como objetivo permitir que todos conheçam a sua oferta formativa. A ESES/IPS abriu as portas das aulas de História da Arte Contemporânea, Promoção de Saúde - Oportunidades estratégias e práti-

cas “Envelhecer com saúde”, Ensino e Aprendizagem da Matemática, Laboratório de Matemática, Ensino e Aprendizagem da Língua Portuguesa, Análise do discurso dos media, Ateliê de jornalismo e Workshop sobre televisão. K

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ABRIL 2014 /// 015

Ensino superior

Cabo Verde pisca olho a Leiria 6 O ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação de Cabo Verde afirmou, no passado dia 4 de abril, em Peniche, que está interessado em parcerias com o Instituto Politécnico de Leiria para formação superior de estudantes e investigação ligadas à economia do mar.

António Correia e Silva visitou a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche, do Instituto Politécnico de Leiria, e explicou à agência Lusa

que a sua deslocação a Portugal se deve “ao forte investimento em conheci-

mento avançado” em que o seu governo está a apostar, com vista a criar ativi-

dades económicas ligadas ao mar.

O governante disse que, a concretizar-se a parceria, quer mais vagas na Escola Superior de Turismo de Tecnologia do Mar de Peniche para estudantes cabo-verdianos, sobretudo em cursos nas áreas da biotecnologia e hotelaria.

“O turismo é o setor que mais cresce em Cabo Verde e há necessidade de formação de recursos humanos.

Criámos uma Escola Politéc-

nica de Hotelaria e Turismo, que é recente e que precisa de consolidar o corpo docente. Portanto, é uma oportunidade para formar em Peniche futuros docentes para a Escola de Hotelaria de Cabo Verde”, afirmou.

A aposta para o desenvolvimento económico do país passa também pela criação de indústrias criativas

ligadas ao mar, para a qual são necessárias cooperações entre instituições de investigação dos dois países.

“Os exemplos que vi de empresas que procuram a escola e os seus investigadores e a existência de projetos conjuntos é o modelo de trabalho que queremos adotar em Cabo Verde”, disse António Correia e Silva. K

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Portuguesa

Crato garante escola em Macau 6 O ministro da Educação e Ciência português encerrou, no passado dia 14, o ‘dossiê’ Escola Portuguesa de Macau (EPM), com o anúncio formal de que a instituição manter-se-á nas atuais instalações e agradeceu os “suplementos” do Executivo de Macau.

“A nossa decisão, que

tem a concordância completa do Chefe do Executivo, da Fundação Escola Portuguesa de Macau e da direção da escola, é a de continuarmos neste local. Isso permitirá uma estabilidade muito maior aos professores, às famílias, aos alunos”, afirmou Nuno Crato, satisfeito com o facto do “problema que se

arrasta há anos” estar dado como resolvido.

A questão da mudança de instalações da EPM, para as quais já foram pensadas várias localizações, quer na península de Macau, quer na ilha da Taipa, tem vindo a ser recorrente nos últimos anos.

O último local que havia sido indicado para a construção

da nova escola foi o antigo hotel Estoril, junto à Praça do Tap Seac.

Agora, o ministro português anunciou a manutenção da escola no mesmo local, tendo sobretudo em atenção dois aspetos: o da estabilidade do local e dos alunos e professores e o da duração da localização escolhida. K

Moçambique

Portugal disponibiliza prof’s 6 O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, anunciou no passado dia 16 de abril que Portugal vai “disponibilizar” a Moçambique professores portugueses que estejam interessados em trabalhar no país, numa iniciativa que se insere num programa bilateral

de cooperação em formação educativa.

Ainda em desenvolvimento, o programa deverá ser apresentado publicamente em maio, quando o ministro da Educação de Moçambique, Augusto Jone, visitar Lisboa, na sequência de um convite hoje dirigido

por Nuno Crato ao dirigente moçambicano.

Sem revelar o número de docentes portugueses que serão colocados à disposição do Governo moçambicano, Nuno Crato adiantou que a contratação dos professores será assegurada por Moçambique.

“Não estamos a falar de números concretos. Estamos a falar da disponibilização de professores portugueses que queiram vir para cá trabalhar, que são, certamente, bem-vindos em Moçambique”, disse, em declarações à agência Lusa, o ministro da Educação e Ciência. K

Ensino a distância

Aveiro apoia Moçambique

6 A Universidade de Aveiro (UA) vai apoiar o Ministério da Educação de Moçambique na conceção e implementação naquele país de um sistema de acreditação de instituições do sistema nacional de educação que operem, ou pretendam operar, na modalidade de educação à distância, assim como dos cursos oferecidos neste formato.

016 /// ABRIL 2014

O protocolo assinado entre a UA e o governo moçambicano prevê ainda que ao longo dos próximos dois anos, para além do apoio à definição e validação de critérios de qualidade que suportem os procedimentos de avaliação das instituições e dos cursos, a academia dê formação aos quadros locais do Instituto Nacional de Ensino à Distância (INED) e de instituições que tenham na

sua oferta formativa o ensino não presencial.

“Trata-se um projeto que vai ser realizado em parceria entre a UA e o INED [entidade criada pelo Ministério da Educação de Moçambique para regular o ensino à distância], envolvendo especialistas em educação à distância das duas instituições”, explica Fernando Ramos, docente no Departamento de Comunicação e Arte

(DECA) da UA e responsável pela coordenação do projeto.

“O nosso principal objetivo é a criação, validação e implementação do sistema de acreditação que o INED irá utilizar, com especial ênfase para o quadro de referência de avaliação das instituições e dos cursos”, adianta o diretor do Programa Doutoral em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais do DECA. K

Rita Ruivo

Psicóloga Clínica (Novas Terapias) Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

EspaçoPsi - Psicologia Clínica Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 E-Mail: psicologia@rvj.pt “Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira. Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular (…). Outras vezes uma palavra é quanto basta.”

José Saramago, “Jangada de Pedra”

Editorial

Revolução digital: já chegou a terceira vaga 7 Iniciada a segunda década do século XXI, temos a bater-nos à porta a terceira vaga da revolução digital. Ela aí está, mais enérgica que qualquer das outras, a deixar-nos cada vez mais interdependentes, a mudar tudo à nossa volta, a mergulhar-nos num mundo de ficção, de perplexidade e de imaginário.

A primeira vaga foi sustentada pela popularização e democratização dos computadores pessoais e dos telemóveis; a segunda, pela massificação do acesso à Internet e da oferta low cost da banda larga; a terceira está a ser protagonizada pela redução de todas as fontes da cultura, do saber e do lazer ao formato digital, acompanhada pela vulgarização do comércio electrónico de bens e serviços, também eles em formato digital. A tendência é apetecível, as novas gerações de consumidores já lhe deram o seu consentimento, logo, o caminho anuncia-se irreversível. Sem ilusões: nada mais vai ser como dantes…

Mais depressa, e de forma mais eficaz e definitiva, do que os CDs substituíram os discos de vinil, a música em formato digital fará desaparecer, num curtíssimo espaço de tempo, o suporte musical em formato de CD. Hoje, quem entrar num quarto de um adolescente já não vê caixas de CDs, nem livros espalhados por todo o lado. A música e os textos circulam em suportes

digitais, configurados em leitores Mp3, em Pen Flash Drives, SDcards, discos rígidos externos, em leitores tipo Kindle, ou mesmo nas “nuvens”, com os novos servidores tipo cloud. de armazenamento quase ilimitado e disponíveis em qualquer parte do mundo…

E os filmes também. Não se vai à loja, à discoteca ou à livraria formais. Vai-se à Net e faz-se um download, legal ou ilegal, tanto faz, desde que cumprido o objectivo. Permutam-se discos, filmes e textos à velocidade de um clic, toma lá, dá cá. Uma parte das revistas e livros em suporte de papel têm os dias contados. As bases de dados digitais constituirão uma fonte inesgotável de conhecimento ao alcance dos dedos de uma das mãos. Devido a isso, o crescimento do conhecimento vai evoluir de uma forma exponencial. A humanidade poderá combater melhor as desigualdades, as doenças, a fome, a miséria, o nepotismo e todas as formas de degradação do Homem. A humanidade poderá, ainda, ser una e mais solidária, face ao desenvolvimento social e ao progresso científico proporcionado por esta revolução digital.

A Amazon divulgou que mais de 50 por cento dos livros vendidos o foram já em formato digital (ebooks). Ao preço de um telemóvel pode-se comprar um gadget (O Kin-

dle, da Amazon, por exemplo) armazenador e leitor de revistas e livros com capacidade para guardar uma biblioteca de cerca de mais quatro mil volumes. Estes livros e revistas podem ser adquiridos on-line, por wireless, ou 3/4G a preços populares, devido à óbvia diminuição de custos, em livrarias virtuais. Pouco faltará para que se possa trazer no bolso a biblioteca de Oxford, com possibilidade de aceder aos textos através de um motor de busca à base de palavras-chave. Mais de 60 mil filmes são alugados ou comprados no iTunes todos os dias. A publicidade na Net já alcançou mais de metade do valor investido nos meios tradicionais de comunicação social…

Aviso: não se trata do fim dos livros, jornais e revistas em suporte de papel. Como não o foi o anunciado fim dos discos de vinil. Mas é um novo renascer dos modelos de divulgação da cultura, da informação e da ciência, só comparável ao renascimento proporcionado, nos finais da época de quatrocentos, pela prensa de Gutenberg.

Um novo renascimento que possibilitará crescimentos culturais e científicos em ordem geométrica, dada a possibilidade de divulgação da informação de forma generalizada e em poucos segundos.

E a escola? E os professores e educadores? Já o afirmámos vari-

adíssimas vezes: vivemos um tempo que pretende reconfigurar a sociedade e a escola, atribuindolhe um novo formato, centrado em renovadas formas de receber e transmitir a informação. Isto implica uma busca permanente do conhecimento disponível e das suas fontes de informação. Para alcançar tal objectivo, imputa-se à escola mais uma responsabilidade: a de contribuir significativamente para que se atinja o que se convencionou designar por analfabetismo digital zero.

Para tal, a educação para a utilização das novas tecnologias digitais precisa ser planeada, com base no conhecimento pedagógico, desde o jardim-de-infância. Sem preconceitos ou desnecessárias coacções, sem substituir atabalhoadamente o analógico pelo digital, mas sim reforçando a capacidade cognitiva dos alunos e guiando a descoberta de novos horizontes. Formando os professores e equipando as escolas. Este movimento deve ser capaz de preparar os jovens para serem leitores críticos e escritores aptos a desenvolver essas competências em qualquer dos meios suportados pelas diferentes tecnologias.

