Ensino Magazine Edição nº 198

agosto 2014 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVII K No198 Distribuição Gratuita

www.ensino.eu ensino jovem

Assinatura anual: 15 euros

joaquim gomes, vencedor de duas edições e diretor da prova

Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico.

Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS

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Três Honoris Causa na Universidade

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Castelo Branco

Politécnico abre Fisiologia Clínica politécnico

Aluno de Leiria faz escultura na Palestina C

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Portalegre

IPP tem curso com Certificação Mundial associação internacional da água

Portugal lidera na eficiência das redes

A festa do ciclismo dá a Volta ao País Politécnico

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Falecimento

Guarda aposta no sucesso O adeus a Vitor Serra

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joaquim gomes, ex-ciclista, Diretor da prova rainha do ciclismo português

As voltas que a Volta dá

6 Ganhou a Volta a Portugal em bicicleta por duas vezes e agora dirige-a, a partir dos bastidores, com a paixão que alimenta desde muito novo. A palavra ao diretor da mais importante prova velocipédica nacional, Joaquim Gomes.

Não se cansa de repetir que a Volta é o objetivo desde a sua adolescência. Depois de 18 voltas em cima da bicicleta, esta é a sua 11ª prova na condição de diretor. É esta a sua obsessão predileta?

De facto, desde os 15 anos que a Volta é o meu objetivo. Fiz a minha primeira Volta com 19 anos, em 1985, e a última em 2002.

Todos os meus sacrifícios estiveram focados nesta competição, com especial entusiasmo desde que enveredei pela carreira de profissional. Tantos anos volvidos, agora numa posição mais de bastidores e dentro do carro, em plena corrida, continuo focado num dos mais eventos desportivos mais populares do país.

O que faz um diretor da Volta, antes, durante e depois da corrida?

A estrutura da Volta a Portugal é muito reduzida, comparada com as estruturas da Vuelta ou do Tour, por isso, sou obrigado a desdobrar-me em funções, assimilando tarefas que, em condições normais, competiriam a 4 ou 5 pessoas. A Volta é um evento muito

mediático e publicitário e, para ser rigoroso, é muito mais do que uma corrida de bicicletas. Não se pode descurar a vertente do marketing, comercial e da comunicação, em articulação com o lado desportivo, para manter os níveis de popularidade da competição intactos. Trabalho muito, mas não me queixo. Adoro o que faço.

Para além da função crucial de manter a máquina oleada e articulada, o trabalho de relações públicas deve ser permanente…

Sem dúvida. Como sou um apaixonado pelo perfecionismo e pelas curiosidades, estimei que ao longo dos 11 dias de prova tenha de lidar com cerca de 2500 pessoas diferentes, desde responsáveis das equipas, ciclistas, forças de segurança, colaboradores da caravana, jornalistas, etc. É um número impressionante.

Por vezes torna-se complicado gerir a informação e coordenar os trabalhos com as várias equipas da organização no terreno, numa gestão que por ser em cadeia está longe de ser fácil. Este desporto tem a particularidade de não estar parado e termos de andar com a casa as costas, ao longo de 11 dias. Mas já foi ainda mais difícil, quando a Volta era composta por 21 dias de prova.

Intervém no delinear dos percursos e itinerários da Volta?

Essa é uma competência de que eu não

abro mão (risos). É uma das atividades que mais satisfação me dá porque me permite usar toda a minha experiência , primeiro enquanto ciclista e depois como responsável.

Como reage às criticas de a Volta ser corrida quase toda a norte?

Nem sempre podemos levar a Volta onde queremos. Os orçamentos não esticam e o da Volta, que é cerca de 4 milhões de euros, também não. Temos três municípios-âncora, que de há bastante tempo a esta parte são Viseu, Castelo Branco e Lisboa, e é em função deles que são contactados cerca de 40 ou 50 autarquias que, após negociações, permitem montar o puzzle do traçado da prova.

Deixe-me sublinhar que apesar de a Volta não conseguir chegar ao pais todo, nomeadamente ao Algarve, ao Alentejo e ao nordeste transmontano, vamos ter nesta edição quatro municípios que se estreiam na competição, o que me enche de orgulho.

O que é que a 76ª edição tem de novo que possa surpreender os adeptos da modalidade?

A etapa do dia 2 de agosto, que termina na Serra do Larouco, em Montalegre, vai ser uma grande surpresa. Estou certo que vamos ter uma nova subida ao jeito da popular ascensão ao alto da Senhora da Graça, em Mondim de Basto, que vai entrar na tradição

da prova e da modalidade.

Aposta na Serra do Larouco como uma nova atração para os amantes da velocipedia?

Estou em crer que vamos presenciar uma das mais belas etapas de sempre, que vai ser corrida em boa parte no Gerês e vai passar por barragens, uma delas a do alto do Rabagão, que tem dois quilómetros de paredão, o que vai permitir imagens televisivas muito impactantes. Mas o final vai surpreender muita gente. Aliás, aquele local começou por me surpreender a mim. O presidente da Câmara de Montalegre perguntou-me em jeito de desafio, se sabia qual era a segunda serra mais alta de Portugal continental e eu fiquei a patinar.

Confesso que também não me ocorre…

A resposta certa é a Serra do Larouco, inserida no sistema montanhoso Peneda/ Gerês, com 1525 metros.

A perda de popularidade do ciclismo deve-se, de alguma maneira, à asfixiante monocultura futebolística veiculada pelos órgãos de comunicação social?

A minoria pensante não tem tido força suficiente para alterar a atitude, por vezes, excessiva e despropositada de alguns ;

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menos apetecível para os patrocinadores, visto que qualquer sponsor que desejasse investir num Benfica, Sporting ou FC Porto arriscava-se a ficar na sombra do nome do clube, por haver uma rejeição inconsciente à marca. Isto excetuando uma empresa com um grande estofo, como um grande banco ou um operador de telecomunicações.

órgãos de comunicação social para com o futebol, quando é sabido que a pedagogia que se exerce na sociedade passa muito pelo que se passa nos mass media. Eu lembro-me que o ex-presidente do Sporting, Dias da Cunha, insurgia-se contra a dificuldade de mudar o sistema. E o ciclismo sente esse obstáculo quase intransponível, apesar de também admitir que a modalidade tem culpas no cartório, nomeadamente na deficiente estratégia de comunicação seguida quando se deu à multiplicação dos casos de doping envolvendo ciclistas. Estamos a pagar um preço alto e não vai ser fácil recuperar o prestígio que a modalidade já teve e que foi afetado.

Rui Costa é, na atualidade, o grande ciclista português, tendo-se sagrado campeão mundial, o ano passado, em Florença. Até onde é que ele pode ir?

Conheço bem o Rui, desde miúdo. Ele não tem que provar nada. Foi descoberto pelo Manuel Correia, um ex-colega meu no Sporting. Aos 27 anos, tem uma leitura de corrida impressionante e em 10 oportunidades aproveita nove. Beneficia de se socorrer dos melhores métodos de treino que os corredores profissionais têm e de uma formação acima da média, fruto também da evolução que se deu na sociedade portuguesa.

Até os diretores desportivos, normalmente ex-corredores, são hoje pessoas muito mais formadas e informadas, em temas e matérias que vão muito para lá do ciclismo.

O Rui Costa tem um currículo respeitável (nomeadamente o mundial de estrada em Florença, as três voltas à Suíça e as três etapas ganhas no Tour), mas creio que as suas verdadeiras capacidades ainda não foram postas à prova. A equipa onde ele milita, os italianos da Lampre, exige-lhe isso.

No dia em que falamos (17 de julho) o Rui está nos 10 primeiros do Tour, acabou por desistir por problemas de saúde, mas todos sabem que uma etapa ganha na Volta a França vale muito mais do que um 8.º, 9.º, ou um 10.º lugar na ronda francesa.

A transparência é o único rumo para recuperar a credibilidade?

Creio que já se segue nesse caminho.

Nesta perseguição entre o rato e o gato, a modalidade saiu a perder. Os métodos de deteção de substâncias na medicina desportiva evoluiram muito graças à introdução do passaporte biológico, que permite monitorizar o perfil hematológico do atleta e agir sempre que esse perfil se altera, em vez de estar permanentemente a perseguir e punir.

Não posso por as mãos no lume, mas estou em crer que a possibilidade de haver casos graves dificilmente se repetirá. O patamar cientifico que se atingiu é de tal ordem, que só de cheirar substancias dá positivo (risos)…

O número de praticantes foi reduzido?

Pelo contrário. A popularidade do ciclismo é de tal modo impressionante que a Federação Portuguesa de Ciclismo, em contra ciclo com a economia, viu aumentar o número de atletas federados, sendo de realçar que muitos optam por outras vertentes como o BTT ou o BMX, e mais tarde, quando mais velhos, acabam por evoluir para o ciclismo profissional em estrada.

E de que modo é que os patrocinadores e a publicidade, a grande fonte de sobrevivência da modalidade, reagiram a estas convulsões e sombras de dúvidas? É sempre um risco apostar no desporto.

Em qualquer desporto. E os patrocinadores identificam-se com atletas vencedores, combativos e com determinados valores que não passam pela fraude. Dou-lhe um caso concreto, o da Liberty Seguros, que em 2009 devido a três casos de doping na equipa que patrocinava abandonou a modalidade e pouco depois tornou-se o principal patrocinador da Volta a Portugal, mantendo-se também na edição de 2014, por reconhecer que este evento é uma excelente forma de promoção do seu produto.

Para além da visibilidade dos casos de doping, o que mudou no ciclismo, no seu tempo em que pedalava nas estradas e os dias de hoje?

Eu comecei no Sporting, em 1986/87, ao lado de vultos como o Marco Chagas ou o Alexandre Ruas, ciclistas que eu venerava e, meses antes, guardava religiosamente os cromos dos que eram os meus heróis. Esse período coincidiu com uma fase em que

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O que é que o aproxima e distancia de Joaquim Agostinho, o maior ciclista português de sempre?

os clubes abandonaram a modalidade e as marcas começaram a despontar. A grande diferença é que se ganhava, de longe, melhor nos anos 80/90 do que se ganha agora. Estou em crer que se o ciclismo atual respirasse a saúde desses tempos, o Rui Costa e o Tiago Machado estariam em equipas portuguesas, preferindo correr, a maior parte do ano, junto do seu público. Para fazer uma ideia, eu tinha vencimentos anuais que correspondiam a orçamentos anuais de certas equipas presentemente. Neste momento, um ciclista do pelotão português pode auferir, em média, entre 1000 e 1500 euros por mês. Um ciclista de elite, que corre a Volta a França, pode receber um ordenado médio de 200 mil euros anuais.

Olhando para trás, arrepende-se de algum coisa?

Sim, devia ter aceite as propostas que recebi para emigrar. Preferi assumir uma posição mais confortável e fiquei por cá.

Admite, mesmo num contexto económico adverso, o regresso dos clubes «grandes» à estrada? É difícil, mas é uma possibilidade a explorar. Contudo, há uma circunstância que não se pode negligenciar e que seria negativa para a modalidade. O ciclismo, como modalidade puramente publicitária, ficaria

CARA DA NOTÍCIA 6 Uma paixão chamada Volta Joaquim Gomes nasceu a 21 de novembro de 1965, em Lisboa. Foi um dos mais populares e bem sucedidos ciclistas portugueses dos últimos anos, tendo participado em 18 edições da Volta a Portugal das quais venceu duas, 1989 e 1993. Conquistou ainda 10 vitórias em etapas e uma classificação do prémio da montanha. Venceu o campeonato nacional em 1997 e 1999. Finda a sua carreira profissional passou a desempenhar o cargo de diretor da Volta a Portugal em Bicicleta. Foi profissional de 1986 a 2002, nas seguintes formações: Sporting, Louletano/Vale do Lobo, Torreense/Sicasal, Sicasal/Acral, Lousa/Calbrita, Recer/Boavista, Sicasal/Acral, LA Alumínios, LA Pecol e Carvalhelhos/Boavista. K

O ciclismo mudou muito. Os métodos ancestrais não têm lugar no atual contexto da alta competição. Hoje em dia é nos detalhes que se marca a diferença, nomeadamente ao nível da medicina desportiva e na capacidade de recuperação. Agostinho foi uma força da natureza, que só sabia o que era ter uma picareta e uma enxada na mão ate aos 25 anos. Ele não teve qualquer adaptação prévia à modalidade. Foi o meu sogro, João Roque, que o descobriu. Ao fim de 2 anos estava no Tour ao lado de «lobos» como Eddy Merckx e Bernard Hinault.

Ele tinha uma forma desprendida de estar e agia, além fronteiras, como um emigrante.

Foi um diamante por lapidar que conseguiu feitos incríveis. Encarnou o lado romântico da modalidade e as histórias envolvendo-o são imensas. Conto apenas uma: Agostinho detestava estar fora da sua casa durante muito tempo e inventava desculpas para não ir às provas de preparação da Volta a França, como o Dauphiné Libréré, tudo com o propósito de regressar a Portugal para tratar da horta e dos animais. Ainda assim, participou no Tour, em 1978 e 1979 e conseguiu dois pódios, no terceiro lugar. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H   

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Caloiros chegam

UBI com 1280 vagas 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) disponibiliza 1280 vagas para os cursos de Primeiro Ciclo ou Mestrado Integrado, naquela que é a primeira fase do Concurso Nacional de Acesso e Ingresso no Ensino Superior Público, que arrancou dia 17 e termina a 8 de agosto. No total são menos 15 vagas que no ano letivo anterior, numa altura em que a redução do número de candidatos ao prosseguimento de estudos depois do Secundário causa preocupações a nível nacional.

A descida explica-se com a redução de lugares para o Primeiro Ciclo de Engenharia Civil, que das 50 em 2013/14 passa para 30. A novidade da oferta formativa da UBI é a abertura do primeiro ciclo em Informática Web, que arranca com 30 vagas, as mesmas que estavam destinadas no último ano a Tecnologias e Sistemas de Informação, que não abre candidaturas.

A comparação das vagas de 2013 com as atuais mostra variações em oito ofertas formativas. Quatro cursos aumentam (Bioquímica, Biotecnologia, Cinema e Design de Moda), enquanto Engenharia

Eletrotécnica e de Computadores, Engenharia Informática, Psicologia e Engenharia Civil descem. Tanto num caso como noutro, à exceção de Civil, as oscilações são entre as cinco e as 10 vagas.

De acordo com o calendário do Concurso, a divulgação dos resultados acontece a 8 de setembro. No mesmo dia e até 19 do mesmo mês inicia-se a segunda fase, com as vagas não ocupadas na primeira.

Ainda no âmbito do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, a UBI criou um sítio Internet destinado a informar interessados em estudar na Covilhã. Desde a primeira semana de Julho, que está disponibilizado o portal candidatos.ubi.pt, onde se reúnem todas as informações sobre a Universidade, cursos a funcionar e apoio social. A página responde à pergunta “Porquê escolher a UBI?”, apresentando a localização geográfica, o ensino e investigação da academia, a cultura, lazer e desporto disponíveis, além de apresentar o guia de acesso ao candidato interessado”, resume a instituição. K

Zeinal Bava, Paulo Oliveira e Carlos Salema

Três Honoris Causa na UBI 6 A Universidade da Beira Interior vai conceder o grau de Doutor Honoris Causa ao gestor Zeinal Bava, ao empresário Paulo Oliveira e ao docente Carlos Eduardo Salema. A entrega dos títulos será efetuada na Cerimónia Oficial de Abertura do Ano Letivo 2014/2015, no mês de outubro.

As propostas para a atribuição de título de Doutor Honoris Causa a Zeinal Bava e a Paulo Oliveira foram aprovadas a 10 de julho, na reunião do Senado. A proposta para atribuição do título a Carlos Eduardo Salema já tinha sido aprovada pela reitoria anterior, e será agora entregue.

Zeinal Bava é, desde junho de 2013, presidente Executivo do Grupo Oi e da PT Portugal. Foi presidente executivo da Portugal Telecom, a maior empresa portuguesa de telecomunicações, com mais de 100

milhões de clientes em Portugal, Brasil, África e Ásia. Promoveu a criação do Data Center na Covilhã.

Zeinal Bava será o mais jovem Doutor Honoris Causa da UBI. Paulo Oliveira é um reconhecido empresário da área dos Lanifícios, é accionista maioritário e presidente do Conselho de Administração das três empresas do Grupo Paulo de Oliveira e da Paulo Oliveira, SGPS, SA, além de sócio-gerente noutras empresas, empregando no total cerca de 1200 trabalhadores. Colaborou ativamente na fundação do CITEVE, em 1990, e do CILAN, em 1992, e na construção do pavilhão de exposições da Covilhã (ANIL) em 1992. Foi um dos primeiros empregadores dos quadros formados na UBI, além de ter integrado o Conselho Geral da UBI entre 2009 e 2013.

Carlos Eduardo Salema, o primeiro presidente do Conselho Geral da UBI (entre 2009 a 2013), é professor Catedrático Convidado e Membro do Conselho Científico da Faculdade de Engenharia da Universidade Católica Portuguesa. É membro efetivo da Academia das Ciências de Lisboa, membro da Academia de Engenharia, conselheiro da Ordem dos Engenheiros, membro da Comissão de Acreditação da Ordem dos Engenheiros e membro sénior do Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE). Desde 1993, é presidente do Conselho Executivo - atualmente Direção - do Instituto de Telecomunicações, uma instituição privada sem fins lucrativos de utilidade pública, Laboratório Associado, que engloba cerca de 460 investigadores. K

UBI e Câmara assinam acordo

Bolsas para alunos

Publicidade

6 Está assinado o primeiro protocolo da mais recente aposta da Universidade da Beira Interior (UBI) para criar condições para facilitar o ingresso de alunos do Ensino Secundário, no Superior. Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã, e António Fidalgo, reitor da UBI, assinaram o convénio na última semana, criando um sistema de bolsas destinado a residentes na cidade que ingressem pela primeira vez na academia da cidade neve, através do Concurso Nacional de Acesso.

