novembro 2016 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XIX K No225 Assinatura anual: 15 euros
ensino jovem
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rui tavares, historiador
Ensino Superior deve abrir-se ao Mundo
O escasso rejuvenescimento no ensino
superior, a esquerda e a direita, o prazo de vida da “geringonça”, o “brexit”, a Europa na encruzilhada e a receita para combater o “trumpismo”. Temas para refletir com a ajuda de Rui Tavares. A entrevista aqui fica. C
castelo branco é fundador
universidade
UBI lidera projeto internacional C
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Évora assinala aniversário
Idanha leva Portugal ao Mercado de Estrasburgo C
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IPCB prepara reorganização C
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CCIsp
Nuno Mangas eleito presidenteC P 13
Fundação de Serralves estende-se ao País
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Rui Tavares, historiador
Há uma grande falta de reciclagem nas universidades 6 O escasso rejuvenescimento no ensino superior, a esquerda e a direita, o prazo de vida da “geringonça”, o “brexit”, a Europa na encruzilhada e a receita para combater o “trumpismo”. Temas para refletir com a ajuda de Rui Tavares. Estamos a seis anos da comemoração do 48.º aniversário do 25 de abril, ou seja, os mesmos 48 anos que durou o regime do Estado Novo. Que balanço pode fazer do período democrático em termos das conquistas consolidadas e das que se perderam? Aqui há uns tempos dei-me conta dessa trivialidade que é concluir que ainda não tivemos mais um dia de liberdade do que aqueles que tivemos de opressão. E dei-me conta como era importante apercebermonos da fragilidade dessa liberdade. Mais ainda nos anos em que vivemos, sob o domínio da “troika”, em que boa parte das conquistas sociais do 25 de abril foram revertidas e outras ficaram em risco, nomeadamente as relacionadas com o Estado social e o desenvolvimento económico. Foi com esse norte que orientei a minha atividade política recente, no LIVRE, em que reforcei a mensagem da necessidade de
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uma convergência à esquerda no sentido de segurar as conquistas do Estado Social. Por exemplo, o Serviço Nacional Saúde, a Segurança Social, o acesso ao ensino superior – esta é essencial e a primeira que a seguir ao 25 de abril as famílias da classe média e da classe baixa (como a minha) agarraram com as duas mãos a hipótese de dar aos filhos uma formação superior. Eu venho de uma família em que tanto o meu pai como a minha mãe tinham como escolaridade a 3.ª e a 4.ª classe. Tiveram cinco filhos, todos completaram o ensino superior e, em alguns casos, adicionaram mais de um ciclo do ensino superior. Essas conquistas não são apenas individuais ou familiares, mas têm a ver com um sonho antigo de país para estas pessoas que Portugal consiga aproveitar ao máximo o desenvolvimento, o conhecimento, o cosmopolitismo, a abertura ao mundo, as liberdades, a realização pessoal, etc. E que todos estes projetos possam ser garantidos no nosso território e não emigrando. Estes sonhos estiveram ameaçados? Estiveram. E acho que, paulatinamente, houve uma tomada de consciência de que isso ;
esteve em risco e conseguiu mexer a política em Portugal, mas não nos deve fazer entrar numa atitude complacente em que só as mudanças na política é que podem evitar que as conquistas e o rumo não se percam. O jornalista centemente que falha bom mote
Gustavo Sampaio lançou reum livro chamado «PorPortugal?». O título é um para a próxima questão…
Ainda não tive oportunidade ler, mas li um dos anteriores dele, «Os privilegiados» e gostei particularmente da análise séria e documentada, com uma forte base empírica. Mas respondendo à questão, penso que o principal problema de Portugal é político, à semelhança aliás, da maioria dos países. Acredito na capacidade que as sociedades têm de dialogarem e de decidirem relativamente aos seus rumos, fazendo, no fundo, a sua política e a estratégia funcionar em prol da coletividade. Quando este aspeto está bem resolvido do ponto de vista cívico-político o resto consegue-se. Devíamos aprender com algum país? Por exemplo, o que a Finlândia faz em matéria de ensino. Creio que se devia imitar o “ethos”, ou seja, a essência do debate que eles fazem. Eles conseguem colocar-se de acordo relativamente ao tipo de ensino que querem ter e depois trabalham nele durante 10, 20 ou até 30 anos. Os frutos virão depois quando as gerações sucessivas chegarem à idade adulta. Como é possível alcançar consensos sobre uma área tão sensível como o ensino? Primeiramente, passa por uma renovação muito grande dos partidos políticos, que mantêm-se como estruturas muito centralizadas, disciplinadoras e castradoras da iniciativa individual. Os partidos à esquerda perceberam que tinham de trabalhar em conjunto e operaram uma certa abertura de cada um deles ao exterior, mas ainda não houve abertura ao seu próprio interior. Não ouvem a militância e não ouvem os cidadãos em geral. Para além disso, o sistema de escolha de deputados e organização dos grupos parlamentares não facilita, porque é a direção do partido que escolhe quem quer. Os independentes não trouxeram sangue novo à política? Não creio que por si só resolva a questão fundamental que é a da falta de abertura dos partidos. Não há democracia sem partidos, mas estes também deviam reconhecer que não pode haver partidos sem muito mais democracia. E aquilo que temos hoje em dia são direções partidárias com apêndices de alguma militância mas, acima de tudo, com um grande grau de funcionamento subsidiado pelo Estado e até parasitação dos grupos parlamentares. Um artigo recente do “Público” demonstra que os partidos, em grande medida, pegam nas condições de trabalho que são dadas aos
grupos parlamentares e utilizam-nas em favor do trabalho partidário. Isto tem que mudar, até para que muita gente nova possa exercer política, para que, de uma vez por todas, a política não seja uma atividade de casta. Quando o conseguirmos fazer, Portugal terá mais facilidade em circular a sua população pela atividade cívica e política, facilitando o encontrar de caminhos e estratégias coletivas. Nas últimas legislativas o LIVRE falhou a eleição de um deputado para o Parlamento, após um processo de primárias muito participado. Não se conseguiu fazer passar a mensagem? Foi importante fazer primárias abertas e um programa com participação coletiva ampla, com centenas de pessoas. O nosso programa, em temas como as políticas energéticas, a economia, a educação, na saúde, etc, estava muito mais aprofundado em comparação com os programas dos partidos tradicionais. Importa não esquecer que os partidos tradicionais mudaram a lei de cobertura das campanhas eleitorais na última sessão antes das ferias parlamentares. Em qualquer país do mundo isto seria um escândalo, porque viciou por completo as regras do jogo e prejudicou qualquer dos partidos emergentes, como o LIVRE. Não tivemos acesso aos debates televisivos onde foi que basicamente se fez o resultado das eleições legislativas. Os partidos tradicionais defenderam o seu monopólio. Escreveu o livro “Esquerda e direita”, em que defende que faz cada vez mais sentido esta dicotomia. Como explica isso no caso português? Ao contrário do que as pessoas pensam, em Portugal e no mundo, a esquerda e a direita têm-se clarificado e consolidado. Essa distinção faz sentido porque nas-
ceu com o próprio conceito de soberania popular, ou seja, logo a seguir à Revolução Francesa. É a partir do momento em que deixam de ser os monarcas a dizer-se devemos ir para um lado ou para outro, que a sociedade reclama para si essa possibilidade. Numa análise mais granular é possível dividir a esquerda e a direita entre conservadores e progressistas, socialistas e liberais, ecologistas e desenvolvimentistas, etc. Eu digo também que alguma polarização política é importante porque dinamiza a sociedade, porque faz com que tenhamos a possibilidade de nos organizar em torno de ideias e de grandes sentimentos sociais e políticos. Contudo, o excesso de polarização pode fazer reentrar os sentimentos feudais que existiam nas sociedades pré-modernas e a principal bitola que eu uso para distinguir uma polarização política positiva e uma destrutiva é quando o compromisso político deixa de ser assumido por todos nós e passa a ser visto como uma questão de desonra pessoal e de desonra do adversário. É isso que tem acontecido no Brasil e nos Estados Unidos, nos últimos tempos, com o bloqueamento das sociedades. A solução de governo em Portugal é histórica. A esquerda enterrou o tabu sobre a governação? Sempre achei possível esta solução de governo. Aliás, eu escrevi na primeira edição do livro que o entrincheiramento da esquerda portuguesa não se devia a nenhuma explicação sociológica, estrutural ou política, mas sim porque as direções dos partidos não queriam. Não era preciso procurar explicações mais complicadas. Nós já tínhamos tido entendimentos políticos à esquerda para a Câmara de Lisboa, em plena queda do Muro de Berlim, quando Jorge Sampaio estava em campanha com o PCP. A cegueira da falta de diálogo entre a esquerda prejudicou du-
rante tempo demasiado o povo português e isso media-se em desempregados, em facilidade no despedimento, degradação do SNS, privatização da Segurança Social, etc. Felizmente atingiu-se um acordo e mais rápido do que muita gente supunha. E do meu ponto de vista não há retrocesso possível e entra-se numa fase em que já não é possível dizer que é inviável governar à esquerda em Portugal com o entendimento e participação dos partidos. A “geringonça” tem pernas para ir até ao fim da legislatura? Penso que sim. Isso só não acontecerá se os partidos que lhe deram corpo não quiserem e não entenderem que é importante preservar o essencial do Estado Social, devolver rendimentos às pessoas e inverter a lógica de gradual empobrecimento para sair da crise. Também é preciso manter o país no projeto europeu, se possível mais vivo e com mais voz, tornando-o mais social e mais democrático. Porque eu acredito que o projeto europeu é reformável e logo o país pode ser governado à esquerda, com uma ética mais igualitária, com mais progresso e justiça social, produzindo uma dinâmica que é positiva. O povo português quer um país europeu e desenvolvido, com uma perspetiva internacionalista. Defendeu quando era eurodeputado ações judicias contra a “troika”. Em outubro, transitou em julgado a primeira condenação no Tribunal Europeu. De que forma esta decisão pode dar alento aos cidadãos para avançarem para os tribunais? A área da saúde é provavelmente a mais evidente. A Fundação para a Saúde publica todos os anos o relatório da primavera com as condições de saúde em Portugal e eu apresentei ;
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com a Dra. Maria de Belém Roseira o relatório de 2015 e as suas conclusões eram completamente arrasadoras. Muitos milhares de portugueses perderam o acesso normal e continuado à saúde, muitos deixaram de comprar medicamentos, outros desistiram de ir às urgências devido às taxas moderadoras, doentes oncológicos perderam o acesso a transporte fácil e a preço razoável para os tratamentos, etc. Isto aconteceu noutros países também, por exemplo, na Grécia, que já estava acometida por grandes disfunções no seu sistema de saúde. Em Portugal, o SNS funcionava de forma bastante razoável até aos anos da “troika”, felizmente sobreviveu, mas afastou muita gente do sistema, o que é garantido pela nossa ordem constitucional, como é protegido pela carta dos direitos fundamentais da União Europeia. E aqui é que bate o ponto… Depois de muitos anos a defender que a “troika” implementava políticas que violavam os direitos fundamentais, enquanto cidadãos portugueses e europeus, o Tribunal de Justiça da UE diz, claramente, que é possível aos cidadãos europeus intentarem ações contra as instituições europeias que integravam a “troika” – a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu – porque elas têm a obrigação de respeitar a carta europeia que tem uma importância equivalente à dos tratados. O tema UE continua a ser marginal no debate na sociedade portuguesa? Portugal tem um enorme défice de conhecimento no nosso debate sobre políticas europeias. E devo dizer que a esquerda tem uma responsabilidade particular. Uma parte da esquerda fala da Europa como se esta fosse um papão e ao fazê-lo está provavelmente a conquistar espaço mediático e alguns votos, mas está a prestar um mau serviço aos cidadãos portugueses. A saída do euro, o pseudo referendo ao Tratado Orçamental – que nem sequer constitucional é – não são argumentos que ajudam a um debate positivo sobre a Europa. Tenho procurado dar o meu contributo para que o debate europeu em Portugal não seja estéril, mas não é fácil. Antevê um “brexit” duro ou suave? Penso que há boas possibilidades de o processo ser rápido, a partir do momento em que for acionado o artigo 50 do Tratado de Lisboa e a que se seguirão dois anos de negociação. Se a negociação chegar a bom termo há um acordo, se falhar o direito europeu deixa de se aplicar no Reino Unido. Acho que o balanço da permanência do Reino Unido na UE foi claramente positivo, porque a economia cresceu 69 por cento desde que começou o mercado único, em 1993, tendo acesso a um mercado enorme de 500 milhões de consumidores. No século XIX o Reino Unido tinha um império, hoje não tem, por isso, estou em crer que se o “brexit” for duro, dentro de 5 a 10 anos, será possível clarificar a situação e poderá, finalmente, fazer-se o balanço sobre se foi bom ou não sair da UE.
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«Esta Europa vai mudar, mas não vai morrer», escreveu no seu artigo semanal no “Público”. Como vai ser o projeto que integramos? Não creio que vá ser uma Europa muito diferente. Eu já tinha escrito há meses que o referendo britânico é um problema britânico. A verdade é que no dia seguinte ao referendo os britânicos não sabiam bem o que fazer. Não creio que essa escolha dos britânicos ponha uma dúvida existencial sobre a própria UE. Creio que até muitas opiniões públicas de vários países manifestaram, ao contrário de certa retórica folclórica, que é importante a manutenção no projeto. Mas a Europa não sai fragilizada por perder um dos seus membros mais poderosos? A União Europeia tem uma encruzilhada à sua frente. Se a esquerda europeia continuar o caminho de distanciar-se do projeto europeu estará, pela sua ausência, praticamente a garantir que o rumo da UE seja decidido nas reuniões do PPE, o maior partido europeu (que engloba a direita conservadora e democrata-cristã) que junta mais eurodeputados e mais governos. Este partido trocou a ideologia pelos lugares de poder. E o PPE pretende que no futuro a cooperação no seio da UE se resuma a questões militares e de segurança, excluindo o aprofundamento da democracia europeia. E aqui é preciso que a esquerda apresenta propostas que contribuam verdadeiramente para o desenvolvimento da UE, como por exemplo, o salário mínimo europeu, a segurança social europeia, o Plano Marshall para os países do sul, investimentos na área da tecnologia, ensino superior, etc. Promoveu, durante a sua permanência como eurodeputado, um projeto para as bolsas de estudo de natureza ampla. Que balanço faz dos frutos da iniciativa? Há duas coisas que me comovem pessoalmente e mexem comigo: bibliotecas e bolsas de estudo. Foi isto que me permi-
tiu criar o meu universo pessoal, estudar e seguir uma carreira profissional e intelectual. Decidi que quando tivesse essa oportunidade material iria ajudar quem precisasse. Não foi uma promessa política, só depois de eleito é que anunciei o que iria fazer, para que não subsistissem dúvidas sobre os motivos por trás da iniciativa. E como é que as pessoas reagiram?
torna muito difícil que se encontre um lugar disponível na carreira de professor e investigador. Quem queira formar pessoas e dar aulas no seu país, muito mais facilmente encontra lugar no exterior. Portugal precisa de criar oportunidades para toda esta gente e precisa de se abrir ao mundo. Se formos uma nação aberta, deixaremos de ser um país de fuga de cérebros e conseguiremos manter alguns aqui e receber outros. As universidades precisam de se abrir mais à troca de experiências com as suas congéneres de língua portuguesa e fomentar o ministrar de algumas cadeiras em línguas estrangeiras. E há outro ponto: deve investir-se em reabilitação urbana, porque é através deste setor que podemos apostar nas indústrias criativas, culturais, de base tecnológica, do “design” e outras, que atraem jovens de todo o mundo e ao atraí-los, criam emprego, também, para os jovens portugueses. Para os que cá estão e para os que emigraram e desejam voltar. Isto é um plano que demora tempo, porventura 5/10 anos, mas seria bom assumi-lo como estratégia nacional, debatendo-o no Parlamento e com a sociedade civil. Viveu “in loco” em Nova Iorque a madrugada em que foram anunciados os resultados das eleições americanas, que deram a vitória a Donald Trump. Alguma vez julgou possível este desenlace?
No primeiro ano o projeto foi feito de forma mais tradicional. Houve candidaturas de todo o género, desde a matemática, a antropologia, artes, música, estudos regionais sobre África, direito e ciência política, etc. No total foram 70 candidaturas e atribuímos sete bolsas, o que é um rácio relativamente normal. A última a ter conseguido chegar ao fim foi uma banda desenhada que é uma biografia de Fernando Pessoa, da autoria de Miguel Moreira e Catarina Verdier. Sempre que vejo este livro numa livraria fico muito honrado por puder ter ajudado a criar esta obra que para mim é muito especial. Também consegui levar, com a ajuda da eurodeputada Ana Gomes, uma biblioteca para Timor Leste.
Nas semanas que precederam as eleições acreditei em tudo. As sondagens estavam muito voláteis. O ambiente em Nova Iorque é ainda de uma certa incredulidade. O primeiro dia após a eleição foi muito silencioso, o que é estranho para uma cidade tão cheia de trânsito e barulho, e viam-se caras muito fechadas. Os protestos começam a aparecer em diversas cidades do país, mas para já estão confinados à juventude, aos estudantes universitários e aos imigrantes. Trump manteve uma linha ligada aos pensamentos mais básicos da população, convencendo-a que é justificado ter esses sentimentos e é preciso agir politicamente em função do rancor, do ódio e do medo. E pelos vistos funcionou.
Quanto é que retirava do seu vencimento de eurodeputado para esta iniciativa?
Os protestos visam mais a personalidade de Trump ou o sistema eleitoral americano?
1 500 euros mensais, em média, o que é um quarto do salário de eurodeputado, que é cerca de 6 mil euros – Ao contrário do que afirma Marinho e Pinto, que disse, entre outros disparates, que o ordenado de um eurodeputado é de 18 mil euros.
