Ensino Jovem Abril 2017

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Juízes sem apito Quando o assunto é futebol, os homens do apito estão quase sempre no centro das polémicas. Viaja ao mundo da arbitragem​com Pedro Henriques e Duarte Gomes​: ex-árbitros​​que saltaram dos relvados para a TV!

Guardiões Yooka-Laylee da Galáxia 2

Mevo


Pedro Henriques, ex-árbitro «Os penaltis deviam ser todo petidos» Tenente Coronel de Infantaria na reserva, Pedro Henriques foi árbitro da primeira liga de futebol até 2010. Depois de ter sido comentador na TVI, TVI 24 e jornal «O Jogo», transferiu-se no passado verão para a Sport TV, onde comenta os lances de arbitragem.

Que caraterísticas deve ter um jovem que sonha ser árbitro? Para ser árbitro é preciso gostar de organizar, de liderar, de gerir. E também gostar de pessoas e ter a apetência para falar com os outros, perceber que há personalidades e feitios distintos, ainda para mais no contexto desportivo, que é muito pecu-

liar. Para além disso, é preciso ter independência, integridade de espírito e de caráter, e depender de si próprio. No fundo, possuir honestidade intelectual, em todos os aspetos. E não esquecer a humildade. Dou-lhe um exemplo: quem não a tiver, põese logo em bicos de pés, porque, mesmo num jogo dos distritais, passa a por e dispor de 22 jogadores dentro de campo, dos suplentes, dos treinadores e do público que assiste ao jogo.

Sente-se «dono e senhor» de um conjunto de pessoas que dependem das suas decisões. Não deve ser esta a postura. Como é que um jovem que sente vocação para árbitro se deve candidatar? Hoje em dia é muito fácil. Basta pesquisar na internet a associação de futebol do distrito onde a pessoa reside e rapidamente encontrará os cursos e as formas de recrutamento que existem.

Compensa monetariamente ser árbitro? Os valores que se praticam na arbitragem ao nível do futebol profissional permitem que qualquer árbitro seja isento e rigoroso em todos os aspetos e que construa uma carreira que financeiramente é bastante apetecível. Um árbitro de futebol que esteja inserido na profissionalização – e o futuro será esse – já aufere 2500 euros de base. Para além disso, há os extras, por exemplo, cada jogo na

Liga principal representa mais de mil euros. Num mês, um árbitro desta categoria aufere 5/6 mil euros mensalmente. A juntar a isto, se mantiver uma atividade profissional que permita compatibilizar com a arbitragem então a vida de um árbitro é perfeitamente tranquila e com algum desafogo. Um árbitro a este nível está imune à corrupção? Completamente. Eu diria que o próprio crime não compensa. E,


Eu acho que alguns árbitros falham na gestão da sua exposição. Eu antes e depois dos jogos de maior tensão, sempre procurei minimizar os riscos de estar exposto, evitando ir às compras, ir ao restaurante, ir buscar a minha filha à escola, ir abastecer o carro, etc. Lembro-me, por exemplo, do caso do Pedro Proença que foi agredido no Colombo, em Lisboa. Bem sei que podia ter sido em qualquer lugar, mas eu quero recordar que na véspera ele tinha arbitrado a final de uma Supertaça. Gosto imenso dele, mas pessoalmente nunca teria ido para o centro comercial no dia seguinte ao do jogo, que por acaso até foi entre dois clubes que não eram de Lisboa, mas expôs-se, a meu ver, desnecessariamente.

