Leitura da Semana [Semana 17]

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Temperança

Ellen G. White

2005

Copyright © 2013 Ellen G. White Estate, Inc.



Seção 10 — Medidas preventivas


Capítulo 4 — Diversão e substitutos inocentes Influência da ociosidade, falta de objetivo, más companhias — A fim de atingirmos à raiz da intemperança, devemos ir mais fundo do que o uso do álcool e do fumo. A preguiça, a falta de um objetivo ou as más companhias, podem ser a causa predisponente. — Educação, 202. A influência de um lar atrativo — Tornai vosso lar o mais atrativo que vos for possível. Afastai as cortinas e deixai entrar o médico celeste que é a luz solar. Necessitais em vosso lar de paz e quietação. Quereis que vossos filhos tenham um belo caráter. Tornai o lar tão atrativo que eles não queiram ir para o bar. — Manuscrito 27, 1893. O poder cativador de um lar atrativo — Quantos pais lamentam não poder conservar os filhos em casa, não terem eles amor pelo lar! Já muito cedo eles experimentam o desejo da companhia dos estranhos; e assim que têm idade suficiente, rompem com o que se lhes afigura servidão e restrições irrazoáveis, e nem darão ouvidos [210] às orações de sua mãe, nem aos conselhos do pai. Uma investigação revelaria em geral que o pecado jaz à porta dos pais. Não tornaram o lar aquilo que deveria ser — atrativo, agradável, radiante com o fulgor de palavras bondosas, olhares de simpatia e verdadeiro amor. O segredo de salvar vossos filhos está em fazerdes vosso lar aprazível e atrativo. A condescendência da parte dos pais não ligará os filhos a Deus nem ao lar; uma influência firme e piedosa no educar devidamente o espírito, porém, salvaria da ruína muitos filhos. — The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. Seja o lar um lugar onde existam a alegria, a cortesia e o amor. ... Se a vida no lar for aquela que deve ser, os hábitos aí formados serão uma forte defesa contra os assaltos da tentação quando o jovem deixar a proteção do lar para enfrentar o mundo. — Conselhos Sobre Saúde, 100. Lares campestres e trabalho útil — Uma das mais seguras salvaguardas para a juventude, é a ocupação útil. Houvessem eles 215


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sido exercitados em hábitos de laboriosidade, de modo que todas as suas horas fossem utilmente empregadas, e não teriam tempo para se queixar de sua sorte ou ficar fazendo castelos no ar. Estariam em menor perigo de formar hábitos viciosos e de ter más companhias. Ensine-se à juventude desde a infância que não há excelência sem grande trabalho. ... Todo jovem deve fazer o máximo com seus talentos, mediante o melhor aproveitamento de suas oportunidades. Aquele que assim fizer, poderá atingir quase a qualquer altura em consecuções morais e intelectuais. Ele deve, porém, possuir espírito valoroso e resoluto. Necessitará fechar os ouvidos à voz do prazer; precisa muitas vezes recusar às solicitações dos jovens companheiros. Tem de estar continuamente em guarda, para que não se desvie de seu propósito. Muitos pais se mudam de sua morada no campo para a cidade, considerando-a mais desejável localização, ou mais proveitosa. Com [211] essa mudança, no entanto, expõem seus filhos a muitas e grandes tentações. Os rapazes não têm emprego, e obtêm uma educação de rua, vão de um passo a outro na depravação, e perdem todo interesse em tudo quanto é bom, puro e santo. Quão melhor haveria sido os pais ficarem com sua família no campo, onde as influências são mais favoráveis para o vigor físico e mental!... Pela negligência dos pais, a juventude em nossas cidades está corrompendo seus caminhos e poluindo a alma diante de Deus. Isto será sempre o fruto da ociosidade. Os asilos de pobres, as prisões e as forcas contam a dolorosa história dos negligenciados deveres dos pais. — The Review and Herald, 13 de Setembro de 1881. Substituir por prazeres inocentes os divertimentos pecaminosos — A juventude não se pode tornar tão séria e quieta como a idade mais avançada, a criança, como um sóbrio senhor. Se bem que as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, providenciem os pais, os professores e tutores da juventude, em lugar delas, prazeres inocentes, que não manchem nem corrompam a moral. Não ligueis os jovens a rígidas regras e restrições que os levem a sentir-se oprimidos e a perderem o controle, precipitando-se em caminhos de loucura e destruição. Com mão firme, bondosa e considerada, segurai as rédeas do governo, guiando e controlando-lhes o espírito e os desígnios, todavia tão branda, tão sábia e amorosamente,