A autarquia passa a subsidiar anualmente três bolsas, no valor da propina aprovada para cada ano. O protocolo assinado tem a duração de cinco anos e é renovável por iguais períodos. Mediante o mesmo, pode ocorrer a “atribuição a alunos de bolsas de estudo, prémios escolares e subsídios para estágios”, de acordo com a UBI. “Este é mais um passo dado na ligação à Universidade. Este executivo tem vindo a criar fortes laços com a UBI e o protocolo agora firmado é apenas um exemplo disso mesmo”, refere Vítor Pereira. Atribuir apoio

social aos alunos do concelho, ser mais um meio de promoção e desenvolvimento das instituições e um sinal de cooperação externa, são outros propósitos definidos pela edilidade.

O protocolo é o primeiro de um conjunto de acordos que vão permitir à UBI oferecer meia centena de bolsas a alunos, providenciadas por entidades – instituições e empresas – da região da Beira Interior.

As bolsas destinam-se a apoiar estudantes em áreas estratégica, mas com especial destaque para as engenharias. Os apoios vão variar

entre 1.500 euros e o valor anual da propina, sendo que as bolsas podem ter como candidatos alunos de licenciaturas ou mestrado integrado.

O reitor da UBI refere que “a oferta destas bolsas é uma forma de incentivar os jovens a prosseguir estudos”. António Fidalgo está desta forma a incentivar que uma parte significativa dos cerca de 150 mil alunos inscritos nos exames do Secundário concorra ao Ensino Superior e à UBI, uma vez que se prevê que metade não pretende candidatar-se a uma licenciatura. K

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UBI

Inovação em Valência

6 A inovação da moda e uma feira com vários séculos e popular da Covilhã estiveram lado a lado no passado dia 18. Na passerelle desfilavam os trabalhos dos alunos dos mestrados em Design de Moda da Universidade da Beira Interior (UBI) e de Branding e Design de Moda (UBI/IADE-U), paredes meias com as tasquinhas, as bancas de feirantes e, até, com alguns sons de música popular.

A noite, mais fria que o habitual para um tradicional mês de julho, não impediu o sucesso da iniciativa. Na primeira parte do desfile o projeto Portuguese Fashion News (PFN) mostrou 15 coordenados de designers participantes das várias escolas de moda. Na segunda parte, as luzes incidiram no que se está a fazer na UBI. Os modelos passaram então as coleções de 17 alunos, resultado do Projeto desenvolvido ao longo de todo o ano do Mestrado em Design de Moda e “de toda a consolidação das competências adquiridas ao longo da licenciatura e dos mestrados”, segundo Madalena Pereira, diretora do Mestrado em Branding e Design de Moda, a quem coube a apresentação do evento.

As coleções foram concretizadas nos ateliês e oficinas do Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis (DCTT), num total de 92 coordenados, criados a partir de várias inspirações. Desde a versatilidade das peças que podem mostrar mais menos de acordo com a preferência de utilizador, como foi o caso de Marta Costa, e a lã e os estampados, como se pôde ver nos trabalhos de Catarina Marquês. Rui Sousa

6 A comunicação Drivers of company innovation strategies A test and extension of the Tidd and Bessant (2009) model, da autoria dos investigadores João Ferreira, Cristina Fernandes, Helena Alves e Mário Raposo, do Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais da Universidade da Beira Interior, venceu o prémio de melhor paper no GIKA - Global Innovation and Knowledge Academy, em Valência Espanha, que

Moda foi à feira

aproveitou a temática das grandes metrópoles para as formas da sua coleção, nomeadamente o minimalismo, arquitetura, formas longas e oversize. David Pinto recorreu à observação da pedra e como esta se combina com a arquitetura, para criar uma coleção destinada a um público-alvo feminino e masculino urbano, jovem e sofisticado.

“Foi um longo trabalho e realizado na totalidade pelos alunos nas instalações da DCTT. Os alunos merecem ter como prémio um desfile profissional no final do ano”, acrescenta Madalena Pereira, recordando que, além disso, faz parte do programa dos dois mestrados.

O desfile, que contou com o apoio “muito importante de algumas empresas”, permitiu aos alunos “começarem a conhecer a realidade das empresas do setor, quer a nível de fios, tecidos e técnicas”. “Dos designers, docentes e técnicos envolvidos no acompanhamento do projeto, destaca-se

UBI na frente

o empenho de todos”, salienta ainda a docente, sobre um evento que foi acompanhado pelos elementos da reitoria da UBI e recebeu elogios do reitor, António Fidalgo, durante a intervenção pública no intervalo do desfile.

Estiveram ainda presentes o presidente do IADE-U, Carlos Duarte, a co-coordenadora do Mestrado em Branding e Design de Moda, Theresa Lobo, o presidente da UNIDCOM, Carvalho Rodrigues, e o docente Paulo Andrade, com os alunos da Licenciatura de Fotografia, a realizar a cobertura do evento.

A Câmara da Covilhã foi este ano um parceiro ativo. Integrou o desfile na Festa do Pêssego e Vítor Pereira admitiu, no final, que “gostou muito”. O autarca lembra que a Festa resultou da tentativa de promover um produto local e este tipo de inovações “vai continuar no próximo ano”, na Feira de São Tiago. K Rodolfo Pinto da Silva _

Em Hong Kong

UBI ganha prémio 6 A comunicação intitulada A Mobile Health Application for Real-Time Patients Monitoring foi galardoada com o Best Paper Award na MITA 2014, a 10ª Conferência Internacional de Aplicações e Tecnologia da Informação, organizada pela Sociedade Coreana de Multimédia e pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Publicidade

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Hong Kong, uma instituição de referência mundial no âmbito da informática e da ciência e tecnologia.

O trabalho, da autoria de Aristides Santiago, João Caldeira, Joel Rodrigues e Sandra Sendra, elementos do grupo de investigação Next Generation Networks and Applications, do Departamento

de Informática da UBI e IT, foi apresentado a 9 de julho, obtendo aquela distinção pela sua criatividade e solidez.

Na conferência, Joel Rodrigues recebeu também o Certificate of Appreciation pela apresentação, na qualidade de orador convidado, de uma comunicação sobre a temática das VDTNs. K

se realizou entre 7 e 9 de julho últimos.

A Conferência anual do GIKA proporciona uma plataforma para a discussão dos desafios relativos às questões contemporâneas em Inovação e Conhecimento.

Cada edição da conferência do GIKA oferece a possibilidade de publicação no Journal of Business Research com uma edição especial contendo os melhores trabalhos da Conferência. K

Patinagem Artística

AAUBI em sexto 6 A Academia de Patinagem Artística da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) participou no Torneio Mini Esperanças, a 5 e 6 de julho, na Nazaré, tendo obtido um sexto lugar no conjunto de 13 equipas participantes e 190 patinadores.

O evento foi organizado pela Associação de Patinagem de Leiria.

A AAUBI esteve representada por quatro atletas do escalão de iniciação, cinco Benjamins, quatro elementos do escalão de Infantis e oito atletas dos Iniciados. A Academia de Patinagem Artística da AAUBI esteve representada no primeiro dia da competição nos escalões de iniciação e de Benjamins onde alcançou dois lugares no pódio, no escalão de Iniciação, ficando a atleta Inês Garcia em 2º

lugar e a atleta Mariana Vaz em 3º lugar, num total de 23 atletas.

No segundo dia da competição, a AAUBI realizou provas nos escalões de Infantis e Iniciados, obtendo um lugar no pódio com a conquista do 2º lugar de Irene Gil (Infantis), onde participaram um total de 53 patinadores.

“A Academia de Patinagem Artística da AAUBI é uma escola muito jovem pois apenas celebrou no dia 28 de junho o seu primeiro aniversário. Salientamos que a maior parte dos nossos atletas têm menos de meio ano de aprendizagem nesta modalidade e em conformidade felicitamos todos os atletas que participaram neste torneio e possibilitaram estes resultados”, refere a AAUBI, em comunicado. K

universidade do minho

Rádio faz 25 anos 6 A Rádio Universitária do Minho (RUM) acaba de celebrar os seus 25 anos de existência, uma efeméride assinalada pela rádio e por todos os seus seguidores. A 10 de julho de 1989 foi atribuída à Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) uma licença de radiofusão local, de âmbito generalista,

para emitir para o concelho de Braga, sob o nome de Rádio Universitária do Minho, na frequência de 97.5 Mhz FM. João Paulo Rebelo, diretor técnico e de programas, fala em “maturação” e assegura que “a RUM afirma-se no seu conceito diferenciador e inovador, mas com uma marca consistente”. K

Portuguese Young Chemists Award

Prémio para Lisboa 6 Tânia Morais, pós-doutorada da Universidade de Lisboa, recebeu em maio de 2014 o Portuguese Young Chemists Award, pelo trabalho “Novos compostos, grandes desafios”, que resume a tese de doutoramento “Síntese de novos complexos bioorganometálicos de ruténio e avaliação das suas propriedades anti tumorais”, desenvolvida no Grupo de Química Organometálica e Bioorganometálica do Centro de Ciências Moleculares e Materiais da Faculdade de Ciências, sob a orientação de Helena Garcia.

A investigadora da Faculdade de Ciências identificou compostos altamente eficientes contra várias linhas celulares cancerígenas, algumas de grande agressividade, como por exemplo: mama, cólon, próstata, ovário. O trabalho premiado incluiu a realização de testes in vivo, que revelam a eficiência destes compostos no combate ao tumor primário e a grande eficiência contra o desenvolvimento de metástases, ao mesmo tempo que os órgãos principais - coração, pulmões, rins e fígado – apresentam-se saudáveis.

“Sinto-me naturalmente muito feliz por ver um trabalho em que tanto me empenhei ser reconhecido na comunidade científica nacional e muito motivada para

continuar a trabalhar”, conta a jovem cientista de 34 anos, para quem fazer ciência significa descobrir “um fármaco que venha a ser útil à sociedade”.

Para a orientadora Helena Garcia, este trabalho de investigação “constitui um contributo importante na procura de potenciais metalofármacos, que constituam uma alternativa aos que se encontram em uso clínico, cujos efeitos secundários são extremamente perniciosos. Foi sintetizada uma nova família de compostos organometálicos de ruténio que se revelaram altamente eficientes contra várias linhas de células tumorais”. A orientadora de Tânia Morais refere ainda que “uma das grandes vantagens que estes futuros fármacos poderão apresentar é a sua eficácia contra vários tipos de cancro e em particular contra as metástases.

Atualmente, Tânia Morais dedica-se ao estudo de uma segunda geração de compostos para quimioterapia dirigida, que destrua as células cancerígenas e poupe as saudáveis, no âmbito do pós-doutoramento que está a realizar na Faculdade de Ciências e no Instituto de Medicina Molecular, sob a orientação de Helena Garcia e Miguel Castanho. K

Selecionado entre 55 mil

Aluno do Minho no MIT 6 Ricardo Rodrigues, finalista de Engenharia Biomédica da Universidade do Minho, é o único português selecionado para a primeira edição do MITx Global Entrepreneurship Bootcamp, nos EUA, cujo objetivo é criar jovens empresas que prometem “revolucionar o mundo”. O curso intensivo decorre de 18 a 22 de agosto, no Massachusetts Institute of Technology, com apenas 50 dos 55.000 candidatos.

Ricardo Rodrigues concorreu com a sua ideia de negócio Low Cost Bet, que aumenta 20 vezes a probabilidade de uma pessoa ganhar a lotaria ou o Euromilhões.

Para tal basta três cliques em determinado site ou uma mensagem de telemóvel para apostar em 20 combinações por 2 euros.

Ao bracarense de 24 anos falta “só” pagar a inscrição de 6000 dólares no MITx, mais viagem e

alojamento. Por isso, juntou-se a 26 dos 50 finalistas na mesma situação, de 14 países como Paquistão, Perú, Canadá e Índia, para criar uma plataforma online de crowdfunding e obter apoio comum de entidades públicas, privadas e da sociedade civil.

Este grupo também deve lançar em breve uma empresa de consultoria. K

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Computadores entendem Português

Coimbra vence no estrangeiro

6 Uma WordNet – uma espécie de dicionário próprio para ser utilizado por computadores – desenvolvida pelo investigador Hugo Gonçalo Oliveira, da Universidade de Coimbra, acaba de vencer o prémio de Melhor Tese de Doutoramento numa competição internacional promovida no âmbito da 11ª International Conference on Computational Processing of Portuguese (PROPOR 2014), que irá decorrer na Universidade de São Carlos, São Paulo, Brasil, entre 6 e 8 de outubro.

O trabalho premiado permite que os computadores entendam mais de português. Isto porque para os computadores perceberem a língua dos humanos, são neces-

sárias várias ferramentas complexas que os “ensinem”. Uma dessas ferramentas é precisamente a WordNet, “uma base de dados lexical

que organiza as palavras de acordo com os seus possíveis sentidos e que estão para as máquinas como os dicionários estão para os seres humanos. Serve para o computador compreender o que está escrito, no caso em português”, esclarece o autor, Hugo Gonçalo Oliveira.

Para a língua portuguesa, “as wordnets existentes têm limitações ao nível da disponibilidade, método de construção e cobertura. O Onto.

PT (nome atribuído à ferramenta) procurou ultrapassar essas limitações através da criação gratuita (http://ontopt.dei.uc.pt), de grandes dimensões e gerada de forma automática, para assim ultrapassar o tempo necessário para uma construção manual”, explica. K

Universidade da Madeira

Aplicação contra riscos 6 O Instituto de Tecnologias Interativas da Universidade da Madeira (M-ITI) está a desenvolver, a pedido da Proteção Civil regional, uma aplicação móvel que ajude as pessoas a correrem menos riscos nos percursos turísticos e nas levadas do arquipélago.

O presidente do M-ITI, Nuno Nunes, disse que a aplicação contemplará vários tipos de informações, como se o percurso é seguro ou não e se está de acordo com as capacidades físicas da pessoa e sobre as condições climatéricas. “É um desafio que me parece ser interessante e que vem de encontro a algum trabalho que nós já temos feito cá a nível de investigação. Espero que, no prazo de seis meses a um ano, possamos dar à Proteção Civil um conceito de uma aplicação já em protótipo avançado para depois a Proteção Civil e quem tiver responsabilidades nesta área poder considerar, ou não, implementar cá”, referiu.

O contacto da Proteção Civil surge na sequência das recentes mortes e dos acidentes que têm acontecido nos percursos turísticos regionais.

Este ano foram já registados mais de uma dezena de acidentes, quatro deles fatais: no início de fevereiro morreu um turista britânico no final de um percurso, com sinais de cansaço extremo, em junho um casal de alemães caiu por uma ravina de cem metros numa vereda na freguesia do Monte e mais recentemente uma turista alemã caiu de altura de vinte metros quando fazia com o marido um passeio a pé na Levada da Ribeira do Ale-

crim, nas Serras da Calheta.

Nuno Nunes explicou que, hoje em dia, tendo em conta os aparelhos que já existem, é possível, “de uma forma não intrusiva, usando tecnologias relativamente baratas” - com postos na entrada dos pontos mais populares dos percursos, por exemplo -, “detetar se as pessoas passaram por lá ou não e se regressaram ou não, lançando um alerta”.

No caso de uma pessoa desaparecer, há já alguma informação sobre onde poderá estar.

O também diretor científico do programa Carnegie Mellon Portugal disse que há pequenas aplicações, muito populares nos Alpes, que podem ser instaladas nos iphones e androids e permitem lançar um alerta em caso de perigo.

“A pessoa pode ativar a aplicação, depois essa aplicação lança um alerta que permite que as equipas de socorro possam chegar em caso de a pessoa não se estar a sentir bem ou em caso de se

perder ou acontecer algum acidente inesperado”, explicou.

Nuno Nunes esclareceu que, neste caso, o M-ITI “vai apoiar, fazer os estudos, os desenhos dos protótipos e testar se a tecnologia é realmente eficaz”.

No caso da localização de pessoas através da emissão de dispositivos como o telemóvel, o M-ITI tem trabalhos de investigação há mais de quatro anos.

“Fizemos em colaboração com a Horários do Funchal, na saída e na entrada dos autocarros, ou seja, é possível detetar quando é que as pessoas entram e quando é que saem do autocarro, se tiverem o bluetooth do telemóvel ligado, mas estamos a falar de um contexto muito mais contido”, realçou.

Criado em 2009 pela Universidade da Madeira, pelo Madeira Tecnopólo e com o apoio da Carnegie Mellon University, o Madeira-ITI é uma associação de investigação e desenvolvimento sem fins lucrativos. K

AGOSTO 2014 /// 07

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Congresso da APDR em Évora

Sul da Europa em debate

6 O “Renascimento das Regiões do Sul da Europa” foi a temática do 20º Congresso da Associação Portuguesa de Desenvolvimento Regional (APDR) que teve lugar, entre os dias 10 e 11 de julho, na Universidade de Évora.

Segundo a organização do congresso, “nos anos mais recentes, os países do Sul da Europa sentiram, de forma particularmente agravada, a crise económica que afetou grande parte do mundo ocidental.

Esta crise contribuiu para agravar as assimetrias já existentes entre o norte e o sul da Europa. Depois de várias décadas longe dos níveis de desenvolvimento e crescimento económico registados noutras latitudes e de esforços consideráveis em termos de políticas de desenvolvimento regional, as regiões do sul da Europa precisam de encontrar o seu rumo”. Assim, a orga-

nização do congresso considerou ser necessário refletir e debater na referida temática as questões da economia, do desenvolvimento urbano e rural, do planeamento e da política regional.

A iniciativa organizada pela

APDR e pelo Centro de Estudos e Formação Avançada em Gestão e Economia da Universidade de Évora (CEFAGE -UE) contou com a presença de oradores do Brasil, da África e de diversos países europeus. K Noémi Marujo _

Explorar linhas férreas abandonadas

Minho e Porto com o MIT 6 Uma equipa de investigadores das universidades do Minho e do Porto desenvolveu um protótipo de quadriciclo para circular em linhas de comboio desativadas, denominado Rail Bike Adaptor, que “poderá potenciar o turismo e o comércio local”, afirma Carlos Nuno Barbosa, investigador do Departamento de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho e um dos responsáveis deste projeto.

