17 minute read

Olhar

Next Article
você viu?

você viu?

JAPÃO & REGENERAÇÃO

O JAPÃO COMO LENTE PARA A INTRODUÇÃO ÀS ECONOMIAS REGENERATIVAS

Reflexões sobre o Japão, visando referências a era das economias regenerativas e a aplicação da Economia da Paixão como metodologia de inovação para a transição de organizações a esta nova era.

2023 UM ANO DE MOVIMENTO CONFUSO PARA MUITOS, INTENSO PARA TODOS E ESTIMULANTE PARA ALGUNS

Ainda estamos aprendendo a navegar entre as multidimensões de tempo e espaço da nova era.

Na semana em que voltei do Japão, tive uma reunião com um grupo de profissionais de uma empresa no Brasil. Discutíamos cronogramas buscando driblar uma sequência de feriados em novembro − Proclamação da República, no dia 15, e Consciência Negra no dia 20.

Não demorou muito e a conversa chegou no Natal e um dos executivos declarou: “Vamos ter um recesso de mais de uma semana neste final de ano − graças a Deus!”. Rapidamente, todos os demais manifestaram o mesmo alívio e voltaram o foco para os feriados de novembro, compartilhando as intenções de descanso, viagem e outras programações para “desconectar”, como projetou uma segunda executiva durante a conversa.

Sempre reforço que a busca pela “desconexão” e o crescimento do investimento em tecnologia é uma conta que não está fechando, mas já volto neste ponto. A troca desta reunião é uma expressão perfeita da mecânica da economia vigente: trabalhamos, consumimos, nos relacionamos − enfim, vivemos até o esgotamento. Daí buscamos novas fontes de energia, reabastecemos e voltamos a consumir este combustível até esgotar outra vez. Há algumas semanas, voltando de férias, um outro cliente me relatou a seguinte fórmula: “Trabalhamos 1 ano para termos 30 dias de férias, tiramos 10 dias e, no primeiro dia de retorno às atividades, já precisamos de férias novamente”.

O que seríamos capazes de produzir, criar e sustentar se não estivéssemos sempre esgotados e mobilizados pelo mindset de escassez, tentando preservar ao máximo a nossa energia? Esta inquietude é um bom ponto de partida para uma nova era econômica regenerativa e foi uma das perguntas que provocou a minha Jornada da Economia da Paixão em 2023, no qual explorei o tema “REGENERAÇÃO”.

A última passagem desta jornada repleta de pesquisas, dados e insights foi o Japão, um destino que alguns associam às suas origens de forte conexão humana e espiritual enquanto outros o enxergam como um país conectado, chamando-o de “tech raiz”.

Pois bem, a ponte entre estas formas de conexão volta ao ponto que levantei há pouco. Ainda precisamos enxergar que a conexão que sustenta a tecnologia que estamos enraizando em nossas estruturas econômicas depende da sustentação da nossa conexão de origem, a natureza, que integra todas as dimensões do ser humano − corpo, mente e espírito − e de nossas relações uns com os outros. Sim, a inteligência sistêmica da WEB 3 e as multidimensões do metaverso tem origem na nossa própria natureza “multidimensional”.

A última etapa de um ciclo é também a primeira do próximo − a regeneração, inclusive, ensina sobre essa sequência evolutiva entre fim e começo −, logo, o Japão também foi o primeiro destino das palavras que guiaram a minha Jornada da Economia da Paixão em 2023: RAÍZES MULTIDIMENSIONAIS

São diversas as perguntas e hipóteses que já me provocam nesta jornada. Entre elas, me inquieto pelo quanto somos capazes de despertar através de conexões regenerativas e abundantes, da espiritualidade à tecnologia; do resgate e valorização das origens às raízes daquilo que produzimos e criamos no mundo.

Este despertar se relaciona com a consciência e aqui volto para a conversa do início para exemplificar. Naturalmente que, durante aquela reunião de cronogramas, ninguém falou sobre o significado de “Proclamação da República” ou de qualquer uma das outras datas, tudo foi colocado em um mesmo pacote rotulado “feriado” e diretamente associado a “desconexão”. Outra expressão perfeita do que a lógica econômica vigente acarreta: falta energia para olhar os detalhes, analisar todos os pontos, criticar e verdadeiramente planejar com inteligência estratégica. O foco dos negócios está somente na ação, ou melhor, na reação de sobrevivência.

