Ensino Magazine Edição nº 249

Page 1

Novembro 2018 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XXI K No249 Assinatura anual: 15 euros

www.ensino.eu Distribuição Gratuita

Miguel Poares MAduro, ex-ministro

“Fake News combatem-se com pluralismo” A partir de Florença, para onde regressou após a experiência política, o ex-ministro Poiares Maduro alerta para os perigos dos movimentos populistas, mas também da censura no combate às “Fake News”. C

p2e3

Entrevista ao ex-da weasel

universidade

UBI sobe nos rankings

C

P4

universidade

Évora anúncia novas residências C

P7

politécnico

Joaquim Brigas ganha no IPG C

politécnicos

Carlão tem novo disco

Politécnico de Castelo Branco e de Leiria querem ser universidades C

prémio santander

P 13

politécnico

Poliempreende dá prémios C

P 14

P 9 e 11

C

Ensino Jovem

Vencedores do Voluntariado Universitário conhecidos em dezembro C P 27

NOVEMBRO 2018 /// 01


Miguel Poiares Maduro, EX-Ministro e professor universitário

«Não podemos mudar constantemente de políticas educativas» 6 A partir de Florença, para onde regressou após a experiência política, o ex-ministro Poiares Maduro defende que a estabilidade é fundamental para o desenvolvimento e o progresso do país.

que participam na política nem sempre pelas melhores razões e pelos melhores interesses. Mas também é fundamental ter regras que melhorem e credibilizem o funcionamento das nossas instituições políticas.

Como é que vê a partir de Florença, onde trabalha e reside, o seu país de origem? Vejo por vezes com mais paciência e outras vezes com mais impaciência. Mas vejo-o necessariamente de forma diferente e não por estar, atualmente, fora do país, mas condicionado pela experiência que decorre da vivência externa. Isso leva-nos a conhecer culturas diferentes e formas de organização do Estado diferentes. Umas piores, outras melhores.

Quer elencar algumas dessas regras? Por exemplo, regras sobre transparência, regras de prevenção de conflitos de interesses. Eu fiz várias propostas concretas nesse sentido. Acho inaceitável que continuemos a ter em Portugal a possibilidade de os membros do governo e de outros cargos públicos reunirem com interesses económicos, sem nós sabermos quais e com que agenda. Na União Europeia qualquer alto funcionário tem de registar qualquer reunião que mantenha com determinado representante de interesses económicos, políticos ou sociais. Isso fica transparente e as pessoas ficam a par, ajudando a explicar o motivo porque determinada proposta política é apresentada. É importantíssimo ao nível da responsabilização política. O que me impacienta é que continuamos a discutir os pequenos ou os grandes casos, que se sucedem, e não nos sentamos à mesa para definir o que é preciso fazer em termos de regras para que isso não se repita. A transparência é fundamental para o escrutínio por parte dos cidadãos e também para tornar as políticas públicas impermeáveis a qualquer interesse económico ou de outra natureza.

Quer dar um exemplo do que o impacienta em Portugal? Um aspeto que tenho procurado combater é o facto de pensarmos e valorizarmos pouco os processos de decisão e as instituições, a capacitação das pessoas, etc. Isso está diretamente relacionado com a cultura de Estado, a cultura política e a própria cultura da sociedade civil. Este é, na minha perspetiva, um dos principais problemas do país, mas há mais, como a falta de meritocracia e a superficialidade com que tratamos certos temas, só para dar dois exemplos. Teve uma experiência política no governo de Passos Coelho, como ministro adjunto. Como é que um “estrangeirado”, que tem feito boa parte da sua carreira fora do país, se integrou no meio político nacional? Publicidade

02 /// NOVEMBRO 2018

O “estrangeirado” é visto em Portugal de forma muito pendular. Ou temos tendência para valorizar, quiçá de forma excessiva, quem teve sucesso lá fora, como por outro, temos uma enorme rejeição por quem vive ou viveu no estrangeiro por não compreender o país. Eu entendo que uma pessoa que tem essa experiência acumulada pode iluminar dimensões de dada questão e ser capaz de romper (através de uma visão inovadora) com uma forma tão viciada de lidar com determinado tema. Acha que o seu contributo ajudou a melhorar a forma «viciada» como olhamos para certas questões? Procurei dar o meu melhor e combater alguns aspetos comportamentais e de organização, fruto da minha experiência pessoal e académica. Eu costumo dar um exemplo verídico que aconteceu em Bogotá. Esta cida-

de colombiana deparou-se com um grave problema no trânsito. As multas e a fiscalização mais intensa não melhoraram a situação. Quando um novo presidente da câmara tomou posse, curiosamente um filósofo, fruto do seu conhecimento próprio em termos da ciência do comportamento, ele partiu da premissa que mais do que as sanções pecuniárias aplicadas, as pessoas não gostavam mesmo de ser ridicularizadas. A medida imediata foi substituir boa parte dos polícias de trânsito por…palhaços e estes palhaços gozavam com os condutores que não cumpriam as regras de trânsito. O resultado foi eloquente: o funcionamento do trânsito em Bogotá melhorou em cerca de 30 por cento. E o que nos ensina este exemplo? É preciso possuir um conhecimento, adaptado ao contexto local, para que o conhecimento se traduza numa melhoria do serviço público e da política pública, no

fundo, para melhorar o funcionamento da sociedade. Os políticos estão sempre na mira da opinião pública. O recente caso das falsas marcações de presença por parte de um deputado do PSD voltou a acirrar os ânimos. É um defensor de uma reforma da cultura política, mas não é a forma de funcionamento dos partidos em Portugal um obstáculo a esse objetivo? Sem dúvida que sim. Por isso, o tal ênfase que eu coloco na importância de reformar as instituições e os seus processos de decisão, porque isso é um dos aspetos que contribui para a tal mudança de cultura. O modo como os partidos recrutam os seus quadros e os incentivos que existem à militância partidária são problemas. Se os partidos têm poucos militantes e se a participação política diminui é muito mais fácil esses partidos serem capturados por pessoas

É defensor de comissões de fiscalização independentes para a seleção de candidatos a cargos


políticos. Seria algo parecido ao que sucede nos Estados Unidos? Qualquer detentor de um cargo público de topo, político ou da administração pública, devia estar sujeito, antes do início de funções, a um escrutínio por parte de um órgão independente que tivesse acesso à declaração de rendimentos e de património, comparando isso com as suas declarações fiscais, segurança social, registo criminal e detetasse eventuais conflitos de interesse, etc. No fundo, para garantir o interesse do Estado e dos cidadãos e, não menos importante, defender a integridade dessas mesmas pessoas, quando elas são sérias, libertando-as de especulações ou notícias infundadas. Uma política de consensos entre os partidos, nomeadamente em matérias decisivas, como a saúde ou a educação, seria um passo positivo? A política faz-se através da contraposição e da alternativa, mas uma política saudável também tem uma dimensão de compromisso e de consenso que garanta a continuidade de alguns aspetos estruturais de todas as políticas públicas. Ter estabilidade é fundamental para o desenvolvimento e o progresso do país. Infelizmente, em Portugal, à semelhança do que acontece noutros países, a política tem estado muito polarizada. Por exemplo, numa área como a educação, e já agora na ciência, a estabilidade de políticas públicas é fundamental, porque só dessa forma é que se consegue obter resultados. Não podemos passar o tempo constantemente a mudar as políticas educativas. Era crucial chegar a um entendimento comum sobre este tema. Tutelou entre outras áreas a comunicação social. Como é que observa a constante perda de influência dos chamados “mass media” tradicionais para as redes sociais? Vejo com alguma preocupação. O espaço público mudou muito. O nosso espaço público sempre foi editado, no sentido em que quando temos muita informação e muitos pontos de vista, não conseguimos absorver toda a informação que nos chega. Normalmente eram os “mass media” tradicionais que faziam esse trabalho, marcando a agenda política e social. E o grau de confiança era razoável, mas perderam importância. Hoje tomamos as nossas decisões políticas e democráticas com base em plataformas digitais e redes sociais, em que os processos de edição resultam de algoritmos, cuja qua-

do futebol, a democracia dos processos eleitorais, a igualdade das mulheres no futebol, a não promiscuidade entre futebol e interesses políticos e económicos, etc. Contudo, não tivemos sucesso e isso deveu-se ao facto de os órgãos independentes – como este a que presidi – estarem na dependência de órgãos políticos do futebol, que se opõem a essas próprias reformas. Trata-se, no fundo, de um conflito sistémico que inviabiliza na prática qualquer processo sério de reforma do futebol.

lidade e controle desconhecemos. Esta questão só se resolverá quando encontrarmos processos de edição credíveis para o espaço público novo do digital. A proliferação das “fake news”, especialmente nesses meios digitais, também o inquietam? O processo das “fake news” é preocupante, apesar de estudos recentes apontarem que o seu efeito não tende a ser determinante no comportamento político dos cidadãos. Os indicadores dizem que as “fake news” são, sobretudo, importantes na mobilização daqueles que já estão convencidos ou radicalizados, se preferir o termo. Que mecanismos de combate às “fake news” advoga? Existe uma nova tendência de mecanismos de censura para combater as ”fake news”, o que não deixa de me preocupar. É inquietante ver o poder de censura que se dá a grandes empresas como a Google ou a Facebook para determinar o que é falso e verdadeiro. No fundo, são entidades privadas que detêm o quase monopólio desse novo espaço

público. Corremos o risco, e inspirando-me naquela expressão anglo-saxónica, de “deitar o bebé fora com a água do banho”. Eu penso que a Google e a Facebook devem tornar transparentes a origem das notícias e revelar se elas são ou não são pagas. Em suma, o combate às “fake news” faz-se através do pluralismo e não através da atribuição de poderes de censura, em particular a entidades privadas. A Europa continua a viver momentos delicados. O “brexit” continua por definir, a Itália desafia Bruxelas e os nacionalismos e populismos conquistam espaço de manobra, em especial na Hungria e na Polónia. Como vê o futuro da Europa? O que assistimos hoje em dia é a um populismo nacionalista. Os populistas arrogam-se ser os detentores da vontade popular que combatem essa elite que tem governado, segundo eles, contra aquilo que é a verdadeira vontade popular. Um dos grandes riscos do populismo é o seu arrojo por entender que a vontade maioritária lhes permite exercer o poder de uma forma

absoluta, negando qualquer mecanismo de separação de poderes ou de controlo independente no exercício desses poderes. O populismo é uma forma de exercício de poder que frequentemente ganha eleições de uma forma democrática, mas que tem em si mesmo a semente da ditadura e do autoritarismo. As eleições europeias de maio podem reforçar o poder dos populistas? Temo que sim, na medida em que os partidos moderados não têm conseguido articular, explicitar e apresentar aos cidadãos uma proposta política alternativa e que seja positiva na abordagem dos receios populares e na desconfiança da política que está na génese do populismo. Passou pela FIFA onde presidiu ao comité de governação e procurou reformar a cultura do futebol do ponto de vista interno. Assumiu o seu falhanço. Os interesses instalados e sistémicos inviabilizaram o seu objetivo? Os objetivos eram vastos e ambiciosos. Entre outros, o controlo de integridade dos agentes

CARA DA NOTÍCIA 6 Um cidadão do mundo As novas tecnologias (mais concretamente o Skype) viabilizaram a entrevista entre Lisboa e Florença, a bela cidade da Toscânia, em Itália. É na cidade dos Médicis que vive e trabalha Miguel Poiares Maduro (nascido em Coimbra, a 3 de Janeiro de 1967), sem perder de vista a realidade portuguesa à distância do ecrã de televisão onde sintoniza todos os canais nacionais, generalistas e por cabo. Depois de Tóquio, Yale, Bruges e Telavive, Poiares Maduro fixou-se em Florença. Todas estas cidades estão ligadas à sua prestigiada carreira académica. Mas foi na urbe italiana que se doutorou e onde dirige a School of Transnational Governance do Instituto Universitário Europeu. No entretanto, fez uma pausa na carreira académica para exercer funções de advogado geral do Tribunal de Justiça da Comunidades Europeias. Não é por acaso que se lhe reconhece grande competência na área do direito europeu e constitucional. A sua primeira experiência política foi no governo Passos Coelho, entre 2013 e 2015, tendo desempenhado as funções de ministro adjunto e do desenvolvimento regional. Em 2010, foi distinguido com o Prémio Gulbenkian de Ciência.

Quem conseguirá reformar por dentro o desporto mais popular do mundo? O futebol só será reformável através de uma intervenção externa, que deverá ter origem em autoridades públicas que criem órgãos independentes que controlem os organismos do futebol na sua forma de governação. Isso não está ao alcance de qualquer Estado porque o país que o ousar fazer verá as suas seleções excluídas das competições da FIFA e da UEFA. Creio que a União Europeia e os seus 28 estados poderão ter esse poder para escrutinar e supervisionar os processos de governação do futebol. É um sportinguista assumido. No dia em que falamos, o ex-presidente Bruno de Carvalho está a ser ouvido em tribunal, na sequência dos acontecimentos de Alcochete. Há ainda casos em investigação como o e-toupeira, o dos emails, etc. É exagero dizer que o futebol é um sítio mal frequentado? Um dos problemas que temos na nossa sociedade é o seguinte: parece que abdicámos em certas áreas, por exemplo, no futebol e na política, de fazer juízos éticos e remetemos tudo para o domínio da justiça e do sistema criminal. E digo isto porque no caso do Sporting critiquei, em tempo oportuno, o comportamento ético de Bruno de Carvalho, da mesma forma que considero que o que já se sabe do comportamento do Benfica e dos seus dirigentes nos casos que têm vindo a lume devia ser o suficiente para os adeptos encarnados formarem um juízo ético que levasse à demissão desses dirigentes. E o que acabo de dizer para o futebol, aplica-se à política. Já sobre os processos judiciais em curso, não me pronuncio. Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H

NOVEMBRO 2018 /// 03




 

Três áreas científicas distinguidas

UBI sobe nos rankings 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) acaba de ser destacada nos rankings setoriais do Times Higher Education (THE), com a entrada direta da área das Ciências da Vida (nível 601+) e da área da Física (posição 601-800), além de ter mantido o patamar 501-600 na qualidade de ensino e investigação em Pré-Clínica, Clínica e Saúde, As três áreas são desenvolvidas na Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) e na Faculdade de Ciências (FC), que acompanham assim o reconhecimento que a UBI tem obtido em prestigiados rankings internacionais, em especial no THE. “A FCS manifesta a sua satisfação pelo reconhecimento como uma das melhores do mundo na área das Ciências da Saúde”, salienta Miguel Castelo Branco, presidente da FCS, segundo o qual “tal só foi conseguido na nossa Universidade pela existência dum projeto bem definido e dirigido e com visão, bem como de um processo de melhoria contínua da

qualidade com padrões de elevada exigência”. Já Paulo Almeida, presidente da Faculdade de Ciências, vê a entrada direta de duas áreas no ranking como “reconhecimento do trabalho desenvolvido” além de ser “uma indicação clara de que as Unidades de Investigação da UBI, atualmente em avaliação, são merecedoras de uma avaliação mais meritória e que abrirá e proporcionará a sua excelência, da UBI e das Faculdades que a integram”. Os resultados divulgados este mês mantêm a UBI num patamar

de sucesso internacional, depois de, em outubro, o THE ter divulgado que, na área Business & Economics Subject Ranking, a UBI se encontra entre as 400 melhores do mundo (está listada no patamar 301-400) e no THE Social Sciences Subject Ranking atingiu o nível 501-600. Para os rankings de 2019, foram analisadas 1.258 instituições de Ensino Superior de todo o mundo, em cinco grandes categorias: Ensino, Investigação, Citações, Transferência de Conhecimento e Internacionalização. K

Na UBI

João Morgado apresentou o seu último livro 6 O escritor covilhanense João Morgado apresentou, na UBI, “O Livro Império”. O autor mantém há vários anos uma intensa atividade editorial, que lhe tem valido diversos prémios em concursos literários.