Os professores da designada geração digital também já estão a chegar às escolas. E, com eles, as mudanças pedagógicas vão ser mais rápidas, porque baseadas no domínio de novas competências,

na experiência e na forte motivação para o uso das novas tecnologias. A escola tradicional vai mudar. Desde logo necessitará de menos espaços físicos. Através da comunicação on-line, o contacto com o mundo exterior e com as outras escolas da aldeia global será permanente.

Desta “conexão” de escolas globais – as connecting classrooms - resultarão aprendizagens, também elas globais, e em simultâneo, proporcionadas pelos vários docentes globalizantes, porque globalizadores do conhecimento e da tutoria dos aprendentes.

O que vamos fazer do “pátio dos recreios” quando, nos intervalos, os jovens já só se confinarem à manipulação dos smartphones ou das tablets? A resposta depende de acreditarmos, ou não, de que a escola nunca deixará de ser a Escola e de que nós nunca deixaremos de ser Professores. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue a nova ortografia _

primeira coluna

Há menos jovens a querer o superior 7 Desde 2008 que o número de alunos que termina o ensino secundário e que quer prosseguir estudos no ensino superior tem vindo a diminuir. A quebra, segundo a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, é de cerca de 7,7 pontos percentuais.

No inquérito realizado a 41.714 estudantes que frequentavam escolas públicas e privadas de Portugal à saída do ensino secundário, no ano letivo 2012/13 ficou a saber-se que apenas 67,9% dos estudantes inquiridos pretendiam seguir estudos no ensino superior. E quando se questionam os motivos que levam os estudantes a não prosseguirem estudos após a conclusão do secundário, estes são o desejo de arranjar um trabalho para poder ter o seu próprio dinheiro (51,9%), o

facto de não gostarem de estudar (31,9%) e de terem dificuldades económicas (29,7%). Àquelas razões pode estar associada uma outra, a falta de perspetivas futuras no nosso país, no que respeita à empregabilidade de jovens licenciados.

Os números não deixam de ser preocupantes, tanto mais que a qualificação dos jovens portugueses é um dos principais instrumentos que o país terá para enfrentar os desafios do futuro e para ser competitivo. Por outro lado, os jovens com mais qualificações terão sempre mais oportunidades no mundo do trabalho, do que aqueles que não as possuem.

Importa por isso, e com base neste e noutros estudos, atacar o problema. É preciso dizer aos jovens que o ensino o superior é mais

um meio para que possam enfrentar o seu futuro de uma forma mais segura em Portugal, ou noutro país. É preciso dizer-lhes (aos jovens e às suas famílias) que o país precisa deles com formação. Mas também é necessário que o Estado assuma essa qualificação superior como um dos seus desígnios, criando os apoios necessários a quem quer estudar e não pode (cerca de 30% diz não prosseguir estudos por dificuldades económicas); incutindo nos jovens (logo a partir do ensino básico) a importância de uma qualificação superior para o seu futuro; mas também potenciando a excelente rede de ensino superior que existe no nosso país, que abrange todo o território e que está perto de todos os alunos. Uma rede de excelência que deve ser reforçada entre pares,

que em circunstância alguma deve ser posta em causa, e que se assume como o principal instrumento de qualificação e de acesso a essa qualificação, de todos os portugueses.

Nenhum país se pode dar ao luxo de ter uma percentagem tão elevada de jovens que termina o ensino secundário a dizer que não quer prosseguir os estudos no ensino superior. Os melhores ativos de Portugal são os portugueses e aqueles que residem no nosso país.

São as pessoas. E seguramente que quanto mais formos capacitados, informados e formados, melhores serão as nossas perspetivas. É verdade que a taxa de desemprego em Portugal entre licenciados é elevada, mas junto daqueles que não têm formação superior é maior. Ter

um curso superior não é garantia, como no passado, de se ter um emprego bom para a vida. Mas é uma vantagem e um trunfo importante num mundo competitivo e cada vez mais global.

Saibamos nós, enquanto país, contrariar esta tendência, e certamente que os jovens portugueses darão a resposta adequada. K João Carrega _ carrega@rvj.pt

ABRIL 2014 /// 017

crónica salamanca

La Universidad Pública no es un lujo 6 Hace pocas semanas se publicaba en la prensa nacional, en papel y en digital, un preocupante informe relativo a la financiación de las universidades públicas de España. Según este documentado estudio, desde 2010 a 2013 las universidades públicas españolas han visto disminuir sus presupuestos en un 13.7% . Los ámbitos y partidas más afectados han sido las inversiones (nuevas construcciones, dotación y arreglos de edificios para docencia e investigación) y el capítulo de personal, las plantillas, tanto de profesores y personal investigador de todas clases como de personal auxiliar y de servicios.

Como ya hemos advertido en otras ocasiones en esta columna, venimos asistiendo en estos últimos cinco años a un desmantelamiento progresivo, contumaz y perverso de la universidad pública, aduciendo unas veces que es el resultado a secas de los efectos de la crisis, y manifestando demagógicamente en otras ocasiones que lo que se hace desde el gobierno central y las administraciones autonómicas es para poner orden en plantillas de profesores infladas y en mala gestión del dinero en la vida cotidiana de las universidades.

No sirve de consuelo para nadie conocer que prácticas corrosivas de lo público equivalentes se están llevando a cabo en las polñiticas educativas de otros paises del entorno, en especial en la Europa del Sur. Pero esto nos reafirma en la idea compartida por otros muchos ensayistas y analistas del tema universitario, que asistimos a un ataque total y progresivo hacia las universidades públicas, hacia el modelo de universidad dominante en Europa hasta hace muy pocos años, y en la mayoría de los paises.

El falaz argumento neoconservador y ultraliberal (estilo american way) incide en aplicar modelos empresariales de rentabilidad y gestión a las universidades, como si fueran empresas, cuando ni lo son, ni lo han sido, ni lo deben y Publicidade

pueden ser desde una lectura de intereses colectivos. Porque, ante todo, la educación, y la universidad pública en sus diferentes variantes deben ser entendidas como servicio público, lo que no exime de llevar adelante una correcta y transparente gestión de los recursos económicos que le han sido atribuidos, delegados, asignados o conseguidos desde su propia capacidad.

Lo decimos así, con convicción y rotundidad, porque la universidad pública nace y se mantiene desde hace siglos como la principal institución formadora de los profesionales de alto rango que precisa la administración del Estado y la vida económica y social de los ciudadanos, y por esa vía puede también erigirse en un instrumento privilegiado para mejorar los desfases de desigualdad que puedan existir en la sociedad. Así ocurre desde el siglo XIII en la mayoría de las universidades europeas (por ejemplo en Salamanca o Coimbra), o desde lo que promueve el modelo francés de universidad en los inicios del XIX, o del tipo de oferta formativa que ofrece el modelo anglosajón de educación superior para impulsar la actividad económica y la vida social.

Afirmamos con contundencia que la misión que tiene la universidad de generar conocimiento, de ahondar y mejorar el avance científico, asunto reconocido en el modelo de universidad de Humboldt en Alemania, ya desde los inicios del siglo XIX, y progresivamente presente en muchas de las mejores universidades de todo el mundo, debe continuar estando al servicio de los intereses colectivos, no el de unos pocos. ¡Pobre de aquel pais que no sea capaz de ofrecer investigación solvente en diferentes ámbitos de la ciencia! Si se mantiene siempre sumiso y dependiente en el avance cientifico va ver hipotecada su autonomía de pensamiento y de desarrollo económico y social. El premio Nobel de Medicina, el español Santiago Ramón y Cajal, no dudó nunca de la importancia

estratégica que siempre iba a desempeñar la ciencia en el avance y en el imaginario de un pais.

Decimos , además, con énfasis, como lo proclamaban entre nosotros Francisco Giner de los Rios, José Ortega y Gasset, Unamuno, y otros intelectuales mas, que la universidad de todos, la pública, debe ejercer una proyección difusora de cultura en el entorno próximo, y que sus miembros debían procurar la mayor proyección posible en un mundo sin fronteras, porque la ciencia debe ser universal, y la cultura del máximo nivel debe irradiar a todos los rincones de un pais, o del mundo, más aun pensando en dimensiones globalizadoras, como las que aparecen hoy más evidentes aun . Existe un deber explicito o también oculto, pero real y moralmente necesario, de difundir la cultura y la ciencia, en todas sus expresiones, entre todos los niveles sociales más próximos, pero también en todos los sectores de un mundo que al fin es más pequeño de lo que pensamos en términos culturales. Existe, pues, una responsabilidad moral y cultural que va mucho mas allá de los limites que establecen las aulas y los institutos de investigación de un organismo universitario vivo.

Las universidades públicas tienen entre nosotros otra responsabilidad, que se reconoce día a día, como es la de crear y fomentar la innovación tecnológica y económica, porque poseen la principal masa crítica capaz de hacerlo. Y ya sabemos que la tecnología es hoy una de las claves de la posición que ha de ocupar un pais en el concierto internacional. Nuestras universidades públicas han de ser capaces de promover políticas de impulso tecnológico y de desarrollo científico y económico como los parques cientificos y tecnológicos, los viveros de empresas, las incubadoras de investigadores, el fomento de empresas spin-off derivadas de los grupos de investigación más potentes, y de promover relaciones más intensas con todo tipo de empresas del tejido social.

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt

Finalmente, una universidad pública debe ser capaz de generar empleo de muy diferente signo dentro y fuera del ámbito universitario, mayor bienestar económico y social en su proximidad, fomento del consumo en diferentes sectores, fijación de población en su territorio de influencia.

Por todas estas razones, que emanan de las funciones y misiones de una universidad pública, consideramos que la universidad pública, la de todos , no es un lujo, no es algo superfluo de lo que se pueda prescindir sin problema, que pueda desactivarse como una máquina inservible, sino que es una necesidad social y científica reconocida.

Por ello nos resulta tan preocupante este afán neoliberal de nuestros gobernantes de querer destruir y desmantelar poco a poco la universidad publica, la de todos.

Atacar la universidad pública es pretender corroer la capacidad de bombeo de sangre que precisa el corazón de nuestra sociedad, es buscar achicar y convertir en enfermizo y dependiente el organismo social, es buscar debilitar su salud, es procurar sociedades enfermizas y dependientes al fin.

