Ensino Magazine Edição nº 241

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março 2018 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XXI K No241 Assinatura anual: 15 euros

ENSINO JOVEM

www.ensino.eu Distribuição Gratuita

UNIVERSIDADE ÉVORA

Ana Costa Freitas reeleita

HENRIQUE CYMERMAN, JORNALISTA

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‘Daesh defende modo de vida do século VII e usa tecnologia do século XXI’

POLITÉCNICO

Ucranianos na Guarda C

P 16

POLITÉCNICO

Castelo Branco, Leiria e Setúbal elegem presidentes C

P 10, 13 E 15

POLITÉCNICO

Portalegre aposta no Brasil C

P 12 C

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INVESTIGAÇÃO NACIONAL

UNIVERSIDADE

Quinas de Ouro para a UBI C

P6

Vem aí o novo satélite português O novo satélite português deverá estar concluído dentro de dois a três anos. Os testes serão feitos no laboratório do ISQ em Castelo Branco.

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P 30

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HENRIQUE CYMERMAN, JORNALISTA

«O Daesh defende o modo de vida do século VII e usa a tecnologia do século XXI» 6 O Papa Francisco chamou-lhe «o anjo da paz», mas para o comum dos mortais Henrique Cymerman é o repórter de muitos cenários de guerra, em especial no Médio Oriente. Refere no seu livro «O terror entre nós» - que há duas grandes ameaças Publicidade

ao mundo, neste momento: o jihadismo e a extrema-direita. Porquê? Por motivos muito objetivos. Nos últimos três anos, o jihadismo atingiu um grau de ameaça enorme para o mundo ocidental, mas não só. 98 por cento das vítimas do Daesh ou do Estado Islâmico são muçulmanas. O

que se passa no ocidente é sintomático. Metade do exército italiano está a patrulhar as ruas das cidades. Podem não acreditar, mas eu atualmente vejo mais segurança nas ruas da Europa do que em Israel, o país onde vivo. O jihadismo é, por isso, uma ameaça, declara-se enquanto tal e pro-

mete lutar contra os infiéis, ou seja os cristãos e os judeus, por diferentes meios. Um destes meios é o ataque perpetrado pelos chamados «lobos solitários», com facas, bombas, camiões, etc. E o que é que a extrema direita tem de ameaçador?

As enormes mudanças registadas desde a II Guerra Mundial têm-se traduzido, nomeadamente, nas vagas de refugiados. Na Síria, cerca de 12 milhões de pessoas perderam as casas nos últimos sete anos. Há 1 milhão de mortos no Médio Oriente em sete anos, para além do número enorme de feridos, de violações, de torturas, etc. É brutal. Muitos deles foram para a Europa, sobretudo para a Alemanha. E há uma reação das forças fascistas e neo-nazis locais que tentam lutar, de alguma maneira, contra a chaga de emigrantes de outros povos. O que se constata é a subida da popularidade da direita, em geral, e de grupos de extrema direita muito perigosos, racistas, que apoiam todo o tipo de discriminações. Trata-se de uma ameaça enorme. Voltando aos radicais islâmicos. Onde estão as raízes desta jihad à escala global? A «jihad global» não é uma guerra de civilizações, mas uma guerra no coração do mundo muçulmano. Quero com isto dizer, que os muçulmanos não são só o problema, são parte da solução. Eu acho que devemos unir o ocidente com a maioria racional do mundo muçulmano para tentar isolar os radicais que são em percentagem muito baixa. Calcula-se que os jihadistas dispostos a cometer atentados são cerca de 0,5 por cento. Mas 0,5 por cento de 1600 milhões de pessoas é muita gente. Reside em Israel, um estado por natureza securitário. Os habitantes do ocidente estão condenados a viver numa redoma por medo do terror? O objetivo dos terroristas é o de semear o pânico e alterar os hábitos das sociedades ocidentais. E querem isolarnos, provocar medo, que

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tenhamos pavor de sair à rua com os nossos filhos e que estes vão a uma discoteca ou apanhem um autocarro. Eu não sou a favor de lhes dar o gosto de sentir que ganham nessa luta. Mas para isso é preciso tomar todo o tipo de medidas que sejam dissuasoras. Medidas de que tipo? Nesse aspeto a experiência israelita é muito positiva. Em Israel as pessoas vivem com total normalidade o facto que quando vais a um centro comercial as pessoas vejam em meio segundo a tua bolsa para certificarem-se que está tudo em segurança. Da mesma forma que encaram com normalidade ser sujeito a um interrogatório quando chegam ao aeroporto. As pessoas veem isso como parte da rotina que aumenta tanto a sua segurança, como a das suas famílias. Por isso, acho muito provável uma certa «israelização» da Europa em termos de segurança, nos exemplos que atrás referi. Parte das medidas de segurança que se tomam em Israel vão acabar por ser adotadas na Europa, por exemplo, nos aeroportos. Quer dar um exemplo concreto? Há círculos de segurança em redor do aeroporto internacional de Telavive, que deve ser o mais seguro do mundo. Ou seja, a segurança não começa quando tu entras no terminal do aeroporto, mas o filtro começa antes da entrada do aeroporto. Isso impediria, por exemplo, o atentado terrorista em Bruxelas, que aconteceu antes do check-in. Há muita ignorância e generalizações sobre o que é o terrorismo? Sem dúvida. Há muita ignorância quando se fala sobre este tema, até mesmo entre jornalistas. E também existem muitos estereótipos. A ;


importância deste livro é a de contar de forma bastante equilibrada o fenómeno terrorista, com uma visão académica (que é dada pelo Aviv Oreg) e do terreno ou sociológica e política, que é da minha responsabilidade. E tanto eu como o Oreg vamos mais longe e propomos várias soluções no livro para confrontar este problema e não nos limitamos a contar os fatos que acontecem. Quais são os caminhos para o fim do terrorismo? A luta militar ou o combate ideológico por via da contra-narrativa. A via militar é bastante clara e assenta no uso, por exemplo, de drones. Quando ao financiamento, o Daesh tem sido bastante debilitado por via da redução da entrada de dinheiro na organização da venda de petróleo. Finalmente, na questão ideológica estamos muito longe de atingir os objetivos. Quando falo com generais americanos que estão no Iraque eles asseguram que estão a trabalhar no questão da contra-narrativa, mas eu não acredito, simplesmente porque não vejo qualquer resultado. Nesse aspeto, os únicos que tiveram êxito foram os grupos jihadistas. Chamo-lhe o «sheik do Google» ou o califado digital, que creio foi um dos grandes êxitos do Daesh. O Daesh pode desaparecer algum dia, nos próximos anos, mas as ideias deles estão aí e vão ficar para

sempre através da internet. E os próximos grupos que vão surgir vão recuperar os materiais de propaganda em que o Daesh foi precursor. O Daesh defende o modo de vida do século VII e usa a tecnologia do século XXI. O que é que separa o Daesh e a AlQaeda? Do ponto de vista de estratégia, os dois falam de criar no mundo inteiro um estado que se guie pelas leis islâmicas, as originais, do princípio do Islão do século VII. Esse é o denominador comum. A diferença está no lado tático. Enquanto a Al-Qaeda desenvolve a sua atividade muito longe das redes sociais e da internet, tudo é offline, o Daesh utiliza o Califado digital. Essa é a sua arma nuclear, o seu veículo de propaganda. A Al Qaeda é mais prudente? Muito mais. O Daesh atua como uma organização que não tem tempo a perder. E que tem de conseguir o máximo de êxito em muito pouco tempo, enquanto a Al-Qaeda defende que tem todo o tempo do mundo e prefere ir passo a passo. O modus operandi é distinto. Negociar com terroristas está fora de questão? Depende dos terroristas. Os que são do Daesh e da Al-Qaeda é melhor

esquecer. É perder tempo e não vale nem a pena pensar. São galáxias diferentes e é impossível combinar a água e o fogo. Bem sei que houve sucesso nas negociações com a ETA, em Espanha, ou o IRA, na Irlanda, mas são situações e organizações distintas. A OLP matou na década de 70 vários atletas israelitas nos Jogos de Munique. Isto foi terrorismo puro e duro, mas nos anos 90 foi possível sentar as partes na mesa de negociações. Arafat voltou para Gaza e criou-se a Autoridade Nacional Palestiniana. Por isso, não gosto de generalizações. De qualquer forma, na maior parte dos casos negociar com terroristas é uma espécie de aspirina para curar um cancro. O Daesh tem sido debilitado, mas tem-se expandido ao Iémen, Líbia e até à América do Sul. Quão preocupante é esta progressão? Muito. Eles, hoje em dia, estão praticamente em todos os lugares. Estão a criar-se santuários do Daesh no Médio Oriente. E tenho as minhas dúvidas que eles tenham desaparecido por completo da Síria e do Iraque. Para além disso, importa não esquecer que estão no Afeganistão, na Jordânia e sobretudo no deserto do Sinai, no Egipto. E também andam pela Europa, nos Estados Unidos e provavelmente na América Latina. Um combatente do Daesh disse-lhe,

após ter sido capturado pelas forças iraquianas: «Primeiro conquistaremos Jerusalém, depois atacaremos o Vaticano e logo a seguir Portugal e Espanha, o Al-Andaluz». Madrid e Barcelona já sofreram na pele o terror. Dos contactos que tem tido, Portugal está nos planos dos terroristas? Esquecido não está, porque Portugal e Espanha são uma obsessão para estes grupos islâmicos. A Península ibérica é desde há muito um objetivo islâmico. Ouvi isso pela primeira vez há uns 18 anos, antes mesmo do atentado de Madrid e do 11 de setembro. Uma vez conheci o filho de Bin Laden, Omar, e desde então encontro-me com ele todos os anos. E ele contou-me que, em 2004, quando houve o atentado de Madrid, Portugal era uma plataforma de organização logística muito importante devido à nossa posição estratégica. Nessa altura, as nossas forças de segurança eram vistas como não demasiado problemáticas, a entrada e a saída da fronteira estava facilitada, etc. De lá para cá, sei que os serviços de segurança portugueses melhoraram muito e são muito mais firmes e preparados, bem como a partilha de informação também progrediu. Mas importa não esquecer que Portugal já não é o país do fim da Europa. Está na moda (especialmente no mundo judaico) e isso é bom, mas somos a porta da Europa e a ponte para África e ;

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para a América Latina. É este ponto estratégico que tem de exigir das autoridades a tomada de medidas para evitar alguma tragédia. Acompanha há muito tempo o conflito israelo-palestiano. É uma contenda eterna e irresolúvel? O principal problema reside na falta de esperança. Nos anos 90 estavase convencido que a paz era possível. Isto dos dois lados. O que aconteceu foi que a segunda intifada no ano 2000 provocou nos dois lados 200 bombas humanas e centenas de mortos em Israel e na Palestina. Foi o pior inimigo para alguma réstia de esperança de paz que pudesse existir. As opiniões públicas de ambos os lados estão totalmente extremadas e a desconfiança é mútua. Não há um sócio do outro lado da fronteira. Como ultrapassar essa desconfiança? Em primeiro lugar, o passo fundamental para chegar, algum dia, a um acordo é educar para a paz. Uma paz bilateral parece-me impossível. A solução que me parece viável é meter no pacote de negociação a região de uma forma alargada. Há países na região que querem a paz no Médio Oriente: a Arábia Saudita, o Egito, os Emiratos, a Jordânia, Marrocos, etc. Isto para dizer que o problema Israelo-palestiniano transcende as fronteiras da Palestina e de Israel. Acredita na mediação de Donald Trump neste conflito? Porventura vou surpreendê-lo. Não fiquei contente com a vitória de Trump e admito que ele não conhece muitas coisas relacionadas com o Médio Oriente, mas ele possui um instinto de homem de negócios. E ele percebeu que surgiu uma possibilidade de negociar a paz entre os israelitas e o mundo árabe. Ele chama-lhe o «Great Deal» (o grande acordo) e a equipa do presidente americano, liderada por Jason Greenblatt, é provavelmente das melhores que eu já vi no Médio Oriente. Acredito que dentro de semanas ou meses, não consigo precisar, a administração Trump vai apresentar o melhor plano de paz alguma fez feito. Alimenta algum otimismo, portanto? Sim, e está a emergir uma nova geração de líderes no mundo árabe que pode vir a ser partners de tudo isto, principalmente o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, que tem apenas 32 anos e que provavelmente vai ser rei muito em breve. Realizou a última entrevista ao priPublicidade

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meiro ministro de Israel, Yitzhak Rabin, antes do seu assassinato. Estes fazedores da paz estão destinados a morrer? Foi um momento muito duro na minha carreira. Já passaram 23 anos e continuo a sentir como se fosse ontem. A minha mulher, que é israelita, trabalhou com Rabin durante dois anos na equipa estratégica do primeiro-ministro, antes das eleições que ele ganhou em 1992. O trabalho que aquele homem fez para colocar um ponto final a um conflito que sempre pareceu eterno foi enorme. O assassino de Yitzhak Rabin conseguiu o seu objetivo, porque fez descarrilar o processo de paz. Mas houve vários culpados. O terrorismo do Hamas e da Jihad islâmica teve muitas responsabi-

lidades. Enquanto estes grupos tiverem a última palavra, não há paz possível. É preciso isolar estes grupos, no fundo, os radicalismos. Qual é o segredo para manter relações tão próximas com figuras políticas tão antagónicas? Não sei. Ainda estou no meio do jogo. Um dia vou refletir sobre isso. Mas todos estes líderes perceberam que eu sou um jornalista honesto, profissional e bem intencionado. Penso que todos viram, à lupa, isso nas minhas qualidades. O sheik Ahmed Yassin, o líder do Hamas, sabia que eu era judeu, e era a mim que ele chamava quando pretendia transmitir algo à imprensa interna-

CARA DA NOTÍCIA 25 ANOS A COBRIR O MÉDIO ORIENTE 6 Henrique Cymerman nasceu no Porto, a 23 de Março de 1959. É jornalista, escritor, conferencista e professor com origens portuguesa e espanhola, trabalhando como correspondente do Médio Oriente, região que cobre há 25 anos, para a SIC, o La Vanguardia, a Antena 3 e a Globo News. Tem no seu vasto currículo de entrevistas, conversas com diversos líderes palestinianos e israelitas e mais recentemente com o Papa Francisco. Além disso também escreveu os livros «Vozes no Centro do Mundo», «Francisco: de Roma a Jerusalém» e acaba de lançar «O terror entre nós», escrito em parceria com Aviv Oreg. É fluente em cinco idiomas: inglês, espanhol, português, francês e hebraico.

cional. O mesmo se passava com Arafat. Concedeu-me 14 entrevistas. A entrevista com o Papa Francisco no Vaticano foi um dos seus trabalhos mais recentes de mais fôlego. Como é que foi privar com o Sumo Pontífice? Antes de o conhecer, sei que ele via e gravava as minhas crónicas do Médio Oriente, ainda era Cardeal de Buenos Aires, Jorge Bergoglio. Ele é uma pessoa extremamente preocupada com tudo o que se passa na região e o tema do povo judeu é algo que o ocupa muito. Depois da entrevista, reforçámos a nossa relação com o trabalho de preparação que fiz da sua visita à Terra Santa, Israel, Jordânia e Palestina. O Papa ganhou mais um admirador… O Papa Francisco é, para mim, o estadista número um. No mundo atual é o líder que mais esperança me dá. Tenho pena que já tenha 81 anos, por isso, só lhe desejo muita saúde para continuar mais alguns anos. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H

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UBI GARANTE PROJETO DE 209 MIL EUROS

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Estudar media regionais

Reitor da UBI conselheiro

6 A Universidade da Beira Interior (UBI) acaba de garantir o financiamento de 209 mil euros para o desenvolvimento do projeto Remedia.Lab - Laboratório e Incubadora de Media Regionais, será desenvolvido pelo Labcom. IFP – Comunicação Filosofia e Humanidades, com coordenação do docente e investigador João Carlos Correia. O projeto visa contribuir para o diagnóstico da situação atual dos media regionais, promovendo ferramentas e estratégias experimentais para fortalecer o seu modelo de negócio. Propõe ainda aumentar o grau de inovação e melhorar a sua conexão com o público, incubando novos media regionais online com perfil inovador e utilizando as tecnologias de informação e comunicação. Está organizado em três dimensões. Como Observatório fará o diagnóstico da situação atual dos media regionais em dimensões como as condições de trabalho e a caracterização dos seus profissionais; Na dimensão de Laboratório promoverá estratégias experimentais em cooperação com a indústria e as associações, a fim de melhorar novas práticas e estratégias. Enquanto Incubadora dará apoio a projetos de empreendedorismo desenvolvidos e planeados especialmente pelos estudantes das instituições de Ensino Superior da região. O projeto Remedia.Lab obteve uma apreciação quantitativa de 4,71 num máximo de 5, tendo

6 O reitor da Universidade da Beira Interior, António Fidalgo, acaba de assumir um lugar no Conselho Nacional de Educação (CNE), como um dos representantes do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), tendo tomado posse no passado dia 8 de março. “É uma posição nova para mim. Vou também aprender e dedicar-me às questões da educação em Portugal, e em particular, do Ensino Superior. Vou dar o meu contributo para um órgão nacional e que, de alguma forma, influencia a condução e a política acerca da educação em Portugal”, afirma. Os principais objetivos passam por “entrar no espírito do órgão, que é composto por mais de 60 pessoas, e depois, dar o contributo que me for pedido. Já estou a fazer um parecer que me foi pedido para apresentar em devido tempo e que foi submetido pelo Governo ao CNE. Já me constituíram como relator”, adianta. António Fidalgo que quer

o painel de avaliação considerado que se trata de um “excelente projeto” que se prevê vir a ter um “impacto palpável na profissão em Portugal, mas também nas condições sociopolíticas e económicas da região onde se encontram os investigadores”. Além de João Carlos Correia, docente do Departamento de Comunicação e Artes (DCA) da Faculdade de Artes e Letras (FAL) e investigador do Labcom.IFP, o projeto integra ainda Anabela Gradim, do mesmo Departamento, que será a Coinvestigadora Responsável. Fazem parte da equipa do Remedia.Lab os docentes Manuela Penafria (DCA), Arminda do Paço (Departamento de Gestão e Economia), Catarina Rodrigues (DCA), José Ricardo Carvalheiro (DCA), Nuno Francisco (DCA), Nuno Amaral Jerónimo (Departamento de Sociologia) bem como os investigadores do Labcom.IFP, Ricardo Morais, Rafael Mangana e Giovanni Ramos. Conta ainda com a colaboração de investigadores do Departamento de Informática. K

“dar o melhor e aprender com os outros conselheiros que já estão há mais tempo e ver se, com essa aprendizagem, melhoro a minha atividade como reitor da UBI”. O CNE, criado em 1982, é um órgão independente que tem como competência emitir opiniões, pareceres e recomendações sobre todas as questões relativas à edu-

cação, por iniciativa própria ou em resposta a solicitações apresentadas pela Assembleia da República e pelo Governo. Tem por missão proporcionar a participação das várias forças científicas, sociais, culturais e económicas, na procura de consensos alargados relativamente à política educativa. K Rafael Mangana _