os re-

O policiamento obrigatório dentro de campo atenuaria a ameaça perante os árbitros? Basta existir um elemento policial para haver um efeito dissuasor importante. Veja-se o caso que aconteceu em Rio Tinto com o jogador do Canelas que agrediu o árbitro. Os polícias destacados para o jogo entraram prontamente em campo e sanaram a situação. Sem agentes, teria sido muito complicado, inclusive o clima de confusão podia alastrar para as bancadas e as consequências seriam imprevisíveis. Mas esta questão reside nas mentalidades e na cultura desportiva. O poder político tem-se demitido das questões mais sensíveis relacionadas com o futebol? O poder político podia intervir na questão das penalizações. Estou a falar nas sanções desportivas e criminais justas e rápidas. As multas pecuniárias e as suspensões são demasiado reduzidas. A realidade é diferente noutros países. José Mourinho levou mais de 60 mil euros de multa em Inglaterra. Eu quero recordar que este jogador do Canelas que agrediu o árbitro só pode levar um castigo até quatro anos de suspensão. Não há irradiação. Devido ao mediatismo do futebol, se a penalização não for categórica e não for tão badalada quanto foi o crime, não servirá de exemplo no futuro. E isto é válido para o jogador, o treinador ou o adepto.

no futuro, depois de abandonar a arbitragem, há muitas portas que se abrem, nomeadamente, no meu caso, que já fiz comentários na TVI e no jornal «O Jogo» e agora estou na SportTV. Quem souber gerir isto, não tem necessidade de entrar noutras loucuras. Diz que os árbitros estão vacinados contra as ameaças, mas a pressão, inclusive sobre familiares, é cada vez maior. Mesmo que se negue, não há um condicionamento subliminar?

Não condiciona do ponto de visto do trabalho em campo. Os árbitros cresceram na adversidade permanente e perante ameaças que veem de todo o lado. No primeiro jogo que apitei, na Damaia, comecei logo a ser insultado de todas as formas e feitios. A partir daí, percebi que tinha de me habituar a este contexto. A única solução é o árbitro seguir o seu caminho. Os que não aguentam – e são poucos – acabam por desistir e nem sequer alcançam a

primeira categoria. Mas, para ser sincero, o que tememos, na maior parte das vezes, não é propriamente o que se pode passar connosco, mas em relação aos nossos familiares, sejam filhos, pais, esposas, etc. Claro que há precauções a ser tomadas, com proteção policial aos árbitros e aos seus familiares, mas somente em situações extremas. A vida social do árbitro é alterada?

Diz que a arbitragem lida mal com a comunicação social. Preconiza uma postura de maior abertura? Sim, defendo esclarecimentos mais regulares da arbitragem. Não é possível fechar o setor sobre si mesmo. Vedar os briefings sobre os casos da jornada da Liga à comunicação social televisiva foi incompreensível. A arbitragem evita entrevistas e normalmente só fala quando há desgraças, o que faz com que fique associada a situações problemáticas e de carga negativa. A arbitragem é muito mais do que a discussão do penalti e do fora de jogo,

por isso, entendo que precisa de mostrar esse lado de humanização para o exterior. É o lado da comunicação que falha ao nível dos dirigentes da arbitragem. No livro «Árbitro de bancada» passa em revista as 17 leis do jogo. O adepto comum conhece na ponta da língua as leis que regem o desporto rei? Conhece muito mal e não são apenas os adeptos de bancada, mas os próprios intervenientes do jogo. Têm uma noção do essencial, do fora de jogo e do penalti, mas as situações mais excecionais são, muitas vezes, desconhecidas. Tenho ministrado várias formações em clubes, de camadas jovens e seniores, e quando se desbrava um pouco mais as leis e se foca o essencial, o desconhecimento existe sobre as leis do jogo. Mas isto tem a ver com a cultura instalada. Os clubes e os próprios pais estão muito preocupados com a parte técnica e tática do treino e esquecem-se, muitas vezes, dos outros aspetos, como o fair play, os bons costumes, a nutrição, a recuperação, a psicologia, etc. E as leis do jogo também ficam à margem. O penalti por mão na bola ou bola na mão e o assinalar dos fora de jogo são o cerne das mais insanáveis polémicas no futebol. Esta subjetividade é benéfica ou prejudicial para o jogo? É de tal forma apaixonante e fascinante que é o tema da minha tese de doutoramento que estou a desenvolver. A minha dissertação visa olhar para as leis do jogo, fazer uma comparação com as alterações introduzidas noutros desportos e debruçar-me sobre as situações em que os árbitros ajuízam sobre intenções, quando deviam estar a ajuizar factos. É a tal avaliação da intencionalidade nos lances da bola que vai à mão no penalti, o atraso ao guarda-redes, etc. Por prevalecer o critério do árbitro, aumenta a subjetividade. Finalmente, na minha tese, debruço-me sobre as leis que não são cumpridas. Quer dar-me um exemplo? Não há nenhum lançamento de linha lateral que seja executado no local onde a bola sai. Os penaltis deviam ser todos repetidos, por violação da área ou porque o guarda-redes se mexe. Eu analisei 300 lances de marcação de grande penalidade e em todos registou-se a violação da área. Estas são apenas algumas das leis que o árbitro não consegue fazer cumprir. E na sua investigação faz propostas? Sim, por exemplo, na questão dos descontos. Acabava o tempo de compensação depois do minuto 90 e o tempo de jogo era unicamente cronometrado com a