Y nosotros apostamos por el bienestar y la salud social pública defendiendo nuestra universidad, la de todos, la pública, porque es una necesidad social. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael.

Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Eugénia Sousa Francisco Carrega Rogério Ribeiro Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco

018 /// ABRIL 2014

Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal

Projeto “Dever de memória - jovens pelos direitos humanos” 6 As escolas nos dias de hoje necessitam cada vez mais de se concentrar num pilar fundamental da educação: aprender a viver juntos. Devem, por isso, assentar o seu trabalho no pressuposto de que o conhecimento, a aproximação e a colaboração com outros povos e culturas são enriquecedores e essenciais numa vida com significado, num mundo pacífico e sustentável.

Neste contexto, devem esforçar-se por ultrapassar todos os tipos de barreiras: étnicas, culturais, sexuais, linguísticas, políticas, económicas ou sociais, religião e modos de viver e pensar incluídos.

A educação na escola deve, pois, balancear-se entre os polos dos conteúdos disciplinares, num âmbito mais vasto de aprendizagem intercultural e o desenvolvimento da consciência da necessidade de coabitação dos povos, onde impere o respeito pelos direitos humanos, paz e justiça. Na realidade, cabe cada vez mais à educação um papel crucial no sentido de desenvolver um trabalho em prol da solidarie-

dade e do respeito pelos direitos humanos. Porque Carregal do Sal é o concelho do humanista Aristides de Sousa Mendes que, por imperativo de consciência, desobedeceu a ordens superiores, ao salvar da morte milhares de pessoas que fugiam da fúria totalitária do nazismo, avançámos com um projeto cuja temática se enquadra em torno da ação deste notável conterrâneo, no contexto do holocausto da segunda guerra mundial e dos direitos humanos.

Os principais objetivos deste projeto têm sido desenvolver nos jovens a consciência de uma cidadania responsável, crítica e participativa, através da integração harmoniosa dos quatro pilares da aprendizagem de Jacques Delors: “o aprender a ser”, “o aprender conhecer”, “o aprender a fazer” e “o aprender a viver juntos” enquanto perspetivas que se complementam e contribuir para o objetivo mais vasto e ambicioso de - com a colaboração de toda a comunidade edu-

cativa – preparar o seu futuro para ser vivido num mundo cada vez mais globalizado mas que se pretende mais humanizado. Digamos que é nossa pretensão contribuir para o desenvolvimento integral dos nossos alunos, como cidadãos participativos e responsáveis numa sociedade democrática, conscientes da necessidade de resolução dos conflitos pela via do diálogo/negociação, no respeito pelas diferenças, num mundo que se pretende mais solidário e humanista, numa perspetiva de educação para a paz.

Desde o seu início, o projeto veio desenvolvendo um trabalho interdisciplinar, principalmente entre as áreas das ciências sociais e humanas, mas também desencadeámos a cooperação de outros departamentos e grupos disciplinares, principalmente de Educação Visual e Línguas. Temos procurado promover a escola como pólo dinamizador da comunidade, aproximando-a do seu meio envolvente, enaltecendo o seu património, muitas vezes subestimado, valorizando a figura de

Aristides de Sousa Mendes e sensibilizando as entidades competentes para a necessidade de perpetuar a sua memória, através da criação de um espaço museológico na Casa do Passal, em situação de elevada degradação e que urge recuperar.

Foi com esta fundamentação que candidatámos o Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal à Rede de Escolas Associadas da UNESCO, na firme convicção de estarmos a trabalhar em prol de uma melhor educação dos nossos alunos. A partir do dia 20 de fevereiro a escola integrou esta rede, o que constituiu uma grande honra, embora tenhamos a noção de que é também uma responsabilidade acrescida, de trabalho, pelos nobres objetivos desta organização.

O desenvolvimento das atividades poderá ser seguido no blogue: http://deverdememoria. blogspot.pt/. K Dores do Carmo Fernandes _ Helena Romão _ (Coordenadoras SEA UNESCO)

CRÓNICA

Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: En mi carta anterior yo comenzaba pensando que lo estamos haciendo mal… Hoy quiero darle la vuelta a la moneda y pensar que podemos volver a hacerlo bien… ¿Cómo?

Creo que la solución es sencilla, y únicamente requiere tomar conciencia de la situación. Me refiero a volver a orientar la acción educativa desde la perspectiva del profesor/alumno. Esto lo sabe hoy todo el mundo, desde el máximo responsable del proyecto PISA hasta el educador más novel que se haya integrado en los últimos tiempos.

Creo que llevamos varios (demasiados) años dando “tumbos” buscando soluciones fuera de lo que realmente interesa. Hemos puesto énfasis en la concentración de contenidos, en la mayor importancia de los contenidos científicos, en la mayor racionalización del esfuerzo a la hora

de configurar el calendario anual de intervención y de evaluación, en la mejora/modificación de los horarios… Pero los resultados han sido más bien escasos. Por eso se trata ahora de focalizar, de una vez por todas, la acción educativa en el eje profesor/alumno.

Esto quiere decir, en primer lugar, que tenemos que conseguir la verdadera y auténtica autonomía del profesorado. Recuerdo mis clases del Curso de Adaptación Pedagógica (CAP) para futuros profesores de Enseñanza Secundaria, en las que transmitía precisamente esta idea: es la/el profesora/or quien tiene que decidir qué enseñar, cómo enseñar y cuándo enseñar en función de la realidad del grupo de alumnos que tiene a su cargo.

Pero esto tiene que ser una práctica que se implante desde los primeros años de la Educación Primaria y en perspectiva de futuro, es decir, teniendo en

cuenta lo que los profesores del centro consensuan como eje de actuación y desarrollo de los alumnos a lo largo de sus años en el centro. Eso implica una programación vertical auténtica y eficaz que deje de quedar plasmada en unos documentos que se elaboran al comienzo de curso y, poco a poco (o incluso, de repente) se olvidan dando pie a la subsiguiente actuación rutinaria de siempre.

Esa autonomía del profesorado se nutre (o tiene que nutrirse) de la creatividad de cada uno. No en vano cada profesora/or se ha formado teóricamente y técnicamente, pero también ha desarrollado su sentido de la creatividad con la posible aportación de nuevas posturas o enfoques que puedan llevar a mejorar la actuación de los profesores y los resultados obtenidos por los alumnos.

Siempre he sostenido que todos somos creativos, por más que

algunas personas renieguen de esa cualidad que, posiblemente, no les hayan permitido desarrollar. Pero, más aún, la creatividad individual se potencia cuando se comparten las ideas y las propuestas, se realizan pruebas comunes y actividades conjuntas analizando su impacto sobre los grupos de alumnos en los que se aplican. No me cabe la menor duda de la rentabilidad y eficacia de la creatividad individual, pero siempre creí, y creo, en la sinergia que se establece entre las mentes creativas a la hora de hacer propuestas realmente significativas en función de las necesidades del desarrollo de los alumnos.

Esta actuación autónoma, a la vez que participada con los colegas, y creativa va a ser la “piedra angular” sobre la que se asiente el futuro éxito de la actuación educativa más allá de las normas y directrices establecidas por los poderes

públicos. Pero, para que esto sea así, se necesita libertad de ejercicio, sin la cual no se puede prever ningún éxito a largo plazo.

Esperemos que esto sea una realidad cada vez más afianzada y extendida y que los frutos académicos, personales y sociales no se hagan esperar.

Hasta la próxima, como siempre, salud y felicidad. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

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Festas académicas de lés a lés

As mais loucas semanas do país Um pouco por todo o país, vão sendo conhecidos os programas das semanas académicas. O Ensino Magazine apresenta-te aqui algumas propostas. Toma nota!

6 Algarve A Semana Académica do Algarve 2014 decorre de 1 a 11 de maio na cidade de Faro. A festa começará com a Serenata Monumental. No dia 2, sexta-feira, sobem ao palco os primeiros artistas: Expensive Soul, Pete tha Zouk, Dj e produtor da zona de Olhão, duo dancehall de Cabo-Verde, Supa Squad. Na noite de sábado irão estar presentes: Deolinda, Rui Veloso e Vasco Dantas 80′s. Domingo conta com a presença do som africano com Afroclass, com Dj Danni Gato Deejay Ecs. Para dia 5, está confirmada a banda animada do “pimba chic”, Ivete Mangalho e as Rolinhas, o divertido Fábio Lagarto da zona de Olhão e o Dj Reveolutions/RUA FM. A festa prossegue na noite de terçafeira, dia 6, com vencedor do Concurso de Bandas, The Wax Flamingos, duo de rock bluesy, inspirado por bandas como The Black Keys, Jack White, Lou Reed, Ben Harper e Stone Temple Pilots. Presente estará também Diogo Piçarra.

Quim Barreiros marcará presença dia 7 junto com Rúben Filipe. A já tradicional noite de tunas terá lugar, na quinta-feira, dia 8, com a presença de Tualle, Tuna Bebes, Enfartuna, Real Tuna Infantina, Feminis Ferventis, Versus Tuna e o Vencedor do Concurso de Dj’s. Na sexta-feira atuam os Escape Records, Tributo, Dealema e Valete. Para encerrar as noites de recinto atuarão o artista D.A.M.A, que cantará a “Balada do desajeitado” e Tiago Bettencourt com o sua “Canção de Engate”. Também confirmados estão Martin Solveig e Dj Deelight. A festa termina domingo com a peça teatro “Ciclo de Música Americana”, e ainda, um Concerto de Encerramento com a Orquestra de Jazz do Algarve em parceria com a Orquestra Clássica do Sul. Aveiro A Semana do Enterro em Aveiro decorre de 24 de abril a 1 de maio. Esta é também uma das festas académicas emblemáticas. Se gostas de boa música e de abanar o capacete toma nota do programa: 24 de abril – atuações de Patrice, The Lemom Lovers, Carolina Torres, Ivo Oliveira e Xicote & Kabedal; 25 de abril –Martin Solveig, DJ Del Cruz, Deepblue, Ruy Vercetti, Nuno Prilho; 26 de abril – Xutos & Pontapés, 100 Sentidos, Álvaro Costa e Nuno Piolho; 27 de abril –Moonspell, Bone Drill, Motim, Ninja Kore, X-Element; 28 de abril – Blasted Mechanism, Club Banditz, Andrew Silva DJ e Edward C; 29 de abril – Quim Barreiros, TFAAUAV, TUA, Redin2you, DJ Arrojado, Cartola’s Band & Funkyou, e Queen Captain among the

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sailors; 30 de abril – UB40, Dó na Pureza, Gamelas e outro, Remikç Brothers; 1 de maio –Rosinha, Checkpoint, Bala na boquinha, DJ Pekks e Diego Slash.