NA UBI

Novas técnicas de design 6 O Núcleo de Estudantes de Design Industrial (NEDI) da UBI acaba de organizar a sexta edição do Clicka, cujo objetivo consiste em levar à instituição pessoas de renome na área, tanto a nível teórico, com conferências, como a nível prático, com workshops. Tiago Gonçalves, antigo aluno de Ciências Farmacêuticas na UBI, foi o formador do workshop de soft skills, sobre estratégias de comunicação que se devem utilizar tanto no dia-a-dia como nos contextos de trabalho e que incluem aspetos como a apresentação do currículo ou entrevistas de emprego. “São as estratégias que po-

dem ser utilizadas para conseguirmos potenciar o sucesso de todas as interações nas quais estamos envolvidos e das quais fazemos parte”, esclarece Tiago Gonçalves. O workshop em sketching e comunicação visual teve Pedro Santos como formador e visou ensinar os participantes a interpretarem um produto e a projetá-lo em tridimensional e desenhos técnicos no papel em A3 por grafite ou marcador. O evento contou com cerca de cem participantes e existiu uma grande taxa de adesão aos workshops, referiu a presidente do núcleo, Sara Lisa. K Diana Serra Garcia _

MOBILIDADE A ESTUDANTES DE MEDICINA

Programa Garrett oferece 6 A Universidade da Beira Interior acaba de realizar uma sessão de esclarecimento sobre o programa de mobilidade nacional Garrett, que oferece aos seus estudantes de medicina a possibilidade duma experiencia académica noutras faculdades do país e hospitais afiliados. “Este programa funciona em intercâmbio com outras universidades do país e assim os estudantes conhecem outras formas do ensino e outros métodos de tratamento de doenças”, afirma Manuela Rodrigues, organizadora da quarta sessão de esclare-

cimento do programa Almeida Garrett, que decorreu na faculdade de Ciência da Saúde da UBI, segunda-feira, 12 de março. O programa, que tem uma vertente internacional, também possibilita a alguns alunos ficarem a saber como é que o sistema nacional de saúde funciona em vários países, considera Manuela Rodrigues. A sessão incluiu dois testemunhos através de Skype. Diogo Martins, o primeiro aluno de medicina na UBI a participar no programa, e que hoje é médico, e Pedro Amorim, atual estu-

dante da faculdade, que está a fazer estágio noutros hospitais ao abrigo do programa. Ambos partilharam as suas experiências acerca do processo de competição e das estadias noutras instituições. “É muito importante para os estudantes para não estarem sempre limitados a um determinado hospital, abrirem horizontes e experimentarem novas realidades clínicas”, reforça Rodrigo Lindeza, também organizador da sessão de esclarecimento. K Nívia Cristóvão _

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MULHERES NOTÁVEIS 2018

Doutoranda da UBI ganha

6 Catarina Melo Rondão, estudante do 3.º Ciclo/Doutoramento em Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior, foi agraciada com o Galardão Mulheres Notáveis 2018 – Área do Desporto, no passado dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, no Salão Nobre da Câmara Municipal da Covilhã. A distinção foi promovida pelo Plano Intermunicipal para a Igualdade de Belmonte, Covilhã e Fundão, pelos respetivos municípios e pela CooLabora - CRL. Nascida em 1983 no Carvalhal, concelho do Fundão, é licenciada em Ensino Básico - variante Educação Física e mestre na mesma área com o trabalho intitulado “Níveis de aptidão física, saúde e obesidade infantil”. Atualmente encontra-se a desenvolver a sua Tese em Ciências do Desporto no âmbito do projeto MEMO_MOVE – Programa de Exercício Físico com Componente de Estimulação Cognitiva em Pacientes com Défice Cognitivo Ligeiro. Leciona educação física no Agrupamento de Escolas do Fundão, bem como natação e hidro-

GALA DAS QUINAS

ginástica na piscina municipal. É selecionadora distrital de futsal feminino sub 17/18 na Associação de Futebol de Castelo Branco. Entre outras colaborações treina a equipa sénior feminina de futsal do Grupo Desportivo de Valverde e a equipa de benjamins da Associação Desportiva da Estação. Tem-se destacado no panorama desportivo desde o início da adolescência. Em 1995, com apenas 12 anos, foi apurada para a prova Atleta Completo Nacional. No mesmo ano foi apurada para a prova Olímpico Jovem Nacional, feito que viria a repetir

muitas outras vezes. O seu percurso desportivo está repleto de prémios. Em 2005 foi nomeada treinadora do ano pelo Instituto do Desporto de Portugal, na modalidade Futsal. Recebeu o prémio Tribuna Desportiva, pela equipa júnior de futsal feminino do Grupo de Convívio e Amizade das Donas. Na época 2016/2017 foi nomeada treinadora do ano na Gala de futebol da Associação de Futebol de Castelo Branco. Na época anterior tinha sido distinguida como dirigente do ano. Preside ao Grupo Desportivo de Valverde desde 2013. K

UBI distinguida pela Federação 6 A Federação Portuguesa de Futebol, a Associação Nacional dos Treinadores de Futebol e o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol reconheceram na III edição da Gala Quinas de Ouro o trabalho da Universidade da Beira Interior com o “Prémio Universitário”. Esta distinção faz parte dos galardões Quinas de Ouro e pre-

tendeu realçar o trabalho da UBI no que respeita ao desporto, onde a universidade tem tido bons desempenhos. Exemplo disso é o futsal, nos planos do ensino/formação e investigação. De referir que a Associação Académica da UBI é campeã europeia universitária de futsal. O prémio foi recebido pelo reitor da instituição, António Fidalgo. K

ENCONTRO DO MESTRADO EM SOCIOLOGIA

UBI atribui Honoris Causa

Exclusão, política e teses em análise

6 A Universidade da Beira Interior acaba de atribuir o grau de Doutor Honoris Causa a Jesué Pinharanda Gomes, ensaísta, pensador, escritor, filósofo e historiador, ato apadrinhado pelo responsável pela Igreja Católica em Portugal, o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, que é natural da freguesia de Quadrazais, no concelho do Sabugal. A UBI reconhece assim a excelência do trabalho de Jesué Gomes, cuja importância também ultrapassa as fronteiras da Beira Interior. Homenageia ainda um autodidata que ao longo da vida se tornou um exemplo enquanto estudioso. Nascido em 1939, fez instrução na cidade da Guarda, antes de ir trabalhar para Lisboa. Na capital, Jesué Pinharanda Gomes encontra o espaço que passou a considerar a sua “sala de aula”: a Biblioteca Nacional. Nas muitas horas que ali passou, embrenhado no estudo das mais diversas matérias culturais, este autodidata do conhecimento construiu as bases para uma extensa obra com mais de 300 títulos.

6 Apresentar o ponto de situação das dissertações ou projetos que os estudantes irão apresentar durante o presente ano letivo foi um dos objetivos do 5º Encontro do Mestrado em Sociologia na UBI, intitulado “Exclusões e Políticas Sociais”, que decorreu este mês na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UBI. “Trata-se de treinar os alunos na discussão científica dos seus projetos de investigação e acompanhálos desde o seu início”, revelou Filomena Santos, docente do departamento de Sociologia e membro da Comissão Científica de Mestrados. No final de cada apresentação, abria-se uma sessão de perguntas e comentários dirigidos ao mestrando. Rodrigo Santos está no último ano do mestrado e foi um dos alunos a apresentar a sua proposta de dissertação, cujo tema é a ocupação do tempo livre dos idosos. Para o estudante, apresentar o ponto de situação da tese perante os docentes e os colegas estimula a capacidade de argumentação e dá azo a sugestões ou críticas acerca de aspetos que poderão ser melhorados

JESUÉ PINHARANDA GOMES

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Entre os temas que lhe são mais caros estão a Filosofia, a História da Filosofia, a Filosofia Hebraico-Portuguesa, o Pensamento Português, a História e Etnografia e a Espiritualidade, das quais assinou obras referidas e citadas pelas principais publicações portuguesas da especialidade. Também tem obra feita na tradução, tendo vertido para português obras de Platão e de Descartes. Jesué Pinharanda Gomes ofereceu toda a sua biblioteca pes-

soal ao Município do Sabugal, em 2012, ao qual foi acrescentada a correspondência, a iconografia religiosa, medalhística e os recortes de imprensa, o que esteve na origem do “Centro Jesué Pinharanda Gomes”, a partir do qual foi estabelecido um protocolo entre a autarquia e a UBI para, entre outras possibilidades, se proceder ao estudo e à investigação do legado cultural que o autor fez à sua terra natal e, por extensão, a todo o Interior. K

nos trabalhos. “É mais uma maneira de os obrigar a cumprir prazos”, revela Maria João Simões, docente do departamento e diretora do mestrado. Com o propósito de “estimular o debate científico no âmbito dos mestrados”, estes encontros tentam chamar os estudantes que já estão a preparar as suas dissertações e projetos, bem como os alunos do primeiro ano do mestrado e os alunos do terceiro ano da licenciatura, para “começarem a ver como é que se faz ciência”, conta. “A intervenção dos professores, se calhar, é o que mais me traz aqui porque aí consegue-se perceber melhor como se deve fazer as coisas”, disse Délcio Faustino, aluno do primeiro ano do mestrado em exclusões e políticas sociais. A Comissão Científica de Mestrado tenta fazer dois encontros por ano, sendo que o primeiro acontece por volta de março, onde os alunos apresentam o projeto e os objetivos, e o segundo, por volta de maio, onde já têm uma parte de investigação empírica. K Mafalda Fino Tavares _


UNIVERSIDADE DE ÉVORA

Ana Costa Freitas reeleita reitora 6 Ana Costa Freitas foi reeleita reitora da Universidade de Évora, no passado dia 22 de março, em reunião do Conselho Geral da instituição. Numa eleição que contou com apenas uma candidata, o Conselho Geral, composto por 25 membros (uma ausência justificada de um conselheiro) reconduziu a reitora com 17 votos a

favor, 4 votos contra e 3 votos em branco. Em nota de imprensa, a Universidade de Évora explica que segundo o “programa apresentado para o quadriénio 2018-2022, prevê-se um segundo mandato de continuidade, com foco na estruturação da Universidade em torno das áreas-âncora, aposta na internacionalização e

crescente ligação ao território onde a universidade se insere”. Ana Maria Ferreira da Silva da Costa Feitas, de 63 anos, é docente do Departamento de Fitotec-

nia da UE desde o ano de 2002, licenciada em Agronomia pelo Instituto Superior de Agronomia, terminou o Doutoramento em Biotecnologia Alimentar pela Universidade de

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Ciências Sociais com escola há 9 anos 6 A Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora (ECS) celebrou dia 12 de março o seu nono aniversário, com um programa de atividades científicas e culturais em torno dos «70 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem». Mais do que olhar para o passado, Silvério Rocha e Cunha, diretor da Escola, preferiu apontar para o futuro. Na sua opinião é necessário “parar para pensar, investigar e ensinar coisas novas”, não de forma acrítica evidentemente, mas “pensar sem compêndios ou politicamente correto”. Citado no jornal on line da Universidade de Évora, Silvério Rocha e Cunha defende a ideia ilustrando-a com a letra da música “Movimento Perpétuo Associativo” do grupo português Deolinda. Ao nível interno, o diretor da ECS vê a necessidade de uma “reorganização” que admita “gente nova”, que áreas científicas sejam “repensadas” num

amplo “debate científico e epistemológico” a ser feito por todos, e espera “envolver mais os estudantes” na participação das atividades organizadas pela ECS. A vice-reitora para a Educação, Formação Graduada e Pós-graduada alertou porém para a necessidade de uma “reflexão” sobre a oferta ao nível dos mestrados e doutoramentos, para que estes possam aproveitar de forma mais criteriosa “as sinergias e a massa crítica” existente. Sobre o tema escolhido, a vice-reitora, sublinha que este “está perfeitamente alinhado com os objetivos da Universidade”, que “defende e promove todos os direitos universais do Homem, sem exceções”. A encerrar a sessão, Fátima Nunes, na qualidade de presidente da Comissão Organizadora deste dia de comemoração, sublinha que o programa foi “formatado a pensar nos estudantes”, e permitir que estes possam “celebrar, conviver e pensar”. K

selho Geral da UE. Ocupou de 2011 a 2013, o cargo de conselheira no Gabinete de Conselheiros Políticos do presidente da Comissão Europeia, em Bruxelas. K

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Évora no ano de 1988. Foi de 2006 a 2010 vice-reitora da Universidade de Évora com o pelouro Académico, tendo sido de dezembro 2012 a outubro de 2013, membro do Con-

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CONSÓRCIO ALENTEJO LIVING LAB

Universidade de Évora lidera 6 O consórcio Alentejo Living Lab, coordenado pela Universidade de Évora, foi criado no dia 27 de fevereiro, nas instalações da CCDR Alentejo, com a presença do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes e da reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas. Manuel Lopes, diretor do Centro de Investigação em Ciências e Tecnologias da Saúde da Universidade de Évora, fez a apresentação desta iniciativa e, como recordou, o Alentejo Living Lab tem vindo a ser estruturado “há cerca de quatro anos”, considerando que “a saúde é uma condição prévia, um resultado e um indicador de uma sociedade sustentável”. A iniciativa é encarada pelo seu coordenador como um “ecossistema que irá operar numa base regional, alavancada pela investigação científica”, no qual a Universidade, “tem vindo a trabalhar com a região”, não podendo esta nunca, “desligar do contexto onde está inserida”, e recorda que o Alentejo é “a região mais envelhecidas da Europa”. A este propósito, Manuel Lopes indicou que a Universidade de Évora é já membro do eit Health, um dos consórcios internacionais “mais inovadores da Europa na

LIGHTNING TALKS

área da saúde”, um centro de investigação encontra-se em processo de avaliação pela FCT, e está prevista a criação de cátedras em diferentes áreas da saúde. Fortemente focado na internacionalização dos produtos, procedimentos e serviços que desenvolve, este consórcio aposta na promoção do bem-estar da população alentejana com o desenvolvimento de uma economia do bem-estar sustentável. O objetivo geral passa por criar um ecossistema regional, capaz de promover e apoiar o desenvolvimento de processos, produtos e serviços inovadores, validado pelos seus utilizadores, que incrementem a

sua capacidade de decisão informada e que contribuam para um envelhecimento ativo e saudável, no contexto dos percursos de vida das pessoas desta região. Assinaram o protocolo a Universidade de Évora, a ARS Alentejo - Administração Regional De Saúde do Alentejo, o Hospital do Espírito Santo de Évora, a CIMAC - Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, a Santa Casa da Misericórdia de Évora, a UDIPSS Évora - União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Évora, a Glintt, a Decsis, a Mediceus – Dados de Saúde e a ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo. K

Estudantes da UTAD vencem concurso 6 Jorge Miguel Mendes, aluno de Doutoramento em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores e José Pedro Brito, aluno de Mestrado em Engenharia Informática, ambos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), acabam de ser selecionados para participar na maior conferência de redes académicas, que decorre em Trondheim, na Noruega. Os dois estudantes foram selecionados pela FCCN, unidade da Fundação para a Ciência e Tecnologia e, além de poderem viajar para a Noruega e terem a oportunidade única de serem oradores na confe-

rência, receberão ainda três formações técnicas gratuitas, sob a forma de webinars. Anualmente, a organização da TNC lança o convite às National Research and Education Network (NREN) de vários países para que estas apoiem jovens talentos locais, através da submissão de candidaturas às Lightning Talks. Estas constituem uma excelente oportunidade para oradores que se aventuram na sua primeira apresentação. Em cinco minutos têm de apresentar a sua ideia perante a plateia da conferência, que junta anualmente cerca de 650 participantes de vários países. K

UNIVERSIDADE DE ÉVORA

TRADUTORES E INTÉRPRETES

Escola de Saúde em aniversário

Aluna do Minho distinguida na tradução

6 A Escola Superior de Enfermagem São João de Deus da Universidade de Évora (ESESJD-UÉ) comemorou no passado dia 8 de março o seu sexagésimo terceiro aniversário. A formar enfermeiros, que no território nacional e no estrangeiro, são mensageiros de um ensino com rigor, com exigência e qualidade, docentes e não docentes, atuais e antigos alunos reuniram-se para refletir sobre o passado, o presente e o futuro desta Escola Superior de Enfermagem. Miguel Vilas-Boas, um dos muitos alunos presentes na sessão de comemoração que decorreu no Auditório do Colégio do Espírito Santo, recorda a sua vinda de Barcelos para Évora, onde o finalista em Enfermagem confessa que desconhecia por completo a “realidade do Alentejo, da Universidade, e da Escola” (ESESJD), admitindo porém, ter ficado de imediato “surpreendido pela positiva”. Na sua opinião a “ESESJD-UÉ têm muita qualidade”, visível desde logo “pelo trabalho que desenvolve em prol dos alu-

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nos”, deixando os parabéns “a todo o corpo docente e não docente”, e o desejo de continuação de “excelente trabalho”. A mesma ideia foi partilhada por Fátima Lopes, a almadense, igualmente finalista em Enfermagem, desde cedo percebeu que esta Escola constitui um “marco na cidade”, e os alunos o seu “colorido”, razão pela qual “estamos todos de parabéns” realça. Carolina Sim Sim e Rita Figueira não tiveram de sair de Évora para realizar um dos seus

sonhos - estudar enfermagem-, e abraçar uma profissão “com uma beleza muito própria”, como destaca Rita Figueira. Na cerimónia de abertura, Rosalina Pisco, vice-reitora da UÉ, considerou ser aquele o momento de “afirmação simbólica”, onde mostramos “o que somos e o que queremos fazer no futuro”, numa Escola de “referência, com rosto, e com compromisso”, que deverá ser capaz de “adaptar-se e antecipar os novos desafios”. K

6 Tereza Afonso, aluna formada pela Universidade do Minho, acaba de ser distinguida pela Associação Portuguesa de Tradutores e Intérpretes com o galardão ‘Melhor Estudante Finalista de Mestrado em Tradução’, que premeia o percurso académico e a sua dissertação sobre tradução jurídica, uma especialização que está a ganhar cada vez mais relevância neste “mundo globalizado, pleno de relações económicas, políticas e sociais”. “Este reconhecimento deixame muito feliz e com a responsabilidade acrescida de continuar a trabalhar regendo-me por elevados padrões de rigor e excelência”, diz a premiada, que obteve 20 valores na sua tese, realizada no mestrado em Tradução e Comunicação Multilingue do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH). Tereza Afonso analisou a linguagem jurídica de acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça e sentenças do Supreme Court do Reino

Unido, recorrendo a ferramentas informáticas de análise linguística para fundamentar as suas conclusões. O estudo pretendeu focar a linguagem jurídica enquanto linguagem de especialidade e contribuir, assim, para que os tradutores usem um discurso que é reconhecido pelos juízes, advogados e outros profissionais ligados ao Direito. Teve ainda como finalidade refletir sobre as competências do tradutor jurídico no século XXI. K


POLITÉCNICO DE PORTALEGRE

Alunos com “Viagem” vencedora 6 A curta-metragem de cinema de animação, “A viagem” (3’41, 2017), de João Monteiro, Luís Vital e Ricardo Livramento, alunos da licenciatura de Design e Animação Multimédia (DAM) do Instituto Politécnico de Portalegre, tem recebido vários prémios nacionais e internacionais, dos quais se destacam: Prémio Nacional da Animação 2017, melhor filme na categoria “Estudantes”; Prémio Jovem Cineasta Cinanima 2017, o mais importante galardão nacional na área do cinema de animação outor-

gado a primeiros filmes ou filmes de fim de estudos; e mais recentemente, o prémio de Melhor Curta-Metragem de Estudantes Portuguesa da Monstra – Lisbon Animated Film Festival. Para o Politécnico de Portalegre este é mais um motivo de orgulho e vem reconhecer o trabalho desenvolvido pela instituição, na área da formação. “A viagem” é um relato introspetivo da vida problemática de um jovem adulto. Uma viagem feita através das memórias do protagonista.

