12 de Abril de 2003 - 21 horas
Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino
ficha técnica Propriedade:
Título: Directora: Coordenação Editorial: Redacção:
Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa Av. do Palmar, n.º 562 - C.P. 2940 - Maputo Tel: 00 258 1 493380 Fax: 00 258 1 483500 www.edu-port.ac.mz E-mail: epm-celp@edu-port.ac.mz No Pátio das Laranjeiras - n.º 2 Albina Santos Silva - Presidente da CI - EPM-CELP Jorge Pereira Rosa Alice Dixe Alunos da EPM-CELP Ana Patrícia Silva António Melo Íris Cruz Isabel Matos Jorge Pereira Judite dos Santos Luísa Muge Rosário Mendes Ricardo Azedo
Revisão de Texto: Fotografia:
Francisco Pelicano Antunes Diana Manhiça Firmino Mahumane Isabel Costa
Concepção Gráfica:
Diana Manhiça Isabel Costa Judite dos Santos
Paginação:
Isabel Costa Judite dos Santos
Distribuição: Periodicidade: Tiragem:
Centro de Recursos Educativos da EPM-CELP Trimestral 500 exemplares Maputo, Março de 2003
ANGARIAÇÃO DE FUNDOS PARA O BAILE Cafés-concerto, festas para crianças, Dia de S. Valentim, Noite
os jovens decidem
sumário Quem e quantos somos
Apresentamos-te um problema para debateres com os teus colegas, professores e até com a tua família. Em seguida, escreve a tua solução e envia-a para o Centro de Recursos.
Dados estatísticos da EPM - CELP referentes ao ano lectivo de 2002 / 2003
Editorial
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A Escola em foco Imagina que acabaste de te mudar para uma nova escola. Odiaste deixar a tua antiga escola. Tinhas muitos amigos íntimos e até gostavas de muitos professores. O teu pai acabou de entrar para um novo emprego em que há muita pressão e também viaja mais. A tua mãe decidiu trabalhar, uma vez que os teus dois irmãos estão agora na faculdade e as despesas estão a aumentar. Apesar de o teu caso não ser propriamente uma desgraça, não estás nada contente. Não conheces ninguém na escola, a qual é bastante maior, e os teus colegas não parecem muito amigáveis. Já disseste aos teus pais que as coisas estão péssimas, mas eles estão ocupados, e disseram-te que, de qualquer maneira, hás-de ultrapassar os teus problemas. O pior é que estás no meio do ano, a matéria é diferente e estás a ficar para trás em todas as disciplinas. Um dia, quando vais da escola para casa, sozinho como de costume, quatro rapazes que são realmente os líderes (já viste que são eles quem praticamente manda na escola), fazem-te parar e perguntam-te se queres juntar-te a eles. Respondeste-lhes: “Porque não?”, para pareceres descontraído e tentares não mostrar até que ponto desejas ter boas relações com alguém. Vão todos para casa de um deles. Os pais estão ambos a trabalhar. Passado algum tempo começas a divertir-te mesmo. É uma casa realmente agradável, o rapaz tem todos os últimos vídeos de rock e entretêm-se com brincadeiras saudáveis. Isto faz-te lembrar de como as coisas têm sido difíceis. Estes rapazes são realmente óptimos e aceitaram-te. Depois de algumas cocas e pizzas aquecidas no micro-ondas, um dos rapazes puxa por um cigarro enrolado à mão, com um aspecto esquisito. Depois de o acender começam a passá-lo à roda, cada um fuma por sua vez e todos começam a parecer estar mais divertidos. Subitamente é a tua vez. Todos os teus amigos te dizem “Isto não te faz mal” e “ Olha para os adultos que estão sempre a beber e a fumar”; “Esta bodega nem sequer ressaca te faz”. Além disso todos fumamos e não nos faz mal”.
Notícias das actividades realizadas na EPM-CELP entre Dezembro e Fevereiro últimos
Gala Jovem 2003 Centro de Formação e Difusão da Língua Portuguesa Centro de Recursos Educativos Associação de Pais e Encarregados de Educação Associação de Estudantes O Lugar da Escrita Rostos e Culturas O Canto dos Artistas Passatempos e actividades Fábrica de Ideias
Não sabes o que fazer. Alinharias com eles?