Nascido na Vila do Carvalho (concelho da Covilhã), em 1965, formou-se em Comunicação Social na UBI, tendo realizado um mestrado em Estudos Europeus, na Universidade de Salamanca (Espanha). K

Universidade da beira interior

PsicUBI ganha Concurso “Integro” Hack the Brain

MedBytes ganha prova 6 A equipa MedBytes saiu vencedora do Hack the Brain, organizado por três entidades da Universidade da Beira Interior (UBI). MedUBI – Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior (UBI), NINF – Núcleo de Informática da UBI e UBImedical promoveram o concurso que teve como objetivo encontrar ideias de negócios na área da saúde. O concurso teve lugar durante dois dias – 10 e 11 de novembro – nas instalações do UBImedical, como é revelado na página online da universidade. Neste hackathon dedicado à

04 /// NOVEMBRO 2018

área da saúde, estiveram presentes estudantes de informática, medicina, gestão, economia, ciências biomédicas, bioengenharia, entre outros, para o desenvolvimento de um projeto numa maratona de 36 horas, cujo objetivo era oferecer uma solução inovadora para um dos temas propostos pela SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, designadamente a interoperabilidade, a centralidade no paciente e a inteligência artificial. Com sete equipas presentes, os estudantes tiveram o apoio de mentores de várias áreas do co-

nhecimento, que os ajudaram a aprimorar a sua ideia e a criar o melhor pitch, o qual teve lugar na tarde de domingo, na forma de Pitch Competition, perante um júri composto pela vereadora da Câmara Municipal do Fundão, Alcina Cerdeira, o representante da Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Duarte Sequeira, o diretor do UBImedical, Manuel Lemos, e o docente da Engenharia Informática, Nuno Garcia. A equipa vencedora, MedBytes, foi premiada com 500€ (Prémio Município do Fundão) e mentoria UBImedical. K

6 O PsicUBI – Núcleo de Estudantes de Psicologia da Universidade da Beira Interior é o vencedor deste ano do Concurso “Integro”, que desafiou os núcleos de alunos a organizar atividades de convívio e integração solidárias dirigidas aos novos universitários. O programa vencedor recebeu a designação de “Discover Covilhã” e suplantou “Antes que te Queimes”, desenvolvida

pelos alunos de Medicina, e “Engenharia da Sociedade”, do ELECTRUBI – Núcleo de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, segundo e terceiro, respetivamente. O PsicUBI levou os novos alunos a visitar e dinamizar ações no Centro D’Atividades, que envolve a população mais velha da Covilhã, e a Casa do Menino Jesus, que recebe crianças em situação de fragilidade. K

Publicidade

Valdemar Rua ADVOGADO

Av. Gen. Humberto Delgado, 70 - 1º Telefone: 272321782 - 6000 CASTELO BRANCO


UBI

Ideias de negócio

Gala do Desporto distingue os melhores

eCO2blocks vence na Escócia

6 Homenagear os estudantes que no ano letivo 2017/2018 competiram nas diversas equipas da Associação Académica da UBI, premiando os atletas, equipas e modalidades que mais se destacaram nos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’S), foi o momento alto da Gala do Desporto da Universidade da Beira Interior, que decorreu a 8 de novembro, na Covilhã. No ano passado, a AAUBI ganhou um total de 44 medalhas, que a colocaram em 5.º lugar entre as academias mais bem-sucedidas a nível nacional, entre as dezenas de associações académicas que competiram nos CNU’s. Karolina Wojtaszek, polaca que durante o período de Erasmus ganhou o título nacional de Escalada com a camisola da UBI, foi considerada a “Desportista Revelação do Ano”. A “Desportista Feminina do Ano” é Inês Reis (Psicologia), natural da Covilhã, que também compete pelo Sporting Clube de Portugal. O galardão de “Desportista Masculino do Ano” foi para David Gomes (Gestão) que brilhou na equipa de Futsal. Também do Futsal, Arménio Coelho é o “Treinador do Ano”. O prémio da “Modalidade Individual do Ano” foi para o Atletismo e da “Modalidade Coletiva o Ano” ficou para o Futsal Masculino. Rosa Oliveira, nadadora da equipa do FC Porto e estudante

de Design Industrial, recebeu a “Distinção Percurso Desportivo”, depois de ter conquistado dois títulos de Campeã Nacional Universitária e averbado dois segundos lugares. Na cerimónia onde marcaram presença o presidente da FADU, Daniel Monteiro, e o vereador da Câmara da Covilhã José Miguel Oliveira, o presidente da AAUBI, Afonso Gomes, destacou a importância do desporto universitário no desenvolvimento económico e de integração social. “Se, por um lado, é consensual que os alunos da universidade constituem um pilar fundamental para o desenvolvimento económico da região, os cerca de 500 estudantes que praticam desporto na UBI, oriundos dos mais diversos locais do país, e de países estrangeiros, utilizam também a prática desportiva como forma de promover competências psicossociais, cabendo, assim, ao desporto desempenhar um papel fundamental no que concerne à exclusão social”, afirmou. João Canavilhas, vice-reitor para o Ensino, Internacionalização e Saídas Profissionais, destacou o esforço feito pela UBI nos últimos cinco anos, na área do desporto, sendo um dos progressos a aprovação do Prémio de Mérito desportivo, “que permite aos nossos atletas descontos nas propinas quando obtêm resultados de destaque”. K

6 A eCO2blocks, spin-off da Universidade da Beira Interior, foi a grande vencedora da final internacional da ClimateLaunchpad, a mais importante competição mundial de ideias de negócio com base em tecnologias ambientalmente responsáveis. A ideia, desenvolvida por João Castro, docente do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura, e por Pedro Humbert, doutorando em Engenharia Civil, alcançou a primeira vitória de uma equipa portuguesa no concurso, que este ano teve a participação de 135 concorrentes. Na Grande Final do ClimateLaunchpad, que teve lugar na cidade escocesa de Edimburgo, a 1 e 2 de novembro, a eCO2blocks ganhou ainda o prémio Sistemas de Construção Sustentável e vai agora participar no programa de aceleração da Climate-KIC. O projeto da eCO2blocks propõe a utilização de produtos para construção – blocos, por exemplo – feitos a partir de resíduos, dispensando o cimento e a utilização de água potável na sua produção e que endu-

recem a absorver CO2. O objetivo é fazer com que este produto amigo do ambiente chegue ao mercado e revolucione o setor da construção. “Temos agora o compromisso de concretizar este projeto no nosso país, pelo impacto positivo que tem para Portugal e para a sociedade. A produção de blocos e construção a partir da tecnologia que propomos, permite obter um produto com a mesma resistência, mas sem o impacto negativo das missões de C02, da utilização de água potável, de recursos minerais naturais e que ab-

sorve CO2. Para além das vantagens ambientais, permite uma produção 10 vezes mais rápida e não diminui postos de trabalho neste tipo de indústrias”, salienta o docente e investigador João Castro Gomes. A meta seguinte será “implementar uma pequena indústria na região onde está sediada a UBI”, refere ainda, para a seguir expandir esta tecnologia, a nível global, transformando as atuais indústrias de pré-fabricação para unidades que “reduzem o consumo de cimento e água potável”. K

Estudantes Na ubi

Lista B ganha no Conselho Geral 6 A Lista B saiu vencedora da Eleição dos Representantes dos Estudantes no Conselho Geral da Universidade da Beira Interior. Na votação realizada na quartafeira, dia 14 de novembro, alcançou 67% dos votos expressos, contra 33% da Lista A, conseguindo assim eleger quatro dos cinco lugares em disputa. Com base nos resultados apurados, a Lista B elegeu Paulo Ale-

xandre Nunes Silva (1.º Ciclo de Engenharia Informática), Manuel Pimentel Maia (Mestrado Integrado em Medicina), Marta Santos Duarte (1.º Ciclo em Gestão) e Ana Alexandra Flores da Silva (1.º Ciclo em Bioquímica). A aplicação do Método de Hondt determinou que o número 1 da Lista A, André Silva Perquilhas Baptista (Mestrado em Engenharia Informática), fosse também eleito. K

www.ensino.eu

MOVE UP’18 – Students Fashion Show

Covilhã capital da moda 6 A Faculdade de Engenharia da Universidade da Beira Interior foi o palco escolhido para a realização do desfile dos trabalhos dos alunos dos mestrados em Design de Moda (UBI) e de Branding e Design de Moda (UBI/IADE-EU), que decorreu a 26 de outubro e incluiu ainda a apresentação da coleção Primavera/Verão do estilista Carlos Gil, que encerrou o evento com uma marca de expressão internacional. Organizado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis, o MOVE UP’18 foi o evento escolhido para outro momento importan-

te para o futuro do sector nacional, a apresentação do programa “Fashion From Portugal 4.0” pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). O plano passa por investir na via digital para aprofundar a estratégia de internacionalização, procurando alargar os públicos e mercados e reforçar a sua imagem como uma indústria moderna e inovadora. Prevê-se um investimento de 670 mil de euros para esta estratégia. O lançamento do programa da ATP antecedeu o momento em que a atenção se dirigiu para a passe-

relle. Começou com o desfile dos participantes do Concurso PFN, organizado pela Associação Selectiva Moda (ASM), parceira do MOVE’18, seguindo-se os resultados do Concurso Upcycling Project By TAP. Os modelos desfilaram com os trabalhos de aproximadamente 20 alunos dos dois mestrados. “Os alunos tiveram contacto com as várias técnicas e tecnologias, que estão adaptadas o mais possível à realidade da indústria têxtil e vestuário da atualidade”, salienta Madalena Pereira, docente da UBI e membro da organização do MOVE UP’18. K

NOVEMBRO 2018 /// 05




 

Alentejo – cadeias curtas

Évora lança desafio

Universidade de Évora

Quintino vence prémio 6 Quintino Lopes, investigador do IHC_CEHFCi_UÉ, recebeu o prémio para Publicações Internacionais de Jovens Investigadores da Associação Portuguesa de História Económica e Social (APHES), pelo artigo “The National Education Board (1929-36) and scientific research in Portugal“, publicado em 2017 no Portuguese Journal of Social Science. O artigo científico premiado faz parte do trabalho que Quintino Lopes desenvolveu para a sua Tese de Doutoramento e debruça-se sobre a história da Junta de Educação Nacional. Para o autor, “foi um trabalho que permitiu organizar e divulgar o conhecimento que possuía sobre a actividade da Junta de Educação Nacional (1929-36), revelando como a primeira instituição em Portugal a

planear e financiar a investigação científica potenciava uma prática de ciência de feição europeia e com níveis de qualidade reconhecidos internacionalmente”. Este prémio da APHES “representa o reconhecimento pelas novas agendas de investigação oriundas da História da Ciência, as quais, nomeadamente no referente ao estudo das práticas e políticas científicas no Estado Novo, podem introduzir novas questões e leituras interpretativas”, sublinha o investigador. O prémio foi atribuído na passada sexta-feira, dia 16, durante o XXXVIII Encontro da APHES, subordinado ao tema “ O género na história económica e social”, que decorreu na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Quintino Lopes é doutorado em História e Filosofia da Ciência pela Universidade de Évora, com a dissertação “A Junta de Educação Nacional (1929/36): traços de europeização da investigação científica em Portugal”. Mestre em Estudos Históricos Europeus (Séculos XIX e XX – 2.º ciclo de Bolonha), em 2010, pela Universidade de Évora, com a dissertação “Portugal – 1940. A Internacionalização dos Cientistas do VIII Congresso do Mundo Português”); Licenciado em História (ensino de) pela mesma instituição em 2003. É investigador integrado doutorado do Instituto de História Contemporânea – grupo Ciência, Estudos de História, Filosofia e Cultura Científica. K

6 A Universidade de Évora (UÉ), através do projeto Newbie, acaba de lançar o Prémio Alentejo — Cadeias Curtas de Comercialização para novos empresários agrícolas. As candidaturas estão abertas até 15 de dezembro de 2018. O objetivo deste prémio promovido pelo projeto europeu Newbie, que conta com a participação do Instituto de Ciências Agrárias Mediterrânicas (ICAAM) da UÉ, é premiar novos modelos de negócio que resultam de formas inovadoras de ultrapassar as dificuldades/barreiras com que os novos empresários agrícolas se deparam quando se tentam estabelecer num negócio agrícola. No Newbie, os novos empresários agrícolas são definidos como qualquer pessoa que inicia um negócio agrícola ou que se envolve num negócio agrícola já existente. São pessoas de um amplo leque de idades, experiências agrícolas e recursos e podem entrar na agricultura em qualquer fase da sua vida profissional. Enfrentam

barreiras comuns relacionadas com o acesso à terra, força de trabalho, capital, mercado, conhecimento e as redes necessárias para adquirir estes recursos. Financiado pelo programa H2020, o projeto envolve 10 parceiros Europeus, desde consultores agrícolas, investigadores e ONG’s que procuram aliar a inovação e a investigação científica no apoio a novas empresas ou à incubação de novas empresas no sector agrícola. A rede Newbie oferece ainda uma plataforma única que junta novos empresários agrícolas, sucessores, consultores, investigadores e outros agentes importantes quer a nível regional, quer a nível nacional. Ao vencedor deste prémio será atribuído um vídeo de divulgação da exploração, uma placa indicativa do prémio, 500 euros em formação específica ou a visita a outro caso de inovação na Europa, bem como uma viagem a um encontro internacional do Newbie, com outros vencedores a nível europeu. K

Évora UÉ

Pensar o brincar 6 Investigadores e terapeutas nacionais e estrangeiros reuniram-se para refletir sobre a dança, o brincar, a relaxação, o toque, o ritmo e outras atividades corporais enquanto promotores da saúde e do bem-estar ao longo da vida. O Colóquio “Expressividade do corpo” decorreu nos dias 16 e 17 de novembro, na Universidade de Évora. Organizado em parceria com a l’Association pour la Formation PostUniversitaire en Psychomotricité (AFPUP, França), contou com cerca de 300 participantes. O stress, a ansiedade, a depressão, as dificuldades nas relações são alguns dos problemas mais comuns na nossa sociedade. Mas poderemos usar o corpo para os resolver? José Marmeleira, professor do Departamento de Desporto e Saúde da Escola de Ciências

06 /// NOVEMBRO 2018 06

e Tecnologia da UÉ, respondeu afirmativamente. Apresentando uma retrospetiva histórica das danças a pares afro-americanas em Paris no pósguerra, o Charleston da década de 1920, passando pelo Swing dos anos 30, até ao Be Bop dos anos 40 e o Rock ‘n Roll dos anos 50, o investigador, psicólogo clínico

Cibersegurança em debate

e bailarino francês Marc Guiose, considera que a análise sociopsicomotora da dança levanta a hipótese da nossa sociedade querer encontrar “um vínculo grupal”, em que se assume “uma função ampla e simbólica, numa abordagem de codificação comportamental que medeia o corpo um do outro”. K

6 A Universidade de Évora (UÉ) acolheu, no dia 14 de outubro, uma conferência sobre Cibersegurança, no sentido de promover a consciencialização não só dos seus utilizadores mas da sociedade em geral, no que diz respeito à segurança na e da Internet e aos dados pessoais. A engenharia social aplicada à segurança da informação foi um dos temas apresentados por Marco Matias, chefe da Divisão de Planeamento, Organização e Informática da Procuradoria-Geral da República (PGR), que reconheceu nesta prática “um dos maiores riscos de segurança para pessoas e organizações, ao utilizar técnicas de persuasão cada vez mais sofisticadas”, através de mensagens de correio eletrónico, redes sociais ou

mesmo por chamadas telefónicas, com o propósito de “convencer alguém de algo fictício”. Denunciar esta e outras técnicas fraudulentas às autoridades é, na sua opinião, “essencial”. Os “dados são o petróleo da era digital” sublinhou António Gameiro Marques, diretor geral do Gabinete Nacional de Segurança (GNS), estrutura que tem por objetivo contribuir para que o nosso país “use o ciberespaço de uma forma livre, confiável e segura, através da melhoria contínua da cibersegurança nacional e da cooperação internacional”, alertando que “a privacidade é um valor muito valioso para todos nós”, referindo-se entre outros, ao caso da Cambridge Analytica, empresa pivô no escândalo da rede social Facebook. K


Dia da Universidade de Évora

Reitora anuncia novas residências 6 A Universidade de Évora assinalou, a 1 de novembro, o seu Dia, numa data em que a reitora da instituição, Ana Costa Freitas, traçou algumas prioridades para a instituição e anunciou a criação de mais residências para os estudantes. A reitora pretende que a UÉ seja reconhecida como indispensável para o desenvolvimento nacional e internacional nas suas áreas âncoras. “É nossa missão atingir a excelência na investigação e no ensino, nas ciências e tecnologia, nas humanidades, nas artes e na saúde em benefício da sociedade”, disse, acrescentando que para tal, é essencial reforçar as cátedras de investigação em diferentes áreas, nomeadamente uma cátedra financiada na área do património e uma cátedra de docência. Ana Costa Freitas aproveitou a sessão solene para anunciar a construção de novas residências universitárias, junto às piscinas municipais de Évora, com capacidade de 300 camas, nas Alcaçarias e outra no espaço dos Leões. A reitora espera que no próximo ano letivo, a UÉ disponha de mais 400 camas, contribuindo assim para colmatar as dificuldades a este nível existentes na cidade. No seu discurso, Ana Costa Freitas considerou serem prioridades da Universidade “apoiar e valorizar os recursos humanos; melhorar a experiência do estudante; reforçar a diversidade; ganhar o apoio e reconhecimento externo para a investigação e o ensino; e agir corajosamente e de forma inovadora, procurando novas oportunidades”. Já Ana Rita Silva, presidente da Associação Académica da UÉ (AAUE), defende “maior interligação entre os estudantes e os agentes culturais e o tecido empresarial da cidade e da região”, esperando ainda que a redução no valor das propinas anunciadas pelo governo, não coloque em causa os benefícios sociais atribuídos aos estudantes do superior. Em representação dos Funcionários não Docentes da UÉ, Cristina Centeno, diretora dos Serviços de Ação Social da UÉ (SASUE) recordou que estes são “indispensáveis e cuja ação essencial para o funcionamento e processo de construção de uma entidade multifacetada, como é a universidade”. Seguiu-se a Lição Inaugural proferida por Salvador Abreu, professor catedrático do Departamento de Informática da Escola de Ciências e Tecnologia, sobre o tema “Arquiteturas Computacionais”. Sob proposta da Escola de Ci-

Santander Totta entregou vários prémios

Ensino Magazine distinguiu mérito académico

ências e Tecnologia, aprovada pelo Conselho Científico foram reconhecidos nesta cerimónia, com o título de professor emérito da Universidade de Évora, Carlos Alberto dos Santos Braumann, professor catedrático aposentado e antigo reitor da Universidade de Évora, e José Antunes Afonso de Almeida, professor catedrático aposentado e antigo vicereitor da mesma Universidade, por excecional mérito nas suas funções. Durante a sessão houve, ainda, lugar para a imposição das insígnias doutorais aos mais recentes doutores e foram atribuídos prémios de mérito relativos ao desempenho académico e cientifico da Academia.

