Suplemento do Ensino Magazine nº 233 dedicado ao Evento Sabores de Perdição

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julho 2017 Suplemento dedicado ao Evento Sabores de Perdição

www.ensino.eu

milhares de pessoas na feira sabores de perdição

Castelo Branco reforça agroalimentar e cria emprego

certificação

Azeitona galega vem do tempos dos romanos C

P IV

Cataa/inovcluster

Fortalecer os produtos e a internacionalização C

PV

AHresp e confrarias

Em busca da qualidade e da autenticidade C

A Feira Sabores de Perdição que decorreu, de 15 a 18 de junho, em Castelo Branco, ultrapassou as expectativas e foi visitada por milhares de pessoas.

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três noites com muita Animação

Concertos na Devesa C

Apoio:

Organização:

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Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco

Aposta no agroalimentar e na criação de emprego

dré das Tojeiras, também foi anunciada pelo autarca. “Uma infraestrutura que vem reforçar o setor agroalimentar de Castelo Branco e que vai permitir o fabrico de aguardente a partir de medronho e de outros frutos”. Luís Correia falou ainda do trabalho que está a ser desenvolvido pelo Centro Tecnológico de Apoio ao Agroalimentar (no desenvolvimento de novos produtos e em

testes laboratoriais) e pelo InovCluster (sobretudo ao nível da internacionalização). Numa outra perspetiva, o presidente da Câmara frisou o caminho seguido pela autarquia no sentido de se criarem postos de trabalho no curto prazo. “Procurámos criar condições para a vinda de empresas, como novos centros de contacto, e para a criação de postos de trabalho. Foram criados 700 empregos nestes quatro anos”, disse.

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O presidente da Câmara, Luís Correia, com o inspetor geral da ASAE, Pedro Gaspar

A Feira Sabores de Perdição apresentou pela primeira vez uma zona de restauração, onde foi possível degustar a gastronomia regional. Além da tenda principal dedicada aos produtos da terra, a Feira incluiu mais duas para o artesanato. Todas climatizadas o que, com o calor que se fez sentir durante aqueles dias, foi uma mais valia para quem expôs e quem visitou. K

Organização:

6 O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, voltou a sublinhar a aposta que a autarquia albicastrense tem feito no setor agroalimentar e na criação de postos de trabalho (nos últimos quatro anos foram criados com o apoio da autarquia, 700 novos empregos), durante a inauguração de mais uma edição da Feira Sabores de Perdição, que decorreu de 15 a 18 de junho, em Castelo Branco. No entender de Luís Correia “o certame é um bom exemplo do que temos feito. Nos últimos quatro anos, promovemos duas feiras Sabores de Perdição e duas Bienais do Azeite valorizando a nossa azeitona galega. E hoje queremos dar mais um passo, ao entregarmos, com a Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior, o Caderno de Especificações da Azeitona Galega” à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro. Além da Sabores de Perdição, Luís Correia falou de todas as outras feiras que têm sido realizadas nas freguesias do concelho, na perspetiva de coesão territorial, e de valorizar os produtos locais. O autarca aproveitou a sessão inaugural do certame para destacar as estruturas que o Município criou para o apoio ao setor agroalimentar, como a “Melaria e o Centro Nacional de Produção de Abelhas Rainhas, o Parque de Leilões de Gado e o Centro de Tratamento de Figo da Índia”. Desta forma, disse Luís Correia, “apoiamos os produtores”. A construção de uma destilaria no concelho, mais concretamente em Santo An-


TSF EM DIRETO DO CERTAME

Castelo Branco com estratégia forte e muito bem estruturada

parcerias e em articulação com todos”, disse Luís Correia, vendo o crescimento deste setor também como um pilar da sua estratégia em termos turísticos, pois, como declarou, “queremos que quem nos visita tenha experiências sensoriais de excelência”. O turismo será nesta medida um fator agregador e po-

Organização:

Apoio:

6 A rádio TSF efetuou no decorrer da Feira Sabores de Perdição, em Castelo Branco, a emissão de um programa em direto num dos dias do certame. “Terra-aTerra” incidiu sobre diversas temáticas relacionadas com o setor agroalimentar e salientou aquilo que de melhor é produzido nesta região do país, ouvindo produtores, entidades públicas e privadas e associações sobre os diferentes temas em apreço. Luís Correia, presidente da Câmara Municipal, Olga Cavaleiro, da Confederação Nacional das Confrarias, Paulo Mendonça, da AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, João Pereira, da Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior, e Cláudia Soares, da Inovcluster - Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro, foram os convidados especiais para as duas horas de emissão em direto. Luís Correia elogiou sobretudo os produtos e os produtores do setor agroalimentar, mas também a forte estratégia implementada pela autarquia albicastrense ao longo dos últimos anos na defesa e promoção deste importante setor de negócios para a economia regional. Estratégia que envolve investimentos diretos bastante significativos por parte da Câmara Municipal de Castelo Branco. Só assim, defendeu o autarca, tem sido possível imprimir elevados níveis de inovação e empreendedorismo aos produtos já existentes, como inclusivamente permitir a chegada ao mercado de novas apostas por parte dos produtores e das empresas. Desta forma, prevê-se para o futuro o fortalecimento e a continuidade desta aposta, para que se possa ir cada vez mais longe. “É preciso ter qualidade mas também criar escala e isso só se consegue com