Dilema proposto por Marvin Berkowitz
Sabias que... Os jovens decidem
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efeméride - 7 de Abril
quem e quantos somos A l u n o s d a E P M - CE L P d i s t r i b u í d o s p o r c i c l o e p o r s e x o 30 de Janeiro de 2003 350 302
300
300
250
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P o p u l a ç ã o e s c o l a r d a EP M - CELP p o r s e x o 30 de Janeiro de 2003
200 167
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150
82
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81Sexo Masculino
77
52% Sexo Feminino
144 111
48%
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MENSAGEM DE HOMENAGEM À MULHER MOÇAMBICANA Num passado não muito distante, concretamente a 8 de Março, o mundo parou para homenagear a Mulher. Ontem, dia 7 de Abril, Moçambique juntou-se a este movimento, num ambiente dividido entre a alegria, cor e vida, por um lado, e apreensão e incerteza, por outro lado, pensando da difícil situação da mulher no Mundo inteiro em geral e no país em particular. Hoje, dia 8 de Abril, a EPM-CELP, decide juntar-se a este movimento, num singelo gesto de reconhecimento do papel da mulher nesta escola. Do nascer ao pôr do sol, sentimos com satisfação o teu calor em acções de direcção a diferentes níveis, a tua entrega em actividades lectivas, o teu toque mágico em tarefas se assistência e administração, a tua mão meiga em cuidados de limpeza e ornamentação. Ao lado destas acções todas, assinalámos ainda a tua participação na formação de professores das escolas moçambicanas; a tua participação em actividades de convívio cultural e desportivo com escolas moçambicanas e de outras nacionalidades. No desempenho destas tarefas vemos em ti uma mulher decidida a transpor a fasquia da tua nacionalidade, vemos em ti uma mulher decidida a transpor a fasquia da tua cor partidária, das tuas convicções religiosas e do teu campo cultural. Esta tua decisão faz com que tu sejas uma mulher comprometida com dois princípios: 1. A causa da mulher moçambicana, da mulher portuguesa, da mulher brasileira, da mulher búlgara, da mulher afro-asiática, afro—europeia, enfim da mulher do mundo. 2. A causa da justiça, da fraternidade e do bem estar da Humanidade inteira.
0 Pré - Escolar
1ºCiclo
2º Ciclo
Sexo Masculino
Sexo Feminino
Alunos da EPM -CELP por Ciclos 30 de Janeiro de 2003
3º Ciclo
Secundário TOTAL
É o comprometimento com estes dois princípios que nos leva a acreditar que com o teu saber, a tua imaginação e abnegação a EPM triunfará nesta aposta de fazer da instituição um jardim onde cravos, rosas e jasmim vivem em harmonia, lado a lado, fazendo das suas diferenças a razão de ser do próprio jardim. Este teu comprometimento faz-nos acreditar ainda que tu permanecerás a obreira principal da edificação do grande projecto desta instituição, nomeadamente a construção da cidadania. É por tudo isto e por muito mais que hoje a escola decide parar por algum tempo para, em uníssono e a viva voz, dizer-te:
350 300
Mulher em serviço na EPM: Estás no bom caminho. A Escola inteira está ao teu lado e por isso encoraja-te a prosseguir. Queremos e exigimos que tenhas longa vida.
250 200 150 100 50 0
SecunPréSecundár 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo dário Escolar io Total de Alunos
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302
146
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Maputo, 8 de Abril de 2003
300
Lázaro Impuia
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fábrica de ideias Colaboração: Judite dos Santos (Professora da Área Disciplinar de Educação Visual)
S a c o - e m b r u l h o
Árvore da Páscoa a) Desenha ovos em cartão e decora-os de um lado e do outro, pintando-os com guacho. Podes fazer os acabamentos aplicando brilhantina ou tintas especiais fluorescentes. Recorta os ovos e coloca um fio na extremidade, para os pendurares. b) Em vez de fazeres os ovos em cartão, podes esvaziar ovos reais furando-os nas extremidades; a seguir pinta-os com vernizes das unhas coloridos. Cola um fio de modo a poderes pendurá-los.
2 . Corta um ramo de uma árvore seca e enterra-o num vaso cheio de terra. Decora o vaso colando papel fantasia ou pintando-o de forma criativa. 3.
1.
2. Cose o tecido do avesso de modo a teres um saquinho. Faz a baínha da boca do saco. 3.
Arranja uma fita bonita de seda ou uma fita para embrulho e ata-a ao saquinho, originando um saco-embrulho diferente.
Embalagem 1.
Pinta o ramo da árvore com tintas, dourada ou prateada, em spray e decora-a com fitas brilhantes e coloridas. Para finalizar, pendura os ovos realizados em 1.
Arranja uma cartolina de formato A2 (59,4cm X 42,0 cm) e faz o desenho da figura, que se refere à planificação de uma embalagem cúbica. Cada lado dos quadrados deverá medir sempre o mesmo (Ex: 15 cm).
2. Cola as abas do “cubo” com cola-tudo de modo a obteres a embalagem. 3.
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editorial
Recorta um rectângulo de tecido estampado, de 30cm X 20cm.
15 cm
1.
Decora a embalagem com tiras de papel de lustro ou outros tipos de papel (fantasia, celofane,...), ou mesmo tecido estampado. Aplica um laço de fita de embrulho na tampa da embalagem.
Na nossa escola o Pátio das Laranjeiras é o local onde somos chamados a conviver, a celebrar. É o coração da nossa casa: o recanto da música, dos discursos, da poesia, das emoções... No Pátio das Laranjeiras, a revista da EPM-CELP, pretende ser esse canto de festa, onde tudo acontece. Um ponto de encontro, de aproximação de culturas, um espaço de convergência e de partilha de saberes; um projecto que, afirmando a nossa especificidade e individualidade, se pretende projectar para além-fronteiras como testemunho da universalidade da língua e da cultura portuguesas. Aberta à participação de todos, No Pátio das Laranjeiras espelha o que somos e o que fazemos; cresce na medida do que sonhamos, dos projectos que ambicionamos. Neste segundo número, o novo grafismo e as secções reformuladas revelam um esforço permanente de aperfeiçoamento, de renovação. Aqui há lugar para as notícias, para as efemérides, para a dinâmica do nosso quotidiano; aqui há lugar para a criação literária e artística de pequenos e graúdos. Aqui sente-se o pensar e o pulsar da nossa escola. Aqui há a vontade e a determinação de todos e de cada um para dar vida e voz a uma instituição escolar a crescer.
