Suplemento do Ensino Magazine nº 197

julho 2014 Suplemento dedicado à bienal do Azeite Faz parte integrante do Ensino Magazine n.º 197

www.ensino.eu bienal do azeite

bienal do azeite em castelo branco

Azeite português com passo certo

A Bienal em imagens

Xutos dão espetáculo memorável C

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azeitona galega

Certificação segue para Bruxelas C

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governo afirma

Estratégia de Castelo Branco é A Bienal do Azeite realizada em Castelo Branco foi um sucesso. importante para O certame foi visitado por milhares de pessoas e teve 150 expositores. Portugal CPV

aZEITE, aZEITONA DE MESA E PRODUTOS TRADICIONAIS

Bienal mexeu com o país 6 A Bienal do Azeite voltou a afirmar Castelo Branco como um dos territórios importantes do setor em Portugal. O evento teve a capacidade de juntar todas as regiões demarcadas, de reunir os outros produtos locais e ainda o artesanato.

A cereja no topo do bolo veio com a atuação dos Xutos & Pontapés, num dos concertos que mais gente reuniu na cidade, obrigando a organização a colocar ecrãs gigantes no centro cívico.

Para o presidente da Câmara, Luís Correia, o balanço da feira “é muito positivo, por aquilo que os produtores e o público nos

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transmitiram. Tivemos muitos visitantes, realizámos uma conferência sobre a azeitona de mesa (ver peça à parte), conseguimos levar o nome da cidade por esse mundo fora e fomos a capital do azeite durante o último fim-de-semana”.

Luís Correia adianta que “há o reconhecimento de que esta foi uma ação muito positiva para Castelo Branco e para os produtos locais, cumprindo com o seu objetivo”. O autarca recordou ainda que a “Bienal se integra na estratégia que a autarquia está a implementar para o setor agroalimentar e de promoção dos produtos locais”.

O presidente do município reforçou a importância do Centro Tecnológico Agroalimentar, criado pela Câmara de Castelo Branco, o qual “tem sido importante para apoiar os produtores e para promover a inovação”. O InovCluster e a Central Meleira são outras estruturas sublinhadas pelo presidente, as quais fazem parte da estratégia que está a ser seguida. Luís Correia adianta que o importante “é abrirmos avenidas para que os nossos produtores possam desenvolver-se. Temos tido uma forte aposta nesta área e há muitos produtores que estão a aproveitar aquilo

que temos feito”. O apoio da Câmara de Castelo Branco na participação dos produtores do concelho em certames nacionais (como aconteceu com a Feira Nacional de Agricultura ou a Feira de Queijos do Alentejo) e internacionais (como no Salão Gourmet de Madrid, Alimentaria, no México, e Alimentec, na Colômbia) é um exemplo disso.

Quem também esteve presente foi o secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira de Brito (ver página 5). O governante elogiou a estratégia que os municípios, em particular o de Castelo Branco, estão

a desenvolver “na área da agricultura, da produção primária e do agroalimentar, através de uma visão económica, técnica e profissional daquilo que é o setor agrário e agroalimentar como fator de desenvolvimento de coesão territorial e de conhecimento”.

Na inauguração, o secretário de Estado acrescentou: “Castelo Branco tem feito tudo isso. Tem um cluster que é reconhecido a nível nacional, que promove produtos internacionalmente, que tem conhecimento e presta serviços no país e no estrangeiro”.

No entender de Nuno Vieira de Brito, “a estratégia

de Castelo Branco vai ser ganhadora”. Dirigindo-se ao presidente da Câmara, o secretário de Estado reforçou a ideia de que a “sua vontade em trazer mais competências e mais valorização em setores em que Portugal é deficitário, como as áreas do mel, da apicultura e da biodiversidade, é uma aposta ganha que terá todo o nosso apoio. É uma estratégia necessária para o país e que não existe em Portugal. Consideramos que será um dos fatores de elevada capacidade de produção primária, de elevada dinâmica do agroalimentar e de alta possibilidade de exportação”. K

Castelo Branco

Cidade de oportunidades 6 O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, considera que “Castelo Branco é um município de grandes potencialidades e ainda maiores oportunidades. Disponibilizamos todas as condições para viver e investir”.

O autarca falava durante a inauguração da Bienal do Azeite que reuniu centena e meia de expositores e todas as regiões de denominação de origem protegida do país.