Sobre o sistema eleitoral ele tem razão de ser para não beneficiar os estados maiores em relação aos estados pequenos. Sobre o sistema eleitoral vai ser muito difícil alterar a Constituição dos Estados Unidos. Há quem proponha alternativas, e no ano 2000 surgiu a ideia de que o candidato que perdesse no voto popular, mesmo que ganhasse nos estados, pudesse indicar aos seus eleitores no colégio eleitoral que votassem no candidato que teve mais respaldo popular. Esta situação, a acontecer, é quase sempre com um presidente democrata com mais voto popular e um presidente republicano com mais estados conquistados. Se a proposta fosse para a frente, George W. Bush e Donald Trump não seriam eleitos, como ;
O desemprego jovem continua na ordem do dia. Há soluções para estancar este problema? É uma questão muito séria e que já afeta uma geração muito mais lata que a dos 20 anos, a dos recém-licenciados. O ensino superior português não é rejuvenescido há muito tempo. Há uma grande falta de reciclagem na função pública, nomeadamente nas universidades, o que
tal, os republicamos nunca apoiariam este processo. E transpondo esta situação para o caso europeu, estou certo que nós, portugueses, estaríamos a defender um sistema de colégio eleitoral para não dar automaticamente o lugar de presidente da UE a quem ganhasse os votos combinados dos países maiores, ou seja, a Alemanha, a França e a Itália. Então, o que se contesta verdadeiramente? Creio que os protestos não se baseiam no sistema eleitoral, mas sim sobre o tipo de sociedade que estes jovens, de um dia para outro, encontram como sendo a sociedade maioritária. Um jovem de uma minoria étnica, filho de emigrantes, da comunidade LGBT, ou negro, depara-se com uma sociedade que maioritariamente recusa e desconsidera estas minorias. E estes jovens, na faixa etária entre os 18 e os 25, que residem nas grandes cidadãs americanas sentem-se cidadãos do mundo, são cosmopolitas e acham abominável que haja quem insulte e rejeite estas minorias. E repudiam liminarmente esta cultura da xenofobia e do nacionalismo. E ainda bem. Diz que Trump é uma aberração política. Os ingredientes da personalidade só podia ter êxito nos Estados Unidos? Não creio. Não vamos trocar um tipo de excecionalismo americano por outro. Depende da forma como estamos organizados, da mobilização e do discurso. No Brasil também foi eleita uma mulher e depois foi varrida do poder por uma série de machistas. Antes de Trump foi Obama a fazer história ao ser o primeiro presidente negro na Casa Branca. Trump é uma aberração política que é recorrente na história e o símbolo de um nacionalismo como ideia que Orwell definia como a tese que podemos identificar os humanos como identificamos insetos num gabinete de entomologia e conseguimos dizer que um é muçulmano, o outro caucasiano, e muçulmano, etc. E não é também cidadão do mundo e preocupado com o destino do planeta? Esta lógica de estar tudo arrumado em gavetinhas é o maior risco de uma certa preguiça intelectual que vai emergindo. Como antevê a relação de Washington com o mundo? Haverá uma aproximação a Moscovo e um distanciamento face à Europa e à China? Trump disse sobre a China que instruirá o seu Secretário do Tesouro para declarar este país um «delinquente monetário». Se cumprir com essa promessa, vamos ter um escalar de tensões. Em relação à Rússia, Trump é um produto da política de blocos, que tão bem nos lembramos da nossa infância e adolescência. A sua visão do mundo é um homem forte em Moscovo e um homem forte em Washington a entenderem-se e a decidirem o estado do mundo por sobre a cabeça do resto do mundo, especialmente dos europeus, que estão no meio desses dois
blocos. Putin e Trump têm em comum a mesma visão do mundo: cada tirano no seu lugar deve por a sua casa em ordem. O cidadão normal não conta para nada. Perante isto, para a Europa chegou a hora da verdade… Porquê? Porque a Europa tem de decidir o que quer ser e acabar com o criticismo da moda. Se achar que é para ir nesta voga de autoritarismo de Trump/Putin e de populismo então acabamos com a União Europeia. Se a UE quiser ter um futuro, alguma palavra a dizer no mundo e assumir o mercado único como a maior economia do mundo – maior ainda que a dos Estados Unidos – terá de ser mais integrada e a nós cidadãos europeus compete-nos garantir que essa integração se faz com base na democracia, nos direitos humanos e no Estado de Direito.
A Europa precisa de entender que com a vitória de Trump acabou a história do líder do mundo livre. Ele não é o nosso líder, nem sequer é nosso amigo. As consequências para a liberdade do mundo e a ordem internacional são as mais terríveis. Vou dar dois exemplos. Ele deverá reconhecer a anexação da Crimeia, o que faz passar a mensagem que a força militar é uma forma correta de resolver as disputas territoriais. Nós que pensávamos ter ultrapassado isso há 70 anos. Não admira que a UE passe a discutir se quer ter um exército. Dito isto, as consequências para a militarização do mundo são enormes. 8 de novembro de 2016 ficará na história como um dia negro para o mundo. As eleições na França e na Alemanha podem ser o golpe final numa Europa crescentemente irrelevante?
CARA DA NOTÍCIA O mais influente no Twitter 6 Rui Tavares é historiador e escritor, nascido em Lisboa, em 29 de julho de 1972, com estudos em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa, em Ciências Sociais pela Universidade de Lisboa, e em História e Civilizações pela École dês Hautes Études en Sciences Sociales de Paris. Atualmente é investigador convidado no Remarque Institute da Universidade de Nova Iorque. É cronista no jornal «Público», comentador na RTP3 e foi um dos criadores do blogue Barnabé, em conjunto com Daniel Oliveira. Foi eurodeputado (2009-20014), como independente nas listas do Bloco de Esquerda, um dos fundadores do partido LIVRE, e um dos promotores da candidatura LIVRE/Tempo de avançar. Sobre a atual crise europeia, publicou «A ironia do projeto europeu», em 2012, e foi um dos idealizadores do Projeto Ulisses e do documento «Ulisses – Quebrar o feitiço da crise», em 2013. Em 2015, escreveu. «Esquerda e Direita – Guia histórico para o século XXI», editado pela Tinta da China. Segundo um estudo realizado pela empresa de consultoria de comunicação Imago-Llorente & Cuenca, em parceria com a Universidade Católica Portuguesa, divulgado em março de 2015, Rui Tavares é o político mais influente da rede social Twitter. K
É essencial derrotar Le Pen em França e a extrema direita na Alemanha e na Áustria. Os europeus têm de por os olhos no que se passa nos EUA, no Reino Unido e na Rússia e expressarem pela força do voto que não querem ir por aí. A UE é a nossa ferramenta mais poderosa para construirmos um futuro no qual tenhamos voz. Caso contrário, continuaremos a cavar a nossa própria irrelevância. Aqui o papel da esquerda europeia revelar-se-á fundamental. Como se combate o “trumpismo”? O “trumpismo” derrota-se com uma resposta anti-trumpista. Em primeiro lugar, levando-o a sério e ouvindo aquilo que ele nos diz. Nomeadamente que está numa guerra cultural de nacionalismo contra aquilo que eles chamam o globalismo. Eles rejeitam os cosmopolitas, os patriotas do seu país e do mundo, isto é o fundamental do pensamento “trumpista”. Trump disse-o na convenção republicana: «O nosso credo é a América primeiro, americanismo e não globalismo». E o combate ao “trumpismo” faz-se nas suas raízes culturais no debate público. A uma ideologia nacionalista devemos contrapor uma ideologia cosmopolita e de cidadãos do mundo. Estamos perante uma batalha cultural e não perante uma batalha sócioeconómica, na medida em que a teoria de que o voto em Trump é a expressão do desemprego e da desigualdade é factualmente errada. Os EUA estão quase no pleno emprego e a desigualdade nem aumentou. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H
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Universidade da Beira Interior
Conselho Geral quase completo
6 A Lista B do corpo de professores e investigadores, encabeçada por Ana Paula Duarte, venceu as eleições para o Conselho Geral da Universidade da Beira Interior, que decorreram a 9 de novembro, ao garantir nove dos 15 mandatos que docentes e investigadores têm naquele órgão. Com o lema ‘Por uma universidade sustentável, coesa e plural’, a lista conseguiu ainda a eleição de Fernando Charrua Santos, Helena Alves, André Nascimento, António Tomé, Simão Melo de Sousa, Luiza Granadeiro, Paulo Osório e António Bento. Já a lista A, sob o lema ‘Inovar com Experiência’, conseguiu a eleição de José Lusquiños, Ana Alves da Costa, José Neves Dias, Pedro Marques da Silva, Maria da Graça Sardinha e José Manuel Velhinho. Entre as listas concorrentes no contingente de corpo de estudantes venceu a Lista B, que obteve quatro dos cinco mandatos no conjunto de conselheiros, enquanto a Lista A elegeu um.
Prémio PlayStation
Para o mandato que tem a duração de dois anos, a Lista B terá no Conselho Geral Jorge Pereira, Ana Lourenço, Verónica Francisco e João Figueiredo. Da Lista A foi eleita Adriana Ribeiro Gomes. No corpo de pessoal não docente e não investigador foi necessário disputar uma segunda volta, que se realizou entre a lista C e D, respetivamente encabeçada por Mércia Pires e Paulo Roque, que disputam a única vaga disponível para este grupo.
O Conselho Geral da UBI é composto por 29 elementos, dos quais 21 integram a academia e cuja escolha resulta do processo eleitoral que se encontra em curso e oito personalidades externas. Sairá destes elementos cooptados o próximo presidente do órgão. À exceção dos representantes dos alunos, o mandato é de quatro anos, durante o qual o Conselho Geral terá a responsabilidade de eleger o próximo reitor da UBI, em 2017. K
Sistemas de águas e energia
UBI lidera projeto internacional 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) vai coordenar o projeto internacional EdgeWise, que tem como objetivo criar condições para integrar o sistema de abastecimento de água com o sistema de produção de energia, designadamente estudando as energias renováveis, combinadas com os sistemas das águas, para produzir conhecimento que possa depois ser incorporado no quotidiano dos dois setores. Com um orçamento de cerca de um milhão de euros, envolve oito parceiros de seis países, entre instituições de Ensino Superior e empresas, sendo uma das associadas a ICOVI, que gere o sistema de águas no concelho da Covilhã, que participa em parceria com a UBI. Está prevista a construção de uma instalação experimental na Covilhã, de modo a promover e validar os resultados obtidos. Além de permitir a realização de estudos de caráter científico, o
UBI na final para melhor jogo 6 A equipa ‘Team Elaris’, constituída por alunos do Mestrado em Design e Desenvolvimento de Jogos Digitais da Universidade da Beira Interior, vai disputar a fase final do Prémio PlayStation, após o seu jogo ‘Forgotten Shaft’ ter sido selecionado, juntamente com outros nove, para passar à fase que pode levar o vencedor a entrar para o universo de uma das maiores empresas mundiais do setor. O anúncio do vencedor será feito na Lisboa Games Week 2016, que decorre de 17 e 20 de novembro. ‘Forgotten Shaft’ é um jogo de exploração submarina que, se sair vencedor da competição, poderá vir a ser produzido pela empresa de entretenimento ni-
Prémio REN
Os honrosos mestres da UBI equipamento pode ser visitado e feitas demonstrações do seu funcionamento. Em termos técnicos, irá usar a infraestrutura de abastecimento de água para armazenar energia que pode ser usada mais tarde, quando necessária. A instalação irá avaliar o aproveitamento que se pode fazer da localização da Covilhã na Serra da Estrela, revelando o potencial gravítico do sistema de água para a produção de energia.
O projeto é coordenado pelo docente António Espírito Santo, e inclui docentes e investigadores das áreas da Eletromecânica e Engenharia Civil. O responsável pela sua execução na ICOVI é João Marques, presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal. Aprovado no âmbito do ERANETMED, inclui parceiros de países do Mediterrâneo, designadamente França, Grécia, Malta, Tunísia e Chipre. K
6 Os alunos de mestrado da Universidade da Beira Interior (UBI) voltaram a estar em destaque no Prémio REN - Redes Energéticas Nacionais deste ano, tendo recebido menções honrosas os concorrentes Miguel Fontes Medeiros (Engenharia Eletrotécnica e de Computadores) e Renata Filipa Morais Martins (Engenharia e Gestão Industrial). Miguel Fontes Medeiros concorreu com a dissertação ‘Distribution System Reconfiguration Considering Smart-Grid Enabling Technologies’, com a qual tinha obtido 19 valores (Excelente)
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pónica. Foi o que aconteceu na edição do ano passado, a primeira a realizar-se, que consagrou o jogo Striker’s Edge, uma produção que vai chegar à PlayStation 4 ainda este ano. No imediato, o vencedor do Prémio PlayStation para Melhor Jogo de 2016 em Portugal terá direito a um conjunto de condições para desenvolver o videojogo: um montante de 10 mil euros, kits de desenvolvimento PS4 e um espaço físico para trabalhar durante 10 meses, em Lisboa. Vai ter ainda a possibilidade de publicar o videojogo para PS4 na PlayStationNetwork e participar numa campanha promocional nos canais próprios da PlayStation. K
por unanimidade. Renata Filipa Morais Martins apresentou a dissertação ‘Decision-Making Under Uncertainty for Market Bidding Strategies of Wind and Photovoltaic Technologies’, que tinha obtido 18 valores (Excelente), também por unanimidade. Ambos os alunos foram orientados pelo docente da UBI João Catalão, tal como os premiados em 2009 e 2015. O Prémio REN premeia a aplicação industrial no âmbito das redes energéticas nacionais de dissertações de mestrado de excelência. K
Le Mans 2030
Diplomado da UBI brilha no design Michelin
UBI
Liliana Reis ganha menção 6 A docente da Universidade da Beira Interior (UBI), Liliana Reis, recebeu uma Menção Honrosa no âmbito do Prémio José Medeiros Ferreira. A Menção Honrosa distinguiu a qualidade da tese de doutoramento da diretora da Licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais e do Mestrado em Relações Internacionais, que tem como título “Política Comum de Segurança e Defesa: o Novo Desafio no Processo de Integração da EU”. O Prémio José Medeiros Ferreira foi criado para homenagear o Ministro dos Negócios Estrangeiros responsável pela adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia, no âmbito das comemorações dos 30 anos da entrada de Portugal na organização. O júri, presidido pelo diretor do Instituto Europeu da Faculdade de Direito de Lisboa, Eduardo Paz Ferreira, e constituído por professores de diversas
áreas científicas e personalidades portuguesas, nomeadamente Ramalho Eanes e Eduardo Lourenço (Conselheiros de Estado), analisou 39 candidaturas ao Prémio. Atribuiu o primeiro lugar a Bernardo Pires de Lima, autor de “Putinlândia”, e duas menções honrosas: uma a Liliana Reis, e outra a Diogo Feio, pelo seu trabalho de doutoramento “Uma História Interminável, Entre a União Económica e Monetária: O Governo, o Orçamento e os Impostos”. O Prémio foi promovido pelo Instituto Europeu da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em cooperação com o Centro de Investigação de Direito Europeu, Económico, Financeiro e Fiscal. A cerimónia pública de entrega dos prémios está marcada para 15 de novembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, durante a Conferência Internacional “Luzes e Sombras da União Europeia”. K
Celtejo com laboratório na UBI
Medicina da UBI pioneira
T A Universidade da Beira Interior e a empresa Celtejo acabam de oficializar a nova designação de um dos laboratórios de Ciência e Tecnologia do Papel, do Departamento de Química, que passa a chamar-se Laboratório Celtejo, após ter sido alvo de melhorias financiadas por aquela parceira da UBI. As duas entidades desenvolvem uma cooperação que prevê financiamento de bolseiros de doutoramento e a criação de estágios aos diplomados da UBI e a cedência de instalações científicas. A empresa, com sede em Vila Velha de Ródão, tem a possibilidade de recorrer aos laboratórios da UBI para realização de testes em matérias-primas ou pasta de papel, operação à qual se dedica há cerca de 50 anos. K
T Os alunos do 6.º ano do Mestrado Integrado de Medicina estão a aprender a utilizar o Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO), no âmbito do Programa do Laboratório de Competências. Tratase da primeira utilização intensiva, em ambiente de formação pré-graduada, desta plataforma, feita em articulação com a entidade promotora da mesma, designadamente os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). O contacto com um sistema que poderá fazer parte do dia-a-dia profissional dos futuros médicos abrange todos os alunos de Medicina, que têm, deste modo, a oportunidade de praticar a emissão de óbito e lidarem pela primeira vez com o Boletim de Informação clínica. K
6 Daniel Bacelar Pereira, licenciado pela Universidade da Beira Interior (UBI) em Design Industrial, e mestre em Design e Multimédia, alcançou o segundo prémio num dos concursos mais importantes do mundo na sua área, o Michelin Le Mans 2030 Design Competition, que envolve uma prestigiada marca de componentes automóveis com a mais mítica prova automobilística, numa competição disputada por 1.600 participantes, provenientes de 80 países. A marca de pneus desafiou os concorrentes a projetar um carro para a prova 24 horas de Le Mans do ano de 2030, com o diplomado pela UBI a projetar um veículo da marca Bentley, designado de “9”, que combina as características dos carros clássicos – que correram nas pri-
meiras edições da prova de Le Mans – com a alta tecnologia. A grelha e o corpo da viatura recuperam a tradição, a que a Daniel Bacelar Pereira, de 27 anos, juntou a preocupação mais atual pelos aspetos de segurança do piloto, aerodinâmica e resistência. O carro será equipado
com um motor integralmente elétrico, mais pequeno e leve que os propulsores de combustão interna e com maiores cuidados ambientais. O projeto acabou por receber uma nota alta do júri, que atribuiu o primeiro lugar ao designer chinês Tao Ni. K
beira interior
Isabel Ferra distinguida pela Universidade
6 A Universidade da Beira Interior vai atribuir o título de Professora Emérita a Maria Isabel Almeida Ferra, na próxima Sessão Solene de Aniversário, que terá lugar a 30 de abril, garantiu o reitor da UBI, António Fidalgo, durante a Última Lição da Professora Catedrática do Departamento de Química, que decorreu este mês. A decisão do Senado assenta na ação e prestígio no campo académico e científico alcançado por uma docente que chegou à Covilhã em 1977, ainda por altura do Instituto Politécnico. A docente e investigadora assistiu então nascer e crescer a UBI e lembrou que esta é fruto do trabalho árduo de muitas pessoas, que lutaram durante vários anos, para que instituição fosse crescendo e
se fosse desenvolvendo”. Isabel Ferra deixou ainda a mensagem de que é necessária “uma forte determinação para que o crescimento continue e a qualidade seja cada vez mais elevada”. A sessão, que teve ainda
intervenções de Luísa Amaral, presidente da Faculdade de Ciências, e José Albertino Figueiredo, presidente do Departamento de Química, terminou com a Última Lição de Isabel Ferra, intitulada ‘Química e Ambiente’. K
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Para o Exército e a Força Aérea
Minho cria materiais
