ESCOLA PORTUGUESA DE MOÇAMBIQUE
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CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA
10 contos
JORNAL MENSAL
ANO IV NÚMERO 20/21
MARÇO/ABRIL 2005
II Simposium Internacional Língua Portuguesa - Diálogo entre Culturas
Baile de Gala Jovem Finalistas 2004/2005 2005
a p e S
a t ra
Notícias Homenagem a Natália Correia Inquéritos
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Participação dos Grupos Pré-Escolar e 1º Ciclo na Semana das Línguas
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A EPM-CELP
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Equamat Primavera da Europa O Lugar da Escrita
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Centro de Formação Visita de Estudo à Mozarte
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O Trabalho de Casa
pág. 7
A Pedra da Sabedoria Desporto
pág. 8
Cerimónia de Entrega de Diplomas de Formação
pág. 9
Dia da Árvore Torneio de Futsal Galeria: A Nossa Gente
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A EPM-CELP em Foco
Editorial Biblioteca Este número duplo do nosso jornal reflecte o pulsar da instituição nos mais variados domínios de intervenção. A vida escolar transborda do colorido da sala de aula para uma miríade de actividades, todas elas a requererem também estudo e planeamento. O arroubo juvenil borbulha na Gala Jovem e o chic demodée dá o toque de nostalgia ao baile de Finalistas: ambas as manifestações mobilizam a comunidade escolar projectando no imaginário colectivo memórias recorrentes de estereótipos sociais. O II Simposium Internacional, desta feita dedicado à Literatura Infanto-Juvenil reuniu destacados autores e criadores, cujos ensinamentos sobremaneira nos enriqueceram. O ano lectivo caminha para o seu termo pelo que é pedido um verdadeiro esforço aos nossos estudantes, para que afincadamente superem todas as suas lacunas e dificuldades.
Os Professores Maria Helena Mira Mateus, António Nóvoa, Luís Miguel Cunha e Adalberto de Carvalho fizeram valiosas ofertas de livros à Biblioteca. O nosso bem-hajam !
Inquéritos Foram efectuados os segundos inquéritos do Projecto SACIAR: Ser Aluno Jovem - Cognições, Impulsos, Aspirações e Realizações. É um Projecto sob a égide da UNESCO, liderado pelo Departamento de Educação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, sob a responsabilidade do Professor Feliciano Veiga.
Exposição Colectiva de Pintura - Viagem a 3 Tempos
Homenagem a Natália Correia Na semana das línguas, para além de exporem alguns trabalhos dos alunos, os Professores da área disciplinar de Língua Portuguesa quiseram prestar uma pequena homenagem a uma grande maga da literatura e cultura portuguesas: Natália Correia. Assim organizou-se uma exposição para que a comunidade educativa ficasse a conhecer um pouco da sua vida e obra. E fazendo jus à concepção gustativa que tinha da poesia, “ A poesia é para comer”, distribuiu-se doçaria tipicamente portuguesa acompanhada de estrofes de poetas de língua portuguesa para todas as idades. Aqueles que quisessem provar essas iguarias teriam que “saborear” em primeiro lugar as estrofes.
Foi inaugurada no dia 18 de Abril, pelas 18 horas, no Pátio das Laranjeiras, uma exposição colectiva de três jovens artistas plásticos moçambicanos: Bono, Jamal e Nhackotou. A exposição encerrou no dia 22 , sexta-feira.
SANAVA A Drª. Luísa Antunes e o Dr. Hélder Lopes representaram a EPM-CELP na magna reunião da SANAVA, realizada em GraafReinet, na República da África do Sul, nos dias 22 e23 de Abril.
Ao Seu Serviço:
Auditório Carlos Paredes
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Tel: 01 481300 Fax: 01 481343 E-mail: epm-celp @ edu-port.ac.mz
Ao Seu Serviço:
Salas para Formação Tel: 01 481300 Fax: 01 481343 E-mail: epm-celp@ edu-port.ac.mz
A EPM-CELP em Foco Participação do Grupo Pré-escolar e do 1º Ciclo na Semana das Línguas Em articulação com os professores das disciplinas de Português, Inglês e Francês, o Grupo Pré-Escolar e o 1º Ciclo participaram na Semana das Línguas.
No Dia da Língua Inglesa, as Turmas C, D e F do Pré-Escolar cantaram e recitaram um poema em inglês e a actividade decorreu no Átrio Principal da Escola.