tenciador que dará corpo e substância a esta aposta na qualidade dos produtos. “O Centro de Portugal tem serra, tem mar, tem gastronomia, tem património, é praticamente um país dentro do próprio país e isso enriquece-nos imenso e reforça as estratégias que temos vindo a implementar no nosso território”, re-

força o presidente da Câmara de Castelo Branco, aludindo também ao Bordado de Castelo Branco, ao turismo de natureza e à rede de museus do concelho para sustentar este pilar central. “Dentro do Centro, a Beira Baixa e Castelo Branco estão bem vivos e recomendamse”, concretizou. K

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Candidatura de proteção apresentada à Europa

Azeitona galega, desde o tempo dos romanos

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Organização:

6 A edição deste ano da Feira Sabores de Perdição ficou marcada pela entrega oficial do dossiê de candidatura para a atribuição da Identificação Geográfica Protegida (IGP) à Azeitona Galega de Conserva: “Azeitona Galega de Conserva da Beira Baixa IGP”, trabalho que tem vindo a ser promovido pela Associação dos Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI). Este reconhecimento poderá trazer uma enorme vantagem à variedade galega - atualmente responsável pela genuidade dos azeites da Beira Baixa, particularmente os azeites de DOP – Denominação de Origem Protegida -, como importante fator de diferenciação nos mercados internacionais. Sendo muito apreciada como azeitona de mesa, com uma separação fácil entre a polpa e o caroço e reconhecida nacionalmente e internacionalmente como «azeitona portuguesa». No entender de João Pereira, da Associação dos Produtores de Azeite da Beira Interior, “o azeite e a azeitona são indiscutivelmente sabores de perdição a ter em conta. A marca territorial que de forma integrada pretende preservar a identidade nacional destes produtos é uma realidade”. Aquele responsável falava durante o programa Terra-a-Terra, da TSF, que foi emitido em direto. Relativamente à azeitona galega, definiu a Beira Baixa como um dos seus últimos redutos, justificando logo aí a proposta de proteção da mesma apresentada no início do certame. “Apresentámos uma candidatura à Comissão Europeia para preservar um produto que chegou até nós desde o tempo dos romanos”, explicou, alavancando “a proteção desde produto com a sua agregação aos restantes”. Dar valor e continuidade a todo este trabalho, numa perspetiva económica é pois o grande objetivo desta associação de produtores de azeite. “Urge combater o estigma da produção agrícola e ajudar a mudar a mentalidades, introduzindo também neste setor a cultura da autoestima”, concluiu. K


INOVCLUSTER COM 180 ASSOCIADOS

Fortalecer os produtos e apostar na internacionalização 6 A Associação InovCluster é hoje uma referência no setor agroindustrial, não só na região centro como no país, tendo assumido a participação portuguesa em muitos eventos internacionais, levando consigo produtores e empresas na perspetiva de criar novas oportunidades de negócio no mercado externo. Cláudia Soares, responsável pela Inovcluster, recorda que a associação com sede em Castelo Branco, reúne atualmente 180 produtores, entidades e parceiros, e destaca o papel do Centro de Apoio Tecnológico do Setor Agroalimentar. Da logística às fileiras complementares, Cláudia Soares aproveitou o programa emitido em direto pela TSF, para esmiuçar os apoios e o desenvolvimento dos produtos nas suas diferentes variáveis, reconhecendo que uma das grandes apostas do momento passa pela internacionalização das empresas. “Representamos Portugal nos mercados externos”, sintetizou, falando da necessidade de uma constante inovação, mas também da promoção e da valorização dos produtos. “O próprio desenvolvimento de novos produtos, através de investigação, é uma das nossas apostas constantes, desde a ideia inicial até à sua apresentação e embalamento, nada pode ser feito ao acaso”, deixou claro esta dirigente associativa. O próprio presidente do município de Castelo Branco, Luís Correia, apoiou e reforçou este trabalho, dizendo que “o Inovcluster abre constantemente novas portas e oportunidades, quer aos produtores individuais, quer às empresas que já estão no mercado ou que estão a instalar-se”. K

sabores de perdição H

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Organização:

Apoio:

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AHRESP E CONFRARIAS

Busca pela autenticidade favorece a qualidade 6 Paulo Mendonça, da AHRESP, defendeu, na Feira Sabores de Perdição, a importância dos produtos regionais de qualidade na promoção dos territórios, e no decorrer do certame abordou as novas tendências do turismo na busca pela autenticidade, na busca pelos produtos de excelência, na busca pela boa gastronomia. Para este especialista, “o trabalho que está aqui a ser realizado nesta zona de Castelo Branco, cujo reflexo se pode verificar nesta Feira dos Sabores de Perdição, tem muito valor e merece ser elogiado”. E a tudo isto há que, como também referiu, acrescentar ainda alguns elementos diferenciadores como a caça, onde esta região também é muito forte e dá cartas a nível nacional. “A busca de experiências no turismo, vivenciando novas sensações, faz com que o produto oferecido tenha de ser integrador, em articulação com os empre-

sários e operadores do setor da restauração e da hotelaria”, como concluiu. Já Olga Cavaleiro, da Confederação das Confrarias, realçou precisamente a crescente importância destas organizações na defesa e na implementação de estratégias nestes setores. Lançando o repto da criação de uma Confraria do Bordado de Castelo Branco, por exemplo, referiu-se a esta possibilidade com a expressão “seria ouro sobre azul”, porque como justificou “é preciso fazer a relação entre o património imaterial e a gastronomia e o produto transformado e isso é algo que nos seduz e que estaríamos dispostos a ajudar na medida das nossas possibilidades”. Integrando fatores como a paisagem, a mesa, a cultura e o património há um mundo inteiro de potencialidades ainda por explorar, de acordo com a representante da Confederação das Confrarias de Portugal. K

BORDADO DE CASTELO BRANCO, CARGALEIRO E FEIJADINHAS

Produtos marcam pela diferença

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Organização:

6 A TSF não se limitou a entrevistar os convidados que tinha no estúdio instalado no recinto da própria feira. Esta emissora, ao longo do programa “Terra-a-Terra”, passou diversas reportagens efetuadas neste território, sendo as mais significativas as que abordaram as Feijadinhas, a Tasca Maria Faia, os Bordados de Castelo Branco e o Museu Cargaleiro, como bons exemplos do que se faz e produz em Castelo Branco. K


Promoção do evento

Feira dos Sabores em Lisboa 6 O Dia de Portugal foi aproveitado pela Câmara de Castelo Branco para a promoção, em Lisboa, da Feira Sabores de Perdição no Mercado da Ribeira. Segundo uma nota de imprensa, enviada pela autarquia albicastrense, “a ação consistiu no workshop dirigido pelo Chef Miguel Mesquita com os convidados a confecionar alguns pratos, onde os ingredientes principais foram os produtos da região como o queijo, o azeite, o borrego, as cerejas e frutos vermelhos”. O objetivo da iniciativa foi, segundo a mesma informação, “não só promover a Feira Sabores de Perdição, que se realizou de 15 a 18 de junho, em Castelo Branco, mas também mostrar como são de qualidade os produtos da região”. Foram convidados da autarquia nesta iniciativa Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, Hortense Martins e Eurico Brilhante Dias, deputados eleitos pelo distrito, Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro, Adelina Martins, diretora da DRAP Centro, a estilista Alexandra Moura, o professor Eduardo Marçal Grilo, o músico Miguel Carvalhinho entre muitas outras personalidades que, com o autarca Luís Correia, cozinharam orientados pelo Chef Miguel Mesquita. Luís Correia, presidente do município, destacou “a versatilidade dos produtos da região, conseguimos nesta ementa mostrar que é possível inovar com estes produtos que são produtos de muita qualidade”. O autarca considera importante dar a conhecer estes e outros produtos, “mas também as formas como podem ser utilizados na gastronomia”. K

sabores de perdição H

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EM dois espaços diferentes

Artesanato e restauração

Organização:

Apoio:

6 O artesanato tradicional também esteve presente no certame. A mostra dividiu-se por dois espaços distintos. Também a restauração este ano teve uma área que lhe foi dedicada. K

JULHO 2017 ///

VII


D.A.M.A, Rui Veloso e Orquestra da Força Aérea

Concertos com alma A Banda da Força Aérea Portuguesa, D.A.M.A e Rui Veloso foram os cabeças de cartaz da Feira Sabores de Perdição. Espetáculos gratuitos para toda a população que encheram por completo o anfiteatro natural da Devesa nas noites de quinta-feira, sexta e sábado.

DAMA H

Feira do livro na Biblioteca

6 A par da música, a cultura também esteve presente, com a realização de uma feira do livro. A iniciativa foi da Biblioteca Municipal de Castelo Branco, que desta

Urban Challenge

6 O desporto foi outra vertente que surgiu associada à Feira Sabores de Perdição, com a realização do primeiro Urban Challenge de Castelo Branco. A prova foi organizada pela Associação do Bairro do Cansado, à qual se associaram um conjunto de profissionais de educação física. K

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VIII

forma trouxe ao público, a preços económicos, muitas edições que a autarquia adquiriu ou patrocinou. Um momento interessante muito bem sucedido. K

Desporto

Organização:

Cultura


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