A ideia foi desenvolvida no âmbito do doutoramento Líderes para Indústrias Tecnológicas. promovido pelo programa MIT-Portugal. Tecnicamente, o RBA é uma plataforma móvel, cuja tração é feita a partir de uma ou duas bicicletas, para circular em linhas férreas desativadas, seja em regime de lazer, fruição da natureza ou de atividade física. “O seu caráter inovador está na flexibilidade, no sistema de tração, na leveza do equipamento e mesmo no facto de se ter adaptado duas bicicletas na mesma plataforma”, revela Carlos Nuno Barbosa.

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O protótipo já está patenteado e os promotores têm vindo a contactar empresas e parceiros interessados na compra e uso deste produto, “nomeadamente municípios e empresas que operem, preferencialmente, na área do turismo e lazer”. O investigador sublinha que “o rail biking já é uma atividade económica lucrativa em vários países da Europa, como a França, Alemanha e Reino Unido”.

O desenvolvimento do RBA tem

passado pela promoção de contactos com as empresas-parceiras e os clientes finais, mas a REFER e as autarquias são instituições essenciais no processo porque lhes compete tutelar as ferrovias em atividade e as abandonadas. Neste particular, os promotores fizeram um levantamento que revelou haver “cerca de 800 km de linha férrea abandonada, sendo boa parte presente no Norte do país”, revela Carlos Barbosa. K

Universidade do Algarve

Médico na OMS 6 Luís Castelo- Branco, médico formado pela Universidade do Algarve, foi o único português selecionado pela Organização Mundial de Saúde para integrar o grupo de trabalho que, de 6 a 12 de julho, em Veneza, refletiu sobre o futuro da política do Medicamento.

De entre os 50 peritos selecionados para este encontro, estavam algumas das principais figuras da Política de Saúde Mundial, como Hans Kluge, diretor geral de Sistemas de Saúde e Saúde Pública da OMS, na Europa, Josep Figueras, diretor do Observatório Europeu de Sistemas de Saúde, Martin Seychell, diretor geral da Comissão Europeia na área de Saúde/DG SANCO, e Elias Mossialos, diretor de Saúde na London School of Economics.

Luís Castelo-Branco tem 29 anos e terminou o mestrado integrado em Medicina na Universidade do Algarve, em 2013. É um médico ainda jovem, mas com um curriculum e experiência invulgares que capta-

ram a atenção e o interesse da organização. Além de ser médico no Centro Hospitalar do Algarve, é também farmacêutico, tendo exercido na área da farmácia comunitária e como consultor na indústria farmacêutica. É coautor do estudo da OMS e do OESS sobre “Impacto da Crise Financeira na Saúde e nos Sistemas de Saúde Europeus”, e já esteve na Austrália a realizar um estágio em Política do Medicamento, num Departamento do Ministério da Saúde Australiano. K

Dieta Mediterrânica

UTAD aposta na valorização 6 A importância da Dieta Mediterrânica, recentemente classificada pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade, e a necessidade de utilizar fontes de proteína alternativas à de origem animal, com redução significativa de custos energéticos e ambientais, ou de outras fontes de origem vegetal como soja e milho, colocam novos desafios a produtores, industriais, consumidores e decisores políticos.

Neste sentido, a política de obtenção de fontes de proteína de origem vegetal, fortemente incrementada pela União Europeia (UE) e anteriormente associada a regimes alimentares menos dependentes de alimentos de origem animal, constituem desafios abraçados num projeto de investigação que a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a desenvolver em parceria com a empresa Frescura Sublime.

As duas instituições propõem-

se inovar ao nível da utilização de grão verde (semente imatura) de feijão (Phaseolus vulgaris e Vigna unguiculata) que será difundido comercialmente. Tradicionalmente, o feijão é consumido como vagem ou como grão seco. Pretende-se agora utilizar o grão “verde” imaturo como alimento, fonte de proteína.

Segundo o coordenador do estudo, Carlos Ribeiro, docente e investigador da Escola de Ciências Agrárias da UTAD, “a forte necessidade da população mundial em fontes de proteína, a diversificação da sua oferta e a opção por dietas alimentares mais saudáveis, associada a menores consumos energéticos e consequências ambientais, faz deste projeto uma vantagem acrescida para a população mundial, não apenas de países desenvolvidos mas também para a definição de políticas agro-alimentares de países em vias de desenvolvimento”. K

Castelo Branco

Fisiologia Clínica abre já este ano 6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESALD) vai abrir já este ano letivo uma nova licenciatura em Fisiologia Clínica. A garantia foi dada ao Ensino Magazine pelo presidente do instituto, Carlos Maia, e reforçada pela diretora da escola, Paula Sapeta. A novidade é que no país só mais uma instituição de ensino superior o irá ministrar, pelo que a escola albicastrense volta a estar na vanguarda.

Paula Sapeta explica que o “novo curso de Fisiologia Clinica, realidade única de uma escola no interior, alicerça-se no conteúdo funcional das atuais profissões de cardiopneumologia e neurofisiologia”.

O curso foi aprovado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) e no entender da diretora da escola “permitirá aumentar a empregabilidade com possibilidade de trabalho num largo espectro de áreas de atuação, Os fisiologistas clínicos formados na ESALD têm

quatro campos maior de especialização: cardiovascular, respiratória, neurologia e sono”, diz.

Paula Sapeta destaca o facto de com o novo curso “os fisiologistas clínicos adquirirem competências

na realização e interpretação de exames complementares de diagnóstico em cardiologia não inva-

siva, pneumologia, vascular, neurofisiologia e ainda em áreas de intervenção cardíaca como cateterismo cardíaco, pacing e perfusão cardiovascular”.

A diretora da ESALD acrescenta que “o curso de Fisiologia Clínica aproxima a realidade Portuguesa dos modelos Europeus onde a designação é exatamente a mesma (Clinical Physiology), permitindo assim um reconhecimento mais rápido, facilitar a mobilidade destes profissionais na Europa e a consequente empregabilidade”.

A Fisiologia Clínica é um novo curso que nasce da licenciatura já existente na ESALD, a Cardiopneumologia, ao qual se junta agora a Neurofisiologia, o código de acesso ao ensino superior é 7020/L067; tem como disciplinas específicas de ingresso Biologia-Geologia ou um dos seguintes pares Biologia-Geologia + Físico-química ou Biologia-Geologia + Matemática. Tem preferência regional. A média de candidatura resulta da média ponderada do secundário (65%) e das específicas de ingresso (35%). K

Poliempreende em Castelo Branco

Robot@escola ganha prova

6 O projeto “Robot@escola – Escola de Robótica”, desenvolvido pelos docentes da Escola Superior de Tecnologia, Paulo Gonçalves e Pedro Torres, e pela diplomada Célia Coelho foi o vencedor da fase regional do Concurso Poliempreende, o qual pretende premiar ideias de negócio inovadoras.

O projeto vai agora representar o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) na fase nacional do concurso, onde estarão presentes os vencedores das fases regionais decorridas em cada um dos politécnicos portugueses e das escolas superiores não integradas.

De acordo com a nota informativa enviada pelo IPCB o Robot@escola “é um projeto abrangente associado à formação e ao desenvolvimento de competências na área da robótica, através da utilização de robôs de baixo custo, e soluções de programação acessíveis e de código aberto”.

O júri do concurso atribuiu a segunda posição ao projeto “Functional App Tests”, da autoria da diplomada Márcia Andrade e docente Rute Crisóstomo, da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, pelo diplomado Ivan Pires (Escola Superior de Tecnologia) e por

Nuno Garcia dos Santos (Universidade da Beira Interior). Segundo a mesma nota, o projeto “pretende colocar no mercado medidas acessíveis a partir de uma aplicação para telemóvel de forma a avaliar a funcionalidade de doentes com diversas patologias, a partir de testes já existentes na literatura”.

Finalmente foi ainda distinguido o projeto “Neurofeedback, coaching and therapy”. Da autoria das diplomadas Ângela Pinto e Carla Sousa e do docente João Valente, provenientes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, o projeto na área da saúde consiste “num processo de

aprendizagem terapêutico gradual que leva tempo. Este processo realiza-se através da colocação de sensores em zonas específicas do coro cabeludo, onde é captada a atividade cerebral referente a funções específicas do cérebro”.

A decisão foi tomada no passado dia 17 de julho, sendo o júri

regional composto por representantes da Câmara Municipal de Castelo Branco/CEI (João Borga), ACICB – Associação Empresarial da Beira Baixa (António Jóia), Santander Totta (Marcos Ribeiro e Duarte Rodrigues), Pedro Agapito Seguros (Pedro Agapito), e AEBB – Associação Empresarial da Beira Baixa (Conceição Carvalho).

Segundo a mesma nota de imprensa, “a equipa vencedora irá receber um prémio no valor de dois mil euros, recebendo os segundos classificados 1500€ e os terceiros 1000€”. No entanto, explica o IPCB, “estes montantes serão disponibilizados em duas frações: a primeira, correspondendo a 50% do seu montante global, será entregue no ano da realização do concurso; os restantes 50% serão entregues com a apresentação da cópia da declaração de início de atividade, ou uma cópia de um documento comprovativo da transferência de produto/tecnologia ou do desenvolvimento do produto ou serviço, até ao fim do segundo ano após o ano da realização do concurso, comprovando a implementação empresarial do projeto”. K

AGOSTO 2014 /// 09

Exames nacionais

Notas tramam engenharias 6 O presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, considera muito preocupante o facto dos resultados dos exames do 12º ano em matemática terem uma taxa de reprovação superior ao ano anterior. Em declarações ao Ensino Magazine, o presidente do IPCB mostra-se preocupado com o acesso a cursos importantes como os das engenharias.

“As reprovações a Matemática A foram de 22% enquanto no ano passado foram de 20%. Também a nota média desceu em relação a 2013. Passou de 8,2 para 7,8”, começa por explicar. Para o presidente do IPCB “é extraordinariamente preocupante que se comece a aceitar como normal que as médias dos exames nacionais se situem nestes valores. Em qualquer país do mundo com um sistema de ensino organizado estes resultados terão de constituir sempre uma preocupação. Mas com a regularidade com que se vêem verificando em Portugal, há o risco elevado de começarmos a achar que tem de ser assim, e que não pode ser de outra maneira”.

Carlos Maia considera que “há um trabalho de fundo que tem de ser feito e que obrigatoriamente tem de dar resultados. Terá de haver uma adequação do nível dos conteúdos e da exigência e rigor da lecionação das disciplinas ao que se vai exigir nos exames.

Deve haver uma relação clara entre o que se passa durante o ano

letivo e no final do ano letivo, nos exames. Se assim acontecer, vamos ter melhorias significativas das notas dos exames nacionais, as quais devem traduzir o mais fielmente possível o grau de conhecimentos dos alunos”.

No entender do presidente do Politécnico, “os resultados agora conhecidos dos exames nacionais vão ter repercussões bastante negativas nas entradas no ensino superior do próximo ano letivo, nomeadamente nos cursos que exigem estes exames, como é o caso das engenharias. Não adianta, por isso, eleger a área das engenharias como uma das áreas prioritárias para o desenvolvimento de Portugal, porque cada vez vamos ter menos candidatos a

esses cursos”.

Para Carlos Maia “as engenharias constituem uma prioridade para o crescimento do país, prioridade assumida pelo governo e expressa na recomendação constante no despacho orientador de fixação de vagas para 2014/15 no sentido de ser privilegiada a afetação de vagas, por parte das instituições, a cursos desta área”. No entanto, diz, “com estes resultados dos exames nacionais vamos assistir ao fenómeno inverso, isto é, menos candidatos ao ensino superior, mais vagas por preencher, reduzida procura dos cursos de engenharia e procura de cursos onde a entrada é quase garantida mas com reduzida ou nula empregabilidade”. K

Interior aguarda por bolsas

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IPCB abre gabinete de apoio 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) tem em funcionamento um Gabinete de Acesso ao Ensino Superior durante a primeira fase do concurso nacional de acesso, até 8 de agosto.

Em nota de imprensa enviada à nossa redação, o IPCB garante prestar “um serviço personalizado e gratuito a toda a comunidade, dando aos candidatos a possibilidade de realizar nos Serviços Centrais do IPCB (Rua Pedro Álvares Cabral - jun-

Candidaturas ao ensino superior já começaram

6 O Ministério da Educação ainda não regulamentou o Programa Mais Superior, o qual garante bolsas monetárias a quem vier estudar para politécnicos ou universidades do interior do país. A medida anunciada em fevereiro pela tutela pretende beneficiar já este ano aqueles que escolherem estudar no interior do país.

Carlos Maia, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco diz que “nada se sabe quanto ao programa Mais Superior, o que não se compreende, uma vez que já se iniciaram as candidaturas ao ensino superior para o ano letivo de 2014/15”.

Mas se o programa Mais Superior ainda não está (até à hora de fecho da nossa edição) com

Ensino superior

as candidaturas abertas, o Retomar, que garante bolsas de 1200 euros anuais a jovens que acabem os seus cursos até aos 30 anos e que queiram regressar ao ensino superior, já tem as candidaturas abertas. Este programa garante também 300 euros à instituição em que se inscreverem.

O presidente do IPCB considera que “tanto o programa Retomar como o Mais Superior são iniciativas de louvar. Por um lado porque ambas constituem incentivos à qualificação dos cidadãos, alguns dos quais tiveram de interromper os seus percursos académicos devido a dificuldades financeiras. Por outro, porque o Mais Superior constitui uma diferenciação positiva para o interior, onde apenas existe

17% da oferta formativa, havendo capacidade instalada nas instituições para acolherem um número muito superior de alunos”.

Carlos Maia recorda que “a adesão ao Mais Superior depende da decisão da instituição e do apoio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

Também as autarquias e outros parceiros poderão vir a contribuir para este programa, com apoio à fixação de alunos”. Mas nesta matéria, diz aquele responsável, “o IPCB já se antecipou, tendo assinado no passado dia 7 de julho um protocolo com nove dos onze municípios do distrito de Castelo Branco com vista à atribuição de bolsas aos alunos que escolherem o IPCB para estudar em 2014/15”. K

to ao Hospital de Castelo Branco) a sua candidatura ao ensino superior com a ajuda de técnicos especializados que apoiarão em todo o processo”.

O Gabinete funcionará de segunda-feira a sexta-feira, das 9:30 às 12:30 no período da manhã e à tarde das 14:30 às 17:30.

Simultaneamente os candidato ao ensino superior poderão contactar o gabinete através do email acesso@ipcb.pt ou pelo telefone 272339600. K

Seminário internacional

Politécnico de Setúbal debate voz 6 O Departamento de Ciências da Comunicação e Linguagem da Escola Superior de Saúde de Setúbal, em parceria com o Departamento de Comunicação e Artes da Universidade de Aveiro, organizam o seminário “Voice intervention and technology of XXI century”, que tem lugar a 2 de setembro, no Campus do IPS, em Setúbal.

O seminário, realizado no âmbito do Mestrado em (Re)Habilitação Vocal ministrado pela Superior de Saúde, pretende reunir a ciência, a tecnologia e a arte em prol do estudo da voz, tendo como objetivo promover a partilha de ideias, experiências e trabalhos, juntando vários profissionais que atuam na área da Voz Falada e Cantada em diferentes entidades e projetos, a nível nacional e internacional.

A conferência contará com a especial intervenção de Jan G. Svec, presidente da International Association of Logopedics and Phoniatrics, entre 2004 e 2011, que tem desenvolvido diferentes pesquisas sobre a produção da voz humana e que apresentará a VideoKimography, que consiste num método de visualização a alta velocidade das vibrações das pregas vocais, utilizado para o diagnóstico avançado de distúrbios da voz.

O evento destina-se particularmente a terapeutas da fala, otorrinos, professores de canto e estudantes, mas também a todos os interessados na temática do estudo da voz, tratando-se de uma excelente oportunidade para adquirir novos conhecimentos e competências no domínio da voz. K

Projeto do IPL

Ementas em braille em Leiria 6 Os espaços de restauração da Praça Rodrigues Lobo, em Leiria, têm os seus menus acessíveis a cidadãos com deficiência, estando disponíveis em Braille e linguagem pictográfica desde o início de julho, num projeto do Instituto Politécnico de Leiria (IPL).

A iniciativa é apresentada como pioneira em Portugal e vai permitir que cidadãos portadores de deficiência consigam consultar as ementas dos restaurantes e cafés da principal praça da cidade.

O projeto chama-se “Praça de Todos” e foi desenvolvido por estudantes do mestrado em Comunicação Acessível, no âmbito da disciplina “Laboratório de Comunicação Aumentativa”.

“Este é um projeto pioneiro, que tem como principal objetivo contribuir para uma acessibilidade plena de todos os cidadãos, colocando assim a cidade de Leiria na vanguarda da inclusão”, explica Célia Sousa,

docente do IPL e coordenadora do Centro de Recursos para a Inclusão Digital do instituto.

Vasco Ferreira, proprietário do bar Chico Lobo e do restaurante Mata Bicho, situados na Praça Rodrigues Lobo, destaca a humanidade da iniciativa: “Fazem-se tantas coisas que não servem para nada. Esta ideia, pelo contrário, é fantástica: é útil, sensibiliza a sociedade para quem tem problemas e, acima de tudo, é humana”.

O empresário reconhece que nunca teve um cliente que lhe pedisse um menu acessível, mas acredita que, agora, Leiria pode cativar outro tipo de turistas com necessidades especiais.

“Acredito que muitos tenham curiosidade em vir cá e ver se a tradução e interpretação está bem feita. E vamos ficar a conhecer melhor as necessidades por que passam as comunidades que têm essas dificuldades”, salienta Vasco Ferreira. K

Politécnico de Leiria

Investigador distinguido nos Estados Unidos 6 O investigador Pedro Morouço, do Instituto Politécnico de Leiria, foi distinguido, nos Estados Unidos, com o prémio Hans Gros New Investigator Award, pela Sociedade Internacional de Biomecânica do Desporto, anunciou a instituição portuguesa.

O galardão, atribuído pela primeira vez a um cientista português, destina-se, desde 1990, a premiar o trabalho de

jovens investigadores na área da ciência aplicada.

