Ensino Magazine Edição nº 231

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maio 2017 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XX K No231 Assinatura anual: 15 euros

em destaque

www.ensino.eu

Distribuição Gratuita

ex-presidente do Governo Regional da Madeira em entrevista

O “Relatório de Combate” de Alberto João Jardim universidade

Reitor da UBI desafia cidade C

joaquim franco, jornalista e especialista em assuntos religiosos C

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politécnico de castelo branco

Ex-ministra no Conselho C P 9 futebol

Guarda faz formação inédita C

P 12

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P 11

C

P 17

agricultura

Portalegre acolhe China

P 26 e 27

P5

conferência na universidade de évora

Enoturismo é aposta

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“Igreja do Papa Francisco não deixa ninguém para trás”

projeto europeu

IPLeiria no Reino Unido

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p2a4 pub

Design | Comunicação | Edição

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p 30

Av. do Brasil, N. 4 R/C - 6000-909 Castelo Branco Tel:. 272324645 Tel:. 965315233 | 933526683 MAIO 2017 /// Fax:. 210112063 | rvj@rvj.pt | www.rvj.pt

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Joaquim Franco, jornalista da SIC e especialista em assuntos religiosos

«A Igreja do Papa Francisco não deixa ninguém para trás» 6 No livro «Papa Francisco – A Revolução Imparável», que escreveu em parceria com o jornalista António Marujo, fala de «Primavera no catolicismo». É a melhor

síntese dos quatro anos de pontificado do Papa argentino? Ainda é cedo para dizer que se concretizou uma «Primavera» na Igreja ca-

tólica. Mas sentimos um novo respirar e o que parece ser um momento de viragem no catolicismo, fruto de uma expetativa criada há alguns anos – desde o

Segundo Concílio do Vaticano – e que teria de ter como resultado uma mudança. E essa expetativa foi agora depositada numa personagem: o Papa Francisco.

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Quer com isso dizer que a eleição de Jorge Bergoglio não aconteceu por acaso? A eleição de uma pessoa com o seu perfil era quase uma inevitabilidade face às circunstâncias em que a Igreja vivia. Em 2013, a Igreja estava cercada por escândalos, com corrupção, fugas de informação, crise financeira, pedofilia. Vinha de um pontificado muito longo de João Paulo II que deixou marcas na estrutura, seguido por um pontificado curto, que foi o de Bento XVI – que não era amado pela comunicação social. E é perante esta, chamemos-lhe, “panela de pressão”, prestes a rebentar que a Igreja se confronta. As congregações gerais – que antecedem o Conclave – permitiram aos cardeais refletir sobre a situação em que a Igreja se encontrava e que modelo de Igreja era preciso construir ou reconstruir. Lendo as atas destas reuniões, a tendência apontava para um sucessor na linha de um Jorge Bergoglio, que surpreendera o colégio com uma intervenção muito lúcida e assertiva sobre a necessidade de retomar o Evangelho como resposta prática e pragmática. O contexto facilitou a escolha de Bergoglio? A situação era insustentável e ele teve a mais valia, no caso, de não ter qualquer ligação aos problemas da Igreja ou à estrutura vaticana. Ele é sobretudo um homem do terreno, um pastor, e está a mostrar que o que faltava à Igreja era precisamente o pragmatismo do terreno. A sua experiência pastoral trouxe para o governo central da Igreja o método

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de trabalho de um pastor: ouvir, falar, governar. Não deixa que outros governem por ele, ele governa, ouvindo e dialogando. Talvez seja esta a marca primeira da grande revolução. Ser jesuíta ajuda, é uma característica fundamental para dar um novo rumo a uma Igreja cercada por diversos problemas. Com Francisco a Igreja tem um caminho diferente. Diz-se muito que a Igreja não acompanha o evoluir da realidade e os sinais dos tempos. Com o Papa Francisco há a preocupação por chamar para primeiro plano princípios básicos da vida, como o pedir licença, o agradecer e até o pedir desculpa. Sem se dar por isso, é um regresso ao básico? Uma das marcas do Papa Francisco é que com ele regressa-se ao essencial do Evangelho, que passa por criar estruturas de relação e pensamento que levem ao encontro. Para ele a pessoa é, antes da condição de ser. Toda a construção do modelo ético e relacional do cristianismo está impregnado de relações incondicionais, mas há uma distância considerável entre o princípio evangélico e a prática da natureza humana. Francisco recupera para a atualidade princípios básicos do Evangelho que, de algum modo, estavam a cair em desuso. É o caso do princípio do acolhimento. Não é por acaso que faz um apelo repetido à ética de vida e do encontro. Para Francisco, a verdade é um encontro. Não há outra forma de lá chegar senão com o outro e pelo outro. Isto é o Evangelho. Recordemos os discursos e homilias dele. Agregada a ;


uma ideia ou a uma opinião está sempre uma pessoa ou uma situação. É um pastor, habituado ao concreto e não ao mero abstrato da fé. Ele reposiciona a doutrina, responsabilizando em simultâneo os próprios cristãos, a começar pelo clero, que acusa de preguiça e carreirismo. Para o Papa Francisco, a doutrina não está a montante, condicionando, segregando ou proibindo. A montante da experiência cristã está o Evangelho da misericórdia e a jusante está então a norma e a lei de uma Igreja feita de humanidade e de procura, como algo que pode servir como proposta de guia, apenas. É nesta lógica que a Igreja do Papa Francisco não deixa ninguém para trás, todos têm oportunidade, porque todos têm espaço e lugar. A exortação sobre a família é um claríssimo exemplo disso. E isto é uma revolução, que derruba os protótipos e preconceitos que caracterizaram um pensamento centralizador e tutelar, obrigando a Igreja a abandonar as pantufas, a calçar as botas de trabalho e a ir para o terreno. Dá trabalho, é evidente. Uma revolução pode ser, ao mesmo tempo, uma reforma? Uma revolução, embora possa ter uma dimensão por vezes abrupta, implica um percurso de reformas. Senão, não chega a ser uma revolução. O contexto de mudança é tão evidente que está a revolucionar a forma de um católico ou de um cristão se posicionar no mundo. O termo revolução não é exagero. Vivemos num tempo de mudanças drásticas, a todos os níveis – de uma certa irreversibilidade - e onde se inclui a religião. O Papa Francisco tem o mérito de introduzir uma nova atitude de ver o pensamento religioso no mundo contemporâneo que é revolucionária, porque, embora na senda de outros gestos e de outros papas, tem um certo caráter inédito na Igreja católica, transmitindo uma mensagem mus-

culada segundo a qual nada é legítimo, em qualquer dimensão da vida, se atentar contra a pessoa ou promover a segregação. Para além de abalar os alicerces das certezas absolutas do pensamento religioso, nomeadamente o católico, ele lança mudanças – lá está, as reformas – que nos parecem não terem marcha atrás. Também falamos no livro sobre isto. Mas o título que dão ao livro não é irreversível, mas imparável. O que quer isso dizer? Nada na vida é irreversível. Só o nosso caráter finito! A certeza que eu e o António Marujo temos é que nalgumas dimensões e em algumas dinâmicas de mudança já lançadas pelo Papa Francisco, se houver um retrocesso isso implicará estragos na própria Igreja. Uma cisão profunda. A expetativa foi situada a uma fasquia de tal forma elevada que retrocedendo, implicaria divisões dramáticas na Igreja. Por isso temos de fazer a pergunta: e depois de Francisco?

As resistências dos setores mais conservadores da Igreja e o facto de o Papa ter anunciado que antevê um pontificado curto, podem reduzir o impacto desta revolução imparável? O Papa Francisco tem revelado, repito, ser um homem de governo e tem sabido lidar com muita perspicácia e eficácia com as dificuldades e os obstáculos. Começa logo por recorrer à força do Espírito. Os crentes sabem o que ele quer dizer quando pede “rezem por mim”. Ele sabe que a tarefa não se cumpre apenas com a motivação humana, muito menos com um homem só. A sua formação e experiência pastoral permite-lhe governar mesmo com os que pensam de forma distinta da dele. Repare que não há nenhuma decisão do Papa Francisco tomada de forma isolada e as mudanças propostas ou em marcha são feitas após aprofundada reflexão. Para adequar a Igreja à vida da família hoje convocou um Sínodo, em que pôs a Igreja a debater o tema durante ano e meio. Terminado o Síno-

CARA DA NOTÍCIA 6 Em Fátima com o Papa Joaquim Franco nasceu em Lisboa, em 1967. É jornalista da SIC. Na sua carreira passou pelo Correio da Manhã Rádio, pela Rádio Comercial e pela TSF, antes de, em 2000, integrar a equipa fundadora da SIC Noticias. Foi um dos principais rostos da operação que a SIC e da SIC Notícias prepararam a propósito da visita do Papa Francisco a Fátima, nos passados dias 12 e 13 de maio. Na sua carreira tem diversos trabalhos premiados, ou referenciados, sobretudo na área da religião, dos quais se destacam: “Terceira Idade da Inocência” (TSF, 1999); “Jesus descodificado” (SIC, 2005); “Ritual da Morte no Islão” (SIC, 2006); “João Paulo II, o 1º Papa Global” (SIC/Expresso, 2006) – Menção Honrosa Impresa; “Padres políticos” (SIC, 2008); “Esplendor da Austeridade” (SIC, 2012) – Menção Honrosa CLEPUL; “Arquivo Secreto Vaticano” (SIC/ Expresso, 2012) – 2º Prémio Giuseppe de Carli (Itália); “Esplendores...”(SIC, 2014). Foi realizador e jornalista no programa religioso «70x70», o mais antigo da TV em Portugal. Em 2013, venceu o Prémio Consciência e Liberdade, atribuído pela Associação Internacional para a Defesa da Liberdade Religiosa. É licenciado e investigador em Ciência das Religiões na Universidade Lusófona e no CLEPUL e coordenador-adjunto do Instituto de Cristianismo Contemporâneo, sediado na ULHT. K

do, ponderadamente, juntou os contributos de todos os bispos e elaborou, como já referi, uma exortação apostólica com uma dimensão revolucionária sobre a forma como lidar com a família. As respostas apresentadas pelo Papa podem colidir com a opinião de alguns, mas refletem a opinião esmagadora da maior parte dos bispos. Realço um dado, da maior relevância... O peso que ele dá ao primado e à formação da consciência. É ler a “Amoris Laetitia”. Em derradeira instância é em consciência que o cristão se apresenta diante da sua vida sacramental. Sem tutelas, em liberdade, o que implica uma grande responsabilidade pastoral. O cristão deve agir em consciência formada e não por imposição. Quais são os maiores obstáculos com que se defronta? Dentro do Vaticano ele lida com essa oposição, mas como líder de governo que sabe ouvir e não fica paralisado diante dos obstáculos. Mesmo perante os obstáculos de caráter doutrinário, ele já relevou que não tem medo da discórdia e que tão pouco anda à procura de unanimidades. Segue o pragmatismo pastoral sem com isso por em causa os valores. Depois há os obstáculos administrativos, da estrutura administrativa do Vaticano, muito pesada, com muitos vícios e o domínio dos italianos. Assim que assumiu o cargo, ele impôs uma dinâmica de reforma, suspendendo novas contratações, reestruturou os serviços da Santa Sé, quis mais leigos a liderar cargos de responsabilidade e não é de excluir que tenhamos mais mulheres a desempenhar cargos de responsabilidade, nomeadamente numa função elevada na estrutura. E os adversários fora dos muros do Vaticano? Para identificar os obstáculos externos, basta ler os artigos do Papa sobre a economia, a política e a ecologia, a forma ;

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como se pronuncia sobre os refugiados, a pobreza, o neoliberalismo e os atropelos ao ambiente. Aí se percebe quem está contra o Papa. A encíclica “Laudato Si” é uma denúncia veemente sobre a forma como a economia prevalece sobre a política. Certos poderes financeiros cruzavam-se também com alguns setores e personalidades que circulavam pelos corredores da Santa Sé e estão entranhadas nos muitos interesses da Igreja, o que levou a que o Papa, corajosamente, tenha empreendido um esforço para dotar de mais transparência os mecanismos financeiros do Vaticano. Nalguns aspetos, Francisco tem características de João Paulo II, popular e mediático e de Bento XVI, com um pensamento filosófico muito profundo? O Papa Francisco faz a síntese de vários papas. Pela sua experiência pastoral, pela forma de dialogar de igual para igual com o outro, na abertura à diferença, na experiência de contacto com outras realidades, na coragem e no pragmatismo de querer resolver os problemas, até com sensibilidade diplomática, chamando a Igreja para o debate, diria que está muito próximo de João XXIII. Por outro lado, se formos ver o Papa Francisco no tempo, veremos que ele assume o pontificado num momento de uma grave crise de definição do papel da Igreja. Nessa perspetiva, eu comparo-o muito a Paulo VI, que sucedeu a João XXIII e apanhou uma Igreja com discussões calorosas sobre todos os assuntos, com brechas e divisões. A sua simplicidade e despojamento, até de ornamentos, assemelham-no a alguém? Como homem do sorriso e como homem do afeto, como homem da linguagem simples, ele é um João Paulo I, que teve um curto pontificado de 33 dias, mas que, pelos poucos discursos que conhecemos, tem muitas semelhanças com o Papa Francisco. Por outro lado, a sua atitude mais popular, de contacto com os crentes e as pessoas, e a disponibilidade para estar junto das massas, da possibilidade de abrir caminhos que se julgavam impossíveis, e até pela valorização de alguma religiosidade popular e do diálogo com outras religiões, eu diria que é um João Paulo II. As semelhanças com Bento XVI são ao nível do pensamento estruturado filosófico? Com Joseph Ratzinger o paralelo reside na sua linha de pensamento sobre a vida, no cruzamento com a razão e a emoção, olhar para um mundo de forma racional e extrair o que é essencial, construindo uma alternativa de pensamento e materializando-o na sua liderança. Recordo o discurso de Bento XVI em

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a desenvolver. Na minha perspetiva há que redimensionar a dimensão religiosa nos programas de História e Filosofia, nomeadamente. Porque a religião cruza-se com a dimensão da cidadania. E agora já não é o jornalista que fala, é o investigador em Ciência das Religiões da Universidade Lusófona e coordenador do Observatório para a Liberdade Religiosa, e que integra um grupo de trabalho que há muito tempo está a desenvolver, no âmbito da cidadania, uma nova abordagem ao fenómeno religioso na escola.

Lisboa – a Igreja é chamada a falar do caráter perene “da verdade, com respeito por outras verdades ou com a verdade dos outros” - e comparo-o com o que disse Francisco, quando deu a entender que quando um cristão se diz na posse de certezas absolutas, não está no caminho certo. Aliás, ainda arcebispo de Buenos Aires disse numa entrevista que não tem todas as respostas, “nem sequer todas as perguntas”, e está sempre a colocar perguntas a si próprio. É, portanto, um Papa multifacetado… Sem dúvida. E é preciso acrescentar-lhe um aspeto. É um homem com a experiência de vida da América do Sul, o que lhe permitiu trazer para a centralidade europeia a vivência noutro continente, a sua maior escola. E, insisto, é um jesuíta, com capacidade de exercitar o discernimento ativo, aberto à reflexão a partir de dados concretos e não decidir de forma precipitada ou deixar que outros governem por ele. Na missa de canonização dos pastorinhos, em Fátima, uma das frases mais impactantes do Papa foi quando referiu a igreja «acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica de amor». Esta é uma Igreja com sentimento? A Igreja de Francisco é uma comunidade de afetos, de sensibilidade e sentimento. Mas, se me permite, o que mais me impressionou nas palavras do Papa em Fátima foi a sua capacidade de agarrar nas narrativas da de-

voção para por os devotos em saída. Ali não há uma “santinha” para ter favores a “baixo preço”, há uma força maternal que chama ao consolo e ao amor. E há uma educação a fazer, no sentido de encaminhar os devotos em direção ao evangelho, sem martírios ou mortificações, mas com “mobilização geral” para a ética do empenho solidário, enquadrando aqui até a inevitabilidade dos sofrimentos. Entre os silêncios do Papa e a euforia dos peregrinos, houve uma mensagem. Temo que não tenha sido devidamente ouvida. Em Fátima, ali onde muitos praticam a experiência individual da fé, Francisco indicou o caminho que não se cansa de indicar... fazer comunidade e partir para as periferias. É dos poucos jornalistas portugueses especializados em assuntos religiosos, apesar de na SIC fazer reportagens de outra natureza. Qual é a mais valia de ser um profissional por dentro destas temáticas? Eu entendo que a religião é uma dimensão da vida que justifica editorias específicas nas redações. Falo em religião, não apenas em Igreja. Eu tenho ouvido muitas barbaridades na comunicação social, sobre assuntos religiosos. Seja sobre o Islão, sobre o Papa, sobre a Igreja, sobre novas expressões de religiosidade. Muita asneira potenciada nos momentos mais agudos da atualidade, nomeadamente em casos de terrorismo, logo relacionados com uma dimensão religiosa.

Não sei se isto é consequência da secularização da sociedade, mas desvaloriza-se o fenómeno religioso, recuperando-o apenas quando este se relaciona com os males do nosso tempo. A falta de formação nas redações para este tema é de tal forma que não sei se o contributo mediático tem ajudado ou prejudicado a resolução de alguns problemas graves, que, com fundo religioso, exigem um necessário enquadramento. Pode concretizar um pouco melhor o seu raciocínio? Alguns dos problemas que temos hoje, na Europa e no mundo, estão relacionados com a experiência religiosa. Na verdade, da política à economia e à saúde, passando pelo desporto, a religião é transversal a praticamente todas as dimensões da vida. E, nessa perspetiva, creio que se justificaria numa redação, com possibilidades para tal, editorias de religião com jornalistas dedicados a esta área. Da mesma forma que se fazem editorias com profissionais especializados em futebol, novas tecnologias, economia, política, etc. O espaço que a religião ocupa nas escolas é residual. A disciplina de Religião e Moral, enquanto em Espanha conta para a nota, em Portugal é facultativa. É aqui que começa a desvalorização do fenómeno religioso? Em certa medida, sim. Aliás, basta ver os programas nas áreas de História e Filosofia para perceber que há muito trabalho

E em que consiste, em concreto, esse projeto? Sem desvalorizar, pelo contrário, a importância da educação moral e religiosa, seja ela católica ou outra, o que propomos, no âmbito da cidadania, é a criação de uma nova área disciplinar que permita a abordagem científica e transversal do fenómeno religioso, dotando os estudantes de ferramentas para compreender o fenómeno religioso e para facilitar o diálogo social. Ou seja, integrando-o no debate sobre a cidadania e a igualdade. O debate sobre a cidadania e a igualdade tem de conter o fenómeno e a experiência religiosa. Esta iniciativa está em curso numa escola piloto com uma disciplina que designaram por Religiões do Mundo. Vão estender esta espécie de roteiro para o diálogo inter-religioso a mais estabelecimentos de ensino? Andamos no terreno também com um Roteiro, apoiado pela Secretaria de Estado para a Cidadania, que nos permite o contacto, em registo não formal, com alunos de várias idades. Estamos em fase de aperfeiçoamento para criar os melhores modelos, mas já estamos em contacto com escolas para alargar o projeto, que está a ser muito bem acolhido por onde tem passado. É aí que surge o debate e o conhecimento, nomeadamente através do Projeto VER (Sigla que significa Valores, Espiritualidade e Religião)... Isso devia ser ainda segredo [sorrisos]. Trata-se precisamente de uma proposta de ação em educação não formal, no âmbito da cidadania. Visa uma sociedade mais esclarecida e com um pensamento mais aprofundado, numa época em que se pensa pouco e demasiado rápido...

Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H   

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Apelo em dia de aniversário

Covilhã deve unir-se à UBI 6 A Universidade da Beira Interior assinalou no domingo, 30 de abril, o seu 31.º aniversário. Durante a sessão solene comemorativa, o reitor, António Fidalgo, sublinhou a evolução da Universidade ao longo dos anos e apelou a um maior envolvimento da autarquia e da cidade no desenvolvimento da instituição. “É crucial que a própria cidade e a autarquia sejam parte fundamental desta estratégia da UBI como universidade do mundo. O repto que lanço à Covilhã, às suas gentes e políticos, é a de se assumir de vez como cidade universitária. Uma cidade que continua a perder população e eleitores tem de apostar numa instituição que traz juventude e dinamiza sobremaneira a vida citadina”, sublinhou o reitor da UBI. António Fidalgo defendeu ainda que “não deixa de ser paradoxal que o município esteja disposto a subsidiar, com milhões de euros, investimentos empresariais em troca da criação de duas ou três centenas de postos de trabalho e depois descure a instituição que lhe assegura diretamente 700 postos de trabalho e a presença de mais de sete mil alunos”. Durante a sessão solene que assinalou os 31 anos da UBI, António Fidalgo anunciou que a instituição pretende adquirir o edifício da antiga fábrica “Alçada e Pereira”, havendo já conversações com o instituto de gestão financeira da Segurança Social. Nesse sentido, o reitor lançou o apelo público ao presidente da Câmara da Covilhã para a ajuda à criação de uma nova residência universitária e da grande praça da Universidade, para além do plano estratégico de mobilidade urbana. “O que pedimos à Câmara é que use os fundos do plano estratégico de desenvolvimento urbano nas vertentes de reabilitação das zonas históricas e da mobilidade para tornar a cidade mais atrativa na oferta de alojamento e nas ciclovias tão fundamentais para o projeto ‘u-bike’, as bicicletas elétricas que serão certamente um bom instrumento de mobilidade urbana dentro da cidade. Mas temos de reconhecer que usar o empedrado que liga o jardim de São Francisco à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas seria condená-las a uma vida muito curta. É preciso que de Santo António à Carpinteira seja construída uma ciclovia moderna e com boas condições de segurança. E o mesmo vale dizer para a ligação do Polo I ao Polo da Saúde. Vila Real fez isso para a UTAD e é também justo que a Covilhã faça o mesmo com a UBI”, sustentou. Outro dos pedidos feitos a Vítor Pereira foi a conclusão das acessibilidades no parque da Goldra, com a construção de uma escadaria projetada há já quatro anos. António Fidalgo lembra que “é sabido que o estacionamento é um problema numa cidade de montanha”, pelo que “o elevador da Goldra, junto à biblioteca central da UBI, veio resolver em parte esse problema ao permitir que a comunidade académica deixasse o carro na parte baixa da cidade e subisse pelo elevador para a avenida Marquês d´Ávila e Bolama. Infelizmente, passados mais de quatro anos da entrada em funcionamento desse elevador, ainda não estão construídas as escadas adjacentes para,

O Reitor da UBI, António Fidalgo, desafiou a cidade

Maria Isabel Ferra recebeu o diploma de Professora Emérita

O Ensino Magazine distinguiu um dos melhores alunos da Universidade

A exposição do Ensino Magazine esteve patente no Museu dos Lanifícios da UBI

em caso de avaria que por vezes sucede, as pessoas que ali estacionam não terem apenas o penoso recurso de subir ou descer a calçada alta. Reitero o pedido para que se construam essas escadas tão depressa quanto possível”, sublinha. No final da cerimónia, o presidente da Câmara da Covilhã assegurou o arranque de algumas das obras, nomeadamente a escadaria da Goldra. “Desde o início do meu mandato que invertemos um ciclo de costas viradas da Câmara para a Universidade”, considera Vítor Pereira. “Em termos genéricos há uma boa e sã relação institucional, temos vindo a colaborar em vários domínios, e sobre as questões que hoje aqui foram colocadas, em relação ao edifício que a UBI pretende adquirir cá estaremos para trabalhar em conjunto e assumir a nossa quota de responsabilidade”, garantiu o autarca. Na sessão que marcou a comemoração dos 31 anos da Universidade, António Fidalgo lembrou ainda a integração da instituição na lista das 150 jovens universidades de todo o mundo da Times Higher Education, sublinhando a evolução da instituição nos últimos anos, e garantiu: “Somos uma universidade sólida, forte e confiante, e que, com audácia jovem, quer de novo cumprir o desígnio histórico de Portugal, de dar mais mundos ao mundo, e ser uma universidade do mundo”. A cerimónia teve ainda como um dos pontos altos a outorga do diploma de Professora Emérita a Maria Isabel Almeida Ferra, docente da Faculdade de Ciências, como tinha sido anunciado por António Fidalgo em outubro de 2016, durante a Última Lição da Professora Catedrática do Departamento de Química. “Esta decisão, que entendo de toda a justiça, deve-se à ação e prestígio no domínio académico e científico conseguido pela docente, que chegou a esta instituição ainda no tempo do Instituto Politécnico da Covilhã e assistiu ao nascimento e ao crescimento da UBI”, sustentou António Fidalgo. Durante a sessão, interveio também a presidente da Associação Académica da UBI (AAUBI), Raquel Bento, que defendeu a alteração do atual sistema de atribuição de bolsas. Em representação do presidente do Conselho Geral, o vice-presidente, João Paulo Catarino, sublinhou a evolução da UBI ao longo dos anos. A Sessão Solene de 30 de abril incluiu ainda a outorga de Cartas de Agregação e imposição de insígnias doutorais. Foram homenageados docentes e funcionários que completaram 20 anos de serviço na UBI ou que se aposentaram até 30 de abril de 2017. O “Dia da Universidade” reconheceu também a qualidade dos seus estudantes, com a entrega de Prémios de Mérito Escolar aos alunos do 1.º Ciclo/Mestrado Integrado que terminaram o curso em 2015/16. No final da Sessão foi inaugurada a exposição que assinala os 20 anos da publicação “Ensino Magazine”, que estará patente até 14 de maio, na galeria do Museu de Lanifícios, Núcleo da Real Fábrica de Panos. K Rafael Mangana _

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Sapatos para localizar doentes com Alzheimer

Quatro prémios internacionais

Investigadores da UBI criam TeatrUBI e ASTA 6 O Laboratório de Investigação Next Generation Networks and Applications Group (NetGNA) da Universidade da Beira Interior está a desenvolver uma tecnologia que permite localizar pessoas que sofram de doenças como Alzheimer, com o objetivo de prevenir acidentes ou mesmo o desaparecimento do doente O sistema transmite a localização do utilizador, de forma contínua e em tempo real, permitindo ainda a definição de zonas de segurança que, caso sejam ultrapassadas, emitam alarmes para cuidadores profissionais ou familiares. Se o utente descalçar o sapato também é mostrado ou emitido um alerta. O serviço e portal web que indica a localização foram criados por alunos de Doutoramento do Departamento de Informática do NetGNA - que faz parte do Instituto de Telecomunicações -, no âmbito de um projeto nacional

distinguidos

QREN (AAL4ALL), sendo que o sapato é propriedade do Centre of Nanotechnology and Smart Materials (CeNTI), que é parceiro no projeto. Trata-se de um serviço de localização baseado num dispositivo difícil de perder e utilizado por qualquer pessoa no seu quotidiano, representando desta forma uma inovação. Por outro lado, a comunicação é feita através do sistema de “cloud” e de uma for-

ma intuitiva para o utilizador. O sistema foi testado numa primeira fase por 10 idosos durante três meses, com bons resultados obtidos pelos investigadores. Atualmente, integra um conjunto projetos incluídos numa parceria que envolve o NetGNA/IT e o Departamento de Informática com a instituição de solidariedade social Associação de Socorros Mútuos ‘Mutualista Covilhanense’. K

6 O Grupo de Teatro da Universidade da Beira Interior (TeatrUBI) e a Associação de Teatro e Outras Artes (ASTA) alcançaram quatro prémios na 12ª edição do Festival Internacional de Teatro Universitário de Fez, que decorreu em Marrocos, de 2 a 6 de maio. O espetáculo das companhias covilhanenses, ‘Sangue e outras Substâncias’, foi o vencedor do Festival, no qual participaram companhias oriundas de 10 países diferentes (Arábia Saudita, Brasil, Camarões, Egipto, Espanha, Marrocos, Republica Checa, Sultanato de Omã, Tunísia e Portugal). Ganharam ainda os prémios de melhor direção, melhor cenografia e melhor ator (Edmilson Gomes). Em comunicado conjunto, as companhias sublinham que “o trabalho artístico das companhias da Covilhã tem somado rasgados elogios a nível internacional, só por cá as portas se fecham. E

como santos da casa não fazem milhares, ‘Sangue e Outras Substâncias’ foi convidado para ser apresentado em mais três festivais internacionais, dois em Marrocos e um em Espanha”. O comunicado refere que “a participação das companhias covilhanenses neste importante certame de teatro internacional não contou com qualquer apoio nacional ou local”, sendo que “ambas as companhias e os seus integrantes pagaram a deslocação a este certame com os seus próprios meios”. “Alguém anda muito distraído por cá”, pode ler-se. A peça conta com a interpretação dos atores Edmilson Gomes, Daniela Matos, Gonçalo de Morais, Helena Ribeiro e Iúri Lopes, o desenho de luz é de Pedro Fonseca e a Operação de Luz esteve a cargo João Cantador. K Rafael Mangana _

3.º Jogos de Portugal

UBI é parceira no Special Olympics Covilhã e Castelo Branco

Aeronáutica em encontro 6 A Universidade da Beira Interior e o Aeródromo de Castelo Branco foram os palcos escolhidos para o primeiro Encontro Nacional de Aeronáutica reconhecido e certificado pela Ordem dos Engenheiros (ENA 2017), que decorreu de 3 a 7 de maio e fica marcado por ser o único Festival Aéreo a nível mundial preparado exclusivamente por alunos universitários. O evento foi dividido em três dias de conferências, no Anfiteatro das Sessões Solenes da UBI, convívio e jantar de gala aeronáu-

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tico, além de dois dias de festival aéreo, incluindo uma feira empresarial na Base de Apoio Logístico e Aeródromo de Castelo-Branco. No Aeródromo de Castelo Branco viveram-se diversas experiências de voo, exposição de aeronaves e demonstrações de acrobacias aéreas, voos de divulgação de balão cativo, saltos de paraquedismo e um circuito de competição para drones. Para além da presença de companhias nacionais e internacionais, como a Airbus, a Rolls

Royce, a ESA, entre outras, o evento acolheu também alunos de Engenharia Aeroespacial da Lusófona do Porto, do Instituto Superior Técnico de Engenharia Aeroespacial de Lisboa, do Instituto Superior de Ciências e Educação e também do Instituto Superior de Economia e Gestão, de Gestão Aeronáutica. A organização esteve a cargo da Aeroubi Euroavia AS Covilhã, em parceria com a Ordem dos Engenheiros e a Câmara Municipal de Castelo Branco. K

6 A Universidade da Beira Interior (UBI) é uma das parceiras dos 3.º Jogos de Portugal do Special Olympics, que decorrem na Covilhã, de 29 de junho a 1 de julho e juntam cerca de 300 atletas de duas dezenas de clubes nacionais, numa organização da Appacdm Covilhã e do Special Olympics Portugal. As provas vão ter lugar no Complexo Desportivo, Piscina Municipal e nos pavilhões da UBI, para onde estão marcadas as competições de Ténis de Mesa, Futsal e o 1.º Campeonato Nacional de Judo. Ainda para a UBI está reservada a entrega de troféus às delegações destes Jogos de Portugal do Special Olympics (Faculdade de Ciências da Saúde, Grande Auditório).

A participação da UBI neste evento mantém a linha de colaboração que tem sido desenvolvida pela instituição com entidades desportivas e, especificamente, com organizações que trabalham na inserção social de crianças, jovens e adultos com limitações intelectuais. A Appacdm e o Special Olympics Portugal, organismo fundado em Março de 2001, que representa o país no Movimento Special Olympics e que proporciona aos atletas – cerca de 2000 os inscritos – a oportunidade de competirem nas modalidades de Andebol, Atletismo, Basquetebol, Equitação, Futebol, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Golfe, Judo, Natação, Ténis de Mesa e Petanca. K


Universidade de Évora

Artes assinala oitavo aniversário 6 A Escola de Artes da Universidade de Évora (EArtes) assinalou, dia 10 de maio, o seu oitavo aniversário. Para celebrar a efeméride, oferece uma programação diversificada de atividades artístico-culturais abertas à comunidade, que vão desde a música ao teatro, às artes visuais e design, bem como à arquitetura. Ana Telles, diretora da escola, aproveitou a ocasião para fazer uma retrospetiva da instituição, desde o seu “embrião”, recordando aqui o “papel determinante” que o então Reitor da UÉ, Jorge Araújo, desempenhou na criação da Escola de Artes, “por ter acreditado e defendido aquilo que nos move a todos no seio desta Escola”, até ao momento presente, onde, com a participação e o empenho de todos, verificou-se uma “evolução no ensino” e o alcançar, com sucesso, os “objetivos a que nos propusemos”. Referindo-se ao programa das comemorações, a

diretora da EArtes, considera que este é um “tubo de ensaio, uma maquete promocional”, demonstrativa da produção diária da Escola. Com os olhos postos no futuro, deixou, ainda, a intenção que esta possa atingir a sua “maturidade”, a nível nacional e internacional. Para Ana costa Freitas, a EArtes, apresenta “grande dinamismo” e “crescente vitalidade”, lembrando que esta, “vive das pontes que estabelece com o exterior, com os profissionais da criação artística e cultural”, estabelecendo cada vez mais “laços com a região” e que detém uma “grande capacidade de potenciar a imagem da Universidade de Évora, na região, no país e fora dele”. Não esquecendo, ainda, de enaltecer o trabalho que aqui se desenvolve, contribuindo “para o encontro e para a discussão de ideias”, oferecendo a todos, neste momento tão especial, um “programa cultural e artístico de qualidade”. K

Évora

Universidade Popular faz oito anos 6 A Universidade Popular Túlio Espanca comemora o seu oitavo aniversário. Para assinalar a data, decorreu hoje, dia 17 de maio, no Colégio Luís António Verney, as cerimónias oficias, reunindo responsáveis e alunos dos Polos de Alandroal, Canaviais, Portel, São Miguel de Machede e de Viana do Alentejo. Ana Costa Freitas, reitora da UÉ aproveitou a ocasião para anunciar, “a abertura de mais um Pólo” desta vez, na vila alentejana de Barrancos, “cuja inauguração terá lugar muito em breve”. Dirigindo-se a uma plateia essencialmente composta por alunos seniores, fez questão de

frisar que são os alunos “a principal razão de ser de uma Universidade”. Criada em 2009, sob coordenação científica e pedagógica de Bravo Nico, professor do Departamento de Pedagogia e Educação da UÉ, a Túlio Espanca, tem vindo a promover ao longo destes oito anos, projetos e atividades de educação não formal dirigidas a toda a população do Alentejo, de forma integrada com as autarquias e diversas instituições da sociedade civil, o que valeu o elogio da reitora, ao considerar este projeto “fundamental” para a região. K

Conferência na Universidade de Évora

Enoturismo é aposta 6 As Instituições do Ensino Superior devem apostar na Formação em Enoturismo. Esta foi uma das principais conclusões da Conferência “Enoturismo no Alentejo: Turistas, Adegas e Hotéis” que se realizou, no passado dia 11 de maio, na Universidade de Évora. A conferência teve como principal objetivo promover a cultura vitivinícola do Alentejo e abordar a sua relação com a atividade turística. Analisar a importância do enoturismo para o desenvolvimento do destino Alentejo foi também outro dos objetivos da iniciativa. Para debater e refletir sobre a referida temática, a conferência contou com a presença de especialistas ligados ao vinho e ao enoturismo como, por exemplo, diretores de hotéis vinícolas e de adegas. Os oradores concluíram que as Instituições do Ensino Superior deveriam apostar na formação em enoturismo como, por exemplo, nas pós-graduações. Sobre a questão da formação em enoturismo, a Coordenadora da Conferência, Noémi Marujo, referiu que na Licenciatura em Turismo da Universidade de Évora a temática do enoturismo é trabalhada em al-

gumas disciplinas. “Nós temos no plano de estudos do nosso curso algumas disciplinas onde o enoturismo é abordado, o que permite capacitar de certa forma os nossos alunos para esta área. Aliás, temos licenciados em turismo a trabalhar em adegas e em hotéis associados ao vinho. Mas, a Universidade de Évora não descarta a possibilidade de uma Pós-graduação em Enoturismo. Já temos um Mestrado em Viticultura e Enologia. Sei também que a reitoria quer apostar numa Licenciatura em Enologia e, portanto, possivelmente poder-se-á também avançar com uma pósgraduação em enoturismo”. Para Noémi Marujo, “o enoturismo constitui um importante

pilar para o desenvolvimento turístico da região Alentejo. Este tipo de turismo pode contribuir para a melhoria da imagem do destino, promover o vinho e também captar mais turistas para a região. Por isso, uma pós-graduação nesta área pode beneficiar de facto várias organizações turísticas da região”. Sublinhe-se que a conferência contou com 234 participantes e foi planeada e organizada pelos alunos da disciplina de “Planeamento de Eventos e Animação Turística” que é oferecida na Licenciatura em Turismo no Percurso de Línguas e Turismo da Licenciatura em Línguas e Literaturas da Universidade de Évora. K

Reitor faz conferência

Brasil visita Évora 6 A Universidade de Évora (UÉ), recebeu dia 2 de maio o reitor da Universidade Cesumar (Brasil), Wilson de Matos Silva, que apresentou no Colégio do Espírito Santo, uma conferência subordinada ao tema “Empreendedorismo e Educação” Numa plateia composta por muitos estudantes da UÉ, os participantes tiveram oportunidade de escutar a trajetória empreendedora do fundador e reitor do Centro Universitário CESUMAR, com re-

sultados de excelência reconhecidos pelo Ministério da Educação do Brasil. Na palestra, o reitor da Universidade de Cesumar abordaou a sua visão empreendedora da educação e a importância da conversão dos estudantes ao conhecimento, entendendo que o conhecimento é um bem maior, com o poder de nos transformar e preparar os alunos a serem vencedores, encarando ainda o conhecimento como o principal pilar para o desenvolvimento de uma nação.