No âmbito do Projecto “Cozinheiros de Palmo e Meio”, a Turma A do Préescolar confeccionou Pâté de Foie, na cozinha da Escola, e esta actividade foi filmada e projectada no Átrio Principal, no Dia da Língua Francesa. Ainda no Átrio, a iguaria, confeccionada pelos “meninos” da Turma A, foi colocada numa mesa e saboreada por todos.
“ Nós cantámos bem e deram-nos os parabéns. O Diogo disse a poesia Two Little Blue Birds. Gostámos que os colegas estivessem a assistir”. - Pré C “ Cantámos The Wheels on the Bus e dissémos uma poesia Two Little Birds. estava a assistir a Directora Doutora Albina e outros professores e também os nossos colegas. - Pré D “ Gostei dos barcos, dos peixinhos e do bailinho”. - Pré E “ Nós cantámos a música do Bus e gostei quando os meninos maiores cantaram uma canção. Correu muito bem a festa. A Directora da Escola estava lá a assistir, o s nossos amigos «do outro lado» e os meninos do 1º Ciclo”. - Pré F
Sobre as referidas actividades, os “meninos” comentaram: As Turmas B e E do Pré-Escolar participaram no Dia da Língua Portuguesa, apresentando a dramatização da “Viagem dos Navegadores Portugueses de Lisboa até à Madeira”, no âmbito do Projecto “ Navegadores de Palmo e Meio”.
“ No Dia do Francês, fizemos Pâté de Foie, porque é uma comida francesa”. - Pré A “ O teatro sobre o mar foi bonito”. Pré B
O 1º Ciclo participou na exposição da Semana das línguas, apresentando diversos trabalhos elaborados pelos alunos: O Grupo do 1º Ano expôs o seu Dicionário Ambulante. O Grupo do 2º Ano expôs trabalhos relacionados com a Língua Portuguesa e com as histórias da Área de Projecto. O Grupo do 3º Ano expôs composições e textos sobre temas diversos. O Grupo do 4º Ano expôs trabalhos relacionados com o Projecto “Bilblioteca Viva” e composições sobre os temas: “ O Ciclo da Água “ e “ Sonhei que era um Astronauta “. A. A.
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A EPM-CELP em Foco
Prática de Confecção de Sumos
O 3 de Fevereiro em Moçambique A 3 de Fevereiro de cada ano Moçambique recorda os seus heróis. É nesta data que Eduardo Mondlane, primeiro presidente da FRELIMO, morreu vítima de uma bomba na Tanzânia. Não obstante este teste duro a que foi submetido o povo moçambicano, a luta pela independência continuou até à proclamação da independência nacional a 25 de Junho de 1975. Alcançada a independência, Moçambique achou por bem considerar o dia em que tombou o fundador da FRELIMO, um dia extensivo a todos os que deram e continuam a dar a sua vida pela pátria moçambicana. Assim, o dia 3 de Fevereiro transformou-se no dia dos heróis moçambicanos! A nossa escola associa-se sempre a estas realizações, quer promovendo palestras, quer promovendo exposições. Contudo, este ano, a data foi assinalada de forma diferente. O grupo disciplinar de História promoveu encontros com a pequenada do 4º ano. Assim, as turmas do 8º ano conviveram com as do 4º ano. O convívio representou um verdadeiro momento de festa onde os intervenientes concretizaram o princípio de brincar aprendendo. A pequenada organizou-se em grupos de trabalho e respondeu às questões então colocadas. Foi um momento em que todos revelaram conhecimentos sobre a História e Geografia de Moçambique e capacidades de cruzar a História de Moçambique com a História de Portugal. Por isso a classificação dos grupos nem sempre foi fácil. O recurso ao desempate para o apuramento dos três primeiros classificados mostra o quão renhido foi o exercício de brincar aprendendo. L.I.
O 25 de Abril A Revolução de 25 de Abril de 1974 foi evocada através de uma exposição documental. O 25 de Abril trouxe a liberdade e democracia e marcou o fim do império colonial ultramarino. No dia 29, no Auditório Carlos Paredes, os alunos dos 2º e 3º ciclos, acompanhados dos seus professores de História, evocaram a democracia com poesia, debates, música rap e a leitura de alguns trabalhos sobre a evolução dos sistemas governativos desde a antiguidade clássica.
