Ensino Magazine Edição nº233

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julho 2017 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XX K No233 Assinatura anual: 15 euros

Suplemento universidade da beira interior

António Fidalgo eleito Reitor C

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www.ensino.eu

Distribuição Gratuita

jornalista, docente e escritor

universidade de évora

Mecenas apoiam alunos conselho geral do ipcb

Vítor Santos presidente investigação

Leiria garante um milhão C

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projetos energéticos

Guarda mais eficiente portalegre

Elvas forma treinadores castelo branco

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covilhã C

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universidade

Évora aposta na ciência C

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porto design factory

Ministro nos mil dias

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novo livro de João ruivo

Curso de drones na EST UBI brilha na Europa

D. Afonso Henriques segundo Domingos Amaral A Tribo da Escola já chegou às bancas “Escola: uma Tribo Global” é o novo livro de João Ruivo. Polémico e prospetivo, o livro tem a chancela da RVJ-Editores e apresenta um conjunto de artigos daquele que é considerado um dos melhores investigadores de educação do nosso país. C

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Design | Comunicação | Edição Av. do Brasil, N. 4 R/C - 6000-909 Castelo Branco Tel:. 272324645 Tel:. 965315233 | 933526683 Fax:. 210112063 | rvj@rvj.pt | www.rvj.pt JULHO 2017 ///

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Domingos Amaral, escritor

Um olhar sobre D. Afonso Henriques 6 Apaixonado pelo primeiro Rei de Portugal, Domingos Amaral relembra os tempos da fundação do país e as conquistas políticas e militares de D. Afonso Henriques. O escritor e professor fala ainda sobre o ensino e comenta as peripécias do defeso futebolístico.

Acaba de editar o seu 12.º romance, “Assim Nasceu Portugal”, a última parte da trilogia em que aborda ao pormenor a figura do primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques. É um apaixonado pelo romance histórico? Completamente. Antes desta trilogia já tinha es-

crito dois livros passados na II Guerra Mundial, em Portugal, “Enquanto Salazar dormia” e o “Retrato da mãe de Hitler”. E tinha escrito também “Quando Lisboa tremeu”, sobre o terramoto de 1755, uma circunstância histórica que também me fasci-

na bastante. Nos últimos três anos dediquei-me em exclusivo a esta trilogia, “Assim Nasceu Portugal” que, no fundo, abarca a primeira metade da vida de D. Afonso Henriques. O primeiro livro é, sobretudo, dedicado à infância, adolescência, idade

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adulta e termina com a batalha de São Mamede. O segundo período abrange 7 ou 8 anos muito bélicos de lutas entre D. Afonso Henriques e o primo, Afonso VII de Leão, e com os mouros e termina com a famosa Batalha de Ourique, em que ele é aclamado Rei de todos os portucalenses. E esta última parte da trilogia… Finalmente, este terceiro livro, “Os conquistadores de Lisboa”, tem um período histórico curto que inclui o Tratado de Zamora, em 1143, em que ele é reconhecido monarca por Afonso VII, o casamento com Dona Mafalda de Sabóia, em 1146 e, por fim, a conquista de duas cidades fundamentais: Santarém, em março de 1147 e Lisboa, em outubro do mesmo ano. Este período final é o de maior glória, política e militar de Afonso Henriques, com a ajuda dos cruzados, vindos do norte da Europa. E foi tendo como ponto de partida este contexto histórico que ficcionou o seu romance? Foi a partir do que acabei de descrever que redigi este romance histórico específico, criei as minhas personagens, com as minhas histórias dentro da história e também com uma espécie de investigação, em que o próprio narrador da história, que é o melhor amigo de D. Afonso Henriques, faz uma investigação sobre uma velha intriga que tinha sido lançada contra ele, que tem a ver com a

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dúvida de ele ser ou não filho de D. Teresa. O seu pai, Diogo Freitas do Amaral, é considerado o biógrafo de D. Afonso Henriques, tendo escrito um livro que vendeu mais de 80 mil exemplares. Considera-se, por assim dizer, o ficcionista do primeiro Rei de Portugal? Sim, de alguma maneira. O trabalho do meu pai foi mais factual e seguindo toda a documentação existente sobre D. Afonso Henriques, nomeadamente as crónicas e documentos históricos etc. A minha descrição é mais ficcionada, em muitos momentos, com uma forma de olhar para D. Afonso Henriques e para toda a corte portucalense de um modo especial, que é o meu. Podemos saber que ele conquistou Lisboa num determinado dia, mas não sabemos com quem conversou nessa noite, com quem bebeu um copo, com que mulher é que ele namorou, etc. O que comiam, as conversas que tinham e muito mais. E isso é um romancista que pode criar. No fundo, por as personagens a falar. Os seus avós paternos eram de Guimarães. Isso pesou nesta espécie de “obsessão” por D. Afonso Henriques? Sim, tive, desde sempre uma ligação muito forte, desde pequenino a Guimarães, porque as férias foram passadas, mais de uma década, na “cidade-berço”. Os meus avós gostavam muito de contar histórias desse ;


período, onde se incluíam D. Afonso Henriques, D. Teresa, etc. Para além disso, brinquei inúmeras vezes no castelo de Guimarães e noutros castelos da região, da Póvoa de Lanhoso até Tuy, para além de a primeira vez que assisti a um jogo de futebol foi, curiosamente, no estádio do Vitória, que se chama, precisamente, D. Afonso Henriques. De algum modo esta trilogia é uma forma de procurar revisitar as minhas memórias de infância através da história, com a minha visão e um estilo pessoal. Sempre com a preocupação de serem livros interessantes para os leitores. D. Afonso Henriques é uma espécie de herói português desprezado? Ao longo da história de Portugal houve várias maneiras de olhar para o primeiro monarca do nosso país e que foram variando, consoante as épocas. Os próprios historiadores tiveram influência na forma como D. Afonso Henriques era visto. Os monges do Mosteiro de Alcobaça fizeram uma história, quase mitológica e providencial, como se ele fosse um Rei benzido por Deus para conseguir tudo o que conseguiu. Depois houve um período, nomeadamente com o historiador Oliveira Martins, no século XIX, em que a figura de D. Afonso Henriques, não foi tão considerada. Ele tratava-o como um Rei algo abrutalhado e pouco esperto. O Estado Novo voltou a glorificar a sua figura. No pós-25 de

abril houve uma certa relutância em celebrar D. Afonso Henriques e os seus feitos históricos. Portanto, cada época tem a sua forma própria de olhar para as figuras históricas. Mas lembro que num inquérito recente sobre os portugueses mais importantes de sempre, D. Afonso Henriques aparecia com uma das figuras fundamentais da História de Portugal. É incontornável que é o Rei fundador. É unânime a sua importância. Se não fosse a sua vontade e determinação, dificilmente Portugal teria existido enquanto reino independente. Os romances históricos estão nos “tops” de vendas. Lê-se mais em Portu-

gal, em grande parte devido a este género literário? Lê-se mais do que há 10 ou 20 anos, seguramente. É uma evidência. Basta ver o número de pessoas que afluem todos os anos à Feira do Livro de Lisboa para comprovar esse facto. Não sei se o romance histórico está na moda, mas eu acho que é um género que as pessoas têm gosto em ler. Porquê? Porque eu acredito que, basicamente, os leitores gostam de histórias, de preferência interessantes e bem contadas, quer sejam direcionadas para o passado, para o futuro ou para mundos

CARA DA NOTÍCIA 6 Jornais, livros e…futebol Domingos Freitas do Amaral nasceu a 12 de outubro de 1967, em Lisboa. Formado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa, onde é atualmente professor da disciplina de Economia do Desporto. Tem também um mestrado em Relações Económicas Internacionais, pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Foi jornalista de “O Independente” e diretor das revistas masculinas “Maxmen” e “GQ”. Colaborou ainda com crónicas em diversos jornais e revistas, como o Diário de Noticias, Diário Económico, Grande Reportagem, Correio da Manhã e Record. Tem doze romances publicados: “Amor à primeira vista”, “O fanático do Sushi”, “Os cavaleiros de São João Baptista”, “Enquanto Salazar dormia”, “Já ninguém morre de amor”, “Quando Lisboa tremeu”, “Verão quente”, “O retrato da mãe de Hitler”, “Um casamento de sonho”, “Assim Nasceu Portugal I – Por amor a uma mulher”, “Assim Nasceu Portugal II – A vitória do imperador” e “Assim Nasceu Portugal III – Os conquistadores de Lisboa”. Foi comentador no programa televisivo da TVI 24 “Campeonato Nacional”, como adepto benfiquista. K

completamente inventados. E não acho que seja um fenómeno tipicamente português, penso que é extensível a todo o mundo. Basta ir aos Estados Unidos, ao Reino Unido, a França ou a Itália para comprovar isso. Nunca foi tentado, até devido ao seu histórico familiar, em enveredar por uma carreira política? Não. Gosto de analisar, refletir e escrever sobre temas políticos, mas nunca senti qualquer motivação ou vocação para enveredar por uma carreira nesse campo e me tornar um ator político. Não está na minha natureza. Talvez por ter presenciado a vida de um ator politico tão de perto e de ter sido “vacinado” para isso. Nas presidenciais de 1986, em que Freitas do Amaral enfrentou e foi derrotado por Mário Soares, tinha 18 anos. Que recordações tem desse vibrante momento da democracia portuguesa? Não votei nessas eleições. Não estava ainda recenseado em fevereiro de 1986, pois nessa época só nos podíamos recensear durante o mês de março, mas lembro-me muito bem dessa campanha eleitoral. Andei pelo país, acompanhei diversos comícios, incluindo os de maior dimensão na Fonte Luminosa. Os meus pais transmitiram-me, e aos meus irmãos, que independentemente do resultado final - fosse a vitória ou a derrota - no dia seguinte seríamos os mesmos. ;

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A derrota foi tangencial, mas deixou marcas… Foi uma derrota muito pesada de digerir do ponto de vista político, mas a vida prosseguiu. E no meu caso pessoal, libertou-me de uma grande carga de poder ter sido o filho do Presidente da República, facilitando-me, de alguma forma, o que foi a minha vida, menos exposta à curiosidade e aos olhares alheios.

Este defeso futebolístico tem sido pródigo em polémicas, sobre emails, bruxos e tem-se falado pouco sobre transferências. A suspeição não pode fazer perigar o início dos campeonatos? Acho que o que se tem vindo a passar nas últimas semanas significa que os adversários do Benfica estão a tentar ganhar na secretaria, quando não o conseguiram fazer dentro do campo. Nada do que tem vindo a público me parece suficientemente relevante para suspender os campeonatos. E agora, em pleno defeso e sem a bola rolar no relvado, está em curso a chamada batalha da opinião pública, que tem lugar em especial com os comentadores dos programas de TV. São os chamados ataques fora do campo.

O Domingos Amaral não teria sido escritor se fosse o filho do Presidente? Não sei. É muito difícil responder a essa questão. E o País seria diferente com Freitas do Amaral em Belém? Talvez, mas ninguém sabe responder com certeza a isso. Não foi cativado pela política, mas sim pelo jornalismo. Esteve 11 anos no jornal “O Independente”, nos tempos áureos de Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso. Que memórias guarda da passagem por esse marco do jornalismo português? Guardo as melhores recordações. Gostei de trabalhar com as pessoas que comigo se cruzaram e aprendi muito, tendo reforçado a minha paixão pela escrita. Passei por várias secções, fiz educação, depois sociedade, a seguir política, economia, relações internacionais. Fiz de tudo um pouco, mas o meu terreno favorito era as reportagens de vida no âmbito da sociedade. Mas nunca escrevi nada que fizesse cair um ministro… Como era ter como líderes do projeto, Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso? Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso eram duas personalidades originais, ao mesmo tempo fortes, mas completamente diferentes. Portas estava sempre presente, em todos os momentos e atento a todos os pormenores. Já Esteves Cardoso era uma espécie de cometa, mas sempre que passava, fazia-o de tal maneira que deslumbrava com a sua genialidade. Posteriormente, dirigiu duas revistas masculinas, a “Maxmen” e a “GQ”, que deram à estampa muitas beldades que hoje são figuras consagradas. Era, por assim dizer, um trabalho de sonho? Foram os meus melhores anos no jornalismo, especialmente os tempos em que passei na “Maxmen”. Foi muito

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divertido e retirei grandes ensinamentos ao nível da liderança e da gestão de equipas e atingir objetivos. Era um género que não existia em Portugal e permitiu-me lançar muitas jovens desconhecidas do grande público. Era um produto muito desafiante, e com um picante que atraia muitos leitores, aproveitando o facto de na altura, início do ano 2001, a situação económica no país ser muito favorável. As vendas das revistas masculinas, tendo como finalidade o entretenimento, sofrem muito com os maus períodos da economia. Foi o que aconteceu quando transitei para a “GQ”, em que as vendas se ressentiram. A emergência da internet e a facilidade com que se acede a esses conteúdos noutras plataformas foi outro golpe para estas revistas. Diz que «o jornalismo está pela hora da morte». As edições em papel dos jornais estão condenadas? O atual contexto, em que existe a internet e as redes sociais, e em que o imediato é que conta, não privilegia os títulos que saem na manhã com as notícias do dia anterior. É im-

possível competir com dezenas de rádios, centenas de televisões e o acesso imediato de milhões de pessoas à internet e a forma como consomem notícias diretamente nas redes sociais. Alguns jornais estão a alterar o modelo de negócio e a apostar no digital, mas em termos de quebra de vendas o fenómeno parece-me irreversível. Depois do jornalismo, voltou à economia, que é a base da sua formação académica. Leciona a cadeira de Economia do Desporto, na Universidade Católica. Os alunos apreciam o outro lado do desporto transformado em negócio? É um tema que os alunos gostam. Os lucros gerados pelos desportos de massa – nomeadamente o futebol, a Fórmula 1 e outros – está na sempre no topo da atualidade. A perspetiva económica do desporto é algo que ainda tem um vasto campo de exploração pela frente. Por exemplo, o impacto da organização de eventos como uns Jogos Olímpicos ou um mundial de futebol na sociedade e na economia. Isto já para não falar nos salários dos atletas, os direitos de imagem, os direitos televisivos, as questões fiscais

e os próprios clubes empresa. É uma indústria permanentemente em movimento, que gera verbas astronómicas e da qual dependem milhares e milhares de empregos. Essa cadeira que leciona está inserida no curso de Gestão. Pretende, com as suas aulas, formar futuros gestores desportivos? Basicamente, procuro transmitir uma nova forma de olhar para os lucros, para as receitas e para os custos e sublinhar a influência e visibilidade social muito grande que qualquer organização, nomeadamente um clube desportivo, tem nas sociedades modernas. Foi comentador durante a passada temporada, na TVI 24, no programa “Campeonato Nacional”, como adepto do Benfica. Também recebia a “cartilha”? Sim, recebia. Mas é preciso desmistificar que não era uma “cartilha”, como querem fazer querer, era uma compilação de informações, muito bem organizadas e sistematizadas, que eram enviadas aos comentadores do Benfica para documentarem as suas opiniões em antena.