Ações incrementais − uma tecnologia a mais ou um treinamento de soft skill para aprender a ser humano – estão sendo consideradas inovações disruptivas, mesmo sem impactarem as raízes de estruturas obsoletas.

A conexão com o significado de cada data que chamamos de feriado ou o questionamento de cada sazonalidade que provoca a cultura de consumo e descarte são referências a este necessário despertar de consciência a que me refiro, frente a uma economia mais humanizada − apesar de a reconhecermos dentro da “era digital”. Em novembro, o Quênia instituiu, como parte da campanha de restauração do cultivo de árvores nacionais, um feriado para estimular os cidadãos ao ritual de plantio de mudas visando às metas desafiadoras que o país tem com o Fundo Monetário Internacional. São várias as ressalvas por trás desta campanha, mas, diante de uma nova proposta de feriado, é de se pensar que estamos terminando mais um ano de muitas mudanças, mas tendo vivido cronogramas, prazos e metas, de certo modo, iguais.

CALMA! ISSO NÃO É UMA PROPOSTA DE BALANÇO DE 2023 AINDA NÃO…

Talvez não haja energia para um balanço do ano, a sede agora é por CELEBRAÇÃO. Mas, confesso, o sorriso no rosto chega acompanhado de rugas crescentes de preocupação na testa e não posso ignorá-las. Estes últimos meses do ano, acompanhando à distância as altas temperaturas às vésperas do início do verão no Brasil, me remeteram à fala de Greta Thunberg no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, em 2019:

“Nossa casa está pegando fogo. Eu não quero a esperança dos senhores, quero que entrem em pânico... e ajam!”

Os últimos ano desde a pandemia tornaram visíveis o quanto os cenários de crise são efetivos para nos fazer mudar rapidamente e isso foi o que Greta quis dizer: muitas vezes precisamos sentir a dor na pele, entrar em pânico, para nos movimentarmos para a resolução. Assim, talvez as ondas de calor nos inspirem a buscarmos tantas ações efetivas quanto a forma como estão criativos os memes sobre ar-condicionado nas redes sociais.

Articulei sobre isso ao longo de 2023 em uma série de artigos no blog do Fashion Revolution Brasil, principalmente enquanto buscava sombra durante o intenso verão na Europa. Em um destes últimos artigos, explorei o tema “ecoansiedade”, conectando a crise climática e a saúde mental, para favorecer a aproximação de um desafio global da intimidade Talvez individual e tornar mais acessível a visão de que a dinâmica econômica que força negócios a centralizarem o ESG, inicia na nossa adoção pessoal de um estilo de vida regenerativo, impactando em o que e como produzimos, consumimos, trabalhamos, nos relacionamos, etc...

Desde que o mundo é mundo, pessoas carregam diferentes rótulos para a missão de se prever o futuro.

Entre os povos mais antigos, esta missão estava atrelada ao que na contemporaneidade entendemos como misticismo, passando pelos astrólogos, oráculos, xamãs e outros. Hoje temos os analistas econômicos, meteorologistas, futuristas e outros termos que ganharam alguma medida científica e racional.

Na minha prática, não me afasto do campo de adivinhações ancoradas em histórias e soluções carregadas de sonho e esperança, pois isso é o que me encoraja a mergulhar, sem anestesia, nos dados que apontam os desafios que temos para enfrentar.

Assim foi 2023, o ano que encarei a REGENERAÇÃO, que representa uma nova era (digital regida pela consciência), que convoca uma nova lógica produtiva: estamos transitando da cadeia linear (extrair, produzir e descartar) para a cadeia sistêmica (não linear criativa e regenerativa) − no final deste material, há uma ilustração desta mecânica!

As mudanças de mindset desta nova economia sistêmica, claro, são complexas, mas aqui chega uma dose de esperança proporcionada pelos mais profundos mergulhos na REGENERAÇÃO: complexo é diferente de difícil. Quer experimentar?

O QUE TE REGENERA?

O que é preciso criar, revisar, reduzir ou eliminar no seu estilo de vida para que no final de 2024 haja mais espaço para desejos e sonhos do que exaustão?

