Suplemento Comercial dedicado ao 33º Aniversário do Instituto Politécnico de Castelo Branco

outubro 2013

Suplemento Comercial dedicado ao 33º Aniversário do Instituto Politécnico de Castelo Branco Produção RVJ - Editores

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Instituto Politécnico de Castelo Branco

Mais de 3 décadas a qualificar o país

Aniversário

Politécnico faz 33 anos O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) vai assinalar, no próximo dia 28 de outubro, o seu 33º aniversário, pelas 14H30, cerimónia que contará com a presença de Daniel Bessa, ex-ministro da Economia, Indústria, Comércio e Turismo do XIII Governo Constitucional e atualmente Diretor-Geral da COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação.

Administrador e consultor de várias empresas e tendo como área de especialização a macroeconomia, Daniel Bessa irá proferir uma “Oração de Sapiência” sobre a “Relação entre o Ensino Superior e o Meio Empresarial”.

A cerimónia de comemoração do 33º Aniversário do IPCB contará ainda com a entrega dos Prémios de Mérito Escolar, Bolsas de estudo por Mérito, Prémios Poliempreende Regional, e a outorga dos prémios de Mérito Científico aos docentes e “Repositório Científico do IPCB”.

Como já vem sendo habitual, a Presidência do IPCB fará ainda uma homenagem aos colaboradores com 25 anos ao serviço na instituição. No final da sessão atuará a Castra Leuca - Tuna Académica Masculina do IPCB.

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II

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IPCB assinala 33 anos

Os novos desafios do Politécnico 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco assinala, dia 28 de outubro, mais um aniversário. A instituição é uma das mais procuradas do interior do país. Carlos Maia, o presidente da instituição, diz que continua a haver falta de coragem política para a implementação de medidas de coesão territorial.

Qual a análise que faz às colocações no Instituto Politécnico de Castelo Branco para o ano letivo 2013/2014? De que forma as instituições de ensino superior do país, em particular o IPCB, podem aumentar o número de candidatos?

Tirando um ou dois casos anormais, que nos surpreenderam e que deverão merecer a reflexão interna da Instituição para além da análise que é sempre feita, o IPCB sofreu a quebra verificada a nível nacional, resultante da redução global do número de candidatos ao ensino superior, acentuada pela hecatombe das colocações nas áreas das engenharias. Estes dois fenómenos penalizam em maior escala, como é hábito, as instituições de ensino superior do interior do país. Mas a principal questão a colocar é como podemos aumentar o número de candidatos ao ensino superior em Portugal, uma vez que é a qualificação dos cidadãos que está em causa e verificamos que cada vez menos cidadãos têm acesso ao ensino superior, pelos mais diversos motivos, que vão desde as dificuldades económicas das famílias até ao abandono escolar. Este ano o número de candidatos ao ensino superior esteve ao nível de 2006, com pouco mais de 40 mil candidatos. De 2008 a 2013 houve uma redução de candidatos ao ensino superior da ordem dos 25%.

Torna-se necessário aumentar o campo de recrutamento. O aumento da escolaridade obrigatória para 12 anos poderá contribuir para isso, mas terá também de haver uma intervenção no ensino básico e secundário, que permita aumentar as competências dos estudantes, o que se repercutirá nas médias dos exames nacionais. Não é normal que as médias dos exames nacionais sejam sistematicamente negativas e o país encare isso como de algo normal se tratasse. Além disso, é também necessária uma forte intervenção no sentido de reduzir o abandono escolar, principalmente no ensino secundário. Apesar de Portugal ter conseguido progressos notáveis ao reduzir o abandono escolar de 2005 para 2012 em quase 20%, ainda ocupamos os últimos lugares da tabela, apenas à frente de Espanha e Malta. A meta pretendida para 2020 é de 10% e Portugal ainda apresenta uma taxa de abandono de 20,8%.

São necessárias medidas de descriminação positivas para estas instituições ou uma política de vagas mais equitativa em termos de território nacional?