Posicionada entre 4% das melhores instituições de ensino superior do país, a Universidade de Cesumar está relacionada entre os dez maiores grupos de educação do Brasil, conta com mais de 90 mil alunos em todo o território brasileiro e segue em processo de expansão, promovendo educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais e cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária. K

MAIO 2017 /// 07


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UTAD

Os riscos do Radão

Investigação da Universidade de Coimbra

Amêijoas tratam águas 6 Uma equipa de seis investigadores da Universidade de Coimbra está a desenvolver uma solução inovadora para o tratamento de águas residuais domésticas, combinando a utilização de ozono fotocatalítico e biofiltros com uma amêijoa de água doce conhecida como amêijoa asiática (Corbicula fluminea). O objetivo deste projeto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), é conseguir uma solução integrada, e vantajosa do ponto de vista económico, para aumentar a eficácia das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).

Os atuais métodos cumprem os limites legais “mas não são completamente eficazes no caso de alguns tipos de poluentes. As águas tratadas que são escoadas para os recursos hídricos apresentam quantidades significativas de bactérias e vírus, assim como alguns microcontaminantes químicos. As análises efetuadas no âmbito deste estudo em amostras recolhidas em várias ETAR revelaram a presença de grandes quantidades de bactérias e coliformes fecais como, por exemplo, Escherichia coli (E. coli), e alguns vírus de origem humana”, refere o coordenador

do projeto, Rui Cardoso Martins. A metodologia proposta nesta investigação pode ainda ajudar a mitigar os impactos ecológicos provocados pela amêijoa asiática, uma espécie invasora dos nossos ecossistemas. Esta espécie de bivalve causa também danos significativos na indústria que usa captação de água como, por exemplo, estações de tratamento de água para consumo e centrais termoelétricas, uma vez que cresce e multiplica-se muito rapidamente nas tubagens e outras estruturas, provocando graves problemas de biofouling (incrustação). K

Escola de Medicina da UMinho

Nuno Sousa preside 6 Nuno Sousa, professor catedrático de 48 anos, natural do Porto, acaba de tomar posse como presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho. Fez a licenciatura em Medicina e o doutoramento em Neurociências pela Universidade do Porto. É professor catedrático da UMinho desde 2009, onde é diretor do curso de Medicina, vice-presidente do ICVS - Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde, diretor do Centro Clínico Académico (uma parceria com o Hospital de Braga) e coordenador de vários projetos

Nuno Gonçalves H

científicos. Presidiu à Sociedade Portuguesa de Neurociências, coordenou o Conselho das Escolas Mé-

dicas Portuguesas, é membro de várias comissões de saúde e de investigação em todo o mundo, é editor-chefe da revista “Frontiers in Behavioral Neuroscience” e publicou mais de 400 artigos em revistas internacionais, como a prestigiada “Science”. O médico e cientista já recebeu várias distinções, como o Prémio Janssen Neurociências e a Medalha de Ouro do Ministério da Saúde. Bubo Sousa tem como vice-presidentes os professores Jorge Pedrosa, Joana Palha e Pedro Morgado. K

www.ensino.eu 08 /// MAIO 2017

6 No âmbito de uma tese de doutoramento em Geologia intitulada “Controlo geológico e mineralógico da radioatividade natural: um estudo na região de Trás-osMontes e Alto Douro”, desenvolvida pela doutoranda Lisa Maria Martins e orientada pelos professores Elisa Preto Gomes (UTAD) e Alcides Pereira e Luís Figueiredo Neves (Universidade de Coimbra), foi medida a presença de Radão na Região de Trás-os-Montes. O radão é um gás incolor, inodoro e insípido sendo “considerado um importante fator de risco para a saúde humana, também reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como a segunda causa de cancro do pulmão na população depois do tabaco e a primeira para não fumadores”. A área selecionada para este estudo radiológico compreende duas cartas geológicas 1: 50 000 representando uma área de 1280 km2, que abrange uma grande

variedade de rochas que se distribuem pelos concelhos de Vila Real, Sabrosa, Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Boticas, Chaves, Valpaços, Murça, Alijó e Carrazeda de Ansiães. Neste trabalho foi realizada uma avaliação do fundo radiométrico, das atividades de rádio e radão, emanação e produção de radão em rochas, da concentração de radão nos solos e na atmosfera interior em 269 edifícios. Segundo Lisa Martins, trata-se de um estudo pioneiro em Portugal “porque estuda a origem do radão”. Os dados foram obtidos através da medição em habitações durante o inverno, altura em que se verifica uma maior concentração de calor em espaços confinados, devido ao aquecimento artificial dos edifícios, com detetores disponibilizados pelo Laboratório de Radioatividade Natural da Universidade de Coimbra. As análises foram também realizadas por este laboratório. K

IADE – Universidade Europeia cria

Nova garrafa Lancers 6 A nova garrafa da Edição Especial de Verão da marca Lancers, criada por Soraia Morgado, aluna do IADE – Universidade Europeia, já está em comercialização em Portugal, nos EUA, Itália, Espanha e Alemanha. Com uma imagem fresca, a nova garrafa respeita o ADN da marca Lancers e faz uma aproximação à BD e à Pop Art aliando o conceito vintage à modernidade para conquistar um target jovem e descontraído. O desafio para desenhar pro-

postas de packaging da Edição Especial Verão da Lancers foi proposto à Agência Escola IADE e envolveu os alunos das turmas de 2º ano da Unidade Curricular de Design de Comunicação da licenciatura em Design do IADE escola da Universidade Europeia e instituição pioneira no ensino de Design em Portugal. O processo de selecção foi conduzido, numa primeira fase, pelo professores da licenciatura de Design do IADE – Universidade Europeia e envolveu 150 alunos. K


Na ESE

Avaliação das escolas em seminário 6 A Escola Superior de Educação de Castelo Branco realizou, dia 19, o II Seminário de Administração e Gestão. A iniciativa que decorreu, no auditório da escola, surgiu no âmbito do Curso de Especialização Pós-graduada em Administração Escolar, promovido pelo seu coordenador Valter Vitorino Lemos. Em nota de imprensa, envia-

da pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, é explicado que o tema do seminário foi “A Avaliação das Escolas” e que o orador convidado foi o Inspetor Pedro Gerardo, da Inspeção Geral da Educação e Ciência. O seminário foi aberto a alunos de mestrado e a professores, sendo entregue certificado de participação. K

Música

Coro da Esart atua no Museu 6 O Coro da Escola Superior de Artes Aplicadas do IPCB, com direção musical do maestro Gonçalo Lourenço, realiza, no dia 25 de maio, a partir das 18H30, no Museu Francisco Tavares Proença

Júnior, um Concerto. Serão interpretadas obras de Monteverdi, j. Shahrimanyan, Alp Durmaz, Glenn Simonelli e Daniel Zajicek. A entrada é gratuita e aberta a toda a comunidade. K

Dia 24

Conselho Geral está completo 6 Maria de Lurdes Rodrigues (ex-ministra da Educação), Vitor Santos (ex-presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), Luís Correia (presidente da Câmara de Castelo Branco), Joaquim Morão (ex-autarca de Castelo Branco e Idanha-a-Nova e presidente da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa Sul), Helena Freitas (Coordenadora da Unidade de Missão para o Interior), Carlos Coelho (diretor da Celtejo) e José Alves (Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco) foram os nomes cooptados, no passado dia 4 de maio, para o Conselho Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB). O futuro presidente do Conselho Geral, que substituirá Daniel Proença de Carvalho, será escolhido entre aqueles membros agora cooptados.

Com a cooptação destes membros fica completo o Conselho Geral da Instituição, uma vez que em março foram eleitos os representantes dos docentes e do pessoal não docente. Entre os professores, foram eleitos António Fernandes (EST), Moitinho Rodrigues (ESA), Henrique Gil (ESE), João Ventura (ESALD), José Filomeno Raimundo (ESART), António Pinto (ESGIN), José Carlos Gonçalves (ESA), Francisco Lucas (EST), Maria Natividade Pires (ESE), João Belo (ESALD), Carlos Reis (ESART), Jorge Almeida (ESALD) e Fátima Paixão (ESE). Como representante do pessoal não docente foi eleita Edite Santos, técnica superior do Instituto Politécnico. Já os estudantes estão representados por João Nunes, Joaquim Maia, Pedro Lopes e Samuel Bento.

Recorde-se que o Conselho Geral é o órgão que elege o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco. No entanto, as eleições para o cargo de presidente do IPCB só decorrerão no próximo ano, durante o primeiro trimestre. Significa que será o novo Conselho Geral que irá trabalhar com o atual presidente do Politécnico, Carlos Maia, até ao primeiro trimestre de 2018. Na eleição para o cargo de presidente do IPCB a única alteração que poderá surgir na composição do Conselho Geral diz respeito aos representantes dos estudantes, que só têm mandato até meados deste ano. Por esse motivo, os representantes dos alunos que agora elegeram os membros cooptados do Conselho Geral, poderão não ser os mesmos que vão votar para a escolha do novo presidente. K

IPCB

ESA debate bactéria 6 A Escola Superior Agrária de Castelo Branco realiza, próximo dia 24, pelas 14H30, a conferência “Xylella fastidiosa” um problema emergente na Europa”. A iniciativa terá como orador o docente João Pedro Luz e surge no âmbito do IV Ciclo de Conferências do Conselho Técnico-Científico da Escola. Em nota de imprensa é explicado que a “Xylella fastidiosa” é uma bactéria fitopatogénica transmitida por vetores, associada a doenças graves numa ampla gama de plantas. Esta bactéria foi deteta-

IPCB

Docente com agregação da em oliveiras na Apúlia, no sul da Itália, em outubro de 2013, tendo sido a primeira vez que a bactéria foi notificada na União Europeia”. Desde então, também foi encontrada na Córsega e na região da Provença-Alpes-Côte d’Azur, no sul de França, e em Espanha (Maiorca). Várias medidas de luta estão a ser adotadas para impedir que a bactéria se dissemine pelo resto da Europa, nomeadamente em Portugal. A inscrição é gratuita, mas obrigatória. K

6 Ernesto Candeias Martins, docente da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico da Castelo Branco, obteve com êxito, no passado dia 19 de abril, o Título de Agregado na Universidade de Lisboa – Instituto de Educação, na área da Educação – História da Educação (Social). As provas públicas de agregação decorreram na reitoria da Universidade de Lisboa, durante dois dias exaustivos perante um júri de catedráticos especialistas, naquele domínio cientifico, presidido pelo professor João Pedro da Ponte (IE-UL) e consti-

tuído pelos Professores António Sampaio da Nóvoa (UL-IE), António Teodoro (IE-ULHT), António Viñao Frago (FE-Universidade de Murcia), Anton Costa Rico (FEUniversidade de Santiago de Compostela), Manuel Ferreira Patrício (emérito da Universidade de Évora) e Justino Magalhães (IE-UL). Ernesto Candeias Martins é o segundo docente do IPCB e da Escola Superior de Educação a obter este grau académico, o que valoriza a sua formação avançada e, principalmente a qualidade e a especialização dos

docentes no IPCB no âmbito da carreira do ensino superior. O júri analisou cientificamente o currículo, o relatório curricular e o seminário/lição do candidato, confirmando e reconhecendo o seu mérito académico e profissional, a sua formação académica e de investigação, a sua dimensão científico-pedagógica, a sua capacidade de investigação e aptidão para dirigir e orientar trabalhos científicos de forma independente, naquela área científica. Ao ato assistiram muito público universitário e familiares do candidato.K

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Nacional de robótica

IPCB

Robô KIKA ganha bronze

Esald faz congresso de imagem médica

6 O Laboratório de Robótica do Instituto Politécnico de Castelo Branco conquistou o terceiro lugar no Festival Nacional de Robótica, que decorreu recentemente no pavilhão do estádio Universitário de Coimbra. O robô KIKA alcançou a medalha de bronze na prova de Condução Autónoma – Challenge, como explica em comunicado o Politécnico. A equipa do IPCB foi coordenada pelo docente Paulo Gonçalves, e constituída pelos alunos Bernardo Lourenço, João Mendes, Paulo Amaral, Rodrigo Bernardo, todos entusiastas da Robótica, da licenciatura em Engenharia Industrial, da Escola Superior de Tecnologia do IPCB. Na mesma nota é explicado que o robô, construído no laboratório da Escola Superior de Tecnologia do IPCB, tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos anos por professores e alunos da licenciatura em Engenharia Industrial, especialmente nas unidades curriculares de Sistemas de Controlo e Robótica, bem como de Sensores e Atuadores. Na prova realizada em Coimbra estiveram equipas do Insti-

tuto Superior Técnico – Universidade de Lisboa, Universidade de Aveiro e Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que se sagrou vencedora. De acordo com o IPCB, o robô KIKA, foi “o único que conseguiu satisfatoriamente realizar o estacionamento paralelo entre dois obstá-

culos, que simulam dois carros. Nas tarefas em que era requerida velocidade, o desempenho não foi o mais eficaz tendo a equipa da Universidade de Aveiro ganho aí os pontos necessários para ficar, no final, em segundo lugar. O Festival Nacional de Robó-

tica, é um evento da Sociedade Portuguesa de Robótica que apura os campeões nacionais, nas diferentes provas, para posteriormente representarem Portugal no campeonato mundial, RoboCup. Em 2017, realiza-se em Nagoya – Japão, no final de julho. K

6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco, no âmbito do seu plano de atividades, organizou nos dias 19, 20 e 21 de maio, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia do IPCB, o III Congresso de Imagem Médica e Radioterapia, subordinado ao tema “Imagiologia e Terapia em Pediatria”. A iniciativa teve como objetivo continuar a promover o debate sobre o diagnóstico por imagem e tratamento, numa perspetiva de benchmarking, perspetivando os desafios futuros induzidos pela crescente inovação tecnológica. Tem ainda como objetivo divulgar o campo de ação da Radiologia e da Imagem Médica e Radioterapia no âmbito da Investigação na ESALD, através de vários simpósios e workshops. Integrado neste evento científico, no dia 21 de maio, pelas 10h00, realizou-se uma Corrida Solidária aberta à comunidade, cujos donativos reverterão a favor de associações de apoio a crianças. K

INPI

ESGIN

Master executivo em Turismo Rural

6 A Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN) do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) já deu início ao novo Master Executive em Gestão de Unidades de Turismo em Espaço Rural. Esta formação é impulsionada por um consórcio que agrega o Instituto Politécnico de Castelo Branco, o Instituto Politécnico do Porto e a Escola Superior de Ho-

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telaria e Turismo do Estoril. O curso tem ainda como parceiros a Câmara de Idanha-aNova, a Federação Portuguesa de Turismo Rural e a Turihab - Associação do Turismo de Habitação. A abertura do Master Executive foi a 8 de maio, com a presença das instituições parceiras. “Este projeto envolve três instituições de ensino superior,

duas associações do sector do turismo rural e um município que aposta fortemente nesta área, pelo que tem tudo para dar certo”, referiu Carlos Maia, presidente do IPCB. A mesma opinião foi partilhada por Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-aNova. “Esta formação vem dar mais qualificação e notoriedade à oferta de turismo rural no país,

um sector que pode contribuir para o desenvolvimento da economia”, afirmou. Entre os formandos deste Master Executive constam administradores de empresas, dirigentes associativos, diretores hoteleiros e empreendedores. A diretora da ESGIN, Ana Rita Garcia, mostrou-se satisfeita por esta ser “a primeira formação executiva nesta escola”. K

IPCB fala sobre propriedade industrial 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), em colaboração com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no âmbito da iniciativa “Registar e Proteger para Criar (mais) Valor 2017”, realizou no passado dia 10 de maio, uma ação de formação sobre “Redação de Pedidos de Patentes e de Reivindicações”, dinamizada por Jorge Cunha, examinador do INPI. K


Na área da agricultura

Portalegre

ESTG realizou oito horas solidárias 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre participou, pela quarta vez, no evento internacional “8 Hours Overtime for a Good Cause” (www.8-i.org), que decorreu a 31 de março, em várias cidades do mundo. Durante oito horas solidárias, um conjunto de criativos – constituído por alunos e docentes – doou trabalho criativo, contribuindo desta forma para a renovação da identidade visual, das estratégias de comunicação e do

reposicionamento social das Instituições de Solidariedade e Apoio Social do distrito de Portalegre. Este ano foram beneficiadas as seguintes instituições: Associação dos Amigos da Terceira Idade de Fortios; Cáritas Diocesana de Portalegre e Castelo Branco; Cáritas Diocesana de Portalegre e Castelo Branco; Banco Local de Voluntariado; Centro de Convívio de Idosos S.C. Estrela; Projeto “Todos temos amor para dar” e Santa Casa da Misericórdia de Alegrete. K

Portalegre acolhe China 6 O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) recebeu, no passado dia 18, uma delegação do Departamento Provincial de Educação de Jiangsu (China), sendo que uma das áreas em que aquela comitiva mostrou interesse foi a agrícola. O presidente do IPP, Joaquim Mourato pretende que o Politécnico e o Departamento de Educação chinês possam vir trabalhar em conjunto. No entender de Joaquim Mourato esse trabalho poderá abranger intercâmbios de alunos e docentes, projetos de investigação e formações de língua e cultura. A comitiva chinesa visitou os serviços centrais do Politécnico e

efetuou reuniões de trabalho no Campus Politécnico. De referir que aquele departamento de Jiangsu é responsável por uma rede de cerca de 11 mil e 900 escolas (as quais abrangem

todos os níveis de ensino) e um total de 12 milhões e 400 mil alunos. A nível do ensino superior, supervisiona 83 estabelecimentos e perto de um milhão e 900 mil estudantes. K

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Formação inédita em Portugal é promovida pelo IPG