A Directora da Revista
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sabias que... A ÍNDIA É A MAIOR PRODUTORA DE CINEMA DO MUNDO
A Escola em Foco
Actividades realizadas O dia do eclipse solar
Escola Solidária
Os alunos da EPM- CELP tiveram a oportunidade de observar, no dia 4 de Dezembro, um dos fenómenos raros e espectaculares da Natureza: um eclipse solar. O eclipse é um fenómeno no qual a lua se interpõe entre o sol e a terra, que deixa de receber temporariamente a luz solar. Este fenómeno foi aproveitado pelos professores, nomeadamente, de Ciências e de Geografia para motivar a comunidade educativa para a Astronomia. O astrónomoinvestigador português, Dr. Máximo Ferreira, convidou-nos para uma palestra subordinada à temática em questão.
Visita ao Hospital Central de Maputo No dia 9 de Dezembro, a nossa turma, ou melhor, alguns alunos da turma foram visitar uma enfermaria no Hospital Central. Esta nossa ida ao hospital estava a ser preparada na Área de Projecto. Ser solidário, partilhar, aprender com os outros... desde o princípio do ano que fazemos projectos com a nossa vida e com a vida dos outros... Assim saímos da escola, nós, porque os que ficaram tiveram que ir para a Biblioteca, e dirigimo-nos para o hospital. A professora combinara com a Dr.ª Patrícia, médica escolar, um encontro... mas perdemo-nos. Como sabíamos que a enfermaria era a das crianças subnutridas, encontrámo-la com facilidade. Os doentes, meninos e meninas, entre 1 e 4 anos de idade, estavam muito doentes, com febres altas, mas mesmo assim ficaram contentes, houve até uma que bateu palmas. Connosco ia muita vontade de os animar, uns pacotes de “bolacha Maria”, bolas de borracha, uma árvore de Natal (feita na aula de EVT), muitos balões e algumas músicas ensaiadas com a ajuda do nosso professor de Educação Musical. Aos nossos brinquedos juntou-se a nossa voz, nem sempre muito afinadinha, para lembrar que estávamos na quadra natalícia. O Erik e a Loahana tocaram flauta para os meninos acamados. Para casa trouxemos (sim, porque não levámos só, também trouxemos) tristeza e alegria. Tristeza porque continuámos a pensar naqueles meninos tão mal alimentados, alegria porque ajudámos um bocadinho quem precisava.
“Bilene - uma abordagem geográfica” Livro da professora M.ª de Lurdes do Vale
No dia 12 de Dezembro, na Biblioteca Poeta José Craveirinha, procedeu- se ao lançamento do livro da Dr.ª M.ª de Lurdes do Vale, professora de Geografia, intitulado “Bilene - uma abordagem geográfica”. A Comissão Instaladora da EPM-CELP encorajou todos os professores da Escola a produzirem trabalhos para posterior publicação.
A indústria cinematográfica da Índia é a maior do mundo. Produz cerca de 700 filmes por ano, emprega 2 milhões de pessoas e atrai 70 milhões de espectadores por semana. Sessenta por cento da receita reverte em impostos para Governo indiano. A enorme quantidade de filmes produzidos reflecte-se na qualidade.
DE ONDE VEM A PALAVRA GRAVATA?
A palavra “gravata” é originária do idioma sérvio-croata hyvat, que por sua vez saiu do alemão kravat, que finalmente saiu do francês cravate. Em francês, cravate significa gravata e também croata, devido a uma tira de pano que os soldados croatas (mercenários do exército francês) usavam, amarrada ao pescoço, no século XVII.
A OR IGEM DA PALAV RA SUIT E ORIGEM PALAVRA SUITE
A palavra suite, usada para designar os quartos que são ligados a uma casa de banho independente das outras divisões, vem do francês “la chambre, ensuite la salle de bain”, que significa “o quarto seguido da casa de banho”, designação usada nas plantas dos imóveis. Com o tempo, a expressão foi reduzida apenas a suite.
O PRIMEIRO ROMANCE DO MUNDO FOI ESCRITO POR UMA MULHER Uma mulher foi a autora do primeiro romance literário de todos os tempos. Murasaki Shibiku, uma japonesa da classe nobre, escreveu no ano 1007 um livro chamado “A história de Genji”, contando a história de um príncipe em busca de amor e sabedoria. A pessoa que escreveu o maior número de romances na história também é uma mulher. Bárbara Cartland é autora de nada menos que 723 romances, que venderam mais de um bilhão de cópias em 36 idiomas, fazendo dela também a autora de romances mais vendida do mundo.
Jornalistas: alunos do 6.º C
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passatempos e actividades Sopa de letras Descobre as seguintes palavras relacionadas com o Carnaval: máscara, dança, folia, cortejo, samba, Brasil, alegria, Carnaval.
Actividades realizadas Programa de Educação para a Saúde Em nome do Banco de Sangue e do Hospital Central de Maputo agradecemos a todos quantos contribuíram com a sua doação de sangue nos passados dias 16 e 17 de Dezembro de 2003. Muitos doentes puderam beneficiar desta preciosa dádiva e muitas vidas se salvaram! Aproveitamos para anunciar que passaremos a organizar estas campanhas regularmente, e desde já contamos com a vossa colaboração, bem como com a de todos os outros que não puderam estar presentes em Dezembro.