Ricardo Alexandre do Carmo, do curso de Engenharia Mecatrónica, foi distinguido com o Prémio Escolar, por ter concluído a licenciatura com melhor classificação final. Já as Bolsas de Mérito do Programa Alumini Eugénio de Almeida foram entregues a António Ângelo Viegas Fialho Raimundo, Ludgero Miguel Carraça Glórias, e a Inês do Carmo Ferreira Rosa, respetivamente, os melhores estudantes finalistas dos cursos de Gestão, Economia e Sociologia. A Bolsa Peter Vogelaere foi atribuída a Beatriz da Silva Carvalho, aluna que concluiu a licenciatura em Ciências do Desporto, prosseguindo

agora os seus estudos no mestrado em Exercício e Saúde da UÉ. Entregue por João Carrega, diretor do Jornal Ensino Magazine, a Bolsa de Mérito com o mesmo nome, foi entregue a Nuno Filipe Marques Carriço, aluno que concluiu o 1.º ano do curso de Engenharia Informática em 2016/2017, com a média mais elevada. A aluna da licenciatura em Química, Raquel Eustáquio, foi galardoada com o Prémio de Mérito da Sociedade Portuguesa de Química, entregue por Adelino Galvão, professor e secretário-geral do Conselho Executivo desta Sociedade. Telma Catarina Matos Marques foi a estudante galardoada com a Bolsa de Mérito TravelPort, atribuída à estudante que concluiu a licenciatura em Turismo no ano letivo 2017/2018 com média final mais elevada, obtendo ainda o estatuto de bolseiro da ação social. Lisa Bunge, aluna da licenciatura em Engenharia de Energias Renováveis, que ingressou no ano letivo 2018/2019 com a média de 19,2 valores, foi reconhecida com o Prémio de Mérito Santander Universidades. O Prémio Excelência Académica Santa Casa da Misericórdia de Évora destacou a estudante Sara Cristina Cartaxo Romeiro, pela dissertação de mestrado “Práticas de Responsabilidade Social: Estudos de Caso em Instituições Particulares de Solidariedade Social”. Foram ainda conhecidos os galardoados com o Prémios Santander de Internacionalização da Produção Científica da Universidade de Évora 2017, fruto de uma parceria entre Universidade de Évora e o Banco Santander Totta, envolvendo um valor global que ronda os 30 mil euros, visando distinguir os docentes e in-

vestigadores e a unidade de investigação, que mais tenham contribuído para a notoriedade internacional desta universidade. Por ordem de seriação, viram o seu trabalho reconhecido, Marta Ferreira Laranjo, investigadora do ICAAM - Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas; José Mirão, docente do Departamento de Geociências; Nicola Schiavon, investigador do Laboratório HERCULES; Márcia Barbosa, investigadora do INBIO/CIBIO.UE- Rede de investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva; Fátima Baptista, docente do Departamento Engenharia Rural; Ana Teresa Fialho Caeiro Caldeira, docente do Departamento de Química; Teresa Pinto Correia, docente do Departamento de Paisagem, Ambiente e Ordenamento; Elsa Lamy, Investigadora do ICAAM -Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas; Maria do Rosário Caeiro Martins, docente do Departamento de Química e Ana Cardoso de Matos, docente do Departamento de História. O laboratório HERCULES venceu o prémio na categoria Unidades de Investigação, entregue por Duarte Rodrigues, diretor institucional do Santander Universidades a José Mirão, investigador e diretor adjunto daquele Laboratório. Criado em 2009 que se dedica ao estudo e valorização do património cultural, com especial enfase na integração de metodologias das ciências físicas e dos materiais em abordagens interdisciplinares. O encerramento da sessão esteve a cargo de Constantino Sakellarides, presidente do Conselho Geral da Universidade de Évora, a que se seguiu o habitual Cortejo Académico e as atuações de Grupos Académicos no Claustro do Colégio do Espírito Santo. Integrada no programa, foi inaugurada a Exposição «Uma Faixa e uma Rota» patente no Centro do Mundo do Colégio do Espírito Santo, na presença do embaixador da República Popular da China, Cai Run, e do presidente do Observatório da China, Rui Lourido, momento escolhido pela reitora da UÉ para recordar a relação antiga e profunda entre Portugal e a China, “desempenhando esta Universidade, desde os tempos da sua fundação, um papel activo nessa relação”. A marcar o final das comemorações do 459º aniversários sobre a fundação da Universidade Jesuíta, em 1559, teve lugar o Concerto pela Orquestra de Sopros do Departamento de Música da Universidade de Évora, sob direção do maestro Yan Mikirtumov. K

NOVEMBRO 2018 /// 07 07




 

Jovens Empreendedores Sociais

Europeia com Programa Empreendedorismo e Inovação

Coimbra ganha concurso 6 O projeto Intelligent Forest Management Technologies (INFORMAT), proposto por Carlos Xavier Viegas, investigador do Instituto de Sistemas e Robótica e da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Coimbra (FCTUC), ganhou o primeiro prémio na categoria de Desenvolvimento Rural do Concurso Empreendedorismo e Inovação, promovido pelo Crédito Agrícola. O projeto está centrado no desenvolvimento e aplicação de fer-

ramentas tecnológicas no apoio à gestão da floresta e terrenos rurais. O atual paradigma da gestão florestal e corte de vegetação com apoio de meios mecanizados assenta essencialmente no uso de ferramentas manuais (moto-roçadoras), ou máquinas florestais tripuladas. Em ambos os casos, o trabalhador está sujeito ao contacto com as ferramentas de corte, à projeção de pedras, elevados níveis de ruído, poeira e vibração. Carlos Xavier Viegas explica que “começam já a ser dissemi-

nados meios robotizados para este trabalho, baseados em plataformas controladas por um operador à distância. Embora esta solução, em teoria, permita um distanciamento do operador em relação à máquina de corte, na prática o trabalhador precisa de estar nas imediações da máquina, que é cega, para poder operá-la e desviá-la de obstáculos. O INFORMAT pretende dotar estas máquinas de sensores e de inteligência que lhes permitam funcionar de modo semiautónomo”. K

6 Explicame.pt, Just a Change, APAC Portugal, Menos e Revolução das Minhocas foram os cinco melhores projetos selecionados na 1ª edição do Programa Jovens Empreendedores Sociais, promovido pela Universidade Europeia, Laureate International Universities e International Youth Foundation, sendo também apoiado pela Forum Estudante e pela Ashoka Portugal. Em avaliação estiveram 44 projetos empreendedores de carácter social e ambiental que foram analisados por especialistas desta área. O desafio foi dirigido a jovens entre os 18 e os 29 anos, fundadores ou cofundadores de iniciativas que procuram a transformação social baseada na equidade, justiça e na proteção do meio ambiente. Os critérios de eleição basearam-se na capacidade de liderança,

impacto social, sustentabilidade e visibilidade dos projetos e dos seus jovens líderes que atuam como personalidades inspiradoras de uma sociedade melhor. Os cinco vencedores rumam agora Madrid para uma semana de formação onde terão contacto com uma poderosa rede de contactos e com os vencedores de antigas edições do Programa Jovens Empreendedores Sociais, em Espanha. Os jovens líderes contam ainda com a mentoria dos Ashoca fellows portugueses e vão ver os seus projetos divulgados pela rede internacional da Laureate International Universities e integrados na rede de jovens empreendedores YouthActionNet que conta, mundialmente, com cerca de 1500 membros em mais de 90 países. K

Consórcio Unorte.pt

Mais aposta na tecnologia 6 As equipas reitorais das universidades do Minho, do Porto e de Trás-os-Montes e Alto Douro consideram fundamental a aposta da região no investimento em investigação e inovação e na garantia de financiamentos institucionais competitivos com base em fundos estruturais. Defendem ainda que o futuro da região passa pela geração, atração e fixação de talento capaz de criar riqueza e assegurar a criação de valor, a partir do conhecimento e da criatividade, num contexto de articulação com o tecido social, económico e institucional. O alerta foi lançado na sequência de uma reunião do consórcio UNorte.pt, que decorreu em outubro, em Vila Real, na qual foi ainda reafirmada a importância crítica para o consórcio e a região dos projetos estratégicos de Investigação e Desenvolvimento (I&D) preparados pelo UNorte.pt nos eixos estruturantes da estratégia regional de especialização inteligente.

08 /// NOVEMBRO 2018 08

Honoris Causa Aqueles projetos aguardam abertura de um aviso pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) ao abrigo do Norte 2020. A preocupação das universidades centra-se no modo como as universidades estão a ser confrontadas com alterações de regras de execução orçamental de alguns programas apoiados por fundos regionais e a importância de uma boa utilização dos fundos da reprogramação.

No final da reunião, os reitores Rui Vieira de Castro, António Sousa Pereira e António Fontaínhas Fernandes adiantaram que o consórcio pretende organizar uma iniciativa regional, aberta a outras instituições e organizações, com vista a contribuir para a construção de uma agenda da região Norte para próxima década e para o desenvolvimento de uma região que se quer mais coesa, mais competitiva, mais próspera e mais justa. K

UAlg atribui 6 A Universidade do Algarve vai atribuir o título de Doutor Honoris Causa a Joaquim Antero Romero Magalhães, no dia 12 de dezembro, data em que a UAlg comemora mais um aniversário, com uma cerimónia pública aberta à comunidade, que também marcará o início das comemorações do 40º aniversário da instituição. A proposta foi apresentada pelo Conselho Científico da Faculdade de

Ciências Humanas e Sociais (FCHS) e pelo Conselho Científico da Faculdade de Economia (FE) e aprovada, por unanimidade, pelo Senado Académico da UAlg, no dia 26 de setembro de 2018. Para Paulo Águas, reitor da UAlg, “trata-se de um justo e merecido reconhecimento a um brilhante académico algarvio, com um contributo inestimável para o estudo da história económica da região”. K


Mérito académico

Magazine e Santander entregam prémios 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco premiou o mérito académico dos seus melhores alunos, através das empresas e entidades parceiras. Assim, foram entregues os prémios da Câmara de Castelo Branco, Câmara de Idanha-a-Nova, Junta de Freguesia de Castelo Branco, Ensino Magazine,

Santander Totta (instituição que também assinou um protocolo de cooperação com o IPCB), Pedro Agapito Seguros e Aptiv. Foi ainda entregue a Henrique Gil o prémio “Repositório Científico”. Na cerimónia foram também homenageados os funcionários que completaram 25 anos de Politécnico. K

IPCB e autarquia

Trabalho de equipa para reforçar o IPCB 6 O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, destacou a importância do Instituto Politécnico para a região, mostrando total disponibilidade para um trabalho em conjunto. O autarca considera que há equipamentos que podem ser potenciados pelos ex-alunos da instituição e deu como exemplo a Fábrica da Criatividade que em breve será inaugurada e o Centro de Apoio Tecnológico ao Agro Alimentar. O autarca adianta que “a Câmara de Castelo Branco contará sempre com o IPCB para concretizar projetos nas diversas áreas, da economia à cultura, passando pelas artes”, sublinhando que “esta é uma cidade excelente para se estudar, para se viver e para se investir. E por isso criámos condições positivas para fixar estudantes que saem do IPCB, permitindo-lhes que desenvolvam ideias de negócio ou outros projetos”. Luís Correia respondia assim às palavras de António Fernandes, no desejo das duas instituições serem parceiras.

“As Instituições que lideramos só podem estar juntas. É do trabalho conjunto, muitas vezes complementar, que conseguimos evoluir. Todos temos a ganhar”, disse o presidente do IPCB. Também Vitor Santos, presidente do Conselho Geral do IPCB, salientou a importância da instituição, falando também dos desafios que se lhe colocam. Já Pedro Dominguinhos, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, abordou alguns desafios com que este subsistema de ensino se debate. K

38º aniversário

IPCB quer ser universidade 6 O presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco considera que a mudança de nome dos politécnicos para universidades politécnicas é algo que deve ser concretizado. António Fernandes aproveitou a sessão solene do 38º aniversário da instituição para se referir a essa questão, ficando no ar a “desejada” mudança para Universidade Politécnica de Castelo Branco. A cerimónia decorreu a 29 de outubro, um dia depois da data oficial que este coincidiu com um domingo. Citando no seu discurso o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos e presidente do Politécnico de Setúbal, Pedro Dominguinhos, António Fernandes referiu: “a denominação dos Politécnicos deve ser repensada. Mantendo o sistema binário, deve alterar-se a denominação para Universidades Politécnicas. Universidade por ser uma denominação global comummente aceite pela sociedade que facilita a identificação a nível internacional e permite eliminar o estigma social existente. Eu acrescento, ainda algum estigma social existente. Politécnico por permitir a diferenciação e continuidade de um sistema com 40 anos de existência”. O presidente do IPCB considerou que a atribuição do grau de doutoramentos por parte dos politécnicos é uma oportunidade que deve ser aproveitada. No caso do IPCB, salientou as seis unidades de investigação criadas, as quais com a investigação produzida serão determinantes para que venham a ser ministrados

doutoramentos na instituição. “A acreditação de ciclos de estudos conducentes ao grau de doutor depende da existência de ambientes próprios de investigação de elevada qualidade, designadamente considerando os resultados da avaliação das unidades de I&D, regularmente realizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e a integração alargada dos docentes desse ciclo de estudos em unidades com classificação mínima de Muito Bom na área científica correspondente. A atribuição do grau de doutor deixa assim de estar dependente do subsistema a que pertence a instituição. Deixa de ser um impedimento legal e passa a depender de um conjunto de critérios objetivos que são iguais para universidades e politécnicos. (…) Mas, alcançar este objetivo obriga a uma mudança legislativa na Lei de Bases do Sistema Educativo e no Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior”, explicou. Para António Fernandes, “esta evolução do IPCB para um nível organizacional científico-tecnológico que estimula os valores intrínsecos das atividades de investigação terá forte impacto na Instituição permitindo a criação de grupos fortes de investigação que diferenciam a instituição em termos de oferta formativa e de onde programas de doutoramento podem emergir, focados na inovação e criação de novas soluções em plena interface com o tecido organizacional, tanto empresarial como institucional”. Nesta matéria, o presidente do IPCB destacou também o imen-

so capital humano do Politécnico, o que me permite “afirmar que seremos capazes de, com visão e estratégia, saber aproveitar as oportunidades futuras ao nível do ensino, da investigação, da prestação de serviços bem como no quadro das artes, da cultura, do desporto, da tecnologia ou do pensamento”. O presidente do Politécnico aproveitou a oportunidade para enumerar os desafios que se colocam ao IPCB. António Fernandes destacou três que considera principais, a saber: “sustentabilidade demográfica; sustentabilidade financeira; e ajuste de escala”. António Fernandes diz estar “fortemente apostado no absoluto rigor financeiro do IPCB. Uma das primeiras prioridades é equilibrarmos financeiramente a instituição. Tomámos algumas medidas. Algumas difíceis. Pouco populares. Mas estamos convictos que é assim que deve ser e é assim que tem que ser. Temos uma estrutura organizacional pesada que implica custos fixos elevados e níveis de eficiência com potencial de melhoria”. O presidente do IPCB diz que a “reorganização do IPCB merece ampla discussão. Sinto inclusivamente que as pessoas têm vontade de participar nesse processo de reconstrução. A designação das Escolas, as formações ministradas, a complementaridade entre Escolas e as diferenças existentes na faixa etária do corpo docente, nas necessidades de contratação, no número de alunos, na atratividade dos cursos, são, entre outros, fatores que exigem debate”. K

NOVEMBRO 2018 /// 09 09


Ex-Ministra defende mais alunos no superior

“Há que atrair os jovens” 6 A ex-ministra da Ciência e do Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho, considera que a democratização do ensino superior só pode “ser cumprida com uma política de recrutamento mais alargada”. A deputada europeia falava durante a sessão solene do 38º aniversário do Politécnico de Castelo Branco, que decorreu segunda-feira, no auditório da Escola Superior de Tecnologia. Maria da Graça Carvalho diz que aquele será um dos desafios que o ensino superior enfrenta. “Isso implica reformular o acesso ao ensino superior, sobretudo para os alunos que concluem o ensino profissional, onde só cerca de 20% prosseguem estudos para cursos superiores”. Uma percentagem que no caso dos alunos que concluem o ensino secundário na via científico-humanística é superior a 80%. A antiga ministra do Ensino Superior refere que “é preciso atrair mais jovens para o ensino superior”, frisando que “essa democratização não pode ser sinónimo de menos exigência”. E para haver igualdade de acesso para to-

Internacional dos os alunos, “não basta mudar o regime de acesso, pois devem também ser criadas condições de equidade, como o apoio social”. E deu o exemplo dos estudantes deslocados, que na sua opinião “são um fator de falta de equidade, devido aos custos associados”. Por isso, importa intervir ao nível das residências de estudantes. “Os apoios são importantes para que haja uma continuidade no percurso académico”, assegurou. Maria da Graça Carvalho falava sobre “os principais desafios

dos sistemas de ensino superior, ciência e inovação em Portugal”. A ex-ministra diz ser necessário “um sistema que se adapte a um percurso de educação multidisciplinar, centrado no aluno”. Falou ainda do desafio que a revolução digital traz ao ensino superior e à ciência e criticou o facto do nosso pais “continuar a ter uma visão fragmentada sobre ensino superior, ciência e inovação. Temos que ter instituições de ensino superior abertas à sociedade e ao mundo (…)”. K

Docente da Esart ganha prémio 6 O docente da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Jaime Reis, foi o único português a ganhar o prémio Russolo, um dos mais prestigiados galardões na área da composição de música eletroacústica, na sua edição de 2018. Em nota de imprensa, o Politécnico explica que “a competição contou com 138 participantes, dos quais apenas sete chegaram à etapa final”. O docente da ESART-IPCB e compositor é também fundador do festival itinerante DME (Dias de Música Eletroacústica), cuja

primeira edição decorreu em 2003 na Polónia e foi, em novembro, finalista na competição Métamorphoses, em Bruxelas. O prémio foi atribuído também aos compositores Renaud Bajeux, Lisandro Barbato, François Buffet, Jean-Louis Hargous, Hamish Hossain e Pedro Linde. O prémio Russolo foi criado em 1979 em homenagem ao compositor e pintor italiano Luigi Russolo. A organização do prémio é desde 2010 da responsabilidade do Studio Forum, em colaboração com a fundação Russolo-Pratella. K

O Congresso decorreu na ESE H

Com visita à cidade

IPCB faz receção aos alunos 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), em parceria com a Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa (Acicb) promoveu, no passado dia 31 de outubro, uma receção aos novos alunos da instituição. A iniciativa incluiu uma sessão de boas-vindas junto aos serviços centrais do IPCB, onde o presidente da instituição, António Fernandes, desejou as melhores felicidades aos novos alunos, sublinhando a importância de terem escolhido o Poli-

010 /// NOVEMBRO 2018 10

técnico de Castelo Branco. Também Sérgio Bento, presidente da Acicb, deu as boas vindas aos novos alunos, convidando-os a usufruírem da cidade. A iniciativa, de caráter informal, pretendeu mostrar a cidade e algumas das empresas que se quiseram associar ao evento. Os alunos e os responsáveis das duas instituições percorreram algumas ruas da cidade, a pé, tendo sido recebidos na Junta de Freguesia e na Câmara, pelos seus presidentes, Leopoldo Ro-

drigues e Luís Correia. O presidente do município elogiou a escolha dos alunos e destacou tudo aquilo que a cidade lhes pode proporcionar no presente e no futuro. Os alunos participaram depois, na Praça de Castelo Branco, numa atividade com empresários locais, onde cada uma das escolas teve oportunidade de interagir. No final ainda houve tempo para o jogo da roda da sorte do Ensino Magazine, com muitos prémios para todos. K

Castelo Branco

Seminário de leitura na Escola de Educação 6 O II Seminário de Promoção da Leitura e da Escrita decorreu este mês no Auditório da Escola Superior de Educação de Castelo Branco, numa iniciativa da Rede Internacional de Universidades Leitoras e do Conselho Pedagógico daquela escola. O evento foi direcionado a futuros educadores e professores. Nesta edição estiveram pre-

sentes os professores convidados Aurora Martínez Esquerro, da Universidade de La Rioja (Logroño) e Ángel Suarez Muñoz, da Universidade da Extremadura (Badajoz), que pertencem a instituições que integram a RIUL. Foi também convidada a professora Eliane Debus, da Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil). K


Pessoas dependentes

IP Leiria abre ano letivo

IPLeiria com plataforma de cuidadores

Vem aí a Universidade politécnica?