As taxas de retenção no ensino secundário são cada vez maiores. É uma situação que o inquieta? Admito que as escolas públicas do ensino secundário, em contraponto com as privadas, sejam algo mais facilitistas para cumprir os parâmetros estatísticos, mas esse facilitismo é uma tendência generalizada nos sistemas de ensino no mundo ocidentalizado. Aliás, Portugal tem tendência para acompanhar os fenómenos educacionais europeus e ocidentais. Quando vivi e estudei nos Estados Unidos também existiam muitas criticas por esse baixar da fasquia da exigência. Mas não vejo as coisas de forma tão dramática como alguns querem fazer crer. Eu desloco-me a imensas escolas públicas – nomeadamente liceus – para fazer conferências no âmbito da minha atividade de escritor e verifico que em muitas delas existe bastante organização e qualidade. Iniciou, há poucas semanas, funções como administrador na Escola “Ave Maria”, em Lisboa, uma instituição onde praticamente toda a sua família estudou. Como se sente nestas novas funções? É um desafio novo, que me entusiasma. Conheço bem a Escola “Ave Maria”, tenho uma ligação muito forte à instituição, e vou dar agora um contributo mais permanente. Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H   

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Universidade da Beira Interior

António Fidalgo eleito reitor até 2021 Ideias inovadoras na UBI

Fraldas analíticas no top 6 O projeto ‘Fraldas Analíticas – BabyKnow & KnowU’ foi o grande vencedor da primeira edição do InovUBI - Concurso de Ideias 2017, promovido pela Universidade da Beira Interior (UBI) com o objetivo de incentivar o empreendedorismo. As alunas do Mestrado em Ciências Biomédicas, Vanessa Santos, Ana Silveira, Ana Almeida e Jane Dias apresentaram um produto que permite superar dificuldades dos técnicos, pois as fraldas destinam-se a pessoas em que a recolha da urina representa uma dificuldade à execução do exame tipo II. O segundo prémio coube ao projeto ‘LabXpert’, uma plataforma de simulação online e de autoaprendizagem, que mimetiza um laboratório e que permite simular diversas práticas laboratoriais de forma autónoma e interativa. Foi criado por um grupo de alunas do Mestrado em Ciências Biomédicas,

formado por Ana Teodoro, Ana Rodrigues, Andreia Barros, Cátia Alves e Inês Barreto. O terceiro lugar coube a Inês Barreto, aluna do Mestrado em Ciências Biomédicas, que desenvolveu o ‘Printskin’, um dispositivo de monitorização ou terapêutica médica que deteta precocemente o cancro da pele, facilitando o seu tratamento. A sessão final do concurso, este ano dedicado ao tema Saúde, teve lugar no UBIMedical, sendo que os três primeiros classificados recebem prémios monetários de 2000, 1500 e 1000 euros respetivamente, para a realização do capital social da nova sociedade e consultoria para deteção de parceiros, investidores e assuntos em matéria de propriedade industrial. O UBIMedical premeia ainda os três primeiros lugares com a isenção de pagamento da incubação durante um ano. K

Moda

UBI veste Miss Covilhã 6 As candidatas ao Concurso Miss Covilhã desfilaram este ano vestidas com trabalhos de alunos da Universidade da Beira Interior (UBI), designadamente os coordenados das coleções dos estudantes finalistas do Mestrado em Design de Moda. A iniciativa decorreu a 25 de junho e surgiu na sequência de uma colaboração do DepartaPublicidade

mento de Ciência e Tecnologias Têxteis com a Organização Miss Portuguesa. Já depois da seleção das 18 candidatas regionais, a iniciativa passa de novo pela Covilhã, a 16 de julho, para um desfile no Hotel Puralã, no qual as candidatas apresentarão coordenados das coleções dos estudantes do Mestrado em Design de Moda. K

6 O atual reitor da Universidade da Beira Interior, António Fidalgo, acaba de ser reeleito, após obter 18 dos 29 votos na reunião do Conselho Geral que teve lugar a 29 de junho, na qual o outro candidato, Tiago Sequeira, docente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, obteve sete votos, tendo ainda sido expressos quatro votos em branco. No final da votação, o presidente do Conselho Geral da UBI, José Ferreira Gomes, destacou o facto de terem existido dois candidatos, que mostraram “dedicação e excelente compreensão dos problemas da UBI”. Projetos com “diferenças razoáveis”, acrescenta, mas “com grande mérito e seriedade”. José Ferreira Gomes fez um balanço positivo de todo o processo, que, no dia da votação, incluiu as audições públicas dos candidatos, as quais “correram muito bem, com grande envolvimento de todos. No final, o Con-

selho Geral votou a proposta que entendeu ser a melhor para o futuro da Universidade. A UBI está de parabéns”, concluiu. António Fidalgo foi eleito pela primeira vez em 2013 e cumprirá um segundo mandato até 2021. Natural de Penamacor é doutor em Filosofia, tendo feito um trajeto académico na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, nas universidades alemãs de Würzburg e Colónia, Universidade Católica Portuguesa e Universidade de Harvard.

Como docente, passou pelas universidades de Bamberg (Alemanha), Católica Portuguesa, Federal da Bahia (Brasil) e Santiago de Compostela. Está na UBI desde 1991, onde foi diretor de vários cursos, presidente de conselho científico, membro do senado e assembleia da UBI, vice-reitor (nos mandatos de Passos Morgado e Manuel Santos Silva) e presidente da Faculdade de Artes e Letras. Dirigiu ainda a unidade de investigação LabCom – Laboratório de Comunicação Online. K

Homenagem na UBI

Os melhores do Desporto nos Campeonatos Nacionais 6 No ano lectivo 2016/2017, a Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) foi representada por 245 atletas, de 21 modalidades, tendo ganho 47 medalhas (16 de ouro, 14 de prata e 17 de bronze) e garantindo o 7.º lugar entre as 88 academias que participaram nos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU). Os números foram apresentados na Gala do Desporto, realizada a 20 de junho na Faculdade de Engenharia da UBI, para destacar os melhores desportistas do ano letivo. Com quatro medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze, a Natação recebeu o prémio de Modalidade do Ano, tendo ainda arrebatado os prémios de Desportista do Ano em masculinos (Simão Capitão) e femininos (Rosa Oliveira). Seguiu-se o futsal, com Bruno Serôdio distinguido como Desportista Revelação e o técnico Arménio Coelho a receber o galardão de Treinador do Ano. Durante a cerimónia, a presi-

dente da AAUBI, Raquel Bento, felicitou os vencedores e sublinhou o “constante feedback positivo que temos tido no acompanhamento de atletas nas provas da FADU”, agradecendo aos vários agentes envolvidos, como a UBI, autarquias locais e os fisioterapeutas que acompanham os alunos. O administrador da UBI e dos Serviços de Ação Social, Vasco Lino, sublinhou “o apoio dado ao desporto universitário ano atrás de ano” e “o reflexo do que tem sido esse empenho nosso sobretudo, como digo, pelos resultados que vimos obtendo e que advém naturalmente do esforço dos alu-

nos e também dos treinadores e toda a equipa técnica na preparação dos atletas”. O vereador do Desporto da Covilhã, Jorge Torrão, lembrou a importância da promoção do Desporto proporcionada pela UBI. “A Universidade da Beira Interior e a Associação Académica da Universidade da Beira Interior, através da dinâmica desportiva e cultural, criam mais um atrativo, é mais um grande painel de atratividade e de promoção não só da universidade como da Covilhã e da região”, sublinhou. K Rafael Mangana _

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Rankings Times e Xangai

UBI brilha na Europa 6 A Universidade da Beira Interior está na lista das melhores instituições de Ensino Superior da Europa, de acordo com o último ranking do Times Higher Education (THE), divulgado a 21 de junho. Os autores do estudo colocaram a UBI no grupo das academias situadas entre o lugar 301 e 400. É a terceira vez que a UBI é referida nas análises do desempenho académico desta organização. Em setembro de 2016, a UBI entrou no ranking das 980 melhores universidades do Mundo (no patamar das 601-800) e, em abril deste ano, na lista das 200 melhores do Mundo fundadas há menos de 50 anos (numa posição entre as 101 e as 150). Para esta nova avaliação, que incide exclusivamente em universidades, o THE realizou uma análise detalhada extraindo indicadores inéditos dos 13 parâmetros utilizados Times Higher Education World University Rankings. “Esta referência num novo ranking do THE é, de facto, muitíssimo importante porque solidifica as avaliações anteriores. Significa que a UBI não surgiu

Sociedade Internacional ali de forma casuística, mas como o corolário de uma performance consistente”, refere Paulo Moniz, vicereitor com a pasta da Investigação. A UBI surge ainda no mais recente Academic Ranking of World Universities, sendo destacadas as áreas da engenharia eletrotécnica, eletromecânica e eletrónica. Os autores do Shanghai Ranking’s Global Ranking of Academic Subjects 2017 classificaram a UBI no patamar entre o lugar 301 e 400, num campo que colocam em plano de destaque a Faculdade de

Engenharia e o Departamento de Engenharia Eletromecânica. Esta é a segunda inclusão da UBI no Ranking de Xangai. No final de 2016, o Departamento de Ciências do Desporto, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, foi colocado entre os 100 melhores do mundo, nessa área. O ranking de Xangai analisa as instituições com base em indicadores centrados na produção científica, investigação, artigos em revistas de grande impacto, citações, colaboração internacional e prémios académicos. K

Docente da UBI preside 6 Pedro Guedes de Carvalho, docente do Departamento de Gestão e Economia da Universidade da Beira Interior, foi eleito, por unanimidade, presidente da International Society for Comparative Physical Education and Sports (ISCPES), para o quadriénio 2017-2021. O ato eleitoral decorreu a 22 de junho, na XX Biennial ISCPES Conference, em Borovets, Bulgária. O investigador terá como vice-presidente a docente e investigadora Rosa D’Amico, da Universidad Pedagogica Experimental Libertador da Venezuela e as principais metas do mandato passam pela redefi-

nição do plano estratégico do organismo, a organização de conferências regionais e a preparação da XXI Biennial ISCPES Conference em 2019. A International Society for Comparative Physical Education and Sports congrega representantes dos cinco continentes e tem como principal objetivo o debate, estudo e publicação de comparações internacionais com base na Educação Física e Desporto. Tem como princípios, entre outros, a igualdade de género e a eleição de delegados dos cinco continentes. A ISCPES gere a International Sport Studies, revista indexada na SCOPUS. K

Covilhã

Centro Académico Clínico das Beiras

Conselho toma posse 6 Os membros do Conselho Diretivo do Centro Académico Clínico das Beiras (CACB) tomaram posse em junho, numa cerimónia realizada na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. O órgão é composto por oito elementos, em representação das entidades que fazem parte do consórcio, todas elas instituições ligadas à saúde nas vertentes de prestação de cuidados, do ensino e investigação, localizadas nos distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu.

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Fazem parte do Conselho Diretivo João Casteleiro (Centro Hospitalar da Cova da Beira), Maria de Fátima Cabral (Unidade Local de Saúde da Guarda), António Vieira Pires (Unidade Local de Saúde de Castelo Branco), Luís da Costa Matos (Centro Hospitalar TondelaViseu), Luís Taborda Barata (FCS e Centro de Investigação em Ciências da Saúde, da UBI), Carlos Maia (Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias - Instituto Politécnico de Castelo Branco), Paula Coutinho Borges (Escola Superior de Saúde - Instituto Politécnico da

Guarda) e Carlos Figueiredo Pereira (Escola Superior de Saúde – Instituto Politécnico de Viseu). O CACB foi criado pelos ministérios da Ciência e Ensino Superior e da Saúde, a 7 de abril deste ano, e é o maior centro académico do país, no número de parceiros e na abrangência territorial e a sua sede está instalada na FCS-UBI. Visa promover a investigação e o ensino na área das ciências da saúde, nas vertentes da medicina, da enfermagem e das tecnologias ligadas à saúde. K

Cursos de Design com acreditação máxima 6 A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior acaba de acreditar, por seis anos, os três cursos da Universidade da Beira Interior na área

de design: as Licenciaturas/1.º Ciclos em Design de Moda e em Design Multimédia e o Mestrado/2.º Ciclo em Design Industrial. K

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Universidade de Évora

Mecenas apoiam alunos

Demografia

Filipe Ribeiro vence prémio 6 Filipe Ribeiro, investigador do CIDEHUS e professor convidado da Universidade de Évora, foi o vencedor da primeira edição do Prémio Nacional de Demografia Professor Mário Leston Bandeira, com o trabalho, “Statistical analysis and forecasting of cause of death data - novel approaches and insights”, resultante da sua tese de doutoramento. No reconhecimento da importância do professor Mário Leston Bandeira para a demografia em Portugal e do seu entusiasmo pelo trabalho de novas gerações de demógrafos, a Associação Por-

tuguesa de Demografia criou um Prémio Nacional de Demografia com o seu nome, com o objetivo de premiar dissertações de mestrado ou teses doutoramento. A primeira edição do Prémio decorreu em 2017, em parceria com a Câmara Municipal da Mealhada. A cerimónia de entrega do Prémio decorreu no dia 29 de junho, no Restaurante Pedagógico da Escola Profissional Vasconcelos Lebre, no Jardim Municipal de Pampilhosa, concelho da Mealhada, inserida no programa de Comemoração dos 900 anos da Pampilhosa. K

Mérito da Ciência

Mota Soares com medalha 6 O professor catedrático Carlos Mota Soares, membro do Conselho Geral da Universidade de Évora, foi agraciado com a Medalha de Mérito da Ciência pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). A medalha de mérito científico, criada em 2009, pelo MCTES, “destina-se a galardoar as individualidades nacionais ou estrangeiras que, pelas elevadas qualidades profissionais e de cumprimento do dever, se tenham distinguido por valioso e excecional contributo para o desenvolvimento da ciência ou da cultura científica em Portugal”. Um prémio que, segundo referiu o ministro Manuel Heitor na

cerimónia de atribuição das distinções no ano anterior, visa “criar e construir a confiança necessária para o crescimento das futuras gerações e isso requer, sempre, refletir sobre o passado e identificar todos aqueles que nos têm sabido ajudar a construir o futuro”. Para o MCTES, a atribuição deste prémio, é uma demonstração do apreço público pelo contributo relevante do agraciado para o desenvolvimento científico em Portugal. A cerimónia de entrega da medalha decorreu no âmbito do Encontro com a ciência e tecnologia em Portugal que decorre de 4 a 6 de julho, no Centro de Congressos de Lisboa. K

6 Criado em 2012, o Fundo de Apoio Social aos Estudantes da Universidade de Évora (FASE-UE) tem contado com o contributo de diversos mecenas, que de ano para ano têm vindo a crescer. No ano letivo 2016/2017 foram apoiados 86 alunos, num montante de “cerca de 91.025 euros”, como destaca a reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas. A cerimónia de homenagem aos mecenas decorreu dia 21 de junho no Jardim do Granito do Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora, onde decorreu ainda a entrega de Cartas de Curso de Licenciatura e de Mestrado Integrado e entrega de Cartas de Curso de Mestrado relativos aos anos letivos 2015/16 e 2016/17. Consciente da responsabilidade social e das dificuldades que as famílias possam enfrentar, “queremos garantir que nenhum aluno fica de fora do sistema por razões económicas”, realçou a reitora, lembrando ainda que “muitas vezes, ainda temos alguma verba para auxílios específicos”, como é o caso dos alunos de São Tomé e Príncipe, “que, quando chegam,

precisam deste apoio”. Desde a criação deste fundo, “temos conseguido aumentar, ligeiramente, o número de mecenas”, e os valores envolvidos permitem funcio-

nar como “um complemento das bolsas de ação social” oferecidas pela UÉ. Desta forma, conseguimos alargar o apoio aos “nossos estudantes”, concluí. K