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No âmbito do Projecto de Alimentação Equilibrada previsto no Plano Anual de Actividades, e sob a Coordenação das Professoras de Ciências da Natureza e da Área de Projecto ao nível dos 6º anos, realizaram-se nos dias 15 e 22 de Fevereiro a Actividade Prática de Confecção de Sumos Naturais com os alunos do 6º A e 6º D. Os Encarregados de Educação foram convidados a participar neste evento. Esta actividade teve como objectivo sensibilizar os alunos para a prática duma dieta saudável, dar a conhecer a importância do consumo regular de fruta e proporcionar através desta acção, um espaço de intercâmbio entre os pais, alunos e professores. Todos os alunos participaram activamente bem como os pais que estiveram presentes. O que é que os alunos acharam desta actividade? Acharam divertido e interessante porque trabalharam em conjunto com os professores e pais. Descobriram que afinal é fácil fazer sumos naturais e que o podem fazer também em casa. Os sumos que mais gostaram foram o de caju com manga, o de papaia com laranja e manga e o de ananás simples. No final da actividade, os alunos convidaram a Direcção da Escola para provar os deliciosos sumos por eles confeccionados. M.N. e T.M.
O Lugar da Escrita
A EPM-CELP em foco
A folga das onomatopeias
17 de Março de 2005
Tic-Tac…Tic-Tac…, o som do mar Splash… Splash …, o meu relógio a tocar Ping…Ping…, um avião a chegar Vrum… Vrum…., a chuva a pingar
Mensagem de Margot Wallstrom, Vice-Presidente da Comissão Europeia, responsável pelas Relações Institucionais e Estratégia de Comunicação e Ján Figel, Comissário responsável pela Educação, Formação, Cultura e Multilinguismo Caros participantes das Escolas no dia Primavera da Europa 2005: A Primavera foi sempre um símbolo de renovação e é a vossa geração que representa a Primavera de uma nova Europa alargada. Porque sabemos que a vossa geração apoia os nossos valores comuns, estamos certos de que a Europa crescerá, amadurecerá e dará os frutos preciosos de uma sociedade humana moderna. Agradecemos todo o vosso trabalho e desejamos o maior êxito no final do vosso ano escolar.
Onomatopeias marotas Resolveram folgar! Todos os sons se trocaram Já ninguém sabe imitar! Verónica, 5ºC
Mensagem A EPM-CELP associou-se às manifestações de pesar a propósito do falecimento do Sumo Pontífice, Papa João Paulo II, enviando uma mensagem ao Núncio Apostólico, ao Arcebispo de Maputo e ao Cardeal Patriarca de Lisboa.
Equamat A Equamat é uma competição nacional, desenvolvida pela Universidade de Aveiro, dirigida aos alunos dos 7º, 8º e 9º anos de escolaridade, que consiste em responder, no menor tempo possível, a 20 questões sobre conteúdos matemáticos leccionados no 3º ciclo, utilizando o computador. Tem como objectivos primordiais desenvolver o gosto e o interesse pela matemática, melhorar o trabalho colaborativo com colegas e professores, ajudar a criar hábitos de trabalho e melhorar os conhecimentos específicos. É também um factor de dinamização do trabalho interturmas e inter-escolas, favorecendo o uso sistemático das novas tecnologias de informação e comunicação, como suporte para o uso de novas metodologias do pro-
cesso de ensino-aprendizagem, baseado no ensino assistido por computador. Relativamente à EPM - CELP, no dia 12 de Março participou na competição Equamat em Rede, que é a maior competição matemática em rede, a nível da Europa, e que contou com a presença de dezenas de escolas de todo o país. Às 10 horas de Sábado ( 12 horas locais ), aos milhares de jovens de Portugal, juntaram-se cerca de 70 “valorosos filhos” da EPM para juntos averiguarem quem ama mais a Matemática. Mas a participação da EPM, não se queda por aqui: no dia 1 de Abril realizará o Torneio Equamat - EPM, que apurará a dupla que representará a Instituição na final nacional a de-
correr em Aveiro no dia 4 de Maio, o Torneio Minimat - EPM, para os alunos do 4º ano, que indicará os “futuros criadores de Teoremas” e o Torneio Mais Mat - EPM no dia 1 de Junho, para os alunos do 2º ciclo do ensino básico que indicará “ a nova geração dos desmistificadores do Mito dos Tempos Modernos”. Alguém disse que a Matemática não é bela e divertida? Quem sabe se não sairá da EPM CELP o matemático que demonstrará se a conjectura de Goldbach será efectivamente uma conjectura, ou por outro lado passará a constar na galeria dos Teoremas? J.C.
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Centro de Formação, Acreditação e Difusão da Língua Portuguesa Mensagem dos Formandos
Intervenção do Dr. António Aresta
Exma. Senhora Directora da Escola Exma. Senhora Vogal Exmos. Senhores Vogal e Director de Formação Exmos. Senhores/as Formadores Exmos. Colaboradores da Formação Exmos. e Digníssimos Convidados Minhas Senhoras e Meus Senhores
Bom Dia a Todos!