Perante o Secretário de Estado da Alimentação, Vieira de Brito, Luís Correia destacou que “a autarquia assenta a sua ação em meia dúzia de pilares fundamentais, a saber: captação de investimento e dinamização do tecido empresarial e comercial; valorização do território, na sua vertente histórica, patrimonial, paisagística e gastronómica, como vectores da atracção turística; promoção cultural, com particular atenção às indústrias criativas endógenas; aplicação de políticas de reabilitação urbana, qualificação de serviços e equipamentos que reforcem a qualidade de vida que já temos; e apoio ao Mundo Rural e, especificamente, às agroindústrias, numa perspetiva de relançamento da atividade agrícola e agroindustrial, aliada ou turismo rural e de natureza”.

O presidente do município recordou que a 4ª edição da Bienal do Azeite, realizou-se num ano em que Portugal atingiu o patamar da auto-suficiência ao nível da produção de azeite. “Esta é mais uma área de atividade em que a nossa região – e o país – dão passos importantes naquele que é um desígnio nacional: o aproveitamento das nossas especificidades e produção com qualidade, transformando o produto agrí-

cola e agroindustrial em efectivas mais-valias”.

Luís Correia explicou que a Câmara a que preside “aposta fortemente neste objetivo, razão pela qual criou o que me permito designar de braço armado para o sector agroindustrial”.

O presidente do município falava sobre “o Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar e da Associação do Cluster Agroindustrial do Centro. A InovCluster tem como principal

missão contribuir para que a região Centro – e Castelo Branco em particular – se afirme ao nível nacional, ibérico e europeu como um território líder nas fileiras agroindustriais de excelência”.

Uma missão, disse Luís Correia, que “cumpriremos com sucesso, porque simultaneamente apostamos no Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar, um centro de investigação, pesquisa e inovação, com os recursos técnicos e

humanos capazes e suficientes para apoiarem e motivarem os empresários agrícolas e agroindustriais”. É por isso que o autarca sublinhou o facto de “Castelo Branco ser um município de grandes potencialidades e ainda maiores oportunidades.

Agora mesmo, também no setor agroindustrial, estamos a trabalhar com a Secretaria de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, na criação de um Centro de Com-

petências do Mel em Castelo Branco. É mais uma janela de oportunidades que pretendemos abrir”.

Luís Correia terminaria o seu discurso frisando que “os albicastrenses, os empreendedores, sabem que podem contar connosco. A Câmara de Castelo Branco tudo continuará a fazer pela dinamização do nosso território e pela criação de oportunidades que possam atrair cada vez mais população ao nosso concelho”. K

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APABI prepara dossiê

Certificação da azeitona galega segue para Bruxelas 6 A Associação dos Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI), com sede em Castelo Branco, está a preparar um dossiê de candidatura para que seja atribuída a Denominação de Origem Protegida à azeitona galega. Para o seu presidente, “esta denominação poderá trazer uma enorme vantagem a esta variedade que é única da nossa região como importante fator de diferenciação nos mercados internacionais”.

João Pereira falava durante a Bienal do Azeite que teve lugar recentemente na cidade albicastrense, mais precisamente no decorrer da conferência “Azeitona de mesa em Portugal: Potencialidades e Perspetivas” que antecedeu a abertura do certame. Para este responsável, “o processo de candidatura da azeitona de conserva da Beira Baixa terá o seu dossiê entregue em Bruxelas até ao final do corrente ano”.

João Pereira lamenta que “o nosso país não tenha nenhuma estrutura organizada para a azeitona de mesa”, mas realça que “a Beira Baixa tem muita azeitona galega e cordovil que são variedades com enormes potencialidades para este tipo de mercado”. “A azeitona de mesa é um instrumento de valorização para os nossos agricultores”, disse na mesma ocasião.

Também a Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Centro, Adelina Machado Martins, se referiu à organização dos produ-

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tores como algo essencial face ao aproveitamento das verbas disponíveis no novo quadro comunitário de apoio que se aproxima. “Há diferenciações positivas que estão previstas nesse aspeto e a azeitona de mesa podia, de facto, aproveitar esse potencial”, como realçou.

Para esta responsável, “importa aproveitar ainda o crescimento que por todo o mundo tem tido a azeitona de mesa

como oportunidade de negócio, inovando e competindo de uma forma arrojada”.

Ainda do lado da tutela, Inês Vacas, do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura, lembrou que atualmente em Portugal já existem 8700 hectares de terreno dedicados à produção de azeitona de mesa, a que corresponde uma produção de 17 mil toneladas por ano. Esta responsável frisou

que “a evolução na produção no nosso país tem sido uma constante nos últimos anos, estando neste momento registadas mais de três dezenas de empresas a laborar neste setor”.

