Gerente Editorial Marília Chaves Assistente Editorial Carolina Pereira da Rocha Produtora Editorial Rosângela de Araujo Pinheiro Barbosa Controle de Produção Fábio Esteves Projeto gráfico e Diagramação Entrelinhas Editorial Revisão Vero Verbo Serviços Editoriais Capa Pedro Oliveira Impressão Aroprint Imagem de capa © Pressmaster/Shutterstock
Copyright © 2014 by Roberto Shinyashiki Todos os direitos desta edição são reservados à Editora Gente. Rua Pedro Soares de Almeida, 114, São Paulo, SP – CEP 05029-030 Telefone: (11) 3670-2500 Site: http://www.editoragente.com.br E-mail: gente@editoragente.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Shinyashiki, Roberto Liderança / Roberto Shinyashiki – São Paulo : Editora Gente, 2014. – (Coleção gestão total : seja um verdadeiro campeão nos negócios e na carreira) ISBN 978-85-7312-993-9 1. Administração de empresas 2. Equipes no local de trabalho – Desenvolvimento 3. Liderança 4. Líderes 5. Sucesso profissional I. Título. II. Série. 14-10235
CDD-658.4092
Índices para catálogo sistemático: 1. Liderança organizacional : Administração 658.4092
Sumário
Apresentação: quem avisa amigo é!.......................... 9 Introdução: junte forças para criar o futuro......... 17 Liderar significa criar o futuro.................................. 30 Capítulo 1: Mostrar que o sonho é possível.......... 37 Capítulo 2: Seja um modelo para sua equipe....... 47 Quatro competências que atraem seguidores...... 58 1. Ter uma obsessão criativa............................... 59 2. Criar um ambiente produtivo........................ 60 3. Respeitar o código de honra........................... 61 4. Conquistar aliados poderosos........................ 61 Capítulo 3: Relacionamentos: a base da prosperidade.......................................................... 65 Capítulo 4: Motivação: o prazer de viver.............. 77 Dez mandamentos para motivar........................... 85
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1. As pessoas mais competentes são as que têm a melhor autoestima..................................... 85 2. Um sentido maior para a ação criar um poder sobre-humano........................................... 87 3. As pessoas se comprometem quando se sentem importantes............................................. 88 4. Autoconfiança é consequência de vitórias.... 89 5. As pessoas adoram acertar. Ninguém erra porque quer!.......................................................... 91 6. As pessoas rendem mais num ambiente gostoso e humano................................................ 92 7. As pessoas se sentem mais protegidas onde as regras são claras e honestas............................ 94 8. As pessoas se comprometem mais com aquilo que criam................................................... 95 9. Seres humanos adoram o desafio da conquista............................................................... 97 10. Não aceite no time quem não quer participar............................................................... 98 Capítulo 5: A arte da convivência......................... 101 Conversar é um santo remédio............................ 108 É melhor confrontar para o bem......................... 112 Pedir desculpas é necessário................................ 115 Elogiar é incentivar............................................... 118 Já agradeceu a alguém hoje?................................ 121
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Pedir ajuda não é demérito.................................. 123 Capítulo 6: Networking sem parecer interesseiro................................................................ 127 Capítulo 7: A resolução dos conflitos.................. 135 Primeiro passo: estabelecer um diálogo............. 141 Segundo passo: definir os motivos exatos das divergências..................................................... 141 Terceiro passo: compreender as razões do outro........................................................................ 142 Quarto passo: interpretar o que cada um realmente deseja extrair do conflito.................... 142 Quinto passo: traçar um pacto............................ 143 Caso Betinho: exemplo de humanismo.............. 145 Para refletir: Gandhi e os doces........................... 151 Sobre o autor............................................................ 155
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APRESENTAÇÃO
Quem avisa amigo é!
Fui apresentada a Roberto Shinyashiki no restaurante executivo da Editora Abril, no começo dos anos 2000, e nos tornamos parceiros de jornada profissional, amigos, conselheiros e também “cavalos” um do outro. Como assim, “cavalos”? O Roberto me ensinou essa analogia, e você com certeza também vai desejar ter os seus. Assim como no hóquei deve-se apostar nos melhores cavalos, na nossa carreira é preciso que tenhamos ao nosso lado pessoas que contribuam com nossa corrida em busca do sucesso. Essas pessoas são seus maiores aliados, os seus “cavalos”. Na época em que nos conhecemos, eu era editora especial de carreira na revista Nova Cosmopolitan, publicada pela Editora Abril, quando ele foi convidado a ser o consultor de carreira de nossas leitoras.