bola dentro de campo, ou seja, o tempo útil. O lançamento de linha lateral podia ser ao pé e estavam resolvidos os casos de incumprimento da lei. E há outro aspeto que mostra como o futebol não tem acompanhado a realidade. Nos últimos 100 anos os europeus cresceram cerca de 16 ou 17 centímetros, em média. Mas também há um século que as balizas continuam com 7,32 metros por 2,44 metros e as barreiras continuam a ser colocadas a 9,15 metros. Se reparar, atualmente, os jogadores preferem marcar os livres o mais atrás possível, porque, caso contrário, a bola fica na barreira. A única lei que protege quem ataca é a do fora de jogo, todas as outras protegem quem defende. E depois os senhores que mandam no futebol querem mais golos! É uma contradição. Tem uma vida académica e de investigação muito intensa, especialmente no domínio do desporto. Somos os eternos adeptos de bancada e ainda muito pouco praticantes? Os portugueses toda a vida foram mais adeptos do que praticantes. E acho que é muito importante ter participado nalguma fase da vida por dentro do fenómeno desportivo, nem que seja num período de formação ou escolaridade. Mas as próprias entidades muitas vezes não dão o exemplo de apoiar os que apostam no desporto e resistem em dispensar os atletas para preparem e participarem em provas desportivas. Já para não falar nos empregos convencionais, em que é uma problemática convencer o patrão a facilitar a dispensa do colaborador. Ou seja, a estrutura laboral e escolar não facilita quem eventualmente queira ter uma atividade desportiva em paralelo. O recente estudo sobre os níveis de obesidade da população portuguesa devia fazer muita gente refletir. É a tal cultura desportiva que não temos. As pessoas hoje justificam que não têm tempo para a saúde – o mesmo é dizer, para o exercício físico -, mas um dia terão de ter tempo para lidar com a doença. As nossas elites dirigentes, desportivas e políticas, deviam fazer do desporto uma causa nacional, muito para além do futebol? O nosso dirigismo, seja ele político ou desportivo, é muito mau. De todos os intervenientes do fenómeno desportivo são os que menos evoluíram. Os árbitros evoluíram, a medicina desportiva evoluiu, os jogadores evoluíram. Os dirigentes mantêm-se fiéis à cultura da vitória, de dizer mal de tudo e todos, de despedir o treinador, etc. Assim é difícil progredir e transmitir bons exemplos. i Texto: Nuno Dias da Silva Fotos: Direitos reservados

Duarte Gomes, ex-árbitr «A nossa cultura despo virada para o resultadi

Duarte Gomes iniciou a carreira aos 18 anos e aos 24 tornou-se um dos árbitros mais jovens de sempre a ascender à primeira categoria. Árbitro de categoria internacional, após 25 anos de carreira abandonou os relvados, em 2016. É comentador no «Expresso» e na SIC e SIC-Notícias, onde apresenta o programa «Ó Sr. Árbitro». Tem ainda uma coluna de opinião no jornal «A Bola».