Sendo um excelente produto para exportação, a azeitona de mesa produzida em Portugal, segundo os dados apresentados por Inês Vacas, destina-se sobretudo ao mercado da União Europeia, mas segue também para

os Estados Unidos da América, Canadá, Brasil e África.

A nível europeu, a maior produção é a espanhola (com 74%), seguida da grega (com 13%), da italiana (11%), sendo que Portugal produz apenas 2% do total da produção europeia. Em termos mundiais, esta especialista frisou que a União Europeia é responsável por mais de 30% de toda a produção de azeitonas de mesa. K

Secretário de Estado garante

Estratégia de Castelo Branco é importante para Portugal 6 O Secretário de Estado da Alimentação e de Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira de Brito, considera o setor do azeite como “um bom motor daquilo que é o setor agroalimentar em Portugal”. O governante falava durante a inauguração da Bienal do Azeite que decorreu em Castelo Branco de 4 a 6 de julho e que juntou as regiões demarcadas do nosso país, produtores locais e artesanato, num espaço que ocupou todo o centro cívico da cidade.

Nuno Vieira de Brito lembrou que “até há pouco tempo o nosso país não era autossuficiente na produção de azeite. Mas em muitos poucos anos Portugal conseguiu ser uma referência no mercado nacional e internacional, com empresas e expositores profissionais, que produzem, exportam e têm um papel importante a nível mundial”.

O secretário de Estado sublinhou que em poucos anos, o setor do azeite “representa um pouco do que o agroalimentar deve representar: um fator de crescimento, inovação e riqueza.

Ou seja de tudo aquilo que nós desejamos para um país desenvolvido”.

Nuno Vieira de Brito elogiou a estratégia que os municípios, em particular o de Castelo Branco, estão a desenvolver “na área da agricultura, da produção primária e do agroalimentar, através de uma visão económica, técnica e profissional daquilo que é o setor agrário e agroalimentar como fator de desenvolvimento de coesão territorial e de conhecimento”.

O Secretário de Estado acrescentou: “Castelo Branco tem feito tudo isso. Tem um cluster que é reconhecido a nível nacional, que promove produtos internacionalmente, que tem conhecimento e presta serviços no país e no es-

Nuno Vieira de Brito, Secretário de Estado da Alimentação, elogiou a estratégia de Castelo Branco

trangeiro”.

No entender de Nuno Vieira de Brito, “a estratégia de Castelo Branco vai ser ganhadora”.

Dirigindo-se ao presidente da Câmara, o secretário de Estado reforçou a ideia de que a “sua vontade em trazer mais competências e mais valorização em setores em que Portugal é deficitário, como as áreas do mel, da apicultura e da biodiversidade, é uma aposta ganha que terá todo o nosso apoio. É uma estratégia necessária para o país e que não existe em Portugal. Consideramos que será um dos fatores de elevada capacidade de produção primária, de elevada dinâmica do agroalimentar e de alta possibilidade de exportação”.

O governante mostrou-se “impressionado com a quantidade de expositores, mas também pela qualidade da logística que aqui foi implementada. Isto demonstra profissionalismo”.

No entender de Nuno Viera de Brito “é importante que as mostras ligadas ao agroalimentar tenham também uma componente pedagógica. E esta Bienal é um bom exemplo, pelo que destaco esta coincidência entre aquilo que é a parte mais lúdica e a científica”. O governante referia-se à conferência realizada sobre azeitona de mesa e às provas de azeitona que ao longo dos dias da feira se foram realizando. “Tenho a firme esperança que os aprendizes de provadores não tenham que ir a Madrid ter formação, e que possam fazê-la no Centro de Apoio Tecnológico ao Agro Alimentar, sedeado em Castelo Branco”. No entender de Vieira de Brito, “Portugal deve saber trazer para dentro das suas portas o conhecimento para depois o exportar. Quem sabe se numa próxima ocasião não serão os espanhóis a virem cá?”. K

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Com o InovCluster e a Câmara de Castelo Branco

A caminho da internacionalização 6 A Câmara de Castelo Branco e a InovCluster estão empenhados em apoiar os produtores na internacionalização e na sua promoção.

Depois do sucesso das feiras na Alemanha e em Espanha, recentemente dois grupos de empresários albicastrenses que participaram nas feiras Alimentaria (México) e Alimentec (Colombia) dedicadas ao setor alimentar mostraram-se otimistas quanto à possibilidade de exportarem para o mercado da América Latina os seus produtos. Os vinhos, os queijos, a charcutaria, as empadas, o azeite (e azeitonas) e o bacalhau seco, foram alguns dos produtos mais cobiçados pelo público e pelos importadores dos dois países.