Durante quatro sábados de formação em diferentes áreas, que ansiosos vinhamos aprender matérias para aplicarmos no nosso trabalho de leccionação nas nossas escolas, com vista a melhorar a qualidade do ensino no país, queremos dizer à Direcção da Escola Portuguesa, aos formadores e aos outros que directa ou indirectamente participaram na nossa formação e que não mediram esforços para que tudo corresse bem e nada nos faltasse, o nosso Muito Obrigado. Kanimambo, na nossa língua, por ter nos dado esta tão importante oportunidade que contribui no combate à pobreza. Foi uma formação onde aprendemos muito para enfrentar as exigências do Novo Currículo. Pela grande importância que a formação tem na vida do professor solicitamos que, dentro da vossa disponibilidade o programa de formação continue com as mesmas áreas e mais: - Educação Musical; - Avaliação; - Gestão e Administração Escolar; - Produção Escolar; - Noções Básicas de Inglês; - Metodologia de Ensino para crianças com necessidades educativas especiais. Não diremos adeus. Mas sim até breve porque voltaremos para as outras formações. Mais uma vez, Kanimambo pelo grande carinho e respeito que nos dedicaram. E como dizem os brasileiros, vocês tem nota dez (10). Maputo, 6 de Março de 2005
É para nós um momento significativo estarmos aqui no Auditório Carlos Paredes, numa cerimónia singela de atribuição de diplomas. É o IV Curso de Formação que organizamos, contemplando áreas científicas e técnicas com o necessário enquadramento pedagógico: Informática; Psicologia; Matemática; Língua Portuguesa e Educação Visual. 170 Pessoas trabalharam motivadamente, procurando superar dificuldades gerindo a construção intelectual de uma forma estimulante. A Escola Portuguesa tem investido muito na formação de professores e de técnicos do sistema educativo de Moçambique, porque acredita que estes são os grandes obreiros que vão potenciar as mudanças que o país exige com uma indesmentível urgência. É gratificante para nós, Escola Portuguesa, recebermos sugestões, pedidos e demandas para novos cursos, novas formações porque isso significa o reconhecimento do valor do trabalho que aqui é desenvolvido. Agradeço, na qualidade de Coordenador do Centro de Formação, aos Professores e aos Técnicos aqui presentes a confiança que em nós depositam. Gostaria de deixar expresso um agradecimento às pessoas da Casa que possibilitaram este IV Curso de Formação: Aos nossos Funcionários, que zelam pelo asseio, pela segurança, limpeza e logística; Aos nossos Formadores, que concederam tempo, saber e disponibilidade. Uma palavra final ao Conselho Directivo, de reconhecimento pela persistente militância nesta cooperação educativa. A todos o meu bem-hajam! (ver fotos na pág. 9)
Visita de Estudo à Mozarte
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O Trabalho de Casa No decorrer da minha prática docente tenho deparado com várias situações em que os alunos não fazem com regularidade os trabalhos de casa. Como motivá-los? Planificação para Atribuição de Trabalhos de Casa - O trabalho de casa deve ser dado sempre que necessário e no âmbito da continuação da prática de conteúdos já dados e de prolongamento do tempo de aprendizagem. É subjectivo afirmar quantas vezes por semana, pois depende do momento. Contudo, ao marcar-se, deve ser em número reduzido, mas abrangente. - O trabalho de casa deve ser visto como um prolongamento da prática e um momento de reflexão e autoaprendizagem; poderá surgir como continuação de uma prática ou como preparação para o conteúdo seguinte. - Deve atender-se ao facto de quanto mais tempo for atribuído, quanto mais tempo for ocupado na tarefa e quanto maior for o seu sucesso, mais o aluno aprenderá. Assim, terá como objectivo desenvolver capacidades de crítica construtiva e de avaliação, com o envolvimento dos outros alunos na correcção dos trabalhos de casa. - O trabalho de casa deve incidir na aprendizagem de tarefas simples. Devem ser trabalhos que o aluno consiga resolver com sucesso e continuação da prática ou de preparação para um conteúdo do dia seguinte. Podem ser trabalhos de pesquisa e criativos, devendo, neste caso, o professor atribuir mais tempo, de modo a levar os alunos a gerar e a desenvolver as suas próprias ideias e dar ao aluno oportunidade para aprender que há várias maneiras de olhar um problema e vários métodos de encontrar resposta para ele. - Devo explicar a importância do trabalho de casa e a sua percentagem na nota final ( estabelecer regras claras e justas prevendo as duas situações: façam ou não façam o trabalho de casa ). Valorizar o rendimento dos alunos e enfatizar os objectivos escolares. Expor os melhores trabalhos e mostrar exemplos de trabalhos criativos. Cultivar incentivos verbais positivos. - Devo dar um feedback, de forma o aluno aperceber-se que o mesmo tem o seu valor. Quando necessário, o feedback deve envolver os outros alunos na correcção dos trabalhos de casa. Sempre devem ser classificados. - Se o aluno não trouxer o trabalho de casa feito devo aceitar, desde que tenha fundamento, sendo aconselhável sempre justificações por parte do encarregado de educação. - Devem ser estabelecidas regras justas e claras para a elaboração do trabalho de casa, assim como sobre as consequências para a sua não execução. A partir de um certo número de trabalhos não execu-