6 O Centro de Inovação em Tecnologias e Cuidados de Saúde (CiTechCare) do Politécnico de Leiria apresentou estye mês de novembro a plataforma ‘Help2Care – Apoiar no autocuidado de utentes e cuidadores’, um projeto multidisciplinar que visa desenvolver um modelo de capacitação dos cuidadores informais e da pessoa dependente, para o autocuidado. O projeto inclui ainda um manual de apoio ao cuidador (físico, áudio e vídeo), uma plataforma online (com website público, backoffice para os profissionais de saúde, e aplicação para os cuidadores informais), além de um guião com o modelo de capacitação. Financiado pela FCT, Compete 2020 e União Europeia, vem dar resposta a uma necessidade premente na região centro e no País, face ao aumento do número de cuidadores informais, que se estima chegar aos 800 mil no País. Maria dos Anjos Dixe, coordenadora do CiTechCare e docente da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria, que lidera o projeto, explica que “é importante dar apoio aos cuidadores através da capacitação para cuidar do seu familiar, mas também para promover o seu autocuidado, a fim de promover a sua saúde prevenindo a exaustão”, acrescentando que “a plataforma dá-lhe acesso, personalizado (gerido por profissionais de saúde) aos materiais, nomeadamente textos, imagens e vídeos demonstrativos de procedimentos/técnicas, e informações necessárias para apoiar o cuidador informal, no cuidar da pessoa dependente e no autocuidado. Através da aplicação o cuidador informal poderá ainda ter apoio dos profissionais de saúde ligados à plataforma”. O Help2Care resulta de um projeto em rede, interdisciplinar, colaborativo, multirregional e de investigação baseada na prática, que envolve estudantes, docentes, e profissionais de saúde, e que é liderado pelo CiTechCare do Politécnico de Leiria, e copromovido pela Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco, pela Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Santarém e pelo Centro Hospitalar de Leiria. Os conteúdos da plataforma foram todos produzidos por investigadores, profissionais de saúde e estudantes, e estão em permanente atualização, sendo que a plataforma online e a app incluem feedback dos profissionais de saúde às questões dos utilizadores. O Help2care inclui conteúdos, entre texto, vídeos exemplificativos, e áudios, acessíveis e de fácil compreensão. K

6 O presidente do Instituto Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa, abriu a cerimónia formal de início de ano letivo afirmando que se a instituição “tivesse uma única prioridade, seria a da alteração da designação para Universidade Politécnica de Leiria”, para ter uma denominação “condizente com a missão e plenitude funcional do Politécnico de Leiria, determinante e diferenciadora, sem preconceitos”. Na sessão solene de abertura do ano letivo, Rui Pedrosa deixou ainda claros os vários constrangimentos de ordem orçamental que poem em causa a sustentabilidade da instituição, nomeadamente um deficit orçamental para 2019 fruto das alterações legislativas. Rui Pedrosa destacou ainda a emergência da implementação de políticas governamentais que promovam e adjudiquem esse esforço - como a outorga de doutoramentos, a alteração da designação e a criação de uma nova fórmula de financiamento do ensino superior - que mais não é que uma valorização do ensino superior nacional. “O Politécnico de Leiria cumpre em pleno a sua responsabilidade de instituição de ensino superior pública, quer ao nível nacional, quer num contexto internacional”, destacou, lamentando que esta seja uma realidade que não tem merecido a devida atenção. Sobre as dificuldades orçamentais, deixou clara a sua preocupação: “Terá que chegar, obrigatoriamente, um reforço financeiro ao Politécnico de Leiria, sob pena de termos de bloquear todas as aquisições de bens e serviços até ao final do ano por falta de disponibilidade de tesouraria. Fruto do aumento das despesas exclusivamente decorrentes de alterações legislativas, faltam-nos aproximadamente 600 mil euros de reforço via Orçamento de Estado”. A política de financiamento do ensino superior é uma das preocupações, partilhada pelo Conselho Geral (CG) do Politécnico de Leiria. O seu presidente, Pedro Lourtie, lembrou que a instituição “tem uma das verbas de financiamento por aluno das mais baixas do país, o que cria uma série de constrangimentos, não favorece o seu trabalho e diminui as respostas que pode dar à região”. Além das preocupações do CG com o financiamento ao ensino

superior, Pedro Lourtie relembrou que a possibilidade legal de atribuir doutoramentos pelo Politécnico de Leiria uma necessidade absoluta e justa, pelo “número significativo de doutorandos que fazem todo o seu trabalho aqui, com empresas da região e ao serviço das suas necessidades, mas que não são legalmente doutorados do Politécnico de Leiria”. O presidente do CG falou ainda dos exames exigidos para o acesso ao

ensino superior, que “diminuem abruptamente o número de estudantes que conseguem ingressar no ensino superior, e são um sinal de falta de confiança nas instituições. É necessária mais flexibilidade nas instituições”, destacou. A sessão solene de abertura do ano letivo foi ainda marcada pela atribuição de prémios e distinções vários. D. António Marto, cardeal, e bispo da Diocese de

Leiria-Fátima, e Joaquim Menezes, engenheiro e empresário, que fez parte da comissão instaladora do Politécnico de Leiria e é hoje membro do seu Conselho para a Avaliação e Qualidade, foram os homenageados com a distinção honoríficas professor honoris causa. Maria Fernanda Rollo foi a preletora da oração de sapiência, que traçou um quadro da realidade económica e social única da região de Leiria. K

6 Ensino Magazine Atribui bolsa de mérito Durante a abertura do ano letivo do Instituto Politécnico de Leiria, o Ensino Magazine entregou uma bolsa de mérito monetária a um dos melhores estudantes da instituição. A aluna Anna Wu Chen, da licenciatura em Tradução e Interpretação Português/Chinês - Chinês/ Português, da Escola do Politécnico de Leiria: Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, com a média de 19,433 valores, foi a vencedora. Anualmente o Ensino Magazine associa-se ao Politécnico de Leiria na atribuição dos prémios de mérito, distinguindo um dos seus melhores alunos. A entrega da bolsa foi feita pelo diretor da publicação, João Carrega, e pelo seu diretor fundador, João Ruivo, tendo sido recebida pela diretora da escola, Sandrina Milhano, uma vez

que a aluna se encontrava no estrangeiro. A entrega de bolsas de mérito pelo Ensino Magazine faz

parte da política social da publicação, que anualmente entrega bolsas monetárias aos melhores alunos das instituições parceiras.

NOVEMBRO 2018 /// 011 11


Secretário de Estado do Ensino Superior afirma

Ensino superior deve «pescar» no profissional 6 Com a demografia a ser um peso elevado para as instituições de ensino superior, sobretudo as do interior do país, devido à diminuição do número de jovens estudantes em idade de concluir os estudos do secundário ou profissional, o desafio dos politécnicos e das universidades passa por fazer com que mais estudantes possam ingressar em cursos superiores. A ideia foi defendida pelo novo secretário de Estado do Ensino Superior, Sobrinho Teixeira. “Uma das missões que têm que ter (as instituições de ensino superiores e as escolas profissionais) é fazer com que mais jovens que terminam o ensino profissional prossigam estudos no superior”, disse. O governante falava na sessão de encerramento do I Fórum Nacional do Ensino Agrário que juntou na passada sexta-feira, na Escola Superior Agrária de Castelo Branco, dirigentes de escolas profissionais e escolas superiores ligadas ao setor agrícola. “Enquanto que no ensino secundário na área científico-humanística cerca de 85% dos jovens entram no ensino superior, no profissional a percentagem não chega aos 20%”. Por isso, Sobrinho Teixeira defende uma maior aproximação entre os dois sistemas de ensino: “Tem que haver uma ligação entre os professores das escolas profissionais e das escolas superiores”. Essa aproximação pode ser feita por via de vários projetos, até mes-

Ensino Superior mo de investigação. “Todos ficarão a ganhar e, deste modo, pode-se potenciar que os alunos prossigam estudos. Conseguir levar por diante uma ação concertada para que mais jovens do ensino profissional prossigam estudos é importante”, considerou. Numa outra perspetiva, Sobrinho Teixeira disse que “a influência da mãe dos alunos é determinante para o prosseguimento de estudos dos filhos e na sua motivação. No caso do ensino profissional, os professores podem, muitas vezes, substituírem-se às mães. E se as escolas superiores agrárias e o ensino politécnico fizerem essa ligação, será muito benéfico”. As palavras de Sobrinho Teixeira vieram ao encontro do que também defendeu António Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, o qual referiu que “não se podem desperdiçar” tantos alunos. O Secretário Estado abordou

ainda o modo de acesso dos alunos do ensino profissional no ensino superior. “Eles não podem ser avaliados por matérias que nunca deram”, frisou. Sobre as escolas superiores agrárias (ESA’s), Sobrinho Teixeira destacou “a introdução de conhecimento nos setores primário e secundário. Toda a investigação, mais cedo ou mais tarde, será utilizada”. O governante deu como exemplo o setor vitivinícola. “A este setor valeu a introdução de conhecimento. A vossa missão (escolas agrárias) é introduzirem conhecimento nos processos. Este é um desafio nacional. Deste modo valorizaremos os nossos produtos”. Sobrinho Teixeira daria ainda alguns exemplos onde esse conhecimento pode ser aplicado, quer para dar resposta às alterações climáticas, às doenças e pragas, quer no desenvolvimento da agricultura de precisão, precavendo o futuro com o conhecimento. K

Docente do IPCB em congresso internacional 6 Ana Pinto, docente da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova e co-coordenadora da licenciatura em Secretariado da Escola Superior de Educação do Politécnico de Castelo Branco, participou no XXXVII Encontro Nacional/14º Congresso Internacional da Associação Portuguesa de Profissionais de Secretariado e Assessoria. Em nota de imprensa, o Politécnico revela que no evento, subordinado ao tema “A Era Digital e Ética

- a tecnologia, a liderança, o eu”, Ana Pinto participou como oradora no Workshop sobre o ensino do Secretariado em Portugal. Estiveram também presentes representantes dos Politécnicos de Coimbra e Porto. A licenciatura em Secretariado da Escola Superior de Educação é oferecida em parceria com a Escola Superior de Gestão de Idanha-aNova e está acreditada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) por seis anos. K

Aluna da Esart

Mariana Monteiro na Orquestra da Extremadura 6 A aluna da licenciatura em Música da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, Mariana Monteiro, foi admitida na Orquestra de Jovens da Extremadura (Orquesta Joven de Extremadura), OJEX, de Espanha, na temporada 2018-2020. O anúncio é feito pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), em nota enviada à imprensa. Mariana Monteiro é aluna da licenciatura em variante Instrumento – Violino da classe dos docentes da Escola Superior de Artes Aplicadas do IPCB, Augusto Trindade e Alexandra Trindade.

012 /// NOVEMBRO 2018 12

As provas de violino foram realizadas em outubro, no Centro de Congressos Manuel Rojas de Badajoz, tendo participado 67 candidatos, tendo sido admitidos apenas 37 violinistas. Mariana Cabral ficou em terceiro lugar da lista, sendo também a única portuguesa na orquestra. O primeiro estágio, destinado a uma pequena orquestra de câmara, decorrerá de 21 e 25 de janeiro de 2019, com dois concertos já agendados. Em nota, o IPCB explica que a Orquestra de Jovens da Extremadura, cujo diretor artístico é o maestro Andrés Salado Egea, é um projeto

Serviço Social

Docentes da ESE em congresso nacional iniciado pelo Governo da Extremadura, através da Fundação Orquestra da Extremadura, cujo objetivo é ampliar a formação orquestral dos jovens músicos com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos, preparando-os para o seu futuro profissional. K

6 Regina Vieira e Marco Domingues, docentes da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco, participaram no 5º Congresso Nacional de Serviço Social com o tema “Serviço Social e Desenvolvimento Humano”. Os dois professores apresentaram duas comunicações, a saber: “Circuitos curtos agroalimentares – O potencial impacto social, eco-

nómico e ambiental no desenvolvimento das comunidades dos territórios do interior”, e “Desenvolvimento Local, a Economia Social e Solidária na promoção da Inovação Social”. A iniciativa foi organizada pela Associação de Profissionais de Serviço Social, e decorreu nas instalações do Instituto Superior de Serviço Social do Porto, em outubro. K


IPG

Guarda faz jornadas de educação 6 A Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), vai promover, a 12 de dezembro, as III Jornadas de Educação e Investigação em Saúde. Do programa das Jornadas constam dois painéis onde serão apresentados projetos de investigação, exposição de posters de trabalhos de investigação, uma mesa redonda e workshops. As inscrições são gratuitas, bem como a submissão de resumos, que deve ser feita até 2 de dezembro. O prazo limite das inscrições é até 7 de dezembro. Outras informações podem ser solicitadas através da conta de correio eletrónica: jornadas.ess.ipg@gmail.com K

Eleições decorreram em outubro

Joaquim Brigas é o novo presidente do Politécnico da Guarda 6 Joaquim Brigas é o novo presidente do Instituto Politécnico da Guarda, tendo sido eleito no passado dia 31 de outubro, pelo Conselho Geral da instituição, numas eleições em que concorreram três candidatos. Além de Joaquim Brigas foram a votos o atual vice-presidente, Gonçalo Fernandes, e o docente da ESE, Pedro Rodrigues. O presidente eleito do IPG sucede no cargo a Constantino Rei. O novo presidente do IPG foi o mais votado nas duas voltas da eleição. Na primeira obteve obteve 16 votos, Gonçalo Poeta Fernandes 12 e Pedro Rodrigues, o terceiro candidato, professor na Escola Superior de Educação do IPG, arrecadou três votos. Na segunda, arrecadou 17 votos, enquanto o segundo candidato mais votado, Gonçalo Poeta Fernandes, atual vice-presidente do IPG, obteve 14 votos. Depois da eleição e em de-

Beira.pt H

clarações à comunicação social, Joaquim Brigas disse que neste mandato vai procurar trabalhar para “tentar inverter a tendên-

cia” que a instituição tem tido nos últimos anos em relação ao número de alunos que, em sua opinião, “não é o desejável”.

Joaquim Brigas pretende que “o Politécnico da Guarda seja uma referência a nível nacional. Em algumas áreas, podemos sêlo perfeitamente e tudo faremos para que isso aconteça”. No seu entender, há um aspeto que deve ser implementado e que passa por colocar o “Politécnico da Guarda ao serviço de toda a região, não apenas da Guarda, concelho, mas de todo o distrito da Guarda”. O novo presidente, que tomará posse a curto prazo, diz apostar no ensino a distância. “Temos também pessoas, naturalmente, capazes de fazerem um bom trabalho nessa área”, disse. Joaquim Brigas tem 58 anos e concorreu à presidência do IPG pela terceira vez, tendo já sido diretor da Escola Superior de Educação (atual Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto) entre 1998 e 2009. K

Publicidade

APRESENTAÇÃO DO LIVRO Convite

RECEITAS DAS

AVÓS

Dia 8 de dezembro | 16H00

Biblioteca Municipal de Castelo Branco

Entrada livre

rvjeditores NOVEMBRO 2018 /// 013 13


Poliempreende de Portalegre para Tomar

Guarda

Mobilidade urbana dos idosos

Inove+ entrega prémios 6 Os vencedores da última edição do concurso nacional Poliempreende receberam os prémios durante a Enove+, a feira de emprego e empreendedorismo, organizada pelo Instituto Politécnico de Portalegre, onde o Ensino Magazine também marcou presença e que foi inaugurada pelo secretário de Estado da Valorização do Interior, João Paulo Catarino. O projeto “The Paper Toy Factory”, do Instituto Politécnico de Lisboa, foi o primeiro classificado, tendo ganho os 10 mil euros da CGD. O júri atribuiu ainda os seguintes prémios: 2º lugar - Prémio Fidelidade - 5.000 euros - Plantica - Instituto Politécnico de Bragança; 3º lugar - Prémio Ordem dos Contabilistas Certificados 3.000 euros - Be Gold - Instituto Politécnico de Setúbal; Prémio Delta Inovação - 2.500 eurosPradaria - Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril; e Prémio Delta Internacional - 1.500 euros - Educamuseo Universidade da Extremadura. Na cerimónia, que decorreu no Coliseu Comendador Rondão Almeida, em Elvas, foi também passado o testemunho ao Instituto Politécnico de Tomar, por parte do IPPortalegre, para a organização nacional do concurso no próximo ano. Na presente edição, organizada em termos nacionais pelo Politécnico de Portalegre, houve a novidade de “trazer para a rede escolas politécnicas das universidades da Madeira e dos Açores, mas também da Universidade da Extremadura e do Politécnico de Macau”, como referiu o pró-presidente do IPPortalegre, Artur Romão, responsável pela coordenação do concurso e também pelo Enove+. A sessão de entrega de prémios permitiu ainda apresentar o livro “As Instituições de Ensino Superior Politécnico e a Educação para o Empreendedorismo”, elaborado por Pedro Parreira, Teresa Paiva, Lisete Mónico, Leopoldina Alves e Jorge Sampaio, no âmbito do projeto PIN. Para Albano Silva, presidente do Politécnico de Portalegre, “o Poliempreende é um dos grandes projetos dos politéc-nicos portugueses e das suas escolas integradas. Tem uma relação clara com a investigação, a partilha de conhecimento, de competência e de for-

014 /// NOVEMBRO 2018 14

mação. Ficamos satisfeitos por haver cada vez mais equipas a participar”. Aquele responsável adiantou ainda que para o “IPPortalegre este é um projeto alocado em todas as atividades que desenvolvemos”. Pedro Dominguinhos, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), destacou a importância do concurso, criado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, lembrando que “apesar de só alguns projetos poderem receber prémios, há que valorizar as centenas de projetos apresentados por alunos, professores e não docentes neste concurso”. Aquele responsável lembrou ainda o facto do Poliempreende permitir o trabalho em rede, recordando ainda José Adriano Pires, que faleceu recentemente que foi um dos grandes impulsionadores deste projeto. “Foi criado um prémio com o seu nome para distinguir um docente do politécnico na sua carreira de investigador”, disse. K