6 A Universidade do Minho acaba de apresentar o consórcio AuxDefense, que está a preparar uma nova geração de fardas para o Exército e para a Força Aérea, as quais são mais resistentes ao impacto, corte e perfuração, recorrendo à utilização de materiais auxéticos, isto é, que contrariam as forças que lhes são aplicadas, diz Raul Fangueiro, professor e coordenador da plataforma internacional Fibrenamics na TecMinho/Escola de Engenharia da universidade. Coletes, capacetes balísticos e fardamento de combate, incluindo joelheiras e cotoveleiras, vão incorporar aquela tecnologia. O conhecimento gerado será divulgado na futura Plataforma Internacional de Materiais Avançados para a Defesa e poderá ser ainda utilizado pelas entidades do consórcio noutros âmbitos em que a necessidade de absorção de energia e resistência ao impacto, ao corte e à perfuração assuma preponderância. O consórcio AuxDefense evi-
Práticas na área da Oncologia
Coimbra em projeto internacional dencia uma nova visão da tutela, que aposta em parcerias na investigação, na conceção e no fabrico nacional de fardas antiimpacto inovadoras, entre outras características, e que pode transformar a forma como os militares executam algumas missões. O projeto enquadra-se no nível 7 da escala Technology Readiness Level, ou seja, tem em vista a eventual aplicação comercial ou
industrial, podendo chegar ao mercado “civil”. Além da Universidade do Minho e das forças militares, o consórcio integra as empresas Fibrauto, IDT Consulting, Latino, LMA e Sciencentris, além das universidades de Plymouth (Reino Unido) e Politécnica de Hong Kong (China). Tem um financiamento de 782 mil euros, 89% vindos do Ministério da Defesa, e prolonga-se até 2018. K
Fernando Santos Doutor Honoris Causa
UTAD distingue selecionador
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a condição de treinador, tendo conduzido a equipa primeiro à divisão de Honra e depois ao escalão principal do futebol português. Depois de quatro temporadas no Estrela da Amadora, onde levou o clube à melhor classificação de sempre na 1ª divisão, mudouse para o Futebol Clube Porto em 1998, tendo conquistado o título nacional logo na sua primeira época. Em 2001 rumou à Grécia, onde treinou o AEK e o Panathinaikos. Regressou a Portugal em 2003 para treinar o Sporting. Em 2004 voltou ao AEK, tendo conduzido o clube
práticas profissionais na área da Oncologia. A equipa da UC, constituída por investigadores das Faculdades de Direito (FDUC) e de Medicina (FMUC), estará responsável por estudar as políticas e práticas profissionais adotadas em Portugal, no âmbito da prevenção, diagnóstico e terapêutica de doentes com cancro, assim como avaliar as questões éticas e sociais associadas à implementação de novas tecnologias da informação. Da equipa fazem parte os investigadores Maria Filomena Botelho, Ana Margarida Abrantes, Ana Salomé Pires, Mafalda Laranjo, André Pereira, Ana Elisabete Ferreira e Carla Barbosa, da Universidade de Coimbra, e Ana Catarina Mamede, da empresa Research Trial. K
Ranking de Taiwan
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6 O selecionador nacional Fernando Santos foi distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro (UTAD), em cerimónia solene que teve lugar na Aula Magna desta Universidade, no dia 18 de novembro. Com a atribuição daquele grau honorífico, a UTAD pretende homenagear o seu percurso profissional na atividade desportiva e, mais recentemente, os resultados obtidos pela seleção nacional no campeonato da Europa de futebol, realçando os valores desportivos que tem vindo a aplicar e a incentivar, e que lhe permitem deixar uma marca na história do desporto português. Fernando Santos nasceu a 10 de outubro de 1954, em Lisboa. Formou-se como Engenheiro Técnico de Eletrónica e Telecomunicações em 1977 pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e foi Diretor dos Serviços Técnicos no Hotel Palácio Estoril entre 1981 e 1998. Iniciou a sua carreira de jogador no Operário da Graça em 1970/71. Depois, seguiram-se o Desportivo da Graça, Sport Lisboa e Benfica, Estoril, Marítimo, novamente Estoril, de 80/81 até fevereiro de 1987, altura em que assumiu
6 A Universidade de Coimbra (UC) e a empresa portuguesa Research Trial integram projeto Onconet Sudoe, liderado pela Université Toulouse III Paul Sabatier (França) a qual gere um financiamento global de 1,7 milhões de euros, tendo como objetivo estabelecer uma rede de excelência no que diz respeito à prevenção, diagnóstico, terapia e utilização das tecnologias de informação na área da Oncologia. O projeto foi criado para estudar as políticas adotadas em Portugal, Espanha e França. Visa analisar as ações desenvolvidas no domínio da prevenção, diagnóstico, terapêutica e utilização das tecnologias de informação na gestão de doentes com cancro. Espera-se que esta abordagem possa levar à partilha de meios e à uniformização de
Lisboa lidera entre lusos ao apuramento para a Liga dos Campeões. Em 2006 regressou ao Benfica, tornando-se no primeiro técnico português, e o terceiro a nível mundial, a comandar as equipas de futebol dos três principais clubes portugueses. De volta à Grécia em 2007, treinou o PAOK e em 2010 aceitou o convite para orientar a seleção helénica. Em setembro de 2014 foi apresentado como treinador da seleção portuguesa, conseguindo a qualificação para o EURO 2016. Em 2016, sob a sua liderança técnica, a seleção nacional sagrou-se campeã europeia. K
6 A Universidade de Lisboa ocupa o primeiro lugar entre as Universidade portuguesas no Ranking de Taiwan, sendo a 79º do ranking em termos absolutos, após ter subido seis lugares em relação a 2015. A nível mundial subiu 12 posições, ocupando atualmente o lugar 195, reforçando a tendência verificada nos anos transatos. O ranking de Taiwan, desenvolvido pela National Taiwan University, também conhecido como NTU, ou Performance Ranking of Scientific Papers for World Universities, procura mostrar a desempenho da investigação científica das instituições através de métodos bibliométricos, utilizando os critérios: produtividade,
impacto e excelência da investigação. As principais fontes de informação em que se baseia são a Essential Science Indicators (ESI), Web of Science (WoS) e o Journal Citation Reports (JCR) da Thomson-Reuters. Em termos gerais fornece um ranking global e rankings parciais em 6 grandes áreas do conhecimento que por sua vez podem ser subdivididas em 14 áreas disciplinares. A Universidade de Lisboa ocupa o primeiro lugar em três de quatro grandes áreas (Fields) em que são avaliadas as universidades portuguesas, a saber: Agricultura, Engenharia e Ciências Naturais, e ocupa a 2ª posição nas Ciências da Vida. K
cooperação
Évora e Lezírias assinam acordo 6 A Companhia das Lezírias (CL) e a Universidade de Évora (UÉ) acabam de assinar um protocolo de colaboração com vista ao funcionamento integral e regular da Unidade Clínica da Coudelaria de Alter. Com este acordo “as aulas práticas de equinos do mestrado integrado em medicina veterinária, passam a ser ministradas em Alter do Chão, em contexto de Coudelaria, aproximando os alunos do dia-a-dia de uma unidade de produção equina”. Também a “assistência veterinária e controlo reprodutivo do efectivo da Coudelaria de Alter ficam a cargo da equipa do Hospital Veterinário da UÉ, que é semanalmente acompanhada pelos alunos de mestrado, reforçando a vertente formativa e pedagógica desta coudelaria pública e de referência”. A realização de cursos de formação por especialistas que visem a demonstração e transferência de tecnologia está também prevista no protocolo. António Pimentel Saraiva, Presidente da CL, considera que “esta colaboração vai permitir fazer funcionar em pleno esta unidade da Coudelaria e aproveitar as excelentes condições que dispõe para a realização de clínica e acções formativas em simultâneo. Penso que é muito estimulante para os alunos, vivenciarem a vida de uma coudelaria de referência e dimensão e é muito benéfico dispor de especialistas e cuidados veterinários deste nível”. Para Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, “a assinatura deste protocolo representa uma sinergia perfeita, com claros benefícios para todas as partes. Para os estudantes da Universidade de Évora, que têm a oportunidade única de fortalecer a sua formação pelo contacto com uma das mais relevantes coudelarias mundiais e para a Coudelaria de Alter, que beneficiará de um apoio técnico por parte do corpo clínico do Hospital Veterinário e dos docentes do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Évora, que têm dado provas de grandes competências técnicas e científicas, que certamente serão reforçadas por esta ligação”. K
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Nas áreas âncora
Évora quer ser a melhor 6 A reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas, mantém o objetivo de tornar a instituição que dirige na melhor do país, no que respeita às suas áreas âncora. Essa foi uma das mensagens deixadas durante mais um aniversário da instituição que decorreu, no passado dia 1 de novembro, numa cerimónia presidida pela Secretária de Estado Fernanda Rollo. “A nossa orientação estratégica visa conseguir uma universidade reconhecida como a melhor universidade em Portugal nas suas áreas âncora, bem como internacionalmente, constituindo-se ao mesmo tempo como motor do desenvolvimento nacional/regional nessas áreas”, começou por referir. Nessa perspetiva, disse, “temos vindo a discutir, quer internamente quer com a tutela, as estratégias de investigação para o Alentejo, centradas na ideia de que a universidade tem que se abrir às empresas, tem que garantir que contribui para o aumento do emprego científico (emprego qualificado) e que cruzamos esta estratégia com a necessidade de desenvolvimento do Alentejo e do país”. Ana Freitas fala também na “criação de um centro de Investigação ligado ao tema, sensu latu, do Mediterrâneo, uma área de cultura, ciência e investigação, transversal a toda a Universidade e a toda a região e a cujo desafio, estou certa, iremos corresponder”. Outra das apostas da Universidade de Évora está relacionada com a criação de emprego científico e do modelo de laboratórios colaborativos, bem como a reavaliação dos centros em 2017. “São ideias que demonstram um caminho, uma visão e uma estratégia, não só para a ciência mas também para o Ensino Superior, o desenvolvimento regional e a criação de emprego qualificado (o emprego científico)”, esclareceu. Numa intervenção bem estrutura, a reitora da instituição recordou que a Universidade de Évora se encontra “entre as 18, de 33 instituições de ensino superior público nacionais, que aumentaram a taxa de ocupação de vagas, tendo registado uma subida de cerca 8 pontos percentuais relativamente a 2015. Ao nível do 1º Ciclo, houve aumento do número total de novos alunos recebidos pela universidade através dos vários regimes de acesso existentes (1374), correspondente a uma taxa de crescimento de 9% relativamente ao ano anterior. No 2º ciclo verificouse um incremento do número total de novos alunos correspondente a uma taxa de crescimento de 25,2%
e um incremento da taxa de ocupação efetiva de vagas, de 58,1%. O 3º Ciclo registou um aumento de 77% nos colocados efetivamente matriculados”, sublinhou. Os dados apresentados por Ana Costa Freitas demonstram que “quer o índice de procura, quer o de atratividade registaram aumentos relativamente ao ano letivo anterior. Registámos igualmente um novo aumento do número de alunos com nacionalidade não portuguesa. Atualmente são cerca de 14% (incluindo os de mobilidade) e de 71 nacionalidades diferentes. Por outro lado, o nosso dinamismo e a capacidade de toda a Academia responder com empenho, entusiasmo e dedicação aos diversos desafios que nos são propostos (ou que 6 Magazine distingue aluno O Ensino Magazine entregou, pela primeira vez, uma bolsa monetária de mérito académico, a um dos melhores alunos da Universidade de Évora, neste caso a aluna Raquel Pisco, aluna de mestrado em Medicina Veterinária, que teve a média de 17,85 valores. A entrega da bolsa de mérito coincidiu com a cerimónia solene do Dia da Universidade. Para o diretor do Ensino Magazine, João Carrega, a entrega desta bolsa vai ao encontro da política social da publicação portuguesa, no sentido de premiar o mérito académico dos melhores alunos das instituições parceiras do Ensino Magazine. Este ano já foram entregues ou irão ser entregues bolsas aos alunos das universidades de Évora e da Beira Interior, e dos politécnicos de Castelo Branco, Leiria, Guarda e Portalegre. K
propomos), permitiram-nos manter pelo segundo ano consecutivo uma presença significativa em S. Tomé e Príncipe, num projeto de cooperação que considero desafiante. Temos neste ano mais 3 cursos em funcionamento em S. Tomé, o que, juntando ao ano anterior, mantém a nossa presença com 6 formações em que se inscreveram já cerca de 170 alunos”. As ligações com a Índia, mas principalmente com a China, foram também destacadas no seu discurso. “Temos tido um forte incremento de colaboração com Universidades Chinesas da província de Jiangsu, com a assinatura de cinco protocolos para suporte a ações de mobilidades de alunos e docentes, matrícula de alunos chineses em
cursos da UE e grande vontade para futuros cursos em dupla titulação. Também, Moçambique, Brasil e Timor são mercados em que queremos continuar a apostar”. Na sua intervenção, Ana Costa Freitas abordou o modelo educativo, lembrando a aprovação, por seis anos e sem restrições, pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, dos cursos da instituição. A reitora aproveitou a oportunidade para falar da inclusão social. “Temos tido, e estou certa que o mesmo se aplica a todas as IES públicas, uma política de inclusão social que nos permite afirmar, quase com total segurança, que nenhum caso sinalizado de possibilidade de abandono escolar, de estudantes com aproveitamento ocorrerá por razões económicas. Aliás fizemos um estudo no ano transato que nos permite afirmar que esta não é a principal causa de abandono. Mas apesar disso, temos, desde 2012, bolsas internas: o FASE_UE suportado por mecenas da universidade, e criámos um fundo de auxilio de emergência para estudantes (e aliás também para funcionários)”. No entender de Ana Costa Freitas não há dúvidas de que “a Universidade tem também sido, e continuará a ser, um verdadeiro motor de desenvolvimento regional”, apresentando alguns exemplos como a dinamização da coudelaria de Alter em que a UE, em estreita colaboração com a Companhia das Lezírias e com um total empenho da Câmara de Alter, que tem revitalizado o hospital, desenvolvendo aí atividades lectivas, dando igualmente apoio veterinário à coudelaria com um claro beneficio para todos os envolvidos”. Também na área do património a reitora lembrou que a universidade “tomou posse total”, recentemente, da vila romana de Pisões. Um património, neste caso arqueológico, que temos/devemos preservar e dinamizar. (…) Ainda na área da Arqueologia a recente atribuição da cátedra Cláudio Torres em ensino de Arqueologia irá, também, seguramente contribuir para esta valorização”. Ana Costa Freitas referiu-se ainda ao desafio lançado ao presidente da Câmara de Elvas para “a criação de um centro ciência viva Ciência e Património e que estará intimamente ligado ao Centro de Artes e Ofícios do Património. Para esta ação contamos seguramente com o apoio de todos internamente e obviamente também do IP Portalegre”. K
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Aniversário IPCB
Ensino Magazine atribui prémios
Embaixadora em Castelo Branco
Israel visita IPCB 6 A Embaixadora de Israel em Portugal, Tzipora Rimon, visitou o Instituto Politécnico de Castelo Branco no passado dia 11 de novembro, informou a instituição em nota enviada à imprensa. De acordo com o Politécnico, a visita partiu da iniciativa da embaixadora que manifestou o seu particular interesse em conhecer a instituição, as suas escolas superiores e também o Centro de Biotecnologia de Plan-
tas da Beira Interior. A visita integrou uma reunião com o presidente do Politécnico, Carlos Maia, com os vice-presidentes, a administradora, os diretores das escolas e o coordenador do Gabinete de Relações Internacionais, bem como uma visita laboratórios de Micropropagação, de Biologia Molecular, de Espetroscopia e Cromatografia, de Fitoquímica e de Biologia e Microbiologia.
Ao longo da reunião foi abordada a questão da internacionalização e dos programas de mobilidade internacional de estudantes, colaboradores e docentes, tendo sido total disponibilidade do IPCB para cooperar com Israel. Tzipora Rimon salientou a importância da visita ao IPCB permitindo-lhe conhecer com detalhe o valor da instituição e os resultados alcançados no domínio da internacionalização. K
6 O Ensino Magazine atribuiu duas bolsas monetárias de mérito académico a dois dos melhores alunos do Instituto Politécnico de castelo Branco. A atribuição destes prémios vai ao encontro da política social da publicação, “no sentido de premiar o esforço dos estudantes das instituições que connosco têm estabelecido parcerias”, diz João Carrega, diretor da publicação. Este ano foi distinguido o melhor aluno trabalhador estudante do
IPCB, Bruno Monteiro, e o melhor aluno diplomado pela Escola Superior de Artes Aplicadas, Ana Costa. João Carrega adianta ainda que neste ano letivo “já foram entregues bolsas de mérito aos melhores alunos das universidades da Beira Interior e de Évora, e do Politécnico de Castelo Branco, sendo que até ao final do ano serão atribuídas bolsas aos melhores alunos dos politécnicos de Portalegre, Guarda e Leiria”. K
Aniversário
Esart sopra 17 velas 6 A Escola Superior de Artes Aplicadas do IPCB (Esart) assinalou, no dia 9 de novembro, o seu 17.º aniversário, numa cerimónia que contou com as presenças do presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, do vice-presidente da Câmara, Arnaldo Brás, do presidente da Associação de Estudantes da Esart, Gonçalo Martins, e do diretor da Escola, José Filomeno Raimundo. Na ocasião, Carlos Maia salientou a importância das pessoas no percurso de sucesso da escola, uma vez que “são elas quem resolve os problemas da instituição, algumas de forma anónima”. O presidente do IPCB referiu também o trajeto notável da Esart, que “soube sempre posicionar-se no panorama no ensino artístico em Portugal, apesar das muitas dificuldades”, destacando também a qualidade dos eventos culturais que têm sido oferecidos à comunidade albicastrense através
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coesão territorial desta escola do IPCB. Já Arnaldo Brás, lembrou que as “escolas do IPCB são parceiros privilegiados da Câmara”. O vice-presidente destacou a facilidade que a Esart tem em captar alunos, que rapidamente encontram colocação no mercado de trabalho após a conclusão dos seus cursos. Finalmente, José Filomeno Raimundo, frisou a “capacida-
de mobilizadora da Esart, uma escola com cerca de 900 alunos”. O diretor terminou a sua intervenção agradecendo ao presidente do IPCB, pela “importância do seu apoio e da sua cumplicidade”, à Câmara Municipal de Castelo Branco, “pela capacidade revelada na ação e na intervenção” e aos professores e colaboradores da Escola de Artes de Castelo Branco. K
Plano para o interior 6 O Programa Nacional para a Coesão Territorial, elaborado pela Unidade de Missão para a Valorização do Interior, foi apresentado, em traços gerais pela sua coordenadora, Helena Freitas, durante o aniversário do IPCB. O programa inclui 164 medidas “e está assente em cinco eixos para tornar o território do interior mais coeso, competitivo, sustentável, conectado e colaborativo”.