Técnicos e árbitros em curso 6 O Instituto Politécnico da Guarda volta a ser parceiro num projeto ERASMUS+ ao promover, no nosso país, uma nova modalidade desportiva, o Futebol Integrado. O novo projeto, liderado pelo Centro Sportivo Educativo Nazionale de Itália, visa a criação de uma Rede Europeia dedicada ao Futebol Integrado. Esta estrutura contribuirá para implementar políticas e iniciativas de larga escala, quer a nível nacional quer europeu, centradas na promoção desta nova atividade desportiva, bem como dos desportos integrados em geral. De referir que o futebol in-

tegrado acolhe e valoriza todos os atletas de igual forma, sejam eles do género masculino ou feminino, portadores ou não de deficiência, independentemente da sua condição socioeconómica, raça ou religião. Esta forma de praticar futebol proporciona um novo quadro desportivo, centrado na igualdade de oportunidades durante a competição, na acessibilidade e na participação ativa de todos os intervenientes. Assim, e face a este novo paradigma, num contexto que favorece a colaboração, todos os membros da equipa têm um papel essencial no jogo; de re-

alçar que o futebol integrado permite que todos os jogadores, dependendo das suas limitações e capacidades, contribuam de forma ativa e única para o sucesso do jogo. Na opinião de Carolina VilaChã (docente do Politécnico da Guarda) coordenadora do projeto, esta iniciativa constituí um verdadeiro “pontapé de saída” do Futebol Integrado em Portugal e, simultaneamente, uma oportunidade para os alunos dos curdos de Desporto do IPG e técnicos das IPSS ganharem competências técnicas, metodológicas e pedagógicas nesta nova modalidade desportiva. K

IPG Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol

Protocolo está assinado 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) assinaram, recentemente, um protocolo de colaboração no âmbito do qual o SJPF vai apoiar o desenvolvimento de projetos, estudos, consultadorias e eventos desenvolvidos pelo IPG. O documento, que foi assinado no decorrer do II Congresso de Futebol, contempla ainda a participação do referido Sindicato em cursos e ações formativas promovidas pelo Politécnico da Guarda, cujo teor esteja relacionado com o seu objeto de intervenção, bem como a promoção das atividades académicas e para a comunidade desenvolvidas pelo IPG que sejam do interesse dos seus associados. De acordo com o texto do protocolo, o Instituto Politécnico da Guarda concederá um desconto de 20% nas propinas aos associados do SJPF, nos seus diferentes planos de estudos, e colaborará em projetos, estudos e eventos desenvolvidos pelo Sindicato dos Joga-

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Animação sociocultural

Trabalho destacado internacionalmente 6 “Animação turística e património no espaço rural: a rota do azeite” foi o tema do trabalho apresentado por uma docente e duas alunas da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do Instituto Politécnico da Guarda no decorrer do Congresso Internacional “Animação Sociocultural: turismo rural e desenvolvimento comunitário”, recentemente realizado em Ponte da Barca. Ana Lopes, Lúcia Coelho e Vanda Rodrigues (do curso de Animação Sociocultural) defenderam nesta comunicação que as “rotas e os itinerários, são um exemplo de uma atividade turística, ancorada em estratégias de base territorial, que através da criação de redes territoriais comunitárias, possibilitam a promoção holística dos recursos locais, com elevado valor de pertença e identidade cultural, suscetíveis de atrair turistas e dinamizar as comunidades locais”. Neste trabalho foi sublinhado que para se evitar o despovoamento das freguesias rurais “é importante que o turismo rural ganhe consistência, pois ele constitui uma atividade geradora de desenvolvimento económico”; por outro lado, como destacaram ainda, é necessária a “concerta-

ção de sinergias locais, das diversas entidades públicas e privadas em prol do objetivo comum: o desenvolvimento e capacitação comunitária”. Concluíram referindo que a “ Animação Sociocultural, na figura do Animador pode ser um catalisador do comprometimento das populações e das comunidades na valorização e manutenção da cultura e modos de vida locais”. Este trabalho mereceu diversificados elogios “nomeadamente de professores universitários espanhóis que ficaram com vontade de vir à Ramela (Guarda), inclusivamente fazer o itinerário do azeite”, como nos disse Ana Lopes, docente da ESECD/IPG, para quem estes contactos são muito importantes. Aliás, como nos adiantou, no Politécnico da Guarda vai ficar sediada uma delegação da Associação Portuguesa de Desenvolvimento para a Animação Sociocultural. Abrem-se, deste modo caminhos para o desenvolvimento de um conjunto de projetos, com aquela Associação, de ações de formação não só na Guarda mas também numa área de influência que abrange distritos como Aveiro, Castelo Branco, Viseu ou Portalegre, para além da Guarda. K

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dores Profissionais de Futebol, disponibilizando ainda instalações para a realização das atividades desenvolvidas em parceria. No preâmbulo do protocolo é referido que O SJPF tem em marcha o Programa de Educação e Formação, o qual visa promover a formação dos jogadores de futebol com vista à sua empregabilidade após a cessação da sua carreira desportiva, reconhecendo como um dos seus eixos fundamentais de intervenção o estabele-

cimento de rede institucional no âmbito académico enquanto medida de promoção da relação entre o jogador e o contexto escolar. Por outro lado, é acentuado que o Instituto Politécnico da Guarda ministra formação de vários níveis e graus na área do desporto e promove e apoia a prática desportiva da comunidade académica, atribuindo elevada importância à cooperação com a sociedade, estatutariamente assumida como uma das suas missões. K

Rita Ruivo

Psicóloga Clínica (Novas Terapias) Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

“Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira. Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular (…). Outras vezes uma palavra é quanto basta.”

EspaçoPsi - Psicologia Clínica

José Saramago, “Jangada de Pedra”


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Prémio Novos Artistas Fundação EDP

santuário de Fátima

IPLeiria na final

IPL cria folheto em braille

6 João Gabriel, diplomado pela Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, integra o lote de seis finalistas do Prémio Novos Artistas Fundação EDP, tendo sico selecionados entre 600 candidaturas. Aos 24 anos, o jovem natural de Leiria e a residir nas Caldas da Rainha, licenciado e mestre pela Artes Plásticas ESAD.CR/IPLeiria, vai participar numa exposição coletiva, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, na qual um júri internacional selecionará o artista que receberá o prémio, no valor de 20 mil euros. Vonta com um vasto leque de exposições, das quais se destacam Paul And Bobby, no Bregas, Lisboa (2016); Cave - Do Rio das Pérolas ao Rio Ave, Galeria Solar, Vila do Conde (2016); A meio de Qualquer coisa, Galeria Graça Brandão, Lisboa (2016); III x III,

Galeria 111, Lisboa (2016); O Lugar de Alguém é Fundamentalmente o Olhar, Espaço MIRA, Porto (2015); Close-up 25, Pavilhão 31, Lisboa (2015); 21 Artistas, Teatro da Politécnica - sala das janelas, Lisboa (2014). O Prémio Novos Artistas Fundação EDP 2017 é um dos maiores e mais prestigiantes prémios

nacionais na área da cultura, que já destacou os artistas: Joana Vasconcelos, Vasco Araújo, João Maria Gusmão/Pedro Paiva, Carlos Bunga, André Romão, João Leonardo, Leonor Antunes, Gabriel Abrantes, Priscila Fernandes e Mariana Silva. Nesta 12.ª edição são finalistas cinco artistas portugueses e uma argentina. K

Prémio de design ROCA

Leiria ganha em oito horas 6 Três estudantes da Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha venceram a primeira edição do Roca One Day Design Challenge, que contou com 164 estudantes de arquitetura e design de todo o país, os quais desafiados a reinventar um lavatório convencional, com especial atenção a elementos como a funcionalidade, eficiência ou originalidade, em apenas oito horas. Os trabalhos foram avaliados pelo júri, composto pelo arquiteto José Mateus, os designers João Bessa e Paulo Parra, pelo presidente da Associação Portuguesa de Designers, Nuno Sá Leal, e Xavier Torras, diretor de comunicação da Roca. André Silva, José Almeida e Pedro Costa, estudantes do 2.º ano da licenciatura em Design Industrial, arrebataram o primeiro prémio com o projeto BASIN BALL, um novo lavatório que possibilita não só lavar as mãos, mas também os pés, de um modo atrativo e único. Com a forma de uma esfera, recebe a água de uma torneira exterior, colocada no topo, permitindo lavar as mãos. Toda

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6 O Santuário de Fátima é o primeiro do Mundo a contar com um guião/folheto multiformato impresso, destinado a peregrinos cegos, com incapacidade intelectual e com baixa literacia, o qual foi desenvolvido pelo Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Politécnico de Leiria (CRID/IPLeiria). O Itinerário Jubilar inclusivo esteve já disponível nas comemorações do Centenário das Aparições de Fátima, com duas versões – braille com imagens em relevo, que pode ser lido por pessoas cegas, e em sistema pictográfico para a comunicação (pictogramas), para pessoas com incapacidade intelectual e baixa literacia. “Propusemos ao Santuário criar os guiões inclusivos para assinalar esta data incontornável na história da região e do país. O CRID existe para trabalhar em prol de uma sociedade mais igualitária e inclusiva, e neste evento espiritual e religioso que leva a Fátima milhões de pessoas de todo o mundo, fazia todo o sentido torná-lo num momento acessível a todos. A nossa proposta foi muito bem acolhida, e Fátima é assim o primeiro santuário verda-

deiramente inclusivo do mundo”, atesta Célia Sousa, coordenadora do CRID/IPLeiria. Para Pedro Valinho Gomes, diretor do Serviço de Peregrinos, “o acolhimento é palavra-chave na missão do Santuário de Fátima. Sabemos que aqueles que acorrem a Fátima fazem-no com a certeza de que encont ram neste lugar uma expressão do colo maternal de Maria. Por isso, o Santuário tem procurado ter uma resposta inclusiva que lhe permita chegar a todos os peregrinos, particularmente àqueles que têm alguma dificuldade no acesso à mensagem e ao espaço do Santuário. A proposta que agora apresentamos, e que resulta da parceria com um centro de excelência como o CRID, vem permitir que, em ano de centenário, o Santuário seja cada vez mais reflexo desse colo maternal onde há lugar para todos”. K

IPL promoveu nova edição

O Hospital da Bonecada

a água que corre sobre a esfera cai como uma cascata numa peça com um ralo, situada a uma cota inferior, possibilitando, adicionalmente, a lavagem dos pés. O lavatório pode ainda funcionar como contentor, acionando uma válvula “click” que revela o espaço dedicado e impede o fluxo da água. O segundo lugar foi atribu-

ído a Ruben Lourenço e Inês Margarida, estudantes da Faculdade de Arquitetura de Lisboa, e Bárbara Marques, estudante da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, com o projeto ADAPT. Em terceiro ficou classificada Mafalda Costa, da Conservation Practice, e Pedro Soares, do IADE, com o projeto AQUA VITAE. K

6 Estudantes voluntários do 4.º ano da licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Leiria (ESSLeia) organizaram mais uma edição do Hospital da Bonecada para cerca de 210 crianças em idade pré-escolar, de dez jardins-de-infância da região da Batalha. Através de várias atividades lúdicas, culturais e pedagógicas, que decorreram entre as 9h30 e as 16h00 de 21 de abril, os voluntários desmistificaram todo o contexto hospitalar, que muitas vezes está associado a medo, dor e trauma. As crianças contactaram com o ambiente hospitalar, de prestação de cuidados de saúde e familiarizaram-se com este novo panorama, bem como a interação com os profissionais de saúde, instrumentos e procedimen-

tos. “Esta iniciativa contribuiu para dar uma nova abordagem às crianças sobre o meio hospitalar e as práticas comuns que lhe são inerentes, bem como contribuiu para que os estudantes de Enfermagem desenvolvessem um pensamento crítico e reflexivo para a resolução de problemas e capacidades de conceção, planeamento, execução e avaliação de programas de intervenção, orientados para crianças”, esclarece Clarisse Louro, diretora da escola. A iniciativa foi organizada pela direção do Agrupamento de Escolas da Batalha, e o Hospital da Bonecada foi supervisionado por uma equipa pedagógica de docentes do Departamento de Ciências de Enfermagem da ESSLei/ IPLeiria. K


Encontro Nacional teve o apoio do Ensino Magazine

Cabo Verde vive Castelo Branco 6 O VIII Encontro de Estudantes Maienses em Portugal decorreu em Castelo Branco nos passados dias 19, 20 e 21, num evento que teve o apoio do Ensino Magazine, e onde foi assinado um protocolo de cooperação entre a nossa publicação e a Associação Maense em Portugal. A iniciativa reuniu mais de 300 alunos, não só da Ilha do Maio, mas de todo o território de Cabo Verde, que estão a estudar em Portugal. O evento foi aproveitado para homenagear o Padre Alves dos Santos, natural da Ilha do Maio. Carlos Frederico, presidente da Associação Maiense em Portugal, que, com o Instituto Politécnico de Castelo Branco e a Câmara albicastrense, promoveu o evento, destacou a realização de uma gala solidária, no dia 20, onde foram distinguidas também a Fundação Maio Biodiversidade, a Cruz Vermelha na Ilha do Maio e duas associações de maenses, uma sedeada no Luxemburgo e outra nos Estados Unidos. Carlos Maia, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, recorda que a parceria com a Associação “já vai no terceiro ano e tem dado bons resulta-

A sessão de abertura decorreu na Escola Superior Agrária de Castelo Branco

dos. Este ano temos 126 alunos de Cabo Verde a estudar no IPCB. Tivemos oportunidade de visitar Cabo Verde e de contactar com diferentes responsáveis, como com o Presidente da República. (...) Entendemos que era a altura de acolhermos

este encontro”, disse. Também o vice presidente da Câmara albicastrense, Arnaldo Brás, disse que este “foi mais um momento para ver a cidade a mexer”, mostrando-se expectável para que “mais alunos de Cabo Verde procurem o

IPCB para estudar”. Por sua vez, o conselheiro do Primeiro Ministro de Cabo Verde, destacou a importância do encontro, anunciando alguns investimentos previstos para a Ilha do Maio. K

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MAIO 2017 /// 015


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Edifício a Fábrica

Porto amplia Escola

13.º Encontro de Professores Escritores

Setúbal debate literatura 6 A ESE de Setúbal, através do seu Departamento de Ciências Sociais e Pedagogia, organiza Encontros com Professores-Escritores, desde maio de 2009. Neste 13º debate em torno da Literatura e Educação, que se realizou a 9 de maio, João Morgado foi o escritor convidado. Abriu a sessão Alcina Dourado apresentando o autor de quem foi colega na UBI; seguiu-se Ana Pessoa que recorreu às memórias das animadas conversas tidas com o escritor de Diários dos In-

fiéis no trajecto que faziam em conjunto entre Lisboa-Setúbal quando João Morgado leccionou na ESE. Luís Souta, um dos promotores destes Encontros (com Luís Carlos Santos), centrou-se na análise do romance Diários dos Imperfeitos (Campo das Letras, 2017), nele destacando a exímia linguagem do Amor e do Desejo. Ao seleccionar uma citação – «a morte é a imperfeição de Deus» (p. 201) – procurou demonstrar a incapacidade de os seres humanos almejarem a utopia da per-

feição. João Morgado, na sua intervenção inicial, desvendou um pouco do seu processo de escrita e as relações entre a vida pessoal/profissional e a produção romanesca. Seguiu-se um debate muito participado com várias intervenções da assistência – professores e estudantes de diversos cursos – que questionaram o autor, designadamente, sobre as suas ideias de Amor enquanto «fórmula pessoal e temporal» e a Literatura como «pura reciclagem». K

6 A assinatura do contrato para a elaboração do projeto de requalificação do Edificio D da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto acaba de ser assinado e vem concretizar um objetivo de 15 anos. O Edifício D, a Fábrica, vem colmatar os constrangimentos de espaço da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) – “a melhor escola artística do País”, sublinha António Augusto Aguiar, presidente da ESMAE. Com uma identidade única, a Escola tem encontrado sérios constrangimentos ao cumprimento da sua missão, por limitações infraestruturais. “A ESMAE faz um serviço hercúleo”, de-

clara António Augusto Aguiar, uma vez que “em pouco espaço produz-se um trabalho de qualidade ligado à musica e às artes de espetáculo”. A assinatura do contrato para a elaboração do projeto de requalificação do Edifício D é o primeiro passo para iniciar o alargamento e reformulação do campus da ESMAE, reabilitando infraestruturas, criando novos espaços e assim permitir o cabal cumprimento da sua missão. “Começam aqui os alicerces de um sonho com 15 anos”, disse a presidente do Politécnico do Porto, Rosário Gambôa, referindo esta vontade antiga de cumprir a missão da ESMAE e do P.PORTO. K

2.ª Edição do Jogo de Gestão

Du Bocage ganha

Concurso nacional de matemática

Porto recebe Pangea 6 O Instituto Superior de Engenharia do Porto acolheu, no passado dia 29 de abril, o Concurso Nacional de Matemática - Pangea, que envolveu na fase nacional cerca de 900 alunos das escolas básicas e secundárias, e que em termos internacionais envolveu 17 países. Na competição, a Escola Cidade de Castelo Branco, do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, esteve em destaque. Em nota enviada ao nosso jornal a escola

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refere que Inês Ramalho, aluna do 6.º ano, obteve a pontuação máxima na competição promovida pela Egitim Plataformu – Associação de Educação Académica, enquanto que Maria de Castro, Afonso Carrega, Laura Diogo, Inês Almeida, Rodrigo Quadrado e Matilde Braz obtiveram também bons resultados colocando a equipa albicastrense numa posição honrosa no panorama nacional. A prova decorreu durante a manhã, a partir das 9H30, e aca-

bou por envolver a participação dos pais dos alunos, que ou na véspera ou no próprio dia, foram com os seus filhos até à cidade invicta. Ainda na Escola, os alunos tiveram o apoio dos seus professores de matemática. Com o lema “Matemática para todos”, o concurso tem por objetivo “unir estudantes de diferentes locais, estratos sociais e níveis de ensino, perspetivando que os mesmos se tornem entusiastas por esta área de conhecimento”. K

6 Aprender a trabalhar em equipa e sob pressão e tomar as melhores decisões, são as principais aprendizagens destacadas pelos alunos que participaram na Final da 2.ª Edição do Jogo de Gestão Interescolas, que decorreu a 21 de abril, na Escola Superior de Ciências Empresarias de Setúbal. As 12 equipas apuradas entraram em prova e mostraram as suas verdadeiras competências de gestão, numa disputa saudável mas competitiva. A equipa Roazes, da Escola Secundária du Bocage venceu o primeiro prémio, com um resultado líquido de 128.897 euros. Cada aluno recebeu um telemóvel Huawei Y625 e bilhetes para a peça de Teatro “Fuga”, do Teatro de Animação de Setúbal. O segundo lugar foi para a equipa ESJP Team, da Escola Secundária Jorge Peixinho, do Montijo, com um resultado líquido de 127.365 euros e, na mesma cidade, ficou o terceiro lugar da competição para a equipa Deautys, da Escola Profissional, com um resultado líquido de 113.261 euros. Os prémios foram entregues pelo presidente do IPS, Pedro Do-

minguinhos, segundo o qual “vencer é importante mas o desafio foi desenvolver competências, como o trabalho de equipa e a tomada de decisões”. Esta iniciativa insere-se numa estratégia global do IPS de aproximação às escolas secundárias e profissionais do distrito de Setúbal e o balanço é muito positivo, aumentando o número de estudantes participantes, o que segundo o presidente do IPS “estamos no caminho correto e é certamente para continuar uma nova edição no próximo ano”. Bernardo Ermitão, porta-voz da equipa vencedora, referiu a “pressão do tempo” como o maior desafio desta final, salientando como maior aprendizagem o facto de terem ficado com “uma noção mais real do que é a economia aplicada aos nossos dias” e reforçou que “valeu mesmo a pena participar”. O mesmo sentimento foi partilhado pelo Diogo Martins, da Escola Secundária de Palmela, que mesmo não ganhando referiu que “deu para testar conhecimentos na área da economia e não só”. K


Idanha-a-Nova

Direitos das crianças em análise 6 O Encontro Nacional de Avaliação da Atividade das 309 Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) no Ano de 2016 decorreu nos dias 17, 18 e 19 de maio, em Idanha-a-Nova, dedicado ao tema “’Governação Integrada’ Na Promoção e Proteção dos Direitos Humanos da Criança”. Estiveram presentes cerca de 700 especialistas, dirigentes políticos e representantes das CPCJ de todo o país, incluindo a Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Nunes, e a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal.