6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) é uma das instituições que integra o projeto transfronteiriço MOVE-AGED, aprovado pelo Centro Internacional sobre o Envelhecimento (CENIE), no âmbito do programa INTERREG Espanha-Portugal. A participação do IPG visa primordialmente contribuir para a compreensão do impacto fisiológico e biomecânico dos desníveis topográficos na mobilidade e perceção de esforço dos idosos, tendo por base os seus níveis de funcionalidade. Recentemente, a 14 e 15 de novembro, decorreu em Pamplona (Espanha) a primeira reunião de trabalhos do referido projeto que é liderado pela Universidade de Navarra (Espanha), ao qual se associou uma equipa de investigadores Portugueses liderada pela professora Maria João Guardado Moreira da Unidade de Investigação Age.Comm do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB); deste grupo de investigadores fazem também parte dois docentes do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Carolina Vila Chã e Nuno Serra. A equipa de investigação é constituída por investigadores da área da geografia, arquitetura, gerontologia, saúde e atividade física e tem como missão estudar espaços urbanos, cujos desníveis topográficos podem dificultar a mobilidade das pessoas idosas, limitando-as na utilização dos espaços e dos serviços e, consequentemente, condicionando-as no envolvimento de ações promotoras de um envelhecimento ativo. Em Portugal, será efetuado um levantamento dos meios urbanos portugueses com maiores desníveis topográficos e serão identificados os bairros com população mais envelhecida. Também será realizado um levantamento dos tipos estruturas de mobilidade verticais (elevadores, escadas, passadeira rolantes de utilização pública) e estudado o impacto que estas têm a mobilidade e participação social das populações mais envelhecidas que os utilizam. Pelas suas características topográficas, a Guarda e Covilhã serão as cidades estudadas em maior detalhe; pretende-se compreender e estudar o impacto destas barreiras na mobilidade e qualidade de vida dos idosos, apresentando-se posteriormente soluções adequadas aos bairros estudados. K


ESGIN

Sara Brito toma posse como diretora 6 Sara Brito Filipe tomou posse como diretora da Escola Superior de Gestão (Esgin) do Instituto Politécnico de Castelo Branco, sedeada em Idanha-a-Nova. A docente exerceu as funções de subdiretora nos últimos oito anos ao lado de Ana Rita Garcia (que agora terminou funções) e terá ao seu lado João Renato Sebastião, também professor na escola. Na cerimónia que encheu por completo o auditório Domingos Rijo marcaram presença a atual presidência do Politécnico, os anteriores diretores da escola e quatro ex-presidentes do IPCB, bem como os docentes e músicos da Esart, Custódio Castelo, José Filomeno Raimundo, Pedro Ladeira e Miguel Carvalhinho, que interpretaram vários temas. O presidente do Politécnico, António Fernandes, destacou o facto da nova diretora conhecer bem a escola e de ter sido eleita por unanimidade. “A Sara Brito conhece bem os dossiers, acompanhou estes últimos oito anos e está em boas condições de exercer o seu mandato, tendo sido eleita

por unanimidade”, disse. O presidente destacou também a capacidade de trabalho do subdiretor da escola. António Fernandes referiu depois alguns desafios que se colocam à escola e ao IPCB, e que passam pela sustentabilidade; pela internacionalização da escola (fruto da diminuição de alunos colocados pelo Concurso Nacional de Acesso e pelo aumento de estudantes internacionais que este ano ingressaram); pelo lançamento de cursos breves na escola para o tecido empresarial em parceria com a Associação Empresarial da Beira Baixa; pelo reforço da inves-

tigação com a criação de uma unidade de investigação na escola. Mas foi a questão da reorganização do IPCB que mais atenção chamou na intervenção de António Fernandes, a qual poderá ser feita quer cientificamente, quer pela associação de escolas e com o contributo das escolas. “A ESGIN tem que pensar o seu futuro. No fundo devemos pensar o que queremos para esta escola e qual é o seu lugar”, referiu. Sara Brito Filipe aproveitou a ocasião para recordar o trabalho desenvolvido pelos seus antecessores. Sobre o ano letivo que agora

começou mostrou satisfação com o “aumento do número de alunos matriculados. Uma tendência que tem vindo a verificar-se nos últimos anos. Contando com todas as formações, incluindo a parceria que mantemos com a Universidade Aberta, na pós-graduação a distância, temos este ano cerca de 500 alunos matriculados, o que representa um acréscimo de 25% face ao ano anterior”. Sara Brito Filipe sublinhou a parceria que a escola tem mantido com a Câmara de Idanha-a-Nova, o que tem permitido a concretização de projetos importantes como

o Geo-Hotel Escola de Monsanto ou o Restaurante Pedagógico da Senhora da Graça (projetos inovadores a nível nacional), mas que tem permitido também a resolução de muitos problemas como a questão do alojamento. De resto, Armindo Jacinto, presidente da autarquia, destacou essa cooperação, lembrando que “gosta de transformar as adversidades em oportunidades. É com grande satisfação que temos aqui representantes do IPCB e do nosso concelho. É esta a força que a Câmara lhe dará a si (Presidente do IPCB) e ao Politécnico, para que esta escola não entre em discurso negativo (…) Seremos sempre lutadores para que a ESG não perca competências e estaremos sempre disponíveis para trabalhar com o IPCB”. O autarca recordou ainda o papel que Joaquim Morão, na altura como presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, na criação do então polo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, com a presidência do IPCB. K

Publicidade

Convite APRESENTAÇÃO DO LIVRO 21 DE DEZEMBRO | 18H00

BIBLIOTECA MUNICIPAL

DE CASTELO BRANCO

Receitas

Avôs dos

e daqueles que Não

o São

Entrada livre NOVEMBRO 2018 /// 015 15


Gestão Interescolas

Um jogo para todo o país 6 A Escola Superior de Ciências Empresariais de Setúbal promove, pelo quarto ano, a iniciativa Jogo de Gestão Interescolas, competição que se destina aos alunos do ensino secundário e profissional e que pretende sensibilizá-los para as práticas de gestão e para o desenvolvimento de competências básicas na área das ciências empresariais. O concurso, que vinha abrangendo apenas o distrito de Setúbal, passa a partir deste ano a ter uma cobertura nacional, o que significa que as inscrições, que se prolongam até 4 de dezembro, estão abertas às escolas de todos os distritos do país. O jogo, que arranca oficialmente em 18 de janeiro de 2019, depois de uma jogada de treino marcada para o próximo dia 16 de dezembro, volta a propor um

simulador de gestão e a desafiar os participantes a tomar decisões em equipa, no papel de responsáveis por uma empresa do setor hoteleiro. A experiência terá a duração de cerca de três meses (seis jogadas oficiais),

culminando com a Jogada Finalíssima, disputada a 3 de maio de 2019. Aos estudantes da equipa vencedora da finalíssima serão oferecidas as propinas no ano de ingresso numa licenciatura do IPS e o docente responsável de cada equipa participante na Finalíssima terá direito a um desconto de 10% no valor da propina no mestrado em Gestão e Administração de Escolas, ministrado na escola. A equipa Montistay, da Escola Secundária Jorge Peixinho, Montijo, foi a grande vencedora da edição de 2017/2018 do Jogo de Gestão Interescolas, disputada por um total de 64 alunos, distribuídos por 12 equipas e representando sete escolas de cinco concelhos do distrito de Setúbal. K

Sociedade Portuguesa de Matemática

Docente de Leiria na direção 6 Paula Faria, docente do Politécnico de Leiria, integra a nova direção da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), liderada por Filipe Oliveira. O trabalho desenvolvido pela docente do departamento de Matemática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria e investigadora do Centro de Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto (CDRSP) tem permitido um relacionamento mais próximo com os pares nacionais e internacionais. “O convite para membro da recente eleita direção da SPM prende-se com o reconhecimento do trabalho científico que tenho desenvolvido na área da Matemática. Este trabalho divide-se entre as publicações de artigos na área das aplicações da Matemática, destacando-se as aplicações Publicidade

016 /// NOVEMBRO 2018 16

Cooperação em Cabo Verde e no Brasil

Leiria promove inclusão 6 O Politécnico de Leiria está a promover as boas práticas para a inclusão social além-fronteiras, através da equipa do Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria, que está em Cabo Verde. Célia Sousa, coordenadora do CRID, está em Cabo Verde como consultora do governo cabo-verdiano, a ministrar formação a docentes, na área das tecnologias de apoio na educação inclusiva, no âmbito de um projeto para a inclusão e acessibilidade financiado pelas Nações Unidas. O CRID participará ainda na 1ª Conferência Internacional para a In-

clusão ‘A deficiência no centro da atenção’, organizada pelo governo cabo-verdiano e pela Associação Colmeia – Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades Especiais, dando apoio na elaboração da documentação em braille e às pessoas cegas que participarão na conferência. No Brasil, no VI Encontro Nacional de Acessibilidade Cultural que decorrerá no Rio de Janeiro, a coordenadora do CRID, Célia Sousa, e Carla Freire, coordenadora no mestrado em Comunicação Acessível da ESECS, participarão como oradoras convidadas, a convite da Universidade Federal do Rio de Janeiro. K

Prémios PlayStation 2018a

IPLeiria presente para a Indústria e as aplicações biomédicas, e a organização de eventos científicos”, salienta Paula Faria. A nova direção da SPM pretende continuar o trabalho até à data, mantendo as mesmas linhas de ação: Investigação,

Ensino e Divulgação. Exemplos do trabalho a desenvolver são o apoio à criação de um laboratório colaborativo de Matemática e a organização da Escola de Verão 2019, do Encontro Nacional da SPM 2020 e das Olimpíadas de Matemática. K

6 ‘Keg Wars’ e ‘Advanced Overrid’” são dois dos 11 jogos finalistas dos Prémios PlayStation 2018, tendo como ponto comum o facto de terem sido desenvolvidos por estudantes da licenciatura em Jogos Digitais e Multimédia da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria. ‘Keg Wars’ foi criado por Daniel Vicente e Fábio Pinto (1º Ano), na disciplina de Projeto de Jogos. A este projeto juntou-se o artista 3D, Vasco Rodrigues, para a criação do ambiente e modelos tridimensionais. Trata-se de uma reinvenção do jogo do Galo, onde em vez de ser jogado com cruzes e círculos, os jogadores escolhem cartas com diferentes atributos

para dominar o campo e fazer três em linha. Alexandre Mendes, Rui Mendes e Gonçalo Morgado, estudantes do 3.º ano, desenvolveram no âmbito da unidade curricular de Projeto Final, o jogo “Advanced Override”, que consiste num 3D puzzle platformer, onde a dupla de personagens, Lisa e Lo-Gen, tentam escapar da fábrica “A.R.T.”. Os dois jogos dos estudantes da ESTG foram apresentados ao júri final do concurso da PlayStation, bem como à imprensa especializada e ao público em geral no espaço PlayStation, durante a Lisboa Games Week, na FIL, entre os dias 16 e 19 de novembro, onde o Ensino Magazine também marcou presença. K


PV STUDENT

Viseu lança aplicação Feira de Emprego do IPCA

60 empresas presentes 6 O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave organizou, a 6 e 7 de novembro, a GrowUp - Feira de Emprego, no Campus de Barcelos, a qual ficou marcada por ser um espaço complementar de interação, expondo a comunidade académica à realidade do mercado de trabalho. Também teve como objetivo promover, simultaneamente, junto das cerca de 60 empresas participantes, uma visão mais aprofundada das competências adquiridas pelos estudantes dos diferentes ciclos e cursos. O primeiro dia da Feira foi dedicado à consolidação de competências transversais, através de sessões de coaching e mentoring. “Estas sessões permitem que os estudantes se capacitem e se valorizem, diferenciando-se e apreendendo as atitudes e comportamentos que devem adquirir para

que possam ter mais hipóteses de serem bem-sucedidos. Por vezes, tudo acaba por ser uma questão de atitude”, explica Adriana Lago de Carvalho, diretora executiva do Praxis 21, unidade organizadora. O segundo dia contou com a presença de cerca de 60 empresas em exposição. Mais de duas dezenas tiveram a oportunidade de participar nos “Meet…”, sessões paralelas estruturadas, onde, durante 15 minutos, tiveram a oportunidade de se apresentarem e responderem às principais questões levantadas pelos candidatos. Uma outra forma de interação, e novidade da GrowUp, foi a utilização do sistema Beamian, uma plataforma tecnológica que permite a identificação de visitantes e expositores de forma simples, dando logo oportunidade de troca de contactos e currículos em formato digital. K

6 O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) vai lançar uma aplicação que permite aos alunos acederem aos diferentes serviços do IPV, através de dispositivos móveis, de forma integrada e em tempo real, traduzidos na ligação aos sistemas Student Information System (SIS) e Entreprise Resource Planning (ERP). O projeto, denominado PV Student, visa incrementar o uso e eficiência dos serviços da instituição à sua comunidade através da mobilidade que será conferida aos mesmos e facilitar o acesso às últimas tecnologias. A aplicação, ora disponibilizada aos alunos, é compa-

tível com smartphones, com sistema operativo iOS, Android e Windows e permite, numa

primeira fase, acesso à informação sobre as unidades curriculares em que o estudante está inscrito, horários, avaliações, assiduidade, inscrições em exames, histórico de classificações, área de pagamentos, notícias, eventos, entre outros. Uma das principais funcionalidades, muito solicitada pelos estudantes, é o pagamento de propinas e emolumentos de diversas formas, tais como referência multibanco, cartões Visa/Mastercard, MBway e PayPal, incluindo um sistema de avisos destinado a possibilitar o cumprimento atempado e, assim, evitar o pagamento de multas. K Carlos Quental _

Secundário e Profissional

Setúbal lança concurso 6 ‘Automatiza o teu mundo’ é o desafio lançado mais uma vez pela Escola Superior de Tecnologia de Setúbal de Setúbal, no âmbito da terceira edição do concurso ONcontrol, cujas inscrições se encontram abertas até ao próximo dia 14 de dezembro. A competição, dirigida aos jovens do ensino secundário e profissional do distrito de Setúbal, em particular os das áreas tecnológicas, pretende envolver os alunos

no desenvolvimento de sistemas de controlo baseados na tecnologia Arduino, uma plataforma de prototipagem eletrónica. O objetivo consiste em promover o espírito crítico, empreendedor e criativo junto dos mais jovens e, simultaneamente, reforçar a ligação do IPS com o ensino secundário e profissional, permitindo assim mostrar o leque de opções possíveis a quem pretenda prosseguir estudos no ensino superior. K

Cooperação

IPT e bombeiros juntos 6 O Instituto Politécnico de Tomar acaba de celebrar um protocolo de cooperação com a Escola Nacional de Bombeiros (ENB), no âmbito do qual será promovida a concertação de esforços e a integração de contributos para

o desenvolvimento de atividades ou projetos em parceria no domínio científico e técnico. A curto prazo estão previstos cursos de formação pós-graduada bem como outras iniciativas académico-científicas. K

Aprendizagem para Todos

Setúbal forma em Angola 6 Sete docentes da Escola Superior de Educação de Setúbal terminaram, a 3 de novembro, mais uma missão em Luanda, Angola, no âmbito do Projeto de Aprendizagem para Todos (PAT), que visa melhorar as competências científicas e pedagógicas dos professores do ensino primário. Os docentes da ESE/IPS Ana Sequeira, Ana Moura, Fátima Mendes, Fernanda Botelho, Jorge Pinto, José Duarte e Nelson Matias deram assim continuidade ao processo de formação de 133 professores-formadores das

Escolas de Magistério e 18 coordenadores provinciais das Zonas de Influência Pedagógica (ZIP) e supervisores pedagógicos, que se iniciou há dois anos e que entra agora na sua última fase. A Diferenciação Pedagógica em Matemática e Língua Portuguesa e a Educação Especial serão os temas base da formação envolveu ainda os Projetos em Educação e a Supervisão Pedagógica. O PAT segue uma metodologia de formação em cascata, o que pressupõe que estes formandos transmitam, em janeiro de 2019,

os conhecimentos adquiridos a cerca de 660 formadores das escolas ZIP e, posteriormente, em maio e agosto, a cerca de 15000 professores do ensino primário. Promovido pelo Ministério da Educação de Angola, em parceria com o Banco Mundial e a Fundação Calouste Gulbenkian, foi concebido a pensar fundamentalmente nos professores do ensino primário angolano com mais baixas qualificações e pretende alcançar o universo de meio milhão de alunos abrangido pelas cerca de 1000 escolas envolvidas. K

NOVEMBRO 2018 /// 017 17


Moçambique

Universidade Lúrio

Acordo para investigar

Biblioteca digital vem aí

6 A Universidade Eduardo Mandane (UEM), através das Faculdades de Direito e de Economia, e a Fundação Para a Melhoria do Ambiente de Negócios (FAN), assinaram no passado dia 15, em Maputo, um Memorando de Entendimento com o objetivo de produzir trabalhos de pesquisa conjuntos para a melhoria e desenvolvimento do ambiente de negócios no país. O acordo prevê o intercâmbio de informações e publicações académicas, a elaboração conjunta de projetos de pesquisa e o financiamento de

projetos de pesquisa sobre as condições gerais de desenvolvimento do sector privado, in-

centivos presentes nas regras de jogo, constrangimentos e oportunidades. K

6 A direção da Biblioteca Universitária do Campus de Marrere, pertencente a Universidade Lúrio, tenciona criar uma biblioteca virtual, um projeto que segundo explicou Elisabete Sueleque, chefe da Repartição desta instituição, entrará em vigor no primeiro trimestre de 2019. “Teremos um computador com um vasto leque de obras bibliográficas atualizadas. Os interessados poderão ter acesso, através dos seus discos móveis, flashs, ou por correio eletrónico”, sustentou. Aquela responsável considerou

2018 como o ano em que se verificou maior procura de obras bibliográficas, particularmente, por estudantes das Faculdades de Ciências de Saúde e de Arquitetura e Planeamento Físico, ambas localizadas no Campus de Marrere. “Em relação aos anos anteriores, em 2018 o número de visitantes da nossa biblioteca aumentou. Em média recebemos setecentos estudantes por mês, numa estimativa que varia de trinta a quarenta estudantes por dia”, disse, acrescentando, “estes números são apenas de estudantes. K

Moçambique

Escola faz 19 anos 6 A Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPMCELP) assinalou, nos dias 22, 23 e 24 de novembro, o seu 19.º aniversário, numa data que coincide com a celebração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Para assinalar a efeméride sob o lema “Direitos Humanos – 70 Anos de História”, o primeiro dia foi dedicado à “Escola Aberta”, com a presença de pais e encarregados de educação; o segundo a duas sessões solenes de distinção do mérito escolar dos alunos e ao lançamento do livro da coleção “Pensar a Educação” e, no último dia, à festa-convívio ao ar livre no campus. K Publicidade

018 /// NOVEMBRO 2018 18

Debate

Nuno Markl na Escola de Macau 6 O humorista português Nuno Markl esteve, no passado dia 15 de novembro, na Escola Portuguesa de Macau, à conversa com alunos do Ensino Secundário. A iniciativa permitiu ao humorista e radialista dialogar com

os jovens alunos e com os professores, num momento bem divertido e esclarecedor. A realização deste tipo de conversas com autores portugueses tem sido feita com alguma regularidade pela Escola Portuguesa de Macau. K


Editorial

A Web Summit e a Escola Pública 7 No mês em que assistimos a mais uma edição da mundial Cimeira Web (Web Summit), conviria relembrar que a escola pública continua a ser o lugar mais privilegiado para a divulgação e a utilização crítica das tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Por isso mesmo, revela-se indispensável que os docentes sejam formados e motivados para uso dessas “novas” tecnologias, concebendo-as como instrumentos que devem interagir com os projectos pedagógicos a desenvolver com os alunos. Todavia, é importante reconhecer que, apesar da assumida necessidade de incluir todas as novas tecnologias no processo educativo, uma boa escola continua a ser o que sempre foi: um espaço em que aprendentes e educadores se encontram, num ambiente que estimula a auto estima e o desenvolvimento pessoal e que oferece janelas de oportunidade para o sucesso num mundo que gira em contra ciclo, ao promover o egoísmo, o individualismo e a concorrência desregrada.