Na sua intervenção, Helena Freitas destacou o papel das instituições de ensino superior, lembrando que “onde as temos é possível fixar jovens, pelo que a sua vitalidade é fundamental para estes territórios”. No entender daquela responsável não “podemos tirar serviços públicos destes territórios, lembrando que este não é um programa fechado”. K
Doutoramentos
6 Na sua última intervenção enquanto presidente do Conselho Geral do IPCB, numa sessão solene de aniversário da instituição, Proença de Carvalho, defendeu que as instituições politécnicas devem atribuir o grau de doutoramento. “Não faz sentido vedar aos politécnicos a outorga desse grau”, disse, para dar o exemplo de que “mais de duas dezenas de docentes do ensino politécnico cooperam com universidades em doutoramentos”. Proença de Carvalho adiantou que para além da atribuição desse grau, os politécnicos deveriam poder utilizar internacionalmente a designação de universidade de ciências aplicadas. Estas duas posições foram defendidas por todos os presidentes dos conselhos gerais das instituições politécnicas numa reunião realizada recentemente e promovida pelo antigo Secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Lourtie, agora presidente do Conselho Geral do Politécnico de Leiria. K
36º Aniversário do IPCB
Protocolos de cooperação 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco assinou dois protocolos de colaboração com as Câmaras de Idanha-a-Nova e de Oleiros. O objetivo destes acordos, rubricados na passada sexta-feira durante o 36º aniversário do Politécnico, passa por elaborar um plano gerontológico para cada um dos concelhos, os quais apresentam uma elevada percentagem de pessoas idosas. K
Crescimento dos politécnicos 6 Joaquim Mourato, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, aproveitou o 36º aniversário do IPCB para destacar o crescente número de alunos “que procuram as instituições politécnicas, sendo que cada vez mais as escolhas são de primeira opção”. Aquele responsável destacou os avanços que a rede politécnica teve a vários níveis, como a qualificação do corpo docente, a internacionalização aproximação às regiões, lembrando que “queremos mais e melhor ensino politécnico, sem amarras”. K
Politécnico cresce em alunos 6 O presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, aproveitou a sessão solene do 36º aniversário da instituição, e a presença da Secretária de Estado do Ensino Superior, Fernanda Rollo, para lembrar a tutela de algumas questões que continuam a afetar os politécnicos e universidades do interior do país. Aquele responsável criticou o facto de 53 por cento das vagas colocadas no concurso nacional de acesso se encontrarem em Lisboa, Porto e Coimbra, quando “o interior do país está cada vez mais despovoado”. No seu entender, devem adotar-se políticas públicas que contrariem isso. Ainda assim, disse Carlos Maia, pelo terceiro ano consecutivo “o IPCB aumentou o número de alunos matriculados após o concurso nacional de acesso”. O presidente do Politécnico acrescenta que a instituição terá este ano letivo “entre 900 a 910 novos alunos, pelo que teremos cerca de 97 por cento das vagas preenchidas. Se contabilizarmos os alunos dos cursos de mestrado e de Técnicos Superiores, entram no IPCB entre 1400 a 1500 novos alunos, o que são indicadores muito positivos”. Nesta matéria, aquele responsável recordou ainda o esforço da instituição em captar alunos internacionais, tendo entrado este ano 76 novos alunos, havendo ainda 44 à espera de visto da Embaixada Portuguesa nesses países. A questão orçamental e aquilo que o Estado disponibiliza às instituições foi outro dos temas abordados. “Não conseguimos ter mais cortes. Tudo o que era possível fazer já foi feito e mesmo assim 97 por cento do Orçamento de Estado para o IPCB destina-se a despesas com o
pessoal. E quando é assim, é difícil planear. Entre 2010 e 2016 o Politécnico de Castelo Branco teve cortes orçamentais que totalizam os 4,2 milhões de euros”. O presidente do IPCB lembrou ainda que também, fruto da crise económica, as receitas próprias da instituição diminuíram, isto apesar da instituição ter conseguido aumentar os fundos estruturais, no valor de 3,8 milhões de euros. “Destaco a capacidade de resiliência dos professores e não docentes. Por isso continuamos a ser uma instituição que nos podemos orgulhar”, disse. Ainda em matéria de financiamento, o presidente do Politécnico deu como positivo o orçamento plurianual das instituições, mas à Secretária de Estado disse que “o IPCB precisa de um reforço orçamental”. Carlos Maia criticou também a obrigatoriedade de se adquirirem produtos e serviços na Central de Compras do Estado, o que além de ser mais caro para as instituições, em muitas aquisições, é mais moroso. De igual forma repudiou a burocracia para as candidaturas de projetos. Na resposta, a Secretária de Estado lembrou que em matéria de financiamento “todos temos a mesma opinião, mas estamos a inverter essa tendência. Teremos que trabalhar mais nesse sentido em conjunto com as instituições e fazer um esforço, convosco, consciente da realidade que temos”. Fernanda Rollo disse ainda que “o Orçamento de Estado não é a única fonte de receitas das instituições de ensino superior público. Temos que trabalhar mais noutros projetos europeus, por isso abrimos um concurso para projetos de
investigação nos politécnicos. Além disso, lançámos também um programa de valorização do ensino superior politécnico. Aquilo que é feito em muitos politécnicos [como Castelo Branco] é excelente. Estas instituições têm uma missão na coesão do território. É uma rede inestimável que garante que o interior prossiga um processo menos negativo em termos demográficos”. A Secretária de Estado elogiava a instituição albicastrense depois de ouvir o seu presidente anunciar alguns indicadores, como a percentagem de professores doutorados que é já de 65 por cento do total do corpo docente; a produção científica que em 2015 atingiu o número máximo de 77 publicações na base Scopus; a formação a distância onde estão a funcionar três pós graduações num total de 53 alunos; a rede de cooperação com escolas secundárias e profissionais dos distritos de Castelo Branco, Aveiro, Lisboa e Portalegre; a mobilidade internacional; a criação do gabinete de Apoio a Alunos com Necessidades Educativas Especiais, e a aposta no desporto (sendo a única instituição do país a participar num campeonato de distrital de futebol federado). Fernanda Rollo concordou com o responsável do IPCB no que respeita à necessidade de trazer mais jovens para o ensino superior. “Só um em cada três jovens que termina o secundário entra no ensino superior. Temos que lançar esta campanha que estudar é preciso, para nós o conhecimento é uma prioridade”, disse Fernanda Rollo, que chamou para o terreno o próprio poder local, pois “o trabalho junto do ensino secundário é decisivo”. K
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Portalegre
Politécnico assinala dia
6 O Instituto Politécnico de Portalegre assinala, no próximo dia 25 de novembro, no auditório Dr. Francisco Tomatas, na Escola Superior de Gestão e Tecnologia, o seu dia. A iniciativa é a última em que Joaquim Mourato vai intervir no dia da instituição enquanto presidente do IPPortalegre, pois encontra-se no seu último ano de mandato. Daí que a sessão solene fique marcada pela intervenção do homem que liderou os destinos do Politécnico durante dois mandatos, tendo também desempenhado as funções de presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (foi a primeira vez que um presidente do IPPortalegre desempenhou aquelas funções). De resto, ainda antes da sessão solene do Dia do Politécnico está prevista a tomada de posse de Nuno Mangas, como novo presidente do CCISP, numa cerimónia que contará com a presença do Ministro da tutela, Manuel Heitor. A sessão solene do Dia do IPPortalegre contará com as intervenções do Ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor, e do presidente da instituição, Joaquim Mourato, do Conselho Geral da instituição; da Associação Académica, e do CCISP. O evento servirá ainda para
a apresentação do vídeo institucional e lançamento do novo site do IPPortalegre, bem como para a conferência sobre o tema “Uma agenda para a coesão e valorização do território”, a qual será proferida por Helena Freitas (Coordenadora Nacional Unidade de Missão de Valorização do Interior). Como habitualmente serão também entregues os prémios de mérito aos melhores alunos da instituição. Para além do Ensino Magazine, que atribuirá uma bolsa de mérito a um dos melhores alunos do Politécnico, também a Caixa Geral de Depósitos entregará os seus prémios. Serão ainda entregues os prémios “Delta Cafés”;
“Câmara Municipal de Portalegre”; “Cidade de Elvas”; “Alain Afflelou - Portalegre”; e “Dr. Francisco Tomatas”. Serão ainda distinguidos o melhor aluno de Investigação Operacional; o melhor aluno internacional; e os trabalhadores aposentados. De acordo com o programa será ainda feito o anúncio dos resultados do Prémio de Boas Práticas no IPP, e do Prémio de I&D do IPPortalegre. O Dia do IPPortalegre fica ainda marcado pela exposição de trabalhos de investigação do IPPortalegre, no átrio da Escola Superior de Tecnologia e Gestão. K
Dia do IPS
Setúbal distingue Joaquim Mourato
6 O Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Joaquim Mourato, foi homenageado no passado dia 7 de outubro, pelo Instituto Politécnico de Setúbal. O “Reconhecimento pelos contributos à Causa Pública e ao desenvolvimento do Ensino Superior Politécnico” decorreu no âmbito das comemorações do Dia
do Instituto Politécnico de Setúbal. Joaquim Mourato, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, assumiu a presidência do CCISP em janeiro de 2013, tendo cumprido os dois mandatos permitidos pelos estatutos. No próximo dia 25 de novembro vai ser substituído no cargo por Nuno Mangas, eleito recentemente. K
Enove+ em Estremoz
Três mil visitantes em dois dias
6 A Secretária de Estado do Ensino Superior, Fernanda Rollo, destacou a importância da Enove+, a feira dedicada ao ensino, que reuniu nos passados dias 2 e 3 de novembro 45 expositores, que foi visitada por mais de três mil pessoas, e onde o Ensino Magazine também esteve presente através de uma parceria com a organização. O evento que tem percorrido o distrito de Portalegre em edições anteriores, foi agora mais longe, a Estremoz, sendo promovido pelo Instituto Politécnico de Portalegre, em colaboração com a Câmara de Estremoz. Fernanda Rollo percorreu o certa, e falou da importância destes eventos, os quais “podem contribuir para atrair e fixar pessoas”. De resto Joaquim Mourato voltou a sublinhar o papel que o evento teve ao longo dos anos e
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Os vencedores do Poliempreende receberam os prémios no Enove+
aquilo que ele conseguiu para o Politécnico de Portalegre, a que preside, quer na ligação com a
comunidade e o tecido empresarial da região, quer na divulgação das ofertas formativas junto
dos estudantes. Já na cerimónia de encerramento o responsável pelo even-
to, Artur Romão, apresentou alguns números que demonstram a importância do Enove+. Aquele responsável falou em cerca de três mil visitantes, na sua maioria de alunos e comunidade académica das escolas dos distritos de Portalegre e Évora. Ao longo do evento foram também realizados cerca de dez workshops e debates de promoção do empreendedorismo e apoio ao emprego, para além de muitas demonstrações e atividades relacionadas com a oferta formativa do Politécnico de Portalegre. O dinamismo do Enove+ foi sublinhado também pelo vice-presidente da Câmara de Estremoz, Francisco Ramos. Um autarca que no final deu os parabéns ao Politécnico de Portalegre pelo evento. Na sessão de encerramento foram ainda entregues os prémios do concurso regional Poliempreende, entre outros. K
CCISP
Hotelaria e turismo
Leiria no Nacional Hospitality Challenge 6 Uma equipa de estudantes do curso de Gestão Turística e Hoteleira da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Politécnico de Leiria participa no Hospitality Challenge, uma competição nacional inovadora dirigida aos estudantes do ensino superior das áreas de Hotelaria e Turismo. A equipa vencedora representará Portugal no Global Young Hoteliers Summit, uma prova internacional que junta os melhores estudantes da área hoteleira e do turismo, que decorre em março de 2017, na École Hôtelière de Lausanne, na Suíça. O desafio nacional integra a segunda edição da “Portugal’s Future Hoteliers Summit”, que se realiza nos próximos dias 19 e 20 de novembro, no Monte da
Quinta Resort, em Almancil, no Algarve. Esta cimeira reúne anualmente estudantes, docentes, líderes da indústria e profissionais, num ambiente de diálogo e troca de ideias, partilha de conhecimentos e de experiências. Os participantes têm acesso a múltiplas sessões temáticas e workshops, e podem conhecer várias personalidades nacionais da indústria hoteleira e do turismo. Segundo a organização Terra Internacional, “as apresentações e partilhas de ideais e conhecimentos serão todos direcionados para a construção de uma ponte entre a indústria e os estudantes, e, deste modo, incentivá-los a avançar e apoiar a indústria para estar preparada para as futuras gerações”. K
6 O presidente do Politécnico de Leiria, Nuno Mangas é o novo presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), na sequência das eleições de 7 de novembro, e deve tomar posse no final de novembro, sucedendo a Joaquim Mourato, presidente do Politécnico de Portalegre. “Sinto-me muito honrado no voto de confiança manifestado pelos meus colegas para liderar o CCISP”, conta Nuno Mangas, acrescentando que continuará “a trabalhar na afirmação e consolidação do ensino superior politécnico português, aos níveis nacional e internacional”, pois “o mais importante é que as instituições politécnicas se mantenham coesas face aos desafios que se avizinham para o ensino superior”. O CCISP é o órgão de correpresentação dos 15 institutos
politécnicos públicos e das cinco escolas politécnicas públicas não integradas, estando também representadas neste órgão as Universidades dos Açores, Algarve, Aveiro, Évora e Madeira. “Com mais de 30 anos de existência, em prol da coordenação e representação das ins-
tituições de ensino superior politécnico, o CCISP tem hoje um papel incontornável no ensino superior português, procurando promover, de forma contínua, o desenvolvimento do ensino, da investigação e da cultura nas instituições e nos territórios onde os seus membros se encontram localizados”, salienta Nuno Mangas. Presidente do Politécnico de Leiria desde 2009 e vicepresidente do CCISP desde 2014, Nuno Mangas é doutorado em Ciências da Educação pela Universidade de Extremadura, e foi também vice-presidente do Politécnico de Leiria entre 2004 e 2009, no qual é docente desde 1994. Tem 49 anos e é professor coordenador na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria, da qual foi presidente do Conselho Diretivo entre 1997 e 2004. K
Paulo Ferrão, presidente da FCT, presente
Milhares de ofertas
Feira do Emprego do Politécnico de Leiria 6 A Feira do Emprego regressa ao Politécnico de Leiria, dinamizada pela Bolsa de Emprego do IPLeiria em colaboração com as cinco Escolas e restantes serviços da instituição. No próximo dia 24 de novembro, 40 empresas estão representadas no campus 2, no edifício da cantina 3, com mais de 1.000 ofertas de emprego e/ou estágio profissional, dirigidas aos estudantes e diplomados das diferentes áreas ministradas pelo Politécnico. “Nesta edição da Feira de Emprego contamos com cerca do dobro de empresas e ofertas de emprego/estágio profissional relativamente ao ano passado”, refere Ana Marta Santos, técnica superior do Politécnico de Leiria, que faz uma “avaliação muito positiva da primeira Feira do Emprego justifica o aumento do número de empresas que este ano participam”. A Feira do Emprego pretende ser ainda um espaço privilegiado de networking entre os diferentes intervenientes do merca-
Nuno Mangas eleito presidente
do de trabalho. Entre as 15h00 e as 18h30 decorrem sessões de apresentação das empresas e instituições, com espaços reservados para entrevistas rápidas, bem como a descrição de medidas de apoio ao emprego. O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e o IAPMEI também estarão presentes para a apresentação de medidas e iniciativas para potenciais interessados. O IEFP disponibilizará ainda informação sobre os apoios existentes para jovens e sobre as oportunidades existentes no Centro de Emprego e Formação Profissional de Leiria, no âmbito das ofertas de emprego, rede EURES, estágios emprego, e Investjovem, para jovens empreendedores. Os participantes podem ainda receber informação sobre formações potenciadoras da integração e reconversão profissional, como a formação em contexto de trabalho de três meses, denominada Formação Vida Ativa. K
www.ensino.eu
IPLeiria protocola com o CERN 6 “Só podemos estar à frente dos outros se estivermos associados aos melhores”, disse o presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Paulo Ferrão, na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação científica e tecnológica entre o Politécnico de Leiria e a European Organization for Nuclear Research (CERN), realizada a 28 de outubro e no decorrer da qual aquele responsável de mostrou impressionado com a cooperação internacional que envolve o Politécnico de Leiria e o CERN. Nuno Mangas, presidente do Politécnico de Leiria, demonstrou satisfação em partilhar com a FCT e o CERN o que o Politécnico tem feito nas áreas da tecnologia e da investigação. Nuno Mangas regozijou-se pelo caminho já trilhado com o CERN, que se traduz no desenvolvimento conjunto de trabalhos e projetos. “Somos a única instituição de ensino superior nesta região, pelo que temos uma responsabilidade acrescida em fazer mais e melhor, tendo em conta o tecido empresarial onde estamos inseridos”, referiu. O novo protocolo já envolve as Engenharias Eletrotécnica e Informática e pretende alargar as áreas de conhecimento para as Engenharias Mecânica, Automação e Telecomunicações,