O objetivo foi procurar novos mercados, parceiros e distribuidores, junto de territórios com muitos pontos em comum. A missão empresarial ao México foi chefiada pelo próprio vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Arnaldo Brás, o que demonstra a forte aposta que a autarquia está a fazer neste setor. Na Colômbia o grupo de empresários foi liderado pela diretora do InovCluster, Cláudia Soares.

Luís Correia, presidente da Câmara albicastrense (que apoiou as empresas do concelho nesta participação), explica que os empresários “regressaram satisfeitos das duas feiras. Ficaram a conhecer melhor aqueles mercados e garantiram contactos com entidades e produtores que agora devem ser trabalhados. Por isso, acreditamos que esta foi uma iniciativa positiva”.

A posição de Luís Correia é partilhada pelos empresários albicastrenses. De Castelo Branco viajaram para o México as empresas Maria Dias e Queijaria Almeida, às quais se juntaram a Beira Salgados, o Clube de Produtores do Fundão, as Caves Campelo, Quinta da Lixa, e Casa Agrícola Rui Batel. Na Colômbia estiveram as empresas AlbiSabores, Dayana e Quinta da Arrancada.

“A participação na Alimentaria correu muito bem, realizámos muitos contactos e este é um mercado importante para a exportação e para a internacionalização da nossa empresa. A charcutaria, o azeite e o bacalhau seco foram os produtos sobre os quais os importadores mais mostraram interesse”, expli-

cou João Vilela, da Maria Dias Lda, depois de destacar a possibilidade de usufruir dos apoios para a participação no evento.

Uma das particularidades da participação dos empresários albicastrenses nos eventos e do próprio InovCluster diz respeito à promoção dos produtos da nossa região, pelo que foram realizados dois jantares com chefes portugueses. No México esteve também presente o responsável pela Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia (APTCE), José Borralho, bem como o Conselheiro Económico da Embaixada Portuguesa no México e diretor do AICEP naquele país, Álvaro Cunha. Na Colômbia, além de José Borralho,

marcou presença o embaixador de Portugal.

Na Alimentaria, no México, estiveram presentes 382 empresas, sendo a comitiva do InovCluster a grande representante de Portugal. O mesmo sucedeu em Bogotá, onde estiveram reunidas 221 empresas de todo o mundo. Também aqui foram os empresários do InovCluster os grandes representantes do mercado português.

“Estamos a abrir portas para que as empresas possam encontrar novos mercados e se internacionalizem, de forma a conquistarem novos clientes”, disse Luís Correia, em Castelo Branco.

Rui Gomes foi conselheiro da Embaixada Portuguesa no México

durante quase 10 anos e hoje é diretor de uma das maiores empresas mexicanas na área das orlas para móveis. Na sua opinião “este é um país que está muito aberto a conhecer produtos e experiências de outros países. Está muito ligado aos Estados Unidos, mas segue muito a Europa, quer na moda, quer no que respeita a produtos alimentares”.

Para aquele responsável “o México é um mercado em franco crescimento, que tem dimensão (são cerca de 120 milhões de habitantes) e há grandes oportunidades. Apesar de serem pouco conhecidos os produtos portugueses entram bem nos gostos dos mexicanos”. É esta dimensão e é esta perspetiva que os empresários albicastrenses procuram nos mercados da América Latina. Paulo Lalanda, produtor do vinho Quinta da Arrancada, destaca o papel do Inovcluster e da Câmara de Castelo Branco em todo o processo, lembrando que a sua presença na Colômbia foi “positiva.

Este é um mercado muito apetecível, que tem muita apetência pelos produtos portugueses. Mas também é um mercado difícil pela burocracia existente”. Uma posição muito semelhante tem Ricardo Freire, da AlbiSabores, lembrando que “houve curiosidade dos colombianos pelos nossos produtos”.

O balanço dos empresários é por isso positivo também pelos contactos obtidos que permitirão desenvolver o processo de exportação, sobretudo através de distribuidores, não só para o México e Colômbia, mas também para outros países como a Bolívia, Venezuela e Canadá. K

Com o apoio do Município albicastrense

Produtores nas feiras nacionais 6 A Câmara de Castelo Branco e a InovCluster apoiaram um grupo de empresários e produtores do concelho a participarem na Feira Nacional de Agricultura que decorreu em Santarém. Dos vinhos aos queijos, da doçaria à charcutaria, do azeite aos bolos e compotas, são muitos os produtos do concelho que marcaram pontos na cidade ribatejana.