Pedro Morouço, investigador do Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto e professor da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, do Instituto Politécnico de Leiria, destacouse, entre 36 candidatos, com o estudo sobre a influência da biomecânica no sucesso desportivo em natação. K

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Politécnico de Leiria

Aluno faz escultura na Palestina 6 CUBIC#41026001# é o nome da nova escultura de Thierry Ferreira, estudante da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, do Instituto Politécnico de Leiria, patente no espaço público da cidade de Rawabi, na Palestina. O estudante do primeiro ano de mestrado de Artes Plásticas construiu uma estrutura metálica com quatro metros de altura, quatro metros de largura e seis metros de profundidade, inspirada no exemplo de cosmopolitismo e modernidade de Rawabi, a primeira cidade palestiniana construída totalmente de raiz.

Thierry Ferreira foi convidado pelo escultor e professor romeno Eugen Petri, que esteve cerca de um ano a lecionar Arte na Palestina, onde fez vários contactos e tornou este projeto possível. “O público tem tido uma reação muito interessante e positiva, quer de espanto quer de curiosidade”, salienta o escultor. “Tenho esperança que esta escultura permaneça por muitos anos na Palestina, e que seja um marco de mudança no processo de paz nessa região”, adianta.

A escultura foi construída num estaleiro em Rawabi, transportada por um camião grua, adaptado para esse efeito, para ser colocada no espaço público da cidade. Rawabi localiza-se a nove quilómetros a noroeste de Ramallah, a 20 quilómetros a norte de Jerusalém, e a 40

quilómetros da capital israelita Tel Aviv. A construção desta cidade teve início em janeiro de 2010, e atualmente são visíveis as primeiras fileiras de edifícios erguidos sobre um planalto árido.

Thierry Ferreira é licenciado em Artes Plásticas e o seu percurso ar-

tístico destaca-se na arte pública, com obras da sua autoria, em vários países, nomeadamente Brasil, Argentina, França e Hungria. No seu currículo, conta ainda com várias exposições nacionais e internacionais e diversos prémios na área das Artes Plásticas. K

Em 44 licenciaturas

Quase duas mil vagas em Leiria 6 O Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) conta com 1.895 vagas para licenciaturas no próximo ano letivo, sendo de destacar dois novos cursos de licenciatura, Jogos Digitais e Multimédia e Tradução Técnica e Empresarial, ministrados na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, num total de 44 licenciaturas.

“Todos os anos adequamos as vagas à procura, sempre com alguns ajustes em alguma da oferta”, sublinha Nuno Mangas, segundo o qual os novos cursos “vêm complementar a oferta do Instituto em áreas muito específicas, no sentido de responder às solicitações do mercado e às novas áreas profissionais emergentes”.

O Instituto oferece um total de 369 vagas na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, 714 lugares na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, 330 vagas na Escola Superior de Artes

e Design das Caldas da Rainha, 282 na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, e 200 na Escola Superior de Saúde.

As 44 licenciaturas disponíveis são ministradas em regime diurno, pós-laboral e de ensino à dis-

tância, caracterizando-se a oferta formativa por uma abrangente multidisciplinariedade e com forte ligação às empresas. São ainda ministrados 48 mestrados, 22 pósgraduações e 34 cursos de especialização tecnológica. K

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Secretariado e Relações Públicas

Portalegre brilha no Erasmus

6 Ricardo Paulino, antigo aluno de Relações Públicas e Secretariado, pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre, está a revelarse um exemplo de excelência da formação ministrada na capital do Norte Alentejano, tendo desenvolvido uma carreira internacional que poderá passar, em breve, por Inglaterra.

No ano letivo 2012/2013, quando frequentava o 3º ano da licenciatura em Relações Públicas e Secretariado, foi, através do programa de mobilidade internacional Erasmus, para a Universidade de Rzeszów, na Polónia, onde frequentou um semestre do curso Public Relations and Administration.

Ainda em 2013, também através do Erasmus, realizou o estágio cur-

IBM EX.I.T.E. Camp 2014 ricular como Secretário no Vice-Rectorado para Relações Internacionais da Universidade da Extremadura, em Badajoz, Espanha. Em 2014, no âmbito do estágio Leonardo da Vin-

ci, assumiu as funções de Secretário na Balikesir Üniversitesi, em Balikesir (Turquia). Atualmente, tendo regressado a Portugal, visa outro voo: Inglaterra. K

Rede Cisco avalia curso em Portalegre

Certificação mundial

6 O Curso de Engenharia Informática da ESTG-IPP tem certificação mundial em redes CISCO, informou a instituição em nota divulgada à imprensa. O Politécnico de Portalegre refere que “o curso tem uma aposta forte no desenvolvimento de software para dispositivos móveis, sendo esta área apontada pelos analistas de mercado como a área de maior procura de profissionais no futuro”.

No entender do IPP, a “certificação reconhecida a nível mundial em redes CISCO, confere uma formação avançada com grande valor de mercado. Apesar da crise, a Informática continua a ser uma das áreas mais dinâmicas do mercado, apresentando este sector o maior índice de empregabilidade no país”.

O IPP adianta que “a grande maioria das unidades curriculares do Curso tem uma forte componente prática, com trabalhos e projetos envolvendo implementação concreta de aplicações e sistemas. Nas unidades Publicidade

012 /// AGOSTO 2014

curriculares mais avançadas esta componente é virada para as necessidades do mercado”.

Segundo a mesma nota, “este curso confere capacidades e conhecimentos específicos ao nível do desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis, da gestão e administração de redes e sistemas informáticos, da gestão e administração

de sistemas de gestão de bases de dados, da conceção e planeamento de sistemas de informação, da análise e programação, da gestão de equipas multidisciplinares, da conceção e desenvolvimento de projetos e produtos multimédia, por exemplo na área do entretenimento e jogos e da produção de jogos em multiplataformas”. K

Tomar cativa engenheiras 6 O EX.I.T.E. Camp 2014 (EXplorar os Interesses pela Tecnologia e pela Engenharia), que se realizou este ano em Tomar, sob o mote A tecnologia é o futuro!, permitiu ministrar formação complementar, no campo das Ciências e Tecnologias, a 30 participantes com idades compreendidas entre os 11 e os 13 anos, designadamente a alunas dos Agrupamentos Nuno de Santa Maria e dos Templários, de Tomar, sempre acompanhadas por um grupo de 40 voluntários da IBM, do Instituto Politécnico de Tomar e do Centro de Inovação Tecnológica de Tomar gerido pela SoftINSA, empresa do grupo IBM. Desenvolvido pela IBM desde 1999 em todo o mundo, e desde 2005 em Portugal, visa motivar jovens raparigas para a Ciência, a Matemática e a Engenharia, mostrando-lhes que, através da inovação e da tecnologia, é possível marcar pela diferença, procurando tornar o nosso planeta num local mais inteligente e melhor para viver. Decorreu de 8 a 11 de julho, com uma agenda preenchida de atividades, projetos e passatempos lúdicos. De entre os vários momentos ao longo da semana destaca-se, por exemplo, a atividade do Lego Robotics, que consistiu na construção e programação de um robô em lego, e a visita ao Centro de Inovação Tec-

nológica de Tomar onde as meninas puderam vivenciar o mundo empresarial trocando impressões com o diretor e os colaboradores do centro.

“Esta iniciativa, que vai já na 10ª edição consecutiva no nosso país, é para nós motivo de orgulho pela aposta contínua que temos feito também na área de Responsabilidade Social. É mais um exemplo concreto da nossa aposta em Portugal, do investimento que continuamos a fazer na Ciência e na Tecnologia e, neste caso, endereçando a disparidade de género nestas áreas, através da aposta nas mulheres portuguesas.”, sustentou António Raposo de Lima, Presidente da IBM Portugal.

“Hoje em dia, o cumprimento da missão de uma instituição do ensino superior exige uma interação aprofundada com os seus parceiros educativos do ensino básico e secundário envolvendo, entre outros aspectos, a promoção e a divulgação da ciência e da tecnologia junto dos públicos mais jovens. A realização deste EX.I.T.E. Camp, uma iniciativa conjunta com a IBM Portugal, aprofunda, assim, a nossa própria missão social de promoção e divulgação da ciência e da tecnologia”, frisou também Eugénio Pina de Almeida, Presidente do Instituto Politécnico de Tomar. K

Em outubro

Fórum sobre Toponímia 6 O Instituto Politécnico da Guarda vai promover, no dia 30 de outubro, o III Fórum sobre Toponímia da Guarda.

Como é sublinhado pela Comissão Organizadora “a toponímia assume-se como referência dos valores históricos, culturais de cada lugar e memória coletiva de factos, personalidades, tradições ou legados identitários” Deste modo, é intenção do IPG incrementar o estudo/ divulgação através de diversificadas e distintas perspetivas que, globalmente, propiciem a Guarda a memória e um melhor conhecimento da toponímia, no distrito.

Na nota informativa distribu-

ída a propósito, pode ler-se que “se a toponímia tem uma importância inquestionável na delimitação de espaços, permite, por outro lado, apreender a matriz de um povo, a organização sócio geográfica, o desenho da malha urbana de épocas passadas, o conhecimento e investigação de sítios históricos ou arqueológicos, o papel do povo na salvaguarda da atribuição de nomes que a tradição consolidou.”

A submissão de comunicações deve ser feita até 12 de setembro; os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição até 10 de outubro.

Mais informações em http:// www.ipg.pt/toponimia/. K

Simpósio em Seia

Inovação em Turismo 6 O III Simpósio Internacional em Inovação em Turismo e Hotelaria/ International Symposium on Innovation in Tourism and Hospitaliy (ISITH3) vai realizar-se na Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH) do Instituto Politécnico da Guarda, nos dias 11 e 12 de novembro de 2014.

Este simpósio tem por objetivo debater e refletir as dinâmicas associadas ao Turismo, à Hotelaria e à Restauração, em particular as orientações, estratégias, tecnologias e produtos/ serviços que – pelo seu carácter inovador, vantagens competitivas alcançadas, melhorias formativas ou novas lógicas – se constituem como processos valorativos destas áreas e fatores que fomentam iniciativas para um profundo conhecimento das atuais tendências.

Como foi referido a propósito, pela comissão organizadora, “o Turismo de hoje apresenta-se Publicidade

cada vez mais descentralizado e emancipado, com condutas fragmentadas, múltiplas realidades, peculiaridades e distintas formas de estar e de apropriação dos espaços e dos destinos turísticos. Na atualidade, o Turismo, a Hotelaria e a Restauração representam fatores estratégicos para a promoção da economia e elevação do bem-estar social e económico das regiões recetoras”.

A Inovação em Turismo, Hotelaria e Restauração será o tema central deste terceiro simpósio, que, a realizar na ESTH (cidade de Seia), se vai desdobrar em questões como a Sustentabilidade; Desenvolvimento de Produtos; Tendências e Práticas Organizacionais e Mercado de Trabalho: Tendências e Perspetivas.

Os interessados podem obter mais informações em http:// www.esth.ipg.pt/isith. K

35 anos de Politécnico da Guarda

Tudo pelo sucesso

6 “O Instituto Politécnico da Guarda a caminho dos seus 35 anos vem formando profissionais altamente qualificados, com espírito empreendedor e sólidas bases humanistas”. As palavras são de Constantino Rei, presidente do IPG, numa altura em que a instituição caminha para mais um aniversário.

O Instituto Politécnico da Guarda, acrescentou, “contribui para o desenvolvimento cultural, social e económico da região e do país, num modelo educativo baseado em competências, valorizando a formação técnica de acordo com as exigências do mercado de trabalho e os desafios de uma sociedade global”.

Segundo Constantino Rei, “a qualificação dos seus professores, a capacidade instalada nos seus laboratórios e unidade de investigação, as redes colaborativas nacionais e internacionais, as parcerias com Instituições congéneres na Europa, América, Asia e Africa permitem aos seus alunos e diplomados alcançar saberes, competências e experiência que favorecem a sua integração nos mercados de trabalho nacional e internacional, num processo de ensino acompanhado e orientado para o sucesso das suas profissões.”

O presidente do Politécnico da Guarda sublinha que este Instituto “promove uma diversidade de ati-

vidades culturais e desportivas que favorecem a integração dos seus alunos, numa academia ativa, bem dotadas de equipamentos, serviços socias e focada nos alunos e suas aprendizagens”.

Constantino Rei salienta que “os resultados patentes no sucesso dos seus profissionais, nos protocolos e parcerias celebrados,

na sua internacionalização, na investigação aplicada fazem do IPG uma Instituição de Ensino Superior onde o sucesso dos alunos é a nossa ambição”.

Da oferta formativa do Instituto Politécnico da Guarda fazem parte 19 licenciaturas, 13 mestrados e 25 cursos de especialização tecnológica K

Politécnico da Guarda

Exercício internacional 6 O Instituto Politécnico da Guarda, em parceria com Centro de Investigação em Ciências do Desporto, Ciências da Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), vai promover, nos dias 14 e 15 de novembro de 2014, o Congresso Internacional de Exercício e Performance Desportiva (CIDESD 2014 International Congress of Exercise and Sports Performance).

O CIDESD 2014, e de acordo com a organização, pretende ser “um espaço de confluência entre académicos, treinadores e atletas que possibilite interações científicas relevantes, enquanto suporte para intervenções mais qualificadas ao nível da prescrição de exercício e da performance desportiva”.

Este congresso vai contar com intervenções Prof. Doutor Per Tesch (Karolinska Institute Estocolmo – Suécia), e do Prof. Doutor Christopher Carling (University of Central Lancashire – Reino Unido) e do Prof. Ignácio Royo (Subdirector General de Deporte y Salud - Consejo Superior de Deportes do Ministério de Edu-

cación, Cultura y Deporte), entre outros igualmente com projeção académica internacional.

De referir que Per Tesch é reconhecido mundialmente pelos avanços produzidos na área da fisiologia muscular e suas adaptações ao treino em diferentes condições. Este professor desenvolve também projetos de investigação com a Agencia Espacial Europeia que visam melhorar o conhecimento sobre as adaptações fisiológicas induzidas aos astronautas na ausência da gravidade, bem como o desenvolvimento de novos equipamentos a

utilizar no treino dos astronautas no espaço.

“Atualmente é inegável a contribuição da ciência para a otimização do desempenho motor humano (seja no desporto ou tarefas motoras da vida diária), bem como para a promoção da saúde através da atividade e exercício físico”, acentua a organização deste evento.

A submissão de comunicações deverá ser feita até 15 de setembro, podendos os interessados obter informações adicionais – relativas ao programa científico e inscrição – em http://www.ipg.pt/cidesd2014/. K

AGOSTO 2014 /// 013

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Ciência em Férias IPV 2014

Um sucesso em Viseu 6 O Instituto Politécnico de Viseu acaba de concluir a primeira edição da sua mais recente iniciativa destinada à comunidade, o Ciência em Férias IPV 2014, com um sucesso acima das expetativas, pois as 100 vagas disponíveis, distribuídas pelos dois grupos de diferentes faixas etárias, foram preenchidas em apenas três dias, pelo que acabaram por ser alargadas para 120, esgotando no dia seguinte.

O evento teve por objetivo proporcionar aos estudantes do ensino Básico e Secundário um programa organizado de caráter educativo, cultural, tecnológico e científico, mas também lúdico e de descoberta de áreas formativas que se enquadrassem nas preferências e aptidões para o seu futuro percurso académico.

Organizado pelo Politécnico de Viseu, o projeto decorreu em dois momentos distintos, direcionados a diferentes públicos-alvo. A primeira semana do evento (30 de junho a 4 de julho) destinou-se aos participantes entre os 10 e os 12 anos. A segunda semana (7 a 11 de julho) teve como destinatários os

participantes a partir dos 13 anos.

Cada uma das semanas teve programas ajustados às faixas etárias diferenciadas que constituíam os grupos.

Durante cinco dias consecutivos, um dia em cada uma das também cinco escolas do IPV, cada grupo participou atividades científico-pedagógicas em diferentes áreas do saber e muita diversão,

mas também de cultivo e fomento de espírito de grupo, trabalho em equipa e sociabilização.

As atividades realizadas versaram áreas e temáticas relacionadas com línguas, comunicação, matemática, geometria, saúde, cultura, pecuária, jardinagem, química, gestão e informática. Além das experiências e vivências científicas e pedagógicas houve ainda tempo

para se divertirem com inúmeras atividades lúdicas, como jogos de orientação, peddy-papers temáticos, jogos tradicionais e de minigolfe, condução de kart, atividades experimentais, e muito mais.

Para o último dia das atividades de cada uma das semanas estava também reservada a sessão de encerramento, com muitas surpresas e animação. Houve lugar para

participantes, pais e familiares, assistirem à peça de teatro “Uma cadeira para quatro”, do grupo Shelta (constituído por um docente e alunos do IPV), visionarem o filme do evento, receberem o diploma e diversas ofertas institucionais e conviverem num merecido lancheconvívio. K Joaquim Amaral _

IPS, Autoeuropa e CEIIA com parceria

Cinema

6 O Instituto Politécnico de Setúbal, a Volkswagen Autoeuropa e o Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel (CEIIA) anunciaram a 16 de julho uma parceria no âmbito da criação de um curso de pós-graduação em Motorização de Veículos Elétricos e Híbridos, que será ministrada, em horário pós-laboral, na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, já a partir de outubro de 2014.

Na sessão de apresentação pública desta inovadora oferta, procedeu-se à assinatura de um protocolo de colaboração com vários parceiros empresariais e académicos, nomeadamente a Norauto, Siva, Atec, Tecnitrom, EDP, ACAP e o Instituto Politécnico de Leiria.

Esta formação destina-se, em especial, a licenciados e mestres nas áreas da engenharia mecânica, eletrotécnica e eletrónica, bem como a profissionais do ramo da engenharia com experiência profissional, e pretende dotar os formandos de competências essenciais que respondam às verdadeiras necessidades da indústria, de acordo com as principais tendências e exigências da mobilidade sustentável.

6 O filme interativo “Neblina”, o primeiro da trilogia “Os caminhos que se bifurcam”, a sua estreia no Festival de Cinema de Avanca, no dia 23 de julho. Este projeto, sediado no Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC), foi desenvolvido na linha de investigação aplicada “Criação de artefactos digitais”, no seio da Universidade do Algarve.