tados, o aluno terá uma nota mais baixa, por exemplo. - Os pais e encarregados de educação devem ser informados do seu nível de envolvimento, que ajudem os filhos na resolução das questões mais difíceis, criem boas condições de trabalho, que verifiquem os trabalhos de casa e orientem e estimulem os seus educandos na correcção dos mesmos. Alguns conselhos aos pais e encarregados de educação que acho pertinentes para o bom desempenho do seu educando na realização dos trabalhos de casa: - Deve encorajar o seu filho a tentar coisas novas e recompensá-lo pela sua boa realização, criando nele a necessidade de ser bem sucedido e a vontade de arriscar. - Nem sempre o deve proteger, nem castigá-lo ( depende da situação ) quando fracassa, pois desmotiva-o. - Deve ter a noção que o trabalho de casa funciona ou como feedback de um conteúdo já dado, ou como prolongamento de uma prática, ou, ainda, como preparação de um conteúdo a ser dado na(s) aula(s) seguinte(s). Como tal, o trabalho de casa deve ser sempre verificado e, sempre que possível, corrigido, de forma o aluno poder consolidar os seus conhecimentos. Se o aluno, por exemplo, ao elaborar um Resumo, este não for verificado e corrigido em casa, o aluno poderá, eventualmente, levá-lo para a aula com determinados erros. Acontece que nem sempre o professor tem tempo útil de aula para corrigir todos os resumos, pelo que o aluno voltará para casa com as mesmas dificuldades de escrita e voltará, novamente, a cometer o mesmo tipo de erro em tarefas escolares futuras. Assim, é necessário um seu maior envolvimento na actividade de trabalho de casa do seu educando, lendo e corrigindo os trabalhos, assinalando os erros e pedindo ao seu educando que o execute, de novo, corrigindo os erros cometidos anteriormente. Só assim é que o trabalho de casa cumprirá com o seu papel de prolongamento e consolidação de uma determinada prática. Deve ter a noção de que a maneira como é usado o espaço onde o seu educando executa o trabalho de casa afecta a atmosfera de aprendizagem e tem efeitos cognitivos e emocionais importantes no seu educando. Deve ajudar o seu filho na resolução das questões mais difíceis. Deve criar condições para que o seu educando estude uma disciplina o mais cedo possível após a aula ( ainda se recorda do que foi dito e mais facilmente completará apontamentos e realizará exercícios idênticos ), que o mesmo distribua o tempo dando a cada disciplina 30 a 40 minutos ( evitará cansaço e aborre (continua na pág. 8)
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A Pedra da Sabedoria Um antropólogo encontrava-se na Amazónia a estudar algumas tribos de indios, em dada altura deparou-se com uma tribo cujo comportamento era diferente das restantes. Não havia discussões ou brigas, os seus habitantes pareciam mais pacíficos, menos truculentos e mais compreensivos. Curioso decidiu falar com o chefe da tribo para esclarecer essa situação. O chefe da tribo sorriu e perguntou-lhe: O senhor sabe porque é que eu quando lhe respondo levo a mão à boca? Ao que o ivestigador lhe respondeu que não e lhe disse pensar ser um ritual ou até mesmo um tique. O chefe pediu-lhe que o acompanhasse, levou-o até à beira do rio e aí disse-lhe: Quando os jovens atingem a puberdade um dos ritos de iniciação da tribo é trazê-los ao rio onde cada um deve escolher um pedra, daquelas bem redondinhas, que deve colocar na boca e que o deverá acompanhar durante toda a vida. Assim quando alguém os interpelar, os provocar ou lhes pedir uma explicação qualquer, eles têm de tirar a pedra da boca para poder responder. Este procedimento dá-lhes tempo para reflectir e ponderar a resposta, evita-se assim magoar as pessoas, os mal entendidos, as palavras ditas sem pensar, as informações deturpadas. Agora compreende porque é que eu levo sempre a mão à boca quando respondo a alguém, é para tirar a pedra que já me acompanha há muitas e muitas Luas. Como vê uma solução simples para evitar problemas que se podem tornar complicados.