Universidade de Évora

UÉ em águas europeias 6 A Universidade de Évora, através do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, é a representante de Portugal numa nova rede internacional “AQUACOSM - Network of Leading European AQUAtic MesoCOSM Facilities Connecting Mountains to Oceans from the Arctic to the Mediterranean”, que reúne investigação experimental em águas europeias, em ambientes doce e marinho. Em nota de imprensa, a Universidade de Évora explica que a rede de investigação insere-se num projeto financiado pela União Europeia, com quase 10 milhões de euros, e junta cientistas de 12 países europeus, pertencentes a 19 centros de investigação, diversas universidades e empresas. Segundo o CIBIO/InBio, pretende-se com esta iniciativa agregar as infraestruturas experimentais dos 21 parceiros, e colocá-las à disposição dos cientistas, com o objetivo de “melhorar significativamente a qualidade dos dados experimentais para todos os tipos de ecossistemas aquáticos” uma

vez que, conforme explica Miguel Bastos Araújo, coordenador científico do CIBIO/InBio, este é “um dos problemas” visto que “muitas destas experiências são feitas localmente” e não conseguem atingir uma “escala europeia”. Para conseguir essa “escala”, o financiamento comunitário para esta rede pretende “organizar todas estas infraestruturas experimentais que já existem e coloca-las ao serviço dos investigadores, para estudar a biodiversidade e as alterações do clima”, sublinhando ainda o facto de “poder-se aceder a todas estas infraestruturas, tanto em ambiente de água doce, como de água salgada, e num território muito mais vasto”, o que permite “que se possam testar modelos e hipóteses, mas numa escala muito mais ampla, com muito mais replicação”. Um das investigações que vai ser colocada à disposição dos cientistas é a rede de charcos artificiais na Península Ibérica, intitulada “Iberian Ponds”, que contempla seis pontos de experimentação espalhados por Portugal e Espanha, cada um deles com 32 tanques, coordenada por

este Centro de Investigação. A “rede ‘Iberian Ponds’ é única a nível europeu, pelo seu alcance geográfico, permitindo testar as consequências de alterações climáticas nas comunidades aquáticas e nos serviços de ecossistema que proporcionam, desde as zonas quentes do sul da península até ao topo das montanhas nos Pirenéus”, tal como salienta o coordenador desde centro de investigação, enfatizando ainda o fato de que “estamos particularmente interessados em investigar como os ecossistemas aquáticos se estruturam em diferentes regiões quando influenciados por diferentes condições climáticas, diferentes usos de solo e diferentes influências biogeográficas”. Lançado este ano, o AQUACOSM decorre até 2020, período temporal que permite a este grupo alargado de investigadores analisaram o funcionamento dos diferentes sistemas aquáticos e identificar as reações destes aos impactos ambientais causados pelas alterações climáticas globais, bem como à pressão gerada pela atividade humana. K

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Incubadora da UTAD apoia

Veterinários ao domicílio Descobertos esqueletos medievais

Évora e Coimbra juntas 6 Uma equipa de antropólogas das Universidades de Coimbra e de Évora descobriu três esqueletos do período medieval que indicam a existência de punição judicial através da amputação das mãos e dos pés, perto da morte (perimortem). As ossadas correspondem a três jovens do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos, e foram encontradas pela antropóloga e primeira autora do artigo científico sobre o estudo agora publicado no Journal of Paleopathology, Teresa Fernandes (Univ. Évora), durante as esca-

vações efetuadas em 2001 na necrópole (cemitério) medieval do Rossio do Marquês de Pombal, em Estremoz, datada dos séculos XIII e XV. Trata-se do primeiro caso no mundo de descoberta de três esqueletos com amputações de mãos e pés na mesma necrópole (estudos anteriores só relatam a descoberta de um corpo). Os homens “foram vítimas de punição judicial. As características dos cortes infligidos evidenciam que estes foram intencionais e terão sido aplicados como forma de castigo violento”, afirma Eugénia Cunha, do Departamen-

to de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC. Considerando a posição geoestratégica da região, representada pelo seu Castelo e Tribunal Real, instituições que sugerem a necessidade de práticas punitivas, outra justificação “encontra-se no facto de o desmembramento ser uma forma de punição realizada no período medieval como forma de denegrir o corpo, com um significado social de dissuadir a população a incorrer em atos desviantes que possuíssem tal castigo”, realçam as investigadoras. K

Eleito para os próximos quatro anos

João Sàágua reitor da Nova 6 João Sàágua, professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, foi eleito a 30 de junho, por unanimidade, pelo Conselho Geral da Universidade, para liderar a instituição durante os próximos quatro anos. Doutorado em Filosofia Contemporânea, João Sàágua é docente na Nova desde 1980 acumulando uma longa experiência como docente em todos os níveis de ensino – licenciatura, mestrado e doutoramento, em

Portugal e no estrangeiro. A par de uma intensa atividade letiva e de investigação, João Sàágua exerceu também vários cargos de gestão académica nomeadamente na FCSH da qual foi diretor entre 2005 e 2013 em acumulação com a Presidência do Conselho Científico (entre 2009 e 2013). Ocupa atualmente o cargo de vice-reitor para as áreas Académica e de Relações Internacionais e irá suceder a António Rendas que lidera a instituição há dez anos. A tomada de pos-

se do novo reitor terá lugar em setembro em data a definir. K

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6 Imagine que tem um animal de estimação que precisa de ser assistido por um médico veterinário, mas não consegue levá-lo à clinica. A plataforma FoundVet permite-lhe localizar um profissional para prestar assistência ao domicílio. Criado por uma startup da incubadora de empresas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, baseia-se numa plataforma tecnológica que permite aos tutores de animais de estimação solicitarem um profissional veterinário para prestação de serviços médicos-veterinários, na residência. “O pedido é feito através de uma aplicação mobile multipla-

taforma ou de uma web aplicação, que disponibiliza uma lista de profissionais, de acordo com a sua geolocalização, permitindo aos tutores de animais selecionar e receber comodamente em sua casa serviços médico-veterinários, evitando o transporte e a deslocação dos animais e zelando assim pelo seu bem-estar”, explica João Bordelo, um dos responsáveis do projeto. O projeto foi recentemente distinguido no concurso ‘Montepio Acredita Portugal’ destinada a projetos relacionados com novas Tecnologias de Informação e apoiada pela KCS iT. Neste concurso, a FoundVet, venceu o prémio K.Tech. K

Geoparque Litoral

Novo prémio para Viana 6 O Prémio de Melhor Município para Viver no domínio ambiental foi atribuído a Viana do Castelo, pelo seu projeto ‘Geoparque Litoral de Viana do Castelo’, que teve origem numa investigação da Universidade do Minho. O galardão do Instituto de Tecnologia Comportamental foi recebido por Ricardo Jorge Carvalhido, geólogo da UMinho e líder científico do projeto, a 27 de junho, na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. É a segunda distinção num ano para aquele geoparque, após o Prémio Geoconservação 2016, atribuído pelo grupo português da Associação Europeia para a Conservação do Património Geológico. O ‘Geoparque Litoral de Viana do Castelo’, aspirante à rede mundial de geoparques da UNESCO,

preserva 13 geossítios classificados como monumentos naturais, revelando mais de 500 milhões de anos da evolução geológica do planeta. Resulta de dez anos de estudo de Ricardo J. Carvalhido, incluindo o doutoramento, artigos em revistas internacionais, as obras ‘O Livro de Pedra’ e ‘O Livro do Professor’, guias para os cidadãos e formações/ações a técnicos, docentes e alunos. K


politécnico

IPCB em projeto internacional 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) participou nos dias 19 e 20 de junho, em La Alberca – Salamanca, na kick-off meeting do Projeto Moveletur, informou a instituição em comunicado. O IPCB esteve representado pelos docentes George Ramos e Rogério Dionísio. O projeto surge no âmbito do programa Interreg, liderado pela Fundación Patrimonio Natural de Castilla y León, e visa proteger e valorizar o património natural e cultural como suporte da base económica da região transfronteiriça, focando a mobilidade sustentável em áreas naturais. Segundo a mesma nota, Moveletur pretende “promover um modelo de utilização pública sustentável para os visitantes de áreas

naturais transfronteiriças, para as quais será desenvolvida uma rede de itinerários turísticos verdes que ligue, através de veículos elétricos, os sítios de valor natural e cultural destas áreas. Complementarmente, pretendem-se formar empreendedores em áreas naturais para que possam oferecer uma oferta turística relacionada com a mobilidade elétrica. Além da Fundación Patrimonio Natural de Castilla y León, o projeto tem como parceiros a Ente Regional de la Energía de Castilla y León, a Diputación de Ávila, a Câmara Municipal de Bragança, a Agência de Energia do Oeste Sustentável, a Associação de Desenvolvimento do Alto Tâmega e Barroso e o Instituto Politécnico de Castelo Branco. K

Os trabalhos decorreram em Monsanto

Vítor Santos presidente 6 Vítor Santos, ex-presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos e professor catedrático de Economia do Instituto Superior de Economia e Gestão, foi eleito presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), no passado dia 29 de junho. O novo homem forte daquele órgão sucede a Daniel Proença de Carvalho, que nos últimos quatros anos exerceu essas funções. A eleição decorreu após a tomada de posse dos novos membros cooptados na sociedade, a saber: Maria de Lurdes Rodrigues (ex-ministra da Educação), Luís Correia (presidente da Câmara de Castelo Branco), Joaquim Morão (ex-autarca de Castelo Branco e Idanha-a-Nova e presidente da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa Sul), Helena Freitas (coordenadora da Unidade de Missão para o Interior), Carlos Coelho (diretor da Celtejo) e José

Alves (provedor da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco). Vítor Santos obteve a larga maioria dos votos, tendo justificado a sua ausência no ato. No mesmo dia tomaram ainda posse os representantes dos estudantes: João Raposo, Mariana Viegas, Nuno Rodrigues e Samuel Bento. Com a tomada de posse dos elementos da sociedade civil e dos estudantes o Conselho Geral da instituição ficou completo e pronto a iniciar funções. Carlos Maia, presidente do IPCB considerou a tomada de posse dos novos “elementos como um ato simbólico mas importante para a instituição, pois é benéfico termos pessoas da sociedade civil a ajudar a definir o futuro do Politécnico”. Recorde-se que além daqueles elementos, o Conselho Geral integra os docentes entretanto eleitos, casos de António Fernandes (EST), Moitinho Rodrigues

(ESA), Henrique Gil (ESE), João Ventura (ESALD), José Filomeno Raimundo (ESART), António Pinto (ESGIN), José Carlos Gonçalves (ESA), Francisco Lucas (EST), Maria Natividade Pires (ESE), João Belo (ESALD), Carlos Reis (ESART), Jorge Almeida (ESALD) e Fátima Paixão (ESE). Como representante do pessoal não docente foi eleita Edite Santos, técnica superior do Instituto Politécnico. Já os estudantes estão representados por João Nunes, Joaquim Maia, Pedro Lopes e Samuel Bento. Recorde-se que o Conselho Geral é o órgão que elege o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco. No entanto, as eleições para o cargo de presidente do IPCB só decorrerão no próximo ano, durante o primeiro trimestre. Significa que será o novo Conselho Geral que irá trabalhar com o atual presidente do Politécnico, Carlos Maia, até ao primeiro trimestre de 2018. K

Educação

IPCB

Politécnico faz Fórum de turismo 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), através da sua Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova, em articulação a Rede de Instituições Públicas do Ensino Superior Politécnico com cursos de Turismo (RIPTUR) e com a Associação da Hotelaria, Restauração e similares de Portugal (AHRESP) organizou no dia 14 de junho o 9.º Fórum Politécnico, dedicado à temática da Hospitalidade e Turismo. Em nota de imprensa, o IPCB revela que o Fórum Politécnico é promovido pelo Conselho Coor-

Conselho Geral do IPCB

denador dos Institutos Superiores Politécnicos, “em estreita colaboração com o Programa de modernização e valorização do ensino politécnico, promovido pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior, com vista a potenciar e fortalecer cidades e regiões com conhecimento”. O evento decorreu em Monsanto, no GeoHotel Escola, e contou com a presença de 50 participantes. A sessão de encerramento contou com a presença da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo. K

ESE fez 33 anos 6 A Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco acaba de assinalar o seu 33º aniversário. A iniciativa decorreu no passado dia 23, numa cerimónia que contou com as presenças do vice-presidente do IPCB, António Fernandes, do diretor da escola, João Serrano, e dos presidentes dos órgãos (Conselho de Representantes, Conselho Técnico Científico, Conselho Pedagógico e da Associação de Estudantes). Em nota de imprensa enviada pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, é explicado que a data foi assinalada com uma homenagem a colaboradores docen-

tes e não docentes da Escola que se reformaram durante o mandato da direção vigente, Gertrudes Amaro, Conceição Craveiro, Jorge Pires e Manuel Pedroso. Os trabalhos incluíram ainda a última aula de Gertrudes Amaro, sob o tema “Razão Áurea – Natureza, Matemática e Vida – Refle-

xões em jeito de lição”, na qual o ex-vice-presidente do IPCB, João Ruivo, também marcou presença. A comemoração terminou com a entrega de diplomas de reconhecimento de Mérito dos estudantes em atividades extracurriculares e com os já tradicionais grelhados de S. João. K

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Castelo Branco

Curso de Drones na EST

Com a Yellow Star Company

Esart executa cenários 6 O projeto de colaboração entre a Escola Superior de Artes Aplicadas (Esart) de Castelo Branco e a empresa Yellow Star Company foi apresentado no passado dia 21 naquele estabelecimento de ensino. De acordo com uma informação prestada ao Ensino Magazine pelos docentes responsáveis pelo mesmo, neste projeto os “estudantes e docentes dos diferentes cursos lecionados na Esart irão realizar e executar cenários, guarda roupa, estratégia de comunicação e música da peça de teatro «Na bagunça do teu coração», uma comédia romântica musical, contada a partir de canções de Chico Buarque”. A peça tem a encenação de Paulo Sousa Costa, texto de João Máximo e Luiz Vianna e representação dos atores Carolina Puntel e Ricardo de Sá. Já a iniciativa, de acordo com a mesma informação, é apoiada pelas autarquias

de Castelo Branco, Fundão, Vila Velha de Rodão e Proença-a-Nova, localidades onde a peça será posteriormente apresentada. Trata-se de um projeto de colaboração entre diferentes entidades, onde docentes e estudantes da referida escola do Politécnico de Castelo Branco serão responsáveis pela parte criativa e execução de todas as componentes da peça de teatro. “Com esta iniciativa, procura-se dar novas competências aos estudantes, com a oportunidade de executarem trabalhos de âmbito profissional, bem como desenvolverem o espírito de equipa em diferentes áreas do saber, com interação das várias valências lecionadas na Esart, em colaboração com uma empresa de referência no mercado nacional e internacional, a qual reconheceu a qualidade artística e profissional da nossa escola”, referem os docentes responsáveis por este trabalho.

Pretende-se, de acordo com os mesmos, que este seja o primeiro de muitos projetos a desenvolver com a empresa. “Assim, todos os anos, docentes e estudantes da ESART-IPCB criarão e executarão as várias componentes de uma peça de teatro que será estreada no distrito de Castelo Branco, entrando depois em digressão nacional e internacional”, explicam a este semanário. Na apresentação desta primeira edição, no passado dia 21 nas Esart, marcaram presença os vereadores da cultura das câmaras de Castelo Branco, Fundão e Vila Velha de Rodão, (por impossibilidade de agenda, não esteve o representante da autarquia de Proença-a-Nova). “Todas estas autarquias acolheram de bom grado esta iniciativa, prevendo-se que outras mais venham a aderir a este projeto”, conclui aquela informação sobre o projeto que agora se inicia. K

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco, através da sua Escola Superior de Tecnologia, vai iniciar, no próximo ano letivo o curso técnico superior profissional (CTeSP) em Fabrico e Manutenção de Drones. Trata-se de uma formação de vanguarda, através da qual o IPCB pretende formar os jovens para um setor de atividade económica em rápida expansão. Em nota enviada à imprensa, é referido que a aposta do IPCB na área da aeronáutica, tornouse “possível graças ao seu corpo docente altamente especializado, reforçado com quadros técnicos de empresas da especialidade e com a colaboração dos principais players nacionais que operam neste sector, uma vez que foram estabelecidos protocolos de cooperação com as mais importantes empresas nacionais que operam no setor das aeronaves não tripuladas”. O mercado dos veículos aéreos não tripulados, usualmente denominados por drones, é um sector da aeronáutica que se está a desenvolver muito rapidamente e que tem um grande potencial de aplicações, estimando-se que o número de empregos associados a este sector tenha um cres-

cimento rápido e sustentado nos próximos anos. O rápido crescimento das aplicações dos drones obrigou a preocupações acrescidas ao nível da regulamentação da sua operação. Portugal transcreveu recentemente para a regulamentação Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) A-NPA 2015-10. Na mesma nota é referido que “no país e em particular na região de influência do Instituto Politécnico de Castelo Branco, tem-se registado uma escalada ao nível da cadeia de valor com a instalação de duas empresas cuja atividade económica principal é o fabrico e a comercialização de drones: estão em fase de instalação em Castelo Branco a SpaceSilver Drones Lda e em Ponte-de-Sor a TeKever. A existência de laboratório de ensaios aeronáuticos nas instalações do ISQ em Castelo Branco, que conta entre os seus clientes a Agência Espacial Europeia e a Embraer, tem tido um efeito catalisador para a atração de empresas do sector”. K

Idanha-a-Nova

ESGIN recebe hotéis rurais 6 A AHRP - Associação de Hotéis Rurais de Portugal realizou no passado dia 26 de junho um workshop sobre o tema “Certificar a Qualidade: desafios e oportunidades” na Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN). De acordo com uma informação prestada ao Ensino Magazine, a abertura da sessão contou com a presença do presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, do presidente dos Hotéis Rurais, Cândido Mendes, e de Sara Filipe Brito, em representação da Escola Superior de Gestão.