“A Carochinha” Arquitecto José Forjaz No dia 7 de Fevereiro, a nossa comunidade escolar teve a oportunidade de assistir a uma peça de teatro - “A Carochinha”interpretada pelos artistas da turma E do Pré-Escolar. Foi com entusiasmo que estes actores de palmo e meio representaram os sonhos e a tragédia da Carochinha e do João Ratão.
Patrícia Silva, médica escolar
Passeio ao Centro Cultural de Matalana
Sopa de Números Corta todos os algarismos ímpares, quando estiverem no meio de dois algarismos pares.
À procura de números
No dia 20 de Janeiro, a pequenada do 2.º ano visitou o Centro Cultural de Matalana, no âmbito do projecto ”O que nos dizem as fábulas”. Malangatana fez as honras do Centro Visita da Presidente do ao contar aos alunos uma fábula Instituto Camões moçambicana - A Fábula dos Crocodilos - que nasceu naquele local. Essa fábula fez as delícias dos No dia 10 de Fevereiro, a pequenos, que a transpuseram para EPM-CELP teve a honra de receber telas. (vide O Canto dos Artistas)
a Prof.ª Doutora Maria José Stock, Presidente do Instituto Camões, instituição que muito tem contribuído para a difusão da cultura portuguesa no estrangeiro.
Descobre e assinala o caminho que tens que seguir para ordenar os números de 0 a 50, sem os repetir. Para traçar esse caminho podes deslocar-te na horizontal, na vertical e na diagonal .
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O significado dos monumentos
No dia 5 de Fevereiro, o arquitecto José Forjaz veio à EPM-CELP para realizar uma palestra alusiva ao dia 3 de Fevereiro, Dia dos Heróis Moçambicanos, subordinada ao tema “O significado dos monumentos”. O arquitecto foi, juntamente com o falecido pintor e arquitecto português, António Quadros, o autor da Estrela dos Heróis Moçambicanos, na Cidade de Maputo. Participaram nesta palestra os alunos do Ensino Secundário, da Área de Humanidades, assim como os de História da Arte, Teoria do Design, Geometria Descritiva e, ainda, os que frequentam História e Geografia de Moçambique. A palestra despertou o interesse de todos. Logo no início, o arquitecto José Forjaz começou por convidar os presentes a reflectir sobre o conceito de “monumento”, seguindo-se uma exposição acompanhada de projecção de diapositivos sobre o papel dos monumentos ao longo das várias épocas e em diferentes contextos culturais.
A EPM-CELP comemorou... Noite Árabe
Festa de Natal No passado mês de Dezembro a nossa escola enfeitou-se para receber mais uma vez a quadra natalícia e festejar o fim do 1.º período. E, no último dia de aulas, os alunos cantaram, dançaram e praticaram actividades desportivas, como a capoeira e o taekwondo. Para tal, montou-se um palco, para que todos apreciassem as actividades desenvolvidas.
A Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa assistiu, no passado dia 24 de Janeiro, a mais um evento destinado à angariação de fundos para o Baile de Finalistas. Desta vez, o público, que como sempre, curioso, se desloca à nossa escola para presenciar os inúmeros eventos que aqui decorrem, foi surpreendido com uma magnífica Noite Árabe, à boa maneira oriental! Música, Karaoke e fascinantes bailarinas deram vida a esta noite mágica. Para Março, os finalistas preparam mais uma noite temática... Vamos ver o que nos espera desta vez. Surpresa...! Ricardo Azedo
Escolas moçambicanas - cerimónia de oferta de livros Palavras da Presidente da Comissão Instaladora
o canto dos
art ist as
Papel de cenário pintado aplicando as técnicas da pintura com esponja e da impressão a partir de moldes Trabalho colectivo realizado pelos alunos dos 5.os anos na disciplina de Educação Visual e Tecnológica
Congratulamo-nos vivamente por a EPM-CELP ter sido a escolha privilegiada de uma iniciativa que, de facto, nos é familiar: a difusão da cultura, a promoção do livro, a pedagogia da leitura. Neste limiar do século XXI, onde todas as tecnologias se desenvolvem num ritmo vertiginoso, o livro ainda continua a ser o suporte mais tradicional e familiar no processo de ensino e de aprendizagens. No contexto geo-político onde estamos inseridos, o livro é sinónimo de acesso ao conhecimento, um bem e um valor. Simboliza, igualmente, uma riqueza informativa e cultural que pode ser transmitida, discutida e pensada. É de louvar a iniciativa de uma editora privada, Moçambique Editora, que disponibilizou manuais escolares, suprindo, deste modo, algumas carências no acesso a materiais didácticos modernos e apelativos. Em nome dos estabelecimentos de ensino que foram beneficiados, cumpre-me reconhecer o esforço e a generosidade e, publicamente, agradecer o gesto solidário. A Cooperação Portuguesa, sob a égide da Embaixada de Portugal, demonstra mais uma vez, por actos, que a Cooperação Educativa é indiscutivelmente a grande estratégia de futuro porque é numa formação pluridimensional do Homem que todos apostamos. Agradeço a atenção com que me escutaram. Muito obrigada a todos.