Provavelmente você não vai precisar fazer grandes reflexões para concluir que a regeneração está na CONEXÃO consigo e com o outro: nos momentos de trocas inspiradoras com colegas de trabalho, na risada entre amigos, no afeto com a família... FÁCIL, não?

Por isso, o convite é para que você acesse este material sem qualquer compromisso, apenas navegue e permita que os insights ressoem em você, mantendo vivas as reflexões sobre economias regenerativas aqui propostas e conscientizando-se do o fato de que resultados diferentes exigem novas estratégias e ações, mas que a mudança pode começar na CELEBRAÇÃO!

CELEBRE!

AGRADEÇA E HONRE O ANO DE 2023, TODOS OS SEUS APRENDIZADOS, REALIZAÇÕES E ENCONTROS & COMEMORE A CHEGADA DE 2024!

Celebre sendo humano, compartilhando momentos vivos de conexão, alimentando faíscas de paixão com as pessoas ao seu redor e tangibilizando a nossa maior fonte regenerativa, o afeto, que será capaz de transformar os raios das tempestades que nos esperam em energia solar. E, podemos acreditar, se assim for, a luz será mais abundante do que a sua ausência!

VOCÊ JÁ ESTEVE EM UM PLANETÁRIO?

Esta viagem pela lente da astronomia é uma das recordações mais marcantes da minha adolescência, quando estive na Fundação CEU (Centro de Estudos do Universo), em Brotas – SP, durante uma excursão escolar. Revisitei esta memória recentemente, passando pelo Observatório Grinffith em Los Angeles, na Califórnia. Me dei conta de que o mesmo universo que naveguei há anos, estava ali, novamente explorando. Da mesma forma, há milhares de anos, este mesmo universo é estudado por diferentes povos e em diferentes lugares. Egípcios, maias, astecas, gregos, romanos, etc... Todo grupo de civilização carrega em sua história aprendizados e evolução a partir da observação do céu, incluindo os povos originais do Brasil, os indígenas, que desenvolveram uma sabedoria preciosa em relação aos movimentos da lua, do sol, das estrelas, e assim por diante, para a evolução da sobrevivência.

“A sabedoria não grita, nem sussurra. É uma ressonância que te realinha com a melhor direção, é um conhecimento que surge com clareza inegável, é uma expansão que torna a mente mais leve. A sabedoria é gradual, que muitas vezes mostra a mesma verdade através de diferentes ângulos, até que finalmente te atinge tão profundamente que passa a se tornar parte do seu ser. À medida em que a sabedoria dentro de você, Paula Costa (@paulacoliv), amadurece, fica mais fácil deixar ir, parar de lutar contra si e mover-se junto com a natureza ao invés de contra ela.” – tradução livre do trecho de um livro de Diego Perez que recebi da querida Inquieta Fabiana Mortari justamente no momento em que vivia a experiência do planetário comentada acima.

Falar sobre sobrevivência neste contexto é maravilhoso, porque a inquietude por trás da investigação do universo diz sobre a curiosidade de saber quem somos, de onde viemos e para onde vamos e é justamente esta soma de perguntas que não deixa de ser uma grande busca por autoconhecimento, que nos trouxe até aqui e vai continuar nos levando adiante, nutrindo a sobrevivência.

A “arte de perguntar” tem relação direta com a evolução e a sobrevivência − é o que move os maiores pesquisadores práticos do universo, os astronautas. Estes protagonistas estão cada vez mais próximos, ocupando palcos de eventos de inovação para compartilharem fórmulas de suas jornadas de descobertas em explorações espaciais, e uma coisa sempre me chama a atenção: entre diferentes perspectivas, muitos destes profissionais se voltam às preocupações com a sustentabilidade depois de visitarem o espaço e avistarem o planeta Terra a certa distância.

“Quando olhei o nosso planeta do espaço, enxerguei a sua beleza e fragilidade e isso despertou em mim a necessidade de protegê-lo e preservá-lo para as próximas gerações” − foi o que declarou a astronauta japonesa Naoko Yamazaki durante o evento South by Southwest em 2021. Mais tarde, em 2023, neste mesmo festival de criatividade, ouvi a astronauta americana Sian Proctor falando algo como “a primeira vez que vi a ‘Earth light’ senti um profundo senso de pertencimento”, também fazendo referência ao chamado de cuidado com o planeta, compreendendo que a Terra não é somente um lar, um espaço que ocupamos, mas parte de nós. Esta conclusão chega ao fato de que cada um de nós, parte viva da Terra, estamos profundamente conectados em uma interdependência muitas vezes invisível.