“Neblina” enquadra-se na investigação de pós-doutoramento do investigador Bruno Mendes da Silva e procura aplicar a investigação teórica iniciada na sua tese de doutoramento “Eterno Presente”, o tempo na contemporaneidade, que resultou na publicação do livro “A máquina encravada”, a questão do tempo nas relações entre cinema, banda desenhada e contemporaneidade (2010).

A realização desta narrativa interativa procura reconfigurar a experiência do espetador de cinema. Pretende-se que este projete a sua própria identidade no protagonista da ação, tornandose no espetador-protagonista. K

Mobilidade sustentável em Setúbal

014 /// AGOSTO 2014

Na opinião do presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, esta iniciativa reveste-se “da maior relevância, quer do ponto de vista do Politécnico de Setúbal, mas acima de tudo de um cluster de mobilidade sustentável que queremos construir em Portugal”, considerando tratar-se de “um eixo essencial para o desenvolvimento do país” pelo que esta pós-graduação “é sobretudo um ponto de partida para outros projetos que nós queremos iniciar, quer do ponto de vista da investigação, quer do ponto de vista formativo”.

António Melo Pires, diretor Geral da Volkswagen Autoeuropa reafirmou também que este projeto deve constituir-se como um ponto de partida, revelando que “a ideia é avançar no próximo ano para um mestrado em Engenharia Automóvel e Elétrica”, pois atualmente “já se começa a sentir, sobretudo nos concessionários, alguma necessidade em termos de conhecimentos de engenharia automóvel elétrica, nomeadamente na manutenção de sistemas elétricos, que implica cuidados especiais na sua manipulação”.

O sistema de gestão de mobilidade implica a sua integração “com os veículos, com os sistemas de carregamento e com aquilo que é o dia-a-dia das cidades”, frisou José Felizardo, presidente da Comissão Executiva do CEIIA, pelo que “a mobilidade elétrica não muda só o paradigma automóvel muda o comportamento das cidades […] e garantidamente as competências que vamos desenvolver neste curso serão críticas não só para a competitividade das empresas, mas essencialmente para o país se continuar a afirmar”. K

Algarve em Avanca

Aluna do IPB faz vídeo

Virgem Suta no YouTube 6 Marta Harthey Pinheiro produziu e realizou durante o seu estágio curricular do Curso de Artes Plásticas e Multimédia do Instituto Politécnico de Beja, um videoclip de animação para a conhecida banda dejense Virgem Suta, sob a coordenação do docente Marco Silva.

O projeto assume particular relevância pelo facto de ser um

videoclip para um tema original da banda, não editado, e que foi lançado na semana em que se festejou o quinto aniversário do lançamento do primeiro álbum de originais. Mundo ao Avesso é o tema da música original, lançado agora com o videoclip de animação produzido pela aluna do IPBeja, e que está a ser difundido através das redes sociais. K

IPBeja no Sudoeste

Totem 2014

6 O Politécnico de Beja promoveu, durante o mês de junho, o passatempo IPBeja no Sudoeste: Totem 2014, destinado a alunos da instituição. O passatempo consistiu em tirar uma fotografia de um Totem Hu-

Beja descobre novas formigas 6 Duas espécies de formigas citadas pela primeira vez em Portugal foram encontradas no Baixo Alentejo por uma bolseira do Politécnico de Beja, o que fez subir para 126 o número de espécies do inseto existentes no país.

Trata-se das espécies de formigas Strongylognathus caeciliae (Forel, 1897) e Temnothorax tyndalei (Forel, 1909), precisa o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), num comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo o IPBeja, a descoberta foi efetuada por Cláudia da Silva Gonçalves, no âmbito da investigação para a sua dissertação sobre o “Efeito do sistema de cultivo de olivais do Baixo Alentejo nas comunidades de formigas” realizada na Escola Superior Agrária de Beja (ESAB).

Através da investigação, Cláudia da Silva Gonçalves, exaluna do curso de mestrado em Agronomia e atual bolseira de investigação de um projeto da ESAB, estudou o efeito dos sistemas de cultivo em oito olivais do Baixo Alentejo nas comunidades de formigas, quatro biológicos (dois de regadio e dois de sequeiro) e outros tantos

não-biológicos (dois intensivos e dois superintensivos).

Entre maio de 2011 e dezembro de 2012, a investigadora, com recurso a dois métodos de amostragem distintos, ou seja, técnica das pancadas e armadilhas de queda, capturou 42.864 formigas, pertencentes a 16 géneros e 34 espécies.

Entre as formigas capturadas, das quais 20.564 estavam nos olivais de regadio, 9.618 nos de sequeiro, 8.441 nos intensivos e 4.241 nos superintensivos, foram encontradas as duas espécies “citadas pela primeira vez em Portugal Continental”.

Segundo o IPBeja, a descoberta “fez com que a ´checklist` de formigas em Portugal Continental alcançasse as 126 espécies”.

O trabalho de Cláudia da Silva Gonçalves foi efetuado no âmbito do projeto da ESAB sobre a utilização de indicadores biológicos como ferramentas para avaliar o impacte de práticas agrícolas na sustentabilidade do olival, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Durante o trabalho, Cláudia da Silva Gonçalves, bolseira de investigação do projeto da ESAB sobre proteção da oliveira em modo de produção sustentável num cenário de alterações climáticas globais, foi orientada pela professora Maria Isabel Patanita, do Departamento de Biociências da ESAB, e pelo professor Xavier Espadaler, do Departamento de Biologia Animal, Biologia Vegetal e Ecologia da Universidade Autónoma de Barcelona (Espanha). K

Superior de Saúde de Setúbal

mano no Campus. A fotografia com mais gostos ganhou dois bilhetes para o Festival Meo Sudoeste. A vencedora foi a aluna Cláudia Valente, do Curso de Terapia Ocupacional, com um total de 1112 gostos. K

Funcionária do IPBeja

Academia premeia 6 Aurora Santos, ex-aluna e atual funcionária do IPBeja foi uma das vencedoras da edição 2013/14 da Academia Compal na área da Fruticultura, anunciada a 15 de julho de 2014.

A Academia Compal é uma iniciativa de formação (teórica e prática), que apoia o contacto com produtores, técnicos e empresários na área da fruticultura, destinada a jovens empreendedores agrícolas que pretendam instalar-se, aumentar ou reconverter a sua exploração agrícola. É um projeto que visa estimular a inovação no sector frutícola com o obje-

IPB

tivo último de valorizar a fruta nacional e os seus produtos derivados. A Academia está integrada no projeto do Centro de Frutologia Compal, o qual inclui ainda a vertente de investigação e sensibilização.

Com um projeto para produzir marmelo em 4,5 hectares situados em Nossa Senhora das Neves (Beja), Aurora Santos, de entre 12 formandos, selecionados entre 319 candidatos, que frequentaram a segunda edição desta iniciativa, foi uma dos três premiados, com uma bolsa de instalação no valor de 20.000 euros. K

Alice Ruivo diretora 6 Alice Ruivo é a nova diretora da Escola Superior de Saúde de Setúbal desde 15 de julho e considera que este novo ciclo “constitui uma oportunidade privilegiada para celebrar a ação empenhada de todos quantos colaboraram neste percurso” e que contribuíram “para a consolidação de uma escola capaz de se adaptar às mudanças da atualidade e de assegurar a criação de valor e saber ao longo dos tempos”.

A nova equipa de direção da Escola, que integra as subdiretoras Ana Paula Mendes e Mariana Pereira, “pretende comprovar o papel de relevo desempenhado pela instituição na constante busca de soluções educativas inovadoras, ao nível da formação, investigação, relação com a comunidade, internacionalização e contributo para uma gestão sustentável, sendo ao mesmo tempo proporcionadora de progresso”.

Pedro Dominguinhos, presidente do Politécnico de Setúbal, sublinhou a qualidade do trabalho desenvolvido pela escola, que tem vindo a afirmar-se “em termos pedagógicos, científicos e

na ligação à comunidade, quer a nível nacional quer a nível internacional”, sendo que na instituição “a aposta na inovação pedagógica foi e é marca distintiva, a par da investigação aplicada”. K

AGOSTO 2014 /// 015

ESALD

Beira é hipertensa

6 Um estudo da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias revelou “uma elevada percentagem de adultos com hipertensão arterial” em cinco concelhos do distrito de Castelo Branco, revelou a instituição.

A escola do Politécnico de Castelo Branco analisou a população dos concelhos de Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Sertã e Vila de Rei, numa investigação que começou em agosto de 2013 e que foi desenvolvida por três alunos do curso de cardiopneumologia.

A amostra global ultrapassa as 4600 pessoas, com idades entre os 18 e os 98 anos.

A hipertensão arterial (HTA) “é uma patologia que se está a tornar num grave problema de saúde pública que atinge, cada vez mais adultos jovens, sendo que sensivelmente um quarto da população adulta mundial tem HTA. Torna-se assim necessário o estudo aprofundado desta patologia para

Empreendedorismo

Prémio para Viana que se possa controlar e prevenir o seu desenvolvimento”, diz a Esald.

Com este estudo, a ESALD diz ser possível perceber que indivíduos com hipercolesterolémia, história familiar de HTA e patologia cardíaca conhecida têm uma maior probabilidade de desenvolvimento de HTA, sendo por isso crucial o controlo dos fatores de risco modificáveis e a implementação de

medidas preventivas junto da população com campanhas de sensibilização e estratégias de prevenção primária, o alerta para os jovens e para a necessidade de adoção de estilos de vida saudáveis, a valorização da equidade no acesso aos cuidados de saúde para todas as freguesias do concelho, mesmo as que se encontram mais afastadas dos centros urbanos. K

6 Leaders for the Future - Projeto Integrado Individual, da Escola Superior de Ciências Empresariais de Viana do Castelo, acaba de ser distinguido com o primeiro lugar nacional nos Prémios Europeus de Promoção Empresarial, da Categoria Investimento nas Competências Empreendedoras, de entre um universo de 53 projetos candidatos, considerados de extrema reputação a nível nacional.

Para João Paulo Vieito, diretor da escola, “conquistar o 1º lugar desta categoria não é mais do que o reconhecimento público da notoriedade desta Escola no tra-

balho que desenvolve junto dos seus alunos. Este é o prémio mais prestigiante que existe a nível Europeu na área do empreendedorismo” considerou à margem daquela cerimónia.

“Leader for de Future é o projeto integrado Individual através do qual cada aluno que ingressa numa das licenciaturas desta Escola Superior tem de desenvolver, ao longo de três anos, um negócio que seja implementável” explica João Paulo Vieito. “O projeto, em setembro, entra no seu terceiro ano de vida” lembra ainda o diretor, salientando que “envolve todos os alunos da ESCE”. K

IPCB/EST

Informática no verão

6 A Escola Superior de Tecnologia do IPCB realizou de 14 a 18 de Julho a 6ª Edição da Escola de Verão de Informática e Novas Tecnologias. Este evento, destinado a alunos do 9º ao 12º ano, é organizado por docentes da Unidade Técnico Científica de Informática daquela escola do IPCB e tem como principal objetivo promover o contato privilegiado entre os

participantes e os projetos e atividades laboratoriais desenvolvidos na Escola.

Os cerca de 20 participantes, tiveram a oportunidade de desenvolver competências em diversas áreas da informática, num ambiente dinâmico e divertido de aprendizagem.

Os módulos desta edição incluíram os seguintes temas: Hack-

er School, Processamento Digital de Imagem e Som, Have Fun Programming, Programação de Sistemas Robóticos e Programação de Microcontroladores.

Nos períodos livres os participantes usufruíram de livre ingresso nas piscinas de Castelo Branco, aproveitando as excelentes condições proporcionadas pela zona de lazer junto à ESTCB. K

www.ensino.eu 016 /// AGOSTO 2014

O Teu Futuro Aqui Tão Perto

Viseu promove Politécnico 6 O Instituto Politécnico de Viseu desenvolveu, em maio e junho, a segunda edição do evento de divulgação institucional denominado O Teu Futuro Aqui Tão Perto, que teve como objetivos a promoção e participação em atividades de ligação à sociedade, visando uma proximidade mais efetiva junto da comunidade escolar da área de influência da instituição.

Foi assim divulgada a

rede formativa diversificada e abrangente que o IPV disponibiliza transversalmente pelas suas cinco escolas superiores, nas áreas das Artes, Ciências Agrárias, Comunicação, Desporto, Educação, Enfermagem, Engenharias, Gestão, Saúde, Tecnologias e Turismo, bem como darem a conhecer as mais diversificadas atividades científicas e pedagógicas desenvolvidas na instituição. K

Guarda e Salamanca

Plano para a raia feito a duas mãos

6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e Universidade de Salamanca (USAL) apresentaram em julho um plano de empreendedorismo para os municípios de fronteira da Beira Interior Norte e Salamanca.

O Plano Integrado Transfronteiriço de Apoio ao Empreendedorismo na Beira Interior Norte e Salamanca (PITAE BIN-SAL) pretende dar conhecer os constrangimentos destes territórios de fronteira, as lógicas de fomento ao empreendedorismo nestes municípios, face aos problemas estruturais existentes, apontando vetores de desenvolvimento e medidas para a promoção de atividades que fortaleçam as atividades empresariais ex-

istentes e criação de novas iniciativas de negócio.

Este plano foi desenvolvido por uma equipa conjunta do Instituto Politécnico da Guarda e da Universidade de Salamanca, no âmbito da iniciativa VIP BIN-SAL II, promovida pela Diputacion de Salamanca através da OAEDER e da Associação de Municípios da Cova da Beira, integrado no POCTEP: Programa Operativo de Cooperación Transfronteriza de España – Portugal Saliente-se que o empreendedorismo é uma das quatro áreas temáticas apresentadas no Plano Estratégico CT BIN-SAL 2020 e está, também, enquadrado nos objetivos da Estratégia Europa 2020 para um crescimen-

to inteligente, sustentável e inclusivo. Na medida em que a estratégia Europa 2020, no âmbito do novo QEC (Quadro Estratégico Comum), assenta na focalização nos resultados e procura maximizar o impacto do financiamento da UE, o fomento do empreendedorismo assume-se

de forma articulada nestas linhas de orientação.

Para Gonçalo Fernandes (vice-Presidente do Politécnico da Guarda e um dos autores do Plano), “este trabalho permitiu estruturar informação e estabelecer vetores de desenvolvimento, medidas e estratégias de

empreendedorismo multidimensional, que conjuguem a fixação e atração de empreendedores e investidores” Destacou, por outro lado, a importância do desenvolvimento de “políticas públicas que reduzam os custos de contexto associados a estas

regiões, potenciado a capacidade de atração e valorização dos recursos, o reconhecimento da especificidade territorial e sua qualificação, a valorização pela inovação nos produtos endógenos e a bonificação fiscal dos investidores que pretendam instalar-se nesta região.” K

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Qualidade das estradas

Robô avalia falhas 6 Uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra acaba de desenvolver uma tecnologia para tablet, com sistema operativo Android, que rapidamente faz o diagnóstico das patologias dos pavimentos das redes rodoviárias, designada por iRoad (inspection of ROADS).

O iROAD, também conhecido por “Dr. Road”, “permite fazer o diagnóstico das patologias dos pavimentos (fendilhamento, pele de crocodilo, covas, peladas, etc.) ou de outras componentes da rede rodoviária (sinalização, passagens para peões, drenagem, etc.). Trata-se de uma ferramenta portátil de cus-

to reduzido, com teclados virtuais configuráveis em função do que se pretende inspecionar/auscultar, com possibilidade de anexar imagens, vídeos, comentários escritos ou falados”, afirma o coordenador científico do projeto, Adelino Ferreira.

O sistema, em fase de protótipo, foi desenvolvido em parceria com a empresa informática Byline Solutions no âmbito do projeto projeto Multi-objective Decision-Aid Tool for Highway Asset Management, financiado pelo Programa Operacional Fatores de Competitividade (COMPETE) no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) e pelo Fundo Comunitário Europeu FEDER. K

AGOSTO 2014 /// 017

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Universidade de Salamanca

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África e educação 6 A Faculdade de Educação da Universidade de Salamanca realiza, nos próximos dias 28 e 29 de novembro, o I Fórum África Educação e Desenvolvimento. A iniciativa tem como presidente do Comité Organizador José Maria Hernández Diaz, docente na universidade e colaborador do Ensino Magazine, e

como vice-presidente Eugénie Eyeang.

O Fórum decorre na Universidade de Salamanca e tem como tema principal a “língua, literatura e ciências da educação nos sistemas educativos da África subsariana”.

Os participantes interessados em ver aceites as

suas comunicações devem fazê-lo até ao dia 30 de setembro.

O Fórum tem início às 9 horas do dia 28, com a presença do reitor da universidade, seguindo-se as conferências inaufurais a cargo de José Maria Hernández Diaz e Eugénie Eyeang. Na parte da tarde estarão presentes

investigadores do Gabão e Camarões.

O dia de sábado é dedicado ao lazer com visitas aos edifícios das escolas menores e maiores da Universidade de Salamanca, à biblioteca da universidade, à Câmara de Salamanca e à sala de pinturas do Colégio Fonseca. K

Universidad Salamanca

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018 /// AGOSTO 2014

www.aquehorajuegan.org H

universitario español. En este sentido, la declaración hace hincapié en la merma significativa en la captación de talento y la considerable reducción de capital humano en las universidades que afecta a la calidad de la actividad docente, a la producción investigadora y a la capacidad de gestión de nuestras universidades, y redundará en una pérdida de posición en el panorama científico internacional. La declaración reclama la eliminación en los próximos Presupuestos Generales del Estado de la tasa de reposición para el personal de las universidades, así como de todas las medidas que impiden la renovación y promoción de sus plan-

tillas, solicitando además el apoyo a esta reivindicación de las instituciones públicas y organizaciones sociales de su entorno.

Asimismo, se ha dado el visto bueno al memorándum de entendimiento entre el Instituto Cervantes, la Universidad Autónoma de México y la Universidad de Salamanca que permitirá desarrollar un sistema de evaluación del grado de dominio de la lengua española que posiciona a la Universidad de Salamanca en una situación de referencia en la materia, consolidando su prestigio y difusión en la materia.