A presença albicastrense não passou indiferente devido à dimensão do próprio expositor, que divulga também alguns dos ícones do concelho, mas sobretudo pela

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qualidade dos produtos apresentados pelas empresas Quinta da Arrancada, Queijaria Almeida, Quinta Pires Marques, Pastelaria e Confeitaria Dayana, Queijaria Henrique Santiago, Quinta do Aboíz, Sabores da Soalheira, Aromas e Sabores, Malpiqueijo, Padaria do Salgueiro, Salsibeira e Herdade do Escrivão.

Neste certame destaque ainda para o apoio prestado aos empresários pelo InovCluster.

Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, fez questão de marcar presença no evento. Para

o autarca, a presença albicastrense na Feira Nacional de Agricultura constitui mais “uma aposta nos nossos produtos. Com esta iniciativa levamo-los mais além e divulgamo-los, para fazermos um caminho de médio e longo prazo na sua valorização”.

O autarca destacou também o expositor: “O stand vale pela promoção dos nossos produtos, mas também do nosso concelho, pois apresenta as principais mais valias do nosso concelho e da nossa cidade em termos turísticos”. K

Provas comentadas

Afastar defeitos em busca da excelência

6 Diversas provas comentadas de azeitonas de mesa, abertas a quem quisesse participar, marcaram esta bienal do azeite, tendo reunido inúmeros participantes em qualquer uma delas.

José Alberto Pereira, do Politécnico de Bragança, e Cristina Pintado, do Centro de Apoio Tecnológico Agro Alimentar de Castelo Branco, deram o mote durante a conferência inaugural e, mais tarde, nos dias em que o certame se desenvolveu, foram efetuadas provas no recinto da feira.

O Centro de Apoio Tecnológico albicastrense tem mesmo como objetivo a criação de um painel de provadores para a azeitona de mesa e explicou aos presentes nestas iniciativas, sobretudo aos produtores, os apoios que pode e está a dar ao setor da azeitona e do azeite.

Relativamente às provas comentadas, José Pereira explicou os benefícios do consumo de azeitonas de mesa como alimento, como ingrediente e até como me-

dicamento, procurando depois dar conta dos diversos passos que, ao nível da avaliação sensorial, constituem a prova propriamente dita das caraterísticas de cada fruto.

Assim, entram em avaliação o aroma, o sabor, a acidez e a textura, entre outras caraterísticas que são avaliadas e comentadas com os presentes em cada ses-

são. Estas provas são consideradas essenciais no que respeita do controle de qualidade, são efetuadas de acordo com normativos definidos internacionalmente e

têm em vista, entre outras coisas, detetar e afastar os defeitos do produto para que ele chegue ao consumidor com uma excelente qualidade. K

Setor em crescimento

Empresários realçam oportunidades de negócio 6 Das empresas “Maçarico” e “Probeira” chegaram os casos práticos de quem se dedica a este setor, tendo sido traçados por parte dos seus responsáveis quadros relativos quer à situação nacional quer internacional.

“Temos tradição, temos cultura e temos produto, pelo que é pelo caminho da diferenciação e da inovação que temos de ir”, defendem os empresários Fátima Filipe e Luís Pereira.

A primeira empresa portuguesa (Maçarico) a tratar a azeitona oxidada começou a fazê-lo na década de 30 do século passado. E foi precisamente a tratar a azeitona que ia de Castelo Branco para a Praia de Mira e daí era comercializada um pouco para todo o país.

Fátima Filipe lembra esses tempos e também o facto de a azeitona ser, ainda hoje, uma das bandeiras da empresa, “num mercado que continua a crescer e

cujas exportações fazemos para todos os continentes”. Esta especialista alerta apenas para outro fator: o dos olivais estarem envelhecidos e alguns até abandonados, sendo que isso se reflete na qualidade da azeitona de mesa.

Luís Pereira foi dos diversos intervenientes na conferência que também defendeu as potencialidades da azeitona galega como azeitona de mesa, para além das que já revela na produção de azeite.

Também o produtor espanhol António de Mora deixou a sua experiência, garantindo que “o mercado mundial tem estado em constante crescimento, para todos aqueles países que saibam fazer as coisas bem”. Este experiente

operador no mercado internacional revela mesmo que “os mercados de Leste estão a incrementar o consumo e temos de estar muito atentos a isso porque é mais uma porta que se abre aos nossos produtos”. K

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Azeite foi o mote para três dias de festa

A Bienal em imagens Durante três dias Castelo Branco foi a capital do azeite em Portugal. A Bienal levou milhares de pessoas à Devesa, promoveu os produtos locais e apresentou um dos concertos que mais público juntou na cidade. K 6

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