Não deveria ser necessário falar em medidas de descriminação positivas. Bastaria que houvesse coragem política para implementar medidas que contribuíssem para a coesão e sustentabilidade territorial e para a coesão social. Essa é uma importante responsabilidade dos governantes, de fomentar o desenvolvimento harmónico do país, mas não é isso a

Carlos Maia, presidente do IPCB

que temos assistido nas últimas décadas. As assimetrias são extremamente acentuadas a vários níveis, mas o que é preocupante é que se encara isso com naturalidade, como se não pudesse ser de outra maneira. De tal modo que a implementação de qualquer medida que abranja todas as regiões é entendida como uma descriminação positiva, e até como um favor, para o interior. Senti isso de forma clara aquando das negociações para desbloquear a construção do bloco pedagógico da Escola Superior de Artes Aplicadas.

Em relação à política de vagas, ninguém pode achar razoável que 53% das vagas disponibilizadas no concurso nacional de acesso ao ensino superior no ano letivo de 2013/14 estejam concentradas em apenas três cidades portuguesas, Lisboa, Porto e Coimbra, que 91% das vagas estejam no litoral e apenas 9% no interior, e que quando se fale na reorganização da rede de ensino superior haja quem defenda que esta tem de ser feita através das instituições do interior.

A reorganização da rede de ensino superior terá de ser efetuada com todas as instituições de ensino superior, independentemente de se situarem no interior ou no litoral. Tem de haver a necessária proporcionalidade dos discursos e das ações. Estamos a falar de ensino superior público, pago também com o dinheiro dos cidadãos. Só para dar um exemplo, em Lisboa existem dez instituições de ensino superior público, algumas das quais distam menos de mil metros entre si. Mas se me perguntar se acredito que essas medidas alguma vez venham a ser implementadas eu dir-lheei que não. Já vários governos, de diversos quadrantes políticos, tiveram oportunidade para o fazer e todos eles demonstraram total incapacidade. Aliás, nem sequer faz parte das suas agendas políticas. Não me estou a referir apenas ao ensino superior. Refiro-me a um conjunto de medidas desproporcionadas, que

não têm em conta a coesão territorial e a coesão social, termos que muitas das vezes não passam de bandeiras desfraldadas apenas de quatro em quatro anos, aquando das disputas eleitorais. É mais fácil penalizar regiões já de si desfavorecidas, talvez porque o número de votos e o peso político é claramente menos relevante do que o do litoral.

O Governo tenciona implementar cursos superiores de curta duração. É esse o caminho? Será que os pais e os alunos estão dispostos a enveredar por cursos de dois anos que não atribuem título académico?

São os Cursos Superiores Especializados, que se prevê assentarem numa forte vertente profissionalizante/vocacional, orientados para o mercado de trabalho, o que converge plenamente com a missão do subsistema politécnico. Mas há ainda uma série de dúvidas e de questões importantes por decidir. É um processo que ainda vai demorar algum tempo e não vai ter início este ano. É necessário que seja produzida legislação que permita o enquadramento deste tipo de cursos de modo a posicioná-los como cursos superiores. Torna-se necessário clarificar rapidamente esta situação. Além disso, é impossível que estes cursos funcionem simultaneamente com os atuais cursos de especialização tecnológica, até porque os destinatários são os mesmos.

Outras questões que não estão ainda resolvidas estão relacionadas com as regras de acesso, a articulação com a restante oferta formativa, a definição da entidade responsável pela avaliação, assim como as questões do financiamento. Resolvidas essas questões, a aceitação depende do que vier a ficar estabelecido, tanto em relação à integração destes diplomados no mercado de trabalho como em termos de prosseguimento de estudos.

Portugal precisa de muito mais gente

qualificada. O desinvestimento que está a ser feito no ensino superior coloca essa meta internacional em perigo?