El Consejo de Gobierno ha aprobado también el Plan de Docencia Virtual

Psicóloga Clínica (Novas Terapias) Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

EspaçoPsi - Psicologia Clínica Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos

Vicente, Amigo Benefactor 6 El Consejo de Gobierno de la Universidad de Salamanca ha aprobado la concesión al salmantino Vicente del Bosque, entrenador de la selección española de fútbol, del título ‘Amigo Benefactor’, vinculado a la celebración del VIII Centenario de la Universidad de Salamanca, en reconocimiento por su apoyo y disponibilidad hacia la institución, especialmente en el proyecto de Campus de Excelencia Internacional, para el que cedió su imagen y colaboración de manera desinteresada.

En otro orden de asuntos, los miembros del Consejo han aprobado una declaración institucional en defensa de la plantilla de profesorado y personal de administración y servicios que señala la preocupación que supone el haber perdido en los últimos años 250 profesores, 150 de ellos funcionarios, así como 100 de miembros del Personal de Administración y Servicios. Además, cerca de un tercio del profesorado permanente de la USAL tiene hoy más de 60 años, el quinto porcentaje más alto de todo el sistema

Rita Ruivo

que se desarrollará a través de 3 ejes: el impulso tecnológico, el desarrollo un campus virtual; y un programa institucional de adaptación normativa que facilite la movilidad, la captación de estudiantes y la internacionalización.

Otro de los asuntos abordados ha sido la resolución de las ayudas de los programas de financiación de grupos de investigación (Programa I), de financiación de personal postdoctoral para Institutos Universitarios y Grupos de Investigación Reconocidos (GIR) (Programa II), y 14 contratos de titulados superiores (Programa VII) del Plan Estratégico de Investigación y Transferencia de Conocimiento.

La aprobación de la Programación Docente del curso 2014/2015, la autorización de dos nuevos modelos de convenios sobre cooperación y voluntariado, y la autorización para la realización de una zanja para incorporar servicios de red en terrenos de la Universidad, por parte del Colegio Mayor Centro Universitario Marista de Salamanca completan las iniciativas aprobadas hoy. K

Telf.: 966 576 123 E-Mail: psicologia@rvj.pt “Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira. Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular (…). Outras vezes uma palavra é quanto basta.”

José Saramago, “Jangada de Pedra”

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Editorial

A violência nas escolas 7 Convenhamos: sempre houve bullying na escola. Todos guardamos memória disso. Na escola e no emprego, na família e no desporto, nos quartéis e nas igrejas, nos partidos e, até, nos mais insuspeitos grupos de amigos… Sempre o houve, onde e quando se agregaram pessoas e se formaram grupos onde coexistem fortes e fracos, chefes e chefiados, agressores e vitimados, ou seja, sempre e quando se desenvolveram relações de desigualdade na partilha do poder.

Em variadíssimas gerações, e por diversos motivos, os “caixa de óculos”, os “pencudos”, os “pés de chumbo”, as “mamalhudas”, os “gungunhana”, os “espinafres”, os “fanhosos”, os “minorcas”, os “graxistas”, os “dentolas”, os “cabelos de rato”, as “asas de corvo”, os “nerd”…, sempre foram motivo de jocosidade e, logo, também vítimas de processos de exclusão e de achincalhamento, verbal e quantas vezes físico, pelos seus pares.

Outras vezes, dizia a voz dos so-

ciólogos, tudo isso até favorecia a socialização do indivíduo pelo grupo.

Noutros tempos, pouco ou nada se sabia fora das paredes das instituições educativas; ou então, tudo se perdia entre regras de falsa etiqueta proporcionadas pela paridade e homogeneidade dos grupos sociais que tinham acesso à escola, sobretudo aos níveis de escolaridade mais avançados. Hoje, felizmente, sabe-se mais e, sobretudo, sabe-se melhor. Por exemplo, dizem-nos que 40 por cento das crianças portuguesas são vítimas de bullying. E, nesse escandaloso número, ainda nem se contabiliza a violência psicológica exercida por alguns jogos de consola, por alguns sites que as crianças e jovens visitam e até por alguns programas de televisão a que assistem, sem qualquer controle parental.

O que mudou entretanto?

Tanta coisa! Desde logo, a democratização do acesso ao ensino (uma escola para todos) trouxe para a escola muitos

jovens de diferentes culturas sociais, de diferentes “tribos urbanas”, com as suas linguagens, gestos, símbolos, valores e vestuários diferenciadores em relação “ao outro” e identificadores “entre si”. É que, também se sabe que o bullying se desenvolve mais quando os indivíduos são forçados a coabitar, algumas vezes contra-vontade e noutras contra-natura, no mesmo espaço e ao mesmo tempo.

Depois, as lideranças começaram a centrar-se nos mais “desiguais” perante a maioria: a desigualdade dos que se auto-marginalizam face às regras, a dos manipuladores do poder, da força e da coacção psicológica, a dos detentores de uma enorme capacidade de mentir e de resistir. O impacto foi de tal ordem de grandeza que gerou, em inúmeros casos, que os professores tivessem perdido a governação objectiva das instituições em que trabalham. Isto, quando não são eles mesmos a motivação e o principal alvo da violência que aí se desenrola.

Todos os dias…

Finalmente, tenhamos em conta que a exponencial evolução dos meios e dos processos de comunicação de massas (internet, telemóveis, smartphones, tablets, PCs portáteis, fotografia e filme digitais…) permitiu que o bullying ultrapassasse rapidamente as portas da escola, do bairro, da cidade, do país… revelando-se um verdadeiro campeão de audiências nas redes sociais da internet – referimo-nos, claro está, ao cyberbullying, associado ao cybercrime.

Nesta sociedade que tarda a reencontrar-se e onde até a imbecilidade humana tem direito à globalização; onde, infelizmente, não sobram exemplos de coerência e de ética; onde as famílias se constituem mais com base no “ter” do que no “ser”; onde se permite que todos os dias se destrua um pouco mais deste planeta que é única casa de todos, não é de estranhar que desde muito cedo (92% das mães americanas inquiridas admitiram que os seus filhos, com

menos de dois anos de idade, já tinham acesso e brincavam na internet…) se incrementem as tentações totalitárias, desumanas e irracionais e que estas se sobreponham ao prazer de brincar, de conviver e de aprender com o “outro”.

Por isso, hoje, a diferença situa-se na ténue fronteira da amplitude a que pode chegar a pressão dos pares sobre o indivíduo (o mal são os outros?), e da justificação que se quiser dar ao livre arbítrio que conduz à selecção da vítima e da motivação. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue a nova ortografia _

primeira coluna

Vitor Serra, o adeus a um amigo 7 Este é um daqueles textos que nunca queria ter escrito. Mas a história obriga-me a fazê-lo, por respeito, por amizade, por justiça e por homenagem a alguém que soube transformar um projeto de boas vontades numa empresa sólida que, por sua vez, se transformou também numa família, na sua família, capacitando o Reconquista para aquilo que hoje é. Vitor Serra tinha 56 anos. Partiu de forma inesperada, depois de ter tido alta num episódio de urgência hospitalar, ocorrido na madrugada de 26 de julho, em Castelo Branco.

No Reconquista começou novo.

Percorreu quase todos os serviços, mas foi já nas funções de administrador que o passei a conhecer melhor, depois de um convite que me fez, em 1997, para integrar a equipa do Reconquista.

A sua postura perante o trabalho e sua intransigente defesa daquilo que eram os interesses da instituição que representava

Vitor Serra (3º a contar da esq.) no lançamento do Ensino Magazine, em 1998 eram uma imagem de marca. Vitor Serra era assim. Dizia o que pensava, de uma forma muito própria. Esse convite, no qual o José Júlio Cruz também esteve envolvido, acabou por trilhar uma parte importante dos últimos 17 anos da minha vida profissional, pessoal e académica.

Foi também nesse período, em 1998, que lhe foi feita uma

proposta de associar o Reconquista a um projeto inovador na imprensa nacional, o qual se destinava ao setor educativo.

Sem hesitar aceitou o desafio que eu, o Vitor Tomé e o João Ruivo lhe propusemos. E assim, com a RVJ – Editores, nasceu o Ensino Magazine, hoje distribuído em todo o país, em Espanha e nos Palop’s.

Escrevo esta coluna ainda com uma dor imensa, que o murro que levei na manhã do dia 26 de julho, foi forte. Muito forte.

Por largos momentos recusei-me a acreditar e da viagem de Coimbra, onde me encontrava, para Castelo Branco, nada recordo.

Apenas o seu sorriso dos almoços de quarta-feira no jornal.

Nestes 17 anos em que tive o privilégio de trabalhar com o Vitor Serra apercebi-me como ele «amava» o Reconquista. Ali cresceu, se fez homem e um profissional de primeira água. Também tivemos os nossos momentos de tensão. E ainda bem que assim foi, porque fortaleceram a nossa relação pessoal e profissional, bem como a partilha de conhecimento.

Não queria ter escrito esta coluna. O Vitor merecia continuar entre nós. Aliás, o Vitor continua connosco. Não, não irei tirar o seu nome da ficha técnica do Ensino Magazine. Está lá por direito próprio.

À sua esposa, Mila, e ao seu filho, Vitor Miguel, um abraço do meu metro e 85, o qual é extensivo a toda a grande família do Reconquista (na pessoa do seu diretor, dos párocos da Paróquia de S. Miguel da Sé, aos meus colegas, leitores e amigos). Coragem e determinação é o que o futuro exige. E era isso que o Vitor Serra desejava.

Descanse em paz amigo e companheiro. Com respeito, do seu, João Carrega _ carrega@rvj.pt

AGOSTO 2014 /// 019

crónica salamanca

La Universidad y la Paz 6 Hace pocos días hemos participado en el Institut of Education de la Universidad de Londres en el congreso que organiza anualmente la ISCHE (International Standing Conference for the History of Education), que en esta ocasión abordaba el tema “Education, war and peace”. Se trataba de conmemorar el centenario del inicio de la I Guerra Mundial en 1914,la terrible Gran Guerra, pero ofreciendo estudios sobre la educación para la paz en todo el mundo, desde una lectura histórica, interpretando el pasado y tal vez buscando aplicaciones a nuestro problemático presente desde el punto de vista de la paz y del diálogo de los pueblos.

En esos mismos días se estaban produciendo feroces luchas cuerpo a cuerpo y bombardeos permanentes entre Israel y Hamas en la franja de Gaza. Iban más de 400 muertos y varios miles de heridos por ambas partes, aunque los palestinos se llevan la peor, con diferencia. Es el ejemplo más fehaciente del triunfo de los dogmatismos, de las ortodoxias judías y de los sectores más integristas de Hamas en el bando palestino. Quien paga siempre son los más débiles, los que menos protagonismo político e influencia tienen, los civiles y en particular los niños. Así sucede en todas las guerras de forma categórica, y muchos dicen que inevitable. Igualmente el conflicto de Ucrania y los separatistas pro-rusos continúa ofreciendo muertes, imágenes de desastre, aviones comerciales derribados, una pena total.

Da la impresión de tener que someternos al fin a las tesis de Maquiavelo, y darle la razón, quien en el siglo XVI habla de la maldad natural del hombre, de lo natural de la condición humana que resultan ser los conflictos, las guerras y los enfrentamientos. Pero el pensador florentino nos dice también que solo hay una manera de mitigar tales conflictos, y no es otra que la ley, la razón de Estado, la racionalidad que ha de imponerse, el diálogo, la educación, la apuesta por la paz, y la cesión de una parte de nuestras exigencias en la negociación del conflicto para alcanzar el bien de la mayoría.

Los hombres, todos los hombres, tienden al poder, a la dominación de los demás, y estas conductas propias de la condición humana no tienen solución definitiva ni radical. Solamente la fuerza de la ley es la que resulta triunfadora, si bien es verdad que él habla en aquel contexto de la necesidad de ejércitos bien armados, porque Maquiavelo no era pacifista, desde luego.

Muy cerca del mencionado Instituto de Educación de Londres, en el centro de Tavistock Square Garden, hace ya algunos años que se colocó una bella y conmovedora estatua de Gandhi, clamando y rezando por la paz del mundo. Todo un ejemplo de rectitud moral, de pacifismo, de contestación no violenta, y finalmente eficaz, como demostró ser la suya en la conquista de la independencia de India frente a Inglaterra a mediados del siglo XX.

La pregunta que nos suscita la violencia estructural, que es permanente, y la más explicita y brutal de las guerras, en nuestro contexto universitario no puede ser otra que la obligación moral, la necesidad que tienen las universidades de no mirar a otro lado como si el problema del conflicto y el de la paz no fuera suyo. Al contrario, la universidad tiene que ser capaz de ofrecer algunas respuestas, dentro de las limitaciones que sin duda tienen para actuar de forma muy resolutiva e inmediata para taponar tales sangrías.

Una universidad que crea en el hombre, y que considere que los hombres deben ser el centro de su atención formativa e investigadora, debe fomentar programas de paz, de educación para la paz. Ha de procurar trasladar a todos sus profesores y estudiantes, a todas las personas que intervienen en el día a día de la universidad, la idea permanente del triunfo de la razón sobre la violencia, para superar el conflicto. Y para ello la universidad debe implantar programas formativos abiertos del fomento de la paz.

De la misma forma que se han puesto en marcha servicios de salud laboral, de salud psicológica, de orientación laboral y académica, de vigilancia de consumo energético, de oficina verde, entre otros muchos, y nos parecen muy bien, deben crearse unidades de apoyo a la no violencia, a la lucha por la paz. Sabiendo, por supuesto,

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redação, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef.: 272 324 645 Fax: 210 112 063 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt

que el conflicto es permanente entre los individuos y las comunidades, en todas partes. Pero conociendo que pueden buscarse soluciones a través del diálogo y el consenso, en el día a día, y no sólo cuando saltan todas las alarmas, como es el caso del actual conflicto total entre Palestina e Israel.

También son necesarias otras vías complementarias que pueden ofrecer las universidades, como son proyectos de investigación por la paz, cátedras de educación para la paz y la no violencia, ciclos de actividades permanentes de sensibilización, y tantas más.

Seguramente no será posible nunca la paz perpetua entre los hombres, tal como argumentaba y añoraba desde la razón del hombre ilustrado que era Manuel Kant. Pero todo lo que apostemos por la educación, la razón, el consenso, el derecho internacional y el derecho común civil de todos los días, también desde la universidad, será una forma de legitimar la propia institución, que siempre debe estar cargada de razón, y no de imposición. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Peças únicas em aço

Aveiro com máquina revolucionária 6 Um implante craniano para substituir um osso da cabeça?

Feito em quatro horas. Uma porta para um protótipo de um novo automóvel? Feita em seis horas e meia. Uma peça para a fuselagem de uma nave aeroespacial? Feita em cinco horas. O escultor dá pelo nome de “máquina para estampagem incremental de chapa” e a julgar pelo tempo que demora a fabricar as peças não parece assim tão eficaz. Mas se pensarmos que se trata de peças exclusivas, feitas por uma máquina capaz de estampar em placas de aço de alta resistência qualquer coisa que se imagine, então a máquina

020 /// AGOSTO 2014

inventada na Universidade de Aveiro (UA) assume um caráter

único no mundo.

Desenvolvida a pensar so-

bretudo na indústria biomédica, automóvel e aeroespacial, a máquina tem no punção o ator principal que atua na chapa suspensa apenas pelo perímetro. Os seis braços hidráulicos ligados ao punção conferem-lhe uma grande liberdade de movimentos e permitem-lhe imprimir forças até aos 2000 quilos em chapas de metal, desde as menos resistentes até às de aço usadas nos aviões, e moldá-las ao sabor do comando computadorizado programado pelos técnicos. E a precisão com que o faz assemelha-se ao cinzel de um escultor de mármore: até faces humanas o punção molda no aço. K

Diretor Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Diretor João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael.

Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Rogério Ribeiro Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, António Reis, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Eugénia Sousa, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras, Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora), Tiago Carvalho e Valter Lemos.

Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (acionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco

Bocas do Galinheiro

Michael Kidd, acima de tudo um Coreógrafo 7 Michael Kidd tem o seu lugar na história do cinema como um dos grandes coreógrafos. Principalmente pelas novas conceções do bailado no cinema, essencialmente através de uma ligação estreita entre a dança e a ginástica, de que resultaram números vigorosos e enérgicos, mas plenos de harmonia e beleza em filmes e números como o da construção do celeiro, Barnrousing Ballet, seguramente o mais famoso do filme “Seven Brides for Seven Brothers” (Sete Noivas para Sete Irmãos, 1954), de Stanley Donen, Crafgame Number, de “Guys and Dolls” (Eles e Elas, 1955), de Joseph L. Mankiewicz, com Marlon Brando, Jean Simmons e Frank Sinatra, um elenco de luxo, ou Footsteps on Broadway, do mesmo filme, que Kidd considerou a sua obra prima e o filme onde teve mais poder, talvez devido ao facto de ser o primeiro musical de Mankiewicz, ao contrário de outros, Donen, por exemplo, com quem teve algumas dificuldades de relacionamento, porque Kidd achava que não deveria haver números de dança nas “Sete Noivas…”, mas depois de ter assinado o contrato, Donen ter-lhe-á dito, uma vez que já contamos contigo, haverá dança, ao que Kidd respondeu que nunca se sentira tão atraiçoado por um amigo. Nem mais.

Por estas e por outras, é claro que Kidd ligou o seu nome

aos melhores musicais. Para além dos já citados, podemos lembrar “The Band Wagon” (A Roda da Fortuna, 1953), de Vincente Minelli, ele que se estreou a coreografar para o cinema em 1952 em “Where’s Charley”, de David Butler, tendo ainda no seu activo filmes como “Knock on Wood” (Que o Diabo Seja Surdo, 1954), de Melvin Frank e Norman Panama, bem como “Hello Dolly”, de 1969, realizado por Gene Kelly ou “Star”, 1968, de Robert Wise.

Nascido em 1915 em Brooklyn, Nova Iorque, Michael Kidd, de seu verdadeiro nome Milton Greenwald, estreou-se na Broadway em 1947 coreografando “Finian’s Rainbow” que lhe valeu o primeiro de cinco Tony que ganhou. Foi também

ator e bailarino em “It’s Always Fair Weather”, (Dançando nas Nuvens, 1955), de Gene Kelly e Stanley Donen, onde aparece numa memorável cena de dança com Kelly e Dan Dailey, em que os três têm tampas de caixotes de lixo atadas aos pés.