Esta curta-metragem, realizada no segundo ano da licenciatura no âmbito da Unidade Curricular Projecto de Animação, beneficiou do apoio do Instituto do Cinema e do Audiovisual à licenciatura de DAM, no âmbito da linha de financiamento de projetos que visam a formação de estudantes na área do cinema e do audiovisual. Em nota de imprensa, o Politécnico de Portalegre

refere que “estão de parabéns os alunos pela sua criatividade e imaginação, e pelo enorme esforço que supõe a realização de um trabalho desta qualidade. Estão também de parabéns todos os que têm contribuído, com dedicação e entusiasmo, para o crescimento da licenciatura em Design e Animação Multimédia, e para que a excelência agora reconhecida seja uma realidade quotidiana”. K

Publicidade

8I.ORG

Portalegre em iniciativa mundial 6 O Instituto Politécnico de Portalegre participa mais uma vez no 8i.org, uma iniciativa mundial que acontece em várias cidades do mundo à mesma hora uma vez por ano e que se destina a apoiar instituições locais de caridade.

Esta iniciativa é uma excelente oportunidade para os designers e especialistas em marketing, que oferecem as suas competências durante oito horas, colaborando com instituições de modo a ajudar causas sociais. K

IPPORTALEGRE

Politécnico no corta mato 6 O Instituto Politécnico de Portalegre associou-se ao Campeonato Nacional de Corta Mato, promovido pela Federação Portuguesa de Atletismo, e que decorreu no concelho de Morforte. A iniciativa contou com centenas de atletas e resultou de uma parceria esta-

belecida entre a Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), a Câmara Municipal de Monforte e a Associação de Atletismo do Distrito de Portalegre (AADP). O Politécnico de Portalegre participou no evento através do apoio prestado pelos alunos do CTeSP de Proteção Civil e Socorro. K

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POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO

António Fernandes eleito presidente 6 António Fernandes é o novo presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), ao obter na eleição realizada dia 22 de fevereiro 13 votos, contra 11 do candidato Valter Lemos. Registou-se ainda uma abstenção. António Fernandes diz que “os desafios são imensos. Há três questões centrais: sustentabilidade demográfica - 40% dos alunos são oriundos da nossa região e temos que nos precaver; dificuldades orçamentais; e um desajuste de escala no IPCB. Há cursos que funcionam com poucos estudantes e temos que melhorar os nossos níveis de eficiência”. António Fernandes fala numa reorganização da instituição, para “a qual vou estimular toda a comunidade, para que possamos ter um Politécnico mais eficiente e eficaz, com melhores formações e projetos”. No entender do novo presidente do IPCB, essa reorganização não pode ser feita de “cima para baixo, mas sim a partir da base para o topo. Falo por exemplo de áreas de formação e de formações que hoje estão a funcionar em escolas diferentes, mas entre as quais existe uma grande proximidade”. António Fernandes lembra que “é cada vez mais difícil limitarmos cada uma das escolas em termos da sua abrangência de atuação. Isto significa que temos que perceber essas proximidades e em função disso promover uma reorganização. Cabe-

rá ao presidente do IPCB estimular essa reflexão e esse pensamento crítico e organizar grupos de trabalho. Mas, caberá ao Conselho Geral apoiar uma nova organização e vertê-la numa revisão estatutária”. António Fernandes é um dos vice-presidentes de Carlos Maia no mandato que agora está a terminar. Os resultados serão agora homologados e a tomada de posse deverá decorrer a curto prazo. Sobre as eleições, o novo presidente do IPCB diz que “havia dois projetos para a instituição. Venceu aquele que eu apresentei, mas o que importa agora é pensarmos no futuro, trazermos todas as pessoas para participar neste projeto e aproveitar-

mos a constituição deste Conselho Geral de forma a termos a nossa instituição consolidada”. Sobre a sua equipa, António Fernandes não adianta nomes: “cada coisa a seu tempo. Conheço a Politécnico, sei quem me poderá ajudar neste processo”. António Fernandes diz que apresentou o seu projeto de “forma séria e tranquila” e recorda o diagnóstico que fez “para a instituição, em dezembro de 2017, e que independentemente dos resultados seria um documento que ficaria sempre para o IPCB. Agora importa verter o meu programa de ação num plano estratégico”. O novo presidente do Instituto Politéc-

nico de Castelo Branco está a terminar o mandato de vice-presidente da instituição. Um cargo que ocupa desde março de 2014, a convite do ainda presidente do Politécnico, Carlos Maia. Licenciado em Engenharia Química pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (UC), mestre em Ciências Económicas pela Universidade da Beira Interior e doutor em Gestão pela Universidade da Beira Interior (tese de Doutoramento: Gestão pela Qualidade Total e Inovação: sua Relação e Repercussão no Desempenho Organizacional), é professor adjunto do IPCB desde 2001 tendo como áreas de lecionação e investigação o Controlo, Gestão e Garantia da Qualidade, e o Empreendedorismo, Inovação e Desempenho das Organizações. Tem trabalho de investigação publicado nas áreas referidas. Foi Coordenador do Sistema de Gestão da Qualidade do IPCB de 2009 a 2014. Membro externo convidado do Conselho para a Qualidade e Avaliação do IPCB de 2010 a 2014. Membro eleito no Conselho Geral do IPCB de abril de 2013 a abril de 2017. No dia 3 de abril de 2017 voltou a tomar posse para um novo mandato como membro eleito no Conselho Geral do IPCB. De 1997 a 2001 exerceu funções de Diretor Fabril. Ao longo do seu percurso académico efetuou um conjunto significativo de várias publicações científicas, muitas das quais para congressos internacionais. K

IPCB

Jornadas divulgam investigação de topo 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) apresentou, no passado dia 21 de fevereiro, os 49 projetos de investigação científica que tem em curso, e que totalizam um investimento aprovado de cerca de 3,5 milhões de euros. O anúncio foi feito durante a IV Jornadas do Potencial Técnico e Científico, que decorreram nas instalações da Escola Superior de Artes Aplicadas do IPCB. Presente nas jornadas, a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rolo, citada em nota de imprensa enviada pelo IPCB, referiu que os dados “ilustram claramente o potencial que as instituições de ensino superior, e em particular, o IPCB possuem no sentido de se posicionarem como verdadeiras alavancas do desenvolvimento local e regional”. A governante sublinhou ainda que “as instituições de ensino superior são redes estruturantes de intervenção na sociedade e que devem assumir-se enquanto âncoras institucionais e sociais nos contextos onde estão inseridas, assumindo ainda estes espaços enquanto la-

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boratórios privilegiados para a produção colaborativa do conhecimento que produzem, mas também para ajudar a interpretar e a conhecer as diferentes comunidade territoriais (...). Os projetos só nascem porque há instituições capazes de formar pessoas, de investir na ciência, isto é, demonstrando que

a capacidade de aprender, apreender e empreender estão alicerçadas na formação, na investigação e no conhecimento – e o IPCB está de parabéns pelo que tem conseguido nesta matéria”. Já Carlos Maia destacou “a capacidade de mobilização dos docentes que se

traduzir num elevado número de projetos aprovados e o nível de adesão a esta iniciativa, que considero de extrema importância uma vez que permite, em primeiro lugar, darmo-nos a conhecer internamente uns aos outros e divulgarmos aquilo que andamos a fazer, os nossos projetos, as nossas capacidades e potencialidades em termos de investigação e prestação de serviços, aumentando assim a capacidade de articulação, o desenvolvimento de projetos transversais e de parcerias entre as várias unidades orgânicas ou até entre grupos da mesma unidade orgânica. Em segundo lugar, porque permite divulgar junto de potenciais clientes as nossas competências de investigação, facilitando a transferência de conhecimento e tecnologia para a sociedade, permitindo simultaneamente reforçar a nossa capacidade de intervenção na comunidade, caminho que cada vez mais o IPCB terá de seguir. E em terceiro lugar porque estes projetos traduzem também um reforço de financiamento da Instituição”. K


IPCB - POLIEMPREENDE

Projeto Go4AR vence fase regional 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) entregou no passado dia 13, os prémios referentes ao Concurso Poliempreende - fase regional, após a sessão de abertura do Infotec - Fórum de Informática e Novas Tecnologias que decorre até esta quinta-feira, dia 15, na Escola Superior de Tecnologia. O vencedor da edição deste ano foi o projeto Go4AR, o qual, segundo os seus autores, consiste numa aplicação de realidade aumentada apensa “à área do turismo, que permite a apresentação ao utilizador de conteúdo interativo, potenciando a melhoria de experiência de utilização”. A equipa vencedora, que recebeu um prémio de dois mil euros, é composta pelos docentes Alexandre Fonte, Ana Rita Garcia, Ana Cruz e João Neves, e pelos alunos João Alferes e João Batata, das escola superiores de Tecnologia, Gestão, e Artes Aplicadas, e por Filipe Pinto, da Altice Labs. Depois de vencer a fase regional, o Go4AR vai representar o IPCB na fase nacional do concurso, em setembro, que irá decorrer no Politécnico de Portalegre. O segundo prémio, de 1500 euros, foi conquistado pelo pro-

jeto Medictor - injetor automático para Medicina Nuclear. Esta ideia

de negócio foi desenvolvida por Magali Bárbora e Carolina Cachei-

ra, alunas da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. Com este projeto pretende-se que “este injetor automático oferecerá uma melhor proteção para os profissionais que administram o radiofármaco, o aumento da precisão nos tempos de aquisição, a injeção mais segura, a redução de erros, prevenção de contaminação e extravasamento de radiofármacos, e a melhor precisão das atividades administradas ao paciente. Finalmente, o terceiro prémio, no valor de 1000 euros, foi entregue ao projeto Ouro da Beira, apresentado por André Pais, Már-

cia Nunes e Nuno Lobo, alunos da Escola Superior de Gestão. O projeto prevê a produção e comercialização de açafrão, seus derivados e compostos. Domingos Santos, responsável pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional do IPCB, recordou que o Poliempreende “é um concurso nacional que começou no Politécnico”. Aquele responsável lembrou as relações “próximas com a autarquia, e em particular com o Centro de Empresas Inovadoras, onde se encontram alguns vencedores do concurso a desenvolver os seus projetos”. K

presas Inovadoras em acolher alunos destas áreas”. Na sua perspetiva estes eventos “são importante a três níveis: aproximação da ciência ao tecido empresarial; envolvimento dos alunos na organização destas iniciativas; e a ligação a potenciais alunos para a escola”. Durante o Infotec foram realizadas muitas atividades, como referiram os responsáveis pela

organização José Cruz e Ângela Oliveira. Entre as atividades destacam-se os InfotecLabs (sessões de laboratórios práticos para alunos do secundário) e workshops (atividades em laboratório com um cariz mais técnico e que têm como públicoalvo os alunos que frequentam os cursos da Escola Superior de Tecnologia, especialmente das áreas da informática). K

INFORMÁTICA

Pleno emprego na EST 6 Os diplomados da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, na área da informática, têm pleno emprego. Esta foi uma das mensagens deixadas pelos responsáveis do Politécnico na abertura do XI Infotec - Fórum de Informática e Novas Tecnologias, no passado dia 13 de março. O evento, que decorreu de 13 a 15 deste mês, foi visitado por cerca de 400 alunos do ensino secundário de várias regiões do país. Na sessão de abertura, Carlos Maia, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, destacou o alto índice de empregabilidade, praticamente emprego pleno, dos diplomados pela EST na área da informática. Aquele responsável sublinhou ainda a ligação forte que o IPCB, e no caso concreto a EST, tem com o “mercado de trabalho. Daí a presença das empresas neste Fórum”. Carlos Maia

elogiou ainda o “esforço que tem sido feito pela organização desta iniciativa”, o qual muitas vezes é pessoal, mas que tem “permitido que o Infotec tenha um sucesso assinalável”. Também José Carlos Metrolho, diretor da escola, falou do “pleno emprego que os diplomados da escola têm na área da informática”. No seu entender o Infotec “desde a sua

primeira edição que vem acrescentando valor ao que temos vindo a fazer na escola, através da participação de oradores e de empresas com prestígio”. A Câmara de Castelo Branco, através da vereadora Cláudia Domingues, considera que este tipo de eventos estão “alinhados com a estratégia da autarquia”, lembrando a disponibilidade do Centro de Em-

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SALÃO DO ESTUDANTE DE SÃO PAULO

Portalegre no Brasil

6 O Instituto Politécnico de Portalegre participou, de 3 a 7 de março, no Salão do Estudante em São Paulo e no Rio de Janeiro. A presença da instituição foi feita no stand Portuguese Polytechnics, onde foi apresentada a oferta formativa existente para os estudantes internacionais. Ainda no âmbito desta deslocação, o Politécnico de Portalegre visitou uma das oito escolas modelo bilingues, um projeto piloto do estado do Rio de Janeiro. Esta iniciativa da secretaria de educação brasileira, visa promover o contacto dos alunos do ensino médio com uma língua estrangeira, sendo que parte das disciplinas são lecionadas nesse idioma. O projeto denominado ensino médio Intercultural tem sido um

DIA DA ÁRVORE sucesso, e tem permitido reforçar de forma significativa as competências dos alunos do ensino secundário nestes domínios. A visita pretendeu ainda dar a conhecer a oferta formativa do Politécnico de

Portalegre nas diferentes áreas científicas, apresentar as condições oferecidas aos estudantes internacionais e esclarecer os procedimentos inerentes ao processo de candidatura. K

POLITÉCNICO INTEGRA PROGRAMA MUNDIAL

Tomar com University Alliances

6 O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e a SAP, empresa multinacional de software e aplicações de gestão empresarial, acabam de estabelecer uma parceria, ao abrigo do programa SAP University Alliances, tornando o IPT numa das instituições de ensino superior eleitas no País, a integrar este programa de dimensão mundial. A parceria materializa-se, para já, na pós-graduação em Sistemas de Gestão Empresarial – SAP, a ministrar na Escola Superior de Gestão de Tomar, que conta ainda com o apoio da Softinsa, empresa do grupo IBM, na qual será possível formar profissionais competentes para solucionar problemáticas referentes à Publicidade

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gestão de informação empresarial e capazes de responder às exigências de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e abrangente. Eugénio Pina de Almeida, presidente do Politécnico de Tomar, considera que “a parceria é um passo importante na afirmação da nossa instituição, porquanto não só vem reconhecer o esforço e trabalho desenvolvido pelo IPT enquanto instituição que forma profissionais altamente qualificados, mas igualmente como parceiro estratégico no desenvolvimento de competências ao mais alto nível. Garante, acima de tudo, condições para que os nossos alunos tenham mais vantagens competitivas num mer-

cado de trabalho cada vez mais exigente”. Já para Sérgio Pereira, diretor Geral da Softinsa, realça que “a aliança entre o IPT e a SAP vem reforçar a capacidade da Softinsa para dar resposta às necessidades dos nossos clientes, quer em projetos nacionais como internacionais. A equipa de SAP do Centro de Inovação Tecnológica de Tomar, que reúne já um número considerável de consultores, vai a partir de agora contar com novos talentos formados no politécnico com uma base de conhecimento em SAP focada em soluções de inovação e nas tendências do mundo digital”. K

Portalegre planta árvores 6 O Instituto Politécnico de Portalegre assinalou o Dia Mundial da Árvores através da plantação de quatro sobreiros, no Campus Politécnico. Simbolicamente cada uma das árvores correspondeu, um por cada uma das suas Escola, sob o mote: “A melhor época para plantar uma árvore foi há 20

anos. A segunda melhor é agora.” Este gesto simbólico, que contou com a presença de professores e alunos, reveste-se de especial importância num momento em que tanto se debatem as questões da floresta e da relevância da vegetação autóctone para a sustentabilidade da paisagem. K

IPPORTALEGRE

Jornadas de comunicação, as mais antigas 6 Os alunos da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Portalegre promoveram, este mês, as XXII jornadas da comunicação da Escola Superior de Educação

e Ciências Sociais. Este é evento mais antigo da escola, organizado pelos alunos do curso de Jornalismo e Comunicação e que celebrou este ano a 22º edição. K


POLITÉCNICO DE LEIRIA

Rui Pedrosa eleito presidente CONTRAORDENAÇÕES E PRÁTICA NOTARIAL

Politécnico de Leiria apresenta cursos 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria (ESTG/IPLeiria) tem abertas as inscrições para a segunda edição da formação avançada dos cursos de Contraordenações e de Prática Notarial, que decorrem às sextas-feiras à noite e aos sábados no mês de abril, sendo ministrados por docentes especializados nestas áreas. Ana Lambelho, professora na ESTG/IPLeiria e membro da coordenação científica das duas formações, salienta que visam a “atualização de conhecimentos e de especialização para os profissionais que lidam diariamente sobre estas temáticas e são uma

mais-valia por terem um forte pendor prático”. A formação avançada em Contraordenações tem início no dia 13 de abril, e destina-se a licenciados em Direito, Solicitadoria e em Ciências Policiais, estudantes das áreas de Direito e de Solicitadoria, ou profissionais com experiência relevante nestas áreas. O curso em Prática Notarial destina-se aos estudantes e licenciados em Solicitadoria e em Direito, ou candidatos com experiência profissional nestas áreas, tendo início a 14 de abril. Os interessados podem consultar mais informação e realizar a sua inscrição até 27 de março. K

ESCOLA DE ARTE E DESIGN DAS CALDAS

Cerâmica entre conversas e projetos 6 A Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, do Politécnico de Leiria, e o Laboratório de Investigação de Design e Artes (LIDA) estão a dinamizar um certame coletivo denominado “12 conversas em torno de 12 projetos em cerâmica”, expostos no Espaço da Concas no Centro de Artes das Caldas da Rainha, até 9 de abril, os quais são da autoria de estudantes e de designers diplomados na instituição. Além da exibição, integrada no Publicidade

projeto de investigação CP2S (Cerâmica, Património e Produto Sustentável – ensino à indústria), são apresentadas doze conferências sobre os produtos expostos, durante o período do certame. “Pretendemos divulgar os trabalhos realizados e o seu próprio crescimento, como por exemplo os ateliês espalhados pela região, o que reforça a oferta cultural da cidade das Caldas da Rainha, e o destaque da diversidade na produção cerâmica”, salienta Adriana César, bolseira do LIDA. K

6 Rui Pedrosa acaba de ser eleito presidente do Instituto Politécnico de Leiria. A eleição decorreu no passado dia 16, tendo o candidato e atual vice-presidente da instituição acolhido 21 dos 33 votos possíveis no concelho geral da instituição. Rui Pedrosa vai substituir no cargo Nuno Mangas que exerce as funções de presidente do Politécnico de Leiria há dois mandatos e que também é o atual presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos. Ao cargo de presidente do IPLeiria concorreu também o docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Carlos Rabadão. K

IPL INDÚSTRIA AOS MELHORES ESTUDANTES

Empresas atribuem 37 bolsas 6 “Vale a pena sermos mais ousados, ambicionar um pouco mais e pensar num IPL Indústria 2.0, dado que se aproxima uma década desafiante” destacou Nuno Mangas, presidente do Politécnico de Leiria, na cerimónia de atribuição das Bolsas IPL Indústria, realizada no final de fevereiro, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria. Nesta sessão subiram ao palco 37 estudantes que receberam bolsas de estudo atribuídas por 26 empresas associadas da Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI) e da Associação Nacional da Indústria de Moldes (CEFAMOL), às quais foi também atribuída a distinção Responsabilidade Social. Pedro Martinho, diretor da ESTG, abriu a cerimónia, destacando “a materialização da vontade em consolidar a ligação da academia com a indústria”, enquanto o aluno André Antunes, estudante de Engenharia Mecânica, valorizou as bolsas, “não só pelo valor monetário, mas porque nos motivam a fazer melhor, pois são uma maisvalia determinante na ligação da academia com as empresas, complementando os conhecimentos teóricos lecionados”. O presidente da NERLEI, Jorge Santos, salientou o número crescente de bolsas a cada edição e referiu a importância de

captar os melhores estudantes do ensino secundário. “O sucesso do Politécnico de Leiria será o sucesso das nossas empresas. Queremos ter uma região mais competitiva e mais produtiva, gerar mais valor: é esse o caminho”, sublinhou, enquanto o presidente da CEFAMOL, João Faustino, considerou que a atribuição de bolsas é uma constatação do trabalho desenvolvido. “Um dos grandes desafios é a mão-de-obra qualificada, e por isso contamos com todos para que possamos concretizar todos os objetivos

que nos são colocados dia após dia”, concluiu. Nuno Mangas fez um balanço positivo do protocolo IPL Indústria, firmado em julho de 2013, e referiu a importância de repensar o programa com outra envergadura, com mais pontos de interação entre a Academia e a Indústria. “É relevante prepararmos bem as pessoas, sobretudo para as incertezas. O grande desafio é ter 60% dos jovens entre os 18 e os 24 anos no ensino superior, e temos 10 ou 12 anos para concretizar este objetivo”, concluiu. K

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ANA TERESA LEHMANN ELOGIOU IPS

“IPS prestigia Portugal” POLITÉCNICO DO PORTO

Prémio para Voyager 6 A Escola Superior de Media Artes e Design arrecadou mais dois prémios no Festival Monstra, um dos principais festivais de animação em Portugal, informou o Politécnico do Porto na sua página oficial. “The Voyager”, de João Gonzalez, ganhou o prémio para Melhor Curta-Metragem Portuguesa de Estudantes. O diplomado do curso

de Multimédia tem sido uma importante referência na divulgação da qualidade da ESMAD, nos domínios da animação a nível nacional e internacional. Na categoria Competição de Curtíssimas, o filme “Uma Manhã na Feira”, produzido pela Curtas Metragens e realizado pelos estudantes da Escola Superior de Media Artes e Design

e da Escola Secundária José Régio, sob orientação de Laura Gonçalves e Alexandra Ramires (Xá), conquistou o prémio para Melhor Curtíssima Portuguesa. Este filme que resultou de um workshop intensivo de animação na ESMAD foi uma iniciativa do departamento de Multimédia da ESMAD em colaboração com as Curtas de Vila do Conde. K

6 As instituições de ensino superior são a “espinha dorsal do esforço de formação que há que empreender para dar resposta aos desafios do atual mercado de trabalho”, defendeu este mês a secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann, no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS). A governante, que integrou o painel de oradores da conferência “Transformação digital: oportunidades e desafios”, um dos pontos altos do programa da 4.ª Semana da Empregabilidade do IPS, elogiou o IPS enquanto “instituição que prestigia Portugal e que tem estado na vanguarda da oferta de formações ligadas à indústria 4.0”, sendo um “parceiro fundamental” do Governo, “nomeadamente na Iniciativa Nacional

Competências Digitais - Portugal INCoDe.2030, mas não só”. Em tempos marcados pela constante inovação tecnológica, a um ritmo veloz e imparável, o maior desafio que se coloca é “humano e social”, no sentido de termos novas gerações capazes de se adaptarem à mudança. “A formação vale a pena e tem que ser, cada vez mais, ao longo da vida. Hoje em dia ser pouco preparado não é opção”, concretizou Ana Lehmann. E, num alerta geral, dirigido às empresas, instituições de ensino superior e jovens, lembrou: “Não podemos deixar que o momento positivo de crescimento económico que estamos a viver pare por falta de recursos humanos. Temos todos que colaborar neste desígnio”. K

ESTUDO AVALIA TÉCNICAS EM ATLETAS DE ELITE

Leiria em estudo europeu

6 Um grupo de estudantes da licenciatura em Biomecânica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria (ESTG/ IPLeiria) integra um estudo de avaliação biomecânica de atletas, implementado na Taça da Europa de Lançamentos, que decorreu nos dias 10 e 11 de março, no Centro Nacional de Lançamentos e no Estádio Municipal Magalhães Pessoa, em Leiria. “O estudo visa a recolha, tratamento e análise de dados cinemáticos das técnicas de lançamento durante a presente competição, de forma a desenvolver uma base de dados das técnicas de lançamento reali-

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zadas”, esclarece Milena Vieira, docente e coordenadora do curso de Biomecânica, segundo a qual “a interpretação dos resultados do estudo prevê a aplicação de conceitos de Física e de Matemática na análise do movimento, neste caso aplicado à área desportiva. Pretendese assim avaliar parâmetros, como por exemplo trajetórias, velocidades, acelerações envolvidos no movimento do corpo dos diferentes atletas”. A metodologia utilizada permitirá compreender e explicar as técnicas utilizadas e as suas implicações no desempenho final. O intuito é contribuir para a otimização do desempenho

dos atletas nesta modalidade desportiva. “Esta ação prática permite aos estudantes aplicar em ambiente real os conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso, reforçando as competências técnicas e científicas dos estudantes numa das áreas de realce desta licenciatura que é a da biomecânica do movimento humano”, salienta Milena Vieira. Este estudo integra um projeto de investigação que envolve vários parceiros como a Federação Portuguesa de Atletismo, a Associação Europeia de Atletismo, a Universidade de Évora e a Juventude Vidigalense. K

ROTEIRO INOVAÇÃO GO PORTUGAL

IPCA assina protocolo

6 O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) acaba de assinar um protocolo de cooperação na área da investigação aplicada na prática e a aprendizagem baseada em projeto (PBL) com a Frisian Design Factory da NHL Stenden University of Applied Sciences. São objetivos do protocolo o estabelecimento e potenciamento de um Centro de Design de apoio à investigação e ensino aplicados, nesta área no IPCA, em parceria com a Design Factory de Leuwarden e a co-

operação ao nível da investigação baseada na prática e a aprendizagem baseada em projeto (PBL). O protocolo contou com as assinaturas do Ministro da Ciência e Tecnologia, Manuel Heitor, da presidente do IPCA, Maria José Fernandes, do presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, Paulo Ferrão, da representante da Agência Nacional de Inovação, Isabel Caetano e do vice Presidente da NHL-Stenden Klaas Wybo van der Hoel. K


IBÉRICO DE PSICOGERONTOLOGIA

Beja recebe seminário 6 O Auditório da Escola Superior de Educação de Beja vai ser palco do VIII Seminário Ibérico de Psicogerontologia Comunitária, a 17 e 18 de maio, que será subordinado ao tema “Intervenção Comunitária no Envelhecimento”. O evento, organizado no âmbito do curso de Mestrado em Psicogerontologia Comunitária (7ªedição), resulta do trabalho colaborativo dos

docentes da Escola Superior de Educação, da Escola Superior de Saúde e do Observatório das Dinâmicas do Envelhecimento do Instituto Politécnico de Beja. Estarão em debate temas de áreas como Gerontopsiquiatria, Projetos de Intervenção Comunitária, Respostas Sociais e Comunitárias, Cuidados Continuados e Saúde ou Turismo e Património. K

FIBRAS ALIMENTARES

Viseu lidera projeto 6 O Centro de Investigação CI&DETS do Instituto Politécnico de Viseu acaba de desenvolver o projeto internacional “Study about the knowledge and habits regarding food fibres in different countries”, que consistiu na realização de um estudo sobre o conhecimento e as atitudes dos cidadãos de diferentes países em relação às fibras alimentares, avaliando, entre outros, os hábitos de consumo e o conhecimento que as pessoas demonstram sobre os benefícios da ingestão de fibras. Teve a duração de dois anos e permitiu concluir que existem diferenças significativas entre os países estudados, quer ao nível dos conhecimentos, quer ainda ao nível dos hábitos de ingestão de alimentos ricos em fibra dietética. Outros fatores que influenciam o nível de conhecimento incluem o sexo, o grau de instrução e meio onde residem os participantes. Assim, pessoas do sexo feminino, residentes em meio urbano e com ensino superior completo, revelarem ter maior nível de conhecimento acerca dos benefícios para a saúde associados à ingestão das fibras alimentares. Portu-

gal destacou-se por ser, de entre os 10 países participantes, e conjuntamente com a Argentina, dos que demonstraram possuir maior conhecimento. Estiveram envolvidos 24 investigadores da Argentina, Croácia, Egito, Hungria, Itália, Letónia, Macedónia, Portugal, Roménia e Turquia. Da equipa no IPV, além da coordenadora do projeto, Raquel Guiné, fizeram ainda parte os investigadores Paula Correia, Manuela Ferreira e João Duarte. Os resultados foram divulgados pela comunidade científica através da publicação de 24 artigos em revistas científicas internacionais conceituadas, bem como da apresentação de oito comunicações orais e dois pósteres em conferências internacionais. Foram ainda publicados em nove livros de resumos de conferências internacionais e serviram de base a um trabalho de conclusão de licenciatura e uma tese de mestrado, ambos desenvolvidos por instituições de ensino superior da Croácia. O consórcio montado para o desenvolvimento deste projeto servirá de base a mais projetos de investigação conjuntos. K

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POLITÉCNICO DE SETÚBAL

Dominguinhos reeleito 6 O presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), Pedro Dominguinhos, foi reeleito para um novo mandato pelo Conselho Geral da instituição, após a sua candidatura ter garantido mais votos que a de Pedro Neto, docente da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro. Doutorado em Gestão e mestre em Economia Internacional, Pedro Dominguinhos assumiu, em 2009, as funções de professor coordenador da Escola Superior de Ciências Empresariais, sendo responsável por várias unidades curriculares desde 1995 e tendo desempenhado vários cargos, nomeadamente os de presidente do conselho diretivo da ESCE/IPS, entre 2007 e 2009, e de vice-presidente do IPS, de 2009 a 2014. É presidente do IPS desde abril de 2014 e atualmente também vicepresidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos. O presidente reeleito apresentou-se a votos com o progra-

ma de ação “Uma referência no Ensino Superior: um Politécnico coeso, a criar valor para a re-

gião”, que mereceu a escolha da maioria dos membros do Conselho Geral da instituição. K

SETÚBAL, PORTALEGRE, BEJA E PONTE DE SOR

Aeronáutica atrai escolas

6 Seis representantes das universidades de Ciências Aplicadas de Inholland (Delft) e Amesterdão (Aviation Academy), Holanda, visitaram este mês os politécnicos de Setúbal e Portalegre, numa missão focada no ramo da aeronáutica, tendo em vista futuras ações de cooperação na área de investigação, assim como a mobilidade de estudantes, de docentes e de investigadores. A visita, promovida pelo Governo, no quadro do Programa de Modernização e Valorização do Ensino Politécnico, teve lugar na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, tendo contemplado o novo simulador de voo e os laboratórios de Mecânica, de Aeronáutica e de Impressoras 3D.

A comitiva holandesa participou também no workshop “Aviation Studies Academy prospects”, com abertura a cargo do presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, e do coordenador do Programa de Modernização e Valorização do Ensino Politécnico, Eduardo Beira. As comunicações, dos docentes Ricardo Cláudio, do IPS, Luís Loures, do Politécnico de Portalegre, e Henrique Oliveira, do Politécnico de Beja, abordaram a experiência portuguesa de ligação entre a academia e a indústria aeronáutica, cuja importância é crescente na região de Setúbal e no Alentejo. Antes ainda de chegar ao campus de Setúbal do IPS, os representantes das duas institui-

ções de ensino superior holandesas passaram por Beja, onde visitaram o aeroporto e a base aérea, Ponte de Sor e Portalegre. Já em Setúbal, a delegação deslocou-se à Lauak Portugal, empresa cuja atividade principal é o fabrico e montagem de estruturas aeronáuticas e afins. O Programa de Modernização e Valorização dos Politécnicos, abrangendo também países como a Finlândia, Holanda, Irlanda e Alemanha, tem como objetivo promover redes internacionais entre escolas politécnicas tendo por base atividades colaborativas de investigação baseada na prática, assim como a mobilidade de estudantes, de docentes e de investigadores. K

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DIA DA ÁRVORE

Guarda planta verde 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) assinalou, a 21 de março, o Dia Mundial da árvore com uma plantação simbólica de árvores. Esta iniciativa associou a Presidência, as Escolas Superiores que integram o IPG, os funcionários, alunos nacionais,

COOPERAÇÃO NA GUARDA

Ucranianos no IPG 6 No âmbito do Programa Erasmus +, Projeto Mobilidade Internacional Creditada (ICM – International Credit Mobility), Borys Dikarev e Konstiantyn Dikarev da Prydniprovska State Academy of Civil Engineering and Architecture (PSACEA), da Ucrânia, visitaram o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) du-

rante uma semana. Esta deslocação enquadrouse num programa de mobilidade que prevê a troca de experiência e partilha de conhecimento entre as duas instituições. Os referidos docentes ucranianos reuniram com dirigentes e professores das várias

unidades orgânicas do Instituto Politécnico da Guarda e desenvolveram trabalhos ao nível das boas práticas da internacionalização junto do Gabinete de Mobilidade e Cooperação. O programa integrou ainda um encontro com o presidente do Politécnico da Guarda, Constantino Rei. K

alunos estrangeiros, alunos em mobilidade ERASMUS e a Unidade de Desenvolvimento e Investigação. A referida plantação decorreu, a partir das 12 horas, no campus do Politécnico da Guarda, junto ao edifício dos Serviços Centrais. K

ENFERMAGEM

Olimpíadas no IPG 6 As Olimpíadas de Desporto em Enfermagem vão decorrer, de 26 a 29 de março, na Guarda Esta atividade vai juntar na Guarda estudantes de enfermagem de

vários pontos do país. Os jogos que integram estas Olimpíadas terão lugar no pavilhão dos Serviços de Ação Social do IPG. K

ABERTO A COMUNICAÇÕES

Toponímia em fórum 6 Evidenciar a toponímia como referência de valores históricos, culturais e memória coletiva de factos, personalidades, tradições ou legados identitários é o objetivo do “Fórum sobre Toponímia” que o Instituto Politécnico da Guarda vai promover a 26 de outubro de 2018. “Se a toponímia tem uma importância inquestionável na delimitação de espaços, permite, por outro lado, apreender a matriz de um povo, a organização sócio geográfica, o desenho da malha urbana de épocas passadas, o conhecimento e investigação de sítios históricos ou arqueológicos, o papel do povo na salvaguarda Publicidade

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da atribuição de nomes que a tradição consolido”, refere a Organização deste Fórum, que vai já na sétima edição. “O estudo e valorização da toponímia permitem, um melhor conhecimento de cada aldeia, cada vila e cada cidade. Assim, ao promover este Fórum, o Instituto Politécnico da Guarda pretende

contribuir para um melhor conhecimento do País, dos valores históricos, culturais, sociais e políticos a ele associados” é ainda afirmado a propósito desta iniciativa que pretende ter um âmbito nacional. Os interessados em apresentar comunicações devem efetuar a submissão dos seus trabalhos até 25 de julho de 2018 (http://www. ipg.pt/toponimia/comunicacoes. aspx) enquanto que as pessoas interessadas em participar devem fazer a sua inscrição (gratuita mas obrigatória) até 25 de setembro. Outras informações complementares estão disponíveis em www.ipg.pt/toponimia K

IPG

Março das Línguas 6 A Unidade Técnico Científico das Línguas e Culturas do IPG promoveu, de 12 a 16 do corrente mês, nova edição do “Março das Línguas e Culturas”.

Workshops, conferências, concursos, exposições, mostra gastronómica, um desfile multicultural e visualização de filmes em diferentes línguas foram alguns destaques do programa. K


SAÚDE

Porto abre portas 6 A Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto, de 3 a 6 de abril, abrirá as suas portas aos alunos do secundário. A iniciativa procura proporcionar aos jovens alunos a oportunidade conhecer a oferta formativa assim como de participar numa série de ativida-

des em ambiente laboratorial, despertando-lhes o interesse e estimulando o prosseguimento de estudos em áreas existentes na ESS. A participação será gratuita mas sujeita a inscrição prévia até 28 de março para o seguinte email: nfaac@ess.ipp.pt K

PROTOCOLO

IPCB e Bibliotecas juntos 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco assinou recentemente um Protocolo de Cooperação com a Rede de Bibliotecas Escolares, que tem por objetivo fomentar a colaboração na realização de projetos de investigação aplicada, de ações de formação inicial e contínua, dinamização de projetos comunitários, estágios, e de outros eventos científicos, culturais e técnicos de interesse mútuo, em matérias relacionadas com o desenvolvimento das múltiplas literacias. As iniciativas a dinamizar poderão concretizar-se através da realização conjunta de conferências, cursos, seminários, workshops, colóquios, congressos e outros eventos de âmbito nacional e/ ou internacional. O protocolo prevê ainda a possibili-

Direção e Núcleo dos alunos do Curso de Energia e Ambiente que contou com intervenções de Doutor Xavier Viegas (Universidade de Coimbra) e Manuel Felício, Bispo da Guarda.

A intervenção de Xavier Viegas incidiu nos estudos que tem realizado sobre os grandes incêndios florestais de 2017, com especial incidência para os grandes fogos de Pedrogão Grande e de 15 de outubro. K

dade de desenvolvimento de projetos comunitários, assim como a possibilidade de desenvolvimento de estudos nas áreas das bibliotecas escolares, promoção das múltiplas literacias e concretização dos objetivos de desenvolvimento sustentável definidos pela ONU. K

IPGfm na Altitude vulgação das atividades e projetos da comunidade académica”. Disponibilizado em podcast (http://www.ipg.pt/ipg-fm/), é emitido às quartas-feiras, pelas 19 horas, com repetição aos domingos, às 13 horas. K

GUARDA

Poesia à mesa 6 A 21 de março a poesia esteve à mesa na Cantina do edifício dos Serviços Centrais do Politécnico da Guarda, assinalando o seu Dia Mundial. A leitura e distribuição de poemas a alunos, funcionários e docentes preencheram o espaço do almoço. No período da tarde, na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto decorreu uma palestra sobre “Arte Poética: palavras entreditas”, proferida por João de Mancelos. K

Fogos em debate 6 O Instituto Politécnico da Guarda promoveu, no passado dia 20 de março, um seminário subordinado ao tema “Incêndios florestais - fatalidade ou incúria?” Tratou-se de uma iniciativa da

PROGRAMA DE RÁDIO 6 “IPGfm” é a designação do programa de rádio produzido, semanalmente, pelo Instituto Politécnico da Guarda. Este programa – emitido na Rádio Altitude – afirma-se como “um espaço de informação e di-

POLITÉCNICO DA GUARDA

ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL

Ciclo de oficinas na Guarda 6 O Politécnico da Guarda promove, nos meses de abril, maio e junho, um conjunto de oficinas no âmbito da animação sociocultural. Esta iniciativa resulta do protocolo de cooperação assinado entre o Instituto Politécnico da Guarda e a APDASC – Associação Portuguesa para o Desenvolvi-

mento da Animação Sociocultural, a Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto. Este programa de oficinas (organizado com a colaboração da APDASC) será dinamizado por profissionais com experiência e consiste na realização de propostas formativas sobre as diversas áreas ou temáticas

úteis no dia-a-dia da Animação Sociocultural. A escolha das oficinas teve também em atenção o espaço geográfico onde se integra o Politécnico da Guarda e as necessidades sentidas pelos profissionais que se encontram no terreno, procurando assim responder às suas carências formativas. K

IPG

Informática para todos 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) realiza, nos dias 17 e 18 de abril, as Jornadas de Engenharia Informática (JEI). Trata-se de um evento anual, organizado pelo Núcleo de Engenharia Informática e pela UTC de Informáti-

ca do Politécnico da Guarda. O programa integra palestras, workshops com formato do tipo hands on e visitas aos laboratórios do IPG. As JEI decorrem há mais de 15 anos permitindo a toda a comuni-

dade participar num encontro sempre inovador que tem como principal objetivo dar a conhecer as novas tecnologias de informação e comunicação, bem como os projetos de investigação realizados no Politécnico da Guarda. K

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MOÇAMBIQUE

Lúrio recebe 15 milhões

6 Com o objectivo de implementar e fortificar projectos de desenvolvimento, a Universidade Lúrio (UniLúrio) recebeu recentemente 15 milhões de dólares americanos provenientes do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), no âmbito do Projecto “UniLúrio – Support to Skills Development for Agriculture and Industry”. A UniLúrio vai investir este valor na melhoria da qualidade de ensino, na fortificação dos trabalhos com as comunidades, construção e apetrechamento dos laboratórios, assim como na melhoria das salas de aulas e outras infra-estruturas da instituição, conforme assegura o reitor, Francisco Noa.

Pietro Teigo, representante do BAD, esclarece que a sua instituição prioriza o apoio ao desenvolvimento da cadeia de valor centrado em corredores de desenvolvimento, em conformidade com a estratégia do governo moçambicano, e na necessidade da industrialização da agricultura, razão pela qual não hesitou em virar a sua atenção para as actividades desenvolvidas pela UniLúrio. Entretanto, a Faculdade de Engenharia (FE) e a Faculdade de Ciências Naturais (FCN), da Universidade Lúrio (UniLúrio), no pólo de Pemba, abriram o ano académico, no passado dia 9 de fevereiro, através de uma aula de sapiência sob o tema “Importância Estraté-

gica e Direito do Mar”, proferida pelo Embaixador do Brasil, Rodrigo Baena Soares. Na ocasião, o reitor, Francisco Noa, lembrando a importância da aula para a universidade, agradeceu ao embaixador, destacando o papel relevante da cooperação existente entre a UniLúrio e a Embaixada do Brasil. Segundo Rodrigo Soares, a espécie humana depende grandemente dos recursos marinhos, sendo o mar um elo de ligação entre os povos, e meio que facilita a integração cultural. Por esta razão, é preciso que o debate sobre o mar seja um tema de extrema relevância para a sociedade moçambicana. K

CONCURSO

Macau entrega prémios a alunos 6 A Escola Portuguesa de Macau entregou, no passado dia 1 de março, os prémios aos alunos vencedores do concurso “Cartas ao Pai Natal” - Um presente para o pais.

O concurso foi ganho pelos alunos do 5º B, Maria Gameiro, Carolina Figueiredo e Mafalda Paiva. A entrega dos prémios decorreu no museu das Telecomunicações. K

COOPERAÇÃO

Mondlane e UBI juntas 6 A Universidade Eduardo Mondlane, de Moçambique, e a Universidade da Beira Interior reafirmaram o desejo de continuarem a cooperar nos domínios da tecnologia e da investigação científica. O desejo de parceria foi manifestado num encontro ocorrido em 27 de fevereiro, em Maputo, entre o reitor daquela universidade, António Fidalgo e o reitor da UEM, Orlando Quilambo. A UEM e a UBI pretendem desenvolver diversas possibilidades de parcerias que satisfaçam os Planos Estratégicos das duas instituições de ensino superior. A UBI é uma universidade com uma forte aposta na sua internacionalização tendo atualmente 15 por cento do seu corpo estudantil estrangeiro. Dos cerca de 7300 estudantes 1070 são estrangeiros, na sua maioria, provenientes de países lusófonos liderados por

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Angola com 400 estudantes a frequentar diversos cursos superiores naquela universidade. António Fidalgo, considera ser importante que as universidades portuguesas, sobretudo aquelas localizadas fora dos grandes centros urbanos, invistam na sua internacionalização com enfoque para o mundo lusófono, que se estima em cerca de 250 milhões de habitantes.

“Por isso, a nossa ambição é atrair jovens, não apenas do mundo lusófono, mas de todas as partes do mundo porque estou convencido que a UBI oferece preços mais baixos “, disse. Além de manter encontro com o reitor da UEM, António Fidalgo visitou a Faculdade de Medicina, Faculdade de Letras e Ciências Sociais e a Biblioteca Central Brazão Mazula. K

MOÇAMBIQUE

Escola Portuguesa vence torneio 6 A equipa masculina de sub-18 de futsal da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) venceu o “Torneio das Três Nações” na modalidade de futebol de sete e os grupos de sub-12 de basquetebol aferiram grau de evolução frente a dois estabelecimentos de ensino internacionais. Organizado pela Escola Americana de Moçambique (AISM), o “Torneio das Três Nações” de futebol de sete, para o escalão de sub-18, fez disputar previamente a fase de grupos, na qual a EPM-CELP logrou duas vitórias e uma derrota, o que lhe valeu o apuramento para a etapa eliminatória onde atingiu a final. Nesta de-

frontou a Escola Americana de Moçambique numa decisão que obrigou à marcação de grandes penalidades para desfazer a igualdade (1-1) no marcador no fim do tempo regulamentar. No jogo decisivo, AISM vs EPMCELP, 1-3. De referir que a equipa da EPM-CELP, sendo de futsal, fez um esforço suplementar notório para se adaptar à variante de futebol de sete. A proeza foi bem sucedida, obtendo cinco vitórias e sofrendo apenas uma derrota no caminho até ao triunfo final na competição, disputada nos campos da Escola Americana de Moçambique e no do Clube Desportivo Costa do Sol, no passado dia 10 de março. K EPM-CELP


COMBOIO DO CONHECIMENTO JÁ MEXE

Não fiques apeado! 7 O Comboio do Conhecimento foi apresentado, dia 7 de março, na sede da Comboios de Portugal (CP), em Lisboa, pelas 12 horas, na presença da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo, e do Secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins. Sob o lema “Não fiques apeado - dá crédito aos teus estudos e vem conhecer Portugal”, o Comboio do Conhecimento insere-se no âmbito do programa “Estudar mais é preciso” e visa estimular a aquisição de competências e de formação superior, aliada ao sucesso académico, e promover experiências de conhecimento do território para os

estudantes que transitem do 1º para o 2º ano do ensino superior com aproveitamento escolar. Em nota de imprensa, o Ministério do Ensino Superior explica que “todos os estudantes inscritos e matriculados no ensino superior em Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), Licenciatura ou Mes-

trado Integrado e que tenham tido aproveitamento escolar no 1º ano do ciclo de estudos com, pelo menos, 36 ECTS, durante o ano letivo de 2017-2018, podem beneficiar de uma viagem gratuita em Portugal”. Os estudantes podem requerer os vouchers a partir de junho através do portal www.comboio-conhecimento.

pt<http://www.comboio-conhecimento.pt>. Os estudantes terão acesso a um passe de sete dias consecutivos nos serviços urbano, regional, inter-regional e intercidades e podem ser utilizados até ao final de 2018 na rede da CP. O MInistério explica que é possível partilhar a experiência no Comboio do Conhecimen-

to através da APP Globestamp que, para além de disponibilizar roteiros para os estudantes, permite também planear experiências, registar memórias e impulsionar o espirito de competição saudável. O Comboio do Conhecimento é uma iniciativa promovida pelo Governo de Portugal, através das áreas governativas da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do Planeamento e das Infraestruturas e do Turismo, conta com a parceria da CP, da Direção Geral do Ensino Superior, das Instituições de Ensino Superior, do Movimento Associativo Estudantil, da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, do Turismo de Portugal e da Globestamp. K

LOS PROGRAMAS UNIVERSITARIOS PARA PERSONAS MAYORES

Aprender y enseñar en la Era digital 7 En esta nueva serie de aportaciones intentaremos caracterizar la denominada “Era digital”, exponiendo sus características y valorando la importancia de las nuevas formas de aprender y enseñar en medio de ella. Las tecnologías que han hecho entrar a la humanidad en la era de la comunicación universal están permitiendo que la información más precisa y más actual se pueda poner a disposición de cualquier persona en la superficie de todo el planeta. A la vez, una de las características más potentes de las nuevas tecnologías respecto de su capacidad educativa, que es la “interactividad”, permite ya no sólo emitir y recibir información sino también dialogar, conversar y transmitir información y conocimientos sin límite de distancia ni de tiempo. Estas profundas transformaciones han sido y están siendo

tan profundas que están logrando cambios de orden económico, político, social y cultural de una enorme envergadura. No sólo en los últimos años, sino en los últimos siglos, la transmisión de conocimientos ha usado como elemento primordial, además de la palabra del profesor, la información escrita. La imprenta contribuyó en su tiempo a una nueva y total revolución en la difusión del conocimiento y de las ideas y, por tanto, en la evolución de la política, la economía y de todos los aspectos de la sociedad. Ahora esta difusión se realiza, cada vez con mayor intensidad, a través de nuevos instrumentos dotados de cierto carácter de inmaterialidad, instantaneidad, innovación y elevados parámetros de calidad de imagen y sonido, que los hacen irremediablemente atractivos a la ciudadanía de una y otras eda-

des. Bien, pues estos medios están amenazando significativamente la persistencia de algunos de los ejes que caracterizaban al sistema de transmisión cultural dominante en nuestra sociedad por medio de la escuela. Una cultura tradicionalmente organizada en torno a la letra impresa, al texto, al libro y a la palabra del profesor. Mas, como todos observamos, las aulas, los libros de texto y las metodologías tradicionales están sintiendo cada vez más sus limitadas e ineficaces estrategias, pues para ser activos en el nuevo espacio social se requieren nuevos conocimientos y destrezas. Para esto hay que replantearse en profundidad la organización de las actividades educativas convencionales, ajustándolas al nuevo espacio digital en el que ya nos

desenvolvemos. La realidad, sin embargo, es que los sistemas educativos actuales, en su generalidad, responden a una realidad, a un escenario social y cultural muy diferente del que hoy existe. Hasta el punto de justificar lo que muchos calificamos como un cambio de época, en la que todos los analistas están de acuerdo. Y las escuelas no pueden continuar al margen de tal acontecimiento. Efectivamente la digitalización permite hoy múltiples estrategias más específicas de pensar, de hacer y de comportarse a partir de formas de expresión que se han convertido en hegemónicas. Para ello no hay más que observar como muchos de nuestros estudiantes conforman redes más allá de los muros de sus aulas, formando comunidades en torno a sus aficiones y sus valores.

Se necesita, por tanto, una reorientación profunda de estos sistemas que difícilmente puede limitarse a hacer cambios en algunos de sus ingredientes. De todos estos temas trataremos en las próximas entregas a esta revista. K Florentino Blázquez Entonado_ Profesor Emérito. Coordinador del Programa de Mayores de la Universidad de Extremadura

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Psicóloga Clínica (Novas Terapias)

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CRÓNICA

La ejemplaridad de Bob Dylan 7 Ha pasado Bob Dylan por Salamanca, y no lo ha hecho de cualquier manera. Su concierto en el pabellón municipal multiusos, inolvidable, por cierto. Sigue siendo a su edad uno de los símbolos mundiales del rock. En primer lugar, ha venido a nuestra ciudad, como expresión de reconocimiento y como muestra de respeto y contribución a la celebración del VIII Centenario del nacimiento de la universidad de Salamanca en 1218. Y por supuesto, a su brillante trayectoria de varios siglos. Así lo ha reconocido el viejo rockero estadounidense de forma pública y al aceptar colaborar con el centenario mencionado desde el momento en que fue invitado por los responsables universitarios y municipales salmantinos para que diera un concierto, después de venir de Lisboa, y antes de marchar a Madrid y Barcelona, y más tarde a otras ciudades europeas, en una gira larga planificada con cuidado hace ya tiempo. Este ha querido ser su homenaje a la cultura, a la ciencia, a los saberes, a las trayectorias de instituciones de educación superior con calidad real, a la universidad. Es un cantante distinto a la mayoría de los que deambulan por los escenarios, desde luego, y sabe motivar bien sus elecciones. El desarrollo del concierto estuvo lleno de profesionalidad, comenzando con estricta puntualidad, desgranando con energía, a los 76 años, “Things have changed”, “Tryin to get to heaven” y otros veinte títulos

en un espectáculo que se extendió algo más de cien minutos, todos ellos cargados de energía musical y belleza. Además, el acompañamiento de su banda de excelentes instrumentistas resultó sencillamente formidable. Por otra parte, y siendo todo un mito del rock para varias generaciones de admiradores, Bob Dylan sabe huir de las estridencias, con frecuencia muy presentes en las conductas públicas de otros colegas que musical y moralmente no le llegan ni a la suela de los zapatos, aunque muevan también a miles de seguidores apasionados. Creo que es hoy para nosotros la lección de toda una vida de éxito profesional trasladado al exterior de manera sencilla , y hasta humilde, siendo todo un mito, como lo es. No queremos hacer aquí la crónica personal del concierto, sino extraer algunas reflexiones que nos vienen muy bien al ámbito universitario español, y no solo el nuestro en particular. Son reflexiones que nos han ido aflorando, desde un hecho musical tan destacado, hasta la vida cotidiana de nuestro quehacer universitario. Nuestro admirado rockero nos invita con su ejemplo a ser buenos profesionales en lo que hacemos, sea la docencia, la investigación, la proyección externa de la alta cultura y de la ciencia al entorno próximo y lejano. La puntualidad en el cumplimiento de nuestras clases y obligaciones, la aspiración al ejercicio perfecto en lo que elaboramos y publiocamos, la

constancia en el trabajo bien hecho a lo largo de los años, el entrenamiento necesario y con frecuencia oscuro hasta obtener un resultado de calidad reconocioda. La envidiable conjunción y armonía con sus músicos acompañantes es una invitación al trabajo en equipo. La búsqueda de inspiración para componer baladas o piezas originales, que no es flor de un día y que requiere constancia en el trabajo, es una llamada de atención a profesores e investigadores universitarios, a nuestras lecturas de larga duración, a la consulta paciente, sosegada de artículos, de textos que otros autores han pensado y escrito. La inspiración es imprescindible al artista, al creador, pero la inspiración le tiene que encontrar trabajando, como confesaba el genial pintor Pablo Picasso, cuando algún periodista le formulaba la pregunta sobre el momento en que le llegaba la inspiración al genial pintor malagueño Al investigador universitario, al docente, la inspiración no le viene por ciencia infusa, sino que le tiene que encontrar bien preparado, con lecturas y reflexiones previas, contrastadas con los colegas del ámbito científico. Bob Dylan no lo dice así, con estas palabras, pero se percibe y contrasta, se palpa al cabo de toda una vida de profesión musical creadora, que esa ha sido su forma de crear y componer música. Nuestro compositor y cantante norteamericano, con muchos años a su espalda, continúa trasmitiendo vitalidad, frescura,

Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt

arte de primer nivel. Es por ello una invitación a todas las personas, y a todos los profesores universitarios que pasan de los 70 años, a mantenerse vivos, activos. Y en consecuencia es también una invitación a los responsables de las jubilaciones en las universidades a plantearse una política bien diferente de aprovechamiento de los recursos, de la masa crítica que representan muchos profesores universitarios que, aun estando lúcidos y en condiciones físicas adecuadas, desaparecen del circuito a partir de los 70 años por imperativo de la ley de jubilación. Es un capital científico y social muy desaprovechado, si los interesados se encuentran bien de salud y lúcidos de mente. Téngase presente por quien corresponda el ejemplo de lucidez, arte y belleza que nos ofrece Bob Dylan a una edad que trasciende los reglamentos y leyes de jubilación oficial. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Paulo Jorge Ferreira novo reitor

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Doutorado em Engenharia Eletrotécnica, professor catedrático no Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática da UA, departamento do qual foi diretor entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2018 (altura em que abdicou), Paulo Jorge Ferreira apresentou um programa que assenta em sete pilares: valorização dos membros da comunidade académica, aposta na interdisciplinaridade, interligação e capacitação da investigação, aprofundamento da relação entre a UA e a região,

Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt

ELEIÇÕES NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

6 Paulo Jorge Ferreira acaba de ser eleito reitor da Universidade de Aveiro (UA), sucedendo a Manuel António Assunção, após ter recolhido 14 votos, contra os quatro alcançados por José Fernando Mendes. Houve ainda um voto em branco. “Não é confiança em mim, mas sim na comunidade. Sinto que há muita gente pronta a ajudar e tudo farei para estar à altura das expectativas”, referiu o recém-eleito no final da votação do Conselho Geral

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98

reforço na ação social, aposta no desporto e valorização do património da UA. A criação de um Conselho de Centros de Investigação, que se constitua um espaço de reflexão estratégica e funcional para as Unidades de Investigação e Desenvolvimento da UA, facultar aos estudantes o contacto desde o primeiro ciclo de ensino com a investigação e a criação do Serviço de Apoio a Projetos são algumas das missões que Paulo Jorge Ferreira leva para a Reitoria.K

Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Agostinho Dias, Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Reis, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Artur Jorge, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Ribeiro, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Mota Saraiva, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Hugo Rafael, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Carlos Moura, José Carlos Reis, José Furtado, José Felgueiras, José Júlio Cruz, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Lídia Barata, Luís Biscaia, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Estatuto editorial em www.ensino.eu Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


EDITORIAL

A escola pública e a valorização da cidadania 7 A escola pública é, talvez, a maior conquista educacional da sociedade portuguesa das últimas três décadas. Uma escola democrática, inclusiva, de todos e para todos, que valorize a cidadania, a aprendizagem, a formação e a educação de crianças e jovens, não pode ser mais um dos mitos elaborados no seio das ciências da educação. Antes, é uma realidade que se tem vindo a construir dia a dia, com muito esforço e sacrifício de toda a comunidade educativa, porque é um princípio por que vale a pena lutar, já que fortalece a democracia e a construção de um mundo com mais harmonia e mais respeito pela natureza e pela pessoa humana. Os professores estão de parabéns. Com a defesa da escola pública têm dado, mais do que ninguém, um contributo inigualável para o atenuar das desigualdades sociais e para a futura construção de um Portugal, também ele menos desigual.

Não estranha, pois, que em momentos de fortes emoções, os profissionais do ensino com mais consciência social e cultural vejam os perigos que espreitam a esta escola democrática, erguida sobre a estrutura de um ensino elitista que o Portugal do após 25 de Abril herdou da ditadura. Porém, o então ainda sonho de pensar uma escola que promovesse a igualdade de oportunidades e atenuasse as desigualdades sociais viria a revelar-se como uma das grandes motivações para a acção das últimas décadas do século XX. Conseguiu-se ainda pouco? Estamos a trabalhar para resultados que apenas serão visíveis daqui a duas ou três gerações? As políticas educativas, por vezes, colocam no caminho obstáculos que atrasam esses objectivos? É verdade. Todavia, isso não invalida que, mesmo os mais cépticos, não reconheçam que as democracias europeias estão longe de poder inventar uma outra instituição pública capaz corresponder,

com tanta eficácia, às demandas sociais, quanto o faz ainda hoje a escola pública de massas. Mesmo sabendo-se que há sempre novas variáveis que colocam imprevistos desafios à concretização dessa mesma escola pública, como o são o aumento da violência nas escolas e generalização do bullying (sobretudo o mais sagaz e traiçoeiro, que é o que utiliza a internet e as SMS), o abandono e o insucesso escolar, a reprodução das desigualdades dentro da comunidade educativa, a incapacidade de manter currículos que valorizem para a vida, a erosão das competências profissionais dos docentes, acompanhada pela perda de estatuto remuneratório e social. Todos sabemos, ou julgamos saber, como deve ser e o que deve ter uma escola pública que promova a aprendizagem efectiva dos seus aprendentes e o bem-estar e a profissionalidade dos seus formadores. Todavia, há um grave proble-

ma que introduz toda a entropia nas escolas: é quando os governos se deitam a fazer contas sobre quanto custa garantir esses direitos. Sobretudo, quando a classe política sabe que o investimento em educação só produz efeitos a longo prazo, o que não se compagina com a gestão do calendário dos seus curtos ciclos eleitorais. Não queremos uma escola que seja de baixa qualidade. Por isso, estamos com todos quantos defendem ser urgente relançar a defesa dos princípios fundadores da escola pública. Uma escola que seja exigente na valorização do conhecimento e promotora da autonomia pessoal. Uma escola pública, laica e gratuita, que não desista de uma forte cultura de motivação e de realização de todos os seus membros. Uma escola pública que, enfim, se assuma como um dos pilares da democracia e como um dos motores da construção de um país onde seja orgulhoso viver e conviver. Formar a geração de amanhã

não é tarefa fácil. Mas será certamente altamente gratificante! Por tudo isso, é importante que continuemos a exigir políticas públicas fortes, capazes de criar as condições para que essa escola democrática seja, de facto, universal, gratuita e compensadora, e que se assuma, sem tibiezas, que o direito ao sucesso de todos é um direito fundador da Democracia e do Estado de Direito. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

PRIMEIRA COLUNA

O último fecha a porta… 7 A estratégia não é nova. A demografia, a diminuição de candidatos ao ensino superior (no último concurso houve uma ligeira inversão, que no entanto dificilmente se manterá) e o facto de uma grande maioria dos jovens que terminaram o ensino secundário não prosseguir estudos, faz com que universidades e politécnicos procurem novos públicos. Muitas instituições de ensino superior seguem essa política há já alguns anos, no sentido de captar alunos internacionais, seja para o primeiro ciclo ou para as pós-graduações como mestrados e doutoramentos. A lusofonia tem sido a grande aposta, com o Brasil e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop’s) a merecerem especial atenção.

Também a China, através de Macau, é vista como uma oportunidade. O caminho, como comecei por referir, não é novo, mas veio novamente à agenda mediática devido às declarações do Ministro da Ciência e do Ensino Superior. Manuel Heitor lembrou que “acolher estudantes estrangeiros é importante para o desenvolvimento científico e académico português”. Mas mais do que isso pode ser um modo de sobrevivência de algumas instituições. Sobretudo para aquelas que no interior do país sofrem a bom sofrer a quebra da natalidade e a desertificação. A captação de estudantes internacionais tem merecido especial atenção das universidades e politécnicos. Há já muitos anos que o Ensino

Magazine percebeu essa oportunidade, alargando a sua área de intervenção nos Palop’s, no Brasil e em Macau, com a distribuição da nossa publicação e a elaboração de acordos de parceria. Afinal o caminho não poderia ser outro. Em boa hora o fizemos, abrindo também portas à relação institucional entre as universidades e politécnicos desses países e os de cá. Todas estas são questões complexas, exigem coragem política (para já o Governo anunciou a diminuição de vagas no 1º ciclo de formação superior em Lisboa e no Porto) e capacidade de intervenção dos presidentes dos politécnicos e dos reitores das universidades. Para além de captar alunos lá fora, importa dizer aos jovens

portugueses que acabam o ensino secundário que o ensino superior é o melhor caminho para um futuro melhor, com vencimentos superiores e oportunidades acrescidas. Também aqui o Ensino Magazine estará na linha da frente dessa causa, que deve ser vista como decisiva para o desenvolvimento do país e para o futuro de todos. Não nos conformamos com a ideia de que há licenciados, mestres ou doutores a mais. Isso é falso e quem pensa desse modo, fá-lo por pequenez e por pensar que já chega. Tal como no futebol, em que temos o melhor do mundo, também na ciência e na educação temos dos melhores, o que demonstra a nossa capacidade de nos superarmos. Chegou a hora de mudar de para-

digma e dizer a todos que hoje não há desculpas para não se prosseguir estudos. Há capacidade instalada. Boas escolas. Bons professores. E, acima de tudo, um país a necessitar de mais qualificação para que no final da história ninguém tenha que fechar a porta… K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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‘PEDAGOGIA (A)CRÍTICA NO SUPERIOR’ (XXXI)

Dispensa da aula «amateurs look for inspiration; the rest of us get up and go to work.» (Philip Roth, Everyman, 2006:82) 7 Anda chuvoso o mês de Março. Finalmente um tempo próprio da estação do ano. Nas terras altas do Barroso, os nevões são desejados tanto pelos media como pelas 700 crianças que ganham, com eles, uma folga suplementar; isto com a ajuda da Protecção Civil que obrigou o Agrupamento de Escolas Doutor Bento da Cruz, em Montalegre (Trás-os-Montes e Alto Douro), a encerrar as portas, por três vezes, só no presente mês. As carrinhas municipais, que num corrupio diário recolhem os alunos nas aldeias de Padroso, Pitões das Júnias, Sezelhe, Meixedo…, não podem, por esses dias, circular em vias intransitáveis. Que país este sempre desadaptado das estações do ano! Neva e a vida escolar pára!? O poder central foi fechando as escolas de ensino básico, na generalidade das zonas rurais de todo o país, alegando não haver número significativo de

crianças. Em contrapartida, arrebanha-as para a sede de concelho pois, supostamente, beneficiam aí de melhores condições pedagógicas e de outra sociabilidade… e, como está à vista, de menos dias de actividade lectiva. O antropólogo Jorge Dias escrevia, em 1968, num texto sobre o «carácter nacional português»: «Na paisagem serrana, de tons severos, (…) é lamentável que o conforto da lareira, à volta da qual se reunia a família no Inverno, foi substituído por um fogão a gás» e pela televisão (diria hoje) que, nos seus múltiplos canais, lhes devolve a imagem branca dos campos de uma periferia recentralizada para efeitos de ‘turismo televisivo’. Na escola do Prof.S., apesar das infiltrações de água e das quebras frequentes no aquecimento central, não há ‘borlas meteorológicas’. Por aquelas bandas, só as idiossincrasias da velha ‘cintura industrial’ (leiase, incêndios na SAPEC), levam a paralisações. Sabemos como a assiduidade é desafiada pela ‘sociedade civil do entretenimento’ que acena, insistentemente,

ao estudante com eventos a que «não pode perder!». Ali, há igualmente a concorrência interna, em especial, a dos encontros à 5ª que aliciam os estudantes a trocar as aulas regulares por sessões com convidados externos que abordam temas sociais do mundo contemporâneo. Os estudantes do 1º ano pedem-lhe «dispensa da aula» e lá lhes explica, pacientemente, o sem sentido dessa expressão no ensino superior. São os estudantes (maiores e autónomos) que têm de ponderar as várias opções em função das suas prioridades: não ir à aula e ter falta ou ir ao Encontro e debitarem-lhe umas horas (que acumula em ‘pontos’) nessa uc (sui generis) de «Carteira de Competências». Esta lógica do evento paralelo às aulas (no quadro de uma instituição ‘onde há sempre qualquer coisa a acontecer’) acaba por acentuar a fragmentação curricular (imposta por Bolonha). Ao invés, nenhum lhe solicitou «dispensa da aula» para assistir à apresentação pública das duas candidaturas para a Presidência do Instituto. No anfiteatro, só compareceram profes-

sores (não muitos), funcionários (que aproveitaram para fazer uma pausa no seu trabalho monótono) e quatro estudantes (os que integram o Conselho Geral). A democracia académica (instituída pelo RJIES e plasmada nos Estatutos dos diversos institutos), assente no princípio da representatividade, substituiu a eleição directa por órgãos representativos, reduzindo aos limites o número dos eleitores. A comunidade académica, atomizada, passa ao lado dos actos eleitorais. É evidente a distância entre o discurso valorizador da educação para a cidadania e a realidade do alheamento (quase total) nas eleições. E depois queixam-se (os partidos e os governantes) que os jovens andam arredados da vida cívica. Arredados porque o sistema os afasta através de dispositivos estatutários que repousam nos ‘núcleos duros’ (ditos representativos mas que que não representam, de facto, ninguém, só eles mesmo; e, também por isso, não há quem lhes peça contas). Em suma, as instituições de ensino superior não se constituem como bons laboratórios de cida-

dania e participação. Só os ‘instalados’ levam estes processos a sério pois perpetuar o sistema é preciso. Daí, a prática generalizada das listas únicas, o fechamento, a aversão ao debate e à diversidade de pontos de vista. Privilegia-se o pensamento único em detrimento do pensamento divergente. De quando em vez, lá emergem uns outsiders a que os regulamentos possibilitam certa visibilidade temporária, mas que acabam sempre da mesma maneira – derrotados pelo apparitich. (Este texto não segue o AO90) Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt

OPINIÃO

As gestões escolares e a (des)motivação docente A motivação é a chave que abre a porta para o desempenho com qualidade. (Heloísa Luck) 7 Nos moldes atuais do mundo laboral, a competitividade impera e a grande vantagem competitiva só poderá surgir através de uma gestão eficaz das competências dos recursos humanos de cada empresa. Neste sentido, o papel dos líderes é fundamental e de destaque nas organizações, quer através da tomada de decisões, quer na motivação dos colaboradores. Motivar equipas pressupõe liderar com eficácia e eficiência. A motivação é a responsável pela dinamização e canalização dos comportamentos humanos com o objetivo de atingir uma determinada meta. Neste contexto, os estímulos servem de impulsionadores da ação humana. Desta forma, a motivação tem um papel determinante na forma e na intensidade que será empregue por um indivíduo para a realização de uma determinada tarefa. Liderança e motivação vão de mãos dadas o que significa que uma má gestão dos recursos huma-

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nos influencia diretamente na (des) motivação e na produção. Os gestores escolares não deveriam esquecer nunca que seus professores são criaturas sociais com emoções, desejos e medos, seres humanos, motivados por necessidades humanas e que alcançam suas satisfações através dos grupos a que pertencem. Que seu comportamento sofre a influência do estilo de supervisão e liderança. Qualquer organização que pretenda ter sucesso necessita de ter um líder motivado e com capacidades para motivar todos os seus colaboradores, a fim de se atingirem os objetivos propostos. A exigência de uma Gestão Escolar genuinamente democrático-participativa provoca um debate entre práticas e metodologias de diferentes agentes educativos. Coloca em questão políticas públicas, especificamente no que tange à educação e evidencia a exigência de uma grande marcha Freireana, com o objetivo de buscar o sentido da vida que foi expropriada e privatizada ao longo dos tempos em diversas sociedades humanas. O gestor escolar precisa ter uma adequada liderança, bem como o

domínio da comunicação, buscando interagir com sua equipe de trabalho de modo equilibrado e positivo, valorizando a formação e o potencial de cada professor. E nesse contexto, tem-se a escola, uma organização que sempre precisou mostrar resultados em relação ao aprendizado dos alunos, porém nem sempre são positivos. Acredita-se que um professor motivado poderá exercer suas funções de maneira realmente produtiva e somente assim poderá motivar seus alunos no processo de ensino e aprendizagem. Para isso, a gestão escolar deve levar em conta a legislação que estabelece os verdadeiros e nobres princípios da educação. A motivação é a chave que abre a porta para o desempenho com qualidade, em situação tanto no trabalho como atividades de lazer e também em atividades pessoais e sociais. Essa valorização é uma tarefa que demanda percepção, observação e comunicação para conseguir enxergar no outro sua essência como ser humano, não se balizando somente nas competências que o professor apresenta como refere a

professora Heloísa Luck. Fica evidente a grande importância que a motivação tem no processo de ensino e aprendizagem e, principalmente, a motivação da equipe gestora que pode influenciar de forma positiva nesse processo. Para isso, é necessária uma parceria entre gestão e professores, com função orientadora e, acima de tudo, que busque meios de manter sempre uma equipe motivada, proporcionando assim um ambiente prazeroso e estimulador favorecendo um ensino de qualidade. Chega a ser alarmante o desconhecimento de muitos órgãos de gestão escolar em Portugal sobre a necessidade imperativa e urgente de motivar seus professores, bem como seu despreparo na gestão dos recursos humanos mais valiosos para o processo de ensino e aprendizagem: seus professores, que merecem poder exercer suas funções em um clima organizacional favorável, digno e sem sofrer constantes e diversas formas de desvalorização, humilhações, desigualdades e injustiças em nome de conveniências pessoais ou pelo abuso de poder

como se detivessem, entretanto, o monopólio da verdade absoluta. A ausência de um clima laboral motivador baseado na justiça e equidade, obedecendo as bases democráticas de um estado de direito nas instituições escolares, é tão nefasto e repugnante quanto desonroso para os inerentes nobres princípios da educação. K Elisabete Pogere _ bettepg@hotmail.com Professora, Especialista em Intervenção Psicossocioeducativa


NAS MAIORES FEIRAS DE EDUCAÇÃO DA PENÍNSULA IBÉRICA

Ensino Magazine: o mais procurado em Madrid, Lisboa e Porto 6 O Ensino magazine marcou presença nas maiores feiras da Península Ibérica dedicadas ao acesso ao ensino superior, educação e juventude. No início de março estivemos em Madrid, na Aula, um certame visitado por mais de 160 mil pessoas. Este já é o quinto ano consecutivo que a nossa publicação marca presença no evento, sendo o único órgão de comunicação social português presente no certame, e um dos poucos da Península Ibérica a garantir a sua presença na Aula. Também no início de março, estivemos mais uma vez na Qualifica, na Exponor. Tal como sucedeu em Espanha, também no Porto distribuímos gratuitamente as edições de janeiro e fevereiro do nosso jornal, para além de realizarmos passatempos, como a Roda da Sorte, entregando deste modo prémios aos nossos leitores. Finalmente, na Futurália, a equipa foi reforçada com os alunos da Escola Secundária Matias Aires, do Cacém. Na FIL tivemos um estúdio fotográfico, a Roda da Sorte, e um expositor, criando um dinamismo constante. Em todos as feiras, os expositores do Ensino Magazine foram dos mais procurados, tendo ainda sido sorteado um fim-de-semana no Geopark Naturtejo para duas pessoas, entre os concorrentes desse passatempo, tendo o premiado sido Ana Batista, de Lisboa. Para o Ensino Magazine a participação nestes eventos permite aprofundar o contacto entre a publicação e os seus leitores. Hoje o Ensino Magazine é a principal publicação do género editada em Portugal e distribuída simultaneamente nas escolas, universidades e politécnicos do nosso país, mas também em Espanha, Macau e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Para além deste certame, o Ensino Magazine também já participou na Feira Internacional de Educação de Moçambique, reforçando deste modo a sua presença nos Palop’s. K

Futurália - Lisboa

Qualifica - Porto

Aula - Madrid

Aula - Madrid Futurália - Lisboa Qualifica - Porto

Futurália - Lisboa

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COM O APOIO DO SANTADER UNIVERSIDADES

Coimbra entrega prémio a Rui Vieira Nery 6 O historiador, musicólogo e professor Rui Vieira Nery recebeu no dia 1 de março o Prémio Universidade de Coimbra 2018, uma das mais relevantes distinções nas áreas da ciência e da cultura, que tem o apoio do Banco Santander Totta, através do Santander Universidades. O Prémio foi entregue durante a sessão solene comemorativa do 728.º aniversário da UC e contou com a presença do reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, da administradora do Banco Santander Totta, Inês Oom de Sousa, e do presidente do Conselho Geral da Universidade de Coimbra, João Caraça (na foto, da esquerda para a direita, com o premiado). O Prémio Universidade de Coimbra distingue anualmente uma personalidade de nacionalidade portuguesa que se tenha afirmado por uma intervenção particularmente relevante e inovadora nas áreas da cultura ou da ciência. Recorde-se que em entrevista ao Ensino Magazine, pu-

O prémio foi entregue por João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra, por Inês Oom de Sousa, administradora do Santander Totta, e por João Caraça, do Conselho Geral da Universidade de Coimbra

blicada na nossa última edição, Rui Viera Nery considerou a atribuição deste prémio como o corolário de 40 anos de inves-

tigação. “Foi esse, certamente o motivo que o júri tomou em conta para me conceder o prémio. Não deixei de ficar

surpreendido, até porque trabalho num campo, a musicologia, que ainda não tem o pleno reconhecimento no contexto

universitário, apesar dos progressos. Fiquei, naturalmente, orgulhoso e estimulado para o meu trabalho”. Rui Vieira Nery adiantou ainda que o facto de ter inovado na sua área pesou na decisão do júri. “Não sou certamente o único a lutar por esta causa, mas penso que tenho tido uma intervenção inovadora. Desde logo no sentido de tentar mostrar que a musicologia permite fazer com que a história passe de um filme mudo a um filme sonoro. Tentar integrar o elemento sonoro e musical na evolução da história das ideias e da cultura, mostrando que é um ângulo que faz tanta falta à construção de uma imagem da história como as artes plásticas, a arquitetura, a literatura, etc. Por outro lado, dentro da própria musicologia, tenho lutado muito para a integrar nas problemáticas das ciências históricas e sociais contemporâneas, passando para uma história da música com uma visão mais problematizante e interdisciplinar”. K

PARA DOCENTES E ALUNOS

Santander atribui bolsas de mobilidade SANTANDER INVESTE 32,6€ MILHÕES

Aposta na sustentabilidade 6 Entre 2013 e 2017, o Santander Totta investiu um total de 32,6 milhões de euros em Sustentabilidade, um sinal do elevado compromisso do Banco com a Sociedade, informou aquela instituição em comunicado enviado ao nosso jornal. Na mesma nota é referido que o Banco tem vindo a aumentar o investimento nesta área, tendo dedicado em 2017 um montante de 7,5 milhões de euros a atividades de Responsabilidade Social, 36% mais do que em 2013, quando foram investidos 5,5 milhões de euros. No ano passado, o Banco focouse em três grandes eixos: Apoio à Comunidade, Ensino Superior e Santander Advance.

No Apoio à Comunidade, nos últimos três anos, o Santander Totta apoiou 32.907 pessoas, 21.314 das quais no último ano. Através de mais de 250 Associações beneficiadas, houve um apoio (direto e indireto) a projetos ligados à educação, proteção de menores, saúde, incapacidade, inclusão social e cuidado a idosos. No Ensino Superior, o principal foco do Banco há vários anos em matéria de Responsabilidade Social, foram concedidas no ano passado 1.150 bolsas: 293 bolsas de estudo, 243 bolsas de mobilidade ibero-americanas e internacionais, 267 bolsas sociais, 12 prémios e 335 bolsas de estágio. K

6 O Santander Universidades vai disponibilizar ao longo deste ano 230 bolsas de mobilidade para estudantes, professores e investigadores de Portugal em países ibero-americanos, num investimento superior a meio milhão de euros. O anúncio foi feito este mês pela instituição bancária em comunicado. De acordo com o Santander Universidades, as bolsas atribuídas a estudantes têm o valor individual de 2300 euros, enquanto as bolsas destinadas a professores são de 5000 euros. A nova edição do Programa de Bolsas de Mobilidade está a decorrer desde o início do mês e abrange 27 Universidades e Institutos Politécnicos em Portugal. A iniciativa visa fomentar o intercâmbio de alunos, docentes e investigadores entre Universidades dos dois continentes. Só de Portugal, mais de 1700 estudantes já tiveram a oportunidade

de ter uma experiência do outro lado do Atlântico ao abrigo deste programa. O programa é desenvolvido pelo Grupo através do Santander Universidades em 10 países do Grupo – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Perú, Portugal, Porto Rico e Uruguai, sendo disponibilizadas anualmente um total de 3000 bolsas para Estudantes de Licenciatura e Mestrado – e 250 Bolsas Santander Investiga-

ção, num investimento anual de mais de 10 milhões de euros. Em Portugal, os alunos de licenciatura e mestrado podem candidatar-se ao Programa de Bolsas Ibero-Americanas e efetuarem um intercâmbio de 6 meses numa Universidade participante. Os professores e investigadores podem usufruir do Programa de Bolsas Santander Investigação, acedendo a estadias de 2 meses – ou, se forem alunos de doutoramento, a bolsas de 4 meses. As candidaturas a cada um dos programas devem ser formalizadas junto dos Gabinetes de Relações Internacionais de cada Universidade e, posteriormente, devem ser submetidas no site www.becas.santander.com, que reúne mais informações sobre os programas. A concessão de bolsas e a mobilidade internacional são dois eixos importantes do apoio do Santander ao Ensino Superior. K

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INVESTIGAÇÃO, ENSINO E OUSADIA

Satélite português com testes marcados para Castelo Branco 6 O novo satélite português deverá estar concluído dentro de dois a três anos e será testado no laboratório do ISQ em Castelo Branco. O investimento é de cerca de nove milhões de euros e o satélite será o primeiro de uma futura constelação de 12 satélites idênticos que serão construídos e lançados nos anos seguintes. Fazem parte deste consórcio nove empresas da área do espaço - Tekever, Active Space Technologies, Omnidea, Active Aerogels, GMV, HPS, Spin Works, entre outras - e dez centros de I&D (investigação e desenvolvimento) de várias universidades e laboratórios de investigação de todo o país que trabalham em espaço, como por exemplo o ISQ que é uma referencia na área da aeronáutica e espaço. O anúncio foi feito ao Ensino Magazine pelo administrador executivo daquele grupo, Correia da Cruz, à margem da apresentaçção do Projeto SIM4.0 - Sistemas Inteligentes de Monitorização para o tecido industrial nacional, num evento que contou com a presença de Erastos Filos, da Comissão Europeia, Luís Correia, presidente da Câmara albicastrense, António Fernandes, vice-presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco e José Páscoa, vice-reitor da Universidade da Beira Interior, entre outros especialistas. De resto, a relação entre o ISQ e o ensino superior foi sublinhada por Correia da Cruz. “Essa ligação é fundamental. O ISQ está numa componente de investigação mais alta, próxima da inovação, das aplicações finais e da sua implementação em casos concretos. Mas precisamos sempre de um conhecimento ao nível de desenvolvimento inicial de projetos e isso tem que ser feito em colaboração com as instituições de ensino superior. Continuamos a receber alunos de mestrado e doutoramento. Tem sido muito importante para nos «alimentar» os recursos humanos, mas também para a utilização da capacidade instalada nas universidades e politécnicos (massa cinzenta) que nos podem ajudar no desenvolvimento dos nossos projetos e programas”. ESPAÇO O satélite será desenvolvido no âmbito do Projeto Infante, aprovado pela Agência Nacional de Inovação (ANI) para ser cofinanciado pelos fundos estruturais da União Europeia. “O ISQ participa neste projeto através da montagem, integração e ensaio desse satélite. E esses ensaios serão feitos em Castelo Branco. O projeto arrancou agora e tem a duração de quatro anos, pelo que dentro de dois deveremos fazer os ensaios”, explica Correia da Cruz. O satélite deverá ser lançado até ao final de 2020. Pedro Matias, presidente do ISQ, em nota enviada à comunicação social, assegurou que “este é o primeiro satélite português totalmente desenvolvido e construído no país. Esta é uma área que conheço bem pois já há alguns anos tinha acompanhado o processo do PoSAT (1993), do professor Carvalho Rodri-

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gues do então INETI que, embora construído por empresas e laboratórios portugueses, era essencialmente um projeto de transferência de tecnologia”. Agora, disse, “a grande novidade foi conseguir preparar um consórcio que envolve praticamente todas as empresas e institutos de investigação que trabalham nesta área em Portugal”. O laboratório de Castelo Branco é hoje reconhecido internacionalmente e tem vindo a realizar ensaios de ponta para as indústrias aeroespacial e aeronáutica. Correia da Cruz dá o exemplo do “desenvolvimento dos componentes do escudo térmico para o vaivém espacial europeu (...) Temos sempre a porta aberta e temos tido solicitações da Agência Espacial Europeia no sentido de estarmos envolvidos noutros programas de ensaios”. Na aeronáutica, os testes para a Embraer, terceiro maior fabricante mundial de aviões, para um novo modelo de asa, também são referência. “O desenvolvimento deste laboratório como um centro de desenvolvimento de produtos é o nosso grande objetivo, colocando a nossa grande capacidade e disponibilidade ao dispor da industria”, explicou Correia da Cruz, enquanto dava mais um exemplo dos ensaios realizados para a industria automóvel (componentes). DIGITALIZAÇÃO Oprojeto SIM4.0 - Sistemas Inteligentes de Monitorização para o tecido industrial nacional, representa uminvestimento global de 572 mil 761,50 euros. O objetivo é chegar às pequenas e médias empresas, permitindo-lhes a transferência de conhecimento no domínio da monotorização inteligente de equipamentos e sistemas, possibilitando também uma maior aproximação com a comunidade científica. Correia da Cruz considera que “este projeto é uma boa contribuição” para que as empresas possam apanhar e acompanhar o comboio do desenvolvimento. “A ideia é tra-

zer experiências de outros setores da indústria e de grandes empresas para a realidade das PME’s e poder implementá-las, noutros setores industriais como a indústria de bens de equipamentos e de componentes, e no agroalimentar”, como refere. “Iremos ter contactos com as empresas e estes eventos servem para isso. Vamos falar com elas para percebermos as dificuldades que têm, para que em conjunto possamos implementar sistemas digitais à resolução dos seus problemas, seja na área da manutenção preventiva, em sistemas industriais e de automação, seja da monitorização de processos”, explica Correia da Cruz. Para Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, “esta transformação é uma oportunidade para as empresas, mas também para nós intervirmos na região”. O autarca falava na sessão de abertura do evento. “É importante percebermos o que está a acontecer com a entrada das tecnologias de informação e comunicação nos diferentes setores, mas também é importante promover uma interligação entre todos. E nisto a autarquia pode ajudar, criando infraestruturas que apoiem um setor ou vários setores”, reforçou, depois de frisar a presença do ISQ na cidade e a disponibilidade da autarquia em continuar a colaborar.

Na sessão de abertura, António Fernandes, vice-presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (e presidente eleito), sublinhou o relacionamento que a sua instituição tem com o ISQ e elogiou o facto do projeto chegar a Castelo Branco. “Deste modo vai colmatar-se alguma falta de informação sobre esta área. As tecnologias de comunicação aumentam a eficácia e a eficiência nas empresas”, disse. Aquele responsável falou também no processo formativo e nas exigências que as empresas e os seus colaboradores terão no futuro: “Os menos qualificados vão desaparecer. Caberá às instituições de ensino dar resposta à formação para as profissões do futuro e nós IPCB estamos disponíveis e empenhados nisso”. Também José Páscoa, vice-reitor da UBI, mostrou-se satisfeito com o projeto, lembrando “que a universidade é parte interessada na transferência de tecnologia”. No encontro, que permitiu a partilha de experiências e de diferentes visões sobre o tema, intervieram diferentes responsáveis, entre os quais Erastos Filos, da Comissão Europeia, mas também Nuno Vieira (COTEC), Rogério Dionísio (ESTCB), Joaquim Menezes (Ibermoldes), António Mira (Siemens) e Miguel Ferreira (Vicort). K


GENTE E LIVROS

EDIÇÕES

Novidades literárias 7 OFICINA DO LIVRO.

Parem Todos os Relógios, de Nuno Amado. O novo romance de Nuno Amado, finalista do Prémio Leya, é uma narrativa fluida e aliciante sobre as consequências do amor, que combina elementos de thriller policial, história de amor e épico familiar. Conta a história da professora de literatura Helena Remington que aos 36 anos apaixonase loucamente por um italiano de visita a Lisboa. O romance entre os dois, intenso e tórrido, é, porém, abruptamente interrompido. Decorridos vinte anos sem notícias de Fabrizio, Helena recebe uma carta da filha dele com um pedido ousado e urgente.

D.QUIXOTE.

A Filha, de Anna Giurickovic Dato. A estreia de Anna Giurickovic Dato é descrita como uma versão moderna de Lolita, sensual, ambígua e perturbante. Ambientada entre Rabat e Roma, a narrativa centra-se na relação entre uma mãe e a sua filha que se veem perante o pior crime de todos: a violenta perda da inocência. Uma história familiar dramática que explora os lados mais sombrios da alma humana com uma maturidade invulgar.

CAMINHO.

Rosa, Minha Irmã Rosa, de Alice Vieira. A Editorial Caminho acaba de lançar uma edição com nova capa para este clássico de Alice Vieira, que integra o Plano Nacional de Leitura. Mariana, filha única, tem dez anos quando Rosa nasce. Agora vai partilhar tudo com a irmã: o quarto, o tempo dos pais, o afeto da família. É um desafio com que a jovem protagonista vai ter de lidar.

TRINTA UMA LINHA.

POR

Rondel de Rimas para Meninos e Meninas, de João Manuel Ribeiro e Anabela Dias. Uma nova edição desta coletânea de vinte e três pequenos poemas ilustrados, que revela influências claras da poesia tradicional, tanto ao nível dos temas tratados como das estruturas formais que os suportam. Esta obra infantil valoriza a componente sonora dos textos, assim como a rítmica e melódica. O livro integra o Plano Nacional de Leitura, recomendado para a educação pré-escolar. K

Chinua Achebe 7 Chinua Achebe (Ogidi - Nigéria, 16 de novembro de 1930 – Boston - EUA, 22 de março de 2013) é um dos principais autores africanos do século XX. Com uma longa carreira, escreveu cerca de 30 livros, desde romances a contos, passando por ensaios e poesia, sendo considerado o pai do romance africano As suas obras destacam-se pelas críticas à política nigeriana, mas retratam também os efeitos da colonização do continente africano pelos europeus e o olhar do Ocidente sobre a cultura e a civilização africanas. Nascido em 1930, Chinua Achebe foi educado no seio de uma família cristã evangélica na cidade de Ogidi, 30 anos antes da Nigéria se libertar do domínio colonial britânico. «Depois de estudar Medicina e Literatura na Universidade de Ibadan, foi trabalhar para a Companhia de Radiodifusão Nigeriana, em Lagos. A sua carreira na rádio terminou de forma abrupta em 1966 ao aban-

Awkacity H

donar o cargo de Diretor de Radiodifusão Externa durante a sublevação nacional e os massacres que conduziram à guerra do Biafra. Escapara por um triz ao confronto com soldados armados que aparentemente

acreditavam que o seu romance ‘Um Homem Popular’ o implicava no primeiro golpe militar na Nigéria», lê-se na sua biografia na Wook. Em 1967, Achebe enveredou numa carreira como académico universitário, ao ser nomeado Senior Research Fellow da Universidade da Nigéria. Tornou-se Professor Emérito em 1985. Lecionou ainda na Universidade do Massachussetts e na Universidade do Connecticut, nos Estados Unidos, e recebeu mais de vinte doutoramentos honorários de várias universidades. Na obra de Achebe, destaca-se «Quando Tudo se Desmorona», o seu primeiro romance, publicado em 1958. Já vendeu mais de oito milhões de cópias e foi traduzido para pelo menos 45 línguas. No plano do romance, seguiu-se «No Longer At Ease» (1960), «A Flecha de Deus» (1964), «Um Homem Popular» (1966) e «Anthills of the Savannah» (1987). Tiago Carvalho _

COIMBRA ESTUDA ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NA AGRICULTURA

É preciso mitigar efeitos 6 Os eventos climáticos extremos “vão ser cada vez mais frequentes e de maior duração e os agricultores vão ter de se adaptar, encontrando novas formas de gestão agrícola e agroflorestal por forma a tornar este setor mais resiliente às alterações climáticas”, afirma o cientista José Paulo Sousa, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), coordenador de uma equipa de investigadores portugueses que participa no estudo internacional ECOSERVE, que está a avaliar os efeitos das alterações climáticas nos processos biológicos do solo. Os primeiros resultados do estudo revelam que uma medida para mitigar os efeitos de eventos climáticos extremos, nomeadamente períodos prolongados de seca, passa pela utilização de variedades de plantas cultiváveis com as caraterísticas mais adequadas para promover o sequestro de carbono no solo, de modo a aumentar o uso eficiente da água e dos nutrientes. Um maior teor de carbono no solo implica uma maior capacidade de o solo reter água e disponibilizá-la para as plantas, logo menor é a necessidade de rega.

O trabalho científico, publicado na revista “Journal of Applied Ecology”, comprovou, também, que o tipo de agriculta praticada influencia o sequestro de carbono no solo. Segundo os investigadores, os sistemas de cultivo orgânicos, sistemas em que a utilização de químicos é muito reduzida e onde os resíduos de uma cul-

tura são utilizados como fonte de matéria orgânica para a cultura seguinte, originam maiores stocks de carbono no solo do que sistemas de cultivo convencionais. O estudo ECOSERVE envolve, além da equipa da Universidade de Coimbra, investigadores de Espanha, França, Holanda, Suécia e Suíça. K

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PRESS DAS COISAS

PELA OBJETIVA DE J. VASCO

RECETOR RK ANYCAST 3 Semelhante ao Chromecast da Google, o RK Anycast é uma alternativa mais acessível. Trata-se de um recetor Wi-Fi que deve ser ligado ao televisor, para transforma uma televisão normal numa smart tv. Assim, o utilizador pode enviar conteúdos multimédia do smartphone ou computador para o televisor, desde vídeos, a música e até jogos. Tem entrada hdmi e usb. Custa 20 euros. K

LINDA MARTINI «LINDA MARTINI»

Na montanha russa 3 E lá fomos nós, primeiro fotografar o ensaio, depois ver o espetáculo “Montanha Russa”, em cena no Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa; eu e os meus alunos e alunas do Curso Profissional de Fotografia, da Escola Secundária Matias Aires. Aprender é ver e fazer, responder a perguntas, encontrar soluções, novos mundos. É isso que fazemos lá para os lados da Agualva Mira Sintra. “Montanha Russa” é um espetáculo sobre as dores de crescimento na adolescência, escrito a partir de “diários de adolescentes”. Encenação de Miguel Fragata, dramaturgia de Inês Barahona, com Anabela Almeida, Bernardo Faria, Carla Galvão e Miguel Fragata, música ao vivo de Hélder Gonçalves, Manuela Azevedo, Miguel Ferreira e Nuno Rafael. Em cena até 27 de março. K

3 Os portugueses Linda Martini estão de volta com um novo álbum, que foi gravado entre outubro e novembro do ano passado, na Catalunha. Os Linda Martini de hoje podem ser Rock e Fado, Fugazi e Variações, Fela Kuti e Afrobeat, Tim Maia e funk, sem nunca soarem a outra coisa que não eles. A banda é composta por André Henriques (voz e guitarra), Cláudia Guerreiro (baixo e voz), Hélio Morais (bateria e voz) e Pedro Geraldes (guitarra e voz). K

PRAZERES DA BOA MESA

Jarret de Borrego da Beira Baixa assada lentamente no forno sobre couve e molho do assado 3Receita para 4 pessoas Ingredientes para: 4 Jarret de Borrego (raça Merina) ou uma Perna de Borrego 50g de Alho seco (10 dentes de alho) 100g de Cebola (1 cebola grande) 1dl de Azeite 1dl de Vinho Branco 1 Folha de Louro 200g de Couve de Caldo Verde 50g de Chouriço 2 Gotas de Óleo Essencial de Esteva AROMAS DO VALADO 400g de Batatinhas novas Q.b. de Sal Q.b. de Pimenta Preta de moinho Preparação: Assar o jarret temperado com metade do alho, o louro, sal, metade do azeite, o óleo essencial de esteva, a cebola, a 140º C, durante duas horas. Regar com o vinho branco à medida que for necessário. Refogar alho no azeite restante, juntar o chouriço até libertar os sucos. Adicionar a couve em juliana e temperar de sal e pimenta.

028 /// MARCO , 2018

Chef Mário Rui Ramos _ Chef Executivo

Lavar as batatinhas e cortar em quartos no sentido longitudinal. A 45 minutos do término do assado, juntar as batatinhas temperadas, envolvendo-as no preparado para que tomem o gosto. Empratar e servir. K Receita criada no âmbito da investigação da utilização de óleos essenciais na cozinha, do livro “Geoaromas, A Inovação na Gastronomia – Receitas”, IPCB, Edição RVJ Editores; Apoio: Alunos das aulas práticas de cozinha (IPCB/ESGIN); Sérgio Rodrigues e alunos de fotografia (IPCB/ESART); Helena Vinagre (Aromas do Valado).

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BOCAS DO GALINHEIRO

Nick’s movies 7 Nicholas Ray é, sem sombra de dúvidas, um dos realizadores que se descobrem a cada filme que vemos, ou revemos. Podia começar por esse monumento que é “Johnny Guitar”, de 1954, com Sterling Hayden e Joan Crawfor, que é como quem diz Johnny e Vienna, cinco anos depois de um grande amor? Ou pelo menos amantes. Ela dona de um saloon e tem um novo amante, Dancing Kid (Scott Brady). Mas também uma fita de recordações, amores e desencontros, ódio, de Emma e Vienna, por causa de Kid, e morte, muitas mortes. Na altura foi desancado pela crítica, não pelo público (onde é que já vimos isto) e como muitos filmes e realizadores americanos dos anos 50, será resgatado pelos Cahiers, via François Truffaut, alcandorado a cult movie Antes de voltarmos às suas grandes obras, que foram muitas, lembremos “Lightning Over Water” ou “Nick’s Movie”, uma espécie de diário a duas vozes sobre os últimos momentos do realizador, uma das mais estranhas e comoventes homenagens a Nicholas Ray, que morreria pouco tempo depois vitima do cancro que o destruía, num documentário que filma com Wim Wenders (Wenders conheceu e admirava Ray e tinha-o convencido a participar como actor num dos seus filmes, “O Amigo Americano” em 1977), um filme que nos mostra as suas últimas semanas de vida, algumas no hospital, e a cena final de um barco, no rio Hudson, que transporta as suas cinzas E é nesta obra, estreada já depois da morte de Ray que aparecem excertos do filme que escolheu para ser visto na homenagem que lhe fizeram no Vassar College, e um dos seus filmes favoritos e que dirigiu em 1952 para a RKO “The Lusty Men” (Idílio Selvagem), a história de um veterano dos rodeos, Jeff McCloud (Robert Mitchum) e um candidato a campeão, Wes Merrill (Arthur Kennedy), e a mulher deste Louise, Susan Hayward, por quem Mitchum se apaixona e lhe propõe partir com ele. Perante a nega dela vinga-se em Wes, na luta, e nos rodeos, até um acidente fatal. Morre nos braços de Louise, que com Wes parte à procura de uma nova

IMDB H vida. Um filme sobre a solidão, mesmo dos que aparentemente têm companhia, sobre a ambiguidade das relações. Mais um, dos muitos filmes de Ray em que o fio condutor são as relações humanas, seja qual for a forma porque se manifestam. E daqui podemos dar o salto para mais duas obras-primas do realizador, “Bitter Victory” (Cruel Vitória, 1957) e “Rebel Without a Cause (Fúria de Viver,

1955). No primeiro temos o triangulo Richard Burton (Capitão Leight), Curd Jurgens (Major Brand) e Ruth Roman (Jane Brand). Burton e Ruth amaram-se, mas Ruth casou com Jurgens. Reencontram-se em Bengazi,em plena II Guerra Mundial, onde os soldados preparavam uma operação sobre o quartel-general alemão para se apoderarem de documentos secretos. O major só mais tarde vem a saber do passado de ambos. E

é sem quaisquer escrúpulos que, sem nada fazer, deixa um escorpião picar fatalmente Burton. Vingou-se, mas é Burton, que perante uma tempestade de areia se coloca sobre o corpo do “inimigo”, salvando-lhe a vida. Quando Ruth sabe que o marido nada fez para evitar a morte de Burton, deixa-o. Uma exploração sublime de sentimentos contraditórios, em que no fim saem todos a perder. Em “Fúria de Viver”, voltam a ser três: James Dean (Jim Strk), Sal Mineo (Plato) e Natalie Wood (Judy). Um trio que se desfaz, ficam Judy e jim, e Plato à deriva, até ao trágico desfecho final. Pelo meio destemidas corridas de carros, também com final nada feliz. Outro dos filmes do director que merece nota alta é sem dúvida “In a Lonely Place” (Matar ou não Matar, 1950), a segunda colaboração de Nicholas Ray com Humphrey Bogart, o outro foi outro filme negro, tal como este, “Knock on any Door”. Bogart é Dixon Steele, um argumentista de cinema em crise criativa, assolado por acessos de violência, o que o transforma em suspeito número um do assassinato de Mildred (Martha Stewart). Acossado pela polícia encontra em Laurel (Gloria Grahame), na altura mulher de Ray, apesar de já não viverem juntos, separaram-se mesmo durante a rodagem, o amor que lhe traz de volta a vontade de escrever. Até que volta à policia, e o seu eu violento volta ao de cima, bem como a sua dificuldade de relacionamento. O que acaba por destruir aquela bela relação. Um grande filme de Ray, mas também de Bogart, que para o caso também foi o produtor. Por isso Godard disse um dia que “e o cinema é Nicholas Ray!”. “Bigger Than Life”, “King of Kings”, ou mesmo “55 Days at Peking”o maior fracasso da sua carreira, a primeira e única incursão de Ray nas super produções de Hollywood, e outros, mereceriam um olhar mais atento. Quando a ele voltarmos. Até à próxima e bons filmes! K Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico

Luís Dinis da Rosa _

CIDADES “MAIS AMIGAS” DOS PEÕES

Minho com soluções 6 A Universidade do Minho lidera a conceção de um sistema de navegação que pretende melhorar a circulação dos peões nas principais cidades europeias. Esta tecnologia promete revolucionar o modo como nos deslocamos nos espaços urbanos, considerando critérios como a preferência e a segurança dos transeuntes. Vai ser testada no Porto e em Bolonha, na Itália, podendo ser implementada mais tarde noutras cidades do mundo. O projeto, intitulado ‘Smart Pedestrian

Net - Smart Cities are Walkable’, visa o desenvolvimento de um modelo capaz de avaliar e otimizar as condições para andar a pé em cidades europeias. “Este modelo pioneiro vai orientar as metrópoles para as pessoas, colocando o modo pedonal como uma dimensão fundamental das cidades inteligentes e inclusivas”, explica o coordenador Rui Ramos, do Centro de Território, Ambiente e Construção (CTAC). O sistema será avaliado numa primeira

fase em duas cidades-piloto, com o objetivo de direcionar as suas políticas de planeamento urbanas e de transportes. O estudo implica ainda a avaliação das condições oferecidas por estes espaços aos peões e a auscultação do custo e dos benefícios da promoção do modo pedonal. Os investigadores do projeto defendem que apostar neste tipo de deslocação é essencial para se tornar a mobilidade mais sustentável, para se incutirem estilos de vida mais saudáveis e para se melhorar a

qualidade do ambiente urbano. Além da UMinho, o projeto envolve a Universidade de Bolonha, a Universidade Europeia de Chipre e a Associação para o Desenvolvimento Sustentável e Inovador em Economia, Ambiente e Sociedade (Áustria). Foi aprovado pela Cofund Smart Urban Futures no âmbito da Joint Programming Initiative Urban Europe, um programa lançado pela Comissão Europeia, e conta com um financiamento de cerca de um milhão de euros até 2020. K

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UNESCO

O Mundo inteiro na escola 7 A Escola Internacional de Aljezur tem a particularidade de ser uma pequena escola, localizada numa área rural do Sul de Portugal, com mais de vinte nacionalidades diferentes entre os alunos e professores. O mundo inteiro cabe na nossa escola e, como tal, integrar a Rede de Escolas Unesco fazia todo o sentido para estabelecer uma rede de contatos e parcerias com outras escolas, exemplos de outras realidades e com outras experiências para partilhar. Passar a pertencer à Rede de Escolas Unesco foi um importante passo concretizado em 2015. Assim, foi possível contatar com projetos de outras escolas e partilhar outros, nos quais a escola estava envolvida. A Descobrir Memórias foi um dos projetos que envolveu várias visitas regulares ao Lar da Santa Casa da Misericórdia local, com vista ao apadrinhamento dos utentes que se disponibilizaram para entrevistas realizadas pelos alunos, que foram depois convertidas em biografias e quadros a carvão. Esta atividade culminou com um lanche convívio entre alunos e os utentes idosos do Lar e uma parceria estabelecida para futuros projetos. Após a participação numa recolha de roupas, para refugiados abrigados nas ilhas gregas, tomamos contato com uma ONG Bridge of Peace Syria, que nos passou a informação de que um professor sírio de Literatura Inglesa estaria a precisar de apoio e palavras amigas. Desde esse momento, já lá vão três anos, encetamos esforços para manter uma

comunicação regular via skype com Abdulkader (Abdo) Almurie, diretor do Infantário Alwan Kindergarten. O infantário localizado em Hass, Província de Idlib, infelizmente também atingido pelos bombardeamentos, deixou de funcionar após a morte de um aluno e de uma funcionária. Contudo, o diretor e os seus professores decidiram levar a cabo um

Projeto de Educação em Risco com vista a salvar a vida de crianças, ao ensinálas através de dramatizações, panfletos e sessões de esclarecimento a não tocarem em detritos dos bombardeamentos. Os alunos da nossa escola continuam a ter um papel ativo seja na sugestão de atividades a levar a cabo junto das crianças sírias nas sessões de skype, seja na

angariação de fundos para o projeto do professor Abdo e, nesse âmbito, organizaram uma caminhada solidária para toda a comunidade. Recentemente, foi estabelecido contacto com o projeto da portuguesa Marta Baeta From Kibera with Love que tem vindo a resgatar crianças da favela para lhes oferecer a possibilidade de acederem à educação nas escolas da cidade de Nairóbi, ao plano de vacinação e ao acesso a uma alimentação equilibrada. Os meninos que fazem parte do projeto da Marta têm trocado, com os nossos alunos, cartões com mensagens de apoio, ilustrações e fotografias. A preocupação ambiental enquadrase no dia-a-dia da nossa escola, particularmente pelo facto de estarmos inseridos numa zona sensível de proteção como é o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Para tal, mantemos uma horta biológica e os alunos têm no seu currículo aulas de agricultura. Temos ainda acesso a um pequeno ribeiro, aonde os alunos já tiveram oportunidade de verificar a qualidade da água com as indicações e ajuda de técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente. O Mundo inteiro cabe na escola e à escola cabe abrir todas as portas e janelas para ser um motor de evolução da sociedade, em termos de valores e atitudes! K Sílvia Catarino _ Coordenadora do projeto escola associada da UNESCO

NOVIDADES DO SETOR AUTOMÓVEL MERCEDES CLASSE A CHEGA EM MAIO 3 O novo Mercedes-Benz Classe A chega a Portugal em maio. As linhas mais agressivas do modelo de terceira geração foram agora substituídas por uma estética mais elegante e madura. Entre as novidades do novo Classe A, destaque para o MBUX: o Mercedes-Benz User Experience, um sistema multimédia com capacidade para aprender graças à Inteligência Artificial. Além disso, tem um bloco Diesel A 180 de 1.5 litros (de origem Renault), que agora conta com 116 CV de potência e um novo quatro cilindros a gasolina 1.4 com 160 CV e o bloco a gasolina A 250 de 2.0 litros com 224 CV. K

FORD LANÇA NOVO MUSTANG 3 O novo Ford Mustang já foi apresentado, mais elegante e tecnologicamente mais avançado. O desportivo surge com um visual mais atlético, evoluções ao nível dos motores e da suspensão, novos e mais avançados conteúdos tecnológicos de assistência à condução e mais opções de personalização. Está disponível em carroçarias fastback e descapotável. As tecnologias de assistência à condução do Mustang, que incluem assistência à pré-colisão com deteção de peões e ajuda à manutenção de faixa. K

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DACIA LODGY A PARTIR DOS 13.950 EUROS 3 A última versão do Dacia Lodgy já está disponível no mercado português. O monovolume tem uma nova modularidade na terceira fila de bancos, uma particularidade que permite ao monovolume ter 5, 6 ou 7 lugares, dependendo da conveniência do momento. O Dacia Lodgy está disponível a partir dos 13.950 euros, com as motorizações a gasolina TCe 115,Diesel dCi 110 e bi-fuel SCe 100 Bi-Fuel (gasolina/GPL). K


MINISTÉRIO EQUACIONA

Licenciaturas pré-Bolonha equiparadas a mestrados pós-Bolonha 6 O Governo quer equiparar “para todos os efeitos legais” os bacharelatos e licenciaturas pré-Bolonha a licenciaturas e mestrados pós-Bolonha, respetivamente, uma alteração integrada na revisão do regime jurídico e diplomas e graus académicos. A notícia foi anunciada pelo próprio ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, em entrevista à rádio pública Antena 1 e mais tarde reconfirmada à Agência Lusa, conforme foi divulgado na imprensa. O Ministério refere que “em virtude de diversas questões colocadas a propósito da igualdade de acesso a concursos públicos por parte dos detentores de graus académicos obtidos em momento anterior à implementação do Processo de Bolonha, bem como da melhor comparação internacional das competências dos diplomados em Engenharia em Portugal, será inserida no decreto-lei que estabelece o regime jurídico de graus e diplomas (atualmente em discussão pública) uma disposição que estabelece a equiparação. A proposta do novo re-

gime jurídico de graus e diplomas encontra-se em discussão pública, tendo sido aprovada em Conselho de Ministros a 15 de fevereiro. Nesse Conselho de Ministros foi aprovado um conjunto de propostas legislativas na área da ciência, tecnologia e ensino superior, as quais pretendem ir ao encontro das conclusões de um relatório de avaliação a estas áreas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) recentemente divulgado. No mesmo comunicado, o Ministério do Ensino Superior revela que “é importante realçar” que “não se trata da atribuição de um grau académico mas do reconhecimento que os graus obtidos anteriormente à implementação do Processo de Bolonha têm a mesma validade que os graus obtidos ‘a posteriori’ desse processo, dado estar em causa o mesmo tempo de formação”. Muitas licenciaturas préBolonha tinham a duração de cinco anos, o mesmo tempo de formação atualmente necessário para concluir um mestrado no regime

pós-Bolonha, que instituiu licenciaturas de três anos e mestrados, que podem ser integrados, de dois anos. A tutela sublinha ainda

que a alteração proposta se reveste de particular importância para os cursos de Engenharia, mas é aplicável a todas as áreas de formação.

“A equiparação é válida para todos os efeitos legais: aí se incluem concursos de recrutamento, concursos para ingresso em ciclos de

estudos e todas as outras dimensões do quotidiano em que seja exigido o grau de licenciado ou de mestre”, refere a nota do Ministério K

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NA ESECS

Leiria debate educação física 6 Os professores e profissionais de educação física reuniram-se no dia 23 de março, para trazer ao debate a importância da disciplina de educação física na formação dos estudantes, e na relevância da sua contabilização para a média final do ensino secundário e de entrada no ensino superior. O encontro “A avaliação e a disciplina de educação física – desafios atuais e futuros” decorreu na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria (ESECS/IPLeiria). O encontro foi organizado pelo Conselho Na-

cional das Associações de Professores e Profissionais de Educação Física (CNAPEF), e pela Associação de Profissionais de Educação Física do Distrito de Leiria (APEFIL) em cooperação com a ESECS/IPLeiria. David Silva, diretor da APEFIL destacou a premência de trazer o assunto ao debate público. “É absolutamente fundamental debater esta questão, e formalizar o que foi anunciado há mais de um ano. É essencial recolocar o estatuto classificativo da Educação Física em situação de paridade com as restantes disciplinas do currículo”, disse. K

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oferta formativa CteSP / LiCenCiaturaS / meStradoS / PóS-GraduaçõeS /

cursos técnicos supEriorEs profissionais (ctesp) Escola supErior aGrária

Análises Químicas e Biológicas Cuidados Veterinários Desporto Equestre e Equinicultura Energias Renováveis Produção Agrícola Proteção Civil Recursos Florestais

Escola supErior dE Educação

Escola supErior dE artEs aplicadas

Animação Sociocultural Aplicada à Gerontologia Assessoria e Comunicação Empresarial Desporto Recreação Educativa para Crianças

Comunicação Audiovisual

Escola supErior dE tEcnoloGia

Automação e Gestão Industrial Desenho e Modelação Gráfica Desenvolvimento de Produtos Multimédia Fabrico e Manutenção de Drones Instalações Elétricas e Telecomunicações Reabilitação do Edificado Redes e Sistemas Informáticos Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação

Escola supErior dE GEstão

Comércio Eletrónico Gestão Empresarial Organização e Gestão de Eventos Restauração e Bebidas

licEnciaturas Escola supErior aGrária

Escola supErior dE Educação

Agronomia Biotecnologia Alimentar Engenharia de Protecção Civil Enfermagem Veterinária Produção de Alimentos e Nutrição Humana

Desporto e Actividade Física Educação Básica Secretariado Serviço Social

Escola supErior dE artEs aplicadas

Gestão Gestão Comercial Gestão Hoteleira Gestão Turística Solicitadoria

Design de Comunicação e Audiovisual Design de Interiores e Equipamento Design de Moda e Têxtil Música - variante de Canto Música - variante de Formação Musical Música - variante de Instrumento Música - variante de Música Electrónica e Produção Musical

Escola supErior dE saúdE dr. lopEs dias

Ciências Biomédicas Laboratoriais Enfermagem Fisiologia Clínica Fisioterapia Imagem Médica e Radioterapia

Escola supErior dE GEstão

Escola supErior dE tEcnoloGia

Engenharia Civil Engenharia das Energias Renováveis Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações Engenharia Industrial Engenharia Informática Tecnologias da Informação e Multimédia

mEstrados / pós-GraduaçõEs Escola supErior aGrária

Engenharia Agronómica Engenharia Zootécnica Inovação e Qualidade na Produção Alimentar Protecção Civil / Pós-Graduação*

Escola supErior dE tEcnoloGia

Comunicações Móveis Construção Sustentável Desenvolvimento de Software e Sistemas Interativos Design e Fabrico Integrado por Computador / Pós-Graduação* Reabilitação Sustentável de Edifícios/ Pós-Graduação*

Escola supErior dE artEs aplicadas

Construção de Cordofones / Pós-Graduação Design de Interiores e Mobiliário Design do Vestuário e Têxtil Design Gráfico Ensino de Música Música

Escola supErior dE GEstão

Gestão de Empresas Gestão de Negócios / Pós-Graduação*

Escola supErior dE Educação

Atividade Física Administração Escolar / Pós-Graduação Educação Especial - Domínio Cognitivo e Motor Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico Ensino de Inglês no 1.º Ciclo do Ensino Básico Gerontologia Social / ESECB/ESALD Intervenção Social Escolar Supervisão e Avaliação Escolar

Escola supErior dE saúdE dr. lopEs dias

Cuidados Paliativos Feridas / Pós-Graduação

* Ensino a distância

032 /// MARCO , 2018

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