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ESECB

Desporto para todos Foram oradores Luís Brandão, especialista em desenvolvimento local, Leonor Picão, coordenadora de grupos de trabalho sobre certificação no Turismo de Portugal, e Carla Lima, diretora comercial da SGS Portugal, SA.

Este workshop foi realizado no âmbito do projeto H-Quality, que pretende criar e implementar um modelo de certificação específico para Hotéis Rurais, no sentido de criar níveis de serviço assentes em padrões de qualidade, profissionalismo e excelência. K

6 A Escola Superior de Educação de Castelo Branco acolheu, entre os dias 6 e 14 de junho, a exposição “O desporto é para todos”. Na iniciativa foram apresentados 24 posters científicos acerca dos diversos desportos adaptados. Este evento decorreu no âmbito da unidade curricular de Desportos Adaptados do 2º ano da licenciatura em Despor-

to e Atividade Física do minor de Desporto para Deficientes. A iniciativa resulta de trabalhos académicos elaborados pelos alunos da disciplina, e teve como principal objetivo divulgar e sensibilizar diversas modalidades para pessoas com condição de deficiência, enaltecendo que a prática desportiva é uma realidade de todos e para todos. K


Young Lions em Cannes

Leiria ganha bronze 6 Elsa Rodrigues, diplomada em Design Gráfico na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha do Politécnico de Leiria, recebeu o bronze na categoria Design, na competição internacional Young Lions, cuja final decorreu em Cannes. A jovem participou em dupla com Inês Coelho, e o desafio consistia em desenvolver, em 12 horas, a identidade gráfica das submarcas da UN Women, a área das Nações Unidas que promove a igualdade de género. Participaram duplas de jovens de 23 países. Depois do briefing, os jovens designers de todo o mun-

do tinham apenas 12 horas para desenvolver o projeto. Na categoria de design as equipas tiveram de desenvolver um sistema de submarcas que funcionasse tanto para líderes de opinião como para a opinião pública dos vários países, e o primeiro e segundo lugares foram para as equipas da Irlanda e da Áustria. Elsa Rodrigues é designer gráfica, mestre na mesma área e pós-graduada em Design Editorial. Já trabalhou na Brandia Central, no Atelier do Cais, na Relajaelcoco (Madrid), e na RedPost, integrando agora a Fuel. K

Para nove projetos de investigação

Leiria garante um milhão 6 O Politécnico de Leiria acaba de ver nove projetos aprovados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) com financiamento no âmbito do Portugal 2020, no âmbito da dinamização da investigação científica e desenvolvimento tecnológico nos institutos politécnicos nacionais. Os projetos implicam um financiamento global para o Politécnico de Leiria de cerca de 1 milhão de euros, e 400 mil euros para os diferentes parceiros, para o desenvolvimento destes projetos, com duração de 18 meses.

Dos nove projetos aprovados, todos liderados pelo Politécnico de Leiria, seis são vocacionados para a saúde, com forte componente tecnológica e multidisciplinar entre as áreas da saúde e engenharia, designadamente nas áreas de saúde e a gestão, otimização de recursos energéticos, design, sustentabilidade e aquacultura, bem como à indústria cerâmica e promoção do património endógeno do setor. Rui Pedrosa, vice-presidente do Politécnico de Leiria, congratula-se com a aprovação dos projetos “que reconhecem ao Politécnico de Lei-

ria competências científicas em diferentes áreas, com projetos multidisciplinares onde estão parceiros estratégicos da região. Estes são projetos de investigação aplicada, onde o conhecimento está ao serviço da sociedade e da promoção da qualidade de vida das pessoas”. O responsável salienta ainda que “a avaliação do mérito científico de todos os projetos aprovados foi muito positiva, e apesar de ainda não existir resultado do processo de avaliação de um dos projetos liderado pelo Politécnico de Leiria, temos a expectativa de que este também seja aprovado”. K

Hans Gros Emerging Researcher

IPL vence na biomecânica 6 Pedro Morouço, investigador e docente do Politécnico de Leiria, é o primeiro português distinguido com o prémio Hans Gros Emerging Researcher Award, que reconhece a excelência em investigação. Para o docente, cuja investigação na área da Biomecânica da Natação está disseminada mundialmente, “este prémio representa o reconhecimento internacional do trabalho de investigação desenvolvido, o qual tem contribuído para fomentar novas metodologias de trabalho e para a criação de novas parcerias internacionais, que permitem novos avanços no conhecimento científico na área da biomecânica”. Este ano a cerimónia de entrega dos prémios decorreu em Colónia, na Alemanha, onde

Pedro Morouço foi convidado a apresentar o seu trabalho, numa palestra na conferência anual da sociedade. Como reflexo da internacionalização do seu trabalho, o investigador do Politécnico de Leiria já havia recebido o convite para dinamizar duas palestras aos treinadores de natação italianos, país onde a natação apresenta excelentes resultados competitivos. Pedro Morouço é licenciado e mestre pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto e doutorado em Ciências do Desporto pela Universidade da Beira Interior. É investigador integrado e responsável pelo Grupo de Biofabricação do Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto do Politécnico de Leiria. K

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Para visitar as diversas unidades

IPLeiria cria tour virtual

6 O exterior e interior das cinco escolas do Politécnico de Leiria, os centros de investigação, oficinas e laboratórios, já podem ser conhecidos numa tour 360 graus, guiada pelo próprio visitante, na página online do instituto ou no Google Maps. A partir da página que o Politécnico de Leiria criou para a visita virtual, é possível aceder no mapa interativo aos pontos de interesse georreferen-

ciados, divididos por cidades: Leiria (campus 1, campus 2 e serviços centrais/residências de estudantes), Marinha Grande (CDRSP), Caldas da Rainha (campus 3), e Peniche (campus 4 e CETEMARES). Está ainda disponível uma galeria de acesso rápido a alguns dos espaços. Para Nuno Mangas, presidente do Politécnico de Leiria, “esta é mais uma forma de nos aproximarmos dos nossos futuros estudantes e também

dos seus pais e famílias, que podem visitar e conhecer todos os campi, qualquer uma das cinco escolas, os nossos centros de investigação, laboratórios, oficinas, e também as residências, o que torna toda a experiência mais humana e próxima, porque tranquiliza, dá a conhecer a qualquer pessoa em qualquer parte do País, ou do mundo, todos os nossos edifícios e a futura ‘casa’ dos jovens”. K

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ESTG/IPLeiria

IPL faz matemática “a triplicar”

Pela Organização Mundial do Turismo

Leiria com selo de qualidade 6 A Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas acaba de renovar a certificação de qualidade TedQual às seis licenciaturas na área do Turismo da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Politécnico de Leiria, designadamente Animação Turística, Gestão Turística e Hoteleira, Gestão de Eventos, Marketing Turístico, Gestão de Restauração, e Catering e Turismo.

O processo de certificação TedQual é uma iniciativa voluntária das instituições que querem certificar os seus cursos, projetos de investigação, e formação em geral, e procura promover a melhoria contínua da formação e investigação em Turismo, definindo um standard de critérios para a qualidade da educação neste setor de atividade. O processo tem por base a avaliação de cinco áreas, casos

Engenharia Alimentar com mobilidade

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primeiro ano, preparação geral base na instituição de origem, e nos três semestres seguintes, mobilidade dos estudantes, para aquisição de competências nas áreas específicas de cada região/instituição. “Trata-se de uma licenciatura que tem como suporte a metodologia de project based learning, que pretende que haja uma participação ativa na aprendizagem, e por isso, eminentemente prática”, explica. Durante a mobilidade, o alojamento dos estudantes fica a cargo da instituição recetora. No sexto e último semestre da licenciatura os estudantes regressam à instituição de ori-

professores mas focado na região Oeste, decorre a 13 de julho, com o tema ‘Matemática do Mar’. A edição deste ano do Mat-Oeste culmina com a entrega do Prémio Pedro Matos, que se destina a estudantes do ensino secundário de todo o país, e tem o objetivo de fomentar a criatividade e o interesse pela matemática e suas aplicações, bem como o despontar de novos jovens génios e talentos desta ciência. K

da coerência do plano de estudos, condições ao nível pedagógico e de infraestruturas, políticas, ferramentas e mecanismos de suporte da gestão administrativa, existência de mecanismos transparentes para seleção do corpo docente e condições favoráveis ao seu desenvolvimento, bem como a relevância do programa de estudos, respeitando as necessidades específicas do setor do Turismo. K

Leiria, Bragança e Viana do Castelo

6 Uma licenciatura em Engenharia Alimentar que inclui mobilidade é a nova aposta dos Politécnicos de Leiria, Bragança e Viana do Castelo, que a ministram em simultâneo e em interação com o tecido empresarial e industrial de cada região, o que permite aos estudantes a mobilidade para aquisição de competências nas áreas em que cada instituição é especialista – lacticínios e vinhos em Viana do Castelo, recursos alimentares marinhos, hortofrutícolas e cereais em Leiria (Peniche), e carnes e azeite em Bragança. Rui Ganhão, coordenador da licenciatura em Engenharia Alimentar no Politécnico de Leiria, salienta que “a licenciatura responde às necessidades do mercado, que carece de oferta de mão-de-obra especializada em Portugal”. Terá uma duração de três anos, e envolve, no

6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria celebra a matemática “a triplicar” entre 13 e 15 de julho, com a realização da Escola de Verão da Sociedade Portuguesa de Matemática, o Mat-Oeste 2017 e a entrega dos prémios do concurso nacional Prémio Pedro Matos 2017. A Escola de Verão, que se destina a professores, acontece entre 13 e 15 de julho, enquanto o Mat-Oeste, também para

gem, por forma a interagirem, no âmbito de estágio ou projeto, com o tecido empresarial regional, no desenvolvimento de produtos ou processos adequados às necessidades do mercado. Segundo Rui Ganhão, “os estudantes só têm a ganhar em apostar nesta área emergente, que necessariamente crescerá nos próximos anos, além de ganharem uma formação solida em áreas da indústria alimentar típicas do nosso país in loco”. E acrescenta: “Trata-se de uma formação cuidadosamente preparada por três instituições de ensino superior, com um knowhow agregado absolutamente diferenciador, e que conta com o apoio da Federação das Indústrias Portuguesas AgroAlimentares (FIPA) e da Associação do Cluster Agroindustrial do Centro (INOVCLUSTER)”. K

IPCA

Maria Fernandes presidente 6 Maria José Fernandes é a nova presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), sucedendo a João Carvalho, tendo sido eleita com 19 votos a favor e uma abstenção. Professora coordenadora principal e presidente do Conselho Técnico-Científico da Escola Superior de Gestão do IPCA, da qual foi diretora entre junho de 2000 e outubro de 2003, a nova presidente é doutorada em Ciências Empresariais, com agregação em Gestão, bem como diretora do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade. Participou em diversas comissões de avaliaPublicidade

ção externa criadas pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. Do programa de ação que apresentou para o mandato que irá prolongar-se até 2021, destaque para a intenção de “continuar o caminho” iniciado há mais de 10 anos, consolidando e afirmando o IPCA. O programa de ação assenta em seis eixosinterligados entre si e alinhados com a missão institucional: as pessoas, o modelo de governação, a formação e educação, a investigação e desenvolvimento e inovação, a interação com a sociedade e o Campus responsável. K


Portalegre

Fórum debate energia 6 O Instituto Politécnico de Portalegre promoveu, no passado dia 20 de junho, na sua Escola Superior de Tecnologia e Gestão, um Fórum dedicado às tecnologias de energia. A iniciativa desenvolvida em sintonia com o Conselho Superior dos Institutos Superiores Politécnicos, em estreita colaboração com o programa de modernização e valorização do ensino politécnico, visou potenciar e fortalecer “Cidades e regiões com conhecimento”. O Fórum teve como objetivo específico discutir projetos

de I&D e atividades em curso orientadas para o desenvolvimento de redes de escolas e laboratórios multidisciplinares de relevância local, nacional e internacional nesta área do conhecimento e a sua evolução Nesta edição do Fórum, organizada com o Instituto Politécnico de Portalegre, foi também assinado o Convénio dos Institutos Politécnicos e da Universidade do Algarve para a Rede de Escolas com formação em Desporto do Ensino Superior Politécnico Publico – REDSPP. K

Acordo assinado na Madeira

Ccisp aposta no turismo 6 O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos acaba de realizar uma adenda ao acordo de criação da Rede de Investigação das Instituições Politécnicas com Cursos de Turismo (RIPTUR) e também um Protocolo de Cria-

ção de uma Unidade de Investigação e Desenvolvimento. A iniciativa decorreu na Universidade da Madeira, no passado dia 23 de junho. O acordo foi assinado pelo reitor da UMa e pelo presidente do CCSIP e pelos presidentes de outras

Instituições de Ensino Superior pertencentes ao Conselho. No final da manhã, o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos foi recebido pelo Secretário Regional de Educação da Região Autónoma da Madeira. K

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Politécnico de Tomar

750 mil para projetos 6 O Instituto Politécnico de Tomar vai receber um financiamento de 750 mil euros que se destina aos seis projetos de investigação que foram submetidos e aprovados no âmbito do Sistema de Apoio à Investigação

Científica e Tecnológica (SAICT). Para além destes projetos que lidera e que se integram em diversas áreas, o Politécnico de Tomar integra ainda mais sete projetos em co-promoção que envolvem instituições de ensino superior. K

Equinicultura

Elvas forma treinadores 6 Quatro alunos da licenciatura em Equinicultura e do Curso Técnico Superior Profissional de Desporto e Formação Equestre da Escola Superior Agrária de Elvas, que pertence ao Politécnico de Portalegre, acabam de realizar exames de

Treinador de Equitação Grau I, no Centro de Alto Rendimento de Equitação na Golegã. As provas decorreram no final de maio, tendo os alunos ficado qualificados para o mercado de trabalho como formadores de equitação a um

nível inicial. Pretende-se desta forma qualificar os alunos tecnicamente para um mercado de trabalho de grande exigência, paralelamente com sua formação superior adquirida com o curso de Equinicultura e no CTeSP, da ESAE. K

Politécnico de Viseu

Ciência em Férias completa 6 O evento Ciência em Férias, promovido pelo Instituto Politécnico de Viseu como forma de divulgação institucional, foi apresentado este ano no dia 8 de junho e as inscrições esgotaram no mesmo dia, o que constitui um recorde de sucesso do evento que se prolonga até 7 de julho. Com um total de 140 inscritos, oriundos de Viseu, São Pedro do Sul, Nelas, Tondela, Mangualde e Penalva do Castelo, conta com 91 novos participantes. Sensivelmente dois em cada três vêm ao Politécnico de Viseu pela primeira vez. A organização, no intuito de permitir uma participação mais abrangente, condiciona o acesso ao evento a quem tenha participado nos dois últimos anos de forma consecutiva. O evento tem como objetivo maior proporcionar aos estudantes do ensino básico e secundário um programa organizado de caráter educativo, cultural, tecnológico e científico, mas também lúdico e de descoberta de áreas formativas que se enquadrem nas preferências e

014 /// JULHO 2017

Aveiro descobre no mar

Erradicar microplásticos 6 Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro acaba de identificar o Zalerion maritimum, um fungo marítimo que não só consegue degradar o microplástico como o faz de forma rápida e eficiente, o que constitui a primeira solução ecológica para combater os plásticos nos oceanos já que ao otimizar-se o raro apetite do fungo recorre-se a uma solução oferecida pelo próprio mar. Comum na costa portuguesa e com um habitat espalhado a vários oceanos do planeta, o estudo do apetite do Zalerion maritimum por microplásticos foi publicado no último número da revista Science of The Total Environment tendo sido destacado pelo editor como um verdadeiramente novo campo de investigação.