cimento ), estude primeiro a disciplina mais desagradável e só depois a mais agradável ( no início estamos menos cansados, e por isso custa menos fazer esforço, deixando para o fim o que custa menos, logo é mais fácil de fazer ) e que possa fazer pequenas pausas ( para relaxar e preparar a próxima tarefa ). O trabalho de casa está sujeito a regras claras e será sempre verificado e classificado, contribuíndo com uma percentagem para a nota final da disciplina. Por cada dois trabalhos de casa não realizados o aluno terá uma nota mais baixa e, por cada dois realizados terá uma nota mais alta ( por exemplo ). Desta forma, serão valorizados e desenvolvidos o espírito de observação, a iniciativa, a criatividade, a capacidade crítica, a reflexão metódica, a curiosidade científica e certas sensibilidades e aptidões. RECOMENDAÇÕES AOS PAIS
Moral da História Lembrando a velha máxima de que “há três coisas que jamais se recuperam, ou seja, a pedra depois de atirada ao lago, o tempo depois de passado e a palavra depois de dita”, imaginem só quantos e quantos problemas ou situações complicadas se poderiam evitar no dia a dia se nós reflectissemos um pouco sobre a lição transmitida por este chefe indio. Deixo aqui uma dica: Que cada um crie mentalmente a sua pedra escolhendo a dimensão de acordo com o tamanho da sua “boca”. P.S. - Parece que este conselho tem dado bons resultados pois já fui contactado por pessoas que me dizem “afinal a história da pedra resulta”.
- prestar atenção ao trabalho dos seus educandos; - criar ambientes e materiais, um lugar pré-destinado ao estudo; - dialogar sobre a importância e benefícios do trabalho de casa; - apoiá-lo a relacionar os conhecimentos adquiridos com matéria actual, através do visionamento de filmes, revistas, por exemplo; - interagir com os seus educandos e levá-los a encontrar o que é importante.
M.G.
A.B.
Desporto TRIATLO No dia 19 de Março de 2005, realizou-se uma prova de triatlo, na Escola Americana. Esta prova consta de 3 modalidades diferentes: natação (100m) , ciclismo (2 km) e atletismo (2km). Cada escola podia representar-se com 2 equipas de cada escalão. Cada equipa é composta por 3 atletas, um por modalidade. Esta prova de triatlo pode fazerse ou por equipa ou individualmente.
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Assim a nossa escola fez-se representar com 4 equipas de masculinos e 2 atletas individuais. Apesar das dificuldades desta prova devido ás modalidades diferentes, e os percursos um pouco extensos de ciclismo e atletismo, os nossos alunos demonstraram muito empenho e um grande espírito de equipa, que os levou a uma boa classificação.
Cerimónia de entrega de Diplomas de Formação
Códigos, abençoados códigos Li, numa revista científica, que a probabilidade de adoecer de Alzheimer é maior se o cérebro não for exercitado. O mesmo artigo explicava que os melhores exercícios para o cérebro são o cálculo mental, a resolução de problemas e a memorização de códigos utilizando mnemónicas. Hoje em dia o cálculo mental é substituído por calculadoras. Quando fazemos compras o preço é logo calculado na balança, o troco sai no papela da caixa e o câmbio é feito automaticamente. Resolver problemas também é algo que não executamos com frequência, por termos de fazer as coisas conforme planeado, ou seguindo as orientações superiores. Agora, decorar códigos e criar mnemónicas é o que fazemos cada vez mais.
Reparem, eu tenho de decorar o código do alarme da casa, o PIN e o PUK do telemóvel (ainda bem que só tenho um), o login e a password do computador de casa e da escola, o código da porta de entrada da sala de aula, o código de ..., a password da ... Parece complicado, mas criando mnemónicas ajuda muito. Vejam, por exemplo, como criei o último código que utilizo para abrir as portas das salas de aula. Os últimos quatro dígitos são o resultado de: - A diferença entre os anos de nascimento das minhas filhas, multiplicada por cinco (que é o número das unidades do ano em que nasci) e adicionado ao quociente o ano e o mês de nascimento do meu marido. Como podem ver, é simples e funcional. O importante é não misturar as coisas. Neste código só entram datas de nascimento, (na password do computador uso uma combinação simples, como a acima referida, do número da porta da casa, com o
número da caixa postal, o número de polícia da escola, etc.) Agora, imaginem, chego à porta da sala de aula, olho para os lados para ver se não há alunos por perto, faço rapidamente a conta acima referida, introduzo os números e no fim o cardinal e ... a porta abre. Dentro da sala atiro-me para o computador, preencho a disciplina, o login e a password e já posso respirar. Durante as aulas mantenho o cérebro sempre em alerta, para não esquecer de sair e entar no meio de cada bloco. Como vêem, há males que vêm por bem. Quanto mais códigos, logins, passwords, etc., mais exercitamos o cérebro e desta forma afastamos a probabilidade de contrair a doença de Alzheimer. Por isso, códigos, mais códigos ... sejam bem vindos! K.B.
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Dia da Árvore Poema para o dia da Árvore Tuas folhas, durante a Primavera, Ao gracioso ninho dão guarida; renovam dia a dia a atmosfera, Cada vez mais doente e poluída. Debaixo dos teus ramos reina a paz, nas tardes escaldantes de Verão! bendita a frescura que me dás, Quando, em troca, nada te dou, não! Teu tronco deu-me o berço de criança E o calor que aquece o frio Inverno... Dos homens és a vida, és a esperança, Com a força do teu vigor materno.
O Grupo Pré-Escolar e o 1º Ciclo criaram um momento de convívio para se comemorar o Dia da Árvore e a Páscoa. Os alunos do Pré-Escolar, acompanhados pelo Professor Isaac Maússe, ao órgão, cantaram a canção “Coelhinho da Páscoa” e realizaram o jogo “À Procura dos Ovos da Páscoa”. Os alunos do 1º Ciclo, plantaram no recinto da Escola, duas Árvores de Massalas, cantaram “A Árvore da Montanha”, também acompanhados pelo Professor Isaac, e recitaram este lindo poema:
Seguras nos teus braços as delícias, Qua à sobremesa são saboreadas... Teus frutos que afagas com carícias, São cores do arco-íris perfumadas. No jardim, na floresta e no pomar, Sustentas só bondade, só franqueza... O exemplo fraterno sabes dar Aos corações despidos de nobreza. És ÁRVORE! Tens direito a estatutos, Que protejam tua vida indefesa; Pois, sem ti, não há sombras, não há frutos, Fica triste e deserta a Natureza! Maria Adélia Miranda
Torneio de Futsala 2º Período Quatro equipas do 3º Ciclo e seis do Secundário disputaram os torneios de futebol no último dia de aulas do 2º Período. A final do 3º ciclo foi disputada entre os “Bituchos Forever” e os “Camarões”. Foi ganha pelos primeiros, por grandes penalidades (1-0), após um empate a 3 golos, no tempo regulamentar. No Secundário, os “Turbina Mecânica” venceram por 3 a 1 os “Cambodja”. Bruno Gomes com 2 golos e Marcos com 1, marcaram pela equipa vencedora e Joaquim pelos “Cambodja”.
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J.F.
A equipa vencedora do Ensino Secundário “Bituchos Forever”
A EPM-CELP em Foco Atletismo Escolar
GALERIA: A Nossa Gente
No dia 5 de Março, alguns alunos da nossa equipa de atletismo, participaram nas provas de atletismo organizadas pela Associação de Atletismo da Cidade de Maputo. Na 1º série de 80 metros Iniciados masculinos, o aluno Alexandre Pais, classificou-se em 2º lugar com o tempo de 10.90 segundos.
Bento Jordão
Nasceu em Inhambane a 06.01.1966. Fez o ensino primário na Escola Primária de Santa Ana de Homoíne, na Missão de S. João de Deus de Homoíne. Na Escola Secundária 25 de Setembro de Homoíne fez o ensino secundário. Um concurso para os melhores alunos conduziu-o à República Democrática Alemã, 1985-1990. Trabalhou numa empresa têxtil, estudando num curso profissional dessa mesma empresa. Aprendeu a língua alemã. Trabalha na EPM-CELP desde 1991.
Na prova de 1000 metros Infantis Masculinos, Aly Momade classificou-se em 2º lugar com o tempo de 3’55,80 minutos e Osvaldo Noronha em 3º lugar com o tempo de 4´03.95 minutos.
Festa de educação física No final do 2º período, realizou-se uma pequena demonstração de natação, onde os alunos das actividades extra curriculares mostraram a sua evolução, e os aluos do 2º ciclo fizeram uma prova de estafetas. A abertura deste torneio , foi feita pelos alunos dos 5º anos, através de uma dança na água, com bolas e arcos e ao som de uma melodia do Rao Kyao, e ainda pelos 6ºos anos, tendo o 6ºC apresentado duas danças, o Camaleão e Zore, integradas num trabalho de área projecto, os 6ºs A B eD, realizaram uma dança conjunta com uma música africana. Estão de parabéns os alunos participantes pois deram cor e alegria com os seus movimentos harmoniosos e sincronizados. Os alunos da natação, fizeram uma excelente demonstração dos seus progressos, visto a maioria ter iniciado a modalidade sem saber nadar. A.F.
Mário David Mabjaia
Nasceu em Marracuene a 31.10.1962. Estudou na Escola Primária de Marracuene e o 5º e 6º anos foram feitos na Escola Secundária do Noroeste. Actualmente frequenta o 3º ano do Curso de Contabilidade, na Escola Comercial de Maputo, aperfeiçoando os seus conhecimentos de Contabilidade e Gestão. Trabalhou numa empresa de promoção de equipamentos de escritório e está ao serviço da EPM-CELP desde o ano 2000.
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Última Página
Equamat Equipas Vencedoras do Equamat Vão representar a Escola no concurso do Equamat a nível nacional, dia 4 de Maio em Aveiro, os alunos seguintes: Tiago Rodrigues, Zeinul Yakoob, Tiago Simões, Priyan Geentilal, David Melo e Nabela Soeiro.
Cenários Os cenários que embelezam o palco do Auditório Carlos Paredes foram concebidos e executados pelo Professor Calisto Namburete que, mais uma vez demonstra que não é artista quem quer...
Professores acompanhantes: Armindo Bernardo e Isabel Loio.
O Pré-Escolar e o 1º Ciclo no II Simposium Internacional Os alunos do Pré-Escolar e do 1º Ciclo participaram no II Simposium Internacional sobre a Literatura Infanto-Juvenil, apresentando dramatizações, recitando poemas e entoando canções. Dramatizaram-se das histórias: A capulana da Dona Filomena das autoras moçambicanas Angelina Neves e Natália Nuvunga e Os Músicos de Bremen, dos irmãos Grimm. Os alunos do 1º Ciclo recitaram ainda dois poemas: O Livro, de Luísa Ducla Soares, e esta Palavra é Isto, de João Pedro Messéder. Na abertura do simposium, a Tuninha Sol e Dó entoou as canções O Cuco na Floresta e Moleirinha.
Projecto pensas@ moz Decorreu de 4 a 9 de Abril na EPM-CELP, a 1ª Missão de Formação do projecto, dividida em duas acções destinadas aos docentes das escolas moçambicanas de currículo português : - Formação de Modelos Geradores de Questões; - Formação Plataforma de Ensino Assistido. Recebemos os coordenadores do PmatE: Professores Doutores António Batel Anjo e Joaquim Sousa Pinto; e as bolseiras de investigação do PmatE, Drª. Sabrina Silva e Drª. Carla Carvalho.
Homenagem FICHA TÉCNICA Título: Pátio das Laranjeiras nº 20/21 - Directora Albina Santos Silva Coordenação Editorial António Aresta - Redacção Albina Santos Silva, António Aresta, Jorge Pereira, Rosa Alice Dixe, Diana Manhiça, Ana Manuela Albasini, Mário Gonçalves, Armindo Bernardo, Anabela Ferreira, Lázaro Impuia, Kalina Boudorova, Michele Neves, Teresa Murta, Luísa Almeida, Verónica, Jeremias Correia, Fátima Martins - Fotografia Firmino Mahumane, Jorge Pereira, Diana Manhiça, Ilton Ngoca - Concepção Gráfica e Paginação Diana Manhiça - Produção Centro de Recursos Educativos da EPM-CELP - Distribuição Comissão de Finalistas Periodicidade Mensal / Maputo, Março/Abril 2005 - Propriedade ESCOLA PORTUGUESA DE MOÇAMBIQUE - CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA - E-mail:epm-celp @ edu-port.ac.mz
O bicentenário do nascimento de Hans Christian Andersen Foi comemorado de um modo singelo: descerrada a sua foto na Biblioteca Poeta José Craveirinha; assinada uma Acta alusiva ao evento; inaugurada uma exposição bibliográfica com o respectivo catálogo.