O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, considera que “este município do Mundo Rural foi a escolha ideal para acolher a reflexão anual que as CPCJ fazem sobre os direitos das crianças e jovens”, por apostar “na criação de melhores condições para os mais novos, como forma de investimento no seu futuro”. Não por acaso, a abertura do Encontro foi presidida por Helena Freitas, coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, seguindo-se a conferência inaugural, proferida por Rui Marques, coordenador do Fórum da Governação Integrada. K

IPG

Seminário Internacional sobre Educação Física 6 No Instituto Politécnico da Guarda vai realizar-se, de 10 a 12 de julho de 2017, a décima terceira edição do Seminário Internacional de Educação Física, Saúde e Lazer (SIEFLAS). O tema central deste seminário, “Desafios interdisciplinares na promoção da Atividade Física”, será abordado em conferências, mesas de debate temático e pósteres por reconhecidos investigadores nacionais e internacionais. De referir que este Seminário teve o seu berço no Instituto de Estudos da Criança, da Universidade do Minho, em 2005, prosseguindo, nos anos seguintes, em diversas instituições do ensino superior em Portugal, bem como na Alemanha e Brasil. Para a organização deste ano do SIEFLAS, este evento “cons-

tituí um momento marcante da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do IPG, instituição que há 30 anos proporciona uma formação na área do Desporto”. Este Seminário é entendido como um momento de reflexão e troca de conhecimento entre investigadores de vários países, em torno de um tema de importância crescente na sociedade atual”; por outro lado é referido que a Direção Geral de Saúde criou em 2016, pela primeira vez em Portugal, um programa prioritário de promoção da atividade física que visa, além da promoção de estilos de vida saudáveis e a avaliação dos seus benefícios, formar profissionais para aconselharem e mudarem os comportamentos dos utentes. K

IPLeiria

Leiria mostra-se no Reino Unido 6 Projeto europeu liderado pelo Politécnico de Leiria foi selecionado pela Comissão Europeia para representar o mecanismo Blue Labs - Innovative solutions for maritime challenges no Dia Marítimo Europeu, numa sessão sobre Crescimento Azul, que decorreu dias 18 e 19 de maio, em Poole, no Reino Unido. Marco Lemos, investigador e coordenador do MARE-IPLeiria – Marine and Environmental Sciences Centre, esteve presente na sessão com o projeto AMALIA – Algae-toMArket Lab IdeAs, que pretende transformar as algas invasoras, uma atual ameaça dos oceanos, numa oportunidade. Além do AMALIA, em representação os projetos Blue Labs da Comissão Europeia, na sessão que assinalou o Dia Marítimo Europeu estiveram ainda em destaque um projeto Blue Careers e

um Blue Technology. O objetivo da sessão organizada pela Comissão Europeia foi demonstrar como ideias originais podem estimular a inovação na economia azul, ultrapassando as limitações apontadas em 2014 pela Comissão, no documento “Innovation in the Blue Economy”, por se focarem em três áreas chave: competências, criatividade e tecnologia. Marco Lemos explica que «o projeto AMALIA destaca o modo como se pode transformar as ameaças das algas invasoras em novas oportunidades de negócio, em estímulo para a economia e emprego, num ecossistema de partilha entre instituições de investigação, empresas e sociedade, onde o envolvimento de estudantes num regime de “aprendizagem com base em prática” promove competências nestes futuros profissionais, aproximan-

do-os das empresas e de uma economia marítima com base no conhecimento». O AMALIA, coordenado pelo MARE-IPLeiria, unidade de I&D do Politécnico de Leiria, e que envolve instituições de Portugal, Espanha, Áustria e Holanda, pretende valorizar as algas invasoras do noroeste da Península Ibérica, uma atual ameaça dos oceanos, em oportunidades. Produtos alimentares inovadores, rações com potencial para estimular o sistema imunitário de peixes e camarões em aquacultura, extratos para a indústria cosmética e novos medicamentos (com ação antitumoral, por exemplo), são alguns exemplos de produtos a desenvolver com recurso a estas algas. AMALIA é um dos quatro projetos financiados pela Comissão Europeia no âmbito do mecanismo Blue Labs. K

IPT e ISEC

Simpósio Ibérico comunica 6 O ISEC Lisboa – Instituto Superior de Educação e Ciências e o Instituto Politécnico de Tomar organizaram em parceria, no passado dia 18 de maio, o POLITECH – Simpósio Ibérico, nas instalações do ISEC em Lisboa. A iniciativa promoveu uma reflexão alargada sobre a relação entre o ensino politécnico, a indústria e as empresas. Debateram-se temas relacionados com a Criação de conhecimento e produção de valor; a Gestão da qualidade na investigação; a Investigação colaborativa: financiamento, patrocínio e parcerias; Casos de (In)Sucesso; e Comunicação, redes sociais e I&DT.

O evento contou com a participação de oradores nacionais e internacionais, empresas de média e grande dimensão e forte participação da comuni-

dade académica. O sucesso da iniciativa ditou que a segunda edição terá lugar já em 2018 no Campus do Instituto Politécnico de Tomar. K

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Souvenirs de Viseu

IPV apresenta Mark’it

Em conferência internacional

Viseu distinguido 6 Luís Vasconcelos, docente do Departamento de Engenharia Civil da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, Sara Oliveira, ex-aluna do IPV e atualmente aluna de doutoramento da Universidade de Nápoles Federico II, e Ana Bastos Silva, docente da Universidade de Coimbra, foram premiados com o “Michael T. Long Award 2017 – Best Presenta-

tion” no TIS ROMA 2017 – International Congress on Transport Infrastructure and Systems, que se realizou em Itália, de 10 a 12 de abril. O artigo apresentado, intitulado “Automatic calibration of microscopic simulation models for the analysis of urban intersections”, foi desenvolvido no âmbito do Mestrado em Engenharia

de Construção e Reabilitação do Departamento de Engenharia Civil do Instituto Politécnico de Viseu e insere-se numa linha de investigação que explora as potencialidades dos modelos de microssimulação em problemas de gestão de tráfego e planeamento de transportes em ambiente urbano. K

6 O Instituto Politécnico de Viseu recebe a quinta edição do Mark’it a 23 de maio, na Aula Magna, evento que pretende mostrar a toda a comunidade os produtos desenvolvidos pelos alunos da licenciatura em Marketing, este ano sob o tema ‘Souvenirs de Viseu’. A 5ª edição do Mark’it contará ainda com a apresentação da Landescape, uma empresa portuguesa líder em viagens, bem como do conhecido Tim Vieira, que abordará o tema

‘Como ser um empreendedor positivo’. As inscrições têm um valor simbólico de 1 euro, a favor do Internato Viseense de Santa Teresinha. A iniciativa conta com os apoio do Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, Viseu Marca, Câmara Municipal de Viseu, Turismo do Centro, Cheer’s O bar, Oasis Kebab, Profitecla, FR Travel, Chocolateria Delícia. K

Joaquim Amaral _

Certame Internacional de Tunas Académicas do Dão

Azeituna ganha em Viseu 6A Azeituna, tuna de Ciência da Universidade do Minho, foi a grande vencedora da 13ª edição do Citadão – Certame Internacional de Tunas Académicas do Dão, organizado pela Tunadão 1998 – Tuna do Instituto Politécnico de Viseu, que decorreu em Viseu, a 2 e 3 de maio. A concurso estiveram ainda a Estudantina de Castelo Branco, os Tunideos e a Luz&Tuna. Participaram extraconcurso – a Viriatuna, que abriu a noite de serenatas, e a Estudantina Académica de Lamego, que foi a primeira a atuar na noite de sábado. O dia de sexta-feira começou com um imprevisto devido às condições meteorológicas, obrigando assim a redefinir o local da habitual noite de serenatas (Mercado 2 de maio) para o auditório da Aula Magna. Na tarde de sábado as tunas percorreram as ruas da cidade, cumprindo o habitual Passacalles, e o festival noturno decorreu na Aula Magna. A Estudantina Académica de Castelo Branco despediu-se com uma adaptação do tema “Adeus que me vou embora” de

018 /// MAIO 2017

Inovar com Energia

Tech Days em Tomar António Variações. A Luz&Tuna voltou a Viseu quatro anos após a sua última passagem, com a inesquecível guitarra portuguesa. Entraram depois os já conhecidos intervenientes deste certame – os magníficos Capitães da Adega. Subiram ao palco os Tunideos que, com a sua atuação interativa com o público e o seu sotaque açoriano, seguidos dos rapazes de Braga, a Azeituna, que fechou a sua atuação com uma adaptação do tema “Eu nasci para música” do cantor José Cid. A noite terminou com a tuna da casa – Tunadão 1998.

Inserindo-se nas comemorações do 30º aniversário da morte de Zeca Afonso, começou a sua atuação com uma adaptação do tema “Vejam Bem”. Finalizada a sua performance, foi tempo da entrega de prémios às tunas a concurso: Tunideos (Melhor Pandeireta, Melhor Passacalhes, Melhor Serenata e Tuna mais Tuna), Luz&Tuna (Melhor Estandarte), Estudantina Académica de Castelo Branco (Melhor Instrumental e Melhor Solista). A Azeituna venceu ainda o prémio Melhor Original. K

6 O Instituto Politécnico de Tomar organiza, de 23 a 25 de maio, o evento TechDays 2017, sob o tema ‘Inovar com Energia’, que tem como objetivo divulgar o progresso científico e tecnológico em áreas relacionadas com as formações existentes no IPT e estará aberto a toda a sociedade. O evento deste ano contará com a participação de individualidades e empresas que irão evidenciar os fatores mais importantes para criar e inovar. No primeiro dia serão abordados os métodos que permitem às

empresas inovar. No segundo mostram-se produtos resultantes da inovação (dias 23 e 24 no campus do Instituto Politécnico de Tomar). A 4ª revolução industrial e os seus efeitos será o tema do dia 25 que acontece na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes. O evento será um fórum de reflexão e discussão sobre temas determinantes para o futuro, e simultaneamente contribuirá para o reforço de ligações entre ciência e tecnologia e comunidade em geral. K


Futebol universitário

Évora é campeã nacional a saber: Rugby7´s masculino, Rugby7´s feminino, Basquetebol masculino, Andebol feminino, Hóquei em Patins masculino, Voleibol feminino, Futsal feminino, Futebol 11 Masculino. A Universidade de Évora estabeleceu recorde de participação, anterior máximo, com 5

modalidades e pela primeira vez foi Campeã Nacional Universitária numa modalidade coletiva (Futebol 11). Os resultados foram excelentes: Basquetebol masculino 12º Nacional; AndebolFeminino-5ºNacional; Voleibol Femi-

nino - 12º Nacional; Hóquei em patins Masculino - 9º Nacional; Futsal feminino - 4º Nacional; Rugby 7´s Masculino 3º Nacional; Rugby 7´s Feminino 3º Nacional; Futebol 11 Masculino - 1º Nacional. Um total de 1078

minutos de competição, 13 derrotas, 2 empates e 14 vitórias. De destacar que estes resultados se devem também à excelente colaboração de alguns clubes do distrito de Évora que colaboram com o desporto Universitário da Universidade de Évora: Ju-

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6 A equipa de Futebol 11 da Universidade de Évora, representada pela Associação Académica da Universidade de Évora, sagrou-se pela primeira vez Campeã Nacional Universitária da Modalidade, nas Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários que decorreram de 24 de abril a 5 e maio, em Coimbra, vencendo na final a equipa da casa, a Associação Académica de Coimbra por uma bola a zero. A caminhada da equipa da Universidade de Évora foi imaculada não perdendo qualquer jogo. A fase de grupos não começou, contudo, da melhor maneira, com um empate a zero, mas nos dias seguintes mostrou que era séria candidata à vitória, vencendo os dois jogos seguintes da fase de grupos, alcançando 7 pontos e passando na primeira posição. Nos quartos de final encontra a equipa forte do ISMAI, sem dar grande hipótese de resposta venceu por 4-0. Nas meias finais e com os nervos a apoderarem-se

da equipa de Évora, depois de estar a vencer por 1-0 e desperdiçando várias oportunidades, já nos momentos finais sofre o golo do empate (único golo sofrido no torneio) e o jogo vai a penáltis, onde de forma categórica Évora venceu. Na final a equipa de Évora foi mais forte que a AAC, e mesmo reduzida a dez elementos foi sempre melhor e venceu por 1-0. De referir que com esta vitória a equipa de futebol 11 da Universidade de Évora estará presente no próximo Campeonato da Europa Universitário que se realizará no próximo mês de julho na cidade do Porto. Mas não só de futebol se viveram os Campeonatos Nacionais Universitários, mais de 120 estudantes/atletas da Universidade de Évora participaram nas Fases Finais do Desporto Universitário que se disputaram na maravilhosa cidade de Coimbra. Foram 8 as equipas da Universidade de Évora que estiveram em competição,

Covilhã

Escrita criativa na UBI 6 O docente da UBI João de Mancelos acaba de criar um curso online de Escrita Criativa, inteiramente gratuito, que pode ser frequentado por qualquer pessoa, desde que disponha de talento, vontade de aprender e uma ligação à internet. Composto por dez aulas, foca temas como as qualidades necessárias a um bom escritor; criar heróis de papel e tinta; gerar suspense; construir diálogos

naturais; usar o narrador de primeira pessoa; descrever espaços; redigir textos eróticos, rever um texto literário e publicá-lo, entre outros. O curso pode ser seguido na página http://escritacriativaonline.wordpress.com. João de Mancelos é autor de livros como Introdução à Escrita Criativa (Colibri, 5.ª ed., 2017), Manual de Escrita Criativa (Colibri, 2.ª ed., 2015) e Manual de Guionismo (2.ª ed., 2016). K

MAIO 2017 /// 019


A convite da eurodeputada Ana Gomes

Ensino Magazine visita Parlamento Europeu 6 O Ensino Magazine participou, entre os dias 4 e 6 de maio, numa visita de trabalho ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, a convite da Eurodeputada portuguesa, Ana Gomes. A comitiva da publicação portuguesa integrou responsáveis de entidades oficiais ligadas ao ensino e às autarquias, docentes e alunos dos vários níveis de ensino (básico ao superior, de vários pontos do país), jornalistas e elementos da equipa do jornal. A visita permitiu ser mais um instrumento de aproximação entre o projeto europeu e os cidadãos, constituindo, especialmente para os alunos, uma oportunidade para colocarem questões e perceberem melhor o funcionamento do Parlamento Europeu, não só em Bruxelas, como em Estrasburgo. Para além da sessão de trabalho realizada no Parlamento Europeu, a comitiva portuguesa participou também num jantar, onde além do Ensino Magazine estiveram outros convidados da Eurodeputada Ana Gomes, onde houve oportunidade de se trocarem diferentes pontos de vista sobre temas da atualidade. João Carrega, diretor do Ensino Magazine, destaca a “disponibilidade” da Eurodeputada Ana Gomes, “que após uma primeira abordagem que lhe foi feita, mostrou recetividade em convidar um grupo composto por docentes, alunos e algumas entidades, bem como por alguns elementos da equipa da nossa publicação”. Aquele responsável explica que “foi um momento importante para todos quantos participaram nesta visita de trabalho. E desta forma, com esta oportunidade que nos foi prestada pela senhora Eurodeputada Ana Gomes, o que muito agradecemos, conseguimos atingir mais uma meta no que respeita a ligarmos a escola e a sociedade à Europa e aos seus órgãos. Foi um bom momento que os alunos e docentes não esquecerão”. K

Castelo Branco

O dia começa à tarde 6 As crianças que frequentam o pré-escolar nos estabelecimentos dos Agrupamentos do concelho de Castelo Branco e que permanecem nessas instalações até ao final do dia, já depois do fim das atividades letivas, estão a ter atividades extra, que vão desde a música, artes visuais, expressão dramática, ou, em certos casos, a atividade «ler, contar e ouvir». Luís Correia, presidente da Câmara, explica que a medida, que tem por nome «O Dia Começa à Tarde», está já a ser implementada em todo o concelho numa fase piloto até ao final do presente ano letivo. O objetivo é evitar que as crianças, durante o período que medeia o fim das aulas e a hora em que os

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pais os recolhem (entre as 15H00 e as 18H00), possam usufruir de atividades de prolongamento, em vez de verem o seu tempo ocupado de forma passiva em frente do televisor. Esta opção pretende também dar resposta aos anseios de muitos pais, que assim veem os seus filhos usufruir de atividades devidamente programadas e desenvolvidas por uma equipa flexível, com valências múltiplas, onde além de especialistas podem ser envolvidas a Universidade Sénior, outras instituições ligadas à terceira idade, bem como associações do concelho. Esta fase piloto já se encontra a decorrer em todos infantários públicos do concelho, envolvendo cerca de

200 crianças, em dois dias da semana, privilegiando-se as crianças com cinco e seis anos e que no ano seguinte ingressarão no 1º ciclo de escolaridade. No entanto, e de acordo com a autarquia, “serão também integrados os alunos de quatro anos e restantes até completar uma turma”. O projeto prevê que no próximo ano letivo possam vir a ser apresentadas mais atividades, estando estas dependentes da avaliação deste período experimental, da sugestão dos educadores de infância e dos diretores dos agrupamentos. K


Submissão de comunicações até 31 de julho

João Paulo Trindade

Fórum sobre Toponímia

Beja tem novo presidente

6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai promover, no próximo dia 27 de outubro, mais um Fórum sobre Toponímia. Considerando que a toponímia se assume como referência dos valores históricos, culturais de cada lugar e memória coletiva de factos, personalidades, tradições ou legados identitários, a organização deste Fórum pretende incrementar o estudo/divulgação através de diversificadas e distintas perspetivas que, globalmente, propiciem uma Guarda da memória. “Se a toponímia tem uma importância inquestionável na delimitação de espaços, permite, por outro lado, apreender a matriz de um povo, a organização sócio geográfica, o desenho da malha urbana de épocas passadas, o conhecimento e investigação de sítios históricos ou arqueológicos, o papel do povo na salvaguarda da atribuição de nomes que a tradição consolidou. O estudo e valorização da toponímia permitem, um melhor conhecimento de cada aldeia, cada vila e cada cidade.” É

referido a propósito desta iniciativa. De acordo com a informação divulgada pelo Politécnico da Guarda, decorre até ao próximo dia 31 de julho o prazo para a submissão de comunicações, através do sítio do evento na internet (https://www. ipg.pt/toponimia). Os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição (gratuita mas obrigatória) até 16 de outubro de 2017. K

6 João Paulo Trindade é o novo presidente do Instituto Politécnico de Beja. As eleições ocorridas no Conselho Geral da instituição, no passado dia 15, ditaram a vitória daquele docente, com 18 votos favoráveis, num universo de 21 membros do Conselho Geral. Na eleição registaram-se ainda dois votos em branco e ausência de um dos membros do Conselho. João Paulo de Almeida Lança Trindade conduzirá a presidência do Politécnico de Beja nos próximos 4 anos. Ao processo de eleição seguir-se-á a homologação por parte da tutela e subsequente publicação em Diário da República.