“onde há um potencial para desenvolver trabalhos de maior alcance, sendo áreas de interesse comum para as duas entidades”, afirmou Nuno Mangas. Miguel Jimenez, chefe do Departamento de Tecnologia do CERN, confessou estar pela primeira vez em Portugal e sublinhou a relevância de partilhar o conhecimento e a investigação da sua instituição com o Politécnico de Leiria. O novo acordo formaliza as relações já existentes entre ambas as instituições, e que se traduzem, por exemplo, em estágios e trabalhos de final de curso dos estudantes do Politécnico de Leiria, orientados em conjunto, que permitem resolver problemas técnicos iden-
tificados pelo CERN. Os estudantes dos diversos níveis – licenciaturas e mestrados – poderão usufruir da oportunidade única de complementar aprendizagens nesta instituição de âmbito mundial, onde se realizam estudos técnicos e científicos com recurso às mais recentes tecnologias. A colaboração pode ainda fomentar o aparecimento de projetos de investigação conjuntos, com docentes e investigadores do Politécnico de Leiria (em áreas como as tecnologias da informação, comunicações, bases de dados, controlo e automação industrial, sistemas industriais, sistemas distribuídos ou infraestruturas). K
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Nanjing University of Finance
Na Guarda
China visita IPG
Debate sobre Ciência 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) acolhe, no próximo dia 6 de dezembro, a partir das 16h30, uma sessão/debate sobre Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e emprego científico.numa iniciativa da Fundação para a Ciência e Tecnologia em colaboração com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Esta sessão (que decorrerá no Auditório dos Serviços Centrais do IPG) vai contar com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, da Secretária de Estado da Ciên-
6 Uma delegação da Nanjing University of Finance and Economics da China, chefiada por Song Xuefeng, presidente daquela universidade chinesa, visitou, este mês, o Instituto Politécnico da Guarda. Durante a manhã foi assinado, entre o presidente do IPG, Constantino Rei, e o presidente da Nanjing University of Finance and Economics, um Memorandum de Entendimento com vista ao desenvolvimento de futuras atividade de cooperação. Após a assinatura desse documento decorreu uma visita à Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda. K
cia, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo, e de membros do Conselho Diretivo da FCT. A discussão dos temas em debate será abordada no contexto da preparação dos processos de avaliação institucional que serão lançados, em 2017, pela FCT e pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). A referida iniciativa será antecedida pela sessão solene de abertura do ano académico no Instituto Politécnico da Guarda, a iniciar pelas 14 horas. K
Create Tech 2016
Guarda inovadora 6 O Instituto Politécnico da Guarda promove, no próximo dia 25 de novembro, o Create Tech 2016. Trata-se de um fórum sobre tecnologia e inovação onde se vai falar de cibersegurança, internet das coisas, energias limpas e condução autónoma/carros elétricos, entre outros temas. O programa deste evento, organizado pelo Instituto Politécni-
co da Guarda e pelo Pplware, vai contar com a intervenção de conceituados conferencistas pertencentes a conhecidas empresas e instituições, nacionais e internacionais. A par das várias comunicações serão feitas, ao longo do dia, várias demonstrações de equipamentos. Recorde-se que a primeira edição do Create Tech, realizada em 2013 no IPG, juntou mais de 400 participantes. K
IPG
Equipa premiada
Serra da Estrela
Montanha de conhecimento 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda acolheu, no passado dia 16 de novembro, durante a tarde, um debate subordinado ao tema “Serra da Estrela – Uma Montanha de Conhecimento”. Tratou-se de uma iniciativa do Instituto Politécnico da Guarda e Associação Geopark Estrela. Para a organização, “a Serra da Estrela enquanto território de conhecimento, deve ser objeto
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de um conjunto de iniciativas, através de uma rede de responsabilidade social ancorada no estabelecimento de estratégias e parcerias que visem o fortalecimento do conhecimento e da identidade territorial, capacitando este território de uma maior atratividade e qualidade de vida”. Neste contexto, foi sublinhado que a criação de uma rede nacional de investigação de montanhas “contribui para a imple-
mentação das agendas mundiais de investigação para a sustentabilidade em áreas de Montanha, visando-se a inserção da Serra da Estrela nesta rede nacional e em redes europeias e mundiais”. Estiveram presentes a Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo, e a Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa, entre outras entidades. K
6 O trabalho de investigação “Decreasing antibiotic use through a joint intervention targeting physicians and pharmacists: a cluster-randomized controlled trial” foi distinguido com o Prémio Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa / MSD em Epidemiologia Clínica. Este trabalho foi desenvolvido por uma equipa de investigadores que integra a Prof. Doutora Fátima Roque, docente da Escola Superior de Saúde e Investigadora da Unidade de Investigação para o Desenvolvimento do Interior do Instituto Politécnico da Guarda. O galardão é atribuído pela Sociedade das Ciências Médicas Publicidade
de Lisboa, e conta com o apoio da MSD. A cerimónia de entrega do PrémioSCML/MSD em Epidemiologia Clínica teve na Sala dos Atos da NOVA Medical School - Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. Este estudo teve como objetivo identificar as atitudes e conhecimentos dos profissionais de saúde, médicos e farmacêuticos com respeito à prescrição e dispensa de antibióticos e resistência microbiana, e realização de intervenções educativas no sentido de melhorar a utilização de antibióticos, na região definida pela Administração Regional de Saúde do Centro. K
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Revisão de artigos científicos
Docente do IPV premiado
Presidente da República em Viseu
Marcelo elogia politécnicos
6 O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, presidiu à cerimónia de inauguração do novo centro nearshore do Grupo IBM, gerido pela Softinsa, que resulta de uma parceria conjunta com a Câmara Municipal de Viseu (CMV) e o Instituto Politécnico de Viseu (IPV). Depois de elogiar o centro, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se a cada um dos parceiros envolvidos: IBM, CMV e IPV. No que concerne ao Politécnico de Viseu, o Chefe de Estado referiu que é “desde sempre um defensor do papel dos institutos politécnicos. Não tenho a visão dualista que marca a opinião de alguns responsáveis políticos. Os politécnicos são fundamentais em termos de coesão territorial e social, são indissociáveis do conjunto global que é o ensino superior, mas mais do que isso, na sua projeção em termos científicos e tecnológicos”. O Presidente da República enfatizou a preponderância do IPV para o desenvolvimento sustentado da região, mas também do país, recorrendo mesmo ao conhecimento da instituição desde há muitos anos “e posso testemunhar há muitos anos o dinamismo deste politécnico, recordo mesmo uma lição inaugural na abertura de um ano académico para o qual fui convidado, há mais de uma década (a sua presença no Instituto Publicidade
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Politécnico de Viseu realizou-se no âmbito das comemorações do Dia do Instituto - 12 de novembro de 1999). Esse dinamismo é fundamental para o passo que hoje é dado. Não bastaria o acolhimento municipal, não bastaria a determinação da IBM Portugal, era fundamental a participação do Politécnico de Viseu”. Para o Presidente do Instituto Politécnico de Viseu “a realização desta cerimónia de inauguração do Centro de Inovação Tecnológica da IBM/Softinsa de Viseu, com a presença do Presidente da República, constitui para o Instituto Politécnico de Viseu um momento de grande relevância, que evidencia, mais uma vez, a sua importância para o desenvolvimento regional, no caso concreto, como parceiro estratégico do município na atração deste novo investimento e consequente criação de emprego qualificado”. Fernando Sebastião referiu que “com este projeto a Câmara Municipal de Viseu vê reconhecida a atratividade do seu concelho, a fixação de talentos e a criação de postos de trabalho altamente especializados. A IBM tem, por esta via, acesso ao sistema científico e tecnológico do IPV e a recursos humanos qualificados numa cidade reconhecida pela sua qualidade de vida. E o IPV cumpre a sua missão de ligação à sociedade, participação
no desenvolvimento económico da região e de inserção dos seus diplomados na vida ativa. A criação do Centro é da maior importância para Viseu e demonstra, mais uma vez, a importância das sinergias entre os diversos agentes políticos, económicos e institucionais. Para o Politécnico de Viseu constitui, igualmente, uma grande mais-valia uma vez que reforça a sua notoriedade e, em consequência, a sua atratividade e consolida o seu papel de pilar estruturante do desenvolvimento da região”. Sobre a única instituição de ensino superior público da região acrescentou ainda que “o IPV teve nos últimos anos um incremento significativo da sua capacidade científica que reforçou fortemente a sua posição e o seu prestígio no panorama nacional das instituições de ensino superior. Nos últimos 7 anos passou de 20% do corpo docente com doutoramento, para 62% e é nosso objetivo, dentro de um ano, atingir aos 70%, alcançando, desta forma, a média das instituições universitárias. O Instituto encontra-se atualmente entre as três instituições politécnicas com maior crescimento e maior taxa de docentes com doutoramento e entre as 5 com maior número de candidatos colocados no concurso nacional de acesso ao ensino superior”. K Joaquim Amaral _
6 Nuno Melão, docente do Departamento de Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, acaba de ser distinguido com o ‘Top 10 per cent of researchers contributing to the peer review of the field of Business, Management and Accounting’, pela organização Publons, em virtude dos seus contributos na revisão de artigos científicos submetidos para publicação em revistas/conferências internacionais. O docente ocupa o 45.º lugar a nível internacional e o 2.º lugar a nível nacional na área científica dos negócios, gestão e contabilidade. O Publons é um portal destinado ao registo de trabalhos de revisão de artigos científicos realizados por investigadores de todo o mundo antes e/ou depois da publicação. O nome Publons significa a unidade fundamental de pesquisa científica que justifica ser publica-
do. A revisão por pares é um trabalho especializado e valioso, que é por vezes esquecido logo após a publicação do artigo, desperdiçando, assim, ideias, sugestões e comentários. A finalidade consiste em reunir e armazenar este conteúdo, promovendo discussões. Além disso, trata de reconhecer e tornar a revisão por pares uma medida de produção científica, assim como as publicações e citações. K
Crianças em contacto com a natureza
Viseu organiza congresso 6 A Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV) organiza o Seminário “Primeiros passos lá fora: aprendizagens e desenvolvimento de crianças pequenas na natureza”, a 24 de novembro, no Ginásio da instituição, contando com a presença das especialistas Helen Bilton, Gabriela Bento e Gisela Dias, que apresentam o livro ‘Taking the First Steps Outside - Under threes learning and developing in the natural environment’, publicado pela Routledge. A obra conta as experiências vividas nos espaços exteriores por um grupo de crianças em idade de creche e seus educadores, demonstrando as potencialidades dos contextos ao ar livre para o desenvolvimento e aprendizagem. Procurando desconstruir mitos sobre a educação dos 0 aos 3 anos e enfatizar a importância de conectar as crianças com o meio natural, aborda questões relacionadas com
a intervenção do adulto no espaço exterior; dimensões a considerar na escolha de recursos e estruturas, com vista a criar um ambiente rico e cativante; importância do risco no brincar e a promoção de desafios em contextos naturais; orientações para o desenvolvimento de um projeto focado nas potencialidades do espaço exterior para crianças entre os 0 e os 3 anos. Gabriela Bento integra a equipa orientada por Gabriela Portugal, que trabalhou nas Orientações Pedagógicas para Creche, que se encontram em preparação pelos Ministério da Educação e Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. A importância de um serviço de creche de qualidade, atento às particularidades das crianças e suas famílias, orientou, assim o trabalho desenvolvido que é relatado no livro e será discutido no seminário. K Joaquim Amaral _
Docente participa em projeto
P.Porto nas ferrovias dos Estados Unidos 6 Diogo Ribeiro, docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto do P.PORTO vai participar num projeto americano sobre linhas ferroviárias de alta velocidade, que visa unir as cidades de Los Angeles e São Francisco, nos Estados Unidos, até 2022, divulgou o Politécnico do Porto (P.Porto) na sua página oficial. Segundo Diogo Ribeiro, esta bolsa e o projeto a ela associado constituem “uma excelente oportunidade para o Departamento de Engenharia Civil do ISEP estreitar laços com um centro de investigação de referência a nível mundial, no que se refere à Engenharia de Estruturas, e com projetos e publicações ao nível da Engenharia Sísmica”. A experiência do Departamento de Engenharia Civil ao nível da modelação da interação dinâmica entre os veículos ferroviários e as pontes “é uma valência ainda pouco explorada pelo grupo de
investigação dos EUA e, por isso, a agregação das competências de cada um dos lados pode ser uma mais-valia para o possível sucesso do projeto”, acrescentou o investigador à imprensa nacional. Desde de 2005 que Diogo Ribeiro tem participado ou coordenado estudos numéricos e experimentais de pontes sob ação de tráfego ferroviário, no âmbito de projetos nacionais e internacionais. K
Edições
Politécnico do Porto lança jornal 6 O Jornal P.PORTO é o novo projeto editorial do Politécnico do Porto. De distribuição gratuita, o jornal pretende divulgar as atividades desenvolvidas na instituição. Além da atualidade de artigos de fundo de interesse para o universo P.PORTO, o jornal é um veículo de promoção e divulgação de todo o espectro científico, cultural, social e académico do Instituo Politécnico do Porto K Publicidade
SIMO Educación
Ensino Magazine en Madrid 6 El pasado 21 de octubre se clausuró SIMO EDUCACIÓN 2016, Salón de Tecnología para la Enseñanza, que durante tres días reunió en el pabellón 12 de IFEMA a la comunidad educativa profesional en torno a la innovación. Una edición, donde el periódico portugués Ensino Magazine participó, y que se saldó con un excelente balance de resultados y la visita de 8.222 profesionales que pudieron conocer de primera mano los nuevos recursos y soluciones tecnológicas al servicio de la actividad docente, presentadas por las 244 empresas participantes. Para el director del periódico, João Carrega, esta participación “fue muy positiva, habiéndose hecho muchos contactos. Esta presencia en Madrid es parte del proceso de internacionalización del Ensino Magazine y, al mismo tiempo, permite el intercambio de experiencias y la difusión de lo que se hace en las instituciones educativas de los dos países”. También ha sido significativo el alcance nacional de esta convocatoria en la que cerca del 40% de los profesionales asistentes acudían de fuera de Madrid, con la presencia de visitantes de toda España. En cuanto a la afluencia internacional, cabe destacar la visita de 200 profesionales. En referencia al perfil de los visitantes según su actividad, los resultados de esta edición se-
ñalan que un 29% fueron profesores; un 16% coordinadores TIC; un 32% directores o CEOs de centros educativos, y un 5% representantes de las Administraciones Públicas. También han
visitado SIMO EDUCACIÓN los profesionales del ecosistema TIC, que han significado un 17%; estudiantes universitarios, un 11%, y el personal no docente de centros educativos, un 9%. K
Concurso Cultiva o Teu Futuro
Aveiro ganha em Beja 6 O projecto Myt!, da Universidade de Aveiro, foi o grande vencedor do 5º Concurso Universitário Cultiva o Teu Futuro subordinado ao tema ‘Inovação no sector do Leite e Lacticínios’, promovido em parceria com a Market Engine e que teve lugar nas instalações da sede da Confederação dos Agricultores de Portugal, a 12 de outubro. O segundo prémio foi atribuído ao projecto ‘Tecnologia e inovação na valorização de lácteos e subprodutos’, do Instituto Politécnico de Coimbra. O Instituto Politécnico de Beja esteve representado nesta final através das propostas Dairy it! (elaborado pelas alunas Adriana Ramalho, Ana Margarida Pinto, Elina Pelado e Solange Correia) e CapriSundae (elaborado pelos alunos Catarina Filipe, Hugo
Faquinéu, João Caveira e Marta Jerónimo) da licenciatura de Ciência e Tecnologia dos Alimentos e pelos docentes da ESAB Maria Margarida Pereira, Bartolomeu Alvarenga e João Dias. Esta edição contou com a presença da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Supe-
rior, Maria Fernanda Rollo, como convidada especial, que felicitou o envolvimento das universidades e politécnicos na participação de iniciativas que promovam o trabalho em contexto real, sendo este um bom exemplo da aproximação entre o ensino superior e as empresas. K
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Politécnico de Setúbal
Mais Ciência e Tecnologia
Aniversário do IPLeiria