O pertencimento precisa se tornar visível para continuarmos inovando − é o que afirmo cada vez que conheço um novo lugar do mundo e realizo que entre as milhares de diferenças e culturas, por fim, somos todos um e iguais na essência.

“O cosmos está dentro de nós. Somos feitos de matéria estelar. Somos uma forma de o universo conhecer a si mesmo” – é uma afirmação da década de 80 do astrônomo Carl Sagan.

A ideia de que “somos todos poeira estelar” talvez justifique como me marcam as experiências em planetários. Este senso de pertencimento me traz conforto e segurança para continuar explorando o mundo e pesquisando PESSOAS − hábitos, comportamentos e movimentos que movem a vida e a sobrevivência. Ao mesmo tempo, este mesmo senso de pertencimento autentica a existência da singularidade, me desafiando a evoluir a partir da inquietude do que não conheço e, eventualmente, até mesmo daquilo que nunca poderei conhecer.

Por que para você um bolo parece muito doce, enquanto para o outro a dose de açúcar está perfeita?

De forma bem figurada, é mais ou menos através deste princípio de inquietude que podemos navegar por diferentes dimensões − sejam espaços físicos ou não −, encontrando nos pontos de semelhança conforto e, na diferença, a oportunidade de aprendizado através da aproximação da lente singular do outro e a construção de pontes através da expansão cocriativa.

Falar de criatividade é pontual, mas a cocriação é essencial quando enxergamos a evolução do movimento de descentralização do mundo e da economia orientada ao pertencimento – comunidade e colaboração. Protagonistas que movimentaram o curso da história revelam, na fonte da sua criação, a relação com universos completamente diferentes: ao beberem novas águas e as combinarem em uma alquimia única, com as próprias origens, estabelecem novas raízes – novas estruturas e novos comportamentos.

A primeira exposição que destaca a relação de Yves Saint Laurent com o oriente, em curta temporada no Japão até dezembro de 2023, explora isso.

O designer buscou muito refúgio criativo no universo paralelo do oriente e foi responsável por popularizar cortes e formas desta esfera do mundo, conectando-as de forma a honrar também as suas origens ocidentais. Esta capacidade de criar pontes e cocriar diz muito sobre o sucesso e legado da marca que YSL fundou após trabalhar com Christian Dior.

“Trabalhar para o Christian Dior foi, para mim, a realização de um milagre. Tenho um grande respeito por ele, que me ensinou as raízes da minha arte.”

Sede de criatividade: um sinal da chegada de uma nova era econômica!

O despertar criativo vem chegando junto com este movimento de descentralização que rege uma nova era econômica baseada na inteligência regenerativa da natureza, na qual a criatividade é uma ferramenta individual e coletiva, disponível e abundante. A evolução de formas de viver mais orientadas à comunidade começa a aparecer através de manifestos crescentes da vontade de tornar o invisível, visível, explorando novos assuntos e experiências, relacionando-se com novas pessoas, culturas, e assim por diante.

Foi esta uma das inspirações para a criação deste material. Compartilhando uma passagem pelo Japão entre outubro de novembro de 2023, recebi comentários e expressões de curiosidade até mesmo de pessoas que não imaginava, por também serem viajantes ativos – e descobri que elas ainda exploram pouco o oriente, mas sentem essa vontade. Pois bem; faz parte também do movimento de descentralização começarmos a expandir horizontes para conhecer terras mais “não óbvias” – já estou com roupa para ir!

Os caminhos são cada vez mais favoráveis; existem milhares de sites, blogs, revistas, perfis em redes sociais e outros canais que fornecem dicas, sugestões e orientações de turismo de muita qualidade!

Além disso, os destinos, de modo geral, também se movimentam com alguma aceleração para facilitarem a experiência de estrangeiros.

Nesta soma, trago a minha colaboração para o despertar desta inquietude coletiva: O Japão como lente para a introdução às Economias Regenerativas!

Aqui compartilho reflexões sobre o Japão, visando referências à era das economias regenerativas e à aplicação da Economia da Paixão como metodologia de inovação para a transição de organizações a esta nova era.