“Merry Andrew” (Viva o Palhaço, 1958), foi o único filme que dirigiu. O filme foi um falhanço e só esporadicamente voltou a colaborar com o cinema, tendo continuado a sua gloriosa carreira de coreógrafo no teatro e no ballet, Mas será que “Merry Andrew” foi assim tão mau? Pensamos que não. É evidente que não ocupa um lugar de destaque na história do musical. Como outros em que entrou, é um filme que vale essencialmente pela presença de

pela objetiva de j. vasco

Marta Rosa na coleção Discos do Povo 3 Foi a 15 deste mês que Marta Rosa, acompanhada na viola de fado por João Penedo, na guitarra por Domingos Mira e com Luís Basto no clarinete, apresentou em Lisboa, no restaurante Povo, na Rua Nova do Almada, o seu primeiro trabalho. Marta Rosa estreou-se após ter passado por uma experiência numa residência artística, entre janeiro e março, da qual resultou o décimo sexto disco da Coleção Discos do Povo.

Trata-se de uma jovem fadista a acompanhar neste e em futuros trabalhos, que canta com uma emoção contida e “um timbre e um fraseado muito próprios”. K

Danny Kaye, actor de múltiplos atributos e que nem sempre mereceu as honras da crítica mas que teve papéis de grande nível, alguns inolvidáveis, como em “Christian Andersen”, 1952, de Charles Vidor, um biopic sobre o grande escritor dinamarquês, “The Court Jester” (O Bobo da Corte, 1955), de Melvin Frank e Norman Panama, “A Song is Born”, (O Professor de Música, 1948), de Howard Hawks, “On The Riviera” (Escândalos na Riviera, 1951), de Walter Lang, bem como “Wonder Man (O Super Homem, 1945), de Bruce Humberstone, onde inicia o papel arquétipo da sua carreira, o desdobramento de personagens, que vai até ao Bobo da Corte e que passa pelo super “The Secret Life of Walter Mitty” (O Homem das Sete Vidas, 1947), de Norman Z. McLeod, talvez o melhor filme de Danny Kaye.

Em “Merry Andrew” ele é o professor e arqueólogo bem disposto e com métodos pedagógicos avançados, cujos exemplos se dão bem com uma boa canção ou uma bela dança, antípodas do conservadorismo da escola e do director, por acaso o seu pai, até que um dia uma escavação o leva ao contacto com o circo onde, por circunstâncias do acaso, se vê obrigado a dançar, a cantar, a fazer rir, afinal aquilo de que ele gostava mesmo. E, last but not the least, encontra o amor, o verdadeiro,

de romance, com a belíssima Pier Angeli, a actriz italiana descoberta por Léonide Moguy com quem faz “Amanhã Será Tarde”, de 1950 e “Amanhã Será Outro Dia”, em 1951. Nascida em 1932, Anna Maria Pierangeli parte para Hollywood onde é rebatizada Pier Angeli. Lançada em 1951 com “Teresa”, de Fred Zinnemann, a história de uma jovem italiana que se apaixona e casa com um soldado americano durante a guerra. O seu idílio com James Dean será mais lembrado do que os filmes em que participou como “Marcado pelo Ódio” (1956), de Robert Wise, excelente fita sobre o universo do boxe onde contracena com Paul Newman, ou “Sodoma e Gamorra” (1962), de Robert Aldrich. Nos anos 60 do século passado ainda apareceu nalgumas produções internacionais de grande mediocridade, vindo a morrer em 1971, com uma overdose de barbitúricos, em Berverley Hills, um trágico fim, comparado com a alegria que alardeou em “Merry Andrew”.

Vistas bem as coisas, o filme de Michael Kidd vale acima de tudo pelos atores, ela, e principalmente Danny Kaye, intérprete de luxo num filme que sem ele teria bem menos importância.

Quanto ao realizador, será para sempre um dos grandes coreógrafos do grande écran.

Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _

press das coisas Jawbone UP24 3 Combinando a pulseira Jawbone UP24 e a aplicação UP no seu iPhone, iPod touch ou iPad, o sistema UP ajuda-o a compreender os seus padrões de sono, alimentação e movimento para que possa efetuar melhores escolhas de vida. Esta pulseira inteligente sincroniza-se com a aplicação através de Bluetooth sem fios para que possa ver os seus detalhes de atividade e sono. A aplicação também fornece informações, celebra metas e desafia-o a fazer mais todos os dias. Está disponível em Portugal através da Esotérico por 149 euros. K

www.ensino.eu AGOSTO 2014 /// 021

Rui Veras, Associação Internacional da água

Portugal lidera eficiência nas redes 6 Rui Veras é assessor de imprensa na Associação Internacional da Água (IWA), em Amesterdão, na Holanda. Foi também técnico da associação ambientalista Greenpeace, onde diz ter percebido e influenciado o “funcionamento interno da organização e o impacto das suas campanhas na agenda global”. Em entrevista ao Ensino Magazine fala da importância do setor da água no mundo e abre um pouco o véu sobre o Congresso Mundial da Água que se realiza em Lisboa este ano.

EPAL é líder em termos de eficiência das redes (deteção de fugas de água), e foi já premiada pelos IWA Project Innovation Awards regionais, cuja edição mundial ocorrerá em Lisboa durante o congresso.

Agricultura, segurança e saúde humana, bem como o tratamento de águas residuais com tecnologias de membrana para filtração de água e a viabilidade da dessalinização biológica, serão outras áreas e temáticas do congresso. Estarão presentes líderes mundiais destes temas, como Hans Rosling, médico e co-fundador da MSF Suécia (Médecins Sans Frontières), Willy Verstraete, biólogo que se dedica à recuperação de resíduos com aplicação prática da água, e ainda Dennis Bushnell da NASA e Jorge Moreira da Silva, atual Ministro Português do Ambiente, entre outros. Visite http://www. iwa2014lisbon.org para saber mais.

A água é o bem mais precioso e constitui já hoje um negócio apetecível. Que papel desempenha a Associação e que contributos dá aos seus membros?

A Associação Internacional da Água (IWA) é uma organização internacional que inspira mudança no setor da água. Os seus membros são a comunidade mundial de profissionais preocupados com a forma como gerimos a água no nosso planeta.

Desde a captação, passando pela distribuição e até às soluções de saneamento e reutilização da água. A IWA estabelece a ligação entre os diversos profissionais que procuram soluções para satisfazer as necessidades hídricas humanas e promove soluções e práticas sustentáveis e equitáveis. Este trabalho é feito através do estabelecimento de convenções para o sector da água e ainda através da partilha de inovações científicas em todo o mundo.

Quais os grandes desafios que se colocam ao setor da água e do saneamento atualmente?

Neste momento um dos maiores desafios é reduzir as emissões de carbono para a atmosfera. O setor da água é responsável por entre 5 a 8% do total global de emissões de gases com efeito de estufa, o que é equivalente ao setor da aviação. Como tal a IWA está á desenvolver acordos no sentido de melhorar a eficiência energética de todo o ciclo humano da água.

Por exemplo o abastecimento de água e os sistemas de saneamento são grandes consumidores de energia. Neste momento já existem soluções através das quais o ciclo de consumo e disposição da água podem gerar energia suficiente para satisfazer as necessidades de consumo do próprio sistema – nomeadamente a produção de biogás e fertilizantes.

O risco da gestão da água de abastecimento ao domicílio (em alta e em baixa) passar a ser feita, por exemplo em Portugal, por entidades privadas não poderá condicionar o acesso ao seu consumo no futuro?

O abastecimento de água é um serviço com custos, a água tem que ser captada, tratada e distribuída. Todo este processo envolve especialistas e sistemas que trabalham 24 horas por dia. O abastecimento tem que ser eficiente, seguro e equitativo.

Todos devem ter acesso a água, que deve ser adequada ao tipo de consumo: a água

022 /// AGOSTO 2014 22

Mudando de assunto, mas permanecendo no Congresso. A erosão das costas, em particular da costa portuguesa, como poderá ser contrariada ou que mecanismos podem ser implementados na vossa perspetiva?

Um dos maiores riscos da subida do nível das águas dos mares será o impactos nas reservas de água doce e claro nas populações costeiras. Portugal terá que se preparar e pode usar a experiencia neerlandesa no que diz respeito a gestão de águas.

Há muito a fazer na nossa costa, mas todos sabemos que o Pinhal de Leiria foi plantado pelo D. Diniz com esse mesmo intuito. É imperativo implementar um plano nacional de defesa da costa. No entanto a IWA não tem como foco os oceanos, mas sim os recursos hídricos potáveis. Por isso mesmo as técnicas de dessalinização serão um dos tópicos discutidos no congresso. potável requer um tratamento diferente da água usada na agricultura por exemplo. O importante é que estes processo sejam assegurados para que haja um uso eficiente e diferenciado na utilização do mais precioso recurso que temos. Quanto à exploração deste serviço por entidades privadas ou publicas é uma questão de perspetiva.

Por exemplo nos Países Baixos onde moro todos temos que pagar um seguro de saúde privado, desta forma todos somos tratados da mesma forma nos hospitais e o sistema de saúde é eficiente e rápido. Os que não têm rendimentos para suportar os custos são financiados pelo estado, que desta forma existe para as pessoas e não para as empresas. Os serviços e a sua eficiência ficam assegurados por um sistema competitivo que apresenta resultados e fica assim menos exposto à corrupção.

O Congresso Mundial da Água realiza-se este ano em Lisboa. Qual a importância do evento e quais os temas âncora da iniciativa?

Portugal é considerado um piloto nas

diferentes variantes da implementação de sistemas hídricos, nos últimos 20 anos houve uma evolução significativa no sector da água em Portugal e no abastecimento e saneamento da rede de águas em Portugal.

Neste sentido há muitas experiencias a partilhar com outros países.

Mas o tema principal do congresso será o papel do sector da água na criação de uma economia verde. Como será gerida a água nas cidades do futuro, num planeta onde os centros urbanos e a população não param de crescer? Um dos objectivos do congresso é a criação da Declaração de Lisboa sobre a eficiência, reutilização e recuperação de recursos da água para a criação de oportunidades de crescimento das economias de forma sustentável e eficiente.

A melhoria dos serviços públicos é outro aspeto a ter em atenção?

Será outro dos temas centrais, bem como a melhoria dos serviços públicos, o mapeamento dos recursos hídricos, e financiamento sustentável, bem como o uso de novas tecnologias - em que a Portuguesa

A Green Peace tem sido uma das associações que mais tem alertado o mundo para as questões ambientais. A defesa dos oceanos tem tido uma forte intervenção da Green Peace. Os resultados têm sido os desejados, ou a opinião pública e as entidades responsáveis ainda não entenderam bem a importância dessa defesa?

Os oceanos são uma das grandes campanhas da Greenpeace por serem vitais para a manutenção do habitat humano. A ciência tem provado recentemente que os Oceanos têm um papel essencial na regulação da temperatura do planeta e no fornecimento de oxigénio. Na verdade nem o público nem os governos entenderam ainda a urgência e o perigo da exploração que fazemos dos oceanos. A pesca artesanal é uma das soluções apresentadas, mas na realidade a questão é muito complexa e os metais pesados que nos chegam através da cadeia alimentar representam riscos silenciosos mas letais. K

edições

Novidades literárias 7 GRADIVA. Bifes Mal Passados, de João Magueijo. Um roteiro de cómicos fins-de-semana mal passados e tentativas frustradas de fazer férias em Inglaterra serve de ponto de partida para uma viagem pela cultura anglo-saxónica, como vista pelos olhos de um cientista português radicado no Reino Unido há mais de vinte anos. Bifes Mal Passados é alternadamente hilariante e sério, convidando a uma reflexão sobre identidade cultural, e incitando os portugueses a despojarem-se de complexos de inferioridade.

TEOREMA. Dizem que Sebastião, de João Rebocho Pais. Sebastião Breda, vicepresidente de uma multinacional, workaholic e quarentão abastado, percebe um dia que a vida lhe tem passado ao lado e decide remediar a solidão convidando uma colega para um jantar romântico. O problema é que a sua bagagem não vai além de estratégias de venda e planos de marketing – e o arraso que leva de Margarida à mesa do restaurante faz com que o coração lhe pregue um valente susto. O médico recomenda-lhe então um ano de descanso, e Sebastião resolve aproveitá-lo a cultivar-se, fazendo, numa livraria da baixa de Lisboa, um novo amigo e sentando-se junto a estátuas dos escritores espalhadas pela cidade.

gente & livros

Natália Correia 7 “Já que o coito – diz Morgado – tem como fim cristalino, preciso e imaculado fazer menina ou menino; e cada vez que o varão sexual petisco manduca, temos na procriação prova de que houve truca-truca.

Sendo pai só de um rebento, lógica é a conclusão de que o viril instrumento só usou – parca ração! uma vez. E se a função faz o orgão – diz o ditado – consumada essa excepção, ficou capado o Morgado” (escrito em 1982, na Assembleia da República) A genialidade de Natália Correia foi muito para além daquele poema dedicado a um deputado do CDS, quando em 1982 teve lugar o primeiro debate sobre a questão do

aborto. Dotada de um sentido de humor assinalável, Natália Correia foi uma oradora nata e deu provas disso na Assembleia da República, enquanto deputada do PS. Foi também uma mulher que lutou contra o antigo regime. A Wikipédia explica que tomou parte ativa nos movimentos de oposição ao Estado Novo, tendo participado no MUD (Movimento de Unidade Democrática, 1945), no apoio às candidaturas para a Presidência da República do general Norton de Matos (1949) e de Humberto Delgado (1958) e na CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, 1969). Foi condenada a três anos de prisão, com pena suspensa, pela publicação da Antologia da Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, considerada ofensiva dos costumes, (1966) e processada pela responsabilidade editorial das Novas Cartas Portuguesas de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta. Foi responsável pela coordenação da Editora Arcádia, uma das grandes editoras portuguesas do tempo. Isso mesmo é referido na

Wikipédia.

A sua obra abrange vários géneros, como a poesia e o romance, teatro ou ensaio. Natural dos Açores, onde nasceu em 1923, viria a falecer em 1993, já em Lisboa.

Natália Correia viria, a 13 de julho de 1981, a receber o título de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. Já em em 1991, recebeu o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro Sonetos Românticos. No mesmo ano a 26 de novembro foi feita Grande-Oficial da Ordem da Liberdade. K

CASA DAS LETRAS. Segredos de Amor e Sangue, de Francisco Moita Flores. É o regresso do autor à época em que Diogo Alves, o célebre galego que matava no Aqueduto das Águas Livres, era o grande protagonista do crime em Lisboa. Em 1997 escreveu o argumento para o filme A Morte de Diogo Alves que venceu o Grande Prémio de Ficção da RTP. Agora, traz o célebre criminoso de volta como pretexto para reconstruir a Lisboa popular dos anos 30 do século XIX, um tempo em que a cidade se despia dos antigos trajes pré-liberais e dava os primeiros passos no liberalismo emergente.

QUINTA

ESSÊNCIA.

Uma Casa no Campo, de Elizabeth Adler. Depois de se divorciar do marido infiel, James, Caroline Evans deixou Singapura e estabeleceu-se com a filha de quinze anos, Issy, na aldeia de Upper Amberley, no sul de Inglaterra, onde logo ganha a simpatia dos locais. Enquanto lida com a angústia adolescente de Issy, Caroline começa a trabalhar como chef num pequeno restaurante. O desaparecimento de James e um homicídio em Singapura representam, porém, uma ameaça à estabilidade recém-adquirida de Caroline. K

Edições RVJ-Editores

História de uma aldeia que foi concelho 7 “Póvoa de Rio de Moinhos - Ontem e Hoje, História e Memória” é o título do livro coordenado por Benedicta Duque de Vieira, e que envolveu um conjunto significativo de autores, os quais contribuíram com artigos.

Com edição da RVJ - Editores, esta obra é um excelente documento sobre a história daquele território, que chegou a ser concelho e que está a assinalar os 622 anos do seu foral.

O livro, editado com o apoio da Câmara de Castelo Branco que se associou a um projeto iniciado em 2006, inclui artigos também publicados no Semanário Reconquista. “Este é um excelente trabalho que fica para o futuro da nossa terra”, disse na apresentação da obra a presidente da Freguesia, Lucinda Martins, a

qual destacou o trabalho de “Benedicta Duque Vieira, coordenadora do projeto e de José Leitão que tanto empenho demonstrou, assim como de Cristina Mota Saraiva que foi o elo de ligação entre a Junta de Freguesia e o Jornal Reconquista e que desde a primeira hora se disponibilizou a ajudar”.

Com mais de 500 páginas, o livro reúne textos e imagens, aos quais se juntam anexos bastante interessantes. “Neste livro estão milhares de horas de trabalho feito por especialistas, ou por pessoas que se tornaram especialistas”, disse Benedicta Duque de Vieira, destacando o empenho de Vitor Carvalho.

Benedicta Duque de Vieira anunciou que brevemente será feita uma nova apresentação da obra, mas agora em Castelo Branco.

A terminar, a coordenadora do projeto, lembrou o facto da Póvoa ter sido concelho. “No fundo concelho uma vez, na alma nunca deixámos de o ser”.

O evento coincidiu com a terceira edição da Feira Medieval da Póvoa de Rio de Moinhos. Um facto destacado pelo vicepresidente da Câmara, Arnaldo Brás. Arnaldo Brás sublinhou também o facto da apresentação ter decorrido na Casa da Cultura, num imóvel recuperado pela autarquia, lembrando que “a Câmara de Castelo Branco tem uma situação financeira estável e por isso não regateia esforços em desenvolver o concelho, o que acontece também na área cultural, tendo financiado dezenas de livros”. K

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Prazeres da boa mesa

Sopa Fria de Citrinos e Nectarinas, Ares de Espumante com Pisang 3 Ingredientes 100 gr de Limas 1500 gr de Laranjas de Sumo 100 gr de Açúcar 50 gr de Citronella 200 gr de Limão 300 ml de Espumante Bruto 4 Folhas de Gelatina Incolor 80 ml de Pisang Ambom 100 gr Açúcar em Pó 10 gr de Manjericão 250 mg de Açafrão em Rama 1000 gr Nectarinas 2 Capsulas de N2O Q.b. de Redução de V. Tinto Preparar Para a espuma: Demolhar as folhas de gelatina.

