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Cursos Técnicos Superiores Profissionais Licenciaturas Pós-Graduações Mestrados Estudios de Grado y Máster en Portugal fevereiro 2019 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XXI K No252 Assinatura anual: 15 euros
ensino jovem universidades
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politécnico
IPCB apoia alunos Setúbal coopera com Angola Governo reuniu na Guarda Leiria atribui prémios Portalegre debate região C
Distribuição Gratuita
paralisia cerebral não é impedimento para Bruno Osório
UBI ganha prémios na saúde Évora em projeto Europeu C
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Aos 30 anos já fundou duas startups e criou jogo para PlayStation
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nuno júdice, poeta
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‘A cultura sempre foi um ponto marginal na sociedade’ C
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Nuno Júdice, poeta
«Se não for a escola a estimular a leitura, dificilmente a criança terá acesso ao livro» 6 Nuno Júdice é um dos mais premiados e aclamados poetas da atualidade. Define-se como um «operário da escrita» e considera que o quotidiano que nos rodeia é inquietante. Publicidade
Tem oscilado a sua escrita entre a poesia, o ensaio, e a ficção. No seu último livro, «O café de Lenine», lançado em meados de fevereiro, faz uma incursão pela ficção, atraves-
sando várias épocas e recorrendo a personagens de grandes clássicos da literatura. De forma sintética, o que é que pode antecipar aos leitores? «O café de Lenine», tal
como outros romances anteriores, é um cruzamento entre múltiplos planos: memórias, leituras, ficção, crónica, procurando encontrar uma sequência que dê uma lógica ao que vai sur-
gindo. Coloco alguns temas que estão ligados ao meu trabalho teórico, como é o caso da crítica literária ou do romance como género literários, mas através de um tom irónico que permite ao leitor interrogar-se sobre os problemas que estão ligados a essas duas práticas. O meu objetivo foi conseguir uma obra que se pudesse ler quase que sem interrupção, através de uma relação de um capítulo ao seguinte que suscita a curiosidade sobre como é que se vai resolver as situações que vão surgindo. Há também uma crítica a muitas coisas que fazem parte do nosso mundo actual e que estão a transformar a vida das nossas sociedades num mundo que está para além da imaginação do ponto de vista do controlo da liberdade individual. Contudo, é na poesia que assenta boa parte da sua obra. Diz que o poema «é a expressão de uma intensidade». Como explica que a poesia faça parte integrante da identidade portuguesa? Não vou dar explicações metafísicas ligadas ao nosso temperamento melancólico, nem irei entrar na questão da saudade como parte da identidade portuguesa. A poesia surge na nossa cultura desde o início, com a lírica galegoportuguesa, e ao longo dos séculos tivemos grandes poetas que deram forma ao que se pode considerar uma visão filosófica do mundo em que vivemos. Camões, Antero, Pessoa, são apenas três dos maiores; mas para lá disso é verdade que, quando queremos responder a questões sobre o que somos e o que vivemos, é na poesia que encontramos essa expressão tratando os grandes temas como o amor, a morte, o ser. A poesia portuguesa é residualmente conhecida no estrangeiro se compararmos com a música, o teatro ou a pintura. Como
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justifica esse défice de visibilidade para o exterior? Eu não usaria a palavra «residual» porque a poesia não é uma linguagem acessível a um universo amplo de leitores. No entanto, queria chamar a atenção para o facto de que o autor português mais universal é um poeta, Fernando Pessoa, e que neste momento as traduções de poesia portuguesa – muitas vezes em antologias, mas também em livros individuais – já se encontram em todos os continentes. É verdade que o romance tem uma difusão maior, sobretudo quando pensamos em José Saramago, neste caso apoiado pelo Nobel, mas também autores como António Lobo Antunes, José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares, Valter Hugo Mãe, entre outros, estão traduzidos em muitas línguas. No entanto, quando falamos com escritores ou críticos estrangeiros, o que eles distinguem na nossa cultura é a sua tonalidade poética e a originalidade dos poetas da língua portuguesa. A sua aproximação à poesia fez-se a partir da rádio. Como foi esse processo? Nos meus primeiros anos de vida não existia televisão em Portugal, e havia o hábito de ouvir rádio, que estava ligada a maior parte do dia. Era por isso inevitável que ouvisse os programas de poesia, declamada por alguns dos grandes actores da época. Foi isso que me chamou a atenção para os livros de poesia que havia em minha casa, e foi também o que me fez escrever os primeiros poemas. O que foi também decisivo nesse momento foi a associação da poesia à palavra oral, e nunca pus de lado a atenção a essa oralidade do poema que, no fundo, é a prova de que ele funciona porque é ao ouvi-lo que nos apercebemos quer do ritmo quer da musicalidade que são parte integrante da linguagem poética. ;
; Vivemos num quotidiano agitado, agressivo e incerto. Para além da realidade que o rodeia o que é que o motiva a escrever? Podia dizer que tudo me motiva, mas falando de forma mais concreta será sobretudo o desejo de deixar um sinal de aspetos da minha experiência que são o ponto de partida para o que vou escrever, de memórias de lugares, de pessoas, de situações, e sobretudo do meu diálogo com outros poetas, de que destaco dois dos mais constantes, que são Fernando Pessoa e Camões. É verdade que o quotidiano, neste momento, é inquietante; mas quando me lembro do que era o mundo em que cresci, com guerra colonial e polícia política, com guerras tão violentas como a do Vietnam, com o mundo dividido em dois blocos que por vezes estiveram à beira de um confronto, não vejo atualmente grande diferença. Há quem fale com algum receio nos loucos que governam, alguns pontos do mundo actual; mas se pensarmos no tempo do nazismo, a loucura até atingiu pontos de horror que não se parecem com os atuais, embora um massacre ou uma guerra, como as que aqui e ali se vivem, não sejam nunca de menosprezar. A diferença está em que não há ideologias por trás dos atuais impérios, mas religiões; e talvez esta mudança seja mais perigosa do que o que se viveu em épocas anteriores dada a irracionalidade a que algumas crenças podem conduzir.
Há seis anos editou «A implosão», tendo como pano de fundo uma Europa em desagregação social e política. Como explica que o sonho da construção europeia tenha virado um pesadelo? Em primeiro lugar, a derrocada do sistema liberal nos Estados Unidos que provocou uma crise que se alargou à Europa e conduziu à falência de países e de bancos, agravada pela desastrosa política alemã de impor aos países do sul uma retração no desenvolvimento em passo acelerado, com as consequências na proletarização da classe média e no desemprego. O que poderia ter sido feito com mais tempo e com mais diplomacia tornou-se uma boa semente para a queda do ideal europeu e o desastre na emergência de nacionalismos e radicalismos que a crise migratória veio estimular. Isto tudo, como é evidente, nasceu de alguns erros, como o alargamento da Europa a países que ainda não estavam preparados para nela entrar. Portugal perdeu o seu império e perspetivou a Europa como o seu novo «el dorado». O que pode significar para um país periférico e pequeno como o nosso o falhanço do projeto europeu? Portugal já viveu longos períodos de costas voltadas para a Europa, seria outra fase, difícil, como é evidente, mas haveria capacidade de resistência, Não creio que cheguemos a esse ponto; e por muito que a Europa colapse em vários aspectos do
seu projeto, de que a possível saída de Inglaterra é um dos sintomas, Portugal tem uma relação de proximidade com outros continentes que permite encontrar alguma compensação ao que aí vem. Como escritor visitei países que vão da China ao México e à Colômbia, passando por Marrocos e pela África do Sul; e sempre encontrei uma simpatia para com Portugal que mostra como é possível redescobrir parceiros quando outros falham. A cultura é o eterno parente pobre, com os políticos a relegarem para o fim os investimentos neste setor. Em que medida é que os anos de chumbo provocados pela austeridade prejudicaram a cultura nacional? Não prejudicaram nem deixaram de prejudicar porque a cultura sempre foi um ponto marginal na nossa realidade. Apesar de tudo, criou-se uma rede de espaços culturais que permite compensar o pouco investimento nos orçamentos. Bibliotecas, cineteatros, centros de cultura, câmaras municipais, monumentos, podem constituir pólos de divulgação e de acontecimentos fora dos grandes centros que são Lisboa e Porto. Há um bom trabalho feito nas escolas, há também algumas universidades que não esquecem a sua função de abertura à sociedade, embora nem todas, e estamos muito longe de poder falar no deserto cultural que em certos momentos existiu. Claro que nem tudo são rosas: e o
papel da imprensa tem-se revelado muito deficitário e, mais do que atrair para a leitura, afasta o público do conhecimento dos nossos autores e do reconhecimento da sua qualidade. Admite que está a faltar uma estratégia cultural coerente? Em que pilares devia assentar? O primeiro pilar deveria ser uma política coerente de publicação sistemática e séria dos clássicos portugueses (da Idade Média ao século XX). Já estivemos pior: neste momento a Imprensa Nacional tem uma excelente política editorial, há iniciativas editoriais privadas que vão também nesse sentido, há excelentes edições digitais, de que destaco a dos Cancioneiros Medievais na sua integralidade, temos já boas edições da obra de Camões e de alguns outros clássicos, mas a pergunta é se isto é visível? A resposta é obviamente negativa porque despareceu uma rede de livrarias em que estes livros estejam presentes e em que haja uma separação entre o que é lixo e o que é literatura. O digital rodeia-nos por todo o lado e a toda a hora. A força da palavra escrita pode estar em risco? Não me parece. A previsão de que a edição em papel estava condenada não vingou no campo do livro, embora na imprensa esteja a alastrar com a passagem dos jornais impressos a digitais. Há ;
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;consequências no plano da leitura: é completamente diferente ler um livro podendo voltar atrás, sublinhar, ter uma ideia do tamanho e do peso do objecto, etc., e olhar para um ecrã em que a palavra é algo de volátil. Pode ser que o mundo esteja condenado a que isso suceda, mas será uma perda irreparável. Costuma ler livros em suportes digitais ou resiste a prescindir de manusear um livro? As livrarias físicas, tal como as conhecemos, correm o risco de extinção? Nunca li nenhum livro nesse suporte. Quanto às livrarias eletrónicas, recorro muitas vezes a elas, sobretudo no caso de livros estrangeiros a que, cada vez mais, não temos acesso, a não ser quando viajamos. Quanto às livrarias, como já referi, são fundamentais para o acesso à edição mais recente, embora cada vez mais não disponham de fundos que permitam aceder a livros de catálogo que, uma vez passado o pouco período de tempo em que estão nas prateleiras, são devolvidos. Deveria haver uma política de apoio quer às livrarias sérias que ainda existem quer à criação de outras que saiam da esfera dos grandes grupos mais vocacionados para o livro de sucesso e não para o livro de referência. Desde sempre se disse que os portugueses, de uma forma geral, e as crianças, em particular, têm escassos hábitos de leitura. Com o papel da escola no incentivo à leitura a nem sempre ter o sucesso desejado, devia competir às famílias esta função? Publicidade
rados e há outros a quem, se se perguntar quem é José Cardoso Pires ou se ouviu falar em Vitorino Nemésio reagem como se falássemos chinês. O meu princípio foi de que, desde a primeira aula, tinha de tratar todos por igual e ir dando a matéria explicando cada ponto sem me preocupar sobre o que sabiam ou não sabiam. Espero que este método tenha funcionado ao longo destes muitos anos; e pelo menos no que respeita à transmissão do método de compreensão do que é a literatura e das formas de interpretação do poema ou do romance tenha tido resultados. De vez em quando, e com muito gosto, vou a escolas, e verifico que as turmas foram bem preparadas para me receber e colocar questões. É sempre uma experiência positiva que sai desses diálogos, e muitas vezes a fase de perguntas colocadas pelos alunos é mais viva e original do que em sessões destinadas a adultos em que o silêncio é muito mais difícil de quebrar.
Julgo que o apoio principal deverá ser a escola. A relação familiar, muitas vezes, é escassa devido aos hábitos de trabalho, à televisão e ao uso cada vez maior das consolas de jogos e dos smartphones com as redes sociais, para além de que muitas vezes os pais já não dispõem de bibliotecas a que os filhos possam ter acesso. Se não for a escola a estimular o gosto pela leitura e a selecção cuidada das obras su-
geridas dificilmente a criança terá acesso ao livro. Foi cinco anos professor do ensino secundário e depois esteve quase duas décadas como docente na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, até à sua aposentação, em 2015. Com frequência, visita escolas e debate com alunos e professores. Da sua experiência, do que lê e do que ouve, qual é a vitalidade da cultura de ensino atualmente existente? Infelizmente, a situação não permite muito otimismo, mas não sei se não estarei a entrar naquele plano do «dantes é que era bom» porque dantes nunca foi bom, ou seja, os alunos que entram na universidade, agora como sempre, têm um grau de preparação e de conhecimento muito desigual: há os que vêm muito bem prepa-
Uma derradeira pergunta. O que é que ainda falta escrever a Nuno Júdice, ou como se auto-denomina, a este «operário da escrita»? É uma questão que não se põe. O que eu escrevo vem na continuidade de um processo que terá começado quando era criança e escrevi o primeiro poema. Enquanto o mundo e a vida me questionarem sobre o sentido do que somos e do que fazemos a escrita faz parte da procura de uma resposta que, como quando caminhamos para o horizonte, está sempre mais à frente de nós, uma vez mais visível, outras menos, mas sempre como um objectivo que, no fundo, é o que nos faz caminhar. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H saber mais em:
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CARA DA NOTÍCIA Livros traduzidos, prémios conquistados 6 Nuno Júdice nasceu em Mexilhoeira Grande, Algarve, a 29 de abril de 1949. Licenciado em Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa e Doutorado em Literaturas Românicas Comparadas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde foi professor de 1976 a 2015. Tem publicados cerca de 33 livros de poesia, 13 de ficção, 10 de ensaio e 5 de teatro, tendo publicado o primeiro livro, A Noção de Poema, em 1972. O último é «O café de Lenine», dado à estampa em fevereiro. Está traduzido em diversas línguas, destacando-se o espanhol, o francês e o italiano. Exerce também com regularidade um trabalho de tradutor de poesia, em que se destaca uma antologia de 100 anos de Poesia Colombiana, antologias de Alvaro Mutis, Pablo Neruda, Emily Dickinson, além de diversas obras de teatro para serem representadas no Teatro Nacional de D. Maria, em Lisboa, e de S. João, no Porto, peças de Corneille, de Molière, de Shakespeare e o Cyrano de Bergerac, entre outras. Coordenou durante alguns anos os Seminários de Tradução Coletiva da Fundação Casa de Mateus. Desempenhou alguns cargos na divulgação da cultura e da literatura portuguesas, de que se destacam ter sido coordenador para a área da Língua do Pavilhão de Portugal da Exposição Internacional de Sevilha, em 1992, Comissário da Literatura quando Portugal foi país convidado da Feira do Livro de Frankfurt, em 1997, Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal em França, entre 1997 e 2004, e diretor do Centro do Instituto Camões em Paris nesse período. A sua obra poética foi amplamente premiada em Portugal e no estrangeiro, destacando-se, em 2013, pelo conjunto da sua obra, o XXII Prémio Reina Sofía de Poesia Iberoamericana. No México recebeu, em 2014, o Prémio Poetas do Mundo Latino e, em 2017, o Prémio Juan Crisóstomo Doria às Humanidades, atribuído pela Universidade Autónoma de Hidalgo. Também em 2017 lhe foi atribuído o prémio Camaiore, um dos mais prestigiados prémios de poesia de Itália. K
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Colaboração com empresas
UBI cria escola de formação Dias da UBI Júnior
Portas abertas às crianças 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) retoma em março a iniciativa Os Dias da UBI, desta vez dedicada ao público mais jovem, nomeadamente a escolas do Pré-escolar ao 2.º Ciclo do Ensino Básico, que convida a descobrir a academia através de um programa educativo que proporcionará às crianças a descoberta do que se faz na universidade. A atividade levará as crianças entre os 3 e os 12 anos às salas de aula, aos laboratórios, aos centros de investigação, às bibliotecas e ao Museu de Lanifícios, para que possam experimentar o ambiente científico, tecnológico e cultural do dia a dia da instituição. Estão preparadas cerca de 30 atividades nas cinco faculdades da UBI, que levarão os participantes a conhecer, de forma lúdica, as áreas da engenharia, ciência, artes e
saúde, entre outras. Os estabelecimentos de ensino escolar devem consultar o programa e inscreverem os seus alunos nas atividades propostas, até dia 12 de março. Com este convite, a UBI alarga a oferta de atividades que a Universidade dinamiza para os estudantes, abrangendo assim todos os níveis de ensino pré-universitário. Entre as propostas estão a ‘Universidade de Inverno’ (dirigida aos estudantes do 3.º Ciclo do Ensino Básico), a ‘Universidade de Verão’ (para o Ensino Secundário), a ‘Academia Júnior de Ciências’ (para alunos do 12.º Ano), além do programa ‘UBIExperiências’, disponível ao longo de todo o ano, mediante inscrições. A iniciativa que se segue será a “Universidade de Inverno”, prevista para as férias da Páscoa, e que terá inscrições abertas dentro em breve. K
6 A Universidade da Beira Interior (UBI) acaba de implementar uma escola de formação avançada, designada de UBIExecutive, que resulta de uma parceria estabelecida entre a academia e um conjunto de empresas portuguesas e estrangeiras, tendo como objetivo desenvolver cursos para profissionais, criados em estreita colaboração com as empresas e adaptados às suas necessidades concretas. A escola quer afirmar-se como uma instituição com características diferenciadoras, capaz de se posicionar internacionalmente e ser acreditada por entidades que se dedicam a este tipo de formação. Fica instalada no edifício frontal à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, integrando entidades de vários domínios, como associações empresariais (AEBB – Associação Empresarial da Beira Baixa, NERGA - Núcleo Empresarial da Região da Guarda e ANIL), e empresas multinacionais sediadas na região, como a Altran, Bial, Coficab, Fitecom, Grupo Paulo de Oliveira, Mazars, Natura
IMB Hotels e PricewaterhouseCoopers (PwC). O público-alvo dos cursos da UBIExecutive são as empresas, administração pública, organizações sem fins lucrativos e público em geral. Terá ao dispor uma oferta formativa constituída por programas como MBA´s, Open Executive Programmes, pós-graduações não conferentes de grau e formação à medida das necessidades que venham a ser identificadas, que podem ir das
ciências empresariais, às engenharias ou ciências da saúde. Essa opção “resulta da observação de uma tendência crescente, por parte dos profissionais (empresários, dirigentes, empreendedores, quadros executivos e outros), da procura de mais conhecimento e da necessidade, pelo lado da oferta, de propor uma formação executiva de excelência na área dos negócios e afins”, explica Jorge Rodrigues, diretor do UBIExecutive. K
Universidade da Beira Interior
Comissão de Igualdade funciona em pleno 6 A Comissão de Igualdade da Universidade da Beira Interior (CIUBI) está em funções desde 7 de fevereiro, na sequência da tomada de posse dos seus nove membros, os quais têm por missão aprofundar e desenvolver ações no domínio da igualdade, abrangendo todas as faculdades e a comunidade. A Comissão integra cinco docentes, um por faculdade, nomeadamente Sandra Bento (Ciências), Maria do Rosário Calado (Engenharia), Catarina Oliveira (Ciências Sociais e Humanas), Ana Pereira (Artes e Letras) e Ana Paula Duarte (Ciências da Saúde). A Associação Académica da UBI está representada por Ana Cruz, tendo ainda sido indigitados pelo reitor os docentes Isabel Maria Romano da Cunha e Nuno André Amaral Jerónimo, bem como Mércia Leitão Paiva Cabral Pires, em representação do pesso-
al não docente. A estes membros caberá a cooptação de outras seis pessoas, de acordo com os seguintes critérios. A CI-UBI é um órgão consultivo independente, que tem como atribuições fazer recomendações no domínio das políticas da UBI em matéria de igualdade de oportunidades, nas atividades laborais, de ensino e de investigação, bem como propor ações de promoção de uma cultura de igualdade dentro e fora da instituição. Competelhe proteger e garantir a dignidade e a integridade da pessoa nas atividades laborais, de ensino e de investigação, nomeadamente no que se refere à não discriminação de género, a proteção da parentalidade, da conciliação da vida profissional pessoal e familiar de homens e mulheres e do combate às formas de violência de género. K
Projeto internacional
BIO-ALL arranca na UBI 6 O BIO-ALL - BIOHEALTH Gear Box Alliance, projeto de investigação internacional liderado pela Universidade da Beira Interior, acaba de ser apresentado no UBIMedical, tendo sido destacado o facto de procurar desenvolver competências empresariais que ainda não estão estruturadas e inseridas nos currículos de ensino de escolas e universidades, embora sejam especialmente necessárias em vários setores, caso das indústrias relacionadas com a biotecnologia e a saúde. O projeto centra-se em colmatar uma lacuna específica de aptidões nos sistemas de apoio ao empreendedorismo em Biohealth e nas
ofertas e atividades dos currículos do Ensino Superior através do desenho, teste e desenvolvimento de uma pós-graduação internacional conjunta, um programa internacional de aceleração e um hub virtual de forma a criar uma rede de apoio online para empreendedores e inovadores do sector. O consórcio é composto por 13 parceiros, de quatro países: Portugal, Espanha, Itália e Holanda. Está estruturado com entidades de competências diferentes e complementares, juntando instituições de Ensino Superior e parceiros empresariais com diferentes origens, envolvidos em áreas com uma in-
tervenção específica nos setores de bio e saúde. “Este projeto foi muito bem-recebido pela Comissão Europeia, que espera muito do consórcio, já que o BIO-ALL teve uma classificação muito alta e encaixa-se num setor com elevado potencial e onde as lacunas precisam desta resposta”, diz Dina Pereira, do UBImedical, incubadora da UBI que recebeu a reunião, no dia 8 de fevereiro. João Leitão, docente do Departamento de Gestão e Economia da UBI, afirma que “este projeto produzirá um impacto significativo nos países envolvidos” e acredita que “é o começo de uma série de projetos”. K