Juntos pelo doutoramento 6 O presidente do Instituto Politécnico de Leiria reivindicou, durante a sessão solene de aniversário e de abertura de ano letivo da instituição, a atribuição do grau de doutoramento. “Porque queremos exercer a nossa missão na sua plenitude, queremos ter a capacidade legal de outorgar o grau de doutor. Porque temos ambição e queremos ir mais longe, definimos como orientação estratégica a nossa evolução para universidade”, afirmou Nuno Mangas. O presidente do IPLeiria , esclareceu que “definimos esta orientação, não para deixarmos a nossa matriz, mas porque queremos poder responder às necessidades da nossa região e do país, e esta é a melhor forma de o servir”. Na cerimónia, realizada pela primeira vez na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, em Peniche, Nuno Mangas explicou que “consideramos prioritária a possibilidade da atribuição do grau de doutor para podermos desenvolver projetos de doutoramento em estreita articulação com o mundo do trabalho. Este passo é fundamental para respondermos às necessidades de inovação das nossas empresas, do tecido industrial da região, promovendo o desenvolvimento do país”, ressalvando que “devem poder conferir o grau académico de doutor as instituições de ensino superior que, depois de avaliadas, pela Agência para Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) demonstrem ter competências para o fazer”. O responsável destacou os ar-
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gumentos a favor da evolução da designação da instituição: “somos inovadores na formação e ela tem qualidade; a nossa investigação científica é relevante para a sociedade; temos infraestruturas adequadas à nossa missão e temos pessoas competentes e altamente qualificadas. Somos uma instituição aberta ao exterior, inclusiva, plural e multicultural onde imperam valores como o rigor, a exigência, a partilha e a tolerância”. “Além disso, a nível internacional, as instituições de ensino superior designam-se, ou são conhecidas, por universidades, e a aposta estratégica do Politécnico de Leiria na internacionalização, ao nível da formação ou ao nível da investigação, esbarra frequentemente neste obstáculo, que está intimamente ligado à afirmação e reconhecimento social da instituição, no plano nacional, e particularmente, no plano internacional”. Nuno Mangas referiu ainda os outros eixos estratégicos definidos no Plano Estratégico 2020 do Politécnico de Leiria: investimento na qualidade e inovação do ensino, investimento na investigação e inovação ao serviço da socieda-
de, aposta nos campi, recursos e profissionais de excelência, e na internacionalização. O preidente do IPLeiria ressalvou ainda outros dados: “ingressaram no Politécnico de Leiria este ano letivo, em primeira vez, mais de 4.000 novos estudantes, além de mais de 1.000 estudantes internacionais, de 60 nacionalidades diferentes”. Pedro Lourtie, presidente do Conselho Geral do Politécnico de Leiria e orador convidado da sessão solene, cuja oração de sapiência versou sobre “Diversidade no ensino superior: organização, missões e graus académicos”. O professor traçou um perfil do ensino superior no estrangeiro, nomeadamente na Europa, onde as instituições politécnicas têm possibilidade de evoluir para universidade e/ ou conferir doutoramentos. Já em Portugal, “o disposto no RJIES é, claramente, uma penalização para os politécnicos. Há uma desvalorização do subsistema politécnico face ao universitário, e esta é a raiz de problemas que dificilmente serão ultrapassados apenas pela afirmação de que ambos os subsistemas têm igual dignidade”, defendeu. K
6 Pedro Lourtie, Professor Honoris Causa Na sessão de abertura do ano letivo, o Politécnico de Leiria atribuiu o título honorífico de Professor Honoris Causa ao Professor Pedro Lourtie. A distinção é, nas palavras de Nuno Mangas, “o reconhecimento do mérito de uma personalidade que dedicou grande parte da sua vida ao ensino superior em Portugal, como professor, como dirigente, como investigador e como decisor político”. “Queremos reconhecer um percurso profissional, o serviço prestado à sociedade, mas sobretudo dizer-lhe que temos muito orgulho e que nos sentimos muito honrados por passar a ser, também, um membro da nossa comunidade académica”, disse Nuno Mangas. K
6 Os campus de Setúbal e do Barreiro do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) recebem, de 22 a 25 de novembro, a 14.ª edição da Semana da Ciência e da Tecnologia, que tem como objetivo despertar o interesse dos jovens pela Ciência e Tecnologia, através de um conjunto de experiências e atividades, bem como auxiliar na orientação vocacional e no futuro profissional dos alunos, informando sobre a oferta formativa das Escolas e dos Cursos ministrados no IPS. O programa de atividades é diversificado, abrangendo diferentes áreas de formação que possibilitam aos participantes viver e ex-
perimentar a ciência e tecnologia e contactar de perto com os projetos de investigação e equipamentos desenvolvidos pelos docentes e estudantes do Instituto. Os alunos podem optar por vários circuitos temáticos, de acordo com os seus interesses e áreas de estudo, nomeadamente: eletrotécnica e eletrónica, informática e robótica, mecânica, ambiente e biomédica, na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do IPS (campus de Setúbal) e bioinformática, biotecnologia, engenharia civil e tecnologias do petróleo, na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro do IPS (campus do Barreiro). K
Poliempreende termina em Setúbal
Iniciativa reforça Rede 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) encerrou a organização da 13.ª edição do Poliemprende, a 13 de outubro, com o III Congresso Poliempreende - Ecossistemas Empreendedores, no decorrer do qual foram entregues os prémios aos vencedores nacionais e o IPS passou o testemunho ao Politécnico de Bragança, que vai coordenar a 14.ª edição do concurso. O congresso contou com a intervenção de Soumodip Sarkar, docente na Universidade de Évora e em Harvard, que partilhou ideias chave sobre empreendedorismo e inovação. Seguiram-se as intervenções de Ricardo Pereira, CEO do Grupo COMON, e de Luís Dias, vice-Presidente da Science4you, que deram a conhecer o seu exemplo enquanto empreendedores que
conseguiram colocar em prática as suas ideias, criar uma empresa e potenciar a sua evolução. A criação do Poliempreende foi recordada pelo Presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, que salientou que o concurso “é um elemento distintivo do ensino superior politécnico e que demonstra a nossa capacidade de atuar em rede”, potenciando a criação de projetos vocacionais. O presidente do IPS faz um balanço positivo da coordenação da 13.ª edição “porque demonstrámos uma capacidade de organização significativa, reforçámos os laços entre a rede Poliempreende e internamente criámos dinâmicas, em termos de empreendedorismo e incubação, que nos permitem ter a nossa IPStartUp totalmente preenchida”. K
Editorial
Vamos gerir a escola com emoção? 7 Na actual conjuntura de globalização, tem vindo a emergir o conceito de inteligência emocional, que nos convida a olhar para o indivíduo, não apenas enquanto ser racional, mas também, e paralelamente, como ser portador de emoções e afetos, já que, à luz dos estudos neurológicos mais recentes, o resultado do que somos, fazemos, pensamos e decidimos é fruto do que os sentidos recolhem e do que o intelecto processa. Abre-se, então, uma nova perspetiva de gestão das organizações educativas, procurando desenvolver na formação dos gestores, de topo ou intermédios, as suas características de inteligência emocional, por forma a contribuir para um desenvolvimento harmónico da escola, dos seus recursos humanos e da comunidade em que se insere.
Reconhece-se, assim, que possuir características de inteligência emocional é um factor essencial a uma gestão eficaz dessas organizações educativas. Ao longo da história da humanidade as emoções estiveram sempre presentes no quotidiano da vida dos povos. Apesar de nunca terem alcançado um lugar de destaque elas contribuíram para a evolução e preservação da nossa espécie, constituindo-se como parte do legado intelectual do que fomos, do que somos e do que queremos vir a ser. No entanto, o mundo intelectual, do qual a inteligência emocional faz parte, nunca a reconheceu como elemento essencial à sobrevivência da nossa espécie, atribuindo-se quase sempre lugar de destaque à racionalidade que, procurando dominar sobre a emoção, deixou-a por explorar.
E é por isso mesmo que o conceito de gestão das emoções oferece novas respostas, capazes de revelar ao gestor de organizações educativas uma arquitetura cerebral que lhe permite reconhecer, entender, gerir e usar as emoções em si próprio e, muito especialmente, no relacionamento com os outros, privilegiando as relações pessoais, essenciais ao seu sucesso pessoal e profissional. Ser gestor de uma instituição educativa, com o apoio dos pares e outros colaboradores, garantindo uma gestão administrativa e pedagógica que pretenda efetivamente reforçar a participação das famílias e das comunidades nos projectos educativos, isso pode ser conseguido com maior eficácia pelo gestor que reconhece e utiliza a inteligência emocional como forma de promover a felicidade interna da instituição.
É que a inteligência emocional é aquela que, para além de definir o nosso comportamento e as nossas atitudes, nos permite ser honestos connosco próprios e, consequentemente, com os outros. É a que nos possibilita termos consciência e entendimento acerca dos nossos sentimentos e dos das outras pessoas, de modo a que possamos expressar, potenciar e gerir as emoções para encarar os problemas como desafios, de modo realista, observando as diferentes partes e compreendendo os outros como parte dum todo, cujo retorno se reflete na gestão da instituição e nos indivíduos que a compõem. Vamos gerir a escola com emoção? Vamos adoptar modelos próximos da gestão emocional, enquanto chave para o sucesso profissional e a satisfação pessoal? Porque dentro de uma comunidade educativa, importante
mesmo é que as pessoas, independentemente dos diferentes papéis que aí desempenhem, se sintam realizadas e totalmente integradas como seres intelectuais, profissionais, emocionais, familiares e sociais. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
primeira coluna
TPC’s nervos para pais e alunos 7 Durante o mês de novembro os pais e encarregados de educação da escola pública espanhola estão a fazer greve aos trabalhos de casa (TPC) que os seus educandos trazem das instituições de ensino. À primeira vista a notícia até pode dar origem a um certo sorriso, seguido de um assim é que é, ou que antigamente é que era e que os trabalhos até são poucos. No país vizinho foi a Confederação Espanhola de Associações de Pais e Mães de Alunos que levou por diante a greve, com o argumento de que “os trabalhos de casa invadem o tempo das famílias e violam o direito ao recreio, à brincadeira e a participar em atividades artísticas e culturais”. Como ponto prévio a este debate de ideias, devo dizer que sou defensor de trabalhos de casa, desde que sejam ministrados de forma moderada e acima de tudo concertada. Infelizmente aquilo que verificamos é que isso nem sempre acontece. Na escola, cada professor pensa, e bem, na sua discipli-
na. Mas no momento de dar aos seus alunos trabalhos para eles desenvolverem em casa, esquecem, muitas vezes os princípios da moderação, concertação e bom senso. No 1º Ciclo, por exemplo, os alunos entram na escola às 8H30 ou às 9H00 e saem de lá às 17H30, contabilizando as atividades de enriquecimento curricular. Muitos, só voltam a casa nos transportes escolares bem mais tarde. Estamos a falar de um horário normal de trabalho de uma pessoa adulta aplicado a crianças dos 6 aos 10 anos, as quais quando chegam a casa e ainda têm que ir fazer os trabalhos de casa, envolvendo nessas tarefas os pais (aqueles que têm essa possibilidade). Depois tomam banho, jantam e vão para a cama. Será isto justo? Então as crianças não devem também brincar? Não devem ser crianças? E os pais não devem também usufruir de momentos lúdicos com os filhos? E nos 2º e 3º ciclos? É verdade que a carga horária é menor, mas a variedade das disci-
plinas é enorme. As crianças e os jovens depois das aulas são confrontados com uma panóplia de obrigações via TPC. Se não houver bom senso, moderação e concertação entre todos, a vida de um jovem estudante fica muito difícil. E a dos pais, daqueles que se interessam, também. Por vezes, duas horas de dedicação em casa, não são suficientes para dar resposta a tanto TPC. Há sempre quem, inconscientemente, avance para si próprio, na hora de passar os ditos, que eles sempre podem fazer nas explicações. Pois é, mas nem todos andam em explicações, nem todos têm que andar em explicações! No secundário, a lógica será a mesma, mas já mais adultos os alunos procuram dar resposta ao que lhes é exigido, até porque o patamar e a competição são de outro nível. Ainda assim, importa ter em conta os três princípios atrás enunciados. Então, mas deve ou não a escola intervir nesta questão dos trabalhos de casa dos alu-
nos? Devem ou não os pais e encarregados de educação portugueses tomar uma posição? Devem ou não os professores refletir sobre o que são TPC com conta, peso e medida? Sobre o que são exageros? Sobre o que não é exagero? Tenho para mim que todos devemos ser parte da solução e não do problema. Porque o problema existe e não necessita de ser mais incendiado. Todos nós fomos estudantes e todos nós fizemos trabalhos de casa. Mas a escola já não é a mesma escola. Os alunos são diferentes, as famílias e muitos professores também. A vida diária das crianças e dos jovens não se pode resumir a isso. Sim, sou defensor dos TPC’s, mas não da forma exagerada como muitas vezes eles sobrecarregam alunos e as suas famílias. E até me podem vir dizer: eram muitos porque eram para o fim-de-semana! Quem assim pensa (e sei que a maioria não pensa assim) deveria experimentar levar trabalho da escola para casa e fazê-lo ao fim de semana, todos os fins-de-sema-
na, privando-se de estar com a família e de fazer aquilo que também é preciso fazer: descansar, divertirmo-nos, estar com os nossos. Certamente que os fins-de-semana não seriam tão bons, mas seriam mais iguais aos de muitos alunos que têm que passar o sábado e o domingo a despachar essa coisa dos TPC’s, arrastando consigo as famílias para essa angústia. K João Carrega _ carrega@rvj.pt
NOVEMBRO 2016 /// 019
crónica salamanca
Sobre la burbuja o el superabundante número de másters 6 Hace unos días me entrevistaba una periodista de una conocida cadena de TV en España, la Sexta, sobre mi opinión sobre el número de másters existentes u ofertados en España, y se la ofrecí, con absoluta libertad. Estaban haciendo un reportaje televisivo sobre lo que podría llamarse sin temor a errar, “la burbuja de los másters”, punto de vista que yo también compartía. Antes de nada debo comentar que el nombre de máster (en portugués mestrado) ha sido incorporado al diccionario de la Real Academia Española de la Lengua, pero que en el español de América Latina se utiliza el más apropiado de “maestría”, y que personalmente me gustaría utilizar en España. Esta es una expresión más de la colonización cultural y lingüística que nos impone el mundo anglosajón hoy dominante. Debemos quejarnos, y con razón, de todo tipo de colonialismos en el pasado, pero también en el presente, por más sutiles que parezcan. Lo curioso es que
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hay colegas que ponen mucho énfasis en combatir el colonialismo español o portugués en América, pero pasan de puntillas ante este nuevo colonialismo de los USA en los siglos XX y XXI. Las palabras y los conceptos que expresan no son neutros, como sucede con el término “máster”. Pero volvamos al tema de origen de este artículo. En España hoy circulan y se ofrecen al público consumidor aproximadamente unos 9000 másters: unos desde las universidades y centros públicos de educación superior, otros desde universidades privadas, otros desde empresas influyentes y poderosas, otros desde cualquier iniciativa particular que busca aprovechar la moda y el aire favorable que se ha despertado hace pocos años hacia el consumo de un máster. Algunos másters tienen carácter profesional dentro de la administración, son oficiales, están acreditados, y son obligatorios para el ejercicio de una profesión. Por ejemplo, el “Master para ser Profesor de Educación Secundaria, Formación Profesional y Escuelas
Oficiales de Idiomas”, está exigido por la LOE (Ley Orgánica de Educación) de 2006. Este máster tiene un año de duración (60 créditos ECTS), es teórico y práctico, y representa la formación pedagógica tan demandada desde tiempos lejanos para los futuros profesores de Educación Secundaria. Tiene a su vez 23 posibles especialidades, y está ya bien arraigado, organizado y reconocido. Es ofrecido por la casi totalidad de universidades españolas públicas y privadas (son 76). Es un máster necesario y que no ponemos en cuestión. Como consecuencia de la aplicación del Espacio Europeo de Educación Superior en España para la mayoría de los títulos universitarios se eliminan definitivamente las antiguas licenciaturas de cinco años (incluido el nombre, que pasa a utilizar el anglosajón de Grado), y quedan convertidas en estudios universitarios de cuatro años. Como el mercado hoy tiene donde elegir muchas gangas, muchos jóvenes formados con más estudios, se va imponiendo a los padres y a los estudiantes consumidores la lógica de cuatro años de grado más uno más de máster, que viene a ser exactamente el anterior formato de cinco años. Eso sí, ahora el título y nombre de máster luce más en el mercado, al menos en apariencia, y no tanto en la realidad. También en conexión con lo anterior, para realizar estudios de doctorado ahora la norma exige cuatro años de grado y un máster de al menos un año, con lo que nos encontramos también en cinco años. Se dice que debe ser un máster de los denominados de Investigación, para diferenciarlos de los Profesionales, y también acreditado oficialmente. Pero el resultado es el mismo. Uno año más, y 60 ECTS. La pretendida equiparación a lo que establece el llamado Plan Bolonia (que tampoco está tan claro), o el sometimiento a las directrices colonialistas anglosajonas, que es en realidad lo que es “Bolonia”, obliga a cambiar el formato de acceso al doctorado. Puro formalismo al fin. Eso sí, muchos de estos másters tienen el “pedigree”, la marca cotizada, de ser impartidos en inglés, con lo que parecen de alta calidad ( a los necios y bobalicones que consideran lo procedente del mundo anglosajón como algo superior, casi investido de divinidad), lo que no es cierto en absoluto.