O JAPÃO COMO LENTE PARA A INTRODUÇÃO ÀS ECONOMIAS REGENERATIVAS

Abaixo, seguem todos os itens desta reflexão, que já entregam em seus títulos, valores que sustentam a cultura de inovação pela ótica da Economia da Paixão e a mecânica de economias regenerativas:

1. EDUCAÇÃO & RESPEITO

• A comunidade depende de pertencimento e o pertencimento nutre e é nutrido pelo protagonismo

• Visão de propósito

2. COMPROMISSO

• Aprendizado constante

• A importância do belo na rotina

• Atemporalidade

• Laços e honra às origens e tradições

CYCLE.ME

Esta marca de produtos industrializados propõe uma rotina metódica de alimentação, sendo cada item descrito para um momento adequado do dia.

Na embalagem, códigos e ilustrações (como o relógio) indicam o horário mais adequado para o consumo e a explicação sobre o efeito dos seus ingredientes/nutrientes.

3. SILÊNCIO

• Habilidade de foco

• As multidimensões da sensorialidade

Mesmo em um ambiente de provocação de multidimensões sensoriais, como nesta famosa exposição em Tóquio, o TeamLabs, os japoneses seguem silenciosos ao se deslumbrarem com as ativações. O trabalho deste coletivo, o TeamLab, acaba de inaugurar mais um centro de atração em Tóquio, no também recém-inaugurado Azabudai Hills − mais um empreendimento de uso misto que faz referência às cidades inteligentes. Inclusive, os arquitetos que o desenvolveram o chamam de “cidade dentro da cidade”.

4. VÁLVULAS DE ESCAPE

• A arte de celebrar

• Ludicidade e irrealismo

• Surpresa, diversão e encantamento

• Tolerância e acolhimento à falha e ao erro

Avenidas inteiras movimentam as chamadas “Gashapon”, máquinas de brinquedos surpresa em cápsula. Naturalmente, o varejo bebe desta fonte, e a vending machine é um canal comum para diferentes categorias de produtos, muitas vezes, como saída para o não investimento em equipes de atendimento.

5. CONSCIÊNCIA DE FIM

• Passado e futuro conectados ao presente

• Cultura vintage, revenda e upcycling

Além dos rituais de honra aos ancestrais, cemitérios não são isolados ou “temidos” de alguma forma. Até mesmo pelo desafio de disponibilidade de espaço, estão no meio da cidade, próximos a estabelecimentos comerciais e em passagens dos templos. Existe certa naturalidade em se enxergar a morte e mantê-la presente.

6. IMATERIALIDADE & ESPIRITUALIDADE

• Conexão e culto à natureza

• Minimalismo: menos é mais

No início e no final dos dias, não é pouco comum cruzar com alguém fazendo uma reverência nos altares nas portas das casas e condomínios, assim como não é raro cruzar com templos no meio da cidade. Ao entrarmos em um deles, por exemplo, no meio da agitada Osaka, que pulsa uma alma jovem, a paz se estabelece e nos esquecemos de que estamos no meio de ruas cheias de telas e LEDs.

7. RITUAIS

• Lógica de abundância

• Portais

Em outro contexto, a loja Jordan World, em Tóquio (um bom case para explorar o branding conectado à experiência de jornada no varejo físico) traz o mesmo princípio ritualístico, com um longo corredor imersivo que não se distancia dos portais na entrada dos templos – e é igualmente “instagramáveis”.

8. CUIDADO

• Reconhecendo o protagonismo de cada parte no todo

• Tudo começa de dentro para fora

• Hospitalidade

O cuidado com a segurança no porta guarda-chuvas − que ocupa um espaço considerável na entrada do Museu de Arte Nacional, em Tóquio. Novamente, tudo tem seu espaço de ordem.

9. BRASIL [E NOSSO BAITA POTENCIAL!]

• Não precisamos viajar para sairmos do lugar!

PAULA COSTA

Coautora do livro Economia da Paixão e cocriadora do Inquietesi − Laboratório da Economia da Paixão para a Transição à Era Digital Regida pela Consciência −, é comunicóloga formada em Publicidade e Gestão de Varejo pela graduação e MBA da ESPM, com especializações complementares em inteligência de mercado, pesquisa, antropologia, sustentabilidade, criatividade e futurismo e passou por instituições como Hyper Island e Tel Aviv University.

This article is from: