Dezembro 2018 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XXI K No250 Assinatura anual: 15 euros
www.ensino.eu Distribuição Gratuita
Boas Festas
Carvalho da Silva, Sociólogo
“Dignidade no trabalho não existe sem sindicatos”
poltécnico de Castelo Branco
Artes e Gestão assinalam aniversário C
Foi sindicalista durante 25 anos. Carvalho da Silva, sociólogo, alerta para tentativas de retrocesso nos direitos dos trabalhadores. O ex-líder da CGTP defende ainda maior cooperação entre o ensino superior e as empresas.
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leiria
Inclusão é prioridade C
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guarda
Joaquim Brigas toma posse
PVU Santander
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Solidariedade de Portalegre a Trás-os-Montes
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Car Service
Boas Festas
José Carlos Pinheiro, Lda Oficina Multimarca
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Nova Zona Industrial Castelo Branco Tel/Fax: 272 322 801 nº verde: 800 50 40 30 www.boschcarservice.pt - mail: jcp@boschcarservice.pt
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universidade Entrevista
syro é a nova voz da música portuguesa C
P Ensino jovem
UBI sobe nos rankings C
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évora e macau criam
Tradutor para chinês rvj-editores
“Receita das Avós” em livro inédito
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pub
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Carvalho da Silva, sociólogo
“É preciso dar qualidade ao emprego” 6 O ex-líder da CGTP afirma que as universidades e os politécnicos estão mais atentos às necessidades das empresas, mas entende, ao mesmo tempo, que a cooperação e a articulação deve ser ainda mais ampliada. Após a saída da “troika” e do governo Passos Coelho, a chamada “geringonça” gerou uma situação de uma relativa estabilidade política. Pode-se dizer que, neste momento, vivemos um clima de paz social? De certa forma, sim, mas é preciso uma análise mais profunda. Em primeiro lugar, esta solução governativa, apesar do Presidente da República de então não gostar dela, resultou de uma aceitação por parte das forças de esquerda que este percurso era possível. Outro ponto que quero destacar Publicidade
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é que na sociedade não houve uma dinâmica social contrária a esta solução. Para além disso, rapidamente se registou um reconhecimento e confiança por parte das forças económicas, sociais e culturais da viabilidade na condução deste processo de entendimento à esquerda, ao contrário do que se propagandeava em certos meios
dominantes na comunicação social. Isto são motivos para uma estabilidade na sociedade portuguesa, onde a componente laboral é apenas uma parte. Tem dito que não é possível termos um investimento capaz enquanto tivermos de suportar os valores do serviço da dívida. Acha que devíamos seguir
o exemplo da Itália e bater o pé a Bruxelas? O peso político de Portugal e da Itália são bem diferentes. O facto de Mário Centeno ser também presidente do Eurogrupo é meramente circunstancial. Manter o nível de despesa que temos com a dívida como ela está hoje, e querermos introduzir políticas de investimento que impulsionem um desenvolvimento acelerado é um exercício quase impossível. É uma espécie de quadratura do círculo. Numa primeira fase o Governo deu a sensação de se distanciar do seguidismo face às políticas europeias e foi afirmando políticas com algum grau de autonomia, mas na minha opinião manteve, de uma forma geral, um nível de alinhamento com a União Europeia que não precisava de ter. Em algumas áreas espe-
cíficas podia ter exposto com mais vigor os limites. Não estou a falar de rutura. Portugal não ia armar-se em D. Quixote, mas era possível forçar limites e demonstrar que os portugueses têm direito a melhor saúde, educação, etc. Em que áreas defende mais investimento? Nós precisamos mesmo de mais investimento privado e público. Normalmente o público puxa pelo privado, o que quer dizer que é preciso arranjar forma de arranjar mais investimento público. Por vezes assiste-se a um discurso em que se tenta fazer crer que um certo investimento tecnológico resolve tudo. Não nos iludamos. É preciso esse, mas a divisão internacional do trabalho, vinda do domínio das tecnologias, como aconteceu ;
noutros períodos históricos, não coloca os países todos em pé de igualdade. E Portugal corre o risco de ter investimento estrangeiro dirigido às áreas tecnológicas com um caráter predador e não como catapultador do desenvolvimento da sociedade nacional.
há sempre fatura. Ao pagar IVA que vai para o Estado é imperioso que exista um comprovativo. Depois, um quarto aspeto, existem acertos que são necessários fazer no sistema fiscal, de modo a propiciar mais justiça, nomeadamente ao nível dos escalões, benefícios, etc.
A carga fiscal continua a asfixiar particulares e empresas. Há margem para reduzir impostos? Quando se baixa impostos, em regra está-se a ir ao bolso por outro lado. Em primeiro lugar, não há um país com um nível de prestação de direitos fundamentais aos cidadãos com qualidade sem contribuição destes. Como sabemos os países mais desenvolvidos têm cargas de impostos elevadas. Segundo ponto, não se deve gerar na sociedade portuguesa esta pedinchice contínua para a diminuição dos impostos. Deve-se procurar ajustar as políticas fiscais para que o mais possível cada indivíduo pague, em cada ano, os impostos inerentes aos rendimentos que obteve nesse mesmo ano, independentemente da fonte de rendimento. Terceiro aspeto: era importante que certos empresários e grandes grupos pagassem aquilo que devem pagar e que houvesse um combate à economia paralela. Confesso que me choca quando me fazem a pergunta: «Quer com ou sem fatura?». Isto não faz sentido. Era preciso criar no país o princípio permanente de que
Considera o Orçamento do Estado para 2019 , um documento eleitoralista? Para eleitoralista é, por assim dizer, muito apertado. Este continua a ser um Orçamento de pequenos passos em relação a políticas sociais, nomeadamente atualizações minúsculas das reformas, política laboral e investimento, etc. São passos positivos e que ajudam à mobilização da sociedade e à criação de uma dinâmica positiva no incremento da atividade económica, mas cada vez mais o país aproxima-se da necessidade imperiosa de mudanças mais profundas e estruturais. Este documento não tem sustentação para mudanças estruturais mais profundas. A que mudanças estruturais se refere? Nomeadamente ao nível da economia. O Orçamento podia dar sinais se estamos a mudar de agulha em relação à matriz de desenvolvimento. E a verdade é que não dá. Continuamos a perspetivar o nosso equilíbrio a partir da existência de dinâmica económica centrada no turismo e em setores de
pouco valor acrescentado. Aqui e ali, em alguns setores, vê-se uma melhoria salarial e qualitativa, nomeadamente ao nível da incorporação tecnológica, mas essa tónica ainda não é predominante na dinâmica geral. É um Orçamento que não perspetiva, por exemplo, as mudanças tecnológicas em curso, nem uma aposta suficiente no sistema de ensino, educação e ciência que apontem para um novo tempo. Falta uma estratégia nacional de desenvolvimento? Ela não existe, mas se existisse resultaria de uma confluência de múltiplas políticas, assente num pensamento coerente e sustentado, traduzido em políticas públicas concretas que contribuíssem para essa mudança de matriz. Dou um exemplo: ao longo do tempo tem havido um discurso simplista sobre o turismo. É muito importante que tenhamos um bom volume de turismo, mas é imperioso que se procure melhorar a sua qualidade e utilizar os ganhos do turismo para dinâmicas que gerem, em setores que lhe são conexos, alterações qualitativas. O Primeiro-Ministro introduziu no último ano o tópico da «qualidade do emprego como grande desafio». Mas este tópico é indissociável da conjugação de políticas salariais, políticas laborais, políticas de habitação para atrair os jovens, políticas de mobilidade, etc. Só com este trabalho é que
a matriz de desenvolvimento do país se pode alterar. Como se cria emprego de qualidade em Portugal? É preciso criar emprego de qualidade ou dar qualidade ao emprego que temos. No plano nacional e mundial o que se constata é que a indústria, no conjunto dos setores de atividade, continua a ser o que mais puxa positivamente pela qualidade do emprego. E quanto mais se afirmar o Estado social de direito democrático mais obriga a criar emprego de qualidade na sociedade. O Estado é e será, inquestionavelmente, um dos grandes impulsionadores do emprego de qualidade. O sistema de ensino, nomeadamente ao nível do superior, está direcionado para satisfazer as necessidades das empresas em termos de recursos humanos? Primeiro ponto: no que diz respeito ao ensino, Portugal avançou muito em democracia. O nível de atraso em 1974 era absolutamente chocante no contexto europeu e em certo período com muito sacrifício das famílias. Lembro-me que o aumento do número de licenciados em Portugal acontece na década de 90, coincidindo com o “boom” das faculdades privadas. As camadas intermédias, que conseguiram colocar os seus filhos nas universidades, pagaram e bem esse esforço. ;
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Apesar dos progressos educativos, as fragilidades continuam à vista… O nível de formação pré-escolar apresenta muitos défices, o ensino secundário tem um grande nível de retenção e a percentagem dos que transitam para o superior ainda é muito mais baixa do que devia ser. As universidades apresentam um nível de reprovação nos primeiros anos que também é indicador de debilidades. Por seu turno, o incremento do ensino profissional foi uma boa aposta, mas isso tem de ser acompanhado por uma mudança de formações e perfis. E há outro problema que queria destacar: assiste-se a uma secundarização das ciências sociais e humanas na formação das pessoas e a sociedade do futuro vai exigir muito mais do que se poderia imaginar neste campo. As ciências sociais e humanas vão integrar-se no campo das formações mais especializadas e diversificadas ao longo da vida, articulando o que é mais tecno com o que é mais social. O ensino superior e as empresas têm encurtado o fosso que os separava? As universidades e os politécnicos estão mais atentos às necessidades das empresas. Mas a cooperação e a articulação deve ser ainda mais ampliada. O que acontece é que a maior parte dos pedidos feitos pelas empresas são para hoje ou para ontem e as universidades não podem funcionar como oficinas de produção em série. As universidades têm a preparação de gerações projetando o futuro. É fundamental o mapeamento das grandes tendências e contratendências da trajetória da inovação tecnológica à escala mundial, da observação do que é a realidade tecnológica do país, etc. A economia portuguesa está em arrefecimento, apesar do desemprego ter estabilizado… Sim, mas a taxa oficial de desemprego esconde muitas debilidades do ponto de vista da qualidade do emprego. São as precariedades e as inseguranças múltiplas. São os recibos verdes, os trabalhos temporários, as subcontratações em situações de sobre-exploração injustificadas, etc. Foi sindicalista durante 25 anos. Como seria o emprego em Portugal, e no mundo, já agora, sem os sindicatos? O último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre o trabalho digno em Portugal, apresentado há poucas semanas é claro. O tripé que sustentou a dignidade no trabalho foi este: a liberdade sindical, a negociação coletiva e o direito de trabalho. Isso hoje está profundamente posto em causa. A outra sustentação foi a luta das sociedades contra a exploração desmedida e pela justiça social, que levou à não aceitação do trabalho escravo e do trabalho infantil, os salários mínimos, etc. Isto tudo para dizer que o caminho da dignidade do trabalho não existia sem sindicatos. E o que assistimos hoje, e também nos países desenvolvidos, é
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Isto tem de ser regulado. Mas há outros aspetos, diretamente ou indiretamente relacionados, que também devem merecer a atenção de todos e ter reflexos na legislação do trabalho. Trabalhar de dia ou de noite não é a mesma coisa. Trabalhar num horário normal ou extraordinário não é a mesma coisa. Trabalhar aos soluços ou em contínuo não é a mesma coisa. O trabalho por turnos ou extraordinário não é o mesmo que o trabalho das 9 às 5 ou em horário normal.
a tentativas de retrocesso enorme que passa, nomeadamente, pela tentativa de eliminar o direito do trabalho. Dizer que na lógica da “uberização” da sociedade são todos colaboradores de plataformas é uma completa fraude. Isto é a consequência da onda neoliberal que varre o mundo e faz lembrar os desequilíbrios verificados no século XIX. Fala-se muito do «direito a desligar» e inclusive muitas empresas já adotaram essa medida. Como equilibrar as obrigações profissionais e o usufruir da vida fora do local de trabalho? Estamos a caminhar para um permanente caos entre tempos de trabalho e não trabalho. A vida tem dois pilares fundamentais: a saúde e o tempo. Nós só temos um corpo e a saúde do nosso corpo depende do que fazemos com ele durante todo o tempo. Não pode-
mos permitir que o trabalho seja organizado de forma a subverter o princípio do direito a proteger a nossa saúde. Segundo ponto: o tempo é das pessoas. O tempo do trabalho é cedido pela pessoa à entidade patronal a troco de uma compensação, mas ele não pode perder controlo sobre esse tempo, senão baralha-lhe o resto da vida. Dele e dos que o rodeiam. Não se pode aceitar este rolo compressor que quase obriga as pessoas a estarem 24 sobre 24 horas disponíveis ao serviço da empresa. É um absurdo. Ou como alguns tecnólogos fundamentalistas defendem, o facto de se poder trabalhar em vários períodos do dia e de formas diversas deixou de se poder definir o tempo do trabalho e do não trabalho. Não pode ser assim! Pensa que iremos legislar este tema num futuro próximo?
CARA DA NOTÍCIA 6 De sindicalista a investigador Manuel Carvalho da Silva nasceu na freguesia de Viatodos, em Barcelos, a 2 de novembro de 1948. Foi líder da CGTP-IN durante 25 anos, entre 1986 e 2011. Em representação da central sindical foi membro do Comité Executivo da Confederação Europeia de Sindicatos e do Conselho Económico e Social, onde dirigiu a Comissão Especializada Permanente da Política Económica e Social. Foi ainda membro do conselho consultivo da Universidade Aberta e do Instituto da Educação e Psicologia da Universidade do Minho, e presidente da Assembleia-Geral do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Elétricas do Norte e Centro. Após ter retomado os estudos, Carvalho da Silva licenciou-se em Sociologia no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa da Universidade de Lisboa (2000), apresentando uma dissertação com o título “Ação social - transformação e desenvolvimento”, abordando problemas laborais vividos no complexo industrial da Grundig, em Braga e no Vale do Ave. Dando continuidade à sua formação académica, defendeu em 2007, também no ISCTE-IUL, a sua dissertação de doutoramento, com o título “A centralidade do trabalho e ação coletiva – Sindicalismo em tempo de globalização”. Atualmente é investigador do Centro de Estudos Sociais, sendo coordenador do seu polo de Lisboa. Foi ainda professor catedrático convidado, durante seis anos, da licenciatura em Sociologia da Universidade Lusófona. K
As gerações atuais estão completamente seduzidas pelos aparelhos tecnológicos. Como evitá-los? Por isso eu digo que as próximas gerações vão ter um combate muito intenso. Vão ter de encontrar formas de evitar que os tornem escravos. Muitas das teorias em torno das novas tecnologias e dos impactos do digital, da robotização ou da inteligência artificial, induzem-nos para lógicas de nos porem a trabalhar como máquinas e no prolongamento das máquinas. As gerações de hoje estão em modo de sujeição à dinâmica do tecnológico. E vão ter de fazer uma inversão, fazendo prevalecer o direito do ser humano, nomeadamente o direito à cidadania, à participação cívica e política, direito ao lazer, à cultura, etc. O próprio direito ao não trabalho. Estou convicto que as próximas gerações vão travar uma luta intensa para salvaguardar a sua dimensão social e humana. Está em curso o debate sobre a definição do salário mínimo para 2019. Patrões e sindicatos continuam a não entender-se… Antes de falar do salário mínimo, é preciso falar do estado da economia e dos salários praticados. Considero que o problema mais grave surgido na sociedade portuguesa nos últimos 12 anos foi a emigração. Perdemos parte de uma geração, ainda por cima com muitas formações de base, e isso é a maior tragédia do governo PSD/CDS e da “troika” que foram criminosos contra os interesses dos portugueses. Precisamos de travar essa sangria que ainda se regista, atraindo os que saíram e outros – jovens – que queiram cá ficar. É preciso romper com a cultura de baixos salários. A lógica miserabilista de salários que se criou na sociedade portuguesa não se compadece com um quadro de jovens qualificados e que serão quadros altamente competentes do futuro em áreas cruciais como a tecnologia, a inovação e o conhecimento. O impulso recente dado ao nosso salário mínimo foi positivo, mas a nossa vizinha Espanha fez agora, de uma só vez, um impulso maior do que o somatório das nossas atualizações em vários anos (NDR: Dos 735 euros para os 900 euros). Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H
Engenharia, Tecnologia e Informática
UBI sobe nos rankings
Com Menções Honrosas
FCS-UBI distinguida 6 Dois trabalhos de investigação da área da Farmácia com origem na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCSUBI) foram distinguidos no âmbito do Prémio Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares – IPSEN 2017/2018, com Menções Honrosas atribuídas na 11.ª Semana/XI Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH), que teve lugar entre os dias 21 e 24 de novembro, Centro de Congressos do Estoril. Manuel Passos Morgado é o autor principal de ‘Manual de informação a dispensar ao doente oncológico pelos Serviços Farmacêuticos Hospitalares’ e ‘Manual de preparação e administração de antineoplásicos e imunomoduladores injetáveis na terapêutica oncológica’, cuja qualidade foi reconhecida. De acordo com o docente da UBI, são “obras com interesse na área da te-
rapêutica medicamentosa e da segurança do doente oncológico”, que têm como potenciais utilizadores “os profissionais de saúde e, também, os alunos da área das Ciências da Saúde”. O ‘Manual de informação a dispensar ao doente oncológico pelos Serviços Farmacêuticos Hospitalares’, dos autores Manuel Passos Morgado, Maria Ramos e Sandra Passos Morgado, foi desenvolvido no âmbito da dissertação de mestrado do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (FCS da UBI), da mestranda Maria Ramos. O ‘Manual de preparação e administração de antineoplásicos e imunomoduladores injetáveis na terapêutica oncológica’ também surgiu de uma dissertação no âmbito do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da FCS-UBI, realizada por Manuel Passos Morgado, Bruna Martins e Sandra Passos Morgado.K
Manuel António da Mota
UBI ganha prémio 6 O projeto ‘eCO2blocks’, desenvolvido no Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura (DECA) da Universidade da Beira Interior, é o grande vencedor da edição deste ano do Prémio Manuel António da Mota, denominado ‘Por um Portugal Sustentável’, o qual visou distinguir instituições que se notabilizaram pelos projetos apresentados neste domínio, em que se cruzam as questões económicas, sociais e ambientais. Liderado pelo docente e investigador João Castro Gomes e pelo aluno de doutoramento Pedro Humbert, o ecoblocks2 é um exemplo da investigação de qualidade que é feita na UBI, em particular nas áreas tecnológicas e resultou numa spinoff na Universidade da Beira Interior (UBI). Propõe a utilização de resíduos industriais na produção de materiais para a construção, diminuindo a utilização de recursos naturais, como água potável. O endureci-
mento do bloco para construção, uma das possibilidades futuras do projeto, é feito através da absorção de dióxido de carbono, resultando num processo de fabrico 10 vezes mais rápido e 45% mais barato relativamente à opção tradicional com cimento Portland. O prémio, no valor de 50 mil euros, foi entregue no domingo, dia 25 de novembro, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, onde o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou-se satisfeito por ter sido uma instituição de Ensino Superior a conquistar o principal galardão do ano, elogiando o trabalho da UBI: “Quem recebe o prémio é uma universidade e quão feliz me sinto eu, universitário de raiz, ao ver como a Universidade cumpre a sua função, ligando-se à sociedade e à vida. E cumpre nas circunstâncias mais adversas, como é o caso da Universidade da Beira Interior”. K
6 Os campos científicos da Universidade da Beira Interior (UBI) relacionados com a engenharia, a tecnologia e a informática acabam de ser destacados pelo ranking Times Higher Education (THE), pelo segundo ano consecutivo, sendo que o trabalho realizado na Faculdade de Engenharia da UBI está entre os melhores a nível internacional. Nas listagens divulgadas a 29 de novembro, e que se referem já a 2019, a UBI é incluída no “Computer Science Subject Ranking” no patamar 251–300 e no nível 301-400 no “Engineering & Technology Subject Ranking”. Esta avaliação resulta da análise de indicadores como Ensino (Teaching, no original), Investigação (Research), Citações (Citations), Internacionalização e Transferência de Conhecimento (Industry Income). A inclusão no THE Subject Rankings 2019 das áreas sediadas na Faculdade de Engenharia é vista pelo seu presidente com “orgulho
e satisfação”. Sílvio Mariano felicita todos os Departamentos e Unidades de Investigação pelo trabalho realizado no último ano e considera que “revela o forte empenho dos docentes e discentes no ensino, na investigação e no seu impacto, bem como na inovação e internacionalização”. Com estas duas distinções, a UBI totaliza sete presenças nos rankings setoriais do Times Higher Education, nas edições para 2019:
“THE Life Sciences Subject Ranking” (Ciências da Vida); “THE Physical Sciences Subject Ranking” (Física); “THE Pre-clinical, Clinical & Health Subject Ranking” (Pré-Clínica, Clínica e Saúde); “THE Business & Economics Subject Ranking” (Negócios e Economia); e “THE Social Sciences Subject Ranking”. No ranking geral das instituições de Ensino Superior mundiais, o World University Rankings (WUR), a academia ubiana situa-se no patamar 601-800. K
Investigação na saúde
UBI e Algarve juntos
6 O Centro Académico Clínico das Beiras (CACB) e a entidade congénere do Algarve vão trabalhar em conjunto para desenvolver atividades de investigação que criem estudos e ensaios com maior robustez, para formar profissionais de saúde de várias áreas e para melhorar os cuidados de saúde prestados às populações. O CACB, que está sediado na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCSUBI), e o Algarve Biomedical Center (ABC) assinaram no dia 30 de novembro o protocolo que define esta cooperação, tendo por base a ideia de que cumprirão melhor as suas missões se ganharem uma maior escala, além de terem características comuns. “Nós temos um percurso de vários meses de colaboração não oficial com o ABC. Partilhamos muitas preocupações porque estamos mais
afastados dos grandes centros metropolitanos e, portanto, acabamos por ter algumas preocupações alinhadas. Com este protocolo, podemos ter uma política integrada em todo o arco do Interior, considerando o Algarve como uma espécie de interior por estar afastado dos grandes centros”, explicou Luís Taborda Barata, o presidente do CACB e docente da FCS-UBI. Nuno Marques, presidente do Conselho Executivo do ABC, destaca igualmente a mais-valia que representa para ambos os Centros esta ligação, que será importante para as populações das regiões que abrangem. “São ambos centros recentes, instalados em zonas que necessitam de estar unidas nos seus esforços. Estes centros académicos põem ao serviço da população toda a área do conhecimento para que tenham acesso aos melhores cuida-
dos de saúde. Portanto, unir as estruturas de ensino e de saúde não é uma situação fácil, mas é essencial e foi conseguida. Nitidamente vai ter sucesso imediato e estas regiões necessitam disto”, disse o responsável, que considera o CACB e o ABC os centros “mais ativos em termos nacionais”. Os centros académicos clínicos são entidades que juntam instituições de Ensino Superior e unidades de saúde. O CACB é aquele que a nível nacional tem a participação do maior número de entidades: UBI, institutos politécnicos de Castelo Branco, Guarda e Viseu, o Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, a Unidade Local de Saúde da Guarda, a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Já o ABC é um consórcio criado pela Universidade do Algarve e o Centro Hospitalar do Algarve. K
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Acordo de cooperação
UBI e Luanda mais perto 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) e o Instituto Superior de Educação Física e Desporto (ISEFD), sediado em Luanda, iniciaram uma parceria que abrange a área de Ciências do Desporto. O ISEFD é uma escola superior angolana com cinco anos de existência, que pretende ter na UBI um parceiro para a qualificação científica dos seus docentes, de apoio bibliográfico e para proporcionar ações de intercâmbio aos seus estudantes. “Os nossos professores não têm ainda formação pós-graduada e gostaríamos que os docentes licenciados obtivessem na UBI o grau de Mestre e Doutor. Quanto aos nossos estudantes, pretendemos incentivar alguma mobilidade estudantil, para que possam ver como se trabalha na Universidade da Beira Interior. Também seria interessante ter um apoio do ponto de vista de acervo bibliográfico”, explicou
UBI
Cinema premiado Ruth da Silva Tavares, diretorageral do ISEFD. O ISEFD é uma instituição pública e autónoma, onde é lecionado o curso de Educação Física e Desporto, com duas saídas profissionais: ensino de educação física de todos os níveis de ensino e treinadores de uma modalidade desportiva. Com o protocolo de intercâmbio e cooperação assinado pelo vice-reitor para o Ensino, Internacionalização e Saídas Profis-
sionais da UBI, João Canavilhas, e pela diretora-geral do ISEFD, na quinta-feira, 22 de novembro, a UBI aprofunda a ligação ao mundo lusófono, no âmbito da sua estratégia de internacionalização. Para o ISEF, a parceria com a UBI representa uma oportunidade de “beber da experiência de instituições mais antigas e experientes”, refere Ruth da Silva Tavares, considerando a academia ubiana “de excelência”. K
Exposições e debates
UBI e Tribunal juntos 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) e o Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco desenvolveram em parceria três exposições e duas conferências que têm como tema comum a justiça, cruzada com a cidade da Covilhã e a indústria dos lanifícios, a arte do cartoon, a Declaração Universal dos Direitos do Homem e a importância dos arquivos para a cidadania. Estas propostas fazem parte do evento que aconteceu na sextafeira, dia 23 de novembro, no Salão Nobre do Palácio da Justiça da Covilhã. “Comemoração dos 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos e dos 40 anos da Adesão de Portugal à Convenção Europeia dos Direitos Humanos” e “Contribuição dos Arquivos para o reforço da cidadania” foram os títulos das conferências proferidas, respetivamente, por Fernando Jorge dos Santos Costa e Elisa Pinheiro. Fernando Santos Costa é escritor de ficção, contista, diretor de publicações periódicas, colaborador de semanários nacionais e regionais, bem como em revistas, comentador e autor de programas de rádio, além de investigador de História e Etnografia, com obras publicadas neste âmbito. Quanto a Elisa Pinheiro, licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tem uma carreira marcada pelo
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6 O filme realizado por José Caetano no âmbito da Licenciatura em Cinema da Universidade da Beira Interior (UBI) foi premiado no festival Caminhos do Cinema Português, que decorreu em Coimbra. Intitulado “Um Marco no Futebol”, mereceu o primeiro prémio da secção “Ensaios”, que coloca em competição filmes portugueses produzidos em contexto académico. José Caetano realizou o filme para a Unidade Curricular “Projeto II”, do curso de 1.º Ciclo da Faculdade de Artes e Letras. Trata-se de uma curta-metragem do género Mockumentary – falso documentário – cuja ação decorre maioritariamente no estádio do Marco 09, clube de futebol da cidade do Marco de Canaveses. “O enredo consiste num grupo
de pessoas, não identificadas, que estão a fazer um documentário, no qual seguem o mais recente jogador do clube, Marco Agostinho, desde que assina o contrato até à sua apresentação ao público”, de acordo com a sinopse do filme. Além da realização, José Caetano foi também o responsável pelo argumento do filme que é protagonizado por Ruben Faria, outro estudante de cinema da UBI. “Um Marco no Futebol” competiu no festival que decorreu entre os dias 25 de novembro e 1 de dezembro. Este certame generalista foca-se na cinematografia contemporânea portuguesa, destacando-se em Portugal pela forma como promove a exibição, discussão e a prática cinematográfica. K
Crescimento humano
Linguado ajuda a explicar
serviço desenvolvido na UBI, onde foi docente nos departamentos de Engenharia Civil, Sociologia e Letras, sendo ainda reconhecida pelo trabalho desempenhado na institucionalização e direção do Museu de Lanifícios da UBI. A juntar às duas palestras, o Palácio da Justiça da Covilhã expõe “O Traço da Justiça”, exposição que junta 40 desenhos satíricos de cartoonistas oriundos de 15 países e que dão uma visão crítica da realidade da imprensa contemporânea. A seleção foi coordenada por Osvaldo Macedo de Sousa, nome
incontornável do humor gráfico em Portugal. “O Arquivo do Tribunal da Covilhã”, por seu turno, apresenta um acervo resultante de uma cuidada seleção de documentos que integraram processos judiciais que correram no Tribunal da Covilhã nos séculos XIX e XX. “A Justiça dos Lanifícios no Séc. XIX” é a outra exposição que dá a conhecer uma parte importante da história da cidade, desta vez sobre uma área fundamental para compreender a dimensão social e económica de toda a região. K
6 Uma equipa de investigadores da Universidade do Algarve acaba de publicar um artigo científico na Scientific Reports, no qual explica, pela primeira vez, um mecanismo fundamental no desenvolvimento dos peixes planos (como é o caso do linguado): a migração do olho em peixes planos (assimétricos), de um lado da cabeça para o lado oposto, é coordenada pela hormona da tiroide. A descoberta permite identificar, de modo pioneiro, um novo mecanismo para esta hormona, que é já conhecida pelo público como sendo fundamental na regulação do crescimento e desenvolvimento do organismo humano e, em especial, do sistema nervoso central. Liderada por Marco A. Campinho e integrando os investigadores
Cláudia Florindo (CBMR), Gabriel Martins (IGC) e Manuel Manchado (IFAPA-Spain), a equipa tem como principal objetivo compreender os mecanismos de desenvolvimento pós-natal dependentes da hormona da tiroide. Para isso, recorreu a avançadas técnicas de microscopia e reconstrução 3D, em combinação com dados genéticos/genómicos, que lhes permitiram chegar a esta importante conclusão que, de acordo com os investigadores, “poderá ser importante não apenas para perceber a diversidade biológica do mundo que nos rodeia como também para compreender a complexa rede de vias de sinalização em mamíferos, sugerindo novas pistas e novas funções para esta hormona”. K
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Évora e Viana do Alentejo
Agricultura reúne saberes
Évora e Macau criam
Tradutor para chinês 6 A Universidade de Évora (UÉ) e a Cidade de Macau estão a desenvolver um novo sistema de tradução automático chinês-português. Previsto para o próximo ano, a infraestrutura tecnológica do projeto ficará em Évora num investimento a rondar um milhão de euros. Paulo Quaresma, professor do Departamento de Informática da Escola de Ciências e Tecnologia da UÉ, que foi o investigador resPublicidade
AFPub_Natal_255x165.pdf
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ponsável do projeto apresentado na primeira conferência sobre inovação de conhecimento entre a China e os países de língua portuguesa e latino-americanos que decorreu na Universidade Cidade de Macau, explica que, “o novo sistema de tradução deverá distinguir-se de outros já existentes”, nomeadamente do Google Translate; e “dar um salto qualitativo” quando comparado com os sistemas atuais. K 07/12/18
6 A Universidade de Évora (UÉ) assinou, no dia 3 de dezembro, um memorando de entendimento que visa dar corpo à colaboração entre o Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM) e o Município de Viana do Alentejo, informa a instituição universitária em nota de imprensa. Esta parceria “faz todo o sentido”, sublinhou Ausenda de Cáceres Balbino, vice-reitora da UÉ, dada a “longa tradição e conhecimento no que às práticas agrícolas deste território diz respeito, seja ao nível da influência nas culturas que determinam a paisagem deste território, como o montado, a vinha ou olival, ou mesmo na integração das práticas associadas a estes sistemas com objetivos de preservação da paisagem e de sustentabilidade”. Para a UÉ este memorando de entendimento abre caminho à criação de mecanismos que permitem a implementação de
projetos em conjunto, relacionados com o sistema silvopastoril do Montado, “um património coletivo que interessa proteger” considerou ainda a vice-reitora, reafirmando “total disponibilidade” por parte da Universidade para trabalhar em conjunto e “contribuir para a sustentabilidade da região com a qual temos um compromisso permanente”, concluiu. O ICAAM, liderado por Teresa Pinto Correia, professora e inves-
tigadora da UÉ, tem por objeto o avanço do conhecimento e a promoção e qualificação das atividades de investigação científica nas áreas das Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas, a formação avançada e prestação de serviços à comunidade, nas mesmas áreas, tendo ao longo dos anos destacando-se no panorama da investigação na sua área, liderando e participando em projetos de investigação de âmbito nacional e internacional. K
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Ecologia
Prémio de mestrado foi para Évora 6 David Mateus, bolseiro de investigação no CIEMAR, galardoado com o “Prémio de Mestrado em Ecologia dos Sistemas Aquáticos SPECO MARE”, pela tese de mestrado realizada em 2017 com o título “Variabilidade espacial e temporal do recrutamento de Pollicipes pollicipes na região de Sines”. A realização do trabalho agora premiado, segundo o investigador, possibilitou “obter recrutamento de percebe num substrato artificial novo (“barticle”); obter a variação temporal do recrutamento de percebe em “barticles” e em conspecíficos; estudar índices de recrutamento em “barticles” e em conspecíficos e definir a época de recrutamento utilizando cada índice; estudar a estrutura dimensional dos juvenis fixos em “barticles” e em conspecíficos; relacionar
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o recrutamento de percebe com variáveis ambientais; estudar a variação espacial e temporal da disponibilidade larvar de percebe” bem como aprofundar o estudo da “variação espacial do recrutamento de percebe em locais com acentuada variação de exposição ao hidrodinamismo e de abundância de percebes”. Os resultados entretanto obtidos “têm aplicação direta em estudos sobre a monitorização do recrutamento do percebe” sublinha o investigador. Por outro lado, “o conhecimento obtido através da utilização dos “barticles”
pode ter aplicações práticas em conservação e recuperação de populações exploradas de percebe, bem como em aquacultura de percebes, utilizando os “barticles” como substrato de fixação larvar”. A tese de mestre em Biologia Marinha foi realizada sob a orientação científica de Henrique Queiroga, professor do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, Teresa Cruz, professora do Departamento de Biologia da Universidade de Évora e de David Jacinto, investigador do MARE - Centro de Ciência do Mar e do Ambiente, Universidade de Évora. K
Albano Silva falou na necessidade de se mudar o nome do Politécnico
Portalegre quer ser universidade e anuncia ampliação da BioBip 6 O presidente do Instituto Politécnico de Portalegre considera necessário a alteração de nome de politécnicos para universidades politécnicas. Albano Silva falava na sessão solene de aniversário da instituição. “Quando tomei posse há pouco mais de um ano não referenciei esta linha estratégica de ação. Porém, os últimos acontecimentos têm-nos mostrado que o termo Universidade é uma marca clara e socialmente aceite como a mais natural para designar ensino superior, e fundamentalmente no exterior e nas relações internacionais que vamos ampliando, continuamos a sentir uma dificuldade enorme para explicar o que é e o que forma um Instituto. O mesmo não acontece com o termo Politécnico, claramente associado às ciências aplicadas, ao ensino assente no compromisso prático, perto da futura profissão, intimamente ligado à investigação aplicada e ao tecido produtivo e social que servimos”, explicou Albano Silva. O presidente do IPPortalegre considera que “este desígnio tem que ser claramente nacional e coletivo abarcando todo o território de Norte a Sul e do litoral ao interior. É também uma questão de coesão territorial. Sabemos que este objetivo só será atingido com um CCISP cada vez mais forte e unido que continue a aumentar o seu prestígio no panorama do Ensino Superior nacional e internacional. Sei que os laços de união entre os diferentes Politécnicos são verdadeiros e autênticos e será desta forma que continuaremos na persecução de objetivos comuns”. Na sessão solene, Albano Silva aproveitou a sua intervenção para falar em quatro projetos estruturantes. “O primeiro, prende-se com empreendedorismo e com a ampliação da nossa BioBIP. Apresentámos há poucos dias a candidatura ao Programa Operacional Regional do Alentejo – Alentejo 2020, um projeto para ampliação da nossa Incubadora de base tecnológica que designámos por BioBIP2 TechTransfer. Trata-se de um projeto em rede no âmbito do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia que pretende dar sequência à candidatura de 2013, alargando a sua intervenção para áreas de elevado potencial da região e do próprio Politécnico de Portalegre. Pretendemos aumentar a capacidade de incubação de base tecnológica, potenciando a ligação dos recursos disponíveis no Politécnico de Portalegre com a envolvente, através dos eixos estratégicos da Bioenergia, Centro de Experimentação e Prototipagem, Animação e Multimédia. Neste sentido, pretende-se numa nova área de construção de 1300 m2, reforçar o laboratório de Bioenergia, criar um Laboratório de Fabricação Digital (FABLAB), um Estúdio de Animação e Multimédia, um Laboratório de Eletrónica, robótica e ciência didática, aumentar as áreas de incubação individual e salas de
co-work, bem como aumentar os espaços multiusos, com um valor total de investimento de 3,3 milhões de euros. Aproveito também para vos informar que a nossa BioBIP vai acomodar o Laboratório Circular do Alentejo, protocolo que hoje vamos assinar; e também vai acomodar um polo do Laboratório Colaborativo Pro-bio-refinaria, recentemente aprovado pela FCT”, disse. Como segundo projeto, Albano Silva fala na Unidade de Investigação Valoriza, que conta com investigadores principais e investigadores colaboradores, na área da valorização dos produtos endógenos e que se foca em três dimensões ou pilares principais: energia e valorização de resíduos; produção sustentável e ambiente; e valorização de territórios de baixa densidade transfronteiriços. A implementação de uma nova forma de comunicar para o exterior e de uma nova imagem simplificada é o terceiro projeto. “Tem sido feito um enorme trabalho nesta área e sabemos que hoje a afirmação do Politécnico também se faz pela força da imagem que passamos. Há poucos anos recriámos a nossa imagem gráfica, hoje modernizamos essa imagem no sentido de afirmar o P de Politécnico e de Portalegre, com as nossas cores que pretendem fixar referências de simplicidade, jovialidade, inovação e modernidade”. Já o quarto projeto estruturante está relacionado com o reforço do Campus Politécnico. “Reforçar o Campus Politécnico tem vários objetivos: alargar a comunidade académica no Campus e criar-lhe melhores condições de trabalho, de desporto e de lazer; e aproximar o Campus Politécnico à cidade que teve uma primeira fase com o aumento da zona industrial, mas que deverá ter uma segunda fase com melhoria das acessibilidades, nomeadamente com construção de uma ciclovia que permita aos estudantes, professores e funcionários
movimentarem-se de forma mais autónoma, saudável e segura, e à população redescobrir o Campus Politécnico nas suas atividades de lazer numa das poucas zo-
nas planas da cidade”. Albano Silva fala também da “integração ainda parcial da ESS no Campus Politécnico e a integração global que se prevê até ao final do ano letivo é um reforço de vida do nosso Campus Politécnico”. E acrescenta: “o nosso objetivo, sempre o dissemos, é reforçar o Campus Politécnico, dar-lhe mais vida, mais dimensão e um ambiente académico mais inovador e tranquilo, ao mesmo tempo que trabalhamos para levar as residências para o centro da cidade, onde os estudantes possam usufruir das atividades culturais e de lazer que a cidade lhes pode proporcionar”. Numa outra dimensão, o presidente do Politécnico aborda a questão da falta de alojamento. “Para repensar essa questão surgiu a ideia de nos lançarmos num projeto com a CMP e a participação da Fundação Robinson, de reabilitar dois prédios da antiga Fábrica Robinson para instalação de residência, ginásio, lavandaria, e outros apoios logísticos que sirvam os estudantes do Politécnico, mas também da EHT”. K
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DEZEMBRO 2018 /// 09
Plano estratégico aprovado
Politécnico de Portalegre tem 1100 novos alunos 6 O Instituto Politécnico de Portalegre tem 1100 novos alunos nos seus cursos superiores. Albano Silva, presidente da instituição, mostrou-se satisfeito com a subida do número de novos estudantes, lembrando que cada vez mais as licenciaturas do IPPortalegre são escolhidas em 1ª e 2ª opções. Na cerimónia do Dia do Politécnico de Portalegre, Albano Silva aproveitou o momento, e perante a anterior Secretária de Estado do Ensino Superior, Fernanda Rollo (que fez a oração de sapiência), aludiu à questão do financiamento das instituições de ensino superior. “A tutela não está a cumprir na totalidade o contrato de confiança assinado em 2016 com as IES que previa que estas seriam completamente ressarcidas financeiramente com o aumento de despesa proveniente de alterações legislativas da responsabilidade do Governo ou da Assembleia da República. Em 2018 ainda não fomos totalmente ressarcidos pelo aumento de despesa provocada pelo regime transitório dos docentes, pelo aumento de salários e valorizações remuneratórias e pela Regularização extraordinária dos vínculos precários, entre outras despesas menores que tinham inclusivamente afetado já o orçamento de 2017. Temos ainda mais de 200 000 Euros a receber que podem
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010 /// DEZEMBRO 2018
IPportalegre
Ensino Magazine atribui bolsas fazer a diferença no equilíbrio do nosso orçamento em 2018, e fundamentalmente gostávamos que estas despesas não fossem compensadas apenas por reforços, mas que estes reforços passassem a fazer parte de novos orçamentos tendo em conta estarmos em presença de despesas estruturais”. A questão do ensino superior e da importância das instituições politécnicas foi também abordada por Pedro Dominguinhos, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos. Já Hugo Hilário, presidente do Conselho Geral do IPPortalegre, destacou o plano estratégico da instituição, recordando bons exemplos de parcerias que estão a ser feitas. “É importante que o Instituto Politécnico de Portalegre continue e reforce a aposta na qualificação das populações numa ótica prospetiva, isto é, tendo como princípio as necessidades, não só atuais, mas tam-
bém aquelas que se perspetivam a curto e médio prazo. É, portanto, determinante executar um bom planeamento o que implica uma melhor articulação entre todos os intervenientes para definição da oferta educativa, reforçando os mecanismos de concertação na planificação, de médio e longo prazo, no âmbito dos investimentos em infraestruturas educativas e na criação da oferta educativa e formativa”. Hugo Hilário fala em quatro objetivos estratégicos para os próximos quatro anos: “o ensino, a investigação, a internacionalização e a sustentabilidade financeira. Estes objetivos, tal como ficou patente na intervenção do Sr. Presidente do Politécnico, são parte integrante de uma estratégia integrada para o futuro do Politécnico de Portalegre, sendo claro que contribuirão diretamente para o seu desenvolvimento, como aliás o demonstram os resultados obtidos ao longo do último ano”. K
6 O Ensino Magazine atribuiu duas bolsas de méritos aos melhores alunos do Instituto Politécnico de Portalegre, no âmbito da sua política de intervenção social. Este ano receberam as bolsas as alunas Maria Olívia Engenheiro, do Mestrado em Enfermagem - Especialização em Gestão de Unidades
de Saúde, e Carolina Semedo, do Curso Técnico Superior Profissional - Proteção Civil e Socorro. A atribuição de prémio de mérito aos melhores alunos das instituições de ensino parceiras do Ensino Magazine pretende reconhecer o mérito académico de todos os alunos. K
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Cabo Verde e Brasil
Leiria com boas práticas para a inclusão
IPLeiria
Encontro de cidadãos 6 O Politécnico de Leiria recebeu, no dia 3 de dezembro, o “Encontro com os Cidadãos” para analisar “os Desafios da União Económica e Monetária”. A iniciativa, que se realizou na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), dinamizou o debate e reflexão coletiva em torno do futuro da Europa, contando com a participação de Maria João Rodrigues, deputada do Parlamento Europeu, e Ana Paula Zacarias, secretária de Estado
dos Assuntos Europeus. “Encontro com os Cidadãos” é um projeto do Governo português promovido no âmbito das consultas cidadãs que a União Europeia está a desenvolver nos 27 Estados-Membros até ao final do ano. As diversas ações são coordenadas pela secretaria de Estado dos Assuntos Europeus, do ministério dos Negócios Estrangeiros, em colaboração com o Centro de Informação Europeia Jacques
Delors, o Instituto Diplomático, a Representação da Comissão Europeia em Portugal e outras entidades. A iniciativa pretende dar aos cidadãos a oportunidade de expressar a sua opinião sobre o futuro da União Europeia assim como estimular o debate europeu, envolver todos os cidadãos, e proceder a um esclarecimento da população tendo em conta as eleições europeias previstas para maio de 2019. K
6 O Politécnico de Leiria está a promover as boas práticas para a inclusão social além-fronteiras, através da equipa do Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Politécnico de Leiria, que está em Cabo Verde. Célia Sousa, coordenadora do CRID, considerado um modelo de boas páticas internacional no que toca a inclusão, sendo-lhe reconhecido um know-how e trabalho feito únicos a favor da sociedade, está em Cabo Verde como consultora do governo cabo-verdiano, a dar formação a docentes, em tecnologias de apoio na educação inclusiva, no âmbito de um projeto para a inclusão e acessibilidade financiado pelas Nações Unidas. O CRID, representado por Célia Sousa e Luís Vicente,
participará ainda como orador convidado na 1ª Conferência Internacional para a Inclusão “A deficiência no centro da atenção”, organizada pelo governo cabo-verdiano e pela Associação Colmeia – Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades Especiais, com a qual o Politécnico de Leiria tem protoloco de cooperação desde 2016 -, dando apoio na elaboração da documentação em braille e às pessoas cegas que participarão na conferência. No Brasil, no VI Encontro Nacional de Acessibilidade Cultural que decorrerá no Rio de Janeiro, a coordenadora do CRID, Célia Sousa, e Carla Freire, coordenadora no mestrado em Comunicação Acessível da ESECS, participarão como oradoras convidadas, a convite da Universidade Federal do Rio de Janeiro. K
Politécnico de Leiria
Estudantes solidários 6 Um grupo de estudantes da Escola Superior de Saúde de Leiria organizou uma campanha solidária de recolha de roupa, a favor do Lar Santa Isabel e do internato masculino Colégio D. Dinis. A iniciativa, feita em parceria com a Távola Elíptica Veterânica da ESSLei, conseguiu abranger com sucesso a maioria da comunidade académica. Foram recolhidas cinco caixas de roupa feminina e três caixas com peças masculinas. A entrega da roupa às duas instituições decorreu a 16 de novembro. “Quisemos sensibilizar a comunidade estudantil da ESSLei para o apoio e amor para com o próximo, bem como propor-
IPLeiria
Bolsas de Estudo com mais candidatos cionar às crianças destas instituições uma sensação de bem-estar, e mostrar-lhes a existência do espírito de entreajuda na sociedade, uma vez que nos
aproximamos a passos largos do Natal, uma época que apela ao coração de qualquer criança/ adolescente”, remata Leonardo Rodrigues. K
6 Segundo dados da DGES Acesso ao Ensino Superior relativamente ao número de candidaturas submetidas para Bolsas de Estudo, num universo de 33 instituições de ensino superior público, o Politécnico de Leiria está em 2.º lugar entre os politécnicos nacionais e em 7.º no ranking geral. Os Serviços de Ação Social do
Politécnico de Leiria (SAS) concederam, até ao momento, mais de 1.000 Bolsas de Estudo, num total aproximado de 4.000 candidaturas. Os SAS continuam empenhados em proporcionar igualdade de acesso e frequência no ensino superior. Bem como, simplificar os procedimentos, o atendimento e acompanhamento dos nossos estudantes. K
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Parceria com o Governo de Tianjin (China)
Setúbal inaugura Lu Ban 6 O Instituto Politécnico de Setúbal vai em breve ter a funcionar, no âmbito de uma parceria com o Governo da província chinesa de Tianjin, uma oficina Lu Ban em Indústria 4.0, a única a ser instalada em Portugal e a sexta no mundo, depois da Índia, Reino Unido, Indonésia, Tailândia e Paquistão. O laboratório, apetrechado com equipamento de ponta, está instalado na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal e foi oficialmente inaugurado no dia 5 de dezembro, pelos presidente do Governo Municipal de Tianjin, Zhang Guoqing, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, e os presidentes das instituições de ensino envolvidas, Pedro Dominguinhos, do IPS, e Zhang Weijin, da Escola Vocacional de Mecânica e Eletricidade (EVME) de Tianjin, para além da presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira.
Lombalgia crónica
Reduzir riscos é preciso As Oficinas Lu Ban, que levam o nome do carpinteiro, engenheiro e inventor chinês da dinastia Zhou, admirado como um Leonardo da Vinci do Oriente, são plataformas de colaboração tecnológica entre a China e os países destinatários, inscrevendo-se na estratégia de internacionalização do país. A escolha do IPS para a instalação da única oficina Lu Ban em Portugal surgiu na sequência de um
processo de estudo e avaliação de várias instituições de ensino superior nacionais de renome, a decorrer desde junho último, se deveu essencialmente ao estatuto de referência da instituição nesta área do conhecimento, grande proximidade à industria da região, disponibilidade de espaço físico adequado para a construção e montagem de equipamentos e afinidade ao nível de cursos e de métodos pedagógicos. K
Programa de Mentoria do IPS
151 participantes ativos 6 O Programa de Mentoria do Instituto Politécnico de Setúbal está de regresso para uma segunda edição marcada pelo crescimento significativo de participantes. Ao todo serão 151 – face aos 81 de 2017 – os diplomados e atuais estudantes que vão trabalhar em equipa ao longo dos próximos meses, num registo de acompanhamento e aconselhamento para
preparar a entrada no mercado de trabalho. Satisfeito com a adesão registada, o presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, realçou o “forte sentido de pertença” demonstrado por quem, já tendo ingressado no mercado laboral há vários anos, “mantém a vontade de continuar a colaborar com o IPS”, ajudando os seus estudantes.
“É assim que se constroem comunidades como esta rede AlumniIPS, que queremos potenciar ainda mais, porque acreditamos que os diplomados são os nossos melhores embaixadores”, acrescentou, na sessão oficial de apresentação do passado dia 22, ocasião em que mentores e respetivos mentorandos tiveram oportunidade de conhecer-se e trocar as primeiras impressões. K
6 O projeto SPLIT, desenvolvido pela Escola Superior de Saúde de Setúbal, promoveu a 7 de dezembro, no auditório nobre da instituição, uma conferência de divulgação de resultados relativos ao objetivo central de implementar um sistema inovador para tratamento diferenciado das pessoas com lombalgia, consoante o risco de desenvolver dor crónica. O encontro, dirigido a docentes, investigadores, estudantes e profissionais da área, entre médicos de medicina geral e familiar e fisioterapeutas, tem início pelas 15h00, com a intervenção de enquadramento do projeto, “Lombalgia: Um problema de saúde pública global e urgente”, a cargo do docente Eduardo Cruz, coordenador científico do SPLIT. Cofinanciado pelo Programa Operacional Regional de Lisboa e pela Fundação para a Ciência e Tec-
nologia, o projeto SPLIT debruça-se sobre aquela que é considerada a patologia reumática e músculoesquelética mais prevalente em Portugal (26, 4 %) e a que mais incapacidade causa, traduzindo-se em reformas precoces, absentismo laboral e limitações na vida pessoal, para além de ter associados custos avultados para o Serviço Nacional de Saúde. Terminadas as duas primeiras fases da investigação – a caracterização da prática atual e a formação de clínicos de medicina geral e familiar e fisioterapeutas – o projeto prepara-se agora para avançar para a sua última etapa, propondo-se, até final de julho de 2019, levar à prática o novo sistema, que promete melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes com esta patologia e assim reduzir os casos de lombalgia crónica. K
Prémio Boas Práticas Erasmus + 2018
IPBeja distinguido 6 O projecto de mobilidade Erasmus+ Higher Education Student and Staff Mobility do Instituto Politécnico de Beja foi distinguido pela Agência Nacional Erasmus+, como uma boa prática a replicar, tendo o respetivo prémio sido atribuído numa cerimónia que decorreu, a 15 de novembro, na Casa das Histórias – Museu Paula Rego, em Cascais. De acordo com a análise da
Agência Nacional Erasmus+, o Instituto Politécnico de Beja concretizou o seu projeto com distinção, tendo garantido uma excelente taxa de execução das atividades (119%) e do financiamento (100%). Foi sublinhado o facto de apresentar uma relação sólida e bem caracterizada com os parceiros, que evidencia o cumprimento das questões formais e qualitativas do programa. K
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Boas Festas
012 /// DEZEMBRO 2018
IPCB
Novo diretor toma posse na EST 6 O novo diretor da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco (EST), Fernando Reinaldo Ribeiro, acaba de tomar posse para um mandato de quatro anos. Ao seu lado terá como subdiretor Rogério Dionísio, também docente da instituição. A cerimónia decorreu no passado dia 26 de novembro no Auditório Principal da EST, onde o presidente do Politécnico de Castelo Branco, António Fernandes, salientou alguns resultados da Escola relacionados com a captação de estudantes, apontando um conjunto de desafios centrados fundamentalmente na melhoria da atratividade da Escola e na necessidade de diferenciação e especialização em algumas áreas de formação onde existe capacidade instalada. Citado em nota de imprensa enviada pelo Politécnico, António Fernandes deu como exemplo o “Curso Técnico superior Profissional em Comunicações Móveis a funcionar em parceria com uma unidade empresarial assim como o protocolo assinado
recentemente no âmbito da “Parceria Competências Digitais +”. O novo diretor da EST aproveitou a ocasião para destacar a qualidade e o reconhecimento dos cursos da escola, referindo-se ao número de novos alunos, dispersos pelos diferentes graus de formação; à abertura do Curso Técnico Superior Profissional em Comunicações Móveis no Fundão; na acreditação de todas as licenciaturas da escola pela A3ES, no número de docentes com o grau
de Doutor (80%), e na taxa de ocupação dos CTeSP’s que é da ordem de 80%. Fernando Reinaldo diz estar ciente das dificuldades que a escola atravessa: “também temos de estar conscientes das nossas debilidades. A procura dos nossos cursos não é igual em todas as áreas. Temos áreas da nossa oferta formativa em que existe uma grande procura por parte de novos estudantes, mas, temos também outras áreas da
nossa oferta formativa com dificuldade de captação de novos alunos. Sabemos também que as previsões quanto à evolução demográfica não nos são favoráveis. E, adicionalmente, todos os nossos cursos de licenciatura exigem como prova de ingresso a Matemática e muitos deles exigem a Matemática e a Física. Isto significa que a procura dos cursos também depende muito dos resultados dos exames nacionais destas provas. E, como é do nosso conhecimento, normalmente estes resultados são bastante baixos. Acresce ainda as dificuldades financeiras”. Citado na mesma nota de imprensa, Fernando Reinaldo terminou a sua intervenção, dizendo estar consciente que os próximos anos serão decisivos “no reajustamento da estratégia a seguir e que esse reajustamento terá de ser efetuado no contexto atual e com base nas projeções que, de alguma forma, se podem antecipar. O objetivo é que a EST possa, de forma preparada e adequada, adaptar-se aos desafios que terá
de enfrentar. Queremos uma escola dinâmica onde seja apelativo trabalhar e estudar, uma escola com capacidades empreendedora e de integração. Para isso, precisamos da ajuda e envolvimento de todos. Do IPCB, como instituição, da qual fazemos parte, da direção e de toda a comunidade da ESTCB à qual peço que contribua com um diálogo construtivo, sentido institucional, rigor e gosto pelo serviço público”. Quem também esteve na cerimónia foi Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, o qual salientou a disponibilidade da autarquia para o trabalho de parceria com o IPCB e em particular com a EST, referindo alguns exemplos de indústrias locais como o caso do frio, das tecnologias, automóvel, onde importa reforçar a ligação da Escola com a iniciativa empresarial. A sessão contou ainda com a intervenção de Filipe Fidalgo, presidente do Conselho de Representantes da ESTCB-IPCB, e do presidente da Associação de Estudantes. K
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Património e cultura
Encontro em Castelo Branco 6 O I Encontro em Património, Educação e Cultura reuniu em Castelo Branco alguns dos melhores investigadores nacionais e espanhóis, mas também representantes de autarquias. A iniciativa foi promovida nos passados dias 22, 23 e 24 de novembro pelo Centro de Investigação em património, Educação e Cultura do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Esta iniciativa pretendeu “motivar a discussão e a reflexão sobre questões emergentes de três componentes evidenciadas na European Cultural Heritage Strategy for the 21st Century como a componente social relacionada com a preservação da diversidade cultural; a componente do desenvolvimento territorial e económico, direcionada para o desenvolvimento sustentável com base nos recursos locais, no turismo e no emprego; e a componente do conhecimento e da educação, focada na integração através do património, dos diferentes domínios da educação, da investigação e da formação ao longo da vida”. Dividido em quatro áreas
temáticas (Património e Educação; Património e Criatividade; Património pelos Multimédia; e Património e Desenvolvimento Territorial), o evento reuniu um conjunto significativo de comuni-
cações e artigos científicos. A iniciativa teve como parceiros a Câmara de Castelo Branco, a Freguesia albicastrense, a Associação Viola Beiroa e o Grupo de Teatro Váatão. K
DEZEMBRO 2018 /// 013
Best Paper na TMS Algarve
Na Escola Superior de Saúde
Turismo de Viseu em alta 6 Um grupo de investigadores do Centro de Investigação em Serviços Digitais e Indústria Automóvel do Politécnico de Viseu (CISeD) acaba de ver os seus membros distinguidos com Best Paper Awards na TMS ALGARVE 2018 – Tourism & Management Studies International Conference, a principal conferência internacional em gestão turística que se realiza em Portugal, sendo que na edição deste ano foram apresentados mais de 400 artigos científicos. Cláudia Seabra (docente do Politécnico de Viseu), Andreia Pereira (aluna do Mestrado em Gestão Turística e Bolseira de Investigação do Politécnico de Viseu), bem como os docentes José Luís Abrantes, Manuel Reis, Carla Silva, Odete Paiva (docentes do Politécnico de Viseu, viram distinguido o artigo ‘Imagem do destino pelos turistas domésticos: a influência das lacunas geracionais.” “Impacto do turismo de montanha
percebido pelos residentes” foi o tema do artigo apresentado por Carla Silva (docente do Politécnico de Viseu e investigador do CISeD), Elisabeth Kastenholz (docente da Universidade de Aveiro) e José Luís Abrantes (docente do Politécnico de Viseu e investigador do CISeD). Já Maria Afonso Sampaio (mestre em Gestão Turística
pelo Politécnico de Viseu); Cristina Barroco, Joaquim Antunes (docentes do Politécnico de Viseu e investigadores do CISeD), viram reconhecido o trabalho que esteve na base do artigo denominado “As potencialidades da enogastronomia nas Regiões Demarcadas do Douro e do Dão”. K
Setúbal desafia graffiters Setúbal (IPS) está a promover, até ao próximo dia 15 de fevereiro, um concurso público de intervenção artística que desafia os street artists (graffiters) portugueses a criar um mural para um dos edifícios do seu campus na cidade de Setúbal. “Mural no campus de Setúbal do IPS” é uma iniciativa promovida em colaboração com a Câmara Municipal de Setúbal e inscreve-se no programa de comemorações dos 40 anos da instituição de ensino superior, que se prolonga até outubro de 2019 com várias atividades de
índole cultural, desportivo, social e comunitária. O repto foi lançado no passado dia 22 de novembro, no âmbito do encontro “Impactos da Street Art”, promovido pelo IPS, que reuniu, na Escola de Hotelaria e Turismo, artistas, autarcas, agentes socioculturais e académicos para uma reflexão alargada sobre o fenómeno da arte urbana, enquanto ato de criação e também de reapropriação das cidades. A competição pretende contribuir para a requalificação estética do campus de Setúbal do IPS, para
6 A Universidade do Algarve está a estudar a viabilidade económica de transformar as antigas instalações da Escola Superior de Saúde, junto ao Teatro das Figuras, em Faro, numa nova residência universitária. Nesse sentido, assinou, a 12 de novembro, em Tomar, a adesão ao Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE). O FNRE é gerido pela Fundiestamo, com envolvimento do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social, e irá promover a oferta para estudantes do ensino superior e famílias que, não sendo carenciadas, têm dificuldade em encontrar habitação condigna a valores que conseguem suportar. Este fundo não implica verbas do Orçamento do Estado, nem obriga as entidades a endividarem-se ou a consumirem capitais próprios.
Segundo o presidente da Fundiestamo, Alberto Souto Miranda, “os imóveis envolvidos representam um total de 19 milhões de euros, a que se juntam os 18 milhões para obras, num investimento total de 37,7 milhões de euros.” Para o reitor da UAlg, saber se economicamente é viável transformar as instalações do antigo edifício da Escola Superior de Saúde, em residência universitária, é condição indispensável para o processo de tomada de decisão em curso. A transformação do edifício em residência, situada entre os dois campi (Gambelas e Penha) e com boa ligação à rede de transporte urbanos, constituirá um forte contributo para minorar as dificuldades atualmente sentidas pelos estudantes deslocados em encontrar alojamento a preços acessíveis. K
C. Branco, Leiria e Santarém
Para criarem um mural
6 O Instituto Politécnico de
Algarve pondera residência
além de ser um estímulo à participação dos street artists no contexto do ensino superior politécnico e uma forma de apoiar o movimento português de Arte Urbana. Serão consideradas propostas individuais ou coletivas, obedecendo à temática das áreas de formação nas cinco escolas do IPS: Educação, Saúde, Tecnologia e Ciências Empresariais. A divulgação dos resultados será feita até 29 março de 2019, estando o início das intervenções previsto para o próximo mês de maio. À proposta vencedora será atribuído um prémio de mil euros. K
Saúde junta politécnicos em rede
6 O consorcio formado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, Instituto Politécnico de Leiria, Instituto Politécnico de Santarém e Centro Hospitalar de Leiria, realiza no dia 17 de dezembro o lançamento da plataforma digital Help2Care, que tem como objetivo apoiar cuidadores de pessoas dependentes. A apresentação pública da plataforma decorre na Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do IPCB, em duas sessões distintas: das 11:30 às 12:30, no auditório 1 da ESALD – IPCB, tem lugar a apresentação para estudantes e das 14:30
às 15:30, no auditório 2 da ESALD – IPCB, realiza-se a apresentação para docentes e profissionais de saúde. O “Help2Care – Capacitação de Cuidadores Informais no Autocuidado”, é um projeto baseado numa necessidade regional, interdisciplinar, colaborativo, multiregional e de investigação baseada na prática, que envolve estudantes, docentes e stakeholders e tem como principal objetivo desenvolver um modelo de capacitação dos cuidadores e da pessoa dependente para o autocuidado. K
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e um Próspero Ano Novo.
014 /// DEZEMBRO 2018
Joaquim Brigas tomou posse como presidente do IPG
Os três pilares do Politécnico da Guarda 6 Joaquim Brigas tomou posse, no passado dia 3 de dezembro, como presidente do Instituto Politécnico da Guarda, sucedendo no cargo a Constantino Rei, que nos últimos oito anos liderou os destinos da instituição. Para a sua equipa escolheu Carlos Rodrigues para vice-presidente, e Nélia Martins para administradora. O novo presidente do IPG, que tomou posse na sessão solene de abertura do ano académico, considerou que são três os pilares para a sua linha de ação, a saber: “as pessoas, a comunicação e a sociedade”, garantindo desenvolver esforços para apoiar o acesso à formação profissional e à atualização de conhecimentos dos funcionários. Uma das medidas anunciadas passa pela criação de um Gabinete de Apoio à Gestão Integral de Projetos e Contratos de Investigação e Desenvolvimento. No que respeita aos alunos, prometeu trabalhar para garantir um ensino de qualidade e “um instituto mais atrativo, mais acolhedor, mais solidário”. Joaquim Brigas pretende ter “mais e melhor comunicação”, pois esta “é fundamental” para o Politécnico da Guarda. “A comunicação é indispensável para dar a conhecer e promover boas práticas e o que de melhor se faz no IPG”. Uma aposta que o novo presidente do IPG quer ver reforçada e que no seu entender vai “revigorar a imagem pública do IPG”. No seu discurso de tomada de posse, Joaquim Brigas frisou que “tudo faremos por um IPG mais visível, capaz de atrair mais alunos. Queremos reafirmar o IPG como uma instituição da sociedade e para a sociedade. A sua génese e atividade estão extremamente comprometidas com o
desenvolvimento social, económico e cultural desta região”. Na sua intervenção, Joaquim Brigas abordou também a questão da oferta formativa. Em seu entender é necessário o “reforço, adequação e criação de oferta formativa por medida”. O presidente do Politécnico aludia aos cursos técnicos superiores profissionais, licenciaturas, formação pós-graduada e contínua, “não esquecendo nunca” as necessidades da região. Neste caminho e na construção de novas ofertas, o novo presidente do IPG prometeu ouvir as autarquias, bem como o tecido empresarial social e cultural do distrito da Guarda. A internacionalização foi outro dos aspetos focados por Joaquim Brigas. Este é um “caminho a trilhar”, referiu, falando também no compromisso na captação de estudantes internacionais. Joaquim Brigas diz iniciar este mandato extremamente “empenhado e motivados-
para contribuir de forma enérgica para a afirmação do IPG, com a esperança de o tornar num centro de oportunidades, mais atrativo, mais humano, mais inclusivo, mais acolhedor, com mais alunos e mais interventivo na sociedade” Na cerimónia da tomada de posse, interveio João Queirós, diretor geral do Ensi-
no Superior, que falou da importância das instituições terem o estudante como elemento central na sua organização. Aquele responsável considerou que há três objetivos considerados por Portugal para alcançar a convergência europeia em 2030, os quais passam pelo aumento do conhecimento e inovação, e pela criação de emprego qualificado. Objetivos que incluem o aumento da investigação, dos diplomados pelo ensino superior na faixa etária dos 30 aos 34 anos (em 50% até 2030), e de ter 60% das pessoas com idade de 20 anos a participar no ensino superior, ou ainda atingir um nível liderança em termos digitais. A cerimónia contou ainda com as intervenções do presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, e do presidente da Associação Académica. Antes da tomada de posse, Constantino Rei, ainda na qualidade de presidente do IPG, mostrou-se agradecido a quem o acompanhou nos últimos oito anos na instituição. Também José Alves, presidente do Conselho Geral da instituição, falou da importância do IPG. K
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IPGuarda
Magazine atribui prémio 6 O Ensino Magazine distinguiu, no passado dia 3 de dezembro, na sessão solene de abertura do ano académico do Instituto Politécnico da Guarda, uma bolsa de mérito a uma das melhores alunas da instituição. Maria João Guerra recebeu a bolsa monetária e
o diploma de mérito das mãos do diretor da publicação, João Carrega. Na mesma cerimónia foram entregues os prémios “João Lopes” e “Banco Santander”. Foram ainda distinguidos membros da comunidade académica. K
DEZEMBRO 2018 /// 015
Esart em aniversário
Capacidade criativa 6 A Escola Superior de Artes Aplicadas do Politécnico de Castelo Branco comemorou no dia 14 de novembro o seu 19.º aniversário, numa cerimónia que contou com a presença do presidente, vice-presidentes e administradora do IPCB, autarcas da região, representantes da sociedade civil e de instituições da região, diretores de outras escolas superiores do IPCB, docentes, alunos e trabalhadores da Escola. O presidente do IPCB, António Fernandes, salientou o notável percurso da ESART, a sua capacidade criativa manifestada nas diferentes valências, do design à música, bem como a cultura de escola existente na ESART. Aquele responsável destacou ainda o sucesso da Escola ao nível da captação de estudantes oriundos de todo o país que na sua opinião se deve à qualidade do trabalho desenvolvido. De seguida agradeceu ao diretor da ESART, José Raimundo, toda a sua entrega ao projeto ESART ao longo Publicidade
016 /// DEZEMBRO 2018
Direito
dos últimos 8 anos. O diretor da escola, José Filomeno Raimundo, salientou a “imensa capacidade de gerar parcerias e cumplicidades” demonstrada pela ESART, “que nos distingue e afirma num universo lato, de entendimentos diversos”, destacando a Câmara Municipal de Castelo Branco, “pelo entendimento e apoio dados à nossa es-
cola desde o primeiro momento”, o IPCB, “na pessoa do senhor presidente, António Fernandes, pela atitude atenta e cuidada com que olha a especificidade da ESART”, e ainda a todos os que colaboraram com a ESART nos últimos anos: autarquias (nomeadamente o presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Luis Pereira), instituições e empresas. K
Docente da ESGIN lança livro 6 José Pedro de Sousa, docente da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova do IPCB, acaba de publicar um livro intitulado «Destituição “ad nutum» - A indemnização devida ao gerente de sociedades por quotas por destituição sem justa causa». A obra, uma edição de “Nova
Causa - Edições Jurídicas”, visa responder a uma das questões mais prementes do Direito Empresarial que é a de determinar quais os prejuízos causados a um gerente de sociedades por quotas que são indemnizáveis ou compensáveis em resultado da sua destituição sem justa causa. K
Na Altran
Alunos da EST no Ignition Day
IPCB
ESGIN faz 27 anos 6 O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, presidiu às comemorações do 27º aniversário da Escola Superior de Gestão de Idanhaa-Nova (ESGIN), do Instituto Politécnico de Castelo Branco, onde reiterou a importância desta instituição para o desenvolvimento da região em que se insere. Neste aniversário, o presidente do Politécnico de Castelo Branco, António Fernandes, renovou o compromisso de “olhar para a ESGIN com o carinho que ela merece” e lançou desafios para que a instituição continue a construir o seu futuro. Por sua vez a diretora da ESGIN, Sara Brito Filipe, destacou a capacidade de atração
da ESGIN, que neste ano letivo aumentou em 25% o número de novos alunos, e anunciou a criação de um Gabinete de Apoio à Internacionalização. Na cerimónia, que decorreu no dia 6 de dezembro no auditório da ESGIN, o governante deixou “uma palavra de admiração pelo trabalho realizado” nesta escola, visto ir ao encontro dos desígnios nacionais. “A rede de ensino superior que temos em Portugal é, por ventura, o maior património de obra do pós-25 de Abril. Nesse contexto, realço o valor desta Escola pelo trabalho que aqui é feito e que tem permitido à ESGIN afirmar-se nesta região, ter esta grande pujança e encontrar oportunidades nas dificuldades destes territórios”,
afirmou o governante. Sobrinho Teixeira assinalou ainda o papel da ESGIN enquanto “alicerce de toda uma região em termos culturais, económicos e sociais”, bem como “na formação e fixação de massa crítica para defesa e desenvolvimento do território”. A mesma opinião foi partilhada pelo presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, para quem “a melhor maneira de comemorar este 27º aniversário da ESGIN é continuar a fazer dela uma escola de futuro, para que contribua não só para o desenvolvimento de Idanha, mas também de todo o país e a nível internacional, onde tem representado Portugal em eventos de grande prestígio”. K
www.ensino.eu
6 Um grupo de 40 alunos da licenciatura em Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações e dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais em Comunicações Moveis e em Instalações Elétricas e Telecomunicações da Escola Superior de Tecnologia do IPCB participaram, no dia 29 de novembro, no Ignition-Day. O evento decorreu na empresa Altran, em Lisboa Organizada pelos professores
Paulo Torres e Pedro Torres, esta atividade teve como objetivo divulgar o futuro das telecomunicações e as perspetivas de trabalho para os alunos que estão a estudar nesta área. A iniciativa contou com a parceria com o Museu das Comunicações e da Tesla, a fim de mostrar os principais projetos da Altran Portugal para o mundo, e a necessidade de mão de obra técnica e especializada nestas áreas. K
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Rita Ruivo
Psicóloga Clínica (Novas Terapias) Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)
EspaçoPsi - Psicologia Clínica Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 E-Mail: psicologia@rvj.pt “Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira. Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular (…). Outras vezes uma plavra é quanto basta.” José Saramago, “Jangada de Pedra”
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Boas Festas
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João Morgado lança novo livro
O Império em livro 6 O escritor português João Morgado acaba de lançar um novo livro. Nesta entrevista, respondida por email, fala da relação que os jovens têm com as novas tecnologias e com a leitura de livros, e como as novas plataformas poderão provocar mudanças. Ainda assim, assegura que a literatura, tal como hoje a conhecemos, não vai desaparecer, mas vai perder espaço. O “Livro do Império” é a sua mais recente obra. Como é que o carateriza? É uma viagem ao séc. XVI, quando o reino de Portugal vivia já na ressaca dos Descobrimentos e em que o império já mal se sustentava. As riquezas que vinham das Índias eram consumidas em manter as Índias, o Brasil ainda não estava devidamente explorado e perdíamos influência em África. O reino estava fragilizado, nas mãos de uma nobreza corrupta, sob o jugo da Inquisição, com um rei muito jovem que era D. Sebastião, que sonhava com a glória cavaleiresca que o levou a Alcácer-Quibir… No meio de tudo isto, surge um poeta valdevinos, que andava perdido nas Índias, mas vem para Lisboa com um livro entre mãos. Serão “Os Lusíadas”. Acontece que ao cantar as glórias do Portugal de outrora, e aqueles que “da lei da morte se libertaram” pelos seus actos, por comparação, era também uma denuncia da falta de valores do seu tempo… Será que “Os Lusíadas” foram um livro político? Camões é estudado nas escolas. É uma nova visão desta obra? E do autor? Creio que as escolas deveriam ler este livro pois humaniza Camões e dá uma nova leitura da importância d’Os Lusíadas, tocando em aspectos que não são as abordagens do ensino oficial… é uma forma de as novas gerações se voltarem a apaixonar por este Camões. Ele é mais que um “herói da Marvel” - um namoradeiro, um espadachim que perdeu o olho, que andou a combater nas Índias e salvou o manuscrito a nado depois de um naufrágio… Apesar de uma vida aventureira e de maus caminhos, foi um génio que consolidou a nossa língua portuguesa e escreveu um dos livros mais importantes da literatura mundial. Apesar de muitas imperfeições e passagens menos conseguidas, é uma obra prodigiosa em termos épicos e líricos, com fabulosas referências de história, geografia, botânica…. E muita critica socio-política. Camões foi um revolucionário político!
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bitos de leitura, ou pelo contrário pode provocar o afastamento dos jovens para com a leitura e literatura? A literatura, tal como hoje a conhecemos, não vai desaparecer, mas vai perder espaço. Acompanhando os novos tempos, teremos de criar uma nova comunicação para as plataformas digitais, teremos de interligar textos com imagem, som, cor… teremos de criar fortes e didáticos conteúdos para o digital, para que as novas tecnologias não sejam apenas jogos e entretenimento desprovido de inteligência. Mais que combater as imbatíveis tecnologias, teremos de dar o salto para entrarmos nelas… é aí que os jovens nos vão encontrar. Teremos de os surpreender no seu próprio espaço!
Esta é mais uma obra que fala da nossa história, como “Vera Cruz”, ou o registo é diferente? Sim, é um romance histórico. Com investigação rigorosa mas que vai muito além de nomes, datas e lugares… isso já está nos livros de história. Um romance permite e deve oferecer um novo e verosímil olhar sobre os acontecimentos, o explorar da personalidade dos personagens para que nos cheguem em 4D quando lemos. Depois o romance permite oferecer um quadro de época, usos e costumes, contexto político, económico, social… é um mergulho na história. As pessoas devem entender estes
livros como viagens no tempo. Não se devem desperdiçar estas oportunidades de viajar! No seu contacto com o meio escolar, como é que vê hoje a relação dos jovens com a leitura? Eu escrevi versões dos heróis da história portuguesa para literatura juvenil. O Pingo Doce está a vender uma colecção de grandes descobridores, em que escrevi a vida de Gama, Cabral, Bartolomeu Dias e Pêro da Covilhã… É a minha tentativa de chamar os mais jovens para a leitura, seja em papel ou noutra plataforma. O importante é que leiam. Não porque ler seja cool,
mas porque ler é fundamental para a formação de uma pessoa. Quem lê ganha conhecimentos, ganha vocabulário, capacidade de interpretação, melhora a comunicação e isso e uma ferramenta para ter sucesso nos dias de hoje. Os mais jovens deviam pensar nisto… É claro que o audiovisual é mais cativante pois não exige esforço. Os jovens são apenas receptores do que lhes entra pelos olhos a dentro e nem lhes dá tempo para pensar, mas essa apatia e passividade, vai custar cara às próximas gerações! Nessa relação, as novas tecnologias podem ser um aliado a há-
CARA DA NOTÍCIA 6 Poeta e romancista Poeta e romancista, é doutorando em Comunicação na Universidade da Beira Interior, onde se licenciou, tem um mestrado em Estudos Europeus na Universidade de Salamanca, Espanha, e uma pós-graduação em Marketing Político pela Universidade Independente / Universidade de Madrid. É membro do Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão. Foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural, oficializada pela República Federativa do Brasil, pelo seu trabalho de investigação sobre Pedro Álvares Cabral. Recebeu ainda o Troféu “Cristo Redentor” pelo seu trabalho em prol da cultura luso-brasileira, entregue pela Academia de Letras e Artes de Paranapuã – Rio de Janeiro. Trabalhou como operário têxtil e jornalista. Atualmente, é consultor de comunicação nos meios empresariais e políticos. Na literatura, afirmou-se com dois romances: «Diário dos Infiéis» e «Diário dos Imperfeitos» (Casa das Letras). Estas duas obras foram adaptadas ao teatro pela ASTA – Associação de Teatro e outras Artes. Na sua incursão pelo romance histórico, lançou na Clube do Autor, a obra «Vera Cruz» (2015) sobre a vida desconhecida de Pedro Álvares Cabral, e um polémico romance biográfico de Vasco da Gama «Índias» (2016). Estas obras tiveram uma adaptação para livros juvenis. O seu último romance «O Livro do Império» relata-nos os últimos anos de Camões e a controversa edição d’Os Lusíadas. Nesta sua carreira venceu vários prémios literários, dos quais se destacam Prémio Literário Vergílio Ferreira 2012; Prémio Literário Alçada Baptista 2014; Prémio Nacional de Literatura LIONS 2015; Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha; Correntes d’Escritas 2015; Prémio Medalha do Mérito Literário da “Ordem Internacional do Mérito do Descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral” (Brasil), 2017; Prémio de Poesia Manuel Neto dos Santos, 2015; Prémio Literário António Serrano 2016. K
Nas escolas decorrem, ao longo do ano letivo, concursos de leitura. Sente que os autores portugueses, sobretudo os da sua geração, estão a começar a ser procurados pelos alunos? Ou ainda há alguma resistência por parte da academia em apresentar novos livros e novos escritores? Tenho outro tipo de escritas, mas os romances históricos, sobretudo os ligados aos ‘Descobrimentos’, entendo que são muito didáticos. São poucos, muito poucos, os convites que recebo para ir a escolas. Estar eu presente não é importante, mas gostaria que os meus livros fossem lidos por professores e que pudessem ser instrumentos de trabalho para com os seus alunos… creio que estas obras poderiam ser um bom auxiliar para os docentes e uma forma de os alunos receberem ‘matéria’ de uma forma diferente e agradável! O João Morgado já publicou obras de vários estilos. Depois do “Livro do Império”, o que se poderá seguir? No próximo ano pretendo lançar o romance biográfico de outra grande figura do séc. XVI para fechar a “trilogia dos navegantes”… Pela primeira vez, vou escrever um libreto para uma ópera, respondendo a um desafio de um compositor para um projecto que deverá envolver escolas de música… só me falta encontrar tempo para tudo, no meio da (sempre adiada) tese de doutoramento. Mas, acredito que vai ser um ano muito frutífero…
edições
Novidades literárias 7 TEOREMA. A Persuasão, de Meg Wolitzer. Jovem, brilhante e ambiciosa, Greer Kadetsky acaba de ser aceite na prestigiada universidade de Yale com uma bolsa de estudo. Para entrar, basta preencher um formulário. Algo que os pais, na sua descontração de hippies da velha guarda, não fazem. É assim que ela se vê relegada para uma universidade de segunda linha enquanto o namorado, Cory, filho de imigrantes portugueses, concretiza o sonho de ambos e segue para Yale. Aos poucos, ambos se afastam do futuro que sempre imaginaram para si próprios. E um dia, vão perceber como estão longe daquilo que sonharam ser. K
FCA. Windows Server 2016 Curso Completo, de António Rosa. Esta obra pretende dar a conhecer o Windows Server 2016, o mais recente sistema operativo servidor da Microsoft. Ao longo do livro são descritas as características que fazem da família Windows Server um caso de sucesso na implementação de redes empresariais. Para cada uma destas, são dados exemplos detalhados e ilustrados. Numa primeira parte, e após uma breve apresentação das características da nova versão, é demonstrada a instalação de um novo servidor e são apresentados os passos mais importantes para que a rede entre em funcionamento. Numa segunda parte da obra é dado um maior enfoque às diversas tarefas de exploração e administração da rede informática. K
gente e livros
Ray Bradbury 7 Ray Bradbury (1920-2012) é um dos autores norte-americanos mais conhecidos do século XX. Talentoso contador de histórias, é autor de uma obra que vai da fantasia à ficção científica e ao terror. «Fahrenheit 451», clássico distópico de 1953, é a obra mais conhecida de Ray Bradbury e uma das mais celebradas do século XX. A Infopédia descreve a obra como “a história de um grupo de indivíduos que decora, cada um deles, um livro, para assim salvar certas obras das garras de uma censura incendiária. Curiosamente, o título da obra foi inspirado no grau de temperatura necessária à combustão do papel, 451º Fahrenheit, ou seja, cerca de 233º Centígrados”. Outras obras famosas incluem «Algo Maligno Vem Aí», «Crónicas Marcianas» e a coletânea «O Homem Ilustrado». Numa carreira literária com mais de 70 anos, Ray Bradbury inspirou gerações de leitores a sonhar, pensar e criar. Foram centenas de contos e perto de 50 livros, além de numerosos poemas, ensaios, peças de teatro, óperas e guiões para cinema e tele-
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visão. Muitas destas obras têm sido adaptadas para cinema, televisão e banda desenhada. Norte-americano, Ray Bradbury nasceu a 22 de agosto de 1920, na cidade de Waukegan, no estado de Illinois. Os seus pais foram Leonard Spaulding Bradbury, americano de ascendência britânica, e Es-
ther Moberg-Bradbury, nascida na Suécia e imigrante para os Estados Unidos após a Primeira Guerra Mundial, no final dos anos 1910. Na Infopédia conta-se que “oriundo de uma família desfavorecida, Ray Bradbury acompanhou a sua primeira migração para Tucson, no estado do Arizona, aos seis anos de idade, mas a tentativa de melhoria das condições de vida não foi bem-sucedida. A família passou a alternar a sua vida entre Waukegan e Tucson, e o pai de Ray Bradbury chegou ao ponto de perder o emprego em 1932”. Ao todo, seus pais tiveram seis filhos, sendo Ray o mais velho deles. A partir de 1934, Ray Bradbury e a sua família estabeleceram-se definitivamente em Los Angeles, na Califórnia, onde o escritor viveu praticamente até ao fim da vida. Ainda em Los Angeles, Ray Bradbury conheceu Marguerite (Maggie) McClure (19222003), com quem se casou em 1947, aos 27 anos. Juntos, Ray e Marguerite tiveram quatro filhas e oito netos. Tiago Carvalho _
LIDEL. Escrita Científica - Da Folha em Branco ao Texto Final, de Luis Adriano Oliveira. Guia de boas práticas para dissertações, teses e publicações de investigação. A obra parte da premissa que a garantia do sucesso de qualquer texto científico resulta da conjugação de dois fatores: a qualidade do conteúdo a partilhar; e a qualidade da forma como esse conteúdo é relatado. Aqui focaliza-se, sobretudo, o segundo destes dois requisitos: valorizar o conteúdo através de uma boa redação. Estudantes de mestrado ou de doutoramento, mas também autores de artigos científicos, são o público deste livro centrado em ciências da natureza e matemática, mas também aplicável às ciências humanas e ciências sociais. K
Edições RVJ Editores
Cem poemas de morrer de amor na Biblioteca Nacional 6 A antologia poética “Cem Poemas de (Morrer) de amor e uma cantiga partindo-se”, (edição RVJ Editores), da autoria de Gonçalo Salvado e Maria João Fernandes, acaba de ser apresentada na Biblioteca Nacional, em Lisboa, numa sessão que contou com a presença de Eduardo Lourenço, uma referência do pensamento contemporâneo, além de muitos poetas portugueses.
A apresentação da obra foi feita pelo antigo ministro da educação Guilherme de Oliveira Martins, tendo intervindo além dos autores, o professor Francisco Simões (autor dos desenhos que ilustram o livro), Carlos Semedo, assessor da presidência da Câmara de Castelo Branco para a área da cultura, a qual apoiou esta obra inserida no quinto centenário sobre a morte de João Roiz de Castelo Branco, e João Car-
rega, enquanto editor, numa sessão moderada pela diretora da Biblioteca. A sessão começou com uma excelente atuação do grupo formado pelos docentes da ESART, Filomeno Raimundo, Miguel Carvalhinho, Pedro Ladeira, Custodio Castelo e pela cantora Ana Paula, e terminou com a leitura de poemas do livro. Um momento intenso que valorizou a cultura portuguesa. K
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REDE DE ESCOLAS ASSOCIADAS - UNESCO
Boas práticas e encontro de saberes
6 A Comissão Nacional da UNESCO tem vindo a organizar desde o início do ano letivo 2017/18, os encontros regionais intercalares da rede das escolas associadas da UNESCO. O primeiro teve lugar em novembro de 2017, no Instituto Técnico de Lisboa, o seguinte na Escola Artística Árvore, no Porto, em dezembro de 2017 e o seguinte na Escola Secundária Pinheiro e Rosa em Faro, em janeiro de 2018. Estes encontros, realizados no âmbito da Agenda 2030 das Nações Unidas e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, centramse na partilha de boas práticas, no encontro de saberes, de conhecimentos, ideias e sonhos. As escolas impossibilitadas de participar no Encontro Nacional que a CNU organiza anualmente, encontram neste tempo, espaço, oportunidade de se (re) encontrarem, criando parcerias e partilhando projetos. No ano letivo que agora teve início, o primeiro encontro regional intercalar teve lugar na Escola Secundária de Loulé no dia 16 de novembro, Dia Internacional da Tolerância e da UNESCO e na mensagem difundida pela Diretorageral, O Dia internacional para a Tolerância é uma ocasião para recordar que a diversidade cultural é consubstancial às sociedades
humanas, que são uma força, um motor de desenvolvimento, uma riqueza de que todos podemos retirar benefício se aprendermos a conhecer-nos, percebemos o que todas as culturas têm de universal e adotamos uma atitude de tolerância para com aquilo que em primeira instância nos parece longe e diferente. Este Encontro regional contou com a participação das seguintes escolas e projetos: Escola Secundária de Loulé
Alimentação saudável?! ... O que escondem os alimentos? Escola Básica e Secundária da Bemposta, Portimão O Património Dieta Mediterrânica Centro de Formação Dr. Rui Grácio, Lagos Inteligência Emocional na Escola e Celebração do Dia de África como uma abordagem pedagógica para a Paz, a Inclusão e a Tolerância Escola Dr. Alberto Iria, Olhão
Um novo paradigma na educação – contributo da prática da Meditação Transcendental para o ambiente escolar Escola Internacional de Aljezur Na Rota da Paz O Encontro contou ainda com a participação dos Centros de Formação de Professores da Ria Formosa, do CFEA do Levante Algarvio e do Centro de Formação do Litoral à Serra. Os Centros de Forma-
ção de Professores são fortemente recomendados pela UNESCO para disseminar projetos inovadores e criarem materiais pedagógicos no âmbito dos programas da UNESCO nas suas diversas áreas. K Fátima Claudino _ Comissão Nacional da UNESCO
Clube Unesco
Os nossos avós eram cientistas 6 O Clube UNESCO Ciência, Tradição e Cultura do Instituto Politécnico de Castelo Branco lançou no dia 26 de novembro a IV edição do Concurso “Os Nossos Avós Eram Cientistas”, um concurso nacional destinado a crianças que frequentam o ensino pré-escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico, com o objetivo de incentivar o gosto pela ciência e a sua aplicação em técnicas usadas pelos seus avós e bisavós nas suas atividades diárias. António Fernandes, presidente do Politécnico de Castelo Branco, salientou a importância de trazer os jovens para o caminho da ciência e o contributo que este concurso, que conta já com a participação de escolas de norte a sul do país, poderá dar nesse sentido, “um reflexo e reconhecimento do trabalho feito pelo Clube UNESCO do IPCB”. Acrescentou que o concurso promove no desenvolvimento da
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região e do país, designadamente ao nível da ciência, da cultura e da valorizando a tradição. O presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, salientou o interesse da Junta de Freguesia em se associar a este concurso desde o momento em que dele
teve conhecimento, por “ser um concurso que evoca nos jovens memórias das tradições dos seus avós”, e ainda pela importância de sensibilizar a população para a ciência, “este é um concurso que apela ao saber fazer, ao conhecimento ancestral que facilita aos jovens a
compreensão da ciência”. Leopoldo Rodrigues reiterou que a Junta de Freguesia dará todo o apoio na concretização e desenvolvimento desta iniciativa, para que esta se venha a tornar num “grande concurso de âmbito nacional”. As responsáveis do Clube
UNESCO do IPCB efetuaram depois a apresentação da IV edição do concurso “Os Nossos Avós Eram Cientistas”, que tem por objetivo “incentivar o gosto pela ciência”, e onde os participantes são desafiados a entregar um trabalho com a apresentação de uma tradição, explicada em termos científicos, acompanhada de uma história original sobre essa mesma tradição. Helena Tomás e Margarida Afonso explicaram que os trabalhos são avaliados por um júri externo, composto por educadores/ professores e investigadores de ciências, em termos da profundidade e adequação da pesquisa realizada ao nível etário das crianças, da correção científica da explicação, da criatividade da história e ainda no domínio da língua portuguesa, neste caso apenas para os estudantes do 1.º Ciclo do Ensino Básico. K
Editorial
A paisagem educativa europeia 7 De entre um extenso conjunto de objectivos, os Estados têm atribuído aos sistemas educativos europeus uma tarefa comum: a de transmitir o saber através de diversificados instrumentos, procedimentos e processos, para que o educando se insira na cultura do seu país e salvaguarde o seu património cultural, cujo principal suporte é a língua. E é precisamente este um dos aspectos em que se detecta o paradoxo de algumas políticas educacionais no seio dos países que constituem a União Europeia. É indiscutível que uma boa parte da história e da cultura dos últimos séculos são comuns à generalidade dessas nações europeias. Mas não é menos verdade que as tradições, a língua, os costumes e, até, as religiões constituem uma rica diversidade. Logo, a cultura europeia revela-se como um mosaico cujos componentes são a própria garantia da riqueza cultural desta “união”, já que esta riqueza
se alicerça tanto em valores de ressonância universal, quanto no património cultural e linguístico de algumas pequenas regiões. Reconhece-se que a dimensão europeia da educação se objectiva, precisamente, neste tomar de consciência da cultura própria da Europa, no contexto das suas diversidades. Aceita-se, no terreno linguístico que, a par do ensino das línguas “maioritárias”, se deve fomentar a aprendizagem das línguas “minoritárias” e, mesmo, as de cunho mais “regional”. E são muitos os programas que se criaram para o apoio dos professores e das escolas que quisessem adoptar uma estratégia cultural de diversificação e de respeito pelas diferenças culturais. Genericamente, é neste contexto que surgem as continuidades e semelhanças da paisagem educativa europeia. Todavia, nestas quase duas décadas do novo milénio, emergem muitos e novos elemen-
tos que irão modificar, pouco a pouco, aquela fisionomia, já que vários desses fenómenos se encontram relacionados com a globalização dos mercados, a mobilidade dos cidadãos, a aceleração das mudanças tecnológicas e a ruptura com os canais tradicionais de acesso à informação. Há muito que a cultura anglo-saxónica, sob as mais variadas formas (língua, música, moda, hábitos alimentares, usos e costumes...), corre o risco de se transformar numa cultura hegemónica, face à diversidade europeia. Mas é, sobretudo, face às novas tecnologias da informação e da comunicação que a função educativa se encontra na emergência de uma séria redefinição dos saberes e dos processos que ajudam à sua transmissão. A informatização de todos os sectores de actividade, as auto-estradas da informação, a democratização da internet, o endeusamento das redes sociais…, colocam a educação e os
educadores face a novas fontes do saber, cuja natureza oscila entre o que é o conhecimento e o que é a simples informação, entre os “velhos” métodos de trabalho na sala de aula e o domínio escolar dos mais recentes “tecnicismos”, o que induz a busca de novas estratégias de actuação, a procura de novas culturas profissionais e a descoberta de mais aptos caminhos que aproximem os alunos da aprendizagem dita formal. No actual contexto, os sistemas educativos europeus não poderão alhear-se de uma formação que incorpore a oferta de informação e formação nas tecnologias digitais, bem como as competências necessárias à sua utilização e divulgação. Este novo sintoma de multiculturalismo, gerador de novas diversidades sociais e culturais, carrega consigo, também, uma outra necessidade de revisão e de redefinição do tradicional funcionamento dos sistemas escolares, em geral, e,
em particular, da actuação dos professores e dos educadores na sala de aula. Ninguém, hoje, ignora este desafio. Porém, entre a tradição e a renovação há que ser muito prudente. É que nunca deveremos esquecer que uma escola completamente submergida pelo tecnicismo pode levar a esquecer que a principal finalidade da educação continua a ser, em nosso entender, a procura dos caminhos do humanismo. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt
primeira coluna
O estudante no centro da estratégia 7 Formar e qualificar no ensino superior não passa apenas por capacitar os estudantes em termos técnicos, científicos e humanísticos, mas também por tornar todos esses jovens e menos jovens cidadãos de corpo inteiro, capazes de assumirem, no futuro, as suas responsabilidades profissionais e perante a sociedade de forma exemplar. Hoje, mais que nunca, as universidades e os politécnicos estão a formar diplomados para profissões que ainda não existem, para cenários sociais e geopolíticos que podendo ser previsíveis, não sabemos de todo como vão evoluir. Daí que além da dimensão que a ciên-
cia e o conhecimento conferem aos diplomados, as instituições devem ter associada uma vertente humanista, sem excessos, na medida certa. A responsabilidade social é uma matéria importante, que deve ser encarada como um instrumento de coesão e de abertura a novas realidades que muitos alunos desconhecem. E não me refiro apenas à responsabilidade social dentro de cada instituição no sentido de apoiar alunos com mais dificuldades. Falo também numa outra dimensão, a de transportar para a sociedade iniciativas de voluntariado por parte da academia, capazes de dinamizarem ações de economia social e
de solidariedade, de forma responsável. Esta dimensão humana permitirá aos estudantes contactarem com realidades diferentes, capacitando-os para a tomada de decisões no seu futuro profissional. Afinal são as universidades e os politécnicos que formam os decisores políticos do amanhã. O Prémio Universitário Voluntariado, promovido pelo Santander Universidades, veio demonstrar que a instituições de ensino superior estão já a desenvolver este tipo de ações junto da comunidade. Os projetos a concurso envolveram dois mil 228 voluntários e abrangeram 36 mil beneficiários, num total de 57 projetos de 16 dis-
tritos. Esta perspetiva, que de certo modo revela também um caráter empreendedor por parte dos alunos e da comunidade académica, dá às universidades e politécnicos a dimensão altruísta e solidária, com a qual o Ensino Magazine também se identifica. De resto, a nossa publicação tem sabido premiar o mérito académico e o esforço dos estudantes atribuindo, anualmente, um conjunto de bolsas monetárias aos alunos que mais se destacam dentro das suas instituições. A questão da responsabilidade social é vista, por algumas universidades e politécnicos, como uma matéria que deve integrar os currículos.
Como em tudo na vida, importa evitar populismos e excessos, para que as ações solidárias sejam isso mesmo. Mas também aí, na implementação dos projetos há lugar para a aprendizagem… K João Carrega _ carrega@rvj.pt
www.ensino.eu DEZEMBRO 2018 /// 021
APRENDER Y ENSEÑAR EN LA ERA DIGITAL
Una mirada crítica al poderío de la Red (II) 7 Alertados por los datos que apuntábamos en la anterior colaboración, autores de prestigio como Vargas Llosa censuran asiduamente a Internet como causa y síntoma de la homogeneización y la trivialización de la cultura. O la superficialidad que denunciaba Carr en su libro Superficiales. ¿Qué está haciendo Internet con nuestras mentes? “ Como el propio título sugiere, Internet nos incita a buscar lo breve y lo rápido y nos aleja de la posibilidad de concentrarnos en una sola cosa”. Internet nos desvía de formas de pensamiento que requieren reflexión y contemplación, “nos convierte en seres más eficientes procesando información pero menos capaces para profundizar en esa información y al hacerlo no solo
nos deshumanizan un poco sino que nos uniformizan”, dice Nicholas Carr. Otros, como la crítica social Astra Taylor, opinan que seguramente Internet está agudizando las desigualdades económicas y sociales en vez de ponerles remedio. La neutralidad de la red, según ella, es solo el comienzo para asegurar acceso y representación igualitarios online, ya que las condiciones económicas de fondo y los imperativos comerciales de siempre no han cambiado... Lo que ha sucedido hasta ahora, dice, no ha sido una revolución sino un “reordenamiento”: los magnates de Hollywood han sido eclipsados por los del Valle del Silicio, un puñado de gigantes como Amazon, Apple, Google, Facebook…
En otro sentido, pero también muy crítico con la red, el editor y crítico social Leon Wieseltier publicaba hace un par de años en un prestigioso diario norteamericano una enérgica condena del “tecnologicismo”. Y al examinar de cerca el credo del Silicon Valley, nos descubría “su incoherencia básica”: una filosofía quimérica que engloba una torpe amalgama de creencias, entre ellas la fe neoliberal en el libre mercado, la confianza maoísta en el colectivismo, la desconfianza libertaria en la sociedad o la creencia evangélica en un paraíso venidero… Así pues, las dudas sobre la revolución digital y sobre la luminosa visión que mucha gente tenía del famoso valle cuenta con destacados detractores incluso en Estados
Unidos, un país de fanáticos de los aparatos tecnológicos. Se acusa con cierto fundamento al puñado de empresas californianas que están transformando el mundo a su antojo. Se están encargado de remodelar el mundo “a su imagen y semejanza..” Recientes ataques contra importantes compañías han puesto de manifiesto que en este mundo superconectado cualquier alteración en el sistema puede colapsar o dejar sin servicio a otras importantes corporaciones o instituciones de todo el mundo, dejando entrever demasiadas grietas de seguridad, como constatan los medios informativos de todo el mundo. Es innegable que todo este trasiego puede generar estrés, ansie-
dad, confusión o superficialidad, una consecuencia de estar “always on”, es decir, permanentemente conectados. K Florentino Blázquez Entonado _ Profesor Emérito. Coordinador del Programa de Mayores de la Universidad de Extremadura
As ESCOLHAs DE VALTER LEMOS
Uma Moto para cada expectativa
3 De entre as designações dos modelos da Honda provavelmente a CB é a mais conhecida. CB são as iniciais de “Citizen Band”, ou seja, Banda do Cidadão, o que parece bem-adaptado a motos que se dirigem à generalidade das pessoas que andam de moto e não somente a públicos muito característicos ou específicos. As CB constituem um elemento importante da democratização das motos, havendo sempre um modelo da série que se adapta às necessidades ou expetativas de cada grupo social, sejam os mais novos, os mais velhos, os mais aventureiros ou os mais conservadores. Há sempre uma CB para satisfazer cada caso. Foram as CB que tornaram a Honda um dos mais conhecidos fabricantes mundiais de motos e cimentaram a imagem de fiabilidade e qualidade associada à marca. Recentemente a Honda renovou algumas das versões da gama, designadamente a 125 e a 300, num estilo que designa por “Neo Sport Cafe” Publicidade
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inserido numa abordagem neoclássica que algumas outras marcas também têm adotado. O resultado é feliz apresentando um design clássico, mas ao mesmo tempo vanguardista, num equilíbrio que é um dos mais bem conseguidos no mercado. A CB125R é uma das mais leves do mercado, e com um binário interessante a baixa e média rotação, o motor é suave na entrega de potência que atinge 13 cv. A suspensão é muito efetiva em curva mantendo estável a moto em qualquer piso. Embraiagem suave e caixa excelente permitem uma condução descontraída. Os travões com um ABS efetivo e pouco intrusivo permitem uma travagem progressiva e eficiente. A altura do assento do condutor não chega aos 80 cm, o que permite o acesso a praticamente todas as estaturas. Farol led, instrumentação digital e bons acabamentos completam o pacote que tem um preço muito justo, cerca de 4400 euros Quem quiser um pouco mais de
potência, mantendo o estilo e as características de condução, pode optar pela 300R. Com os seus 31cv tem um som de escape que parece de uma cilindrada maior, mas mantém as características que permitem uma condução desportiva, mas equilibrada e segura, com suspensão e travagem eficientes e suavidade de comandos, apresentando, tal como a 125, acabamentos de qualidade. A diferença de preço é de cerca de 700 euros, pelo que se pretende fazer umas viagens um pouco maiores, talvez valha a pena considerar a hipótese. Como é característico dos modernos motores da Honda, os consumos de qualquer dos modelos são baixos, pouco ultrapassando os 3 litros, permitindo uma autonomia interessante. Mas, como referido no início, há sempre uma CB para cada gosto ou necessidade. Se é mais aventureiro pode optar por uma CB 500X, se gosta de andar mais depressa pode querer uma CBR650F ou se é um purista opte por uma CB1100. K
Livro editado pela RVJ Editores
Candeias da Silva vence prémio
6 A Academia Portuguesa de História distinguiu o investigador Joaquim Candeias Silva pelo livro “Orca (Fundão, Castelo Branco) – Monografia Histórica de uma Freguesia com um Passado Multimilenar”, editado pela RVJ Editores. O livro, com cerca de 500 páginas, retrata a história daquela freguesia do concelho do Fundão, e foi editado este ano. Trata-se de um documento muito completo, resultante de
uma apurada investigação do autor. Recorde-se que em 2013 o investigador já tinha recebido da Academia Portuguesa da História, o Prémio Laranjo Coelho. Joaquim Candeias da Silva tinha também já sido agraciado com a medalha de prata de Mérito Municipal da Câmara Municipal do Fundão, com a medalha de Honra do Município de Abrantes, e com a placa de “Profissional do Ano Rotário” do Rotary Club de Abrantes. K
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Edições rvj
Receitas das avós com muito afeto 6 O livro “Receitas das Avós – 2ª Edição revista e aumentada” teve a sua apresentação nacional em Castelo Branco, no passado dia 8 de dezembro, uma data em que noutros tempos se assinalava o Dia da Mãe. Coordenado por João Carrega, o livro procura homenagear as avós e as suas receitas. No fundo é um livro de afetos O livro constitui também um património histórico, o qual como e bem referiu o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luis Correia, deveria ser aproveitado pela restauração de Castelo Branco, no sentido de serem confecionados e disponibilizados aos seus clientes alguns dos pratos apresentados no livro. Foi uma cerimónia emotiva, com intervenções de Júlio Cruz, que teve a responsabilidade de moderar o debate; de Florinda Baptista, que falou do que as receitas das avós representam para os netos; de João Ruivo, que destacou a importância da obra; de Maria José Infante, docente da Escola Superior de Educação de Castelo Branco, que apresentou a obra; e do presidente do Município, Luís Correia, para além das palavras do coordenador da obra. K
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Uma verdadeira história de amor pelas artes gráficas TEL: +351 239 990 260 | GERAL@LOUSANENSE.PT | WWW.LOUSANENSE.PT
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BOAS FESTAS Votos de um Feliz Natal e de um Prรณspero Ano Novo!
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crónica salamanca Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos
Magna charta universitatum 6 Dos procesos paralelos y una confluencia. Uno es el que representa la conmemoración de los 800 años de vida de la Universidad de Salamanca, desde su creación en 1218, celebración que en los últimos meses viene siendo aplaudida, jugosa, fecunda y a veces merecidamente ostentosa, sobre todo al compararse con las numerosas universidades púberes que se arrogan protagonismos poco merecidos y menos convincentes. La nómina de actos, conciertos, reuniones científicas, encuentros de rectores de todo el mundo, exposiciones históricas y artísticas, grandes congresos internacionales, y otros eventos, llenaría por sí sola una extensa memoria, que debería quedar para la historia de la universidad española y desde luego para la propia de Salamanca. El proceso número dos tiene una lectura muy diferente, pues nos obliga de nuevo a llamar la atención desde este espacio de reflexión universitaria sobre la grave segregación que vive la universidad en el mundo, y desde luego en España y Portugal, en lo que se refiere a las HUMANIDADES y su progresiva eliminación de la vida cotidiana de nuestras universidades. Da la impresión que lo que afecta de forma directa a lo genuino del hombre, a las ciencias humanas y sociales en el quehacer universitario va siendo sustituido por el glamour de lo exitoso y la utilidad funcionalista, por la imposición exclusivista de los métodos y conceptualización de las ciencias experimentales y sus necesarias transferencias, las técnicas y aplicaciones. El nuevo canon de vida científica para el universitario de nuestro tiempo ya no es el saber, o los saberes que interesan a las personas, sino las patentes, el número de transferencias técnicas alcan-
zadas y publicitadas en voraz competición con otros colegas sometidos al mismo dictamen. Es el imperio de la cultura anglosajona dominante que borra del mapa las preguntas de fondo sobre el hombre, porque lo que esa cultura académica busca en su producción científica son resultados, propuestas e innovaciones aplicativas, lo más novedosos y competitivos posibles. Es posible la confluencia de mencionados procesos. Cabe la resistencia, al menos alguna iniciativa de esa clase, y bien significativa, para mostrar al mundo que no todo es uniforme, ni es como quieren los poderosos, quienes dominan los códigos de la ciencia y la universidad de nuestro tiempo, quienes establecen las reglas de juego y obligan a todos los participantes a someterse al uniformismo y los intereses que a ellos les benefician : publicaciones en inglés son las que valen, métodos de las ciencias experimentales para todo tipo de evaluaciones, revistas científicas controladas de forma perversa y vergonzosa por empresas privadas –como sucede con Scopus, Elsevier y otras-, sistema cuantificador y numérico de selección de profesores, olvido descarado de la formación y la docencia en favor de la denominada “producción” científica de los agentes universitarios, búsqueda acelerada de un modelo de gobernanza que convierta la universidad pública en una empresa ( hay que olvidarse del servicio público como algo muy antiguo, dicen), y tantas expresiones más. Caben alternativas y reorientación de este deterioro indudable. De ahí la enorme importancia de la declaración que lleva el nombre de “Magna Charta Universitatum”, aprobada, firmada y publicitada en el paraninfo de la
Universidad de Salamanca hace pocas semanas, en el contexto de celebraciones de nuestro vibrante VIII Centenario. El documento ha sido elaborado por una comisión redactora, de la que tuvimos el honor de participar, que ha sido encargada por varios decanos de las facultades de ciencias sociales y humanidades (desde Filología como promotor inicial), que se leyó y firmó públicamente con el objeto de invitar a intelectuales y personalidades de todo el mundo a que respalden y firmen su apoyo a la defensa de las humanidades en nuestras universidades, en las de todo el mundo. El documento, esta Carta Magna de las Humanidades, es razonablemente extenso, pero muy enjundioso, y nos invita a desmenuzarlo en diferentes espacios y momentos, lo que no nos es posible hacer en una sola columna. Desde el preámbulo, y con la autoridad que reclama una institución ocho veces centenaria, se afirma que la Carta trata de alertar a la sociedad próxima, y a todo el mundo, por el carácter de universalidad de la institución, de los graves síntomas que padecen nuestras universidades despreciando de forme continuada y creciente todo lo que se relaciona con las artes, las humanidades y las ciencias que han adoptado a los hombres como su ámbito de estudio: : la antropología, las artes, el derecho, la economía, la ética, la filosofía, la física, la geografía, la gramática, la historia, las lenguas clásicas y modernas, la lógica, la literatura, la matemática, la medicina, la música, la pedagogía, la poesía, la política, la psicología, la retórica, el teatro, la teología y la traducción. Además, junto con esos conocimientos se ha posibilitado la adquisición de aptitudes para contribuir
a la construcción de sociedades más igualitarias, más justas y más libres. Se reivindica en el texto la aportación sustancial que las humanidades representan en la convivencia universal, en la armonía social, como muestran las aportaciones de cualificados representantes de la rica historia de la universidad salmantina, desde Francisco de Vitoria a Unamuno, desde Juan de la Cruz a María de Maeztu, por mencionar solo algunos entre miles de significados profesores, estudiantes y estudiosos que han pasado por las aulas del estudio salmantino, dejando una profunda huella humanista desde hace siglos y hasta nuestros días. El documento expone los principios fundamentales en que se sustenta y las propuestas de acción que sugiere, cuestiones que hemos de abordar en otro momento, por exclusivas razones de espacio disponible .K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
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Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
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press das coisas
pela objetiva de j. vasco
Disco Externo Toshiba 3 A Toshiba tem um novo disco rígido externo de 4TB da popular série Canvio. Disponível nos modelos Advance, Basic e Ready, esta nova solução de armazenamento destina-se quer a utilizadores domésticos, quer a pequenas e médias empresas. O disco é compatível com computadores que utilizam o Windows ou o macOS, e com as interfaces USB 3.0 e 2.0. Além do novo modelo de 4TB, foram ainda criadas versões de 1 e de 2TB. K
António Zambujo «Do Avesso» 3 António Zambujo, cantor e compositor português, acaba de lançar o seu oitavo álbum. “Do Avesso” conta com a participação de vários autores nacionais (Luísa Sobral, Miguel Araújo, Márcia, entre outros) sendo, em algumas faixas, acompanhado pela Sinfonietta de Lisboa. António Zambujo afirma-se como um nome cada vez mais importante da música portuguesa. K
Contra a violência sobre as mulheres 3 No passado dia 25 de novembro, em várias cidades do país, realizaram-se manifestações invocando o Dia Internacional Para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres. Lisboa foi uma delas, numa manifestação que contou com a presença de uma delegação da Guarda Nacional Republicana e da Ministra da Presidência, Maria Manuela Leitão Marques. No final foram acesas 24 velas, uma por cada mulher assassinada, já este ano, por violência de género. K
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Prazeres da boa mesa
Um Cheirinho de Natal… As Filhós em Mil Folhas (25 pax): 200g de Medronhos 50g de Açúcar 1 Laranja em Zeste 25g de Manteiga 750 ml de Garraf. do Comendador
3RECEITA Ingredientes p/ as Filhós (25 pax): 3 Cháv. Café de Azeite 2 Cháv. Café de Aguardente 1 Cháv. Café de ANIS SECO DÓMÚZ 3 Cháv. Café de Leite 3 Cháv. Café de Sumo de Laranja 3 Ovos 1 Kg de Farinha Q.B. de Sal Preparação da Filhós: Misturar todos os ingredientes até ficar uma massa homogénea. Deixar descansar por 30 minutos. Esticar, cortar e fritar em azeite. Ingredientes Gelado de ANIS DÓMÚZ (25 pax): 1,5 L de Leite 1,5 L de Natas 600g de Gemas 600g de Açúcar 150g de ANIS MEL DAMAS DÓMÚZ 60g de Estabilizante Pre. do Gelado de ANIS DÓMÚZ: Ferver o leite e as natas. Misturar aos restantes ingredientes. Deixar arrefecer completamente e levar à máquina de gelados até
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Preparação para os Medronhos: Derreter o açúcar na RESERVA DO COMENDADOR com a manteiga. Adicionar a zeste de Laranja, por fim os medronhos.
ficar cremoso e sólido.
restantes natas batidas.
Ingredientes Mousse de Queijo (25 pax): 180g de Natas 1 Vagem de Baunilha 6 Folhas de Gelatina 120g de Açúcar em Pó 600g de Queijo Neutro 440g de Natas
Ingredientes para os Medronhos
Preparação da Mousse de Queijo: Levar as 1ªs natas ao lume com a baunilha e o açúcar em pó até ferver. Adicionar a gelatina demolhada. Juntar ao queijo e envolver as
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Empratamento: Num prato fazer camadas de filhós e de mousse de queijo. Aplicar um cordão de molho de medronhos e dióspiro. Finalizar
com o gelado. K Chef Mário Rui Ramos _ Chef Executivo
Bocas do galinheiro
Bernardo Bertolucci – In Memoriam 7 Morreu um dos grandes mestres do cinema italiano. Bernardo Bertolucci, deixou-nos no passado dia 26 de Novembro. A par dos também já desaparecidos Pasolini, Visconti, Rossellini, Fellini e Antonioni, Bernardo Bertolucci era o seguramente o realizador italiano com maior projecção mundial. Da sua geração resta Marco Belocchio, mas alguns furos abaixo. Nascido em Parma a 16 de Março de 1941, filho do poeta e crítico de arte Attilio Bertolucci e de uma professora, Bernardo Bertolucci, que antes de se dedicar ao cinema também se dedicou à escrita, iniciou-se na sétima arte como assistente de realização de Pier Paolo Pasolini em “Accatone”, de 1961. Os seus primeiros filmes, do princípio dos anos 60, “La Commare Secca” (1962) baseado num livro justamente de Pasolini e “Antes da Revolução” (1964), estão claramente alinhados com um novo cinema italiano, influenciado pela “nouvelle vague” e à volta de Pier Paolo Pasolini, mentor e principal referência duma nova geração de cineastas que assumiu que o neorealismo já fora e que buscou inspiração na História e na representação de grupos sociais. Para além dos filmes referidos, esta nova linha é notória em “A Estratégia da Aranha” (Atrategie Del Ragno), de 1969, baseado num conto de Jorge Luís Borges, “Tema del traidor e del héroe”, ou seja, sobre a verdade e a mentira, no filme sobre um herói da Resistência anti-fascista que só o foi quando sucumbiu num atentado; em “O Conformista” (Il Conformista), de 1970, sobre o fascismo italiano; em “Novecento/1900” (1976), em que a luta de classes entre grandes proprietários e camponeses, historicamente imutável, também o é porque os homens que a protagonizam, apesar das diferenças sociais que os separam, são, acima de tudo, homens. De Bertolucci ainda há que recordar filmes como “Tragédia de um Homem Ridículo” (1981), uma visão da sociedade italiana sob os efeitos do terrorismo que a perpassou nos anos 70 e 80, aqui num rapto simulado, ou, simplificando, mais uma vez o engano, naquele que é considerado por muitos como a sua melhor obra; “Partner” (1968), em que a influência de Godard é notória, e os feitos “fora” com o produtor inglês Jeremy Thomas,
theaustralian.com.au H
de “O Último Imperador” (1987), uma fábula sobre o poder, servida por um ambiente de fausto e de esplendor, o filme é baseado na autobiografia do último imperador chinês, Pu Yi, que lhe valeu nove Óscares, entre os quais os de Melhor Filme e de Melhor Realizador, a “Um Chá no Deserto” (1990), baseado num romance de Paul Bowles, sobre a viagem de um casal de escritores e um amigo pelo deserto, a tal imensidão propícia a todas as aventuras e descobertas, passando por “La Luna” (1979), outro relacionamento pouco or-
todoxo, aqui entre mãe e filho, outra vez as aparências e a realidade. Mas foi com o “O Último Tango em Paris”, que se alcandora ao reconhecimento mundial e em que a intensidade dramática é obnubilada pela carga erótica e recordado, com pena, diga-se, pelo uso dado à vulgar manteiga de cozinha por Marlon Brando, um (outro) americano em Paris, com vontade de esquecer o suicídio da mulher e que encontra, num apartamento que ambos queriam arrendar, Maria Schneider, uma jovem de espírito aberto que
aceita uma relação sem compromisso. A tal carga erótica e uma mão cheia de cenas de sexo, esgotavam o S. Jorge, em Lisboa, depois do 25 de Abril de 1974, derrubadas que estavam as amarras da censura, para ver o filme que valera ao realizador, na sua pátria, ser-lhe retirado o direito de voto e os tribunais proibirem a exibição do filme por blasfémia e indecência. Anos mais tarde esta pulsão erótica de Bertolucci e acima de tudo uma grande e bela homenagem ao cinema, ou melhor, aos cinéfilos, com o Maio de 68 como pano de fundo ( não esquecer que o Maio de 68, uma quase revolução, pelo menos culturalmente revelouse como tal, começou com as manifestações de repúdio de um grupo de cineastas pela decisão do então ministro da Cultura de França, André Malraux, de demitir o director da Cinemateca Francesa, Henri Langlois), dão outro belo filme de Bertolucci, “Os Sonhadores” (2003), um breve relançamento da sua carreira, em que naquele imprevisto banquete de liberdade às portas da Cinemateca, dois gémeos, Theo e Isabelle, conhecem Matthew, um jovem americano a estudar em Paris, fascinado, tal como os irmãos, pelo cinema de Godard, de Lang ou de Nicholas Ray. O resto é uma aventura claustrofóbica no apartamento em que os franceses vivem com os pais, numa sequência vertiginosa de amor, sexo e transgressão, sempre com o cinema como farol que ilumina as suas vidas, vidas que misturam perigosamente a ficção com a realidade. No fim os irmãos correm para as ruas de 68, o americano não. “O Pequeno Buda” (1993), com Keanu Reeves, “Beleza Roubada” (1996) e “L’Assedio” (1998), pouco dizem. “Eu e Tu” (2012), a sua última longa-metragem, estreada 50 anos depois do seu primeiro filme, pouco veio acrescentar a uma carreira longa e grandiosa, a que poderíamos juntar o seu contributo na história, juntamente com Dario de Argento e Sergio Leone, para aquele que viria a ser um momento alto do spaghetti western, “Era Uma Vez no Oeste” (1968), de Leone. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _
Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
No reino de Natal 6 Sintra realiza, durante o mês de dezembro, o Reino de Natal, iniciativa que conta com muitos milhares de visitantes, entre eles muitas escolas do concelho. Tudo decorre num verdadeiro espírito natalício por onde anda a “mãe natal”, fadas e duendes. O Pai Natal não dá prendas mas recebe, pois arrecada donativos ou bens alimentares que revertem para famílias carenciadas do concelho. “Este ano apela-se novamente para a sensibilização dos bons tratos aos animais, bem como para a adoção consciente através do Gabinete Médico-Veterinário de Sintra e da Associação Animais de Rua”. K Foto reportagem dos alunos estagiários do Curso Profissional de Fotografia.
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Prémio Santander Voluntariado Universitário
Solidariedade em toda a linha
6 Os projetos 8-i, do Instituto Politécnico de Portalegre; Amal Soap, da Associação Amal - Hope for a New Home em parceria com a Universidade Nova; e O Meu Lugar no Mundo, da Associação O Meu Lugar no Mundo, em parceria com a Faculdade de Economia da Universidade do Porto e a CASO Solidária, da Universidade de Coimbra, foram os vencedores do Prémio Santander Voluntariado Universitário, no valor de três mil euros. Na área da comunicação, o projeto mais votado na internet (com 12461 votos) foi o NASA AEFFUP, do Núcleo de Ação Social da Associação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, cujo prémio é de mil euros. Os prémios foram entregues no passado dia 5, em Lisboa. O júri atribuiu ainda menções honrosas aos outros projetos finalistas: Aldeia Feliz, do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho; Pequenos Acordes, da Tuna Académica da Universidade do Porto; ProBono, da Associação ProBono, em parceria com as faculdades de direito das universidades de Lisboa e do Porto, e com a Universidade Católica Portuguesa; Escola de Superpoderes, da Universidade Nova SBE e da Universidade
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do Porto; VintAGING Fénix, da Escola Superior de Santa Maria; Gerações Unidas, da Green Food Association, em parceria com a UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; e SolidarISA, do Instituto Superior de Agronomia. Cristina Louro, presidente do júri, sublinhou a qualidade dos 10 projetos selecionados, lembrando que todas as 57 candidaturas eram muito boas, pelo que foi difícil de escolher os 10 finalistas. Já Inês Oom de Sousa, administradora do banco, anunciou um reforço
de meios financeiros para este concurso, dada a qualidade dos projetos a concurso. Também Marcos Soares Ribeiro, diretor coordenador do Santander Universidades, sublinhou a importância do Prémio e a dimensão que ele tem junto do ensino superior e da sociedade. Além daqueles prémios, foram ainda distinguidas as universidades do Porto (U.Porto), que teve neste concurso 17 projetos, e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) que teve cinco, com o prémio Instituição de Ensino Superior Mais Voluntá-
ria. Distinções que agradaram aos dois reitores, presentes na iniciativa. António Sousa Pereira, reitor da U.Porto, explica que a universidade “tem apostado na formação global dos seus estudantes. Começámos com um conjunto de atividades e de organizações de estudantes que se dedicavam a ações sociais, e hoje temos faculdades que têm estas questões inseridas nos seus currículos. Este prémio é um reconhecimento destas atividades, pois queremos formar cidadãos de corpo inteiro”.
Fontainhas Fernandes, reitor da UTAD, considera que as universidades “não podem ser vistas como instituições de transmissão de conhecimento e ciência, mas sim como espaços que formam pessoas e os futuros decisores políticos e nacionais, que devem ter outros valores de cidadania. E o voluntariado tem uma componente muito importante, por isso, a UTAD ser reconhecida é muito importante. Temos aqui projetos inclusivos e de enorme generosidade, e verificamos que aqui não há classes”. K
Prémio Santander Voluntariado Universitário
Conheça os projetos vencedores Amal Soup 6 “Ficámos muito satisfeitos por vermos o nosso trabalho reconhecido fora do nosso grupo”. As palavras são de Benedita Contreras e Graça Francisco, do Projeto Amal Soap, inspirado na produção de fabrico de sabonetes Aleppo, com o intuito de criar um negócio social que permita integrar e capacitar mulheres sírias refugiadas, dando-lhes a possibi-
Projeto 8-i 6 Josélia Pedro, docente do Instituto Politécnico de Portalegre, João Melo e Beatriz Martins, alunos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPPortalegre, consideram este prémio como um incentivo à atividade que têm vindo a desenvolver. “Todos os projetos que participaram no concurso eram ótimos. Ficámos felizes por terem reconhecido o nosso trabalho e aquilo que temos feito”, explicam ao Ensino Magazine. O projeto procura dar respostas de comunicação e design junto de instituições sociais. Criado em 2012 já en-
volveu mais de 20 instituições e cerca de 40 voluntários por ano. Albano Silva, presidente do Politécnico de Portalegre, agradeceu ao Santander Universidades por ter “permitido que nós apresentássemos o nosso projeto. O Politécnico de Portalegre desde 2011 que tem apostado transversalmente nas questões sociais. Este projeto é muito interessante, pois liga a academia à economia social e ao voluntariado. Esta é uma atividade que tem sido desenvolvida por alunos e professores desde 2012. Sinto uma satisfação enorme por estes alunos, além de serem muito competentes, estarem muito bem preparados para a vida”. K
NASA 6 Mariana Oliveira e Marta Oliveira receberam, pelo projeto NASA, do Núcleo de Ação Social da Associação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, o prémio comunicação. O projeto está assente em quatro valências: o apoio escolar a crianças; o apoio ao idoso, associado a lares da cidade do Porto; o Vitamina
O Meu Lugar no Mundo 6 Inês Valdrez, Teresa Soares e Cátia Oliveira mostraram a importância do projeto “O Meu Lugar no Mundo”, que se destina a apoiar o estudo de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade económica e social da freguesia do Bonfim, no Porto. O projeto está a ser desenvolvido entre a Associação que tem o mesmo nome, em parceria com a Faculdade de Economia da Universidade do
lidade de recomeçarem as suas vidas. O projeto é desenvolvido pela Associação Amal, em parceria com a Universidade Nova. “Este prémio vai permitir melhorar a nossa zona de produção e o nosso espaço em si. Neste momento estamos a fazer a certificação com o Infarmed, para que os sabonetes possam ser vendidos em lojas específicas (tipo gourmet de cosmética)”, esclarecem. K
Alegria, que visa a promoção da saúde através de formações nas instituições apoiadas pela NASA; e temos o Apoio ao Sem-Abrigo, como referiram ao Ensino Magazine. “Este prémio vai permitir continuar o trabalho que estamos a fazer e levar a mais pessoas aquilo que já fazemos, de modo a termos uma área de ajuda maior”, explicam Mariana Oliveira e Marta Oliveira. K
Porto e a CASO Solidária, da Universidade de Coimbra. “Agora vamos voar para o Porto pois queremos estar com as crianças que acompanhamos. Ficamos com o sentimento de reconhecimento pelo trabalho que estamos a fazer. Este é o primeiro passo para o desenvolvimento do que fazemos no dia a dia, garantindo a possibilidade de levar os miúdos mais longe, abrir-lhes horizonte”, referiram no final da entrega de prémios ao Ensino Magazine. K
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