O novo presidente sucede no cargo a Vito Carioca que assumiu a presidência durante os dois mandatos que a legislação permite. K

Concurso

Robô Bombeiro na Guarda 6 Na Guarda vai realizar-se, a 8 de julho, a XV edição do concurso Robô Bombeiro, organizado anualmente, desde 2003, pelo Instituto Politécnico. Este concurso põe à prova pequenos robôs móveis e autónomos com a

missão de encontrar e apagar um incêndio, simulado por uma vela, num modelo de uma casa formado por corredores e quartos. Os interessados podem obter mais informações em http://robobombeiro.ipg.pt/ K

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Changing World. Changing Attitudes

Setúbal internacional 6 O Instituto Politécnico de Setúbal dinamiza a ‘10th International Week’, de 15 a 19 de maio, sob o tema ‘Changing World. Changing Attitudes’, a qual recebe mais de 40 participantes internacionais, oriundos de 14 países (Alemanha, Bélgica, Brasil, Colômbia, Dinamarca, EUA, Finlândia, França, Holanda, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa e Turquia) para refletirem sobre as mudanças constantes e imediatas no mundo atual, considerando o desenvolvimento das tecnologias e o seu papel e impacto no quotidiano da sociedade. As Escolas Superiores do IPS vão também dinamizar seminários e atividades que articulam esta temática com as respetivas áreas de ensino, nomeadamente tecnologia, engenharias, educação, ci-

ências empresariais e saúde. Durante a semana decorrem ainda várias reuniões de trabalho entre os não docentes dos países participantes e do IPS, onde se pretende promover a partilha de boas práticas, de experiências, de métodos de atuação ou resolução de desafios no local de trabalho em ambiente multicultural. Com esta iniciativa, o IPS procura proporcionar um ambiente de internacionalização “dentro de portas” a toda a comunidade académica do Instituto, apresentar as suas mais-valias, projetos e conhecimentos em diferentes áreas do ensino superior aos parceiros, estreitar redes de cooperação e identificar oportunidades de desenvolvimento de novas parcerias e projetos internacionais. K

MAIO 2017 /// 021


Maputo

Feira junta 70 mil 6 Maputo foi palco, nos dias 5,6 e 7 de Maio, da Feira Internacional de Educação, organizada pela Comunidade Académica para o Desenvolvimento (CADE) em parceria com a Universidade Eduardo Mondlane e outras instituições de ensino superior e não só. O evento teve a participação de mais de 100 expositores entre universidades nacionais e estrangeiras e empresas dos sectores público e privado. Segundo a organização, a feira teve o movimento de aproxidamente 70 mil pessoas. A feira foi oficialmente aberta pelo Ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional, Jorge Nhambiu, que, na altura, apontou o evento como uma oportunidade de os estudantes do ensino geral descobrirem a sua vocação e optarem pelo melhor curso. “Este evento além de constituir uma montra de oportunidades de formação académica e profissional,

EPM-CELP H

Moçambique

EPM nas jornadas deve ser um espaço de mobilização para que mais mulheres e jovens se interessem pelas áreas científicas, pois são esses ramos que hoje dominam o mercado do emprego e dinamizam o crescimento económico do país”, disse na abertura. Enquanto isso, Jamer Beatriz, representante da CADE, referiu que os dois primeiros dias da feira foram os mais concorridos, sendo que o local da exposição

ficou totalmente lotado. Na Feira Internacional de Educação foi também lançado o programa de estágios pré-profissionais para estudantes a diversos níveis de formação. As universidades presentes ofereceram uma ficha de inscrição, onde os estudantes poderiam se candidatar a várias bolsas de estudo, nos mais variados níveis de formação, desde o médio até ao mestrado. K

Ilha de Moçambique

Património em debate

6 O Auditório da Casa Girassol na Ilha de Moçambique foi pequeno para acolher todos os interessados em participar no Seminário Aberto da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Lúrio sobre “Gestão Patrimonial da Ilha de Moçambique”. A iniciativa, promovida pela equipa do Gabinete de Apoio à Conservação da Ilha de Moçambique (GACIM), decorreu a 26 de abril de 2017 e contou com a participação de estudantes dos cursos lecionados na FCSH, mas também outros interessados de

proveniência externa. Durante os trabalhos fez-se a apresentação do GACIM e da equipa que o constitui, bem como da visão e missão deste gabinete governamental na conservação patrimonial daquela que foi a primeira capital moçambicana. Classificada pela UNESCO desde 1991 como Património Mundial da Humanidade e pela importância que esse facto tem para a promoção do desenvolvimento sustentável da Ilha de Moçambique, no âmbito das diferentes atividades econó-

micas, nomeadamente as ligadas ao turismo. Para além da riqueza do património edificado desde há séculos nesta cidade da província de Nampula, a Ilha de Moçambique é detentora igualmente de um vasto património natural e imenso legado cultural, que resultou da confluência secular de influências africanas, árabes, asiáticas e europeias, que persistem numa coabitação exemplar e conjuntamente procuram responder às questões actuais do desenvolvimento sustentável da Ilha de Moçambique. K

Moçambique

UniLúrio realiza sessão

6 A primeira Sessão Ordinária do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da Universidade Lúrio para o ano lectivo de 2017 decorreu no passado dia 17. A sessão, realizada na Sala VIP do Campus de Marrere, foi presidida pelo reitor da instituição, Francisco Noa, e contou com a presença dos membros do CEPE e convidados. Entre os vários assuntos debatidos, destacam-se no período da manhã os relatórios de aproveitamento pedagógico 2016 e do processo de admissões 2017, a proposta de introdução do ensi-

022 /// MAIO 2017

no a distância; revisões de regulamento de pós-graduação e do estatuto do investigador. O período da tarde foi reservado a apresentação das propostas de abertura do Centro de Estudos e Serviços de Saúde e das diferentes unidades orgânicas. Na

ocasião, novos membros do CEPE tomaram posse. A sessão culminou com recomendações de algumas propostas de documentos a serem discutidos em conselho universitário (CUN) para posterior aprovação e implementação nas diferentes unidades orgânicas. K

6 A Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) participou na nona edição das Jornadas da Língua Portuguesa, realizada nos passados dias 4 e 5 de maio na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo. Representaram a nossa Escola Catarina Domingues e André Figueiredo, respetivamente terapeuta da fala e professor do Departamento de Expressões, que elaboraram e apresentaram

o projeto “O que vou ter hoje? Horário adaptado como forma de Literacia e Inclusão!”, acarinhado pela diretora Dina Trigo de Mira, igualmente presente no evento. O projeto iniciou-se no ano letivo de 2015/2016, tendo como ponto de partida um horário escolar comum, com informação escrita que não é dominada por alguns alunos, complementando--se com outras formas de comunicação, entre as quais símbolos, fotografias, marcadores diários, sombras e desenho livre. K

Escola Portuguesa

Macau vive Europa 6 A Escola Portuguesa de Macau assinalou o Dia da Europa, no passado 9 de maio. A iniciativa envolveu alunos do

1º ao 12º anos com abordagens através de vídeos com os mais pequenos e o concurso “Quem quer ser milionário” . K


Editorial

Quem tem medo da autonomia? 7 A escola, tal como a conhecemos hoje, é uma complexa comunidade educativa, com escassa autonomia nas dimensões curricular, pedagógica, administrativa e financeira, apesar do constante envolvimento da comunidade escolar e local. Nesse espaço de diversificadas experiências, é nos planos de estudos, nos programas e nos manuais (aquilo a que convencionamos designar por currículo formal) que teremos que focar a nossa atenção, se quisermos perceber o que ocorre quanto à formação da profissionalidade dos docentes e, por razões acrescidas, quanto aos resultados educativos e escolares dos alunos. Como sabemos, a estrutura curricular provoca repercussões e marcas decisivas nos modos de aprender dos alunos e nas formas de agir e de pensar do professor, não só enquanto pessoa, mas também enquanto profissional. Por isso, os sinais (os bons e os maus…) que a escola deixa na

personalidade de base dos alunos e no exercício das competências profissionais dos docentes, todos eles são traçados pela estrutura curricular, entendida esta, em sentido lato. Desde logo, a organização “nacional” dos currículos em Portugal obriga a que maioria das decisões do docente se reduza à aplicação de objectivos traçados pela administração central. Tal facto “massifica” e “normaliza” a acção do docente, repercutese decisivamente no trabalho do aluno, e também na formação (modelagem) permanente do professor. Consoante as opções que se adoptam, quer no que respeita à selecção dos objectivos que se colocam aos alunos, quer quanto à escolha de métodos, de técnicas, de recursos e de materiais, assim será o grau e o tipo das interacções que se estabelecem entre professores, alunos, pais e a comunidade. Sempre que a autonomia é centralmente cerceada e o cur-

rículo imposto, sempre que se condiciona o ensino e a aprendizagem aos resultados esperados em exames de tipo standard, ou de provas de aferição a nível nacional, na escola surgem sintomas de estagnação e de criação de rotinas obsoletas, inimigas do desenvolvimento de educadores e aprendentes. Inversamente, quando o exercício responsável da autonomia permite a adequação dos currículos às necessidades e aos meios da comunidade escolar, essas escolhas promovem o desenvolvimento profissional dos professores e o crescimento pessoal dos alunos, já que o exercício dessa autonomia proporciona o envolvimento de todos em processos de indagação, de pesquisa, de organização de documentos e de materiais, bem como a constante procura de informação e de formação. Falamos de atitudes que capacitam os intervenientes no processo educativo para uma reflexão crítica sobre os complexos

actos de ensinar e de aprender e para a progressiva mudança, sem desnecessárias rupturas, do sistema de ensino. Numa proposta conceptual simples poderíamos dizer que as diferentes abordagens do currículo determinam o uso de certos estilos de ensino, os quais, por sua vez, condicionam os processos de aprendizagem dos alunos. E é aqui que se faz toda a diferença: o “tamanho” do currículo não conta, isto é, não deve ser considerado como a principal característica que condiciona o sucesso do professor e dos alunos. Mais que a sua extensão, é a forma de abordagem pluridimensional que pressagia resultados sólidos e duradouros. Por outras palavras: sempre e quando cederem aos educadores a responsabilidade do exercício da sua profissionalidade na gestão autónoma dos currículos, o ensino revela-se mais eficaz, a aprendizagem melhora e a escola avança. A autonomia de gestão cur-

ricular convive bem com a autonomia de gestão escolar e com a promoção da autonomia solidária do aluno. Solidária com os princípios da cidadania e com os valores democráticos de partilha e de entreajuda, os quais promovem a equidade social e o bem-estar de povos e de nações. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

primeira coluna

Erasmus de oportunidades 7 O Programa Erasmus está a assinalar 30 anos de existência. Três décadas que permitiram abrir horizontes a alunos e docentes do ensino superior, que por esta via puderam estudar e lecionar em instituições de ensino superior de outros países. Hoje, assente numa plataforma mais alargada, o programa surge designado como Erasmus + e reúne muito daquilo que outras iniciativas de mobilidade desenvolviam. O Erasmus + deve ser visto pelos estudantes como uma mais valia, uma procura de conhecimento assente em novas experiências e novas formas de olhar para a sociedade, os seus problemas e soluções. Em Portugal mais de 105 mil estudantes do ensino superior,

mais de 21 mil docentes (15 mil do ensino superior e seis mil do ensino básico) saíram do país para viver essa experiência. NumJa outra faceta, a dos estágios profissionais, o Ministério da Educação revela que o nosso país já acolheu, desde 2007, sete mil jovens diplomados de diferentes países, enquanto que mais de 13 mil jovens portugueses realizaram um estágio profissional noutro país europeu. A Europa também é isto. E esta mobilidade de pensamento torna-a mais forte, mas garante aos seus jovens estudantes, uma perspetiva diferente sobre o mundo e as suas realidades. Muitas vezes não chega o que os livros e a informação recolhida nos dizem. É preciso viver

e sentir. E o Programa Erasmus + continua a ser uma oportunidade de ouro para os jovens estudantes, para os docentes e também para os não docentes, pois também estes têm oportunidades de mobilidade. Os 30 anos de Erasmus mostram a sua importância e os testemunhos de quem frequenta esse programa de mobilidade também. As próprias instituições de ensino superior adaptaram-se, criaram cursos de língua materna para melhor integrarem os alunos estrangeiros, promovem semanas interculturais, e tornaram-se instituições do mundo europeu e não apenas da sua região ou do seu país. A visita que o Ensino Magazine efetuou ao Parlamento Eu-

ropeu, levando consigo docentes e alunos de vários níveis de ensino, permitiu verificar a importância de todas estas dinâmicas. Em boa hora lançámos, após uma conferência em que também falámos do programa Erasmus e daquilo que ele representava para a União Europeia, o desafio à Eurodeputada Ana Gomes de tornar possível uma experiência aos nossos leitores e colaboradores. O desafio foi aceite e a Eurodeputada portuguesa convidou-nos a participar numa visita de trabalho de três dias ao Parlamento Europeu. Uma visita cheia de conteúdo e de experiências que quem nela participou guardará e utilizará como forma de crescimento. O espírito que vivemos é este, continuando a

acreditar numa Europa de valores e de oportunidades, como aquelas que o Programa Erasmus + nos continua a trazer, e a que nossa Eurodeputada Ana Gomes proporcionou aos leitores e colaboradores do Ensino Magazine. K João Carrega _ carrega@rvj.pt

www.ensino.eu MAIO 2017 /// 023


CRÓNICA SALAMANCA

Muñecas en la universidad 7 El sustantivo “muñeca” es polisémico, pues ofrece según el Diccionario de la Real Academia de la Lengua Española nada menos que siete significados, algunos de los cuales pueden relacionarse con la universidad, y otros no tanto. Por ejemplo, en algunos espacios universitarios se utilizan maniquíes de mujer para modelos de escultura o para talleres textiles. También entre el público femenino puede existir un número determinado de jóvenes, “frívolas y presumidas” (lo dice así el diccionario) a quienes se les da figuradamente el nombre de “muñecas”, con indudable connotación machista. Mover las muñecas es, figuradamente trabajar mucho y deprisa. Pero la atribución lingüística más habitual de “muñeca” es la del juguete que representa a una niña o mujer, que tradicionalmente ha sido considerado como juguete de uso preferente por las niñas, aunque hoy esta práctica social pueda estar siendo revisada, al menos en parte. Hoy nos referimos a las muñecas-juguetes, o figurillas de mujer o niña, que se utilizan como elemento decorativo y simbólico en una estancia pública o familiar, como adorno o como juguete. Es el caso que hoy nos atrae, el de las muñecas artísticas japonesas, las “sosaku ningyo”. En el Centro Hispano-Japones de nuestra universidad de

Salamanca se muestra desde hace algunos días la exposición “Arts dolls. Muñecas artísticas de Ohno Hatsuko”, colección que atesora Mori Mika. Se trata de un elenco de muñecas artísticas populares que alcanzaron una gran difusión en Japón entre 1615 y 1868, y que hoy recorren todo el mundo como expresión cultural y artística, en suma de belleza, en los más reconocidos centros de exposiciones. En estas ocasión, desde el Vicerrectorado de Internacionalización y la dirección del Centro Hispano Japonés de la Universidad de Salamanca han apostado por promover, una vez más, presencia cultural del máximo nivel, ahora procedente del ámbito cultural asiático, y en particular japonés. El cultivo de la Belleza, además de la Verdad intelectual y la formación ética (la Bondad), según esa trilogía paradigmática que supo atribuir el gran filósofo griego, Platón, a la actividad intelectual y a la educativa en concreto, deben ser objeto de consideración y cultivo en los centros de educación superior, en nuestras universidades. Es cierto que desde el origen de esta institución, europea en sus inicios, una universidad nace, o se mantiene, como el espacio intelectual donde se forma a futuros profesionales en los diferentes ramos de la economía y las demandas de la administración pública. No es menos cierto que desde la influencia del modelo alemán de

Humboldt en el siglo XIX las universidades van incorporando la dimensión investigadora, y más tarde la transferencia del conocimiento creado. Pero también es imprescindible que la universidad forme a sus integrantes en los códigos de la cultura al máximo nivel, y el mejor exponente es la belleza y las manifestaciones artísticas. Una universidad sin expresiones culturales complementarias, generadas desde sí misma o compartidas con otros establecimientos de procedencia diversa, incluida la internacional, no es un centro de formación en sentido pleno. Y al contrario, la percepción por parte de integrantes y visitantes de que en la universidad existe rica vida musical, literaria, teatral, deportiva, pictórica, de las artes plásticas, de la fotografía o el cine, por mencionar algunas, es la mejor expresión de calidad real de su oferta formativa. Se trata de formar los mejores profesionales, pero ante todo las personas cultas del máximo grado posible para proyectarse así en la sociedad cuando dejen las aulas, bibliotecas y laboratorios universitarios, cuando finalice su etapa de formación universitaria. De ahí nuestro aplauso sincero a esta iniciativa de traer esta bellísima colección de muñecas japonesas a la universidad. Es una vía enriquecedora de suscitar emoción artística, de promover la belleza en todo

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt

aquello que hacemos como docentes y estudiantes en nuestro quehacer cotidiano. Así nos enriquecemos en nuestro mundo interior y lo compartimos con nuestros colegas, estudiantes y conciudadanos en general. La cultura de calidad, en todas sus expresiones, es otra vía complementaria, otro camino más, otro sendero de búsqueda intelectual, artística y espiritual que por fortuna se cultiva con acierto en nuestra universidad. Si además expresa la apertura a otros contextos geoculturales, como aquí ocurre con Japón, se acentúa la búsqueda de la universalidad, máxima expresión de la ciencia y del saber, algo que contraviene prácticas universitarias muy provincianas, como con frecuencia se producen en universidades de España, de forma lamentable, claro está. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Vila Velha de ródão

Pedro Abrunhosa nos Sabores do Tejo 6 Vila Velha de Ródão – Os artistas Pedro Abrunhosa, Diogo Piçarra, David Carreira e António Raminhos são os cabeças de cartaz da Feira Sabores do Tejo, que terá lugar nos dias 23, 24 e 25 de junho, em Vila Velha de Ródão. O certame, promovido pelo Município de Vila Velha de Ródão, assume-se como um dos mais importantes da região, onde as vertentes económica, cultural, associativa e gastronómica do concelho estão de mãos dadas. Luís Pereira, presidente da Câmara, considera que “a Feira dos Sabores do Tejo tem vindo a assumir-se como um espaço de afirmação da visão estratégica para o desenvolvimento do território, da capacidade e do valor dos agentes económicos que, nos últimos anos,

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Paulo Neves - facebook.com/pedro.abrunhosa H

têm vindo a investir em Vila Velha de Ródão, a gerar riqueza e a criar postos de trabalho”. A cerimónia de abertura da Feira Sabores do Tejo decorrerá no dia 23, pelas 18H30. O programa de sextafeira inclui a visita aos expositores, uma degustação de produtos regionais e, à noite, as atuações da Banda Skazoo (22H30, no Palco Sabores), Pedro Abrunhosa (24H00) e DJ Eddie Ferrer (01H30), ambos no

Palco Tejo. No sábado, depois da atuação do grupo Toc & Ródão pelas ruas da feira (20H00), o Chef Miguel Gameiro fará um workshop culinário, denominado “Sabores com Música” (21H00, no espaço multiusos). À noite atuarão a banda Soul Brothers Empire (Palco Sabores, às 22H30), o artista Diogo Piçarra (24H00) e os DJ’s Isabel Figueira e Giga (01H30), ambos no Palco Tejo.