Braga Em Braga o Enterro da Gata promete um programa animado para este ano. A festa decorre entre 9 e 17 de maio. Para já estão confirmados alguns grupos e atividades. A 9 de maio decorre o Velório da Gata e realizam-se as Serenatas no Largo do Paço. No dia 15 atuam os Dealema e Dengaz. Um dos nomes grandes já confirmados são os Xutos & Pontapés, para o dia 17.

Castelo Branco A Semana Académica de Castelo Branco promete muita animação, entre 30 de abril e 5 de maio. Uma das bandas confirmadas para o início da festa é Quem é o Bob?, que surgiu como um Tributo a Bob Marley e à sua banda ‘The Wailers’, alargando a ideia original ao reggae e ska de todo o mundo.

KURA é um DJ electro house music e produtor Português confirmado para proporcionar uma grande noite no segundo dia. Para o terceiro dia confirma-se a presença de Valete. Para sábado está prevista as atuações de Linda Martini e de Blasted Mechanism.

Outro dos nomes grandes da semana albicastrense são os Azeitonas, a 5 de maio, os quais partilham o palco com GOMAD! & MONSTER, uma banda espanhola com misturas do estilo através de um dubstep e electro.

Coimbra Os Buraka Som Sistema estão confirmados para aquela que é considerada uma das maiores Queima das Fitas do País. Em Coimbra o grupo português sobe ao palco dia 15. A festa que decorre entre 9 e 16 de maio na cidade dos estudantes, tem também confirmadas as atuações de Quim Barreiros, no dia 6, Nelson Freitas (13) e Mykkiu Blanco (12). Até ao fecho da nossa edição ainda não estavam confirmados mais grupos.

Covilhã A Semana Académica da Covilhã já decorreu, mas vem aí a XIII edição do Festival de Tunas da Universidade da Beira Interior (Festubi) nos dias 25 e 26 de abril. O festival está integrado no Programa Comemorativo da Câmara da Covi-

lhã para o Quadragésimo Aniversário do 25 de Abril de 1974. A Desertuna - Tuna Académica da Universidade da Beira Interior, promete voltar a trazer à cidade da Covilhã o melhor do mundo tunante nacional.

géneros, Cri$e e Dupla Mete Cá Sets que se responsabilizam por fazer desta noite inesquecível.

UTAD A Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD) realiza de 24 a 30 de abril, a Semana Académica de Vila Real 2014. A Semana Académica irá arrancar com um dos momentos mais belos e emocionantes para todos os estudantes da UTAD, a Serenata Monumental que decorrerá na Praça do Município.

O cartaz está fechado e já foi divulgado, e podes contar com nomes como: Buraka Som Sistema (dia 24). Os estudantes podem também contar com a presença de Nelson Freitas (26) e os Quinta do Bill (25).

Santamaria (30) é outro nome português confirmado para proporcionar uma grande noite com o seu estilo eurodance.

Por fim, como DJ conta com Kura, Rui Vargas e a grande surpresa DJ Carolina Torre (dias 26 e 29).

Guarda Na Guarda a Associação Académica da Guarda promove a sua Semana Académica entre os dias 5 e 12 de maio. para o dia 5 está previsto um baile de gala e a presença do factor Music Dj’s. No dia 6 decorre o enterro e haverá um arraial de cerveja, enquanto que a quarta-feira é dedicada às tunas, a uma serenata e às atuações do grupo de fados Magina Pedro, dos Black cat’s e Dj Left. Na quinta-feira atuam os Osíris, Kura e Hoffman’s. Quim Barreiros sobe ao palco no dia 9 de maio, numa noite que inclui também as presenças da Banda Red e do Dj @Nika. Para sábado, Alberto Índio e Fernando Alvim são os cabeças de cartaz, estando também presente Sam the Kid & Mundo Segundo. Domingo será um dia mais calmo com a Missa de Finalistas e o Bar Bacalhau Graduation. Finalmente a 12 de maio decorre o desfile académico, Sunset – Lago dos Patos, Colour Party e Pregus a Fundo.

Setúbal A Semana Académica de Setúbal 2014 decorre de 22 de maio a 1 de junho, e terá lugar no Edifício Sede – Campus do IPS. A festa começa dia 22 (quinta-feira), com a tão tradicional e emocionante Serenata.

Do dia 23 ao dia 26 de maio ocorrerá o Espectáculo Cultural no Recinto do Campus do IPS, ou seja, haverá a presença de grandes bandas e DJ’s para animar os estudantes.

Dia 28, quarta-feira, ocorrerá o Arraial Académico na cidade de Setúbal e no dia 30, sexta-feira, o Arraial Académico ESTBarreiro/IPS. A festa terminará com a Bênção dos Finalistas e Queima das Fitas no domingo, dia 1 de junho.

Leiria Em Leiria a Semana Académica decorre de 27 de abril a 3 de maio. No primeiro dia está prevista a atuação de Jim Dungo. Na segunda-feira atuam várias tunas, DJ Eurico Lisboa, MC Fubu e DJ Psychokiller. Para terça-feira estão garantidas as presenças de David Antunes & The Midnight Band ft.

Vanessa Silva, Nintendo Nada e DJ Diogo Menasso. A Semana continua no dia 30 com os Stone Dead, Moonspell e Unknown Pleasure c/ DJ Carlos Matos. A 1 de maio atuam Scorp & TMK, DJ Ride e Regula, a 2 de maio Elsa Gomes & Banda, Ana Moura e DJ Christian F, e finalmente no sábado sobem ao palco Nice Weather For Ducks, Expensive Soul e DJ Nuno Fernandez.

Lisboa A Semana Académica de Lisboa tem já confirmados os nomes de Rudimental DJ e Bob Sinclar. Uma das principais festas académicas do país decorre nos dias 15, 16 e 17 de maio, o Pólo Universitário do Alto da Ajuda (Salódromo). Até ao fecho da nossa edição ainda não era conhecido o programa oficial.

Portalegre A Semana Académica de Portalegre 2014 vai decorrer entre 26 de abril e 2 de maio, no Pavilhão da Nerpor, depois de dois anos de interregno. A comissão organizadora noticiou na sua página do Facebook que ia facultar transportes até ao pavilhão da Nerpor. No dia 29 atuam os Ena Pá 2000, no dia 26 atuam os Blind Zero e no dia 30 José Cid. No último dia, para acabar em grande, o palco vai ser de dois dos melhores e mais estimulantes rappers nacionais: Mundo Segundo & Sam the Kid. Porto A Queima das Fitas do Porto é também uma boa opção. Decorre de 4 a 11 de maio e terá lugar no Queimódromo, no Parque da Cidade, com a presença das típicas barraquinhas das várias faculdades, escolas e institutos.

De entre os grupos já confirmados destaque para a Serenata e as atuações de Miguel Araújo, Pedro Abrunhosa & Comité Caviar (dia 4) Confirmadas estão também as presenças de Souls of Fire e Alborosie (5 de maio), Hi-Fi e Quim Barreiros (dia 6) e Mind da Gap e Marcelo D2 (9 de maio).

Santarém Em Santarém a Semana Académica decorre de 27 de abril a 3 de maio. No primeiro dia realiza-se a benção das pastas na Praça de Touros Celestino Graça. Para segunda-feira faz-se a tradicional serenata e atua o DJ Johnny Q. O cartaz de 29 de abril integra as presenças de Jaimão, Strugglaz, Dupla Mete cá Sets e Africangroove, enquanto que para dia 30 estão agendadasa as atuações de Tara Perdida & Convidados, Kussondulola, DJ Tiago Bandeiras e Black Case. No dia do trabalhador haverá uma noite de tunas e as atuações de John

Goulart e Drop Top. A semana prossegue a 3 de maio com os Mastiksoul, Stik Up and Wilson (Makongo), Spit Fyah Sound e DJ Gonçalo Henriques & D-Ro. Finalmente a 3 de maio sobem ao palco D.A.M.A., Mind da Gap, Van Breda e Ninja Kore.

Tomar Entre os dias 29 de abril e 4 de maio chega à cidade de Tomar a tão desejada Semana Académica, organizada pela Associação Académica da Escola Superior de Tecnologia de Tomar (AE ESTT). A festa vai iniciar-se com a Serenata Monumental. Para o mesmo dia, 29 de abril, estão presentes os Trovantes do Mondego. A 30 de abril, véspera de feriado, a organização planeou uma grande noite com Meninos da Vadiagem, a dupla de dj’s Hugo Rizzo e Kura. No dia do Trabalhador realiza-se a tradicional presença das tunas, junto com os dj’s Quim das Remisturas, dj e remisturador de todos os hits, de todos os

Viana do Castelo A XXVI Semana Académica do IPVC, organizada pela Federação Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo decorre entre os dias 18 e 23 de maio.

A Semana Académica de Viana do Castelo 2014 iniciar-se-á dia 18 de maio, domingo, com as cerimónias mais tradicionais, às 9h30m, com Missa de Finalistas no Adro da Igreja da Sra. da Agonia, mais à tarde, pelas 15h realiza-se a Queima das Fitas nas respectivas Escolas Superiores do IPVC e ao final da noite, pelas 23.59h, a Serenata no Adro da Igreja da Sra. da Agonia. Está confirmado, igualmente, o Cortejo Académico pela Cidade de Viana, que se realiza quarta-feira, dia 21 de maio.

Viseu A Semana Académica de Viseu 2014 decorrerá entre os dias 26 de abril e 1 de maio, no Pavilhão Multiusos de Viseu. Estão garantidas as presenças de Massivedrum, Kimono, Supernova e Gabriel o Pensador. Nos dias 26, 29, 30 de abril e 1 de maio, haverá um After Hours a partir das 06h00m. Glove, Joel Campos, Cross Wave, André Emme, Pitts, Switch control, Cardão, Mark Grunder e C!D são alguns dos artistas confirmados. K Recolha de informação no site http://www.semanaacademica.pt/ _ Direitos Reservados H

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Sérgio Godinho em entrevista

40 Anos de Caríssimas Canções

Facebook Oficial H 6 Não se pode falar de música portuguesa sem falar de Sérgio Godinho. Com uma carreira de 40 anos é dos maiores cantautores de sempre, em Portugal. Caríssimas Canções é o quinto registo ao vivo e a ideia para o disco partiu das crónicas sobre música, que durante dois anos escreveu para o jornal Expresso. O trabalho discográfico reúne canções de alguns dos seus músicos preferidos como José Afonso, Bob Dylan, Serge Gainsbourg ou Chico Buarque. O Cantautor fala de Caríssimas Canções e da participação dos músicos Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves, dos Clã.

Caríssimas Canções é o quinto registo ao vivo da sua carreira...

De facto é o quinto registo ao vivo, mas é um registo de canções que nunca tinha gravado. São canções que tinha em estúdio e depois cantei ao vivo. Esta história é diferente. Tudo começou com 40 crónicas que escrevi na revista do Jornal Expresso, há cerca de dois anos. Por escolha minha falei das canções de outros autores, dos seus universos.

Canções que por um motivo ou outro sempre foram minhas favoritas. Essas canções foram as companheiras das minhas próprias canções ao longo dos anos e eu sempre as partilhei com pessoas mais próximas. Canções de autores que depois cantei em discos meus ao vivo por exemplo: Bob Dylan, Serge Gainsbourg, Zeca Afonso, etc. As crónicas têm um exercício de procura e concisão, visto que eram crónicas de certo modo breves, que depois foram compiladas num livro chamado Caríssimas Quarenta Canções. Este ano o CCB (Centro Cultural de Belém) desafiou-me para por em palco parte dessas canções.

Como foi esse desafio?

Foi um desafio muito interessante. Eu estava interpelado a arranjar uma solução ori-

022 /// ABRIL 2014

ginal para um espetáculo desses. Falei com o Nuno Rafael (o líder informal da minha banda e com quem trabalho muito de perto) e chegámos à conclusão que tinha de ser um núcleo muito curto, sem banda inteira.

Os nomes que surgiram naturalmente foram o Hélder Gonçalves e a Manuela Azevedo, dos Clã. Responderam logo a esse desafio, mas a Manuela Azevedo exigindo ser apenas instrumentista. Ela é conhecida como aquela voz extraordinária dos Clã, mas é também uma poli instrumentista, toca piano, teclas, xilofone, percussões várias, flauta. Ela também é fulcral neste espetáculo a esse nível.

Trabalhamos desta maneira muito descarnada, só três músicos e eu (que não toquei instrumento nenhum, só voz) a olhar para aquelas canções, como cada caso é cada caso. Pegando nelas pela sua essência, nalguns casos ouve-se bastante do que foi a sua versão original, noutros casos nada, mas a canção está lá intacta. Só aí é que poderíamos encontrar uma forma própria para estes concertos.

Pegando no alinhamento deste registo, sobretudo nas covers internacionais, temas de Roling Stones e também uma interessante versão de um tema de Elvis Presley. Como foi dar voz a temas míticos?

Há também temas míticos como “Os Jardins de Pulim”, do Chico Buarque e “Os Vampiros”, do Zeca Afonso. O “HeartBreack Hotel” apetecia-me cantar porque conheci a canção quando tinha 12 anos, o meu irmão mais velho tinha os discos do Elvis Presley, era um grande fã. Aí aproximei-me um bocado do original, porque de certo modo canto à Elvis, pelo meio meto uma frase minha, em português. Há aqui um certo auto-gozo nessa versão e até a instrumentação é mais próxima do original. Foi assim uma coisa de

puro prazer e acho que me saí bem. Noutros casos tem de se encontrar uma maneira própria de cantar a canção, não sou o Dylan, o Mick Jagger, nem mesmo o Chico Buarque ou o Caetano Veloso. Nas canções em brasileiro (exceto uma que canto com o sotaque brasileiro que era preciso, “Conversa de Botequim”), as do Chico, do Caetano e também o carinhoso Bechiguinha canto com sotaque português. Essa transcrição para português de Portugal também é uma forma de reinterpretação. As versões são sempre formas criativas de redescobrir a canção.

Não resistiu a pegar no tema do Zeca Afonso “Os Vampiros” que regravou uma música com alguns aninhos mas que esta bem adequada à realidade?

E ao momento presente está terrivelmente atual. De facto “eles comem tudo e não deixam nada”, resume um bocadinho o que está a acontecer em Portugal. Esta canção está de facto muito atual. O Zeca Afonso tinha de estar neste lote, é um dos meus heróis, não só musicalmente, mas como pessoa e como amigo. Eu queria uma coisa mais agreste, mais rasgada então pusemo-la com guitarras bastante pesadas e eu a cantar de uma maneira também mais pesada.

Uma versão muito poderosa e, com certeza, um dos momentos mais fortes dos concertos. Porque a gravação é do CCB e depois da Casa da Música. As duas salas estiveram esgotadas e as pessoas receberam muito bem o repertório quando parte nem sequer o conhecia. Não é ir só a espera das minhas canções (que acho ótimo e é maioritariamente o que faço), mas ir à espera de um desconhecido. Eu gosto muito de surpreender as pessoas com esse desconhecido, desafiá-las: “ Vamos entrar agora neste aposento” e ver o que há aqui.

Esta digressão de “Caríssimas Canções” já teve direito a quatro datas, o objetivo é estender a digressão pelo ano de 2014?

Não sabemos. Os Clã estão a começar a gravar o disco deles, têm a sua agenda própria também. Não estamos a perspetivar neste momento nada. O espetáculo teoricamente está vivo, mas em repouso. Presumo que um dia ou outro ele vá renascer.

Nos próximos tempos no horizonte já está nos planos um disco de originais?

Para o ano, não. Eu não estou sempre a compor. E neste momento estou a escrever contos. Está-me a dar um grande gozo encontrar uma voz própria para esses contos, já tenho oito escritos e quero continuar. Para o ano vão sair em livro. Estou também embrenhado nos contos infanto-juvenis que estão prontos para sair. Vou andar mais por essas escritas.

Mas depois voltarei à música que é uma coisa que corre nas veias. Não deixarei de tocar ao vivo, como é evidente, o meu repertório ainda existe.

Como compositor nato (homem dos sete instrumentos será a forma mais fácil e justa de definir o Sérgio Godinho como músico) está também a trabalhar com os Clã nas letras do próximo disco…

São três letras, que já estão escritas, com música do Hélder, que eles estão a gravar.

Continuo a fazer parte da história deles, assim como eles fazem parte da minha história. Estivemos juntos num projeto na Expo, em “Afinidades”, num disco ao vivo. É uma coisa muito ativa e todas estas vidas se cruzam musicalmente e pessoalmente. Tornamo-nos amigos, também com o Nuno Rafael estivemos juntos nos Humanos. São engraçadas estas comunidades musicais mas também pessoais que se vão criando a propósito da música.

Como profundo conhecedor da realidade da música em Portugal, o espírito de parceria infelizmente não existe entre muitos dos nossos músicos. Acha que essa mentalidade se alterasse todos tinham a ganhar?

Eu sempre a pratiquei. “O Irmão do Meio” é feito dessas parcerias são quase 14 canções com os outros. A prova de que as canções podem existir cantadas por várias pessoas. Esse espírito de parcerias de uma maneira ou outra, de trocas musicais, existe até bastante no mundo da música. O Carlos do Carmo fez agora um disco com vários fadistas a cantar imensas coisas com ele. Quem me dera que tudo fosse assim. Claro que pode continuar e ser melhor, mas quem me dera que tudo fosse assim.

Como é vê a realidade de Portugal para o final deste ano. Para o próximo ano a cultura, nomeadamente a música, poderá ser ainda mais afetada com o estado da nossa economia?

Claro que sim. As redes de auditórios, os teatros municipais, que dependem das câmaras e até do poder central é altamente prejudicado porque as autarquias estão cada vez com menos verbas e a cultura é logo a primeira que sofre. Nós temos equipamentos magníficos.

Temos teatros e auditórios bem geridos que cada vez dão menos condições para nós irmos cantar. Porque há sempre uma máquina atrás, uma equipa que necessariamente se constrói à volta disso: os músicos, os técnicos de luz, a produção.

Torna-se realmente muito difícil e os orçamentos da cultura não têm qualquer peso. Nem sequer estão a subir para um nível digno, a meta de um por cento para a cultura é quase de rir e ainda estamos abaixo disso. Mas temos de fazer o nosso trabalho e não esmorecer. Como se diz no futebol: “há que levantar a cabeça”.

Olha com muita preocupação o estado do nosso país? É evidente. Está terrível a injustiça em relação às pessoas que pouco têm e que ainda se veem com menos. Retirar abonos de família a pessoas que vivem no limiar da sobrevivência e que têm de tratar dos filhos, ou cortar pensões. Há uma canção de Jaques Brel, que se chama “Le Vieux” (Os Velhos), que quando a canto (embora fale mais da solidão da velhice e da decadência) lembro-me do que está à minha volta e da situação de muita gente de idade. Temos que lutar contra este estado de coisas. K Entrevista: Hugo Rafael (Rádio Condestável) _ Texto: Eugénia Silva _

gente e livros

Martin Luther King 7 «E portanto que soe o sino da liberdade pelos prodigiosos cumes das colinas de New Hampshire.

Que soe o sino da liberdade pelas grandiosas montanhas de Nova Iorque.

Que soe o sino da liberdade pelos altaneiros Alleghenies da Pensilvânia.

Que soe o sino da liberdade pelas Montanhas Rochosas cobertas de neve do Colorado.

Que soe o sino da liberdade pelas ondulantes encostas da Califórnia.

Mas não só.

Que soe o sino da liberdade pelo Monte de Pedra da Geórgia.

Que soe o sino da liberdade pelo Monte da Vigia do Tennessee.

Que soe o sino da liberdade por todas as colinas e vaus do Mississippi, por todas as encostas, que soe o sino da liberdade.

E quando tal acontecer, quando todos fizermos soar o sino da liberdade, quando o fizermos soar por todas as aldeias e lugarejos, por todos os estados e todas as cidades, então sim, iremos poder apressar a chegada do dia em que todos os filhos de Deus, pretos e brancos serão capazes de dar as mãos e cantar a letra do velho espiritual negro: « Finalmente livres, finalmente livres. Obrigado, Deus Todo-poderoso, somos finalmente livres».