De 2008 até agora temos assistido a cortes orçamentais em relação ao ensino superior da ordem dos 40%. Se, por exercício académico, tivesse sido aplicado igual corte a todos os setores de atividade, Portugal teria neste momento um superavit e não o défice que é conhecido. A aplicação de cortes brutais a um setor que tem o dever de qualificar os cidadãos e contribuir de forma determinante para o desenvolvimento regional, pode ter um efeito mediático facilmente aceite pela comunidade, mas pode ter consequências catastróficas para o país. Temos vindo a assistir a uma elevada redução de candidatos ao ensino superior, o que põe seriamente em causa a meta prevista para 2020 que aponta no sentido de que 40% dos cidadãos na faixa etária entre os 30 e os 34 anos devem ter um diploma superior. Estamos em finais de 2013 e apenas 27,2% dos cidadãos dessa faixa etária têm um diploma superior, o que nos coloca no último terço dos Estados-membros da UE. Pelas dificuldades que as famílias atravessam, e pelo facto de um diploma superior não dar acesso direto a uma profissão, criou-se a ideia de que não é vantajoso ser possuidor de um curso superior, o que não corresponde à verdade.

As taxas de desemprego continuam a ser menores entre os possuidores de um diploma do ensino superior, estando também demonstrado que têm acesso a melhor remuneração e maor probabilidade de progressão na carreira.

A área das engenharias continua a ser uma das mais penalizadas pela procura. Na sua perspetiva como é que essa tendência se pode inverter?

Isso acontece essencialmente porque de há dois anos para cá passou a ser exigido como provas de ingresso nesses cursos, a disciplina de Matemática e a disciplina de Física, em simultâneo. Apesar de esta situação ser previsível, não deixa de constituir um paradoxo o facto de terem ficado tantas vagas por preencher em áreas de que o país continua a necessitar e em que as instituições de ensino superior têm capacidade instalada para formar. Para inverter essa tendência é necessário, na minha perspetiva, implementar um conjunto de medidas, umas de curto prazo e outras de médio/longo prazo. Mas antes de as enumerar, e para não correr o risco de ser mal interpretado, quero salientar que não tenho nenhuma dúvida de que em algumas áreas da Engenharia os conhecimentos em Matemática e em Física devem ser aprofundados. Mas também não tenho nenhuma dúvida de que esse nível de conhecimentos deve ser exigido à saída dos diplomados das instituições de ensino superior e não, obrigatoriamente, à entrada. A primeira medida que me parece importante passa por definir de forma clara quais os cursos que devem ter a designação de engenharia, tendo em conta os planos de estudos, a matriz de formação e o perfil de engenheiro definido. E isto porque algumas instituições de ensino superior, na tentativa de angariar alunos, foram acrescentando ou subtraindo termos à designação dos cursos

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com um elevada dose de criatividade havendo cursos que de Engenharia só têm a designação. Mas o inverso também acontece.

A partir do momento em que passou a ser obrigatória a Matemática e a Física como provas de ingresso, algumas instituições retiraram da designação dos cursos o termo engenharia, escapando assim a essa obrigatoriedade. Neste momento e perante a situação vivida, as ordens profissionais também deveriam ser convidadas a pronunciarem-se sobre a designação dos cursos, se bem que a sua intervenção se centre mais no âmbito do acesso à profissão e do seu exercício por parte dos profissionais.

Em segundo lugar deveria haver um levantamento rigoroso das necessidades do país em cada área, e haver um planeamento plurianual de formação, de acordo com esse diagnóstico. A terceira medida passa por uma forte intervenção ao nível do ensino básico e secundário, no sentido de reforçar as competências dos alunos em áreas fundamentais, entre as quais se inclui a Matemática e a Física e Química, de modo a que o desempenho dos alunos melhore significativamente, o que se traduzirá em conhecimentos mais aprofundados e, em princípio, em classificações mais elevadas nos exames nacionais.