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Como tal, Roberto ganhou uma página exclusiva para incentivar uma legião de mulheres jovens a ser tão ou mais ambiciosas que os homens, a batalhar para realizar, um a um, seus sonhos profissionais, a negociar melhores cargos e salários ou a avançar no próprio negócio, a investir fortemente em capacitação e conhecimento, a liderar com competência, a se “empoderar” para usar um termo da indústria da moda. Nunca me esqueço de duas orientações que Roberto sempre deu às leitoras: 1. A mulher precisa vencer qualquer resistência a lidar com a parte financeira do seu negócio, pois é a linguagem do dinheiro que o universo do business entende; 2. A mulher precisa assumir suas vontades, seja de casar e ter uma família, seja de comandar uma multinacional; ou as duas coisas e muito mais. Agora, transpondo essas orientações para quem deseja começar qualquer empreitada, um novo negócio ou uma mudança ousada de carreira, esses mesmos conselhos podem ser valiosíssimos.
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Quando se deseja inovar e realmente se está disposto a assumir o que vem pela frente, duas coisas são fundamentais: 1. Entender o negócio em níveis mais profundos, afinal, para ganhar muito dinheiro é preciso ser um grande gestor. 2. Perder o medo de assumir suas ambições. Para que você esteja apto a esses dois requisitos é que esta coleção surgiu. Durante minha experiência com o Roberto na Nova, eu fazia questão de cuidar pessoalmente da seção Consultor de Carreira, assinada por ele. E mesmo depois que fui promovida a editora-chefe continuei me dedicando àquela página como se fosse uma filha. Roberto também cuidou de mim com o mesmo carinho e empenho pessoal quando resolvi transformar em livro minha longa experiência e meu extenso conhecimento sobre os principais desafios femininos. Ele foi o grande incentivador para eu estrear, em 2011, duas carreiras paralelas ao jornalismo: a de escritora e a de palestrante.
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Depois de 25 anos atuando nas revistas femininas mais importantes do país, seu apoio me encorajou a me lançar a novos desafios. E, atualmente, tenho uma quarta carreira no currículo, a de empreendedora, à frente da minha produtora de conteúdo editorial e informações econômicas. Já dividimos os palcos de palestra, já “canetamos” textos um do outro, já comemoramos vitórias (e sempre abro um espumante para brindar um projeto quando ele é iniciado, ou seja, na assinatura do contrato, como o Roberto me ensinou). Nós já nos ajudamos principalmente com alertas do que não fazer. Elogiar é muito fácil e cômodo. Roberto acredita que – e eu concordo com ele – os amigos avisam sobre as ciladas, mostram outros ângulos de uma questão que pareciam nublados, ajudam na parte difícil da largada que depois vai abreviar a chegada ao sucesso. Isso porque a felicidade dos amigos é tão importante e possível quanto a nossa. É com essa generosidade que Roberto compartilha com você seus conhecimentos, suas ideias,
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seus conselhos e seus alertas nesta coleção de livros. Em algumas partes, pode ser até doloroso ler e constatar que você está agindo erroneamente. Ou, pior, que não está fazendo quase nada por si mesmo. Contudo, esteja certo de que o objetivo do autor é, do fundo do coração, colaborar da melhor maneira que ele conhece (pelos livros) para que você seja mais feliz, seja grande em sua vida pessoal e profissional, alcance seus objetivos... E que seja pelo caminho mais rápido. Joyce Moysés Jornalista, escritora e palestrante de liderança feminina, sócia-diretora de conteúdo da Primeira Edição Setorial, autora do livro Mulheres querem poder... amar (Editora Gente). www.joycemoyses.com.br
INTRODUÇÃO
Junte forças para criar o futuro
Atualmente, os colaboradores são excessivamente administrados e insuficientemente liderados. Warren Bennis
Psicólogo e conselheiro de quatro presidentes norte-americanos, tornou-se o mais respeitado perito em liderança dos Estados Unidos e com frequência presta assessoria a grandes empresas e organizações.
Uma das maneiras mais ricas de experimentar a felicidade é a possibilidade de pôr em prática um sonho. Para o verdadeiro líder, o maior prêmio é proporcionar essa dádiva à sua equipe. O primeiro impulso do líder é pensar no outro e, então, os objetivos comuns acontecem. O bom êxito da equipe cria o sucesso do líder.
Para poder realizar seus sonhos, é muito importante cuidar bem do seu desenvolvimento profissional e procurar sempre elevar sua competência a um nível superior. Não se acomodar, atualizar-se, aprender mais e mais, dar resultado são responsabilidade sua, pois o sucesso depende do seu empenho em ser competente e da sua vontade de ser um empreendedor cada vez melhor. Com essa base sólida, tenho certeza de que você fica mais preparado para um desafio
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ainda maior: o de ajudar as pessoas a realizar os desejos delas também. O tema desta conversa é liderança. Vou dizer aqui qual é a minha definição: é a arte de inspirar as pessoas em direção aos objetivos delas. Outro modo de definir liderança que eu adoro é “a arte de criar felicidade para os outros”. Uma das maneiras mais ricas de experimentar a felicidade é a possibilidade de pôr em prática um sonho. E o maior prêmio para um líder é o prazer de ajudar alguém a ser um pouco melhor do que era quando o encontrou. Como disse William Osler, canadense, professor de Medicina, que, antes de morrer, em Oxford, recebeu o título de Sir: “Não estamos aqui para tirar da vida tudo o que pudermos para nós mesmos, mas sim para trabalhar a fim de fazer a vida dos outros mais feliz”. Em geral, as pessoas julgam erroneamente liderança como o ato de controlar. Por isso, ao longo da nossa história, liderar quase sempre foi sinônimo de mandar, impor a posição hierárquica sobre os outros para ser obedecido. Quem não se lem-
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bra daquele lema opressor “Manda quem pode e obedece quem tem juízo.”? Não deve ser assim. O primeiro impulso do verdadeiro líder é pensar no outro; e, então, os objetivos comuns acontecem. Isso porque o bom êxito da equipe gera o sucesso de seu líder, criando um círculo virtuoso. O verdadeiro líder promove a autonomia e a cooperação das pessoas. Num mundo que necessita tanto de empreendedores, não podemos depender de profissionais que ficam à espera de alguém para lhes dizer o que fazer. Só existe uma coisa pior que um funcionário que não faz o que você pede: é aquele que só faz o que você pede. O que cria o sucesso na vida das organizações são seus colaboradores. A imagem de uma empresa não é formada pela diretoria, mas sim pelos que estão em contato permanente com o público. A impressão que você vai ter de um hotel é criada pelos recepcionistas e pelos camareiros. A imagem do supermercado é determinada pela atuação do pessoal do caixa e dos atendentes. A opinião do paciente hospitalar provém do atendi-
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mento das auxiliares de enfermagem. O status da escola dependerá principalmente da qualidade de seus professores. Seu sucesso está nas mãos dos que têm uma ligação direta com o cliente. E olha que justamente eles são os que mais sofrem pressões, recebem menos treinamento e ganham os menores salários. Quando a companhia faz propaganda de seu lema “Nós lutamos mais”, “Lugar de gente feliz”, “Sua melhor opção de voar”, “Viver sem fronteiras”, é preciso ter a equipe envolvida para entregar a promessa que foi feita pela publicidade, senão o respeito do cliente vai por água abaixo. Liderar exige que, além de ser bom naquilo que faz, você consiga que os outros sejam bons em suas funções. Ao olhar o brilho de uma carreira, dá para perceber facilmente que as pessoas que obtêm mais sucesso são aquelas que criam equipes poderosas. Quando você vê um show do Roberto Carlos, em que cada detalhe (não é um trocadilho!) funciona; quando você presencia uma ginasta que ganha uma medalha olímpica; ou quando você
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sai feliz de um restaurante, fica claro que um líder nos bastidores obteve de cada um a sua parte. Alguém explicou a um assistente de palco que o Roberto Carlos tem de receber a série de buquês de rosas para ele distribuir para suas fãs no final do show. Ensinaram aquela ginasta de 14 anos a se concentrar no meio de todas as pressões. E orientaram o garçom sobre como transmitir corretamente seu pedido ao chef do restaurante. Sempre digo aos meus assistentes: “Por favor, cresça muito, pois, para realizar meus sonhos, eu preciso que você realize logo os seus”. Ao avaliar as perspectivas financeiras de sua carreira, você vai compreender que seus ganhos dependem de duas habilidades fundamentais: ajudar os outros a fazer o seu melhor e ensinar seus liderados a chefiar suas equipes. Este é um raciocínio muito simples: vamos supor o exemplo de um pizzaiolo que faz cem pizzas por noite. Se somente ele trabalhar fazendo pizzas, rapidamente vai chegar ao seu limite. Para expandir seu negócio, a solução será contratar