EU TENHO UM SONHO, in A Autobiografia de Martin Luther King, Clayborne Carson (org.)

Pastor protestante, ativista e líder político pelos direitos civis dos EUA, Michael (mais tarde Martin) Luther King, Jr. nasce, na casa da família Williams King Auburn Avenue 501, em Atlanta, a 15 de janeiro de 1929. Em 20 de setembro de 1944, King inicia o seu ano de caloiro no Morehouse College e a 8 de junho recebe o grau de bacharel em Sociologia. Em 1951, licencia-se em Teologia por Crozer e nesse mesmo ano entra na faculdade de Teologia da Universidade de Boston, onde tira o doutoramento em Teologia. A 18 de junho de 1953 celebra o casamento em Alabama com Corretta Scott. A 1 de dezembro de 1955, Rosa Parks é presa por violação das leis da segregação ao recusar levantar-se quando o condutor do autocarro em que viaja lhe ordena que vá ocupar um

lugar nas últimas filas. A 5 de dezembro desse mesmo ano, King era eleito presidente do recém-formado grupo de protesto, a MIA (Montgomery Improvement Association).

Começava o movimento de protesto nos autocarros. As tentativas de resolver de segregação nos autocarros com representantes brancos não mostra resultados.

30 de janeiro de 1956, na sequência de um ataque à bomba, King apela à não-violência.

23 de junho de 1960, King discute direitos civis com o candidato presidencial, John F. Kennedy. A 19 de outubro desse mesmo ano é preso durante um sit-in em Atlanta. 11 de Junho de 1963, o presidente Kennedy anuncia novo proposta de lei dos direitos civis e a 28 de Agosto, King fala aos participantes na Marcha sobre Washington: «Não podem restar dúvidas, nem sequer no mais fundo dos espíritos preconceituosos, de

que a Marcha de 28 de agosto sobre Washington foi a mais importante e significativa marcha pela liberdade e pela justiça de toda a história deste país».

A 10 de dezembro de 1964, King recebe em Oslo o Prémio Nobel da Paz: «Por vezes, há na vida momentos de indescritível plenitude que os símbolos a que chamamos palavras não conseguem explicar.

Só a linguagem inaudível do coração pode exprimir-lhe o significado.». A 26 de março de 1964, no fim de uma conferência de imprensa realizada no Senado dos EUA, King tem um breve encontro com Malcom X. Mas os métodos de atuação destes dois líderes era oposta. King defendia a resistência pacífica, enquanto Malcom defendia uma intervenção pela força na defesa dos direitos civis.

King foi assassinado a 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee.

Mas a luta de Martin Luther King foi um factor de mudança na história do seu país. Volvidos quase 50 anos após a sua morte, Barack Obama ocupa a cadeira da presidência dos Estados Unidos.

A informação está contida na obra Eu Tenho um Sonho – a autobiografia de Martin Luther King, Clayborne Carson (org.), editora Bizâncio. K Página coordenada por Eugénia Sousa _

edições

Novidades Literárias as memórias do tempo feliz com a família: como conheceu o marido em Cambridge, o nascimento dos filhos e a sua infância no Sri Lanka. «Este livro é comovente e surpreendentemente belo.» New York Post.

7 VOGAIS. A Onda, de Sonali Deraniyagala. Esta é uma memória biográfica, onde a verdade, uma vez mais, supera a ficção. Na manhã de 26 de dezembro de 2004, Sonali perdeu de uma só vez toda a família. O tsunami que atingiu o sudoeste asiático levou-lhe os dois filhos, os pais e o marido. A lutar contra uma realidade que não podia mudar, mas também não queria esquecer, guardou neste livro

CASA DAS LETRAS. Josefina, de Kate Williams. Seria legítimo para uma simples jovem da Martinica sonhar um futuro com um dos homens mais poderosos do mundo? Depois de ser abandonada pelo marido, Josefina não desistiu de procurar um lugar na sociedade parisiense. No período de terror que se seguiu à Revolução, ela emerge como figura de proa num universo de festas mundanas. É neste contexto social que encoraja os avanços de um soldado corso, marginalizado e mais jovem que ela. Ao tornarse Imperador Supremo, Napoleão tinha a seu lado esta mulher.

MARCADOR. A Guerra do Salavisa, de J. F. Matias. Alvorada do século XX. Joaquim Salavisa é um adolescente corajoso, rebelde e pinga-amor, sem inclinação para os estudos ou o lado mais sério da vida. Um incidente levao até à prisão e para o livrar da encrenca, o pai alista-o no Corpo Expedicionário Português. Enviado para uma frente de batalha na Flandres, calma de mais para o seu feitio, é no conhecimento que trava com dois soldados (um francês e um alemão) que Joaquim Salavisa vai viver a guerra à sua maneira.

TEXTO. O Conde Negro, de Tom Reiss. Esta é a biografia do verdadeiro conde de Monte Cristo. O general Alex Dumas é hoje um nome praticamente desconhecido, mas a sua história não.

O filho, o escritor Alexandre Dumas, usou-a como inspiração

para as obras O Conde de Monte Cristo e Os Três Mosqueteiros. Escravo, soldado, libertador e herói.

«Recordar uma pessoa é a coisa mais importante nos romances de Alexandre Dumas. O pior pecado que alguém pode cometer é esquecer.» Tom Reiss.

ASSÍRIO & ALVIM. Dia do Mar, de Sophia de Mello Breyner Andresen. Dia do Mar (1947) é o segundo livro de Sophia. O mar tem neste livro, como na restante obra da poetisa, um papel fundamental. A sua importância está bem patente no belíssimo poema: «Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim/ A tua beleza aumenta quando estamos sós./E tão fundo intimamente a tua voz/ Segue o mais secreto bailar do meu sonho, /Que momentos há em que eu suponho/ Seres um milagre criado só para mim.» K ABRIL 2014 /// 023

Prazeres da boa mesa

Linguiça Frita com Cogumelos 3Ingredientes: 200gr Agaricus bisporus laminados 1/2uni Broa de Milho 3uni Dentes de Alho 300gr Linguiça cortada às Rodedas 1/2dl Azeite q.b. Sal e Pimenta de Moinho Preparação: Numa frigideira com o azeite quente, juntar a linguiça em rodelas.

Quanto estiver frita, adicionar o alho e deixar alourar ligeiramente.

Juntar os cogumelos e só depois de bem salteado se rectifica os temperos e consequentemente o sal.

Servir sobre uma fatia de broa de milho.

Dica: O sal se adicionado pre-

cocemente aos cogumelos irá precipitar a saída dos sucos.

+ informação: Agaricus é um grande e importante género de cogumelos, contendo tanto espécies comestíveis como venenosas, possivelmente com mais de 300 membros em todo o mundo. O género inclui o comum (“botão”) cogumelo (Agaricus bisporus) e o cogumelo do campo (Agaricus campetris), que é o cultivo dominante de cogumelos no Ocidente.

As espécies de Agaricus apresentam geralmente frutificações carnosas, maioritariamente de tamanho médio a grande; o chapéu é hemisférico inicialmente, depois convexo e finalmente mais ou menos aplanado ou ligeiramente deprimido, de cor embranquecida ou parda. O pé é cilíndrico e tanto regular como engrossado ou atenuado para

a base; sempre porta um anel, mais ou menos desenvolvido, que pode ser persistente ou caduco e se separa com facilidade da carne do chapéu. K Mário Rui Ramos _ Executive Chef Ô Hotels and Resorts Monfortinho

GEO-RUBRICA

No Monte-Ilha granítico de Monsanto 7 Uma visita ao património geomorfológico de Monsanto é a proposta da presente Geo-rubrica, que continua a apresentar as 12 saídas de campo (A a L) do programa educativo “A Escola vai ao Geopark”.

Este programa insere-se no projeto GEONATURescola, premiado internacionalmente, por levar alunos e professores à descoberta do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, o primeiro geoparque português a integrar as Redes Europeia e Global de Geoparques sob os auspícios da UNESCO. SAÍDA DE CAMPO B O caos de bolas no MonteIlha granítico de Monsanto Local: Parque Geomorfológico de Monsanto (Idanha-aNova) Duração: 4 horas Níveis de ensino: 1º, 2º e Publicidade

024 /// ABRIL 2014

gia + Educação Física; Ciências Naturais + História + Educação Física Trilho pedestre: PR5 – Rota dos Barrocais (percorre-se cerca de 7km)

3ºCiclos do Ensino Básico, Ensino Secundário e Profissional

Disciplinas: Estudo do Meio / Biologia e Geologia / Geolo-

A saída de campo: Alunos e professores chegam à aldeia histórica de Monsanto, denominada “A Mais Portuguesa de Portugal”, e iniciam a Rota dos Barrocais. Aquele trilho permite a ascensão até ao topo do Monte-Ilha (Inselberg), por entre o caos de bolas de granito, numa paisagem do tipo barrocal.

Depois, no Castelo Templário, datado do século XII, os caminheiros têm uma vista deslumbrante sobre toda a paisagem envolvente e escutam a história de cercos de outros tempos.

Rumam, agora, em direção ao centro da aldeia, onde pasmam perante a habilidade dos construtores das casas antigas, já que aproveitaram enormes blocos de granito ‘in situ’ para paredes ou telhado. Continuam o trilho pedestre até à base do Inselberg onde se deparam com a Capela Românica de S. Pedro de Vir-a-Corça.

A próxima Geo-rubrica será dedicada à Saída de Campo C “Os fósseis de Penha Garcia e os barrocais de Monsanto”, que une numa só atividade o património geológico de duas aldeias do concelho de Idanha-a-Nova. Informação detalhada sobre cada uma das atividades em www.naturtejo.com e www.geonaturescola.com.

A Geo-rubrica é promovida pela Naturtejo, EIM, em parceria com o PROVERE – Buy Nature e co-financiada pelo QREN, no âmbito do Programa Mais Centro e da União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

K

Bocas do Galinheiro

Crónica de uma morte (quase) anunciada 7 Morreu Gabriel García Márquez. Aos 87 anos, o Prémio Nobel da Literatura em 1982, não resistiu a complicações que o levaram ao hospital, onde esteve internado vários dias. Foi na passada quintafeira, dia 17, na Cidade do México, país onde vivia desde os anos 60 do século passado.