É que não há nenhuma solução tecnológica que seja capaz de induzir o milagre de transformar um espaço pobre em relações humanas num lugar interessante e adequado para gerar a construção de um cidadão com sólidos valores morais e com uma ética de respeito para com os princípios da democracia e do humanismo. Vivemos num novo milénio que pretende reconfigurar a sociedade, atribuindo-lhe um novo formato centrado em novas formas de receber e transmitir a informação, o que implica uma busca interminável do conhecimento disponível. Para alcançar tal objectivo, imputa-se à escola mais uma responsabilidade: a de contribuir significativamente para que se atinja o que se convencionou designar por analfabetismo digital zero. Para tal, a educação para a utilização das TIC precisa ser planeada desde o jardim-deinfância. Sem preconceitos ou desnecessárias coacções, sem substituir atabalhoadamente o analógico pelo digital, mas sim reforçando a capacidade cognitiva dos alunos e guiando a desco-

berta de novos horizontes. Este novo movimento de ruptura não deve representar a eliminação ou a fictícia substituição dos meios de comunicação de massa tradicionais. O que há de novo é a necessidade de fazer convergir todos esses meios num processo integral de formação do indivíduo, capacitando-o para descodificar as mensagens que lhe saltam em cada canto e cada esquina da sociedade do conhecimento. Esse movimento deve ser capaz de preparar os jovens para serem leitores críticos e escritores aptos a desenvolver essas competências em qualquer dos meios suportados pelas diferentes tecnologias. Hoje, não basta que o aluno só aprenda a ler e escrever textos na linguagem verbal. É necessário que ele aprenda a “ler” e a “escrever” noutros meios, como o são a rádio, a televisão, os programas de multimédia, os programas de computador, as páginas da Internet… Por tudo isso, as novas tecnologias da informação e comunicação devem obrigar à alteração dos currículos escolares e a mo-

dificação da formação e actuação do professor, que se deve sentir obrigado a actualizar-se em relação às TIC, por forma a acompanhar a dinâmica de obtenção de informação e de transformação desta em conhecimento. Nesse processo, a educação a distância assume-se como um indispensável complemento do ensino presencial, enquanto modelo de comunicação educativa que permite superar distâncias e ampliar o acesso ao conhecimento. Os jovens foram os primeiros a descobrir que as novas tecnologias da informação e da comunicação implicam inúmeras possibilidades de aprender. Para eles há muito que elas deixaram de ter um estatuto de menoridade e de simples auxiliar da apreensão do conhecimento. Os estudantes olham-nas como outras formas de aprender que implicam a mudança dos modos de comunicação e dos modos de interação nos grupos de pares. Importa ter consciência que este novo mundo facilita o trabalho docente, mas também acrescenta angústia e complica a vida do professor. Este, para

além de necessitar possuir um conhecimento específico da área científica que lecciona, deverá também ser capaz de identificar nas tecnologias digitais as múltiplas linguagens favorecedoras da apreensão da realidade. Não é fácil, mas é esta é a contribuição que as novas tecnologias podem oferecer para a consolidação de um mundo mais solidário, desde que a sociedade o assuma de uma forma crítica e consciente. João Ruivo _ ruivo@rvj.pt

primeira coluna

Competências digitais, para não desperdiçar talento 7 Portugal não se pode dar ao luxo de desperdiçar no desemprego 52 mil pessoas com formação superior. A frase é do Primeiro Ministro, António Costa, que vê na requalificação e no reforço da formação dessas pessoas uma oportunidade para o regresso à vida de trabalho ativa. Foi dentro desta perspetiva que foi criado o programa “Parceria Competências Digitais+”, apresentado em Leiria, e que na prática se traduz num programa de formação em tecnologias de informação, orientado para desempregados com formação de nível superior. Esta será uma oportunidade, mas acima de tudo vem colocar na agenda a questão da formação ao longo da vida e da requalificação de pessoas altamente qualificadas que podem dar um contributo importante para o de-

senvolvimento do país, nos seus vários domínios. Desperdiçar talento e aprendizagens não vai ao encontro daquilo que deve ser um país competitivo e moderno, que nalgumas áreas possui dos melhores profissionais. Este programa traz-nos outra dimensão, a do envolvimento das instituições superiores politécnicas, que pela sua natureza, voltam a ser chamadas a intervir, em conjunto com o Instituto de Emprego e Formação Profissional e empresas de referência na área digital. Nesta primeira fase, estão envolvidos os institutos politécnicos de Leiria, Cávado e Ave, Castelo Branco, Setúbal e Viseu, cada um dos quais coordenador da região em que está inserido. O que se pretende é acrescentar valor à formação existente, através do desenvolvimento de

novas competências, sobretudo em aspetos de transformação digital. O programa tem afetos 3,5 milhões de euros até ao final de 2019. Para o Ministro do Ensino Superior, “as seis redes regionais impulsionadas são a clara manifestação de que o conhecimento é inclusivo na formação inicial mas também na especialização, e de que o processo de transformação do digital está relacionado com a criação de emprego”. Um dos grandes desafios do ensino superior é a formação de diplomados para profissões que ainda não existem. Formar com qualidade, em banda larga, sempre tendo em atenção que a transformação digital está a mudar paradigmas de ensino, de aprendizagem, de trabalho. O mundo em que nos movemos deixou de ser o que passa em

frente da nossa porta. Tudo é global. Muitas profissões desapareceram, outras correm sérios riscos. Vão aparecer novas. Não sabemos quais. Mas nunca em circunstância alguma devemos deixar cair aqueles que, tendo formação superior, podem adquirir novas competências, empregando todo o seu conhecimento e experiência em novos desafios. Este olhar não deve, na minha perspetiva, estar apenas direcionado para quem teve a sorte madrasta de se ver numa situação de desemprego. Deve fazer-nos refletir, às instituições de ensino superior sem exceção, a todos os diplomados que se encontram em funções e à sociedade, sobre a necessidade de se requalificar e se formar ao longo da vida, através de ofertas não muito longas e objetivas, que

venham resolver questões que a nova era digital nos está a trazer. E não falo apenas na questão tecnológica, mas sim em todas as vertentes, porque a globalização abrange muito, sobretudo a nossa maneira de viver, de interagir com os outros e de trabalhar. Este deve ser o caminho. K João Carrega _ carrega@rvj.pt

NOVEMBRO 2018 /// 019 19


Portalegre

Valorizar territórios do interior 6 No âmbito da semana da Ciência & Tecnologia, promovida pelo Ciência Viva, antecipando o Dia Nacional da Cultura Científica que se comemora todos os anos a 24 de novembro, decorreu no Politécnico de Portalegre um conjunto de ações orientadas para a comunidade académica, numa organização conjunta da C3i (Coordenação Interdisciplinar para a Investigação e Inovação) e do VALORIZA (Centro de Investigação para a Valorização dos Recursos Endógenos), estruturas responsáveis pela promoção e gestão da investigação e inova-

ção daquele instituto. O programa incluiu uma conferência dedicada às temáticas da valorização de territórios de baixa densidade, considerando aspetos transversais como sejam a educação, a demografia, a produção e a tecnologia e ainda um conjunto de três workshops: um primeiro dedicado ao tema das Creative Commons versus Direitos de Autor; um segundo sobre o CIÊNCIAVITAE - plataforma nacional de gestão curricular; e um terceiro incidindo sobre o tema da propriedade intelectual e patentes. K

Portalegre aposta no Agro Water dor Luís Loures, o projeto AgroWaterSaving - Tecnologia de poupança de água, conta com uma equipa multidisciplinar internacional, da qual fazem parte vários investigadores do Politécnico de Portalegre e do VALORIZA. O projeto que consiste no de-

Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael.

Programa promove

6 O Politécnico de Portalegre vai liderar um projeto, apoiado pela Fundação La Caixa, através do programa Promove - Regiões Fronteiriças 2018, informou o IPPortalegre em comunicado enviado ao nosso jornal. Coordenado pelo investiga-

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98

senvolvimento de uma aplicação móvel para determinar, em tempo real, as dotações máximas de rega para diferentes culturas, pretende potenciar não só a poupança de água, mas também constituir-se como uma ferramenta de apoio à decisão no que

diz respeito à seleção de culturas num cenário de alterações climáticas cada vez mais vincadas. A Fundação La Caixa vai apoiar, sob a forma de subsídio ao investimento, cinco projetos-piloto nas regiões Norte, Centro e Alentejo. K

Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega

portalegre

Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt

Alunos ganham prémio nacional

Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos

6 Pelo 2º ano consecutivo, os nossos alunos de Design e Animação Multimédia (DAM) foram distinguidos com o Prémio Nacional da Animação (PNA). A curta-metragem de cinema de animação distinguida, SENTIR-ME, de Débora

Rodrigues, Joana Flauzino e Vanessa Santos, orientada pelos docentes Luís Vintém e José Miguel Ribeiro, obteve o prémio de melhor filme na categoria ESCOLAS. O Prémio Nacional de Animação (PNA), promovido pela Casa da Anima-

ção, é um dos mais conceituados prémios na área da animação e surge como forma de reconhecer, incentivar e homenagear a qualidade artística e técnica das obras de animação portuguesa e os seus protagonistas.

Este é mais um galardão relevante, granjeado por estudantes de Design e Animação Multimédia, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Portalegre, a somar a muitos outros conquistados ao longo dos últimos anos. K

Em 2019

IPG com postos de carregamento elétrico 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai ser equipado, no próximo ano, com postos de carregamento para veículos elétricos. Com estes equipamentos, o IPG dá continuidade a mais um avanço na sua política de eficiência energética. Estes postos de carregamento para veículos elétricos vão ser colocados no campus do IPG, na Guarda, e igualmente no campus da Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH), em Seia. Deste modo será possível

020 20 /// NOVEMBRO 2018

operacionalizar viagens com veículos elétricos entre ambos os campus. Este avanço e capacitação para a instalação de postos de carregamento teve por base o Programa para a Mobilidade Elétrica, suportado no Fundo Ambiental e o qual tem por finalidade apoiar políticas ambientais que fomentem um desenvolvimento sustentável, contribuindo para o cumprimento dos objetivos e compromissos nacionais e internacionais, designadamente os relativos às alterações climáticas. K

Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


crónica

Homo Scholaris - II (ilustrado com exemplos da literatura) «Que eu não sei bem pelo que espero. Se aprender o que não sei, se esquecer o que aprendi» (‘Chuva na areia’ in Poesia Completa, António Gedeão, 1997:30) 7 O homo scholaris consubstancia-se num verso e reverso – os «cábulas» e os «marrões». A relação que estabelecem com o estudo das matérias escolares e os resultados académicos obtidos são o critério base desta tipologia. O cumprimento das regras e a integração nos parâmetros e regulamentos definidos pela instituição escolar (reforçados pelas orientações familiares no sentido da conformidade) fazem de uns, alunos disciplinados, respeitadores, obedientes desse ordenamento global; em suma, alunos ‘sem problemas’ que se deixam modelar por processos de inculcação normativa. E têm sucesso. Como tal, são premiados, elogiados pelos professores, apontados como exemplos a seguir, colocados no «quadro de honra»: «Declinações e raízes quadradas eram para ele como o alimento bom de cada dia. Devorava naquilo, com espanto e assombro de todos nós, e os mestres, no fim da cada perío-

do, carregavam-no de tão altas classificações, que era um louvar a Deus. Sempre o primeiro da aula.» (‘O Gamito’ in Segundo Livro do Bairro, Manuel Mendes, 1958:69) No sentido oposto, temos aqueles para quem a transgressão ao estabelecido, na aula e no recreio, é a forma de estar num ambiente percepcionado como constrangedor, limitativo da liberdade individual e que os obriga a esforços intelectuais, de trabalho e adaptação comportamental, que não estão interessados em levar a cabo; as suas prioridades são outras: o jogo, a brincadeira, o namoro: «converteu-se quase num cábula. Só pensava em jogar o ténis, andar a cavalo, cansar o corpo numa constante febre desportiva» (A Folha de Parra, Tomás Ribeiro Colaço, 1931:68) Daí, as faltas e o culto do ‘gazetismo’: «Mas que bem sabia Faltarmos à escola!» (‘Rapaz do bairro da lata’ in Obra Poética, Manuel da Fonseca, 1984:172) Eles são os «alunos problema», para a escola e para as fa-

mílias. Mesmo que não tenham insucesso, o ano lectivo é feito a um ritmo muito intermitente (‘esquecem-se’ frequentemente dos trabalhos de casa), com ‘picos’ de trabalho sazonal (estudam nas vésperas das provas e dos exames), usam meios ‘ilícitos’ para atingir os fins, recorrendo ao ‘copianço’: «se conseguisse copiar do Aroso no exercício final estava salvo, caso contrário era uma desgraça. Podia pagar ao 28, que levava vinte e cinco tostões por passar cada problema, mas não tinha absoluta confiança na ciência do 28.» (O Mundo à Minha Procura I, Ruben A., 1966:147-8) São estes alunos, os que acabam por ser alvo de repreensões, castigos e sanções (antes a palmatória, agora os conselhos disciplinares têm-nos como principais ‘clientes’). Nesta categoria entram os chamados «alunos diferentes», aqueles que acabam por, sem o querer, questionar as práticas quotidianas e enraizadas de enquadramento da escola e dos professores. São eles que introduzem desvios ao funcionamento ‘natural’ dos estabelecimentos e isso faz-se a custo, em instituições programadas para a

regularidade e para a normalidade. Para os «alunos diferentes» exigem-se respostas especiais por parte dos responsáveis pedagógicos. Mas raramente elas surgem nessa perspectiva. Antes se apela ao sujeito individual que faça a sua ‘acomodação’ ao sistema: «Quero que te subordines à regra escolar para subires» (‘O Escritor’ in Contos Durienses, João de Araújo Correia, 1941:135) A excepcionalidade (a única aceite e incentivada) é aquela que não coloca obstáculos, mas que, pelo contrário, reforça o modus operandi institucional – os «bons alunos» são a confirmação da racionalidade e da virtualidade da organização. São o seu ‘produto’ de qualidade. A prova de que o sistema funciona e cumpre as suas finalidades. São, naturalmente, o orgulho dos professores que não cessam de os glorificar e de os apresentar como ‘modelo’. São eles, por fim, que reforçam a ‘marca de prestígio’ da instituição. O relacionamento entre estes dois grupos é caracterizado por uma certa frieza, distanciamento e até alguma hostilidade. Os «marrões» são vistos pelos «cábulas»

como estando próximos dos professores e das autoridades, essa espécie de ‘inimigos’, a quem não se deve dar muita confiança. Os «marrões» são os ‘certinhos’ que tudo cumprem, que põem o estudo sempre em primeiro lugar e que, por isso, pouco vivem os prazeres da vida presente. Não ousam ‘pisar o risco’. Os «cábulas» desdenham os «marrões», ridicularizam-nos: «os outros vingavam-se chamando-me ‘papagaio’, ‘rata sábia’ e outras coisas piores (…) ‘Sabichona!’ era o supremo insulto dos outros, sobretudo dos rapazes» (Ao Fim da Memória -I, Fernanda de Castro, 1986:70) e desvalorizam as suas capacidades intelectuais, a que atribuem utilidade apenas no círculo restrito dos saberes abstractos dos exercícios e dos testes académicos K Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt

Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

APRENDER Y ENSEÑAR EN LA ERA DIGITAL

Una mirada crítica al poderío de la Red (I) 7 Es preciso reconocer que la nueva forma de existencia hiperconectada e instantánea de la que hemos hablado en anteriores colaboraciones, con una sobredosis de información que no es fácil procesar, tiene unas enormes ventajas pues la sociedad funciona en gran parte bajo el imperio de Internet. A pesar de tantas posibilidades que nos ofrece y frente a las convicciones asentadas de lo positivo de la sociedad digital en la que nos movemos, conviene mantener una cierta postura crítica ante tan enorme capacidad de influencia. Cada vez es mayor el coro de voces que alerta del lado oscuro de esta revolución alegando que las herramientas de la era digital engendran una cultura de distracción y subordinación irreflexiva. Como afirmaba el diario El País ya en 2015

en un artículo titulado “La ilusión de Silicon Valley”, es cierto que la mayoría de la población ha ido otorgando al sector tecnológico un creciente poder sobre sus mentes y sus vidas. Millones de objetos del hogar, la oficina, el coche o la ciudad están “cosidos” digitalmente: sean frigoríficos que alertan de la caducidad de los alimentos, bombillas que autorregulan su luminosidad o vehículos que se conducen de forma autónoma y semáforos que operan en función de la intensidad del tráfico... Al fin y al cabo, los ordenadores e Internet son útiles y divertidos, y los empresarios y los ingenieros se han empleado a fondo en inventar nuevas maneras de hacer que disfrutemos de los placeres, beneficios y ventajas prácticas de la revolución tecnológica.