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UNIVERSIDADE
ENSINO MAGAZINE
Novo Diretor-Geral das Artes
Valorizar o ensino e inovação
Américo Rodrigues é ubiano
Novo programa na Covilhã
6 O novo diretor-geral da Artes, Américo Rodrigues, é um ex-aluno da Universidade da Beira Interior, na qual se licenciou em Língua e Cultura Portuguesas, sendo ainda uma das figuras mais destacadas na cultura da região da Beira Interior. Poeta, ator, encenador, ‘performer’ na área da poesia sonora e programador cultural, foi diretor do Teatro Municipal da Guarda (2005-2013) e coordenador da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (2005-2018), situada na mesma cidade. Nascido na Guarda em 1961, além de Licenciado pela UBI, é Mestre em Ciências da Fala, pela Universidade de Aveiro. No início da carreira, foi anima-
LUSA H
dor e programador cultural na Casa de Cultura da Juventude da Guarda/FAOJ (1979-1989) e na Câmara Municipal da Guarda (1989-2005). É responsável pela realiza-
ção dos concursos de apoio público às artes e das representações oficiais de Portugal em certames artísticos internacionais como a Bienal de Veneza ou a Quadrienal de Praga. K
6 A Universidade da Beira Interior (UBI) dá início, neste mês de fevereiro, ao Programa de Formações destinado a docentes, que pretende melhorar boas práticas de ensino e aprendizagem na instituição. Estão já definidas, e com inscrições abertas, quatro formações sobre áreas de grande atualidade e importância no quotidiano da academia, que vão desde a utilização de ferramentas para o ensino à distância, cibersegurança, combate ao plágio e fraude académica. O Programa arranca a 20 de fevereiro com o curso ‘Aulas à distância e Videoaulas’, centrado nas técnicas de produção de vídeo aulas e realização de uma aula por videoconferência em tempo real, abordando algumas das ferramentas mais utilizadas. Segue-se, a 13 de março, a “Sessão de apresentação do Programa Informático de deteção
de plágio – URKUND”. Esta apresentação inclui uma formação sobre o software recentemente adquirido pela UBI para fornecer aos docentes um instrumento de apoio nas suas tarefas de avaliação de trabalhos e investigações académicas. Ainda em março, realiza-se ‘Ética e Fraude no Ensino Superior’ (dia 13) e a 4 de junho decorre a formação em ‘Hábitos e Boas Práticas na Cibersegurança’. O Programa de Formações, iniciativa da Vice-Reitoria para o Ensino e da Pró-Reitoria para a Qualidade, inclui ainda formações na área da Qualidade que visam contribuir para a melhoria do sistema de Gestão da Qualidade da UBI. Estão ainda em fase de conclusão ações relacionadas com ensino e novos públicos, igualdade de género, técnicas de ensino em inglês e turning technologies. K
Fundação Portuguesa do Pulmão
UBI investiga radão
Ciências da Saúde
Prémios para a UBI 6 Os investigadores do Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (CICS-UBI) acabam de garantir três bolsas de investigação, num total de 22.500 euros, as quais receberam no Congresso Nacional de Endocrinologia, realizado, em Braga, que decorreu de 24 a 27 de janeiro. A Bolsa de Endocrinologia “Dr.ª Maria da Conceição Barbas”, no valor de 10.000 euros, foi atribuída a Ana Catarina Sousa, Joana Guimarães, Manuel Lemos e Ramiro Pastorinho, com o projeto ‘Disrupto-
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res endócrinos e menopausa precoce: estudo do efeito dos plásticos e cosméticos na idade da menopausa’. Telma Quintela, Cecília Santos, Isabel Gonçalves, Ana Catarina Duarte, e Manuel Lemos, receberam a Bolsa ‘Projeto de Investigação SPEDM’, no valor de 7.500 euros, atribuída ao projeto ‘Analysis of the regulation of drug uptake and detoxification systems in the bloodcerebrospinal fluid barrier: the role of sex hormones’. Já a Bolsa “Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo / No-
vartis Oncology em Patologia Hipofisária”, no valor de 5.000 euros, foi para Cecília Santos, Ana Raquel Costa Brito, Isabel Gonçalves, Telma Quintela e Manuel Lemos, responsáveis pelo projeto ‘The choroid plexus as an alternative source of pituitary hormones: analysis of its regulatory mechanisms and secretory profiles’. Os investigadores, distinguidos pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), fazem parte dos grupos Doenças Neurológicas e Neurovasculares, e Hormonas & Metabolismo. K
6 Uma equipa de investigadores do LabExpoRad, laboratório sediado no UBImedical, apresentou no IX Congresso da Fundação Portuguesa do Pulmão as conclusões de um estudo sobre os efeitos da exposição ambiental ao radão, um gás radioativo, reconhecido como agente carcinogénico e apontado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a segunda causa de cancro de pulmão, depois do fumo do tabaco. No âmbito do trabalho, foi realizado um estudo dosimétrico populacional, designado por ‘Projeto SOS Radão Guarda’, no qual foram determinadas as concentrações médias de radão e efetuado o posterior cálculo da dose anual efetiva a que a população estudada está sujeita, devido apenas ao radão habitacional. Este estudo revelou-se importante do ponto de vista exploratório e introdutório, alertando para a necessidade de repetir leituras e comPublicidade
preender melhor a relação entre as concentrações de radão habitacional e a incidência de determinadas patologias respiratórias. Esta apresentação abriu assim novas possibilidades de estudos e colaborações futuras, que terão como objetivo juntar mais dados que sirvam para proteger a saúde das populações. Foram seus autores Sandra Soares (Departamento de Física), Alina Louro (colaboradora do LabExpoRad) e José Manuel Silva (pneumologista no Hospital de Sousa Martins – Guarda). O LabExpoRad - Laboratório de Estudos dos Efeitos do Radão tem como principal objetivo o estudo dos diferentes aspetos da exposição da população ao radão e dos riscos daí decorrentes para a saúde, uma missão altamente relevante, considerando vários estudos epidemiológicos realizados em países europeus e norte-americanos. K
Évora
Universidades juntam-se para projeto europeu
Elisabete Pereira
Investigadora de Évora distinguida na Europa 6 Elisabete Pereira distinguida pela European Association of History Educators e Evens Foundation. A investigadora Elisabete Pereira (IHC – CEHFCi, Universidade de Évora) foi distinguida pela European Association of History Educators (EUROCLIO) e Evens Foundation para integrar o projecto «Sharing European Histories», que selecionou cinco propostas de entre as mais de 70 candidaturas. Este projeto promove abordagens historiográficas inovadoras que motivem o conhecimento da história europeia numa lógica de inclusão.
A proposta de Elisabete Pereira selecionada por este consórcio europeu baseia-se no estudo das coleções arqueológicas, maioritariamente pertencentes ao Museu Nacional de Arqueologia (Lisboa), realizado no âmbito do programa de Doutoramento em História e Filosofia da Ciência/especialidade Museologia da Universidade de Évora, e consiste num plano de disseminação científica direccionado a crianças, jovens e adultos tendo como base as histórias de vida de objectos pertencentes a coleções museológicas. K
6 Sete universidades europeias assinaram, no passado dia 19, o memorando de entendimento que permite a criação da UNES - University for a New European Society (Universidade para uma Nova Sociedade Europeia, em Língua Portuguesa), sendo as signatárias a Universidade Paris-Est Créteil (França), Universidade de Córdoba (Espanha), Universidade de Évora (Portugal), Universidade de Novi Sad (Sérvia), Universidade de Patras (Grécia), Universidade de Sibiu (Roménia) e Universidade de Udine (Itália). Este acordo surge no seguimento de convite à apresentação de propostas por parte da Comissão Europeia. As sete universidades, localizadas no sul da Europa, dependerão da sua natureza multidisciplinar e dos fortes laços territoriais para oferecer uma oferta académica multilingue, inovadora e profissionalmente orientada, centrada no corpo discente e nos valores europeus.
Estas instituições fomentam uma visão partilhada, que passa por “trazer a universidade para o coração da sociedade para enfrentar os desafios atuais e futuros.” A UNES pretende ser uma universidade europeia dinâmica e voltada para o futuro, empenhada em formar cidadãos europeus para enfrentar os desafios das transformações digitais, sociais e ambientais. Esta aliança de sete universidades europeias, que tem também
como objetivo fortalecer laços com parceiros na região do Mediterrâneo e na América Latina, reunirá mais de 160.000 estudantes e cerca de 14.000 docentes, investigadores, pessoal administrativo e técnico. A assinatura do acordo é o ato fundador da UNES, resultado de uma reflexão conjunta iniciada no outono, e ao qual se segue a apresentação do projeto à Agência Executiva de Educação, Audiovisual e Cultura (EACEA) até o final do mês. K
Évora
Projeto PRIMA aposta na sustentabilidade do olival
Demografia
Docente da UÉ ganha distinção 6 Andreia Maciel, investigadora do Laboratório de Demografia do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora (CIDEHUS) da Universidade de Évora (UÉ), recebeu, dia 31 de janeiro, o Prémio Nacional de Demografia Mário Leston Bandeira, sentindo-se “honrada” pela distinção. O prémio, concedido pela Associação Portuguesa de Demografia, em parceria com a Câmara Municipal da Mealhada, foi atribuído por unanimidade à tese de doutoramento de Andreia Maciel, intitulada “Baixa fecundidade: adaptação tardia às mudanças estruturais ou consolidação da preferência por famílias de padrões reduzidos?”, com
orientação de Maria Filomena Mendes, Professora do Departamento de Sociologia da UÉ e investigadora do CIDEHUS e de Paulo Infante, Professor do Departamento de Matemática da Escola de Ciências e Tecnologia da UÉ, investigador no CIMA - Centro de Investigação em Matemática e Aplicações. A tese conclui que “o declínio da fecundidade em Portugal foi primeiramente marcado por uma intensa redução do quantum (nº de filhos) e, a seguir, pelos efeitos do tempo – contínuo adiamento do nascimento dos filhos para idades cada vez mais tardias – e pelas motivações para a parentalidade, com uma crescente valorização dos filhos.” K
6 A Universidade de Évora (UÉ) viu aprovado o primeiro projeto no âmbito da Parceria para a Investigação e Inovação na Região Mediterrânica (PRIMA), na área da olivicultura, coordenando cientificamente o estudo em Portugal do olival Alentejano. A informação está disponibilizada no canal de notícias da instituição. Teresa Pinto Correia e José Muñoz-Rojas, investigadores do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM) da UÉ, realçam que o projeto agora aprovado, “Novel approaches to promote the SUSTAInability of OLIVE groves in the Mediterranean”, (SUSTAINOLIVE), pretende “incrementar a sustentabilidade do setor de produção de azeite e azeitona, através da implementação e promoção de um conjunto de soluções inovadoras de gestão sustentável baseadas em conceitos agoecológicos, e do intercâmbio e cocriação de conhecimento, envolvendo múltiplos atores da fileira agroalimentar, desde os produtores até os usuários finais”. Este Instituto de investigação da UÉ vai atuar como coordenador
da atividade cientifica em Portugal, e como líder do WP2 (“Synopsis of Olive Grove Farming Models”) deste projeto considerado “importante para a Universidade” porque, como sublinham, “além de ser o primeiro projeto PRIMA da “Section-1” obtido pela UÉ, é um dos únicos dois projetos com parceiros portugueses”. O projeto aborda um aspeto essencial da economia e do território Alentejano: a expansão e intensificação recente do olival e o impacto na sustentabilidade da paisagem e economia regional. Liderado pela Universidad de Jaén (Espanha), o projeto conta com parceiros de Portugal, Tunísia,
Marrocos, Itália e Grécia. Em Portugal, para além da UÉ, são parceiros a Herdade do Exporão e o Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), entidade criada e 1999, sedeada em Moura, com o objetivo de valorizar e promover o azeite do Alentejo nacional e internacionalmente. A parceria PRIMA centra-se nas temáticas dos sistemas alimentares e dos recursos hídricos, com os seguintes pilares: gestão sustentável da água em áreas áridas e semiáridas do Mediterrâneo; sistemas agrícolas sustentáveis; e cadeia de valor alimentar no desenvolvimento regional e local mediterrânico. K
FEVEREIRO 2019 /// 07
UNIVERSIDADE
ENSINO MAGAZINE
Universidade de Coimbra
Prémio Jacques Delors
Amilcar Falcão eleito reitor
Universidade do Minho ganha outra vez
6 Amílcar Falcão é o novo reitor da Universidade de Coimbra (UC) para o mandato 2019-2023. As eleições decorreram dia 11 de fevereiro e o novo reitor da Universidade de Coimbra venceu as eleições, com a maioria, na segunda volta da eleição. A tomada de posse está marcada para 1 de março. Em nota, a Universidade de Coimbra explica que os outros candidatos à eleição para o mandato 2019-2023 foram Duília Fernandes de Mello, Ernesto Costa e José Pedro Paiva. Amilcar Falcão tem 54 anos e é natural da Nazaré. Doutorado em Farmácia pela Universidade de Coimbra foi vice-reitor nos últimos dois mandatos reitorais (2011-2015 e 2015-2019) e diretor do Instituto de Investigação Interdisciplinar desde 2013. Na mesma nota de imprensa, é explicado que o professor catedrático da Faculdade de Farmá-
cia da UC venceu a eleição para o mandato 2019-2023 com um programa de ação intitulado “Citius, Altius, Fortius” (inspirado no lema olímpico “mais alto, mais forte, mais longe”). De referir que a eleição do reitor da Universidade de Coimbra é feita, desde 2011, numa reunião plenária do Conselho Ge-
ral da instituição. O organismo é constituído por 35 membros: 18 representantes dos professores e investigadores, cinco representantes dos estudantes, dois representantes dos funcionários não-docentes e não-investigadores e dez personalidades de reconhecido mérito, externas à Universidade. K
UTAD recupera
Lendas de Trás-os-Montes 6 A Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro (UTAD) concluiu a primeira parte do projeto vencedor do Orçamento Participativo de Portugal (OPP) “Contos e Lendas Transmontanos”, a qual resultou no resgate e catalogação de 99 narrações da tradição oral e suas variantes dos concelhos de Bragança e Vinhais. Este trabalho foi desenvolvido, no âmbito de um protocolo com a Direção Regional de Cultura do Norte, e vai agora ser implementado nas comunidades escolares dos dois municípios com a colaboração da Academia Ibérica da Máscara, entidade igualmente parceira do projeto. Os concelhos de Bragança e Vinhais, selecionados para o projeto, são considerados entre os mais ricos do país em património cultural imaterial vivo, assinalando-se a existência de um grande número de narradores ativos, o que permitiu incorporar, igualmente, no projeto 39 vídeos com os “contadores de histórias” a transmitirem de viva voz os seus contos e lendas, tal como os ouviram aos antepassados. No espólio recolhido, sobressaem os contos populares,
08 /// FEVEREIRO 2019
6 Sergio Maia, investigador da Universidade do Minho, venceu o Prémio Jacques Delors 2018 ‘Melhor Estudo Académico sobre Temas Comunitários’, atribuído pelo Centro de Informação Europeia Jacques Delors. O autor foi distinguido pelo trabalho ‘A razão pública da União de direito – da juridicidade à democratização social’ e vai agora ter a sua obra editada, além de receber 4000 euros, com o apoio do Banco de Portugal. A cerimónia de entrega do prémio está prevista para meados de maio, em Lisboa. “É uma enorme alegria receber o prémio, que valoriza o meu percurso e a UMinho e, por outro lado, é mais um estímulo para prosseguir as minhas investigações”, diz Sergio Maia. “Não estava à espera do prémio, acho que nenhum investigador está, pois a preocupação principal é difundir as ideias e fazer boa ciência, o resto aparece como resultado da dedicação intelectual”, acrescenta. A obra premiada baseia-se na dissertação de mestrado de Sergio Maia e visou encontrar um conjunto de valores jurídicos que influenciam o funcionamento político da UE. O autor concluiu que valores ligados a direitos sociais foram diminuídos pela recente crise económica. “Essa crise causou atrito na relação entre os direitos
dos cidadãos e a UE; é preciso resgatar os valores já presentes nos tratados para haver uma efetividade dos direitos sociais”, nota. Para o investigador, o Pilar Europeu dos Direitos Sociais, proposto no fim de 2017 pela Comissão Europeia, ainda não ganhou um corpo de normas concreto, mas tem diretrizes gerais para responder a esses dilemas: “Isso pode reforçar a ideia de coesão e proteção, como as prestações de segurança social e a transferência de verbas sociais, desde que haja vontade política nas instituições”. Esta é a sexta vez que o galardão distingue o ensino e a investigação em Direito da UE desenvolvidos na UMinho, após Mariana Canotilho (2011), Sophie Perez Fernandes (2012, 2017), José Cabrita Vieira Cunha (2013) e Filipa Fernandes (2014). K
Universidade do Algarve
Primeiro reitor dá nome a prémio classificados de acordo com os catálogos internacionais, onde figuram os contos religiosos, contos de animais, contos de fadas, contos jocosos e anticlericais, entre outros, a par de um numeroso conjunto de lendas de lugares, de capelas, alminhas e cruzeiros, milagres, aparições da Virgem, tesouros em ruínas de castros e castelos, mouros guerreiros e mouras encantadas, lobisomens, bruxas, almas penadas, trasgos e demónios. Ainda do domínio das lendas enquanto interpretações do povo sobre a “história oficial”,
não faltam também alusões às atrocidades do reino de Castela, sobressaindo em Vinhais o mito de Gasparona, uma heroína local que com dois chuços nas mãos afugentou “meio exército de castelhanos”. Por sua vez, no concelho de Bragança, sobressai o mito do Conde de Ariães que, arrependido dos pecados terríveis que cometeu em vida, um deles foi atirar a sua mãe aos leões, antes de morrer introduziuse num túmulo de pedra cheio de serpentes para aí ser devorado por elas e assim obter as bênçãos de Deus. K
6 A Universidade do Algarve acaba de criar o ‘Prémio Professor Manuel Gomes Guerreiro’, com frequência anual e no valor de 10 mil euros, perpetuando assim a memória e recordando o ilustre professor e investigador, primeiro Reitor da Universidade do Algarve, na comemoração do centenário do seu nascimento. A iniciativa conta com o patrocínio da Câmara Municipal de Faro e da Câmara Municipal de Loulé, destina-se a galardoar uma obra publicada, livro ou tese de doutoramento, que contribua para o desenvolvimento científico numa das áreas de conhecimento da Universidade do Algarve. Ao concurso serão admitidos todos os autores de qualquer naciona-
lidade, procurando-se particularmente estimular os jovens investigadores. As obras concorrentes terão que ser obrigatoriamente entregues em idioma português, podendo no caso de teses de doutoramento aceitarse dissertações em língua inglesa defendidas em universidades portuguesas. Cada candidato só poderá concorrer numa área científica. Na apresentação, realizada a 24 de janeiro, Paulo Águas, reitor da UAlg, referiu que “o professor Manuel Gomes Guerreiro é uma figura que marcou a Universidade, que faz parte da sua história e que merece ser lembrado por toda a Instituição, sendo que muitos de nós não tivemos oportunidade de conviver com ele”. K
Plano Nacional apresentado na UÉ
Energia positiva
Investigação em Évora
O perigo das espécies invasoras na Península 6 A Universidade de Évora (UÉ) é parceira no projeto europeu “Aquatic Invasive Alien Species of Freshwater and Estuarine Systems: Awareness and Prevention in the Iberian Peninsula” (INVASAQUA), que estuda as ameaças causadas pelas Espécies Não-indígenas, Aquáticas Invasoras dos Ecossistemas de Água Doce e Estuarinos na Península Ibérica. Pedro Anastácio e Filipe Ribeiro são os investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE_UÉ) responsáveis por coordenar este projeto na Universidade de Évora que arrancou em 2018. Este centro de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação alerta que “as espécies não-indígenas invasoras são um dos principais causadores da perda de biodiversidade”. Recorrendo a uma análise da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), os dados mostram que estas espécies “são a segunda causa de ameaça mais comum associada à extinção de espécies”, descritas como aquelas que “foram introduzidas por ação humana - intencionalmente ou acidentalmente – para fora de sua distribuição natural passada ou presente”, o que se traduz num “problema crescente devido ao aumento das trocas comerciais e ao aumento no movimento de pessoas e bens ao redor do mundo”. Na Península Ibérica, “os ecossistemas aquáticos estão especialmente em risco, desco-
nhecendo-se a situação atual das Espécies Exóticas Invasoras (EEI) e o grau de ameaça que representam para o meio ambiente e seus efeitos socioeconómicos”, o que dificulta “qualquer política de gestão proposta, mesmo quando os dados sobre invasões e impactos aquáticos estão disponíveis e detalhados.” O jacinto-de-água (Eichornia crassipes), originário das massas de água doce das regiões tropicais quentes da América do Sul é uma dessas espécies, e o Açude do Furadouro, Ribeira da Raia em Mora, bem no centro do Alentejo, um dos seus alvos, o que levou já ao “desaparecimento da fauna aquática nativa”, esclarece Filipe Banha, investigador do MARE a uma reportagem ao local conduzida pela agência noticiosa espanhola “EFE Verde”. Entre outros aspetos, é aqui realçado que Portugal mobiliza “importantes recursos económicos e humanos” para travar o alastramento desta espécie que preocupa quer investigadores, ambientalistas e comunidade local. Para Filipe Banha, devemos apostar na prevenção, para “evitar situações similares e impedir a introdução de espécies exóticas invasoras seja por desconhecimento ou de maneira acidental”. Financiado pelo Programa LIFE, para além da Universidade de Évora, o projeto conta com investigadores e técnicos da Universidade de Murcia, SIBIC, ASPEA, IUCN, Universidade de Navarra, Universidade de Santiago de Compostela, EFE verde, Museo Nacional de Ciências Naturales. K
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6 A sessão de apresentação do Plano Nacional Energia e Clima (PNEC) decorreu sextafeira, dia 15 de fevereiro, no Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora (UÉ), com a presença de Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, Carlos Martins, Secretário de Estado do Ambiente, e João Galamba, Secretário de Estado da Energia. O documento faz parte do compromisso assumido no Acordo de Paris sobre as alterações climáticas e apresentado pelo Governo Português no final do mês de janeiro. Consciente que “esta trajetória obriga-nos a mudar o modo de viver tradicional”, as metas deste plano incluem a redução das emissões de gases com efeito de estufa, aumento das energias renováveis e da eficiência energética; um desafio “extraordinariamente importante” sublinhado pelo Secretário de Estado do Ambiente na Universidade de Évora. A necessidade de tornar as redes de transporte de energia mais flexíveis e preparadas para a produção descentralizada, a aposta na energia eólica e solar ou a eficiência do setor de águas e saneamento constituíram outros tópicos assinalados por Carlos Martins.