Gabriel Garcia Márquez nasceu em Aracataca, na Colômbia, a 6 de março de 1927, onde ficou até aos 8 anos com os avós, o coronel Nicolás Ricardo Márquez Mejía, um veterano da Guerra dos Mil Dias, e Tranquilina Iguarán, a avó, que lhe contou as primeiras histórias, quando os pais se mudaram para Barranquilla.

Avós que exerceram grande influência na sua obra, principalmente no seu romance paradigmático “Cem Anos de Solidão”, obra maior, não só na bibliografia do autor, mas da literatura mundial, e, principalmente, como propulsora da literatura latino-americana e do seu reconhecimento universal, e como expoente máximo do chamado “realismo mágico”, indissociavelmente ligado àquele continente e a Garcia Márquez, “onde o fantástico e o real se combinam num mundo composto por uma imaginação riquíssima, reflectindo a vida e os conflitos de um continente”, como sublinhou o júri do Nobel.

Em 1947, García Márquez mudou-se para Bogotá para estudar Direito mas acabou por abandonar

o curso, o que ele queria mesmo era estudar cinema, o que chegou a fazer anos mais tarde. Mas foi no jornalismo que encontrou uma ocupação, primeiro em Cartagena de las Indias, no El Universal, e, para além de outros no El Espectador, jornal que o enviou para a Europa, por duas semanas, mas onde acabou por ficar quase três anos e onde, em Roma, se chegou a matricular no Centro Sperimentale di Cinematografia, a escola nacional de cinema italiana, em Roma.

Apesar deste seu grande amor pelo cinema, as adaptações da sua obra ao grande écran não se pautaram por grandes êxitos, antes pelo contrário. Filmes como “Amor em Tempos de Cólera” (2007), do britânico Mike Newell, com Javier Bardem no papel de Florentino Ariza, o homem sensível e apaixonado que é capaz de esperar mais de 50 anos para consumar seu amor por Fermina Daza, interpretada pela italiana Giovanna Mezzogiorno, ou “Crónica de uma Morte Anunciada” (1987), de Francesco Rosi, talvez o mais fustigado pela crítica, em que Anthony Delon deu vida a um dos personagens mais representativos da literatura do autor, Santiago Nasar, um homem cuja morte todos sabem que vai acontecer, aliás o livro começa exactamente pelo anúncio dessa morte feito pelos irmãos Vicario, e, apesar disso, o romance avança num clima de suspense e de tensão

que o filme não consegue transmitir, apesar de grandiosidade do elenco e do argumento ser da autoria do grande Tonino Guerra, revelaram-se rotundos falhanços cinematográficos, principalmente este último, sendo que outras adaptações do autor, mesmo naqueles em que o próprio Garcia Márquez colabora ou é mesmo o argumentista, não tiveram melhor sorte, casos de “Milagro en Roma”(1988) e “Los niños invisibles” (2001), de L. Duque Naranjo, “Tiempo de Morir” (1966), de Arturo Ripstein, em que tem a colaboração de Carlos Fuentes, ou “Presagio” (1974), de Luis Alconza.

Há-de ser o seu amigo Arturo Ripstein com “Ninguém Escreve ao

pela objetiva de j. vasco

Quarenta anos depois o estado social sofre

Coronel” (1999), a adaptação de um dos seus romances de que Garcia Márquez mais gostava, a conseguir transpor para a tela (com a estória do velho coronel que todas as sextas-feiras, há quinze anos, esperava pelo correio a chegada da pensão, que se sabia, nunca chegaria) alguma da magia da escrita do autor, e a tirar partido das interpretações de Fernando Luján, Marisa Paredes, Salma Hayek e Rafael Inclan.

Mais recentemente Hilda Hidalgo com “Del amor y otros demónios” (2009) e Henning Carlsen com “Memória das minhas putas tristes” (2011), voltaram a não conseguir sair da mediocridade, apesar de o romance adaptado por Carlsen ter sido um “best-seller” instantâneo no ano da sua publicação, 2004, exactamente dez anos depois de “Do Amor e Outros Demónios”, tal era a avidez dos leitores de Gabriel Garcia Márquez por um novo romance do autor, mas também o facto de na altura ter sido noticiado como o possível último livro do escritor, o que infelizmente se veio a confirmar. Apesar das vendas, a obra acabou por não gerar unanimidade nos leitores. O livro seguinte, 2009, “Yo no vengo a decir un discurso”, frase com que costumava iniciar as suas palestras, limitou-se a juntar material disperso. Em 2002 Gabo, como era também conhecido, publicou a sua autobiografia, “Viver para contá-la”, o 1º volume das

suas Memórias, uma obra fascinante, sobre a vida, a aprendizagem e as histórias que deram as outras, as mágicas.

Mas a ligação de Garcia Márquez ao cinema também se fez na tela, tendo entrado em “En este publo no hay ladrones” (1965), de Albert Isaac, filme onde também contracena Luis Buñuel e “Marta de mi corazón” (1979), de Jaime Humberto Hermosillo, com história e argumento de Garcia Márquez, para além de uma incursão na realização com Álvaro Cepeda Samudio, Enrique Grau Araújo e Luis Vicens na curta-metragem “La langosta azul”, de cujo argumento foi também autor.

Em 1982 integrou o júri do Festival de Cannes e em 1985 está na criação da Fundação do Novo Cinema Latino-americano, da qual seria presidente.

E “Cem Anos de Solidão”? Perante os sucessivos fracassos na passagem para o grande écran de algumas das suas obras, Gabo sempre resistiu à adaptação da sua grande obra. Fez bem. Há que percorrer aquelas páginas para sentir a magia!

Isabel Allende, que não conheceu pessoalmente Gabriel garcia Márquez, comentando o seu desaparecimento disse: “Não sou amiga dele, mas a sua obra é minha amiga.” E assim deve continuar.

Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _

press das coisas Panasonic HX-A500 3 É a primeira câmara mãos-livres do mundo a gravar vídeos com qualidade 4K. Pesa cerca de 119 gramas, ou seja, é leve e cómoda, tem um monitor LCD de 1,5 para o utilizador ver o que irá gravar. É também compatível com tecnologia NFC e é resistente ao pó e à água até três metros de profundidade, durante 30 minutos. K

música Mastiksoul - Legend

3 Celebra-se este mês 40 anos do “25 de Abril” e nunca o estado social esteve tanto em causa.

“Eu não quero pagar por aquilo que eu não fiz não me fazem ver que a luta é pelo meu país.

Eu não quero pagar depois de tudo o que dei não me fazem ver que fui eu que errei.”

Tiago Bettencourt

3 Um dos dj´s mais credenciados em Portugal acaba de lançar o seu novo álbum, que recebeu o título de “Legend”.

O novo registo recupera os singles “Hands up” e “Hurricane”, numa versão acústica que conta com a participação de Rita Guerra.

Mastiksoul é conhecido á escala global pelas sonoridades house vincadas nas suas raízes Africanas.

Neste trabalho o Dj Português junta vários ritmos como r&b, afro e pop num cocktail muito bem servido de melodias vibrantes que prometem rodar nas pistas de dança nos próximos meses.

Uma das surpresas do disco é a balada “In love”, que tem a participação especial do cantor Anselmo Ralph.

A primeira aposta deste registo é “I am changing”, que foi editado no final do passado mês de Novembro. Este é um álbum obrigatório para aquecer as ondas sonoras neste inverno… K Hugo Rafael _

ABRIL 2014 /// 025

Quatro rodas

O meu Primeiro Porsche c Hoje a crónica vai ser um pouco revivalista, trazendo para aqui a história meu primeiro Porsche, não que seja verdadeiramente meu, mas porque foi aquele que até hoje perdura na minha memória e que continuo a acarinhar.

O meu primeiro contacto com um verdadeiro Porsche, foi em 1977 (aos 14 anos) num Rali de Castelo Branco onde o meu conterrâneo André Martinho se apresentou com um Carrera RS nesta prova do campeonato nacional. Lembro-me de o ver à partida, mesmo enfrente à Câmara Municipal. Não sendo um piloto “de fábrica”, o André conseguiu ao longo dos anos um conjunto muito interessante de resultados.

Naqueles tempos um “Porsche de corridas” numa cidade do interior era, para quem nutria gosto pela competição automóvel, o verdadeiro centro das atenções da rapaziada. Inúmeras vezes acompanhávamos o Zé (mecânico do André Martinho) a preparar o carro antes e após cada rali, no stand/oficina, na Praça Rainha D. Leonor, bem per-

to da Escuderia Castelo Branco. Era uma prazer estar sentado na esplanada das tílias e ver o Zé trabalhar empenhadamente na preparação da “bomba branca”. Desde então, acompanhei diversas corridas do André ao vivo, no Rali de Portugal, nas Rampas de Portalegre e Serra da Estrela, bem como nos ralis da minha terra.

Devido à diferença de idade,

não era muito chegado ao André, que sendo uma pessoa reservada, não regateava no entanto explicações aos miúdos mais curiosos. Já falecido vitima daquelas doenças que não perdoam, o André não teve ainda a homenagem merecida.

Para já aqui fica uma foto, da então revista Motor de Abril de 1978, da sua participação do Vinho do Porto de 78. O CA-50-14 foi sem dúvida o

meu primeiro Porsche, pela forma como o acompanhei, bem à semelhança do que fazem hoje os fanáticos do futebol com as suas equipas.

Ao que sei o carro ainda existe no Porto, aguardando restauro.

Bem perto de onde morava, outros gigantes do mundo Porsche, deslocavam-se por essa altura, todos os anos a Portugal, mostrando que eram dos melhores a preparar Porsches de corrida. É verdade foi na “rampa da serra” que algumas vezes vi o Jean -Marie e o Jacques Almeras, exibirem-se ao mais alto nível, chegando mesmo o JeanMarie a vencer a edição de 1978.

Também eles foram para mim “uma fonte de inspiração Porsche”, especialmente, quando uma vez por ano, tínhamos esse “banho de cultura Porsche” nas assistências junto ao estádio da Covilhã.

Outro marco importante, na “minha cultura Porsche”, remonta também ao ano de 1978, com a vitória surpresa do Jean Pierre Nicolas no Monte Carlo. Numa época pouco globalizada, foi a influência dos

setor automóvel

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026 /// ABRIL 2014

Este texto não segue a nova ortografia _

Citroën apresenta SUV DS 6WR

Peugeot 308 SW a partir dos 23.400 euros 3 A Peugeot vai iniciar a comercialização da nova carrinha 308 SW no próximo mês de junho, com preços que começam nos 23.400 euros.