Diversão e substitutos inocentes

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que eles reconheçam ainda que tendes em vista o que lhes é melhor. — The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. Providenciar feriados interessantes — Temos buscado zelosamente tornar os feriados o quanto possível interessantes para jovens e crianças. ... Nosso objetivo tem sido conservá-los afastados de cenas de diversões entre incrédulos. Tenho pensado que, enquanto restringimos nossas crianças dos prazeres mundanos, que têm a tendência de corromper e desencaminhar, devemos prover-lhes recreações inocentes, conduzi-los por trilhos aprazíveis em que não haja perigo. Nenhum filho de Deus precisa ter uma vida triste e lamentosa. Os mandamentos divinos, as divinas promessas mostram que é assim. Os caminhos da sabedoria [212] “são caminhos de delícias, e todas as suas veredas paz”. Os prazeres mundanos são absorventes, e por seu momentâneo gozo sacrificam muitos a amizade do Céu, com a paz, o amor e a alegria que ela proporciona. Esses preferidos objetos de deleite em breve se tornam enfadonhos, não mais satisfazem. As atrações da vida cristã — Precisamos fazer tudo ao nosso alcance para ganhar almas mediante as atrações da vida cristã. Nosso Deus é amante do belo. Ele poderia haver revestido a Terra de marrom e cinza, e as árvores com roupagem de luto em vez de sua folhagem de vivo verdor; Ele, porém, queria Seus filhos felizes. Toda folha, todo botão a entreabrir-se e toda flor que desabrocha, é um sinal de Seu terno amor; e nós devemos almejar apresentar aos outros o maravilhoso amor por Ele expresso nas obras que criou. Deus desejaria que toda família e toda igreja exercesse um poder atrativo que afastasse seus filhos dos sedutores prazeres do mundo, e do convívio com aqueles cuja influência tenderia a corromper. Estudai a maneira de conquistar os jovens para Jesus. Impressionailhes a mente com a misericórdia e a bondade de Deus em permitirlhes, a eles, pecadores como sejam, fruírem as vantagens, a glória e a honra de serem filhos e filhas do Altíssimo. Que estupendo pensamento, que condescendência inominável, que pasmoso amor, serem homens finitos aliados ao Onipotente! “Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome.” “Amados, agora somos filhos de Deus.” Pode acaso qualquer honra mundana ser igual a isto?


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Representemos a vida cristã como ela em realidade é; tornemos alegre, convidativo e interessante o caminho. Podemos fazê-lo, se quisermos. Podemos encher a mente de vívidos quadros das coisas espirituais e eternas, e assim fazendo, ajudar a torná-las reais a outras mentes. A fé vê Jesus como Mediador, à destra de Deus. A [213] fé contempla as mansões que Ele foi preparar para os que O amam. A fé vê as vestes e a coroa, tudo preparado para os vencedores. A fé ouve os hinos dos remidos, e traz próximo as glórias eternas. Precisamos achegar-nos bem a Jesus em obediência de amor, caso queiramos ver o Rei em Sua beleza. — The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1884.


Capítulo 5 — O senso das obrigações morais Guiados por princípios morais e religiosos — Devemos agir por pontos de vista morais e religiosos. Cumpre-nos ser temperantes em tudo, pois diante de nós estão uma coroa incorruptível e um tesouro celestial. — Testimonies for the Church 2:374. Devemos, como seguidores de Cristo, agir por princípio no comer e no beber. — Redemption; or the Temptation of Christ in The Wilderness, 60. O caso de Daniel nos mostra que, pelos princípios religiosos, podem os jovens triunfar sobre a concupiscência da carne e permanecer fiéis aos reclamos divinos, mesmo que isto lhes custe grande sacrifício. — Testimonies for the Church 4:570. Não há direito moral para agirdes como vos apraz — Não tenho eu direito de fazer o que me apraz com meu corpo? — Não, não tendes nenhum direito moral, porque estais violando as leis da vida e da saúde que vos foram dadas por Deus. Sois propriedade do Senhor, Seus pela criação e Seus pela redenção. “Amarás a teu próximo como a ti mesmo.” A lei do respeito a si próprio e à propriedade do Senhor é aqui apresentada. E isto levará a respeitar as obrigações a que cada ser humano está sujeito a fim de conservar o maquinismo vivo, que é tão tremenda e maravilhosamente feito. — Manuscrito 49, 1897. Sentir a santidade da lei natural — Toda lei que rege o organismo humano deve ser estritamente considerada; pois é tão verdadeiramente uma lei de Deus como o é a palavra das Sagradas Escrituras; e todo desvio voluntário da obediência a essa lei é tão [214] certamente pecado como a transgressão da lei moral. Toda a natureza exprime a lei de Deus, mas em nossa estrutura física o Senhor escreveu Sua lei com o próprio dedo sobre cada nervo que freme, cada fibra viva, e sobre todo órgão do corpo. Sofremos perda e derrota, se sairmos do trilho da natureza, traçado pelo próprio Deus, para um caminho de nossa própria invenção. Precisamos lutar segundo à lei, se quisermos alcançar a dádiva da vida eterna. A senda é suficientemente larga, e todos quantos 219