Os dados apresentados pelos investigadores do Departamento de Química (DQ) e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) não deixam margem para dúvidas: isolado em laboratório num ambiente em tudo semelhante ao do mar poluído com microplásticos, em sete dias o Zalerion maritimum consegue reduzir 77 por cento daquele material. “As experiências foram efetuadas, em pequena escala, em reatores de 100 mililitros usando um volume de 50 mililitros de meio enriquecido com um mínimo de nutrientes e 0,130 gramas de microplásticos. Entre 7 a 15 dias foram removidos 0,100 gramas de microplásticos”, congratula-se Teresa Rocha Santos, a coordenadora do estudo. K

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aptidões para o seu futuro percurso académico. Os programas são ajustados às faixas etárias diferenciadas que constituem os grupos. Durante cinco dias consecutivos, um dia em cada uma das também cinco escolas superiores do IPV, cada grupo de participantes usufrui de uma semana plena de atividades científico-pedagógicas em diferentes áreas do saber e muita diversão, mas também de cultivo e fomento

de espírito de grupo, trabalho em equipa e sociabilização. Além das experiências e vivências científicas e pedagógicas haverá ainda tempo para os participantes se divertirem com inúmeras atividades lúdicas e de animação sociocultural, como jogos de orientação, jogos desportivos, peddy-papers temáticos, jogos tradicionais, atividades experimentais e muito mais. K Joaquim Amaral _

Rita Ruivo

Psicóloga Clínica (Novas Terapias) Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

“Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira. Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular (…). Outras vezes uma palavra é quanto basta.”

EspaçoPsi - Psicologia Clínica

José Saramago, “Jangada de Pedra”

Av. Maria da Conceição, 49 r/c B | 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 | E-Mail: psicologia@rvj.pt


Edição RVJ Editores

A Tribo da Escola em livro

6 “Esta obra é um livro diverso, porque a escola também não é una. Um livro polémico, porque eu mesmo nunca fui acomodado. E um livro prospetivo, porque sempre pensei a educação mirando o futuro”. É desta forma que João Ruivo, investigador e ex-vice presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, se refere ao seu mais recente livro, “Escola: Uma Tribo Global”, que foi apresentado no passado dia 29 de junho, em Castelo Branco, no foyer do Cine Teatro Avenida que foi pequeno para acolher tantas presenças. Considerado um dos grandes investigadores portugueses na área da educação, com livros publicados no nosso país e no estrangeiro, João Ruivo aborda “a escola como comunidade educativa, pública e inclusiva”, mas também “como espaço de formação ao longo da vida e como lugar de acolhimento, onde todos têm direito a partilhar diversos momentos de socialização e de aprendizagem. Onde haja um tempo para aprender e um tempo para viver. Uma escola de aprendentes, onde todos tenham o desejo e a necessidade de, periodicamente, regressar”. Em declarações ao Ensino Magazine, à margem da apresentação, o autor do livro explica que partiu “do princípio que a escola tem uma organização tribal: com o seu conselho de seniores educadores, com os seus jovens aprendentes iniciáticos, com a sua hierarquia de valores, com regras estipuladas, ritos de passagem, cultos e símbolos, cerimónias de integração, regras de exclusão, mecanismos de coação, deuses e demónios. E que essa mesma escola, integra, hoje, uma rede global de conhecimentos e de partilhas que não podem mais ser ignoradas”. No livro o autor revela que “pretende sintetizar a produção teórica que desenvolvi nas últimas três décadas, centrando-me sobre a escola pública, a profissionalidade dos docentes e a sua formação, o papel das famílias e da comunidade envolvente, sempre numa perspetiva de desenvolvimento e com os olhos postos nos desafios que o futuro coloca”. A apresentação foi feita por Nuno Mangas, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, que dissecou a obra, relevando a importância de cada capítulo, e considerando que, “sendo um livro de leitura acessível, deveria ser consultado por todos os membros da comunidade e integrar a biblioteca de todas as escolas e universidades”. Aquele responsável classificou ainda João Ruivo “como um visionário”, acrescentando que a obra “constitui um testemunho para o futuro”. A obra tem o prefácio de Florentino Blázquez, professor catedrático da Universidade da Extremadura (Espanha), que classifica o livro como “um excelente compêndio sobre diferentes parâmetros que convivem na escola públi-

ca, sobre a figura do docente e do seu processo formativo, sobre os contextos sociais, a organização da escola e sobre os desafios que se apresentam na atualidade”. A importância do livro foi também destacada pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, que sublinhou a qualidade da mesma, lembrando que a escola tem uma imagem positiva perante a sociedade. Já João Carrega, editor do livro, considerou que “este é mais uma excelente obra que merece ser lida e que obriga a muitas reflexões”. De referir que o livro já tinha sido apresentado na Futurália, em Lisboa, com a presença do ex-Ministro da Educação, Eduardo Marçal Grilo. K JULHO 2017 /// 015


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Porto Design Factory

Ministro nos mil dias 6 O Open Day With Industry contou com a presença do minsitro do Ensino Superior, Manuel Heitor. A iniciativa decorreu, nos dias 29 e 30 de junho, e assinalou os 1000 dias de atividades da Porto Design Factory - a plataforma colaborativa para a cocriação de ideias inovadoras da P.PORTO - arrancou as suas atividades. Baseada numa cultura de educação experimental passionbased learning, a Factory tem sido um tubo de ensaio das mais recentes práticas pedagógicas centradas nos estudantes, contribuindo significativamente para a qualificação de uma nova geração de inovadores. Com o objetivo de revelar as ideias e projetos que devem entrar no mercado na próxima década, a PDF abriu as suas portas para mostrar o resultado das respostas a desafios que chegaram de empresas. “Por agora são projetos, mas um dia

destes vão fazer parte da nossa vida”, declara Rui Coutinho, parafraseando um visitante, “fora da tenda é 2017, cá dentro é o futuro”. É exemplo disso a Piavo, resposta a um desafio lançado pela Silampos, empresa de utensílios de cozinha e de mesa, que se apresenta como uma máquina de lavar louça que combina

ultrassons com jatos de água. Adapta-se a qualquer banca e lava a louça, em média, em seis minutos. “É isto que a Factory faz com enfoque eminente na capacitação dos seus estudantes, na qualificação e preparação desta nova geração de inovadores globais, empreendedores responsáveis, os futuros decisores e futuros agentes de

mudança”, conclui o coordenador da PDF. “Apetecia-me ser estudante da Porto Design Factory”, afirma o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, na sequência da visita à PDF. O ministro elogia a iniciativa que o Politécnico do Porto lançou como “um exemplo, a nível nacional e internacional”, acrescentando como o evento em si, é sintomático do esforço de uma equipa. “Está aqui um grande esforço, muitas horas de trabalho. A equipa está de parabéns.” Rosário Gambôa, presidente do Politécnico do Porto, sublinha a ideia da Factory como “fundamentalmente uma nova forma de educar”, compaginada com o mundo atual, global, complexo e transversal às áreas de saber, às empresas e instituições sociais, frisando a construção de uma nova atitude, mais democrática, empreendedora, construtiva, sustentada e critica. K

Feira reúne projetos inovadores

IPCB na Social IN 6 A segunda edição da feira Social In, que decorreu nos passados dias 29 e 30 de junho, em Castelo Branco, contou com a presença do Instituto Politécnico de Castelo Branco. A iniciativa, que teve o apoio do Ensino Magazine na moderação do concurso de projetos, veio demonstrar a importância das instituições interagirem entre si. Essa é a opinião de Luís Correia, presidente da Câmara albicastrense, para quem “já lá vai o tempo em que a principal ambição deste setor era a sua «infraestruturização». Estamos num tempo em que o mais importante é as instituições interagirem em rede, para que se possa fazer um trabalho consistente e apoiar aqueles que mais necessitam”. O autarca falava na sessão de abertura do certame que reuniu várias instituições de solidariedade social do concelho e estabelecimentos de ensino e formação. Como exemplo desse trabalho em rede, Luís Correia falou do Museu da Seda, na APPACDM de Castelo Branco, onde a Câmara investiu. Um espaço que integrará a rede de museus do concelho, abraçando por isso uma vertente cultural e de promoção ao Bordado de Castelo Branco, mas “que integra pessoas com deficiência que ali desenvolvem o seu trabalho”. 016 /// JULHO 2017

A Feira integrou um conjunto de debates, espaços para cada instituição se apresentar e um momento em que cada uma mostrou o seu ADN e aquilo que fazia. No entender de Arnaldo Brás, presidente da Associação Amato Lusitano (que com o CLDS de Castelo Branco promoveu o certame), esta “iniciativa deixou uma marca forte. Por isso, no futuro, ela justifica-se plenamente”. Para o presidente da Amato Lusitano, ao longo do evento “foram discutidas diversas ações e questões, sobre as quais devemos refletir e tirar ensinamentos. A economia social envolve verbas significativas. Nos concelhos do interior

são essas instituições que geram desenvolvimento e emprego”. Arnaldo Brás falava na sessão de encerramento, após a realização do concurso Social In. Um desafio que teve como vencedor o projeto SiGAme, desenvolvido por Bruno Martins, e que consiste num sistema de gestão de administração de medicação e apoio a lares de idosos. Este projeto será apoiado pelo Centro de Empresas Inovadoras (CEi), com um período de incubação de seis meses. O júri composto por Domingos Santos (IPCB), Leopoldo Rodrigues (IEFP), Milene Pio (CEi), João Dias (ACICB) e Sónia Azeve-

do (AEBB), classificou na segunda posição (prémio CEi) o projeto Reciclagem Solidária, que pretende a recolha solidária de embalagens, e que foi apresentado por Elizabete e Luís Gomes. A terceira posição (prémio ACICB) foi atribuído ex-aequo aos projetos «Afetos Geracionais», de Fábio Ponteira, que pretende proporcionar alojamento aos estudantes carenciados provenientes de outras regiões do país em casa de idosos albicastrenses; e Jovens F+, apresentado por Inês Costa, com vista à criação de atividades de tempos livres para crianças e jovens no Fundão. K

Com software desenvolvido no INOPOL

Coimbra marca pontos em França 6 A empresa OptiSigma – Energia & Ambiente, Lda, startup do Politécnico de Coimbra e do Instituto de Sistemas e Robótica da Universidade de Coimbra, sediada na Academia de Empreendedorismo INOPOL, desenvolveu um software para otimização de enrolamentos polifásicos de motores e geradores elétricos, denominado BobiSoft, cujas licenças foram adquiridas por um dos mais prestigiados laboratórios de investigação franceses, o Laboratoire Plasma et Conversion d’Énergie - Institut National Polytechnique de Toulouse (LAPLACE). O software, além de contar com a recomendação oficial da empresa WEG, um dos maiores fabricantes mundiais de motores e geradores elétricos, está também a ser utilizado em todo o mundo por centenas de empresas de manutenção industrial e por um crescente número de universidades e politécnicos. Segundo o CEO da OptiSigma, Fernando Ferreira, “o BobiSoft é uma ferramenta muito útil para profissionais da manutenção industrial, investigadores e professores a trabalhar no domínio das máquinas elétricas rotativas, sendo expectável um crescimento muito significativo do número de utilizadores nos próximos anos. O objetivo é tornar esta ferramenta informática numa referência mundial no domínio do projeto/otimização de enrolamentos polifásicos”. K


Investimento de 3 milhões de euros em projetos energéticos

IPG mais eficiente na energia 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG), presidido por Constantino Rei, aprovou um financiamento no montante de cerca de 3 milhões de euros para promover a eficiência energética do seu Campus e dos Serviços de Ação Social (Residências e Cantinas), informou a instituição em nota de imprensa. Esta verba, suportada numa candidatura ao POSEUR, permitirá dotar aquela instituição com os mais evoluídos equipamentos para a produção de energia, climatização, iluminação e gestão energética integrada dos diversos edifícios. De realçar que o referido investimento privilegiará a introdução de caldeiras de biomassa, sistema térmicos solares, sistemas fotovoltaicos, baterias de acumulação, iluminação led, revestimentos de coberturas e peliculas que permitiram reduzir substancialmente a fatura mensal de energia e, simultaneamente, tornar-se num espaço mais amigo do ambiente. Com estas verbas, o Instituto Politécnico da Guarda promove a implementação de sistemas suportados em energias limpas,

Constantino Rei, presidente do Politécnico da Guarda

contribuindo para uma efectiva sustentabilidade ambiental e simultaneamente um sistema inteligente de gestão energética – Gestão Técnica Centralizada –, que permitirá maior eficiência e controlo dos equipamentos, com a capacidade de envolver investigadores e estudantes neste campo de conhecimentos, contribuindo para estudos e boas práticas ambientais e de gestão da energia. Através deste investimento (o maior atribuído às instituições de ensino superior pelo POSEUR), e face ao caráter inovador do projeto, o IPG tornar-se-á numa das instituições nacionais de Ensino Superior mais eficientes em termos de uso de fontes de energias renováveis, de capacidade de gestão técnica dos equipamentos e espaços e de envolvimento dos estudantes em estudos aplicados. Tendo em conta a localização do Politécnico da Guarda e os elevados custos com a climatização e iluminação, ao longo do ano, este investimento contribui para que sejam alcançadas as metas de eficiência nacional e valorização do património do Estado. K

900 mil euros para financiamento de projetos

Mais investigação na Guarda 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) obteve a aprovação e financiamento dos seis projetos submetidos ao Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica (SAICT) dos quais é líder. O IPG obteve o pleno de candidaturas a que a instituição se podia submeter e assegurou a participação em mais nove projetos com instituições de ensino politécnico congéneres. “Neste contexto os investigadores do IPG obtêm financiamento para o desenvolvimento de investigação e de transferência de conhecimento, suportadas em equipas multidisciplinares, cujos objetivos são valorizar e potenciar o conhecimento e a economia em áreas relevantes”, como foi referido em nota divulgada pelo Instituto Politécnico da Guarda.

O “Projeto Trails4health” incide sobre a prática desportiva saudável, criando rotas e avaliando esforços; serão avaliados indicadores fisiológicos (esforço cardíaco e gasto energético) e biomecânicos (impacto articular e muscular) discriminadores do esforço requerido, em função das etapas e dos utentes, de acordo com a sua idade e/ou nível de aptidão física. Outra linha de investigação será desenvolvida com o “Projeto geologia como base da qualidade de vida- A sustentabilidade do Lítio na povoação de Gonçalo”, orientado para a gestão sustentável dos recursos geológicos, em especial do minério litinífero promovendo a sua valorização e associação de novas funções e usos, entre elas o turismo.

O “Projeto Aplicações biomédicas e desenvolvimento de produtos com base em recursos naturais e endógenos” diz respeito à biotecnologia associada aos recursos naturais e à valorização das águas termais, promovendo novos produtos com base nas suas propriedades, em especial os dermocosméticos. A monitorização da saúde das árvores por termografia por infravermelhos, promovendo o diagnóstico para a inspeção, monitorização e deteção precoce de manifestações patológicas em árvores promovendo ganhos económicos e ambientais enquadra o projeto “Monitorização & Manutenção Avançada de Árvores”. Outras das candidaturas aprovadas relaciona-se com o “Projeto MediElder-

ly-Polimedicação do idoso”, intervenção educativa para melhorar o uso de medicamento pelos idosos e a disponibilização de informação adequada, incidindo nos Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM), quer devido ao uso elevado de medicamento quer devido ao declínio das funções cognitiva e física. Finalmente, o “GMove +: Um programa de intervenção para promover a atividade física e a qualidade” terá incidência na prática regular de atividade física pelas pessoas idosas da Guarda, contribuindo para um envelhecimento saudável e para uma vida independente mais prolongada, implementando um programa de intervenção multidisciplinar apoiado por tecnologias de informação e comunicação. K

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IPG promove investigação

Best Paper Award

Medicação nos idosos

IPG ganha em Lisboa

6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) obteve, recentemente, a aprovação e financiamento dos seis projetos submetidos ao Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica (SAICT) dos quais é líder. O IPG obteve o pleno de candidaturas que a instituição se podia submeter e assegurou a participação em mais nove projetos com instituições de Ensino Politécnico congéneres. Uma das candidaturas aprovadas relaciona-se com o “Projeto MediElderly-Polimedicação do idoso”, intervenção educativa para melhorar o uso de medicamento pelos idosos e a disponibilização de informação adequada, incidindo nos Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM), quer devido ao uso elevado de medicamento quer devido ao declínio das funções cognitiva e física. A elevada prevalência de doenças crónicas na população idosa predispõe esta população a um elevado consumo de medicamentos. Em média, os doentes idosos tomam diariamente cerca de 2 a 5 medicamentos prescritos, sendo que, cerca de 20 a 40% dos idosos tomam mais de 5 medicamentos. O elevado consumo de medicamentos está também associado à utilização de medicamentos sem prescrição, frequência de utilização e consumo por períodos superiores à indicação clínica. O referido Projeto visa o desenvolvimento de uma intervenPublicidade

018 /// JULHO 2017

6 O Instituto Politécnico da Guarda conquistou o Best Paper Award no decorrer da CISTI’2017 - 12ª Conferência Ibérica de Sistemas e Tecnologias de Informação, que decorreu em Lisboa entre 21 e 24 de junho. Daniel Gêgo, Carlos Carreto e

Luís Figueiredo apresentaram um trabalho subordinado ao tema “Teleoperation of a mobile robot based on eye-gaze tracking”, realizado no âmbito do Mestrado em Computação Móvel e Engenharia Informática do Instituto Politécnico da Guarda. K

Atividade de Verão

Ser engenheiro ção educativa focada nos principais problemas relacionados com medicamentos identificados na população alvo constituída pelos idosos da região. Inicialmente será desenvolvido um estudo qualitativo com o objetivo de explorar o conhecimento, experiências e atitudes dos doentes idosos em relação aos seus medicamentos. Será também explorada a perceção dos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de farmácia) sobre problemas relacionados com medicamento nos doentes idosos. A segunda fase do projeto consistirá na revisão da terapêutica e num estudo quantitativo para identificação dos principais determinantes de uso inadequado de medicamentos pela população idosa. A informação recolhida durante estas fases será essencial para desenhar uma intervenção educativa junto da população focando soluções para resolver os problemas identificados, e, cujo

objetivo final é melhorar o uso de medicamentos pela população idosa com impacto positivo na sua saúde e qualidade de vida. Com a intervenção educativa, pretende-se melhorar a literacia em saúde dos idosos e seus cuidadores promovendo o seu empoderamento na gestão da sua saúde; de salientar que empoderamento dos doentes é considerado, pela ONU, como um dos pontos-chave para o desenvolvimento sustentável dos sistemas nacionais de saúde. Fátima Roque (ESS/IPG), investigadora responsável pelo projeto, entende que “este estudo responde a um importante desafio societal da região, promovendo a saúde e consequentemente a qualidade de vida da população idosa, contribuindo, também, para uma diminuição de custos em saúde e para uma melhor sustentabilidade dos recursos em saúde através de uma gestão eficaz e racional do uso de medicamentos”. K

6 A Unidade Técnico Científica de Informática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda promoveu, de 10 a 14 de julho, um Curso de Verão designado “Eu sou Engenheiro”. Esta iniciativa teve como objetivo promover o curso de engenha-

ria informática junto dos alunos do ensino secundário e profissional, (10º, 11º e 12º ano), que apresentam dúvidas relativamente ao seu percurso académico superior. Foram realizadas várias atividades que lhes permitiram conhecer melhor aquela área de engenharia. K

Educação Física e Saúde

Seminário internacional 6 No Instituto Politécnico da Guarda decorreu, de 10 a 12 de julho, a décima terceira edição do Seminário Internacional de Educação Física, Saúde e Lazer (SIEFLAS). O tema central deste seminário, “Desafios interdisciplinares na promoção da Atividade Física”, foi abordado em conferências, mesas de debate temático e pósteres por reconhecidos investigadores nacionais e internacionais. Para a organização, deste ano,

do SIEFLAS o evento “constituiu um momento marcante da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do IPG, instituição que há 30 anos proporciona uma formação na área do Desporto”. O Seminário foi entendido como um momento de reflexão e troca de conhecimento entre investigadores de vários países, em torno de um tema de importância crescente na sociedade atual. K


Editorial

Eis o espaço de todas as mudanças educativas 7 Será possível continuarmos a falar da formação de professores, sem incluir neste debate e nessa reflexão a função formativa da escola enquanto local de trabalho, espaço de intervenção e socialização? Sem referir a escola como comunidade educativa, onde se sedimentam e criam os valores, as crenças e os pressupostos que validam, ou não, as práticas educativas, e a formação das novas gerações? Reflectir sobre a formação de docentes, e sobre a sua profissionalidade docente, é também ter em conta todos esses contextos em que estes desempenham a sua actividade profissional. Nas escolas produz-se uma relação dialéctica entre a contribuição dos docentes para a eficácia dessas instituições, e a cultura organizacional da escola enquanto determinante do desenvolvimento e do eficiente desempenho profissional dos professores que nela trabalham. Como todos sabemos, o trabalho do professor desenvolve-se em instituições que dão sentido e ajudam a organizar o seu mundo conceptual sobre educação, que possibilitam essa transferência conceptual para a prática educativa, e o enquadram dentro de um grupo profissional, cuja pertença é também referência para o seu empenhamento na multiplicidade de tarefas inerentes aos processos de ensino.

Convenhamos, pois, que uma boa parte da actividade docente se desenvolve dentro das paredes da escola, espaço em que se elaboram complexas redes de controlo, de estruturas hierárquicas de poder, que obrigam à reciprocidade de atitudes e de comportamentos, e que determinam, significativamente, as escolhas e as opções de cada docente quanto às suas práticas educativas. Por outro lado, a organização formal da escola, constrangida pelas exigências do poder político e da sociedade civil, determina também que, em certa medida, a autonomia (entendida como um primeiro passo para a inovação) se traduza frequentemente numa “realidade virtual”, já que se considera como adquirido que o Estado e a sociedade têm o direito e o dever de saber o que se faz (e como se faz) na escola, elaborando para esse fim um indeterminado número de normativas apropriadas ao exercício desse controlo. Dentro da escola a formação de professores desenvolve-se, então, entre duas exigências: 1 - as endógenas, que “empurram” o professor para o desenvolvimento pessoal e profissional, que o motivam para a busca de soluções inovadoras e que determinam um desempenho gratificante quando alcançado o sucesso dos seus alunos; 2 - as exógenas, que constrangem o docente

ao cumprimento de rotinas, mais ou menos burocráticas, e que inibem o despertar para a formação permanente e para a inovação educativa. Entre a inovação e a tradição, assim se processa a formação dos professores no quadro das exigências das instituições escolares. Esta estrutura organizacional pode provocar que cada professor se concentre no trabalho na sala de aula, com os seus alunos, sem promover qualquer tipo de intercâmbio experimental com os seus colegas, que reproduzem os mesmos comportamentos na sala ao lado. Em nosso entender, este é, sobretudo, o grande obstáculo à formação continuada dos professores em início de carreira, que têm ainda da sua actividade profissional algumas representações indefinidas, e até confusas, para os quais a escola surge como um mundo desordenado, no qual há que encontrar, necessariamente, um sentido e uma ordem. Não é, pois, de estranhar o aparecimento de sensações de insegurança e de receio, quando a presença de referenciais, como o sejam a observação e a análise do desempenho de colegas mais experientes, lhes estão vedados, impedindo-se, por essa via, a aquisição de competências básicas que permitam ao jovem professor principiar a formar em si uma imagem da actividade

docente que estimule a construção progressiva da sua própria identidade profissional. O sentimento de partilha e de pertença a um grupo, o estabelecimento de mecanismos de colaboração ou, pelo contrário, a sua interdição, são factores decisivos para incrementar, ou não, o desenvolvimento profissional dos docentes. Sobretudo quando se proporcionam ou se restringem atitudes de autonomia, de participação nas decisões, de partilha das responsabilidades (designadamente quanto à possibilidade de assumirem diferentes cargos na estrutura organizacional) e, finalmente, de gestão participada dos curricula, dos métodos e dos recursos que melhor os possam desenvolver. Todavia é consensual que a escola é um dos espaços privilegiados para promover e desenvolver os processos de inovação, para proporcionar a melhoria do desempenho dos professores e alcançar o sucesso escolar e educativo dos alunos. Daí que, com alguma frequência, se refira a escola como um espaço fundamental para a promoção, de facto, das grandes mudanças educativas, desde que nela se criem as condições que as facilitem. Muitas dessas condições passam pela formação permanente dos professores “dentro da escola”, entendendo-a como uma co-

munidade de aprendentes, numa perspectiva de ajuda e apoio à sua actividade profissional, pela adopção, implementação e avaliação de inovações educativas, pela adequação dos curricula às necessidades da escola, ao nível de formação dos professores e às características dos seus alunos, pressupondo um compromisso institucional entre o Estado, as instituições formadoras, os professores, os alunos, os responsáveis pelos organismos de decisão e os pais. Este é, talvez, um dos maiores desafios que, infelizmente, nunca conseguimos superar. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

primeira coluna

Notas: uma questão de justiça 7 A justiça com que se atribui uma classificação, com que se passa ou chumba um aluno, com que se sobe ou não uma nota em conselho de turma, é uma matéria que exige reflexão e que não deve ser escudada na célebre frase que é assim que o governo (este ou outro qualquer) quer. A diminuição da retenção (chumbos) no ensino é uma meta que todos devemos perseguir, mas isso não deve ser sinónimo de facilidade e de prémio aos medíocres, aos mal comportados, ou àqueles que pelas suas limitações não conseguem fazer mais. Vem este tema a propósito do final do ano letivo e do que muitos dos bons alunos dizem ser um ato de injustiça para com eles próprios. Regra geral, a discussão sobre a subida de uma nota para um alu-

no que tem três negativas, com o objetivo de permitir a sua transição para o ano letivo seguinte, é mais frequente do que a subida de nota de um aluno que está, por exemplo, entre o 4 e o 5, mas que com mais esse 5 poderia entrar no quadro de mérito da escola. Depois há ainda a outra face da moeda, em que entram os alunos que não querem saber e apenas prejudicam quem quer, mas que por ironia muitas vezes acabam, imerecidamente (pelo seu percurso académico e pelo seu comportamento) por ser premiados com uma positiva mínima, a mesma que muitos dos seus colegas que se esforçaram também obtiveram, levando ao gozo dos primeiros perante os outros, e à angústia dos segundos perante eles próprios. A questão sobre a justiça desta

medida leva a que os bons alunos olhem para a escola com alguma revolta. Orgulhosos do seu percurso académico, não deixam de afirmar que a escola não pode ser uma escola de coitadinhos e de proteção dos mesmos. Não pode ser uma escola em que aqueles que constantemente perturbam a sala de aula, nas mais variadas disciplinas, que não obtém resultados positivos nas provas, que apresentam comportamentos desviantes, sejam «beneficiados» numa lógica de pontapé para a frente. E ao invés, os que são alunos cumpridores quer social, quer academicamente, não sejam tidos nem achados nas ditas reuniões de notas. É como se, por esse simples e importante facto, de serem cumpridores e de muitas vezes até representarem a escola em

competições nacionais, não houvesse lugar à discussão da sua situação final, com o argumento de que o aluno já transitou de ano. É bem verdade que cada vez mais os critérios de avaliação estão bem definidos pelas escolas e agrupamentos, que até existe a componente do bom comportamento e atitudes (com um peso relevante), mas a questão no conselho de turma que atribui as notas aos alunos deveria merecer reflexão. Todos desejamos que a escola seja justa. Justa para os alunos, para aqueles que com esforço cumprem os objetivos, mas também para aqueles que não querendo saber do que se passa numa sala de aula, apenas a prejudicam. A estes últimos, em vez de se lhes passar uma carta ver-

de de transição, deveriam criar-se condições reais e objetivas para que essa aprovação seja verdadeira e não virtual como acontece em muitos casos. Mas acima de tudo, o bom senso que é aplicado numas situações deve ser aplicado em todas. Porque o pior que pode acontecer a um aluno é ser injustiçado perante os pares e pelos seus professores. K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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CRÓNICA SALAMANCA

África en la Universidad 7 Es poco frecuente la presencia de África , lo africano y todo lo relacionado con el continente hermano, en nuestras universidades. Para confirmar esta apreciación basta contemplar y analizar contenidos de los programas de estudio de nuestras universidades, guías académicas, denominación de másteres con ese perfil, número de tesis doctorales de temática africana, títulos de proyectos de investigación, orientación de congresos científicos, revistas, publicaciones en formato libros, monografías africanas. En el mejor de los casos, alguna presencia testimonial en programas culturales, principalmente en la faceta musical. Pero no mucho más. Lo que significa que África fue y continúa sometida al ostracismo académico, al olvido científico, aunque mientras tanto sigue siendo objeto permanente de expolio de personas, sus materias primas, y a veces expresiones culturales y valores genuinos que el sistema capitalista, el neoliberalismo voraz de nuestros días comercializa sin escrúpulos. Sin embargo, África merece una reparación justa por razones históricas del ayer, y por motivos sobrados del presente. Más allá de la acción política y económica a favor de África, que deben impulsar nuestros gobiernos, a nosotros nos competen otras actividades científicas, docentes, culturales que saquen del olvido la cultura, la ciencia, los saberes africanos, y hagan aflorar su valía, su riqueza y diversidad como expresión de una ciencia y una

UMA IMAGEM POR MÊS

Terminaram as festas de Lisboa

3 Com música, dança, cinema, teatro, marchas, debates, exposições e muito mais, aconteceram as Festas da Cidade de Lisboa. Na foto Miguel Araújo, um dos intervenientes, com a sua música junto aos antigos Armazéns do Chiado K Os estagiários do Ensino Magazine _

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cultura diversas, en las que deben ocupar una digna posición todas aquellas que proceden del continente africano. Es cierto que las universidades africanas tienden a mirar hacia Europa, y hacia Occidente en términos preferentes, en búsqueda de orientación y ayuda, a veces con dignidad y en otras con sumisión y resignación. Y no es menos verdad que para la mayoría de nuestras universidades África suele ser, en el mejor de los casos, un elemento tangencial, episódico, marginal, cuando no ornamental y a veces hasta exótico. Sin embargo, África tiene y merece su espacio en nuestras aulas y proyectos de trabajo, en la vida cotidiana de nuestras universidades, en los curricula de estudios, en los pasillos y cafeterías de nuestras facultades universitarias, en nuestros libros y revistas científicas, en los congresos que organizamos. Esto se justifica, ante todo, por la emergencia de nuevos paradigmas del conocimiento y de la cultura, por la dimensión global y mundial de los problemas que abordamos en nuestra docencia e investigación, por la riqueza, diversidad, originalidad del pensamiento africano, de su literatura y antropología, por sus valores comunitarios y ecológicos de los que tanto tenemos que aprender. Las viejas culturas africanas, tan arraigadas en lo profundo de la cosmovisión de los pueblos africanos originarios, deben ser no sólo respetadas sino escuchadas por los occidentales y

sus instituciones políticas y universitarias, han de hacerse presentes entre nosotros, para que tomemos conciencia del valor histórico del expolio operado sobre todo lo africano por nuestros predecesores (personas, esclavismo, recursos mineros y forestales, tradiciones), y para que sean incorporadas sus aportaciones al conjunto de la ciencia y de los saberes, porque enriquecen a la totalidad, y no solo la sirven paciente y servilmente. Lo cual significa que hay que poner manos a la obra y esfuerzo institucional y personal en nuestras universidades para que afloren proyectos con perfil africano de investigación, programas de colaboración docente y cultural, intercambio de profesores y estudiantes, cooperación y ayuda, acogida de iniciativas procedentes del norte del continente y de los pueblos subsaharianos. La existencia de Casa África en España es importante, la acción de los agregados culturales en las embajadas de países africanos por suuesto, tanto como que en cada universidad debiera crearse, si no existe ya, un espacio científico y académico permanente para todo lo relativo África, por solidaridad y por responsabilidad institucional y científica. Desde ahí se puede incentivar y apoyar las iniciativas de los docentes y los estudiantes que se relacionen con el continente africano, de norte a sur y de este a oeste. Pero es preciso expresar voluntad política académica y acción realista con algunos apoyos personales, y económicos.