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Alguns dos moldes utilizados
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o canto dos CARN A VAL
artistas
Actividades realizadas Entrevista a Malangatana Valente Ngwenya Malangatana, famoso pintor moçambicano, visitou a nossa escola em Janeiro, no âmbito do projecto do 2.º ano, “O que nos dizem as fábulas”. Esta visita foi a conclusão do passeio que os alunos do 2.° ano realizaram no dia 20 do mês de Janeiro a Matalana. Malangatana teve a oportunidade de apreciar a representação pictórica da fábula que narrara e valorizar as pinturas, retocando-as com a sua mão mágica. O 5.º A aproveitou esta oportunidade para o entrevistar. Todos elaborámos as questões que, depois de seleccionadas, foram colocadas pelos entrevistadores Tadeu e Maida, representantes da turma.
Máscaras produzidas por alunos do 2.º ciclo em E.V.T.
Fábio
Bruna
autor não identificado
5.º A - Bom dia, senhor Malangatana. Temos muita curiosidade em saber o seu nome completo. Pode-nos dizer qual é? Malangatana - Chamo-me Malangatana Valente Ngwenya. Sabiam que Ngwenya quer dizer crocodilo? 5.º A - Nasceu em que ano? Malangatana - Nasci no dia 6 de Junho de 1936. 5.º A - Há quanto tempo pinta? Malangatana - Comecei a pintar nos anos 50. 5.º A - Pintava quando era criança? Malangatana - Sim, pintava já com a idade de 10 anos. 5.º A - O que é que gostava de pintar em pequeno? Malangatana - Gostava de pintar árvores, pássaros,... 5.º A - Naquela altura nunca pintou o mar? Porquê? Malangatana - Não, porque nunca tinha visto o mar. Morava no campo, em Matalana. 5.º A - E agora que é uma pessoa grande, o que é que pinta? Malangatana - Gosto de pintar a alegria e a tristeza. 5.º A - Quando está a pintar o que é que sente? Malangatana - Às vezes, sinto-me alegre, porque pinto coisas alegres, mas quando pinto coisas tristes, não me sinto muito bem. 5.º A - Sempre quis ser pintor? Malangatana - Nunca pensei em ser pintor, pintava porque gostava de pintar. Mais tarde, quando adulto, aconselharam-me a ser pintor. 5.º A - Em que países expôs a sua pintura? Malangatana - Já expus em países de África, Ásia, Europa, e nos Estados Unidos da América e no Brasil. 5.º A - Obrigados, senhor Malangatana, por esta entrevista.
Fábio
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Trabalhos realizados por alunos do Pré-Escolar
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Carnaval e alegria Os alunos do PréEscolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico festejaram o Carnaval no dia 28 de Fevereiro. Foi com alegria e fantasia que os pequeninos se mascararam e foram para o átrio da Escola mostrar as suas máscaras e a sua alegria, dançando e cantando canções alusivas ao momento. Além disso, os alunos do 4º. ano, que estavam mascarados de guerreiros, tiveram a oportunidade de reviver e representar um episódio da história da fundação de Portugal: a batalha de São Mamede.
ENSAIOS E BASTIDORES
o canto dos G A L O ESPECTÁCULO A
O grupo de dança
Ângela Semedo - apresentadora e cantora
J O V E M
Carina - desfile lingerie
Eugénio e Deborah - desfile fatos de banho
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artistas
O olhar atento ao ensaio do desfile
Tanya e João - desfile culturas
Joana - desfile luta contra a SIDA
Gala Jovem 2003 A cidade de Maputo assistiu, no passado dia 22 de Fevereiro, a um dos espectáculos mais esperados. Ricardo Gonçalves Azedo, Ângela Semedo Joana Paixão, Renato Ferreira e Deborah Capela apresentaram a 3.ª edição da Gala Jovem, e, também, a moda, a música e a dança que marcam a actualidade.
Telas pintadas, em conjunto, por alunos do 1.º ciclo da EPM-CELP e por Malangatana
Representantes de Ministérios, Embaixadas, Consulados e Conselho Municipal, e centenas de pessoas, assistiram a um espectáculo que contou com a participação de nove escolas da cidade, envolvendo mais de 80 alunos e professores. A noite ficou marcada pela originalidade do evento e pelo empenho e
Ana e Luís - desfile fardamento
profissionalismo dos intervenientes!
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... MAIS ESPECTÁCULO
ROSTOS E CULTURAS Chamo-me Cheila Ibraimo, tenho 17 anos e nasci em Portugal. Os meus pais nasceram em Moçambique e os meus avós no Paquistão. Vivi em Portugal até aos seis anos. Depois vim para Moçambique, onde moro há onze anos. Estudo na Escola Portuguesa. Em casa, apesar de também falar a minha língua, falo habitualmente o português, uma vez que é a língua oficial do país onde vivo e aquela com que comunico na maior parte das situações do dia-a-dia. Sou muçulmana, praticante da religião islâmica. A educação que recebi não é muito diferente da de todos os outros. Ensinaram-me desde sempre a respeitar os outros, independentemente da religião que praticam, uma vez que só existe um Deus e que cada um tem a sua forma de o identificar. Ensinaram-me que não há superioridade de um sobre o outro, que não há diferenças de cor nem de raças. O importante é garantir a existência de condições que permitam as boas relações entre as pessoas. Embora a minha cultura seja tipicamente muçulmana, os nossos hábitos quotidianos não são tão rígidos como os de um país muçulmano. Vivendo num país não muçulmano, as nossas vivências quotidianas adaptaram-se, sofreram algumas alterações. Existem, naturalmente, alguns choques com alguns usos e costumes universalmente aceites, mas há principalmente um esforço de aceitação dessas outras vivências próprias de outras culturas. A RELIGIÃO ISLÂMICA E AS PRÁTICAS RELIGIOSAS Os pilares da religião islâmica são: - aceitar Allah como nosso Deus e o profeta Mohamed como seu mensageiro; - fazer cinco orações diárias; - jejuar no mês do Ramadão; - ir a Meca pelo menos uma vez na vida, para quem tiver posses; - tirar uma percentagem do rendimento pessoal para ajudar os necessitados. Além disso, deve-se respeitar certos
dias e certas noites, considerados grandes, e aos quais nos dedicamos a rezar. AS NOSSAS FESTAS MAIS IMPORTANTES As nossas festas mais importantes são: O Eid-ul-fitre, que se realiza após o encerramento do mês do Ramadão. Nessa festa a família confraterniza com doces variados, pratos à base de caril, e as tradicionais chamussas. Na nossa família incluímos também alguns pratos ocidentais. O Eid-ul-adha coincide com o período da peregrinação a Meca e simboliza o sacrifício efectuado por Abraão. Nesse dia, efectua-se o sacrifício de um animal que é posteriormente distribuído em partes iguais pelos familiares e amigos carenciados. A data destas festas não é fixa, pois nós seguimos o calendário lunar. O VESTUÁRIO, HABITOS e TRADIÇÕES A mulher muçulmana deve trajar vestuário modesto, amplo, que tape o corpo todo para garantir a sua honra. O vestuário de uma mulher revela a sua religião e o grau da sua crença. Não é permitido a uma mulher muçulmana trajar vestuário transparente que revele as formas do seu corpo, assim como também não é permitido ao homem muçulmano usar roupa que revele a sua vergonha, que vai desde o umbigo até aos joelhos. As mulheres devem cobrir-se com véus, podendo deixar destapadas as mãos e a cara. A um muçulmano não é permitido comer carne suína nem beber álcool. O CASAMENTO ISLÃMICO De acordo com o islamismo, a mulher não deve aproximar-se de um homem que não seja seu parente próximo nem relacionar-se com homens estranhos. Segundo as práticas seculares, o casamento devia sempre ser acordado entre as famílias e sempre entre pessoas da mesma religião. Porém, nos dias de hoje, devido ao
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contacto com religiões diferentes, com outros hábitos e outras mentalidades, já se tolera a entrada de um membro não praticante do islamismo, desde que se converta a esta religião. Embora esta escolha do noivo já seja mais livre, ela deve sempre respeitar a opinião dos pais, caso contrário estes sentir-se-ão no direito de discordar dessa relação. Há ainda uma pequena percentagem de muçulmanos que continua a seguir os preceitos mais rigorosos na escolha dos noivos para os seus filhos. Apesar de Deus, no Alcorão, o livro sagrado islâmico, estabelecer a igualdade entre sexos, o homem é quem assume o papel mais importante e tem, de certa forma, mais poder. A religião permite que um homem possa ter quatro mulheres. O casamento é um dia muito importante e de muita festa. Há um dia que se destina à troca de presentes entre os familiares dos noivos e dá-se a bênção ao casamento. Há festa durante toda a semana. Em casa dos noivos, recebemse familiares e amigos. No dia do casamento, o Nikan, (cerimónia de celebração do casamento) é feito na mesquita e assistido apenas por homens, em que participam o noivo, duas testemunhas, o representante da noiva e os convidados. Segue-se a festa realizada pela família da noiva, durante a qual se efectua a entrega da noiva à sua nova família. No dia seguinte, é oferecido um almoço pela família do noivo. Após o casamento, vêm os filhos e quando estes nascem deve reatar-se-lhes o chamamento de Deus e deve darse-lhes um nome islâmico. É tradicional rapar os cabelos do bebé durante o primeiro mês de vida e é obrigatória a circuncisão masculina antes dos dez anos de idade. Continua no próximo número com as tradições católicas e a cultura ocidental
Dança mexicana
Dança árabe
Grupo de dança
Momento da peça de teatro «Confissões de Adolescentes»
Dança final
Os aplausos finais e o discurso da Presidente da C.I.