O seu programa «Ó Sr. Árbitro», emitido na SIC e SIC-Notícias, está a ser um sucesso de audiências, e pretende mostrar o outro lado do futebol, dos escalões inferiores. O objetivo passa por aproximar a arbitragem do adepto comum? O programa tem, basicamente, como pano de fundo, a arbitragem distrital. Como é que no

meio de tanta violência, polémica e suspeição é possível cativar os jovens para vir para a arbitragem? Miúdos que têm de abdicar do seu fim de semana, para obter remunerações que mal dão para as despesas e que acabam por ser agredidos e insultados, muitas vezes. E é deles que eu procuro falar e retratar em todos os programas do «Ó Sr. Árbitro». Para além disso, procuro falar de algumas regras

do jogo, de forma didática, de forma a esclarecer muitos apaixonados pelo futebol. Isto sem esquecer a menção a diversos protagonistas, ilustres anónimos para o grande público, como veteranos que ainda andam pelos relvados ou uma árbitra a apitar um jogo de seniores masculinos, etc. Acho que o sucesso do programa significa que as pessoas ainda acreditam no futebol em estado puro.

A arbitragem acompanhou a evolução do fenómeno futebolístico? A arbitragem historicamente sempre se fechou muito. Atacados por todos os lados, sentimos que era no nosso casulo que estávamos mais confortáveis. Acontece que, em pleno século XXI, as dinâmicas informativas são hoje vertiginosas, e em que fruto da rapidez do online, tudo é imediato e aberto,


Os últimos meses foram calamitosos em termos de aumento das agressões aos árbitros, triplicando face ao ano anterior. Confesso que abracei esta causa muito a peito e cheguei mesmo a visitar dois jovens árbitros que foram internados para receberem cuidados médicos. Mais do que a agressão física é as marcas psicológicas que estas agressões deixam. O futebol está virado do avesso e um dia, quando dermos por nós, aconteceu uma morte em campo. E nesse dia o país vai parar e vão querer apurar-se responsabilidades. Infelizmente, somos mais reativos e devíamos ser mais preventivos.

ro ortiva está ismo»

A inexistência de policiamento num campo é meio caminho andado para acontecerem agressões? Está comprovadíssimo que o maior número de casos de agressões a árbitros acontece em jogos em que não há policiamento, especialmente nas camadas inferiores. A figura da autoridade é dissuasora. Qual é o balanço do número de árbitros vítimas de agressão na temporada 2016/2017? No momento em que falamos o número cifra-se em 48 árbitros agredidos. O que perfaz mais de dois casos por fim de semana desde o início da época. É inadmissível num país que é campeão europeu de futebol. Mas as raízes podem ser encontradas estruturalmente: ou seja, a falta de cultura desportiva, a falta de prevenção, a formação dos dirigentes, o excesso de competitividade que os próprios pais fomentam nos seus filhos e que exigem que eles ganhem a todo o custo e sejam os novos Cristianos Ronaldos. Naquelas idades tão jovens o que deve ser incutido é o prazer de jogar, dar tudo pela equipa e o respeito pelos valores. Porque o futebol pode e deve ser uma grande escola de valores e formação de homens. Infelizmente, a nossa cultura desportiva está muito virada para o resultadismo.

está na hora da arbitragem dar o salto e se expor. Não pode haver nada a esconder. Eu procuro dar o meu contributo, aproximando o adepto ao árbitro, que é um ser humano e que erra. Parece um cliché, mas este ser humano quando erra, sofre com isso e fica muito incomodado. A sensação que existe na opinião pública, que os árbitros quando erram ficam impunes, não é verdadeira. Os árbitros são

penalizados na sua avaliação e esse desempenho pode provocar a sua despromoção no final da temporada, precipitando o fim da carreira. É bom que as pessoas saibam que não há um fundo de pensões que nos proteja quando se termina a carreira, seja por despromoção, limite de idade ou lesão. O árbitro é o eterno bode expiatório do sistema?

Admito que apelidem um árbitro de incompetente, mas não o podem é chamar de desonesto. A primeira observação é uma crítica técnica à sua competência, e é aceitável, agora atacar o árbitro por falta de idoneidade, eu não posso tolerar. Esta geração de árbitros, que eu conheço, tem muita qualidade e é muito bem formada. Muitos deles têm a sua subsistência garantida, para além da arbitragem e fazem o seu me-

lhor. E estão escrutinados, especialmente pela TV (um jogo é filmado por mais de 10 câmaras), de forma injusta. Acontece que o telespetador em casa tem muito mais meios de decisão do que o decisor em campo. Tem feito do reforço do policiamento uma bandeira da sua intervenção e tem sido crítico da demissão do Estado. A situação exige medidas rápidas?

E este problema de fundo resolve-se ao fim de várias décadas, com mais formação? Naturalmente, o foco reside na aprendizagem. Implica ações nas escolas de jogadores e nas escolas básicas, um grande envolvimento da Federação, da Liga e do próprio Estado para aculturar esta nova geração a respeitar valores, como saber ganhar e saber perder, mesmo que existam erros. Para já mobilizar mais agentes para os campos de futebol é apenas um penso rápido ou um analgésico, mas que não resolve o problema de fundo. Eu lembrome sempre do que os ingleses fizeram quando perceberam que tinham um problema sério com o hooliganismo. Sentaram-se todos à mesa, deixaram de olhar para o


seu umbigo – prática que é muito habitual em Portugal – e atacaram o problema, estancaram-no, numa fase inicial, com a punição. Multas severas, jogos à porta fechada, adeptos perigosos na esquadra à hora dos jogos e reforço das câmaras de vigilância para identificar os hooligans, foram algumas das medidas de choque tomadas. Pelo menos internamente o problema foi erradicado, isto apesar de os ingleses se continuarem a portar mal fora de portas. Basta ver os jogos da Premier League para constatar que não há vedações e os bancos de suplentes estão colados às bancadas. Este é um bom exemplo que devia ser copiado.

A fogueira está muito incendiada, mas a gasolina que é atirada todas as noites nos programas de debate nos canais por cabo só acicata mais os ânimos. Há pensos rápidos para isto? A comunicação social é culpadíssima porque tem interesse comercial na promoção de produtos inflamatórios. E porque é que estes programas se mantêm? Porque têm audiências, apesar de serem muito criticados. Estes programas são o espelho da nossa cultura desportiva. Não é por colaborar com a SIC-Notícias, mas entendo que é o canal que consegue manter um equilíbrio na análise e comentário do dia a dia fute-

bolístico. A televisão fomenta a guerrilha verbal, mas as redes sociais também têm um poder enorme. E os próprios departamentos de comunicação dos clubes são um dos focos de maior investimento dos principais emblemas que estão cientes da sua importância. As pessoas ficam contaminadas e deixe-me dizer que as culpas são transversais, não há inocentes. Assumiu publicamente ser adepto do Benfica. A sociedade portuguesa está preparada para esta declaração de interesses dos árbitros? Sou simpatizante do Benfica

desde miúdo e não é por ter ido para árbitro que reneguei as minhas crenças clubísticas, religiosas ou políticas. As pessoas não podem pedir aos árbitros que tenham a hipocrisia de esconder uma realidade enquanto pessoas. Jorge Jesus, conhecido sportinguista, não ganhou títulos pelo Benfica, demonstrando o seu profissionalismo? Lá está, o grande problema dos portugueses continua a ser cultural. Por isso, respondendo à sua pergunta: a sociedade não está preparada para os árbitros assumirem as suas preferências clubísticas. E os árbitros têm medo de o assumirem, porque temem represálias.

Como se prepara um árbitro para um clássico ou um dérbi de alta tensão? Desde que se recebe a mensagem da nomeação, à terça ou à quarta-feira, até que se entra em campo, no sábado ou no domingo, há um sem número de tarefas a cumprir. Primeiro, falar com a equipa de arbitragem, perceber qual é o jogo, a importância para a tabela classificativa, conhecer os jogadores, os treinadores, saber qual dos atletas protesta mais, quem é o líder da equipa, etc. É preciso perceber também o esquema tático em que habitualmente as equipas jogam. E há outros detalhes, como o estado


do tempo, o estado do relvado, a acústica do estádio, o número de espetadores previstos, ver se a viagem ate ao estádio é longa e é preciso ir de véspera, combinar a indumentária para a equipa de arbitragem ir o mais uniforme possível, porque é um sinónimo de força e profissionalismo para nós e para o exterior. E, claro, definir os horários de chegada ao estádio com a máxima pontualidade. Isto sem esquecer o equipamento que se leva para dentro de campo, ou seja, os calções e a t-shirt engomados e as botas impecavelmente engraxadas. E minutos antes do jogo, há os que fazem o chamado «aquecimento mental», por exemplo os árbitros assistentes, podem, num vulgar ipad ou tablet, treinar situações de fora de jogo para entrarem em campo já completamente despertos. Não estarei a exagerar, se disser que a preparação de uma equipa de arbitragem é tão exigente quanto a de uma equipa de futebol antes de um jogo.

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 «Diz-me»

Guardiões da Galáxia 2

Fátima

Guardiões da Galáxia Vol. 2, da Marvel, continua a acompanhar as aventuras da equipa enquanto atravessa os limites do cosmos. Os Guardiões devem lutar para manter a sua família recém-descoberta unida, enquanto tentam desvendar o mistério do verdadeiro parentesco de Peter Quill. Antigos inimigos tornam-se novos aliados e as personagens favoritas das bandas desenhadas clássicas irão ajudar os nossos heróis. i

Maio de 2016. Um grupo de onze mulheres parte de Vinhais, Trás-os-Montes, em peregrinação a Fátima. Ao longo de nove dias e quatrocentos quilómetros, atravessam meio país em esforço e sacrifício para cumprir as suas promessas. O cansaço e o sofrimento extremos levamnas a momentos de rutura. Chegadas a Fátima, cada uma terá que reencontrar o seu próprio caminho para a redenção. i

Título Original: Guardians of the Galaxy Vol. 2 Realizador: James Gunn Atores: Pom Klementieff, Chris Pratt, Karen Gillan País: EUA

Título Original: Fátima Realizador: João Canijo Atores: Anabela Moreira, Rita Blanco, Teresa Tavares País: Portugal Fonte: Cinema NOS

Apesar de nem todos os juízes serem profissionais… O regime da maior parte dos árbitros é semi-profissional, mas a preparação para os jogos é profissional a 100 por cento. Não tenho dúvidas em afirmar que em termos de preparação física e técnica a arbitragem nacional está no expoente máximo, ao nível das melhores do mundo. O que é um bom árbitro para si? Para mim o bom árbitro é o que se prepara, técnica e fisicamente, mas que antecipa as faltas e prima pela pedagogia e pela prevenção dentro de campo no diálogo com os atletas. O contrário disto é o árbitro reativo. O vídeo árbitro vai ajudar? Estou otimista. Mas desenganem-se as pessoas que estão convencidas que o vídeo-árbitro vai eliminar toda a polémica. Não vai. Dou um exemplo: se o vídeo árbitro reparar que há um segundo amarelo dado injustamente, não pode fazer nada. Para já, segundo o protocolo, está definido apenas para cartões vermelhos diretos, lances de penalti, foras de jogo com golo e a troca de identidades. Vai continuar ligado à arbitragem? Acredite que vivo muito do presente e honestamente não sei o que me reserva o futuro. Sei que a minha linha de orientação, vá para onde for, vai ser sempre esta: transparência, pedagogia e dar o corpo às balas. Porque quem não deve não teme. i Texto: Nuno Dias da Silva Fotos: Direitos reservados

Paulo Gonzo

«Sempre Mais» Tony Carreira  «Divide» Ed Sheeran «Spirit»  Depeche Mode  «Bowie 70» David Fonseca/Vários «Ao Vivo no Tivoli»  Tais Quais  «Moura» Ana Moura «Por Amor»  Matias Damásio «Carminho canta Tom  Jobim» Carminho  «Até Pensei que Fosse Minha» António Zambujo Fonte: Associação Fonográfica Portuguesa

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Yooka-Laylee

Persona 5

Dois novos e bizarros heróis, cinco mundos enormes e fantásticos, dezenas de personagens excêntricas, montes de colecionáveis brilhantes e uma bolha de gases gigante…? Só podemos estar a falar do louco e maravilhoso Yooka-Laylee, um jogo de plataformas em mundo aberto que segue o molde dos clássicos de aventuras e plataformas. Controla Yooka (a criatura verde) e Laylee (o morcego com um nariz grande e a mania que é engraçado) através de vários mundos coloridos repletos de criaturas estranhas. i

Persona 5 é um jogo sobre os conflitos internos e externos de um grupo de estudantes japoneses problemáticos – o protagonista e um conjunto de compatriotas que ele conhece no enredo do jogo – que levam uma vida dupla como Phantom Thieves. Eles têm a vida normal de um estudante de liceu de Tóquio – aulas, atividades extra-escolares e trabalhos em part-time. Mas também participam em aventuras fantásticas utilizando poderes do outro mundo para entrarem no coração das pessoas. i

Plataformas: Nintendo Switch, PS4, Xbox One e PC

Plataformas: PS3 e PS4

Mevo

A Mevo é a primeira câmara pensada para o streaming em direto a partir da funcionalidade Live do Facebook. Tem um design compacto e é destinada aos 1.6 mil milhões de utilizadores da maior das redes sociais. A app que acompanha o Mevo permite fazer edições na hora com simples toques feitos no ecrã do telemóvel. Possibilita criar os streams ao vivo e ainda partilhar mais tarde, possuindo um cartão microSD de 16 Gb para as tuas gravações. i

PhotoScan

Esta app da Google, disponível para Android e iOS, usa a câmara do telefone para fotografar (digitalizar) as fotografias em papel. Só tens de apontar a câmara do telefone para uma fotografia em papel e focar em quatro pontos. As fotografias são carregadas automaticamente para a tua conta Google e podes retocá-la. A aplicação é gratuita. i

 «Despacito»

Luis Fonsi ft. Daddy Yankee

 «Shape Of You»

Ed Sheeran «Something Just Like This» The Chainsmokers & Coldplay «Subeme La Rádio» Enrique Iglesias ft.Descemer Bueno, Zion & Lennox  «I Feel It Coming» The Weeknd ft. Daft Punk  «Cold» Maroon 5 ft. Future «Chained To The  Rhythm» Katy Perry ft Skip Marley  «Paris» The Chainsmokers  «Loucos» Matias Damásio ft. Héber Marques  «It Ain’t Me» Kygo & Selena Gomez Fonte: APC Chart


ENCONTRO ESTUDANTES

MAIENSES EM PORTUGAL

CASTELO BRANCO DJARMAI, HOJE E AGORA! QUE DESAFIOS?

APOIO

PARCEIROS

ORGANIZAÇÃO

HOMENAGEM AO PADRE ÁLVARO ALVES DOS SANTOS


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