Não é admissível que as médias dos exames nacionais sejam sistematicamente negativas. Este ano a média do exame nacional de Matemática A foi de 8,2 valores, enquanto a disciplina com pior média voltou a ser Física e Química A com 7,8 valores. A quarta medida, passaria por, durante um período

de tempo a definir, e até a terceira medida proposta produzir efeitos, a candidatura aos ciclos de estudos em Engenharia, far-se-ia na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior com as provas de ingresso de Matemática e Físico-química, em simultâneo, enquanto às vagas sobrantes para as fases seguintes (2ª e 3ª) poderse-iam candidatar alunos com a prova de ingresso válida de Matemática ou de Físico-química, tal como acontecia há dois anos. Aos candidatos que fossem admitidos nas duas últimas fases, as instituições de ensino superior obrigar-seiam a ministrar-lhes a formação em falta, isto é, o candidato que fosse admitido com a prova de Matemática teria de frequentar, durante o ciclo de estudos, uma formação adicional em Físico-química, ou vice-versa. Garantir-se-ia que à saída do curso o diplomado tinha conhecimentos aprofundados nessas áreas e com aptidão para ingressar no mercado profissional.

O Conselho Geral do IPCB está completo e tem já os membros da comunidade cooptados. Estão criadas as condições para que o processo eleitoral para a presidência do IPCB avance? Já existe calendário?

O Conselho Geral já está em plenitude de funções, uma vez que já foram empossados os membros eleitos e os membros cooptados.

Falta eleger o presidente do Conselho Geral, o que acontecerá muito em breve. Depois disso, existem condições para se despoletar o processo que conduzirá à eleição do presidente do IPCB. Penso que estará para muito breve.

Na última reunião da Assembleia Municipal foram tecidas algumas críticas pelo facto da Câmara Municipal ter ficado fora do Conselho Geral do IPCB. Que comentário lhe merece?

O único comentário que me merece é um esclarecimento que se impõe, até porque é normal que as pessoas que não pertencem à área não saibam como as coisas se processam. Não são as entidades que são convidadas para pertencer ao conselho geral. A lei que aprova o regime jurídico das instituições do ensino superior estabelece claramente que os membros cooptados são personalidades externas de reconhecido mérito com conhecimentos e experiência relevantes para a missão da instituição. Portanto a escolha é nominal e não institucional. Independentemente disso, a relação entre o IPCB e a Câmara Municipal sempre foi excelente, de cooperação e articulação mútua, como é conhecido, e tenho a certeza que assim vai continuar. A Câmara Municipal tem de estar sempre ao lado do IPCB e o IPCB ao lado da Câmara Municipal, para caminharem juntos em prol do desenvolvimento da região. Quanto às personalidades cooptadas para o conselho geral do IPCB, não vou obviamente tecer qualquer comentário, uma vez que são escolhas que cabem exclusivamente aos membros que foram eleitos para representarem os professores, os estudantes e os trabalhadores não docentes. Eles fizeram as escolhas que são conhecidas e todos temos que as respeitar. É assim em democracia.

Já tornou público, no final de

2012, que é candidato. Quais as prioridades que na sua perspetiva o IPCB tem pela frente?

Anunciei em novembro de 2012 que era candidato, porque se previa que a eleição decorresse no primeiro semestre de 2013. Tomada a decisão de me recandidatar, entendi que era meu dever comunicá-la.

Não é benéfico para a Instituição que haja quaisquer tabus, muito menos nestas matérias. Fiz questão de informar com bastante antecedência e muito antes de saber a composição do Conselho Geral. Os desafios são enormes e as prioridades são conhecidas, mas não é o momento de estar a avançar seja com o que for, uma vez que ainda não estamos em fase de candidatura para presidente do IPCB. Aguardamos a eleição do presidente do Conselho Geral, um órgão extraordinariamente importante para o IPCB, pelo que todos temos a obrigação de contribuir para que tudo decorra com a maior normalidade.

Uma das suas aposta do mandato que agora está a terminar era a construção da nova ESART. Para quando está prevista a abertura dessas instalações?

Sim, porque é estruturante para o Instituto e para a região e porque sempre acreditei que era possível construir a obra. Mas não foi fácil em momento nenhum. Mesmo dentro do IPCB havia pessoas contra a construção das novas instalações da ESART e cheguei a ser desencorajado de prosseguir com as inúmeras tentativas que foi necessário realizar.

Diziam-me que era uma perda de tempo, que era impossível uma vez que a conjuntura era totalmente des-

favorável. De facto não foi fácil. Foram necessárias inúmeras reuniões a vários níveis. Relembro que a meio do processo, em junho de 2011 houve eleições legislativas e o governo mudou, sendo necessário recomeçar todo o processo praticamente desde o início, com novas reuniões para novas demonstrações sobre a necessidade e a importância da obra. Só com muita persistência foi possível desbloquear a situação. O compromisso da Câmara Municipal em assegurar o montante correspondente à contrapartida nacional foi também fundamental, pelo que a obra vai ser uma realidade muito em breve. Vai estar pronta nos primeiros meses de 2014. A data inicialmente prevista para a conclusão era novembro de 2013, mas houve alguns atrasos.

Iremos fazer a transferência e a instalação durante o 2º semestre de 2013/14, pelo que haverá condições para que a ESART inicie o novo ano letivo de 2014/15 nas novas instalações, em condições de excelência.

Além disso, o IPCB ficará com três escolas no campus da Talagueira, o que permitirá uma maior rentabilização dos recursos, a todos os níveis. Tive a felicidade de ser num mandato meu como presidente da Instituição que a situação da ESART se desbloqueou e sinto-me enormemente satisfeito por ter contribuído ativamente para que isso acontecesse, mas devo aqui recordar os anteriores presidentes do IPCB, que estiveram na origem do processo do campus da Talagueira, assim como o presidente da Câmara Municipal, que inicialmente disponibilizou o terreno para a construção de todo o campus e agora assegurou a contrapartida nacional referente ao bloco pedagógico da ESART. K

Carlos Maia defende orçamentos plurianuais

Conselho Geral fica completo 6 O Conselho Geral do IPCB ficou completo com a tomada de posse dos membros cooptados, a qual ocorreu no início deste mês.

Tomaram posse Daniel Proença de Carvalho (advogado; ex-Ministro da Comunicação Social e presidente do Conselho de Administração da ZON Multimédia), António Trigueiros de Aragão (administrador da Fábrica Lusitana e presidente da Direção do Núcleo Empresarial de Castelo Branco), José Salas Pires (diretor de Serviços e Tecnologias da Informação da PT), Adelina Martins (diretora Regional de Agricultura e Pescas do Centro), Armindo Jacinto (presidente do Conselho de Administração da Naturtejo), António Vieira Pires (presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco) e António de Melo Bernardo (diretor da Segurança Social de Castelo Branco).

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Em declarações ao Ensino magazine, o advogado Proença de Carvalho mostrou-se satisfeito com a sua cooptação para o Conselho Geral do IPCB. Natural da Soalheira, advogado de formação, ex-Ministro da Comunicação Social e presidente do Conselho de Administração da ZON Multimédia, Proença de Carvalho olha para as instituições de ensino superior do interior do país, e

em particular para o Politécnico de Castelo Branco como um fator de coesão territorial: “a concentração apenas de instituições no litoral e nos grandes centros urbanos é um erro. É preciso manter nas regiões afastadas do litoral população e pessoas qualificadas que tomem iniciativas nas mais diversas áreas.

A excessiva concentração em apenas algumas regiões é um fator de

desequilíbrio. É muito importante que estas instituições possam aqui fixar pessoas e gerar atividades”.

Para aquele responsável os desafios do IPCB passam por “captar mais alunos. O país precisa da qualificação das pessoas e do seu material humano, pois é aquele em que podemos confiar para resolver os problemas que enfrentamos”.

Proença de Carvalho recorda que o “Estado tem dificuldades económicas, pelo que uma das funções do Conselho Geral é encontrar alternativas financeiras para apoiar o IPCB”.

O advogado revela que “a qualificação das pessoas é o maior ativo que um país pode ter. Portugal não tem riquezas naturais, mas possui gente qualificada que conquistou posições de destaque no país e no mundo. Encontro muitos beirões, não só em Por-

tugal como noutros países, que venceram na vida. Há aqui um potencial forte que é preciso valorizar e qualificar para que esta região beneficie com isso”.

Recorde-se que já em março, o Instituto Politécnico tinha eleito os docentes para o Conselho Geral, tendo-se apresentado duas listas às eleições. Na altura foram eleitos os seguintes docentes e investigadores: Celestino Almeida, Maria João Guardado Moreira , João Petrica, Nuno Castela, Ana Fernandes, Isabel Margarida Antunes, João Ventura, Sara Nunes, Maria Teresa Albuquerque, António Fernandes, João Carneiro, Maria Cristina Almeida e Maria Luísa Castilho.

O Conselho Geral integra ainda Ricardo Batista, como funcionário não docente, e os alunos Paulo Regalo, Arnaldo Faustino, João Nunes e João Duarte. K

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Valorização dos resíduos

Redes de telemóveis

EST debate construção

Angola com toque do IPCB 6 O diplomado pelo IPCB/Escola Superior de Tecnologia Wanderson Vigario vai integrar o departamento de Planeamento da rede móvel da empresa de telecomunicações Unitel, sediada em Luanda. Depois do estágio de três meses na empresa angolana como aluno finalista do IPCB/EST, onde desenvolveu tarefas técnicas de instalação, teste e configuração de equipamentos de rede e antenas de telemóveis na província do Bié, sob a supervisão de quadros técnicos da gigante das telecomunicações Huawei, Wanderson Vigario vai ficar a trabalhar em Luanda como Engenheiro de Planeamento na maior empresa de telecomunicações de Angola, com 9 milhões de clientes e detida em 25% pela Portugal Telecom.

O estágio de Wanderson Vigario foi sobretudo um trabalho no terreno, passando agora o diplomado pelo IPCB/EST para o departamento responsável pelo projeto da rede, que define por exemplo os sítios onde serão colocadas as antenas dos telemóveis, calcula a cobertura de cada antena através de modelos de propagação do siPublicidade

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nal rádio, determina os parâmetros de configuração das antenas de modo a obedecer a critérios de qualidade (boa cobertura e capacidade-velocidade de acesso à internet). Em suma, depois ter efetuado um trabalho de saber

fazer, Wanderson Vigario vai agora passar para a parte de projeto/ engenharia e desenho da rede, onde são necessários mais conhecimentos técnicos.

Atualmente existe por parte do Governo Angolano uma estratégia de forte investimento na infraestrutura da rede de telecomunicações. Um dos projetos mais emblemáticos é a construção dum cabo de fibra ótica submarino com cerca de 6000 km e que vai ligar Angola ao Brasil em 2014.

Outra prioridade é o alargamento da rede de telemóveis e acesso à Internet de banda largar a todas as províncias de Angola. Estes investimentos, associados à abertura do mercado a operadores privados de telecomunicações, estão a fomentar uma forte procura de quadros técnicos na área das telecomunicações.

De referir que o IPCB/ Escola Superior de Tecnologia recebe desde há vários anos alunos angolanos que vêm fazer formação superior na área da Engenharia. O projeto de Wanderson Vigario foi orientado pelos docentes Paulo Marques e Rogério Dioniso. K Publicidade

6 “Valorização de Resíduos na Construção” é o tema da conferência que o Instituto Politécnico de Castelo Branco realizará no próximo dia 29 de outubro no auditório da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco.

Esta conferência está integrada num ciclo dedicado a diversos temas emergentes no domínio da Engenharia Civil – construções em madeira, qualidade da água, resíduos, eficiência energética e reabilitação urbana, que decorrerá todas as tardes de terças-feiras, Publicidade

quinzenalmente, nos meses de outubro e novembro e que se dirige especialmente a empresas do setor, autarquias, entidades públicas, projetistas, donos de obra e fiscalização.

Este ciclo de conferências, gratuitas e abertas ao público em geral é mais uma ação que se realiza no âmbito do protocolo celebrado entre o IPCB e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e tem como principais objetivos a apresentação de estudos técnico científicos inovadores. K

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