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt
Finalmente, aprovechando el viento a favor en materia de negocio que ofrecen estos años de indefinición académica en tono a los másters, muchas universidades privadas, muchas empresas, muchos negociantes sin escrúpulos vienen lanzando al mercado miles de títulos de másters, con denominaciones atractivas y bien publicitadas, a veces con publicidad semiengañosa. Son muchos los usuarios que caen en las redes de las medias verdades, la moda y la superficialidad, y compran un costoso máster (eso es en realidad un máster privado, salvo raras excepciones), que por el precio parece “prestigioso”. Al fin, quienes han realizado el esfuerzo académico y económico del máster de turno se encuentran con un título que no vale para casi nada, ni en el mercado real de la empresa, ni en las administraciones públicas, ni mucho menos aún para realizar estudios posteriores de doctorado. Por lo tanto, es cierto que hoy advertimos una notoria inflacción de másters en el mercado español (como en otros países próximos, en lo que vamos conociendo), una auténtica burbuja, que pinchará en cualquier momento, o que ya lo está haciendo en algunos campos profesionales. Se ha degradado mucho el fenómeno “másters”, sobre todo desde la iniciativa privada, por el número de los títulos ofertados, y se ha degradado también bastante por la deficiente calidad de la oferta formativa que se hace en la mayoría de ellos. No estaría de más una mayor regulación oficial de los másters en España, pues en el mercado no todo vale. Ahora bien, ello choca de frente con una de las claves del modelo consumista capitalista, la publicidad engañosa y la creación de necesidades ficticias, incluidos los másters. ¡Manos a la obra! K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Sílvio Mendes Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
Pedagogia (a)crítica no Superior (XVII)
Geração Ponto Com 7 «Cada geração é nova à sua maneira» (Miguel Torga, Diário, vol. IX) O Prof.S. pega num jornal amarelecido pelo tempo (Público, 08/02/00) e lê: «Geração-Net nas escolas até 2002». Saudável propósito, este da Comissão Europeia, o de criar «netizens… um cidadão em cada teclado». E relembrou-se do que pretendiam os então dirigentes da UE: habilitar os futurekids com a literacia TIC pois era condição sine qua non para se formar gente capaz de ganhar a ‘guerra’ da «economia do conhecimento» na «sociedade da informação». Os EUA eram percepcionados, simultaneamente, como padrão de comparação e ‘inimigo’ a vencer, numa luta económica concorrencial. A Europa (das assimetrias) reconhecia o atraso referente às TIC e ao acesso à Internet: o uso da net era ainda classista (concentrado nos grupos sociais de maiores rendimentos), sexista (homens como os principais consumidores) e regionalista (melhor taxa de utilização no Norte da Europa). Conscientes deste défice, as autoridades da UE recorreram, como é hábito, à escola. Ou
não fosse esta a melhor instituição, das sociedades democráticas, para massificar depressa e bem; neste caso, era preciso dar competência informática aos menores de 25 anos que frequentavam as escolas dos Estados-membros da UE: um verdadeiro batalhão de cibercidadãos, a tal ‘geração-net’ (também apelidada de ‘geração ponto com’, ‘web generation’ ou ‘geração-joystick’, mais dada às play stations e aos vídeo games). Entre nós, o grande obstáculo, para tão ambiciosa cruzada informática, não parecia residir na ausência de política (Comissão Europeia dixit), na falta de dinheiro (os fundos comunitários eram um ‘saco azul’ sem fundo), no parco equipamento (os mecenas tinham percebido que a ‘oferta’ de computadores era um investimento de retorno rápido), ou na inadequação das instalações escolares (os velhos pré-fabricados foram dando lugar às escolas equipadas, pela Parque Escolar, com sofisticado aparato tecnológico). O grande obstáculo, como também vem sendo usual, estava nos recursos humanos, os professores. Porém, a comissária europeia prafrentex (e que já ninguém hoje re-
corda o nome) indicava o caminho a seguir: «treinar os professores» de forma a torná-los «competentes na matéria, de forma verificável». Seguiu-se um ‘teclar’ intenso, um navegar nas tão propaladas autoestradas da (in)formação. Os professores desmultiplicaram-se por n acções, workshops, cursos de formação contínua sobre «as TIC no 1º ciclo» (era prioritário dar o devido uso pedagógico ao socrático Magalhães). Volvidos estes anos, o Prof.S. reconhece as mudanças que se operaram na relação dos seus estudantes com os dispositivos informáticos. Os cibernautas mais jovens (ou menos críticos), nas alucinantes viagens, deixaram-se ofuscar pela melopeia do «admirável mundo novo» e ficaram à mercê dos efeitos perversos dessa onda tecnológico-comunicativa. Apenas dois exemplos concretos, passando ao lado das contas telefónicas (o acesso é ‘grátis’ à world wide web mas as nossas facturas mensais não param de aumentar), da alienação informática (de que tanto se queixam pais e esposas abandonados por filhos e maridos
‘viciados’ no online), da uniformização cultural, ou dos temidos hackers e seus ciber-crimes. 1. Os modernos computadores portáteis ultra equipados e construídos na lógica da ‘autonomia do utilizador’, tem tornado, gradualmente, os professores em pau-para-toda-a-obra. Trabalham mais e ocupam-se com tarefas dignas dos ‘mangas-de-alpaca’. Deste modo, o chamado ‘pessoal menor’ vai passando à categoria de ‘excedentes’ e os ‘quadros técnicos qualificados’, vão andando aos papéis (hoje mais virtuais que reais), dando conta da dactilografia (agora reciclada em processamento de texto), do expediente e correspondência (o vulgo e-mail) e de tantas outras miudezas burocráticas e técnicas (como desencravar a impressora) enquanto continuam a sonhar com o almejado «teletrabalho». 2. O «Portugal sentado» frente ao computador escreve mais, sem dúvida, mas pior, muito pior. Constate-se a ortografia ou a sintaxe da generalidade dos e-mails. A pressa no envio da mensagem (no fundo o que se deseja é a chegada rápida da resposta), arrasta-
os para uma escrita apressada, onde se omite a acentuação, se aligeira a ortografia, cada vez mais sintética e cifrada. Depois de escrito, não se procede à correcção (cuidado de que não se prescindia na carta convencional enviada por snail-mail) pois a preocupação é carregar no send; ele aí vai, à velocidade da luz, mas cheio de erros. Estamos confrontados com a emergência de uma nova pragmática da língua escrita? Ou o fim da língua portuguesa tal como a herdámos dos nossos clássicos? K Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt Este texto está redigido segundo a ‘antiga’ e identitária ortografia _
crónica
Cartas desde lá ilusion 7 Querido amigo: Una vez más vuelvo a enlazar esta carta con una de las ideas fundamentales de mi mensaje del mes anterior. Puedes recordar que, en mi escrito del mes pasado, yo abogaba por “resaltar la importancia de que, más allá de las propuestas y/o directrices de las políticas educativas estatales, funciona (¡y vaya si funciona!) la política educativa de cada centro”. Pues bien, días atrás he encontrado una noticia que puede ser considerada como sorprendente, pero que, en realidad, se refiere a una realidad que debería ser tan cotidiana como nuestra práctica educativa en el centro un día tras otro. Por eso pienso que, más que sorprendente, debería ser una noticia habitual entre los educadores. Se refiere, sin más, a un centro educativo que se ha colocado en la cúspide de la eficiencia con un plantea-
miento tan simple como esperado: en este centro educativo todas las propuestas y actividades giran en torno a lo que desde siempre debería haber sido y deberá ser el centro de la consideración de los sistemas educativos, es decir, en torno al alumno (¡vaya descubrimiento!). No sé cuántas veces habremos comentado desde esta “tribuna” la necesidad de realizar todas nuestras actividades educativas centrándonos en los alumnos y en sus necesidades. Sean cuantas fueren, lo cierto es que lo único que necesitamos los profesores es ponernos a trabajar en este sentido. Sabemos que esto funciona, que esto es lo que pide la sociedad, que esto es lo que necesitan nuestros alumnos de cara a su desarrollo de futuro, que esto es lo que debería ser prioritario en el devenir de nuestras actuaciones educativas con nuestros alumnos… Lo sabemos.
El problema es ¿estamos realmente convencidos de ello? Porque si estamos convencidos, nuestra actitud nos llevará a actuar en consecuencia… Sigo convencido de que es el único camino posible del cambio. Como aseguraba la directora del centro al que he hecho referencia más arriba (Saunalahti School, en Finlandia… ¿dónde iba a ser si no?) “puede ser que seamos la única escuela del mundo que lleva a cabo un plan de aprendizaje individualizado para cada niño”. Sigo preguntándome: ¿por qué en determinados países (léase Finlandia, Singapur, etc.) se puede realizar semejante plan individualizado para cada niño y no se puede realizar en nuestro país? Sigo preguntándome, también: ¿por qué los profesores/ maestros de la escuela unitaria en nuestro país de hace un siglo (hasta mediados del siglo
pasado) eran capaces de llevar a cabo un plan de aprendizaje individualizado para cada niño… y los profesores/maestros de nuestras escuelas actuales no conseguimos hacerlo? ¿Quiere esto decir que no estamos capacitados los profesores de nuestro país para realizar semejante plan individualizado para cada alumno? ¿O, por el contrario, tenemos que aceptar que estamos “dotados” de una inercia que nos incapacita -a pesar de nuestra capacitación profesional- para llevar a cabo semejante reto? Si esto es así, es decir, si nos sentimos incapacitados -a pesar de nuestra preparaciónpara llevar a cabo semejante plan, creo que nuestro sistema educativo es un auténtico insulto, no sólo a los alumnos que “sufren” nuestra actuación educativa, sino a la sociedad entera en general. Frente a este problema, el resto de las cuestiones que ac-
tualmente se están debatiendo, o meramente considerando, en nuestra sociedad, tales como la necesidad o no de los libros de texto, la necesidad o no de promover los deberes escolares después del horario en el centro educativo, la necesidad o no de las actividades extraescolares, la necesidad o no de la implicación de los padres en las actividades del centro, etc., me parecen altamente triviales… Hasta la próxima, como siempre, ¡salud y felicidad! K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com
NOVEMBRO 2016 /// 021
Congresso Internacional
Arqueologia em livro 6 A Sociedade dos Amigos do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior acaba de editar as atas do II Congresso Internacional de Arqueologia, numa produção da RVJ- Editores, e que tiveram a coordenação da investigadora Raquel Vilaça. O livro, de 518 páginas, apresenta 48 artigos científicos, de 92 autores. K
Pau de Giz
Crónicas do Magazine
castelo branco
Fundador de Serralves 6 A cidade albicastrense é a primeira autarquia do país a entrar como fundador da Fundação Serralves. Ana Pinho, presidente da Fundação que tem a sua sede no Porto, referiu isso mesmo durante a inauguração da exposição “Estudos de Luz: Indícios, reflexos e sombras na Coleção de Serralves”, inaugurada pelo ministro da Cultura, Luís castro Mendes, e que estará patente no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco até ao próximo dia 19 fevereiro de 2017. “O país e as regiões devem pensar o turismo cultural como um grande potencial. Este é um momento importante pois marca
o início desta parceria, que nos dá o prazer de fazer parte do corpo fundador [leia-se sócio da Fundação]”, referiu Ana Pinho. A ligação a Serralves foi frisada por Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco: “sentimo-nos orgulhosos. sabemos o que esta ligação representa. Tenho a certeza que este protocolo muito nos ajudará”, disse o autarca, enquanto reforçava a importância deste tipo de parcerias: “a última exposição, que envolveu o município de S. João da Madeira, resultou numa geminação entre as duas cidades. A cultura também traz destas coisas. E hoje é indesmentível o papel
que os equipamentos culturais desempenham para o turismo. E nós queremos uma perspetiva integrada. Este Centro de Cultura Contemporânea contribui muito para o caminho que queremos fazer”. O ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, aproveitou a inauguração para destacar o trabalho desenvolvido pela Câmara de Castelo Branco na área da cultura, referindo que o concelho “soube preservar o legado, e mostrou capacidade para trazer fundações como a Cargaleiro, preservando a história e recuperando o centro histórico”. K
6 António Luís Caramona, que durante vários anos assinou no Ensino Magazine a rúbrica Pau de Giz, acaba de ver editado em livro um conjunto dessas crónicas. O livro, com edição própria, foi apresentado no dia 5 de novembro, durante o 65º aniversário do autor, num lançamento surpresa, que contou com a presença de muitos amigos, e onde foram lidas algumas dessas crónicas. A obra, de leitura fácil, apresenta um conjunto de textos, selecionados pela sua filha Madalena
Caramona, que representam vivências do autor, e que foram publicados no Ensino Magazine. K
Pe. José António lança livro
Luto: realidade necessária 6 O auditório da Casa da Cultura de Oleiros foi pequeno para acolher todos os que quiseram participar no lançamento do livro “Luto: Realidade Necessária e desafiadora, vivências e interpelações pastorais na zona do Pinhal Interior Sul”, da autoria do padre José António Gonçalves, natural do concelho de Oleiros. A apresentação da obra, que veio a público com a chancela da RVJ Editores e com o alto patrocínio da Câmara de Oleiros, foi presidida, no dia 1 de novembro, pelo Bispo da Diocese D. Antonino Dias, o qual destacou a sua importância. Fernando Jorge, presidente da Câmara de Oleiros, sublinhou
022 /// NOVEMBRO 2016
João Rodrigues de Castelo Branco
Poeta revisto
a pertinência e a importância do livro, lembrando aquilo que a autarquia tem feito numa área tão sensível, dando o exemplo do gabinete de apoio ao luto, o qual é único no país.
O livro, que resultou da tese de mestrado de José António Gonçalves, foi apresentado pelo padre Jerónimo Trigo, docente na Universidade Católica, que foi orientador da sua tese de mestrado. K
6 O novo livro do investigador Joaquim Candeias da Silva, “João Rodrigues de Castelo Branco. O Poeta revisto à luz da documentação existente”, com a chancela da RVJ Editores, foi apresentado no último mês, na Biblioteca Municipal albicastrense. Na cerimónia, Fernando Raposo, vereador da cultura da autarquia albicastrense anunciou que “a escultura de João Rodrigues de Castelo Branco está quase concluída e será instalada num espaço muito nobre que dignificará o poeta”. A apresentação da obra, rica em conteúdo, foi feita pelo poeta
albicastrense António Salvado, e encerrou as comemorações do V Centenário da morte de João Rodrigues de Castelo Branco, conhecido por João Roiz de Castelo Branco. Aliás, a questão do nome é um dos assuntos sublinhados por Candeias da Silva nesta obra, onde o autor refere, com base em provas recolhidas, que o apelido é Rodrigues e não Roiz, já que este último resultará de uma abreviatura. Na apresentação, Antónia Dias Carvalho (acompanhada na viola e guitarra por Pedro Veiga e Ramalhete), interpretou um fado com um poema de António Salvado. K
edições
gente e livros
Novidades literárias
Gustave Flaubert
7 TOP SELLER. A Criança de Fogo, de S. K. Tremayne. Ao casar com David, Rachel sente que a sua vida se aproxima da perfeição. Troca a agitação londrina pelo vale encantador de Carnhallow, na Cornualha, e encontra, finalmente, paz e um amor vibrante. Torna-se ainda madrasta de uma criança adorável, Jamie. Mas o cenário idílico começa a desvanecer-se quando Jamie passa ter comportamentos estranhos, fazendo previsões alarmantemente reais.
BERTRAND.
Sangue Infernal, de James Rollins e Rebecca Cantrell. Esta é a conclusão da trilogia de James Rollins e Rebecca Cantrell, que decorre entre os mundos da sombra e da luz, da salvação e da danação... Neste último livro da série, uma escalada de homicídios assola o mundo. Na iminência do Apocalipse a arqueóloga Erin Granger tem de decifrar a verdade por detrás de uma profecia imortal narrada no Evangelho de Sangue, um livro escrito por Jesus Cristo e que esteve perdido durante séculos.
TEOREMA. O Czar do Amor e do Tecno, de Anthony Marra. Estamos em 1937. Um promissor pintor de Leninegrado vê-se reduzido à tarefa ingrata de “apagar”, de pinturas e fotografias, os dissidentes do regime soviético. Entre os inúmeros rostos que faz desaparecer, está o do seu próprio irmão, condenado à morte. Na atualidade, uma historiadora de arte dedicase a estudar o mistério que se esconde na obra desse censor. Nas centenas de imagens que alterou, ele introduziu obsessivamente um rosto. Quem foi essa figura anónima, a um tempo dissimulada e omnipresente na história da Rússia? OFICINA DO LIVRO. As Histórias que Não se Contam, de Susana Piedade. Ana pergunta-se como seria hoje o seu dia-a-dia se tivesse sabido detetar no namorado os indícios da doença que o levou inesperadamente. Isabel, seis meses depois de uma tragédia, ainda se sente culpada por não ter chegado a horas ao infantário naquela tarde de chuva. Marta, que ousou abandonar, ainda adolescente, uma casa onde era maltratada, não tem agora a coragem de confessar que o amor em que apostou tudo não é um mar de rosas. Um acidente acabará por cruzar estas três desconhecidas e representará o nascimento de uma amizade. K
7 «Já não tinha, como dantes, aquelas palavras tão doces que a faziam chorar, nem aquelas carícias veementes que a faziam endoidecer; de tal maneira que o grande amor existente entre ambos, e em que ela vivia mergulhada, lhe pareceu diminuir aos seus pés, como a água de um rio absorvida pelo seu próprio leito, descobrindo o lodo. Emma não quis acreditar; redobrou de ternura; e Rodolphe foi escondendo cada vez menos a sua indiferença.» In “Madame Bovary” Gustave Flaubert foi um influente romancista francês. Nasceu a 8 de dezembro de 1821, em Rouen, França, e morreu a 8 de maio de 1880, em Croisset. A sua obra mais famosa é “Madame Bovary”, romance publicado quando corria o ano de 1857 e que o levou aos tribunais, no ano seguinte, acusado
de atentado contra os bons costumes. “Apesar do escândalo, a crítica consagra a obra pela novidade, perfeição e equilíbrio, e as tendências realistas”, refere a nota biográfica na Infopédia. Gustave Flaubert era filho de um ci-
rurgião que trabalhava no Hospital de Rouen, fez os estudos secundários na sua terra natal e matriculou-se em Direito na Sorbonne. Em 1844, os primeiros sintomas de doença nervosa que o haviam de afligir toda a vida levaram-no a abandonar o curso. Anos depois do escândalo de “Madame Bobary”, Flaubert escreve “Salambô”, em 1862, quatro anos depois de viajar até Cartago. Em 1869 foi publicada “A Educação Sentimental”, obra de análise psicológica que não foi bem recebida, para desgosto do autor. Em1874 publica “A Tentação de Santo António”, que foi proibida. Flaubert trabalhou aproximadamente trinta anos nesta obra. Em 1877 publica um volume de contos, “Três Contos”. K Tiago Carvalho _ Direitos Reservados H
Edição RVJ Editores
Saúde em Portugal em livro 6 O livro “A Saúde em Portugal: um olhar sobre o distrito de Castelo Branco”, da autoria de Alexandre Morais Nunes e de Manuel Nunes, numa edição da RVJ Editores, com o alto patrocínio da autarquia albicastrense, acaba de ser apresentado. A importância da obra foi destacada por José Tereso, presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, para quem o livro “é de grande referência, na qual os autores tiveram um trabalho intensíssimo”. Aquele responsável fala também no esforço que existe por parte dos autarcas dos 11 concelhos em trazer gente para o interior do país. Na ocasião, Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco voltou a reafirmar a necessidade de se investir no Hospital Amato Lusitano. “Os investimentos que o hospital necessita são inferiores àquilo que são os resultados negativos de outros hospitais num ano”, disse. K
NOVEMBRO 2016 /// 023
Pela objetiva de J. Vasco
press das coisas
3 É o 4.º álbum de Rita Redshoes. Gravado em Berlim, foi produzido por Victor Van Vugt, o produtor do seminal álbum de Nick Cave, «Murder Ballads« e de «Trailer Park» de Beth Orton, vencedor do prestigiado Mercury Prize. «Life is Huge» é o single de avanço. K
Kindle Oasis
PAPA FRANCISCO EM FÁTIMA NA PROCISSÃO DAS VELAS
7 O Papa Francisco estará em Fátima, a 12 de maio próximo, véspera do Centenário das Aparições de Fátima. Sua Santidade chegará de véspera, a tempo de participar na habitual Procissão das Velas. No dia seguinte o Papa participará nas celebrações do centenário das aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos. K
3 O Kindle Oasis é o mais recente e-reader da Amazon. É mais fino e leve que os modelos anteriores. Distingue-se pelo seu design ergonómico, rapidez e resolução (300 ppi). O sensor de iluminação também foi melhorado: adapta-se ao ambiente e propicia o nível perfeito de iluminação sempre, em qualquer lugar. O sistema de bateria duplo proporciona a bateria mais longa de qualquer Kindle. K
Prazeres da boa mesa
Bacalhau Pil Pil com Piquillos, Semi Desfeita de Grão e Tiborninhas de Morcela 3Ingredientes: 5 Postas Bacalhau 200g 300 ml Azeite 700 gr Grão Cozido 5 Fatias de Pão Caseiro 1 Lata de Pimentos Piquillo 100 gr Morcela 100 gr Cebola Picada 50 gr Alho 2 Malaguetas q.b. Coentros q.b. Sal q.b. Pimenta de Moinho Preparação: Levar o azeite ao lume e fritar os alhos laminados e as malaguetas. Retirar e reservar os alhos e as malaguetas. Cozer o bacalhau no azeite aromatizado sem deixar ferver, ou seja, não pode ultrapassar os 80ºC. Assim que esteja cozido (normalmente não excede os 5 minutos quando as postas não são muito altas), remover o bacalhau e o excesso de azeite. Agitar o tacho enquanto o azeite e o suco/ gelatina do bacalhau estão tépidos até formar uma “maionese/holandês” ligeiro. Juntar os piquillos em juliana grossa. Para a desfeita, puxar o alho e a cebola, juntar o grão (metade inteiro e desfeito) com caldo e azeite da cozedura do bacalhau. Salpicar com os coentros.