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correrem poderão ganhar o prêmio. Caso criemos apetites fora do natural, e com eles condescendermos em qualquer medida, violamos as leis da natureza, e o resultado serão condições físicas, mentais e morais enfraquecidas. Ficamos então inaptos para aquele esforço perseverante, enérgico e esperançoso que poderíamos haver feito, houvéssemos sido fiéis às leis da natureza. Se prejudicarmos um único órgão do corpo, roubamos a Deus o serviço que poderíamos prestar-Lhe. “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” — The Review and Herald, 18 de Outubro de 1881. Constante senso de responsabilidade — Os que possuem constante e viva percepção de que se acham nessa relação para com Deus não porão no estômago comida que agrade ao apetite mas prejudica os órgãos digestivos. Não arruinarão a propriedade de Deus por satisfação de impróprios hábitos no comer, beber ou vestir. Terão grande cuidado com o maquinismo humano, compreendendo que assim devem fazer a fim de trabalharem em colaboração com Deus. Ele quer que eles tenham saúde, sejam felizes e úteis. Mas para que assim possam ser, precisam pôr a vontade ao lado da Sua. — Carta 166, 1903. Guardados pelo baluarte da independência moral — Mediante zeloso e perseverante esforço, podem os pais, com espírito [215] isento das influências dos costumes da vida corrente, construir em torno dos filhos um baluarte moral que os protegerá das misérias e crimes ocasionados pela intemperança. Os filhos não devem ser deixados a crescer à vontade, desenvolvendo sem razão traços que deviam ter sido cortados pela raiz; mas devem ser disciplinados com cuidado, e educados para tomarem posição ao lado do direito, da reforma e da abstinência. Em toda crise eles terão assim independência moral para enfrentar a tempestade da oposição que certamente há de assediar, os que se colocarem na defesa da verdadeira reforma. — Pacific Health Journal, Maio de 1890. Levai em fé vossos filhos a Deus, e buscai impressionar-lhes a mente susceptível com o senso de suas obrigações para com seu Pai celeste. Isto exigirá mandamento sobre mandamento, regra sobre


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regra, um pouco aqui, um pouco ali. — The Review and Herald, 6 de Novembro de 1883. Ensinar é um privilégio e uma bênção — Sejam os alunos impressionados com o conceito de que o corpo é um templo em que Deus deseja habitar; que deve ser conservado puro, como habitação de pensamentos elevados e nobres. Vendo eles pelo estudo da fisiologia que na verdade são formados “de um modo terrível e tão maravilhoso” (Salmos 139:14), ser-lhes-á inspirada reverência. Em vez de desmerecer a obra de Deus, terão o desejo de fazer tudo o que lhes é possível a fim de cumprir o plano glorioso do Criador. E assim virão a considerar a obediência as leis de saúde, não como uma questão de sacrifício ou negação de si mesmos, mas, como realmente é, privilégio e bênção inestimáveis. — Educação, 201. Uma grande vitória se encarada do ponto de vista moral — Se pudermos despertar as sensibilidades morais de nosso povo quanto à temperança, obter-se-á uma grande vitória. Cumpre ensinar e praticar temperança em todas as coisas desta vida. — The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1907. Cada um tem de responder perante Deus individualmente — A obediência às leis da vida precisa tornar-se questão de dever pessoal. Temos de responder a Deus por nossos hábitos e práticas. [216] A questão por que devemos responder não é: Que diz o mundo? mas: Como hei de eu, professando ser cristão, tratar a habitação que me foi dada por Deus? Trabalharei eu para meu mais elevado bem temporal e espiritual, tratando meu corpo como um templo para habitação do Espírito Santo, ou sacrificar-me-ei às idéias e práticas do mundo? — Manuscrito 86, 1897. Mais que vencedores — Caso os cristãos conservem seu corpo em sujeição e ponham todos os seus apetites e paixões sob o domínio da consciência esclarecida, sentindo ser seu dever para com Deus e para com os semelhantes obedecer às leis que regem a saúde e a vida, terão a bênção do vigor físico e mental. Possuirão força moral para empenhar-se na luta contra Satanás; e em nome dAquele que venceu o apetite em seu favor, serão mais que vencedores para seu próprio bem. — The Review and Herald, 21 de Novembro de 1882. [217]


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