Pero no es menos cierto que también generan importantes dudas y plantean nuevos problemas, porque Internet se enfrenta a peligros y amenazas cada vez más sofisticados. Ya hemos sabido de los impúdicos manejos de esa inmensidad de información que se encuentra en diversos lugares y que desconocemos cómo se maneja, si apelamos a la privacidad. Convendría alertar, especialmente en el ámbito educativo, que apenas existe la privacidad en Internet, ni siquiera en chats privados como WhatsApp. Porque somos nosotros mismos los que inconscientemente acordamos perderla, así como la propia identidad, en cierta medida, cuando aceptamos las condiciones de uso. Tampoco el anonimato, pues la información compartida, una vez publicada, queda fuera de nuestro control, por lo que convie-

ne advertir que se tome la debida precaución recordando que ningún dato desaparece completamente de la Red. Los profesionales del análisis social invitan a reflexionar sobre el hecho de que el mundo virtual, que nació como algo ajeno al ser humano, es hoy el mundo más real. Sin embargo, aunque tengamos esa convicción, a lo largo de los últimos años ha habido muchos artículos que han empañado la imagen brillante y benévola que los consumidores tenían del sector, dando a entender que tras la retórica sobre el empoderamiento personal y la democratización prometida se esconde una realidad que puede ser explotadora, manipuladora y hasta misántropa. Por tanto, no es de extrañar que cada vez más gente contemple con mirada crítica y escéptica el poder

de las tecnologías. Por eso y a pesar de todo lo que hablamos de la pomposamente llamada era digital, conviene llamar la atención sobre los evidentes peligros que ésta, como todas las revoluciones, encierra. K Florentino Blázquez Entonado _ Profesor Emérito. Coordinador del Programa de Mayores de la Universidad de Extremadura

NOVEMBRO 2018 /// 021 21


Os Combatentes de S. Vicente da Beira na Grande Guerra

“O frio e o medo eram de morrer” 6 As palavras transcritas no livro «Os Combatentes de S. Vicente da Beira na Grande Guerra», da autoria dos investigadores José Teodoro Prata e Maria Libânia Ferreira, apresentado este mês, em São Vicente da Beira, não deixam ninguém indiferente. A obra, editada pela RVJ Editores, apresentada no âmbito do armistício, pretende homenagear os combatentes que participaram naquele conflito. “O meu avô não era pessoa de falar muito dos tempos que passou em França, mas lembro-me de ele contar que esteve uns poucos dias à espera de embarcar em Lisboa, porque diziam que não havia transporte, mas também se constava que era porque o Comandante da Companhia não queria embarcar. E por lá tinham sido tempos muito difíceis. Era maqueiro e andava sempre a acarretar os soldados apanhados pelas balas do inimigo. Havia dias que os bombardeamentos faziam tantos mortos e feridos que não davam vazão a socorrer tanta gente e muitos corpos ficavam para trás. Era isso o que mais lhe custava, muito mais do que a fome, o frio e o medo

que também eram de morrer”. É desta forma que José Ivo, neto de Domingos Nunes - combatente na I Guerra Mundial, recorda aquilo que o avô lhe contava sobre a partida para guerra. O livro tem a particularidade de contar as histórias dos cerca de 80 combatentes de São Vicente da Beira que participaram naquela guerra. José Teodoro Prata e Maria Libânia Ferreira, falaram dessa

mesma relação e, na igreja onde foi apresentada a obra, havia familiares daqueles militares que se sentiram reconhecidos pela homenagem feita no livro, e momentos antes, pela Junta de Freguesia, com o descerrar de uma placa. O vice-presidente do município de Castelo Branco, José Augusto Alves, coronel do Exército, também falou do conflito, lembrando que “não há ex-combatentes. Há com-

batentes”, disse, recordando a impreparação dos nossos militares, o mau fardamento que possuíam e a fome por que passaram. José Augusto Alves destacou a importância da obra que olha para a Grande Guerra numa perspetiva diferente, assente nos combatentes de São Vicente da Beira, contando a sua história. O autarca aproveitou para recordar como os alemães foram derrotados pelos

aliados e o papel dos portugueses nessa derrota. O livro, apoiado pela Câmara de Castelo Branco, é um documento histórico que fala sobre as oito dezenas de jovens militares naturais de S. Vicente da Beira que participaram naquele que foi um dos conflitos mais devastadores. Quem foram, como e em que condições combateram e viveram, como regressaram, são algumas questões que os autores procuraram dar resposta. Também Vitor Louro, presidente da Junta de Freguesia, mostrou-se satisfeito com a obra, destacando a investigação realizada, e a bravura dos soldados portugueses. Nesta obra, José Teodoro Prata e Libânia Ferreira explicam também como os jornais de Castelo Branco, Covilhã e Portalegre, caraterizavam os anos de 1914-18, dando o exemplo da impreparação do nosso exército para uma guerra diferente (na Europa, as trincheiras, o frio e os gases; em África, a guerrilha alemã e o clima tropical), entre outros aspetos como a censura sobre os assuntos da guerra, reforçada durante a ditadura sidonista. K

Edições

RVJ lança catálogo de livros e de autores 6 A RVJ Editores acaba de lançar o seu catálogo de livros 2018, onde são apresentadas as principais obras editadas pela editora mais recentemente. A revista de 48 páginas, mostra as capas de cada um dos livros e um pequeno descritivo, com o nome dos autores. O catálogo divide as edições por secções: “Educação e Investigação”, onde são apresen-

tadas 37 obras; “História, Monografia e Etnografia”, com 39 livros; “Poesia”, com 29 obras; “Biografias”, onde se destacam 10 edições; “Gastronomia”, com quatro publicações; “Catálogos e revistas”, com 15 livros; “Ficção”, onde se destacam cinco obras de grande valor literário; e “Infantil”, com outros tantos livros. Com mais de 20 anos de

Publicidade

Rita Ruivo

Psicóloga Clínica (Novas Terapias)

Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 | E-Mail: psicologia@rvj.pt

022 /// NOVEMBRO 2018 22

existência, a RVJ Editores é uma das principais editoras do país, garantindo através de técnicos altamente qualificados e de uma equipa multidisciplinar a análise e revisão de textos, a edição, o design exclusivo para cada um dos seus livros, bem como a sua impressão, a sua promoção (a RVJ Editores é proprietária do Ensino Magazine) e distribuição. K


edições

Novidades literárias 7 LUA DE PAPEL. O Candidato do Kremlin, de Jason Matthews. «O Candidato do Kremlin» é o mais arrepiante (e atual) thriller do espião-escritor Jason Matthews. Obra final da épica e muito aclamada trilogia Red Sparrow, iniciada com «Traição» e «O Palácio da Traição», empurra-nos a um ritmo trepidante para o mais surpreendente e violento dos desfechos. Há 15 anos que os serviços secretos russos trabalham no mais maquiavélico projeto de Vladimir Putin: introduzir um dos seus agentes-duplos na cúpula da CIA. Estão a um passo de o conseguir. Está prestes a ser nomeado um novo diretor, e os americanos estão longe de suspeitar que ele é, na verdade, «O Candidato do Kremlin».

CASA DAS LETRAS. Sente-se Bem,

Sinta-se Melhor, de Harriet Griffey. Um livro de exercícios para alongar e fortalecer a nossa postura no dia a dia, para combater os efeitos no nosso corpo da vida sedentária que levamos. Longos períodos passados sentados, a trabalhar à secretária, a conduzir ou no sofá, enfraquecem os músculos e afetam a nossa postura. O resultado? Dores, enxaquecas, problemas digestivos e fadiga, sintomas que podem ser melhorados através de exercícios de alongamento e fortalecimento suaves e regulares. Nesta obra, Harriet Griffey mostra-lhe o que pode fazer para contrariar os riscos para a saúde provocados pelo excesso de tempo sentado.

PERGAMINHO. Mais Amigos, Menos Likes, de Ferran Ramon-Cortés. Em casa, no trabalho, na fila do supermercado, em momentos de stresse, em momentos de descontração, antes de ir dormir, pouco depois de acordar: passamos tanto do nosso tempo em redes sociais. Esta forma de viver está a gerar um novo fenómeno: há cada vez mais pessoas com centenas de amigos virtuais mas incapazes de cultivar relações íntimas reais; pessoas cuja autoestima depende de estímulos virtuais como likes, seguidores, partilhas, etc. O psicólogo Ferran RamonCortés, autor de vários livros de desenvolvimento pessoal, oferece conselhos simples e eficazes para vivermos uma vida realmente - e não virtualmente - feliz e preenchida. K

gente e livros

Guimarães Rosa 7 Guimarães Rosa foi um contista, novelista, romancista e diplomata brasileiro, que nasceu em Cordisburgo, Minas Gerais, no dia 27 de junho de 1908, e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de novembro de 1967. Considerado um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, Guimarães Rosa ambientou quase toda a sua obra no chamado sertão brasileiro. O seu trabalho mais marcante é «Grande Sertão: Veredas» (1956), romance descrito por Rosa como uma “autobiografia irracional” e pela Academia Brasileira de Letras como “um dos mais importantes textos” de literatura desse país. Diplomata por concurso que realizara em 1934, foi cônsul em Hamburgo (1938-42); secretário de embaixada em Bogotá (1942-44); chefe de gabinete do ministro João Neves da Fontoura (1946); primeiro-secretário e conselheiro de embaixada em Paris (1948-51); secretário da Delegação do Brasil à Conferência da Paz, em Paris (1948); representante do Brasil na Sessão Extraordinária da Conferência da UNESCO, em Paris (1948); delegado do Brasil à IV Sessão da

oglobo.globo.com H

Conferência Geral da UNESCO, em Paris (1949). Em 1951, voltou ao Brasil, sendo nomeado novamente chefe de gabinete do ministro João

Neves da Fontoura; depois chefe da Divisão de Orçamento (1953) e promovido a ministro de primeira classe. Em 1962, assumiu a chefia do Serviço de Demarcação de Fronteiras. Entre as características fundamentais de Guimarães Rosa constam o realismo mágico, o regionalismo, a linguagem inovadora e os neologismos, presentes em obras como «Magma» (1936), «Sagarana» (1946), «Com o Vaqueiro Mariano» (1952), «Corpo de Baile: Noites do Sertão» (1956) ou do incontornável «Grande Sertão: Veredas», editado no mesmo ano. “Guimarães Rosa faz uso do material de origem regional para uma interpretação mítica da realidade, através de símbolos e mitos de validade universal, a experiência humana meditada e recriada mediante uma revolução formal e estilística. Nessa tarefa de experimentação e recriação da linguagem, usou de todos os recursos, desde a invenção de vocábulos, por vários processos, até arcaísmos e palavras populares, invenções semânticas e sintáticas”, atesta a Academia Brasileira de Letras. K Tiago Carvalho _

Edições RVJ Editores

Receitas de avós e avôs em dois livros doces e salgados 7 A RVJ Editores vai lançar, no mês de dezembro, dois livros de homenagem às receitas de avós e avôs e também daqueles que não o são. Assim, no dia 8 de dezembro, pelas 16H00, no auditório da Biblioteca de Castelo Branco é lançada a segunda edição (revista e aumentada) do livro “Receitas das Avós”, onde será possível conhecer novas receitas, cheias de tradição. Trata-se de um livro com 128 páginas, onde os sabores pelos quais os netos se lembram das avós estão espelhados. O livro, coordenado pelo diretor do Ensino Magazine, João Carrega, constitui também um documento que preserva a história da cozinha passada de geração em geração, onde são apresentados doces e salgados, sopas daquelas que só as avós sabem fazer e pratos tradicionais e inovadores. Neste livro apresentam-se também as avós e os seus netos. A apresentação é aberta a toda a população. No dia 21 de dezembro, pelas 18H00, é lançado o terceiro livro da coleção “Receitas e Sabores. Trata-se da obra “Receitas dos Avôs e daqueles que não o são”, numa clara homenagem aos avôs, aos netos e a todos os que gostam de uma boa petiscada. O livro também é coordenado por João Carrega, e reúne receitas feitas pelos homens (avôs ou não)

Os dois livros vão ser apresentados a 8 e 21 e dezembro respetivamente

que de uma forma simples, ou complexa, apresentam as suas receitas, que vão desde as sopas, aos pratos de peixe e de carne, aos petiscos e às bebidas. Este livro dá a conhecer os avôs que

aceitaram o nosso desafio e também aqueles que não sendo avôs, são netos, e que também cozinharam para nós. A apresentação do livro é aberta a toda a população. K

NOVEMBRO 2018 /// 023 23


pela objetiva de j. vasco

press das coisas PopSocket 3 Este é um acessório cada vez mais popular para smarthphone e tablet. O objetivo é colar na traseira destes aparelhos e possibilitar ao utilizador agarrar o smartphone com mais segurança ou apoiá-lo numa superfície plana para tirar selfies, fazer videochamadas ou ver um vídeo. Tem várias outras possibilidades de uso, dependendo da criatividade do utilizador. K

Lady Gaga & Bradley Cooper «A Star Is Born»

No lugar do lugar

7 No mês de outubro terminei um projeto com o nome deste título. Ao fim de dezenas de anos voltei ao “lugar” onde, na infância, brinquei nas férias de verão; o lugar já não existia a não ser no ponto de vista jurídico, todos tinham partido. Tratou-se de um projeto centrado na desertificação dos sítios do interior, na erosão do tempo sobre os espaços, fazendo com que as características físicas e humanas destes sejam sempre transitórias. K

3 «A Star Is Born» é a banda sonora do filme com o mesmo nome de 2018 («Assim Nasce Uma Estrela»), protagonizado por Lady Gaga e Bradley Cooper. As canções fazem sentido dentro da narrativa do filme, mas também brilham por conta própria. Já é um dos maiores êxitos do ano. K

Prazeres da boa mesa

Caldinho de perdiz assada, feijão-arroz e croutons de alecrim 3Ingredientes: 1 Perdiz 2 Gotas de Óleo Essencial de Esteva AROMAS DO VALADO 80g de Cebola (1 cebola média) 8g de Alho seco (1 dente de alho grande) 20g de Alho-porro 2 C. de Sopa de Azeite 40g de Feijão-Arroz Cozido 1 Fatia de Pão de Penha Garcia em pequenos cubos 1 cubo de Caldo de Carne 100 ml de Vinho Tinto Beirão Q.b. de Sal Marinho Q.b. de Pimenta Preta de Moinho 1 C. Sopa de Manteiga 2 Gotas de Óleo Essencial de Alecrim AROMAS DO VALADO 3 l Água Pimentão Preparação: Amanhar a perdiz e temperar com sal e pimenta; introduzir os legumes cortados, o azeite, o vinho, o pimentão e as gotas de óleo essencial de esteva. Deixar marinar durante 2 horas. Decorrido esse tempo, levar ao forno o preparado a 170ºC até ficar dourado. Depois de assado e dourado, juntar ao conteúdo do tabuleiro o caldo de carne e

024 /// NOVEMBRO 2018 24

Chefe Mário Rui Ramos _ Executive Chef Alunos das aulas práticas de cozinha (IPCB/ESGIN) Sérgio Rodrigues e alunos de fotografia (IPCB/ESART) Helena Vinagre (Aromas do Valado)

3 litros de água. Levar a lume brando até reduzir a um terço. Passar pelo passador e depois num filtro de café. Desfiar a perdiz e juntar ao caldo com o feijão-arroz cozido. Saltear o pão na manteiga juntamente com o Óleo Essencial de Alecrim, até ficar dourado e crocante. Reservar. Deixar cozer 2 minutos, retificar os temperos e corrigir, se necessário. Servir com os croutons à parte. K


BOCAS DO GALINHEIRO

À procura do tal filme 7 Afinal qual é o melhor filme de sempre? De tempos a tempos a revista Sight and Sound, publicação do British Film Institute, convida um painel de jurados especializados na área para nomear os melhores filmes de sempre. Há alguns anos demos conta de que “Vertigo – A Mulher que Viveu Duas Vezes”(1958), de Alfred Hitchcock, foi considerado o melhor filme de todos os tempos, deixando para trás “Citizen Kane - O Mundo a seus Pés”, de Orson Welles, que estava há 50 anos no top. A história de Scottie (James Stewart), antigo inspector da polícia de São Francisco, demitido por causa de sofrer de vertigens e que é contratado por um velho amigo para seguir a sua mulher Madeline (Kim Novak), muito bela e cujo estranho comportamento dá a entender que se possa suicidar, convenceu os votantes e representou um justo reconhecimento de um dos realizadores mais profícuos e talentosos na história do cinema. Mais recentemente a votação revelou um resultado ligeiramente diferente: o filme de Hitchcok caiu para oitavo lugar, a fita de Orson Welles, ficou em terceiro, sendo que o melhor filme na sequência da votação em que participaram mais de três centenas de realizadores, foi “Viagem a Tóquio” (Tokyo Monogatari,1953), de Yasujiro Ozu. Dúvidas não tenho de que se trata de um dos filmes maiores da história da 7ª arte, que tivemos o privilégio de ver em Castelo Branco aquando de uma retrospectiva de Ozu no Cine-Teatro Avenida, em cópia restaurada, e onde passou também “O Gosto do Saké”, de 1962. “Viagem a Tóquio”

aborda duas temáticas distintas: por um lado o renascer/reconstrução do Japão no pós II Guerra, a batalha da industrialização, que dá lugar à “ocidentalização” do país, visível na edificação de prédios modernos, e por outro envelhecimento, personalizado no casal de idosos que sente o progressivo afastamento dos filhos, não só geográfico, daí a tal viagem a Tóquio, mas também pela mudança social que rasga com o sistema familiar tradicional. Para quem não viu, um dos tais “filmes para ver antes de morrer”. Desta última lista no top ten,

para além dos já referidos, estão “Ladrões de Bicicletas” (1948), de Vittorio de Sica, um marco do neo-realismo, “O Espelho” (1975), de Andrei Tarkovsky, “O Padrinho” (1972) e “Apocalypse Now” (1979), de Francis Ford Coppola, “Taxi Driver” (1976), de Martin Scorsese, que imortalizou Robert DeNiro, “Felini Oito e meio” (1963), de Federico Fellini, a história de um realizador em crise, uma revisitação pelo própria à sua obra e “2001: Odisseia no Espaço” (1968), de Stanley Kubrick, um marco do cinema de ficção científica.

