Ensino Magazine Edição nº 222

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agosto 2016 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XIX K No222 Assinatura anual: 15 euros

ensino jovem

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jogos olímpicos do Rio de janeiro

Nação valente e imortal... O Ensino Magazine associa-se à comitiva portuguesa que vai participar, este mês, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. José Luís Samalea H

Fernando Pimenta e João Rodrigues, dois dos atletas nacionais, falam da sua participação nas olimpíadas.

Suplemento universidade

+UBI está em marcha

francisco seixas da costa, embaixador C

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universidade

Évora aposta no aeroespacial C P 7 estudante internacional

IPCB baixa propinas

C

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politécnico de leiria

Leiria quer floresta reforçada C P 11

Temos de aprender a viver com o terrorismo

C

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Design | Comunicação | Edição Av. do Brasil, N. 4 R/C - 6000-909 Castelo Branco Tel:. 272324645 Tel:. 965315233 | 933526683 AGOSTO 2016 /// Fax:. 210112063 | rvj@rvj.pt | www.rvj.pt

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Francisco Seixas da Costa, embaixador

«Temos de aprender a viver com o terrorismo» 6 A vaga terrorista na Europa, o projeto europeu estilhaçado e a candidatura de Guterres a secretário-geral da ONU. Temas para uma entrevista oportuna com uma Publicidade

personalidade que conhece como ninguém os meandros da diplomacia mundial. Vivemos tempos alucinantes. Acredita que é um

prelúdio de um choque de civilizações? Acho que nos andámos todos a iludir durante muito tempo quanto à natureza do

contraste entre os vários países e as várias expressões de natureza cultural que a globalização tornou hoje mais em contacto. E quando, ao longo das ultimas décadas, procu-

rámos dizer que não havia um choque de civilizações e que estávamos no caminho de uma harmonia à escala global, estávamos a ser um pouco aquilo que os ingleses dizem, wishful thinking, ou seja a transformar os nossos desejos em realidade. Para sermos claros, creio que temos um problema de natureza civilizacional a resolver e em particular entendo que o modo como a Europa está a conviver com o fenómeno muçulmano necessita de uma reflexão profunda e de um empenhamento muito forte de um setor que até agora se tem mostrado relutante em intervir, que é o islamismo moderado. Quer dizer que o islamismo radical apoderou-se do protagonismo? A agenda islamista está hoje raptada por um discurso radical que é quase existencial e coloca em forte risco a possibilidade da sua compatibilidade nomeadamente em modelos democráticos típicos das sociedades ocidentais. Já se testaram os modelos multiculturais, nomeadamente nos países onde a comunidade muçulmana tem mais peso, mas hoje estamos confrontados com uma ameaça global que põe em causa o respeito mínimo por aquilo que são os fundamentais básicos de uma vida em sociedade, em paz e harmonia. Por isso, não nos devemos admirar que existam tentativas de natureza autoritária como resposta a esse tipo de ameaças. E esse é o nosso grande risco. Essas tentativas de carater autoritário ao colocarem-se em sociedades democráticas mudam a sua natureza e, mais do que isso, representam, na verdade, o triunfo do radicalismo, na medida em que alteram a nossa maneira de estar e de ser. Isto é uma tragédia sem resolução à vista. Quanto mais exposta a sociedade estiver ao terrorismo e ao mal estar social,

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mais fortes se tornam as forças nacionalistas e racistas? Sim, porque elas se alimentam da insegurança das populações, dos vários medos que existem e a tentativa de refúgio é quase sempre em unidades de natureza nacional, em políticas soberanas, etc. Esse recuo torna-se mais gerível num contexto nacional do que numa sociedade globalizada. A minha perceção sobre tudo isto é que o mundo não encontrou formas de institucionalizar modelos de gestão para a globalização. Por isso, o abrigo das pessoas em modelos tradicionais é quase o regresso à tribo. As consequências disto são dramáticas porque nos tornam mais intolerantes em relação aos outros, muito mais presos a soluções autoritárias e tem um potencial de risco muito elevado sobre as políticas que afetam as liberdades. Isso explica a ascensão de Donald Trump e Marine Le Pen? Trump não oferece condições, a um observador exterior, de ser alguém que siga uma agenda americana respeitadora das liberdades, dos direitos e deveres dos vários países à escala global. A sensação que se tem é que vai ter uma agenda profundamente soberanista e unilateralista, utilizando o multilateralismo apenas quando lhe dá jeito. Inclusive é uma agenda que está muito distante daquilo que é a agenda tradicional do Partido Republicano nos EUA, que nos habituou a presidentes com sólida expressão à escala global e que ficaram na história universal. É ironia pensar que Trump e Lincoln pertencem ao mesmo partido… Confesso que tenho dificuldade em perceber como é que o mundo se vai adaptar a uma eventual vitória de Trump. Certamente vamos ter um diálogo transatlântico muito mais difícil e acredito que, por via da realpolitik de Trump, poderá haver uma ;


perfeita e completa convivência dos EUA com as ditaduras em diversos países, com vista a evitar a difusão do comunismo. Pergunto se vários setores da sociedade ocidental não estarão acomodados à violência de um golpe de estado militar e de uma ditadura militar como a que hoje existe no Egito. O mundo ocidental tem hoje uma forma muito mais cínica de olhar para os ditadores, bem diferente do que em 2003, no Iraque.

real tentativa de acomodação com alguns modelos autoritários à escala global que coloquem o conjunto de valores e princípios que a Europa defende na prateleira durante algum tempo. E na Europa, se acontecer a vitória, nas presidenciais de 2017, de Marine le Pen? O agravamento de tensão com atos terroristas e instabilidade dentro da Europa, em particular, em França, fez com que as hipóteses de Marine le Pen ser presidente de França aumentem muito. Ela não é o pai, Jean Marie le Pen. Conseguiu colocar de parte aquela que era uma agenda odiosa, que tinha a ver com a rejeição do Holocausto, com uma certa conivência com o próprio colaboracionismo durante a II Guerra Mundial e concentrou-se naquilo que é a agenda de preocupações de setores relevantes na sociedade francesa. E a verdade é que a vemos apoiada tanto por pessoas de setores mais à esquerda como da extrema direita. É uma agenda de recurso, de pânico e de desespero, perante a falta de soluções dos partidos democráticos mais tradicionais. A ideia que a lei e a ordem não são garantidas pelos partidos do centro do processo político abre caminho a que estas soluções de natureza mais autoritária e radical façam um trajeto de aceitação eleitoral. Prevejo que se o candidato da direita democrática na segunda volta não recolher os votos da esquerda, não é improvável que le Pen ganhe. Se Sarkozy for esse candidato, a esquerda não vai votar maioritariamente no ex-presidente. Temos assistido, nas últimas semanas, a ataques terroristas, mais ou menos preparados, mais ou menos mortíferos, mais ou menos coordenados. Paris, Bruxelas, Nice, Munique e até uma cidadezinha perto de Rouen. O que têm em comum os mais recentes ataques ao modo de vida europeu? Nos vários modelos de expressão do radicalismo islâmico há a sensação que o Daesh é uma espécie de franchising, ou pelo menos uma força central que coordena à distância um conjunto de ações de desestabilização. O Daesh está a trazer a guerra para dentro da Europa, fazendo aquilo que o terrorismo pretende, que é criar terror, modificar comportamentos e gerar instabilidade no dia a dia. O que aconteceu na igreja de Rouen podia acontecer em qualquer sítio, até mesmo em Portugal, na Grécia ou na Noruega. O efeito da propaganda mediática faz acreditar que tudo pareça parte de um grande conjunto, quando, na realidade são atos de natureza isolada com o objetivo de nos alterar a vida quotidiana.

Falemos do projeto europeu, que parece estar em cacos. Vislumbra alguma esperança de recuperação?

CARA DA NOTÍCIA 6 Quatro décadas na alta roda diplomática Diplomata português entre 1975 e 2013, Francisco Seixas da Costa foi embaixador nas Nações Unidas, na OSCE, no Brasil, em França e na UNESCO. Também esteve na Noruega, Angola e Reino Unido. Entre 1995 e 2001, desempenhou as funções de secretário de Estado dos Assuntos Europeus. K

O terrorismo é uma inevitabilidade nos tempos mais próximos? Acho que temos que aprender a viver com o terrorismo e com a instabilidade. As sociedades têm, com o tempo, que saber reagir a estas situações com uma relativa tranquilidade, conferindo uma resistência nova às nossas sociedades. Dou-lhe três exemplos: Em Espanha, aconteceram imensos ataques terroristas e nem por isso a democracia foi afetada. O mesmo se passou em Inglaterra, com as ações do IRA. A Alemanha, a França e a Itália estiveram sob forte tensão por atos terroristas nos anos 70 e nem por isso as democracias foram fortemente abaladas. Um outro caso, Israel conseguiu encontrar uma solução para viver com a instabilidade e com um conjunto de atos que põe em causa a segurança dos seus cidadãos. Creio que há condições para que o paradigma democrático europeu consiga viver sob tensão. Tenho esperança na criação de um pacto de segurança entre os partidos que fazem parte do mainstream democrático no sentido de preservar o essencial da vida das pessoas. E esta questão não tem nada a ver com esquerda e direita, tem a ver com valores sociais e de estabilidade que não podem cair numa agenda radical e demagógica, passível de seduzir determinadas pessoas.

Justificam-se os ataques às posições do Estado Islâmico? À semelhança do que aconteceu com a Al-Qaeda, o «vírus» ou a mensagem não está já disseminada? Está, mas a grande força do terrorismo tem a ver com o fator surpresa, que é difícil de controlar. Neste modelo de terrorismo estamos perante um modelo de ação em que as pessoas estão dispostas a morrer para concretizar os seus atos. O bombista suicida é alguém que pode levar o terror a uma dimensão inimaginável. O que se passou com o camião em Nice é a prova provada que a violência extrema pode processar-se pelos meios mais simples do mundo. Os ataques na Tunísia rebentaram com as economias locais, muito dependentes do turismo, o mesmo se passou com alguns atentados na Turquia. O turismo é uma commodity não essencial, isto é, as pessoas se tiverem receio de ir para um sítio, evitam deslocar-se até lá. O Iraque foi o vespeiro que se desafiou de forma imprudente e irresponsável e está na génese de tudo o que estamos a viver? Não há a mais pequena dúvida que o desmantelamento do Iraque e o desequilíbrio criado na estabilidade geopolítica do Médio Orien-

te em relação ao Irão provocou um conjunto de consequências que alastraram como azeite. Não tenhamos dúvidas que o conflito israelopalestiniano é fundamental na origem de tudo isto. Mas hoje em dia, se por milagre, se esta questão se resolvesse, tudo o resto continuaria incendiado. O Iraque teve um potencial de disrupção tremendo, era um Estado algo artificial e que porventura só existia fruto da cola autoritária que lhe dava Saddam Hussein. O mesmo se passou na Líbia e na própria Jugoslávia. Vendo à distância, os regimes autoritários até garantiam alguma estabilidade… Se calhar os modelos de natureza autoritária que conseguem federar uma certa paz a preço de alguma perda de liberdade, levantam uma questão de fundo, que a comunidade internacional vai ter resolver nos próximos tempos, que é perante as desilusões, por exemplo, das «primaveras árabes», os estados ocidentais não regressarão aquilo que era a matriz tradicional do seu posicionamento internacional nos anos 60/70, que se traduzia no apoio a regimes de natureza autoritária que garantiam a não disseminação de algumas doutrinas que eles consideravam radicais, à época. Estou a lembrar-me de tudo o que se passou na América Latina e a

Não é muito claro o que a Europa vai ser. Uma coisa é certa: nos últimos anos, a Europa não conseguiu dar uma imagem de unidade política, nem conseguiu um sucesso de natureza económica que seja confortável para as suas populações. O modelo social europeu está hoje em forte risco em vários países devido à circunstância da globalização ter tido efeitos assimétricos e pouco positivos para o tecido económico europeu. A Europa caminha para a irrelevância? Não, mas provavelmente tem de ser menos ambiciosa. A Europa é atualmente um conjunto de estados cuja densidade em matéria de tecido político não é muito evidente e acho que já chegou ao limite do possível. A sua diversidade, considerando povos, geografias, vizinhanças e agendas nacionais de interesses, tornam muito difícil criar uma espécie de magma comum que federe uma política de potência. A Europa não é uma potência. E ainda será menos depois do referendo britânico. Com a saída da sua segunda economia, o segundo contribuinte líquido com efeitos sobre o orçamento, vai fragilizar-se sob o ponto de vista económico. Não esquecer que o Reino Unido é também a principal força militar da UE, membro do G8 e membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Isto já são fragilidades do ponto de vista político. A Europa mantém o seu poderio económico, mas em termos políticos já atingiu o seu princípio de Peter. O brexit foi o golpe de misericórdia a uma certa ideia de ilusão que existia na Europa. A Europa vai ter de se resignar aquilo que é. Quem perde mais com o brexit, os britânicos ou os europeus do continente? Os britânicos vão, certamente, pagar o seu preço pela decisão. Mas o brexit vai ter profundas implicações negativas para a Europa e provavelmente a Europa ;

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nunca recuperará deste golpe. O brexit representa para mim algo de dramático considerando aquilo que é a génese da Europa. Mais de 50 por cento de um país como o Reino Unido votou em referendo a saída de um projeto coletivo a que esteve associado durante dezenas de anos e não se vê da parte da Europa o mínimo de autocritica relativamente às razões que poderão ter estado subjacentes a esta deriva. O que houve foi uma acusação aos ingleses, como se a culpa do brexit fosse exclusivamente britânica. É preciso dizer que a Europa não soube «vender» a bondade das suas soluções. Os ingleses não são estúpidos e andavam há tempo de mais a ver uma Europa de que sinceramente não gostavam.

Agora parece que tem de ser uma senhora… Senhora e da Europa de Leste. Portanto, há aqui um conjunto de forças que se combatem, mas há uma realidade incontornável que é Guterres ser o melhor candidato de todos eles. E isso foi evidente em Nova Iorque nos dois ciclos de debates, mas tal não significa que venha a ganhar. Houve um ponto importante, Guterres não recebeu nenhum voto contra de qualquer país. Esta candidatura é extremamente prestigiante para Portugal, ver alguém chegar a um ponto tão elevado de afirmação internacional. Vamos ver como corre a etapa seguinte, em setembro. Mas estou otimista que a qualidade de Guterres sobreleve os aspetos negociais de conjuntura, mas admito que, como conheço bem a máquina, a solução final pode acabar por não o favorecer.

Concorda com uma lógica de castigo à decisão dos britânicos? É bom que tenha repercussões, até porque se os britânicos encontrarem uma solução de saída relativamente fácil ou não gravosa, muito provavelmente outros países europeus serão tentados a ir pelo mesmo caminho, o que seria o desmantelamento do projeto europeu. Luc Ferry, filósofo francês, dizia em entrevista ao jornal El Mundo que o alargamento a leste foi a «grande catástrofe» da UE. Concorda? Tenho reticências em aceitar juízos dessa natureza, na medida em que o grande alargamento a leste foi um ato inevitável. A UE andou a mostrar aos países sob tutela da URSS um modelo de democracia, liberdade e desenvolvimento que no momento em que essas nações, através de uma janela de oportunidade, vieram bater à porta de Bruxelas, a Europa não podia dizer que não. Podiam-se ter negociado modelos diferenciados? É natural que sim, mas a política europeia é muito intensa e muda muito depressa. Seria possível, hoje, os países bálticos entrarem para a NATO ou para a UE, tendo em conta aquilo que está a ser a afirmação de poder de Moscovo? Acho difícil. Uma coisa podemos concluir: os efeitos do alargamento foram detrimentais para a densidade do projeto europeu e marcaram de forma negativa aquilo que era uma certa identidade que se estava a criar a 12 e até a 15. A reposição de fronteiras e o fim do euro são cenários que coloca? A reposição de fronteiras temporárias já começou e provavelmente o acordo de Schengen vai ter de ser revisto no sentido de dar mais maleabilidade aos países. Os tratados europeus estão previstos para situações de business as usual (vida corrente) e não para situ-

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ações de crise. Mas o tempo confirmou que não era Schengen que criava as dificuldades que levaram aos atos terroristas. A maior parte dos terroristas são formados nos próprios países. Por isso, Schengen não é um indutor de insegurança, mas como não estava preparado para acolher o fluxo migratório de refugiados, pelo facto de não ter políticas de acolhimento desses refugiados compatíveis com os modelos de funcionamento de Schengen. Schengen acabou por rebentar pelas costuras. Estou em crer que a prazo, o princípio da liberdade de circulação de cidadãos europeus é algo que deixará de ser um princípio fundamental. E quanto ao euro? A moeda única é o coração de uma certa Europa política. Foi um ato de dimensão económica, mas muito mais política. A prova provada é Portugal lá estar. À partida não seríamos elegíveis para a moeda única. Encolhemos a barriga para ficar com bom corpo para a fotografia, mas depois as debilidades tornaram-se evidentes. E este é o retrato de Portugal. Houve alguma ilusão sobre a proteção que o euro nos daria. Verificou-se que a diversidade e a multiplicidade profunda dos estados europeus em matéria de competitividade criou uma tensão interna dentro do euro difícil de sustentar. A questão atual das sanções também ajuda a incendiar os ânimos? Foi um espetáculo deplorável que induz um ambiente de tensão, competição e mal estar permanente na relação entre os estados e a UE.

Isto não é sustentável a prazo em termos da própria legitimidade da ideia do projeto europeu junto dos cidadãos dos países que sofrem estas debilidades. Bruxelas e Berlim são sempre fortes com os fracos e fracos com os fortes? O que importa perguntar é se perante economias como a Grécia ou Portugal, que representam uma gota de água no contexto global do euro e que qualquer disrupção num destes países não afeta a estabilidade da moeda, os países mais fortes não têm a obrigação de criar modelos que, de certo modo, facilitem a permanência no euro das economias mais frágeis, até como demonstração de solidariedade. A questão das dívidas impossíveis de pagar dos países mais pequenos é a eterna questão… Não se esqueça que a dívida portuguesa cá é o lucro lá. A dívida de uns é o lucro dos outros. Por isso é que há excedentes na Alemanha, por isso é que há ganhadores e perdedores no processo europeu. Se os ganhadores não tiverem um ato de generosidade e solidariedade para com os perdedores, no fundo, acabarão por criar uma disrupção global no sistema que poderá levar à implosão do mesmo. A Europa precisa de uma espécie de homem ou mulher providencial para a tirar do fosso? As lideranças dos Estados são importantes, já que as lideranças das Comissão Europeia são aquilo que os países quiserem. Vale a pena olhar para os presidentes da

Comissão Europeia desde o tempo de Delors até agora, para se perceber o que a Europa quer dos líderes que ela própria escolhe. Os estados membros assustaram-se com Delors e escolheram a partir daí presidentes pouco ambiciosos e com uma outra dimensão, nada a ver com Jacques Delors. Tivemos Santer, Prodi, Barroso e agora Juncker. São pessoas respeitáveis, com provas dadas nos seus países, mas que representam uma visão menos ambiciosa dentro da UE. Os líderes detentores de uma voz e uma pedagogia política que passava para lá das suas fronteiras deixaram de existir. Guterres prescindiu da candidatura a Belém para poder ser secretário-geral da ONU. Como antigo embaixador nas Nações Unidas, pensa que ganhará o mérito do português ou os bastidores da diplomacia mundial vão derrotá-lo? Em primeiro lugar, queria colocar em causa a sua equação inicial. Não creio que António Guterres alguma vez tenha considerado a possibilidade de ser Presidente da República. Das muitas vezes que falei com ele, não foi objetivo que o mobilizasse. Acho que ele tem uma vocação internacional, reforçada pelo magnífico trabalho que fez como Alto Comissário da ONU para os Refugiados. É um ótimo candidato, resta saber se há condições conjunturais para que seja escolhido. O secretário-geral da ONU tem a particularidade de ser sempre escolhido pelo mundo ocidental e a quem a Rússia diz sim ou não. Esta é a tradicional regra de escolha. Mas nem sempre. A China a certa altura disse que tinha de ser um asiático e apareceu Ban Ki-Moon. E ganhou.

Guterres seria uma voz incómoda? Seria seguramente um secretário-geral interventivo, capaz e propositivo. Será isto o que a comunidade internacional quer? Tenho algumas dúvidas. Para finalizar, como vê o fenómeno da emigração qualificada de milhares de licenciados formados em Portugal para essa Europa e mundo fora. Não é um desperdício para um país pobre exportar mão de obra qualificada? Claro que é, mas o grande problema é que as condições de aproveitamento dessas novas gerações não foram criadas. Criámos quadros e não criámos estruturas para os aproveitar, o que é dramático. Esta formação veio dos nossos impostos, do dinheiro dos portugueses. Dantes o discurso tradicional de Portugal era que não havia qualificações suficientes. Agora temos e não aproveitamos. Isto é uma espécie de retorno de fundos estruturais aos países mais ricos. E estamos a pagar em espécie humana, que chega qualificada e «chave na mão.» O único elemento positivo que vejo nisto é a possibilidade de muitos jovens terem uma experiência diferente – provavelmente os melhores deles ficarão lá fora – e a própria imagem de Portugal vai refletir-se de forma positiva com a performance destes homens e mulheres. Espero que esta tragédia seja apenas conjuntural. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H   

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Optometria da UBI

Curso com melhorias Projeto na área das energias

Universidade recebe 430 mil euros 6 O Centre for Mechanical and Aerospace Science and Technologies (C-MAST) da Universidade da Beira Interior (UBI) vai receber cerca de 430 mi euros, nos próximos três anos, para realizar as suas tarefas no âmbito do projeto PAC – Energia, que junta ainda centros das universidades do Minho, Porto e Coimbra, tendo um financiamento global de 2,1 milhões de euros. O projeto será coordenado na UBI/C-MAST pelos investigadores João Catalão e João Matias, que já tinham coordenado anteriormente com total sucesso o projeto SiNGULAR, de cinco milhões de euros,

bem como dois projetos FCT consecutivos. “Este PAC torna-se, assim, no segundo projeto científico “milionário” na UBI na área científica da Energia”, refere uma nota da universidade. O PAC – Energia visa desenvolver novas metodologias científicas que constituirão soluções disruptivas para responder aos desafios que se perspetivam para os sistemas elétricos do futuro, implementando uma abordagem multidisciplinar que apresentará desenvolvimentos junto dos principais atores do sistema elétrico: utilizadores finais de energia, operadores da rede e mercados/regulação. K

6 O curso de Optometria - Ciências da Visão da Universidade da Beira Interior vai ter uma estrutura curricular remodelada já no próximo ano letivo, que está de acordo com as recomendações da European Council of Optometry and Optics. “Esta reestruturação vem na sequência de um processo de auto avaliação promovida pela A3ES (Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior)”, explica o diretor do curso, Francisco Brardo, segundo o qual “as recomendações foram no sentido de alterar a estrutura curricular e os respetivos conteúdos programáticos das unidades, de forma a aproximarmo-nos dos parâmetros daquilo que é praticado a nível europeu, tendo por base o Diploma Europeu de Optometria”. Esta reestruturação e esta creditação do curso de Optometria da UBI será uma situação única a nível nacional, pelo que, “depois de consolidarmos os processos, o objetivo é acreditar esta estrutura curricular junto da European Council como uma forma também

de formar e de internacionalizar o próprio curso”, refere. O European Council of Optometry and Optics junta entidades de 25 países e tem no conjunto das suas missões a promoção e harmonização profissional e do sistema de formação na Europa, com base no Diploma Europeu de Optometria e Ótica. Para atingir estes objetivos, define um conjunto de pressupostos que devem fazer parte da formação universitária dos profissionais da área, tendo os responsáveis do curso seguido todas essas indicações, de acordo com Francisco

Brardo. “Na sequência das recomendações, surgiu também o Centro Clínico de Ciências da Visão, inaugurado no início do ano, que procura conciliar a parte prática com o conhecimento de base”, sublinha o diretor de curso. “Uma das grandes recomendações era incrementar e potencializar este centro clínico para aumentar a componente prática clínica dos alunos de Licenciatura e de Mestrado”, refere Francisco Brardo. K Rafael Mangana _

UBI promove

Idosos fazem exercício Universidade do Minho

IdeaLab apoiou 500 empreendedores 6 O laboratório de ideias de negócio IdeaLab, pioneiro nas universidades portuguesas, já apoiou 225 ideias, mais de 30 novas empresas e 502 participantes em 15 edições. O impacto deste projeto da TecMinho/Universidade do Minho Minho, incluindo alguns percursos pessoais, foi apresentado este mês em Braga. A diretora de Transferência de Tecnologia e Empreendedorismo da TecMinho, Marta Catarino, considera que “esta iniciativa tem sido muito importante no ecossistema de inovação da UMinho e no lançamento de jovens empreendedores, que têm aqui cinco meses de tutoria gratuita para desenvolver competências, avaliar o mercado, ter

um plano de negócios e preparar a criação da sua empresa”. Na edição deste ano, o IdeaLab recebeu propostas como um novo sistema de lençóis mais seguro para bebés (B-Mum), uma cabana de praia adaptável e portátil (Amor e Cabana), o primeiro serviço de aluguer de malas de viagem em Portugal (Bag4Days) e uma app que indica os melhores espaços noturnos (Night Out). Outros projetos são a mediadora logística de microlojas online (We Book Your Transport), a plataforma de apostas de produtos e serviços Bet-athing ou o videojogo sobre energias renováveis Bees, cujo conceito foi distinguido na Capital Mundial do Design. K

6 O Departamento de Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior (UBI) vai dinamizar um programa multidisciplinar de exercício físico que pretende abranger mais de 400 idosos, em nove instituições de solidariedade social do concelho da Covilhã, até ao próximo mês de dezembro. A presidente do Departamento de Ciências de Desporto, Kelly O´ Hara, explica que este projeto, pensado em 2012, vai “dar à população algum apoio através daquilo que é desenvolvido aqui dentro do departamento”, ao mesmo tempo que se “proporciona aos alunos o contacto com a realidade”. O envelhecimento da população é uma realidade do país, que no Interior se torna ainda mais evidente, por isso salienta que esta iniciativa, que alia exercício físico a questões relacionadas com a socialização e cognição, vai contribuir para melhorar a qualidade de vida dos seniores. “A proposta foi desenvolver um programa que por um lado promovesse e divulgasse a prática regular de atividade física, junto

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da população idosa, e por outro lado melhorasse a saúde e o bem-estar desta população”, destaca. O projeto “+ Ativo / Vida +” é financiado pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, num montante de dez mil euros, sendo que as sessões de uma hora vão decorrer duas vezes por semana em cada uma das instituições envolvidas. No sentido de garantir a continuidade deste programa, depois do mês de de-

zembro, está já em cima da mesa a possibilidade de se avançar com uma nova candidatura. O programa tem a coordenação dos docentes da UBI Kelly O´Hara, Rui Brás e Dulce Esteves e a sua implementação está a cargo de Ana Resende, aluna de Doutoramento em Ciências do Desporto da UBI e de outros estudantes dos vários ciclos de estudos do Departamento de Ciências do Desporto. K Carla Sousa _

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Universidade premeia os melhores

Prémio ASEPELT

+UBI em marcha

Aluno da UBI vence

6 A Universidade da Beira Interior (UBI) acaba de criar o Programa “+UBI” que vai premiar os estudantes que escolham a instituição em primeira opção no Concurso Nacional de Acesso e, cumulativamente, tenham uma média de candidatura igual ou superior a 18 valores. No âmbito do Programa “+UBI” é atribuído um prémio no valor da propina anual, podendo ser atualizado em função do valor da mesma. A medida entra em vigor já no próximo ano letivo (2016/17) e abrange todos os cursos de licenciatura e/ou mestrado integrado da instituição. Desta forma, a UBI distingue os seus novos alunos pelo trabalho realizado ainda antes de chegarem à academia e estimula o desenvolvimento pessoal e académico dos estudantes. “Com este programa, a UBI incentiva os estudantes de mérito que tenham privilegiado a nossa instituição com a sua primeira escolha”, explica António Fidalgo, Reitor da UBI, que destaca ainda a “importância de atrair estudantes com resultados de excelência”.

6 Jorge dos Santos Gaspar, estudante da Universidade da Beira Interior, foi o galardoado com o V Premio ASEPELT Jóvenes Investigadores - Premio Bernardo Pena 2016, no âmbito do XXX Congreso Internacional de Economía Aplicada (ASEPELT 2016) realizado em Valencia (Espanha), de 30 de junho a 2 de julho. A comunicação do recém-mestre em Economia teve como título “Energy-growth nexus and sustainable development in Europe: a panel approach”, e foi realizada em co-autoria com António Marques e José Alberto Fuinhas, docentes e investigadores da UBI. “Participei neste congresso devido ao desejo em divulgar o trabalho que efetuei durante este

ano letivo, principalmente por este se incluir dentro de um tema tão importante como é a sustentabilidade do Planeta”, afirma Jorge dos Santos Gaspar, salientando que “a atribuição do prémio é um pequeno reconhecimento do trabalho de todos os que investigam na área de Economia da Energia na UBI”. A ASEPELT - Associação Internacional de Economia Aplicada reúne mais de 700 sócios individuais, pertencentes a diversas universidades europeias, organismos públicos e privados, empresas e entidades sem fins lucrativos. São associados especialistas de diversas matérias, da economia às finanças, que orientam os seus trabalhos para a promoção de avanços científicos no âmbito da Economia Aplicada. K

António Fidalgo, reitor da UBI, quer atrair os melhores

O “+UBI” vai ao encontro de um tipo de candidatos que tem vindo a aumentar na UBI, uma vez que a es-

colha da instituição em primeira opção no concurso nacional de acesso tem crescido nos últimos anos. K

Vice-Campeã Europeia de Kumite -50kg

Utad vale prata

Tele-Saúde na UBI

Candidaturas terminam

6 A Universidade da Beira Interior promove no próximo ano letivo um curso de pós-graduação que visa capacitar profissionais de saúde interessados na implementação de serviços ou desenvolvimento de técnicas de tele-saúde. As inscrições estão abertas até 25 de agosto e destinam-se a gestores, médicos, farmacêuticos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e tratamento, titulares de cursos de Ciências Biomédicas ou de Engenharia

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Biomédica, responsáveis de Sistemas de Informação e Engenheiros Informáticos. No final dos dois semestres de duração da pós-graduação dirigida pelo docente da Faculdade de Ciências da Saúde, Miguel Castelo Branco, os participantes terão adquirido competências avançadas para operar nas áreas da tele-saúde, telemedicina ou aspetos conexos. Será a primeira vez que a instituição organiza a pós graduação em Tele-Saúde, dando resposta a uma

lacuna neste tipo de formações a nível nacional. O curso vai funcionar através do Departamento de Ciências Médicas e surge como o corolário da experiência acumulada pela UBI nesta área. Há trabalho feito pela Universidade, por exemplo, no Polo de Tele-Saúde da Cova da Beira, dinamizado conjuntamente com o Centro Hospitalar e autarquias da região. Tem início previsto para 19 de setembro e terminará a 9 de junho. K

6 A atleta universitária vilarealense Ana Madureira acaba de conseguir a primeira medalha de prata da história da Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD), o que conseguiu nos EUSA Games 2016, na Croácia, na categoria de Karate Kumite -50kg. O combate final terminou empatado e por decisão dos árbitros a vitória foi atribuída à atleta da Turquia. André Coelho, presidente da AAUTAD, que acompanhou a atleta nesta participação, sublinha que “as palavras neste momento têm de ser obrigatoriamente para a Ana e o seu treinador. Estes são dois exemplos claros de sucesso,

de foco e de amor à modalidade e ao clube. É um privilégio poder ter participado nesta história que começou no ano passado com a medalha de bronze no Europeu Universitário em Montenegro e este ano com a medalha de prata nos EUSA Games na Croácia, e que seguramente não irá terminar por aqui.” Para o presidente do clube, estas medalhas são também fruto da aposta no desenvolvimento do desporto e no incentivo à prática desportiva, o que permitiu fazer história na Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro, na Associação Académica da UTAD e também no concelho de Vila Real. K

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Docente da UÉ

João Bravo Nico no IAVE 6 José Bravo Nico, docente do Departamento de Pedagogia e Educação da Universidade de Évora (UÉ) foi nomeado membro do Conselho Geral do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE). Em comunicado do Conselho de Ministros de 14 de julho, pode lerse que Bravo Nico foi “indicado pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, sob proposta do Ministro da Educação” para ocupar o cargo. O IAVE é um instituto público dotado de autonomia pedagógica, científica e financeira e tem a competência de “planear, conceber e validar os instrumentos de avaliação externa dos alunos do ensino básico e do secundário, tratar e divulgar a informação relevante para a tomada de decisões que concorram para incrementar a qualidade, eficácia e eficiência do sistema educativo nacional e assegurar a coordenação da participação nacional em estudos internacionais de avaliação externa

O ministro marroquino com a Reitora de Évora e a Secretária de Estado

Facebook oficial H

de alunos” bem como “elaborar provas de certificação de conhecimentos e capacidades específicas para outros fins e outros graus de ensino”. José Bravo Nico, doutorado pela UÉ em Ciências da Educação é investigador do Centro de Investigação em Educação e Psicologia e diretor da Universidade Popular Túlio Espanca da UÉ. K

Cientistas polares alertam

Antártida precisa intervenção 6 É urgente identificar quais os principais processos físicos que afetam o Oceano Antártico (aumento da temperatura, acidificação, degelo, etc.), investigar a estrutura e funcionamento da cadeia alimentar marinha, nomeadamente a necessidade de obter informação básica de grupos de animais, bem como desenvolver tecnologias e métodos amigos do ambiente, como, por exemplo, programas de monitorização internacionais e de longa duração e submarinos autónomos que cheguem a áreas ainda por explorar debaixo do gelo. O alerta é do Scientific Committee on Antarctic Research (SCAR), que reuniu 75 cientistas e decisores políticos de 22 países, entre os quais José Xavier, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. No artigo publicado no jornal científico Frontiers in Marine Science, os especialistas defendem ainda a necessidade de direcionar resultados científicos para desenvolvimentos de políticas para a gestão e proteção do meio ambiente marinho e estabelecer esforços para um melhor conhecimento so-

bre a região Antártida através de iniciativas educacionais. O cientista polar da Universidade de Coimbra, José Xavier, diz que este Comité Científico ainda tem muito trabalho pela frente porque “muitas questões científicas importantes continuam por responder, tais como, por exemplo, quais as espécies que nos podem levar a compreender o funcionamento do Oceano Antártico e que espécies poderão extinguir-se no futuro próximo”. K

Cooperação entre Portugal e Marrocos

Évora faz pontes

6 O Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora acolheu, no passado dia 22 de julho, o workshop intitulado «Portugal – Marrocos, os Caminhos da Cooperação no Mediterrâneo». A iniciativa contou com a presença do Ministro do Ensino

Superior, Investigação Científica e Formação de Quadros de Marrocos, Lahcen Daoudi e a Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Maria Fernanda Rollo. A sessão surgiu no âmbito de uma visita do Ministro do Ensino Superior, Investigação

Científica e Formação de Quadros de Marrocos a Portugal, com o objetivo de reforçar a cooperação bilateral nos domínios do ensino superior, investigação e inovação. A delegação que acompanha o ministro integrou reitores de Universidades Marroquinas. K

Universidade de Évora

Aposta no aeroespacial

6 A Universidade de Évora assinou memorando de entendimento para lançar Laboratórios Colaborativos nas áreas aeroespacial e da mobilidade elétrica. A iniciativa decorreu no no CEiiA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, em Matosinhos. O memorando prevê a colaboração entre empresas, autarquias, centros de investigação associados a instituições do ensino superior e centros de engenharia. Estes laboratórios têm como objetivo vir “a estimular o emprego qualificado e o desenvolvimento económico” através da colaboração entre todas as instituições e empresas. O “estímulo” ao desenvolvimento destes laboratórios enquadra-se no Plano Nacional de Reformas e visa, de acordo com

o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, “facilitar a densificação do território em termos de atividades baseadas no conhecimento”. Para a Universidade de Évora, “pretende-se assim reforçar e desenvolver instituições orientadas

para criar valor económico e mobilizar a capacidade de produção industrial, através de incentivos à cooperação entre instituições científicas e de ensino superior com o tecido económico e as empresas, potenciando a criação de emprego qualificado”. K

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Com o apoio do Ensino Magazine

Hélix reuniu 10 países

6 A Conferência Internacional “Regional Helix 2016 – International Conference”, que contou com a presença de professores de prestigiadas Instituições de Ensino Superior nacionais e internacionais, dirigentes políticos, empreendedores e gestores, decorreu no último mês em Castelo Branco. A iniciativa que teve o apoio do Ensino Magazine decorreu, nos dois primeiros dias, em Castelo Branco, na Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias e Escola Superior de Tecnologia, e no último dia, em Idanha-a-Nova, na Escola Superior de Gestão. Nesta conferência internacional foram discutidos temas vitais à descoberta de novos rumos centrados no desenvolvimento e melhoria da competitividade das regiões periféricas com problemas estruturais de desenvolvimento. A organização teve o apoio das autarquias de Castelo Branco e de Idanha-aNova, da AEBB e da ACICB, da Fundação de Ciência e Tecnologia, dos centros de investigação da Universidade da Beira Interior (NECE) e CIAUD da Universidade de Lisboa, bem como do Ensino Magazine. O secretariado do evento contou ainda com

A conferência foi aberta com a música de Custódio Castelo e Miguel Carvalhinho

o apoio de alunos do curso de Secretariado da Escola Superior de Educação. O evento contou com cerca de 100 participantes oriundos de dez países. Do programa constaram sessões plenárias com

conferencistas convidados, sessões paralelas com apresentação de comunicações, uma mesa redonda na área de desenvolvimento local, promovida pela Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), bem

como uma outra, dinamizada pelo cluster português do setor dos moldes Engineering and Tooling, que teve a participação dos seis clusters portugueses Gold Label. O evento apostou ainda na mostra de produtos transacionáveis, desenvolvidos por empresas locais, com quem o IPCB possui uma cooperação ativa, bem como projetos em curso resultantes de spin-offs académicos. Ao longo dos trabalhos foi notória a necessidade de reforçar laços colaborativos entre as empresas, a academia e o poder político, destacadamente ao nível regional e local. No contexto desta interação deve incluir-se a valorização do potencial endógeno, tanto ao nível dos recursos naturais ou histórico-culturais, mas também ao nível do capital humano e criativo. O encontro teve também uma parte social e cultural, incluindo visitas guiadas à zona histórica de Castelo Branco e Idanha-a-Velha, bem como um momento gastronómico proporcionado pelos alunos echefs do curso de hotelaria da Escola Superior de Gestão, as quais tiveram uma grande recetividade por parte dos participantes. K

Concurso Regional Poliempreende já tem vencedores

IPCB elege projetos 6 Os projetos Projeto “SiGame”, “Pijama Ergotec: um pijama para acamados” e “Marav” foram os vencedores da fase regional do Concurso Poliempreende. A iniciativa que envolveu a comunidade académica do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) vai agora para a sua fase nacional, onde o primeiro classificado de cada instituição vai tentar ganhar o prémio nacional. Em nota enviada ao nosso jornal, é explicado que o “SiGame”, está assente no desenvolvimento “de um sistema de gestão de administração e controlo de medicação para lares de terceira idade, com complemento de gestão clínica”. Esta proposta foi criada pelo diplomado Bruno Matias, da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco e irá representar o IPCB na fase final do concurso, em setembro. Já o projeto “Pijama Ergotec: um pijama para acamados” tem como autores os alunos Pilar Pastor (Escola Superior de Artes Aplicadas), André Cardoso (Escola Superior de Gestão), e João Costa e Rodrigo Bernardo (Escola Superior de Tecnologia). Trata-se da criação de um pijama constituído “por têxteis especializados e unindo a tecnolo-

O júri reuniu-se no IPCB

gia e informática”. Como referem os seus mentores “é um projeto de design inclusivo pensado para melhorar a vida dos acamados e também dos seus cuidadores”. Finalmente o projeto “Marav” consiste num serviço de representação e distribuição de produtos na área da saúde, particularmente nos exames de diagnóstico. Esta

proposta tem como autores os alunos Miguel Monteiro, Ana Farinha e Rita Serôdio, da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. A decisão dos projetos vencedores foi feita pelo júri, reunido no IPCB, e constituído por representantes do Santander Totta (Duarte Rodrigues), Pedro Agapito Seguros (Pedro Agapito), Câmara de Castelo Branco

www.ensino.eu 08 /// AGOSTO 2016

(João Carvalhinho), AEBB – Associação Empresarial da Beira Baixa (Mónica Cardoso) e ACICB – Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa (João Dias). O primeiro classificado receberá um prémio no valor de 2000 euros, atribuídos pelo Banco Santander Totta, a segunda 1500 euros, atribuídos pela mesma entidade, e a terceira 1000 euros, atribuídos pela Pedro Agapito Seguros. No entanto, e como explica a mesma nota de imprensa estes valores serão disponibilizados em dois momentos: 50% do seu montante global, será entregue no ano da realização do concurso; os restantes 50% serão entregues com a apresentação da cópia da declaração de início de atividade, ou uma cópia de um documento comprovativo da transferência de produto/tecnologia ou do desenvolvimento do produto ou serviço, até ao fim do segundo ano após o ano da realização do concurso, comprovando a implementação empresarial do projeto”. De referir que o IPCB, através do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional, disponibiliza-se para apoiar os projetos que pretendam ser concretizados, independentemente da classificação obtida. K


Alunos Internacionais

IPCB baixa propinas

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) decidiu baixar o valor anual da propina do estudante internacional de 2100 euros para 1100 euros, disse ao Ensino Magazine o presidente da instituição, Carlos Maia. A proposta foi aprovada no último Conselho Geral, realizado este mês. Na mesma reunião do Conselho Geral, o Politécnico manteve o valor das propinas para a licenciatura em 840 euros, para os mestrados em 990 euros e para os Tesp’s em 500 euros. A redução em mil euros da propina dos estudantes internacionais é vista pelo presidente do Politécnico como uma forma de “aumentar a captação de alunos de outros países, os quais têm procurado o IPCB, têm manifestado vontade de vir estudar para cá mas devido a dificuldades financeiras têm vindo a adiar a concretização desse objetivo”. Carlos Maia explica que “ingressaram no ano letivo anterior (2015/16) no IPCB 32 alunos ao abrigo do estatuto de estudante internacional, maioritariamente oriundos de Cabo Verde, Moçambique, Angola e Brasil, prevendo-se que esse número possa aumentar no ano letivo de 2016/17”. A expetativa é elevada, sobretudo no que respeita a alunos vindos dos Países

Carlos Maia, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco

Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palops). Isso mesmo ficou espelhado durante a visita que o Presidente da República de Cabo Verde fez a Castelo Branco. Na altura, Carlos Maia mostrou disponibilidade em colaborar com as entidades

dos dois países no sentido do Politécnico poder receber mais alunos cabo-verdianos. “Neste momento estudam no IPCB 62 alunos de Cabo Verde. Na visita que fiz a Cabo Verde senti a vontade de muitos jovens virem estudar para aqui. Pelo que

lhe pedi para desbloquear alguns constrangimentos sobretudo na atribuição de vistos, para que o sonho destes jovens possa ser concretizado. Estamos totalmente disponíveis para receber alunos de Cabo Verde, sobretudo estudantes do secundário, mas também para colaborar com a recém criada Universidade de Cabo Verde. Hoje há muitos diplomados pelo IPCB que são altos quadros em Cabo Verde”, disse na altura o presidente do IPCB. Na mesma ocasião o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Fonseca, mostrou-se empenhado em poder contribuir para a questão dos vistos de entrada em Portugal. “Todos temos que trabalhar para que os constrangimentos da vinda de estudantes sejam ultrapassados. Aquilo que poder fazer, fá-lo-ei. Mas o problema está relacionado com as autoridades portuguesas e com os vistos das entradas em Portugal. Nós percebemos que as exigências decorrem da integração de Portugal num espaço mais vasto, a União Europeia. Mas sempre com boa vontade, até porque Cabo Verde faz parte da CPLP e além disso tem um acordo de parceria especial com a União Europeia, faremos todos os possíveis para ultrapassar essas questões”.K

Empreendedorismo

IPCB cria Spin-off 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco acaba de criar o regulamento Spin-off IPCB, o qual pretende fomentar e distinguir iniciativas empresariais de caráter inovador, que tenham a sua génese no saber das escolas da instituição. Com esta chancela o Politécnico procura dar destaque a todas as ideias de negócio que se tenham constituído ou que visem constituir-se como empresas e que derivem da capacidade de criação e produção de Investigação e Desenvolvimento na instituição (I&D). Esta aposta surge na sequência de outras já efetuadas no âmbito do empreendedorismo, como é o caso do concurso Poliempreende que teve a sua génese no Politécnico de Castelo Branco há mais de uma década, e que hoje é uma referência nacional naquela área. A primeira empresa a receber essa distinção será a Allbesmart, criada no Centro de Empresas Inovadoras criado pela au-

tarquia de Castelo Branco e que recentemente implementou o sistema de internet sem fios na piscina praia albicastrense. Em nota enviada ao nosso jornal, o Politécnico de Castelo Branco revela que dois dos fundadores da empresa, Paulo Marques e Rogério Dionísio são docentes da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, sendo os seus colaboradores diplomados ou alunos finalistas da escola. Citado no mesmo comunicado, Carlos Maia, presidente do Politécnico, considera que “a Instituição vai continuar a incentivar o aparecimento de novas spin-off através do apoio às ideias inovadoras e à sua evolução para pequenos negócios, sendo fundamental garantir também o acompanhamento durante a fase de desenvolvimento, de modo a garantir que a sobrevivência destas empresas é prolongada, uma vez que o aparecimento de spin-off pode contribuir para o crescimento da economia local.” K

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Conselho Geral do IPSetúbal

Eugénio Fonseca preside

A3ES acredita cursos

Portalegre mais seis anos

6 A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) depois de ter acreditado a Licenciatura em Jornalismo e Comunicação pelo período máximo (seis anos) e o Mestrado em Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2º Ciclo do Ensino Básico por um período de mais dois anos, decidiu ainda acreditar pelo período máximo (seis anos) a Licenciatura em Educação Básica da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Portalegre (ESECS).

Em nota enviada ao nosso jornal, a Escola explica que “estas acreditações revelam o reconhecimento da A3ES pelo investimento e empenho que a ESECS tem colocado na sua oferta formativa, nomeadamente na formação avançada dos seus professores, de modo a constituir um corpo docente de elevada qualidade, em conjugação com a melhoria contínua da Investigação e Desenvolvimento, relação com a comunidade e trabalho com os alunos e para os alunos”. O mesmo comunicado explica

Segunda edição em setembro

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Finlândia, Líbia, Brasil e Moçambique. Este ano, na segunda edição a grande novidade será o conjunto de novos módulos à disposição dos alunos, que vão desde a Língua e

AutoEuropa, na presidência do Conselho Geral do IPS, tendo sido eleito de entre as oito personalidades externas de reconhecido mérito que fazem parte deste órgão, nomeadamente integrantes de empresas e organizações tais como a Baía do Tejo, Direção-Geral da Saúde, Lauak Portuguesa, Lisnave, Randstad e SAPEC. K

que a “A3ES é uma fundação de direito privado, independente no exercício das suas competências, sem prejuízo dos princípios orientadores fixados legalmente pelo Estado e tem como missão garantir a qualidade do ensino superior em Portugal, através da avaliação e acreditação das instituições de ensino superior e dos seus ciclos de estudos, bem como no desempenho das funções inerentes à inserção de Portugal no sistema europeu de garantia da qualidade do ensino superior”. K

IPSantarém Summer Course

6 A International School do IPSantarém irá promover, entre 7 e 16 de setembro, a segunda edição do IPSantarém Summer Course, uma formação com a duração de 30 horas de aulas, preparada especialmente para os estudantes internacionais, que tem como objetivo desenvolver nos estudantes competências e conhecimentos relacionados com as áreas de especialidade do IPSantarém. O programa curricular do Summer Course visa ainda divulgar a língua, a cultura portuguesa, o património cultural regional e promover a internacionalização da instituição, contribuindo para a sua visibilidade e da região de Santarém no mundo. Na primeira edição, realizada em 2015, o IPSantarém Summer Course contou com a participação de alunos oriundos da Holanda,

6 Eugénio Fonseca é o novo Presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), após eleição que decorreu a 19 de julho. Defensor das causas públicas e cidadão comprometido com o desenvolvimento das pessoas e da sociedade, é licenciado em Ciências Religiosas pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. É presidente da Cáritas Portuguesa, desde 1999 e presidente da Direção da Cáritas Diocesana de Setúbal, desde 1987. No âmbito do trabalho desenvolvido ao longo dos anos recebeu, em 1993, a Medalha de Honra da Cidade de Setúbal e foi-lhe atribuída, em 2007, a Ordem de Mérito de Grande Oficial, pelo então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. Eugénio Fonseca sucede a António de Melo Pires, anterior diretor-geral da Volkswagen

Cultura Portuguesa ao Suporte Básico de Vida, passando pelo Empreendedorismo, pelo Fitness, e pela Viticultura e Produção Animal, num total de 11 módulos diferentes. K

EST de Setúbal

Nuno Pereira toma posse 6 Nuno Pereira acaba de ser reconduzido como diretor da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal para desempenhar o segundo mandato no cargo, tendo a seu lado Susana Gonçalves e Nuno Nunes, como subdiretores. Para este novo ciclo, o diretor pretende essencialmente “que estejamos mais visíveis para as empresas e para a população da região”, sublinhando ainda a importância de aumentar a internacionalização da escola, de consolidar os novos Cursos Técnicos Superiores Profissionais e de dinamizar a Rede IPS, que inclui várias escolas secundárias e profissionais e entidades da região. Dos últimos quatro anos destaca a aprovação de todos

os cursos pela Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior e pela Direção Geral do Ensino Superior “porque é a garantia da qualidade dos nossos equipamentos, dos nossos docentes, da nossa estrutura de apoio e é uma avaliação externa de que estamos em condições para continuar o nosso trabalho”. “Um processo desafiante” foi como Pedro Dominguinhos, presidente do IPS, definiu o novo mandato de Nuno Pereira. O dirigente realçou a capacidade que o IPS e a EST, em particular, têm tido “em ler o mercado e adaptar a oferta formativa às necessidades das empresas”, o que permite “ter uma posição extremamente relevante ao nível nacional e internacional”. K


Leiria

Politécnico abre 1900 vagas

6 O Politécnico de Leiria (IPLeiria) abre 1.900 vagas para o ano letivo 2016/2017, distribuídas pelas suas cinco Escola Superiores: de Artes e Design (350), de Ciências Sociais e Humanas (329), de Saúde (230), de Tecnologia e Gestão (716), e de Turismo e Tecnologia do Mar (275). O IPLeiria ministra 49 licenciaturas, regime diurno, pós-laboral ou ensino a distância,

caraterizando-se a oferta formativa por uma abrangente multidisciplinariedade e forte ligação às empresas. O IPLeiria oferece ainda 49 mestrados, 23 pós-graduações e 37 cursos técnicos superiores profissionais (TeSP). Os Serviços Centrais do IPLeiria e a Escola Superior de Artes e Design em Caldas da Rainha, terão a funcionar gabinetes de apoio às candidaturas. K

Técnicos superiores

Três novos TeSP no IPLeiria 6 O Politécnico de Leiria (IPLeiria) vai abrir três novos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP) no próximo ano letivo, em Gestão da Qualidade, Processos da Transformação de Plásticos, e Sistemas da Informação e Modelação do Espaço Urbano. Nuno Mangas, presidente do IPLeiria, esclarece

que “esta nova oferta formativa pretende dar resposta às necessidades do tecido empresarial da região, é pensada à medida das carências que as empresas têm, e são oportunidades tanto para quem já está no ativo, como para os jovens que irão em breve entrar no mercado de trabalho”. K

Com sede no Inopol,

Empresa ganha seal of excellence 6 A empresa de Coimbra OptiSigma - Energia & Ambiente, Lda., sediada no Edifício do Inopol, a Academia de Empreendedorismo do Politécnico de Coimbra, acaba de ser distinguida com o ‘Seal of Excellence’ do programa da Comissão Europeia de apoio à inovação nas pequenas e médias empresas “Horizon 2020 - SME Instrument”, com o projeto de industrialização do dispositivo InSwitch. Esta distinção é atribuída apenas a um número reduzido Publicidade

de projetos/empresas, que conseguem passar todos os exigentes patamares de elegibilidade para financiamento, certificando a excelência técnico-científica e o potencial de negócio do projeto a nível internacional. A Optisigma aposta em produtos e serviços inovadores no domínio da energia e do ambiente, destacando-se o InSwitch, o InMonitor, o IUVSense e o LowFlow, detendo várias patentes e modelos de utilidade nacionais. K

Floresta portuguesa

IPLeiria quer explorar potencial

6 O Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto do Politécnico de Leiria (CDRSP) quer tirar mais partido do potencial da floresta, e contribuir para que a fileira seja mais sustentável, através da valorização dos produtos e subprodutos de origem florestal, e da invenção de novos produtos e processos com base neste recurso natural. Já a desenvolver trabalhos nesta área, está a aprofundar contactos com vários players da indústria florestal para que se encontrem novas tecnologias e produtos a partir da floresta, um recurso natural que tem particular impacto na região centro, mas que está suba-

proveitado, e onde se podem introduzir processos mais sustentáveis. A visão do Politécnico de Leiria para o setor passa por proteger a floresta, e reforçar a economia e a indústria baseada na floresta, pelo que tem vindo a trabalhar em vários projetos para valorização industrial dos produtos/subprodutos florestais sob a alçada do Forest Added Value Advanced Materials (FAVAM), que inclui projetos em desenvolvimento, nomeadamente de monitorização da floresta, plantação através de drones, aproveitamento da madeira para desenvolvimento e design de produtos inovadores, desenvolvimento de produtos avançados e sustentá-

veis, invenção de sistemas inovadores para moldes inteligentes de materiais à base de madeira, e compósitos bio ativos provenientes da floresta. Os investigadores do Politécnico de Leiria desenvolveram materiais avançados com base em matéria-prima da floresta, para aplicação em diversos novos fins. Exemplo desses novos fins é a utilização de resina de pinheiro para isolamento, através de eco espumas já patenteadas, e em aplicações médicas, nomeadamente na regeneração de tecidos e ossos. Um outro produto já estudado são vigas para construção em madeira lamelada colada de pinho bravo.K

Contra a mutilação genital feminina

Leiria é pioneira na luta

6 A Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria integra um projeto pioneiro internacional para prevenir e combater a mutilação genital feminina, o Multi Sectorial Academic Programme to Prevent and Combat Female Genital Mutilation, que “visa consciencializar estudantes e futuros profissionais de saúde para a problemática da Mutilação Genital Feminina, passando estes conteúdos a ser lecionados em unidades curriculares dos diferentes cursos da escola”, garante Carolina Henrique, subdiretora da instituição. O objetivo é que se promova uma abordagem integral e multissetorial para prevenir e combater a mutilação genital feminina, através do treino, capacitação e desenvolvimento de competências junto de estudantes, docentes e profissionais nos países envolvidos, Espanha, Itália, Bélgica e Portugal. Estima-se que nos quatro países envolvidos no projeto existam 80 mil mulheres, provenientes de países onde a mutilação genital fe-

minina é praticada, e pelo menos 15 mil raparigas possíveis vítimas desta forma de violência de género. O consórcio considera que o sucesso e a eficácia das políticas públicas de prevenção e combate a esta prática dependem também da existência de profissionais com conhecimento e capacidades adequadas. Nesse sentido afigura-se essencial o desenvolvimento, implementação e extensão de uma academia multissetorial para futuros profissionais, que possivel-

mente terão contacto com vítimas desta prática no futuro. No total serão 500 os estudantes envolvidos no projeto, já a partir do próximo ano letivo. Em Portugal a mutilação genital feminina é uma prática que tem vindo a aumentar, pelo que é um tópico a integrar o V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género (2014-2017), da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género da Presidência do Conselho de Ministros. K

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Acesso ao ensino superior

IPGuarda cria gabinete 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) tem em funcionamento um Gabinete de Acesso ao Ensino Superior, para apoio aos candidatos do distrito. Este gabinete, instalado no edifício dos Serviços Centrais do IPG, tem por objetivo proporcionar apoio informativo aos estudantes candidatos ao ensino superior, integrando serviço de atendimento presencial. O contato pode também ser estabelecido através de correio eletrónico (info.ipg@ipg. pt) ou via telefone (271 220 100 |

271 220 162). Recorde-se que a primeira fase de candidaturas está a decorrer até 10 de agosto e a segunda fase está agendada para o período de 12 a 23 de setembro O Gabinete de Acesso ao Ensino Superior funciona, no Politécnico da Guarda (edifício dos Serviços Centrais), todos os dias úteis das 9h30 às 16h30, dispondo de uma equipa para acolhimento, esclarecimento e ajuda no processo de acesso ao ensino superior. K

guarda

Simpósio internacional em Seia

Inovação em Turismo 6 A quarta edição do ISITH - International Symposium on Innovation in Tourism and Hospitality decorre na Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Instituto Politécnico da Guarda, em Seia, nos dias 6 e 7 de dezembro. Esta iniciativa procura continuar a debater e refletir as dinâmicas associadas ao Turismo, à Hotelaria e à Restauração, em particular as orientações, estratégias, tecnologias e produtos/ serviços que, pelo seu carácter

inovador, vantagens competitivas alcançadas, melhorias formativas ou novas lógicas, se constituem como processos valorativos destas áreas e como fatores que fomentam iniciativas para um profundo conhecimento das tendências atuais. A Inovação em Turismo, Hotelaria e Restauração será o tema central deste simpósio, a realizar na cidade de Seia, no decorrer do qual vão ser analisados e debatidos e temas como “Saúde”, “Bem-estar e Acessibilidade”,

“Cultura”, “Gastronomia e Vinho”, “Ensino e Tecnologia” e “Experiências em Territórios de Montanha”. Até 31 de agosto de 2016 poderão ser apresentados resumos e artigos à Comissão Científica do ISITH para posterior publicação numa edição especial da Revista Egitanea Sciencia do Instituto Politécnico da Guarda. Os interessados podem obter mais informação em www. esth.ipg.pt/isith. K

Politécnico da Guarda

Vice-campeã em atletismo 6 Rosário Sá é uma aluna do Politécnico da Guarda, do curso de Desporto, que por várias vezes tem sido notícia, em virtude dos resultados alcançados nas provas de atletismo, a nível nacional, em que tem participado. Recentemente sagrou-se vice-campeã nacional de sub 23 no âmbito do Campeonato de Portugal, em Atletismo. Oriunda da zona de Aveiro foi para a Guarda com alguma apreensão pois era uma zona que não conhecia. “Gostei e não quis mudar; não troco, de forma alguma, o IPG por outra instituição”, diz Rosário de Sá. “As pessoas de fora têm uma ideia errada da Guarda. A cidade e o IPG surpreenderamme muito, pela positiva”. Esta aluna do Politécnico da

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Docente do IPG na direção 6 Pedro Tiago Esteves, docente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) integra a recém-eleita direção da Associação Nacional de Treinadores de Basquetebol. A tomada de posse ocorreu, recentemente, no Porto, sendo a atual direção liderada pelo histórico basquetebolista Sérgio Ramos. Pedro Esteves, docente do curso de Desporto, é responsável pela UC de Basquetebol na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do IPG. K

Guarda

Centro de avaliação de português 6 No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) está a funcionar um Centro de Avaliação de Português Língua Estrangeira. Este centro permite que os candidatos que desejam obter um diploma oficial de língua portuguesa podem realizar os seus exames no Instituto Politécnico da Guarda, desde que previamente inscritos numa

Guarda diz ter encontrado ali “excelentes professores, boas condições e muitas facilidades para poder continuar a treinar”. Rosário Sá sublinha que

um bom corpo docente, como aquele que tem no Politécnico, “é muito importante para a formação” a qual procura conciliar com o seu treino diário. K

das épocas disponibilizadas para a realização desse exame. Os candidatos devem efetuar a sua inscrição na página do CAPLE (www.caple-flul.pt), verificar as épocas de exames correspondendo ao grau do diploma que pretendem obter, indicar o centro onde realizará o exame, neste caso o Instituto Politécnico da Guarda. K

www.ensino.eu


Situado na Aldeia Histórica de Monsanto, o GeoHotel Escola é um hotel contemporâneo e inserido numa paisagem natural única, rodeado de património geomorfológico que conta uma história com mais de 600 milhões de anos.

www.monsantoghe.com Escola Superior de Gestão do IPCB

Licenciaturas: - Gestão Hoteleira - Gestão Turística - Contabilidade e Gestão Financeira - Gestão Comercial - Solicitadoria TeSP: - Gestão e Produção de Cozinha - Organização e Gestão de Eventos - Restauração e Bebidas - Gestão de PME Mestrado: - Gestão de Empresas - Gestão de Negócios / Pós-Graduação Mais informações em:

Câmara Municipal de Idanha-a-Nova www.cm-idanhanova.pt Instituto Politécnico de Castelo Branco www.ipcb.pt

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Protocolo

PPorto vive a cidade

Ensino superior

P.Porto anuncia vagas 6 O P.Porto - Politécnico do Porto dispõe de 3149 vagas, na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, que decore até 10 de agosto, informou a instituição em comunicado. Segundo os dados mais recentes da

Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), o Politécnico do Porto é a quarta Instituição de Ensino Superior que mais vagas abriu, apenas superado pelas três Universidades centenárias de Lisboa (7651), Porto (4160) e Coimbra (3189). K

6 O Politécnico do Porto acaba de assinar um protocolo de cooperação com a ViverCidade - Associação para a Promoção de Arte Porto, o qual visa estabelecer o desenvolvimento de atividades de estágios e outras iniciativas. O Politécnico do Porto refere que “com este protocolo reforçamos um dos eixos centrais da nossa missão, a articulação com parceiros que promovam e garantam a empregabilidade e desenvolvimento profissional dos estudantes P.PORTO”. O acordo foi assinado por Rosário Gambôa, presidente do Politécnico do Porto e Pedro Álvares Ribeiro, presidente da ViverCidade, os quais se comprometem a

Teresa Silva / PPorto H

estabelecer estratégias de cooperação para o desenvolvimento de estágios, ações, eventos e outras iniciativas de interesse mútuo. Para a planificação e gestão do

protocolo, será constituída uma Comissão de Acompanhamento do Protocolo integrada por um representante de cada uma das instituições. K

Setúbal

Bioinformática no Barreiro 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) leciona, a partir do ano letivo 2016/2017, uma nova licenciatura em Bioinformática, na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro. A formação articula conhecimentos das áreas das Ciências Biológicas, Informática e Matemática, para dotar os estudantes de competências para analisar, interpretar e tratar os

dados e/ou informação biológica. O curso, com 20 vagas, assenta numa base multidisciplinar que possibilita o prosseguimento de estudos para mestrado e doutoramento, bem como o desempenho de funções no setor da indústria farmacêutica e agroalimentar e em empresas que atuam no domínio da biotecnologia e das tecnologias de informação. K

Politécnico de Beja

StudyINAlentejo em 10 razões

Algarve

300 nos cursos de verão 6 A Universidade do Algarve contou este ano com cerca de 300 alunos do ensino secundário, de Portugal, Inglaterra e Estados Unidos da América, nos seus cursos de verão, que terminaram a 15 de julho. Foram 20 cursos, em diversas áreas de estudo, que tiveram como principal objetivo promover o gosto pelas diversas áreas de ensino e investigação e ajudar os jovens no seu processo de escolha vocacional no ensino superior. Recorde-se que, no ano pas-

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sado, os jovens do ensino secundário já haviam respondido em força ao desafio, o que fez com que a universidade também recebesse alunos de quase todo o país. Na despedida, todos foram unânimes em referir que, mais uma vez, a Academia algarvia superou as expetativas. Fazendo jus ao seu slogan ‘Estudar onde é bom viver’, foi tudo pensado ao pormenor e os participantes destacaram que viveram dias inesquecíveis, pelo que prometem voltar ao sul de Portugal. K

6 O Instituto Politécnico de Beja acaba de lançar a marca StudyInAlentejo (http://studyinalentejo.com), no âmbito da sua estratégia de comunicação para o ano letivo 2016/17, com o objetivo de fixar mais estudantes na região num trabalho em rede da comunidade académica com a autarquia e escolas da região. O desenvolvimento da marca StudyInAlentejo, e dos seus suportes de comunicação, visa posicionar o Politécnico de Beja, e a região, como uma instituição e um território do conhecimento Publicidade

onde é bom ‘Estudar, Viver e Trabalhar’. A decisão está em linha com o projeto de comunicação StudyInPortugal - do MCTES - cujos objetivos visam posicionar Portugal como um país atrativo para estudantes internacionais. Para atingir os objetivos propostos no plano de comunicação do projeto, a instituição convidou a sua comunidade a identificar 10 razões para estudar em Beja e no Alentejo, disponíveis em português e inglês no site da marca, desenvolvido com base na partilha de conteúdos ou recursos promocionais

de entidades regionais, num trabalho colaborativo. As 10 razões identificadas são o reconhecimento e a notoriedade da formação no Politécnico de Beja, localização geográfica e acessibilidades, qualidade do campus, a sua localização e transportes, segurança e a qualidade ambiental da região, apoio social e alojamentos, proximidade e as tradições académicas, diversidade cultura e turismo, investigação, empregabilidade e empreendedorismo e colaboração em rede com a comunidade. K


Editorial

Não se aprende para sempre 7 Em vários momentos temos referido a necessidade de se proceder a uma revisão do nosso sistema de formação de professores, para que o esforço aplicado na sua profissionalização tenha claras contrapartidas na melhoria dos resultados escolares dos alunos. Nesse contexto, temos valorizado o prolongamento da formação para dentro das escolas em que os docentes trabalham, recuperando-as como centros de saber, como centros de aprendizagem em situação, como comunidades educativas em que as famílias, os jovens e os educadores assumam a sua quota parte de formação ao longo da vida. Por tudo isso, e também porque entendida como uma continuação da formação inicial, a

formação permanente deverá fundamentar-se na necessidade e exigência da alteração de atitudes, mentalidades e competências profissionais e pessoais, para um melhor desempenho da prática lectiva, tendo como horizonte a consequente melhoria da aprendizagem e desenvolvimento integral dos alunos. Não é por acaso que se considera o primeiro ano de carreira – o ano da indução – como um primeiro ano de exercício profissional autónomo que deveria ser acompanhado pelas instituições formadoras, ou por formadores das próprias escolas em que trabalham os “novos” professores. Logo, a não existência de um sistema de “follow-up” destes formandos traduz-se num “desperdício de formação”, com

inerentes custos pessoais, profissionais e financeiros para os docentes envolvidos, e para a própria Administração Pública. Deveríamos então reafirmar que a formação permanente dos professores deveria evoluir no sentido de abandonar uma visão que pretendia “ensinar” um docente que teria atingido estágios de “incompetência” e “ignorância” profissionais, para se centrar na perspectiva de encarar o professor como um elemento de um contexto escolar, pessoal e interpessoal, valorizando a sua personalidade, as suas crenças, valores e expectativas, como variáveis influenciadoras do seu crescimento pessoal e profissional. Poderíamos, então, e em consequência, considerar três tendências na organização e de-

senvolvimento de “programas” de formação permanente dos docentes: 1 – Formação centrada na escola. 2 – Continuidade entre a formação inicial e a formação contínua. 3 – Participação dos professores na organização, planificação, implementação e avaliação dos projectos formativos. É nosso entender que compete aos formadores aceitar o desafio de buscar entre a divergência de campos conceptuais quais as linhas conducentes a uma formação que se deseja gratificante, consolidada, permanentemente inquiridora e positivamente reflectida na melhoria da aprendizagem dos alunos e da organização da escola. O que não podemos admitir mais é que a escola e os educadores se esgotem em pequenas

reformas dos sistemas de formação que apenas ajudam a uma erosão da sua imagem, erosão essa que possa levar décadas a recuperar. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

primeira coluna

A qualificação não é uma vaidade 7 O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior acaba de ver aprovado, em Conselho de Ministros, um conjunto de mudanças relativo aos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (Tesp’s), os quais são ministrados pelos Institutos Politécnicos. Uma formação que não começou de forma clara e que aquando da sua criação lançou confusão e um intenso debate sobretudo pela coexistência de Cursos de Especialização Tecnológica (CET’s) que, deixando de ser ministrados pelos politécnicos, mantiveram-se no ensino profissional. As normas aprovadas vêm colocar mais exigência na entrada de alunos a esta formação superior que garantirá a continuação dos estudos para uma licenciatura. Na prática

os politécnicos vão exigir que os candidatos a esses cursos tenham o ensino secundário completo, eliminando as provas de acesso às licenciaturas, ficando as instituições com a responsabilidade de definir as condições de ingresso. O novo regime estabelece que seja feita a “organização curricular dos cursos, tendo em vista, designadamente, desenvolver e estimular a componente de investigação baseada na prática, nomeadamente sob a forma de projeto”. O estágio, que terá uma duração nunca inferior a um semestre, poderá ser repartido ao longo do curso, de forma a que não tenha de estar rigidamente restrito ao último semestre”. Este Decreto Lei prevê também a “criação de redes entre institutos politécnicos e escolas que minis-

tram cursos de ensino profissional de nível secundário, e deixam de ser dependentes de um complexo processo que culminava numa autorização ministerial, passando para a competência das instituições envolvidas”. No mesmo comunicado, o Ministério explica que “este regime legal elimina barreiras artificiais à progressão de estudos e reforça o papel das instituições de ensino superior na escolha dos seus estudantes”. Por outro lado, assegura, “atribui às instituições de ensino superior politécnico a fixação das regras de admissão nos cursos de licenciatura dos titulares de formações pós-secundárias não superiores e de diplomas de técnico superior profissional”. O Tesp’s continuam a não

merecer unanimidade e exigem reflexão. A exigência deve ser sempre o ponto de partida e a qualificação superior dos alunos o ponto de chegada. Seja no final dos dois anos de curso, seja na continuidade de estudos para uma licenciatura (que, regra geral, apenas tem mais um ano letivo que os Tesp’s), para o mestrado e até mesmo para o doutoramento. Uma exigência que deve passar pelo crivo da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior e não por qualquer outro organismo. É essa mesma Agência que avalia e acredita os cursos de licenciatura, mestrado e de doutoramento, com regras claras e iguais para todas as instituições de ensino superior. Só desta forma se garante a exigência e também as instituições podem exigir e

ser exigentes com a certeza de que a qualificação superior do país não é uma vaidade mas uma necessidade premente, para que sejamos mais competitivos, interventivos e capazes de ultrapassar os desafios que se nos colocam, mas, acima de tudo, para que consigamos criar e atingir os nossos próprios objetivos. K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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crónica salamanca

Corrupciones (pequeñas) y caspa en la universidad 6 A veces confluyen los astros, las circunstancias o el destino, pero lo cierto es que en las últimas semanas a uno le llegan noticias, o las vive, que le hacen pensar en la universidad como ese microcosmos que refleja todas las maldades de la vida, cuando en otras ocasiones la universidad representa un espacio de libertad, honestidad, transparencia y razón positiva. Sucede en la universidad como con la condición humana individual, al fin, que nunca es definitiva ni para el bien ni para el mal, pero que sin duda puede mejorar hacia la bondad y la armonía de la humanidad por efecto de la cultura y la razón. Tendemos a pensar que la corrupción y el robo de grandes sumas de dinero, o las prácticas ilegales y/o corruptas que conducen a poseer el becerro de oro, solamente son impulsadas por personas muy inteligentes y sin escrúpulos, con frecuencia ciudadanos que se acercan a la política con fines de lucro personal, y ejercen de diputados, senadores, alcaldes, al tiempo que se embolsan sustanciosas sumas de euros de manera irregular y corrupta en el ejercicio de su responsabilidad pública. En la vida académica y en la universidad también se producen prácticas corruptas a otra escala, que conducen a veces a sus practicantes a elevarse en la escala social y académica por caminos y tiempos más veloces y rápidos, aunque no sean precisamente los catalogables como honestos. Son personas que buscan el medro personal a costa de la institución, del engaño, a veces la calumnia y con frecuenta las medias verdades sobre las espaldas de los presumibles competidores. Es posible que algún lector se llegue a escandalizar de los que ahora decimos, de que en los centros de educación superior puedan producirse prácPublicidade

ticas deleznables desde la ética, porque desde la ciudadanía se tiende a pensar que en la universidad están y trabajan los más capaces, también desde la altura moral. Lamentablemente las cosas no son exactamente así, y por ello solo les voy a comentar algunos ejemplos, que desde luego deben corregirse y mejorar para la salud de la institución académica. Quien escribe y firma esta columna mensual es también , entre otras facetas de la vida académica, director desde hace años de dos revistas científicas, “Historia de la Educación. Revista Interuniveritaria” y “Aula. Revista de Pedagogía de la Universidad de Salamanca”. En la gestión de estas revistas, a lo largo del tiempo, he tenido experiencias desagradables con autores que plagian a otros sin citar y quedan desautorizados, que buscan la publicación de su artículo utilizando las artimañas y recomendaciones más insospechadas con los evaluadores, pero podría decir que hasta hace pocos meses habían sido situaciones muy aisladas. Sin embargo, comienza a resultar altamente sorprendente, chocante, y muy sucio tener que observar que en medio año en la gestión de estas dos revistas me he encontrado con varias prácticas corruptas: con un autor que envía el mismo artículo a dos revistas científicas, sin previo aviso, lo que hace que al final se descubra por casualidad el engaño, aunque en una de ellas ya estaba a punto de aparecer editado, y en la otra también había sido aceptado; una autora que envía el mismo artículo a varias revistas a la vez, y en una de ellas el artículo es aceptado con rapidez, pero en otra iba a ser evaluado cuando se descubre también lo ocurrido; en otro caso , y ya es casualidad, los equipos editoriales de dos revistas distintas

y distantes envían el mismo artículo que les había enviado la autora al mismo revisor-evaluador, quien descubre el pastel que quería merendarse por las bravas la autora del artículo, carente de escrúpulos, pero muy ávida de ascenso rápido en la vida académica. Por fortuna estos casos se descubrieron a tiempo, pero otros permanecen discretamente semiocultos, pero haciendo su función “eficaz” y corrosiva en los procesos de acreditación científica. Eso sí, perjudicando indirectamente a otros colegas que han jugado limpio, y que tal vez no lograron presentar tantos trabajos y obtener una puntuación mejor. Y al mismo tiempo es una llamada de atención a desempeñar las funciones de evaluación de la manera más honesta y transparente posible, porque con frecuencia las cosas funcionan bien en la vida científica y descubren en este caso a quienes defraudan y actúan con deshonestidad. Igualmente es repugnante el sistema de algunas revistas, llamadas “científicas” que atribuladas por el afán de alcanzar determinada posición en el ranking, buscan publicar más y más, y piden a los autores que les sugieran nombres de evaluadores para su artículo. ¡Mayor canallada científica parece imposibe de digerir! Pero, lectores, ¡atentos!, porque es así, sucede así, en “prestigiosas” revistas, calificadas así desde ese mendaz impacto, manejado por unos cuantos, con mucho cuento, y mucho engaño y tropelía Es posible que siempre hayan existido este tipo de pillos en las universidades, y en la evaluación de artículos científicos, pero también es verdad que el afán competitivo que el actual sistema de acreditación científica ha establecido para las distintas categorías de acceso a los puestos docentes

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt

de la universidad (con base casi exclusiva en la investigación, en la publicación y en la cuantificación de artículos), induce a muchos investigadores y profesores que quieren promocionarse, o medrar, a adoptar fórmulas rápidas (con frecuencia se denominan competitivas), y no miran a quien ponen la zancadilla, o le dan codazos en la carrera que disputan. Hay quien dice que la vida es así, y que triunfan los más “listos”, aunque no sean los más inteligentes. Por eso fallan tanto las lealtades académicas, o perviven las servidumbres feudales tan arraigadas aún (muy propicias a fomentar este tipo de prácticas corruptas). Por fortuna, crece la democracia interna en las universidades públicas, y mejoran los mecanismos de selección académica, si bien queda un largo trecho por recorrer en la corrección de prácticas deshonestas, como las que acabamos de comentar. De las caspas, es decir, de los elementos sucios y anacrónicos, malolientes y reductos del más vejestorio de los sistemas corruptos aun subsistente en la universidad tenemos que hablar otro día, porque el espacio de nuestra columna es el que es, y el asunto merece tiempo de tratamiento y reflexión. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro e Hugo Rafael. Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Sílvio Mendes Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Ernesto Candeias Martins, Eugénia Sousa, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rogério Ribeiro, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco

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‘Pedagogia (a)crítica no Superior’ (XIV)

FÉRIAS LECTIVAS em dois andamentos 7 «O congresso dos nossos dias assemelha-se à peregrinação da cristandade medieval (…) Escreva uma palestra e conheça o mundo.» (David Lodge, O Mundo é Pequeno, 1996) Na última aula, muitos estudantes despediam-se desejandolhe «boas férias!» ao que o Prof.S. respondia: «Férias?! Só lectivas…» Esta necessidade de adjectivar as ditas advém do mito generalizado de que «não há férias como as dos professores». 1. Os alunos, como a generalidade da população, acham que os professores só dão aulas e não concebem outra actividade docente para lá do término lectivo. Mal sabem eles a quantidade de paper work e de reuniões que assolam a vida das escolas do Superior após o fim do ano escolar. Para além de elaborar exames (fazer as devidas vigilâncias) e corrigilos, elaborar novos programas (a dinâmica institucional mede-se também nas novidades anuais de «oferta formativa»), actualizar bibliografias, redigir pareceres para

as renovações e novos contratos de professores (estes últimos, em queda acentuada)… Mas o pior de tudo, é a reunite; não há agenda que aguente a marcação de tanta reunião pois é imperioso «proceder a balanços» e «tomar decisões para o próximo ano lectivo»: e assim, a comissão científica do departamento reúne, de manhã, para definir a distribuição de serviço docente, as equipas das uc colectivas, reúnem, à tarde, para articularem conteúdos e modalidades de avaliação; seguem-se as reuniões do conselho científico, em autênticas maratonas para aprovação das contratações (por voto secreto e sem direito a abstenção),… Acrescem mais umas tantas reuniões para os coordenadores de departamento e de curso que, nesta altura, andam numa roda viva com a Direcção. O Prof.S. acaba por ir mais vezes à escola, no Verão, que em tempo de aulas. Esta é a agenda obrigatória, a componente ‘seca’ da profissão. 2. Mas há uma outra agenda, essa opcional, que cada professor escolhe conforme os seus interesses científicos e pessoais: a parti-

cipação em Congressos. Por regra, os grandes eventos académicos internacionais realizam-se em tempo não lectivo (Julho e primeira metade de Setembro). É o tempo de viajar! O escritor David Lodge no segundo parágrafo do «prólogo» de O Mundo é Pequeno caracteriza, de forma magistral, essa «frenética movimentação» de académicos que se entregam «a todos os prazeres e divertimentos da viagem enquanto, aparentemente, se mostram embrenhados numa austera forma de autovalorização.» Alguns professores, de facto, passam o tempo a viajar alinhando na tal «peregrinação» laica, saltando de congresso em congresso, onde apresentam posters e variantes do mesmo paper, participam em painéis e mesas redondas, fazem palestras, pulam de sessão em sessão para ouvir os amigos e pasmarem-se com as ‘últimas’ dos seus gurus da sua disciplina científica; por lá «estabelecem-se novas e interessantes relações; trocam-se mexericos e confidências; come-se, bebe-se, passam-se agradáveis serões e quando tudo termina, regressa-se a casa com uma exaltada reputação de serie-

dade intelectual.». E Lodge conclui: «Os congressistas dos nossos dias têm uma outra vantagem em relação aos peregrinos da Antiguidade, uma vez que as suas despesas são normalmente pagas, ou pelo menos subsidiadas, pela instituição a que pertencem». Com o alargamento da UE e a adopção nos curricula da «dimensão europeia na educação», a Academia (pouco crítica e muito seguidista) incentivou os seus ‘colaboradores’ a usufruir dos múltiplos programas de ‘mobilidade’ – Erasmus+, Comenius, Leonardo da Vinci, Grundtvig, Tempus (até os equiparavam a bolseiros no período em que decorriam os encontros). O acolhimento do corpo docente foi fervoroso pois viam alargar-se, e de que maneira, os intercâmbios, as viagens e as estadias no estrangeiro. E diríamos mais, esta actividade de veraneio, comprovada com a devida inclusão na «ficha curricular do docente», enquadra-se no actual esforço de «internacionalização» das escolas e é muito tida em conta pela A3ES, esse big brother de avaliação e acreditação que, na sua inflexibilidade e rigor burocráticos, mantém a espada de Dâmocles, permanen-

temente, sobre os politécnicos e as universidades. O Prof.S. depois de ler os livros de David Lodge – A Troca, 1995 e O Mundo é Pequeno, 1996 (Edições ASA; os originais, em língua inglesa, são respectivamente de 1975 e 1984) – decidiu fazer um acrescento pessoal ao velho provérbio: «[a congressos], casamentos e baptizados não vás se não fores convidado». (In)felizmente, não o tem sido… K Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt Este texto está redigido segundo a ‘antiga’ e identitária ortografia _

CRÓNICA

Cartas desde la ilusion 7 Querido amigo: Siguiendo con la última idea de mi carta anterior, quiero compartir, hoy, mi manera de pensar acerca de lo que significa contribuir al desarrollo de nuestros alumnos como personas. Todos sabemos lo que significa y el impacto que tiene el hecho de “crear afición”. Cuando una persona se aficiona a algo, lo “hace suyo”, lo siente como suyo, y tratará de proceder de la mejor manera posible para llegar a conocer al completo eso que le aficiona y a sentirlo en todas sus dimensiones y posibilidades, incluso hasta el punto de defenderlo como lo mejor por encima de todo (a pesar de la evidencia en contra, en algunas o muchas ocasiones). No es difícil observar este “fenómeno” en los aficionados al fútbol, por ejemplo, en nuestra sociedad actual. Por eso, pienso lo siguiente: ¡qué bueno sería si los profesores fuésemos capaces de contribuir a que nuestros alumnos “crearan afición” por lo que deseen! Y, como

consecuencia de la actitud que nos llevaría a actuar así, ¡qué bueno sería que nos dedicásemos todos los días en todos los momentos a promover en nuestros alumnos la ilusión por las cosas, desde las más grandes hasta los detalles más cotidianos! Ahora bien, eso significaría que tendríamos que desterrar la mayor parte de las rutinas que componen nuestro quehacer educativo en la actualidad. Y eso supondría, como hemos comentado más de una vez, renunciar al sistema de seguridades que entrelaza nuestra acción educadora. Yo creo que conseguir esto sería relativamente fácil si moviésemos el centro de nuestros intereses y de nuestras actividades como educadores trasladándolo del “yo te enseño para que tú aprendas lo que yo te propongo en cada momento” al “yo estoy a tu lado para que tú aprendas lo que quieras, lo que te guste, lo que te produce afición”. Eso significaría que dejaríamos que nuestros alumnos fuesen creativos,

que programasen sus actividades en función de sus objetivos (elegidos por ellos, evidentemente, en función de sus capacidades y de su experiencia), que no tuviesen problemas con los errores que pudieran cometer en su proceso de descubrimiento y aprendizaje (ya que no sólo no serían castigados, sino que serían alentados a aceptar los errores como parte de su actuación y a buscar las mejores maneras de remediar y corregir lo ejecutado erróneamente), que promoveríamos la cooperación con los compañeros en la búsqueda de los recursos adecuados que mejorasen su actuación y su desempeño, de manera que potenciaríamos, desde etapas muy precoces, el trabajo en equipo con todo lo que conlleva (compartir ideas, buscar juntos las mejores propuestas y soluciones, entender que cada persona tiene su propia perspectiva a la hora de enjuiciar las cosas y, por tanto, aprender a ser tolerantes y “descentrados”, etc.)… En definitiva, creo que estaría-

mos en el camino de la promoción del desarrollo personal mediante el ejercicio, por parte de cada uno de nuestros alumnos, de su propio auto-aprendizaje en todas sus dimensiones, tanto en el ámbito del control personal como de la interacción social. Pero aceptar esto supone, como hemos comentado en más de una ocasión, renunciar a toda rigidez en el entorno educativo: horarios, espacios físicos, libros de texto… y, a la vez, asentar de manera definitiva otra serie de “circunstancias” y “contingencias” más acordes con lo que, en realidad, importa, como son la confianza en sí mismo, la valoración de lo que cada uno hace, la satisfacción por la obra realizada, la complacencia en la labor grupal con la ayuda recíproca que eso supone, etc. ¿Algún día empezaremos a contemplar la implantación de estas “circunstancias” y “contingencias” en nuestro sistema educativo? ¿Algún día dejaremos de discutir sobre el número de alumnos por aula,

el valor de determinados libros de texto, la disposición del mobiliario escolar, etc. y comenzaremos a trabajar con el único objetivo de promover realmente a la persona en su integridad? ¿Algún día estas palabras que hemos utilizado cantidad de veces empezarán a dejar el “olimpo” en el que las hemos puesto y bajarán a la realidad de nuestra acción educadora cotidiana? Espero que no tardemos mucho en comenzar a ver nuevas cosas en esta dirección. Hasta la próxima, como siempre, ¡salud y felicidad! K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

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Educação

Ministro defende menos alunos por turma 6 O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues defendeu dia 28 em Constância a redução no número de alunos por turma “paulatinamente”, tendo lembrado que a proposta consta do programa de Governo e que a mesma vai ser discutida no Parlamento. “É sempre exequível [a redução de alunos por turma], é tudo uma questão de prioridades, e obviamente que o dimensionamento das turmas tem de ser pensado, tem de ser equacionado, e é isso que estamos a fazer”, respondeu Tiago Brandão Rodrigues quando questionado pelos jornalistas sobre as propostas da Conselho Nacional da Educação (CNE) e do Partido Ecologista Os Verdes. Num estudo que divulgou dia 22, o CNE estima que a proposta do Partido Ecologista “Os Verdes” para reduzir o número de alunos por turma custe ao Estado cerca de 750 milhões de euros. No mesmo documento, defende-se que a dimensão das turmas é uma ma-

téria que deve ser decidida pelas escolas e que há margem para reduzir o número de alunos, bastando para isso cumprir a lei.

“O CNE traz agora para a arena da discussão pública, com este estudo, a quantificação do isso representa em termos orçamentais e também da pertinência e da importância da redução do número de alunos por turma”, disse Tiago Brandão Rodrigues, à margem de uma visita à Escola Luís de Camões, em Constância, e que assinalou o início do terceiro período letivo. O ministro da tutela fez ainda notar que “o Parlamento vai esta semana ter uma discussão aturada e cuidada sobre esta questão”, tendo afirmado que o Governo “está também a observar e a trabalhar para que a redução do número de alunos por turma, de forma paulatina, possa ser efetivamente uma realidade”. As turmas têm, regra geral, uma dimensão média que cumpre a lei, mas no ensino básico 20 por cento está acima do limite máximo e no secundário 50% não cumpre o limite mínimo, de acordo com a mesma fonte. A Federação Nacional de Educação

defendeu hoje que mais sucesso escolar impõe turmas mais pequenas e que o critério dos custos financeiros não pode ser determinante numa questão pedagógica. A proposta da FNE sobre a constituição de turmas fixa em 20 o número máximo de alunos no 1.º Ciclo e em 25 nos restantes, salvaguardando situações de exceção para crianças com Necessidades Educativas Especiais. “A escola de Constância, e o seu Agrupamento, tem um projeto pedagógico que nos cativou e resolvemos visitá-la”, disse Tiago Brandão Rodrigues, tendo destacado que “a promoção do sucesso escolar e a melhoria dos processos de aprendizagem em ambiente de sala de aula são os eixos da nossa atuação e estamos aqui para fortalecer essa mensagem”, concluiu, após conhecer durante cerca de duas horas as práticas pedagógicas que ali são desenvolvidas no âmbito da promoção do sucesso escolar. K

Castelo Branco

Caçar pokémons na piscina praia 6 Em jeito de brincadeira alguém dizia que agora era possível caçar pokémons na piscina praia de Castelo Branco. E assim é, desde o passado dia 19 que aquele complexo está equipado com uma rede de internet sem fios gratuita para todos os utilizadores, pelo que os interessados poderão jogar ao jogo virtual do momento (ou a outros), aceder à internet, consultar emails, conversar em chats com os amigos e tudo aquilo que o mundo digital permite fazer. Mais valias associadas a outras que a rede de wi-fi, instalada pela empresa startup albicastrense Allbesmart, proporciona, como a informação sobre os índices de raios ultravioletas, o tipo de protetor solar que deve ser utilizado ou o relógio solar. De resto, estas são as primeiras informações que os utentes que utilizarem esta rede sem fios têm acesso. Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, diz que a criação e a disponibilização desta estrutura aos utentes da piscina praia “insere-se na nossa estratégia de desenvolvimento. Fazemos Publicidade

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parte da Rede de Cidades Inteligentes e esta foi uma das concretizações que fizemos, disponibilizando rede wi-fi, com informações de saúde, de forma totalmente gratuita”.

O autarca destacou também o facto de toda a implementação da rede ser feita por uma empresa nascida no Centro de Empresas Inovadoras de Castelo Branco, a Allbesmart. “Trata-se de uma star-

tup que já tem um prémio no âmbito da modernização administrativa”, disse Luís Correia, lembrando que “Castelo Branco é um concelho virado para a inovação. Temos mostrado isso no setor agroalimentar e mostramos isso também noutras áreas, como esta”. Também João Carvalhinho, vereador da autarquia e responsável pela Albigec, a empresa municipal que gere as piscinas, destacou esta mais valia que agora ficou disponível aos utentes do espaço, à qual se juntam outras como a biblioteca móvel, as aulas de hidroginástica e outras atividades, todas elas gratuitas. Paulo Marques, da Allbesmart (a empresa integra ainda os nomes de Rogério Dionísio, Jorge Ribeiro, Fernando Silva, Paulo Zacarias, Tiago Alves e Luís Pereira), explica que a rede sem fios instalada na piscina praia garante a utilização em simultâneo de cerca de 600 pessoas e representou um grande desafio” pois obrigou a eliminar as interferências de rede. K


gente e livros

Raduan Nassar

7 “O tempo, o tempo é versátil, o tempo faz diabruras, o tempo brincava comigo, o tempo se espreguiçava provocadoramente, era um tempo só de esperas, me guardando na casa velha por dias inteiros; era um tempo também de sobressaltos, me embaralhando ruídos, confundindo minhas antenas, me levando a ouvir claramente acenos imaginários, me despertando com a gravidade de um julgamento mais áspero, eu estou louco!” In “Lavoura Arcaica” Em 2016, aos 80 anos, o escritor Raduan Nassar tornou-se no 12º brasileiro a receber o Prémio Camões, considerado o mais importante prémio literário destinado a autores de língua portuguesa. Não obstante a sua curta obra, composta apenas por três livros publicados – os

romances “Lavoura Arcaica” (1975), “Um Copo de Cólera” (1978) e o livro de contos “Menina a Caminho” (1994) –, Raduan Nassar construiu uma reputação que coloca entre os grandes nomes da literatura brasileira. O autor é também conhecido pela extrema raridade das suas aparições públicas, bem como o facto de já ter deixado de publicar há mais de duas décadas, desde “Menina a Caminho” nos anos 90, que reúne contos, na sua maioria, anteriormente publicados na imprensa. Filho de imigrantes libaneses, Raduan Nassar nasceu no ano de 1935 em Pindorama, estado de São Paulo. Na adolescência, foi para São Paulo com a família, onde estudou direito e filosofia. Tinha 20 anos quando entrou para a Fa-

culdade de Direito e de Letras mas, dois anos depois, mudou para Filosofia, “curso que interrompe “para viajar para os Estados Unidos e Canadá (e mais tarde Alemanha e o Líbano, já após o fim do curso)”, escrevia o Jornal de Notícias por ocasião da vitória do Prémio Camões Aos 32 anos faz a sua primeira incursão na escrita, fundando com alguns dos irmãos o “Jornal do Bairro”, para, em 1968, começar a escrever as primeiras notas do romance que o celebrizou, “Lavoura Arcaica”, editado em 1975. Apesar do sucesso alcançado nos anos 70, Raduan Nassar abandona a literatura em 1978 e decide dedicar-se à atividade rural. Compra uma fazenda e faz da agricultura a sua nova ocupação, atividade que mantém até hoje. K www.companhiadasletras.com.br/ H

Tiago Carvalho _

Edições

Novidades literárias 7 MARCADOR. De Primatas a Astronautas, de Leonard mlodinov. É uma obra para os amantes da ciência, que explora as condições culturais que influenciaram o pensamento científico através dos tempos. Dá relevo às singulares personalidades de alguns dos grandes filósofos, cientistas e pensadores: Galileu, Isaac Newton, Charles Darwin, Albert Einstein e muitos outros menos famosos, mas igualmente brilhantes, pululam por estas páginas. E cada uma das suas histórias mostra os triunfos do ser humano.

TOP SELLER. Teia de Mentiras, de Heather Gudenkauf. É um thriller cheio de ritmo e ação. Jack Quinlan viveu assombrado durante anos pelo assassínio brutal da sua mãe, cujo corpo foi ele que encontrou, em adolescente, no celeiro da quinta da família. Na altura, o caso abalou a pequena cidade de Penny Gate, à qual Jack evitou regressar durante anos. Quando a sua tia Julia sofre um acidente e acaba em coma no hospital, Jack e a mulher, Sarah, veem-se obrigados a enfrentar o passado de que Jack vinha a fugir.

BERTRAND. Lobo Solitário, de Jodi Picoult. O pragmatismo da natureza através de uma alcateia de lobos em comparação com a complexidade dos seres humanos é colocado em perspetiva em o «Lobo Solitário». A autora, uma das mais internacionais e populares da atualidade, retrata a dinâmica das relações familiares através das personagens Luke Warren, Georgie, Edward e Cara, que se debatem com difíceis questões morais, das quais a principal é: vale a pena viver a qualquer custo?

GRADIVA. Dieta para Sedentários, de Ana Carvalhas. A autora, nutricionista com larga experiência, baseia-se na mais recente informação para conceber um plano alimentar que reflete uma nova revolução na alimentação. Esta revolução defende que afinal não são as gorduras as principais responsáveis pelo aumento de peso, mas sim os hidratos de carbono. A promessa é que perderá peso e se sentirá muito mais saudável sem ter de andar a contar calorias e a comer apenas alimentos magros. K

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pela objetiva de j. vasco

press das coisas Samuel Úria «Carga de Ombro» 3 «Carga de Ombro» é o mais recente álbum de Samuel Úria, músico português que se destaca pelas singularidades na escrita e nas melodias das composições. É considerado um dos melhores compositores e intérpretes da sua geração e, com este novo disco, consolida a sua posição. K

Grow It: Super Salada

BURAKA SOM SISTEMA DESPEDEM-SE NO ENCERRAMENTO DAS FESTAS DE LISBOA

3 Uma boa sugestão para prenda, este kit permite cultivar legumes em casa para depois preparar saladas coloridas e deliciosas. Tudo aquilo de que necessita está incluído neste kit, que contempla sementes de rabanetes de várias cores, pepino limão, cebolinha verde, beterraba dourada e alface. Preços: 14,65 euros. K

7 Chegaram da Buraca / Amadora para o mundo em 2006 e durante dez anos marcaram a música portuguesa dentro e fora do país. Com um novo som eletrónico Kuduro, lançaram 4 álbuns, em 2008 foram considerados pela MTV Europe como os melhores artistas portugueses do ano e nomeados para os melhores da Europa. Mais que falar importa continuar a ouvi-los. Despediram-se de todos nós no dia 1 de julho deste mês, precisamente no encerramento das Festas da Cidade de Lisboa, numa iniciativa da EGEAC. Para memória futura aqui ficam os seus nomes, da esquerda para a direita e de cima para baixo: Riot, Kalaf, Branko, Conductor e Blaya, sempre acompanhados de imensos jovens e menos jovens, que desta vez encheram o imenso jardim em frente à Torre de Belém. K

Prazeres da boa mesa

A simplicidade de um cocktail de camarão com frutinhas frescas (10 pax) 3 Ingredientes: 10 C. S. Molho de Cocktail 100g de Rúcula 100g de Raddichio 100g de Alface Romana 1 C. S. Salsa Picada Q.B. de Flor de Sal 30 Camarões 20/30 Q.B. de Pimenta Preta de Moinho 150g de Uvas 150g de Morangos 150g de Abacaxi 150g de Kiwi 10 Fatias de Pão de Penha Garcia Preparação: Cozer os camarões em água temperada com sal. Depois de cozidos arrefecer de imediato em água e gelo com sal. Publicidade

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Descascar e cortar em cubos todas as frutas, temperar com sal, pimenta e a salsa picada. Escolher, lavar, desinfectar e centrifugar as 3 variedades de alfaces. Cortar em juliana. Descascar e reservar um camarão por pessoa, os restantes descascar e cortar finamente. Cortar e levar ao forno as fatias de pão, até ficarem douradas. Empratamento: Numa taça individual fazer duas camadas de alface, fruta, camarão e molho de cocktail. No fim aplicar o camarão inteiro e o crocante de pão. Servir de imediato. K

Mário Rui Ramos _ Executive Chef


Bocas do galinheiro

Chinatown, de Roman Polanski 7 Mais conhecido por episódios da sua vida privada, desde logo o assassinato da sua mulher, em 1969, a actriz Sharon Tate, pela pretensa seita de um desequilibrado Charles Mason (houve quem quisesse ver nos seus filmes anteriores, “Repulsa”, de 1965 e “A Semente do Diabo”, de 1968, a explicação para a crueldade dos assassinos), e depois pelo escândalo sexual de que foi protagonista nos Estados Unidos, por ter tido relações sexuais com uma menor, então com 13 anos, tendo sido considerado culpado pelo júri mas, antes da leitura da sentença conseguiu viajar para França, tem cidadania francesa, o que o impede de ser extraditado para os Estados Unidos, país onde não pode regressar, o que o impediu de receber o Óscar de melhor realizador por “O Pianista”, em 2003. Nascido em Paris em 1933, de pais polacos, quando tinha três anos a família decidiu regressar à Polónia, naquele que seria um regresso trágico: a mãe de Polanski acabou por ser morta num campo de concentração nazi, ele, que fugira do “gueto” de Varsóvia, só reencontrou o pai depois da guerra. Não estranha assim o empenho que colocou em “O Pianista”, a história do pianista Wladyslaw Szpilman, aliás baseada na sua autobiografia, também ele um sobrevivente da ocupação nazi de Varsóvia, ou seja, algo da vida do realizador estará neste filme. Depois do êxito de “Por Favor Não Me Mordam o Pescoço” (1967) e “A Semente do Diabo”, Roman Polanski, apoiado num

Direitos Reservados H

excelente guião, que é uma sentida homenagem ao melhor “filme negro”, e um dos melhores do género graças à acção conjunta do ambicioso produtor Robert Evans e de Robert Towne, um argumentista que colaborou anonimamente nos guiões de “ Bonnie and Clyde”, de Arthur Penn e “O Padrinho”, de F.F. Coppola, de entre outros e que acaba por fazer o seu melhor trabalho em “Chinatown” (1974), dirige esta incursão num género muitas vezes tido como menor, mas que conhecera êxitos retumbantes nos anos 30 e 40 do século XX. Dentro da tradição do filme negro, “Chinatown”, cuja acção decorre em meados dos anos 30 em Los Angeles, narra como uma mulher encarrega o detective J.J. Gittes (Jack Nicholson) que investigue uma aventura

extraconjugal do seu marido Hollis Mulway (Darrel Zwerling) ,engenheiro chefe do serviço de água e electricidade da cidade, que se opõe à construção de uma nova barragem pelas suas poucas vantagens e os desastres que pode ocasionar. Porém, não tarda em saber que a mulher não é a esposa, Evelyn Mulwray (Faye Dunaway), mas é Ida Sessions (Diane Ladd), contratada pelo engenheiro Yelburton (John Hillerman), para desprestigiar o seu chefe e poder contribuir para que a represa seja construída, no período da guerra das águas na Califórnia. A história complicase quando J.J. Gittes sabe que todas as noites, em plena seca, se abrem as comportas de Waterloo, saindo grandes quantidades de água e, sobretudo, quando Hollis Mulwray aparece

morto. Seguindo a tradição do género, J.J. Gittes prossegue a investigação, apesar de Evelyn querer que a investigação seja travada e começar uma relação sentimental com ele. Resulta que J.J. Gites acaba por descobrir que Noah Cross (Juhn Huston) e o seu marido Hollis Mulwray eram os donos da água da cidade, claro que num negócio destes tudo está envolto numa complicada teia de corrupção, com Cross como centro das atenções, a par de Nicholson e Dunway, um protagonista de peso, ele que foi um soberbo realizador de filmes do género, desde logo o fabuloso “Relíquia Macabra” (The Maltese Falcon, 1941). Polanski dá aqui também um ar da sua graça ao viver um dos “maus” da história, e dá um só golpe no nariz de Jack Nicholson, que

aparece durante o resto do filme com um penso no nariz. Rodado com planos longos, para aproveitar ao máximo a eficácia dos diálogos de Robert Towne e o jogo interpretativo dos actores, com destaque para Jack Nicholson que alguns anos mais tarde viria a realizar “The Two Jakes” (1990), à laia de continuação de “Chinatown”, mas muito longe deste. “Chinatown” é um excelente policial, um dos melhores filmes do realizador, quiçá longe dos trabalhos posteriores de Polanski, principalmente depois do seu regresso à Europa. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa com Joaquim Cabeças _ Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

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Programa UNESCO

Naturtejo fez 10 anos 6 O Geopark Naturtejo assinalou dia 26 de junho, em Penha Garcia, os seus 10 anos de vida. Foi o primeiro território do género a ter os auspícios da Unesco e abriu portas a que outros três (Arouca, Açores e Terras de Cavaleiros) nascessem no nosso país. A entrada na rede Europeia e Mundial ocorreu num congresso internacional em Belfast, na Irlanda do Norte, que o Ensino Magazine acompanhou, em 2006. Na altura, Armindo Jacinto, presidente da Naturtejo, e Carlos Neto Carvalho, coordenador técnico, souberam defender, perante os seus pares internacionais a importância para Portugal e, em especial, para a região, da criação do primeiro geoparque português, bem como a estratégia que queriam implementar. Dez anos depois é o ministro da Cultura, Filipe Castro Mendes, a destacar o trabalho efetuado. “A grande lição do Geopark Naturtejo é que aqui o trabalho científico e a comunidade local encontram-se. A comunidade científica e a comunidade local encontram-se, alinham-se, trabalham em conjunto, e esse dinamismo faz o valor do Geopark Naturtejo, reconhecido pela UNESCO. Hoje

há mais geoparques em Portugal, mas este foi o primeiro, poucos anos depois da criação do conceito de geoparque, o que demonstra o valor do projeto”, disse. Armindo Jacinto, presidente da Naturtejo, destacou também

a ligação às populações locais. “A grande valia deste e de outros projetos de geoparques é a envolvência das populações locais, dos seus usos, costumes e tradições, e a forma de promover o desenvolvimento sustentado e a preservação do

património natural e históricocultural que o caracteriza. E se passados 10 anos consideramos, que muito já conseguimos e evoluímos neste sentido, sabemos que ainda temos muito mais por fazer e por percorrer. Esta dimensão de 5.000 Km2 do

território do Geoparque Naturtejo, dá-nos escala, permite-nos ambicionar ser um destino de qualidade, envolvendo todas as suas valências, num património muito diversificado e muito rico, integrando valores e gentes, história e cultura”. disse. O último ano foi marcante para o Geopark Naturtejo, com a integração da Rede Global de Geoparques, nos programas oficiais da Unesco, à semelhança do que acontece com os programas Património Mundial ou da Reserva da Biosfera. Há 43 anos que aquela organização mundial não aprovava um novo programa. Nos últimos 10 anos muito mudou no território que inicialmente abrangia os concelhos de Castelo Branco, Idanha-aNova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, e que desde o final do último ano passou a integrar também o de Penamacor. Criaram-se roteiros, programas educativos, geoprodutos, certificou-se a qualidade, e fezse uma caminhada de desenvolvimento económico e turístico com as pessoas do território. Os concelhos que o compõem passaram a entrar nos roteiros internacionais. K

Novidades do setor automóvel Novo Audi A3 já chegou

Tesla aposta em carros autónomos

3 O Audi A3 já está disponível em Portugal na versão renovada, com preços a partir dos 26 090 euros. Chega disponível com três níveis de equipamento – Base, Sport e Design – e o motor 1.0 TFSI de 116 cv, que está disponível nas carroçarias três portas, Sportback e limousine, não estando contemplado no cabrio. K

3 A Tesla, marca norte-americana de carros elétricos, pretende alargar o seu negócio aos automóveis comerciais e mesmo ao “car sharing” de carros autónomos. A revelação foi feita por Elon Musk, o CEO da empresa, que disse ainda que outra aposta da Tesla são os modelos totalmente autónomos. No que diz respeito a novos automóveis, depois do Model 3 (na fotografia), as novidades da Tesla poderão ser uma nova pick-up e um SUV compacto. K

Smart Brabus com nova versão 3 As novas versões do Smart Brabus, disponíveis nos formatos Fortwo Coupé, Fortwo Cabrio e Forfour, estão caminho do mercado português. Os preços começam nos 18 790 euros para o Fortwo Coupé Brabus, seguindo-se o Forfour a partir dos 19 790 euros e Fortwo Cabrio que arranca nos 21 190 euros. Os Smart Brabus distinguem pela maior potência em relação aos Smart convencionais, contando 109 cv e 170 Nm de binário máximo. K

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