Derreter as folhas no pisang ambom, adicionar ao espumante e colocar tudo no sifão. Carregar 1 ou 2 capsulas de N2O e reservar no frio.

Para os crocantes: Laminar metade das limas, dos limões e das laranjas e levar ao forno a 90ºC, polvilhado com açúcar em pó, até ficar seco e crocante.

Para a sopa: Triturar o açafrão com o sumo de laranja, o açúcar, a citronela, as nectarinas e o sumo dos restantes citrinos. Passar pelo passador fino. Levar ao frio até ficar bem frio.

Empratar: Retificar os temperos e corrigir se necessário.

Encher os pratos de sopa com o preparado de citrinos.

Fazer um cordão com a redução de vinho tinto.

Aplicar a espuma de pisang e de espumante.

Guarnecer com os crocantes e alguns cubinhos de nectarinas.

Servir. K Mário Rui Ramos _ Executive Chef Ô Hotels and Resorts Monfortinho

GEO-RUBRICA

Ao encontro de curiosas formas graníticas na Gardunha 7 A Serra da Gardunha é mais um local fascinante para as escolas visitarem através dos programas educativos dinamizados no Geopark Naturtejo da Meseta Meridional. Neste território classificado sob os auspícios da UNESCO, alunos e professores irão deixar-se conquistar por 600 milhões de anos de História da Terra.

rio e Profissional Disciplinas: Ciências Naturais / Biologia e Geologia / Geologia + Educação Física Trilho pedestre: PR1 – Rota da Gardunha (percorre-se cerca de 9 km) Desportos de natureza opcionais: Canoagem e tiro com arco

SAÍDA DE CAMPO F Ao encontro de curiosas formas graníticas na Serra da Gardunha Local: Serra da Gardunha – Casal da Serra e “Água Fonte da Fraga” em S. Vicente da Beira (Castelo Branco) Duração: 5h (6h se incluir desportos de natureza opcionais) Níveis de ensino: 3º Ciclo do Ensino Básico, Ensino Secundá-

A saída de campo: Na aldeia do Casal da Serra, alunos e professores iniciam a Rota da Gardunha e vão até à zona do Castelo Velho em busca das curiosas formas graníticas moldadas pela água. Identificam o cabeço do galo, uma bola granítica partida em duas metades e outra bola que parece ter à superfície uma côdea igual à de uma broa de milho! O granito que aflora na Serra formou-se há aproximadamente 300 milhões

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de anos. No regresso à aldeia cruzam-se com vários cursos de água, pois nesta serra são exploradas águas que depois de engarrafadas bebemos tantas vezes à nossa mesa. Regressam ao autocarro e deslocam-se a S. Vicente da Beira para conhecerem uma das empresas que explora águas desta serra. Assim, vão visitar as instalações da Beira Vicente que comercializa a água de nascente Fonte da Fraga e fazem uma prova de águas.

A próxima Geo-rubrica será dedicada à Saída de Campo G “Explorando os trilhos que conduzem à mina de ouro do Conhal do Arneiro”, no concelho de Nisa. Informação detalhada sobre cada uma das atividades em www.naturtejo.com e www.geonaturescola.com .

A Geo-rubrica é promovida pela Naturtejo, EIM, em parceria com o PROVERE – Buy Nature e co-financiada pelo QREN, no âmbito do Programa Mais Centro e da União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. K

Feira do Pinhal

Rui Veloso cabeça de cartaz 6 Rui Veloso é o cabeça de cartaz da próxima Feira do Pinhal, que decorre em Oleiros, de 6 a 9 de agosto. A inauguração será feita pelo Secretário de Estado do Ordenamento do Território. O artista atuará na noite de 6 de agosto.

Fernando Jorge, presidente da Câmara de Oleiros, refere que o “certame vai ter um cunho mais diferenciado numa maior ligação ao território, em especial ao setor florestal. Por isso irão estar representadas muitas empresas dessa área”.

Fernando Jorge destaca também o facto do contrarrelógio individual da Volta a Portugal coincidir com a Feira. Assim, no dia 9 o certame abrirá às 10H00 e haverá um programa em direto a partir de Oleiros. O início do contrarrelógio será feito às 14H30, junto ao recinto da feira.

Para além da Volta a Portugal em Bicicleta (dia 9) e da atuação de Rui Veloso (dia 6), o programa da Feira do Pinhal é vasto. Nos vários dias do certame será feita a mos-

de fogaças (17H00), uma missa na Igreja Matriz (18H00), animação de rua (22H00) e a atuação de Miguel Agostinho (23H00) e de David Antunes & The Midnight Band (meia noite).

O Dia do Concelho começa com o espetáculo piromusical “Ritmos”, a cargo da Pirotecnia Oleirense, na madrugada de domingo para segundafeira. É precisamente no dia 11 de agosto que atuam os Azeitonas. K O executivo de Oleiros destacou a importância da Feira do Pinhal, divulgando a estreia nacional de um espetáculo de video-mapping em frente à Câmara tra das atividades musicais do concelho. No dia 7 atuam os artistas Adriana Lua e Miguel Agostinho. Um dia depois, na sexta-feira, será a vez de se realizar um espetáculo multimédia. Fernando Jorge sublinha a sua dimensão lembrando que irá fazer lembrar os espetáculos que se realizam nos parques Disney, com a atuação de uma orquestra, projeção de filmes e multimédia na fachada

da Câmara, e claro está fogo de artifício. A noite terminará com uma festa de dança, com vários DJ’s.

O último dia da Feira (9) coincide com o primeiro das Festas de Santa Margarida e à noite atuam os FH5 e a Banda RED, já no recinto das festas.

No domingo a Filarmónica Oleirense fará um desfile pelas ruas da vila (16H00), haverá a concentração

SEASIDE Sunset Sessions’14

Qualidade e animação 6 SEASIDE Sunset Sessions’14 (SSS’14) é o mais recente festival de verão, a decorrer entre os dias 9 e 24 de Agosto na Pampilhosa da Serra e que alia, à melhor música, a imagem descontraída de praia (fluvial), zonas lounge, desportos aquáticos, atividades radicais e muito mais. José Dias, presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra, explica as mais valias da iniciativa.

Como surgiu a ideia de realizarem um evento Sunset na Pampilhosa da Serra? Será uma forma de dinamizar a praia fluvial e todo o espaço envolvente?

A ideia do Sunset na Pampilhosa não é uma ideia completamente nova. As Festas do Concelho 2013 já integraram a realização de um Sunset na Praia Fluvial de Pampilhosa da Serra que resultou muito bem. O êxito foi extraordinário não só pela quantidade de público que a ele aderiu mas também pela dinâmica estabelecida na Praia Fluvial e pelo cenário visual criado. Nessa altura, apercebemo-nos de imediato que enriquecer o conceito do Sunset naquele local seria seguramente uma ferramenta de excelência na promoção do nosso concelho.

Na sua opinião, o que é que agarra o público a um evento tão no interior de Portugal, num país tão

virado para Lisboa?

Atualmente os públicos são cada vez mais exigentes. A qualidade é sem dúvida o critério principal de atração de pessoas a um determinado evento. No caso concreto, Pampilhosa da Serra tem desde há muito tempo fixado no seu plano estratégico de desenvolvimento, o turismo como setor-chave. Daí o investimento que temos feito ao nível da imagem e da comunicação. “Pampilhosa da Serra Inspira Natureza” é a marca que criámos e registámos. A beleza e a qualidade das nossas paisagens e das nossas águas fazem deste município de interior um destino turístico apetecível pelas suas Praias Fluviais (três das quais com o galardão “Bandeira Azul”), pelas suas Aldeias do Xisto (Fajão e Janeiro de Baixo), pelas infraestruturas de desporto e lazer de qualidade que possui (Caminhos Pedestres, Grande Rota do Zêzere, Centro BTT de Santa Luzia…), bem como pelo alojamento de excelência que detém, como é exemplo o Villa Pampilhosa Hotel, uma unidade hoteleira de quatro estrelas localizada em plena vila.

Que impacto terá o SSS’14 para o desenvolvimento da Pampilhosa da Serra e para toda a região? Acha que esta iniciativa vai atrair muita população de cidades vizinhas?

nacional. Para além disso, são milhares os pampilhosenses que residem na área metropolitana de Lisboa e que no verão não prescindem de visitar a sua terra natal.

A crise sente-se, claro. Foi por este motivo que optaram por fazer um evento gratuito para toda a população?

A gratuitidade dos eventos em Pampilhosa da Serra não está relacionada com a crise. Foi sempre apanágio do Município facultar o acesso gratuito à cultura, à educação, ao desporto e aos eventos promotores do território. Enquanto podermos é assim que vai ser!

José Dias, presidente da Câmara da Pampilhosa, apresenta o festival A qualidade da programação do SSS´14 vai atrair milhares de pessoas, não só de concelhos vizinhos como também de centros urbanos do litoral. Não esqueçamos que Pampilhosa da Serra é hoje um destino turístico reconhecido a nível

A intensa atividade cultural constitui uma das marcas do município. Que papel desempenha, na sua opinião, o lazer na qualidade de vida?

A qualidade de vida das populações passa pelo lazer, do qual faz parte naturalmente a fruição cultural. O Museu Municipal de Pampilhosa da Serra, reaberto desde abril último com um novo discurso expositivo, é um espaço de memória e partilha de excelência, aberto todos os dias incluindo fins-de-semana.

Desde 2007 que o Município promove o Ciclo de Teatro Mise en Scène. Trata-se de uma oferta cultural que coloca em cartaz, todas as

últimas sextas-feiras do mês, uma peça de teatro. Foram já 87, as peças que passaram no Auditório Municipal inseridas neste ciclo.

Destaco ainda a Feira de Artesanato e Gastronomia que este ano vai já na sua XVII edição e que, em termos de calendário, será um casamento perfeito com o SSS’14, pois irá decorrer entre 13 e 16 de agosto, sendo um certame de referência nacional que acolhe o melhor da gastronomia regional e centenas de artesãos nacionais e internacionais.

Estes são apenas três exemplos das muitas atividades culturais desenvolvidas e que passam pela promoção das artes plásticas, da leitura, do artesanato, da música, da dança e do património material e imaterial concelhio.

Quais são as suas expectativas para a primeira edição do SEASIDE Sunset Sessions’14?

Um êxito!

Espera uma grande adesão da população da Pampilhosa da Serra nesta primeira edição do SSS’14?

Sem dúvida. Os pampilhosenses já vão ficando habituados à inovação, à criatividade e à diversidade de ofertas e por isso estão atentos.

Será um evento francamente concorrido e será certamente a primeira edição de muitas. K

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Quatro rodas

As ajudas c Já há alguns anos que tenho facebook. O meu mural está repleto de informações e histórias do mundo automóvel. Como tenho alguns contactos do lado espanhol, chegam-me muitas histórias em que estão envolvidos pilotos espanhóis.

Recentemente foi-me “postado” um vídeo em que Vettel era parodiado, pelas queixinhas que fez via rádio durante uma luta que manteve com o Alonso no grande prémio da Grã-Bretanha em Silverstone. Foi mesmo uma batalha das antigas a que também pude assistir pela TV, ouvindo em quase direto as reações dos intervenientes, pelas conversas divulgadas durante a transmissão. Os carros ultrapassaram-se mutuamente e estiveram algumas vezes lado a lado, quase se tocando. As coisas só não deram para o torto, devido à experiência e à confiança mútua dos intervenientes, apesar de se-

rem grandes adversários.

Ao longo do tempo houve outras “batalhas míticas” que foram ficando gravadas na nossa memória. Os seguidores mais interessados, não podem esquecer o duelo Arnaux versus Villeneuve no grande prémio de França em 1979. Nessa altura, a falta de tecnologia, privou-nos de assistir em direto às reações dos pilotos

a quente.

Digamos que esta coisa de ouvirmos os pilotos durante as corridas, até trouxe algum sal e pimenta nas transmissões televisivas. No entanto estas conversas via rádio, introduziram uma outra situação que vem merecendo críticas de alguns sectores de opinião. Estou-me a referir ao facto de que, quer nos treinos, quer na

prova, as equipas poderem transmitir instruções sobre a forma como devem abordar a competição. Por vezes ouvimos instruções codificadas para mudar os parâmetros da viatura, são enviadas informações sobre a situação da corrida e, como já ouvi, dão-se mesmo instruções de locais onde devem começar a acelerar, modo de entrar em curva, ou seja, estão a meter-se naquilo que deveria ser o trabalho do piloto. É pois aqui que surgem as polémicas.

As telemetrias estão cada vez mais a substituir-se ao “feeling” dos pilotos e são mais tidas em conta do que as opiniões destes.

Os mais céticos, prognosticam que dentro de pouco tempo, os carros de F1 serão autênticos “drones” com uma pessoa sentada lá dentro, com quase tudo a ser comandado da parede da box, com um “joystik” Do meu ponto de vista, cabe aos promotores do espetáculo,

que é a F1, regular estas situações, não deixando a tecnologia invadir o espaço reservado ao mais dotados. Se, já hoje, os pilotos são escolhidos porque a sua nacionalidade assegura maiores audiências, num futuro próximo os pilotos passarão também a ser escolhidos pelo seu “sex appeal”, para por exemplo cativarem mais público do sexo oposto.

Para finalizar permitam-me parafrasear o Zé Miguel Barros, num dos seus comentários na SPORTV: “… esta situação não é melhor nem pior do que antigamente, é apenas diferente…”. É pois com estas diferenças que o negócio da F1 deve continuar a evoluir. K Paulo Almeida _

setor automóvel Fiat lança Panda Cross em outubro

Skoda Octavia Scout disponível no fim do ano

3 O crossover 4x4 da Fiat será lançado em Portugal no próximo mês de outubro. O Panda Cross é um SUV que pode enfrentar qualquer tipo de terreno sem perder as características citadinas do modelo tradicional. Estará disponível com duas motorizações: uma versão a Diesel 1.3 Multijet de 80 cavalos (com preços a começarem nos 20 400 euros) e uma 0.9 TwinAir Turbo a gasolina de 90 cavalos (a partir dos 17 800 euros). A Fiat irá ainda lançar em outubro o Freemont Cross, uma versão mais rica em equipamento do SUV de sete lugares, com preços a partir dos 36 725 euros. K

Audi S1 já chegou a Portugal 3 O pequeno compacto desportivo já está disponível no mercado português, nas versões Audi S1 (três portas) e S1 Sportback (cinco portas), com preços a partir dos 38 989 e 39 540 euros, respetivamente. Ambas as versões são munidas do motor 2.0 TFSI de 231 cv e 370 Nm de binário, caixa manual de seis velocidades e sistema de tração integral permanente quattro. Os pequenos compactos S1 e S1 Sportback conseguem chegar aos 100 km/h em 5,8 e 5,9 segundos, respetivamente. K Publicidade

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3 A Skoda vai lançar o novo Octavia Scout nos principais mercados da Europa em setembro, mas só deverá chegar a Portugal no final do ano. O modelo terá apenas versões 4x4 e o motor 2.0 TDI de 150 e 184 cv, a primeira das opções com caixa manual e a segunda com caixa DSG.. Os preços estarão mais ou menos alinhados com os da geração anterior, o que significa um valor base a rondar os 38 mil euros. Um dos destaques é o novo sistema de transmissão Haldex de 5ª geração. K

Obra lançada em Castelo Branco no passado dia 17 de julho

Políticas Educativas em Portugal 7 O livro “Políticas Educativas em Portugal - Contributos para a História do Sistema Educativo”, coordenado por João Ruivo e João Carrega, acaba de ser apresentado na Biblioteca de Castelo Branco, numa iniciativa presidida pelo presidente da Câmara albicastrense, Luís Correia.

O livro surge com a chancela da RVJ Editores e nas 350 páginas, reúne um conjunto de entrevistas que nos últimos 15 anos foram publicadas no Ensino Magazine, a diferentes personalidades, como os ex-ministros da Educação, ou do Ensino Superior e Ciência, Eduardo Marçal Grilo, Guilherme D’Oliveira Martins, Augusto Santos Silva, Júlio Pedrosa, David Justino, Pedro Lynce, Maria de Lurdes Rodrigues, Mariano Gago e Nuno Crato.

Na sessão de apresentação, João Ruivo destacou a importância do livro, o qual “tem a particularidade de apresentar as opiniões de diferentes personalidades, muitas delas na condição de governantes e antes/depois de o terem sido”.

João Carrega, recordou o facto desta edição “assinalar os 16 anos de vida do Ensino Magazine, que é distribuído em Portugal e Espanha, e ainda nos Palop’s, que é parceira da UNESCO através da sua rede de escolas associadas, e que tem feito uma forte aposta na lusofonia e américa latina, como o demonstram os acordos com a Universidade Eduardo Mondlane de Maputo, Escola Portuguesa de Moçambique e a organização cultural Cepa Gratia, do México”.

João Carrega lembraria que com esta obra “a partir de Castelo Branco se continuar a fazer história para o país. Hoje a cidade está culturalmente viva, e em termos editoriais é uma cidade ímpar no interior do país. Na RVJ – Editores temos editado a média de dois livros por mês, o que é significativo. Mas para que esta dinâmica exista é importante realçar o papel e a aposta que a Câmara de Castelo Branco tem prestado à área cultural, apoiando-a e dinamizando-a nas suas mais variadas vertentes”.

Na resposta o autarca Luís Correia daria alguns exemplos recentes do apoio prestado pela Câmara a edições e autores, como são o caso da Antologia a António Salvado, as obras sobre Póvoa de Rio de Moinhos e sobre Malpica do Tejo, ou ainda o livro escrito pelo jovem albicastrense Jaime Lourenço.

De referir que o livro conta com as colaborações dos jornalistas Vitor Tomé, Jorge Azevedo, Nuno Dias da Silva, José Júlio Cruz, e dos designers Carine Pires e Rogério Ribeiro, cabendo o secretariado a Eugénia Sousa, Tiago Carvalho e Francisco Carrega. K Fotos: Agnelo Quelhas, José Ceia, Rogério Ribeiro e Júlio Cruz H

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