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt

África es para todos nosotros una oportunidad para redescubrir otro imaginario cultural, otros valores dignos de ser estimados y proyectados, y para cultivar formas de cooperación y solidaridad, también en lo que toca al ámbito de las ciencias sociales, y desde luego a la educación. Hemos de ser capaces de construir redes de colaboración entre universidades europeas y africanas, de intercambio de profesores y estudiantes, de búsqueda de encuentro científico y estudio compartido, de apoyar plataformas de difusión del conocimiento como congresos y revistas científicas, de afianzar proyectos de cooperación social y bienestar colectivo. De todo lo cual, el trasfondo se encuentra en dignificar y estudiar los valores propios de Africa, y desde luego de su educación. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


externato frei luÍs de sousa

AGIR, por um mundo melhor, um projeto UNESCO a olhar para o futuro 7 O Externato Frei Luís de Sousa (EFLS), uma escola portuguesa, situada em Almada, no distrito de Setúbal, tem cerca de 520 alunos, sendo que 22 são de diferentes nacionalidades, distribuídos por China, Brasil, Ucrânia, Angola, entre outros. Enquanto Escola Associada UNESCO, foi recentemente reconhecida com o Selo de Escola Intercultural, com distinção máxima, reconhecendo, dessa forma, as excelentes práticas Interculturais e de Cidadania Global que tem vindo a desenvolver. O Externato Frei Luís de Sousa, que pertence à Rede de Escolas de Educação Intercultural, procura apostar cada vez mais numa rede de parcerias ativas para a prossecução dos seus objetivos, recorrendo às autarquias, universidades, museus, organizações sem fins lucrativos, família, entre outros interlocutores educativos. Enquanto escola UNESCO, o EFLS tem dinamizado várias atividades e projetos de grande qualidade. Arriscaria dar três exemplos: Os Dias da Cultura, que envolve 2º, 3º ciclos e secundário, proporcionando um significativo número de atividades não formais, tratando questões de interculturalidade, bem como outros grandes temas no âmbito dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, através do desporto, da arte, da música, da ciência..., recorrendo a ateliers, seminários, workshops e muito mais. É sem dúvida, um momento que a comunidade escolar muito aprecia. O Café Concerto é outra das atividades de

grande sucesso. Envolve turmas de 9º ano e assenta num trabalho de projeto de educação formal, que ocupa os dois primeiros períodos letivos. É um projeto multidisciplinar que trabalha fortemente as questões de cidadania, igualdade de género e naturalmente a integração. Os alunos recorrem às artes performativas para dar vida a um projeto em que as famílias são convidadas a assistir ao resultado final em formato de espetáculo. Por fim, a Ocupação de Tempos Livres, realizada habitualmente no mês

de junho e julho, pensada, sempre, em torno de temas como a multiculturalidade, o património, a identidade, a língua e a religião, recorrendo a uma vasta rede de parceiros, que entusiasticamente se associam a este projeto. Poderia dar muitos outros exemplos recorrendo às atividades de outros sectores da escola que trabalham todas as dimensões já referidas. Quanto ao futuro, o projeto AGIR do EFLS reflete as principais preocupações educativas da nossa escola. Estamos a

viver um paradigma educativo de mudança. A evolução e acesso às novas tecnologias, os movimentos populacionais cada vez mais acentuados, as alterações climáticas e tantas outras preocupações, exigem uma maior responsabilidade e envolvência de todos os interlocutores educativos e da comunidade em geral. O futuro aponta para a aposta na capacitação e formação de toda a comunidade educativa nestas áreas e por tal, a Cultura Organizacional será fundamental para esta transformação. Conhecer os objetivos para o desenvolvimento sustentável e saber articulá-los no terreno é uma das nossas preocupações, especialmente aqueles que se prendem com o bem-estar da população, igualdade e respeito pela diferença e diversidade. A nível do currículo é necessário apostar na sua flexibilidade e articulação entre disciplinas, promovendo práticas pedagógicas inovadoras, interpretando e respeitando a diversidade cultural, adequando o currículo e criando espaços de projeto facilitadores de dinâmicas ativas, participativas, cooperativas e tecnológicas, tendo o aluno como centro da aprendizagem e co autor do seu conhecimento. Por fim, a envolvência das famílias é o culminar de todo este processo. Sem eles a mudança não se faz. K Miguel Ferreira Feio _ Externato Frei Luís de Sousa

Encontro Nacional

Universidade de Évora aposta na ciência 6 A Universidade de Évora (UÉ) está “a reorganizar-se ao nível da investigação, apostando na transdisciplinaridade e em áreas nas quais tem capacidade científica instalada, nomeadamente, a agricultura e o património”, avançou Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora (UÉ) no Encontro Ciência 2017, o maior evento anual da comunidade científica nacional. Nos últimos vinte anos, dois terços do crescimento económico nos países industrializados são atribuídos à investigação e à inovação. Esta é uma das principais conclusões do estudo que a reitora da UÉ fez questão de referenciar como um documento “absolutamente essencial”: este “estudo sobre o impacto da ciência pedido pelo Comissário Carlos Moedas a Pascal Lamy, não cientista que liderou

uma equipa diversa” propõe que “a Europa e os seus Estados-membros têm que aumentar consideravelmente o seu investimento em ciência”, estes “querem realmente liderar ou

co-liderar, ter uma voz activa neste mundo global em que hoje vivemos”. Nesse sentido, o relatório agora apresentado “dá indicações sobre o que temos ou devemos fazer para isso”. Na sua opinião é essencial “educar sempre mais, identificar os problemas e focarmo-nos neles”, e só assim podemos “garantir maior sinergia entre fundos estruturais e orçamento da ciência a fim de maximizar efeitos e impactos”. A “reorientação estratégica que tem vindo a ser estruturada na Universidade de Évora”, acrescenta, “pretende ajustar as suas dimensões locais e regionais às tendências estruturantes ao nível europeu, adotando uma abordagem focada no impacto efetivo das suas atividades de investigação e inovação, orientadas para de-

safios globalmente relevantes, mas em simultâneo, selecionando os desafios aos quais poderá de forma mais efetiva dar resposta. A aposta na investigação para o Mediterrâneo, através do PRIMA é disto um exemplo”. Outro aspeto realçado por Ana Costa Freitas é a “necessidade de comunicar ciência, sermos os melhores a comunicar ciência”, porém, para conseguirmos esse desígnio “temos que fazer chegar ao nível de chefes de estado e de governo (os decisores máximos), a noção de que não haverá nunca crescimento económico sustentável sem ciência e sem inovação”, concluindo que “não há ciência e inovação sem orçamento” e “não há continuidade na investigação sem investimento em educação”. K

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Moçambique

Mondlane com ciência

Moçambique

Lúrio faz 10 anos 6 A Universidade Lúrio (UniLúrio) assinalou, no passado dia 29 de junho, 10 anos de vida. As comemorações integraram várias iniciativas, das quais se destacam a graduação de 149 profissionais nas áreas de Arquitectura e Planeamento Físico, Enfermagem, Medicina, Nutrição e Medicina Dentária, para os cursos de licenciatura, e mestrados em Medicina Tropical e Saúde Internacional e em Educação em Ciências de Saúde. A Cerimónia, realizada no Campus Universitário de Marrere, na cidade de Nampula, contou a com a presença do Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyuse, do magnífico reitor da UniLúrio, Francisco Noa, do ministro de Ciências e Tecnologia, Ensino Superior e TécnicoProfissional, Jorge Nhambiu, e

do Governador da Província de Nampula, Víctor Borges, e do antigo reitor da UniLúrio, Jorge Ferrão, para além de dezenas de pessoas, entre pais e/ou encarregados de educação, estudantes, docentes, corpo técnico administrativo da UniLúrio, entre outros convidados. Na sua intervenção, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyuse, referiu que “com esta cerimónia o país conta com mais profissionais qualificados que darão seu contributo para a melhoria das condições de vida das populações”. Do mesmo modo, felicitou a direção pelo percurso consistente através da qual esta engajada em formar uma nova geração de profissionais competentes e comprometidos com o desenvolvimento das comunidades. Por sua vez, o reitor da UniLú-

rio, Francisco Noa, reafirmou “o compromisso de, mesmo diante de todos os constrangimentos, continuar a crescer com qualidade e de nos fortalecermos institucionalmente, de modo a projectarmo-nos como uma universidade de referência, nos pais, na região e no mundo”, disse. A UniLúrio cresceu, em 10 anos, de 1 faculdade com 3 cursos, 140 estudantes, 20 docentes e 32 funcionários para 7 faculdades, 30 cursos (4 deles de mestrado), 3334 estudantes, 456 docentes e 352 funcionários. O qual já colocou no mercado de trabalho mais de 1200 estudantes. Outra das iniciativas das comemorações foi a realização de uma feira académica e gastronómica, no Pavilhão dos Desportos da UniLúrio, no Campus Universitário de Marrere, em Nampula. K

Escola Portuguesa

EPM vence concurso 6 «Casca de Ovo no Combate ao Raquitismo em Moçambique» é o nome do projeto de Química dos alunos Yash Jahit, Edgar Faria e Rahit Sacarlal do 12.º ano da EPM-CELP, coordenados pela professora Margarida Duarte, que foi distinguido na Mostra Nacional de Ciência, que decorreu no Convento de São Francisco, em Coimbra, Portugal. Receberam o prémio especial da 14.ª edição do Prémio Fundação Ilídio Pinho «Ciência na Escola» 2017, que distinguiu o melhor projeto de entre os apresentados pelas escolas portuguesas no estrangeiro. O prémio foi entregue pelo Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, no decorrer da cerimónia de encerramento da Mostra Nacional, na qual a EPM-CELP e o projeto distinguido estiveram representados pela aluna Raquel Gouveia e pela professora Cecília Cardoso. Para casa trouxeram o prestígio

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e satisfação do reconhecimento público e três mil euros, os quais incentivam à continuidade e desenvolvimento do esforço de descoberta científica. O outro projeto da EPM-CELP que também esteve em competição na Mostra Nacional foi o da autoria das alunas Raquel Gouveia, Xénia Grachane e Jenisha Dipak Rodrigues, designado «Quantificação espectrofotométrica de flavonóides totais na casca de cebola

roxa», e, na etapa imediatamente anterior desta mesma iniciativa da Fundação Ilídio Pinho, o projeto «Bioplástico a partir de amido de mandioca», da autoria dos alunos Francisco Fernandes, Beatriz Amado, Rushali Sacarlal e Sumaira Shazid. Este último também conquistou, no início de junho, o terceiro prémio no 25.º Concurso de Jovens Cientistas, da Fundação da Juventude. K

6 A Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, através do seu Centro de Informática (CIUEM) promoveu, de 27 a 29 de junho, um curso destinado a técnicos moçambicanos em Aplicações da Bioinformática como resposta sustentável aos desafios da Bio Ciência e da Bio Tecnologia no país. De acordo com a instituição, esta ação surge no âmbito do programa de treinamento “BRIGHT” da Universidade Eduardo Mondlane em estreita colaboração

com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, do Brasil, e da Universidade São Diego, dos EUA. O curso que abrangeu licenciados de diferentes áreas de formação como os da bio ciências, medicina e veterinária versou sobre as atuais abordagens da bioinformática no estudo de doenças infeciosas, a Filogenia Molecular e análise evolucionária, entre outros. O curso contou com 24 formandos, dos 150 concorrentes. K

Escola Portuguesa

Tempus & modus em Macau 6 A Escola Portuguesa de Macau acaba de publicar mais um número da sua revista Tempus & modus. Nesta edição o destaque vai para as atividades desenvolvidas pela escola com particular enfoque na festa da música, na quinta edição da iniciativa “Fazer justiça” e para os finalistas da escola. A revista, totalmente impressa a cores, fala ainda do Dia da Europa, do 25 de abril vivido na escola, e de desporto, entre muitos outros tempos, dando enfoque ao que foi realizado entre abril e julho. K

Com apoio da National Geographic

Algarve trabalha em Moçambique 6 O investigador Nuno Bicho, coordenador do Centro de Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano (ICArEHB) da Universidade do Algarve (UAlg), ganhou um novo financiamento de 20 mil dólares da National Geographic Society para estudar a evolução dos primeiros humanos modernos no Sudoeste de Moçambique. Este é o quarto financiamento (o segundo para Moçambique) que o arqueólogo recebe da National Geographic Society e vai permitir que se dê continuidade aos trabalhos de escavação e prospeção arqueológica ao longo

do vale do rio Machampane, localizado no distrito de Massingir, província de Gaza. Os trabalhos serão realizados em colaboração com uma equipa alargada de especialistas da UAlg, várias universidades dos Estados Unidos da América e a Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique. Esta aposta da National Geographic Society, pela segunda vez, num projeto para Moçambique reforça a importância que a região tem no âmbito da arqueologia da Idade da Pedra e a evolução do Homo sapiens sapiens na África Austral. K

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gente e livros

Honoré de Balzac 7 Honoré de Balzac foi um célebre escritor francês, considerado um dos fundadores do realismo na literatura moderna. A “Comédia Humana” é o título pelo qual o autor francês decidiu chamar o conjunto de sua obra, com exceção de alguns livros iniciais, e que é composta por 95 obras que retratam principalmente a ascensão da burguesia no século XIX. Os livros lidam com temas como amor, política e convenções sociais, com inúmeros personagens recorrentes. Entre as suas obras destacam-se “A Mulher de Trinta Anos”, “O Lírio do Vale” e “Um Caso Tenebroso”. Balzac nasceu em Tours, França, em 20 de maio de 1799. Os seus pais eram o funcionário público Bernard François Balzac e Laure Sallambier. Desde pequeno sonhava viver entre aristocratas. Quando aprendeu a escrever passou a assinar Balzac e acrescentou um “de”, marca de

nobreza na França, “Honoré de Balzac”. Após uma juventude turbulenta, Balzac trabalhou por três anos no escritório de advocacia de um amigo da sua família, antes de desiludir-se e resolver tentar a carreira literária. Foi em 1832, depois de diversos romances, que Balzac concebeu a ideia da “Comédia Humana”, com romances divididos em três partes: “Estudos de Costumes”, “Estudos Filosóficos” e “Estudos Analíticos”. Em 1833 publica “Eugènie Grandet”, o seu primeiro romance a ter sucesso comercial, seguido pelo igualmente bemsucedido “O Pai Goriot”, em 1835. Balzac foi profícuo até a morte, em 1850. Influenciou autores como Gustave Flaubert, Marcel Proust, Emile Zola, Charles Dickens e Camilo Castelo Branco. www.saraivaconteudo.com.br/Materias/Post/57199 H

Tiago Carvalho _

Novidades literárias 7 D.QUIXOTE. O Pianista de Hotel, de Rodrigues Guedes de Carvalho. É um romance que se lê e ouve, que mantém todos os sentidos alerta. Uma pauta musical, com andamentos diversos, que acabam por se cruzar numa vertigem imprevisível de autêntico thriller psicológico. Com um vasto subtexto, o novo livro de Rodrigues Guedes de Carvalho apresenta-nos personagens densas e carregadas de mistérios.

AFRONTAMENTO. Cento e Onze Discos Portugueses, de Henrique Amaro e Jorge

Guerra e Paz. Este livro é resultado de uma iniciativa da Antena 3 para comemorar os 80 anos da rádio pública em Portugal. Inicialmente pensado como antologia de discos simbólicos para a rádio portuguesa, transformou-se num projeto mais ambicioso, uma verdadeira antologia de discos fundamentais para contar a história da música portuguesa e, em paralelo, a da rádio pública no nosso país.

QUETZAL. A Sociedade dos Sonhadores Involuntários, de José Eduardo Agualusa. O jornalista angolano Daniel Benchimol

sonha com pessoas que não conhece. Moira Fernandes, artista plástica moçambicana, radicada em Cape Town, encena e fotografa os próprios sonhos. Hélio de Castro, neurocientista brasileiro, filma-os. Hossi Kaley, hoteleiro, antigo guerrilheiro, tem com os sonhos uma relação ainda mais misteriosa. Os sonhos juntam estas quatro personagens num país dominado por um regime totalitário à beira da completa desagregação.

PORTO EDITORA. Doces Silêncios, de Deborah Smith. Após a morte do mari-

do num trágico acidente, Hush McGillen não se deixou abater. Transformou os pomares de maçãs da família num negócio de sucesso e o filho, Davis, está a estudar na conceituada Universidade de Harvard. Contudo, este idílico paraíso cai por terra quando o filho aparece com uma companhia inesperada: a filha do Presidente dos Estados Unidos. Agora, Hush tem de lidar com os Serviços Secretos, a comunicação social e, pior do que tudo, os novos sogros do filho. K

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pela objetiva de j. vasco

press das coisas Whistle GPS Pet Tracker 3O Whistle é uma coleira com um GPS integrado que permite localizar o seu animal de estimação. Através da instalação da app móvel num smartphone Android ou iOS, tem as coordenadas GPS do local onde o seu cão ou gato se encontra a cada momento. É ainda possível definir um perímetro e receber um alerta no caso o seu animal de estimação sair dessa zona. K

Tito Paris «Mim ê Bô»

Mimmos em Sintra 3 No verão há festivais por todo o lado, Sintra não é exceção. Trazemos aqui a notícia da I Edição do MIMMOS (mostra internacional de marionetas máscaras e objetos de Sintra). Decorreu entre 30 de junho e 9 de julho e contou com representantes da Dinamarca, República Checa, Espanha e Portugal, num total de 12 companhias. A iniciativa decorreu por toda a freguesia da Agualva Mira Sintra e contou com o apoio de várias entidades, entre as quais a Câmara de Sintra, a junta de freguesia local e o Museu da Marioneta K

3 Tito Paris, um dos grandes embaixadores da música cabo-verdiana, após 15 anos sem editar um álbum de originais, lança agora o aguardado “Mim ê Bô” que conta com a participação especial do falecido rei da morna Bana, com Boss AC e o músico brasileiro Zeca Baleiro. É uma obra multicultural, onde cabe todo o imenso mundo lusófono, todas as influências e vivências do mais recente Comendador da Ordem do Mérito de Portugal. K

Prazeres da boa mesa

Supremo de Frango recheado com Chutney de Melancia (10 pax) 3 Ingredientes p/ os legumes: 1kg Espargos verdes 750gr Courgette 1uni Dente de Alho 1cs Azeite qb Sal

Para os legumes: descascar os espargos e cortar a courgette, bringir em água fervente com sal e arrefecer de imediato. Saltear em azeite a alho. Limpar o excesso de carne e pele na asa. Abrir, temperar e rechear com o chutney frio. Fechar, corar em manteiga e levar ao forno até cozinhar completamente.

Ingredientes p/ o arroz: 1uni Dente de Alho 20gr Gengibre Fresco 500gr Arroz Basmati 2cs Azeite Ingredientes p/ o chutney: 1uni Pau de Canela 50gr Cebola Roxa 50ml Sumo de Limão 1,2kg Melancia 2gr Coentros em grão 25ml Vinagre de Jerez 50ml Sumo de Laranja 50gr Açúcar Outros ingredientes: 10uni Peito de Frango c/ pele e asa 1dl Molho de Carne 15gr Manteiga 2uni Dente de Alho qb Sal e Pimentão de La Vera

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Empratamento: Enformar o arroz num aro. Guarnecer com os legumes salteados. Finalizar com o peito de frango recheado e cortado ao meio. Aplicar um cordão de molho de carne. K Preparação: Para o chutney: levar todos ingredientes ao lume e deixar cozinhar durante uma hora. Para o arroz: refogar o alho no azeite, juntar o arroz e água quente. Após cozedura juntar o gengibre ralado.

Mário Rui Ramos _ Executive Chef


Bocas do Galinheiro

De poeta…todos temos um pouco 7 Como dira João de Deus, alter ego de João César Monteiro, “adorei!”. Em “Paterson” (2016), o último filme de Jim Jarmush, acompanhamos Paterson, o nome do protagonista (Adam Driver), a par da cidade onde vive (do Estado de New Jersey, ali mesmo ao lado de Nova Iorque), facto comentado numa das suas diárias idas ao bar de Doc, e do poema em cinco cantos de William Carlos Williams, médico e poeta, um dos diletos filhos de Paterson, a par de Lou Costello, esse mesmo, o de Abbot e Costello, célebre dupla de comediantes muito popular nas décadas de 40 e 50 do século passado, no cinema, na rádio e com direito a revista de banda desenhada, e Lou com estátua e tudo (soube-o no filme, claro). Ora são estas três frentes, Paterson, que é condutor de autocarro, a cidade e a poesia, a de William Carlos Williams e a de Paterson, ele próprio escrevinhador de poesias que guarda num caderno secreto que promete fotocopiar, a pedido insistente da sua companheira, iraniana, de nome Laura, como a musa de Petrarca, interpretada por Golshifteh Farahani. O filme, de uma magnifica leveza, escorreito, decorre ao ritmo de Paterson, que acorda todos os dias praticamente à mesma hora (sem despertador), toma o mesmo pequeno almoço e de lancheira em punho dirige-se para o terminal dos autocarros onde se senta ao volante do que conduz, sem antes escrever umas linhas de um novo poema (que vemos a passar na tela à medida que os versos avançam, da autoria de Ron Padgett), até lhe ser dada a ordem de partida pelo mesmo colega todos os dias, para depois seguirmos com ele viagem pela cidade e com ele ouvirmos as banais conversas dos passageiros que entram e saem na linha. Este rigor formal e narrativo do cinema de Jarmuch, que se corporiza neste motorista, tem a sua outra face na mulher, um tanto hiperactiva, nas constantes alterações que imprime à decoração da casa, sempre a preto e branco e de formas obcecadas, nos pratos que cria diariamente para o jantar e quando des-

www.imdb.com/title/tt5247022/mediaviewer/rm1148260096 H

Adam Driver em “Paterson“

venda a Paterson, quer ser uma estrela da música country, pelo que adquire uma viola online, a preto e branco, claro, uma arlequim que afanosamente dedilha de acordo com o dvd de instruções incluído na compra. Ou seja, um casal de contrastes que, sem se contrariarem, nem se imporem, vivem uma vida banal, mas feliz, apoiam os sonhos do outro: ela quer que ele publique os seus versos, por ele tudo o que ela idealiza está bem. Sem mais, com a companhia de Marvin, o bulldog de Laura, que Paterson odeia mas que todos os dias leva a passear, com a tal

paragem obrigatória no bar. Entretanto o nosso poeta continua a escrever e a ler poesia e nada parece interferir na sua rotina. Faz-nos lembrar a motorista de táxi de um dos episódio de “Night on Earth”, são cinco, todos passados em táxis em localizações diferentes, fita de Jarmuch de 1991, em que a protagonista, Winona Ryder, abordada por uma agente, interpretada por Gena Rowlands, confessa gostar do que faz e não pretende tornar-se uma estrela da 7ª arte. Referência do cinema independente, Jarmuch tem a virtude de conseguir transportar para os seus filmes

esse estilo descomprometido e não alinhado, sem dramatismos, calcorreando o quotidiano, sem pressas, entrecortado aqui e ali por pequenos incidentes. Conhecido principalmente a partir de “Stranger Than Paradise”, de 1984 (tem um filme anterior, “Permanent Vacation”, de 1980, que nunca vi), vencedor da “Camera d’Or” em Cannes nesse ano, e prémio especial do júri de Sundance, de 1985, o festival de referência do cinema independente, reaparece em 1986 com “Down by Law”, uma primeira colaboração com o italiano Roberto Benigni. Reencontrar-se-iam em “Night on Earth” e “Coffee and Cigarettes”, de 2003, para em 1989, com “Mystery Train”, fazer uma incursão pela cidade de Memphis e pelos seus mitos, sendo que Elvis Presley é o maior deles, sem esquecer o mítico Sun Studio. Em 1995 faz uma visita ao western, em “Dead Man”, onde não falta o veterano Robert Mitchum, a que se seguiu “Ghost Dog – O Método do Samurai”, com Forest Whitaker, um inadaptado assassino da máfia, guiado pelo código de honra de “O Livro dos Samurais”, que tal como o William Blake de “Dead Man” tem que matar para não morrer, porque de maneiras diferentes, ambos têm a cabeça a prémio. Outros filmes mereceriam uma abordagem que não podemos fazer agora, casos de “Broken Flowers”, de 2005, ou a nostálgica procura de um homem, Bill Murray, por as suas ex, ou “Only Lovers Left Alive”, de 2013, uma incursão no universo dos vampiros, por interposto músico e a sua amante de séculos. Nascido em Akron, no Ohio, em 1953, é em Nova Iorque que Jarmush desperta para o cinema e para a música, mas é a sua passagem por Paris que, digamos, formata o seu estilo de cineasta independente, forjado nas escolas japonesa, indiana e, claro, no cinema europeu que em muito influenciou os “independentes” americanos. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _ IMDB H Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

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65 anos da Força Aérea Portuguesa

Festival aéreo reúne milhares de pessoas Milhares de pessoas assistiram, no passado dia 2 de julho, ao Festival Aéreo organizado pela Força Aérea Portuguesa (FAP), no Aeródromo de Castelo Branco, com o apoio do município albicastrense. Foi a maior iniciativa do género realizada na cidade e o número de espectadores excedeu as expetativas. Houve batismos de voo, visitas ao interior de diversas aeronaves, como o Hércules C-130, e a presença do Embraer que poderá substituir o Hércules C-130. O evento fez parte das comemorações dos 65 anos da Força Aérea Portuguesa e integrou voos de formação F16, KC-390, C295, P-3C, Epsilon TB-30, Chipmunk e C130, largada de paraquedistas, busca e salvamento de P-3C, Alpha-jet e Alouette III, e exibição da patrulha Águila. No fundo houve voos para todos os gostos.

Skoda Octavia dISponível este verão 3 A Skoda acaba de apresentar o facelift do Octavia RS 245. Disponível no formato berlina e carrinha, a versão mais desportiva do modelo checo já pode ser encomendada. As primeiras unidades chegam a Portugal durante este verão. O preço da berlina começa nos 43 259 euros enquanto a carrinha pode ser adquirida a partir dos 44 213 euros. K

Novo Seat Ibiza desde 15 355 euros 3 A quinta geração do Ibiza, o modelo mais importante da Seat, já chegou a Portugal. A nova geração está disponível nos níveis de equipamento Reference, Style, XCellence e FR, por agora apenas com motores a gasolina. Os diesel deverão chegar no final deste ano. Os preços começam nos 15 355 euros, para a versão a gasolina 1.0 com 75 cv. K

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Novo Fiesta já tem preços 3 O novo Ford Fiesta já tem preços. Em produção em Colónia, na Alemanha, a nova geração do utilitário tem chegada prevista para este verão. A versão de três portas, no nível de equipamento Business, começa nos 16 176 euros. O modelo com cinco portas arranca nos 16 735 euros. K


Concurso Solicitador Daniel Lopes Cardoso

Docente de Leiria vence prémio 6 Francisco Serra Loureiro, docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria (ESTG/IPLeiria), foi distinguido recentemente com o terceiro lugar no concurso Solicitador Daniel Lopes Cardoso, organizado pela Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE), informou o IPLeiria, em nota de imprensa. O concurso foi realizado no âmbito do congresso anual realizado em Viana do Castelo. “A liberdade religiosa do trabalhador à luz da Convenção Europeia dos Direitos do Homem” é o tema do trabalho premiado, que resulta da investigação desenvolvida no âmbito do mestrado em Solicitadoria de Empresa. “É muito significativo este reconhecimento nacional do meu trabalho e

empenho, após uma investigação desenvolvida no âmbito do meu mestrado em Solicitadoria de Empresa”, revela Francisco Loureiro. Para o docente este “é sem dúvida um marco relevante no meu percurso profissional e académico, e que me motiva a continuar a dedicar-me aos temas de fundo que envolvem a Solicitadoria, para poder proporcionar aos meus estudantes novas perspectivas desta área e contribuir para o incentivo à investigação”. Licenciado em Solicitadoria e mestre em Solicitadoria de Empresa na ESTG/IPLeiria, Francisco Loureiro é docente do departamento de Ciências Jurídicas na Escola, desde o ano letivo de 2016/2017. Distinguiu-se como um dos melhores estudantes de sempre em

ambos os cursos lecionados na ESTG/IPLeiria. O concurso Solicitador Daniel Lopes Cardoso visa incentivar a criação de trabalhos jurídicos ou técnicos relacionados com a atividade profissional dos associados da Câmara dos Solicitadores, sobre a his-

tória da profissão ou sobre a ética e deontologia profissional. Podem candidatar-se a esta competição todos os associados da Câmara dos Solicitadores, incluindo os inscritos como estagiários, e estudantes de cursos de solicitadoria. K

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IPCB

Solar Racing na Fórmula A 6 A IPCB Solar Racing Team obteve a primeira posição na categoria Fórmula A – 36V da competição VS-Solar Challenge 2017, a 3ª Grande Corrida de Carros Movidos a Energia Solar. A equipa do Politécnico de Castelo Branco obteve ainda o terceiro

lugar na Fórmula A para baterias de 12V, e o sexto lugar da classificação geral, informou o IPCB. Estiveram presentes Luiz Neto (piloto), os alunos Francisco Pio e João Pinto, acompanhados dos docentes José Salvado e Luís Neto. K

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