Mais recentemente acontece uma viragem absoluta nesta temática das listas, espelho do(s) gosto(s) de agora. A lista publicada pelo IMDb, um site onde se pode obter quase toda a informação sobre filmes, vem mostrar que a diversidade de gostos é uma realidade, talvez mais hoje do que nunca, e por maioria de razão quando se sai do nicho dos opinadores e profissionais da área. Ou seja, o gosto do público, pelo menos do frequentador da plataforma em questão, não coincide, ou mesmo diverge bastante do dos especialistas. Não estranha assim que encabece esta lista dos dez mais, na sequência da avaliação dos utilizadores, um filme que foi arrasado nos Óscar de 1995: “Os Condenados de Shawshank” (The Shawshank Redemption, 1994), dirigido por Frank Darabont, baseado num conto de Stephen King, que nos conta a cumplicidade de Andy Drusfene (Tim Robbins) e “Red” (Morgan Freeman), condenados a prisão perpétua em Shawshank, o primeiro por um homicídio que jura não ter cometido, o da mulher e do amante desta, e a volta que consegue dar ao texto nos longos anos de encarceramento. Nomeado para sete Óscar, não venceu nenhum, tornando-se o grande derrotado da cerimónia de 1995. Hoje integra a galeria dos filmes de culto de que esta avaliação é reflexo. Seguem-se nesta listagem “O Padrinho” e “O Padrinho: Parte II”, de F.F. Coppola, claro, em que brilharam Marlon Brando e Al Pacino, este em ambos, “O Cavaleiro das Trevas” (2008), de Christopher Nolan, uma

peculiar visão do universo Batman, “Doze Homens em Fúria” (1957), de Sidney Lumet, brilhante incursão do realizador no mundo da justiça e da busca do melhor veredicto, mesmo que o óbvio aponte em sentido contrário, com Henry Fonda noutro dos seus brilhantes papéis, “A Lista de Schindler” (1993), realizado por Steven Spielberg, uma abordagem muito pessoal do drama dos judeus na II Guerra Mundial, um vencedor dos Óscar, “O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei” (2003), terceira parte da saga de Peter Jackson sobre a obra de J.R.R. Tolkien, que também arrasou nos Óscar de 2004, 11 estatuetas, “Pulp Fiction” (1994), de Quentin Taratino, um marco na filmografia do realizador, que nos brindou depois com outras obrasprimas, a que se seguem “O Bom, o Mau e o Vilão” (1966), de Sergio Leone, expoente máximo do “Spaghetti Western”, de que Tarantino é fã incondicional, onde me incluo também, lembrar o seu “Django Libertado”, de 2012, e, fecha a lista dos 10 mais “Clube de Combate” (1999), de David Fincher. Da minha lista fariam obrigatoriamente parte nomes como Woody Allen, John Ford, Frank Capra, François Truffaut, Charles Chaplin e um longo etecetera, bem como filmes como “Casablanca”, “Blade Runner”, “Easy Rider” e por aí adiante. Talvez um dia faça a minha lista. Mais uma promessa a acrescentar às muitas que aqui fiz. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _ Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

Um Dia Muito Profissional 6 É o título de uma iniciativa da Escola Secundária Matias Aires, em Sintra, que, em outubro, convidou todos os alunos e alunas dos cursos profissionais a saírem da escola para melhor se conhecerem neste início de ano letivo, entre eles e com os seus professores. Foi motivante para dezenas de jovens, uma caminhada de 7 km, várias provas desportivas, questionários sobre os locais por onde passavam e até houve prémios para a melhor apresentação do almoço enquanto projeto da turma. Começar bem o ano para acabar melhor! K Fotorreportagem dos alunos estagiários do Curso Profissional de Fotografia.

NOVEMBRO 2018 /// 025 25


REDE DE ESCOLAS ASSOCIADAS - UNESCO

Agrupamento de Murça assinala armistício

6 No âmbito do centenário da 1.ª Guerra Mundial, a nossa Escola participou na 9.ª edição do Concurso para Rede Escolas Associadas da UNESCO 2017/2018. A figura central portuguesa que fez História foi Aníbal Augusto Milhais, considerado o herói de Murça, um soldado raso que combateu na 1.ª Guerra Mundial e ganhou fama quando enfrentou sozinho uma ofensiva alemã na Batalha de La Lys, para ajudar à retirada das forças aliadas. O soldado nasceu a 9 de julho de 1895 em Valongo (concelho de Murça). Todos os alunos do 6.º ano fizeram a investigação sobre a vida e o feito histórico do soldado Aníbal Augusto Milhais. Os trabalhos foram absolutamente inéditos e produziram-se bandas desenhadas e textos sobre a simbologia deste soldado. Foram expostos na Biblioteca Escolar de Murça. Os dois trabalhos mais votados de cada uma das turmas

participantes foram os elegidos para representar o Agrupamento de Escolas de Murça no concurso da UNESCO a propósito da comemoração do Centenário da 1ª Guerra Mundial e os restantes incorporaram uma exposição no evento das Comemorações do Centenário da Batalha de La Lyz, em França, na Association L3C- La Couture, Champs de Cultures. Na semana de 13 a 17 de novembro de 2017 foram desenvolvidas várias sessões de esclarecimento sobre a elabo-

ração de poemas Haiku (poema originário do Japão) na Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Murça. Deste modo, desenvolveu-se esta atividade com o objetivo de informar/ sensibilizar os alunos para a criação e posterior participação no Concurso Internacional de Haiku para Crianças 2017-2018, com o mote: “Seres Vivos”, que contou com a participação de todas as Escolas que fazem parte da UNESCO. Os alunos do 2.º e 3.º ciclos foram convidados a elaborar

um poema Haiku, original e individual, alusivo à Natureza, característica obrigatória, tendo em conta o tema específico solicitado, os seres vivos que, posteriormente, foram revistos pelos respetivos professores de Português de cada turma participante e ilustrados pelo autor de cada poema, respeitando o solicitado pela organização. Durante a primeira semana de janeiro 2018, antes do envio dos poemas para o Japão - JAL Foundation, os trabalhos foram expostos na Biblioteca do Agru-

pamento. António Roças foi o vencedor do 1.º prémio do 15.º Concurso Internacional de Poemas Haiku 2017/2018, promovido pela rede de Escolas UNESCO e JAL Foundation (Japão) e patrocinado pela JAPAN AIRLINES. Do Japão foi-lhe enviado o respetivo prémio a que teve merecido direito. K Rosa Pais _ Coordenadora do projeto UNESCO Agrupamento de Escolas de Murça

As ESCOLHAs DE VALTER LEMOS muitos portugueses. Assim, infelizmente, será uma boa escolha, mas para poucos.

VW T-Roc O SUV português 3 O grupo Volkswagen é um dos gigantes automóveis mundiais. Para além da marca mais difundida inclui outras muito conhecidas, como a Audi, a Seat e a Skoda, partilhando plataformas, motores e inúmeros componentes. De origem alemã o grupo tem, no entanto, fábricas em diversos países, incluindo Portugal. A fábrica portuguesa, conhecida por AutoEuropa, situase em Palmela e é uma das empresas situadas em Portugal com maior volume de exportação. Tem fabricado vários modelos da VW como o desportivo Scirocco e o monovolume Sharan e o mais recente modelo em produção é o T-Roc, que é o primeiro SUV fabricado em Portugal. O modelo tem linhas exteriores geometricamente bem definidas, na tradição da marca, ainda que, devido ao uso de carroçarias bicolores e de cores mais claras e vivas, se mostre com um ar mais moderno e jovial do que os restantes modelos da VW

026 /// NOVEMBRO 2018 26

Scramblers 125 Baratas, bonitas e boas?

que, como é habitual nas marcas alemãs, apresentam regularmente uma aparência mais pesada e taciturna. Também nos interiores o TRoc se mostra mais jovem com inserções, da cor da carroçaria, no tablier e nas portas. Com dimensões exteriores contidas, o carro tem, no entanto, um bom espaço interior e uma mala generosa. Também o equipamento contém o que hoje se requer, com sistema de infoentretenimento, conetividade, iluminação led e modernos equipamentos

de segurança ativa e passiva. Mas o T-Roc, apesar de português e bom, tem um defeito: o preço. É feito em Portugal, mas, não é para a maioria dos portugueses. A versão mais barata (motor 1.0, gasolina, 115 cv) ultrapassa os 23 mil euros e os preços das restantes versões vão subindo até ultrapassar largamente os 30 mil euros. É pena que a Volkswagen não tivesse aproveitado a oportunidade para colocar uns preços mais acessíveis em Portugal. Poderia, dessa forma, o T-Roc ser a escolha de

O conceito scrambler é simples: uma moto preparada para tudo: estrada, cidade, trilhos de terra, etc. Desenho simples, despidas, só com o equipamento essencial, mas muito atraentes e em regra mais acessíveis que outros segmentos mais complexos e elaborados. A moda agora parece ser scrambler! Algumas marcas, como a Ducati, até criaram uma submarca, outras, como a Triumph e a Moto-Guzzi, que quase haviam desaparecido do mercado, reentraram em grande e as generalistas emergentes como a Benelli (com a bonita Leoncino) readquiriram imagem. Mas, o mercado mais dinâmico parece ser o das 125. Com a possibilidade de condução com carta automóvel, o segmento das 125 tem tido uma enorme expansão e diversificação

em Portugal e designadamente nas scramblers. Neste momento existem em Portugal várias marcas, muitas com origem asiática, cuja oferta é essencialmente composta por scramblers maioritariamente com 125 cm3. Bajaj, Brixton, Bullit, FB Mondial, Hanway, Mash, Mutt, Orcal, Rieju, Royal Enfield e UM são exemplos dessas marcas, que apresentam propostas acessíveis e com design atraente. Com os preços a situarem-se normalmente entre os 2 e os 3 mil euros é possível ter uma moto para todas as situações e que talvez faça virar algumas cabeças ao passar… K


Prémio Voluntariado Universitário

Votações até ao final do mês 6 Já são conhecidos os 10 finalistas da categoria Comunicação do Prémio de Voluntariado Universitário. De 19 a 30 de novembro é possível o público escolher o vídeo favorito, sendo que o vencedor será distinguido na categoria PVU comunicação e premiado com um donativo em 1 000 euros. Os projetos em votação na página http://pvu.ajudamos.pt são: SolidarISA; Escola Superpoderes; VO.U Rodar Cultura; Amal Soap; AHEAD; Aldeia Feliz; NASA AEFFUP!; Medicina Mais Perto Ilhas; PROBONO; e Med Vai Sesimbra. O Prémio Santander de Voluntariado Universitário (PVU) é promovido pelo Santander Universidades e vai já na sua 3.ª Edição. A iniciativa tem como objetivo “incentivar cada vez mais a prática de uma cidadania ativa através do voluntariado e recompensar o esforço dos jovens mais envolvidos nestas atividades”, e nas anteriores edições teve projetos a concursos de instituições de ensino superior todo o país. Em nota de imprensa enviada ao nosso jornal, o Santander Universidades explica que “os qua-

tro premiados vão ser conhecidos a 5 de dezembro”. Nesta edição são atribuídos três prémios que distinguem a originalidade, a profundidade da intervenção e o contributo para a resolução das problemáticas identificadas. Critérios como o envolvimento com a comunidade ou a qualidade da comunicação do projeto também serão valorizados, atribuindo-se também um quarto prémio para o melhor vídeo de apresentação

(PVU Comunicação). Na mesma nota é explicado que o júri é composto pelo presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Fontainhas Fernandes, pelo presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, (CCISP), Pedro Dominguinhos, pelo presidente da Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado (APESP), João Redondo, pela ad-

ministradora do Banco Santander Totta, Inês Oom de Sousa e pelo responsável pela área de Sustentabilidade do Banco, Rui Miguel Santos. A socióloga Cristina Louro assume novamente a presidência do júri deste prémio. Para além dos prémios monetários, o Santander Universidades oferece mentoria de apoio à concretização dos objetivos dos projetos durante o período máximo de um ano, que será conduzida por

um diretor sénior do banco. Será também promovida a sua divulgação, procurando assim mobilizar a opinião pública para a prática do voluntariado e divulgar as boas práticas no âmbito dos projetos de voluntariado universitário. O Banco Santander Totta, através do programa Santander Universidades, assume o compromisso de promover as melhores práticas na resposta aos desafios da sociedade portuguesa, sendo já uma referência a nível nacional no que diz respeito à promoção do Ensino Superior, colaborando atualmente com 53 instituições do Ensino Superior. O Banco investe anualmente mais de €7 milhões na área de Responsabilidade Social e Corporativa. O Banco Santander, a empresa que mais investe no apoio à educação no mundo (Relatório Varkey/UNESCO - Fortune 500), mantém mais de 1.200 acordos de colaboração com universidades e instituições académicas de 21 países através do Santander Universidades e, através da rede Universia, agrupa mais de 1.300 instituições académicas ibero-americanas. K

Prémio científico tem vencedores

Com o Santander Totta

Técnico atribui bolsas 6 Bolsas para novos docentes, prémios para apoio a ideias inovadoras e a projetos de empreendedorismo de estudantes são algumas das ações destinadas à comunidade universitária do Instituto Superior Técnico (IST), apoiadas pelo Santander Universidades, que acabam de ser apresentadas no Campus da Alameda do Técnico. Entre as novidades apresenta-

das no Dia do Santander no Técnico, intitulado ‘O Futuro é Agora’, destaca-se o Prémio E.Awards@Técnico, cuja primeira edição conta com o apoio do Santander Universidades. O primeiro prémio para o melhor projeto de empreendedorismo chama-se Best E.Project by Santander, sendo ainda distinguidos com menções honrosas dois outros projetos. O novo concurso visa premiar

projetos de inovação e empreendedorismo concebidos por estudantes do IST inscritos em unidades curriculares de Empreendedorismo. São candidatos todos os estudantes inscritos no primeiro semestre do ano letivo 2018-2019. Inês Oom de Sousa, administradora do Santander Totta, realçou a importância desta parceria e disse: “procuramos estar sempre

na linha da frente no apoio que damos aos estudantes e docentes universitários”. E acrescentou: “Acreditamos que o conhecimento é a melhor ferramenta para enfrentar o futuro e a parceria com o Técnico é uma prova de que vale a pena apostar no ensino superior, no fomento do empreendedorismo, da mobilidade e da empregabilidade”. K

6 Fernando M. Martins Manaíra Aires Athayde e Gil Correia são os grandes vencedores da 9ª edição do Prémio Científico Mário Quartin Graça, uma parceria entre o Banco Santander em Portugal e a Casa da América Latina. Fernando M. Martins venceu na categoria de Ciências Económicas e Empresariais, com a tese “Price and wages rigidities: macroeconomic evidence”, concluída no Instituto Superior de Economia e Gestão. Manaíra Aires Athayde destacou-se na categoria de Ciências Sociais e Humanas com a tese “Ruy Belo e o Modernismo Brasileiro. Poesia, Espólio”, realizada na Universidade de Coimbra. Gil Correia foi o vencedor da categoria de Tecnologias e Ciências Naturais, com o trabalho “Integração de caracterização de reservatórios com ajuste de histórico baseado em poços piloto: aplicação ao campo Norne”, realizado na Universidade Estadual de Campinas. O júri atribuiu ainda uma menção honrosa a Virgílio Coelho, com a tese “O Fio de Ariadne: Desilusão e Sensibilidade Política em Os Maias, de Eça de Queiroz”, concluída na Universidade Federal de Minas Gerais. K

NOVEMBRO 2018 /// 027 27


Universidade

Católica cria Cátedra Manuel Sérgio 6 A Universidade Católica Portuguesa, com o apoio da Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude, vai criar, no próximo ano, a “Cátedra Manuel Sérgio”. Em nota enviada ao nosso jornal, a universidade explica que a Cátedra terá cinco linhas de investigação, a saber: - Da epistemologia à ontologia e a Ciência da Motricidade Humana (CMH) como uma nova ciência hermenêutico-humana (Habermas) e como pretexto para um novo conhe-

cimento do ser humano. - O cartesianismo, o positivismo, o cientismo, no treino desportivo. Pensando com Edgar Morin o treino desportivo. - A vida e o desporto, como movimento intencional da transcendência, rumo ao Absoluto. O Padre Teilhard de Chardin e o Padre Manuel Antunes. - O desporto, uma “práxis” sapiencial e filosófica e portanto mais do que científica. Não há educação sem desporto. - A Ética, núcleo essen-

cial da prática desportiva A universidade revela que a escolha “do Prof. Doutor Manuel Sérgio para patrono da cátedra explicase pelo facto de ter sido ele, em língua portuguesa, o autor do mais rigoroso e sistemático estudo que algum dia se fez sobre filosofia e epistemologia, como dois saberes indispensáveis ao conhecimento da motricidade humana em geral e do desporto em particular”. Por outro lado, a vastidão da sua obra, na qual se integra uma tese de douPublicidade

Debate

Guarda debate geoespacial 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda acolheu, no passado dia 21 de novembro, a segunda edição do Fórum de Informação Geospacial, (FIGeo 2018) com o tema “A Informação Geoespacial ao serviço da sociedade”. O evento, inserido nas Comemorações dos 25 Anos do Curso de Engenharia Topográfica no Instituto Politécnico da Guarda e em Portugal, teve por objetivo oferecer um espaço de partilha de experiências e de conhecimento relativo à importância da Informação Geospacial (IG) nas sociedades atuais. Do programa constaram diversos temas, tais como, as Smart Cities, os Sistemas Globais de Posicionamento por Satélite (GNSS), a Deteção Remota e outras técnicas atuais de aquisição e de

028 /// NOVEMBRO 2018

processamento de Informação Geoespacial, como por exemplo, os VANT’s (Veículos Aéreos Não- Tripulados) ou os Sistemas de Varrimento a Laser. Este Fórum destinou-se a diferentes públicos devido à abrangência da aplicabilidade da Informação Geoespacial em inúmeros sectores da sociedade, nomeadamente estudantes, profissionais de engenharia e gestão, investigadores, câmaras municipais e empreendedores. De referir que cada vez mais o cidadão comum está dependente diariamente de Informação Geoespacial para a realização das suas tarefas. “Os municípios já perceberam que é com Informação Geoespacial que melhor se governam os territórios”, referiu a organização desta iniciativa. K

toramento que, segundo Miguel Real, é “um acontecimento, na vida cultural portuguesa” e, em palavras de José Eduardo Franco, uma “verdadeira revolução científica”; encontrando, na competição desportiva, um pretexto para que se possa pensar e praticar os mais nobres valores humanos Manuel Sérgio tem já um lugar relevante, na história do desporto português e na vida intelectual dos nossos dias. Assim o pensaram também alguns treinadores desportivos de méritos

indiscutíveis, que com ele têm dialogado, no sentido do enriquecimento da sua “práxis” profissional. Desde a década de 60 do século passado, Manuel Sérgio vem pondo em questão o fisiologismo do treino desportivo, afirmando que é “o homem todo e todos os homens” o que se estuda no desporto; foi o primeiro, em Portugal, a integrar o desporto numa nova ciência humana e na metodologia específica das ciências humanas; revolucionou o estudo do Desporto em

Portugal, ao apontar, como autores indispensáveis ao estudo do Desporto, Bachelard, Althusser, Teilhard de Chardin, Piaget, Foucault, Popper, Kuhn, Feyerabend, Prigogine e Boaventura de Sousa Santos. Não se conhece, na nossa vida intelectual e em língua portuguesa, um autor que tenha criado, e com um rigor verdadeiramente científico, estas linhas de investigação. No devido tempo, será anunciado, pela Universidade Católica, quem será o diretor (ou a diretora) da Cátedra. K


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.