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azeite se emulsionem. Já se encontram máquinas que fazem o movimento do pil pil. A junção dos pimentos nesta receita consagrada é uma união do País Basco com a Extremadura espanhola. K Mário Rui Ramos _ Executive Chef
Cortar o pão em fatias finas (estilizadas) temperar com azeite e alho e aplicar morcela. Empratar a desfeita, colocar o bacalhau e em cima deste, aplicar o molho emulsionado com os alhos, a malagueta e os pimentos. Mais Informação: O pil pil é uma iguaria tradicional da cozinha Basca e elaborado com quatro ingredientes básicos: bacalhau, azeite, alho e malagueta. O nome “pil pil” vem do movimento giratório que se faz para que o suco do bacalhau e o
Bocas do Galinheiro
Trumpices e presidentes dos EUA
leitmotiv para “O Prisioneiro da Ilha dos Tubarões” (1936), já antes a figura deste lendário presidente merecera a atenção de Griffith com “Abraham Lincoln” (1930) e de John Cromwell com “Abe Lincoln in Illinois” também de 1939. Mas o mesmo se poderia estender a outros presidentes evocados em filmes, alguns para televisão, como “Wilson”, 1944, de Henry King, sobre Wooddrow Wilson, “Eleanor and Franklin”, 1976, de Daniel Petrie, sobre Franklin D. Roosevelt, “Truman”, 1995, de Frank Pierson, uma biografia e Harry Truman, “JFK” 1991, de Oliver Stone, sobre o assassinato de John Kennedy e “Nixon”, 1995, ainda de Stone, a história de Richard Nixon, cuja presidência, como se sabe, acabou mal (“Os Homens do Presidente”, de Alan J. Pakula, 1976, retrata de forma exemplar este episódio), ou “Ike: Contagem decrescente para o dia D”, 2004, de Robert Harmon, focando este momento marcante do futuro presidente Dwight Eisenhower. Ora, sobre este proto actor, Donald Trump, agora no papel principal (já teve cameos em, entre outros, “Sozinho em Casa 2: Perdido em Nova Iorque”, 1992, de Chris Columbus e “Celebrida-
des”, 1998, de Woody Allen, pois é, no melhor pano cai a nódoa) em que presidente de fição o poderimos colocar? Punha logo de lado o “Air Force One”, 1997, de Wolfgang Peterson, com Harrison Ford no papel do presidente, uma vez que apelando à sua experiência como ex-militar acaba por ser ele a tomar conta das operações, coisa que não se poderia pedir a Trump, pois que, tal como Bush filho, por razões obscuras, apesar de aptos, não foram parar com os costados ao Vietname como milhares de compatriotas seus, não tendo adquirido competências básicas para se desenrascarem em situações extremas. Também o aconselharia a não provocar invasões alienígenas tipo “O Dia da Independência”, 1996, de Roland Emmerich, uma vez que o próprio presidente, Bill Pulman, agarra num caça para dar cabo dos invasores. Apesar de Trump ter muitos aviões, não há relato de que tenha de guerra. Mas nunca fiando. Outra hipótese, caso a sua carreira cinematográfica tivesse crescido, seria encarnar o presidente Merkin Muffley, na obraprima de Stanley Kubrik “Dr. Strangelove or: How I Learned To Stop Worrying and
Love The Bomb”, de 1964, com o incomparável Peter Sellers como presidente. Apesar de ter demonstrado dotes de representação, não estaria à altura do papel, pois corríamos o risco de o doido pronto a lançar a bomba ser ele e não o enlouquecido general Jack D. Ripper. De alguma inspiração para o futuro inquilino da Casa Branca (pagamos para ver a decoração que o casal vai impor no imóvel) seria “Poder Absoluto”, 1997, de Clint Eastwood, uma visita guiada aos bastidores do trabalho sujo dos gabinetes para limpar o que os presidentes que julgam que podem fugir a todas as regras fazem. Desta parte deve gostar. Da outra a Melania não estaria pelos ajustes. Assim, penso mesmo que o podemos imaginar, tendo em conta a tal conversa de balneário sobre apalpões, numa qualquer visita de Estado a fazer de Billy Bob Thorton, o presidente dos Estados Unidos em “ O Amor Acontece”, 2003, de Richard Curtis, a assediar um qualquer membro do pessoal. Com isto tudo, ficamos à espera do 46º. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _
Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _
7 Fui mais um apanhado de surpresa pela eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos. Mas não deveria ter ficado: Primeiro porque a secretária Hilary Clinton não me despertava a mínima simpatia (se votasse nos Estados Unidos o mais certo era não votar em nenhum dos dois), segundo, optando por esta via, como muitos americanos terão feito, a vitória do republicano seria previsível. Não foi. Mais uma vez as sondagens demonstraram que não sabem avaliar a abstenção. Mas também, tal como no duelo George W. Bush/Al Gore em 2000, o candidato que teve maior número de votos, não teve o maior número de Estados. Assim sendo, uma vez que “the winner takes it all”, vamos ter na Casa Branca um secundário, na acepção cinematográfica do termo, elevado a protagonista da fita. E, neste caso, como no celuloide, tudo pode acontecer, tal a imprevisibilidade do homem. Armado de ideias primárias, confessa-se racista, exibe-se misógino, vai dirigir a nação como gere as suas empresas, e aí há que ter cuidado porque já levou umas quantas à falência, estatuto que lhe permitiu estar anos a fio sem pagar impostas, vai construir muros que outros hão-de pagar, vai impedir a entrada no país de membros de determinada religião, vai expulsar uns largos milhões de emigrantes ilegais (se a medida tivesse efeitos retroactivos teria que expulsar a sua atual mulher), vai-se esforçar para que os Estados Unidos sejam o maior poluente mundial aumentando exponencialmente a emissão de CO2, uma vez que renega o aquecimento global e, para além de outras pérolas que vão abrilhantar o que ele acha vai ser um mandato brilhante, porque o espelho lho disse, está a encher o seu gabinete de familiares e da fina flor do extremismo racista, xenófobo e, pasme-se, ou não, anti globalização. Ups! O Bloco e o PCP que se cuidem, porque têm aqui um aliado incómodo. A propósito de “Lincoln”, de Spielberg, com Daniel Day-Lewis no papel do presidente, lembrámos que a figura de Abraham Lincoln foi inspiração para realizadores como John Ford, “A Grande Esperança” (1939) e o seu assassinato ser
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UBI mais internacional
Protocolo com Angola e apoio a Cabo Verde 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) acaba de assinar um protocolo com a Universidade Lueji A‘Nkonde, de Angola, o qual prevê a realização de estudos e projetos de investigação e a organização conjunta de seminários, conferências, colóquios e aulas abertas. Prevê ainda a disponibilização de especialistas para a realização destes ou de outro tipo de atividades de interesse comum. O acordo, celebrado na quinta-feira, 3 de novembro, na Covilhã, foi assinado pelo reitor da instituição africana, Carlos Pedro Cláver Yoba, que visitou a UBI e a região da Serra da Estrela, no âmbito de contactos que resultaram na aproximação das duas instituições. A UBI e a Universidade Lueji A ‘Nkonde vão também fazer o intercâmbio de informações estatísticas ou de outra natureza, provenientes de levantamentos e investigações que possam resultar num aproveitamento de sinergias. A partilha de recursos é outra área abrangida, nomeadamente da área informática, ao nível do desenvolvimento de software e formação de técnicos. CABO VERDE Debora Lima, mestre em Engenharia
Civil pela Universidade da Beira Interior (UBI), testou a eficácia de um novo sistema de avaliação do pavimento das pistas dos aeroportos de Cabo Verde,
que se provou ser melhor que os utilizados naquele país e que consiste num protótipo que recolhe dados através do varrimento laser, captação e registo de
imagem e sistemas de georreferenciação (GPS). De acordo com as conclusões do estudo submetido a provas no final de outubro, o método permite fazer a avaliação do estado do pavimento em toda a sua superfície, de forma contínua e com maior rapidez. Assim, a atualização da informação pode ser feita com períodos de tempo mais curtos, com os dados recolhidos a facilitar o trabalho das empresas de reparação e manutenção dos pavimentos que compõem o Sistema de Aviação Civil de Cabo Verde. A dissertação do Mestrado em Engenharia Civil: Geotecnia e Ambiente teve como título ‘Sistema de Gestão de Pavimentos Aeroportuários para Cabo Verde’ e foi classificada com 19 valores. Débora Lima foi orientada por Bertha Santos e teve coorientação de Pedro Almeida, também docente da UBI. A dissertação apoiou-se em dados recolhidos em Cabo Verde, entre maio e junho deste ano. Nessa altura, uma equipa do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura (DECA) esteve no país africano a analisar estruturas de dois aeroportos internacionais: Amílcar Cabral (situado na Ilha do Sal), e Aristides Pereira (na Ilha da Boa Vista). K
Seat Leon foi renovado
Novo Mazda CX-5 em 2016
3 O Seat Leon apresenta-se renovado e já pode ser encomendado. Estará disponível nos concessionários no início de 2017. Com uma nova variante de 115 cv do 1.6 TDI, vai passar a estar disponível em quatro níveis de equipamento: Reference (entrada), Style, FR e Xcellence (novo equipamento). As diversas carroçarias já têm preços: 5 portas (desde 23 434 euros), 3 portas SC Coupé (desde 23 084 euros), carrinha ST (desde 24 584 euros) e X-Perience (desde 31 733 euros). K
3 É oficial. A Mazda vai lançar no próximo ano a segunda geração do CX-5, o modelo da marca mais vendido na Europa. Tudo indica que o SUV japonês terá mais conforto para os ocupantes e uma simplificação do design. O modelo, que estreia da cor Soul Red Crystal, inclui tecnologia G-Vectoring Control, que auxília na direção, um novo head-up display, além da abertura da bagageira através do controlo remoto. K
Toyota GT86 já disponível 3 O Toyota GT86 terá no final de novembro uma nova versão, com suspensão renovada e chassis reforçado. No mercado português, o modelo arranca nos 44 100 euros, para a versão 2.0 Sport de caixa manual. A versão automática com patilhas no volante parte nos 45 600 euros. A par das mudanças estéticas, o GT86 apresenta revestimentos mais agradáveis, instrumentação, mostrador multifunções, novo sistema de infotainment com ecrã tátil, entre outras novidades. K Publicidade
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Moçambique
Agenda para o desenvolvimento 6 O quarto Objetivo da agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável significa muito mais do que assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Significa que a educação, e por tabela, as universidades e os investigadores têm um papel crucial para a prossecução dos 17 objetivos que corporizam a agenda. A tese foi defendida a 14 de novembro, pela directora da Divisão de Políticas de Ciência da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a moçambicana Lídia Brito, na Conferência de Abertura do XVIII encontro da Rede de Estudos Ambientais de Países de Língua Portuguesa (REALP), subordinado ao tema “Transformando o nosso mundo: A REALP no caminho para 2030”, que decorre na
Universidade Eduardo Mondlane. A académica, que dissertou sobre “o Papel da Ciência para o Desenvolvimento Sustentável”, é do entendimento que as universidades devem ser espaços de inclusão e de integração social, oferecendo janelas de novas oportunidades aos menos favorecidos pois “vivemos numa nova era geológica, a era do antropocentrismo onde o homem e a sociedade humana constitui o principal factor de mudança a nível planetário”. Por seu turno, o reitor da UEM, Orlando Quilambo, disse que a instituição que dirige acolhe o encontro por reconhecer que vem dar valor aos esforços da Universidade na promoção da exploração sustentável dos recursos naturais, na proteção do meio ambiente e na mitigação do impacto das mudanças climáticas. K
Escolas portuguesas
Macau e Moçambique filosofam
6 Alunos de filosofia do primeiro ciclo e do ensino secundário da Escola Portuguesa de Moçambique (EPM-CELP) juntaram-se, ontem, para celebrar o Dia Mundial da Filosofia, que procedeu o Dia Internacional da Tolerância. “A Paz e o Entendimento Global” foi o tema que
inspirou uma jornada de reflexão livre sobre problemáticas que, atualmente, assombram a nossa sociedade. Também na Escola Portuguesa de Macau se assinalou a semana da filosofia, numa iniciativa que juntou professores e alunos, em torno de várias atividades. K
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Investigação em Saúde
Academias ganham prémio 6 As duas academias do distrito de Castelo Branco, Universidade da Beira Interior (UBI) e Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), conquistaram os dois primeiros prémios do concurso Angelini University Award, promovido pela farmacêutica Angelini, informou ao nosso jornal o gabinete de comunicação da empresa. No concurso participaram 42 projetos, tendo envolvido 193 alunos e 34 docentes de 33 universidades e politécnicos de norte a sul do país. De acordo com essa nota, o projeto “Fraldas Analíticas: BabyKnow & KnowU”, desenvolvido por um grupo de alunas da Universidade da Beira Interior, composto por Vanessa Santos, Jane Dias, Ana Silveira e Catarina Almeida, estudantes do curso de Ciências Biomédicas, conquistou o primeiro prémio. A proposta apresentada pela equipa da UBI “vem revolucionar a monitorização e análise da urina em doentes oncológicos em situação de cuidados paliativos, através de um sistema não invasivo, que permite recolher e realizar a análise da urina tipo II”. No mesmo comunicado é explicado que “os resultados das análises realizadas são disponibilizados através de uma aplicação para smartphones. As Fraldas Analíticas: BabyKnow & KnowU podem, assim, antecipar problemas, através da monitorização eficaz dos parâmetros de saúde dos doentes, e proporcionar uma maior qualidade de vida aos doentes oncológicos”. Já a equipa da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do IPCB, composta por Ana Paula Sapeta, Mariana Santos, Ana Catarina Santos, Andrea Filipe, Alexandra Nogueira e Stephanie Bonito, obteve o segundo prémio, com o projeto Cuidados Paliativos Pediátricos - Borboleta Branca. Segundo a mesma nota, o projeto tem como “ mote o brincar terapêutico e pretende atingir a verdadeira essência do cuidado de en-
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fermagem e facilitar o dia-adia dos doentes e dos seus familiares”. A equipa albicastrense pretende que “através de uma plataforma digital os pais, os cuidadores podem consultar informação sobre a doença e procedimentos de diagnóstico ou terapêuticos, partilhar experiências num fórum disponível para este efeito, ou adquirir um boneco personalizado à imagem do doente, que assumiria o papel de companheiro de viagem. Esta plataforma permite à criança aprender estratégias para reduzir o medo e a ansiedade e, simultaneamente, estimular o desenvolvimento de estratégias cognitivas comportamentais e sensoriais que favorecem o controlo da dor, através do ato de brincar”. O projeto vencedor recebeu um prémio monetário no valor 8.000€ (5.000€ - candidatos, 2.000€ - professores e 1.000€ - project advisor, enquanto que ao grupo classificado em segundo lugar foi atribuído o valor de 2.500€, 1.000€ ao docente e 500€ ao project advisor. Nesta sétima edição do prémio, o desafio lançado aos alunos foi no sentido de desenvolverem projetos relacionados com os cuidados paliativos em doentes oncológicos, “com o objetivo de estimular a criatividade e inovação dos estudantes universitários sobre este tema específico do Setor da Saúde e premiar a investigação académica”. Citado pela mesma nota, Manuel Luís Capelas, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, refere que “esta é uma área à qual se deveria prestar mais atenção, pois os Cuidados Paliativos são um direito humano básico para todas as pessoas portadoras de doenças crónicas limitantes. Contudo, ainda há um grande número de doentes que não chegam a ter acesso a estes cuidados. É fundamental mudar esta realidade, sendo que estas iniciativas dão um importante contributo para esta mudança de atitude”.
A edição deste ano teve como júris Manuel Luís Capelas (presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos), Isabel Nery (jornalista na revista VISÃO), João Paulo Guimarães (diretor Médico da Angelini) e Rui de Carvalho (diretor Comercial da Angelini). K Publicidade