No domingo a zona da restauração abre as portas Feira Sabores do Tejo às 13H00, embora os expositores só o façam às 18H00. O último dia do evento inclui a atuação da classe de ginástica da Albigymn (18H30), seguindo-se a realização de um workshop culinário (19H30, no espaço multiusos) com as chef’s Carolina Santo e Susana Alves falarão sobre “Sopas, Saladas e Sobremesas Detox”. O certame será encerrado com as atuações do humorista António Raminhos (22H00, no Palco Sabores) e do artista David Carreira (23H30, no Palco Tejo). Para quem gosta de aventura, haverá voos de balão de ar quente, todos os dias do certame (sexta-feira às 19H00; sábado e domingo às 18H00).

Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


‘Pedagogia (a)crítica no Superior’ (XXIII)

A aula é nossa 7 «a aula é nossa.» (Diário, Sebastião da Gama, 1958:26) «O ano lectivo aproximava-se do seu termo; faltavam apenas duas semanas, ou seja, quatro aulas. E metade da turma (de 30 alunos em avaliação contínua) ainda não tinha feito a apresentação oral da sua ‘sugestão’ (um dos 5 trabalhos previstos no processo avaliativo da uc). Os estudantes interiorizam depressa o padrão cultural luso de ‘tudo deixar para fim’, constatava, com pesar, o Prof.S., antecipando o cenário dessas derradeiras aulas: mais uma vez, iria assistir a uma maratona de ‘sugestões’, sem tempo para as digerirem e, muito menos, para as comentarem. Esta era a única tarefa em que o Prof. S. não definia datas para a sua realização; os outros trabalhos eram espaçados ao longo do semestre (no tempo fugaz que um ‘semestre bolonhês’ permite), tentando desta forma contrariar essa atávica tendência estudantil de deixar acumular tudo no final do semestre, seguindo-se depois a ‘choradeira’ habitual do sobrecarrego de traba-

lhos. ‘Lágrimas’ que (ainda) frutificam em certos ‘corações’ docentes de pedagogia soft e maternal. A consequência, também ela rotineira, traduz-se nos apelos das coordenações de curso, no período de preparação do novo ano escolar, para que «os colegas aliviem a carga dos alunos (…) procurando soluções na interdisciplinaridade e na fusão de trabalhos com outras uc’s». Ao não ser prescritivo nas datas para a apresentação de ‘sugestões’, o Prof. S. procurava incentivar a autonomia e a capacidade de planeamento de cada um dos seus estudantes. A longa prática docente mostrava-lhe que, também por este meio, conseguia perceber as suas dificuldades e conhecer melhor as suas potencialidades. Por regra, os estudantes mais velhos, os com maior experiência de vida e os mais empenhados na uc, acabavam por ser os primeiros a cumprir a tarefa; em sentido contrário, o grupo dos mais fracos e dos desinteressados, aqueles que cumprem só porque «tem de ser» e que vão adiando até ao limite do possível; ir a exame é que não, «tudo menos isso».

No arranque do semestre, o Prof. S. alojava na moodle um texto que esclarecia o conteúdo expectável das ‘sugestões’: os estudantes, a pares, deviam recomendar (em 1015 minutos, no início da aula) um museu etnográfico, livro, artigo, estudo (divulgado na imprensa ou em revista científico-profissional), filme, programa televisivo, canção, evento, etc. – por eles escolhido, relativo às temáticas inscritas no programa da uc. Após a partilha em aula, e tendo em conta o feedback recebido, deveriam disponibilizar na moodle essa informação, em suporte multimédia. Esse material seria alvo de eventuais comentários individuais (2-3 parágrafos), redigidos de modo pessoal e fundamentado, visando a complementaridade, o aprofundamento ou uma outra perspectiva sobre o tópico/tema em causa. Eram igualmente enunciados os objectivos da actividade: (i) Estar atento aos recursos museológicos nacionais e à actualidade sociocultural, mantendo-se informado das novidades editoriais e das acções mais significativas levadas a cabo pelas comunidades científicas e/ou pro-

fissionais; (ii) Desenvolver capacidades de autonomia na pesquisa; (iii) Socializar a informação recolhida (como herdeiros de um high context people), praticando a comunicação oral; (iv) Treinar o uso da moodle; (v) Marcar também a agenda da aula, seguindo o velho princípio de Sebastião da Gama (expresso na epígrafe deste artigo). O rationale desta actividade procurava ir ao encontro dos mais variados ‘interesses’ dos estudantes. Havia, em mente, outros dois objectivos colaterais como o incentivo à leitura diária de jornais e a consulta regular na biblioteca da escola. O Prof. S. fazia o mesmo trabalho que solicitava aos seus estudantes: desde a primeira aula que lhes ia apresentando ‘sugestões’ de diferentes tipologias. Já os produtos partilhados pelos alunos variavam muito em qualidade e actualidade (alguns bem ‘requentados’, como o clássico Papalagui). A grande maioria refugiava-se nos filmes, e o Prof.S., estoicamente, revia ad nauseam alguns daqueles trailers (Memórias de uma Gueixa, Gran Torino, Crash, Babel…) Mas também era

brindado com algumas ‘pérolas’, por si desconhecidas, como o filme de Mira Nair (2006) O Bom Nome que, mais tarde, lhe viria a servir para ilustrar o conceito de ethnoscapes (Appadurai), o Tratado das Alcunhas Alentejanas de Francisco M. Ramos e Carlos A. da Silva (2002), o Museu da Farinha, inaugurado em 2014 em São Domingos, ou até os trabalhos do antropólogo holandês Anton Blok (1935-). Dádivas da ‘cultura imaterial escolar’… K

Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt

(Este texto está redigido segundo a “antiga” e identitária ortografia) _

CRÓNICA

Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: Hace ya más de diez años que comenzamos a publicar nuestras reflexiones sobre la ilusión que llevamos dentro de nosotros mismos en relación con el problema de la educación. Como todo en la vida, nuestra comunicación pública toca a su fin, aunque no así nuestro régimen de reflexiones sobre la educación. Te digo esto porque ya estoy jubilado de mi actividad profesional y, por tanto, considero oportuno el cierre de nuestras comunicaciones o “cartas sobre la ilusión” oficiales. Por supuesto que seguiremos en contacto de manera personalizada, porque creo que el intercambio de ideas siempre puede resultar positivo a pesar de que haya una menor implicación en el terreno de la actividad educa-

tiva diaria. Pero quiero que el cierre de este período siga siendo una apuesta por lo que siempre consideré no sólo oportuno sino también necesario (por no decir obligatorio) en el campo de la educación: mi último mensaje quiero que sea un alegato a favor de la creatividad en la educación. Tanto tú como yo sufrimos nuestro proceso educativo personal como un reto a la “memorización” de los “conocimientos” disponibles en nuestra época. Más aún (tenemos que reconocerlo), comenzamos haciendo lo mismo con nuestros alumnos porque era el bagage que habíamos adquirido en nuestra experiencia educativa personal. Pero pronto caímos en la cuenta de que no era ése el camino. Muchas veces hemos comentado

la cantidad de tiempo perdido en la educación como consecuencia de haber promovido la memorización de los contenidos como camino único hacia el éxito. Por fortuna, ahora sabemos que no es ése, precisamente, el camino del éxito porque, a la hora de la verdad, no promueve el auténtico desarrollo de la persona no sólo desde el punto de vista cognitivo, sino también desde el punto de vista emocional. No quiero ser un “profeta del porvenir”, pero sí me gustaría cerrar este ciclo de cartas publicadas entre nosotros haciendo una apuesta decidida y decisiva en favor de la creatividad: mi deseo es que, para que la educación avance y dé una respuesta real y eficaz en nuestra sociedad, todos los

profesores hagan una apuesta por la creatividad. Cada vez estoy más convencido (y creo que no soy el único ni el último) de que las personas realmente inteligentes son aquellas que se muestran capaces de dar respuestas realmente eficaces y eficientes a los problemas que se les plantean. Más aún, me atrevería a pedir que los procesos de selección del profesorado se fundamentasen en la capacidad creativa de las personas en lugar de su capacidad de memorización de los contenidos que son obligados a retener para presentarse a las oposiciones como educadores. Como sabes, tanto la formación del profesorado como el desarrollo de las competencias de los alumnos han sido dos de los ejes fundamentales

en mi pensamiento acerca del problema de la educación. Por eso quiero cerrar estas comunicaciones entre nosotros manteniendo siempre vivas estas dos “luces”. Ojalá la mayoría de los profesores (o todos) mantengan vivas estas dos preocupaciones. Si esto fuera así, no cabe duda que la educación como sistema comenzaría a encontrar grandes soluciones a sus grandes problemas. Una vez más, y para siempre, ¡salud y felicidad! K

Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

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ex-presidente do Governo Regional da Madeira em entrevista

O “Relatório de Combate” de Alberto João Jardim 6 Retirado da política ativa, Alberto

Foi professor, primeiro no ensino técnico e secundário e depois na universidade. Como vê o estado do sistema educativo em Portugal, e já agora, que balanço faz do processo de regionalização da educação e da investigação cientifica, operada na Região Autónoma da Madeira em 1979? O sistema constitucional de 1976 ainda é produto da cultura colonial portuguesa de seis séculos e do centralismo desde a fundação da nacionalidade. Daí que a autonomia política da Madeira seja muito limitada, mormente na área da Educação. Os mecanismos da República Portuguesa manifestaram-se obstáculos e repressivos - até por razões ideológicas - sempre que procurámos inovar nesta área, embora, por outro lado, de vez em quando, o Ministério plagiasse como suas, aquelas boas iniciativas nossas que o poder central antes se esquecera de “chumbar”. É curioso que a República Portuguesa reconhece as habilitações obtidas em sistemas de ensino estrangeiros bem diferentes, mas não suporta o direito à diferença no seu território!

João Jardim continua a produzir opiniões que importa escutar. Nesta entrevista por escrito ao Ensino Magazine, pronuncia-se sobre a Constituição, o sistema educativo, os grandes interesses que controlam Portugal, a Europa e até a solução governativa. Menciona nos agradecimentos do seu livro de memórias, “Relatório de Combate”, que várias editoras se recusaram a publicá-lo. Sente que mesmo retirado da vida política é uma personalidade incómoda? Incomodado não estou, apesar da perseguição com que a extrema-direita madeirense o tenta na instrumentalização dos tribunais. Se sou incómodo, o problema não é meu. Nos 37 anos de liderança na Quinta Viga, a sede do governo regional, consegue eleger o momento mais feliz e o mais difícil? Não gosto de o fazer... Gerou discussão a atribuição do nome Cristiano Ronaldo ao Aeroporto Internacional da Madeira. Qual a melhor homenagem que lhe podiam fazer, como gostaria de ser imortalizado na sua ilha? Sou cristão de culto católico, em termos de imortalidade só quero a paz dos justos. Pela longevidade no poder e pelo número de vitórias é um caso de estudo ao nível europeu, senão mundial, contudo, nunca deu o salto para outros voos, como a presidência da AR ou uma eventual candidatura a Belém. Pagou o preço por sempre ter dito o que pensava e por ter criticado abertamente grupos como a maçonaria ou o opus dei? Pelas duas ordens de razões. Ainda fica muito irritado quando ouve falar do «défice» e da «claustrofobia» democrática? Rio-me, como de qualquer patetice. Quando lhe perguntam sobre o 25 de abril diz, reiteradamente, que é um homem do 26 de abril. A verdadeira revolução ainda está para vir? Portugal é mais uma partidocracia do que uma democracia, dados os poderes dos partidos políticos, nalgumas circunstâncias monopolizantes, como no caso de só a eles estar reservado o poder de apresentar candidatos à Assembleia da República e às Assembleias Legislativas Regionais. Depois, não há uma rigorosa separação do poder legislativo, executivo e judicial.

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É um defensor acérrimo da revisão da Constituição. Pensa que é na Lei Fundamental que reside a raiz de muitos dos males do país? O Continente não tem descentralização política, tudo está nas mãos dos grupos de pressão económicos e políticos de Lisboa. Mas, aqui, a culpa também é do consentimento inadmissível das elites de todas as restantes regiões continentais. Eu defendo uma solução federalista, como também defendo um sistema eleitoral misto onde cinquenta por cento

dos candidatos resultem de listas uninominais. O poder económico, tal como na restante Europa, controla os partidos políticos, na medida em que paga as quotas de muitos dos neles inscritos, para aí ter as direções partidárias que lhe convém e sobretudo os governos que pretende. Por isso eu sou opositor da Constituição de 1976 e aguardo um 26 de abril, sem o qual este Portugal continuará mais do mesmo. O meu projeto concreto está no livro “Relatório de Combate”.

CARA DA NOTÍCIA 6 46 vitórias absolutas Alberto João Jardim nasceu no Funchal, a 4 de fevereiro de 1943. Foi presidente do Governo Regional da Madeira, entre 1978 e 2015. No dia em que tomou posse, aos 33 anos, disse uma frase que ficou célebre: «a Madeira será o que os madeirenses quiserem». E quiseram, inequivocamente, Jardim, que obteve 46 vitórias eleitorais para o PSD-Madeira e governou sempre com maiorias absolutas. Nos 13 514 dias de governação fez 4850 inaugurações. Fundou o PPD-PSD, em 1974, foi vice-presidente do PSD liderado por Marcelo Rebelo de Sousa. Atualmente é presidente não executivo da Fundação Social-Democrata da Madeira. Foi diretor do «Jornal da Madeira». É Membro e ex-vice-presidente (2000-2001) do Comité das Regiões da União Europeia. É presidente honorário da Cimeira Europeia das Regiões e Cidades. É fundador e membro da Assembleia Regional Europeia e foi vice-presidente do Partido Popular Europeu. Foi o presidente da Conferências das Regiões Periféricas da União Europeia, entre 1978 e 1996, da qual é agora presidente honorário. É membro-fundador da Assembleia das Regiões da Europa, a cujo Conselho já pertenceu. É licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo sido professor nos ensinos técnico e secundário. Foi professor convidado da extinta Universidade Independente. É doutor honoris causa em Ciências Políticas pela Universidade de São Cirilo, em Malta. K

Acredita que o sistema educativo tem potencial para formar quadros e elites de qualidade ao nível da gestão e da política? Tal como está em Portugal, é impossível. No seu livro critica o processo de Bolonha. Porquê? Porque se trata de mediocratização. Uma mediocratização à escala global para melhor dominar os povos e proletarizar a classe média. Não tem sido meigo nem com as juventudes partidárias, nem com os políticos que fazem destes grupos autênticos viveiros de futuros líderes, acusando-os de não terem qualquer experiencia de vida à margem da política e dos partidos. Como romper com este estado de coisas e recrutar gente nova para liderar os partidos e as empresas? A sua pergunta assusta-me, na medida em que já parte do princípio que os grupos em questão serão “os viveiros de futuros líderes”!... Credo!... Hoje, tenho a opinião de que é de fazer a experiência de não haver “jotas”. Seja qual for a idade - embora com pagamento de quota adequado às suas possibilidades individuais - todos devem ser militantes não segregados. Depois, a qualidade impor-se-á, seja qual a idade de cada um. Tal como no mercado empresarial. A solução governativa no poder, a denominada “geringonça”, tem pernas para ;


andar? Há algum fator que, na sua opinião, seja decisivo para a sua eventual desarticulação? A “geringonça” é uma peça da radicalização em Portugal, igual à restante Europa, em que o centro político vai sendo eliminado e, consequente e tragicamente, a classe média. E quem tiver cultura política sabe ser desejo simultâneo do capitalismo selvagem e do marxismo, embora por razões diferentes. Os grandes interesses que controlam Portugal, dada a incompetência desastrosa dos atuais PSD e CDS, agora enganam os cidadãos com a venda deste produto dito de “acalmia” e de “progresso”. Só quem se deixar enganar é que não percebe duas coisas: - com o sistema político da Constituição de 1976, apesar da propaganda, nada se alterará e a repartição da riqueza e dos poderes continuará a ter os portugueses à margem; - em Matemática, depois de descermos ao zero, como descemos, este 1 vírgula qualquer coisa de melhoria, tão apregoado na propaganda enganosa em que vivemos, continuará a ser zero virgula a mesma coisa, é a objetividade algébrica. Depreendo das suas palavras que está pessimista… É que o futuro não depende sequer de nós. Depende do que arrojadamente evoluir a Europa - que deve ser mais federalizada - de como for negociada a dívida portuguesa e, sobretudo, de não sermos uns passivos na Europa, como triste e evidentemente somos, e passarmos a intervir nem que seja “fazendo um inferno”. Diplomaticamente, Portugal é muito saloio. É presidente honorário da Cimeira Europeia das Regiões e das Cidades, conhece, por isso bem, a realidade do velho continente. O projeto europeu vai resistir aos sucessivos abalos, das crises das dívidas soberanas, ao brexit, passando pela crise dos refugiados? Depois do que atrás eu disse, um novo projeto europeu tem de nascer e se afirmar. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H   

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gente e livros

James Joyce 7 James Joyce (1882-1941) foi um escritor irlandês, amplamente considerado um dos autores mais relevantes do século XX. As suas obras mais famosas são o volume de contos “Dublinenses “ (1914) e os romances “Retrato do Artista Quando Jovem” (1916), “Ulisses” (1922) e “Finnegans Wake” (1939). “Ulisses”, em particular, é vista como a obra que inaugura o romance moderno e uma das mais importantes da literatura ocidental. James Joyce nasceu em 1882, nos subúrbios de Dublin, na Irlanda, no seio de uma abastada família católica. A sua formação foi rígida, com padres jesuítas, contra a qual mais tarde se rebelou. Frequentou a Universidade de Dublin, onde estudou inglês, francês e italiano, e em 1902 vai estudar medicina em Paris. A sua mãe morre pouco depois e, no ano seguinte, James Joyce retorna à Irlanda. Trabalha como professor particular, em seguida muda-se para Zurique, Suíça, e depois para Trieste, na Itália, onde se sustenta dando aulas de inglês.