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dez pizzaiolos, cada um fazendo cem pizzas por noite. Assim, a possibilidade de lucro vai ser elevada à operação de mil pizzas por noite. Em pouco tempo, é possível que ele alcance o limite de crescimento de vendas de pizzas no bairro em que está instalando, saturando a região. Contudo, esse pizzaiolo (que agora já é um empresário) é ambicioso e quer muito mais. Então, ele monta uma rede com dez lojas que produzem mil pizzas por noite, o que significará 10 mil pizzas. Um negócio cem vezes maior do que o original. Quais foram seus desafios? Quando era o único a cozinhar, seu problema era fazer pizzas que agradassem sua clientela. No momento em que decidiu crescer, precisou se transformar em líder de sua equipe. Um negócio mais complicado, porque tinha de motivar seus pizzaiolos a fazer uma pizza com a sua qualidade, com gastos que permitam lucros e na velocidade exigida pela clientela. Quando resolveu crescer ainda mais, seu desafio se multiplicou: precisava contratar e motivar um grupo de líderes capazes de administrar as novas lojas e motivar os pizzaiolos. Aí, teve de parar de
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fazer as pizzas para trabalhar num nível superior, coordenando os planos, organizando estratégias, mas, principalmente, educando e incentivando as pessoas. Muitos profissionais são bons técnicos, mas não conseguem superar o desafio de se transformar em líderes, pois não sabem lidar com gente. Frequentemente, recebo ligações de um diretor de Recursos Humanos que pede ajuda para desenvolver um gerente que é fera como técnico, mas não entende nada de gente. O líder nato sabe o que fazer para tocar o coração das pessoas de modo que as ajude a realizar seus sonhos. Em geral, o bloqueio a uma carreira em ascensão ocorre quando o profissional não é capaz de dar o salto que transforma um grande técnico num líder de primeira linha, que influencie as pessoas. Um exemplo clássico é aquele vendedor maravilhoso, com um poder de convencimento excepcional, mas que fracassa ao ser promovido a supervisor de equipes, por não conseguir transmitir o que
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sabe nem influenciar as equipes a dar um show de vendas também. Ou, então, é aquele analista de sistemas de informática brilhante escolhido para ser o novo gerente do departamento e que não sabe transformar seus técnicos num time. Nos dois casos, tanto o vendedor quanto o analista de sistemas de informática acabam limitando sua jornada profissional, encurtando sua estrada de sucesso, por não conseguirem tocar a alma de seus colaboradores. Desenvolver a capacidade de liderança não tem valor apenas para sua empresa e sua carreira, mas também para sua família – a equipe mais importante para a felicidade do indivíduo. Quando dizemos que a família está se desagregando, o motivo é o mesmo por que as pessoas não realizam os planos da diretoria: os chefes não estão conseguindo se tornar líderes. Os obstáculos em todos os setores da vida estão maiores e, com certeza, somente equipes integradas e comprometidas vão superá-los. Enquanto a política é a arte do possível, a liderança é a arte de trans-
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formar o impossível em realidade. O líder ajuda a criar novas perspectivas para seus liderados. Ele sabe como fazer cada membro de sua equipe se sentir importante e competente, mas o fundamental é que tem a capacidade de transformar um grupo de pessoas num time integrado e comprometido. Como disse Pat Rilley, o mais prestigiado técnico de basquete dos últimos tempos: “No basquete, você pode ser o maior jogador do mundo e, ainda assim, perder o jogo, porque a equipe sempre vence o indivíduo.”. A seleção alemã, campeã da Copa do Mundo no Brasil, foi uma prova viva disso. Não tinha uma estrela já premiada como o melhor jogador do mundo, mas o técnico Joachim Löw conseguiu montar um time matador. Löw disse aos seus jogadores que eles estavam representando 88 milhões de alemães e que era preciso fazer as pessoas sentirem isso. Em entrevista coletiva, logo depois de seu time carregar a cobiçada taça, declarou que o campeonato mundial é o fruto de trabalho árduo e espírito de equipe. “Temos capacidade, téc-
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nica impressionante e muita vontade de realizar nossos desejos.”. A pergunta para o líder é: como transformar vários campeões juntos num time campeão? Esta conversa é sobre como expandir os horizontes dos líderes. Como alguém se torna catalisador de sonhos alheios para proporcionar mais oportunidades de democratizar a felicidade. E lembre-se: o sucesso acontece quando você transforma conhecimento em ação.
Liderar significa criar o futuro O líder nato é capaz de ajudar as pessoas a entender o lugar onde elas se encontram, a compreender o que fizeram para chegar até ali e a descobrir meios para realizar seus sonhos.
Hoje, um dos graves problemas do mundo é a ausência de perspectivas. As pessoas estão sem esperança e não acreditam num amanhã mais promissor. Essa atitude pessimista é meio caminho andado para o fracasso. Em tese, o futuro não existe; é a fé e o comprometimento das pessoas que o constroem.
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É triste quando um filho vê seu pai, um homem trabalhador e dedicado, desempregado. Nessa hora, tudo começa a ficar nebuloso e sua luta perde o significado, o propósito. Como se alguém tivesse desaparecido com a cenoura da recompensa lá na frente. O drama chega a tal ponto que a pessoa se deixa dominar pela ideia de que os sacrifícios não levam a nada. Para que estudar se existe tanta gente com vários títulos no currículo sem um emprego à altura? Quando empenho e honestidade não se revertem no merecido sucesso, a dúvida em relação aos valores aparece e, como consequência natural, o espírito fica fraco. Em tempos de tempestade, é importante que o Cristóvão Colombo da empresa desça até o convés para conversar com a tripulação sobre a chegada iminente às novas terras. Ou seja, é no meio desse mar de incertezas que o trabalho do líder se torna ainda mais importante. Se for positivo, é maravilhoso. O Olodum, por exemplo, que surgiu primeiramente como um bloco carnavalesco de Salvador e depois se transformou no Grupo Cultural
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Olodum, assumiu um papel social belíssimo ao propiciar aprendizado musical a centenas de adolescentes carentes de Salvador. Além de desenvolver ações de combate à discriminação social e estimular a autoestima e o orgulho dos afro-brasileiros. Outra ação sensacional é a de vários jogadores que estão criando escolas de futebol para crianças pobres, como fizeram Adilson Coca-Cola e Paulo Isidoro. A Fundação Gol de Letra, criada pelos ex-craques Raí e Leonardo, é reconhecida como um dos principais modelos alternativos de ensino! Somente com muita liderança para dar visibilidade a questões importantes, engajando outros colaboradores, sensibilizando a sociedade e devolvendo a tanta gente o direito de progredir. O resultado dessas iniciativas é praticamente instantâneo: as crianças voltam a sonhar com um futuro melhor e começam a lutar para realizar seus sonhos. Certamente, a maior parte delas não vai virar músico ou atleta profissional, mas a perspectiva de um horizonte favorável cria a vontade de estudar e a força para ficar longe das drogas.
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Péssimo é quando aparece um líder negativo. É o caso do traficante, que exibe um figurino de ostentação e carro do ano. Na situação de penúria em que a maioria dos adolescentes da comunidade se encontra, esses argumentos bastam para convencer vários deles a entrar no negócio. O final desse filme, todos já conhecem: o garoto termina seus dias preso ou assassinado, pois, infelizmente, poucos conseguem sair do pesadelo. A falta de líderes fica mais dramática em tempos de crise, com milhares de empresas enxugando as equipes, fundindo-se com outras maiores ou mesmo fechando. No caos, instala-se o “salve-se quem puder”, em que prevalecem atitudes baseadas na “Lei de Gerson”, com todos querendo levar vantagem em tudo. Os oportunistas aproveitam para criar mais confusão, porque aqueles que não aprenderam a construir um trabalho consistente adotam a política do “quanto pior, melhor fica”. Quando um adolescente entra no caminho das drogas e deixa de estudar é indício de que a família carece de liderança.
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Quando nas empresas imperam a fofoca e os jogos de poder, com os interesses individuais acima dos interesses do grupo, é sinal de que a liderança da empresa está fraca. Eis o momento de alguém especial chamar os envolvidos para conversar, deixar cada um expressar suas insatisfações e desejos e, a partir daí, criar o futuro que todos querem construir. Antigamente, os pais procuravam decidir o destino dos filhos. Lembre-se daquela conversa de pai: “Minha filha, você tem de ser advogada.” ou “Meu filho, faça Engenharia.” ou ainda “Queria tanto que houvesse um médico na família!”. Nos últimos anos, psicólogos e coordenadores escolares vêm orientando os pais a não influenciar na escolha dos filhos, deixando-os livres para optar. Até porque há novas profissões. Qual o efeito colateral disso? Infelizmente, muitos entenderam que não era para conversar sobre o tema, e os jovens estão perdendo o futuro de vista. Afinal, quanto mais opções de escolha, mais difícil fica e maiores são a angústia e a indecisão. Nessa hora, o líder dá um grande apoio.
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É importante que os pais perguntem sobre as perspectivas dos filhos, ajudando-os a construir uma imagem clara do que querem e de como alcançar as próprias metas. Afinal de contas, ter uma visão cria caminhos e força para realizar um objetivo. O líder tem a capacidade de ajudar pessoas a entender o lugar onde elas se encontram, ou seja, seu presente; a compreender o que elas fizeram para chegar a essa situação; a desenhar o futuro; e a descobrir meios para realizá-lo. Aí só falta um aspecto: ajudá-las a acreditar que têm capacidade de atravessar a ponte para o sucesso.