A nova geração da carrinha francesa chega a Portugal em duas opções Diesel 1.6, uma Diesel 2.0 e uma a gasolina 1.2 de três cilindros.

Os preços iniciam-se nos 23.400 euros para o 1.2 PureTech com 110 cv (no nível de equipamento base Access).

As opções 1.6 HDi com 92 cv e e-HDi com 115 cv iniciam nos 24 .550 euros e 25.650 euros, respetivamente. O nível de equipamento intermédio traz-nos ainda uma versão mais potente do tricilíndrico 1.2 PureTech com 130 cv, acessível a partir de 25.460 euros.

A opção Diesel mais potente 2.0 BlueHDi com 150 cavalos, está disponível apenas no nível de topo, Allure, a partir de 35.140 euros, custando mais 1200 com a nova caixa automática de seis velocidades. K

irmãos Pires Preto, (meus colegas de liceu) que me chamaram a atenção para o feito do Jean Pierre que conseguiu bater as equipas de fábrica que lutavam pela vitória, nas provas do mundial de ralis. O Tó Zé e o Carlos Pires Preto (já falecido), apressaram-se a comparar o kit 1:43 e rapidamente produziram a réplica deste famoso Carrera Almeras.

Em 2008, trinta anos depois dos factos que relatei, o meu amigo Luis Brito conseguiu levar-me à catedral Porsche em Stuttgart. Visitámos a fábrica e o museu, onde para além da tecnologia sobressaiu o carinho com que são construídas estas maravilhas, mas ao mesmo tempo foi uma permanece visita ao passado, com as recordações das corridas do Carrera RS do André a estarem sempre presentes. K Paulo Almeida _ Direitos Reservados H

Ford Focus Sedan com visual “à Aston Martin” 3 O novo Ford Focus Sedan deverá chegar a Portugal em outubro, ostentando a atualização estética operada na gama Focus. À semelhança da restante gama, também o três volumes do Focus ganha a frente com grelha “à Aston Martin”, assim como os faróis surgem com um formato mais rasgado, um para-choques dianteiro modificado e um capot redesenhado.

As novidades acontecem também na mecânica, com a introdução de um novo motor a gasolina 1.5 Ecoboost turbo com 150 e 180 cv e do Diesel 1.5 TDCi, disponível a partir de 2015, com potências entre os 95 e os 120 cv.

A gama conta ainda com os já conhecidos motores 1.0 Ecoboost com 100 e 125 cv e os diesel 1.6 TDCi com 95 e 115 cv, além do 2.0 TDCi com 150 cv. K

3 A Citroën mostrou recentemente o primeiro SUV da linha DS, que recebeu a designação DS 6WR, no Salão de Pequim. O automóvel destina-se para já ao mercado chinês, onde será lançado ainda este ano, mas deverá começar a ser comercializado no mercado europeu a partir de 2015.

Conta com os motores de quatro cilindros 1.6 e-THP 160 cv e THP com 200 cv, além de uma caixa automática de seis velocidades. O SUV premium tem 4,55 metros de comprimento, 1,61 m de altura, 1,86 m de largura e 2,73 m de distância entre eixos, contando ainda com jantes de 19 polegadas. K

Olimpíadas júnior já têm finalistas

Químicos de palmo e meio Tondela

Vamos plantar o Caramulo 6 O agrupamento de escolas de Tondela Tomaz Ribeiro participou na campanha de reflorestação “Plantar o Caramulo”, do passado sábado dia 22 de março. Esta iniciativa foi promovida pela Câmara Municipal de Tondela e o agrupamento associou-se como entidade parceira, no âmbito do projeto “Renascer das cinzas”. Participaram cerca de 250 voluntários (alunos, encarregados de educação, professores e funcionários) das várias escolas do agrupamento.

Esta iniciativa atingiu o principal objetivo - sensibilizar a população e em especial as gerações mais novas, para a necessidade de reflorestar a serra do Caramulo de um modo sustentável, respeitando, a biodiversidade local e as espécies autoctones. K

6 As Olimpíadas da Química Júnior, promovidas pela Sociedade Portuguesa de Química, já têm apuradas as equipas que no próximo dia 3 de maio vão disputar a final. Em todo o país milhares de jovens participaram, no dia 5 de abril na fase regional de apuramento, as quais decorreram em diferentes universidades do país. Na prova, aberta a alunos dos 8º e 9º anos de escolaridade, os participantes tiveram que responder a um conjunto de questões com base em observações e/ou experiências laboratoriais.

Participam na fase final as duas primeiras equipas de cada fase regional, aqui ficam os resultados.

Braga - UMinho: Medalha de Ouro- Escola EB dos 2º e 3º ciclos Prof. Gonçalo Sampaio, de Póvoa de Lanhoso; Medalha de Prata - Escola EB 2,3 Egas Moniz, de Guimarães; Medalha de Bronze - Escola EB dos 2º e 3º Ciclos Júlio Brandão - Vila Nova de Famalicão.

Vila Real - UTAD: Medalha de Ouro - Escola Básica do 2º e 3º Ciclos D. Manuel de Faria e Sousa; Medalha de Prata - Escola Básica do 2º e 3º Ciclos D. Manuel de Faria e Sousa.

Porto - FCUP: Medalha de Ouro - Colégio

da Trofa; Medalha de Prata - Colégio Luso Francês; Medalha de Bronze - E.B. Fernando Pessoa.

Porto - FEUP: Medalha de Ouro - Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Flávio Gonçalves; Medalha de Prata - Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Carlos Pinto Ferreira - Junqueira; Medalha de Bronze - Academia de Música de Costa Cabral.

Aveiro - UA: Medalha de Ouro - Instituto Duarte Lemos de Águeda; Medalha de Prata Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Infante Dom Henrique, de Viseu; Medalha de Bronze - Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Aires Barbosa, de Aveiro.

Coimbra - FCTUC: Medalha de Ouro - Es-

cola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Frei Estevão Martins; Medalha de Prata - Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Martim de Freitas; Medalha de Bronze - Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico da Mealhada.

Covilhã - UBI: Medalha de Ouro - Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, de Castelo Branco; Medalha de Prata - Agrupamento de Escolas Nuno Álvares; Medalha de Bronze - Agrupamento de Escolas Nuno Álvares.

Lisboa - FCUL: Medalha de Ouro - Escola Básica Integrada São Bruno; Medalha de Prata - Escola EB 2,3 de Alapraia; Medalha de Bronze - Escola Técnica e Liceal Salesiana de S.to António.

Lisboa - IST: Medalha de Ouro - Colégio de São Tomás; Medalha de Prata Escola Secundária de Alves Redol; medalha de Bronze - Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Pedro Jacques de Magalhães.

Algarve - Univ. Algarve: Medalha de Ouro - Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico Poeta Al Berto; Medalha de Prata - Básica dos 2º e 3º Ciclos Engº Duarte Pacheco; Medalha de Bronze - Básica dos 2º e 3º Ciclos de Santo António. K

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ABRIL 2014 /// 027

Guarda

Politécnico faz estudo sobre segurança 6 O Comando Distrital da PSP e o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) estão a realizar um inquérito junto dos habitantes da cidade para apuramento das situações de insegurança “mais sensíveis”.

O inquérito, está a decorrer desde o início, no âmbito de um projeto de colaboração entre as duas entidades, destina-se a promover “um estudo sobre o medo, segurança e comportamento preventivo na cidade”, refere o IPG em nota enviada à agência Lusa.

Segundo a fonte, o inquérito intitula-se “Medo, segurança e comportamento preventivo na cidade da Guarda” e será desenvolvido com a colaboração da Junta de Freguesia da Guarda.

Com o estudo, a PSP e o IPG pretendem “conhecer as situações percecionadas como mais sensíveis pela população e o desenvolvimento de práticas preventivas que possibilitem de-

senvolver ações orientadas de proteção e segurança dos cidadãos”.

O inquérito é dirigido à população residente na área da freguesia urbana da Guarda, que pertence à jurisdição da PSP. O questionário será operacionalizado pelos agentes da PSP e pelos técnicos da Junta de Freguesia, através de contacto direto, receção nas caixas de correio ou preenchimento nas instalações da Junta, é referido.

“Responda ao inquérito.

Colabore por uma cidade mais segura”, é o apelo lançado aos habitantes da cidade pelas entidades envolvidas no projeto.

Em julho do ano passado, o IPG e o Comando Distrital da PSP da Guarda assinaram um protocolo com vista à cooperação e à prestação de serviços entre ambas as instituições.

O documento enquadra o apoio à organização,

Cooperação

Huelva visita Beja

6 Um grupo de professores da Faculdade de Trabalho Social da Universidade de Huelva deslocou-se a Beja, no âmbito de uma visita ao abrigo do Programa Internacional de Mobilidade de Docentes ERASMUS, tendo visitado o Instituto Politécnico de Beja e ainda algumas organizações da sociedade civil que desenvolvem trabalho no domínio do Serviço Social.

Os docentes estabeleceram contactos com a Comissão Técnico-Científica e Pedagógica do Curso de

Serviço Social do IPBeja, e os Pró-Presidentes para a Mobilidade Internacional e Planeamento e Desenvolvimento Estratégico, tendo, para além de uma troca de experiências em torno do perfil formativo de ambas as licenciaturas, delineado os primeiros passos para práticas futuras de cooperação institucional, que envolva não só docentes e alunos, mas também, autarcas, técnicos e dirigentes associativos ligados ao terceiro setor. K

Internacionalização

Guerreiro coordena

6 O ex-reitor da Universidade do Algarve, João Guerreiro, acaba de ser nomeado pelo ministroadjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, e pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, coordenador do grupo de trabalho que

028 /// ABRIL 2014

tem por objeto a conceção da estratégia de internacionalização do ensino superior português.

O Despacho de nomeação refere que “importa, assim, delinear uma estratégia de internacionalização do ensino superior português. K

promoção, divulgação e participação mútua em seminários, conferências e palestras, bem como a promoção conjunta de trabalhos, projetos e investigações direcionadas para a melhoria das missões institucionais e territórios da sua intervenção.

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É no âmbito do protocolo que as duas entidades vão desenvolver o inquérito que visa identificar os principais problemas de insegurança e diagnosticar as zonas mais sensíveis de fenómenos perturbadores da segurança na cidade da Guarda. K