“As suas primeiras experiências literárias são conservadoras, marcadas pela influência do realismo de Ibsen e pelos simbolistas”, descreve a plataforma eBiografia, mas em 1922, quando publica “Ulisses”, James Joyce reinventa a linguagem e a sintaxe. O livro é proibido no Reino Unido e nos Estados Unidos, onde seria publicado apenas em 1936. Mais tarde, Joyce é submetido a várias cirurgias devido a problemas na visão. A sua última obra é “Finnegans Wake”, na qual leva ainda mais além as inovações estéticas e linguísticas introduzidas em “Ulisses”. James Joyce faleceu em Zurique, no dia 13 de janeiro de 1941. Celebra-se anualmente a sua vida e obra no dia 16 de junho, com o Bloomsday, em Dublin. Esse dia instituído na Irlanda inspira-se no personagem Leopold Bloom, protagonista de “Ulisses”. K Superdownloads H

Tiago Carvalho _

Novidades literárias 7

GUERRA &

PAZ. Cem Maneiras de Melhorar a Escrita, de Gary Provost. Escrever é a paixão de milhares de pessoas. Todos sonham publicar o que escrevem, seja num livro tra­ dicional ou num blogue moderno. Contudo, poucos perdem tempo a melhorar o que verdadeiramente importa num escritor: a escrita. Este é o livro que ensina a transformar a escrita, a frase, em música. D.QUIXOTE. Areias Movediças, de Arne Dahl. Ellen Savinger, de 15 anos, está desaparecida há duas semanas. Sam Berger receia que tenha sido raptada por um serial killer, mas são poucos os colegas

no Comando da Polícia de Estocolmo dispostos a ouvi-lo. Sam decide agir sozinho. À medida que investiga, apercebe-se de uma sinistra ligação ao seu próprio passado e depressa o caçador passa a ser a presa.

TOP SELLER. Neve Cega, de Ragnar Jónasson. É o primeiro livro de uma empolgante série que conquistou leitores em todo o mundo. Numa pacata terra de pescadores, perdida no norte da Islândia, todos se conhecem e nem é preciso trancar as portas. Ari Thór Arason, um jovem

polícia em início de carreira, é obrigado a deixar a sua vida em Reiquiavique e a mudar-se para essa terra inóspita, onde nada parece acontecer. Inesperadamente acontecem dois crimes que abrem caminho a uma investigação liderada por Ari.

GUERRA & PAZ. Caderno de Memórias de Difícil Acesso 1, de Raquel Palermo e João Lacerda Santos. Livro infanto-juvenil. Santiago é um miúdo de 11 anos como os outros. Gosta de jogar consola e não gosta assim tanto de ir às aulas. O bom da escola é encontrar lá os amigos, e claro… Alice, a miúda mais gira do universo. O lado mau é a escola ser um bocado mal frequentada… por Mafalda, a sua irmã mais velha (e mais chata!). K

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pela objetiva de j. vasco

press das coisas iBallz Mini 3 As iBallz protegem os tablets de quedas planas, na diagonal ou sobre líquidos derramados. Apesar de indicadas para iPad mini podem também ser utilizadas com outros tipos de tablets. Caindo de qualquer ângulo, o seu tablet nunca toca o chão e fica elevado protegendo-se de superfícies molhadas, ásperas ou sujas. K

Salvador Sobral «Excuse Me»

TUK TUK PARA FICAR 3 Os Tuk Tuk invadiram o país e vieram para ficar. O centro de Lisboa está cheio deste meio de transporte que nada tem a ver com a nossa cultura. Com a explosão do turismo tudo serve para vender, é o lado menos bom da moeda que equilibra as nossas contas. K

3 Antes de “Amar pelos Dois”, canção que conquistou o primeiro Festival Eurovisão da Canção para Portugal, Salvador Sobral editou “Excuse me”. O álbum de estreia do músico português foi lançado em 2016, depois de ter passado pelos Estados Unidos e de alguns anos a residir em Barcelona onde estudou jazz na prestigiada escola Taller de Musics. Salvador regressou a Portugal e trabalhou neste primeiro disco de originais. Teve coprodução musical do pianista Júlio Resende, do talentoso compositor venezuelano Leonardo Aldrey e do próprio Salvador Sobral. K

Prazeres da boa mesa

Sopa Fria de Citrinos e Nectarinas, Ares de Espumante com Pisang 3 Ingredientes 100 gr de Limas 1500 gr de Laranjas de Sumo 100 gr de Açúcar 50 gr de Citronella 200 gr de Limão 300 ml de Espumante Bruto 4 Folhas de Gelatina Incolor 80 ml de Pisang Ambom 100 gr Açúcar em Pó 10 gr de Manjericão 250 mg de Açafrão em Rama 1000 gr Nectarinas 2 Capsulas de N2O Q.b. de Redução de V. Tinto Preparar Para a espuma: Demolhar as folhas de gelatina. Derreter as folhas no pisang ambom, adicionar ao espumante e colocar tudo no sifão. Carregar 1 ou 2 capsulas de N2O e reservar no frio. Para os crocantes: Laminar metade das limas, dos limões e das laranjas e levar

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sador fino. Levar ao frio até ficar bem frio. Empratar: Retificar os temperos e corrigir se necessário. Encher os pratos de sopa com o preparado de citrinos. Fazer um cordão com a redução de vinho tinto. Aplicar a espuma de pisang e de espumante. Guarnecer com os crocantes e alguns cubinhos de nectarinas. Servir. K Mário Rui Ramos _ (Chef Executivo )

ao forno a 90ºC, polvilhado com açúcar em pó, até ficar seco e crocante. Para a sopa: Triturar o açafrão com o sumo de laranja, o açúcar, a citronela, as nectarinas e o sumo dos restantes citrinos. Passar pelo pas-


Bocas do Galinheiro

Madame Bovary, uma obra-prima de os nomes dos personagens serem diferentes, a história essa, é fiel ao livro, a que se segue “Madame Bovary (1934), de Jean Renoir, com Max Dearly, Valentine Tessier e Pierre Renoir e, ainda nos anos 30, a versão alemã de Gerhard Lamprecht, Madame Bovary (1937) com a grande Pola Negri como Emma Bovary, Pola Negri que viria a fazer furor na Hollywood dos anos 30, não só por via da sua parceria com Ernst Lubitch, começada ainda na Alemanha, mas pelos romances com Rodolfo Valentino e Charles Chaplin, entre outros. Porém o seu sotaque polaco, um entrave para o sonoro que se avizinhava e as imposições censórias do tristemente célebre Código Hays, obviaram a uma carreira de maior sucesso na Meca do cinema. Com Jennifer Jones, James Mason e Van Heflin, Vincente Minnelli dirigiu a sua “Madame Bovary”, em 1947, com alguns problemas com a censura, a obra mostrouse à altura da grandeza do realizador e do elenco de alto nível, tal como em 1989 Aleksandr Sokurov se inspira na obra de Flaubert para a seu “Spasi i sokhrani” visto da perspectiva da mulher. Também Manoel de Oliveira em Vale Abraão (1993), se inspirou em Flaubert para contar a história de Ema (Leonor Silveira), uma jovem de beleza ofuscante, ao ponto de os automobilistas chocarem contra o muro da casa, e de Carlo (Luís Miguel Cintra), amigo de seu pai, com quem se casa sem o amar, até que, infeliz no casamento, arranja um amante, numa adaptação de Agustina Bessa-Luís. Aliás a adaptação não é feita da novela porque na altura Claude Chabrol filmou o seu “Madame Bovary” (1991, com Isabelle Huppert, Jean-François Balmer e Christophe Malavoy. Mais recentemente, 2014, Sophie Barthes, dirige uma nova adaptação do livro, com Ezra Miller, Mia Wasikowska como Emma Bovary e Paul Giamatti, a que poderíamos juntar as versões de Carlos Schlieper, de 1947, Claude Barma, de 1953 ou de Rex Tucker de 1964. Mas acho que por agora chega. Até à próxima e bons filmes! K

adaptações para projecção no grande ecrã. Uma das primeiras adaptações da obra escrita por Gustave Flaubert foi “Amor Profa-

no” (Unholy Love, 1932), realizado por Albert Ray com H.B. Warner, Lila Lee, Beryl Mercer no elenco, apesar de se situar em Nova Iorque e

Luís Dinis da Rosa _ João Rosa H Facebook: jonasrosArt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

7 Anda por aí uma classe envenenada por aquilo a que se pode chamar de novo riquismo serôdio, uma espécie de provincianismo bacoco, a lembrar alguns personagens queirosianos que de tanto querem parecer, não se ensaiavam nada a assinar “bacharéis”. Os grupúsculos que por aqui pululam limitam-se a querer ser vistos e privar com “massa crítica” de fora, como eles dizem, esquecendo as forças vivas de cá, só para dar aquele ar de entendidos, sem cuidarem de que, apesar de o ridículo não matar, vê-se. Fazem-me lembrar a coitada da Madame Bovary que, ao casar com o tímido e pacato Charles, cedo descobre que a oportunidade que esperava de iniciar uma nova vida longe da quinta onde nasceu e viver deslumbrantes aventuras, está longe de se concretizar, caindo, isso sim, numa frustrante rotina que a empurra para uma série de relações fora do casamento, na busca do seu herói, que claro, nunca aparece, levando-a literalmente à ruína, material e anímica, de consequências trágicas. Os nossos provincianos, como já aconteceu no passado, só muito tarde vão perceber que nem sempre o que parece é, arriscando-se, fatal como o destino, a acabarem a patinarem em seco, sem nada receberem de tão maravilhosas companhias. Publicado em França, em meados do séc. XIX, em fascículos, na revista Revue de Paris, Madame Bovary é um romance de Gustave Flaubert cuja história se desenrola perto da cidade de Rouen, em Tôtes, no norte de França, onde o casal Charles Bovary, médico, uma espécie de delegado de saúde da época, e Emma, como se disse uma jovem que sonha viver as aventuras que lera deslumbrada na sua infância. O casamento cedo se lhe revela frustrante, como não menos frustrantes são as aventuras, agora extra-conjugais em que se envolve. O resto já se sabe. Flaubert, bem como o editor da revista foram levados a tribunal, sob acusação do Governo francês de ofensa à moral e à religião. Apesar de absolvido, ficou célebre a sua resposta em juízo, “Emma Bovary c’est moi” (Emma Bovary sou eu), Gustave Flaubert teve que enfrentar as ferozes críticas à sua obra, face ao puritanismo que singrava na crítica literária da época. Não estranha pois que uma obra deste quilate, uma das primeiras obras realistas, tivesse chamado a atenção da 7ª arte, pelo que desde muito cedo se sucedessem várias

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22 e 23 de abril

16º Encontro da Rede Nacional das Escolas Associadas da UNESCO 7 Teve lugar nos dias 22 e 23 de abril, o 16º Encontro da Rede Nacional das Escolas Associadas da UNESCO. O Encontro foi realizado no Auditório do Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Loures e contou para além das escolas associadas portuguesas, com a participação das escolas da Rede nacional das escolas associadas da UNESCO de Cabo Verde e de S. Tomé e Príncipe, para além de diversas instituições da sociedade civil que foram convidadas a participar. Com o apoio da Câmara Municipal de Loures, este 16º Encontro teve como principal objetivo dinamizar projetos de parceria, fomentar a cooperação entre escolas, e a partilha de boas práticas en-

tre a rede internacional de escolas. As escolas mais recentes na Rede iniciaram os trabalhos, com a apresentação dos seus projetos de candidatura – Agrupamento de Escolas João Villaret, em Loures; Agrupamento de Escolas José Afonso, em Loures; Agrupamento de Escolas da Bobadela, em Loures; Agrupamento de Escolas Verde Horizonte, em Mação; Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Pinhal Novo; Externato Frei Luís de Sousa, em Almada e o Instituto de Educação Técnica, em Lisboa. As sessões de trabalho desenvolveram-se em quatro vertentes – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Diversidade Cultural, Educação para a Cidada-

nia Global e Literacia do Oceano. Durante o Encontro esteve patente a Exposição “Pombas da Paz”, e no último dia foi realizada uma visita à Galeria de Arte Pública da Quinta do Mocho. Os participantes ainda desfrutaram da apresentação musical das Concertinas da Bemposta. A Rede Nacional das Escolas Associadas da UNESCO conta atualmente com 89 escolas, desde o ensino pré-primário, até ao ensino superior, passando pelo ensino profissional, e centros de formação de professores. K Fátima Claudino _ Comissão Nacional da UNESCO

BMW Série 5 Touring chega em junho

XII Festival Internacional da Máscara Ibérica 3 Caretos, chocalheiros, pauliteiros, diabos, tafarróns, hunos e carantonhas desfilaram na Praça do Império, em Lisboa, no passado 6 de maio. Os estagiários do Ensino Magazine estiveram lá a acompanhar este evento, no tradicional desfile de máscaras do Festival Internacional da Máscara Ibérica que reuniu 36 grupos e mais de 650 participantes, principalmente de Portugal e Espanha, mas também os convidados da Colômbia e do Perú, como forma de assinalar a capital Ibero-americana da cultura. O Festival decorreu entre os dias 4 e 7 de maio, com atividades diversas, quer no âmbito da música tradicional, quer também na gastronomia, debates, teatro, performances e mostras das várias regiões representadas. K Publicidade

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3 A nova BMW Série 5 Touring chega em junho a Portugal com preços a começar nos 58 360 euros, anunciou a BMW. Esta nova geração da carrinha Série 5 será equipada com ecrã tátil, tecnologia de comandos por voz e sistema de controlo por gestos, novo design de cockpit direcionado para o condutor, entre outras novidades. O novo modelo reduz o peso em cerca de 100 kg, devido à utilização de alumínio e magnésio. Com isso pretende-se uma redução na ordem de 11% das emissões de CO2, comparativamente ao modelo antecessor.K

Volkswagen renova e-Golf e Golf GTE 3 As versões elétrica e a híbrida plugin do facelift do Golf VII acabam de ser apresentadas em Portugal pela Volkswagen. O preço da variante 100% elétrica eGolf, que possui uma autonomia até 300 km e 136 cv, começa nos 40 461 euros. Por outro lado, a versão híbrida plug-in a gasolina, que possui 204 cv e que permite realizar até 50 km em modo elétrico, está disponível a partir dos 44 691 euros. K


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Castelo Branco

Sabores com Dama e Rui Veloso Alexandre Morais Nunes e Manuel Nunes, autores do livro

40 anos

Amato Lusitano em livro 6 “Hospital Amato Lusitano: 40 anos ao serviço dos cidadãos” é o título do livro que assinalou precisamente os 40 anos daquela unidade hospitalar, tendo sido apresentado na sessão solene que assinalou a data, no dia 16 de maio. O livro, da autoria dos investigadores Alexandre Morais Nunes e Manuel Nunes, retrata de uma forma fiel e objetiva os 40 anos do Hospital. A apresentação da obra ficou a cargo do prePublicidade

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sidente da Unidade Local de Saúde, Vieira Pires, que destacou o rigor da mesma. Com a chancela da RVJ Editores, o livro surge dividido em seis capítulos, a saber: área de influência/ caraterização da população; história, estrutura, valências e serviços; recursos humanos; produção/ movimento assistencial; resultados económico financeiros e investimentos; e resultados comparados benchmarking. K

6 Este ano são quatro, em vez de três, os dias da feira Sabores de Perdição. O evento decorre, de 15 a 18 de junho, na zona da Devesa (Docas), em Castelo Branco, e promete envolver milhares de visitantes. O conceito é o mesmo de edições anteriores, dando destaque aos produtos da Beira Baixa, à inovação e à diversão. As atuações da Banda da Força Aérea, na noite de 15 de junho, dos Dama (dia 16, às 22H00) e de Rui Veloso (dia 17, 22H00) integram o programa do certame, com espetáculos gratuitos, como tem sido habitual em Castelo Branco, neste tipo de eventos promovidos pela autarquia. Luís Correia, presidente da Câmara, recorda que “Castelo Branco tem estado numa dinâmica imparável. No último

A Feira Sabores de Perdição foi apresentada pelo presidente do Município

fim-de-semana tivemos o Campeonato Nacional de Judo, o Autocross, o Festival Aéreo, e a feira InovAgri. E agora estamos a apresentar outro grande certame, que é a feira Sabores de Perdição”. No entender do autarca, “a promoção do nosso concelho está cada vez mais forte”. O presidente do muni-

cípio adianta que “o evento vai permitir dinamizar o setor agroalimentar”. Luís Correia explica que além dos espaços destinados à venda de produtos alimentares e de artesanato, haverá também uma zona de tasquinhas, “onde os visitantes poderão degustar as iguarias da região”. Além disso, surge a tasquinha de Perdição, um espaço onde

haverá cozinha ao vivo. No total o evento contará com mais de 100 expositores, sendo que no caso dos produtos alimentares será respeitada a roda dos alimentos. O autarca desafiou ainda “todos os produtores interessados a inscreverem-se “, apelando “às pessoas para reservarem esses dias para visitarem a feira e Castelo Branco”. K


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