DIAPORAMAS
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G A L A J O V E M 2 0 0 3
O Mosquito Pica-Tudo
Loas ao Mar e ao Sol
(recriação do poema “Loas à Chuva e ao Vento”) Mar, porque ondulas? Sol, porque queimas? Ssplach... Ssplach... Ssplach... Cheee...Cheee… Cheee... Mar, porque ondulas? Sol, porque queimas? Ssplach... Ssplach... Ssplach... Cheee...Cheee… Cheee...
centro de formação e difusão da língua portuguesa
Qualificação Profissional em Exercício
Visita à Escola Portuguesa do Songo
Várias foram as acções desenvolvidas pelo Centro de Formação. Assim, no âmbito da qualificação profissional dos docentes da EPM-CELP já foi ministrada pela Dr.ª Maria Manuel Vieira uma acção de formação: “Sociologia da Educação e Organização Escolar”. Em Fevereiro foi leccionado o segundo módulo, “Desenvolvimento Curricular e Didáctica Geral”, orientado pela Professora Odete Valente. Houve também uma acção de formação para técnicos voluntários do NESON. Estes técnicos foram preparados para desenvolver acções de informação e prevenção do HIV-SIDA. Para além destes, estão a ser ministrados os cursos de Língua Portuguesa como língua estrangeira e como língua segunda. Realizaram-se ainda visitas às escolas privadas de direito moçambicano da Beira, Songo, Quelimane, Nacala e Nampula, tendo-lhes sido facultadas toda a documentação de apoio. Neste momento estão a decorrer cursos de formação de professores do sistema de ensino moçambicano, que abrangem áreas que vão da Informática às Metodologias de Ensino de diversas disciplinas. Escola Portuguesa de Nampula
Ó mar, que me ondulas Ondula-me com carinho Ó Sol que me queimas Queima-me devagarinho Ssplash... Ssplash... Cheee... Cheee... Ó mar, que me ondulas Ondula-me com carinho Ó Sol que me queimas Queima-me devagarinho Ssplach... Ssplach... Cheee... Cheee...
Que canto calorão O canto do Sol O canto do Verão Cheee...
A droga Experimenta-se. E cai-se... A droga Saboreia-se Gosta-se E cai-se... A droga Vicia Aprisiona Escraviza Ilude Alucina Atraiçoa E...
O Mosquito Pica-Tudo Pica tudo sem parar E não acaba de picar Até acabar o seu jantar!
Que suave barulho Que terno ondular O canto da água O canto do mar Ssplach...
Que Mosquito Endiabrado! Que entra por todo o lado Voa, voa pelo ar Para disfarçar e nos picar.
Giselle,5.°A
O Mosquito Pica-Tudo Tudo pica sem parar E quando sai do quinto C Vai os outros picar.
Muito de mansinho Bronzeia-me e ondula-me Pois não tenho bronzeador E não tenho forças Ssplach... Ssplach... Cheee... Cheee...
A ti que és jovem A DROGA
O Mosquito Pica-Tudo Tudo pica sem parar Ao ano do quinto C Nunca deixa de picar.
Que canto tão quente
Dicxita, Yumna, Sahbana, Fábio (5.ºC)
A Anabela e a sua panela É bela A linda panela De Anabela. É bela A panela E ela gostava dela. Mas Anabela Deu um chuto nela E ela parou no colo Da Manuela! Coitada dela! Da Anabela? Da panela? Ou da Manuela?
mata! Lara de Sousa, 7.° A
Makia, 5.º C
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A Fábula dos Crocodilos Havia uma menina que chegou à idade de casar. Jaime, o seu noivo, foi saber como ela era em casa. Como era muito preguiçosa, chamou os seus amigos crocodilos que fizeram todo o trabalho de casa: lavaram a roupa, varreram o chão, fizeram as camas, cozinharam e até enfeitaram a casa com flores. Jaime achou que a noiva era perfeita. Assim, preparou o casamento. Uns meninos da aldeia, tocadores de flauta, quiseram saber se a menina se tinha modificado, pois todos sabiam que ela era muito preguiçosa. Tocaram as flautas para chamar os crocodilos, que contaram a verdade. Os meninos foram falar com a noiva e disseram-lhe que ela tinha que fazer o trabalho sozinha, senão seria desmascarada pelos crocodilos. Estes ensinaram-lhe todas as tarefas de casa que ela aprendeu rapidamente pois não queria perder o noivo.
centro de recursos educativos Que tarefas foram realizadas pelo CRE? Várias foram as tarefas realizadas pelo CRE, a referir: - A edição do primeiro número da revista “Aprender Juntos”, realizada pela tipografia da Brithol Michcoma Gráfica. - Um desdobrável da escola que funcionará como cartão de visita , dando a conhecer o funcionamento geral da nossa casa. - Construção de uma página da escola na Internet, disponível ao público desde finais de Fevereiro (site: www.eduport.ac.mz ; site provisório: www.dizme.com). - Montagem de um sistema de tradução simultânea no Auditório. - Edição do conjunto de postais “Escolas de Moçambique Memórias dos anos vinte, trinta e quarenta”, e da brochura “Imprensa Escolar em Moçambique”. - Elaboração de um catálogo patrocinado pela EPM-CELP, para uma exposição de pintura de um artista plástico moçambicano. - Produção e edição do jornal “No Pátio das Laranjeiras”.
Fábula contada por Malangatana aos meninos do 2.° ano e escrita por Odete Sol
O mundo ideal O mundo ideal seria um mundo sem guerras, sem racismo, sem doenças, sem drogas, sem solidão, sem desilusões, sem violência e sem medos. O mundo ideal é um mundo sem injustiças, onde não morrem crianças inocentes. Neste mundo ideal, há direitos e deveres. Não há ricos nem pobres... Aqui todos partilham as suas ideias, os seus sentimentos e as suas opiniões. Aqui há tolerância e amizade. No mundo ideal há lugar para a fantasia, para a magia, para a liberdade. Aqui, há lugar
O CRE tem prosseguido o trabalho de apoio respeitante a convites e cartazes necessários para os eventos que se realizam na nossa Escola, além de publicações de âmbito escolar.
para o sorriso e para a festa, há doces e comida em abundância. Aqui, não há fome nem sede, nem calor nem frio... Há solidariedade. Há regras e educação para todos. Neste mundo ideal não há poluição nem experiências perigosas. Neste mundo ideal os Homens dão as mãos, sem orgulhos, sem preconceitos e sem entusiasmos para alcançar o poder. O mundo ideal é um país enorme onde todos são iguais.
ESCOLA PORTUGUESA DE MOÇAMBIQUE - CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA Nem me falta na vida honesto estudo Com longa experiência misturado. Luís de Camões
Balanço Social
Escola Portuguesa de Moçambique Centro de Ensino e Língua Portuguesa
Texto colectivo produzido pelo 7.°A
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2002
associação de pais e encarregados de educação
associação de estudantes
As Crianças, a Escola e a Família
Eleição dos corpos directivos da APEE
Num mundo em aceleradas mutações, com um desenvolvimento tecnológico que era impensável há 20 anos, a sociedade de hoje cada vez mais se sente refém do avanço da tecnologia e da ciência que não pára de se desenvolver. Hoje, a vida vive-se intensamente e o tempo escapa-se-nos entre o trabalho, a família e o lazer. Nesta gestão difícil do tempo, as famílias recorrem cada vez mais e mais cedo à tutoria externa na educação dos seus filhos, desempenhando os infantários, jardins-escola e depois, a escola obrigatória, um papel fundamental no desenvolvimento social e intelectual das crianças. Esta tutoria “forçada” não pode nem deve isentar as responsabilidades dos pais na educação e formação dos seus filhos, independentemente do grau de qualidade dos serviços e da confiança que lhes possam merecer as instituições que os acolhem. É nas escolas que as nossas crianças começam a descobrir o verdadeiro mundo que as rodeia e a tomarem consciência dos perigos que as envolvem, necessitando de um acompanhamento muito próximo e muito atento de todos aqueles que exercem a tutoria, principalmente os pais, não podendo a alegação de falta de tempo ser usada para justificar a não dedicação de uns momentos diários de atenção e acompanhamento da vida dos nossos filhos. Eles são prioritários no seio da família. Para além dos conhecimentos que, esperamos sejam transmitidos aos nossos filhos nas escolas, como verdadeiras incubadoras dos líderes de amanhã, também é verdade que é nas escolas que as crianças criam e alicerçam amizades marcantes para toda a vida, pela positiva, ou por desvios que conduzem os jovens para caminhos que os arrastam para a beira do abismo, destruindo famílias e vidas. Por tudo isso, é premente que os pais determinem nas suas vidas, nas suas rotinas diárias, uns momentos para conversar com os filhos, acompanhar os seus estudos e amizades, questionando-os sobre a evolução dos seus conhecimentos e dificuldades, amizades e comportamentos, dentro e fora das salas de aula. Em suma, que os pais mostrem aos filhos o quanto eles são importantes e que se interessam por tudo quanto se passa à sua volta, dando atenção a tudo o que eles contam e, a partir daí, poderem detectar qualquer alteração do comportamento, e que podem ser os primeiros sinais de que algo está a acontecer e que é necessário determinar para agir o mais cedo possível para não degenerar em algo que se pode tornar incontrolável para a família. António Melo, Presidente da APEE
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A Associação de Estudantes, embora não tenha conseguido completar o que tinha planeado fazer, no que se refere às actividades do 1.° período, trabalhou e continua a trabalhar, colaborando com os outros grupos associativos, principalmente com a Comissão Instaladora, tentando melhorar tudo o que se refere a esta escola, fazendo com que todos os que a frequentam se sintam bem.
Noite Árabe
Assim, no período passado esta associação participou, juntamente com a Comissão de Finalistas 2002 / 2003, nos campeonatos de futebol. Organizou um debate tendo a colaboração da Dr.ª Beatriz Ferreira (cardiologista), da Dr.ª Patrícia Silva (a nossa médica escolar), da professora Piedade Pereira e da Dr.ª Albina Santos Silva, tendo este como objectivo a divulgação dos resultados de um estudo que se fez através de inquéritos aos alunos desta escola, incentivando-os a não fumar, assinalando o Dia Mundial do Não Fumador. Esta associação colocou, ainda, no átrio, uma caixa de reclamações e de sugestões para, através dela, podermos conhecer as preocupações dos estudantes trabalhando, assim, para uma escola perfeita. E encerrou o 1.° período, organizando um espectáculo para o apuramento da “Miss e Mister EPM-CELP” recheado de vários desfiles , danças, demonstrações de taekwondo, de capoeira e de caras bonitas que frequentam diferentes anos, do 4.° 12.°. Ao findar este emocionante evento, foi eleito “Mister EPM”, José Pedro Caleiros, aluno do 10.° ano e “Miss EPM” Melanie Remane do 8.° ano. O júri foi constituído pelas professoras Alda Faria e Piedade Pereira, pelos vogais da Comissão Instaladora, Dr. Júlio Mendes e Eng.ª Manuela Jacinto e pelo líder da Associação de Pais, Sr. António Melo. Para este período temos algumas actividades, como o festival de dança, música e outras coisas mais...
Íris Cruz, Presidente da AE
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