Na Universidade de Évora “as questões da sustentabilidade têm uma preponderância óbvia e transversal”, destacou Ana Costa Freitas. Para a reitora da UÉ “é o conhecimento que permite não só o desenvolvimento de soluções técnicas, como também a sensibilização alargada”, encontrando nos centros de investigação da Universidade “soluções ponderadas e eficazes para os desafios que se nos colocam, seja a que nível for”. Foi ainda apesentado o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 por Ana Teresa Perez da Agência Portuguesa do Ambiente, numa sessão encerrada
pelo Secretário de Estado da Energia, João Galamba, salientando que as “redes elétricas do futuro terão de ser bidirecionais e digitalizadapros, não transportando apenas energia, mas também fluxos comunicacionais”. Recorde-se que Portugal comprometeu a contribuir para limitar o aumento da temperatura média global do planeta a 2ºC. e a fazer esforços para que esta não ultrapasse os 1,5ºC. Segundo o Governo, o compromisso da neutralidade carbónica confirma o posicionamento de Portugal entre aqueles que assumem a liderança no combate às alterações climáticas. K
Para investigar no CERN
Aluna da UMinho ganha bolsa 6 Ana Peixoto, aluna do doutoramento em Física nas universidades do Minho, Porto e Aveiro, é a primeira portuguesa a vencer uma bolsa “ATLAS PhD Grant”, que lhe permite investigar durante um ano no Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), na Suíça. A investigadora do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP Minho) mostrou-se “extremamente contente”, pois concorreram centenas de pessoas de todo o mundo às três bolsas ao dispor; as outras duas foram para alunos fora de Portugal. O CERN é o maior acelerador de partículas do mundo, onde se detetou em 2012 o bosão de Higgs, a partícula que confere massa às outras partículas. Ana Peixoto está na equipa internacional que agora quer
aprofundar o conhecimento sobre o quark top, a partícula fundamental mais pesada que conhecemos e que só pode ser criada em aceleradores de partículas, como o Grande Colisionador de Hadrões no CERN. Além da análise e da interpretação dos dados, a cientista
aproveitará a estadia no CERN para efetuar trabalho técnico no detetor ATLAS. Nascida em Paredes de Coura há 26 anos, Ana Peixoto fez a licenciatura e o mestrado em Física na UMinho, onde é agora orientada no doutoramento por Nuno Castro, do Departamento de Física. K
FEVEREIRO 2019 /// 09
IPCB
Partiu o professor Domingos Rijo
Ação social
IPCB apoia alunos 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) tem em curso um conjunto de projetos de ação social dirigidos aos alunos da instituição. Um deles passa por permitir que os estudantes colaborem com a instituição, disponibilizando horas para determinadas atividades em laboratórios e em troca receberem incentivos por parte do politécnico como senhas de alimentação. A medida, já em prática, foi divulgada pelo IPCB no Fórum de Educação e Cidadania promovido no passado sábado no auditório da Escola Superior de Educação pela Associação Maense em Portugal (que representa alunos cabo-verdianos em Portugal), pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco e pela Câmara de Castelo Branco. António Fernandes, presidente do IPCB, revela que “o Politécnico tem estado atento às dificuldades dos estudantes e também aos alunos que assumem estas responsabilidades as quais fazem parte da formação integral do estudante. Ao participarem nestas atividades, ajudando nos laboratórios, percebem o funcionamento da instituição e adquirem a responsabilidade que vai para além daquilo que é estudar”. O presidente do IPCB adianta que todas “as escolas têm alunos colaboradores. Os estudantes podem candidatar-se e poderão estudar numa escola e fazer a sua colaboração noutra”. No Fórum, que contou com a presença do Embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, foram ainda destacadas outras medidas que o IPCB
010 /// FEVEREIRO 2019
está a implementar no domínio da ação social. À margem do encontro, António Fernandes destacou o Banco de Bens, “o qual tem quatro áreas de intervenção: distribuição de alimentos, vestuário, produtos de higiene pessoal e material escolar aos alunos que deles necessitem”. Anualmente o IPCB “faz duas campanhas de recolha, em que as pessoas podem contribuir de forma anónima, estando em cada uma das escolas e nos serviços centrais espaços para essa recolha”, explica. A campanha é feita internamente, mas poderá vir a envolver outras instituições que se encontram no terreno, como a Amato Lusitano, sendo que o Banco Alimentar de Castelo Branco já colabora. A próxima campanha decorrerá em março. Depois de recolhidos, os produtos são distribuídos em função das necessidades dos alunos inscritos e que solicitem esse apoio. Eduarda Rodrigues, administradora do IPCB e dos Serviços de Ação Social, aproveitou a sua intervenção no Fórum para divulgar, não só aquelas iniciativas, mas também o Gabinete de Apoio Psicológico. No futuro deverá ser criada “uma linha de apoio ao estudante, que funcionará com alunos voluntários”. Todas estas medidas estão abertas aos estudantes que se candidatarem ou que sentirem necessidades de apoio. António Fernandes, na abertura do Fórum, fez questão de recordar que estudam no “IPCB cerca 200 alunos de Cabo Verde, sendo que o Politécnico tem aproximadamente 400 alunos estrangeiros”.
Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, recordou que a autarquia “tem feito um trabalho muito grande para tornar o concelho mais atrativo para se estudar, trabalhar e investir”. O autarca que participou na sessão de abertura do Fórum fala de uma cidade “com qualidade de vida, com o espaço público limpo, que tem apostado na regeneração urbana”. O presidente do município destacou ainda “o conjunto de infraestruturas que Castelo Branco possui e que colaboram com o Instituto Politécnico de Castelo Branco, casos do Centro de Apoio Tecnológico ao Agro Alimentar, o InovCluster, Centro de Empresas Inovadoras e mais recentemente a Fábrica da Criatividade”. O Embaixador de Cabo verde em Portugal, que no dia anterior foi recebido no IPCB, tendo visitado as escolas superiores de Tecnologia, Saúde e Artes Aplicadas, aproveitou o momento para lembrar que “são raras as vezes que encontramos autoridades locais interessadas no que se passa nas suas escolas, envolvendo-se. Aqui, em Castelo Branco, verifica-se isso, com a Câmara de Castelo Branco interessada no estímulo dado aos estudantes e no apoio que lhes é prestado. E, por isso, os estudantes têm todas as condições para terem sucesso”. Eurico Monteiro acrescentou que será “divulgador desta realidade”, lançando um desafio aos jovens presentes no encontro para “se qualificarem. Hoje não basta ter um diploma é preciso ter algo mais”, concluiu. K
6 Domingos Rijo, professor aposentado do Instituto Politécnico de Castelo Branco, e Grande Oficial da Instrução Pública (grau atribuído pela Presidência da República) faleceu, no passado dia 13 de fevereiro, em Castelo Branco, aos 87 anos. O docente foi um dos impulsionadores da criação das escolas superiores de Educação, e de Tecnologia e Gestão (que depois deu origem à Escola Superior de Gestão e à Escola Superior de Tecnologia), tendo participado nas comissões instaladoras da ESE e da ESTIG, tendo sido o primeiro diretor da Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco, localizada em Idanha-aNova. Professor de Matemática, foi também reitor do Liceu da Covilhã, hoje Escola Secundária Frei Heitor Pinto, no período antes do 25 de Abril e pós 25 de Abril (apesar de ter colocado o lugar à disposição, alunos e professores exigiram a sua continuidade). Quando deixou a Covilhã rumo a Castelo Branco Domingos Rijo tinha colocado na cidade serrana as sementes para a abertura de ensino superior na-
quela região. Quis o destino que o seu contributo viesse também a ser decisivo para abertura de cursos superiores em Castelo Branco e em Idanha-a-Nova. Em 1985 Domingos Rijo integra a Comissão Instaladora da Escola Superior de Educação e mais tarde, em 1991, a Comissão instaladora da então Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que viria a dar origem às escolas superiores de Gestão (Idanha-a-Nova) e de Tecnologia (Castelo Branco). A sua competência foi também colocada ao serviço do concelho que o viu nascer, Idanha-a-Nova, onde foi vereador do então presidente Joaquim Morão. À família e aos amigos, as nossas sentidas condolências. K
Fisiologia clínica
Esald alerta para doença coronária 6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco (Esald) realizou, no passado dia 21, uma palestra dedicada ao doente coronário. A iniciativa foi promovida pela licenciatura em Fisiologia Clínica, teve a moderação da docente da escola, Patrícia Coelho, e as intervenções do docente da Esald Bruno Valentim, que apresentará o tema “Síndrome Takotsubo – o Estado da Arte” e de Soraia Ferreira (Psicóloga e investigadora na UBI), que apresentou a comunicação “As emoções fazem bem ao coração?”. Em nota de imprensa, o Politécnico explica que a palestra está enquadrada nas atividades do Dia Nacional do Doente Coronário, que se assinalou no dia 14 de fevereiro. A conferência teve como objetivo “mostrar o que há para além da doença coronária clássica e ainda apelar à consciência
do risco dos fatores adjacentes à patologia cardiovascular”. De referir que a patologia coronária é a patologia cardiovascular que mais está associada à mortalidade e morbilidade quer a nível nacional, quer internacional. É uma doença que afeta maioritariamente homens em idade média e revela-se com dor precordial extensível à mandíbula, aos braços e que pode ainda irradiar ao epigastro. Por isso, refere o Politécnico na mesma nota de imprensa, “será dedicada especial atenção à Síndrome de Takotsubo ou Síndrome do Coração Partido. Takotsubo ou Síndrome do Coração Partido é uma situação patológica reversível, caracterizada pela disfunção do ventrículo esquerdo e que simula o quadro clínico de Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM). Ocorre habitualmente após um episódio de stress físico ou emocional principalmente no género feminino”. K
Politécnico de Setúbal
Finlandeses formam docentes Politécnico de Setúbal
40 anos com fado 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) promoveu, a 22 de fevereiro, o evento de arranque das comemorações do seu 40.º aniversário, que se prolongam até outubro. Trata-se de ‘Fado com poesia’, que decorreu no átrio da Escola Superior de Educação, juntando a voz de Tiago Correia, a guitarra portuguesa de José Geadas e a viola de João Domingos, numa atuação intercalada por momentos de declamação de poesia, com seleção e encenação a cargo de José Gil, docente e responsável pelo Teatro Politécnico do IPS. O concerto/performance decorreu em ambiente de casa de fado, com o átrio da escola transformado em adega típica onde os espetadores tiveram oportunidade de degustar caldo verde e outros petiscos típicos da gastronomia nacional. Diplomado do IPS (Comunicação Social), Tiago Correia está desde muito cedo ligado ao mundo do
fado, por influência do avô materno, que lhe deu a ouvir Fernando Farinha quando contava apenas 13 anos. Desde então, venceu o programa ‘Nasci para o Fado’, da RTP, fez parte do elenco do musical ‘Fado: História de um Povo’, de Filipe La Féria, e passou a fazer parte do circuito das casas de fado lisboetas, fixado no restaurante ‘O Forcado’. Mais recentemente, em março de 2018, fez a sua estreia discográfica com o single ‘Simples lamento’, tema de homenagem ao seu avô Jorge Rodeia. Teatro, concertos, intervenções de artes plásticas, atividades desportivas, uma maratona fotográfica, seminários, uma ronda pelos concelhos do distrito, e ainda um livro e um congresso, são algumas das iniciativas previstas neste ano comemorativo, que culminará a 7 de outubro, Dia do IPS, com uma sessão solene especialmente dedicada a estas quatro décadas de história. K
6 Dois docentes finlandeses, da Universidade de Ciências Aplicadas de JAMK (Faculdade de Educação de Professores), dinamizaram no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), entre 4 e 8 de fevereiro, uma ação de formação em Practice-Based Research (Investigação Baseada na Prática), que envolveu cerca de 40 docentes das cinco escolas da instituição. O plano de formação, que vai prolongar-se até outubro de 2019, contemplando ainda um período de sessões de orientação/apoio online e uma segunda semana em regime presencial, visa apoiar o corpo docente do IPS no desenvolvimento e consolidação de metodologias pedagógicas ativas, tendo em vista o sucesso académico dos seus estudantes e uma maior competitividade no mercado de trabalho. Leena Kaikkonen, reputada especialista em Educação com mais de 20 anos de experiência internacional na área da formação de professores do ensino superior, é a responsável pedagógica por este programa em PBR, que pela primei-
ra vez chega ao ensino superior politécnico português. “Parece-nos que os politécnicos em Portugal estão numa fase de abrirem as suas asas na área da investigação e consideramos que este tipo de abordagem permite uma maior conexão com as empresas e as organizações”, explica a formadora. Para Leena Kaikkonen, “também se trata do facto de os politécnicos terem um papel diferente no contexto do ensino superior, o que se deve traduzir numa investigação que é baseada no desenvolvimento de práticas próprias. Não se trata
de copiar o que as universidades estão a fazer, mas de afirmar a sua identidade enquanto politécnicos”, conclui. A ação insere-se no programa de Formação e Desenvolvimento Profissional Docente do IPS e, entre os seus objetivos, contempla a capacidade de integrar o mundo do trabalho no processo de ensinoaprendizagem, bem como de desenvolver e implementar projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, reforçando a ligação do IPS às empresas e organizações locais, regionais e nacionais. K
Mobilidade internacional em Setúbal
Protocolo com a Ucrânia 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) acaba de iniciar um projeto de cooperação com um país fora do espaço europeu, nomeadamente com o Instituto Politécnico de Kiev – Universidade Técnica Nacional da Ucrânia, no âmbito do programa Erasmus+ e da sua ação-chave Internacional Credit Mobility (ICM). O projeto, que vai permitir a troca de conhecimentos, boas práticas e experiências entre participantes de ambas as instituições de ensino superior, contempla quatro bolsas para pessoal docente e não docente por instituição, no período 20182020, tendo como áreas preferenciais de intercâmbio a Engenharia Eletrotécnica, a Internacionalização e a Investigação e Desenvolvimento.
Neste âmbito, encontra-se no IPS em período de mobilidade o professor e investigador Oleksandr Bondarenko, do Departamento de Eletrónica Industrial do Politécnico de Kiev, sendo que foram já selecionados os dois docentes do IPS, Vítor Pires e Armando Pires, ambos do Departamento de Engenharia Eletrotécnica da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, que estão este mês em mobilidade, na Ucrânia. Pretende-se que, com base nos contactos e trabalhos desenvolvidos durante os períodos de mobilidade, seja possível alargar a cooperação entre as instituições parceiras, particularmente no que se refere a trabalhos e projetos de investigação. K
Mecânica, Contabilidade e Enfermagem
Setúbal coopera com Angola 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) recebeu este mês a visita do presidente do Instituto Superior Politécnico do Kwanza Sul, Angola, Manuel Spínola, tendo em vista uma possível cooperação nas áreas de Engenharia Mecânica, Contabilidade e Enfermagem. Em reunião com o presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, e com as direções das escolas superiores de Saúde, de Ciências Empresariais e de Tecnologia de Setúbal, o responsável angolano explicou que “uma das maiores preocupações do Politécnico do Kwanza Sul é a qualifica-
ção do seu corpo docente” e que, nesse sentido, pretende encontrar “instituições de referência em Portugal que nos possam transmitir a sua experiência”. A instituição de ensino superior angolana, em funcionamento desde 2007, ministra atualmente cinco licenciaturas nas áreas de Agronomia, Contabilidade e Gestão e Enfermagem, contando com um universo de 1 750 alunos. “Angola é um país que está a crescer e necessita de qualificar pessoas. Há uma competitividade muito grande, porque as empresas
estão a surgir, mas, a nível nacional, não dispomos de recursos humanos capazes”, referiu, sublinhando a experiência do IPS, “não só na formação dentro da instituição, como também na ligação com o ambiente de trabalho”, muito particularmente na área da Enfermagem onde “Portugal goza do estatuto de referência em toda a Europa e em Angola também”. A visita passou pelos laboratórios de Enfermagem, de Contabilidade e Finanças e de Mecânica e ainda pela Oficina Lu Ban Portuguesa (laboratório em Indústria 4.0). K
FEVEREIRO 2019 /// 011
Docente do Politécnico de Portalegre foi o escolhido
Hélder Henriques na CIMBB 6 O docente do Instituto Politécnico de Portalegre, Hélder Henriques, é o novo secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB). A escolha do professor do ensino superior foi feita por unanimidade entre os presidentes que compões aquela comunidade. Hélder Henriques vai ocupar o cargo anteriormente exercido por Joaquim Morão, o autarca que durante mais de 30 anos presidiu aos destinos dos municípios de Idanha-a-Nova e Castelo Branco e que assumiu desde a criação da CIMBB aquelas funções até meados do último ano, colocando a sua experiência e conhecimento ao serviço da Comunidade. O presidente da Comunidade, Luís Pereira, considera que “substituir uma personalidade como Joaquim Morão constitui uma responsabilidade e um desafio muito grandes”. Luís Pereira adianta que “o facto de termos escolhido um jovem, significa também abertura da própria Comunidade,
dando sinais de renovação, mas não a qualquer preço”. De acordo com o presidente da CIMBB, Hélder Henriques deverá entrar em funções no início de fevereiro. Docente no Instituto Politécnico de Portalegre, Hélder Henriques é deputado municipal pelo Partido Socialista na Assembleia Municipal de Castelo Branco, e já trabalhou de perto com o autarca albicastrense, Luís Correia.
Doutorado em Ciências da Educação pela Universidade de Coimbra, o novo secretário executivo da CIMBB, tem apostado no seu percurso académico, onde concluiu dois pósdoutoramentos: pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, e pela Universidade de Salamanca (Espanha). Deste percurso faz ainda parte uma pós-graduação em Gestão e Valorização do Patri-
mónio Histórico e Cultural realizado na Universidade de Évora, uma licenciatura em Ensino de História pela Universidade de Évora e um mestrado em Ciências da Educação. É Investigador integrado do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (Ceis20 – UC) e colabora com vários grupos de investigação internacionais com destaque para a Espanha e para o Brasil. Hélder Henriques tem participado com diversos trabalhos em eventos de referência internacional em vários países do mundo. Publicou trabalhos de investigação científica em Portugal, Espanha, Brasil, México e Colômbia. Do seu currículo destaque para a organização de diversos eventos de transferência de conhecimento, além de trabalhos de arguente, revisor científico de diversas revistas internacionais, membro do júri do Prémio da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação (2017), orientador e coorientador de dissertações de mestra-
do e estágios de doutoramento em Portugal e tem, também, participado no movimento associativo. A sua relação com o território da Beira Baixa está espelhada na edição de vários livros. Esteve ligado à organização das comemorações do oitavo centenário do Foral de Penamacor onde coordenou o livro “ Penamacor – 800 Anos de História”. Escreveu a obra “Pedrógão de S. Pedro: História, Tradição e Arte”, colocou à disposição documentos inéditos através do livro “O Convento de Santo António de Penamacor: Um contributo para a sua História”. Em maio de 2018, Hélder Henriques publicou em Castelo Branco o livro “A Enfermagem em Portugal: Formação e Identidade Profissional (19481988)” onde o autor estuda a construção histórica da enfermagem através da Escola de Enfermagem de Castelo Branco, depois apelidada com o nome do fundador: Escola de Enfermagem Dr. Lopes Dias. K
Castelo Branco
ESE leva teatro às escolas 6 A Escola Superior de educação de Castelo Branco promoveu um conjunto de atividades relacionadas com o teatro às escolas básicas da cidade albicastrense. Assim, e de acordo com uma nota informativa, o Grupo de Teatro da escola, formado com alunos do 3.º ano da licenciatura em Educação Básica, apresentou a peça “Hoje há Fábulas”, à turma do 4º ano de escolaridade da Escola Básica da Boa Esperança. Constituído por um conjunto de Fábulas, este teatro foi orientado por Madalena Leitão e coadjuvado Paula Peres, na orientação plástica, e Helena Francisco, na seleção musical (três docentes na ESE), tendo como atores e apresentadora os alunos Cesarina Guterres, Fidélia Costa, Guilherme Farias, Mariana Carrilho e Mariana Moucho. Contou ainda com a colaboração da da docente Cris-
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A atividade foi dinamizada no âmbito da unidade curricular de Formas e Imagens Animadas, lecionada pelas docentes Madalena Leitão e Paula Peres, tendo o conto “O Rouxinol” sido apresentado em teatro de sombras às crianças do 1.º ano de escolaridade, enquanto que o “A Cidade que queria vi-
tina Pereira, uma vez que este teatro tem como objetivo trabalhar com os alunos mais novos as caraterísticas psicológicas dos animais/ pessoas. Este trabalho vai estar disponível para outras Escolas que o requeiram, de acordo com a disponibilidade dos atores, durante o 2.º semestre do presente ano letivo.
Numa outra perspetiva, as alunas do 1.º Ano do mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo representaram, na Escola Básica da Boa Esperança, o conto de Hans Christian Andersen “O Rouxinol” e o conto de Pedro Seromenho “A Cidade que queria viver no Campo, em formas animadas.
ver no Campo” foi apresentado através de marionetas de fios às crianças do 3.º ano de escolaridade. Após as apresentações, as crianças puderam falar sobre as personagens e a história, bem como desenvolver algumas atividades com as sombras e as marionetas. K
Energia
Prémios entregues 6 O campus do Instituto Politécnico de Portalegre acolheu a cerimónia da entrega de prémios do Concurso Escolar: “Hidrogénio – a próxima geração de energia”. O júri classificou em primeiro lugar o projeto “Fueling the Future” da EPTOLIVA – Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil; em segundo lugar o projeto “H2EPILHA – Aproveitamento da energia elétrica para produção e armazenamento de hidrogénio” da Escola de Tecnologias e Engenharia do ISEC
Lisboa e, em terceiro lugar, o projeto “Refrigerador de água a hidrogénio” da Escola Secundária Dom Sancho II de Elvas. A iniciativa decorreu no âmbito do projeto H2SE – Hidrogénio e Sustentabilidade Energética. No período da manhã, as atividades decorreram na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, onde os parceiros do projeto (politécnico de Portalegre e INEGI), representantes da DGEG, da Galp e do LNEG e o líder AP2H2 proferiram algumas comunicações. K
Desenvolvimento regional
Jornada em Portalegre 6 O Politécnico de Portalegre acolheu, a 7 de fevereiro, uma jornada de reflexão no âmbito do concurso ‘Promove Regiões Fronteiriças?’, cujo objetivo é impulsionar projetos inovadores que contribuam para a transformação e dinamização do território. O programa PROMOVE, que em 2018 teve uma dotação de 450 mil euros, foi criado para apoiar projetos piloto, selecionados através de concurso, com natureza inovadora e potencial para contribuir para a
transformação e dinamização das regiões menos desenvolvidas do interior de Portugal. Nessa primeira edição foram premiados cinco projetos, entre os quais, o projeto “Agro Water Saving”, apresentado pelo IP Portalegre. A sessão foi conduzida pelo presidente honorário do BPI e curador da Fundação La Caixa, Artur Santos Silva, tendo contado com a participação do Secretário de Estado da Valorização do Interior, João Paulo Catarino, e de responsáveis pela definição
da estratégia de atuação da Fundação “la Caixa” em Portugal: o diretor corporativo de território e centros, Rafael Chueca Blasco e o consultor estratégico, António Barreto. O encontro visou receber contributos para a edição de 2019 através de agentes do desenvolvimento regional, nomeadamente representantes de comissões de coordenação e desenvolvimento das regiões Alentejo e Centro, politécnico, associações empresariais, câmaras municipais, entre outros. K
Politécnico de Portalegre
Dias abertos decorrem em março 6 De 12 a 14 de março as Escolas do Politécnico de Portalegre estarão abertas para mostrar a todos aqueles que estão a terminar a sua escolaridade obrigatória, aos que os orientam e aos que os têm conduzido neste percurso, aquilo que de melhor se faz no Politécnico de Portalegre. O IPPortalegre pretende que estes dias e estas visitas sejam um momento esclarecedor para os alunos que decidiram dar o passo que irá mudar as suas vidas.
“Para isso, ser-lhes-á proporcionado aquilo que é mais importante: o contacto com os Coordenadores de Curso e demais professores que vão responder a todas as questões sobre o que se aprende em cada curso, quais são as perspetivas de empregabilidade dos mesmos e o contacto com alunos que lhes vão transmitir, na primeira pessoa e nas suas próprias palavras, como tem sido a sua experiência no Politécnico”, informa a instituição em nota de imprensa. K
Portalegre e Montemor-o-Novo
Cinema, mas de animação 6 Politécnico de Portalegre assinou recentemente, em Montemor-o-Novo, um protocolo de cooperação com a Cooperativa Cultural Estórias em Movimento, a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e a Universidade de Évora. O objeti-
vo desta parceria é avançar com um projeto pioneiro em Portugal e que visa a formação em contexto profissional, na área do cinema de animação. Este projeto foi equacionado com o propósito de cruzar no mesmo espaço a criação, forma-
ção e produção, proporcionando aos estudantes uma aproximação ao mundo profissional e dando a conhecer aos profissionais nacionais e internacionais, novos e jovens talentos para integração em equipas de projetos futuros. K
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Bolsas + Indústria são exemplo na cooperação entre academia e tecido empresarial
IPLeiria é exemplo de cooperação 6 O Instituto Politécnico de Leiria entregou, no passado dia 19 de fevereiro, as Bolsas + Industria aos seus estudantes, numa cerimónia presidida pelo Secretário de Estado do Ensino Superior. O governante aproveitou a ocasião para destacar a cooperação entre o IPLeiria e o tecido empresarial: “é de enaltecer o que o Politécnico de Leiria e o tecido empresarial de Leiria têm feito na cooperação entre o ensino superior e as empresas. Esta cooperação é fundamental para aumentar a qualificação da população portuguesa e aumentar a produtividade do país. Este apoio das empresas aos estudantes é fundamental para a introdução do conhecimento na economia, para fazer com que este país seja mais eficaz no futuro”, disse. Na cerimónia mais de três dezenas de empresas da região de Leiria atribuíram 41 bolsas, no valor da propina anual, a estudantes do ensino superior. “As Bolsas + Indústria são um exemplo de boas práticas, um caso de sucesso de cooperação entre academia e tecido empresarial, que premeiam o mérito dos estudantes do ensino superior, através de uma forte e profícua ligação entre o Politécnico de Leiria e o tecido empresarial da região”, referiu o presidente do Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa. Para o presidente do Politécnico, “a responsabilidade social das empresas da região fica muito evidenciada neste projeto”. Rui Pedrosa manifestou a
sua satisfação por esta cerimónia decorrer no Auditório José Mariano Gago (no Pavilhão do Conhecimento), antigo ministro da Ciência do Ensino Superior, que, lembrou, foi agraciado em Leiria, a título póstumo, pelo Presidente da República, com a comenda da Ordem de Santiago de Espada. Rui Pedrosa anunciou pretender alargar a atribuição deste tipo de bolsas a todas as escolas do Politécnico de Leiria, bem como a ativação de designação de empresas patrocinadoras dos alojamentos de estudantes do Politécnico Leiria. O presidente do Politécnico de Leiria sustentou ainda que este projeto colaborativo é «um excelente exemplo da relação entre o ensino superior e a sociedade, onde o compromisso
entre empresas e o Politécnico de Leiria é pleno, valorizando o conhecimento e coloca-o ao serviço da sociedade.» Nestes cinco anos de Bolsas + Indústria, são vários os percursos de
sucesso de estudantes apoiados com as bolsas. António Poças, presidente da NERLEI, copromotora do projeto, enfatizou a grande sintonia e clima de cooperação entre
o Politécnico de Leiria e o tecido empresarial da região, evidente neste programa, e num conjunto de atividades e projetos diversos, desde há vários anos. Por seu turno, João Faustino, presidente da CEFAMOL, destacou o facto de o tecido empresarial da região ter contribuído com 150 000 euros para financiar este programa. As Bolsas + Indústria são uma iniciativa pioneira no país que pôs empresas a premiar o mérito dos melhores estudantes que ingressam anualmente no Politécnico de Leiria, e que foram entregues nesta terça-feira, 19 de fevereiro a 41 estudantes do primeiro ano de licenciatura. Foram 33 empresas as empresas a apoiar este ano a iniciativa que resulta de uma estreita colaboração que faz este ano cinco anos. As Bolsas + Indústria são financiadas pelo tecido empresarial da região de Leiria, que, desde 2013, se comprometeu, em parceria com o Politécnico de Leiria, a desenvolver ações que aproximem a academia da realidade industrial, a promover a formação em contexto empresarial, disseminar o conhecimento e tecnologia, e realizar ações de responsabilidade social conjuntas beneficiando estudantes, professores e empresas. Ao abrigo do protocolo +Indústria, celebrado entre o Politécnico de Leiria, a NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria e a CEFAMOL - Associação Nacional da Indústria de Moldes, foram já apoiados, desde 2013, 136 estudantes, por mais de 50 empresas. K
Singular e plural
Workshop
Sérgio Aires expõe em Leiria
Teatro em Viseu
6 A exposição fotográfica ‘Singular do Plural’, da autoria de Sérgio Aires, está patente ao público, durante todo o mês de fevereiro, na Biblioteca José Saramago, no campus 2 do Politécnico de Leiria. A entrada é gratuita e a exposição tem como principal objetivo “desmistificar um plural – “os ciganos” – supostamente representativo de uma entidade coletiva apenas imaginária, e quase
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INICIATIVA PARCERIA
sempre negativa, que procura classificar o todo, ignorando as partes”. Sérgio Aires ainda acrescenta que a mostra é “um alerta de que todos devemos guardar memória: a dignidade de um povo e de uma nação é a soma de todos os contributos dos seus concidadãos, sem exceção, expressos com igual grau de autonomia e de respeito, de forma justa, coesa e equitativa”. K
6 O Centro de Animação e Formação em Artes Cénicas (CAFAC) vai ser palco de um workshop de Teatro Físico, com orientação de Daniela Fernandes, a 23 de fevereiro, entre as 14.30 e as 16:30. A iniciativa surge no seguimento da parceria instituída entre o Politécnico de Viseu e a Enérgica – Associação Juvenil de Viseu. As inscrições podem ser feitas através do mail teatro@energicaviseu.pt K
Com a República Dominicana
IPLeiria reforça redes 6 No âmbito do acordo estabelecido com o Ministerio Educación Superior Ciencia y Tecnología (MESCyT) da República Dominicana, o Politécnico de Leiria realizou, em janeiro, uma missão naquele país com o objetivo de desenvolver relações de cooperação e de criar redes de formação e investigação. Nesta visita de trabalho
realizaram-se reuniões com o governo local e encontros com várias universidades dominicanas, tendo em vista a promoção do intercâmbio académico e científico. Recorde-se que recentemente a comitiva oficial do Politécnico de Leiria, representada pelo vice-presidente Nuno Rodrigues e pelo diretor da Escola Superior de Turismo e
Tecnologia do Mar - IPLeiria, Paulo Almeida, foi recebida na Universidad Autónoma de Santo Domingo (UASD) pela reitora Emma Polanco. No presente ano letivo O Politécnico de Leiria recebeu os primeiros estudantes da República Dominicana, que ingressaram nos mestrados em International Business e Comunicação e Media. K Publicidade
Antiga estudante da ESAD
Marisa Miló faz residência na América 6 Marisa Piló, antiga estudante de mestrado da Esad Caldas da Rainha, foi selecionada entre 360 candidatos para realizar uma residência artística no Museu MASS MoCA, em Massachusetts, considerado um dos maiores espaços museológicos dos Estados Unidos
da América. O nome da artista tem corrido mundo nos últimos anos. Como é hábito na esfera criativa os obstáculos são muitos, mas ultimamente a participação em residências artísticas a nível nacional e internacional tem sido frequente. K
Em Leiria
Poliempreende já mexe 6 A16.ª Edição do Poliempreende já está em curso e com ela um conjunto de iniciativas de apoio ao empreendedorismo dirigida à comunidade académica do Politécnico de Leiria, podendo igualmente envolver empreendedores externos. Esta edição começa no próximo dia 28 de fevereiro com a realização da Oficina E, um workshop sobre empreendedorismo que contará com a participação de Marco Galinha, o fundador do grupo Bel e um dos “tubarões” do programa da SIC “Shark Tank”. A Oficina E realiza-se no Auditório 1, Edifício D, do campus 2 do Politécnico de
Leiria (Escola Superior de Tecnologia e Gestão), pelas 14H00. O Poliempreende é um projeto, em rede, de instituições de ensino superior politécnico que tem por objetivo fomentar a cultura empreendedora, assim como a promoção da criatividade e de ideias inovadoras. Esta iniciativa tem como público alvo estudantes e diplomados do ensino politécnico, docentes, técnicos e administrativos, bem como outros empreendedores, desde que integrem equipas constituídas por estudantes e/ou diplomados do Politécnico de Leiria. K
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IPCB
Esart tem novo diretor 6 Francisco Pinho tomou posse na passada terça-feira, dia 12, como diretor da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco. A seu lado terá Natalia Riabova como subdiretora. O novo timoneiro da Esart substitui no cargo José Filomeno Raimundo que nos últimos oito anos liderou a escola. “Se chegámos até aqui é porque somos relevantes”, disse Francisco Pinho no seu primeiro discurso enquanto diretor, para depois afirmar que a “Esart terá as portas abertas para quem quiser colaborar connosco”. Os desafios que Francisco Pinho tem pela frente são grandes. A Esart é uma escola de referência a nível nacional e internacional, como referiu o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, António Fernandes. Com mais de 800 alunos e a preencher praticamente todas as vagas colocadas no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, a escola tem, no entender de António Fernandes, dois grandes desafios pela frente, a saber: “a estabilidade do corpo docente; e a melhoria dos procedimentos organizacionais de acordo com Agência de Avaliação e Acreditação do ensino superior, para termos evidências para vermos acre-
ESART
Alunos convocados para orquestras ditado o sistema de gestão de qualidade”. No que respeita ao número de docentes, António Fernandes disse que “o número de professores de carreira está abaixo do que é desejável. E neste capítulo estamos disponíveis para trabalhar essa questão com a direção da escola”. O presidente do IPCB voltou a sublinhar a importância da reorganização da instituição, referindo que até junho será apresentada uma proposta. António Fernandes recordou ainda quem esteve na génese da escola, casos de Valter Lemos, na altura presidente do Politécnico, e de Fernando Raposo, que dirigiu a escola nos seus primeiros anos. “Esta escola teve um caminho notável”, disse, para depois destacar o traba-
lho desenvolvido pelo diretor cessante, José Filomeno Raimundo: “É um homem bom e as instituições crescem com homens bons. Conciliador e afável (…) é uma referência para a escola”. De resto, também Nelson Antunes, presidente do Conselho de Representantes, referiu o trabalho desenvolvido por José Raimundo, o que contribuiu para manter esta escola como referência a nível mundial. José Augusto Alves, vicepresidente da Câmara de Castelo Branco, lembrou que a “Esart nos habituou a ter pergaminhos conceituados internacionalmente e no nosso país. É uma marca de Castelo Branco”. O autarca lembrou que a câmara esteve na génese da Esart e fez parte da solução
para a construção das atuais instalações, ao “assumir a componente nacional do investimento. E fê-lo com visão estratégica no futuro”, disse. Recorde-se que o município de Castelo Branco foi um dos aliados do IPCB para a criação da escola, a qual funcionou numa primeira fase nas instalações do Cine Teatro Avenida e posteriormente no Campus da Senhora de Mércoles, na Escola Superior Agrária. As atuais instalações foram concretizadas após avanços e recuos da tutela e com a garantia da Câmara de Castelo Branco em assumir o valor da obra correspondente à comparticipação nacional. A escola ministra atualmente cursos nas áreas do design, comunicação audiovisual e música. K
Esart
Alunos tocam no Mónaco 6 A Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (Esart) e a Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) estarão presentes na 5ª edição do festival Monaco Electroacoustique-Festival Bienal de Música Contemporânea, que se realiza de 18 a 20 de abril, em Monte Carlo. A Esart e a ESML estarão presentes com sete jovens compositores e instrumentistas, os quais acompanharão os compositores Jaime Reis e João Pedro Oliveira. Será esta a equipa que representará Portugal na competição. A iniciativa reúne compositores consagrados internacionalmente e estudantes
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provenientes de instituições de ensino superior de países como Argentina, Bélgica, Brasil, França, Itália, México, Portugal, Suécia e Suíça.
Os jovens portugueses irão apresentar novas obras em estreia escritas para especialmente para a ocasião.
O Monaco Electroacoustique, organizado pela Académie Rainier III e tem direção artística de Mario Mary. K
6 A Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco continua a ver alunos seus convocados para orquestras nacionais e internacionais. Inês Pais, aluna do 3º ano da licenciatura em Música - variante Instrumento – Violino, da classe dos professores Augusto Trindade e Alexandra Trindade, foi admitida na Orquestra de Jovens da União Europeia. A aluna foi selecionada após realização de concurso e irá realizar estágio e tournée entre os dias 24 de março e 25 de abril. O estágio realiza-se em Ferrara (Itália) com a realização de concertos seguindo-se Omã, Áustria, Luxemburgo e Alemanha. Sob a direção do maestro Vasily Petrenko, tendo como solistas as sopranos Kristine Opolais e Natalya Pavlova e o tenor Michael Shade, a Orquestra de Jovens da União Europeia interpretará Sinfonias de Bruckner, Shostakovich e Mozart, para além de obras de Glinka, Strauss, Puccini, Tchaikovsky, Mascagni, entre outras. A Orquestra de Jovens da União Europeia foi fundada em 1976 no Reino Unido, com o objetivo de reunir jovens talentos da União Europeia. As audições realizamse anualmente em vários países, para selecionar 140 jovens que terão a possibilidade de trabalhar com professores especialistas em Instrumento, Maestros e So-
listas de renome em grandes salas por todo o mundo. Luis Lopes e Ângelo Cardoso alunos da classe de trompete da Escola Superior de Artes Aplicadas do IPCB, dos professores António Quítalo e José Almeida, foram também selecionados, pelo segundo ano consecutivo, para integrar a Orquestra Sem Fronteiras e a Orquestra Filarmónica Portuguesa, respetivamente. A Orquestra Sem Fronteiras (OSF) com sede em EDN, cruza na sua missão aspetos de intervenção cultural, económica e pedagógica. Nasce para servir a raia e a sua população, combinando apoio ao talento jovem local, com uma ampla disseminação cultural pela região. Fundada em Maio de 2016 por Osvaldo Ferreira e Augusto Trindade, a Orquestra Filarmónica Portuguesa integra um conjunto de músicos de elevado padrão técnico e artístico, premiados em concursos nacionais e internacionais, ex-integrantes da Orquestra de Jovens da União Europeia (EUYO) e de outras orquestras de jovens internacionais e ainda músicos estrangeiros residentes em Portugal que se juntaram neste projeto para criar uma orquestra que se estabeleça como uma referência e símbolo de qualidade, atuando em todo o território nacional. K
ctesp e licEnciaturas cursos técnicos supEriorEs profissionais (ctesp) Escola supErior aGrária
Escola supErior dE Educação
Análises Químicas e Biológicas Cuidados Veterinários Produção Agrícola Proteção Civil Recursos Florestais
Assessoria e Comunicação Empresarial Desporto Recreação Educativa para Crianças
Escola supErior dE artEs aplicadas
Gestão Empresarial Organização e Gestão de Eventos
Comunicação Audiovisual
Escola supErior dE tEcnoloGia
Automação e Gestão Industrial Comunicações Móveis (em parceria com a Altran – Fundão) Desenvolvimento de Produtos Multimédia Fabrico e Manutenção de Drones Instalações Elétricas e Telecomunicações Reabilitação do Edificado Redes e Sistemas Informáticos Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação
Escola supErior dE GEstão
licEnciaturas Escola supErior aGrária
Agronomia Biotecnologia Alimentar Enfermagem Veterinária Engenharia de Protecção Civil
Escola supErior dE artEs aplicadas
Design de Comunicação e Audiovisual Design de Interiores e Equipamento Design de Moda e Têxtil Música variante de: Canto / Formação Musical / Instrumento / Música Electrónica e Produção Musical
Escola supErior dE Educação
Escola supErior dE saúdE dr. lopEs dias
Desporto e Actividade Física Educação Básica Secretariado Serviço Social
Ciências Biomédicas Laboratoriais Enfermagem Fisiologia Clínica Fisioterapia Imagem Médica e Radioterapia
Escola supErior dE GEstão
Gestão (ramo de Contabilidade ou ramo de Recursos Humanos) Gestão Comercial Gestão Hoteleira Gestão Turística Solicitadoria
/ipcb.pt
@IPCBoficial
/ipcb.pt
politecnicocbranco
Escola supErior dE tEcnoloGia
Engenharia Civil Engenharia das Energias Renováveis Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações Engenharia Industrial Engenharia Informática Tecnologias da Informação e Multimédia
www.ipcb.pt FEVEREIRO 2019 /// 017
Universidade de Coimbra e Santander
Programa Explorer junta 41 jovens 7 A 2ª edição do programa Explorer em Portugal, promovido pela da Universidade de Coimbra, com o apoio do Banco Santander e do CISE, reúne 41 novos estudantes no Explorer Space Universidade de Coimbra. O programa, de âmbito internacional, vai permitir que os jovens beneficiem do acesso ao Explorer Space da Universidade de Coimbra, um centro de aceleração de ideias de negócio onde desenvolverão projetos e receberão assessoria personalizada e formação de uma rede de especialistas em inovação e modelos de negócios, podendo ter ainda acesso a prémios de 30.000 euros, 20.000 euros e 10.000 euros para acelerarem o desenvolvimento dos seus projetos. Após a realização dos 5 meses de formação e de mentoria, o representante do melhor projeto do Explorer Space da Universidade de Coimbra viajará para Silicon Valley - a referência mundial da inovação e do empreendedorismo -, visitando empresas tecnológicas,
Karine Paniza H
obtendo assessoria em internacionalização e contactando com investidores. Apoiado pelo Santander Universidades o programa apresentou na sala do Senado da Universidade os jovens que vão nela participar. Citado no site da Universidade, Amilcar Falcão, novo reitor eleito da Universidade, mas ainda nas funções de vice-reitor, recordou que esta nova edição trouxe “mais candidaturas, mais pessoas envolvidas, mais participantes”. No mesmo site, Amilcar Falcão disse esperar “obter , em 2019, uma taxa de adesão como da primeira edição, que foi de 76 por cento – bastante superior à média dos outros centros Explorer”. Aquele responsável lembra ainda que esse facto significa “um sinal claro de que existe um comprometimento grande da Universidade de Coimbra. Nós certamente começaremos a consolidar este programa dentro do nosso ecossistema de inovação”. K
Euromoney
Santander ganha prémio Private Banking
No Santander
Nova SBE faz study trip 6 O Santander recebeu uma visita de 30 alunos de mestrado da Nova SBE, no âmbito de uma study trip. Durante o encontro foram abordados temas estruturantes para o Banco, nomeadamente a reinvenção dos novos conceitos de Balcão, como o Work Café, o
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Balcão Próximo e o Money Club. A área de Gestão de Pessoas/ Talento e os Young Leaders do Banco participaram, também, ativamente nesta study trip transmitindo a sua visão sobre os novos desafios associados à inovação, digitalização e novas
formas colaborativas de trabalhar. A ligação do Banco com a Nova SBE tem tido várias valências muito relevantes, desde o apoio, como mecenas, do Banco à construção do novo campus, o Inovation lab entre outras. K
6 O Santander foi premiado pela revista Euromoney como o “Melhor Banco em Portugal” na área de Private Banking. Esta é a oitava vez consecutiva que esta publicação destaca o serviço de excelência que o Banco oferece a este segmento, considerando-o uma referência no setor. O Private Banking do Santander tem um modelo de negócio próprio, através de uma ferramenta inovadora, integrada e utilizada por várias unidades do Banco Santander, que se ajusta aos diferentes perfis e objetivos dos Clientes na gestão do seu património. O Santander venceu o prémio global de “Best Private Banking Services Overall” em Portugal, tendo-se destacado também em outras categorias, entre elas, no segmento Net-worth-specific services (Ultra Hight Net Worth), Tecnologia, Gestão de Ativos, ESG/Investimento em Impacto Social, Serviços de Familly Office e Clientes Internacionais.
Pedro Castro e Almeida, presidente Executivo do Santander Portugal, refere que “estes prémios são muito importantes, no sentido em que reconhecem a excelência do nosso trabalho, sendo além disso uma motivação extra para continuarmos a inovar e a oferecer um serviço diferenciador no mercado. Queremos ser o melhor banco e melhorar a experiência do cliente, seja qual for o seu segmento ou as suas necessidades individuais”. O estudo foi realizado através de uma análise qualitativa das melhores práticas do setor, por região e por tipo de serviço, sendo os vencedores apurados através de um conjunto de especialistas que trabalham neste segmento, de diferentes entidades, incluindo os próprios banqueiros, através de um questionário anónimo onde respondem sobre os seus concorrentes. Os resultados globais e regionais são agregados por país. K
www.ensino.eu
José Potes é o novo presidente do Politécnico
Santarém aposta na diferença 6 O presidente do Instituto Politécnico de Santarém, José Potes, tem bem definida a estratégia da instituição a que preside, e considera que a diferenciação e a complementaridade são aspetos que devem ser perseguidos, a par da ligação ao tecido empresarial e produtivo. “O papel do ensino politécnico deve estar próximo ao tecido empresarial e produtivo. No nosso caso, que é uma região muito desenvolvida do ponto de vista agrícola, esta proximidade é muito importante”. O Politécnico de Santarém, que integra uma das mais antigas escolas agrárias do país (com mais de 100 anos), vê nisso uma mais valia. “A nossa Escola Agrária é aquela que tem mais prestígio e tradição, pois encontra-se na zona mais produtiva do país. Isto faz com que os alunos da nossa instituição, distribuídos pelas nossas cinco escolas, tenham este espírito de ligação ao setor produtivo e mais facilidade de se ligarem ao mercado de trabalho”, revela José Potes, para quem é importante o IPSantarém estar atento “ao tecido empresarial e àquilo que ele nos pede, não só na perspetiva da qualificação, mas também da investigação aplicada”. O presidente do IPSantarém refere que aqueles “dois aspetos são fundamentais para o desenvolvimento regional, no qual nós devemos ser parceiros, seja com as associações empresariais seja com a comunidade intermunicipal, nos quadros comunitários e na Comissão de Coordenação Regional. A aproximação do ensino superior politécnico ao tecido local é fundamental, e dessa proximidade pode resultar o desenvolvimento da região”. José Potes, que tomou posse no dia 10 de setembro de 2018 como presidente do Politécnico de Santarém, revela que assumiu uma grande responsabilidade e que a região está atenta ao que vai ser feito no Instituto. “Há uma responsabilidade grande de ver em que medida as nossas competências podem ser colocadas ao dispor de quem nos reconhece. Sinto que as pessoas nos
estão a estimular e isso significa que há muito trabalho a fazer, e nós temos que conseguir dar resposta àquilo que nos pedem como instituição de ensino e investigação, que é conhecer os problemas da região e dar-lhes resposta através destes dos eixos de conhecimento, formação e desenvolvimento tecnológico”. Com uma oferta formativa que vai dos CTESP aos mestrados, o Politécnico de Santarém está atento ao mercado. José Potes assegura que “os ajustes nessa matéria estão a ser feitos de forma permanente. O último CTESP que foi proposto é de Inovação em Ciências Gastronómicas, uma área que está na moda e que vai ao encontro de uma solicitação do mercado. Também temos uma licenciatura aprovada que é Dieta Mediterrânica, e um mestrado em Agricultura Mediterrânica”. O presidente do Politécnico considera que esses cursos são um bom exemplo de aproveitamento das condições naturais da região e através delas apostar na diferenciação. “Temos que tirar partido do facto da nossa zona ser a
mais desenvolvida do país no setor agrícola e agro-transformação. Associado a isto, toda a oferta formativa, por exemplo na Escola de Gestão e Tecnologia, pode estar associada a esta área. O mesmo acontece na Escola de Desporto, que é bastante reconhecida, e onde se pode tirar partido da equitação, própria da nossa região. É neste sentido que todas as escolas devem colaborar em conjunto para uma estratégia que se baseia nos recursos naturais em que nós somos fortes”. José Potes lembra que a sua candidatura se baseou em dois aspetos. O primeiro passou por trazer “as escolas à gestão do Politécnico. O segundo pela renovação do Instituto. No caso do primeiro pressuposto, a presidência é composta por ex-diretores da Escola Agrária, Escola de Desporto e da Escola de Educação, estando a trabalhar em equipa com todos os diretores. Na renovação, criámos gabinetes de apoio com colegas novos, o que está a gerar uma dinâmica importante no Instituto”. Numa altura em que se fala da possibilidade de mudança de nome das
instituições politécnicas para universidades politécnicas, José Potes considera que a palavra politécnico deve manter-se. O que nos pode diferenciar é o termo politécnico, pelo tipo de formação que ministra, e disso não abdico. O politécnico é que me diz tudo”, justifica para depois recordar que a questão dos doutoramentos também vai ser ultrapassada, pois “todas as instituições vão poder atribuir esse grau, mediante determinadas exigências”. Uma das exigências da Agência para Avaliação e Acreditação do Ensino Superior passa pela investigação. Nessa matéria o Politécnico de Santarém integra um Centro de Investigação em Qualidade de Vida. “É um centro através do qual poderemos obter competências para poder oferecer doutoramentos nessa área. Mas temos que trabalhar para isso, formando mais massa critica. Mas o que é importante em todas as escolas e nas outras áreas, é promover a especialização dos docentes do politécnico. Todos temos que ter o doutoramento para exercer docência no ensino superior, mas no caso do politécnico, devemos, na minha perspetiva, promover a especialização, de uma forma muito exigente do ponto de vista da qualificação. E nesta matéria temos que todos trabalhar no mesmo sentido”. A internacionalização do Politécnico de Santarém é uma área em que José Potes está atento. “Neste momento estamos com quatro mil alunos, dos quais 60 são internacionais”. O presidente do IPSantarém diz que é importante ir à procura de novos públicos, junto da lusofonia, mas que depois terá que ser dada resposta ao nível do alojamento. “Neste momento as residências que temos são poucas, estão esgotadas. Pelo que se quisermos aumentar o número de alunos estrangeiros, temos que trabalhar muito em termos de alojamento”. Mas a internacionalização passa também pela investigação e pela cooperação com instituições internacionais, o que também está a ser feito pelo IPSantarém. K
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CRÓNica
Los estudiantes en la calle (1968) 7 La conmemoración de los 50 años de las manifestaciones masivas que en 1968 llevaron a miles de jóvenes, muchos de ellos estudiantes de todo el mundo, a tomar la calle de ciudades importantes y aledaños de universidades, ha motivado la celebración de algunos congresos memorialistas y reflexivos sobre la historia de aquellos meses de tan especial significado para los jóvenes de todo el mundo, y en concreto de los estudiantes universitarios. En Paris y en la plaza de Tiananmen en Pekín, en los campus de Berkeley y en las universidades iraníes, en las universidades de la España del tardofranquismo y en el Portugal todavía del salazarismo, se vivió una explosión de vitalidad juvenil y de protagonismo social y político de muchos universitarios, como nunca se había producido en toda la historia de las universidades. Los estudiantes se erigieron en la punta de lanza de un movimiento regenerador en la universidad, pero sobre todo en la sociedad, que cuestionaba las formas tradicionales y burguesas de un estilo de ser estudiante, el burgués propio de la tradición ilustrada primero y liberal más tarde. Las costumbres de la vida cotidiana, las relaciones entre jóvenes de ambos sexos, las mismas prácticas de vestir y de abrirse a nuevas formas de relación sexual, la construcción de nuevos espacios de sociabilidad juvenil y estudiantil, el dominio juvenil de los espacios públicos en forma de manifestaciones y pintadas, de expresiones artísticas de ruptura, de consumos adictivos novedosos, todo ello nos abría a un mundo diferente, y a nuevos estilos de ser universitario. Marcuse, Foucault, Levy Strauss, Gramsci, junto al “libro rojo” de Mao, entre otros, fueron lecturas obligadas, manuales de bolsillo im-
prescindibles entre los jóvenes del momento para inspirar las rupturas que se anunciaban sobre el orden burgués anterior establecido, que había venido viviendo o vegetando de forma plácida desde décadas atrás, por no hablar de centurias, tanto en la sociedad como en la universidad. Porque en el interior de las universidades se apreciaba un cambio estructural en ciertos aspectos, y se anunciaban sutiles o explícitas rupturas. Llegaban masas nuevas de jóvenes, muchos de ellos procedentes de sectores medios y humildes, quienes de forma casi natural pedían modificaciones sensibles en las formas de relación entre el colectivo juvenil estudiantil, y también sobre las jerárquicas formas de gobierno universitario y la ausencia de democracia interna de las universidades. Los estudiantes aspiraban a ser sujeto activo de la vida universitaria, y por ello plantearon y defendieron cambios muy profundos en la gestión y el gobierno de los establecimientos de educación superior. Eso era algo completamente nuevo en la historia de las universidades, al menos considerado el fenómeno de forma tan masiva y generalizada. Se defendió, y se logró más tarde, que hubiera presencia de estudiantes en los órganos de gobierno de las universidades (Juntas de Gobierno, elección de rector, de decanos, de directores de departamento). En muchos momentos de luchaba por una representación completamente paritaria (que pervive en algunos órganos de ciertas universidades), y desde luego aquellas luchas y manifestaciones estudiantiles masivas, en la calle y en el interior de la universidad, llevaron a consolidar una presencia legitimada de estudiantes en los órganos de gobierno de las universidades, en una proporción nada despreciable. La mejor muestra de todo ello fue,
para el caso de España, la Ley de Reforma Universitaria (1983), que hoy se mantiene vigente en su osamento y estructura principal, con escasos cambios. ¿Qué queda de aquellas aspiraciones y realizaciones del 68 en nuestras universidades? El espíritu de aquel momento se ha desvanecido por completo entre la masa estudiantil, y también entre los profesores. Estamos en otro contexto socio educativo y político muy diferente, que ha conducido a un modelo de universidad de clara hegemonía de valores propios del mundo anglosajón (individualismo, competitividad total, prevalencia del utilitarismo en todo proceso formativo, mercantilismo de cualquier esfuerzo académico, progresiva disolución o eliminación de las preguntas sobre los hombres y las ciencias humanas y sociales, entre otros aspectos). Falta hoy entre nosotros construir una nueva paideia universitaria, pero también extirpar vicios que se han arraigado de mala manera, algunos procedentes de aquel mítico 68. Pondremos solo un ejemplo, para entendernos. La actual representación de los estudiantes en la vida universitaria está completamente sobredimensionada sobre el bajísimo papel real y activo que toman los grupos y asociaciones de alumnos, que en nuestra opinión remite a un tipo de movimiento estudiantil (hoy inexistente como tal) propio de aquellos años inmediatos al 68. Lo que ocurre en la actualidad en nuestra universidad del siglo XXI, y es duro reconocerlo, es que la participación de los estudiantes como electores es ínfima, pero bien canalizada por asociaciones de estudiantes bien organizadas, y casi siempre vinculadas a partidos políticos fáciles de reconocer, genera que los pocos
Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt
estudiantes que tienen aspiraciones académicas o políticas manejen los hilos de los puestos de representantes a su gusto y manera. Esto hay que revisarlo, por salud democrática y por garantía de calidad en la universidad, aunque haya que aclarar previamente que ese no era el espíritu del 68. Los estudiantes hoy ni están en la calle, ni tampoco de forma activa y creadora en la vida de la universidad, en las facultades. Y no vale argumentar con las minorías y excepciones, ni tampoco con la celebración de festejos que suelen quedar en la superficialidad y en la imagen jocoso festiva del estudiante de la más rancia escuela del jolgorio y las picardías. Es triste tener que aceptar que aquel espíritu del 68, que prendió en las universidades del mundo en las dos décadas posteriores, y que permitió avanzar en la mejora de estructuras sociales y en otro modelo de universidad, hoy es ajeno a la vida cotidiana de nuestros estudiantes. Por ello precisamos de una nueva etapa de regeneración del espacio cultural y académico universitario, y del colectivo estudiantil en este caso. Bien podemos denominarlo los nuevos años 20 de la universidad del siglo XXI. Pero hay que hacerlo real, construirlo, facilitarlo. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
IPCB dá as boas vindas
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Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Telef./Fax: 272324645 6000-079 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt
Alunos internacionais
6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco realizou, no dia 20 de fevereiro, uma sessão de boas vindas aos estudantes internacionais da instituição. A iniciativa contou com a presença do vice-presidente do IPCB, Nuno Castela, e do Coordenador do Gabinete de Relações Internacionais do IPCB, João Pedro Luz.
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98
Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Agostinho Dias, Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Reis, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Artur Jorge, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Ribeiro, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Mota Saraiva, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Hugo Rafael, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Carlos Moura, José Carlos Reis, José Furtado, José Felgueiras, José Júlio Cruz, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Lídia Barata, Luís Biscaia, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Estatuto editorial em www.ensino.eu Contabilidade: Mário Rui Dias
No presente ano frequentam o IPCB um total de 293 estudantes internacionais ao abrigo do estatuto do estudante internacional, provenientes de 9 países. Ao longo deste ano letivo estão previstas diversas atividades para estes alunos, com vista à sua melhor integração no politécnico. K
Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
Editorial
Mais vale uma escola na mão que duas a pavonear 7 Temos vindo, repetidamente, a zurzir contra a elaboração dos rankings das escolas portuguesas. Não porque discordemos de procedimentos fiáveis de avaliação interna e externa das instituições escolares, mas porque esses supostos rankings se têm vindo a basear apenas em variáveis de (alguns…) resultados escolares dos estudantes, escondendo a pluridimensão dos actos educativos que se operam dentro das paredes da escola. Por isso, e pela última vez, porque nos sentimos esgotados perante a desinformação massiva que nos chega, ano após ano, através da generalidade dos órgãos de comunicação social, transcrevemos um texto, aqui publicado no Ensino Magazine, no ido ano de 2009. A ver: “Há escolas boas e escolas más? Lá haver, há! Como há bons e maus governos, ministérios, hospitais, tribunais, oficinas, e sei lá mais o quê… Porém a questão não é essa. O problema está no critério da medida. Ou seja, no rigor dos indicadores objectivos que me levam a classificar os comportamentos, as atitudes e os desempenhos. Sem um critério universalmente válido e, por isso mesmo aceite, o resultado da medida não passa de uma
apreciação subjectiva e, como tal, sujeita à divergência. Vem isto a propósito de mais uma publicação de um suposto ranking das escolas portuguesas que, apressada e incorrectamente, uma boa parte da comunicação social tem vindo a designar por “lista das melhores e das piores escolas”. Concretamente o que se mediu nestas escolas? Respondemos: mediram-se resultados de aproveitamento escolar (académico) e, nunca, resultados de aproveitamento educativo. E mediram-se todos os resultados escolares? Não! Mediram-se os resultados obtidos nalgumas provas que os alunos do ensino secundário efectuaram nos exames nacionais. O que quer isto dizer? Vejamos um exemplo. A escola A tem alunos de classe média alta. São jovens com todas as condições de estudo, com excelente apoio e ambiente familiar. Os professores sentem que esses alunos aprendem a bom ritmo, e que com muita facilidade correspondem aos objectivos que lhes são solicitados. É uma das escolas que, habitualmente, obtém um bom posto no ranking nacional. A escola B está situada num bairro muito problemático. As famí-
lias são disfuncionais, há desemprego, muita miséria e o recurso a negócios menos claros. Os alunos não têm qualquer acompanhamento familiar, são nulas as condições de trabalho em casa, alguns têm mesmo carência de alimentos e de vestuário. Mesmo assim, os professores empenharam-se na motivação desses alunos para a frequência da escola, através de múltiplas actividades educativas de carácter interdisciplinar e, muitas delas, desenvolvidas extra curricularmente. Essa escola obteve um resultado educativo notável. Reduziu, significativamente, o abandono escolar, o absentismo às aulas, o insucesso académico e realizaram-se mesmo programas de apoio comunitário. Quanto aos resultados escolares nos exames nacionais… Bem, houve grandes progressos, mas não os suficientes para impedirem que a escola B ficasse no fim da lista do ranking nacional. A escola A é boa e a escola B é má? A diferença é que a escola A desenvolveu um esforço no sentido das aprendizagens do currículo formal e, aí, obteve resultados académicos muito satisfatórios. Já quanto há escola B, esta centrou as suas energias no alcance de ob-
jectivos educativos por parte dos seus alunos, apostou na transmissão de valores e na educação para a cidadania e, aí, obteve resultados considerados excelentes. Em que ficamos? Quando olhamos para o ranking das escolas e, sobretudo, quando comparamos os resultados académicos dos alunos das escolas públicas, com os resultados académicos dos alunos das escolas privadas, temos que ter em atenção quais foram os indicadores de medida. Um indicador de medida vale o que vale. O metro padrão não pode medir um litro de leite, assim como se pode morrer afogado num rio que, em média, tenha apenas quarenta centímetros de profundidade… Perverte-se a avaliação das escolas no momento em que se privilegiam apenas indicadores de medida e de progressão inerentes aos actos de aprendizagem do currículo formal. O que tem estado em causa para se alcançar uma valoração das escolas, tem sido o recurso à divulgação de rankings cuja elaboração se baseia apenas nos resultados académicos dos alunos. Para estes rankings pouco importam os resultados educativos globais da instituição escolar.
Há e sempre houve boas e más escolas. Há e sempre houve bons e maus exemplos de práticas educativas. Mas temos que saber relativizar os resultados em função dos indicadores de medida. Termos em todas as nossas instituições escolares excelentes profissionais da educação que gostariam de ver reconhecido o seu esforço. Os professores estão habituados a fazer muito e bem. Mas não podem fazer tudo. Melhor diríamos: face às condições de trabalho em muitas das escolas portuguesas, é injusto e desmotivador que se lhes peça que façam mais.” K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
Primeira coluna
Rankings para que vos quero! 7 Ano após ano o ranking das escolas abre telejornais, faz manchetes de jornais , desinformando a opinião pública sobre uma área sensível da nossa sociedade, a educação, e o espaço onde todos os dias úteis da semana deixamos os nossos filhos para aprender. De uma forma simples, elaboram-se tabelas, tendo em conta resultados nos exames e as notas dos alunos, esquecendo-se tudo o resto. Mas afinal qual é a melhor escola? É esta a pergunta que surge anualmente quando são divulgados os resultados dos exames nacionais e, por conseguinte, são elaborados os rankings amplamente reproduzidos na comunicação social. Será a melhor escola aquela que, num contexto escolar, social e económico adverso, local-
izada numa região deprimida ou num bairro problemático de uma qualquer cidade, consegue obter resultados escolares e sociais positivos, recuperando muitas vezes situações que pareciam impossíveis de ter solução? Ou será a escola inserida num cenário sócio económico positivo, em que os pais dos alunos até têm possibilidade de pagar explicações aos seus filhos? Os rankings das escolas, já o referi e volto a fazê-lo, apresentados da forma como o são, constituem um instrumento enganador para a opinião pública, influenciando-a na escolha do futuro dos jovens, denegrindo muitas vezes trabalho sério e eficaz, vangloriando resultados que por vezes não se sabe se resultam apenas do que é feito nas escolas, ou se vai para além disso,
através de reforço externo aos alunos (vulgo explicações). Os rankings (e é bom que as escolas conheçam a sua realidade) devem constituir, isso sim, um instrumento de trabalho para as próprias escolas, agrupamentos e, porque não dizê-lo, para os mega agrupamentos, que cada vez mais são um conjunto de mega problemas, que não conseguem dar resposta às exigências das instituições de ensino. Devem ser um instrumento de reflexão e de análise que deve ser visto à realidade de cada estabelecimento de ensino, do meio em que está inserido e da comunidade que serve. Acontece que, ano após ano, a questão é tratada com a ligeireza de quem faz a soma de 1+1. É fácil ir aos resultados dos exames e escalonar as escolas cujos alunos obtêm melhores resultados
nos exames. É uma análise simplista que esquece tudo aquilo que a escola representa, o espaço em que ela está inserida, a sua comunidade, os projetos educativos etc. Como se fosse justo, comparar os resultados de uma escola com uma comunidade educativa sem problemas de maior, com uma outra que no seu seio até tem alunos oriundos de meios problemáticos, tendo por isso mais dificuldade em ter tanto sucesso nos exames como outros alunos. Uma escola que, ainda assim, conseguiu criar condições para que esses alunos tivessem aproveitamento escolar. A conversa continua a ser a mesma. Todos os anos, mais ou menos por esta altura, os telejornais abrem o noticiário dizendo que a melhor escola é… O pior de tudo isto é que a informação
acaba por condicionar o pensamento de um povo já de si gasto com a desinformação política a que tem sido sujeito. A escola, os professores, os alunos, a comunidade educativa e todos nós merecíamos mais. Partilho a ideia de João Ruivo: a escola continua a ser a única instituição onde diariamente confiamos os nossos filhos. Mas afinal qual será a melhor escola? K João Carrega _ carrega@rvj.pt
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Aprender y enseñar en la Era digital
Teorías del aprendizaje para la nueva era. 2: el enactivismo y la cognición distribuida 7 Continuando con la teoría del Conectivismo, defendida por Downes y Siemens, a la que nos referíamos en la colaboración anterior, es indudable que los estudiantes actuales se ven influenciados por diversidad de redes, la fuerza de los lazos y su contexto. La nueva incorporación de datos está ocurriendo permanentemente en un proceso de conectar nodos especializados o fuentes de información. Por eso resulta tan importante ser capaces de distinguir entre la información importante y la que no lo es, lo cual se convierte en una de las más importantes tareas del aprender en la sociedad digital. Los creadores de la teoría, Downes y Siemens establecen, entre otros principios del Conectivismo, que fomentar y mantener las conexiones es necesario para facilitar el aprendizaje continuo, por lo que la capacidad para ver las conexiones entre los campos, las ideas y los conceptos es fundamental. De ello deducen que el aprendizaje y el conocimiento se basan en la diversidad de opiniones. Con todo ello y a pesar de las críticas a las teorías convencionales por estar ancladas en la persona y su cerebro, Siemens sostiene que el punto de partida del conectivismo
también es el individuo. Solo que el conocimiento personal se compone de una red, la cual alimenta a organizaciones e instituciones, las que a su vez retroalimentan a la red, proporcionando nuevo aprendizaje para los individuos. El Enactismo Una teoría del aprendizaje, también reciente es el Enactivismo, un término acuñado por Varela, Thompson y Rosch en 1991, que proviene del verbo inglés ‘to enact’, que significa “evidenciar algo existente y determinante para el presente”, por lo que la expresión conocimiento enactivo se refiere a aquello que se adquiere a través de la acción del organismo en el mundo. Nuestro colega Ángel Pérez destaca las “relevantes aportaciones” del Enactivismo, en lo que se refiere a la idea de conocer en la acción, incluyendo la interacción corporal, experiencial y cognitiva, la naturaleza constructivista del conocer humano ligado a la actividad y la relevancia de ésta para el propio sujeto y para su proyecto vital como experiencia personal. Según él, el conocimiento enactivo es aquel que se construye en la práctica sobre las habilidades puestas en juego por quienes adquie-
ren tal conocimiento. Un ejemplo sencillo para capacidades motrices puede ser el del aprendizaje para conducir una bicicleta, que se realiza al tiempo de ir conduciéndola. El mismo caso se daría al aprender un deporte, al practicarlo y conocer la entidad de determinados objetos al manipularlos. Es cierto que se aprende mejor haciendo -recuperando la idea central de J. Dewey, el padre del learning by doing- una idea que los autores intentan aplicar a la producción del conocimiento a través de los sistemas sociales participativos derivados del uso de Internet. Y aunque la construcción del conocimiento va más allá de la metáfora de la conectividad, es cierto que puede permitir más fácilmente que los individuos creen y distribuyan sus propios materiales, colaborando en la red de aprendizajes globales. La Cognición distribuida o el conocimiento socialmente distribuido También se recurre a otras teorías educativas que se relacionan con las características de la tecnología y las del diseño de la interacción. Es el caso de la “Cognición distribuida”, una teoría explicada por Hutchins en 1995, integrada en el campo de estudio de la Interacción
entre él y el ordenador. La teoría de la cognición distribuida sostiene que el aprendizaje es compartido social y comunitariamente puesto que éste no tiene lugar sólo en una mente individual, sino en mentes diversas, en los aportes de muchas personas, cada una con su respectiva influencia contextual y situada. Así pues, el conocimiento se desarrolla en situaciones de colaboración y colectividad, en las que las personas interactúan y aprenden con otros y con el soporte de la tecnología, mediante la construcción de marcos cognitivos comunes y representaciones compartidas de la realidad. Las conversaciones distribuidas que tienen lugar en torno a los contenidos de wikis, foros, blogs, etc., son ejemplos de este tipo de procesos. Es decir, el conocimiento socialmente distribuido resalta la idea de que las percepciones, representaciones, memoria y, en general, las proyecciones y los procesos cognitivos están generados, extendidos y apropiados (distribuidos) entre los artefactos y en ese proceso de interacción, se entabla un necesario reconocimiento y representación mutua, una interlocución, un intercambio, una negociación y una apropiación de los procesos cognitivos.
Se trata, por lo tanto, de poner al alcance de los estudiantes mecanismos para interactuar con múltiples servicios y aplicaciones que les permitan manipular, discutir y recrear los contenidos, como sostiene Downes (2010). Todo ello aporta interesantes consecuencias para el desarrollo de los procesos de aprendizaje y enseñanza directos e inmediatos, lo que facilita que muchas actividades pedagógicas puedan estar centradas en tareas y problemáticas sociocomunitarias y productivas, incorporando las diversas y ricas formas de contexto, con las que se enriquecen los procesos de aprender y enseñar. K Florentino Blázquez Entonado _ Catedrático de Didáctica Emérito Universidad de Extremadura
Brinquedos versus tecnologia
“Brincar com brinquedos educativos tem perdido importância” 7 Os brinquedos educativos têm perdido importância devido à tecnologia. No mundo de hoje a tecnologia tem ganho alguma preponderância, contudo tem comprometido o desenvolvimento de competências que as crianças adquiriam com o ato de brincar. Por outro lado, estamos a transformar as crianças em miniaturas de adultos, com uma agenda superpreenchida, onde se estabelecem rotinas de adultos sem sentido para elas, privando-as de um dos seus direitos básicos. O brincar é essencial na construção da personalidade das crianças. Contribui para a aquisição de conhecimentos, desenvolve a
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imaginação e a criatividade, ensina a lidar com o mundo, recriando situações, experimentando sentimentos, crescendo como ser humano. O uso de brinquedos educativos na recreação infantil já não é algo muito comum, comprometendo, assim, a fantasia do faz de conta, do sonhar, do descobrir e da espontaneidade, elementos essenciais para a construção social e para a capacidade de expressar as vivências do contexto familiar e social. Brincar perdeu a sua amplitude devido às agendas atarefadas das crianças, à tecnologia que permitiu maior ocupação do tempo com jogos, mas menor convívio social.
Devemos facultar às crianças a essência do brincar, com recurso a brinquedos educativos, ao invés de recorrer a atividades com as quais as crianças não se identificam, potencializando o que os adultos preferem e não o que as crianças gostam. É imprescindível voltar a colocar as crianças a brincar, dar-lhes espaço para crescer e desenvolver a sua concentração, atenção e imaginação. Com isso as crianças ficam mais calmas, aprendem a pensar, estimulando a sua inteligência. Se uma sociedade aspirar à felicidade e ao desenvolvimento global das suas crianças, não se pode
demitir da sua responsabilidade e deve promover formas diversificadas de brincar e proporcionar o acesso a brinquedos educativos. O brincar está intrinsecamente associado a uma componente lúdica, promotora da felicidade e da realização das nossas crianças,
fórmula de sucesso para um crescimento saudável. Bruno Trindade _
Phd Student Doutoramento btrindade30@hotmail.com
Ricardo Pocinho _
Prof. Investigador pocinho@hotmail.com
Contabilidade Pública
Congresso internacional do IPCA 6 O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e a Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) organizam o II Congresso Internacional de Contabilidade Pública, a 14 e 15 de março, no Auditório Domingues Azevedo da OCC em Lisboa, sob o tema “Reforma da Gestão Financeira Pública – desafios para a investigação e a prática”. O congresso pretende promover um debate aberto e a interligação entre académicos e profissionais com interesse na área da contabilidade e da gestão financeira pública, estando envolvidos os principais atores com influência na reforma. Paula Franco, bastonária da OCC, refere que as linhas gerais e objetivos desta segunda edição do CICP passam por “falar a uma só voz com os estabelecimentos de ensino, os centros onde se produz o saber e apoiar os investigadores que dão o melhor do seu esforço, bem como promover um espa-
ço comum de debate e partilha entre académicos e contabilistas certificados”. Com a aprovação do Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP), conjugado com a alteração ao Estatuto da Ordem dos Contabilistas Certificados, as entidades do setor público estão sobre grande pressão para mudar os sistemas de contabilidade pública rumo a uma aplicação generalizada da contabilidade. Maria José Fernandes, presidente do IPCA, sublinha que se vive atualmente um “ambiente favorável para introduzir as mudanças desejadas o que pode representar uma oportunidade para melhorar a investigação sobre a contabilidade do setor público e a prática orientada para as normas internacionais”, sendo assim uma mais valia para o fortalecimento da relação entre a academia e a profissão. K
Politécnico de Setúbal
Santander e IPSetúbal dão boas vindas 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) ao abrigo do Programa Erasmus+ e do Programa Santander Universidades, recebeu neste segundo semestre do ano académico, mais um grupo de estudantes com proveniên-
cia de 19 países, da Alemanha à Ucrânia, passando pelo Brasil, México, China e Turquia. Numa Iniciativa organizada pelo CIMOB, a semana incluiu um conjunto de atividades, pensadas para integrar os estu-
dantes internacionais na região e na instituição e proporcionar a partilha de experiências e de informação relevante para a sua comodidade e estadia no IPS e nas cidades de Setúbal e do Barreiro. K
Politécnico
IPViseu cria concurso escolar 6 O Departamento de Ambiente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu acaba de apresentar o concurso escolar ‘Nós na Economia Circular’, que tem como destinatários alunos dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico (concurso júnior) e do Ensino Secundário e Ensino Superior (concurso sénior), os quais são convidados a apresentarem projetos inovadores e pró-ativos nas áreas das diferentes vertentes da economia circular e do
desenvolvimento sustentável. Os projetos devem assumir uma perspetiva da necessária alteração do paradigma do consumo de recursos naturais: passagem de uma economia de consumo linear para uma economia de consumo circular. O Concurso está integrado na ‘Green Week Viseu 2019: Proximidade da legislação ambiental com os cidadãos’, que decorre entre 13 a 17 de maio, sendo organizada pela Câmara Municipal de Viseu. K
Em abril
Jornadas de dados no Politécnico Viseu 6 As XXVI Jornadas de Classificação e Análise de Dados (JOCLAD 2019) decorrem na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, de 11 a 13 de abril, tendo como objetivo a divulgação e o incentivo da produção científica nas áreas da Estatística e da Análise de Dados, além da interliga-
ção entre o meio académico e o meio empresarial. Dirigidas a docentes, investigadores, estudantes e utilizadores contam com conferencistas convidados, nacionais e estrangeiros, de elevado mérito e reconhecimento internacional na área de Data Science. No progra-
ma científico previsto constam minicursos, sessões plenárias, sessões temáticas e comunicações livres na forma oral ou em póster, que fomentarão o diálogo, a colaboração, a discussão e o intercâmbio de conhecimentos científicos entre todos os participantes. K
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Moçambique
Rainha belga valoriza papel das universidades 6 As universidades desempenham um papel importante na consciencialização, divulgação e implementação dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), porquanto todos os intervenientes têm a necessidade de utilizar dados qualitativos e quantitativos para medir os progressos alcançados, defendeu, a Rainha da Bélgica, Matilde D-Udekem. Matilde D-Udekem que se encontrou, em Maputo, no âmbito de uma visita que efetuou este mês a Moçambique. Além da importância do papel da academia nos ODS, a monarca falou da necessidade do investimento na educação, saúde, saneamento, e da equidade do género. Defendeu a necessidade de equilíbrio entre o crescimento económico e o investimento social. Contudo, reconheceu que com recursos limitados é difícil para qualquer país escolher entre as necessidades de curto e de longo prazo. Nesse sentido, apelou que além dos investimentos imediatos as políticas devem estar concentradas na abordagem estratégica de
EPM/CELP H
Natação
Alunos da Escola campeões nacionais
longo prazo. A Rainha lembrou que o mundo está cada vez mais inter-conetado e interdependente, pelo que a agenda 2030, deve basear a sua abordagem na conexão entre países e e regiões, cidades e zonas rurais, dando ênfase ao combate à pobreza, a fome e ao estabelecimento da paz. Por seu turno, o reitor da UEM,
Orlando Quilambo, frisou que os centros do conhecimento, como é o caso da UEM, não estão alheios aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, particularmente, no que concerne a assegurar a educação inclusiva de qualidade e equitativa e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. K
6 Ana Beatriz Domingues, Melyssa Rocha e Hugo Dias são os três alunos da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) que se sagraram campeões nacionais de natação em representação do Clube Naval de Maputo, nos escalões de iniciados femininos, infantis femininos e juniores masculinos, respetivamente, no decorrer do Campeonato Nacional de Natação de Verão, que decorreu de 22 a 27 de janeiro último, na Piscina Olímpica do Zimpeto. A prestação dos alunos campeões nacionais muito contribuiu para a primeira conquista coletiva do
Clube Naval de Maputo na competição nacional, na qual o destaque também vai para as estudantes, igualmente da EPM-CELP, Yusra Ribeiro, que ficou em segundo lugar no escalão de juvenis femininos, Luan Cordeiro, do pré-iniciados masculinos, e Gabriella Correia, no de iniciados femininos, que conseguiram ambos a terceira posição final do certame. Refira-se que pelo Clube Naval de Maputo participaram 19 alunos da nossa Escola, dos quais 11 em masculinos e oito em femininos; dois pelo Clube Desportos Tubarões de Maputo e um pelo Clube de Natação Golfinhos de Maputo. K
Moçambique
Com Associação de pais
Universidade de Lúrio recebe investigadores de King´s College
Escola de Macau reforça mandarim
6 O reitor da Universidade Lúrio (UniLúrio), Francisco Noa, recebeu, no dia 22 de fevereiro, uma delegação de investigadores do King´s College, no Campus Universitário de Marrere. Esta visita de trabalho, em que participaram os investigadores Fi-
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lipe de Oliveira Botelho Correa e Doneda Mittelstad resulta do programa King’s – UniLúrio Twinning Process/Program – UDI África, financiado pela União Europeia. Na receção à comitiva esteve também João Salavessa, diretor da Faculdade de Ciências Sociais
e Humanas (FCSH). De referir que a delegação da King’s College ministrou um workshop sobre Pesquisa, Gestão e Produção de Informação Académica/ Científica, no dia 20 de fevereiro, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH). K
6 A Escola Portuguesa de Macau, em parceria com a Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos da Escola Portuguesa de Macau, disponibiliza, em 2019, o Programa de Aperfeiçoamento Linguístico de Mandarim. A iniciativa destina-se aos alunos de mandarim do 8º ao
12º anos de escolaridade e decorrerá durante a primeira metade do mês de julho. Este programa tem por objectivo de aplicar, desenvolver e aperfeiçoar a aprendizagem do Mandarim por via da imersão na Universidade de Estudos Internacionais de Shanghai. K
Seia
Bussines Day na Escola de Turismo 6 A Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Instituto Politécnico da Guarda vai promover, no próximo dia 27 de março, a terceira edição do Business Day. Neste evento, várias empresas vão estar naquela Escola Superior do IPG, sediada em Seia, para apresentarem as suas propostas de recrutamento e os seus
programas de estágio aos estudantes dos vários cursos da ESTH, ao mesmo tempo que promovem as suas marcas. O programa integra diferentes atividades como palestras, workshops, entrevistas orientadas para a inserção no mercado de trabalho e no desenvolvimento de Soft Skills. K
desporto
Seminário de Andebol no Politécnico da Guarda 6 No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai decorrer, no próximo dia 18 de março, o “Seminário de Andebol – carreira dual”. Os desafios e obstáculos à carreira dual (a complexidade de conciliação das atividades académicas e desportivas pelos atletas-estudantes), serão os principais pontos de análise, reflexão e debate desta ação de formação para treinadores, que decorrerá entre as 9 e as 13 horas no Auditório dos Serviços Centrais do IPG. A inscrição é gratuita para os estudantes, sendo obrigatória; para os participantes externos o valor da inscrição é de 5 euros. O seminário será iniciado com um painel sobre “Enquadramento Legal da Carreira Dual e Estatuto Estudante / Atleta”, moderado por Pedro Esteves (ESECD/IPG) e com
intervenção de Paulo Licos (IPDJ). O segundo painel, agendado para as 10h30 incidirá sobre o “Final da Carreira de Atleta de Alto Rendimento: Perspetivas Futuras”, tendo como intervenientes Carlos Galambas (diretor do departamento de andebol do Sporting Club de Portugal) e Hugo Canela (treinador principal); este painel será moderado por Miguel Fonseca (Associação de Andebol da Guarda). O programa do seminário inclui ainda um outro painel sobre “Alto Rendimento e os estudos: Trajeto e dificuldades” que contará com intervenções de Carlos Carneiro e Tiago Rocha (Atletas do Sporting Clube de Portugal), bem como de Alfredo Torres (atleta do FC Porto); a moderação do painel estará a cargo de Bruna Martins (ESECD/IPG.) K
Secretário de Estado do Ensino Superior
Governo reúne na Guarda 6 O Secretário de Estado do Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, esteve, dia 8 de fevereiro, no Instituto Politécnico da Guarda (IPG). Este membro do Governo reuniu com os Presidentes dos Institutos Politécnicos da Guarda, Bragança, Viseu, Coimbra e Castelo Branco, tendo estado na agenda de trabalhos a análise de um projeto de consórcio sobre
“Bioeconomia de territórios de montanha”. O projeto será desenvolvido no âmbito de um consórcio piloto em que estão envolvidas as referidas instituições de ensino superior politécnico e uma empresa de inovação e tecnologia, a BLC3, representada pelo seu CEO, João Nunes. O presidente do IPG, Joaquim Brigas, adiantou que
“esta foi uma reunião preliminar com o senhor Secretário de Estado do Ensino Superior”, acrescentando que se trata de um “projeto com um grande alcance e que materializa a cooperação conjunta destes cinco Institutos Politécnicos numa efetiva ligação com os tecidos empresarial, social e cultural para o desenvolvimento destes territórios”. K
IPG
Projeto MEW na Guarda 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) está a implementar o Projeto MEW - “Movimento, Envolvimento e Bem-Estar”. Este projeto visa estabelecer uma “Rede Europeia para a Saúde”, promovendo uma abordagem ao movimento, atividade física e estilos de vida corretos para combater a inatividade e ajudar as pessoas a melhorar o seu bem-estar individual e social. Trata-se de um programa ERASMUS+ que envolve cerca de 200 voluntários europeus entre os 30 e os 55 anos da Itália, Alemanha, Portugal, Irlanda, Romênia, Letônia e Reino Unido que se voluntariaram para partici-
par num programa de exercício, destinado a aumentar os níveis de atividade física, melhorar a saúde e melhorar as relações sociais. O Instituto Politécnico da Guarda acolhe a aplicação deste programa, em Portugal. O grupo constituído participa em duas sessões de exercício por semana, nas quais recebe incentivo, apoio e orientação para aumentar os seus níveis de atividade física diária, de modo a que o movimento se torne parte normal das suas rotinas diárias. “Mensalmente é lançado um tema de trabalho, sendo o voluntário convidado a diminuir os comportamentos sedentários
tanto no local de trabalho, como nas deslocações, em casa e em atividades de lazer”, como nos foi referido. Todos os voluntários numa fase inicial realizaram uma avaliação médica e física para caracterizar os seus níveis de atividade física e estado de saúde, sendo de igual forma monitorizados durante todo o programa, no respeitante à atividade física realizada diariamente. No final da aplicação do programa, são novamente avaliados para verificar as melhorias tidas tanto no ponto de vista psicológico e bem-estar, como nas alterações de comportamentos e atividades motoras diárias. K
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Rita Ruivo
Psicóloga Clínica (Novas Terapias)
Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)
Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 | E-Mail: psicologia@rvj.pt
FEVEREIRO 2019 /// 025
Bruno Osório já criou duas startups e fechou contrato com a PlayStation. A paralisia cerebral não é impeditivo.
Bruno Osório, ex-aluno do Politécnico do porto
“Desistir não dá gozo nenhum” 6 Bruno Osório, antigo aluno do ISEP, a escola de Engenharia do Instituto Politécnico do Porto, pretende criar uma empresa a cada cinco anos. Aos 30 já fundou duas startups Empreendedor e realizador de sonhos é como Bruno Osório, se define. A paralisia cerebral com que nasceu, aos seis meses e meio de gravidez, confinou-o a uma cadeira de rodas, contudo, a única limitação de Bruno é mesmo a locomoção. “Os meus pais sempre me disseram que eu seria o que quisesse ser”, atira. Mas esteve quase para não ser coisa nenhuma. Quando Bruno nasceu, “o médico disse ao meu pai para ir procurando uma funerária, que nem eu nem a minha mãe iríamos sobreviver” — enganou-se. Publicidade
026 /// FEVEREIRO 2019
O momento em que Bruno Osório deixa de sobreviver e decide tomar as rédeas do seu próprio destino é em janeiro de 2002. José Mourinho é apresentado, a meio da temporada, como treinador principal do Futebol Clube do Porto (FCP) e promete: “Tenho a certeza que no próximo ano vamos ser campeões nacionais.” Nessa época o FCP é terceiro, mas no ano seguinte, em 2002/2003, Mourinho cumpre o prometido e termina o campeonato confortavelmente em primeiro. “Esse momento mudou a minha vida por completo”, recorda, “nunca tinha visto alguém dizer uma coisa com tanta certeza.” Bruno Osório quis perceber de onde vinha tanta confiança e começou a estudar o fenómeno Mourinho. Esse
processo culminou na sua transformação em atleta de alto rendimento, na modalidade de boccia, em que venceu várias competições nacionais e chegou à seleção nacional. Do desporto para o empreendedorismo, a lição que Bruno levou para a vida foi que não há sucesso sem fracasso. Fundou, em 2016, ainda na faculdade, a empresa de tecnologia Foxtech (que esteve na Web Summit, em Lisboa, em 2017) e, em 2018, fundou outra startup, a Adamastor Studio, que desenvolveu e vendeu, em exclusivo, o jogo VRrock para a PlayStation da Sony. Como engenheiro, uma das preocupações de Bruno é usar a tecnologia para tornar a vida dos outros melhor. “Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas
mais simples. Para as pessoas com deficiência torna as coisas possíveis.” Outra das coisas que torna possível a visão de Bruno é a sua vertiginosa persistência, que todos lhe reconhecem. “É muito fácil desistir, mas desistir não dá gozo nenhum. A melhor maneira de me provocarem é dizerem que uma coisa não é possível.” “Sonhar não é tudo, mas é a premissa principal para conseguirmos as coisas”, defende o alumni do ISEP. Em termos profissionais, Bruno está a cumprir o sonho. Pessoalmente, o sonho ainda está por cumprir. “Quero muito ser pai e acho que vou ser um bom pai”, defende. K CCIC | P.PORTO _ Facebook de Bruno Osório H
edições
gente e livros
Novidades literárias
Filipa Martins
7 D.QUIXOTE. Guerra e Terebintina, de Stefan Hertmans. Urbain Martien é um soldado flamengo que sobreviveu à Primeira Guerra Mundial e deixou ao neto dois cadernos contando a sua vida desde criança. Depois de muito tempo sem conseguir abri-los, o escritor Stefan Hertmans decidiu prestar-lhe homenagem reescrevendo essas memórias. E, à medida que lia as palavras do avô, encontrou a chave de muitos quartos que até então tinham permanecido fechados. «Guerra e Terebintina» é um livro com reminiscências de Sebald que cruza a biografia, o romance e a história e nos oferece o retrato de um herói anónimo pintado com a beleza de um fresco renascentista.
LEYA. Torto Arado, de Itamar Vieira Junior. Prémio Leya 2018, «Torto Arado» é um livro comovente que traz a herança dos clássicos. Bibiana e Belonísia são filhas de trabalhadores de uma fazenda no Sertão da Bahia, Brasil, descendentes de escravos para quem a abolição nunca passou de uma data marcada no calendário. Intrigadas com uma mala misteriosa sob a cama da avó, pagam o atrevimento de lhe pôr a mão com um acidente que mudará para sempre as suas vidas. Numa trama tecida de segredos antigos que têm quase sempre mulheres por protagonistas, e à sombra de desigualdades que se estendem até hoje no Brasil, este romance conta uma história de vida e morte, combate e redenção. FCA. Introdução à Computação Gráfica, de João Madeiras Pereira, João Brisson, António Coelho, Alfredo Ferreira e Mário Rui Gomes. A computação gráfica encontra-se omnipresente no nosso quotidiano. Os gráficos imperam em filmes e videojogos, em inúmeras aplicações móveis e na Web, desde simples esquemas até mundos virtuais com elevado nível de realismo. Escrito por professores universitários com várias décadas de experiência no ensino da computação gráfica, este livro tem como principal objetivo conduzir o leitor pelos princípios, conceitos e bases algorítmicas da computação gráfica. K
www.ensino.eu
7 Jovem escritora portuguesa, Filipa Martins nasceu em Lisboa, em 1983. É jornalista desde 2004, colaborando em publicações como o Diário de Notícias, Notícias Magazine, Evasões e o jornal “i”. Em 2004, Filipa Martins recebeu o Prémio Revelação, na categoria de Ficção, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), pelo seu primeiro romance «Elogio do Passeio Público», que veio a ser publicado em 2008. Apesar da juventude dos seus 36 anos, a escritora e jornalista já foi agraciada com outras distinções. Obteve também, por exemplo, o Prémio Jovens Criadores do Clube Português de Artes e Ideias com o conto «Esteira». Em 2009, Filipa Martins publicou o seu segundo romance, «Quanta Terra».
seguiu, com a mesma chancela, «Na Memória dos Rouxinóis». Esta obra mais recente, lançada em 2018, é vista como um romance extraordinário, feminino (embora sobre homens), em torno de um matemático que encomendou a sua biografia antes de morrer. Jorge Rousinol é um matemático galego, que sempre defendeu que o esquecimento é o melhor veículo para a tomada de decisões acertadas. Filipa Martins tem um programa de rádio com Rui Couceiro, «A Biblioteca de», e é coautora do argumento da série «Três Mulheres», da RTP 1, que remete para o universo boémio literário dos anos 60 em Portugal centrada nas vidas da escritora Natália Correia, da editora Snu Abecassis e da jornalista Vera Lagoa. Em 2014, saiu pela Quetzal o seu terceiro romance, «Mustang Branco», a que se
Edições RVJ
Tiago Carvalho _
press das coisas
Pequeno lugar e a poesia de António salvado 6 “Poemas d’o Pequeno Lugar” é o último livro de poesia de António Salvado. Com a chancela da RVJ Editores, o livro reúne um conjunto poemas, daquele que é considerado como um dos melhores poetas portugueses, que se juntam com a arte de António Andrade Fernandes. O livro tem o prefácio de Manuel Costa Alves. Para esta edição o autor teve o apoio da Câmara de Castelo Branco. K
20 anos da Raia Aventura em livro 6 O Clube Raia Aventura assinalou os seus 20 anos de vida com a edição de um livro, onde estão reunidas os melhores momentos daquela coletividade e a apresentação das modalidades que pratica e que proporciona à população. É uma viagem onde o autor do livro, Nuno Mateus, ilustra o dinamismo daquela que é uma das mais populares associações da zona transfronteiriça portuguesa. A edição pertence à RVJ Editores. K
HBO Portugal 3 O serviço de streaming HBO Portugal já chegou e permite assistir em streaming ou fazer download de filmes, séries e programas infantis. Trata-se de um serviço semelhante ao da Netflix, com conteúdos exclusivos. O acesso é feito através de smartTV, smartphone, tablet, PC ou PlayStation, Chromecast ou Apple TV. Pode testar o serviço gratuitamente durante um mês, sem compromisso. Após o período experimental o valor é 4,99€ por mês. K
Stereossauro «Bairro da Ponte» 3 Um disco que junta o fado ao hip hop e a eletrónica. Stereossauro convida grandes nomes da música portuguesa, tais como Camané, Ana Moura, Capicua, Slow j, Carlos do Carmo, Gisela João, Rui Reininho, entre outros. É um bairro cheio de artistas, onde 19 temas acabam com a distância de estilo e idade. O Bairro da Ponte não é apenas um álbum. É a nova voz de uma velha cidade que pede para ser ouvida. K
FEVEREIRO 2019 /// 027
Nova técnica de impressão
Vem aí a cortiça em 3D 6 Imprimir em 3D com material 100 por cento biodegradável à base de cortiça já é possível, mediante uma técnica desenvolvida na Universidade de Aveiro (UA), que usa resíduos de cortiça resultantes do fabrico de rolhas. O novo material quer ser não só uma alternativa ecológica para qualquer impressora 3D como também dar aos objetos impressos o toque, o odor e a cor que só a cortiça pode dar. Em alternativa aos filamentos sintéticos disponíveis no mercado, cujos ingredientes plásticos não são amigos do ambiente, este material desenvolvido pela estudante Tatiana Antunes para a tese de Mestrado em Engenharia de Materiais “é uma solução totalmente nova”. A estudante revela que se trata de “um filamento compósito que foi desenvolvido re-
correndo a uma matriz plástica biodegradável e que incorpora
partículas de cortiça que são parte de um resíduo resultante
do processo de fabrico de rolhas”.
Biodegradável e solução para a reutilização de desperdícios de cortiça, o filamento apresenta tonalidades castanhas, tem um toque levemente rugoso e, durante o processo de impressão, emite um leve odor a cortiça. “Temos, assim, um filamento para impressão 3D, com personalidade e amigo do ambiente que pode ser usado para as mais diversas impressões, pois permite a impressão de objetos com uma excelente estética e qualidade, com uma cor característica associada”, aponta. Este projeto foi desenvolvido na Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN) e no Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica, sob orientação dos professores Martinho Oliveira e Elisabete Costa. O trabalho teve ainda o acompanhamento da investigadora Sara Silva, da ESAN, e da Amorim Cork Composites.K
Prazeres da boa mesa
Linguini com aroma de esteva e “trufa” portuguesa com certeza! 3Receita para 4 pessoas
acabado de ralar e com a criadilha crua igualmente ralada. K
Ingredientes 250g de Linguini All’Uovo 2 Gotas de Óleo Essencial de Esteva AROMAS DO VALADO 300g de Cogumelos Criadilhas (Terfezia arenaria ou Terfezia olbiensis) 50g de Bacon 50g Cebola (meia cebola média) 30g de Queijo Parmesão 1 Cubo de Caldo de Legumes 15g Alho seco (2 dentes de alho) 2 C. de Sopa de Manteiga 100ml de Natas 50ml de Vinho Branco Fonte Cal Q.b. de Sal Marinho Q.b. de Pimenta Preta de Moinho Q.b. de Água para cozer o Linguini
Preparação Reservar uma criadilha crua. Cortar as restantes em cubos
028 /// FEVEREIRO 2019
Receita criada no âmbito da investigação da utilização de óleos essenciais na cozinha, do livro: “Geoaromas, A Inovação na Gastronomia – Receitas”, IPCB, Edição RVJ Editores; Apoio: Alunos das aulas práticas de cozinha (IPCB/ESGIN); Sérgio Rodrigues e alunos de fotografia (IPCB/ESART); Helena Vinagre (Aromas do Valado).
Chef Mário Rui Ramos _ Chef Executivo
www.ensino.eu e estufá-las na manteiga com o alho, a cebola, o bacon e o óleo essencial de esteva, bem como os outros temperos. Refrescar com o vinho. Juntar o caldo de legumes e as natas. Deixar apurar. Cozer o linguini em água e sal, até que fique al dente e saltear com o molho anterior. Retificar os temperos. Servir com o queijo parmesão
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BOCAS DO GALINHEIRO
Mais um olhar sobre o cinema iraniano 7 Já homenageámos aqui o cinema iraniano através de um dos seus realizadores maiores, Abbas Kiarostami. Tivemos na altura oportunidade de lembrar os seus filmes exibidos em Castelo Branco, ainda no desaparecido Cinema S. Tiago de tão boas memórias cinematográficas, principalmente nas célebres, mas pouco frequentadas, sessões das 19 horas. Uma clientela pouco numerosa, mas fiel, tal como hoje no Cine Teatro, diga-se. Desta feita a nossa atenção recai em Asghar Farhadi, a propósito, e não só, do seu último filme, “Todos Sabem” (2018), exibido este mês no Avenida. Rodado em Espanha e falado em espanhol, uma língua que o realizador não domina, havia alguma expectativa sobre o resultado final desta obra. Posso adiantar que não deslumbra. Com um elenco de luxo, nada mais nada menos que o casal Penélope Cruz e Javier Bardem, talvez os dois actores espanhóis com mais crédito fora de portas (basta lembrar que ambos já arrebataram o Óscar, ela o de melhor actriz secundária em “Vicky Cristina Barcelona” (2008), de Woody Allen, mas podíamos também lembrar a sua participação em “Vanilla Sky” (2001), de Cameron Crowe, ao lado de Tom Cruise, remake de “De Olhos Abertos” (1997), de Alejandro Amenábar, onde também entrou, e Bardem também melhor actor secundário pela sua interpretação em “Esta País Não é Para Velhos” (2007), dos irmãos Coen, ele que já havia sido nomeado em 2001 para melhor actor em “Antes que Anoiteça”, de Julian Schnabel, no qual interpreta o escritor e poeta cubano Reynaldo Arenas, nomeação que viria a receber em 2010 por “Biutiful”, de Alejandro G. Iñarritu, para só recordar estes), Farhadi pega numa pequena povoação algures no interior de Espanha, onde Laura, Penélope Cruz, que vive na Argentina regressa para o casamento da irmã, vê a sua filha ser raptada durante a boda, e é em Paco, Javier Bardem, seu antigo namorado, que vai procurar, e encontra, apoio para enfrentar o acontecido. Com o marido na Argentina, é Paco que
IMDB H toma as rédeas para resgatar a jovem. Pelo meio o tal segredo que todos sabem e que vai influenciar e de que maneira o desfecho que, também sabemos qual vai ser. Uma realização que não deslumbra, mas que não está alicerçada num argumento muito convincente. Não por ser filmado no estrangeiro, não por causa da língua, mas porque não nos consegue surpreender. A carga dramática que conseguiu transmitir noutros filmes, não aconteceu aqui. Ao contrário, por exemplo, de Abbas Kiarostami, que com a intensificação das restrições à criação artística impostas na era Ahmadinejad, faz os seus últimos filmes em Itália, “Cópia Certificada”, em 2010 e em 2012, no Japão, “Like Someone In Love” (ou lembrar Jafar Panahi que, proibido de filmar, conta o filme em “Isto Não é Um Filme” ou deambula com a filha em “Taxi”, mostrando o quotidiano de Teerão), Fahradi goza de uma maior liberdade de expressão e de movimentos, daí que já tenha uma
anterior experiência no estrangeiro com “O Passado”(2013), rodado em França e em francês, mas aqui com a particularidade de envolver iranianos que vivem em França. De qualquer forma, apesar de ser um excelente filme, que também ele anda à volta de um divórcio, mas também de um regresso, o de Ahamad a Paris, depois de alguns anos em Teerão, para assinar os papéis do divórcio, uma vez que a sua mulher tem um novo relacionamento. Claro que nem tudo é simples, antes pelo contrário, há filhos, de vários casamentos, há dúvidas, há suspeições, na complexidade das relações que se estabelecem. Foi com “Uma Separação” (2011), Óscar de melhor filme estrangeiro, que Asghar Fahradi impôs um reconhecimento para uma obra consistente (no seu país passou a herói nacional), e em que as relações conjugais são o cerne do filme, aqui colocadas pela mulher que pretende sair do Irão, ao contrário do marido que, com o pai doen-
te, pretende ficar, mas que se vê envolvido noutra disputa com uma mulher que toma conta do pai e que o acusa de a ter empurrado e provocado um aborto. Ao pretender uma compensação económica, sobressaem as desigualdades que existem no Irão: uma classe média que apesar das novas regras que lhe foram sendo impostas pelo Estado dos ayatollahs, ainda mantém um nível de vida a que as classes baixas não conseguem chegar. Mas há ali também um olhar sobre uma justiça que vai empurrando tardando a decidir. Para favorecer o homem, desgastar a mulher? Quem sabe. Porém, consumada a separação, Fahradi mais uma vez não toma partido. Com qual dos pais a filha vai ficar? Cada qual que decida. Aliás esta indefinição, este deixar em suspenso o desfecho da trama, é uma marca que vai deixando nos seus filmes. Não estranha pois que em “O Vendedor” (2016), volte ao tema do relacionamento conjugal, desta feita por interposto intruso que surpreende a mulher enquanto toma banho e das dúvidas que se instalam no marido e do receio dela em ficar sozinha em casa. Simultaneamente decorrem os ensaios da peça de Arthur Miller “Morte de um Caixeiro Viajante”, em que ambos participam, criando o realizador/argumentista um paralelismo entre os personagens da peça e os papéis na vida real, incluindo o intruso que o homem quer descobrir. E, é nesta sua busca que provoca a deterioração da sua relação com a mulher, que se agrava, por força dos preconceitos que afinal mantém. Como nos seus outros filmes, o tema da discórdia é recorrente, o homem é aqui posto à prova, numa sociedade em que o peso da religião e da tradição não só não despareceu como cresceu. Mais um Óscar para Asghar Farhadi e para uma cinematografia que, apesar das limitações culturais impostas, consegue suplantá-las com maiores ou menores artifícios. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _ Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico
pela objetiva de j. vasco 3 Entre mim e lá fora as grades A realidade desfocada Será da minha vista, ou do meu olhar Ou será a realidade que se desfocou Do seu objetivo Serão os meus olhos já cansados de tantos sonhos vividos De tanto desejo perdido De tanto querer abandonado Que me impede de alcançar as certezas de outrora Lutei até quebrar… e quebrei De pé, a olhar pelas grades Para uma realidade desfocada dos meus anseios Não desisto, assisto. K (Da minha viagem a Cuba, foto e texto)
FEVEREIRO 2019 /// 029
unesco
“Despertar consciências” 7 A educação é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento integral do ser humano, sendo que cabe à escola e aos educadores fomentar e despertar consciências para o mundo que se encontra em constante mutação. O trabalho desenvolvido no Agrupamento de Escolas Miguel Torga tem tido como objetivos despertar a comunidade escolar para os problemas mundiais, para a atenção com o “Outro”, desenvolvendo o pensamento crítico perante as questões do seu tempo e consciencialização do contributo de cada um para uma cidadania ativa na sua comunidade, no seu país e no mundo. Esta estratégia de ação tem sido possível, mediante um trabalho em rede entre as diversas estruturas da escola (Direção, Biblioteca Escolar e coordenadoras do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular e Cidadania e Desenvolvimento). Uma das linhas de ação tem sido a promoção/reflexão em torno dos Direitos Humanos, mediante a organização de palestras com elementos da escola e Organizações Não Governamentais, participação em Concursos promovidos pela Autarquia; exposições alusivas ao Dia Internacional dos Direitos Humanos e projetos desenvolvido no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento. Entre outros exemplos, destacamos os trabalhos
desenvolvidos pelas turmas de 7º ano no âmbito da comemoração dos 70 anos da Declaração do Direitos do Humanos mediante duas exposições inspiradas na “Árvore dos Direitos Humanos” e a Estafeta da Leitura dos Direitos Humanos que envolveu todos os alunos do Ensino Básico. Por outro lado, a sensibilização face aos Direitos das Mulheres e à questão da Igualdade de Género tem sido outro foco de atuação. Neste âmbito, a Biblioteca Escolar tem realizado inquéritos sobre o papel do género nas tarefas domésticas e cuidados à família, e sessões sobre o género e as práticas desportivas, bem como a sua visibilidade na
imprensa desportiva; em torno da comemoração do Dia Internacional da Mulher, foi apresentada a exposição denominada “As mulheres filósofas” e, posterior debate/reflexão em torno da instalação “Dinner Party” da artista Judy Chicago em torno do mote “A nossa herança é o nosso poder”. No que concerne à cidadania ativa e participativa, foi promovido um workshop alusivo ao concurso “Media@ção” em torno do tema “Media, democracia e tolerância” em parceria com a Biblioteca Escolar para os alunos do Ensino Secundário. A Escola Secundária Miguel Torga integra projetos como o Parlamento
dos Jovens e Assembleia Municipal Jovem, desenvolvendo competências de tomada de consciência democrática, através de trabalho colaborativo e autónomo desenvolvido na elaboração de projetos de caráter multidisciplinar. No ano letivo 2017/2018 os alunos do Ensino Secundário participaram no debate sobre os 150 anos da abolição da Pena de Morte em Portugal, subordinado ao tema “Pena de Morte: justiça ou crueldade?” no Auditório do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa. Outra linha de ação do Agrupamento tem sido a aposta no desenvolvimento do pensamento crítico, a compreensão, o respeito e a consideração pela diversidade de opiniões, pensamentos e culturas que enriquecendo a forma como somos e vivemos no mundo. Elegeu, assim, Filosofia para crianças (1º ciclo) como disciplina de Oferta complementar de escola É um espaço de descoberta, de interrogação, problematização, reflexão e aprendizagem promovendo os valores essenciais do respeito pelo Outro à luz dos princípios éticos e democráticos, tendo como fundamento o método reflexivo e dialógico. Por outro lado, têm sido feitas ações/exposições no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Filosofia. Maria João Carapinha _ Agrupamento de Escolas Miguel Torga, Queluz
As ESCOLHAs DE VALTER LEMOS
Africa Twin – A rainha
3 Existem hoje muitas motos de aventura. Mas, há uma que se distingue no imaginário de grande número de interessados em andar de moto – a Africa Twin. Esta moto nasceu da máquina preparada pela Honda para o Paris-Dakar em meados dos anos oitenta do século passado e que venceu quatro vezes o mais famoso rali do mundo nessa época. A primeira versão (1988/89) tinha um motor de 650 cc com 50 cv. Em 1990 aparece a histórica versão XRV750, com um motor de dois cilindros em V, 3 válvulas por cilindro, refrigeração líquida e 62 cv de potência, que será produzida até 2003 e que se tornou num ícone do motociclismo. Em 2016 a Honda ressuscitou a Africa Twin para alegria de muitos. Se a histórica versão já era vista como uma moto para todos os terrenos, a versão atual CRF 1000L corresponde mesmo ao seu lema: “vá para qualquer lado”. O motor continua obviamente bicilíndrico, mas agora com 998 cc e 4 válvulas por cilindro, refrigerado a líquido e 94cv de potência. A transmissão é de dupla embraiagem com uma caixa de 6 velocidades, que também pode ser manual, neste
030 /// FEVEREIRO 2019
caso servida por uma embraiagem deslizante. Existem 3 modos de condução, adaptados a diferentes terrenos. Para condução em terreno mais acidentado existe ainda um botão G que modifica o controlo da embraiagem e permite uma condução mais direta em pisos mais soltos ou acidentados. O sistema de controlo de tração tem 4 níveis incluindo
desligado que permite bloquear a roda traseira. As suspensões são Showa e facilitam uma condução segura e confiante. Os travões são de duplo disco à frente de 310 mm e disco simples de 256 mm atrás. A CRF 1000L tem um depósito de 18,5 litros o que lhe permite uma autonomia de mais de 400 quilómetros. Mas, no final de 2018 a Honda lançou uma versão da Africa Twin ainda mais aventureira, que designa por Adventure Sports. Com a mesma mecânica da original, esta distingue-se por suspensões mais longas e ajustáveis, maior distância ao solo, carenagem alongada e um depósito de 24 litros que permite mais de 500 quilómetros. Qualquer percurso pode, pois, ser desafiado com confiança por esta máquina, que continua, assim, a merecer o título de rainha da aventura. A Africa Twin não é por isso uma moto barata. Os quase 14 mil euros da versão normal e os mais de 15
mil da Adventure Sports não estão ao alcance de todas as bolsas. Mas, deve dizer-se que a relação qualidade-preço é inteiramente justa. K
Em Nisa
Menir do Patalou em vias de classificação 6 O Menir do Patalou, no concelho de Nisa, reerguido em 2015 por uma equipa de arqueólogos da Universidade de Évora, liderada por Jorge Oliveira, professor no Departamento de História e diretor do Laboratório Pinho Monteiro da UÉ, encontra-se em processo de classificação. O Anúncio foi publicado dia 21 de fevereiro, no Diário da República, informou a universidade em comunicado. Com quatro metros de comprimento e cerca de sete toneladas, o Menir do Patalou, está localizado junto a uma estrada que liga Nisa à albufeira de Póvoa e Meadas, no concelho de Castelo de Vide, distrito de Portale-
gre, objeto de estudo e reabilitação em 2015, no âmbito de um protocolo entre a Universidade de Évora e a Câmara Municipal de Nisa. Os resultados dos trabalhos arqueológicos indicaram que este menir foi erguido em meados do quinto milénio antes de Cristo, tendo as primeiras comunidades neolíticas talhado, transportado e erguido para cultos à fertilidade. Em entrevista divulgada pela Universidade de Évora, Jorge Oliveira, indicou que, após submeter a matéria orgânica encontrada no menir por radiocarbono, confirmouse que “os menires são substancialmente mais
antigos do que os dólmenes”, revelando-se uma descoberta de interesse internacional, considerado “um dos mais volumosos menires explicitamente fálicos da Península Ibérica”. O anúncio agora publicado é relativo ao
despacho de 20 de novembro de 2018, da diretora-geral do Património Cultural, Paula Araújo da Silva, que determina a abertura do procedimento de classificação, sob proposta da Direção Regional de Cultura do Alentejo. K
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artes plásticas e multimédia
Estudos de filosofia e de cultura contemporânea
Governo fez recondução
Docente de Évora preside ao hospital 6 O Governo reconduziu a professora e investigadora da Universidade de Évora (UÉ), Maria Filomena Mendes, para presidir ao conselho de administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE). O anúncio foi feito, dia 7 de fevereiro, em comunicado do Conselho de Ministros, nomeando ainda Isabel Maria Santos Silva, Francisco Augusto Batista Chalaça, Luís Filipe Navarro Canhão Cavaco e Maria Elisa Brissos como vogais executivos do conselho de administração desta unidade hospital. Recorde-se que Maria Filomena Mendes liderou
o HESE entre 2009 e 2013, regressando à presidência do conselho de administração do hospital de Évora em 2016. Especializada nas questões ligadas à natalidade e fecundidade em Portugal, Maria Filomena Mendes é professora no Departamento de Sociologia da Escola de Ciências Sociais, investigadora no Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades (CIDEHUS) colaborando ainda no Centro de Investigação em Sociologia e Antropologia Augusto da Silva (CISAAS). Na UÉ assumiu ainda, entre outros, o cargo de Vice-Reitora entre 2014 a 2016. K
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FEVEREIRO 2019 /// 031
Escolas, Municípios e Governo juntos
Educação, com segurança e paz 6 O Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz, desenvolvido em conjunto pelo Ministério da Defesa Nacional e o Ministério da Educação, com a colaboração das Áreas de Governo da Presidência e Modernização Administrativa e da Administração Interna foi assinado, no passado dia 24 de fevereiro, na Escola Básica e Secundária de Alcains, numa cerimónia que contou com a presença de autarcas, do Ministro da Defesa e da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro. Na cerimónia, a Secretária de Estado considerou que “a educação não deve preparar apenas bons técnicos e adiantou que é fundamental construir bons cidadãos”. Na sua perspetiva, “a educação não deve preparar apenas bons e boas técnicas, nos domínios da matemática, do português, mas é fundamental construir cidadania e construir bons cidadãos e cidadãs. Com este Publicidade
032 /// FEVEREIRO 2019
Defesa Nacional H protocolo, estamos a fazer mais cidadania”, afirmou. A cerimónia marcou a adesão dos 11 municípios do distrito de Castelo Branco ao Referencial de
Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz. No entender da Secretária de Estado, “os protocolos que se assinaram, no fundo, são
instrumentos fundamentais de concretização de várias estratégias de política pública nacional, que cruzam as áreas da defesa nacional, da igualdade e
da não discriminação e da educação”. Para a governante, estes protocolos têm a mais valia de trazer para as escolas aquilo que se passa na sociedade e capacitar os professores para os vários domínios da educação para a cidadania. Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco (concelho anfitrião da assinatura dos acordos) considera “que não podemos virar as costas a temáticas como a xenofobia, violência doméstica, racismo ou de qualquer tipo de violência, e sabemos que para combatermos este flagelo e garantirmos que as gerações futuras venham a ser mais tolerantes é necessário um trabalho de base focado nas camadas mais jovens. É aí que entra este compromisso na forma do Protocolo que assinamos juntamente com os ministros da Defesa e da Educação e com as Secretarias de Estado para a Cidadania e Igualdade e das Autarquias Locais”. K